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INSTITUTO AGRONÔMICO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL E SUB-TROPICAL
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE TECNOLÓGICA DE GRÃOS DE FEIJOEIRO (Phaseolus vulgaris) CULTIVADOS EM
DIFERANTES AMBIENTES
ELIANA FRANCISCHINELLI PERINA
Orientador: PqC. Dr. Sérgio Augusto Morais Carbonell
Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Agricultura Tropical e Subtropical Área de Concentração em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia.
Campinas, SP Abril, 2008
Ficha elaborada pela bibliotecária do Núcleo de Informação e Documentação do Instituto Agronômico P985a Perina, Eliana Francischinelli Avaliação da qualidade tecnológica de grãos de feijoeiro (Phaseolus vulgaris) cultivados em diferentes ambientes/ Eliana Francischinelli Perina. Campinas, 2008. 150 fls. Orientador: Sérgio Augusto Morais Carbonell Dissertação (Mestrado) Agricultura Tropical e Subtropical Instituto Agronômico 1. Feijoeiro 2. Interação genótipo x ambiente 2. Valor protéico, I. Carbonell, Sérgio Augusto Morais II. Título
CDD. 635.35
Aos meus amados pais Claudimir e Sueli
que sempre me apóiam e me inspiram na
conquista de meus sonhos.
DEDICO
Ao meu noivo Leandro,
por se manter sempre compreensivo e paciente,
cuja presença e o apoio sempre foram indispensáveis.
Com todo amor e gratidão.
OFEREÇO
AGRADECIMENTOS
- A Deus pela regência de nossas vidas e conforto espiritual! - A minha família, que sempre me acompanham nas alegrias e tristezas, mas que,
principalmente, me trazem infinitamente o grande prazer de viver.
- Ao pesquisador e orientador, Dr. Sérgio Augusto Morais Carbonell, pela amizade e
ensinamentos durante todo curso e minha vida profissional;
- A pesquisadora e amiga Msc. Cássia Regina Limonta Carvalho, que mesmo não sendo
minha co-orientadora no papel eu a considero, pelos ensinamentos, apoio, amizade, e
grande atenção dispensada;
- Ao pesquisador Alisson Fernando Chiorato pelas sugestões, ensinamentos e auxílios nas
análises estatísticas;
- A todo o pessoal do Laboratório de Fitoquímica do IAC (Régia, Jefferson, Andressa, e
Taís), pela grande ajuda na elaboração das análises;
- Aos meus pais Sueli e Claudimir, por acreditarem na minha capacidade e por me
incentivarem a concluir este trabalho;
- Ao meu noivo Leandro Sabino Pereira, pelo companheirismo, amor, incentivo e
paciência, compartilhando todos os momentos alegres e difíceis no decorrer do curso;
- Ao querido amigo e companheiro de trabalho, João Guilherme, em especial, por tudo que fez
por mim. Pelo auxílio, conversas brincadeiras e angústias, e por ter compartilhado dos mais
inusitados\momentos na construção deste trabalho;
- A amiga Francine, pela amizade sincera e o carinho durante todo esse tempo;
- Ao amigo Thiago, pela amizade, paciência e colaboração para a realização deste trabalho;
- Aos colegas da PG-IAC, Eliel, Gustavo e Graziela, em especial, pela amizade sincera,
conselhos e pelo conforto nas horas difíceis;
- A todos os amigos que de forma direta e indireta auxiliaram na elaboração da dissertação.
Meus sinceros agradecimentos à Deniel, Silvia e Danielle;
- A todos os amigos que contribuem de forma singular para a felicidade e coragem para
enfrentar a jornada da vida;
- Aos professores da área de concentração em Melhoramento Vegetal da PG-IAC, pelos
ensinamentos e experiências, que com muita boa vontade nos foi transmitidos;
- Aos funcionários da PG-IAC, em especial á Adilza, Célia e Elizabeth, pelo auxílio no
decorrer do curso;
- A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e finalização deste
trabalho.
“Todo jardim começa com um sonho de amor. Antes
que qualquer árvore seja plantada, ou qualquer lago
seja construído, é preciso que as árvores e os lagos
tenham nascido dentro da alma.
Quem não tem jardins por dentro,
não planta jardins por fora,
e nem passeia por ele...”
Rubem Alves
SUMÁRIO
ÍNDICE DE TABELAS ...................................................................................................... ix ÍNDICE DE FIGURA ......................................................................................................... xv ÍNDICE DE ANEXOS ........................................................................................................ xvi RESUMO ............................................................................................................................ xx ABSTRACT ........................................................................................................................ xxii 1 INTRODUÇÃO................................................................................................................ 01 2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................ 03 2. Aspectos Gerais da Cultura ............................................................................................. 03 2.2 Qualidade Tecnológica dos Grãos................................................................................. 05 2.2.1 Variabilidade genética na qualidade tecnológica dos grãos ....................................... 05 2.2.2 Controle genético da capacidade de cozimento.......................................................... 07 2.2.3 Fatores que afetam o tempo de cozimento ................................................................. 09 2.3 Composição Química dos Grãos ................................................................................... 10 2.3.1 Proteínas ..................................................................................................................... 11 2.3.2 Fibras alimentares....................................................................................................... 13 2.4 Qualidade Tecnológica, Valor Protéico e Interação Genótipo x Ambiente .................. 16 2.5 Adaptabilidade e Estabilidade Fenotípica ..................................................................... 20 2.6 Correlação entre Caracteres........................................................................................... 23 3 MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................. 24 3.1 Material Genético .......................................................................................................... 24 3.2 Ambientes Utilizados na Condução dos Ensaios .......................................................... 25 3.3 Determinação da Qualidade Tecnológica...................................................................... 26 3.3.1 Porcentagem de embebição de água antes do cozimento (Peanc).............................. 26 3.3.2 Porcentagem de embebição após cozimento (Peapc) ................................................. 27 3.3.3 Tempo médio de cozimento determinado pelo cozedor de Mattson (TC) ................. 27 3.3.4 Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI)............................................. 27 3.3.5 Determinação da taxa de expansão volumétrica dos grãos após cozimento (EV) ..... 28 3.3.6 Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc) ...................................................................... 28 3.4 Determinação da Composição Química ........................................................................ 29 3.4.1 Teor de água dos grãos (T.A.G.) ................................................................................ 29 3.4.2 Teor de proteína bruta (PB) ........................................................................................ 29 3.4.3 Teor de fibra alimentar total (FAT), fibra insolúvel (FI) e fibra solúvel (FS) ........... 30 3.5 Análise Estatística dos Dados........................................................................................ 31 3.5.1 Análise de variância individual e conjunta................................................................. 31 3.5.2 Adaptabilidade e estabilidade: Lin & Binns modificado por Carneiro (1998) .......... 33 3.5.3 Análise multivariada da performance genotípica (CARNEIRO, 1998)..................... 35 3.5.4 Correlação entre caracteres: Pearson.......................................................................... 37 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................................... 38 4.1 Qualidade Tecnológica: Análises de Variância Individual e Conjunta......................... 38 4.2 Teor de Proteína Bruta e Teor de Água dos Grãos: Análise de Variância Individua e Conjunta............................................................................................................................ 48 4.3 Qualidade Tecnológica: Adaptabilidade e Estabilidade................................................ 51 4.3.1 Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc)................................. 56 4.3.2 Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc).................................... 60 4.3.3 Tempo de cozimento (TC).......................................................................................... 64
4.3.4 Porcentagem de Grãos Inteiros (PGI)......................................................................... 69 4.3.5 Expansão volumétrica (EV)........................................................................................ 73 4.3.6 Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc) ...................................................................... 77 4.4 Teor de Proteína Bruta e Teor de Água dos Grãos: Adaptabilidade e Estabilidade...... 81 4.4.1 Teor de proteína bruta (PB) ........................................................................................ 81 4.4.2 Teor de água dos grãos (T.A.G.) ................................................................................ 86 4.5 Análise Multivariada da Performance Genotípica (CARNEIRO, 1998) ...................... 89 4.6 Comparações entre as Análises Univariada e Multivariada .......................................... 92 4.7 Análise da Correlação entre Características Tecnológicas, Teor de Proteína Bruta, Teor de Água dos Grãos e Produtividade............................................................................ 95 4.8 Avaliações de Fibra Alimentar Total e suas Frações .................................................... 98 4.9 Considerações Finais ..................................................................................................... 103 5 CONCLUSÕES................................................................................................................ 104 6 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 106
ix
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 Classificação das fibras alimentares de acordo com a solubilidade dos seus componentes em água. ................................................................14
Tabela 2 Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro do tipo comercial carioca e preto – VCU 2005/2006/2007, no estado de São Paulo. .................................................................................................25
Tabela 3 Ambientes utilizados para a condução dos experimentos regionais
nas respectivas épocas de semeadura. .......................................................25
Tabela 4 Análise de variância individual. ................................................................32
Tabela 5 Análise de variância conjunta....................................................................32
Tabela 6 Pesos atribuídos para cada variável. ..........................................................37
Tabela 7 Resumo da análise de variância referente a época “das águas, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta, dos 19 genótipos de feijoeiro, cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo ..........................................................................................................39
Tabela 8 Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) de 19 genótipos de feijoeiro referente aos dois anos de cultivo “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006 e 2006/2007 no estado de São Paulo ..........................................................................................................40
Tabela 9 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento(Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante as épocas de cultivo “das águas”, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006 e 2006/2007 ..................................................................................................46
x
Tabela 10 Valores médios do teor de proteína bruta (expressos em base seca) e do teor de água dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no Estado de São Paulo durante as épocas de cultivo “das águas”, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006 e 2006/2007.........................................................49
Tabela 11 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para produtividade média de grãos, com base nos índices ambientais (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” ....................................................................................................52
Tabela 12 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para produtividade média de grãos, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura ..................................................................................................52
Tabela 13 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN & BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para produtividade média de grãos (kg.ha-1), de 19 genótipos de feijoeiro avaliados na época “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo ..............................................................................................53
Tabela 14 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água antes do cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” ..............................................................57
Tabela 15 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água antes do cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura .....................................................57
Tabela 16 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de embebição de água antes do cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo .............................................58
xi
Tabela 17 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água após o cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”...............................................................61
Tabela 18 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água após o cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura .....................................................61
Tabela 19 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de embebição de água após o cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo .............................................63
Tabela 20 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo
do feijoeiro, para tempo de cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” .....................................................................................................65
Tabela 21 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para tempo de cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura ..................................................................................................65
Tabela 22 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para tempo de cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo ...............66
Tabela 23 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”. .............................................................69
Tabela 24 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura ....................................................70
xii
Tabela 25 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo ................................................................................71
Tabela 26 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para expansão volumétrica, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”...........................................73
Tabela 27 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para expansão volumétrica, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura ...........................74
Tabela 28 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para expansão volumétrica, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo ................75
Tabela 29 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para
sólidos solúveis totais no caldo, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”...............................77
Tabela 30 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para sólidos solúveis totais no caldo, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura ............................78
Tabela 31 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para sólidos solúveis totais no caldo, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo .........79
Tabela 32 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para proteína bruta, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.......................................................81
Tabela 33 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para proteína bruta, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura .....................................................82
xiii
Tabela 34 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para o teor de proteína bruta, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo..........83
Tabela 35 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para teor de água nos grão, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”...........................................86
Tabela 36 Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para teor de água nos grãos, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura ..................................................87
Tabela 37 Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para o teor de água dos grãos, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo..........88
Tabela 38 Estimativas dos parâmetros de estabilidade multivariada para
condições geral (Pmi), favorável P(mif), desfavorável (Pmid) com suas classificações, segundo a metodologia de LIN e BINNS (1988), modificada por CARNEIRO (1998), para os ensaios de VCU de 19 genótipos de feijoeiro cultivados na época “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo ................................................................................90
Tabela 39 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e teor de água dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados na época “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo .............................................97
Tabela 40 Valores médios, em %, de fibra alimentar total, fibra insolúvel e fibra solúvel e tempo de cozimento (em min.) de 4 cultivares padrões do grupo comercial carioca (IAC-Carioca Tybatã e Pérola) e do grupo comercial preto (IAC-Una e FT-Nobre) cultivados na época “das águas” de 2005, “da seca” de 2006 e “de inverno” de 2006, em diferentes localidades do Estado de São Paulo ..........................................................................................................100
xiv
Tabela 41 Valores médios gerais do tempo de cozimento (em minutos) e da fibra alimentar total, insolúvel e solúvel (em %) para cada um dos 4 cultivares padrões em relação aos 3 locais de cultivo e às épocas “das águas” de 2005, “da seca” de 2006 e “de inverno” de 2006 ..........................................................................................................101
Tabela 42 Matrizes de coeficientes de correlação de Pearson entre as porcentagens de teor de água dos grãos (T.G.A.), de sólidos solúveis totais no caldo (SSTc), proteína bruta (PB), fibra alimentar total (FT), fibra insolúvel (FI) e fibra solúvel (FS) e o tempo de cozimento dos grãos (TC, em min.) de 4 cultivares de feijoeiro avaliados: a) de forma conjunta, para 9 locais de cultivo e com 72 resultados para cada variável e b) separadamente, por época de cultivo (“águas” de 2005, “seca” de 2006 e “inverno” de 2006), para 3 locais de cultivo com 24 resultados para cada variável ......................................................................................................102
xv
ÍNDICE DE FIGURA
Figura 1 Valores de Fibra alimentar total (FT) versus tempo de cozimento (TC) dos grãos de feijoeiro cultivados em diferentes locais no Estado de São Paulo, nas épocas “das águas” de 2005 (amostras em preto), “da seca” de 2006 (amostras em laranja) e “de inverno” de 2006 (amostras em azul). ......................................................................101
xvi
ÍNDICE DE ANEXOS
Anexo 1 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2005..........................................................115
Anexo 2 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2006...........................................................117
Anexo 3 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2006 .............................................................119
Anexo 4 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2007 ..............................................................121
Anexo 5 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2006.........................................................123
xvii
Anexo 6 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de
absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2007.........................................................125
Anexo 7 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” dos anos de 2005 e 2006............................................127
Anexo 8 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de
absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” dos anos de 2006 e 2007 ...............................................128
Anexo 9 Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” dos anos de 2006 e 2007 ..........................................129
Anexo 10 Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2005............................130
Anexo 11 Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2006............................131
xviii
Anexo 12 Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2006 ...............................132
Anexo 13 Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2007 ...............................133
Anexo 14 Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2006 .........................134
Anexo 15 Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2007 ..........................135
Anexo 16 Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” de 2005 e 2006, “da seca” de 2006 e 2007 e “de inverno” de 2006 e 2007.........................................136
Anexo 17 Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro –
produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “das águas” para o estado de São Paulo ........................................138
Anexo 18 Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “da seca” para o estado de São Paulo............................................139
Anexo 19 Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro –
produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “de inverno” para o estado de São Paulo ......................................140
Anexo 20 Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “das águas”, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo .............................................141
xix
Anexo 21 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “das águas” do ano de 2005............142
Anexo 22 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “das águas” do ano de 2006............143
Anexo 23 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre
caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “da seca” do ano de 2006 ...............144
Anexo 24 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre
caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “da seca” do ano de 2007 ...............145
Anexo 25 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre
caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “de inverno” do ano de 2006 ..........146
Anexo 26 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre
caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “de inverno” do ano de 2007 ..........147
Anexo 27 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre
caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “das águas” dos anos de 2005 e 2006 ...............................................................................................148
Anexo 28 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre
caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “da seca” dos anos de 2006 e 2007 ...........................................................................................................149
Anexo 29 Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre
caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “de inverno” dos anos de 2006 e 2007 ...............................................................................................150
xx
PERINA, Eliana Francischinelli. Qualidade tecnológica de grãos de feijoeiro (Phaseolus vulgaris) cultivados em diferentes ambientes. 2008. 150f. Dissertação (Mestrado em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia) – Pós-Graduação – IAC.
RESUMO
Sob o ponto de vista nutricional, o feijão é um excelente alimento, pois apresenta
componentes e substâncias que torna o seu consumo vantajoso ao ser humano, sendo a
principal fonte de proteína na alimentação dos brasileiros. O feijão é um dos alimentos
produzidos em maior quantidade em todo território nacional, sendo intensa a busca por
cultivares que apresentem elevada produtividade, adaptadas ao local de cultivo e com
características culinárias e nutricionais desejáveis. Sabendo que a recomendação de uma
nova cultivar não se baseia em apenas uma única variável, o objetivo deste estudo foi
avaliar a estabilidade e a adaptabilidade de genótipos de feijoeiro, cultivados em
diferentes ambientes, por meio da análise multivariada da performance genotípica,
empregando-se os teores de água, o valor protéico e os parâmetros de qualidade
tecnológica dos grãos (porcentagem de absorção de água antes e após o cozimento,
tempo de cozimento, porcentagem de grãos inteiros, expansão volumétrica e sólidos
solúveis totais no caldo), em conjunto com a produtividade média dos genótipos
cultivados em diversos ambientes, visando identificar as linhagens e/ou cultivares mais
estáveis e adaptadas para o conjunto de caracteres de importância para a cadeia
produtiva do feijoeiro. Para tanto, foram avaliados 19 genótipos de feijoeiro
pertencentes aos ensaios de VCU (Valor de Cultivo e Uso) 2005/2006/2007 de grãos
dos grupos comerciais carioca e preto para o estado de São Paulo. Os resultados
individuais de adaptabilidade e estabilidade para o conjunto das três épocas de cultivo
reportaram a cultivar IAC-Alvorada como sendo estável, responsiva nos ambientes
favoráveis e tolerante nos desfavoráveis para o tempo de cozimento. A cultivar IAC-
Diplomata apresentou estabilidade e adaptabilidade nos ambientes favoráveis e
desfavoráveis para teor de proteína bruta dos grãos. Para a variável porcentagem de
embebição antes do cozimento, o genótipo Gen 96A98-15-3-52-1 destacou-se por
apresentar estabilidade geral, responsividade aos ambientes favoráveis e tolerância aos
ambientes desfavoráveis. Pela análise multivariada , na época “das águas” o genótipo
BRS-Supremo foi estável, responsivo nos ambientes favoráveis e tolerantes nos
desfavoráveis. Apenas a cultivar IAC-Alvorada apresentou estabilidade e adaptabilidade
xxi
na época “da seca”. Na época “de inverno” as cultivares BRS-Supremo e IAC-
Diplomata foram consideradas estáveis e adaptadas nos ambientes favoráveis e
desfavoráveis. A linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a cultivar IAC-Alvorada
apresentaram estabilidade e adaptabilidade aos ambientes específicos (favoráveis e
desfavoráveis) para o conjunto dos anos de 2005/2006/2007. Por meio dos resultados
obtidos conclui-se que as análises de estabilidade e adaptabilidade univariada e
multivariada propostas por Carneiro (1998), baseadas em Lin e Binns (1988),
mostraram-se eficientes e simples para a avaliação do desempenho genotípico das
cultivares, além de apresentarem unicidade do parâmetro para estimar a adaptabilidade à
ambientes favoráveis e desfavoráveis, e simplicidade na interpretação dos resultados.
Além disso, a análise multivariada permitiu conhecer melhor o desempenho dos
genótipos para o conjunto de caracteres avaliados, constituindo-se em importante
ferramenta na recomendação de cultivares pelos programas de melhoramento.
Palavras-chave: interação genótipo x ambiente, valor protéico, características
culinárias e estabilidade
xxii
PERINA, Eliana Francischinelli. Technological quality of grains of bean (Phaseolus
vulgaris) grown in different environments. 2008. 150f. Dissertação (Mestrado em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia) – Pós-Graduação – IAC.
ABSTRACT
Under nutritional point of view, common bean is a great food because displays
components and substances that do its use beneficial, being the main protein source in
Brazilian meals. The common bean is one of the most produced foods in national
territory, thus the search for highly productive cultivars, adapted for different places and
with good culinary and nutritional properties is necessary. Knowing that the
recommendation of a new cultivar is not based on a only variable, the purpose of this
research was evaluate the stability and adaptability of the genotypes of common beans,
cultivated in different environments through multivariate analysis of the genotypic
performance employing up the water or just humidity in the grains, the value protein
and the technological parameters of quality (percentage of absorption of water before
and after the cooking, time of cooking, percentage of grains complete, volumetric
expansion and solid soluble totals into the broth), together with average of productivity
of the genotypes. However, 19 genotypes of common bean of the carioca and black
commercial group, belonging the testing of VCU (Cultivate Value and Using) of São
Paulo state have been evaluated in the crops of 2005/2006/2007.Adaptability and
stability individual results for the three times of cultivation report cultivar IAC-
Alvorada as stable, responsive in favorable environment and tolerant in unfavorable
environment for the cooking time. Cultivar IAC-Diplomata presented stability and
responsively in favorable environment and tolerance in unfavorable ones for the brute
protein percentage. For the absorption of water before cooking the genotype Gen
96A98-15-3-52-1 was highlighted by present stability and tolerance to the unfavorable
environment and responsive to favorable ones. By second method, in rainy season,
genotype BRS-Supremo was stable and responsive in favorable environment and
tolerant in unfavorable ones. Only IAC-Alvorada presented stability and adaptability in
dry season. In winter season, cultivars BRS-Supremo and IAC-Diplomata was
considered stables and adapted in favorable and unfavorable environments. Lineages
Gen 96A98-15-3-52-1 and IAC-Alvorada was classified as stable and adapted for
specific environments (favorable and unfavorable) for the years 2005/2006/2007. From
xxiii
the acquired results, it can be concluded that the univariate and multivariate adaptability
and stability analyses proposed by Carneiro (1998), based on Lin and Binns (1988),
were efficient and simple to perform the genotypic cultivars performance's assessement.
Also, it allows to estimate the adaptability parameter for favorable and unfavorable
environments with the simple interpretation of the results. Furthermore, the multivariate
analysis was helpful to achieve a better understanding about the genotypic's
performance for the assessed characters set and has proved itself a very important tool
for the recommendation of the news cultivars for the crops breeding.
Key-words: genotype x environment interaction, value protein, features culinary, stability.
1
1 INTRODUÇÃO
O feijão (Phaseolus vulgaris L.) presente na dieta brasileira é um excelente
alimento sob o ponto de vista nutricional, pois fornece nutrientes essenciais ao ser
humano, como proteínas, ferro, cálcio, vitaminas (principalmente do complexo B),
carboidratos, fibras e lisina que é um aminoácido essencial (MESQUITA et al., 2007).
Na alimentação dos brasileiros, o feijão é a principal fonte de proteína, seguido,
em importância, pela carne bovina e pelo arroz, os quais contribuem com 70% da
ingestão protéica. Além de ser uma cultura de grande expressão socioeconômica em
todo o território nacional devido à mão-de-obra que emprega durante o ciclo da cultura,
a importância alimentar do feijão se deve, especialmente, ao menor custo de sua
proteína em relação aos produtos de origem animal. Por essa razão, tal leguminosa faz
parte da dieta diária da população brasileira e, dessa maneira, é cultivada na maioria dos
estados brasileiros durante todos os meses do ano.
Para o desenvolvimento de novas cultivares para o mercado do agronegócio de
feijão, os programas de melhoramento visam obter variedades que apresentem elevada
produtividade de grãos, aliadas a resistência às pragas e doenças e com produção de
sementes de tamanho, forma, cor e brilho aceitáveis no mercado. Além disso, os grãos
de feijão devem possuir características culinárias desejáveis, como tempo de cozimento
reduzido, boa palatabilidade, textura macia do tegumento e capacidade de produzir
caldo claro e denso após o cozimento (MESQUITA et al., 2007). A redução do tempo
de cozimento é fator de grande importância, uma vez que, com o processo de
urbanização ocorrido nas ultimas décadas em nosso país, o crescimento do papel da
mulher no mercado de trabalho e a redução da disponibilidade de tempo para o preparo
da alimentação da família, acarretaram mudanças no hábito alimentar de parte da
população, que passaram a buscar produtos com alta conveniência e do tipo “fast food”,
sendo estes, fatores que contribuíram para a redução do consumo de feijão (RAMOS
JÚNIOR et al., 2005).
Atualmente existe uma crescente preocupação por parte dos melhoristas, em
relação aos aspectos nutricionais dos alimentos, ou seja, procuram obter um
melhoramento da qualidade nutricional de variedades quanto aos teores protéicos, de
minerais, vitaminas, substâncias antinutricionais, e outros princípios de interesse.
Considerando os graves problemas nutricionais das populações de países em
2
desenvolvimento, onde o feijão faz parte da base alimentar, a obtenção de cultivares
ricas em nutrientes representa uma importante estratégia para nutrir e manter a saúde da
população carente, contribuindo de maneira eficaz para a redução da má nutrição.
Há evidências de que as qualidades tecnológicas e nutricionais dos grãos de
feijão são determinadas pelo genótipo e influenciadas pelo ambiente durante o
crescimento da planta e desenvolvimento dos grãos. Assim, as condições locais
prevalecentes durante a obtenção dos grãos podem contribuir para a ocorrência de
interações genótipo x ambiente nas características tecnológicas e nutricionais do feijão.
O Programa de Melhoramento Genético do Feijoeiro do Instituto Agronômico
(IAC) tem como meta desenvolver novas cultivares que possuam características
superiores as das variedades que ocupam atualmente o mercado. Por esse motivo, vem
buscando selecionar cultivares/linhagens que possuam alta produtividade, resistência a
doenças (antracnose, mancha angular) e qualidade tecnológica dos grãos,
principalmente em relação ao tempo de cozimento. Além dessas características já
estabelecidas, o ‘Programa-Feijão’ do IAC passou a visar também à identificação de
linhagens com alto teor de proteína e fibra alimentar, e a relação dessas com o ambiente,
de forma que possam auxiliar no processo de seleção de novas cultivares.
Sabendo que a recomendação de uma nova cultivar não se baseia em apenas uma
única variável, o objetivo deste estudo foi avaliar a estabilidade e adaptabilidade de
genótipos de feijoeiro, cultivados em diferentes ambientes, por meio da análise
multivariada da performance genotípica. Para tanto foram avaliados os parâmetros de
qualidade tecnológica dos grãos (porcentagem de absorção de água antes e após o
cozimento, tempo de cozimento, porcentagem de grãos inteiros, expansão volumétrica e
sólidos solúveis totais no caldo), o teor de água e o valor protéico dos grãos em
conjunto com a produtividade média dos genótipos cultivados em diversos ambientes,
visando identificar as linhagens e/ou cultivares mais estáveis e adaptadas para o
conjunto de caracteres de importância para a cadeia produtiva do feijoeiro.
3
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Aspectos Gerais da Cultura
O feijoeiro (Phaseolus vulgaris) apresenta três centros primários de diversidade
genética: o mesoamericano, que se estende desde o sudeste dos Estados Unidos até o
Panamá; o sul dos Andes, que abrange desde o norte do Peru até as províncias do
noroeste da Argentina; e o norte dos Andes, que abrange desde a Colômbia e Venezuela
até o norte do Peru. Além destes três centros primários, possui ainda outros centros
secundários em algumas regiões da Europa, Ásia e África (EMBRAPA, 2007).
O feijão é uma espécie pertencente á família Leguminosae, sub-família
Papilionoidae, gênero Phaseolus, e classificado como Phaseolus vulgaris L. (SANTOS
& GAVILANES, 1998). È uma planta predominantemente autógama, ou seja, se
reproduz predominantemente por autofecundação, de ciclo anual de dias curtos e baixas
altitudes, encontrado nas mais diversas condições em vários países do mundo (RIOS et.
al., 2002). Sua classificação é feita em dois grupos, considerando o gênero ou espécie:
Grupo I- feijão Anão (comum), da espécie Phaseolus vulgaris; Grupo II- feijão de
Corda, do gênero Vigna (MESQUITA,2005). Sendo o feijoeiro comum (Phaseolus
vulgaris L.) a espécie mais cultivada no gênero Phaseolus, que ainda inclui P.
coccineus, P. acutifolius, P. lunatus. Dentre todas as espécies, o feijoeiro comum
representa 95% do consumo nacional (RODRIGUES, 2004)
O cultivo do feijão ocorre em mais de 100 países, porém o Brasil e a Índia, que
juntos respondem por mais de 33% da colheita global, dominam a produção mundial. O
Brasil é o maior produtor e consumidor mundial, com uma área total semeada de
4.168.300 ha, e uma produção de 3,6 milhões de toneladas na safra 2006/2007, segundo
dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB, 2007). A Índia (3,0 milhões
de toneladas) e a China (1,9 milhão de toneladas) ocupam, respectivamente, o segundo e
o terceiro lugar, permanecendo o quarto lugar por conta de Mianmar (ex-Birmânia).
Atualmente o consumo per capita de feijão não ultrapassa 16,3 Kg.ano-1 por habitante,
segundo WANDER (2006).
No Brasil, o cultivo e a colheita do feijoeiro concentram-se em três épocas
tradicionais: época “das águas”, com a semeadura efetuada entre agosto/setembro;
época “da seca”, com semeadura nos meses de janeiro/fevereiro e o cultivo “de
inverno”, semeado em abril/maio. O feijão pode ser produzido em praticamente todo
território nacional, porém os maiores Estados produtores são: Paraná com 22% da
4
produção nacional, Minas Gerais (15%), Bahia (10%), São Paulo (8%), Goiás (8%) e
Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Ceará, Pernambuco e Pará, que juntos contribuem
com 30% da produção nacional (CONAB, 2007).
No estado de São Paulo, um dos principais produtores de feijão, algumas regiões
apresentam até três colheitas anuais, segundo o zoneamento agrícola da cultura para o
estado, em um sistema quase contínuo de plantio. Na safra de 2006/2007 para o estado
de São Paulo, o cultivo “das águas” (1a safra) apresentou uma produção de 162.000
toneladas (rendimento médio de 1.812 kg.ha-1) em uma área total de 89.400 ha; o
cultivo “da seca” (2a safra) ocupou uma área de 43.800 ha, com uma produção de
56.500 toneladas e produtividade média de 1.290 kg.ha-1, e o cultivo “de inverno” (3a
safra), com área de 59.100 ha, uma produção de 95.400 toneladas, apresentando
produtividade média de 1.615 kg.ha-1 (CONAB, 2007).
A cultura do feijoeiro tem enorme importância social e econômica, em razão de
ser cultivada em todo o território nacional, apresentando o mais alto nível de
variabilidade quanto à cor, tamanho e forma de grãos e devido à mão-de-obra que
emprega durante o ciclo da cultura. No Brasil, há um enorme contraste nos sistemas de
produção utilizados. De um lado estão pequenos produtores, que não utilizam práticas
adequadas de cultivo e reutilizam os grãos colhidos como sementes por várias gerações.
No extremo oposto estão produtores rurais que cultivam o feijoeiro em grandes áreas
sob irrigação e adotam todas as tecnologias disponíveis (MESQUITA, 2005).
Devido a grande diversidade e preferências dos consumidores quanto ao tipo,
inúmeras linhagens de feijoeiro são cultivadas no Brasil. A exigência de mercado
quanto à cor e ao tipo de grão é variável de região para região, por isso, é natural que
certas áreas se especializem na produção de feijões de determinados tamanhos, formas,
cores e brilhos, obedecendo às exigências do mercado local. Por exemplo, no Rio
Grande do Sul, em certas regiões de Santa Catarina e Paraná, Rio de Janeiro e Espírito
Santo, a preferência é pelo tipo comercial preto. Em São Paulo predomina o consumo de
grãos do tipo comercial carioca e em algumas regiões de Minas Gerais, as preferências
são pelos feijões de cor, principalmente, os de tipo mulatinho, roxinho, rosinha e pardo
(MOURA, 1998).
5
2.2 Qualidade Tecnológica dos Grãos
A busca por cultivares de feijoeiro que apresentem características tecnológicas
dos grãos com qualidade é de grande importância dentro dos programas de
melhoramento genético e para a cadeia produtiva, uma vez que o feijão é consumido por
todas as classes sociais brasileiras. Portanto, para uma nova cultivar ser bem aceita, esta
deve atender inicialmente as exigências dos consumidores, caso contrário ela não terá
condições de ser comercializada. Para os consumidores interessam apenas aspectos
relacionados com os grãos, como cor, tamanho, forma e qualidade culinária (rápida
hidratação, baixo tempo de cozimento, caldo espesso, bom sabor e textura, grãos
moderadamente rachados, casca delgada e boa estabilidade de cor) (BASSINELLO et
al., 2003).
A partir de 1999, de acordo com a Portaria 294 de 14/10/98, testes de qualidade
tecnológica passaram a ser exigidos no momento de registro de uma nova cultivar de
feijão junto ao Registro Nacional de Cultivares (RNC), do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), para sua inscrição no sistema de comercialização
de sementes no Brasil (BRASIL, 1998). Atualmente, os principais parâmetros
relacionados com a qualidade dos grãos e exigidos pela portaria do MAPA estão a
determinação do tempo de cozimento e do teor de proteína dos genótipos que estejam
inseridos nos experimentos de Valor de Cultivo e Uso (VCU).
A avaliação do tempo de cozimento é fator determinante para a aceitação de uma
cultivar pelos consumidores, pois a disponibilidade de tempo para o preparo das
refeições é, muitas vezes, restrita (RODRIGUES et al., 2004). Além disso, o cozimento
é indispensável para o consumo dos grãos de feijão devido à inativação de fatores
antinutricionais e por conferir maciez e textura adequada à preferência dos
consumidores. Períodos prolongados de cozimento devem ser evitados, pois ocasionam
mudanças estruturais em nível celular, provocando perda de nutrientes (RIBEIRO et al.,
2007).
2.2.1 Variabilidade genética na qualidade tecnológica dos grãos
Para que um programa de melhoramento possa ter sucesso com a seleção de
determinado genótipo, é necessário, além de outros fatores, que a característica a ser
avaliada tenha variabilidade genética suficiente para que os ganhos com a seleção sejam
significativos. Dessa maneira, o progresso na melhoria para o tempo de cozimento é
proporcional à quantidade de variabilidade genética na população. Contudo, na
6
literatura científica, tem sido constatada a variabilidade genética para esta característica
em feijão, com valores entre 15 a 20 minutos (RODRIGUES et al., 2005b), de 15 a 25
minutos (LEMOS et al., 2004), de 18 a 25 minutos (CARBONELL et al., 2003), de 21 a
40 minutos (RODRIGUES et al., 2005a), de 22 a 139 minutos (RIBEIRO et al., 2005),
de 25 a 42 minutos (DALLA CORTE et al., 2003) e de 35 a 45 minutos (RAMOS
JUNIOR et al., 2005).
Para avaliação da variabilidade genética é necessária a caracterização de uma
grande quantidade de acessos do banco de germoplasma (PAULA, 2004).
Estudando a qualidade tecnológica de genitores de grãos tipo carioca e preto,
utilizados no Programa de Melhoramento da Universidade Federal de Viçosa (UFV),
CARNEIRO et al. (1999a), verificaram alta variabilidade genética entre os genitores
carioca para o tempo de cozimento com destaque para os materiais: IAC-Carioca Aruã,
Pérola, Porto Real, LM96107779, AN910522, 4220333 e 290058. No grupo preto, os
genitores que se destacaram foram: Meia–noite, AN9310743 e CB733780.
Com o objetivo de acessar a variabilidade genética existente para tempo de
cozimento entre vários cultivares de feijão que possuíam alta produtividade, resistência
a doenças e ainda possuíam aceitabilidade pelo consumidor, foi conduzido um
experimento por ELIA et al. (1995), citado por PAULA (2004), onde foram usados oito
genótipos, os quais foram avaliados quanto ao tempo de cozimento, absorção de água e
conteúdo de proteína. Nesse trabalho foi observado que existe diferença significativa no
tempo de cozimento entre as cultivares, evidenciando a existência de uma grande
variabilidade entre as linhagens de cozimento rápido e cozimento demorado, sugerindo
que elas podem ser usadas em futuros programas de melhoramento (PAULA, 2004).
COSTA et al. (2001) avaliaram a variabilidade genética para a absorção de água
em 100 linhagens do Banco de Germoplasma de feijão da Universidade Federal de
Lavras (UFLA), como indicativo do tempo de cozimento, cujas sementes permaneceram
em embebição por quatro horas, sendo logo após esse período estimada a porcentagem
de água absorvida. Constatou-se ampla variação na capacidade de absorção de água das
linhagens do Banco de Germoplasma, destacando-se como as de maior absorção: IAC
Aruã, CI-107 e Ouro Negro, e com menor absorção: G 2333, Amarelinho e Carioca 80.
RIBEIRO e colaboradores (2003) avaliaram o tempo de cozimento de 225
linhagens de feijoeiro de diferentes grupos comerciais. Os tratamentos consistiram de 98
linhagens do grupo preto e 127 de cor (carioca, branco, manteiga e outros). Usaram-se
linhagens e cultivares provenientes de diversos programas de melhoramento do país,
7
que constituem parte do Banco de Germoplasma de Feijão da Universidade Federal de
Santa Maria, RS. Os resultados obtidos evidenciaram que existe grande variabilidade
genética para absorção de água e, conseqüentemente, para o tempo de cozimento dos
grãos. Com base nestes resultados pode-se concluir que linhagens desenvolvidas nos
diferentes programas de melhoramento ainda apresentam diferenças genéticas que
podem ser consideradas. A existência de variabilidade genética para absorção de água
pelos grãos de feijão sugere que a seleção para esse caráter pode ser útil para
identificação precoce de linhagens com maiores facilidades de cozimento, desde que
seja padronizada a metodologia para identificação rápida e eficiente da percentagem de
absorção de água pelos grãos (PAULA, 2004).
Avaliações realizadas por CARNEIRO et al. (1999a), para determinação da
qualidade tecnológica, demonstraram alta variabilidade genética entre os genitores
carioca e preto para o tempo de cocção. Os autores também relataram que os teores de
sólidos solúveis totais no caldo de cozimento variaram de 6,71% a 11,87% nos grãos
tipo carioca e de 8,00% a 14,52% nos grãos de tegumento preto. A porcentagem de
casca variou de 9,53 a 15,49 no carioca e de 8,81 a 12,61 no preto. Em pesquisa
semelhante, CARNEIRO e colaboradores (1999b) avaliaram linhagens provenientes de
ensaio nacional de feijão preto e carioca, para tempo de cocção, porcentagem de sólidos
solúveis totais e de casca. Os resultados obtidos pelos autores mostraram a existência de
alta variabilidade genética para todos os caracteres avaliados.
2.2.2 Controle genético da capacidade de cozimento
Na literatura, há vários relatos sobre a existência de variação genética
significativa para tempo de cozimento e absorção de água (SOUSA, 2003). No entanto,
encontramos poucos trabalhos científicos relacionados com o controle genético desses
caracteres. Um dos trabalhos mais completos realizados a esse respeito foi o de ELIA et
al. (1996) citado por PAULA (2004). Eles utilizaram dezesseis linhagens de feijão
diferindo na capacidade de absorção de água, tanino e no tempo de cozimento. As
linhagens foram intercruzadas usando o delineamento II da Carolina do Norte. Chama a
atenção que a variância genética influenciando essas características foi
predominantemente do tipo aditiva. O grau de dominância indicou que a expressão das
características é governada por genes com dominância parcial. Os valores das
estimativas da herdabilidade foram altos, indicando que o ambiente teve pequeno efeito
na expressão desses caracteres, possibilitando um maior sucesso com a seleção.
8
Estimativas da herdabilidade para o caráter absorção de água têm sido obtidas
em alguns trabalhos. COSTA et al. (2001), por exemplo, obtiveram herdabilidade de
0,98, o que indica que o caráter é de fácil seleção, possibilitando um maior sucesso. Os
autores constataram que o grau médio de dominância foi diferente de zero, indicando a
existência de interação alélica de dominância no controle de todos os caracteres.
Sabendo da importância do tempo de cozimento na aceitação de uma cultivar,
BELICUAS et al. (2002) estudaram o controle genético da capacidade de cozimento dos
grãos de feijão do banco de germoplasma da UFLA. Os autores observaram que houve
uma ampla variação no tempo de cocção dos grãos das famílias e que as estimativas dos
valores de herdabilidade foram maiores que 65%, favorecendo a seleção de famílias
com menor tempo de cozimento.
JACINTO-HERNANDEZ et al. (2003) avaliaram 104 linhagens originadas do
cruzamento biparental entre linhagens contrastantes para o tempo de cozimento. Estas
104 linhagens foram avançadas até as gerações F6, F7, F8 e, juntamente com os pais,
foram avaliadas quanto à capacidade de cozimento. Em todas as gerações avaliadas, a
distribuição de freqüência foi contínua e a favor do genitor com menor tempo de
cozimento. Essa distribuição indica que a característica de capacidade de cozimento é
oligogênica (controlada por poucos genes). A magnitude da herdabilidade também foi
considerada alta (74%), uma vez que, valores de herdabilidade maiores que 50% são
considerados altos, permitindo maior sucesso com a seleção em programas de
melhoramento (PAULA, 2004).
SILVA & SANTOS (2005), sabendo que a capacidade de cozimento é
controlada geneticamente, é afetada pelas diferenças entre as linhagens e, ainda, sofre
influência do ambiente, realizaram um trabalho para obter mais informações sobre o
controle genético desse caráter. Os autores realizaram cruzamentos entre os genitores
Amarelinho e CI-107, para obtenção de uma população segregante. A estimativa de
herdabilidade encontrada foi de 68,58%, devido a acentuadas diferenças entre os tempos
de cozimento das famílias obtidas do cruzamento. Em relação ao número de genes
constatou-se que apenas um é responsável pelo controle desse caráter. Através desses
resultados os autores concluíram que houve ampla variação genética para o tempo de
cozimento, o que possibilita ganho acentuado com a seleção e que, apenas um gene
explica a maior parte dessa variação.
9
2.2.3 Fatores que afetam o tempo de cozimento
Devido à mudança da estrutura social, dos hábitos alimentares e a falta de tempo
da vida moderna, o menor tempo de cozimento no preparo do feijão torna-se um fator
determinante para o consumo. A preferência do consumidor brasileiro é pelo grão recém
colhido, uma vez que a qualidade do feijão é afetada no decorrer do tempo de
armazenamento (ESTEVES et al., 2002).
Segundo SOUSA (2003), durante o armazenamento dos grãos de feijão, ocorrem
algumas alterações químicas e/ou estruturais que levam a depreciação da qualidade
geral e do valor nutritivo do produto. Essa perda de qualidade caracteriza-se por
mudanças no sabor, escurecimento do tegumento dos grãos - em algumas cultivares - e
o aumento no grau de dureza dos grãos, o que resulta em acréscimos no tempo de
cozimento.
O endurecimento dos grãos de feijão tem sido atribuído à ação de polifenóis, por
meio de dois mecanismos: polimerização na casca ou pela lignificação dos cotilédones,
ambos influenciando na capacidade de absorção de água pelos grãos, em que o primeiro
dificulta a penetração de água e o segundo, limitando a capacidade de hidratação
(RIBEIRO et al., 2007).
A lignina é uma substância orgânica de natureza complexa, impermeável à água,
muito resistente à pressão e pouco elástica. Os teores de lignina em feijões variam de
8,4 g/100g a 13 g/100g de matéria seca, sendo que os teores em feijões armazenados são
mais elevados do que em feijões novos (PAULA, 2004).
Segundo SOUSA (2003), a absorção de água pela semente é um processo físico
e varia de acordo com a permeabilidade do tegumento (espessura e composição do
tegumento), temperatura (dentro de determinados limites, a absorção aumenta com a
temperatura), composição química (sementes ricas em proteínas, geralmente absorvem
água mais rapidamente que sementes ricas em amido) e condições fisiológicas (as
sementes imaturas e mais deterioradas absorvem água com maior velocidade, isso está
associado à maior desestruturação das membranas nessas sementes). Fatores genéticos
também afetam a capacidade de hidratação, pois interação cultivares x tempo de
embebição foi constatada em diversos trabalhos encontrados na literatura
(RODRIGUES et al., 2004).
A resistência ao cozimento é causada por diferentes tipos de dureza dos grãos.
Assim, o termo “hardshell” (casca dura) é uma condição em que sementes maduras e
secas não absorvem água dentro de um período razoavelmente longo quando
10
umedecidas (LEMOS et al., 1996). E o termo “hard-to-cook” (difícil de cozinhar) é
usado para descrever uma condição em que as sementes requerem um tempo de
cozimento prolongado para amolecerem, ou não amolecem, mesmo depois de um
cozimento prolongado em água fervente. O termo “hardshell” caracteriza a
impermeabilidade do tegumento à água e “hard-to-cook” está associado ao não-
amolecimento do cotilédone durante a cocção, mesmo que a semente absorva água
(BOURNE, 1967; VINDIOLA et al., 1986).
A ocorrência de “hardshell” é favorecida quando o armazenamento é realizado
em temperaturas altas e em baixa umidade relativa do ar e “hard-to-cook” ocorre,
especialmente, em condições de armazenamento em alta temperatura e alta umidade
relativa do ar (KIGEL, 1999). Com isso, a perda de qualidade durante o armazenamento
manifesta-se pelo aumento no grau de dureza do feijão, aumentando de forma
significativa o tempo necessário para o cozimento, além de alterar o sabor, e provocar o
escurecimento do tegumento em algumas cultivares (RIOS et al., 2002).
2.3 Composição Química dos Grãos
Segundo MESQUITA (2005), a composição química do feijão varia de acordo
com o local de semeadura, fatores ambientais e com o cultivar. Em média, o conteúdo
de proteínas situa-se entre 20% e 22%; carboidratos entre 58% e 62%; cinzas entre
3,5% e 3,8%; lipídeos entre 1,2% e 1,3% e fibra alimentar entre 18% e 22%, segundo a
Tabela Brasileira de Composição de Alimentos publicada pelo NEPA/UNICAMP
(TACO, 2006).
Sob o ponto de vista nutricional, o feijão apresenta substâncias que tornam o seu
consumo vantajoso, entre os quais, possui conteúdo protéico relativamente alto e teores
elevados de lisina, que exercem efeitos complementares às proteínas dos cereais; fibra
alimentar, com seus reconhecidos efeitos hipocolesterolêmico e hipoglicêmico; alto
conteúdo de carboidratos complexos e presença de vitaminas do complexo B. Por outro
lado, o feijão apresenta alguns problemas nutricionais como a baixa digestibilidade
protéica, conteúdo reduzido de aminoácidos sulfurados, a presença de fatores
antinutricionais e a baixa disponibilidade de minerais (LAJOLO et al., 1996).
A qualidade nutricional do feijão está relacionada com o perfil de aminoácidos e
o grau de digestibilidade, além de ser influenciada pela quantidade e qualidade de outras
proteínas consumidas juntamente com as proteínas do feijão, como o arroz (NIELSEN,
1993). Assim, a mistura dos dois tipos de alimentos, feijão e arroz, em proporções
11
adequadas, resultam numa complementação de proteínas de melhor valor biológico. Do
ponto de vista nutricional, um aspecto importante é o aumento da qualidade protéica de
dietas mistas contendo feijões e cereais, tais como arroz e milho, em decorrência do
efeito complementar entre o alto teor de lisina no feijão e os aminoácidos sulfurados dos
cereais (metionina, cisteína e cistina) (GAZZOLA, 1992). O hábito da população
brasileira de ingerir arroz com feijão em proporções adequadas, resulta num alimento
com teor protéico de alto valor biológico, próximo aos das proteínas de origem animal
(BRESSANI, 1989).
Em função da sua composição, o feijão proporciona vários benefícios à saúde,
sendo indicado na prevenção e no tratamento de várias doenças, tais como: distúrbios
cardíacos, diabetes, obesidade e câncer. Os feijões são alimentos que preenchem as
principais recomendações dietéticas para a boa saúde: aumento do consumo de fibras,
amido e outros carboidratos complexos e diminuição no consumo de lipídios e sódio.
Assim, as principais instituições internacionais de apoio e promoção à saúde indicam a
ingestão diária de uma ou mais porções de feijão (MOURA et al., 2005).
2.3.1 Proteínas
As proteínas são construídas a partir da união de seus aminoácidos. São cerca de
200 presentes na natureza, mas apenas 21 são metabolizados pelo organismo humano.
Entre estes, há oito que o nosso organismo não é capaz de sintetizar, são os chamados
aminoácidos essências, e por isso, devem ser consumidos por meio da nossa dieta. Os
outros 13 aminoácidos produzidos pelo nosso organismo são chamados de não
essenciais (alanina, arginina, ácido aspártico, aspargina, ácido glutâmico, cistina,
cisteína, glicina, glutamina, hidroxiprolina, prolina, serina e tirosina). Os aminoácidos
essenciais são: leucina, isoleucina, valina, triptofano, metionina, fenilalanina, treonina e
lisina (BOA SAÚDE, 2007).
Dentre as fontes de proteínas de alto valor biológico, ou seja, aquelas que
contêm todos os aminoácidos essenciais em quantidades e proporções ideais para
atender às necessidades orgânicas estão os ovos, o leite, a carne, o peixe e as aves. Os
alimentos de alta qualidade protéica são essencialmente de origem animal, enquanto que
a maioria das proteínas vegetais (lentilhas, feijões, ervilhas, soja, etc) é incompleta em
termos de conteúdo protéico e, portanto, possuem valor biológico relativamente menor.
Entretanto, convém compreender que todos os aminoácidos essenciais podem ser
obtidos, diversificando-se o consumo de alimentos (BOA SAÚDE, 2007).
12
Apesar de ser uma importante fonte protéica, devido à concentração elevada de
lisina, o feijão apresenta baixo valor biológico quando consumido isoladamente. Isso se
deve tanto à baixa digestibilidade quanto ao reduzido teor e biodisponibilidade de
aminoácidos sulfurados, principalmente a metionina. Contudo, essa deficiência é
suprida pelo consumo dessa leguminosa com alguns cereais, especialmente o arroz, que,
quando consumido junto com o feijão fornece todos os aminoácidos essenciais
necessários, uma vez que os cereais são pobres em lisina, porém ricos em aminoácidos
sulfurados, principalmente a metionina (RODRIGUES, 2004).
Diante desses fatos, torna-se importante o conhecimento da variabilidade
genética para teores de proteína em germoplasma elite brasileiro, para formação de
grupos dissimilares, permitindo dessa forma a identificação de acessos semelhantes e o
planejamento das melhores combinações híbridas a serem obtidas para o
desenvolvimento de germoplasma (RIBEIRO et al., 2005).
Na literatura tem sido relatada a presença de variabilidade genética para teor de
proteína em grãos de feijão, com valores compreendidos entre 18 e 30% de proteína
bruta (LONDERO, 2005). Também, há relatos de que cultivares de feijão do grupo
comercial preto apresentam maior teor médio de proteína bruta nos grãos (RAMOS
JÚNIOR et al., 2002; RAMOS JÚNIOR & LEMOS, 2002).
Estudos realizados por RIBEIRO et al. (2005), para identificar quais as melhores
combinações híbridas para o desenvolvimento de populações segregantes com melhor
qualidade nutricional, mostram que existe variabilidade genética para teor de proteína
em grãos de feijão dos grupos comerciais, preto e carioca. Os autores constataram que o
teor de proteína bruta dos genótipos avaliados variou de 19,30 a 30,62% para feijões do
grupo preto, e de 19,49 a 28,27% para grãos tipo carioca.
Acredita-se que o controle genético do teor de proteína em feijão seja exercido
por dois ou quatro genes e estimativas de herdabilidade, no sentido amplo, foram
encontradas variando de 30% a 64%, indicando forte efeito da variância ambiental
(LELEJI et al., 1972). Entretanto, foi observada mais recentemente herdabilidade no
sentido amplo de 88%, o que representa pouco efeito ambiental para essa característica
(ELIA et al., 1996, citado por LONDERO, 2005). Os resultados conflitantes
encontrados na literatura sugerem a necessidade de um melhor entendimento dos efeitos
genéticos, ambientais e da interação desses sob essa característica, uma vez que efeitos
significativos da interação genótipo x ambiente têm sido relatados para teor de proteína
em feijão (LEMOS et al., 1996; DALLA CORTE et al., 2003).
13
Sabendo da existência de variabilidade genética para o teor de proteína e da
importância desta, para que se possa exercer pressão de seleção artificial e obter ganho
de seleção, LONDERO et al. (2006) desenvolveram um trabalho para determinar os
parâmetros genéticos do teor de proteína dos grãos de feijão. Os resultados obtidos
pelos autores mostraram que algumas combinações apresentaram alta herdabilidade no
sentido amplo (61,86% a 83,43%) e maior ganho de seleção (4,27% a 6,75%).
O trabalho conduzido por LEÃO et al. (2005), objetivou avaliar o teor de
proteína em 106 genótipos F2:3, derivados do cruzamento de CNFC 7812 X CNFC
8056. Os genitores selecionados eram contrastantes em relação ao teor de proteína,
sendo que o CNFC 7812 continha 24%, e o CNFC 8056 com 19%. Os resultados
obtidos mostraram que o teor de proteína entre os genitores foi de 21,6%, entretanto, na
população segregante foram encontrados genótipos com até 29,23% de proteína. Com
base nos resultados, os autores sugeriram que a interação alélica aditiva é predominante
para a característica avaliada. Isso porque a média dos indivíduos F2:3 foram iguais à
média dos pais, e também por encontrar indivíduos com desempenho superior ao teor de
proteína encontrado no genitor com teor mais elevado.
2.3.2 Fibras alimentares
As fibras alimentares constituem uma complexa mistura de diferentes tipos de
polissacarídeos e de lignina, além de outras substâncias associadas, sendo ainda,
resistentes à hidrólise pelas enzimas alimentares do trato digestivo humano. Mas, partes
delas, fermentáveis pela microflora intestinal, proporcionam efeitos benéficos à saúde
(GREGÓRIO et al., 2001; COSTA, 2005).
Na maior parte, as fibras alimentares, derivam das paredes celulares das plantas
e, segundo COSTA (2005), podem ser classificadas conforme suas hidrossolubilidades,
viscosidades, capacidades de retenção de água e ligações aos minerais e moléculas
orgânicas. A principal característica para a classificação da fibra alimentar baseia-se na
solubilidade de seus componentes em água (Tabela 1); dessa forma são agrupadas em
fibras solúveis – pectinas, gomas, mucilagens e hemicelulose tipo A e em insolúveis –
celulose, lignina, hemicelulose tipo B.
14
Tabela 1. Classificação das fibras alimentares de acordo com a solubilidade dos seus componentes em água.
Fibras Insolúveis (Não hidrossolúveis)
Lignina Celulose Hemicelulose – tipo B
FIBRAS
Fibras Solúveis (Hidrossolúveis)
Hemicelulose – tipo A Pectinas Gomas Mucilagens
Adaptado de Roberfroid (1993), citado por COSTA (2005).
As fibras dos alimentos contêm uma mistura de componentes insolúveis e
solúveis em proporção variada. As fibras solúveis estão presentes em alimentos, tais
como: aveia, cevada, farelo de arroz, milho, legumes, verduras e frutas, e por serem
dissolvidas em água formando géis, facilitam a digestão. Essas fibras diminuem a
velocidade de esvaziamento gástrico, proporcionando diversos benefícios ao corpo
humano, pois ajudam na diminuição do colesterol, na redução de doenças
cardiovasculares e interferem no ritmo de absorção da glicose, ajudando dessa forma no
controle da diabetes mellitus. Já as fibras insolúveis estão presentes nos cereais, trigo,
pães, milho, feijão, soja, lentilhas e em vários frutos e vegetais; como efeitos
fisiológicos, aceleram o tempo de trânsito intestinal, aumentam o peso das fezes,
auxiliando na prevenção de doenças do trato gastrointestinal (GUTKOSKI &
TROMBETTA, 1999; GREGÓRIO et al., 2001).
As sementes de leguminosas contêm mais fibras do que os cereais e são fontes
melhores de fibra solúvel. O feijão seco é um dos poucos alimentos que possui conteúdo
balanceado de ambas as frações de fibra (HUGHES, 1991), o que torna o seu consumo
vantajoso para a saúde humana.
Não existe um método analítico único que dose separadamente todos os
componentes das fibras alimentares. Atualmente, vários métodos e técnicas continuam
sendo testados e melhorados, com o propósito de aumentar sua precisão, rapidez,
robustez e diminuir os custos das análises. No momento, o método enzimático-
gravimétrico é a metodologia mais aceita pela comunidade científica e pelos órgãos
regulatórios de alimentos, sendo adotado pelo Ministério da Saúde para rotulagem de
alimentos.
Pela literatura científica observa-se que muitos trabalhos ainda empregam o
método de fibra bruta para determinar o teor de fibras na caracterização de cultivares de
15
feijão (ANTUNES et al., 1995; RIBEIRO et al., 2005). Porém ao estimar as fibras por
meio deste método, uma porção significativa da fibra alimentar total não será
considerada, uma vez que o método determina apenas uma fração das fibras (celulose,
hemicelulose e lignina), enquanto que as pectinas, mucilagens e gomas são perdidas
(CAVALCANTI, 1989).
As fibras alimentares constituem a soma de polissacarídeos e de lignina que não
são digeridos pelas enzimas endógenas no trato gastrointestinal humano, enquanto que
fibra bruta refere-se ao resíduo obtido após a digestão de ácidos e álcalis determinado
em laboratório. Assim, o método enzimático-gravimétrico que quantifica o teor de fibra
alimentar total e as suas frações (solúvel e insolúvel) é o mais adequado, por simular o
processo de digestão humana.
Para o melhoramento genético, o desenvolvimento de genótipos com teores
diferenciados de fibra solúvel e insolúvel, para tornar o feijão um alimento funcional, de
alta qualidade e com maiores benefícios à saúde da população é um grande desafio
(LONDERO et al., 2006).
Os conteúdos de fibra alimentar e de suas frações presentes no germoplasma de
diferentes grupos comerciais de feijão apresentam valores diferenciados. Assim,
ACEVEDO & BRESSANI (1990), BECKER et al. (1986), CRUZ et al. (2004) e
OLIVEIRA et al. (1999) observaram em grãos de feijão do grupo de cor (branco,
vermelho, roxo, mulatinho e carioca) valores compreendidos entre 15,6 a 38,2% de fibra
alimentar (FA), 7,5 a 34,7% de fibra insolúvel (FI) e 1,8 a 10,2% de fibra solúvel (FS).
Em grãos de feijão do grupo preto foram constatados teores de 26,8 a 37,3% de FA,
22,6 a 34,2% de FI e de 2,2 a 6,1% de FS (ACEVEDO & BRESSANI, 1990; CRUZ et
al., 2004).
Há evidências de que maiores teores de fibra alimentar podem ser encontrados
em feijões de cor. Ao avaliarem 11 cultivares de diferentes grupos comerciais, SOARES
et al. (1996) constataram que a ‘Safira’ (tipo Roxo) apresentou o maior percentual de
fibra alimentar total (15,75%), sendo seguida da ‘Aporé’ (tipo carioca, com 15,23%) e
da ‘Rio Tibagi’ (tipo preto, com 13,09%).
OLIVEIRA et al. (1999) desenvolveram um trabalho para determinar o teor de
fibra em feijão vermelho, no qual encontraram valores de 15,83% de fibra alimentar
total (FA), 12,40% de fibra insolúvel (FI) e 3,43% de fibra solúvel (FS).
Com o objetivo de estimar a herdabilidade e o ganho de seleção para teor de
fibra solúvel (FS), fibra insolúvel (FI), e fibra alimentar total (FA), LONDERO et al.
16
(2006) estudaram populações obtidas de cinco diferentes cruzamentos entre genótipos
brasileiros de feijão. Os autores não encontram diferenças significativas para as frações
de fibra solúvel, cujo teor variou de 8,04% a 11,11%, e de fibra insolúvel, onde a
variação foi de 24,82% a 31,35%; apenas um cruzamento (Valente x Varre-Sai)
apresentou variabilidade genética para a fibra alimentar total, variando de 33,39% a
39,39%. Com base nos resultados, os autores sugerem a possibilidade de seleção nas
primeiras gerações para o teor de fibra alimentar para algumas combinações (Valente x
Varre-Sai), em virtude da alta herdabilidade (97,03%) e maior ganho de seleção.
Em outro trabalho, LONDERO et al. (2008) objetivaram investigar a presença
de variabilidade genética para o teor de fibra alimentar em populações segregantes de
feijão do grupo comercial preto. A partir dos cruzamentos entre os genitores CNFP
8100 x FT 96-1282 e Varre-Sai x BRS-Valente, as populações obtidas foram avaliadas
quanto aos teores de fibra solúvel, fibra insolúvel e fibra alimentar total. Valores de
33,39% a 39,39% de fibra alimentar total foram observados nas populações segregantes
de feijão, enquanto que para a fração de fibra solúvel a variação foi de 8,04% a 11,11%
e para o teor de fibra insolúvel o valor encontrado variou de 24,82% a 31,35%. Os
autores concluíram que não foi possível obter populações segregantes com variabilidade
genética para o teor de fibra alimentar total e suas frações solúveis e insolúveis.
A determinação do teor de fibra alimentar presente nos grãos de feijão é
essencial para a composição de dietas diferenciadas, em razão dos benefícios
proporcionados à saúde. Contudo, a avaliação da composição química dos grãos de
feijoeiro, enfocando o seu valor nutricional, ainda é muito recente no Brasil
(LONDERO, 2005). Assim, se faz necessário o estudo da quantificação do teor da fibra
alimentar e suas frações (solúvel e insolúvel), além da avaliação da variabilidade
genética e o efeito do ambiente e da interação genótipo x ambiente sobre esta
característica, uma vez que, os dados encontrados na literatura são bastante escassos.
2.4 Qualidade Tecnológica, Valor Proteíco e Interação Genótipo x Ambiente
O Brasil é um país que apresenta ambientes contrastantes devido a sua extensão
e localização. Nestes ambientes, ao longo dos anos, o homem tem adaptado de alguma
forma as suas atividades, especialmente aquelas relacionadas ao setor agrícola
(CARNEIRO, 1998). Dessa forma, as características relacionadas à produção vegetal
estão condicionadas ao controle genético do organismo, ao ambiente em que é cultivado
e à interação entre esses dois fatores. As diferentes respostas fenotípicas frente às
17
mudanças nas condições ambientais resultam em comportamentos distintos dos
genótipos, caracterizando a interação genótipo x ambiente. Se a expressão de um
determinado genótipo depende dos genes e do ambiente em que é avaliado, a interação
GxA deve ser mais um fator a considerar na análise. Assim, no melhoramento genético,
o processo de seleção de genótipos depende dos bons atributos agronômicos e da
consistência do mesmo frente às variações ambientais. (YAMAMOTO, 2006). Nestes
programas, os genótipos são avaliados em diferentes ambientes (ano, local, época de
semeadura e diferentes níveis de tecnologia) antes da seleção final, recomendação e
distribuição dos materiais para a exploração comercial (CARNEIRO, 1998).
Os parâmetros determinados pela qualidade tecnológica do feijão (tempo de
cozimento, hidratação dos grãos, expansão volumétrica, sólidos solúveis totais no caldo
e número de grãos inteiros após o cozimento) são determinados em parte pelo genótipo
e influenciados pelas condições do ambiente durante o desenvolvimento da planta e dos
grãos (DALLA CORTE et al., 2003). De acordo, com CARBONELL et al. (2003), a
qualidade dos grãos para o cozimento é afetada por fatores climáticos, tais como, alta
temperatura no período de enchimento dos grãos, pelas práticas de cultivo, de
beneficiamento pós-colheita, condições de armazenamento e tecnologia de
processamento. Portanto, as condições locais prevalecentes durante o desenvolvimento
da planta e obtenção dos grãos, podem contribuir para a ocorrência de interação
genótipo x ambiente nas características culinárias do feijão (SCHOLZ & FONSECA
JÚNIOR, 1999 b).
Considerando a importância do tempo de cozimento como exigência de mercado
e este sendo um fator que sofre grande influência ambiental, CARBONELL et al.
(2003) avaliaram 19 linhagens promissoras de feijoeiro provenientes dos principais
programas de melhoramento do Brasil. Os experimentos foram instalados em sete locais
do estado de São Paulo, nas três épocas de cultivo no ano de 2000 (“águas”, “seca” e
“inverno”). Os resultados da análise conjunta por época e no conjunto das épocas
indicaram que as condições locais de obtenção dos grãos influenciaram os resultados da
qualidade tecnológica dos grãos e na diferenciação entre os genótipos, indicando alta
interação genótipo x ambiente. Alguns programas de melhoramento nacionais, tais
como: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA - Arroz e Feijão);
Instituto Agronômico (IAC); Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR); Universidade
Federal de Lavras (UFLA) e Universidade Federal de Viçosa (UFV) também têm
reportado diferenças na qualidade tecnológica dos grãos entre genótipos de feijoeiro.
18
Segundo LEMOS et al. (2004), as características da cultivar, o tempo
transcorrido após a colheita, o histórico do armazenamento, a temperatura utilizada no
processo de seleção e as condições ambientais durante o cultivo do feijoeiro influenciam
o tempo de cozimento dos grãos. De acordo com SCHOLZ & FONSECA JUNIOR
(1999a), o cozimento dos grãos de feijão depende ainda, da capacidade de absorção de
água e das características do tegumento do grão.
Devido à importância da determinação da qualidade tecnológica dos grãos de
feijão, CARBONELL et al. (2005) realizaram um trabalho para avaliar tais
características em linhagens/cultivares de feijoeiro semeados em diferentes ambientes
do estado de São Paulo, durante as épocas de cultivo “da seca” e “de inverno” de 2004.
Novamente, as avaliações revelaram que as condições locais de obtenção dos grãos para
a análise da qualidade tecnológica influenciaram nos resultados e na diferenciação entre
os genótipos, indicando alta interação genótipo x ambiente. Quando comparada às
médias obtidas entre as épocas de cultivo, observou-se que a época “de inverno”
propiciou melhores resultados para porcentagem de embebição antes do cozimento
(Peanc) do que o cultivo “da seca”. No entanto, na época “da seca”, as
linhagens/cultivares apresentaram tempos de cozimento menores do que os obtidos na
época “de inverno”, o que não deveria acontecer uma vez que quanto maior a
porcentagem de embebição menor é o tempo de cozimento. Esse resultado reforça a
afirmação de RODRIGUES et al. (2005a) da necessidade de padronizar o tempo ideal
de permanência dos grãos em embebição para a avaliação da capacidade de absorção de
água.
De acordo com LAM-SANCHEZ et al. (1990), as diferentes épocas de
semeadura afetaram as características de hidratação e o tempo de cozimento dos grãos
das cultivares de feijão avaliadas. Os autores observaram uma incidência maior de grãos
com casca dura na época “da seca” para as cultivares Ayso (7,4%) e Carioca-80
(19,5%). No entanto, na época “das águas”, a porcentagem destes grãos foi quase nula,
com apenas a cultivar Paraná-1 apresentando 4,5% de grãos duros. A ocorrência de
grãos duros, sem a capacidade de absorção de água durante o processo de embebição, é
conhecida na produção de sementes em situações de estresse hídrico (seca e altas
temperaturas), próximas à época de colheita (CARBONELL et al., 2003).
No trabalho realizado por RODRIGUES et al., (2005b), estudou-se o efeito de
diferentes épocas de semeadura sobre as características de absorção de água e tempo de
cozimento dos grãos de feijão. Apenas na época 5 (semeadura em fevereiro), houve
19
redução do tempo de cozimento, provavelmente em conseqüência da maior
disponibilidade hídrica registrada durante o período de enchimento dos grãos. Em
relação ao tempo de embebição, as cultivares apresentaram comportamento
diferenciado, de acordo com a época de cultivo, comprovando que o genótipo e as
condições ambientais a que esses grãos são submetidos durante o seu desenvolvimento,
interferem no tempo máximo de hidratação dos grãos. Resultados semelhantes foram
obtidos por SCHOLZ & FONSECA JUNIOR (1999b), que avaliando oito genótipos em
três ambientes para tempo de cozimento, capacidade de absorção de água, sólidos
solúveis totais no caldo e grãos inteiros após cozimento concluíram que na análise
tecnológica há efeitos de ambientes, genótipos e de interações genótipo x ambiente. Os
autores ainda ressaltaram, que o tempo de cozimento apresentou correlação significativa
e negativa com a concentração de sólidos solúveis totais no caldo após o cozimento,
indicando que esta característica provavelmente está associada com características do
tegumento de cada genótipo.
Sabendo que a conservação adequada pode manter as características do grão
recém-colhido por mais tempo, assegurando um melhor valor comercial do produto
estocado, RIBEIRO et al., (2007) avaliaram o efeito de períodos de semeadura na
qualidade de cozimento de grãos de feijão da cultivar FT-Nobre, quando armazenados
em diferentes condições de temperatura, umidade e tempo de estocagem. Os resultados
obtidos indicaram que semeaduras tardias (novembro) e armazenamento sob
temperatura média de 12° C e umidade relativa de 45-50% favorecem a ocorrência de
grãos duros (3,11%). Também foram observados efeitos da interação genótipo x
ambiente para absorção de água e tempo de cozimento, sendo estes afetados pelo
período de semeadura, pelas condições (temperatura e umidade relativa) e período de
armazenamento.
A variação do teor de proteínas não dependente apenas da expressão genética
que controla a síntese e o acúmulo de frações específicas de proteínas, mas também de
genes que controlam outros fatores, como aquisição de nutrientes, vigor da planta,
maturação, tamanho da semente, síntese e acúmulo de amido na semente (OSBORN,
1988).
Há evidências de que, além da própria cultivar, o conteúdo protéico dos feijões
pode ser influenciado por fatores climáticos e pelo local de cultivo (FARINELLI, 2006).
Assim, BURATTO et al. (2005), realizou um trabalho para avaliar os efeitos da
interação genótipo por ambiente nos teores de proteína de grãos em cultivares e
20
linhagens de feijoeiro desenvolvidas pelo programa de melhoramento do IAPAR ou
introduzidas de outras instituições de pesquisa. Os autores concluíram que os genótipos
estudados apresentaram variabilidade genética para os teores de proteína no grão
(22,68% a 25,52%), sendo que estes teores foram influenciados pelo local de cultivo e
pela interação dos genótipos por ambientes.
Na cultura do feijão, existem relatos do teor de proteína bruta ser influenciado
negativamente pela produtividade de grãos. Os dados obtidos por RAMOS JÚNIOR et
al. (2005) indicam que este fato foi observado para algumas cultivares. O teor médio de
proteína nos grãos avaliados foi de 20,5%, valor este inferior aos 22,7% e 25,4%
verificados, respectivamente, por PÁRRAGA et al. (1981) e PIMENTEL et al. (1988).
Esses resultados mostram que as variações do teor protéico ocorrem em função da
cultivar, local e condições ambientais de cultivo (LAJOLO et al., 1996).
Sabendo que o feijão é uma importante fonte protéica e energética, e constitui
um dos alimentos tradicionais da dieta do brasileiro, LEMOS et al. (2004) determinaram
o teor de proteína de genótipos de feijão do grupo comercial carioca. O teor de proteína
bruta variou de 18,6% a 23,8% e de 17,0% a 21,8% nos anos de 2001 e 2002,
respectivamente. Alguns dos genótipos avaliados não apresentaram teor de proteína
bruta acima de 20% no ano de 2001, enquanto no ano de 2002 apenas três dos genótipos
avaliados apresentaram teor de proteína acima de 20%. No entanto, os genótipos que
apresentaram os maiores teores de proteína não se sobressaíram em relação à
produtividade de grãos, nos dois anos de cultivo. Os resultados obtidos nesse trabalho
estão de acordo com a afirmação de LAJOLO et al. (1996), que o conteúdo protéico é
variável em razão do local de cultivo, de fatores ambientais e da própria cultivar.
2.5 Adaptabilidade e Estabilidade Fenotípica
As respostas diferenciadas dos genótipos frente às variações ambientais
representam um problema para os agricultores e um desafio para os melhoristas
(YAMAMOTO, 2006). Esta resposta diferenciada dos genótipos à variação do ambiente
é denominada interação genótipos x ambientes. Isso significa que os efeitos genéticos e
ambientais não são independentes, uma vez que as respostas dos genótipos podem
diferir com as variações ambientais (CARNEIRO, 1998).
Para os agricultores, as cultivares devem apresentar o mínimo de interação com
o ambiente, proporcionando dessa forma redução nos riscos da produção agrícola e
garantia de lucros com a safra. Para os melhoristas, a interação GxA pode tornar-se
21
indesejável, pois dificulta a recomendação de cultivares em vários ambientes, tornando
necessário, o desenvolvimento de cultivares específicas para cada ambiente ou avaliar o
desempenho das futuras cultivares, em diferentes anos e locais, a fim de se ter
conclusões mais consistentes (AMORIM et al., 2006).
Detectada a interação, uma alternativa para atenuar seus efeitos é a identificação
de genótipos com maior estabilidade aos ambientes de cultivo (MORAIS, 2005). Nesse
contexto, os métodos para estudos de adaptabilidade e estabilidade merecem destaque.
Na literatura cientifica são encontradas diversas definições e interpretações para
adaptabilidade e estabilidade.
Segundo MARIOTTI et al. (1976), o termo adaptabilidade refere-se à
capacidade dos genótipos em assimilarem vantajosamente o estímulo ambiental
enquanto a estabilidade é definida como a capacidade dos genótipos de exibirem um
desempenho o mais constante possível, em função das variações da qualidade do
ambiente.
De acordo com BECKER & LÉON (1988), a estabilidade é dividida em dois
tipos: estática, associando aqueles genótipos que apresentam desempenho constante
com as variações ambientais; e dinâmico, associando os genótipos que apresentam um
comportamento previsível dentro das variações ambientais.
O termo estabilidade, para VENCOVSKY & BARRIGA (1992), refere-se a
maior ou menor habilidade apresentada por alguns genótipos para adaptarem-se às
variações climáticas ao longo dos anos agrícolas, dentro de uma localidade. Nesse caso,
o termo adaptabilidade é utilizado para designar a adaptação ecológica a diferentes
ambientes, tais como locais ou condições geográficas distintas.
Para CRUZ et al. (2004), a estabilidade estaria relacionada com a capacidade
que um genótipo tem de mostrar um comportamento altamente previsível em função do
estimulo ambiental. De modo prático, a adaptabilidade representa a capacidade do
genótipo em exibir um bom desempenho em determinado ambiente de cultivo, enquanto
que a estabilidade se refere à capacidade que este genótipo têm de não apresentar
diferenças significativas desse comportamento ao longo dos anos (BIUDES, 2007).
A definição empregada por EBERHART & RUSSEL (1966) permite entender a
adaptabilidade como a capacidade de um genótipo em aproveitar vantajosamente o
estímulo do ambiente de maneira a assegurar um alto nível produtivo em todos os
ambientes (adaptabilidade ampla) ou ambientes específicos (favoráveis ou
desfavoráveis). Já o termo estabilidade, está relacionado com a capacidade dos
22
genótipos em apresentarem um comportamento altamente previsível em função do
estímulo ambiental.
Entre as definições empregadas, LIN et al. (1986) classificaram os conceitos de
estabilidade em três tipos: a) conceito tipo I - um genótipo é considerado estável quando
o seu comportamento é constante frente às variações ambientais; b) tipo II - um
genótipo é considerado estável se sua resposta aos ambientes é paralela à resposta média
de todos os genótipos no experimento; c) estabilidade do tipo III - um genótipo é
considerado estável se for pequeno o quadrado médio do desvio da regressão da
produtividade média do cultivar sobre o índice ambiental.
Existem muitas metodologias de analise de adaptabilidade e estabilidade. A
diferença entre elas origina-se nos próprios conceitos de estabilidade e nos
procedimentos biométricos de quantificar a interação entre cultivares e ambientes
VENCOVSKY & BARRIGA (1992). Dos métodos existentes, CRUZ et al. (2004)
descrevem a existência de procedimentos baseados na análise de regressão linear
simples (Finlay & Wilkson e Eberhart & Russel); na análise de regressão múltipla
(Silva & Barreto e Cruz et al.); métodos não paramétricos (Lin & Binns, Annichiarico);
método multivariado (ACP – Crossa) e métodos que integram análise comum de
variância (univariado) com análise de componentes principais (multivariado), a exemplo
da análise AMMI.
Segundo MACHADO (2007), esses métodos deverão ser empregados quando
ocorrerem interações entre cultivares e ambientes significativas, sendo complementares
às análises de variância, individuais e conjunta, realizadas em uma série de ambientes.
Um dos modelos que vem sendo empregado no melhoramento genético é o
proposto por LIN & BINNS (1988), modificado por CARNEIRO (1998), pela
simplicidade de seus cálculos e facilidade de interpretação dos resultados. A análise
baseia-se na avaliação da performance genotípica (Pi) dos cultivares em teste; o
estimador da performance genotípica (Pi) refere-se ao quadrado médio da distância
entre a média do cultivar e a resposta média máxima para todos os ambientes. Quanto
menor o valor de (Pi) maior a estabilidade do cultivar. A decomposição de (Pi) proposta
por CARNEIRO (1998) nas partes devidas a ambientes favoráveis e desfavoráveis
ajustou o estimador para ambientes onde há emprego de alta e baixa tecnologia,
respectivamente. A classificação destes ambientes foi feita com base nos índices
ambientais, definidos como a diferença entre a média dos cultivares avaliados em cada
ambiente e a média geral.
23
De modo geral, o ideal seria obter uma cultivar que apresente adaptabilidade
geral e previsibilidade alta, sendo capaz de responder ao estimulo do ambiente e de ser
estável, mantendo bom desempenho quando as condições ambientais forem
desfavoráveis. Assim, é de grande importância para os programas de melhoramento o
estudo da adaptabilidade e estabilidade fenotípica das cultivares.
2.6 Correlação entre Caracteres
A correlação entre caracteres que somos capazes de visualizar diretamente ao
nível de um experimento é de natureza fenotípica (VENCOVSKY & BARRIGA, 1992).
Segundo HARTIWIG et al. (2006), o estudo de correlações entre caracteres nos
programas de melhoramento é muito importante, pois têm por finalidade aprimorar o
genótipo não para caracteres isolados, mas para um conjunto simultâneo de caracteres.
As relações existentes entre os caracteres são, em geral, avaliadas por meio das
correlações genotípicas, fenotípicas e de ambiente. A correlação fenotípica é estimada
diretamente de medidas fenotípicas, sendo resultante, portanto, de causas genéticas e
ambientais (FERREIRA et al., 2003).
Os coeficientes de correlação medem o grau de associação entre valores pela
representação de pontos num sistema de coordenadas e suas respectivas posições em
relação a uma linha reta. Pode tanto ser considerado o coeficiente de correlação
paramétrico (Pearson) como o não paramétrico (Spearman). Os modelos não-
paramétricos implicam ordenação ascendente das variáveis, sendo suas principais
vantagens as variáveis não dependerem da distribuição da população e não serem
afetadas pela presença de valores aberrantes.
O coeficiente de correlação de Pearson mede o grau de relação entre as variáveis
expressas entre os valores +1 e -1. O valor +1 mostra que há correlação positiva perfeita
entre duas variáveis, o valor de -1 mostra que há correlação negativa perfeita, e valor 0
mostra que as variáveis não dependem linearmente uma da outra. Há uma forte
correlação entre as variáveis quando o coeficiente é maior que 0,8 e uma fraca
correlação se o coeficiente é inferior a 0,5.
24
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Material Genético
Os materiais genéticos utilizados neste estudo foram provenientes dos
experimentos regionais de (VCU – valor de cultivo e uso) semeados em diferentes
ambientes no estado de São Paulo, no biênio de 2005/2006 e 2006/2007. Os
experimentos foram compostos por dezenove genótipos provenientes dos principais
programas de melhoramento genético de feijoeiro do Brasil, destes, quatro linhagens
pertencem a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), cinco ao
Instituto Agronômico (IAC), quatro ao Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e duas
a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e quatro cultivares controle sendo duas do
grupo comercial diversos ou carioca (IAC-Carioca Tybatã e Pérola) e duas do grupo
comercial preto (IAC-Una e FT-Nobre) (Tabela 2).
Os experimentos foram semeados na época “das águas” de 2005 e 2006, “da
seca” de 2006 e 2007 e “de inverno” de 2006 e 2007. O delineamento experimental
utilizado em todos os experimentos foi o de blocos casualizados conforme as normas do
MAPA/SNPC para ensaios de feijoeiro, com três repetições, sendo as parcelas
constituídas por quatro linhas de 4 metros de comprimento, espaçadas de 0,50 metros
entre si, com 10 a 12 plantas viáveis por metro linear e a área útil da parcela
correspondendo às duas linhas centrais.
A adubação mineral foi realizada de acordo com a necessidade da cultura em
cada situação agrícola, levando-se em consideração informações encontradas em
AMBROSANO et al. (1997).
A fim de garantir o desenvolvimento normal das plantas de feijão, foi realizado
o controle das plantas daninhas por meio de aplicações de herbicidas ou por capina
manual. O controle das pragas e doenças foi feito pelo monitoramento da cultura e,
quando necessário, realizou-se aplicações de produtos recomendados para a cultura e,
para suplementar as necessidades de água da cultura, foram realizadas irrigações sempre
que necessário.
25
Tabela 2. Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro do tipo comercial carioca e preto – VCU 2005/2006/2007, no estado de São Paulo.
Cultivares e/ou Linhagens Tipo de Grão Instituição de Pesquisa1/
IAC-Alvorada Carioca IAC Gen 96A45-3-51-52-1 Carioca IAC Gen 96A98-15-3-52-1 Carioca IAC Gen 96A3-P1-1-1 Preto IAC IAC-Diplomata Preto IAC LP 9979 Carioca IAPAR LP 01-38 Carioca IAPAR LP 98-122 Preto IAPAR LP 02-130 Preto IAPAR BRS-Requinte Carioca EMBRAPA BRS-Pontal Carioca EMBRAPA BRS-Supremo Preto EMBRAPA BRS-Grafite Preto EMBRAPA CV-48 Carioca UFLA Z-28 Carioca UFLA IAC – Carioca Tybatã Carioca – testemunha IAC Pérola Carioca – testemunha EMBRAPA IAC-Una Preto – testemunha IAC FT-Nobre Preto – testemunha FT
1/ IAC = Instituto Agronômico; FT = FT-Pesquisa e Sementes; IAPAR = Instituto Agronômico do Paraná; EMBRAPA = Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária; UFLA = Universidade Federal de Lavras.
3.2 Ambientes Utilizados na Condução dos Ensaios
Os municípios (locais) utilizados para a condução dos experimentos de campo e
as épocas de semeadura que compuzeram os ensaios de VCU 2005/2006/2007 estão
descritos na Tabela 2. Estes locais, formam o conjunto dos 18 ambientes estudados.
Tabela 3. Ambientes utilizados para a condução dos experimentos regionais nas respectivas épocas de semeadura.
Épocas de semeadura
Águas/2005 Seca/2006 Inverno/2006 Águas/2006 Seca/2007 Inverno/2007
Mococa Avaré Colina Mococa Avaré Colina
Monte Alegre
do Sul Capão Bonito Fernandópolis Capão Bonito
Monte Alegre
do Sul Mococa
Tatuí Mococa Ribeirão Preto Avaré Tatuí Araras
As respectivas latitudes e altitudes dos municípios (ambientes) utilizados para
cada experimento são: Avaré (latitude 23° 05’ e altitude 810 metros); Capão Bonito
(latitude 24° 00’ e altitude 702 metros); Colina (latitude 20° 42’ e altitude 595 metros);
26
Fernandópolis (latitude 20° 17’ e altitude 535 metros); Mococa (latitude 21° 28’ e
altitude 625 metros); Monte Alegre do Sul (latitude 22° 40’ e altitude 750 metros);
Ribeirão Preto (latitude 21° 11’ e altitude 621 metros); Tatuí (latitude 23° 19’ e altitude
600 metros) e Araras (latitude 22° 21’ e altitude 629 metros).
3.3 Determinação da Qualidade Tecnológica
As avaliações analíticas das qualidades tecnológicas foram efetuadas em
sementes com até 60 dias depois de colhidas, uniformizadas por peneiras de
classificação (peneira 13) e pré-analisadas para a retirada de sementes visualmente
danificadas por insetos ou dano mecânico. As sementes, depois de selecionadas, foram
armazenadas em geladeiras de uso doméstico com temperatura estável de 10ºC.
Para a determinação da qualidade tecnológica, fez-se o uso de três repetições
analíticas e as variáveis avaliadas foram:
● Porcentagem de embebição de água antes do cozimento (Peanc);
● Porcentagem de embebição após cozimento (Peapc);
● Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI);
● Tempo médio de cozimento determinado pelo Cozedor de Mattson (TC);
● Expansão volumétrica dos grãos após cozimento (EV);
● Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc).
3.3.1 Porcentagem de embebição de água antes do cozimento (Peanc)
A porcentagem de embebição de água antes do cozimento foi determinada
aplicando-se a metodologia modificada, baseada em SARTORI (1982). No estágio
inicial do procedimento analítico foram amostradas aproximadamente 30g de sementes
uniformes e inteiras, obtendo-se, deste modo, a massa de sementes antes da embebição
(MS). As sementes foram colocadas em béquer de 250mL, com 100mL de água
destilada, por 16 horas à temperatura ambiente. Após o período de embebição, as
sementes foram retiradas e foram rapidamente secas com papel toalha. Em seguida,
foram pesadas obtendo-se a massa dos grãos úmidos (MU). A porcentagem de
embebição foi determinada pela fórmula:
% Peanc = MS
x 100 MU - MS
27
3.3.2 Porcentagem de embebição após cozimento (Peapc)
Para a determinação do Peapc, foram amostradas 30 g de sementes uniformes e
inteiras, obtendo-se a massa de sementes antes da embebição (MS). Após o período de
embebição de 16 horas à temperatura ambiente, os grãos foram aquecidos por 1 hora,
utilizando-se uma chapa aquecedora elétrica e iniciando a contagem do tempo após o
início da fervura da água. Os grãos (inteiros e fragmentados) foram drenados e pesados,
obtendo-se a massa úmida dos grãos após cozimento (MUc). A porcentagem de
embebição foi determinada pela seguinte fórmula:
3.3.3 Tempo médio de cozimento determinado pelo cozedor de Mattson (TC)
A análise para determinação do tempo médio de cozimento foi realizada
seguindo metodologia adaptada dos métodos propostos por PROCTOR & WATTS
(1987) e SARTORI (1982). Como nos métodos passados, 30 g de sementes uniformes e
inteiras foram amostradas, permanecendo em embebição em água destilada por 16 horas
à temperatura ambiente. Destes, vinte e cinco grãos escolhidos aleatoriamente foram
colocados no Cozedor de Mattson (cada grão colocado individualmente em uma
cavidade do aparelho e sob uma vareta de metal de 90g e 1,48 mm de diâmetro de
ponta). Foram aquecidos 1000mL de água destilada até a fervura, em béquer com
capacidade para 3000mL, e o cozedor, já preparado com os grãos, foi colocado dentro
do béquer. O tempo de cozimento das amostras foi medido por meio de cronômetro, até
o momento em que a treze varetas perfurassem os grãos.
3.3.4 Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI)
A quantificação da porcentagem de grãos inteiros foi realizada com as mesmas
amostras de sementes utilizadas para a determinação da porcentagem de embebição
após cozimento. Os grãos após o cozimento foram contados e separados em duas
porções: inteiros e partidos. A seguir, quantificou-se, a porcentagem de grãos inteiros.
MUc – MS % Peapc = x 100
MS
28
3.3.5 Determinação da taxa de expansão volumétrica dos grãos após cozimento (EV) Para essa avaliação, inicialmente foram amostradas aproximadamente 30 g de
sementes uniformes e inteiras, obtendo-se, deste modo, a massa de sementes antes da
embebição (MS). Após o período de embebição de 16 horas em água destilada os grãos
foram aquecidos por uma hora, utilizando-se chapa aquecedora elétrica e iniciando a
contagem do tempo após o início da fervura da água. Após o cozimento, os grãos foram
retirados do recipiente, pré-lavados com água destilada e levemente secos com papel-
toalha. As amostras foram colocadas em uma proveta com capacidade para 500 mL,
contendo 250 mL de água destilada. Em seguida, mediu-se, em mL, o volume deslocado
da água (VD).A taxa de expansão volumétrica foi determinada pela seguinte fórmula:
3.3.6 Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)
O método foi padronizado baseando-se na metodologia descrita por SARTORI
(1982). Em béqueres de forma alta, foram amostradas 10g de sementes uniformes e
inteiras, obtendo-se, deste modo, a massa seca das sementes. Após o período de
embebição, em 100 mL de água destilada por 16 horas, os béqueres com os feijões
foram aquecidos em chapa elétrica, empregando-se os tempos de cozimento
previamente estabelecidos para cada cultivar nos testes de cozimento. Em seguida, os
caldos obtidos com a cozimento foram filtrados, sendo coletados em béqueres limpos,
secos e de massas conhecidas, utilizando-se como instrumento de filtração uma peneira
com 0,70 mm de abertura. Durante a filtração, os feijões e os béqueres onde foram
realizados os cozimentos foram lavados com água destilada até completa extração dos
sólidos solúveis, sendo a água de lavagem recolhida juntamente com o caldo. Os
béqueres com os caldos foram secos em estufa com circulação de ar forçado, a 60ºC.
Após a secagem completa do caldo, os béqueres foram novamente pesados. Os teores de
sólidos solúveis totais no caldo foram determinados de acordo com a fórmula descrita
abaixo.
SSTc (%) = [(massa do béquer + resíduo seco) – (massa do béquer)] x 100
MS
MSEV=
VD = g/mL
29
3.4 Determinação da Composição Química
As avaliações analíticas para as determinações da composição química foram
efetuadas nas sementes com até 60 dias depois de colhidas, realizando os mesmos
procedimentos de uniformização e armazenamento das sementes como descrito para a
Determinação da Qualidade Tecnológica dos grãos, avaliando-se com duas repetições
os seguintes caracteres:
● Teor de água nos grãos (T.A.G.);
● Teor de proteína bruta (PB);
● Teor de fibra alimentar total (FT), solúvel (FS) e insolúvel (FI).
3.4.1 Teor de Água nos Grãos (T.A.G.)
A determinação da umidade dos grãos foi feita segundo a metodologia oficial
descrita pela AOAC (1998). Pesou-se 5g de amostra moída (A), secando-a em estufa
com circulação de ar forçado a 100°C até obtenção constante de massa seca (AS). A
porcentagem do teor de água (T.A.G.) foi dada por:
O tempo mínimo utilizado para secagem foi de 5 horas. As amostras foram
colocadas na estufa em placas de Petri, cujas massas foram descontadas no cálculo da
matéria seca.
3.4.2 Teor de proteína bruta (PB)
As análises de proteína bruta (PB) nos genótipos de feijoeiro foram realizadas
conforme metodologia analítica descrita em BATAGLIA et al. (1983), utilizando-se o
método microKjeldhal. Primeiramente, amostras de grãos de cada genótipo foram
tomadas ao acaso e moídas em moinho, com a finalidade de se obter partículas menores
do que 1mm. Logo após este procedimento, as amostras foram armazenadas em potes
plásticos, devidamente identificados e conservados adequadamente até o momento da
realização da análise.
Para realização da digestão da amostra com destruição de toda a matéria
orgânica e isolamento do nitrogênio protéico, transferiu-se cerca de 0,200g de material
vegetal para balão de Kjeldahl de 100 mL, adicionando, em seguida, 0,500g de sulfato
de potássio e 3mL de ácido sulfúrico concentrado. A digestão das amostras foi feita em
T.A.G. (%) = AS
A x 100
30
temperatura acima de 350°C, até a obtenção de um extrato claro. Após resfriamento do
meio, adicionou-se 2mL de água oxigenada, reaquecendo a solução ácida até
evaporação residual da água oxigenada e obtenção de extrato totalmente claro.
Posteriormente, realizou-se a destilação do nitrogênio protéico em meio básico,
recolhendo a amônia destilada em solução de ácido bórico em presença de indicadores.
A determinação do teor de nitrogênio foi realizada, titulando as soluções das amostras
em ácido bórico com solução de ácido clorídrico 0,01N até a mudança de coloração dos
indicadores, do azul esverdeado para a cor rosa.
Para estimar o conteúdo de proteína bruta, os valores de nitrogênio foram
multiplicados pelo fator de conversão igual a 6,25, com os resultados expressos em base
seca (g/100g de matéria seca).
3.4.3. Teor de fibra alimentar total (FT), fibra solúvel (FS) e fibra insolúvel (FI)
Para a determinação da fibra alimentar total (FAT) e de suas frações (FS e FI)
aplicou-se o método enzimático, procedente de estudo colaborativo, proposto por LEE
et al. (1992). Devido à complexidade da análise, essas avaliações foram realizadas
apenas nos cultivares padrões do grupo comercial carioca (IAC-Carioca Tybatã e
Pérola) e do grupo comercial preto (IAC-Una e FT-Nobre) utilizados nos experimentos
de VCU, na época “das águas” de 2005, “da seca de” 2006 e “de inverno” de 2006.
Os grãos foram moídos até a obtenção de partículas extremamente finas (1mm).
Para a digestão enzimática do material, pesaram-se 0,5g das amostras moídas em
béqueres de forma alta, de 600mL. Logo após, foram adicionados aos béqueres 40 mL
de solução tampão MES/TRIS (pH = 8,2) e 200µL da enzima α-amilase. As amostras
foram incubadas em banho-maria a 95-100ºC, por 15 minutos, para digestão do amido
presente pela enzima. Os béqueres foram retirados do banho e resfriados a 60ºC.
Adicionou-se em cada béquer 200µL da enzima alcalase (protease), sendo as amostras
novamente incubadas em banho-maria a 60ºC, por 30 minutos, para a digestão das
proteínas encontradas no meio. Os béqueres foram novamente retirados do banho, sendo
o pH das soluções ajustado para 4,0 - 4,7, com solução de HCl 0,561N. Em seguida,
300µL da enzima amiloglucosidase foram adicionados ao meio e estes foram mantidos
a 60ºC por mais 30 minutos, para digestão de alguma porção de amido resistente à
primeira etapa da digestão.
Para a determinação do teor de fibras insolúveis, as amostras digeridas pelas
enzimas foram filtradas em cadinhos de vidro com placa de porcelana porosa, nos quais
31
foram adicionadas camadas de celite (agente auxiliar de filtração). Os cadinhos com a
celite foram previamente levados a mufla, a 500ºC, e pesados. Durante o processo de
filtração, com a finalidade de passar todo o resíduo resultante da digestão para os
cadinhos e para eliminação das substâncias interferentes, os béqueres com as soluções
digeridas e os cadinhos de vidro foram lavados com água destilada, a 60ºC. Em seguida,
os resíduos obtidos foram enxaguados com 15 mL de etanol a 78% e 15 mL de etanol a
95%. Os cadinhos com os resíduos das fibras insolúveis foram mantidos em estufa
ventilada a 60ºC, por 12 horas, e pesados.
Para a determinação de fibras totais, cujo procedimento de digestão é o mesmo
para as fibras insolúveis, foi necessário adicionar ao material digerido pelas enzimas um
volume de etanol a 95% (igual a quatro vezes o volume do material digerido), deixando
a solução em repouso por uma hora. A adição de etanol ao material digerido tem como
finalidade a precipitação da fração solúvel. Os cadinhos com camadas de celite,
previamente pesados, e os béqueres com as soluções digeridas foram lavados com
etanol a 95%, a 60ºC. Em seguida, os cadinhos com os resíduos das fibras totais
(solúvel e insolúvel) foram secos em estufa ventilada a 60ºC, por 12 horas, e pesados.
Os teores de fibra solúvel foram obtidos pela diferença entre os valores de FAT
e FI, sendo os resíduos da FAT e FI corrigidos para proteínas, cinzas e branco.
3.5 Análise Estatística dos Dados
3.5.1 Análise de variância individual e conjunta
Os resultados obtidos foram submetidos às análises de variância individuais,
para cada ensaio (Tabela 4), com a finalidade de detectar significância dos efeitos de
genótipos, e posteriormente, todas as características foram submetidas às análises de
variância conjunta (Tabela 5).
O modelo matemático utilizado para análise de variância individual é dado por:
Yij = µ + gi + rj + eij
Onde,
Yij: observação do genótipo i na repetição j;
µ: média geral do caráter;
gi: efeito fixo da linhagem i; i = 1,..., T;
rj: efeito aleatório da repetição j; j = 1,..., J;
32
eij: erro experimental associado a parcela ij admitido ser independente e com
distribuição normal de média zero e variância σ2.
Tabela 4 Análise de variância individual.
FV GL QM E(QM) F Blocos (B) b – 1 QMB QMB/QMR σ
2 + gσ2B
Genótipos (G) g – 1 QMG QMG/QMR σ2
+ bΦ2G
Resíduo (b-1) (g-1) QMR σ2
Total (bg) – 1
A análise conjunta de variância (Tabela 5) foi realizada pelo modelo de blocos
casualizados, constituído de efeitos fixos para genótipos, ambientes e para a interação
de genótipos com ambientes. O modelo matemático da análise é dado por:
Yijl = µ + bl(j) + gi + aj + (ga)ij + є (il)j
Onde,
ijlY : valor observado do genótipo i no bloco l (l = 1, 2, ..., r) e dentro do ambiente j;
µ : média geral dos experimentos;
)(jlb : efeito aleatório do bloco l dentro do ambiente j;
ig : efeito fixo do genótipo i, com i = 1, 2, 3, ..., p;
ja : efeito fixo do ambiente j, com j = 1, 2, 3, ..., q;
ijga)( : efeito fixo da interação do genótipo i com o ambiente j;
є (il)j: erro experimental.
Tabela 5. Análise de variância conjunta.
FV GL SQ QM F E(QM)
Blocos/Ambientes (b –1)a SQB QMB/A - σ2 + gσ
2B/A
Ambientes (A) a – 1 SQA QMA QMA/QME σ2 + gbΦ
2A
Genótipos (G) g –1 SQG QMG QMG/QME σ2 + abΦ
2G
Interação G x A (g - 1) (a -1) SQGA QMG x A QMG x A/QME σ2 + bΦ
2GA
Erro a (b -1) (g -1) SQE QME - σ2
Total agb -1 SQT
33
A análises de variâncias individuais e conjuntas foram realizadas utilizando-se o
modelo PROC GLM de ANAVA do programa computacional SAS (Statistical Analysis
System), devido ao desbalanceamento dos dados. As médias dos genótipos estudados,
em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (IAC-Una e
FT-Nobre), e do grupo comercial carioca (IAC-Carioca Tybatã e Pérola), foram
comparadas pelo teste de Dunett (5%).
A detecção da interação significativa de genótipos com as épocas de semeadura
possibilitou o uso da análise de adaptabilidade e estabilidade, como forma de obter
dados complementares que permitam maior segurança na identificação de linhagens
superiores para todos os ambientes ou para ambientes específicos (favoráveis e
desfavoráveis).
3.5.2 Adaptabilidade e estabilidade: Lin & Binns modificado por Carneiro (1998)
Para estimar a adaptabilidade e estabilidade dos genótipos de feijoeiro cultivados
em diferentes ambientes foram empregados os resultados das variáveis Peanc, Peapc,
PGI, TC, EV, PROD, T.A.G., SSTc e PB, adotando o método de LIN & BINNS (1988),
modificado por CARNEIRO (1998). As estimativas da adaptabilidade e estabilidade dos
genótipos de feijoeiro foram realizadas pelo programa computacional GENES (CRUZ,
2006).
Os valores do tempo de cozimento (TC) foram subtraídos de 100 e, os da
expansão volumétrica após o cozimento (EV) de 1, de tal modo que, os maiores valores
referem–se aos menores tempos de cozimento e de expansão volumétrica. Essa
transformação foi necessária, pois, no método utilizado, o menor valor do Pi indica a
maior média, ou seja, o maior tempo de cozimento. Nas tabelas do item resultados e
discussão, encontram-se os valores reais do tempo de cozimento dos genótipos.
Na metodologia de LIN & BINNS (1988), a performance genotípica (Pi) foi
definida como o quadrado médio da distância entre a média da cultivar e a resposta
média máxima para cada variável analisada em todos os ambientes. Desde que a
resposta máxima esteja no limite superior em cada ambiente, o quadrado médio menor,
ou seja, o Pi menor indicou uma superioridade geral do genótipo em questão. Esta
medida de superioridade é dada por:
34
P
X M
ni
ij jj
n
=
−=
∑( )2
1
2
Em que,
Pi: é a estimativa do parâmetro estabilidade do genótipo i;
Xij: é a produtividade do i-ésimo genótipo no j-ésimo ambiente;
Mj: é a resposta máxima observada entre todos os genótipos no ambiente j;
n: é o número de ambientes.
Para que a recomendação atenda ao conceito de grupos de ambientes favoráveis
e desfavoráveis, CARNEIRO (1998) fez a decomposição do estimador Pi proposto por
LIN & BINNS (1988) em estimadores Pif referentes a ambientes favoráveis e Pid
referentes a ambientes desfavoráveis. A partir da decomposição, por considerar o
desempenho e o comportamento diante das variações ambientais, o estimador Pi foi
denominado de parâmetro MAEC (medida de adaptabilidade e estabilidade de
comportamento).
A classificação de ambiente em favorável ou desfavorável é feita com base nos
índices ambientais (I), definidos como a diferença entre a média dos genótipos
avaliados em cada local e a média geral. Os experimentos (locais) que apresentam maior
média em relação à média geral constituem os ambientes favoráveis (Pif) e aqueles com
média menor que a média geral são classificados como ambientes desfavoráveis (Pid).
Assim, a recomendação geral é feita com base no Pi original do método de LIN
& BINNS (1988), e para os ambientes desfavoráveis (Pid) e favoráveis (Pif), conforme a
decomposição apresentada abaixo.
Para os ambientes favoráveis, com índices maiores ou iguais a zero, o parâmetro
MAEC (Pif) foi estimado conforme a seguir:
f
)MX(
P
f
j
jij
if 21
2∑=
−
=
Onde,
Pif: estimativa da estabilidade e adaptabilidade do genótipo i;
35
f: é o número de ambientes favoráveis;
Xij e Mj: como definidos no item anterior.
Em ambientes desfavoráveis, que têm índices negativos, o parâmetro MAEC
(Pid) foi estimado da seguinte forma:
d
)MX(
P
d
j
jij
id 21
2∑=
−
=
Em que d é o número de ambientes desfavoráveis e Yij e Mj como definidos
anteriormente.
3.5.3 Análise multivariada da performance genotípica (CARNEIRO, 1998)
Após a realização da análise de adaptabilidade e estabilidade univariada,
realizou-se a análise multivariada da performance genotípica (Pmi). Esse tipo de análise
é de importância quando não apenas uma característica determina o objetivo final do
melhoramento, mas sim, quando consideramos várias variáveis, sendo algumas mais
importantes que outras (CRUZ, 2006).
Para a realização da análise multivariada da performance genotípica (Pmi), com
base no Método das Diferenças em Relação à Reta Bissegmentada Ponderadas pelo
Coeficiente de Variação (CV) – multivariado, modificado por CARNEIRO (1998),
considerou-se uma cultivar de performance teoricamente ideal, como definido por
VERMA et al. (1978), a qual apresenta baixa resposta em ambientes desfavoráveis (b1 <
1) e responsividade em ambientes favoráveis (b1 + b2 > 1). O genótipo hipotético foi
definido de acordo com o modelo proposto por CRUZ et al. (1989), conforme a seguir:
)I(TbIbbX jm2jm1m0mj ++=
Em que,
Xmj: é a resposta ideal do genótipo hipotético no ambiente j;
b0m: é o valor fornecido para que a resposta ideal seja máxima para todos os locais;
b1m e b2m: coeficientes de regressão linear, cujos valores são atribuídos para que haja
resposta o mais próximo possível do ideal;
36
Ij: é o índice de ambiente codificado;
T (Ij) = 0 se Ij < 0; e T (Ij) = Ij – I+ se Ij > 0, sendo I+ a média dos índices (Ij) positivos.
Assim sendo, neste trabalho foi estabelecido b0m igual ao valor máximo obtido
pela variável para cada experimento, pois assim elimina-se o risco de excluir alguma
cultivar por apresentar valores que ultrapassem o genótipo ideal em qualquer que seja o
ambiente considerdo. Também foram atribuídos os valores, b1m = 0,5 que reflete baixa
resposta aos ambientes desfavoráveis e b2m = 1,0 responsivo às condições favoráveis,
ou seja, considerou-se um genótipo com baixa resposta nos ambientes desfavoráveis
(b1m = 0,5) e responsivos nos ambientes favoráveis (b1m + b2m = 1,5). Dessa forma, as
cultivares de melhor performance genotípica multivariada (Pmi) serão aquelas com os
valores mais próximos da performance ideal.
A análise multivariada da performance genotípica (Pmi) pode ser realizada desde
que seja possível somar os valores dos Pi’s do genótipo referentes a cada variável. Para
isso, há necessidade de padronização destes Pi’s, conforme se segue:
∑=
σ=
v
k pk
ikmiˆ
PP1
1
Em que,
Pmi: é o estimador do parâmetro MAEC - multivariado para a cultivar i;
Pik: é o estimador do parâmetro MAEC para a cultivar i relativo à k-ésima variável;
pkσ̂ é o desvio-padrão dos Pi’s para a k-ésima variável.
Além disso, CARNEIRO (1998) considerou um fator de multiplicação dado pelo
inverso dos pesos atribuídos a cada variável a fim de balancear a importância de cada
variável. Assim o estimador do parâmetro MAEC é dado pela equação:
∑=
σ=
v
k pk
ikmiˆ
PP1
1 x
kp
1
Em que,
k: 1, 2, 3, ..., v;
37
Pmi: estimador do parâmetro MAEC – multivariado para a cultivar i;
Pik: estimador do parâmetro MAEC – univariado para a cultivar i relativo à k-ésima
variável;
pkσ̂ : o desvio-padrão dos Pi’s para a k-ésima variável; e
Pk: representa os pesos atribuídos, a cada variável.
Neste trabalho, os pesos atribuídos para cada variável estão apresentados na
tabela abaixo (Tabela 6).
Tabela 6. Pesos atribuídos para cada variável.
Variável Peso Peanc 1,0 Peapc 2,0 TC 1,0 PGI 1,0 EV 2,0 PROD 1,0 T.A.G. 2,0 SSTc 1,0 PB 1,0
Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento; Peapc: Porcentagem de embebição após o cozimento; TC: Tempo de Cozimento; PGI: Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento; EV: expansão volumétrica; PROD: produtividade; T.A.G.: Umidade; SSTc: Sólidos solúveis totais e PB: proteína bruta.
Os resultados obtidos por meio do programa GENES (CRUZ, 2006) fornecem
os valores de (Pmi) para cada genótipo analisado, considerando, simultaneamente, todos
os ambientes e também os ambientes favoráveis (Pmif) e desfavoráveis (Pmid).
3.5.4 Correlação entre caracteres: Pearson
A medida do grau de associação entre duas variáveis foi realizada com o
auxílio do programa computacional GENES (CRUZ, 2006). A fórmula para o
coeficiente de correlação de Pearson (r), é:
( )( )
( ) ( )∑ ∑∑
−−
−−=
22yyxx
yyxxr
38
Onde,
x e y = são os valores medidos de ambas as variáveis;
x e y = são as médias aritméticas de ambas as variáveis.
Está correlação foi utilizada para medir o grau de associação na análise de
variância conjunta contendo o grupo de linhagens/cultivares e as testemunhas
provenientes dos experimentos regionais de feijoeiro, entre as variáveis estudadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Qualidade Tecnológica: Análises de Variância Individual e Conjunta
O melhoramento do feijoeiro no Instituto Agronômico (IAC) é uma atividade
multidisciplinar, envolvendo diversas áreas de conhecimento. Destas, é de interesse a
obtenção de cultivares mais produtivas, resistentes às pragas e às doenças, e com
melhores características agronômicas. No entanto, pouco tem sido investido em
pesquisas referentes as características culinárias dos grãos de feijão que, igualmente, são
relevantes na avaliação das cultivares (CARNEIRO et al., 1999b). Porém, com o
aumento da exigência dos consumidores e das indústrias, esse cenário vem se
modificando nos últimos anos. Para atender aos padrões requeridos, as características
relacionadas com a qualidade tecnológica estão recebendo maior destaque no processo
de obtenção das novas cultivares, uma vez que estão agregadas ao valor comercial do
produto.
Pelos resultados da tabela 7, foi possível observar que os efeitos de interação
GxA, o efeito de ambientes e o efeito de genótipos foram significativos pelo teste F a
1% e 5% de probabilidade, para todas as épocas de semeadura (“águas”, “seca” e
“inverno”) e no conjunto dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 (análise conjunta), para
todas as variáveis analisadas. Como foi observado por meio da interação genótipos x
ambiente um comportamento diferenciado das linhagens em relação aos locais de
avaliação é justificável um estudo mais detalhado das diferenças entre as linhagens com
relação à adaptabilidade e à estabilidade.
39
Tabela 7. Resumo da análise de variância referente a época “das águas, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta, dos 19 genótipos de feijoeiro, cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo.
ÁGUAS Fontes de Variação PEANC PEAPC TC PGI EV SSTc PROD PB T.G.A.
Repetição/Ensaio ns ns ns ns ns ns ** * ns Genótipos (G) ** ** ** ** ** ** ** ** ** Ambiente (A) ** ** ** ** ** ** ** ** ** G x A ** ** ** ** ** ** ** ** ** MÉDIA 102,75 138,74 26,15 47,13 0,55 10,72 2684 21,23 7,42 CV% 2,79 3,84 3,20 15,36 3,99 3,44 13,25 1,91 3,29
SECA Fontes de Variação PEANC PEAPC TC PGI EV SSTc PROD PB T.G.A.
Repetição/Ensaio ns ns ** ns ns ns ** ns * Genótipos (G) ** ** ** ** ** ** ** ** ** Ambiente (A) ** ** ** ** ** ** ** ** ** G x A ** ** ** ** ** ** ** ** ** MÉDIA 102,18 145,11 29,30 35,89 0,51 11,57 2643 22,93 9,36 CV% 2,82 3,56 3,99 14,08 5,63 3,81 13,04 1,72 3,44
INVERNO Fontes de Variação PEANC PEAPC TC PGI EV SSTc PROD PB T.G.A.
Repetição/Ensaio ns ns ns ns ns * ** ns ns Genótipos (G) ** ** ** ** ** ** ** ** ** Ambiente (A) ** ** ** ** ** ** ** ** ** G x A ** ** ** ** ** ** ** ** ** MÉDIA 104,71 142,00 34,27 39,65 0,53 11,96 1587 21,35 7,83 CV% 2,26 3,40 3,36 17,91 3,84 3,44 17,92 1,80 3,14
ANÁLISE CONJUNTA Fontes de Variação PEANC PEAPC TC PGI EV SSTc PROD PB T.G.A.
Repetição/Ensaio ns ns ** ns ns ns ** ns ns Genótipos (G) ** ** ** ** ** ** ** ** ** Ambiente (A) ** ** ** ** ** ** ** ** ** G x A ** ** ** ** ** ** ** ** ** MÉDIA 103,22 141,95 29,53 40,89 0,53 11,42 2305 21,83 8,21 CV% 2,63 3,60 3,53 16,00 4,51 3,57 14,31 1,81 3,33 **, * : significativo a 1% e a 5% de probabilidade pelo teste F, respectivamente.
ns: não significativo ao teste F.
Na tabela 8 são apresentadas as produtividades médias dos genótipos em todas
as épocas de semeadura (“águas”, “seca” e “inverno”) e em dois anos agrícolas,
2005/2006 e 2006/2007. Isto é importante, pois, além dos dados de qualidade
tecnológica, o MAPA-RNC baseia-se nos dados de produtividade média para registros
dos novos cultivares de feijoeiro para cultivo pelos agricultores.
40
Tabela 8. Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) de 19 genótipos de feijoeiro referente aos dois anos de cultivo “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006 e 2006/2007 no estado de São Paulo.
Águas Seca Inverno Conjunta Cultivares e Linhagens (kg.ha-1)
IAC-Alvorada (C) 2531 2642 1679 2277 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 2793 2691 1488 2324 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 2450 2416 1434 2100 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 2200 2289 1515 2001 IAC-Diplomata (P) 2483 2402 1629 2171 LP 9979 (C) 2859 2940 1635 2478 LP 01-38 (C) 3053 3004 1615 2558 LP 98-122 (P) 2591 2643 1612 2282 LP 02-130 (P) 2916 2618 1802 2445 BRS-Requinte (C) 2493 2666 1736 2298 BRS-Pontal (C) 2861 2883 1679 2474 BRS-Supremo (P) 2722 2520 1568 2270 BRS-Grafite (P) 2496 2806 1507 2270 CV-48 (C) 2849 2559 1706 2371 Z 28 (C) 2818 2804 1386 2336 IAC-Carioca Tybatã (C) 2505 2504 1438 2149 Pérola (C) 2874 2693 1624 2397 IAC-Una (P) 2697 2620 1553 2290 FT-Nobre (P) 2805 2668 1540 2338 Média 2684 2643 1587 2305 CV % 13,25 13,04 17,92 14,31 DMS 344 334 275 183
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha para cada grupo comercial.
Os resultados apresentados na tabela 8 reportaram que nenhuma das linhagens
avaliadas foi estatisticamente superior a melhor testemunha de cada grupo comercial.
A qualidade tecnológica do feijoeiro é determinada basicamente pelo seu
comportamento frente ao cozimento, etapa comum tanto aos processos de
industrialização, como para o consumo doméstico. O cozimento dos grãos de feijão,
segundo SCHOLZ & FONSECA JÚNIOR (1999b), depende da capacidade de absorção
de água e das características do tegumento do grão no momento da colheita, além das
condições de armazenamento e das técnicas de processamento. Embora o tempo de
cozimento seja a característica determinante para aceitação de uma cultivar pelos
consumidores, outras características como Peanc, Peapc, PGI, EV e SSTc, cujas
aplicabilidades são de grande interesse para a seleção de genótipos superiores, foram
também determinadas nesse trabalho.
41
Desse modo, os valores médios individuais por local, referentes a cada época de
semeadura, encontram-se nos anexos 1, 2, 3, 4, 5 e 6, respectivamente. Em relação à
época “das águas” de 2005 e 2006, “da seca” de 2006 e 2007 e “de inverno” de 2006 e
2007 os resultados estão apresentados respectivamente nos anexos 7, 8 e 9.
Na época “das águas”, os resultados analisados (Tabela 9), revelaram que
somente os genótipos do grupo comercial carioca IAC-Alvorada, Gen 96A98-15-3-52-
1, Gen 96A45-3-51-52-1, LP 01-38 e Z-28 apresentaram superior capacidade de
absorção de água antes do cozimento (Peanc) em relação a testemunha correspondente
do grupo comercial carioca (Pérola). Para a variável Peapc, os genótipos IAC-Alvorada,
Gen 96A98-15-3-52-1, Gen 96A45-3-51-52-1 e Z-28 do grupo comercial carioca, foram
estatisticamente superiores à testemunha Pérola. Já em relação ao tempo de cozimento,
apenas a cultivar IAC-Alvorada e a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 foram superiores
em relação a testemunha (IAC-Carioca Tybatã). Para as variáveis PGI, EV e SSTc,
dentre os genótipos do grupo comercial carioca não ocorreram diferenças significativas.
Já para o grupo comercial preto, houve diferença significativa apenas para Peapc e PGI,
sendo os genótipos BRS-Grafite e BRS-Supremo superiores em relação a melhor das
testemunhas do grupo comercial preto.
Em relação aos dois cultivos na época “da seca” referente aos anos agrícolas de
2006 e 2007 (Tabela 9), os genótipos IAC-Alvorada e Gen 96A98-15-3-52-1
mostraram-se superiores em relação a melhor testemunha para a variável Peanc. As
linhagens do grupo comercial carioca Gen 96A98-15-52-1, CV-48 e o genótipo do
grupo comercial preto LP 98-122 foram superiores estatisticamente a testemunha Pérola
e FT-Nobre para a variável Peapc. Em relação ao tempo de cozimento apenas a cultivar
IAC-Alvorada apresentou tempo de cozimento inferior a testemunha, enquanto que a
linhagem Gen 96A3-P1-1-1, do grupo comercial preto, obteve a maior porcentagem de
grãos inteiros em relação à testemunha IAC-Una. Para as demais variáveis, não
ocorreram diferenças significativas.
Os genótipos que se destacaram na época “de inverno” (Tabela 9) foram a IAC-
Alvorada, Gen 96A98-15-3-52-1, Gen 96A45-3-51-52-1, LP 01-38 e Z-28, os quais
apresentaram maior porcentagem de embebição de água antes do cozimento em relação
testemunha IAC-Carioca Tybatã, do grupo comercial carioca. Para o grupo comercial
preto, apenas a linhagem LP 98-122 foi superior estatisticamente a melhor testemunha.
Em relação a variável Peapc, a linhagem LP 01-38 foi a única superior a testemunha
Pérola do grupo comercial diversos. Os resultados para tempo de cozimento reportaram
42
que os genótipos BRS-Supremo do grupo comercial preto e IAC-Alvorada, Gen 96A98-
15-3-52-1, Gen 96A45-3-51-52-1, LP 01-38 e Z-28 do grupo comercial diversos foram
superiores as testemunhas FT-Nobre e Pérola, respectivamente. Os genótipos do grupo
comercial carioca Gen 96A98-15-3-52-1 e BRS-Requinte apresentaram maior expansão
volumétrica em relação a melhor testemunha.
Ainda na Tabela 9, estão apresentados os resultados obtidos no conjunto dos
anos 2005/2006/2007. Pelos dados apresentados observou-se que alguns genótipos
mostraram-se superiores a melhor testemunha do grupo comercial carioca para as
características de Peanc, Peapc e TC, enquanto para as demais variáveis não houve
nenhum genótipo do grupo comercial carioca superior a melhor testemunha. Para a
variável Peanc, os resultados mostraram que os genótipos superiores em relação a
testemunha Pérola do grupo comercial carioca foram IAC-Alvorada, Gen 96A98-15-3-
52-1, Gen 96A45-3-51-52-1, LP 9979, LP 01-38 e Z-28. Em relação a Peapc, apenas os
genótipos IAC-Alvorada, Gen 96A98-15-3-52-1, LP 01-38 e CV-48 mostraram-se
significativos em relação a testemunha (Pérola). Os resultados apresentados para o
tempo de cozimento reportaram que os genótipos IAC-Alvorada, Gen 96A98-15-3-52-
1, Gen 96A45-3-51-52-1, LP 01-38, LP 9979 e Z-28 destacaram-se em relação a melhor
testemunha. Para o grupo comercial preto, os genótipos que se destacaram, por
apresentarem uma porcentagem de grãos inteiros superior a testemunha FT-Nobre
foram: LP 02-130, BRS-Supremo, BRS-Grafite e Gen 96A3-P1-1-1. Na análise
conjunta (Tabela 9), houve diferenciação da EV para o genótipo do grupo preto (LP 98-
122). Enquanto que no grupo comercial carioca os genótipos que se destacaram foram:
Gen 96A98-15-3-52-1, Gen 96A45-3-51-52-1, LP 01-38 e C-48
Os coeficientes de variação obtidos, no conjunto dos anos, (Tabela 9): 2,63%,
3,60%, 3,53%, 16,00% e 4,51%, respectivamente, para os parâmetros Peanc, Peapc, TC,
PGI e EV foram considerados adequados segundo os padrões estabelecidos. Mesmo
para PGI, que apresentou os maiores valores devido a possíveis falhas na observação de
rupturas mínimas de tegumento na pré-análise dos grãos a serem avaliados, foram
considerados satisfatórios. Resultados semelhantes foram obtidos por CARBONELL et
al. (2003) e CARBONELL et al. (2005). O coeficiente de variação de 3,57% para a
característica sólidos solúveis totais no caldo (SSTc), quando comparado com os
resultados obtidos por SCHOLZ & FONSECA JÚNIOR (1999a) e SCHOLZ &
FONSECA JÚNIOR (1999b), para genótipos de feijão preto (7,38%) e carioca
(10,89%) podem ser considerados adequados.
43
Ao se comparar as médias obtidas entre as épocas de semeadura (“das águas”,
“da seca” e “de inverno”), observou-se que a época “de inverno” foi a que propiciou
resultados superiores para Peanc (104,71%), em relação a época “das águas” (102,75%)
e “da seca” (102,18%), no entanto, os genótipos cultivados na época “das águas”
apresentaram tempo médio de cozimento inferior (26’15’’), em relação a média dos
genótipos cultivados no inverno (34’27’’). Resultado contrários foram obtidos por
(SCHOLZ & FONSECA JÚNIOR, 1999a; SCHOLZ & FONSECA JÚNIOR, 1999b;
DALLA CORTE et al., 2003; RODRIGUES et al., 2005b), que encontraram correlação
positiva entre absorção de água pelos grãos de feijão e o tempo de cozimento.
Entretanto, o resultado reforça a afirmação realizada por CARBONELL et al. (2003) em
que seleções de genótipos com base na utilização do teste de absorção de água pelos
grãos como indicativo do tempo de cozimento, são pouco expressivas e nem sempre
confiáveis devido à baixa correlação encontrada entre essas características.
Provavelmente, as diferentes respostas obtidas sejam possíveis em decorrência de
diferenças genéticas entre os genótipos e quanto ao tempo de embebição dos grãos em
água destilada, reforçando a afirmação de RODRIGUES et al. (2005b), sobre a
necessidade de se padronizar o tempo ideal de permanência dos grãos em embebição
para avaliação da capacidade de absorção de água.
Para o tempo de cozimento, destacou-se das demais a cultivar IAC-Alvorada,
recém lançada pelo IAC, que obteve resultados inferiores em relação aos da melhor
testemunha do grupo (Pérola e IAC- Carioca Tybatã), em todas as épocas. Tal resultado
é importante, pois gera uma economia de combustível e diminui o tempo dispensado no
preparo do feijão, uma vez que a busca por alimentos de rápido preparo estão se
tornando cada vez mais necessários. Além disso, podem também determinar a aceitação
de uma cultivar em nível comercial por toda as etapas da cadeia produtiva. Observou-se
também que os valores de tempo de cozimento para a época “das águas” foram
inferiores em relação aos das épocas “da seca” e “de inverno” (Tabela 9), resultado
esperado, uma vez que a época “das águas” é considerada como a mais propícia para se
diferenciar genótipos superiores para tempo de cozimento (CARBONELL et al., 2003).
No entanto, na literatura são encontrados valores inferiores para o tempo de cozimento
na época “da seca” (CARBONELL et al., 2003; CARBONELL et al., 2005;
FARINELLI, 2006), comprovando que o tempo de cozimento pode estar relacionado
com a qualidade do grão no momento da colheita.
44
Na tabela 9, nota-se também que para o parâmetro TC, a maioria dos genótipos
superiores aos padrões correspondentes foram as que apresentavam grãos do grupo
comercial carioca, indicando que neste grupo pode haver maior chance de sucesso para
se obter genótipos com menor tempo de cozimento. Dentre os genótipos do grupo
comercial preto, apenas a cultivar BRS-Supremo foi superior a testemunha FT-Nobre na
época “de inverno”, sugerindo qualidade superior para tempo de cozimento em relação
as testemunhas utilizadas e menor possibilidade de sucesso em se obter genótipos de
grãos pretos, superiores ao IAC-Una e FT-Nobre.
De acordo com os resultados médios obtidos para PGI, entre as três épocas de
cultivo, observou-se que os genótipos com menor porcentagem de embebição após o
cozimento, apresentaram maior porcentagem de grãos inteiros. A presença de grãos
inteiros, aspecto desejável na industrialização do feijão, foi superior na época “das
águas” (47,13%) e inferior na época “da seca” (35,89%). Para a característica PGI
somente os genótipos do grupo comercial preto foram superiores as testemunhas
correspondentes (IAC-Una e FT-Nobre). Esse resultado pode indicar maior
probabilidade de sucesso em se obter genótipos com grãos pretos superiores aos padrões
IAC-Una e FT-Nobre. Para o grupo comercial carioca não se observaram genótipos com
porcentagem de grãos inteiros superiores que as testemunhas. Esse fato sugere que as
testemunhas utilizadas já apresentam qualidade e que há pouca possibilidade em se
obter genótipos superiores as testemunhas IAC-Carioca Tybatã e Pérola.
Não houve diferenciação significativa em nenhuma das épocas de cultivo para
sólidos solúveis totais no caldo, importante determinador de qualidade em feijão, uma
vez que, maiores quantidades de SSTc conferem maior consistência no caldo.
De acordo com os resultados médios obtidos entre as épocas de cultivo “das
águas”, “da seca” e “de inverno” (Tabela 9), observou-se que na época “das águas”, o
teor de sólidos solúveis totais no caldo foi de 10,72%, provavelmente porque o tempo
de cozimento foi reduzido e a porcentagem de grãos inteiros superior, não permitindo a
liberação dos sólidos solúveis para o caldo. Já em relação à época “de inverno”, onde o
teor de sólidos solúveis foi maior (11,96%), houve aumento no tempo de cozimento e
redução na porcentagem de grãos inteiros. Assim, o aumento do tempo de permanência
dos grãos cozinhando pode ter favorecido o aumento do teor de SSTc. Na época “da
seca”, embora o tempo de cozimento tenha sido superior ao “das águas”, o teor de
sólidos solúveis totais no caldo foi de 11,57%; resultado que pode ser explicado pela
porcentagem maior de grãos partidos (64,11%), o que teria facilitado a liberação dos
45
sólidos solúveis para o caldo. De forma geral, o teor de sólidos totais no caldo, pode ser
influenciado pelo tempo de cozimento e porcentagem de grãos inteiros.
46
Tabela 9. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento(Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante as épocas de cultivo “das águas”, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006 e 2006/2007.
Épocas Águas Seca Cultivares e Linhagens
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc
(%) Peanc
(%) Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc
(%) IAC-Alvorada (C) 105,38* 153,06* 22,58* 28,06 0,52 10,04 107,01* 149,40 25,27* 35,60 0,52 11,09 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 105,09* 142,30* 25,46 59,60 0,55 10,69 102,16 138,83 32,15 45,03 0,50 10,87 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 106,02* 141,92* 23,11* 41,87 0,55 10,31 108,54* 157,22* 26,35 22,98 0,48 10,83 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 102,13 135,41 26,51 54,50 0,57 10,46 104,95 139,96 28,18 44,32* 0,52 12,71 IAC-Diplomata (P) 103,61 135,40 26,39 42,89 0,56 10,63 103,40 144,26 27,37 27,11 0,51 11,67 LP 9979 (C) 102,44 139,45 27,21 45,35 0,56 11,19 103,55 144,06 33,15 32,50 0,51 11,04 LP 01-38 (C) 104,59* 137,18 28,18 26,61 0,56 9,62 104,73 147,77 29,15 20,32 0,49 10,33 LP 98-122 (P) 103,43 138,44 24,01 38,32 0,55 11,92 108,98 150,98* 31,36 24,31 0,48 12,62 LP 02-130 (P) 100,77 141,21 24,12 37,21 0,55 11,67 101,07 142,93 26,21 44,02 0,53 11,61 BRS-Requinte (C) 102,69 134,92 25,31 56,77 0,56 10,33 88,44 139,08 27,52 37,88 0,53 10,55 BRS-Pontal (C) 100,48 130,57 29,00 42,86 0,56 9,87 94,66 146,31 31,24 36,01 0,51 11,81 BRS-Supremo (P) 104,24 132,95 27,09 77,35* 0,57 10,82 96,97 139,22 30,36 54,07 0,52 11,85 BRS-Grafite (P) 103,71 146,26* 23,28 45,28 0,54 11,35 107,38 147,99 30,24 36,64 0,52 12,65 CV-48 (C) 102,58 144,44 27,04 35,11 0,54 10,21 100,79 152,87* 28,09 37,25 0,50 10,15 Z 28 (C) 105,84* 141,45* 26,37 66,30 0,52 9,51 99,34 145,23 27,10 43,59 0,52 10,88 IAC-Carioca Tybatã (C) 93,33 129,11 27,37 62,31 0,56 10,91 95,77 145,69 30,36 24,12 0,52 12,86 Pérola (C) 100,34 134,69 28,11 51,25 0,55 12,69 102,41 136,99 28,16 54,86 0,52 10,36 IAC-Una (P) 101,46 136,20 24,11 51,85 0,56 9,99 104,08 143,79 27,21 37,96 0,52 12,55 FT-Nobre (P) 104,21 141,04 24,17 31,91 0,54 11,60 107,29 144,62 29,33 24,29 0,51 13,00 Média 102,75 138,74 26,15 47,13 0,55 10,72 102,18 145,11 29,30 35,89 0,51 11,57 CV % 2,79 3,84 3,20 15,36 3,99 3,43 2,82 3,56 3,99 14,08 5,63 3,81 DMS 2,78 5,15 2,30 7,01 0,02 0,44 2,78 4,99 2,75 4,89 0,03 0,53
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha para cada grupo comercial.
47
Continua Tabela 9. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento(Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante as épocas de cultivo “das águas”, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006 e 2006/2007 (Continuação).
Épocas Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc
(%) Peanc
(%) Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc
(%) IAC-Alvorada (C) 108,45* 144,27 34,12* 16,42 0,57 11,62 106,95* 148,91* 27,19* 26,69 0,54 10,91 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 108,32* 147,11 31,39* 37,40 0,52 10,98 105,19* 142,74 29,53* 47,34 0,52* 10,84 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 108,88* 145,09 30,32* 44,10 0,51* 10,56 107,81* 148,08* 26,27* 36,32 0,51* 10,71 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 105,19 141,86 39,33 38,54 0,53 12,70 104,09 139,08 31,20 45,79* 0,54 11,96 IAC-Diplomata (P) 105,36 138,75 34,15 37,73 0,56 12,72 103,95 139,47 29,14 35,71 0,54 11,67 LP 9979 (C) 105,13 141,36 38,40 36,44 0,53 11,67 103,70* 141,62 32,28 38,12 0,53 11,17 LP 01-38 (C) 111,11* 154,89* 32,28* 12,08 0,52 12,28 106,81* 146,61* 30,14 19,54 0,52* 10,74 LP 98-122 (P) 107,06* 140,77 33,55 39,88 0,53 12,50 106,49 143,40 29,38 34,17 0,52* 12,34 LP 02-130 (P) 96,02 135,62 32,49 61,10* 0,54 12,40 99,29 139,92 28,01 48,11* 0,54 11,89 BRS-Requinte (C) 98,07 137,82 34,28* 45,90 0,51* 11,10 96,40 137,27 29,27* 46,85 0,53 10,66 BRS-Pontal (C) 93,50 139,78 39,33 42,90 0,53 11,66 96,21 138,89 33,19 40,59 0,53 11,11 BRS-Supremo (P) 105,16 140,78 28,00* 46,28* 0,53 12,85 102,12 137,65 28,18 59,24* 0,54 11,84 BRS-Grafite (P) 108,60 138,20 35,31 54,94* 0,53 11,72 106,57 144,15 29,48 45,62* 0,53 11,90 CV-48 (C) 98,19 144,07 35,38 38,48 0,52 12,23 100,52 147,12* 30,30 36,95 0,52* 10,86 Z 28 (C) 109,80* 138,22 30,38* 41,40 0,54 11,89 104,99* 141,63 27,52* 50,43 0,53 10,76 IAC-Carioca Tybatã (C) 104,69 132,11 40,08 46,27 0,56 12,84 97,93 135,63 32,47 44,23 0,55 12,20 Pérola (C) 102,02 148,38 37,14 44,43 0,53 11,70 101,59 140,02 31,00 50,18 0,53 11,58 IAC-Una (P) 105,32 144,69 33,15 34,03 0,52 11,64 103,62 141,56 28,16 41,28 0,53 11,39 FT-Nobre (P) 108,64 144,23 32,05 33,14 0,53 12,70 106,71 143,30 28,39 29,78 0,53 12,43 Média 104,71 142,00 34,27 39,65 0,53 11,96 103,22 141,95 29,53 40,89 0,53 11,42 CV % 2,26 3,40 3,36 17,91 3,84 3,44 2,63 3,60 3,53 16,00 4,51 3,57 DMS 2,29 4,68 2,15 6,87 0,02 0,49 1,51 2,84 1,39 3,63 0,01 0,28
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha para cada grupo comercial.
48
4.2 Teor de Proteína Bruta e Teor de Água dos Grãos: Análise de Variância Individual e Conjunta
Os principais objetivos dos programas de melhoramento genético do feijoeiro no
Brasil sempre estiveram embasados na obtenção de cultivares mais produtivas,
resistentes às pragas e às doenças, e com melhores características agronômicas. No
entanto, busca-se também melhoria da qualidade tecnológica e nutricional dos grãos,
visando atender as exigências do mercado consumidor.
O desafio para o melhoramento genético está no desenvolvimento de genótipos
com teores diferenciados de proteína bruta para tornar o feijão um alimento funcional e
de alta qualidade, o que possibilitará maiores benefícios à saúde da população brasileira,
uma vez que, o feijão é um dos principais ingredientes da cesta básica nacional, e a
principal fonte de consumo direto de proteína de origem vegetal.
Os valores médios do teor de proteína bruta e do teor de água dos grãos para
cada localidade e época de semeadura estão apresentados respectivamente nos anexos
10, 11, 12, 13, 14 e 15. Os resultados médios referentes às épocas de cultivo “das
águas” de 2005 e 2006, “da seca” dos anos de 2006 e 2007 e “de inverno” de 2006 e
2007, encontram-se no anexo 16.
Para comparação entre as médias dos genótipos avaliados em relação a melhor
testemunha do grupo comercial preto (IAC-Una e FT-Nobre) e do grupo comercial
carioca ou diversos (IAC-Carioca Tybatã e Pérola) utilizou-se o teste de Dunnett, ao
nível de 5% de significância, como instrumento para verificar diferenças significativas
entre as médias gerais referentes aos locais e épocas de plantio dos genótipos de
feijoeiro.
Na tabela 10, são apresentados os resultados para o teor de proteína bruta e teor
de água dos grãos obtidos nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”, bem como
a análise conjunta dos dados dos anos agrícolas de 2005/2006/2007.
49
Tabela 10. Valores médios do teor de proteína bruta (expressos em base seca) e do teor de água dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no Estado de São Paulo durante as épocas de cultivo “das águas”, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006 e 2006/2007.
Águas Seca Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens
PB (%)
T.G.A. (%)
PB (%)
T.G.A. (%)
PB (%)
T.G.A. (%)
PB (%)
T.G.A. (%)
IAC-Alvorada (C) 22,57* 7,36 23,82 9,73 22,04* 8,20 22,81* 8,43 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 21,01 7,36 22,55 9,41 22,12* 7,47 21,89 8,08 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 22,87* 7,50 23,05 9,08 23,80* 7,92* 23,31* 8,11 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 22,40* 7,41 24,29* 9,06 22,20* 7,98 22,96* 8,15 IAC-Diplomata (P) 23,30* 7,51 24,55 9,35 23,04* 8,17 23,62* 8,34 LP 9979 (C) 19,58 7,20 21,16 9,69 21,56 7,94* 20,69 8,31 LP 01-38 (C) 18,88 7,79 20,55 8,61 19,13 7,76 19,52 8,05 LP 98-122 (P) 20,68 7,28 22,66 9,76 20,99 7,78 21,44 8,27 LP 02-130 (P) 18,54 7,77* 21,57 9,82 19,04 7,67 19,71 8,42 BRS-Requinte (C) 21,48 7,58 23,72 8,37 21,35 7,94* 22,18 7,96 BRS-Pontal (C) 21,13 7,61 22,86 9,19 21,05 7,57 21,68 8,12 BRS-Supremo (P) 21,88* 7,20 22,78 9,46 21,26 7,47 21,97 8,04 BRS-Grafite (P) 21,63 7,31 23,12 9,77 22,71* 8,05 22,49* 8,37 CV-48 (C) 21,58 7,28 23,02 8,71 20,75 7,98* 21,78 7,99 Z 28 (C) 20,44 7,43 23,13 9,87 20,73 8,13* 21,43 8,48 IAC-Carioca Tybatã (C) 21,42 7,57 23,94 9,59 21,17 7,57 22,18 8,24 Pérola (C) 21,62 7,43 22,36 10,04 21,45 7,48 21,81 8,31 IAC-Una (P) 20,93 7,38 22,86 9,52 21,24 7,98 21,67 8,29 FT-Nobre (P) 21,38 7,08 23,50 9,10 20,30 7,70 21,72 7,96 Média 21,23 7,42 22,93 9,36 21,35 7,83 21,83 8,21 CV % 1,91 3,29 1,72 3,44 1,80 3,14 1,81 3,33 DMS 0,49 0,29 0,47 0,39 0,46 0,29 0,27 0,19
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial Preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha para cada grupo comercial.
Na época “das águas”os genótipos que mostraram superioridade em relação a
testemunha FT-Nobre, do grupo comercial preto, foram Gen 96A3-P1-1-1, IAC-
Diplomata e BRS-Supremo. Para o grupo comercial carioca, os genótipos IAC-
Alvorada e Gen 96A98-15-3-52-1 foram superiores em relação a testemunha Pérola.
Apenas a linhagem LP 02-130 foi estatisticamente superior a testemunha FT-Nobre do
grupo comercial preto em relação ao teor de água dos grãos.
O genótipo Gen 96A3-P1-1-1 foi o único que apresentou resultado superior a
melhor testemunha do grupo comercial preto (FT-Nobre) para teor de proteína bruta, na
época “da seca”. Em relação ao teor de água dos grãos não ocorreram diferenças
significativas.
Na época “de inverno”, a cultivar IAC-Alvorada e as linhagens Gen 96A98-15-
3-52-1, Gen 96A45-3-51-52-1, pertencentes ao grupo comercial diversos, foram
50
superiores testemunha Pérola para teor de PB. No grupo comercial preto, os genótipos
Gen 96A3-P1-1-1, IAC-Diplomata e BRS-Grafite foram superiores a testemunha IAC-
Una. Para o T.G.A. dos grãos nenhum dos genótipos foi superior as testemunhas.
Em relação a análise conjunta dos dados, a cultivar IAC-Alvorada e a linhagem
Gen 96A98-15-3-52-1 apresentaram níveis elevados de proteína dentre os genótipos do
grupo comercial carioca. Os genótipos Gen 96A3-P1-1-1, IAC-Diplomata e BRS-
Grafite foram superiores a melhor testemunha do grupo comercial preto para teor de
proteína bruta. Em relação ao T.G.A., nenhum dos genótipos avaliados apresentaram
diferença significativa.
A época “da seca” propiciou resultados médios maiores para o teor de proteína
bruta (22,93%) e teor de água dos grãos (9,36%), em relação à época “de inverno”
(21,35%) e (7,83%) e “das águas” (21,23%) e (7,42%), respectivamente.
Mesmo estando os conteúdos de proteína dos feijões expressos em base seca, o
teor médio nos grãos, de 21,83% (Tabela 10), foi inferior aos valores 22,7% e 25,4%,
verificados por PÁRRAGA et al. (1981) e PIMENTEL et al. (1988) em duzentas
cultivares e em vinte linhagens de feijoeiro, respectivamente. Esses resultados
corroboram, porém, com LAJOLO et al. (1996), que afirmaram haver variações na
composição de proteína do feijão em função do local de cultivo, condições climáticas e
da própria cultivar.
O teor de proteína bruta nas sementes depende muito da produção de grãos,
sendo que, quanto menor a produtividade de grãos, maior o teor de proteína bruta e
vice-versa (RAMOS JUNIOR, 2002). Nas condições experimentais desse trabalho,
alguns genótipos mais produtivos (Tabela 8) apresentaram teores de proteína
relativamente menores (Tabela 10). No entanto, essa condição não prevaleceu para
todos os genótipos.
Os resultados obtidos com esse estudo mostraram que a produtividade nem
sempre é inversamente proporcional ao teor de proteína nos grãos, pois, segundo
RAMOS JÚNIOR (2002), se houver adequada nutrição e irrigação evita-se o estresse,
permitindo que a planta produza satisfatoriamente sem que o teor de proteína seja
diminuído. LEMOS et al. (1996) e DALLA CORTE et al. (2003) sugeriram que é
necessário um melhor entendimento dos efeitos genéticos, ambientais e da interação
desses sob essa característica, haja visto que foram encontrados efeitos significativos da
interação genótipos x ambientes para o teor de proteína bruta nos grãos (Anexos 10, 11,
12, 13, 14 e 15) e, na literatura são encontrados valores de herdabilidade para o teor de
51
proteína bruta nos grãos no sentido amplo, variando de 30% a 83,43% (LELEJI et al.,
1972; ELIA et al., 1996, citado por LONDERO, 2005; LONDERO et al., 2005).
4.3 Qualidade Tecnológica: Adaptabilidade e Estabilidade
O Instituto Agronômico (IAC), por meio do programa de melhoramento
genético do feijoeiro, vem ao longo dos anos buscando desenvolver cultivares que
apresentem caracteres agronômicos desejáveis, produtividades superiores as
encontradas em outros cultivares em produção, resistência às pragas e doenças e
qualidades tecnológicas e nutricionais dos grãos acima dos níveis médios de outras
cultivares registradas no MAPA.
De maneira geral, os programas de melhoramento demandam muitos anos de
trabalho em condições de campo, onde são selecionadas plantas em gerações
segregantes com o intuito de buscar a uniformidade genética. A partir desse momento,
aqueles genótipos considerados promissores precisam ser avaliados em vários
ambientes (locais e anos) a fim de se obter informações consistentes sobre a
adaptabilidade e a estabilidade para que, desta forma, possam ser recomendados para
cultivo pelos agricultores (MURAKAMI et al., 2004).
Nas tabelas 11 e 12 encontram-se tanto os índices ambientais (I), quanto, a
classificação dos ambientes em favoráveis (+) e desfavoráveis (-).
Pelos resultados observados nas tabelas 11 e 12, foi possível notar, que os
fatores, épocas (“águas”, “seca” e “inverno”) e anos (2005, 2006 e 2007) foram
marcantes na classificação dos locais de experimentação em ambientes favoráveis e
desfavoráveis.
52
Tabela 11. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para produtividade média de grãos, com base nos índices ambientais (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (kg.ha-1)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 588.71 Favorável Mococa Águas/2005 -366.94 Desfavorável Tatuí Águas/2005 -802.65 Desfavorável Avaré Águas/2006 -276.07 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 661.82 Favorável Mococa Águas/2006 195.14 Favorável Avaré Seca/2006 1425.39 Favorável Capão Bonito Seca/2006 -923.25 Desfavorável Mococa Seca/2006 -632.46 Desfavorável Avaré Seca/2007 809.73 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -448.76 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -230.92 Desfavorável Colina Inverno/2006 716.10 Favorável Fernandópolis Inverno/2006 379.74 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 432.08 Favorável Araras Inverno/2007 -765.88 Desfavorável Colina Inverno/2007 -420.42 Desfavorável Mococa Inverno/2007 -341.61 Desfavorável
Tabela 12. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para produtividade média de grãos, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (kg.ha-1)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 965.88 Favorável Mococa Águas/2005 10.23 Favorável Tatuí Águas/2005 -425.48 Desfavorável Avaré Águas/2006 101.11 Favorável Capão Bonito Águas/2006 1039.00 Favorável Mococa Águas/2006 572.31 Favorável Avaré Seca/2006 -5.04 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 -341.40 Desfavorável Mococa Seca/2006 -289.05 Desfavorável Avaré Seca/2007 1769.43 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -579.20 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -288.41 Desfavorável Colina Inverno/2006 -1487.54 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 -1141.56 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 -1062.75 Desfavorável Araras Inverno/2007 1153.77 Favorável Colina Inverno/2007 -104.43 Desfavorável Mococa Inverno/2007 113.12 Favorável
53
Embora a variável produtividade não faça parte da qualidade tecnológica dos
grãos, os resultados estão apresentados na tabela 13, e a sua discussão é de grande
importância, pois, trata-se de uma das principais características avaliadas dentro do
programa de melhoramento.
Tabela 13. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN & BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para produtividade média de grãos (kg.ha-1), de 19 genótipos de feijoeiro avaliados na época “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.
Pi: estimativa da estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes desfavoráveis.
Águas Seca Cultivares e Linhagens Média
Kg.ha-1 Pi .10
-5 Pif.10-5 Pid.10
-5 Média Kg.ha-1
Pi.10-5 Pif.10
-5 Pid.10-5
IAC-Alvorada (C) 2531 13,8 13,7 13,9 2642 32,8 33,9 32,2 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 2793 10,3 13,0 7,5 2691 31,9 38,4 28,7 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 2450 15,4 17,1 13,6 2416 39,7 52,1 33,6 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 2200 19,6 21,3 17,8 2289 42,9 57,7 35,5 IAC-Diplomata (P) 2483 14,6 17,4 11,8 2402 39,4 42,7 37,8 LP 9979 (C) 2859 8,8 8,3 9,2 2940 26,2 30,3 24,1 LP 01-38 (C) 3053 6,6 4,4 8,7 3004 24,7 19,7 27,2 LP 98-122 (P) 2591 13,0 12,8 13,3 2643 32,9 35,6 31,5 LP 02-130 (P) 2916 8,1 6,2 10,0 2618 33,7 41,2 29,9 BRS-Requinte (C) 2493 14,2 13,1 15,5 2666 32,2 33,4 31,6 BRS-Pontal (C) 2861 9,2 7,4 11,1 2883 27,3 21,6 30,1 BRS-Supremo (P) 2722 11,0 14,9 7,1 2520 36,9 49,9 30,4 BRS-Grafite (P) 2496 14,3 14,5 14,1 2806 28,9 35,6 25,6 CV-48 (C) 2849 9,4 9,0 9,8 2559 35,2 41,2 32,1 Z 28 (C) 2818 9,5 7,5 11,4 2804 29,4 37,2 25,5 IAC-Carioca Tybatã (C) 2505 14,9 16,8 12,9 2504 36,6 43,8 33,0 Pérola (C) 2874 8,6 6,9 10,2 2693 32,2 31,1 32,8 IAC-Una (P) 2697 11,5 12,1 10,9 2620 34,1 38,9 31,7 FT-Nobre (P) 2805 9,7 8,0 11,5 2668 32,3 40,9 28,1
54
Continua Tabela 13. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN & BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para produtividade média de grãos (kg.ha-1), de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).
Pi: estimativa da estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes desfavoráveis.
Considerando a época “das águas”, com os ambientes favoráveis e os
desfavoráveis, as linhagens LP 01-38, LP 9979, BRS-Pontal e CV-48 do grupo
comercial carioca e LP 02-130 do grupo comercial preto, foram aquelas com
desempenho próximo do máximo da média dos seis ambientes (3053 kg.ha-1), ou seja,
apresentaram menores estimativas de Pi (Tabela 13). As linhagens Gen 96A98-15-3-52-
1 (carioca) e Gen 96A3-P1-1-1 (preto), não apresentaram um bom desempenho entre os
genótipos avaliados. Ao examinar os ambientes favoráveis (Tabela 11), as linhagens LP
01-38, LP 02-130 e a testemunha Pérola tiveram os menores valores de (Pif), enquanto
que nos ambientes desfavoráveis (Pid) (Tabela 11) o genótipo do grupo comercial preto
BRS-Supremo e as linhagens do grupo comercial carioca Gen 96A45-3-51-52-1 e LP
01-38 se destacaram pelo bom desempenho (Tabela 13). Entre os genótipos avaliados
destacam-se, pela baixa performance aos ambientes favoráveis, a linhagem Gen 96A3-
P1-1-1 e a cultivar IAC-Diplomata, ambas de grãos pretos. Enquanto que, para os
Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens Média
Kg.ha-1 Pi .10
-5 Pif.10-5 Pid.10
-5 MédiaKg.ha-1
Pi.10-5 Pif.10
-5 Pid.10-5
IAC-Alvorada (C) 1679 10,8 9,5 12,1 2277 41,6 44,1 39,5 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 1488 13,5 13,9 13,2 2324 40,8 41,3 40,3 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 1434 14,3 16,2 12,5 2100 47,2 52,7 42,8 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 1515 13,1 15,5 10,8 2001 50,1 59,0 43,0 IAC-Diplomata (P) 1629 11,4 9,2 13,5 2171 44,9 48,4 42,2 LP 9979 (C) 1635 11,2 11,5 10,9 2478 36,2 35,9 36,4 LP 01-38 (C) 1615 11,6 12,1 11,1 2558 34,0 30,4 36,9 LP 98-122 (P) 1612 11,5 11,7 11,3 2282 41,4 42,4 40,6 LP 02-130 (P) 1802 9,0 9,2 8,9 2445 37,0 39,2 35,3 BRS-Requinte (C) 1736 9,8 9,1 10,4 2298 40,9 44,2 38,4 BRS-Pontal (C) 1679 11,1 10,5 11,8 2474 36,4 32,9 39,3 BRS-Supremo (P) 1568 12,6 13,1 12,2 2270 42,5 45,7 39,9 BRS-Grafite (P) 1507 13,1 15,0 11,2 2270 41,8 48,8 40,2 CV-48 (C) 1706 10,3 10,9 9,7 2371 39,2 40,5 38,2 Z 28 (C) 1386 15,2 17,2 13,1 2336 40,1 38,3 41,5 IAC-Carioca Tybatã (C) 1438 14,5 14,3 14,6 2149 45,7 48,8 43,2 Pérola (C) 1624 11,8 9,7 13,8 2397 38,4 36,4 40,1 IAC-Una (P) 1553 12,4 12,3 12,4 2290 41,6 41,3 41,8 FT-Nobre (P) 1540 12,7 12,0 13,4 2338 40,0 40,7 39,4
55
ambientes classificados como desfavoráveis os genótipos Gen 96A3-P1-1-1 (grupo
comercial preto) e BRS-Requinte (grupo comercial carioca) apresentaram desempenho
inferior em relação aos demais genótipos avaliados.
Considerando todos os ambientes da época “da seca”, observou-se desempenho
próximo do máximo da média dos seis ambientes (3004 kg.ha-1) para as linhagens LP
01-38, LP 9979, BRS-Pontal e Z-28 do grupo comercial carioca e BRS-Grafite do grupo
comercial preto. As linhagens Gen 96A3-P1-1-1 e Gen 96A98-15-3-52-1 foram as de
menor estabilidade entre os 19 genótipos avaliados (Tabela 13). Em relação aos
ambientes favoráveis (Tabela 11), as linhagens LP 01-38 e BRS-Pontal foram as que
apresentaram os menores valores de Pif. Enquanto que, nos ambientes desfavoráveis, Pid
(Tabela 11) as linhagens LP 9979, Z-28 e BRS-Grafite se destacaram como as mais
estáveis e adaptadas (Tabela 13). Os desempenhos mais baixos foram observados nos
genótipos Gen 96A3-P1-1-1 (preto) e Gen 96A98-15-3-52-1 (carioca) para os ambientes
favoráveis, e IAC-Diplomata e Gen 96A3-P1-1-1 para os desfavoráveis.
Considerando a época “de inverno” (Tabela 13), conjuntamente com os
ambientes favoráveis e os desfavoráveis (Tabela 11), observou-se que as linhagens LP
02-130, BRS-Requinte e CV-48, apresentaram desempenho próximo do máximo da
média dos seis ambientes (1802 kg.ha-1), ou seja, menores estimativas de Pi. A
testemunha IAC-Carioca Tybatã foi a menos estável entre os genótipos avaliados. As
linhagens BRS-Requinte, do grupo comercial carioca, a linhagem LP 02-130 e a cultivar
IAC-Diplomata, do grupo comercial preto, foram os genótipos mais responsivos a
melhoria do ambiente, enquanto que os genótipos mais tolerantes aos ambientes
desfavoráveis foram LP 02-130, CV-48 e BRS-Requinte (Tabela 11).
Os resultados obtidos no conjunto dos anos de 2005/2006/2007 (Tabela 13)
demonstraram que as linhagens do grupo comercial carioca LP 01-38, LP 9979 e BRS-
Pontal comportaram-se como as mais estáveis, ou seja, apresentaram menores
estimativas de Pi. As linhagens que apresentaram desempenho inferior entre os
genótipos avaliados foram Gen 96A98-15-3-52-1 (grãos carioca) e Gen 96A3-P1-1-1
(grãos pretos). Examinando os ambientes favoráveis (Tabela 12), as linhagens LP 01-38
e BRS-Pontal tiveram os menores valores de Pif enquanto que, nos ambientes
desfavoráveis (Tabela 12), os genótipos LP 02-130, LP 9979 e LP 01-38 se destacaram
como os mais adaptados. Desempenho inferior aos demais foi observado na linhagem
Gen 96A3-P1-1-1 para o ambiente favorável e, para o ambiente desfavorável, na
56
testemunha IAC-Carioca Tybatã e na linhagem Gen 96A3-P1-1-1 de grãos pretos
(Tabela 13).
O comportamento diferencial dos genótipos em relação à adaptabilidade e
estabilidade foi influenciado pelas condições ambientais. Este fato dificulta a
recomendação de cultivares para o conjunto das épocas estudadas, pois nessas
circunstâncias, não se pode fazer recomendação uniforme para o conjunto das épocas,
sem prejuízo na produção obtida.
No presente estudo, as linhagens LP 01-38 e LP 9979 apresentaram estabilidade
de produção, tolerância a ambientes desfavoráveis e responsividade aos favoráveis, ou
seja, se houver o manejo correto da cultura, o genótipo responderá de forma satisfatória,
o que implica em maior rendimento de grãos e, conseqüentemente, maior rentabilidade
ao produtor.
4.3.1 Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc)
A classificação dos ambientes em favoráveis e desfavoráveis para Porcentagem
de absorção de água antes do cozimento (Peanc) e seus respectivos índices ambientais
(I), estão apresentados nas tabelas 14 e 15. Na tabela 14 encontram-se os índices
ambientais das épocas, “das águas” dos anos de 2005 e 2006, “da seca” de 2006 e 2007
e da época “de inverno” dos anos de 2006 e 2007. Os ambientes desfavoráveis são os
que apresentam índices ambientais negativos, e ambientes favoráveis são aqueles cujos
índices ambientais são positivos.
57
Tabela 14. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água antes do cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 1.52 Favorável Mococa Águas/2005 1.75 Favorável Tatuí Águas/2005 1.59 Favorável Avaré Águas/2006 -1.35 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 -0.80 Desfavorável Mococa Águas/2006 -2.70 Desfavorável Avaré Seca/2006 -7.62 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 0.50 Favorável Mococa Seca/2006 -1.24 Desfavorável Avaré Seca/2007 1.57 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -2.46 Desfavorável Tatuí Seca/2007 9.24 Favorável Colina Inverno/2006 -0.68 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 -1.82 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 2.66 Favorável Araras Inverno/2007 -4.93 Desfavorável Colina Inverno/2007 4.75 Favorável Mococa Inverno/2007 0.02 Favorável
Tabela 15. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água antes do cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 1,06 Favorável Mococa Águas/2005 1,30 Favorável Tatuí Águas/2005 1,14 Favorável Avaré Águas/2006 -1,80 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 -1,25 Desfavorável Mococa Águas/2006 -3,16 Desfavorável Avaré Seca/2006 0,82 Favorável Capão Bonito Seca/2006 -0,32 Desfavorável Mococa Seca/2006 4,17 Favorável Avaré Seca/2007 -8,64 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -0,52 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -2,26 Desfavorável Colina Inverno/2006 -3,59 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 6,26 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 1,52 Favorável Araras Inverno/2007 0,55 Favorável Colina Inverno/2007 -3,49 Desfavorável Mococa Inverno/2007 8,22 Favorável
58
Considerando a época “das águas”, com os ambientes favoráveis e desfavoráveis
(Tabela 14), a cultivar IAC-Alvorada e as linhagens Gen 96A98-15-3-52-1 e Z-28,
foram as que apresentaram as menores estimativas de Pi (Tabela 16). A testemunha
IAC-Carioca Tybatã apresentou a menor estabilidade entre os 19 genótipos avaliados
(Tabela 16). Para os ambientes favoráveis, os genótipos que apresentaram os menores
valores de Pif foram Gen 96A98-15-3-52-1, Gen 96A45-3-51-52-1 e IAC-Alvorada,
enquanto nos ambientes desfavoráveis à testemunha Pérola e a linhagem Z-28 se
destacaram como as mais estáveis (Tabela 16). Desempenho inferior foi observado na
testemunha IAC-Carioca Tybatã para o ambiente favorável. Enquanto que, nos
ambientes desfavoráveis as testemunhas Pérola e IAC-Carioca Tybatã apresentaram
performance inferior em relação aos demais genótipos avaliados.
Tabela 16. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de embebição de água antes do cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
Águas Seca Cultivares e Linhagens
Média
% Pi .10
-1 Pif.10-1 Pid.10
-1 Média
% Pi.10
-1 Pif.10-1 Pid.10
-1
IAC-Alvorada (C) 105,38 4,9 2,7 7,1 107,01 15,0 19,3 10,8 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 105,09 5,7 2,1 9,3 102,16 24,1 26,2 21,9
Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 106,02 4,5 2,4 6,7 108,54 11,5 12,4 10,6
Gen 96A3-P1-1-1 (P) 102,13 8,4 6,5 10,2 104,95 17,9 20,2 15,7
IAC-Diplomata (P) 103,61 7,0 4,9 9,1 103,40 21,3 26,9 15,7
LP 9979 (C) 102,44 8,2 8,5 7,8 103,55 20,5 16,5 24,5
LP 01-38 (C) 104,59 5,5 5,1 5,8 104,73 19,2 25,2 13,2
LP 98-122 (P) 103,43 7,4 3,5 11,3 108,98 11,7 15,4 8,1
LP 02-130 (P) 100,77 10,3 10,2 10,2 101,07 27,9 30,9 24,9
BRS-Requinte (C) 102,69 7,8 5,9 9,7 88,44 66,2 50,4 82,0
BRS-Pontal (C) 100,48 11,6 16,6 6,5 94,66 46,3 25,9 66,7
BRS-Supremo (P) 104,24 5,8 5,3 6,2 96,97 39,9 29,9 49,9
BRS-Grafite (P) 103,71 6,9 8,8 5,1 107,38 14,6 18,0 11,1
CV-48 (C) 102,58 7,7 9,4 6,1 100,79 28,4 25,9 30,6
Z 28 (C) 105,84 4,9 5,3 4,6 99,34 30,9 23,5 38,3
IAC-Carioca Tybatã (C) 93,33 27,9 47,5 8,3 95,77 40,7 49,1 32,3
Pérola (C) 100,34 13,4 22,3 4,7 102,41 23,4 15,4 31,7
IAC-Una (P) 101,46 9,0 8,7 9,3 104,08 20,1 24,2 16,0
FT-Nobre (P) 104,21 6,1 4,4 7,9 107,29 15,2 22,8 7,7
59
Continua Tabela 16. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de embebição de água antes do cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
Na época “da seca” as linhagens Gen 96A98-15-3-52-1 e LP 98-122
apresentaram boa adaptabilidade e estabilidade geral. Em relação aos ambientes
favoráveis, a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a testemunha Pérola foram as que
apresentaram os menores valores de Pif, enquanto que, nos ambientes desfavoráveis
Pid, a linhagem LP 98-122 e a testemunha FT-Nobre se destacaram das demais, sendo
superiores (Tabela 16).
Considerando a época “de inverno” (Tabela 16), conjuntamente com os
ambientes favoráveis e desfavoráveis, observou-se que a linhagem LP 01-38 foi a que
apresentou maior estabilidade geral Pi entre os materiais avaliados. O genótipo LP 02-
130 apresentou desempenho inferior entre os genótipos observado. A linhagem LP 01-
38 foi a mais responsiva nos ambientes favoráveis, enquanto que, os genótipos mais
tolerantes aos ambientes desfavoráveis foram LP 01-38 e Z-28.
Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens
Média
% Pi .10-1 Pif.10
-1 Pid.10-1
Média% Pi.10
-1 Pif.10-1 Pid.10
-1
IAC-Alvorada (C) 108,45 7,9 8,1 7,7 106,95 13,9 14,4 13,4 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 108,32 7,5 5,9 9,1 105,19 16,9 14,1 19,8 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 108,88 7,4 8,8 6,1 107,81 12,3 11,6 12,9 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 105,19 11,9 9,1 14,7 104,09 18,4 17,5 19,3 IAC-Diplomata (P) 105,36 11,7 13,9 9,5 103,95 18,9 20,5 17,3 LP 9979 (C) 105,13 13,1 17,6 8,6 103,70 19,6 19,6 19,7 LP 01-38 (C) 111,11 4,7 4,2 5,3 106,81 14,1 15,3 12,9 LP 98-122 (P) 107,06 9,9 6,4 13,4 106,49 14,9 12,9 17,0 LP 02-130 (P) 96,02 46,1 19,2 72,9 99,29 35,0 25,7 44,3 BRS-Requinte (C) 98,07 28,4 20,5 36,2 96,40 40,2 30,1 50,2 BRS-Pontal (C) 93,50 40,7 43,9 37,6 96,21 40,4 36,9 43,9 BRS-Supremo (P) 105,16 13,3 16,4 9,9 102,12 24,7 21,9 27,6 BRS-Grafite (P) 108,60 8,1 8,5 7,7 106,57 14,9 17,7 12,1 CV-48 (C) 98,19 26,8 23,9 29,8 100,52 27,4 28,6 26,2 Z 28 (C) 109,80 5,9 6,4 5,3 104,99 18,0 15,4 20,6 IAC-Carioca Tybatã (C) 104,69 13,2 14,6 11,8 97,93 34,8 46,0 23,5 Pérola (C) 102,02 20,8 29,4 12,2 101,59 25,9 30,9 20,8 IAC-Una (P) 105,32 12,5 13,5 11,6 103,62 19,8 22,6 16,9 FT-Nobre (P) 108,64 7,5 6,8 8,1 106,71 14,4 15,1 13,7
60
Os resultados obtidos no conjunto dos anos de 2005/2006/2007 (Tabela 16)
demonstraram que apenas a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 comportou-se como a mais
estável. As linhagens que apresentaram desempenho inferior entre os genótipos
avaliados foram BRS-Requinte e BRS-Pontal. Examinando os ambientes favoráveis
(Tabela 15) para o conjunto das três épocas, as linhagens Gen 96A98-15-3-52-1 e LP
98-122 tiveram o menor valor de Pif (Tabela 15), enquanto que nos ambientes
desfavoráveis (Tabela 15) as linhagens Gen 96A98-15-3-52-1, LP 01-38 e BRS-Grafite
destacaram-se como as melhores (Tabela 16).
As diferenças apresentadas podem ter ocorrido, sobretudo, pelo fato dos grãos
apresentarem diferentes condições no momento da colheita (seca ou chuva), interferindo
na qualidade fisiológica e nas características do tegumento (integridade das
membranas), influenciando, dessa forma, na absorção de água e no tempo de cozimento
(SCHOLZ & FONSECA JÚNIOR 1999 b).
4.3.2 Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc)
A classificação dos locais em favoráveis e desfavoráveis, bem como, seus
índices ambientais encontram-se nas tabelas 16 e 17. A tabela 18 reporta os resultados
obtidos para estabilidade e adaptabilidade para Peapc nas épocas “das águas”, “da seca”
e “de inverno” e no conjunto das três épocas de semeadura.
Na época “das águas” (Tabela 19), a cultivar IAC-Alvorada foi estável e
responsiva nos ambientes favoráveis, enquanto que a testemunha IAC-Carioca Tybatã,
apresentou-se como a de menor desempenho no ambiente favorável. Examinando os
ambientes desfavoráveis, a linhagem Z-28 foi a mais estável e adaptada, enquanto que
as cultivares IAC-Carioca Tybatã e Pérola foram de desempenho inferiores entre os
genótipos avaliados.
Em relação à época “da seca”, o genótipo Gen 96A98-15-3-52-1 apresentou-se
como o de menor valor da estimativa Pi, sendo por tanto o mais estável. O de maior
valor Pi, ou seja, o menos estável, foi a testemunha Pérola. Para os ambientes favoráveis
(Tabela 16), as linhagens Gen 96A98-15-3-52-1 e LP 98-122 foram as de menor Pi e,
nos ambientes desfavoráveis (Tabela 17) às linhagens com resultados mais satisfatórios
foram Gen 96A98-15-3-52-1 e CV-48. As linhagens BRS-Requinte e BRS-Grafite
foram as que apresentaram resultados menos satisfatórios nos ambientes favoráveis,
enquanto que o genótipo Gen 96A3-P1-1-1 foi inferior nos ambientes desfavoráveis.
61
Tabela 17. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água após o cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 16,50 Favorável Mococa Águas/2005 6,35 Favorável Tatuí Águas/2005 2,00 Favorável Avaré Águas/2006 -20,24 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 2,23 Favorável Mococa Águas/2006 -6,85 Desfavorável Avaré Seca/2006 -8,22 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 -6,73 Desfavorável Mococa Seca/2006 -8,00 Desfavorável Avaré Seca/2007 15,24 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -0,47 Desfavorável Tatuí Seca/2007 8,19 Favorável Colina Inverno/2006 -0,45 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 -12,32 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 5,48 Favorável Araras Inverno/2007 -11,43 Desfavorável Colina Inverno/2007 1,04 Favorável Mococa Inverno/2007 17,68 Favorável
Tabela 18. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de embebição de água após o cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.
Índice Ambiental (I) Local Épocas
(%) Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 13,30 Favorável Mococa Águas/2005 3,15 Favorável Tatuí Águas/2005 -1,20 Desfavorável Avaré Águas/2006 -23,44 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 -0,97 Desfavorável Mococa Águas/2006 -10,05 Desfavorável Avaré Seca/2006 -0,39 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 -12,26 Desfavorável Mococa Seca/2006 5,55 Favorável Avaré Seca/2007 -5,05 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -3,56 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -4,83 Desfavorável Colina Inverno/2006 -11,59 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 1,11 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 17,74 Favorável Araras Inverno/2007 18,42 Favorável Colina Inverno/2007 2,70 Favorável Mococa Inverno/2007 11,37 Favorável
62
Analisando os resultados da tabela 19 para a época “de inverno” com todos os
ambientes (favoráveis e desfavoráveis), a linhagem LP 01-38 apresentou a menor
estimativa de Pi e a linhagem LP 02-130 foi a menos estável entre os 19 genótipos
avaliados. Para os ambientes favoráveis (Tabela 17), observou-se que o genótipo LP 01-
38 apresentou o menor valor de Pif, enquanto que, nos ambientes desfavoráveis (Tabela
17) a testemunha Pérola destacou-se, apresentando resultados superiores aos demais.
Desempenho inferior foi observado na testemunha IAC-Carioca Tybatã para os
ambientes favoráveis e na linhagem LP 02-130 nos ambientes desfavoráveis.
No conjunto total das médias das três épocas, pela tabela 19, observou-se que a
cultivar IAC-Alvorada e a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 como as mais estáveis, ou
seja, com os menores valores de Pi e a testemunha IAC-Carioca Tybatã como a menos
estável. Em relação aos ambientes favoráveis (Tabela 18), as linhagens LP 98-122 e
Gen 96A98-15-3-52-1 foram classificadas como as de desempenho superior. A cultivar
IAC-Alvorada foi a mais adaptada aos ambientes desfavoráveis enquanto que, a
testemunha IAC-Carioca Tybatã, apresentou desempenho inferior nos ambientes
favoráveis. Já o genótipo Gen 96A3-P1-1-1 obteve resultado inferior aos demais para
absorção de água após o cozimento, nos ambientes desfavoráveis.
63
Tabela 19. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de embebição de água após o cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.
Águas Seca Cultivares e Linhagens Média
% Pi .10
-2 Pif.10-2 Pid.10
-2 Média
% Pi.10
-2 Pif.10-2 Pid.10
-2
IAC-Alvorada (C) 153,06 12,9 10,8 17,1 149,40 6,7 7,6 6,2 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 142,30 18,1 16,8 20,9 138,83 11,2 10,9 11,4 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 141,92 18,4 17,6 19,9 157,22 4,2 3,9 4,3 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 135,41 22,6 22,7 22,3 139,96 11,6 5,9 14,4 IAC-Diplomata (P) 135,40 22,6 21,5 24,9 144,26 8,5 9,9 7,8 LP 9979 (C) 139,45 20,0 18,6 22,9 144,06 9,4 5,7 11,3 LP 01-38 (C) 137,18 21,3 21,8 20,4 147,77 7,9 8,7 7,5 LP 98-122 (P) 138,44 20,8 18,9 24,3 150,98 7,7 4,1 9,5 LP 02-130 (P) 141,21 19,0 16,5 24,1 142,93 9,1 12,2 7,6 BRS-Requinte (C) 134,92 23,2 22,0 25,4 139,08 10,8 13,5 9,5 BRS-Pontal (C) 130,57 26,5 27,8 23,9 146,31 7,8 4,9 9,3 BRS-Supremo (P) 132,95 24,5 26,0 21,5 139,22 11,6 13,4 10,6 BRS-Grafite (P) 146,26 15,9 15,9 16,1 147,99 7,7 6,5 8,3 CV-48 (C) 144,44 17,1 16,5 18,3 152,87 5,7 8,1 4,5 Z 28 (C) 141,45 20,3 23,9 12,9 145,23 8,2 11,5 6,5 IAC-Carioca Tybatã (C) 129,11 27,1 27,8 25,8 145,69 8,3 12,9 5,9 Pérola (C) 134,69 23,4 20,0 30,0 136,99 12,1 13,0 11,7 IAC-Una (P) 136,20 21,9 20,9 24,1 143,79 8,9 12,8 7,0 FT-Nobre (P) 141,04 19,0 16,4 24,2 144,62 8,6 12,9 6,4
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
64
Continua Tabela 19. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de embebição de água após o cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
4.3.3 Tempo de cozimento (TC)
Os resultados das análises de estabilidade e adaptabilidade para época “das
águas”, “da seca” e “de inverno”, e no conjunto dos anos de 2005/2006/2007 obtidas
por meio do método proposto por LIN e BINNS (1988), com modificações propostas
por CARNEIRO (1998) para o tempo de cozimento estão apresentados na tabela 22.
Enquanto que, a classificação dos ambientes em favoráveis e desfavoráveis estão
apresentadas nas tabelas 20 e 21.
Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens
Média
% Pi .10
-1 Pif.10-1 Pid.10
-1 Média
% Pi.10
-1 Pif.10-1 Pid.10
-1
IAC-Alvorada (C) 144,27 5,9 7,0 4,9 148,91 14,8 16,0 13,9 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 147,11 4,4 4,6 4,3 142,74 17,9 17,3 18,3 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 145,09 6,2 4,0 8,3 148,08 15,1 13,9 16,0 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 141,86 6,3 7,0 5,7 139,08 20,3 17,9 22,2 IAC-Diplomata (P) 138,75 7,4 8,5 6,3 139,61 19,6 20,9 18,4 LP 9979 (C) 141,36 7,2 3,8 10,6 141,25 19,2 16,2 21,5 LP 01-38 (C) 154,89 3,1 2,5 3,8 146,61 16,1 15,7 16,4 LP 98-122 (P) 140,77 7,2 4,7 9,7 143,40 18,1 13,8 21,6 LP 02-130 (P) 135,62 9,0 7,3 10,8 139,92 19,7 17,9 21,0 BRS-Requinte (C) 137,82 7,8 8,3 7,3 137,27 21,2 22,8 19,9 BRS-Pontal (C) 139,78 7,6 8,6 6,6 138,89 20,5 23,5 18,1 BRS-Supremo (P) 140,78 6,8 5,9 7,7 137,65 21,3 23,6 19,4 BRS-Grafite (P) 138,20 8,3 6,5 10,2 144,15 17,4 16,1 18,5 CV-48 (C) 144,07 5,6 4,4 6,8 147,12 15,4 15,6 15,3 Z 28 (C) 138,22 8,1 7,2 9,0 141,63 19,1 23,2 15,8 IAC-Carioca Tybatã (C) 132,11 10,0 10,5 9,6 135,64 22,4 25,5 19,9 Pérola (C) 148,38 4,9 6,8 3,0 140,02 20,0 19,9 20,1 IAC-Una (P) 144,69 5,7 7,4 3,9 141,63 18,6 20,7 16,9 FT-Nobre (P) 144,23 5,4 6,3 4,6 143,30 17,5 18,4 16,8
65
Tabela 20. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para tempo de cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (min.)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 4,20 Favorável Mococa Águas/2005 -4,48 Desfavorável Tatuí Águas/2005 -5,78 Desfavorável Avaré Águas/2006 -2,78 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 5,46 Favorável Mococa Águas/2006 3,38 Favorável Avaré Seca/2006 3,53 Favorável Capão Bonito Seca/2006 -1,15 Desfavorável Mococa Seca/2006 -2,69 Desfavorável Avaré Seca/2007 -0,62 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -4,58 Desfavorável Tatuí Seca/2007 5,48 Favorável Colina Inverno/2006 -1,44 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 -1,17 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 11,09 Favorável Araras Inverno/2007 -7,06 Desfavorável Colina Inverno/2007 -4,50 Desfavorável Mococa Inverno/2007 3,08 Favorável
Tabela 21. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para tempo de cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (min.)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 1,06 Favorável Mococa Águas/2005 1,30 Favorável Tatuí Águas/2005 1,14 Desfavorável Avaré Águas/2006 -1,80 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 -1,25 Desfavorável Mococa Águas/2006 -3,16 Desfavorável Avaré Seca/2006 0,82 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 -0,32 Desfavorável Mococa Seca/2006 4,17 Favorável Avaré Seca/2007 -8,64 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -0,52 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -2,26 Desfavorável Colina Inverno/2006 -3,59 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 6,26 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 1,52 Favorável Araras Inverno/2007 0,55 Favorável Colina Inverno/2007 -3,49 Favorável Mococa Inverno/2007 8,22 Favorável
66
Tabela 22. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para tempo de cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
Águas Seca Cultivares e Linhagens
Média(min.)
Pi .10-1 Pif.10
-1 Pid.10-1
Média (min.)
Pi.10-1 Pif.10
-1 Pid.10-1
IAC-Alvorada (C) 22,58 4,9 5,7 4,1 25,27 3,8 3,6 3,8 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 25,46 8,4 8,4 8,4 32,15 13,6 20,7 10,1 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 23,11 5,5 4,9 5,9 26,35 4,8 7,6 3,4 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 26,51 10,6 14,8 6,4 28,18 6,7 7,7 6,2 IAC-Diplomata (P) 26,39 9,9 9,1 10,7 27,37 5,8 9,9 3,7 LP 9979 (C) 27,21 11,0 8,9 13,1 33,15 14,1 20,8 10,8 LP 01-38 (C) 28,18 12,7 15,4 10,0 29,15 9,3 9,8 9,0 LP 98-122 (P) 24,01 6,1 5,3 6,9 31,36 12,9 3,9 17,5 LP 02-130 (P) 24,12 6,5 7,1 6,0 26,21 5,0 3,4 5,8 BRS-Requinte (C) 25,31 7,5 8,3 6,7 27,52 6,4 5,5 6,8 BRS-Pontal (C) 29,00 13,9 9,9 18,1 31,24 10,9 16,5 8,2 BRS-Supremo (P) 27,09 10,2 10,7 9,7 30,36 9,3 6,8 10,6 BRS-Grafite (P) 23,28 6,1 7,7 4,4 30,24 11,8 8,2 13,7 CV-48 (C) 27,04 10,5 7,3 13,8 28,39 6,9 5,3 7,7 Z 28 (C) 26,37 9,9 9,9 8,2 27,10 5,5 6,4 5,1 IAC-Carioca Tybatã (C) 27,37 10,9 10,9 10,8 30,36 9,5 5,9 11,2 Pérola (C) 28,11 12,7 9,1 16,3 28,16 7,9 16,7 3,5 IAC-Una (P) 24,11 6,5 6,5 6,6 27,21 6,1 5,5 6,5 FT-Nobre (P) 24,17 6,3 5,5 7,0 29,33 8,6 5,9 9,9
67
Continua Tabela 22. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para tempo de cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
Considerando a época “das águas” com os ambientes favoráveis e desfavoráveis
(Tabela 20), a cultivar IAC-Alvorada e a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 do grupo
comercial carioca e as linhagens BRS-Grafite, LP 98-122 e FT-Nobre do grupo
comercial preto, foram aquelas que obtiveram os menores tempos médios de cozimento
dos seis ambientes testados (26’15’’), ou seja, apresentaram menores estimativas de Pi.
As linhagens BRS-Pontal, LP 01-38 e a cultivar Pérola foram as de menor estabilidade
entre os genótipos avaliados. Para os ambientes favoráveis (Tabela 20), os genótipos
que apresentaram os menores valores de Pif foram Gen 96A98-15-3-52-1 e LP 98-122,
enquanto que, nos ambientes desfavoráveis (Tabela 20) as cultivares IAC-Alvorada e
BRS-Supremo se destacaram como as mais adaptadas. Desempenhos menos expressivos
foram observados nas linhagens LP 01-38 e Gen 96A3-P1-1-1 para os ambientes
favoráveis. Já a cultivar Pérola e a linhagem BRS-Pontal apresentaram resultados
inferiores aos demais, nos ambientes desfavoráveis (Tabela 22).
Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens
Médiamin. Pi .10
-1 Pif.10-1 Pid.10
-1 Médiamin. Pi.10
-1 Pif.10-1 Pid.10
-1
IAC-Alvorada (C) 34,12 16,0 18,2 14,9 27,19 11,3 10,4 12,1 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 31,39 11,9 17,9 8,8 29,53 15,5 18,1 13,5 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 30,32 11,7 23,4 5,9 26,27 10,3 12,1 8,9 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 39,33 27,7 26,6 28,3 31,20 19,2 16,6 21,4 IAC-Diplomata (P) 34,15 17,1 23,1 14,2 29,14 14,8 15,6 14,2 LP 9979 (C) 38,40 27,7 19,4 31,8 32,28 22,4 18,9 25,3 LP 01-38 (C) 32,28 14,9 15,4 14,7 30,14 16,7 20,3 13,9 LP 98-122 (P) 33,55 15,6 21,9 12,4 29,38 15,3 12,5 17,5 LP 02-130 (P) 32,49 14,3 10,7 16,1 28,01 12,1 11,7 12,6 BRS-Requinte (C) 34,28 17,2 14,6 17,5 29,27 14,1 13,7 14,4 BRS-Pontal (C) 39,33 28,0 25,9 29,0 33,19 22,3 20,1 24,1 BRS-Supremo (P) 28,00 7,8 10,9 6,3 28,18 13,3 17,5 9,9 BRS-Grafite (P) 35,31 17,6 18,6 17,0 29,48 15,7 13,9 17,2 CV-48 (C) 35,38 21,6 12,4 26,2 30,30 17,1 16,1 17,8 Z 28 (C) 30,38 9,7 14,1 7,5 27,52 11,7 14,2 9,7 IAC-Carioca Tybatã (C) 40,08 29,3 38,5 24,7 32,47 20,8 17,8 23,2 Pérola (C) 37,14 21,9 24,3 20,8 31,00 18,3 22,6 14,9 IAC-Una (P) 33,15 15,3 16,6 14,6 28,16 12,8 12,9 12,7 FT-Nobre (P) 32,05 13,7 12,8 14,1 28,39 13,2 11,2 14,8
68
Considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis em conjunto (Tabela 20)
para época “da seca”, observou-se valores próximos do menor tempo médio de
cozimento dos seis ambientes (29’30’’) para a cultivar IAC-Alvorada e, entre as
linhagens, para a Gen 96A98-15-3-52-1 e LP 02-130. As linhagens LP 9979 e Gen
96A45-3-51-52-1 foram as menos estáveis entre os 19 genótipos avaliados. Em relação
aos ambientes favoráveis (Tabela 20), as linhagens LP 02-130 e LP 98-122, do grupo
comercial preto, e a cultivar IAC-Alvorada foram as que apresentaram menores valores
de Pif; enquanto que nos ambientes desfavoráveis Pid (Tabela 20) a linhagem Gen
96A98-15-3-52-1, as cultivares IAC-Alvorada e IAC-Diplomata, além da cultivar
Pérola, se destacaram como as mais adaptadas. Resultados inferiores foram observados
nos genótipos LP 9979 e Gen 96A45-3-51-52-1 para o ambiente favorável, e LP 98-122
para o desfavorável.
Considerando a época “de inverno”, conjuntamente com os ambientes favoráveis
e desfavoráveis (Tabela 22) observou-se, que os genótipos BRS-Supremo e Z-28 foram
os que apresentaram TC próximos aos do menor tempo médio de cozimento, dentre os
seis ambientes testados (34’27’’), ou seja, menores estimativas de Pi. Já a testemunha
IAC-Carioca Tybatã foi a que apresentou a menor estabilidade entre os genótipos
avaliados. A linhagem LP 02-130 e a cultivar BRS-Supremo, do grupo comercial preto,
foram os genótipos mais responsivos à melhoria do ambiente, enquanto que, os
genótipos mais tolerantes aos ambientes desfavoráveis (Tabela 20) foram Gen 96A98-
15-3-52-1 e BRS-Supremo. A testemunha IAC-Carioca Tybatã apresentou desempenho
inferior para os ambientes favoráveis e a linhagem LP 9979, para os ambientes
desfavoráveis.
Os resultados obtidos no conjunto dos anos de 2005/2006/2007 (Tabela 22)
demonstraram que as linhagens Gen 96A98-15-3-52-1, LP02-130, Z-28 e a cultivar
IAC-Alvorada comportaram-se como as mais estáveis, ou seja, com menores
estimativas de Pi. As linhagens que apresentaram baixa estabilidade entre os genótipos
avaliados foram LP 9979 e BRS-Pontal. Ao examinar os ambientes favoráveis (Tabela
21), apenas a cultivar IAC-Alvorada teve o menor valor de Pif, enquanto que nos
ambientes desfavoráveis (Tabela 21) as linhagens Gen 96A98-15-3-52-1, Z-28, BRS-
Supremo e a cultivar IAC-Alvorada destacaram-se das demais. Resultado inferior foi
observado pela cultivar Pérola, do grupo comercial carioca, para os ambientes
favoráveis e, para os desfavoráveis pelas linhagens LP 9979 e BRS-Pontal.
69
De acordo com os resultados obtidos por meio do método de Lin e Binns (1988),
modificado por Carneiro (1998), é possível dizer que as condições locais de obtenção
dos grãos para a análise da qualidade tecnológica influenciaram nos resultados e na
diferenciação entre os genótipos, indicando alta interação genótipo x ambiente.
Entre os genótipos avaliados, a cultivar IAC-Alvorada, pode ser considerada
como uma das mais promissoras, por se tratar de um material estável, tolerante aos
ambientes desfavoráveis e responsiva nos ambientes favoráveis, ou seja, se houver o
emprego de tecnologias adequadas, a cultivar responderá de forma satisfatória, tendo o
TC reduzido.
4.3.4 Porcentagem de Grãos Inteiros (PGI)
A classificação dos locais em ambientes favoráveis e desfavoráveis, que
representam, de certa forma, ambientes onde há emprego de alta e baixa tecnologias,
encontram-se nas tabelas 23 e 24.
Tabela 23. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 -24,08 Desfavorável Mococa Águas/2005 0,07 Favorável Tatuí Águas/2005 11,81 Favorável Avaré Águas/2006 20,80 Favorável Capão Bonito Águas/2006 -14,83 Desfavorável Mococa Águas/2006 6,22 Favorável Avaré Seca/2006 17,71 Favorável Capão Bonito Seca/2006 31,02 Favorável Mococa Seca/2006 16,44 Favorável Avaré Seca/2007 -31,13 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -26,38 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -7,66 Desfavorável Colina Inverno/2006 7,66 Favorável Fernandópolis Inverno/2006 24,42 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 11,19 Favorável Araras Inverno/2007 4,91 Favorável Colina Inverno/2007 -10,06 Desfavorável Mococa Inverno/2007 -38,13 Desfavorável
70
Tabela 24. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis ao cultivo do feijoeiro, para porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 -17,92 Desfavorável Mococa Águas/2005 6,23 Favorável Tatuí Águas/2005 17,97 Favorável Avaré Águas/2006 26,96 Favorável Capão Bonito Águas/2006 -8,67 Desfavorável Mococa Águas/2006 12,38 Favorável Avaré Seca/2006 6,34 Favorável Capão Bonito Seca/2006 23,10 Favorável Mococa Seca/2006 9,87 Favorável Avaré Seca/2007 12,67 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 25,95 Favorável Tatuí Seca/2007 11,37 Favorável Colina Inverno/2006 5,00 Favorável Fernandópolis Inverno/2006 -11,38 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 -39,46 Desfavorável Araras Inverno/2007 -36,20 Desfavorável Colina Inverno/2007 -31,45 Desfavorável Mococa Inverno/2007 -12,73 Desfavorável
Os resultados da tabela 25 mostram que para a época “das águas”, apenas a
cultivar BRS-Supremo foi estável para PGI. A linhagem LP 01-38 apresentou
desempenho inferior aos demais genótipos avaliados. Ao considerar os ambientes
favoráveis e desfavoráveis (Tabela 23), a cultivar BRS-Supremo apresentou-se como a
mais estável em relação as demais, testadas tanto em ambientes favoráveis quanto nos
desfavoráveis.
Considerando em conjunto os ambientes favoráveis e desfavoráveis na época
“da seca” (Tabela 25), os resultados apontaram que os genótipos com os menores
valores de Pi foram BRS-Supremo e a testemunha Pérola. Em relação aos ambientes
favoráveis (Tabela 23), os genótipos Gen 96A3-P1-1-1 e BRS-Supremo, apresentaram
maior responsividade quando se observou melhoria dos ambientes, enquanto que, o
genótipo Z-28 foi o mais tolerante aos ambientes desfavoráveis (Tabela 23).
71
Tabela 25. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
Águas Seca Cultivares e Linhagens
Média
% Pi .10-2 Pif.10
-2 Pid.10-2
Média% Pi .10
-2 Pif.10-2 Pid.10
-2
IAC-Alvorada (C) 28,06 31,1 32,9 27,5 35,60 26,5 26,5 26,4 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 59,60 11,9 8,2 19,4 45,03 22,2 23,8 20,6 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 41,87 21,1 18,4 26,5 22,98 36,2 42,0 30,3 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 54,50 17,5 16,0 20,5 44,32 20,8 11,7 29,9 IAC-Diplomata (P) 42,89 21,0 16,9 29,0 26,71 32,3 30,4 34,3 LP 9979 (C) 45,35 18,7 16,9 22,2 32,50 29,2 30,5 27,9 LP 01-38 (C) 26,61 33,6 32,7 35,5 19,92 38,1 42,2 34,0 LP 98-122 (P) 38,32 25,2 25,7 24,1 24,31 35,0 34,8 35,3 LP 02-130 (P) 37,21 24,0 21,7 28,6 44,02 21,0 21,9 20,2 BRS-Requinte (C) 56,77 13,5 14,9 10,6 37,88 25,9 21,3 30,4 BRS-Pontal (C) 42,86 22,8 25,3 17,9 36,01 25,3 23,3 27,4 BRS-Supremo (P) 77,35 5,0 6,2 2,7 54,07 14,7 11,8 17,6 BRS-Grafite (P) 45,28 18,2 16,3 22,2 36,64 26,8 21,0 32,7 CV-48 (C) 35,11 25,2 25,7 24,4 37,25 24,5 22,6 26,5 Z 28 (C) 66,30 9,9 12,0 5,8 43,59 22,0 29,4 14,7 IAC-Carioca Tybatã (C) 62,31 10,0 8,6 12,9 24,12 35,9 48,1 23,8 Pérola (C) 51,25 16,5 12,3 24,9 54,86 15,9 14,7 17,2 IAC-Una (P) 51,85 14,8 13,6 17,4 37,96 24,7 24,5 24,9 FT-Nobre (P) 31,91 27,0 26,5 28,0 24,29 35,9 45,9 25,9
72
Continua Tabela 25. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
Em relação à época “de inverno”, a linhagem LP 02-130 apresentou menor
estimativa de Pi, sendo a mais estável. A linhagem LP 02-130 foi classificada como a de
desempenho mais satisfatório nos ambientes favoráveis (Tabela 23), enquanto que, os
genótipos BRS-Supremo e a testemunha IAC-Una foram nos ambientes desfavoráveis
(Tabela 23) Já a linhagem LP 01-38 foi a que apresentou desempenho inferior para
ambos ambientes.
Os resultados para a análise conjunta das três épocas de semeadura (Tabela 25)
reportam a cultivar BRS-Supremo como a mais estável, enquanto que o genótipo LP 01-
38 apresentou desempenho inferior em relação aos 19 genótipos avaliados. Para o grupo
de ambientes favoráveis (Tabela 24), os genótipos BRS-Supremo, BRS-Grafite e LP 02-
130 apresentaram os melhores valores. Em relação aos ambientes desfavoráveis (Tabela
24), os genótipos mais tolerantes foram BRS-Supremo e Z-28. A linhagem LP 01-38
Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens
Média
% Pi .10-2 Pif.10
-2 Pid.10-2
Média% Pi .10
-2 Pif.10-2 Pid.10
-2
IAC-Alvorada (C) 16,42 42,0 46,4 33,4 26,69 34,8 37,9 29,8 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 37,40 22,2 25,6 27,4 47,34 20,8 19,4 23,1 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 44,10 21,8 20,9 23,7 36,31 27,5 26,9 28,5 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 38,54 26,1 28,9 20,5 45,79 22,5 20,6 25,5 IAC-Diplomata (P) 37,73 25,7 20,9 35,4 37,20 26,5 21,6 34,2 LP 9979 (C) 36,44 26,6 23,2 33,5 38,10 25,9 24,0 28,9 LP 01-38 (C) 12,08 47,0 52,7 35,6 19,54 40,9 44,0 36,2 LP 98-122 (P) 39,88 25,0 22,3 30,5 34,17 29,8 28,5 31,8 LP 02-130 (P) 61,10 12,4 6,7 23,7 48,11 20,6 17,9 24,6 BRS-Requinte (C) 45,90 20,6 16,3 29,0 46,85 20,9 18,4 25,1 BRS-Pontal (C) 42,90 26,0 25,9 26,2 40,59 26,0 26,5 25,3 BRS-Supremo (P) 46,28 22,9 25,6 17,7 59,23 14,7 15,3 13,8 BRS-Grafite (P) 54,94 15,9 11,0 25,6 45,62 21,6 17,1 28,7 CV-48 (C) 38,48 24,8 23,5 27,4 36,95 26,3 25,8 27,2 Z 28 (C) 41,40 23,3 20,9 27,9 50,43 19,1 20,8 16,3 IAC-Carioca Tybatã (C) 46,27 19,8 14,1 31,0 44,23 22,4 21,7 23,5 Pérola (C) 44,43 23,4 23,8 22,7 50,18 19,6 18,2 21,9 IAC-Una (P) 34,03 31,2 36,9 19,8 41,28 24,5 25,9 22,2 FT-Nobre (P) 33,14 31,9 37,1 21,8 29,78 32,9 37,1 26,5
73
como na época “de inverno”, foi a que apresentou desempenho menos satisfatório em
ambos ambientes avaliados.
Os resultados mostram poucos genótipos estáveis para a porcentagem de grãos
inteiros, sendo está uma importante característica para industrialização do feijão.
Analisando os dados, observou-se que os grãos do grupo comercial preto foram mais
estáveis do que os do grupo comercial carioca para porcentagem de grãos inteiros, sendo
esta característica, provavelmente, relacionada a particularidades físicas que acabam por
favorecer a integridade dos grãos após o cozimento. Os resultados da análise conjunta
(Tabela 24) reportaram apenas a cultivar BRS-Supremo como estável e adaptada tanto
nos ambientes favoráveis quanto nos desfavoráveis.
4.3.5 Expansão volumétrica (EV)
A classificação dos ambientes em favoráveis e desfavoráveis bem como seus
índices ambientais para a variável expansão volumétrica, encontram-se nas tabelas 26 e
27.
Tabela 26. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para expansão volumétrica, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (g.mL)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 -0,09 Desfavorável Mococa Águas/2005 -0,07 Desfavorável Tatuí Águas/2005 -0,07 Desfavorável Avaré Águas/2006 0,11 Favorável Capão Bonito Águas/2006 0,05 Favorável Mococa Águas/2006 0,07 Favorável Avaré Seca/2006 -0,02 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 0,06 Favorável Mococa Seca/2006 0,11 Favorável Avaré Seca/2007 -0,07 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -0,03 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -0,06 Desfavorável Colina Inverno/2006 0,05 Favorável Fernandópolis Inverno/2006 0,04 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 0,06 Favorável Araras Inverno/2007 -0,02 Desfavorável Colina Inverno/2007 -0,06 Desfavorável Mococa Inverno/2007 -0,07 Desfavorável
74
Tabela 27. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para expansão volumétrica, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (g.mL)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 -0,07 Desfavorável Mococa Águas/2005 -0,05 Desfavorável Tatuí Águas/2005 -0,05 Desfavorável Avaré Águas/2006 0,13 Favorável Capão Bonito Águas/2006 0,07 Favorável Mococa Águas/2006 0,09 Favorável Avaré Seca/2006 0,05 Favorável Capão Bonito Seca/2006 0,05 Favorável Mococa Seca/2006 0,06 Favorável Avaré Seca/2007 -0,04 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 0,04 Favorável Tatuí Seca/2007 0,09 Favorável Colina Inverno/2006 -0,02 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 -0,06 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 -0,07 Desfavorável Araras Inverno/2007 -0,09 Desfavorável Colina Inverno/2007 -0,05 Desfavorável Mococa Inverno/2007 -0,08 Desfavorável
Analisando os resultados da tabela 28 para a época “das águas”, com os
ambientes favoráveis e desfavoráveis, os genótipos BRS-Supremo, Gen 96A3-P1-1-1,
LP 9979 e IAC-Carioca Tybatã foram os que apresentaram os menores valores da
estimativa Pi, ou seja, foram os mais estáveis e adaptados. A linhagem Z-28 e a cultivar
IAC-Alvorada apresentaram desempenho inferior entre os 19 genótipos avaliados. Para
os ambientes favoráveis (Tabela 26), os genótipos que apresentaram os menores valores
de Pif foram, BRS-Requinte e a testemunha IAC-Carioca Tybatã, enquanto que, nos
ambientes desfavoráveis (Tabela 26) a cultivar BRS-Supremo e a linhagem Gen 96A3-
P1-1-1 apresentaram resultados satisfatórios. Desempenho inferior foi observado na
linhagem Z-28 para o ambiente favorável e na testemunha FT-Nobre nos ambientes
desfavoráveis.
75
Tabela 28. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para expansão volumétrica, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
Águas Seca Cultivares e Linhagens
Média(g.mL) Pi . Pif . Pi.d
Média (g.mL) Pi . Pif . Pi.d
IAC-Alvorada (C) 0.48 0.024 0.024 0.024 0.52 0.010 0.007 0.016 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 0.45 0.018 0.015 0.021 0.50 0.007 0.008 0.005 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 0.46 0.019 0.019 0.019 0.48 0.006 0.004 0.008 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 0.43 0.015 0.017 0.013 0.52 0.009 0.008 0.013 IAC-Diplomata (P) 0.45 0.017 0.015 0.019 0.51 0.009 0.006 0.014 LP 9979 (C) 0.44 0.016 0.019 0.013 0.51 0.009 0.008 0.010 LP 01-38 (C) 0.44 0.016 0.016 0.017 0.49 0.006 0.005 0.008 LP 98-122 (P) 0.45 0.018 0.019 0.018 0.48 0.005 0.005 0.007 LP 02-130 (P) 0.45 0.018 0.017 0.020 0.53 0.011 0.010 0.014 BRS-Requinte (C) 0.44 0.016 0.015 0.018 0.53 0.011 0.011 0.012 BRS-Pontal (C) 0.44 0.016 0.018 0.014 0.51 0.009 0.007 0.013 BRS-Supremo (P) 0.43 0.014 0.016 0.012 0.52 0.010 0.011 0.006 BRS-Grafite (P) 0.46 0.020 0.021 0.018 0.52 0.010 0.009 0.013 CV-48 (C) 0.46 0.020 0.019 0.021 0.50 0.007 0.007 0.005 Z 28 (C) 0.48 0.024 0.030 0.019 0.52 0.010 0.008 0.014 IAC-Carioca Tybatã (C) 0.44 0.016 0.015 0.017 0.52 0.009 0.009 0.010 Pérola (C) 0.45 0.018 0.017 0.019 0.52 0.010 0.009 0.012 IAC-Una (P) 0.45 0.017 0.017 0.018 0.52 0.010 0.009 0.013 FT-Nobre (P) 0.46 0.021 0.016 0.026 0.51 0.008 0.008 0.010
76
Continua Tabela 28. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para expansão volumétrica, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo. (Continuação).
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
Em relação a época “da seca” referente aos anos agrícolas de 2006 e 2007, os
resultados da tabela 28 indicaram que os genótipos LP 98-122 e Gen 96A45-3-51-52-1
foram os mais estáveis. Em relação aos ambientes favoráveis (Tabela 26), as linhagens
LP 98-122 e Gen 96A98-15-3-52-1 foram as de menores valores de (Pif), enquanto que
nos ambientes desfavoráveis (Pid) (Tabela 26), as linhagens Gen 96A45-3-51-52-1 e
CV-48 se destacaram positivamente dos demais. Resultados inferiores foram
observados nos genótipos BRS-Requinte para os ambientes favoráveis, e IAC-
Diplomata para os desfavoráveis.
Ao considerar a época “de inverno” (Tabela 28), com todos os ambientes
(favoráveis e desfavoráveis), os genótipos BRS-Requinte e Gen 96A98-15-3-52-1
apresentaram os menores valor de Pi, ou seja, foi a mais estável e adaptada. Entre os
genótipos avaliados a testemunha IAC-Carioca Tybatã apresentou baixa estabilidade.
As linhagens CV-48 e LP 01-38 foram as mais responsivas a melhoria do ambiente,
Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens
Média(g.mL) Pi . Pif . Pi.d
Média (g.mL) Pi . Pif . Pi.d
IAC-Alvorada (C) 0,57 0.017 0.020 0.013 0.57 0.017 0.020 0.013 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 0,52 0.008 0.007 0.010 0.52 0.008 0.007 0.010 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 0,51 0.007 0.007 0.007 0.51 0.007 0.007 0.007 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 0,53 0.010 0.009 0.010 0.53 0.010 0.009 0.010 IAC-Diplomata (P) 0,56 0.014 0.020 0.009 0.56 0.014 0.020 0.009 LP 9979 (C) 0,53 0.010 0.010 0.010 0.53 0.010 0.010 0.010 LP 01-38 (C) 0,52 0.008 0.006 0.010 0.52 0.008 0.006 0.010 LP 98-122 (P) 0,53 0.010 0.007 0.012 0.53 0.010 0.007 0.012 LP 02-130 (P) 0,54 0.010 0.010 0.010 0.54 0.010 0.010 0.010 BRS-Requinte (C) 0,51 0.007 0.009 0.005 0.51 0.007 0.009 0.005 BRS-Pontal (C) 0,53 0.010 0.011 0.009 0.53 0.010 0.011 0.009 BRS-Supremo (P) 0,53 0.010 0.008 0.012 0.53 0.010 0.008 0.012 BRS-Grafite (P) 0,53 0.009 0.010 0.009 0.53 0.009 0.010 0.009 CV-48 (C) 0,52 0.008 0.006 0.011 0.52 0.008 0.006 0.011 Z 28 (C) 0,54 0.011 0.009 0.013 0.54 0.011 0.009 0.013 IAC-Carioca Tybatã (C) 0,56 0.015 0.019 0.011 0.56 0.015 0.019 0.011 Pérola (C) 0,53 0.011 0.015 0.006 0.53 0.011 0.015 0.006 IAC-Una (P) 0,52 0.008 0.008 0.008 0.52 0.008 0.008 0.008 FT-Nobre (P) 0,53 0.010 0.008 0.012 0.53 0.010 0.008 0.012
77
enquanto que os genótipos mais tolerantes aos ambientes desfavoráveis foram BRS-
Requinte e Pérola. A cultivar IAC-Diplomata apresentou desempenho inferior para os
ambientes favoráveis e a cultivar IAC-Alvorada, para os desfavoráveis.
Para o conjunto dos anos de 2005/2006/2007, os resultados demonstraram as
linhagens BRS-Requinte e Gen 96A98-15-3-52-1 como as mais estáveis entre os
genótipos avaliados (Tabela 28). As cultivares que apresentaram baixo desempenho
foram IAC-Carioca Tybatã e IAC-Alvorada. Ao examinar os ambientes favoráveis
(Tabela 27), os genótipos CV-48 e LP 01-38 tiveram os menores valores de Pif,
enquanto que, nos ambientes desfavoráveis (Tabela 27) o genótipo BRS-Requinte e a
testemunha Pérola destacaram-se das demais (Tabela 28). Desempenho inferior foi
observado na cultivar IAC-Alvorada do grupo comercial carioca para os ambientes
favoráveis e, para os ambientes desfavoráveis, na linhagem CV-48 do grupo comercial
carioca.
4.3.6 Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)
Nas tabelas 29 e 30 são apresentados a classificação dos ambientes em
favoráveis e desfavoráveis, assim como seus índices ambientais (I).
Tabela 29. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para sólidos solúveis totais no caldo, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.
Índice Ambiental (I) Local Épocas
(%) Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 -1,32 Desfavorável Mococa Águas/2005 0,65 Favorável Tatuí Águas/2005 -0,51 Desfavorável Avaré Águas/2006 0,94 Favorável Capão Bonito Águas/2006 0,70 Favorável Mococa Águas/2006 -0,46 Desfavorável Avaré Seca/2006 1,84 Favorável Capão Bonito Seca/2006 0,03 Favorável Mococa Seca/2006 -1,02 Desfavorável Avaré Seca/2007 -0,72 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -0,64 Desfavorável Tatuí Seca/2007 0,50 Favorável Colina Inverno/2006 -0,10 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 -0,07 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 0,06 Favorável Araras Inverno/2007 0,70 Favorável Colina Inverno/2007 -0,16 Desfavorável Mococa Inverno/2007 -0,44 Desfavorável
78
Tabela 30. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para sólidos solúveis totais no caldo, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.
Índice Ambiental (I) Local Épocas
(%) Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 -2,02 Desfavorável Mococa Águas/2005 -0,04 Desfavorável Tatuí Águas/2005 -1,20 Desfavorável Avaré Águas/2006 0,25 Favorável Capão Bonito Águas/2006 0,01 Favorável Mococa Águas/2006 -1,16 Desfavorável Avaré Seca/2006 0,47 Favorável Capão Bonito Seca/2006 0,50 Favorável Mococa Seca/2006 0,63 Favorável Avaré Seca/2007 1,97 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 0,16 Favorável Tatuí Seca/2007 -0,89 Desfavorável Colina Inverno/2006 1,26 Favorável Fernandópolis Inverno/2006 0,41 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 0,13 Favorável Araras Inverno/2007 -0,59 Desfavorável Colina Inverno/2007 -0,51 Desfavorável Mococa Inverno/2007 0,63 Favorável
A partir dos resultados obtidos para a época “das águas” (Tabela 31) pelo
método de LIN & BINNS (1988), modificado por CARNEIRO (1998), a linhagem LP
98-122 e a testemunha Pérola sobressaíram-se por possuírem maior adaptabilidade e
estabilidade geral, isto é, apresentaram os menores valores de Pi. As linhagens Z-28 e
LP 01-38 apresentaram desempenho inferior em relação aos demais genótipos
avaliados. Aplicando-se as modificações sugeridas por CARNEIRO (1998) verificou-se
que a cultivar Pérola foi a mais responsiva aos ambientes favoráveis (Tabela 29),
enquanto que a cultivar FT-Nobre e a linhagem LP 98-122 se destacaram em ambientes
desfavoráveis (Tabela 29).
Para o plantio “da seca”, verificou-se, por meio dos resultados apresentados na
tabela 31, que a cultivar FT-Nobre do grupo comercial preto, foi a mais estável,
enquanto que as linhagens LP 01-38 e CV-48 apresentaram baixo desempenho. Nos
ambientes favoráveis (Tabela 29), apenas à testemunha IAC-Carioca Tybatã destacou-se
das demais, enquanto que a linhagem LP 01-38 foi a que obteve desempenho inferior
dentre os ambientes favoráveis. Em relação aos ambientes desfavoráveis (Tabela 29), a
cultivar FT-Nobre apresentou boa adaptabilidade e estabilidade. Já a linhagem CV-48
apresentou resultado inferior em relação aos demais genótipos estudados.
79
TABELA 31. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para sólidos solúveis totais no caldo, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
Águas Seca Cultivares e Linhagens
Média
(%) Pi . Pif . Pi.d Média
(%) Pi . Pif . Pi.d
IAC-Alvorada (C) 10,04 50,3 50,7 49,9 11,09 16,4 18,2 14,5 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 10,69 43,6 47,1 40,0 10,87 18,2 13,7 22,6 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 10,31 47,3 49,3 45,3 10,83 18,8 15,2 22,3 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 10,46 45,7 42,9 48,4 12,71 8,4 7,9 8,9 IAC-Diplomata (P) 10,63 44,8 56,3 33,2 11,67 13,1 9,3 16,9 LP 9979 (C) 11,19 39,7 41,3 38,2 11,04 16,5 14,5 18,6 LP 01-38 (C) 9,62 54,3 50,9 57,7 10,33 21,9 27,2 16,8 LP 98-122 (P) 11,92 32,9 34,2 31,7 12,62 8,9 12,3 5,5 LP 02-130 (P) 11,67 35,2 29,5 40,9 11,61 12,9 12,1 13,9 BRS-Requinte (C) 10,33 47,4 45,3 49,5 10,55 19,9 22,5 17,5 BRS-Pontal (C) 9,87 51,5 45,8 58,2 11,81 12,9 9,6 16,3 BRS-Supremo (P) 10,82 43,0 33,5 52,6 11,85 12,2 10,8 13,6 BRS-Grafite (P) 11,35 37,9 39,5 36,2 12,65 8,9 9,4 8,4 CV-48 (C) 10,21 48,7 54,6 42,9 10,15 21,9 16,4 27,3 Z 28 (C) 9,51 55,9 69,3 42,6 10,88 18,0 21,1 15,0 IAC-Carioca Tybatã (C) 10,91 41,7 42,1 41,2 12,86 10,4 6,8 14,1 Pérola (C) 12,69 30,7 18,5 43,1 10,36 20,8 22,3 19,3 IAC-Una (P) 9,99 51,4 53,4 49,4 12,55 9,7 14,0 5,4 FT-Nobre (P) 11,60 36,2 41,9 30,6 13,00 7,4 10,8 4,0
80
Continua TABELA 31. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para sólidos solúveis totais no caldo, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
Os resultados obtidos na época “de inverno” (Tabela 31) reportaram que a
cultivar BRS-Supremo e a testemunha IAC-Carioca Tybatã sobressaíram-se das demais
por apresentar maior estabilidade geral Pi, enquanto que a linhagem Gen 96A98-15-3-
52-1 não apresentou desempenho satisfatório entre os genótipos avaliados. Em relação
ao grupo de ambientes favoráveis e desfavoráveis (Tabela 29), a testemunha FT-Nobre
foi mais responsiva nos ambientes favoráveis, sendo a cultivar BRS-Supremo e a
testemunha IAC-Carioca Tybatã de alta tolerância à queda do nível ambiental. As
linhagens Z-28 e Gen 96A98-15-3-52-1 foram as menos adaptadas aos ambientes
favoráveis e desfavoráveis, respectivamente.
Na análise conjunta dos anos 2005/2006/2007 (Tabela 31), a testemunha FT-
Nobre e a linhagem LP 98-122 foram as mais estáveis. Já o genótipo Gen 96A98-15-3-
52-1 foi classificado como menos estável. A testemunha IAC-Carioca Tybatã e a BRS-
Supremo foram as mais responsivas nos ambientes favoráveis (Tabela 30), enquanto
Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens
Média
(%) Pi . Pif . Pi.d Média
(%) Pi . Pif . Pi.d
IAC-Alvorada (C) 11,62 4,78 7,72 3,32 10,91 41,7 42,0 41,0 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 10,98 7,35 5,34 8,35 10,85 42,4 42,8 41,7 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 10,56 9,56 4,26 12,21 10,57 45,4 46,2 44,0 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 12,70 2,70 2,20 2,94 11,96 32,9 30,9 36,0 IAC-Diplomata (P) 12,72 2,30 2,71 2,09 11,67 35,1 34,2 36,5 LP 9979 (C) 11,67 4,51 3,53 5,00 11,30 38,2 38,4 37,9 LP 01-38 (C) 12,28 3,12 4,84 2,26 10,74 43,8 40,7 48,7 LP 98-122 (P) 12,50 2,77 2,27 3,03 12,34 29,6 32,0 25,8 LP 02-130 (P) 12,40 3,49 4,18 3,15 11,89 33,4 32,4 34,9 BRS-Requinte (C) 11,10 6,53 7,26 6,16 10,66 44,1 44,7 43,2 BRS-Pontal (C) 11,66 4,38 4,57 4,28 11,11 39,9 35,5 46,7 BRS-Supremo (P) 12,85 1,65 2,06 1,45 11,84 33,8 29,8 40,0 BRS-Grafite (P) 11,72 5,21 1,37 7,13 11,91 33,4 36,1 29,0 CV-48 (C) 12,23 3,44 3,20 3,55 10,87 42,3 39,3 47,0 Z 28 (C) 11,89 4,45 8,16 2,6 10,76 43,4 44,2 42,2 IAC-Carioca Tybatã (C) 12,84 1,85 2,00 1,78 12,20 31,5 27,7 37,6 Pérola (C) 11,70 5,22 4,04 5,81 11,58 38,2 37,2 39,7 IAC-Una (P) 11,64 5,07 6,03 4,59 11,39 38,1 37,9 38,5 FT-Nobre (P) 12,70 2,07 0,63 2,79 12,43 28,9 32,6 23,2
81
que nos ambientes desfavoráveis (Tabela 30) a cultivar FT-Nobre e a linhagem LP 98-
122 foram as mais tolerantes. As linhagens Gen 96A98-15-3-52-1 e LP 01-38
apresentaram resultados inferiores em relação aos demais genótipos avaliados nos
ambientes favoráveis e desfavoráveis, respectivamente.
4.4 Proteína Bruta e Teor de Água nos Grãos: Adaptabilidade e Estabilidade
4.4.1 Proteína bruta (PB)
A classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis e o índice ambiental
estão nas tabelas 32 e 33.
Tabela 32. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para proteína bruta, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 -0,44 Desfavorável Mococa Águas/2005 -2,96 Desfavorável Tatuí Águas/2005 3,76 Favorável Avaré Águas/2006 1,00 Favorável Capão Bonito Águas/2006 -0,48 Desfavorável Mococa Águas/2006 -0,89 Desfavorável Avaré Seca/2006 0,22 Favorável Capão Bonito Seca/2006 -3,13 Desfavorável Mococa Seca/2006 1,86 Favorável Avaré Seca/2007 0,94 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 1,71 Favorável Tatuí Seca/2007 -1,60 Desfavorável Colina Inverno/2006 -2,58 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 0,67 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 1,33 Favorável Araras Inverno/2007 2,77 Favorável Colina Inverno/2007 -1,09 Desfavorável Mococa Inverno/2007 -1,09 Desfavorável
82
Tabela 33. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para proteína bruta, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 -1,03 Desfavorável Mococa Águas/2005 -3,54 Desfavorável Tatuí Águas/2005 3,17 Favorável Avaré Águas/2006 0,41 Favorável Capão Bonito Águas/2006 -1,07 Desfavorável Mococa Águas/2006 -1,48 Desfavorável Avaré Seca/2006 -3,03 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 0,22 Favorável Mococa Seca/2006 0,88 Favorável Avaré Seca/2007 1,32 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -2,03 Desfavorável Tatuí Seca/2007 2,96 Favorável Colina Inverno/2006 1,94 Favorável Fernandópolis Inverno/2006 -1,55 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 -1,55 Desfavorável Araras Inverno/2007 2,05 Favorável Colina Inverno/2007 2,81 Favorável Mococa Inverno/2007 0,49 Favorável
Os resultados da análise de estabilidade e adaptabilidade para a época “das
águas”, “da seca” e “de inverno” e no conjunto dos anos de 2005/2006/2007, obtidas
por meio do método LIN & BINNS (1988), modificado por CARNEIRO (1998), para
o teor de proteína bruta nos grãos estão apresentados na tabela 34.
Ao considerar a época “das águas” com os ambientes favoráveis e
desfavoráveis a cultivar IAC-Alvorada e a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 foram as
mais estáveis, tendo obtido valores próximos as do maior teor médio de proteína bruta
dos seis ambientes avaliados (23,30%), ou seja, menores estimativas de Pi. A
linhagem LP 02-130 foi a de menor estabilidade entre os genótipos avaliados. Para os
ambientes favoráveis (Tabela 32), a cultivar IAC-Alvorada apresentou o menor valor
de Pif (Tabela 34), enquanto que nos ambientes desfavoráveis (Tabela 32) à linhagem
Gen 96A98-15-3-52-1 e a cultivar IAC-Alvorada se destacaram como as mais
estáveis e adaptadas (Tabela 34). Desempenho inferior foi observado na linhagem LP
83
01-38 para os ambientes favoráveis, assim como, para as linhagens LP 01-38 e LP02-
130 nos ambientes desfavoráveis.
Na época “das águas” a cultivar IAC-Alvorada foi estável, responsiva nos
ambientes favoráveis e, tolerante nos ambientes desfavoráveis.
Tabela 34. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para o teor de proteína bruta, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
Águas Seca Cultivares e Linhagens
Média
% Pi . Pif . Pi.d Média
% Pi . Pif . Pi.d
IAC-Alvorada (C) 22,57 20,2 27,8 16,4 23,82 13,7 12,5 16,0 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 21,01 31,2 33,9 29,7 22,55 25,5 18,8 38,7 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 22,87 17,9 24,8 14,4 23,05 19,6 18,4 21,9 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 22,40 21,0 25,7 18,7 24,29 11,8 13,0 9,3 IAC-Diplomata (P) 23,30 16,0 13,3 17,4 24,55 10,3 10,4 10,0 LP 9979 (C) 19,58 42,5 43,7 41,9 21,16 31,2 28,3 37,0 LP 01-38 (C) 18,88 50,1 60,8 44,8 20,55 36,4 33,6 42,1 LP 98-122 (P) 20,68 33,7 44,9 28,1 22,66 21,7 16,3 32,3 LP 02-130 (P) 18,54 53,3 54,4 52,7 21,57 28,9 28,8 29,3 BRS-Requinte (C) 21,48 27,2 25,3 28,2 23,72 14,2 14,6 13,4 BRS-Pontal (C) 21,13 30,0 31,2 29,5 22,86 19,2 20,7 16,3 BRS-Supremo (P) 21,88 25,5 32,6 21,9 22,78 20,8 22,9 16,6 BRS-Grafite (P) 21,63 27,9 27,4 28,1 23,12 18,4 14,1 26,8 CV-48 (C) 21,58 26,9 28,7 25,9 23,02 18,7 17,0 22,0 Z 28 (C) 20,44 35,6 30,7 38,1 23,13 18,6 17,2 21,7 IAC-Carioca Tybatã (C) 21,42 28,6 33,1 26,4 23,94 13,2 12,6 14,3 Pérola (C) 21,62 27,3 35,2 23,4 22,36 22,4 23,9 19,6 IAC-Una (P) 20,93 31,9 33,6 31,0 22,86 19,3 18,1 21,8 FT-Nobre (P) 21,38 28,9 24,6 29,9 23,50 15,5 14,4 17,7
84
Continua Tabela 34. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para o teor de proteína bruta, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes desfavoráveis.
Ao considerar a época “da seca”, conjuntamente com os ambientes favoráveis e
desfavoráveis a cultivar IAC-Diplomata foi a de maior estabilidade e adaptabilidade
geral, enquanto que a linhagem LP 01-38 foi a de menor estabilidade entre os 19
genótipos avaliados (Tabela 34). Em relação aos ambientes favoráveis (Tabela 32), a
cultivar IAC-Diplomata, IAC-Alvorada e a IAC-Carioca Tybatã foram às que
apresentaram as menores estimativas de (Pif), enquanto que nos ambientes desfavoráveis
(Pid), a linhagem Gen 96A3-P1-1-1 e a cultivar IAC-Diplomata se destacaram como as
mais estáveis e adaptadas. Resultado inferior foi observado no genótipo LP 01-38 para o
conjunto de ambientes favoráveis e desfavoráveis.
Dentre os ambientes avaliados, na época “de inverno” (Tabela 34), observou-se
que os genótipos Gen 96A98-15-3-52-1 e IAC-Diplomata foram os mais estáveis e
responsivos. A linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a BRS-Grafite foram as mais
tolerantes aos ambientes desfavoráveis. Já as linhagens LP 01-38 e LP 02-130
Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens
Média
% Pi . Pif . Pi.d Média
% Pi . Pif . Pi.d
IAC-Alvorada (C) 22,04 41,3 34,3 48,3 22,81 34,9 34,3 35,7 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 22,12 41,1 45,7 36,4 21,89 44,5 42,8 46,2 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 23,80 27,5 25,4 29,7 23,24 32,7 34,9 30,4 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 22,20 38,9 41,5 36,4 22,96 33,5 36,0 31,0 IAC-Diplomata (P) 23,04 32,9 31,9 34,1 23,23 31,7 33,7 29,6 LP 9979 (C) 21,56 45,7 48,0 43,4 20,76 54,2 53,5 54,9 LP 01-38 (C) 19,13 71,0 71,8 70,3 19,52 67,5 68,7 66,5 LP 98-122 (P) 20,99 51,3 46,7 55,9 21,44 47,5 45,0 49,9 LP 02-130 (P) 19,04 72,3 74,4 70,2 19,72 65,7 64,3 66,9 BRS-Requinte (C) 21,35 47,7 50,4 45,0 22,18 40,3 40,0 40,6 BRS-Pontal (C) 21,05 50,5 52,5 48,4 21,68 44,9 46,5 43,3 BRS-Supremo (P) 21,26 48,1 58,0 38,2 21,97 42,9 49,8 35,7 BRS-Grafite (P) 22,71 35,7 39,1 32,3 22,49 38,6 36,6 40,6 CV-48 (C) 20,75 53,7 47,6 59,7 21,78 44,4 41,9 46,7 Z 28 (C) 20,73 53,4 52,2 54,7 21,43 47,6 43,6 51,6 IAC-Carioca Tybatã (C) 21,17 49,2 52,6 45,8 22,18 40,6 41,1 40,0 Pérola (C) 21,45 46,3 42,3 50,4 21,81 44,1 46,7 41,6 IAC-Una (P) 21,24 48,5 49,6 47,5 21,68 44,9 44,4 45,6 FT-Nobre (P) 20,30 57,6 53,4 61,8 21,73 44,5 40,6 48,3
85
apresentaram menor desempenho geral e específico para os ambientes favoráveis e
desfavoráveis (Tabela 32).
Os resultados apresentados na tabela 34 para o conjunto dos anos de
2005/2006/2007, demonstraram que a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a cultivar IAC-
Diplomata comportaram-se como as mais estáveis, ou seja, apresentaram menores
estimativas de Pi . Ao examinar os ambientes favoráveis (Tabela 33), as cultivares IAC-
Alvorada e IAC-Diplomata foram as mais responsivas a melhoria ambiental, ou seja,
obtiveram os menores valores de Pif, enquanto que nos ambientes desfavoráveis (Tabela
33), a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a cultivar IAC-Diplomata se sobressaíram
entre os genótipos avaliados (Tabela 34). As linhagens LP 01-38 e LP 02-130 foram
classificadas como as de menor estabilidade geral, alta responsividade nos ambientes
favoráveis e desempenho satisfatório nos ambientes desfavoráveis.
Os resultados obtidos indicaram que a classificação dos genótipos de feijoeiro em
relação ao teor de proteína bruta, alterou-se de uma época para outra, mostrando que o
efeito diferencial que o ambiente exerceu sobre os genótipos foi resultado da interação
genótipo x ambiente.
A cultivar IAC-Diplomata do grupo comercial preto apresentou-se como a mais
estável, responsiva nos ambientes favoráveis ao seu desenvolvimento e tolerante aos
ambientes desfavoráveis. A linhagem Gen 96A98-15-3-52-1, do grupo comercial
carioca, apresentou estabilidade e desempenho superior em ambientes desfavoráveis.
86
4.4.2 Teor de água nos grãos (T.G.A.)
A classificação dos ambientes em favoráveis e desfavoráveis, que refletem
respectivamente, ambientes com e sem emprego de tecnologia, e seus índices
ambientais (I) estão descritos nas tabelas 35 e 36.
Tabela 35. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para teor de água nos grão, com base no índice ambiental (I), para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno”.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 1,69 Favorável Mococa Águas/2005 1,05 Favorável Tatuí Águas/2005 0,53 Favorável Avaré Águas/2006 -0,45 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 -1,31 Desfavorável Mococa Águas/2006 -1,51 Desfavorável Avaré Seca/2006 -2,05 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 -1,18 Desfavorável Mococa Seca/2006 -1,47 Desfavorável Avaré Seca/2007 1,55 Favorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 0,10 Favorável Tatuí Seca/2007 3,05 Favorável Colina Inverno/2006 -2,09 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 -0,60 Desfavorável Ribeirão Preto Inverno/2006 -0,83 Desfavorável Araras Inverno/2007 -0,06 Desfavorável Colina Inverno/2007 1,91 Favorável Mococa Inverno/2007 1,67 Favorável
87
Tabela 36. Classificação dos ambientes favoráveis e desfavoráveis, para teor de água nos grãos, com base no índice ambiental (I), considerando o conjunto das três épocas de semeadura.
Índice Ambiental (I) Local Épocas (%)
Classificação
Monte Alegre do Sul Águas/2005 0,90 Favorável Mococa Águas/2005 0,27 Favorável Tatuí Águas/2005 -0,25 Desfavorável Avaré Águas/2006 -1,23 Desfavorável Capão Bonito Águas/2006 -2,10 Desfavorável Mococa Águas/2006 -2,30 Desfavorável Avaré Seca/2006 -2,47 Desfavorável Capão Bonito Seca/2006 -0,97 Desfavorável Mococa Seca/2006 -1,21 Desfavorável Avaré Seca/2007 -0,89 Desfavorável Monte Alegre do Sul Seca/2007 -0,01 Desfavorável Tatuí Seca/2007 -0,30 Desfavorável Colina Inverno/2006 -0,48 Desfavorável Fernandópolis Inverno/2006 1,53 Favorável Ribeirão Preto Inverno/2006 1,30 Favorável Araras Inverno/2007 2,71 Favorável Colina Inverno/2007 1,27 Favorável Mococa Inverno/2007 4,22 Favorável
De acordo com os resultados obtidos na época “das águas” (Tabela 37), as
linhagens LP 01-38, do grupo comercial carioca, e LP 02-130 do grupo comercial preto,
foram as que apresentaram maior estabilidade e responsividade nos ambientes
favoráveis (Tabela 35). A cultivar FT-Nobre foi classificada como pouco estável e
responsiva a melhoria do ambiente. Para os ambientes desfavoráveis (Tabela 35), os
genótipos mais tolerantes foram Gen 96A3-P-1-1 e BRS-Requinte.
Os resultados obtidos na época “da seca” (Tabela 37) demonstraram que a cultivar
Pérola e a linhagem CV-48 foram estáveis, ou seja, apresentaram os menores valores de
Pi. Já a linhagem LP 01-38 foi a menos estável entre os genótipos avaliados. Ao
considerar os ambientes favoráveis e desfavoráveis (Tabela 35) a cultivar IAC-Alvorada
e a linhagem LP 9979 foram as que se sobressaíram nos ambientes favoráveis, enquanto
que as mais tolerantes aos ambientes desfavoráveis foram os genótipos LP 02-130 e a
cultivar Pérola. Já as linhagens BRS-Requinte e LP 01-38 apresentaram resultados
inferiores nos ambientes favoráveis e desfavoráveis respectivamente.
Na época “de inverno” (Tabela 37), os genótipos mais estáveis foram IAC-
Alvorada e IAC-Carioca Tybatã. A linhagem Gen 96A45-3-51-52-1 foi a menos estável
88
e também a menos responsiva nos ambientes favoráveis. Apenas a cultivar IAC-
Alvorada foi responsiva nos ambientes favoráveis, enquanto que os genótipos FT-
Nobre, Gen 96A45-3-51-52-1 e LP 01-38 foram os mais adaptados aos ambientes
desfavoráveis.
Na análise conjunta dos anos 2005/2006/2007, os resultados (Tabela 37)
mostraram que a cultivar IAC-Alvorada e Pérola foram as mais estáveis e com os
melhores desempenhos nos ambientes favoráveis (Tabela 36). Já a linhagem BRS-
Requinte foi a que apresentou menor estabilidade e responsividade nos ambientes
favoráveis. Em relação aos ambientes desfavoráveis (Tabela 36), as linhagens que
apresentaram melhor desempenho Pid foram LP 02-130, BRS-Grafite e a cultivar IAC-
Carioca Tybatã.
Tabela 37. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para o teor de água dos grãos, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
Águas Seca Cultivares e Linhagens
Média
% Pi . Pif . Pi.d Média
% Pi . Pif . Pi.d
IAC-Alvorada (C) 7,36 4,0 4,6 3,5 9,73 15,3 12,8 17,8 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 7,36 3,9 4,6 3,3 9,41 17,2 18,3 16,1 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 7,50 3,5 3,3 3,7 9,08 19,0 17,9 20,2 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 7,41 3,8 8,8 2,8 9,06 19,4 18,2 20,6 IAC-Diplomata (P) 7,51 3,5 3,4 3,6 9,35 17,6 17,6 17,6 LP 9979 (C) 7,20 4,4 4,7 3,9 9,69 15,7 12,9 18,5 LP 01-38 (C) 7,79 2,9 2,2 3,6 8,61 22,2 23,1 21,4 LP 98-122 (P) 7,28 4,1 3,8 4,3 9,76 15,1 16,9 13,3 LP 02-130 (P) 7,77 2,9 2,4 3,5 9,82 15,2 18,1 12,2 BRS-Requinte (C) 7,58 3,3 3,7 2,9 8,37 27,3 36,1 18,5 BRS-Pontal (C) 7,61 3,5 2,9 4,0 9,19 18,4 17,1 19,7 BRS-Supremo (P) 7,20 4,3 4,2 4,4 9,46 16,9 16,1 17,7 BRS-Grafite (P) 7,31 4,1 4,3 3,9 9,77 15,2 16,9 13,4 CV-48 (C) 7,28 4,1 4,3 3,9 8,71 22,2 23,5 20,9 Z 28 (C) 7,43 3,7 3,3 4,0 9,87 14,5 13,2 15,8 IAC-Carioca Tybatã (C) 7,57 3,3 3,1 3,4 9,59 16,2 14,2 18,3 Pérola (C) 7,43 3,7 3,9 3,5 10,04 13,6 14,3 12,9 IAC-Una (P) 7,38 3,8 3,2 4,3 9,52 16,8 14,7 18,9 FT-Nobre (P) 7,08 4,9 5,9 3,8 9,10 19,0 19,7 18,5
89
Continua Tabela 37. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade obtidos pelo método de LIN e BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998), para o teor de água dos grãos, de 19 genótipos de feijoeiro avaliados nas épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo (Continuação).
Pi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
4.5 Análise Multivariada da Performance Genotípica (CARNEIRO, 1998)
Com o objetivo de integrar o conhecimento das características tecnológicas
(porcentagem de absorção de água antes e após o cozimento, tempo de cozimento,
porcentagem de grãos inteiros, expansão volumétrica e sólidos solúveis totais no caldo),
porcentagem de proteína bruta e teor de água nos grãos, associados às produtividades
em diversos ambientes realizou-se a análise multivariada da performance genotípica.
De acordo com a tabela 38, observou-se que para a época “das águas” os
genótipos que apresentaram maior estabilidade, ou seja, menores estimativas de Pi
foram BRS-Supremo do grupo comercial preto, e os genótipos Gen 96A45-3-51-52-1 e
Gen 96A98-15-3-52-1, ambos do grupo comercial carioca. A cultivar IAC-Carioca
Tybatã foi classificada como a de menor estabilidade geral. Considerando os ambientes
favoráveis e desfavoráveis, a cultivar BRS-Supremo e os genótipos BRS-Grafite e CV-
48 foram classificados como responsivos a melhoria dos ambientes Pif e tolerantes nos
Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens
Média
% Pi . Pif . Pi.d Média
% Pi . Pif . Pi.d
IAC-Alvorada (C) 8,20 9,4 6,4 10,9 8,43 22,7 21,5 23,4 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 7,47 13,4 22,6 8,8 8,08 25,3 30,2 22,2 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 7,92 10,4 11,6 9,9 8,17 24,4 25,6 23,7 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 7,98 10,3 12,5 9,1 8,15 24,6 26,3 23,5 IAC-Diplomata (P) 8,17 9,7 10,8 9,2 8,30 23,7 24,7 23,0 LP 9979 (C) 7,94 10,6 9,4 11,3 8,28 23,7 22,6 24,4 LP 01-38 (C) 7,76 11,4 16,5 8,8 8,05 25,5 29,5 22,9 LP 98-122 (P) 7,78 11,2 12,7 10,5 8,27 23,8 25,2 22,9 LP 02-130 (P) 7,67 11,7 12,4 11,4 8,42 23,0 25,5 21,5 BRS-Requinte (C) 7,94 10,4 8,5 11,4 7,96 27,5 32,7 24,1 BRS-Pontal (C) 7,57 12,3 11,2 12,8 8,12 24,9 25,1 24,8 BRS-Supremo (P) 7,47 12,8 14,6 11,8 8,04 25,3 25,9 25,0 BRS-Grafite (P) 8,05 9,9 10,4 9,7 8,37 23,1 25,1 21,8 CV-48 (C) 7,98 10,2 11,3 9,7 7,99 26,0 28,9 24,2 Z 28 (C) 8,13 9,5 10,3 9,0 8,48 22,3 21,7 22,6 IAC-Carioca Tybatã (C) 7,57 12,2 14,2 11,3 8,25 23,9 23,9 23,7 Pérola (C) 7,48 12,8 18,6 9,9 8,32 23,5 25,9 21,9 IAC-Una (P) 7,98 10,5 14,4 8,6 8,29 23,7 24,4 23,3 FT-Nobre (P) 7,70 11,8 11,9 11,8 7,96 26,1 28,0 24,8
90
ambientes desfavoráveis Pid. As linhagens LP 01-38 e LP 02-130 apresentaram baixo
desempenho nos ambientes favoráveis e desfavoráveis.
Tabela 38. Estimativas dos parâmetros de estabilidade multivariada para condições geral (Pmi), favorável P(mif), desfavorável (Pmid) com suas classificações, segundo a metodologia de LIN e BINNS (1988), modificada por CARNEIRO (1998), para os ensaios de VCU de 19 genótipos de feijoeiro cultivados na época “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.
Pmi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade multivariada do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pmif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade multivariada do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pmid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade multivariada do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
Águas Seca Cultivares e Linhagens
Média Pmi . Pmif . Pmid Média Pmi . Pmif . Pmid
IAC-Alvorada (C) 22,57 1,6 1,8 1,6 24,22 1,4 1,5 1,3 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 21,01 1,4 1,8 1,6 22,55 1,9 2,1 1,9 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 23,27 1,5 1,8 1,6 23,05 1,6 1,8 1,6 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 22,39 1,8 1,9 1,7 24,29 1,5 1,6 1,5 IAC-Diplomata (P) 23,30 1,6 1,8 1,7 24,55 1,5 1,6 1,5 LP 9979 (C) 19,58 1,7 2,1 1,8 21,16 1,9 2,2 1,9 LP 01-38 (C) 19,28 1,9 2,3 1,9 20,55 2,0 2,3 1,9 LP 98-122 (P) 21,08 1,6 2,1 1,7 23,06 1,7 2,0 1,8 LP 02-130 (P) 18,54 1,7 2,3 1,9 21,57 1,6 1,9 1,5 BRS-Requinte (C) 21,48 1,6 1,9 1,7 24,12 2,0 2,2 2,0 BRS-Pontal (C) 21,13 1,9 2,1 1,9 23,26 1,8 2,2 1,9 BRS-Supremo (P) 22,28 1,4 1,6 1,4 23,18 1,7 2,0 1,7 BRS-Grafite (P) 22,03 1,6 1,7 1,5 23,12 1,5 1,8 1,6 CV-48 (C) 21,58 1,7 1,9 1,7 23,02 1,8 2,0 1,8 Z 28 (C) 20,44 1,5 1,7 1,5 23,13 1,6 1,7 1,5 IAC-Carioca Tybatã (C) 21,42 2,6 1,9 1,7 24,35 1,8 1,8 1,6 Pérola (C) 22,02 1,7 2,0 1,8 22,36 1,7 1,8 1,5 IAC-Una (P) 21,33 1,6 1,9 1,7 23,26 1,5 1,6 1,4 FT-Nobre (P) 21,38 1,6 1,9 1,7 23,50 1,5 1,5 1,3
91
Continua Tabela 38. Estimativas dos parâmetros de estabilidade multivariada para condições geral (Pmi), favorável P(mif), desfavorável (Pmid) com suas classificações, segundo a metodologia de LIN e BINNS (1988), modificada por CARNEIRO (1998), para os ensaios de VCU de 19 genótipos de feijoeiro cultivados na época “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo. (Continuação).
Pmi: estimativa da adaptabilidade e estabilidade multivariada do cultivar i considerando os ambientes favoráveis e desfavoráveis; Pmif: estimativa da adaptabilidade e estabilidade multivariada do cultivar i considerando o ambiente favorável; Pmid: estimativa da adaptabilidade e estabilidade multivariada do cultivar i considerando o ambiente desfavorável.
Os resultados obtidos na safra “da seca” (Tabela 38) atribuíram as cultivar IAC-
Alvorada, IAC-Una e a linhagem Gen 96A3-P1-1-1 como as mais estáveis. Os
genótipos LP 01-38 e BRS-Requinte foram os de menor estabilidade geral dentre os
genótipos avaliados. Ao considerar os ambientes favoráveis e desfavoráveis, a cultivar
IAC-Alvorada, IAC-Una e FT-Nobre apresentaram desempenhos satisfatórios em
relação aos demais genótipos estudados. Já as linhagens LP 9979 e LP 01-38
apresentaram resultados inferiores nos ambientes favoráveis e as linhagens BRS-Pontal
e BRS-Requinte nos ambientes desfavoráveis.
Ao considerar a safra “de inverno”, os resultados (Tabela 38) mostraram que as
cultivares BRS-Supremo e IAC-Diplomata foram as mais estáveis e adaptadas nos
ambientes favoráveis e desfavoráveis. No entanto, os genótipos LP 02-130 e BRS-
Inverno Análise Conjunta Cultivares e Linhagens
Média Pmi . Pmif . Pmid Média Pmi . Pmif . Pmid
IAC-Alvorada (C) 22,04 1,6 1,6 1,4 23,21 1,6 1,7 1,5 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 22,12 1,6 1,8 1,6 22,29 1,7 1,9 1,7 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 24,20 1,7 1,8 1,7 23,24 1,6 1,7 1,5 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 22,20 1,6 1,7 1,5 23,36 1,7 1,9 1,7 IAC-Diplomata (P) 23,04 1,4 1,5 1,3 23,23 1,6 1,8 1,6 LP 9979 (C) 21,56 1,8 2,1 1,9 21,16 1,8 2,2 1,9 LP 01-38 (C) 19,13 1,7 1,9 1,5 19,52 1,9 2,2 1,9 LP 98-122 (P) 21,39 1,5 1,8 1,6 21,44 1,7 2,0 1,7 LP 02-130 (P) 19,04 1,9 2,5 2,2 20,12 1,8 2,3 1,9 BRS-Requinte (C) 21,35 1,9 2,1 1,9 22,18 1,9 2,2 2,0 BRS-Pontal (C) 21,05 2,1 2,2 2,0 22,08 2,0 2,3 2,1 BRS-Supremo (P) 21,26 1,4 1,5 1,2 22,37 1,6 1,8 1,5 BRS-Grafite (P) 23,11 1,5 1,8 1,6 22,49 1,6 1,8 1,6 CV-48 (C) 21,15 1,8 2,1 1,9 22,18 1,8 2,1 1,8 Z 28 (C) 21,13 1,5 1,6 1,4 21,43 1,6 1,8 1,6 IAC-Carioca Tybatã (C) 21,17 1,7 1,9 1,6 22,18 1,9 2,0 1,8 Pérola (C) 21,45 1,8 1,8 1,6 22,21 1,7 1,9 1,6 IAC-Una (P) 21,24 1,7 1,7 1,4 22,08 1,7 1,8 1,6 FT-Nobre (P) 20,30 1,5 1,7 1,5 22,13 1,6 1,8 1,6
92
Pontal foram os de menor estabilidade e adaptabilidade nos ambientes favoráveis e
desfavoráveis.
Os resultados da análise conjunta dos anos 2005/2006/2007 apontaram os
genótipos BRS-Grafite, Gen 96A15-3-52-1, BRS-Supremo e IAC-Alvorada como os de
maior estabilidade geral. Em relação aos ambientes favoráveis e desfavoráveis, a
linhagem Gen 96A15-3-52-1 e a cultivar IAC-Alvorada apresentaram desempenho
superior tanto nos ambientes favoráveis, como nos desfavoráveis. A cultivar BRS-
Supremo também foi tolerante nos ambientes desfavoráveis. Já a linhagem LP 01-38
apresentou estabilidade e adaptabilidade geral dentre os materiais avaliados, bem como
desempenho inferior tanto nos ambientes favoráveis, quanto nos desfavoráveis (Tabela
38).
De acordo com os resultados obtidos por meio da análise multivariada da
performance genotípica, é possível dizer que a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a
cultivar IAC-Alvorada são apropriadas para as novas exigências do mercado, ou seja,
são materiais estáveis e responsivos ao emprego de tecnológica tanto nos ambientes
favoráveis quanto nos desfavoráveis. Além disso, estes genótipos também atendem as
exigências dos consumidores, uma vez que possuem bom conteúdo protéico e menor
tempo de cozimento, dentre outras características culinárias.
O desempenho satisfatório e similar desses genótipos para as variáveis avaliadas,
podem ter sido conseguidas devido a constituição genética e a similaridade entre ambos,
uma vez, que são linhagens irmãs (IAC-Alvorada-Gen 96A98-13-1-52-1).
4.6 Comparações entre as Análises Univariada e Multivariada
Os principais objetivos dos programas de melhoramento genético do feijoeiro no
Brasil sempre estiveram embasados na obtenção de cultivares mais produtivas,
resistentes às pragas e às doenças, e com melhores características agronômicas. No
entanto, com o aumento das exigências dos consumidores e das indústrias, esse cenário
vem sendo modificado nos últimos anos, e as características relacionadas com a
qualidade culinária e nutricional dos grãos estão recebendo maior destaque no processo
de obtenção das novas cultivares, fazendo-se necessário o conhecimento da interação
genótipo x ambiente.
A fim de minimizar os efeitos da interação genótipo x ambiente e tornar a
recomendação de cultivares confiável o desempenho dos genótipos foi avaliado por
93
meio das análises de adaptabilidade e estabilidade univariada e multivariada, propostas
por LIN & BINNS (1988) e modificadas por CARNEIRO (1998).
Pelos resultados da análise multivariada, para a época “das águas”, o genótipo
BRS-Supremo apresentou estabilidade geral e adaptabilidade específica, para os
ambientes favoráveis e desfavoráveis. Na análise univariada, apenas para as
características PGI e EV, o genótipo BRS-Supremo continuou apresentando bom
desempenho para condições gerais e específicas (ambientes favoráveis e desfavoráveis).
Os resultados apontaram que ao considerar outras variáveis independentes, a
classificação dos genótipos foi alterada, evidenciando a influência destas variáveis no
valor final dos genótipos e, conseqüentemente, no seu desempenho.
Na época “da seca”, os resultados da análise multivariada reportaram que as
cultivares IAC-Alvorada, do grupo comercial carioca e IAC-Una, do grupo comercial
preto, apresentaram colocações de destaque, para o conjunto de ambientes e para os
grupos de ambientes específicos (favoráveis e desfavoráveis), mostrando que são
materiais rústicos e produtivos. Segundo os resultados da análise univariada, a cultivar
IAC-Alvorada apresentou bom desempenho geral e específico para as variáveis Peanc,
Peapc, TC e PB, sendo que estes caracteres podem ter auxiliado no desempenho
superior as demais obtido pela cultivar na análise multivariada. No entanto, ao se
considerar as variáveis individualmente o desempenho da cultivar IAC-Una não foi
satisfatório. Essa mudança na classificação pode ter sido atribuída a existência de
alguma(s) característica(s) vantajosa(s), que, ao terem sido avaliadas simultaneamente,
implicaram no ordenamento diferencial dos genótipos.
Analisando os resultados da época “de inverno”, observou-se que as linhagens
BRS-Supremo e IAC-Diplomata mostraram-se estáveis as condições gerais e bem
adaptadas aos ambientes favoráveis e desfavoráveis. Com base nos resultados da análise
univariada, a cultivar BRS-Supremo foi considerada estável de um modo geral,
responsiva nos ambientes favoráveis a ela e tolerante nos ambientes desfavoráveis para
o tempo de cozimento e porcentagem de sólidos solúveis totais no caldo, tais
características são importantes determinadores da qualidade tecnológica dos grãos de
feijoeiro, podendo ter contribuído de forma satisfatória para o desempenho superior do
genótipo na análise multivariada. Já a cultivar IAC-Diplomata apresentou estabilidade
geral e bom desempenho nos ambientes específicos (favoráveis e desfavoráveis) para
porcentagem de proteína presente nos grãos. Provavelmente essa importante variável,
94
em conjunto com as demais características avaliadas, foram importantes por manter a
cultivar entre as mais bem classificadas, na análise multivariada.
Considerando os resultados obtidos pela análise multivariada para o conjunto
das três épocas de semeadura, o genótipo BRS-Grafite apresentou o melhor desempenho
para as condições gerais, e também se posicionou entre os primeiros colocados para os
ambientes favoráveis, discordando dos resultados obtidos pelas análises univariadas,
onde o desempenho do genótipo não foi satisfatório. Essa mudança na classificação
pode ser atribuída, em parte, ao bom desempenho médio do genótipo para algumas das
variáveis estudadas. Já a linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a cultivar IAC-Alvorada
apresentaram performance superior as demais, para as condições gerais, favoráveis e
desfavoráveis, segundo o procedimento da análise multivariada, assim como, para a
maioria dos caracteres avaliados individualmente (Peanc, Peapc, TC e PB), mostrando
que estas variáveis pesaram na classificação multivariada dos genótipos, assim como os
pesos atribuídos a elas.
Em relação a variável produtividade, as linhagens LP 01-38 e LP 9979
destacaram-se por apresentar maior estabilidade geral e adaptabilidade às condições
específicas (ambientes favoráveis e desfavoráveis). No entanto, considerando-se
simultaneamente as demais variáveis, foram constatadas alterações na classificação das
linhagens e/ou cultivares, confirmando a existência de características de grande
influência no desempenho final dos genótipos, assim, as linhagens LP 01-38 e LP 9979
apresentaram os maiores valores de Pmi. Essa mudança na classificação pode ser
atribuída às características tecnológicas e principalmente ao baixo conteúdo protéico
dessas linhagens, fatores que acabaram pesando na classificação multivariada dos
genótipos.
No entanto, quando avaliada a produtividade da linhagem Gen 96A98-15-3-52-1
e da cultivar IAC-Alvorada, por meio da análise univariada, esses genótipos
apresentaram baixa estabilidade e adaptabilidade à ambientes específicos (favoráveis e
desfavoráveis). Pela análise multivariada foram os mais estáveis, responsivos aos
ambientes favoráveis e também tolerantes aos desfavoráveis, devido ao desempenho
apresentado para as variáveis tecnológicas, como por exemplo, Peanc e TC e para o
conteúdo protéico, os quais colaboraram para a mudança na classificação da
performance genotípica, uma vez que foram atribuídos pesos de maior valor para essas
variáveis. Assim, se considerássemos somente os dados de produtividade, a cultivar
IAC-Alvorada não seria recomendada, pois não foi superior neste quesito às demais,
95
tendo tido somente resultados próximos a média dos materiais avaliados. No entanto, o
Programa de Melhoramento do Feijoeiro, do IAC, registrou esta cultivar no
MAPA/RNC, em 2007, levando em consideração suas características agronômicas,
tecnológicas, qualidade de grão e o conteúdo protéico, por acreditar que a cadeia
produtiva tem buscado cultivares que atendam aos interesses dos produtores e
consumidores.
4.7 Correlação entre Características Tecnológicas, Teor de Proteína Bruta, Teor de água nos grãos e Produtividade
Embora se tenha observado várias correlações significativas entre os caracteres
avaliados (Tabela 39), a maioria delas foram de baixa magnitude(< 0,5). No entanto,
algumas correlações apresentaram resultados de média magnitude e por isso, foram
discutidas.
Por meio da análise de correlações fenotípicas existente entre as características,
ficou evidenciado uma correlação significativa e negativa entre as características Peapc
e PGI, em todas as épocas de semeadura e no conjunto dos anos agrícolas de
2005/2006/2007. Os valores encontrados são considerados de média magnitude e,
variaram de acordo com a época de semeadura (Tabela 39). Os resultados obtidos
mostraram que a medida que ocorreu incremento em uma das características a outra
reduziu.
Correlação significativa e negativa também foi observada entre as variáveis
Peapc e EV, embora as correlações encontradas tenham sido de baixa a média
magnitude (-0,39 a -0,71) (Tabela 39), foram observadas em todas as épocas de cultivo
e no conjunto dos anos 2005/2006/2007. Os resultados mostraram que quando a
absorção de água pelo grão após o cozimento é maior, a expansão volumétrica ou
rendimento de panela é menor.
Por meio da análise de correlação de Pearson (Tabela 39), identificou-se
correlação significativa e negativa entre EV e T.G.A. para todas as épocas de semeadura
e na análise conjunta.
Ainda na tabela 39, os resultados mostraram a existência de correlação positiva e
significativa entre PGI e EV para as épocas “das águas”, “da seca” e “de inverno” e para
análise conjunta. Os coeficientes de correlação de Pearson variaram de 0,48 a 0,60 e
96
indicaram que a medida que temos uma porcentagem maior de grãos inteiros também
temos uma maior expansão volumétrica.
Apesar da baixa e média magnitude dos coeficientes de correlação significativos
entre os caracteres avaliados (Tabela 39), a estimativa desses coeficientes é importante
pois informa como a seleção para um caráter influencia na expressão de outros. Neste
sentido, a utilização de caracteres correlacionados pode favorecer na identificação dos
melhores indivíduos, para que sejam selecionados. Todavia, a presença de correlação
fenotípica "per se" não garante ao melhorista uma existência de correlação genética
entre dois caracteres.
97
Tabela 39. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e teor de água dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados na época “das águas”, “da seca” e “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.
Coeficiente da Correlação de Pearson – “Águas” Peapc PGI TC EV PROD T.G.A. SST PB
Peanc 0,34** -0,18** -0,08 -0,32** -0,06 0,20** 0,03 0,12 Peapc -0,65** -0,24** -0,71** 0,17** 0,46** -0,23** -0,11 PGI 0,39** 0,34** -0,37** -0,21** 0,15* 0,22** TC -0,13 -0,52** 0,27** 0,17* 0,17* EV 0,12* -0,74** 0,25** -0,01 PROD -0,17** -0,07 -0,37** T.G.A. -0,21** -0,04 SSTc -0,13*
Coeficiente da Correlação de Pearson – “Seca” Peapc PGI TC EV PROD T.G.A. SST PB
Peanc 0,43** -0,22** -0,09 -0,23 -0,19 0,45 0,04 -0,18 Peapc -0,66** -0,19** -0,55** 0,15** 0,42** -0,10 0,00 PGI -0,02 0,60** -0,17** -0,39** 0,18** -0,24** TC 0,17** -0,20** -0,14* -0,08 0,21** EV -0,42** -0,51** -0,12 0,00 PROD 0,03 0,17** 0,11 T.G.A. -0,01 -0,06 SSTc -0,05
Coeficiente da Correlação de Pearson – “Inverno” Peapc PGI TC EV PROD T.G.A. SST PB
Peanc 0,30** -0,24** -0,16** -0,13* 0,03 0,13 -0,05 0,00 Peapc -0,65** -0,32** -0,39** 0,06 0,23** -0,15 -0,26** PGI 0,03 0,48** 0,24** -0,48** 0,07 0,17* TC -0,18** -0,29** 0,13 0,05 0,02 EV 0,54** -0,66** 0,06 0,07 PROD -0,57** -0,06 -0,33** T.G.A. -0,04 0,00 SSTc 0,02
Coeficiente da Correlação de Pearson – “Análise Conjunta” Peapc PGI TC EV PROD T.G.A. SST PB
Peanc 0,34** -0,21** -0,03 -0,20** -0,15** 0,23** 0,03 -0,06 Peapc -0,66** -0,20** -0,58** 0,10** 0,39** -0,12** -0,07 PGI 0,06* 0,48** -0,07* -0,39** 0,10* 0,01 TC -0,08* -0,46** 0,06 0,15** 0,09* EV 0,00 -0,62** 0,03 -0,04 PROD -0,06 -0,09* -0,08* T.G.A. -0,01 0,10** SSTc -0,03
Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cocção em minutos, EV: Expansão volumétrica em g. mL-1, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e PROD: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.
98
4.8 Avaliações de Fibra Alimentar Total e suas Frações
Os valores médios de fibra alimentar total, fibra insolúvel e fibra solúvel
determinados nas cultivares utilizados nos experimentos de VCU como padrões do
grupo comercial carioca (IAC-Carioca Tybatã e Pérola) e do grupo comercial preto
(IAC-Una e FT-Nobre) para a época “das águas” de 2005, “da seca de” 2006 e “de
inverno” de 2006 estão demonstradas na Tabela 40. Nesta tabela também estão
incluídos os tempos médios de cozimento dos genótipos para cada local de cultivo. Na
Tabela 41 encontram-se os resultados médios gerais do tempo de cozimento e das
concentrações das fibras para cada um dos genótipos em relação às épocas de
semeadura.
As amplitudes encontradas para os teores de fibra alimentar total e fibra
insolúvel, neste trabalho, foram, respectivamente, de 17,81 a 25,68% e 12,20 a 21,35%,
havendo correlação positiva entre estes componentes e o tempo de cozimento
correspondente (Figura 1 e Tabela 42). Quando avaliados de forma conjunta, os
coeficientes de correlação entre o tempo de cozimento e os teores de fibra insolúvel e
fibra total dos grãos foram altamente significativos (Tabela 42), indicando que o
aumento das frações de fibra dificultam o cozimento dos grãos. O mesmo
comportamento foi observado para todas as épocas de cultivo, com exceção apenas para
a época “da seca” de 2006, na qual apenas houve correlação entre o tempo de cozimento
e o teor de fibra insolúvel.
Embora tenham ocorrido correlações significativas com outros parâmetros de
qualidade avaliados neste estudo (Tabela 42), não é possível realizar deduções sólidas,
uma vez que tais parâmetros foram avaliados em apenas um único ano de cultivo,
tornando-se necessário avaliar tais características, em um maior número de cultivos,
para que se possa compreender as relações dos teores de fibras com as demais
características.
Pela Figura 1, nota-se que não houve discriminação nítida dos genótipos de
feijoeiro em relação aos locais de cultivo, entretanto, os ambientes de Colina e
Fernandópolis na época de “inverno” de 2006 proporcionaram, de forma geral, teores
mais elevados de fibra insolúvel e maiores tempos de cozimento do que os demais
locais, demonstrando que o teor de fibra insolúvel resulta em maior tempo de cozimento
dos grãos (Tabela 41).
99
Os resultados médios na Tabela 41, demonstraram que os cultivares padrões
empregados nos ensaios de VCU não apresentaram diferenças discrepantes entre si, em
relação às concentrações de fibra solúvel, insolúvel e total, a não ser os valores da época
de inverno de 2006, a qual proporcionou valores um pouco mais elevados do que os
demais locais.
Segundo HUGHES (1991), feijões secos possuem quantidades significativas de
fibra alimentar total, entre 15 a 25%, sendo uma boa fonte de fibra insolúvel e solúvel.
Os valores encontrados para fibra alimentar no presente estudo estão dentro desta faixa
e estão próximos às concentrações registradas pela Tabela Brasileira de Composição de
Alimentos publicada pelo NEPA/UNICAMP (TACO, 2006) para feijões do tipo carioca
(18,4%) e para feijões do grupo preto (21,8%). Entretanto, os valores estão abaixo, dos
encontrados por LONDERO et al. (2006), principalmente os teores de fibra insolúvel e
total que empregaram o mesmo método enzimático-gravimétrico. Tais autores
estimaram a fibra alimentar total e suas frações em populações obtidas de cinco
cruzamentos entre genótipos brasileiros de feijão, encontrando de 8,04 a 11,11% de
fibra solúvel, de 24,82 a 31,35% de fibra insolúvel e de 33,39 a 39,39% de fibra total.
É importante ressaltar que como há pouquíssimas informações referentes à
qualidade nutricional de genótipos brasileiros de feijoeiro, novas pesquisas tornam-se
necessárias no sentido de melhorar a eficiência de seleção de linhagens de feijoeiros
quanto a uma cultivar de melhor valor nutricional.
100
Tabela 40. Valores médios, em %, de fibra alimentar total, fibra insolúvel e fibra solúvel e tempo de cozimento (em min.) de 4 cultivares padrões do grupo comercial carioca (IAC-Carioca Tybatã e Pérola) e do grupo comercial preto (IAC-Una e FT-Nobre) cultivados na época “das águas” de 2005, “da seca” de 2006 e “de inverno” de 2006, em diferentes localidades do Estado de São Paulo.
“ÁGUAS 2005” Mococa Monte Alegre do Sul Tatuí
CULTIVARES TC FT FI FS TC FT FI FS TC FT FI FS
IAC-Carioca Tybatã (C) 30,14d1B2 20,76bB 14,40aA 6,36aA 27,36dA 21,17aAB 15,07abA 6,50aA 33,04cC 22,18bA 14,69bA 7,49bA Pérola (C) 32,41cC 22,81aA 15,40aA 7,35aA 18,39aA 20,02aC 13,56bA 6,46aB 31,15aB 21,17cB 15,17abA 6,00cB
IAC-Una (P) 27,09bB 19,45cB 14,13aB 5,32bB 21,03cA 20,92aA 16,01aA 4,91bC 32,31bC 21,38bcA 15,32aA 6,07cA
FT-Nobre (P) 26,15aB 21,12bB 14,51aAB 6,61aB 19,17bA 19,25bC 14,11bB 5,54abB
33,39dC 23,89aA 15,31aA 8,58dA
Média Local 29,35 21,04 14,63 6,41 29,05 20,34 14,49 5,85 32,47 22,16 15,12 7,04
“SECA 2006” Avaré Capão Bonito Mococa
CULTIVARES TC FT FI FS TC FT FI FS TC FT FI FS
IAC-Carioca Tybatã (C) 21,31bA 20,76 aAB
14,92 aA 5,84bA 38,14dC 21,91aA 14,70abA 7,21aA 29,06bB 20,51aB 15,35aA 5,16bA Pérola (C) 30,19dC 20,45
aAB 14,87 aA 5,58bA 23,11aA 21,30aA 14,70abA 6,60bA 29,18cB 19,31bB 13,93bB 5,38bA
IAC-Una (P) 21,04aA 21,38 aA 13,27 bB 8,11aA 36,19cC 20,37bB 15,44aA 4,93dA 25,60aB 20,97aAB 14,45abAB 6,52aB
FT-Nobre (P) 24,28cA 17,93 bB 13,28 bB 4,65cB 32,32bB 20,07bA 14,51bA 5,56cA 40,11dC 20,64 aA 15,02aA 5,62bA
Média Local 24,21 20,13 14,09 6,05 33,09 20,91 14,84 6,08 31,39 20,36 14,69 5,67
“INVERNO 2006” Colina Fernandópolis Ribeirão Preto
CULTIVARES TC FT FI FS TC FT FI FS TC FT FI FS
IAC-Carioca Tybatã (C) 39,06bC 24,51aA 20,18aA 4,33bc 36,23bB 23,42bA 18,09bB 5,33bB 27,31cA 19,71dB 12,36cC 7,35bA Pérola (C) 36,04dB 23,68aB 18,29bB 5,39bB 40,39cC 25,64aA 21,32aA 4,32bC 30,12dA 24,47aB 15,20bC 9,27aA
IAC-Una (P) 31,28cB 20,03bC 15,04dB 4,99aB 41,11dC 21,36cB 16,83cA 4,53bB 25,02bA 22,71bA 15,42abB 7,29bA
FT-Nobre (P) 29,08aB 20,00bC 16,14cA 3,86bB 29,47aB 23,93bA 15,77dA 8,16aA 19,28aA 20,54cB 15,92aA 4,62cB
Média Local 34,27 22,06 17,41 4,64 37,20 23,59 18,00 5,59 25,43 21,86 14,73 7,13
FT: fibra total, FI: fibra insolúvel e FS: fibra solúvel e TC: tempo de cozimento. 1 Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, para cada característica. 2 Médias seguidas pela mesma letra maiúscula na linha não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade, para cada característica.
101
Figura 1. Valores de Fibra alimentar total (FT) versus tempo de cozimento (TC) dos grãos de feijoeiro cultivados em diferentes locais do estado de São Paulo, nas épocas “das águas” de 2005 (amostras em preto), “da seca” de 2006 (amostras em laranja) e “de inverno” de 2006 (amostras em azul).
Tabela 41. Valores médios gerais do tempo de cozimento (em minutos) e da fibra alimentar total, insolúvel e solúvel (em %) para cada um dos 4 cultivares padrões em relação aos 3 locais de cultivo e às épocas “das águas” de 2005, “da seca” de 2006 e “de inverno” de 2006.
“ÁGUAS 2005” Média das Localidades
Cultivares TC FT FI FS
IAC-Carioca Tybatã (C) 30,18a1 21,37a 14,59a 6,78ab Pérola (C) 27,05a 21,33a 14,73a 6,60ab IAC-Una (P) 26,54a 20,58a 15,15a 5,43b FT-Nobre (P) 26,10a 21,42a 14,51a 6,91a
“SECA 2006” Média das Localidades
Cultivares TC FT FI FS
IAC-Carioca Tybatã (C) 29,50a 21,06a 14,99a 6,07b Pérola (C) 27,23a 20,35b 14,50b 5,85b IAC-Una (P) 27,48a 20,91a 14,39b 6,52a FT-Nobre (P) 32,37a 19,55c 14,27b 5,28c
“INVERNO 2006” Média das Localidades
Cultivares TC FT FI FS
IAC-Carioca Tybatã (C) 34,20ab 22,55ab 16,88a 5,67a Pérola (C) 35,25b 24,60a 18,27a 6,33a IAC-Una (P) 32,20ab 21,37b 15,76a 5,60a FT-Nobre (P) 26,08a 21,49b 15,94a 5,55a
FT: fibra total, FI: fibra insolúvel e FS: fibra solúvel. 1 Médias seguidas pela mesma letra minúscula na coluna não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade.
102
Tabela 42. Matrizes de coeficientes de correlação de Pearson entre as porcentagens de teor de água dos grãos (T.G.A.), de sólidos solúveis totais no caldo (SSTc), proteína bruta (PB), fibra alimentar total (FT), fibra insolúvel (FI) e fibra solúvel (FS) e o tempo de cozimento dos grãos (TC, em min.) de 4 cultivares de feijoeiro avaliados: a) de forma conjunta, para 9 locais de cultivo e com 72 resultados para cada variável e b) separadamente, por época de cultivo (“águas” de 2005, “seca” de 2006 e “inverno” de 2006), para 3 locais de cultivo com 24 resultados para cada variável.
Coeficiente da Correlação de Pearson – “Águas” de 2005
UM SSTc PB FT FI FS
TC -0.53** 0.35 0.37 0.72** 0.47* 0.60** UM -0.52** -0.44* -0.49* -0.31 -0.40*
SSTc 0.15 0.58** 0.29 0.53**
PB 0.51* 0.44* 0.34
FT 0.64** 0.82**
FI 0.09
Coeficientes da Correlação de Pearson – “Seca” de 2006
UM SSTc PB FT FI FS
TC 0.44* 0.03 -0.12 0.12 0.50* -0.24 UM -0.24 -0.26 0.21 0.45* -0.10
SSTc 0.15 -0.05 0.20 -0.20
PB -0.22 -0.16 -0.11
FT 0.40* 0.76**
FI -0.30
Coeficientes da Correlação de Pearson – “Inverno” de 2006
UM SSTc PB FT FI FS
TC 0.01 -0.37 -0.27 0.51* 0.69** -0.35 UM 0.22 0.44* -0.09 -0.23 0.20
SSTc -0.12 -0.79** -0.49* -0.25
PB 0.08 -0.34 0.57**
FT 0.70** 0.21
FI -0.55**
Coeficientes de Correlação de Pearson – Análise Conjunta
UM SSTc PB FT FI FS
TC -0.18 0.16 0.03 0.49** 0.58** -0.14 UM -0.37** -0.11 -0.33* -0.39* 0.09
SSTc 0.21 -0.01 0.06 -0.09
PB 0.06 -0.11 0.23*
FT 0.72** 0.33**
FI -0.41**
**, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.
103
4.9 Considerações Finais
O uso da análise univariada é importante quando se pretende conhecer o
comportamento do genótipo para uma determinada característica, como por exemplo,
produtividade média. No entanto, as cultivares não devem ser recomendadas para o
cultivo pelos agricultores sem que outras características de interesse sejam avaliadas.
Levando em consideração a informação acima, o uso da análise multivariada da
performance genotípica é uma ferramenta complementar na recomendação de novas
cultivares uma vez que os programas de melhoramento necessitam preencher uma série
de requisitos para que um novo material seja registrado no MAPA/RNC.
Os resultados discordantes entre as análises univariada e multivariada, indicam
que outras variáveis apresentam efeitos significativos na classificação dos genótipos.
Esta análise também permitiu, para o conjunto das variáveis estudadas, melhores
esclarecimentos da performance dos genótipos, pois vários caracteres foram avaliados
simultaneamente.
O uso do método multivariado da performance genotípica, é promissor nos
programas de melhoramento, pois reúne, em um único parâmetro, todos os requisitos
exigidos para a recomendação de novas cultivares. No entanto, para o uso correto dessa
metodologia, são necessários melhores conhecimentos da contribuição que cada
variável exerce no objetivo final dos programas de melhoramento, e, conseqüentemente,
dos pesos adotados para cada uma delas, uma vez que esses valores são atribuídos pela
vivência prática dos melhoristas. Uma forma de ponderar os pesos atribuídos para cada
variável na metodologia multivariada, é o uso de análises estatísticas que permitam
avaliar de forma satisfatória, a contribuição de cada caractere para o desempenho final
do genótipo.
104
5 CONCLUSÕES
a) As análises de estabilidade e adaptabilidade univariada e multivariada
propostas por Carneiro (1998), baseadas em Lin e Binns (1988), mostraram-
se eficientes e simples para a avaliação do desempenho genotípico das
cultivares, além de apresentarem unicidade do parâmetro para estimar a
adaptabilidade à ambientes favoráveis e desfavoráveis, e simplicidade na
interpretação dos resultados.
b) Os resultados individuais de adaptabilidade e estabilidade para o conjunto
das três épocas de cultivo reportam a cultivar IAC-Alvorada como sendo
estável, responsiva nos ambientes favoráveis e tolerante nos desfavoráveis,
para o tempo de cozimento. Para a produtividade de grãos apenas a
linhagem LP 01-38 e LP 9979 apresentaram estabilidade geral e
adaptabilidade aos ambientes favoráveis e desfavoráveis. A cultivar IAC-
Diplomata apresentou estabilidade, responsividade nos ambientes favoráveis
e tolerância nos ambientes desfavoráveis para teor de proteína bruta dos
grãos. Para a variável porcentagem de embebição de água antes do
cozimento, houve destaque para o genótipo Gen 96A98-15-3-52-1, por
apresentar estabilidade, tolerância aos ambientes desfavoráveis e
responsividade aos ambientes favoráveis.
c) Com base nos resultados obtidos na análise da performance genotípica, na
época “das águas”, o genótipo BRS-Supremo foi estável, responsivo nos
ambientes favoráveis e tolerante nos desfavoráveis. Apenas a cultivar IAC-
Alvorada apresentou estabilidade e adaptabilidade na época “da seca”. Na
época “de inverno” as cultivares BRS-Supremo e IAC-Diplomata foram
consideradas estáveis e adaptadas nos ambientes favoráveis e desfavoráveis.
A linhagem Gen 96A98-15-3-52-1 e a cultivar IAC-Alvorada foram
classificadas como estáveis, responsivas a melhoria dos ambientes e
tolerantes nos ambientes desfavoráveis para o conjunto dos anos de
2005/2006/2007.
d) A análise multivariada permitiu conhecer melhor o desempenho dos
genótipos para o conjunto de caracteres avaliados, constituindo-se em
105
importante ferramenta na recomendação de cultivares pelos programas de
melhoramento.
e) As correlações fenotípicas entre os caracteres de qualidade tecnológica,
produtividade, porcentagem de proteína e teor de água dos grãos não foram
expressivas devido à baixa e média magnitude.
f) Houve indicativos que maiores concentrações de fibra alimentar total e fibra
insolúvel proporcionaram aumento no tempo de cozimento dos grãos dos
feijoeiros.
106
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115
7 ANEXOS
Anexo 1. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2005.
Localidades
Monte Alegre do Sul Tatuí
Cultivares e Linhagens Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 108,08 197,78* 16,48 0,33 0,38* 7,48 109,90* 160,27* 26,53 13,62 0,46 11,68 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 108,34 173,33* 24,39 18,58 0,41 9,71 114,06* 140,31* 33,39 76,14 0,50 11,11 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 112,96* 159,44 16,38 2,46 0,47 8,39 111,88* 136,41* 30,31 78,53 0,49 11,17 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 105,77 163,33 27,51 2,39 0,48 9,19 103,23 141,11 32,15 38,36 0,50* 9,92 IAC-Diplomata (P) 104,61 148,89 21,20 13,12 0,45 11,37 112,90 145,71* 38,39 68,67* 0,46 10,64 LP 9979 (C) 99,05 174,44* 23,19 9,94 0,52 12,51* 105,34* 141,56* 36,36 62,89 0,49 8,55 LP 01-38 (C) 104,24 151,11 20,52 4,10 0,49 7,88 108,05* 145,50* 27,31 0,56 0,46 9,51 LP 98-122 (P) 111,69* 156,11 15,38* 9,82 0,46 9,65 107,08 136,30 27,16 96,93* 0,49 12,22 LP 02-130 (P) 101,52 172,22 19,59 0,52 0,42 9,11 99,20 136,67 26,08 59,92 0,46 11,63 BRS-Requinte (C) 109,20 138,33 22,49 61,66* 0,49 10,14 105,11* 137,51* 32,13 65,65 0,47 7,35 BRS-Pontal (C) 98,14 130,56 18,24 33,43 0,46 8,48 104,63* 143,01* 40,12 23,85 0,47 8,03 BRS-Supremo (P) 104,17 133,33 28,56 55,91* 0,50 8,34 108,30 137,33 29,10 72,45* 0,47 7,88 BRS-Grafite (P) 106,42 161,67 23,23 18,64 0,50 10,06 97,00 145,56* 26,05 52,45 0,47 10,62 CV-48 (C) 102,13 150,11 20,14 17,00 0,49 8,11 104,72* 149,19* 32,36 37,69 0,46 12,12 Z 28 (C) 103,10 127,78 27,37 94,36* 0,46 9,75 111,39* 145,26* 33,21 75,83 0,49 9,37 IAC-Carioca Tybatã (C) 89,37 131,67 27,36 42,31 0,45 10,06 77,63 128,33 33,04 98,70 0,50 9,51 Pérola (C) 106,82 156,67 18,39 6,05 0,45 8,54 89,01 131,11 31,15 98,41 0,49 11,24 IAC-Una (P) 102,22 151,67 21,03 37,31 0,52 9,28 103,69 137,22 32,31 55,38 0,46 9,07 FT-Nobre (P) 103,35 171,11 19,17 9,92 0,40 10,61 109,43 135,59 33,39 43,80 0,46 12,56 Média 104,27 155,24 22,01 23,05 0,46 9,40 104,34 140,73 32,06 58,94 0,48 10,22 CV % 2,03 2,45 1,93 10,89 4,86 3,55 2,63 1,22 3,75 4,01 3,04 4,03 DMS 5,24 9,45 3,76 6,23 0,06 1,07 6,82 4,28 6,39 5,87 0,04 1,32
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
116
Continua Anexo 1. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2005 (Continuação).
Localidades
Mococa Cultivares e Linhagens Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 109,66* 152,78 27,08 32,67 0,50 11,56 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 109,30* 148,33 31,50 74,01* 0,47 12,09 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 106,13* 149,44 28,35 29,05 0,44 11,79 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 106,41 128,33 30,21 98,89* 0,52 11,45 IAC-Diplomata (P) 104,72 135,56 32,02 67,14* 0,49 10,93 LP 9979 (C) 107,30* 135,56 37,03 55,72 0,49 12,33 LP 01-38 (C) 107,11 136,67 32,15 49,64 0,49 8,99 LP 98-122 (P) 106,76 161,11* 29,10 18,76 0,47 12,38 LP 02-130 (P) 106,98 157,78 30,10 14,46 0,52 13,50 BRS-Requinte (C) 103,55* 150,00 29,48 19,44 0,46 10,93 BRS-Pontal (C) 93,71 123,89 36,03 85,38* 0,56 10,68 BRS-Supremo (P) 106,51 135,00 31,11 87,32* 0,55 12,88 BRS-Grafite (P) 109,36 149,44 30,56 42,63 0,45 12,78 CV-48 (C) 101,73* 156,11 27,39 17,58 0,43 11,15 Z 28 (C) 105,96* 146,67 27,28 46,05 0,45 8,55 IAC-Carioca Tybatã (C) 91,81 142,78 30,14 46,29 0,49 9,85 Pérola (C) 94,49 155,56 32,41 33,94 0,46 13,01 IAC-Una (P) 104,01 140,00 27,09 54,09 0,45 8,18 FT-Nobre (P) 110,07 151,67 26,15 23,70 0,44 13,15 Média 104,50 145,09 30,37 47,19 0,48 11,38 CV % 2,70 2,05 1,73 8,83 4,43 2,95 DMS 7,00 7,40 3,00 10,35 0,05 1,08
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
117
Anexo 2. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2006.
Localidades
Avaré Capão Bonito
Cultivares e Linhagens Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 98,73 130,63 25,09 45,08 0,60* 10,24 102,58 142,60 20,21 32,12 0,60 10,34 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 99,81 124,69 24,32 69,09 0,67 10,58 99,44 139,13 17,59 35,63 0,61 10,59 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 100,49 120,40 25,15 64,09 0,67 10,43 102,88 150,24* 18,29 32,56 0,60 10,35 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 101,61 121,40 20,15 56,48 0,65 10,69 100,01 131,31 24,45 58,72* 0,60 12,44 IAC-Diplomata (P) 100,88 114,72 24,00 52,29 0,67 9,49 99,99 141,16 21,11 12,92 0,61 10,10 LP 9979 (C) 99,99 118,51 25,39 57,70 0,63 11,84 104,83 138,38 21,28 36,94 0,60 10,91 LP 01-38 (C) 102,44 124,66 34,15 42,68 0,67 12,16 105,87 135,44 30,01 5,79 0,60 11,06 LP 98-122 (P) 101,15 112,91 30,20 57,60 0,67 13,35 97,86 134,17 19,01 30,58 0,60 11,78 LP 02-130 (P) 98,88 121,15 28,16 67,44 0,64 13,90 100,43 137,32 20,10 28,29 0,60 11,96 BRS-Requinte (C) 101,34 117,98 23,39 82,78 0,67 11,16 99,86 144,10 18,19 31,43 0,60 11,65 BRS-Pontal (C) 105,38 114,34 32,10 66,40 0,67 11,89 101,86 142,15 20,16 25,85 0,60 11,32 BRS-Supremo (P) 101,33 122,70 33,30 80,31 0,68 12,00 101,93 141,17 19,14 79,68* 0,60 12,90 BRS-Grafite (P) 103,10 119,84 21,40 74,90 0,67 10,31 104,56 149,82 20,13 26,55 0,56 12,82 CV-48 (C) 102,22 119,28 39,34 81,27 0,67 9,97 100,97 149,16* 17,28 21,55 0,60 9,88 Z 28 (C) 100,66 122,17 29,30 72,02 0,63 8,58 103,19 142,32 18,15 43,70 0,60 9,88 IAC-Carioca Tybatã (C) 101,45 114,15 33,32 85,09 0,67 12,47 101,57 133,51 20,37 35,07 0,60 12,64 Pérola (C) 105,46 100,55 40,44 86,40 0,70 19,61 105,77 136,48 22,11 33,06 0,60 13,52 IAC-Una (P) 100,01 114,48 26,41 91,90 0,70 10,15 101,08 145,04 19,30 24,49 0,58 13,72 FT-Nobre (P) 101,74 116,84 27,08 57,09 0,67 12,82 102,44 144,92 18,40 18,73 0,58 9,32 Média 101,40 118,49 28,56 67,93 0,66 11,66 101,95 140,97 20,28 32,30 0,60 11,43 CV % 1,59 4,84 5,37 12,01 3,48 3,03 2,67 3,42 2,70 25,03 2,06 3,58 DMS 4,00 14,24 9,57 20,26 0,06 1,14 6,76 11,98 5,34 20,07 0,03 1,32
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
118
Continua Anexo 2. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2006 (Continuação).
Localidades
Mococa Cultivares e Linhagens Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 103,34 134,30 20,11 44,51 0,60 8,93 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 99,61 127,98 22,35 84,16 0,65 10,07 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 101,80 135,61 20,58 44,52 0,60 9,72 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 95,77 127,00 25,17 72,17 0,65 9,07 IAC-Diplomata (P) 98,56 126,35 23,45 43,18 0,65 11,27 LP 9979 (C) 98,10 128,22 21,20 48,91 0,65 10,97 LP 01-38 (C) 99,85 129,69 26,17 56,89 0,65 8,11 LP 98-122 (P) 96,02 130,01 21,21 16,24 0,60 12,13 LP 02-130 (P) 97,60 122,14 22,10 52,64 0,67 9,92 BRS-Requinte (C) 97,07 121,56 23,16 79,63 0,67 10,72 BRS-Pontal (C) 99,13 129,46 28,13 22,26 0,62 8,82 BRS-Supremo (P) 103,21 128,18 20,12 88,42* 0,64 10,94 BRS-Grafite (P) 101,82 151,25 19,13 56,51 0,60 11,52 CV-48 (C) 103,72 142,76 24,24 35,56 0,60 10,03 Z 28 (C) 110,75 164,51* 21,54 65,86 0,51* 10,94 IAC-Carioca Tybatã (C) 98,16 124,19 22,11 66,39 0,67 10,95 Pérola (C) 100,47 127,79 25,38 49,63 0,60 10,20 IAC-Una (P) 97,77 128,76 19,33 47,90 0,62 9,52 FT-Nobre (P) 98,21 126,11 19,26 38,24 0,67 11,14 Média 100,05 131,89 22,24 53,35 0,63 10,26 CV % 4,41 7,10 2,60 23,20 5,18 3,48 DMS 10,97 23,24 5,03 30,73 0,08 1,15
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
119
Anexo 3. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2006.
Localidades Capão Bonito Mococa
Cultivares e Linhagens
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 106,31 151,78 30,12 64,81 0,53 12,73 105,15 133,50 25,40 78,56* 0,70 10,58 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 100,52 149,53 25,13 49,68 0,53 8,93 106,80* 129,57 41,11 49,91 0,57 9,27 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 103,85 154,27 25,13 49,68 0,53 8,93 106,37 141,61 24,27 54,53 0,62 9,32 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 102,85 132,86 27,09 85,95 0,60 12,81 103,21 102,22 30,50 74,46* 0,62 13,60 IAC-Diplomata (P) 103,60 133,87 22,54* 73,73 0,62 13,06 102,02 134,45 29,00 40,60 0,62 9,86 LP 9979 (C) 101,30 129,16 37,14 74,03 0,60 11,65 96,95 156,81* 32,26 14,05 0,58 8,02 LP 01-38 (C) 104,15 116,30 41,30 60,23 0,55 10,16 107,69* 140,99 25,12 32,10 0,60 7,78 LP 98-122 (P) 101,09 103,09 27,19 74,46 0,54 13,02 104,27 142,97 46,54 53,66 0,60 12,83 LP 02-130 (P) 99,17 137,86 35,08 85,59 0,60 11,17 112,22 129,55 25,33 68,23 0,64 9,94 BRS-Requinte (C) 96,46 144,44 27,38 59,40 0,55 10,79 69,82 123,18 26,35 96,00* 0,65 7,83 BRS-Pontal (C) 98,63 145,09 32,55 64,03 0,58 12,14 90,97 133,34 29,15 54,83 0,64 9,52 BRS-Supremo (P) 103,37 137,23 32,01 92,14 0,55 10,66 102,61 144,89 37,16 59,52 0,58 9,47 BRS-Grafite (P) 106,50 155,09* 22,00* 53,67 0,60 12,37 103,12 132,15 47,15 57,67 0,62 14,01 CV-48 (C) 112,82* 139,58 22,19 84,97 0,53 11,64 98,96 150,61 32,50 57,38 0,58 8,86 Z 28 (C) 102,22 142,41 34,29 73,47 0,58 10,81 103,19 146,95 24,01 36,73 0,65 8,77 IAC-Carioca Tybatã (C) 96,33 151,89 38,14 23,65 0,60 14,07 89,60 143,50 29,06 29,04 0,58 16,29 Pérola (C) 103,24 139,59 23,11 84,34 0,55 10,33 101,64 140,54 29,18 54,07 0,65 7,75 IAC-Una (P) 106,08 128,27 36,19 93,93 0,60 13,19 103,96 141,92 25,60 54,04 0,63 13,40 FT-Nobre (P) 102,62 136,93 32,32 23,65 0,60 11,55 109,50 136,37 40,11 29,01 0,58 12,98 Média 102,69 138,38 30,05 66,92 0,57 11,72 100,95 137,11 31,57 52,34 0,62 10,53 CV % 3,55 4,52 4,78 8,27 5,84 4,78 2,25 2,82 5,69 12,86 5,87 3,89 DMS 9,05 15,53 8,34 13,75 0,08 1,80 5,64 9,61 9,70 16,72 0,09 1,32
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
120
Continua Anexo 3. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2006 (Continuação).
Localidades
Avaré Cultivares e Linhagens Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 103,83* 153,13 22,16 32,35 0,47 11,64 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 94,54 113,31 36,46 95,87 0,48 15,91 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 102,58* 151,89 24,21 11,89 0,45 13,40 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 97,05 121,62 24,58 81,65* 0,47 14,35 IAC-Diplomata (P) 100,81 136,52 28,23 38,20 0,48 13,94 LP 9979 (C) 95,41 118,42 34,36 74,97 0,52 13,37 LP 01-38 (C) 101,34* 153,97 23,06 19,18 0,42 11,69 LP 98-122 (P) 105,12* 164,26 21,35 14,21 0,41 12,98 LP 02-130 (P) 90,17 141,02 21,01 38,08 0,58 14,46 BRS-Requinte (C) 76,09 131,96 21,12 49,97 0,53 11,32 BRS-Pontal (C) 72,24 133,43 31,37 63,40 0,52 13,03 BRS-Supremo (P) 80,38 120,49 27,12 93,87* 0,53 14,22 BRS-Grafite (P) 103,24 117,45 29,04 95,34* 0,56 14,95 CV-48 (C) 94,91 147,11 20,01 43,64 0,50 13,00 Z 28 (C) 89,45 145,44 23,37 46,21 0,45 10,62 IAC-Carioca Tybatã (C) 91,71 146,48 21,31 42,93 0,53 14,21 Pérola (C) 91,99 108,18 30,29 91,36 0,49 13,44 IAC-Una (P) 100,57 142,76 21,04 33,72 0,48 12,08 FT-Nobre (P) 105,32 153,52 24,28 51,71 0,45 15,84 Média 94,57 136,89 25,19 53,61 0,49 13,39 CV % 2,26 4,29 1,76 9,64 6,89 3,91 DMS 5,32 14,58 3,26 12,83 0,08 1,68
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
121
Anexo 4. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2007.
Localidades Avaré Monte Alegre do Sul
Cultivares e Linhagens
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 112,24 169,18* 26,25 2,88 0,44 10,28 106,50 138,35 31,11 11,01 0,49 10,67 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 107,40 159,35 29,30 1,17 0,43 8,76 96,62 136,54 35,48 10,71 0,50 9,50 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 109,89 167,22 31,15 1,96 0,43 9,08 106,93 149,51 28,46 5,83 0,45 9,24 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 100,13 162,33 29,22 2,62 0,45 11,38 106,85 152,26 35,22 1,61 0,48 10,71 IAC-Diplomata (P) 104,60 160,79 27,20 2,19 0,44 10,67 103,45 152,35 31,34 1,37 0,45 9,76 LP 9979 (C) 107,39 162,86 29,24 0,88 0,43 11,65 100,90 127,57 37,27 15,67 0,51 10,21 LP 01-38 (C) 107,85 169,67* 27,59 0,85 0,43 10,59 102,08 160,35* 31,12 1,65 0,46 13,12* LP 98-122 (P) 108,40 169,85* 28,39 0,76 0,43 12,29 114,32 154,50 43,16 0,00 0,46 12,63 LP 02-130 (P) 105,43 157,09 28,37 9,21 0,43 10,82 94,96 150,71 29,35 7,43 0,46 11,15 BRS-Requinte (C) 92,02 150,49 32,56 7,07 0,46 12,44 97,06 141,52 36,22 7,63 0,50 10,55 BRS-Pontal (C) 95,84 167,29 31,05 5,63 0,42 10,71 88,59 130,40 36,29 13,86 0,49 10,37 BRS-Supremo (P) 89,07 135,28 37,25 18,51* 0,50 11,52 85,17 129,52 28,21 33,65* 0,52 11,25 BRS-Grafite (P) 113,54 167,18* 31,06 2,67 0,42* 12,11 109,10 158,17 34,34 3,00 0,48 10,27 CV-48 (C) 102,64 181,13* 32,02 2,27 0,41 8,20 91,48 157,45* 37,35 9,23 0,46 8,46 Z 28 (C) 100,44 153,50 26,20 10,47 0,46 10,64 86,27 135,28 30,20 23,83 0,51 12,37 IAC-Carioca Tybatã (C) 87,59 156,91 30,30 11,84 0,43 8,71 104,35 136,51 38,25 8,04 0,49 10,29 Pérola (C) 108,01 151,74 27,15 3,12 0,46 10,99 91,23 138,22 31,34 18,42 0,50 10,77 IAC-Una (P) 106,87 153,92 28,49 3,76 0,49 11,79 101,30 153,69 30,03 4,18 0,46 12,84 FT-Nobre (P) 112,07 150,95 28,06 2,80 0,46 13,11 107,53 145,29 31,42 3,72 0,48 13,07 Média 103,76 160,35 30,08 4,77 0,44 10,83 99,72 144,61 33,48 9,52 0,48 10,90 CV % 2,69 2,65 3,32 42,98 3,31 3,93 3,74 3,55 3,89 48,72 4,81 2,66 DMS 6,92 10,56 5,83 5,09 0,04 1,37 9,26 12,66 6,44 11,51 0,06 0,93
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
122
Continua Anexo 4. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2007 (Continuação).
Localidades
Tatuí Cultivares e Linhagens Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 108,04 150,45 18,27 23,98 0,46 10,61 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 107,06 144,66 27,02 62,84 0,47 12,86 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 121,63 178,82* 24,09 13,96 0,42 14,98* Gen 96A3-P1-1-1 (P) 119,63* 168,49* 23,26 19,63 0,47 13,41* IAC-Diplomata (P) 105,94 147,59 23,33 4,19 0,45 12,73 LP 9979 (C) 119,35 169,54* 30,25 15,42 0,43 11,35 LP 01-38 (C) 105,28 145,34 27,12 5,49 0,45 8,64 LP 98-122 (P) 120,66 171,19* 19,55 2,77 0,44 11,95 LP 02-130 (P) 104,47 141,36 19,31 55,60* 0,46 12,09 BRS-Requinte (C) 99,20 142,88 23,10 7,19 0,48 10,39 BRS-Pontal (C) 121,70 168,31* 29,13 14,30 0,41 15,08* BRS-Supremo (P) 121,20* 167,90* 19,21 26,73 0,42 13,98* BRS-Grafite (P) 108,79 157,92* 19,03 7,47 0,44 12,19 CV-48 (C) 103,94 141,33 23,15 26,02 0,49 10,76 Z 28 (C) 114,44 147,80 22,53 70,80 0,45 12,07 IAC-Carioca Tybatã (C) 105,04 138,83 23,08 29,22 0,46 13,60 Pérola (C) 118,33 143,67 30,07 77,84 0,48 8,90 IAC-Una (P) 105,72 142,16 23,11 38,14 0,47 11,97 FT-Nobre (P) 106,70 144,65 21,37 34,86 0,47 11,44 Média 111,43 153,31 23,47 28,23 0,45 12,05 CV % 2,00 3,40 3,70 17,64 5,51 3,17 DMS 5,52 12,93 7,05 12,37 0,06 1,23
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
123
Anexo 5. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2006.
Localidades Colina Fernandópolis
Cultivares e Linhagens
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 106,39 128,51 36,46 11,15 0,63 11,72 101,17 142,26 29,43* 47,33 0,60 11,28 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 104,59 146,35 28,59* 35,07 0,58 12,20 102,96 135,59 27,31* 64,35 0,58 9,74 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 106,77 158,38 27,34* 69,63 0,55 6,81 103,86 103,06 26,37* 94,49 0,58 1156 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 102,07 150,75 41,21 59,45 0,58 13,02 100,30 134,99 38,12 34,00 0,58 13,02 IAC-Diplomata (P) 103,11 133,24 29,11 41,43 0,56 12,83 103,94 140,98 37,20 82,16 0,57 13,27 LP 9979 (C) 106,38 131,93 33,54 25,00 0,55 11,18 105,44 108,95 58,19 89,84 0,60 11,27 LP 01-38 (C) 106,95 130,25 34,12 25,93 0,60 12,91 105,88 163,24 29,31* 7,64 0,60 11,96 LP 98-122 (P) 101,08 140,86 36,43 60,96 0,60 12,06 97,62 103,88 38,14 98,13 0,60 14,09 LP 02-130 (P) 102,80 147,71 44,54 74,32 0,56 9,80 102,72 117,73 33,35 99,52 0,60 13,36 BRS-Requinte (C) 101,23 136,01 34,47 74,03 0,53 11,58 100,77 135,81 35,40 81,73 0,53 10,44 BRS-Pontal (C) 103,97 132,36 34,23 70,24 0,60 11,39 102,82 154,88 40,48 9,39 0,50 11,28 BRS-Supremo (P) 107,92 142,23 35,25 1,07 0,60 13,29 103,61 113,63 26,24 99,75 0,60 13,45 BRS-Grafite (P) 104,82 154,00 36,04 78,62 0,53 13,28 102,03 103,89 38,14 98,13 0,60 9,48 CV-48 (C) 101,78 140,92 55,24 23,79 0,60 9,96 101,99 123,42 38,25 90,95 0,57 11,97 Z 28 (C) 106,85 146,66 34,42 23,76 0,62 13,89 106,51 105,36 30,10* 98,73 0,60 1117 IAC-Carioca Tybatã (C) 99,42 128,39 39,06 51,13 0,62 11,59 102,93 123,43 36,23 91,31 0,57 12,56 Pérola (C) 103,72 154,00 36,04 78,62 0,53 12,41 106,90 161,18 40,39 23,67 0,53 11,86 IAC-Una (P) 101,19 137,19 31,28 56,51 0,58 12,83 99,54 155,50 41,21 3,50 0,55 12,82 FT-Nobre (P) 105,51 149,66 29,08 38,60 0,60 13,14 103,87 136,06 29,47 2,62 0,60 11,89 Média 104,03 141,55 35,60 47,31 0,58 11,89 102,89 129,68 35,44 64,06 0,58 11,92 CV % 0,78 5,31 4,30 15,42 4,27 3,80 1,42 3,07 2,80 12,18 3,33 2,90 DMS 2,02 18,66 6,88 18,12 0,06 11,89 3,63 9,89 4,50 19,38 0,05 1,11
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
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Continua Anexo 5. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2006 (Continuação).
Localidades
Ribeirão Preto Cultivares e Linhagens Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 108,49 161,19 21,20* 16,60 0,58 11,09 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 113,75 147,34 23,31* 80,36 0,60 13,03 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 108,24 155,14 20,20* 28,46 0,56 12,04 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 108,48 146,68 21,25 57,53 0,60 13,30 IAC-Diplomata (P) 103,25 141,76 26,07 67,95 0,60 12,47 LP 9979 (C) 108,44 146,65 23,41* 38,97 0,60 11,92 LP 01-38 (C) 111,31 155,18 25,18 18,57 0,55 11,44 LP 98-122 (P) 110,90 147,69 26,15 52,96 0,60 12,03 LP 02-130 (P) 114,32 141,70 19,42 65,74 0,60 11,83 BRS-Requinte (C) 98,76 147,62 22,29* 35,82 0,57 9,90 BRS-Pontal (C) 93,86 134,19 26,15 76,25 0,60 11,04 BRS-Supremo (P) 105,93 148,33 19,13 48,35 0,60 12,75 BRS-Grafite (P) 108,41 150,12 23,41 43,94 0,60 12,73 CV-48 (C) 104,98 149,60 21,06* 51,56 0,60 11,87 Z 28 (C) 111,72 147,76 21,13* 51,56 0,60 10,80 IAC-Carioca Tybatã (C) 102,96 135,59 27,31 64,35 0,58 13,63 Pérola (C) 107,42 146,40 30,12 64,87 0,60 11,74 IAC-Una (P) 107,99 148,96 25,02 45,45 0,68 11,92 FT-Nobre (P) 110,88 150,28 19,38 56,56 0,60 13,38 Média 107,37 147,48 23,22 50,83 0,59 12,05 CV % 3,26 2,73 1,82 11,68 2,59 2,48 DMS 8,69 9,99 3,48 14,74 0,04 0,96
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
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Anexo 6. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2007.
Localidades Araras Colina
Cultivares e Linhagens
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 112,46 146,16* 38,30 11,50 0,57 11,18 114,04 139,16 44,33 10,99 0,49 11,84 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 106,19 136,85 38,32 16,95 0,49 11,16 114,81 147,38 38,07* 27,85 0,46 10,06 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 113,31 139,62* 33,25* 33,28 0,48 12,25 115,62 146,25 36,17* 35,10 0,48 10,49 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 100,09 122,57 37,38 26,56 0,50 12,83 111,35 136,92 56,15 53,69 0,49 9,97 IAC-Diplomata (P) 105,79 127,31 45,12 26,23 0,58 12,98 110,93 134,99 35,33 5,49 0,48 10,82 LP 9979 (C) 102,75 129,85 46,38 53,00 0,58 12,85 99,52 162,80* 37,35* 11,83 0,44* 12,54 LP 01-38 (C) 111,90 145,30* 50,21 13,59 0,49 12,42 119,17 162,66* 29,35* 6,50 0,45 13,75 LP 98-122 (P) 108,80 136,89 34,29* 7,96 0,46 13,89 114,96 145,86* 35,50 19,28 0,49 10,49 LP 02-130 (P) 54,46 108,17 40,52 99,53* 0,55 12,48 96,68 137,80 32,30 37,85 0,48 12,75 BRS-Requinte (C) 77,22 121,31 48,56 60,75 0,52 12,82 105,63 136,86 38,37* 22,04 0,46 12,08 BRS-Pontal (C) 74,30 120,08 46,03 70,46 0,55 13,10 94,81 140,98 54,17 26,96 0,48 11,51 BRS-Supremo (P) 100,41 136,74 35,36 58,43 0,48 13,29 100,68 141,89 26,35* 69,82* 0,50 12,25 BRS-Grafite (P) 114,41 124,28 43,53 75,35 0,52 14,06 111,79 138,73 38,25 33,38 0,48 10,32 CV-48 (C) 81,61 131,79 41,14 37,36 0,50 13,16 100,63 155,63* 31,60* 20,15 0,44* 13,41 Z 28 (C) 110,68 135,27 34,33* 48,17 0,50 11,22 114,02 141,39 31,46* 25,62 0,48 12,39 IAC-Carioca Tybatã (C) 106,80 123,08 46,38 53,00 0,58 12,85 115,43 133,65 47,51 16,77 0,46 13,58 Pérola (C) 97,32 129,11 41,57 56,10 0,52 12,66 114,72 146,21 45,32 41,70 0,44 13,09 IAC-Una (P) 110,73 135,58 41,22 44,94 0,50 11,38 113,73 133,56 36,24 49,79 0,48 11,45 FT-Nobre (P) 106,53 130,82 43,01 53,47 0,44 14,47 111,29 135,11 43,27 47,38 0,49 11,95 Média 99,78 130,57 41,31 44,58 0,51 12,57 109,46 143,04 39,19 29,59 0,47 11,83 CV % 3,07 2,68 4,71 22,46 4,84 3,13 2,05 2,57 3,46 24,13 4,42 4,05 DMS 7,60 8,68 6,95 24,86 0,06 1,26 5,57 9,13 5,28 17,73 0,05 1,54
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
126
Continua Anexo 6. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2007 (Continuação).
Localidades
Mococa Cultivares e Linhagens Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 108,17* 148,36 33,39 0,92 0,57 12,59 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 107,60* 169,13* 31,17 0,23 0,43 9,66 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 105,45 168,08* 38,57 3,64 0,43 10,22 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 108,87 159,23 40,35 0,00 0,44 14,07* IAC-Diplomata (P) 105,11 154,24 32,58 1,93 0,56 13,93* LP 9979 (C) 108,22* 167,98* 32,25 0,00 0,42 10,25 LP 01-38 (C) 111,44* 172,73* 24,34 0,26 0,43 11,21 LP 98-122 (P) 108,97 169,46 31,51 0,00 0,42 12,43 LP 02-130 (P) 105,13 160,58 25,19 1,64 0,43 14,18 BRS-Requinte (C) 104,82 149,31 27,09 1,03 0,46 9,79 BRS-Pontal (C) 91,23 156,19 36,05 4,07 0,44 11,64 BRS-Supremo (P) 112,39 161,88 26,60 0,27 0,42 12,07 BRS-Grafite (P) 110,16 158,19 31,27 0,22 0,45 10,43 CV-48 (C) 98,15 163,04 26,21 7,07* 0,43 13,03 Z 28 (C) 109,03* 152,85 29,02 0,56 0,45 11,84 IAC-Carioca Tybatã (C) 100,58 148,54 44,01 1,06 0,57 12,82 Pérola (C) 82,06 153,37 28,23 1,61 0,56 8,41 IAC-Una (P) 98,71 157,32 26,04 3,97 0,44 9,46 FT-Nobre (P) 113,74 163,44 29,01 0,23 0,45 11,38 Média 104,73 159,68 31,20 1,52 0,46 11,87 CV % 1,93 3,19 2,98 90,67 3,36 3,80 DMS 5,02 12,66 5,10 3,41 0,04 1,50
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
127
Anexo 7. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” dos anos de 2005 e 2006.
Épocas Águas/2005 Águas/2006
Cultivares e Linhagens
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 109,21* 170,27* 23,36* 15,54 0,45 10,24 101,55 135,84* 22,20* 40,57 0,60* 9,83 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 110,57* 153,99* 30,03 56,24 0,46 10,97 99,62 130,60 21,29* 62,96 0,64 10,41 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 110,32* 148,43 25,28 36,68 0,47 10,45 101,72 135,42* 21,34* 47,05 0,62 10,17 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 105,14 144,26 30,36 46,55 0,50 10,18 99,13 126,57 23,06 62,46 0,63 10,73 IAC-Diplomata (P) 107,41 143,39 30,34 49,64 0,47 10,98 99,81 127,41 23,25 36,13 0,64 10,28 LP 9979 (C) 103,90* 150,52 32,19 42,85 0,50 11,13 100,98 128,37 23,03 47,85 0,63 11,24 LP 01-38 (C) 106,47* 144,43 26,53 18,10 0,48 8,79 102,72 129,93 30,34 35,12 0,64 10,44 LP 98-122 (P) 108,51 151,17 24,15 41,84 0,47 11,41 98,35 125,70 23,48 34,81 0,62 12,42 LP 02-130 (P) 102,57 155,56 25,06 24,97 0,47 11,41 98,97 126,87 23,19 49,45 0,64 11,92* BRS-Requinte (C) 105,95* 141,95 28,03 48,92 0,47 9,47 99,42 127,88 21,58 64,62 0,65 11,17 BRS-Pontal (C) 98,83 132,48 31,46 47,55 0,50 9,06 102,12 128,65 26,53 38,17 0,63 10,67 BRS-Supremo (P) 106,33 135,22 29,46 71,89 0,51 9,70 102,16 130,69 24,32 82,80* 0,64 11,95* BRS-Grafite (P) 104,26 152,22 26,48 37,91 0,47 11,15 103,16 140,30* 20,09 52,65 0,61 11,55 CV-48 (C) 102,86* 151,80 26,46 24,09 0,46 0,46 102,30 137,07* 27,22 46,13 0,62 9,96 Z 28 (C) 106,82* 139,90 29,09 72,08* 0,47 9,22 104,87 143,00* 23,26 60,53 0,58* 9,80 IAC-Carioca Tybatã (C) 86,27 134,26 30,18 62,44 0,48 9,81 100,40 123,95 25,37 62,19 0,65 12,02 Pérola (C) 96,77 147,78 27,05 46,14 0,47 10,93 103,90 121,60 29,18 56,36 0,63 14,44 IAC-Una (P) 103,30 142,96 26,54 48,93 0,48 8,84 99,62 129,43 22,08 54,76 0,63 11,13 FT-Nobre (P) 107,61 152,79 26,10 25,80 0,43 12,10 100,80 129,29 21,45 38,02 0,64 11,09 Média 104,37 147,02 28,20 43,06 0,47 10,33 101,14 130,45 24,20 51,19 0,63 11,12 CV % 2,47 2,01 2,57 7,25 4,17 3,50 3,10 5,31 3,66 19,04 0,03 3,36 DMS 3,56 4,09 2,57 4,31 0,03 0,62 4,33 9,56 3,87 13,47 3,83 0,64
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
128
Anexo 8. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” dos anos de 2006 e 2007.
Épocas Seca/2006 Seca/2007
Cultivares e Linhagens
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 105,10* 146,14 25,59 58,57 0,57 11,65 108,93 152,66* 25,34* 12,62 0,46 10,52 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 100,62 130,80 34,37 65,15 0,53 11,37 103,69 146,85 30,33 24,91 0,47 10,37 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 104,26* 149,26 23,02 38,74 0,53 11,44 112,82* 165,18* 28,17 7,25 0,43* 11,10 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 101,04 118,90 27,39 80,69* 0,56 13,59 108,87 161,02* 29,37 7,95 0,47 11,83 IAC-Diplomata (P) 102,14 134,95 26,59 50,84 0,58 12,29 104,66 153,57 27,15 2,58 0,45 11,05 LP 9979 (C) 97,89 134,79 34,19 54,35 0,57 11,01 109,21 153,32* 32,12 10,66 0,45 11,07 LP 01-38 (C) 104,39* 137,09 30,09 37,17 0,52 9,88 105,07 158,45* 29,01 2,66 0,45 10,78 LP 98-122 (P) 103,49 136,77 31,56 47,44 0,51 12,94 114,46* 165,18* 30,36 1,18 0,44* 12,29 LP 02-130 (P) 100,52 136,14 27,27 63,97 0,61 11,86 101,62 149,72 25,54 24,08* 0,45 11,35 BRS-Requinte (C) 80,79 133,19 24,55 68,45 0,57 9,98 96,09 144,96 30,49 7,30 0,48 11,12 BRS-Pontal (C) 87,28 137,29 31,06 60,75 0,58 11,56 102,04 155,33* 32,23 11,26 0,44 12,05* BRS-Supremo (P) 95,45 134,20 32,03 81,84* 0,55 11,45 98,48 144,23 28,09 26,30* 0,48 12,25 BRS-Grafite (P) 104,28 134,89 32,59 68,89* 0,60 13,77 110,48 161,09* 28,28 4,38 0,44* 11,52 CV-48 (C) 102,23 145,77 25,30 61,99 0,54 11,17 99,35 159,97* 30,47 12,51 0,45 9,14 Z 28 (C) 98,29 144,93 27,09 52,14 0,56 10,07 100,38 145,52 26,31 35,03 0,47 11,69* IAC-Carioca Tybatã (C) 92,55 147,29 29,50 31,87 0,57 14,85 99,00 144,08 30,41 16,37 0,46 10,87 Pérola (C) 98,96 129,44 27,23 76,59 0,56 10,51 105,86 144,54 29,09 33,12 0,48 10,22 IAC-Una (P) 103,53 137,65 27,48 60,56 0,57 12,89 104,63 149,93 27,34 15,36 0,47 12,20 FT-Nobre (P) 105,81 142,27 32,37 34,79 0,54 13,45 108,77 146,97 27,08 13,80 0,47 12,54 Média 99,40 137,46 29,01 57,62 0,56 11,88 104,97 152,77 29,20 14,17 0,46 11,26 CV % 2,79 3,95 4,31 10,15 6,16 4,22 2,84 3,19 3,64 28,95 4,66 3,29 DMS 3,83 7,51 4,24 8,08 0,05 0,86 4,12 6,73 3,59 5,67 0,03 0,64
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
129
Anexo 9. Valores médios da avaliação tecnológica (Porcentagem de absorção de água antes do cozimento (Peanc), Porcentagem de absorção de água após o cozimento (Peapc), Tempo de cozimento (TC), Porcentagem de grãos inteiros após o cozimento (PGI), expansão volumétrica (EV) e Sólidos solúveis totais no caldo (SSTc)) de grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” dos anos de 2006 e 2007.
Épocas Inverno/2006 Inverno/2007
Cultivares e Linhagens
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
Peanc (%)
Peapc (%)
TC (min.)
PGI (%)
EV (g.mL)
SSTc (%)
IAC-Alvorada (C) 105,35 143,99 29,03* 25,02 0,60 11,36 111,56* 144,56 38,41 7,80 0,54 11,87 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 107,10 143,09 26,27* 59,79 0,59 11,65 109,53 151,12* 36,12 15,01 0,46* 10,29 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 106,29 138,86 25,04* 64,19 0,57 10,14 111,46* 151,32* 36,00 24,01 0,46* 10,98 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 103,62 144,14 33,52 50,33* 0,59 13,11 106,77 139,57 44,33 26,75 0,48 12,29 IAC-Diplomata (P) 103,43 138,66 31,19 63,84* 0,58 12,86 107,27 138,85 37,51 11,22 0,54 12,57 LP 9979 (C) 106,76 129,18 38,24 51,27 0,58 11,45 103,50 153,54* 35,12 21,75 0,45 11,13 LP 01-38 (C) 108,05 149,56 29,40* 17,38 0,58 12,10 114,17* 160,23* 34,37* 6,78 0,46* 12,46 LP 98-122 (P) 103,20 130,81 33,34 70,68* 0,60 12,72 110,91 150,74* 34,16 9,08 0,46* 12,27 LP 02-130 (P) 106,62 135,71 32,30 79,86* 0,59 11,66 85,42 135,52 33,07 46,34* 0,48 13,13 BRS-Requinte (C) 100,26 139,82 31,12* 63,86 0,54 10,64 95,89 135,83 38,24 27,94 0,48* 11,56 BRS-Pontal (C) 100,22 140,48 33,52 51,96 0,57 11,24 86,78 139,08 45,15 33,83 0,49 12,08 BRS-Supremo (P) 105,82 134,73 27,11 49,72* 0,60 13,16 104,49 146,84 29,30* 42,86 0,47 12,54 BRS-Grafite (P) 105,09 136,00 32,40 73,56* 0,58 11,83 112,12 140,40 37,42 36,32 0,48 11,60 CV-48 (C) 102,92 137,98 38,31 55,43 0,59 11,27 93,46 150,15* 33,25* 21,53 0,46* 13,20 Z 28 (C) 108,36 133,26 28,41* 58,01 0,61 11,95 111,24* 143,17 31,34* 24,79 0,47* 11,82 IAC-Carioca Tybatã (C) 101,77 129,14 34,20 68,93 0,59 12,59 107,60 135,09 46,37 23,61 0,54 13,08 Pérola (C) 106,01 153,86 35,25 55,72 0,55 12,00 98,03 142,90 38,24 33,14 0,51 11,38 IAC-Una (P) 102,91 147,22 32,20 35,15 0,57 12,52 107,72 142,15 34,10 32,90 0,47 10,76 FT-Nobre (P) 106,75 145,34 26,08 32,59 0,60 12,80 110,52 143,13 38,43 33,70 0,46 12,60 Média 104,76 139,57 31,42 56,07 0,58 11,95 104,66 144,43 37,29 25,23 0,48 11,98 CV % 2,14 3,89 3,02 13,05 3,46 3,10 2,37 2,88 3,72 28,32 4,30 3,74 DMS 3,09 7,50 2,88 9,75 0,03 0,64 3,43 5,74 3,25 9,87 0,03 0,77
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
130
Anexo 10. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2005.
Águas/2005
M. A.do Sul Tatuí Mococa Cultivares e Linhagens PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
IAC-Alvorada (C) 22,53* 9,37 25,83* 8,29 18,87 7,20 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 20,17 8,52 25,62* 7,21 16,68 8,90 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 22,43* 9,24 26,42* 8,44 20,76* 8,38 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 22,97 9,17 25,53 6,94 21,20* 8,21 IAC-Diplomata (P) 20,85 8,97 27,99* 8,02 20,29* 8,86 LP 9979 (C) 18,85 8,85 23,95 7,76 16,26 7,85 LP 01-38 (C) 17,73 9,29 23,74 9,14 16,00 9,19 LP 98-122 (P) 21,83 9,12 25,05 7,39 17,96 8,85 LP 02-130 (P) 20,18 9,18 23,63 9,28* 15,19 8,95 BRS-Requinte (C) 19,85 9,08 26,35* 7,25 20,00 9,28 BRS-Pontal (C) 21,75 9,23 24,78 9,57* 16,83 8,22 BRS-Supremo (P) 24,74 9,25 24,90 7,51 18,64 8,19 BRS-Grafite (P) 20,36 8,21 23,71 8,10 20,96* 8,84 CV-48 (C) 19,45 9,26 24,57 8,04 18,90 7,66 Z 28 (C) 20,49 9,12 25,43* 7,64 15,39 9,23 IAC-Carioca Tybatã (C) 18,29 9,43 24,25 8,02 18,70 8,66 Pérola (C) 19,01 9,23 23,55 7,28 19,06 8,81 IAC-Una (P) 21,76 9,15 24,13 7,91 16,65 8,98 FT-Nobre (P) 21,79 9,41 25,32 7,32 18,81 6,80 Média 20,79 9,11 24,98 7,95 18,27 8,47 CV % 2,44 1,91 1,45 4,52 1,75 2,98 DMS 3,22 0,56 1,17 1,16 1,03 0,81
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
131
Anexo 11. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” do ano de 2006.
Águas/2006
Avaré Capão Bonito Mococa Cultivares e Linhagens PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
IAC-Alvorada (C) 22,39 7,48 23,08 6,08 22,71 5,76 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 21,02 7,44 20,25 6,18 22,33 5,90 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 22,62 6,87 21,96 6,15 23,05 5,90 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 23,40 7,77 20,48 6,02 20,80 6,34 IAC-Diplomata (P) 24,84 7,47 24,95* 6,01 20,85 5,72 LP 9979 (C) 20,49 7,17 19,18 6,00 18,75 5,54 LP 01-38 (C) 17,43 7,25 17,79 6,05 20,61 5,84 LP 98-122 (P) 19,19 6,51 19,89 6,16 20,16 5,67 LP 02-130 (P) 18,64 7,23 17,34 6,11 16,25 5,88 BRS-Requinte (C) 22,53 7,40 21,74 6,03 18,38 6,44 BRS-Pontal (C) 22,68 6,15 20,69 6,14 20,04 6,32 BRS-Supremo (P) 22,13 6,32 20,95* 6,33 19,92 5,58 BRS-Grafite (P) 26,12* 6,56 19,17 6,11 19,48 6,02 CV-48 (C) 23,76 6,49 22,54 6,03 20,26 6,20 Z 28 (C) 22,04 6,28 19,99 6,16 19,30 6,16 IAC-Carioca Tybatã (C) 22,83 7,21 23,28 6,18 21,18 5,91 Pérola (C) 23,22 7,34 22,13 6,02 22,74 5,91 IAC-Una (P) 22,85 6,33 19,53 6,14 20,66 5,77 FT-Nobre (P) 24,05 7,29 19,33 6,20 18,97 5,44 Média 22,22 6,97 20,75 6,11 20,34 5,91 CV % 2,02 3,07 1,80 1,57 1,95 4,76 DMS 1,46 0,69 1,20 0,31 1,27 0,90
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
.
132
Anexo 12. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2006.
Seca/2006
Avaré Capão Bonito Mococa Cultivares e Linhagens PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
IAC-Alvorada (C) 23,16 6,93 20,44 8,28 26,30* 7,91 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 28,23 8,55 19,12 7,19 22,73 8,38 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 22,33 6,88 19,12 7,19 26,77* 7,91 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 24,01 5,74 22,85* 8,22 25,04 8,02 IAC-Diplomata (P) 24,46 6,68 22,59* 9,23 27,81* 7,48 LP 9979 (C) 22,21 7,53 18,02 8,08 22,91 7,18 LP 01-38 (C) 20,31 7,30 16,63 6,28 22,10 7,92 LP 98-122 (P) 24,36 8,57* 20,17 9,01 25,66 7,98 LP 02-130 (P) 20,80 7,11 18,07 9,86 21,08 9,54 BRS-Requinte (C) 23,65 6,56 22,26 8,67 25,51 7,62 BRS-Pontal (C) 22,17 6,81 20,27 8,36 25,33 7,07 BRS-Supremo (P) 23,99 8,71* 20,42 7,49 25,59 7,14 BRS-Grafite (P) 24,17 7,94 18,06 8,55 24,70 9,01 CV-48 (C) 22,30 6,78 18,51 7,20 26,21* 7,62 Z 28 (C) 24,02 8,50 18,42 8,37 23,53 7,34 IAC-Carioca Tybatã (C) 23,48 6,55 21,52 8,72 24,91 7,73 Pérola (C) 20,42 8,78 20,26 8,96 24,79 8,10 IAC-Una (P) 22,04 6,14 19,16 8,08 25,08 8,50 FT-Nobre (P) 23,49 7,02 20,10 8,00 24,75 7,77 Média 23,13 7,32 19,86 8,14 24,78 7,90 CV % 1,34 4,86 2,02 4,27 1,28 4,28 DMS 0,99 1,14 1,29 1,12 1,02 1,09
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
133
Anexo 13. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “da seca” do ano de 2007.
Seca/2007
Avaré M. A. do Sul Tatuí Cultivares e Linhagens PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
IAC-Alvorada (C) 24,63 11,59 25,97 9,23 22,39 14,45 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 23,06 10,22 24,60 9,53 17,53 12,60 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 26,38* 10,91 21,85 9,31 21,86 12,30 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 26,63* 11,02 24,56 8,98 22,66 12,35 IAC-Diplomata (P) 23,78 10,24 26,09 9,30 22,57 13,15 LP 9979 (C) 21,53 11,05 23,41 10,58 18,85 13,70 LP 01-38 (C) 23,09 9,82 21,94 8,83 19,20 11,50 LP 98-122 (P) 22,02 11,05 25,67 9,17 18,10 12,75 LP 02-130 (P) 24,61 10,58 24,02 9,11 20,84 12,70 BRS-Requinte (C) 23,66 11,36 25,63 9,82 21,59 6,20 BRS-Pontal (C) 23,04 10,94 23,81 9,08 22,52 12,85 BRS-Supremo (P) 23,25 11,09 21,21 8,61 22,19 13,70* BRS-Grafite (P) 25,07 10,53 25,06 9,87 21,67 12,70 CV-48 (C) 23,93 11,16 24,38 9,67 22,78 9,81 Z 28 (C) 23,12 11,35 26,55 9,63 23,11 14,05 IAC-Carioca Tybatã (C) 24,61 10,65 27,27 10,29 21,90 13,65 Pérola (C) 22,86 11,20 24,53 9,64 21,32 13,55 IAC-Una (P) 22,95 11,50 26,05 10,40 21,89 12,50 FT-Nobre (P) 25,15 11,21 25,31 9,05 22,18 11,55 Média 23,86 10,92 24,63 9,48 21,32 12,42 CV % 1,91 2,71 1,52 3,33 2,27 2,18 DMS 1,47 0,95 1,21 1,02 1,55 0,87
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
134
Anexo 14. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2006.
Inverno/2006
Colina Fernandópolis Ribeirão Preto Cultivares e Linhagens PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
IAC-Alvorada (C) 20.12 5.37 25.39 7.16 23.11 7.12 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 17.47 6.53 22.36 7.84 21.87 6.46 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 19.16 5.68 23.19 7.29 23.79 7.46 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 19.54 5.65 22.42 7.29 23.61 7.32 IAC-Diplomata (P) 21.20 6.42 22.00 6.38 22.99 7.62 LP 9979 (C) 18.56 4.56 24.09 7.72 22.24 7.30 LP 01-38 (C) 17.62 6.90 17.42 7.22 21.44 7.04 LP 98-122 (P) 17.44 5.41 24.18 6.47 22.36 7.30 LP 02-130 (P) 18.33 5.37 20.36 7.12 20.91 6.71 BRS-Requinte (C) 17.33 6.49 22.88 6.19 22.31 6.49 BRS-Pontal (C) 19.49 4.45 21.80 6.88 24.03 6.76 BRS-Supremo (P) 19.48 5.47 20.61 7.61 21.69 6.50 BRS-Grafite (P) 18.10 5.37 22.25 7.65 23.70 7.45 CV-48 (C) 16.50 5.76 22.53 7.72 20.37 6.70 Z 28 (C) 18.46 6.58 20.82 7.72 24.17 6.74 IAC-Carioca Tybatã (C) 21.38 5.53 22.28 6.44 22.32 7.32 Pérola (C) 18.38 6.24 20.02 6.88 24.23 6.60 IAC-Una (P) 19.53 6.78 22.71 8.59 23.72 6.46 FT-Nobre (P) 18.82 4.45 21.30 7.25 22.40 7.55 Média 18,78 5,74 22,03 7,23 22,69 6,99 CV % 1,50 4,18 1,45 2,89 1,47 2,93 DMS 0,91 0,77 1,03 0,67 1,07 0,66
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
135
Anexo 15. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “de inverno” do ano de 2007.
Inverno/2007
Araras Colina Mococa Cultivares e Linhagens PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
IAC-Alvorada (C) 24,91 7,45 19,36 11,87* 19.36 10.20 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 24,92 8,21 23,06* 7,18 23.06* 8.62 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 30,21* 7,58 23,23* 9,93* 23.23* 9.56 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 24,47 8,54* 21,58* 9,63 21.58* 9.47 IAC-Diplomata (P) 29,72* 8,32 21,15 11,71* 21.15 8.55 LP 9979 (C) 22,61 7,52 20,92 9,89* 20.92 10.63 LP 01-38 (C) 23,21 7,73 17,54 9,38 17.54 8.26 LP 98-122 (P) 22,79 8,48* 19,57 9,86 19.57 9.18 LP 02-130 (P) 20,19 7,51 17,23 9,10 17.23 10.18 BRS-Requinte (C) 22,74 7,55 21,42* 10,31* 21.42* 10.59 BRS-Pontal (C) 21,71 7,59 19,63 9,44 19.63 10.28 BRS-Supremo (P) 23,17 6,76 21,30* 8,46 21.30* 10.00 BRS-Grafite (P) 25,30 7,83 23,46* 10,36 23.46* 9.64 CV-48 (C) 25,98 8,04 19,56 10,40* 19.56 9.24 Z 28 (C) 22,51 7,69 19,21 10,45* 19.21 9.60 IAC-Carioca Tybatã (C) 22,61 7,52 19,22 8,55 19.22 10.07 Pérola (C) 26,31 8,22 19,88 8,97 19.88 7.96 IAC-Una (P) 21,99 7,56 19,74 8,67 19.74 9.80 FT-Nobre (P) 23,14 7,40 18,07 10,84 18.07 8.69 Média 24,06 7,80 20,27 9,73 18,78 5,74 CV % 1,83 3,29 2,20 2,37 1,50 4,18 D. M. S. 1,41 0,82 1,43 0,74 1,43 1,02
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
136
Anexo 16. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” de 2005 e 2006, “da seca” de 2006 e 2007 e “de inverno” de 2006 e 2007.
Águas/2005 Águas/2006 Seca/2006 Seca/2007 Cultivares e Linhagens PB
(%) T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
IAC-Alvorada (C) 22,41* 8,29 22,73 6,44 22,87* 6,55 24.33 11.75 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 20,82 8,21 21,20 6,51 20,56 6,94 21.73 10.78 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 23,20* 8,69 22,54 6,30 22,04 6,81 23.36 10.84 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 23,23* 8,10 21,56 6,71 21,86 6,75 24.62 10.78 IAC-Diplomata (P) 23,04* 8,61 23,55* 6,40 22,06 6,81 24.15 10.90 LP 9979 (C) 19,69 8,15 19,47 6,23 21,63 6,53 21.26 11.77 LP 01-38 (C) 19,16 9,20* 18,61 6,38 18,83 7,05* 21.41 10.05 LP 98-122 (P) 21,61 8,45 19,75 6,11 21,33 6,39 21.93 10.99 LP 02-130 (P) 19,67 9,13 17,41 6,40 19,86 6,40 23.16 10.80 BRS-Requinte (C) 22,07* 8,53 20,88 6,62 20,84 6,39 23.63 9.13 BRS-Pontal (C) 21,12 9,00 21,13 6,20 21,77 6,03 23.12 10.96 BRS-Supremo (P) 22,76* 8,31 21,00 6,07 20,59 6,53 22.21 11.13 BRS-Grafite (P) 21,67 8,38 21,59 6,23 21,35 6,82 23.93 11.03 CV-48 (C) 20,97 8,32 22,19 6,24 19,80 6,73 23.70 10.21 Z 28 (C) 20,44 8,66 20,44 6,20 21,15 7,01* 24.26 11.67 IAC-Carioca Tybatã (C) 20,41 8,70 22,43 6,43 21,99 6,43 24.59 11.53 Pérola (C) 20,54 8,44 22,70 6,42 20,87 6,57 22.90 11.46 IAC-Una (P) 20,84 8,68 21,01 6,08 21,99 7,28 23.63 11.47 FT-Nobre (P) 21,97 7,84 20,78 6,31 20,84 6,41 24.21 10.60 Média 21,35 8,51 21,10 6,33 22,59 7,79 23,27 10,94 CV % 1,90 3,21 193 3,34 1,52 4,46 1,89 2,69 DMS 0,70 0,47 0,70 0,36 0,59 060 0,76 0,51
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
137
Continua Anexo 16. Valores médios de proteína bruta (expressos em base seca) e de teor de água dos grãos nos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes ambientes no estado de São Paulo durante a época de cultivo “das águas” de 2005 e 2006, “da seca” de 2006 e 2007 e “de inverno” de 2006 e 2007 (Continuação).
Inverno/2006 Inverno/2007
Cultivares e Linhagens PB (%)
T.G.A (%)
PB (%)
T.G.A (%)
IAC-Alvorada (C) 22,87* 6,55 21,21 9,84* Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 20,56 6,94 23,68* 8,00 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 22,04 6,81 25,55* 9,02 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 21,86 6,75 22,54* 9,21 IAC-Diplomata (P) 22,06 6,81 24,00* 9,52* LP 9979 (C) 21,63 6,53 21,03 9,60* LP 01-38 (C) 18,83 7,05* 19,43 8,46 LP 98-122 (P) 21,33 6,39 20,64 9,17 LP 02-130 (P) 19,86 6,40 18,21 8,93 BRS-Requinte (C) 20,84 6,39 21,86 9,48* BRS-Pontal (C) 21,77 6,03 20,32 9,10 BRS-Supremo (P) 20,59 6,53 21,92* 8,41 BRS-Grafite (P) 21,35 6,82 24,07* 9,27 CV-48 (C) 19,80 6,73 21,70 9,22* Z 28 (C) 21,15 7,01* 20,31 9,25* IAC-Carioca Tybatã (C) 21,99 6,43 20,35 8,71 Pérola (C) 20,87 6,57 22,02 8,38 IAC-Una (P) 21,99 7,28 20,49 8,68 FT-Nobre (P) 20,84 6,41 19,76 8,98 Média 21,17 6,65 21,53 9,01 CV % 1,47 3,28 2,06 3,01 DMS 0,54 0,38 0,76 0,47
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
138
Anexo 17. Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “das águas” para o estado de São Paulo.
Águas/2005 Águas/2006
Monte Alegre do
Sul Tatuí Mococa Avaré
Capão Bonito
Mococa Cultivares e Linhagens
(Kg.ha-1) (Kg.ha-1) IAC-Alvorada (C) 3397 1925 1696 2498 2904 2767 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 2925 3175 2092 2337 3525 2704 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 2795 1771 1838 2608 2858 2829 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 2590 1650 1563 2199 3071 2125 IAC-Diplomata (P) 2835 2363 1758 2377 2900 2663 LP 9979 (C) 3435 2408 2333 2270 3483 3225 LP 01-38 (C) 3930 2333 2508 2307 3821 3421 LP 98-122 (P) 2788 2150 1558 2552 3408 3092 LP 02-130 (P) 3645 2692 2075 2120 3796 3167 BRS-Requinte (C) 3377 2129 1425 2289 3204 2533 BRS-Pontal (C) 3418 2387 1525 2894 3675 3267 BRS-Supremo (P) 3240 2454 2417 2634 2862 2725 BRS-Grafite (P) 3270 2008 1663 2395 2883 2758 CV-48 (C) 3650 3156 1808 2182 3413 2888 Z 28 (C) 3610 2367 2038 2144 3424 3329 IAC-Carioca Tybatã (C) 3143 2631 1467 2279 3675 1833 Pérola (C) 3550 2129 2221 2443 3821 3079 IAC-Una (P) 2738 2304 1733 2680 3567 3153 FT-Nobre (P) 3845 1992 2029 2540 3283 3142 Média 3273 1881 2317 2408 3346 2879 CV % 9,70 17,84 16,64 12,40 11,21 14,18 DMS 789 833 957 741 931 1014
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
139
Anexo 18. Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “da seca” para o estado de São Paulo.
Seca/2006 Seca/2007
Avaré Capão. Bonito
Mococa Avaré Monte
Alegre do Sul
Tatuí Cultivares e Linhagens
(Kg.ha-1) (Kg.ha-1) IAC-Alvorada (C) 4351 1583 2042 3449 2183 2242 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 4095 2450 1833 3369 1938 2463 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 3544 2450 1679 3016 1750 2058 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 3550 1696 1800 2659 1979 2050 IAC-Diplomata (P) 3681 1600 1579 3533 1821 2200 LP 9979 (C) 4319 1608 2258 3773 2671 3008 LP 01-38 (C) 4826 1417 2479 4218 2454 2633 LP 98-122 (P) 4129 1567 1950 3549 2267 2396 LP 02-130 (P) 3820 1667 2208 3474 2196 2342 BRS-Requinte (C) 4139 1821 1942 3723 2279 2092 BRS-Pontal (C) 4820 1438 2296 4029 2450 2267 BRS-Supremo (P) 3907 1700 1950 2785 1908 2867 BRS-Grafite (P) 4246 2079 1950 3420 2442 2700 CV-48 (C) 4182 1454 2150 3082 2242 2242 Z 28 (C) 3839 2113 2042 3779 2225 2825 IAC-Carioca Tybatã (C) 3938 1975 1900 3148 2196 1867 Pérola (C) 4269 1042 2108 3765 2329 2646 IAC-Una (P) 3794 1238 2150 3691 2246 2600 FT-Nobre (P) 3999 1929 2033 3290 2271 2483 Média 4076 1681 2018 3461 2202 2420 CV % 11,86 11,80 15,91 10,73 12,93 14,16 DMS 1200 493 797 922 707 851
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diverso (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
140
Anexo 19. Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “de inverno” para o estado de São Paulo.
Inverno/2006 Inverno/2007
Colina Fernandópolis Ribeirão
Preto Araras Colina Mococa
Cultivares e Linhagens
(Kg.ha-1) (Kg.ha-1) IAC-Alvorada (C) 4351 1583 2042 3449 2183 2242 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 4095 2450 1833 3369 1938 2463 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 3544 2450 1679 3016 1750 2058 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 3550 1696 1800 2659 1979 2050 IAC-Diplomata (P) 3681 1600 1579 3533 1821 2200 LP 9979 (C) 4319 1608 2258 3773 2671 3008 LP 01-38 (C) 4826 1417 2479 4218 2454 2633 LP 98-122 (P) 4129 1567 1950 3549 2267 2396 LP 02-130 (P) 3820 1667 2208 3474 2196 2342 BRS-Requinte (C) 4139 1821 1942 3723 2279 2092 BRS-Pontal (C) 4820 1438 2296 4029 2450 2267 BRS-Supremo (P) 3907 1700 1950 2785 1908 2867 BRS-Grafite (P) 4246 2079 1950 3420 2442 2700 CV-48 (C) 4182 1454 2150 3082 2242 2242 Z 28 (C) 3839 2113 2042 3779 2225 2825 IAC-Carioca Tybatã (C) 3938 1975 1900 3148 2196 1867 Pérola (C) 4269 1042 2108 3765 2329 2646 IAC-Una (P) 3794 1238 2150 3691 2246 2600 FT-Nobre (P) 3999 1929 2033 3290 2271 2483 Média 4076 1681 2018 3461 2202 2420 CV % 11,86 11,80 15,91 10,73 12,93 14,16 DMS 1200 493 797 922 707 851
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diversos (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
141
Anexo 20. Ensaios regionais de cultivares e linhagens de feijoeiro – produtividade média de grãos (kg.ha-1) referente aos dois anos de cultivo “das águas”, “da seca”, “de inverno” e análise conjunta das três épocas de semeadura, dos anos agrícolas de 2005/2006/2007 para o estado de São Paulo.
Águas/2005 Águas/2006 Seca/2006 Seca/2007 Inverno/2006 Inverno/2007
Cultivares e Linhagens (Kg.ha-1) (Kg.ha-1) (Kg.ha-1)
IAC-Alvorada (C) 2339 2723 2659 2625 2261 1056 Gen 96A45-3-51-52-1 (C) 2731 2855 2793 2589 1974 1003 Gen 96A98-15-3-52-1 (C) 2134 2765 2265 2275 1833 1036 Gen 96A3-P1-1-1 (P) 1934 2465 2349 2229 1884 1146 IAC-Diplomata (P) 2319 2647 2287 2517 2290 968 LP 9979 (C) 2726 2993 2728 3151 2119 1203 LP 01-38 (C) 2924 3183 2907 3102 2108 1123 LP 98-122 (P) 2166 3017 2548 2737 2109 1115 LP 02-130 (P) 2804 3028 2565 2671 2319 1285 BRS-Requinte (C) 2310 2675 2634 2698 2296 1177 BRS-Pontal (C) 2444 3279 2851 2915 2260 1097 BRS-Supremo (P) 2704 2741 2519 2520 2082 1055 BRS-Grafite (P) 2314 2679 2759 2854 1900 1115 CV-48 (C) 2871 2827 2596 2522 2162 1251 Z 28 (C) 2671 2965 2664 2943 1776 996 IAC-Carioca Tybatã (C) 2414 2596 2604 2403 1975 902 Pérola (C) 2633 3114 2473 2913 2292 956 IAC-Una (P) 2259 3134 2394 2846 2069 1037 FT-Nobre (P) 2622 2988 2654 2681 2096 983 Média 2490 2878 2592 2694 2095 1079 CV % 13,95 12,63 13,67 12,43 16,81 17,99 *DMS 480 502 489 463 487 268
*Teste Dunnett (5%) em relação a melhor testemunha correspondente do grupo comercial preto (P) (IAC-Una ou FT-Nobre) e do grupo comercial carioca ou diversos (C) (IAC-Carioca Tybatã ou Pérola). Valores em negrito correspondem a melhor testemunha de cada grupo comercial.
142
Anexo 21. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “das águas” do ano de 2005.
Monte Alegre do Sul
Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc 0,32* -0,23 0,39** -0,05 -0,26 -0,19 -0,20 -0,37* Peapc -0,73** 0,38** -0,38** -0,01 -0,15 0,01 0,10 PGI -0,53** 0,23 0,06 0,01 0,11 0,05 TC -0,25 0,06 0,19 -0,30 0,05 EV -0,05 -0,21 0,09 0,03 PROD 0,11 -0,17 -0,39* UM -0,40* 0,15 SSTc -0,24
Tatuí Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB
Peanc 0,48** -0,32* 0,01 -0,17 0,17 -0,01 0,07 0,53** Peapc -0,68** -0,09 -0,31* -0,03 0,22 0,10 0,24 PGI 0,03 0,44** -0,06 -0,46** 0,06 0,08 TC 0,07 -0,13 0,02 0,32* 0,21 EV -0,19 -0,32* -0,07 0,08 PROD -0,01 0,08 -0,17 UM -0,05 -0,22 SSTc 0,04
Mococa Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB
Peanc 0,19 -0,10 -0,26 -0,16 -0,14 -0,14 -0,26 -0,01 Peapc -0,84** -0,47** -0,53** 0,09 -0,02 0,40* -0,02 PGI 0,43** 0,56** 0,01 0,02 -0,18 0,02 TC 0,39** 0,09 0,08 0,25 -0,16 EV 0,08 0,06 0,11 -0,21 PROD 0,07 0,03 -0,30 UM -0,37* -0,20 SSTc 0,28
Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e PROD:Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.
143
Anexo 22. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “das águas” do ano de 2006.
Avaré
Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc -0,41** 0,24 0,25 0,33* 0,35** -0,17 0,23 0,34* Peapc -0,44** -0,24 -0,63** 0,03 0,13 -0,59** -0,16 PGI 0,20 0,38** 0,06 -0,30 0,20 0,28 TC 0,27* -0,02 -0,30 0,48** -0,16 EV 0,08 -0,27 0,27 0,15 PROD -0,16 -0,19 0,25 UM 0,18 -0,04 SSTc -0,21
Capão Bonito Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB
Peanc 0,05 -0,12 0,24 -0,07 -0,02 -0,34* 0,05 -0,30 Peapc -0,28* -0,34* -0,38** -0,33* -0,02 -0,27 0,19 PGI -0,11 0,17 -0,20 0,42** 0,27 0,08 TC 0,04 0,09 -0,25 0,08 -0,20 EV 0,05 -0,28 -0,16 0,23 PROD -0,17 0,11 -0,30 UM 0,09 -0,09 SSTc -0,14
Mococa Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB
Peanc 0,59** 0,07 0,06 -0,56** 0,15 0,27 0,07 0,02 Peapc -0,15 -0,02 -0,79** 0,17 0,27 0,18 0,03 PGI -0,08 0,21 -0,29* 0,11 -0,14 0,10 TC 0,03 0,12 0,42** -0,36* 0,11 EV -0,24 -0,26 -0,14 -0,23 PROD -0,20 -0,15 -0,17 UM -0,20 -0,01 SSTc -0,28
Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e PROD: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.
144
Anexo 23. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “da seca” do ano de 2006.
Avaré
Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc 0,36** -0,34* -0,13 -0,39** -0,12 -0,04 0,18 0,03 Peapc -0,88** -0,69** -0,43** -0,05 -0,26 -0,34* -0,19 PGI 0,67** 0,40** 0,05 0,32* 0,46** 0,32* TC 0,13 0,24 0,41** 0,35* 0,34* EV 0,00 -0,12 0,23 0,00 PROD 0,10 -0,32* -0,17 UM 0,09 0,22 SSTc 0,37*
Capão Bonito Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB
Peanc 0,01 0,32* -0,25 -0,04 -0,23 -0,35* -0,02 -0,18 Peapc -0,37** -0,28* -0,15 0,35** -0,09 0,00 0,11 PGI -0,07 0,07 -0,47** 0,15 -0,09 -0,07 TC 0,21 -0,06 0,12 0,05 -0,34* EV 0,01 0,37* 0,16 0,03 PROD -0,03 -0,17* -0,03 UM 0,36 0,28 SSTc 0,40*
Mococa Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB
Peanc 0,09 -0,27* 0,16 -0,09 0,03 0,34* 0,09 -0,23 Peapc -0,57** 0,02 -0,26* 0,18 -0,26 -0,19 -0,10 PGI -0,13 0,40** -0,16 0,20 -0,05 0,28 TC -0,38** -0,09 0,10 0,34* 0,08 EV 0,19 0,08 -0,21 0,12 PROD -0,15 -0,40* 0,31 UM 0,28 -0,37* SSTc 0,17
Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e PROD: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.
145
Anexo 24. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “da seca” do ano de 2007.
Avaré
Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc 0,40** -0,67** -0,44** -0,23 0,17 -0,05 0,10 0,12 Peapc -0,65** -0,13 -0,78** 0,13 -0,19 -0,36* 0,13 PGI 0,33* 0,44** -0,15 0,21* 0,05 0,00 TC 0,01 -0,20 0,11 0,00 0,07 EV -0,15 0,36 0,41** -0,07 PROD -0,13 0,14 -0,56** UM 0,25 -0,01 SSTc -0,13
Monte Alegre do Sul Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB
Peanc 0,43** -0,63** 0,24 -0,32* -0,04 0,11 0,08 0,23 Peapc -0,73** 0,06 -0,72** -0,05 -0,02 0,18 0,08 PGI -0,25 0,67** 0,06 -0,09 -0,07 -0,23 TC -0,04 0,24 0,12 -0,10 0,27 EV 0,07 -0,01 -0,12 0,03 PROD 0,24 0,16 0,11 UM -0,19 0,44** SSTc 0,10
Tatuí Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB
Peanc 0,80** -0,04 0,20 -0,48** 0,13 0,50** 0,42** -0,10 Peapc -0,45** 0,05 -0,75** 0,01 0,26 0,50** -0,06 PGI 0,12 0,35** 0,17 0,27 -0,16 0,03 TC -0,14 0,15 0,06 -0,08 -0,21 EV -0,01 -0,28 -0,51** 0,11 PROD 0,10 -0,33* -0,21 UM 0,27 -0,01 SSTc 0,23
Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e PROD: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.
146
Anexo 25. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “de inverno” do ano de 2006.
Colina
Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc 0,17 -0,48** -0,33 0,03 -0,05 -0,13 0,03 -0,06 Peapc 0,33* -0,03 -0,36** -0,17 0,00 -0,18 -0,30 PGI -0,04 -0,51** 0,10 -0,08 -0,26 -0,10 TC 0,12 -0,05 -0,07 -0,15 -0,36* EV -0,08 -0,12 0,19 0,17 PROD -0,04 -0,10 -0,26 UM 0,22 -0,14 SSTc 0,10
Fernandópolis Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB
Peanc 0,11 -0,06 -0,04 0,08 0,09 0,10 -0,18 -0,61** Peapc -0,84** 0,01 -0,53** 0,40** -0,07 0,01 -0,36* PGI -0,01 0,36** -0,26* -0,14 0,02 0,27 TC -0,23 0,08 0,04 0,02 0,32* EV -0,25 0,25 0,12 -0,03 PROD -0,18 0,06 -0,30 UM -0,17 0,00 SSTc -0,09
Ribeirão Preto Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB
Peanc 0,33* -0,09 -0,24 0,04 -0,01 0,09 0,17 -0,19 Peapc -0,75** -0,30* -038** 0,08 0,11 -0,10 -0,07 PGI 0,23 0,50** -0,12 -0,16 0,34* 0,06 TC -0,05 -0,02 0,02 -0,02 0,29 EV 0,08 -0,04 0,19 0,17 PROD 0,05 -0,02 -0,30 UM 0,39* 0,15 SSTc -0,11
Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e Prod: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.
147
Anexo 26. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “de inverno” do ano de 2007.
Araras Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB
Peanc 0,69** -0,58** -0,22 -0,24 0,00 0,06 -0,14 0,36* Peapc -0,71** -0,24 -0,36** 0,02 0,00 -0,26 0,31 PGI 0,17 0,23 0,10 -0,35* 0,17 -0,40* TC 0,32* 0,00 -0,12 0,27 -0,11 EV -0,14 0,01 -0,16 0,12 PROD -0,09 0,05 -0,31 UM -0,07 0,22 SSTc 0,11
Colina Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB
Peanc -0,02 -0,18 0,03 0,06 -0,50** -0,02 -0,21 0,10 Peapc -0,39** -0,33* -0,48** 0,40** -0,05 0,26 -0,03 PGI 0,05 0,29* -0,16 -0,35* -0,17 0,16 TC 0,07 -0,25 0,05 -0,19 0,03 EV -0,13 0,16 -0,38* 0,06 PROD 0,03 0,05 0,09 UM -0,06 -0,11 SSTc -0,64**
Mococa Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB
Peanc 0,34** -0,48** -0,05 -0,36** -0,04 0,10 0,26 0,09 Peapc -0,10 -0,17 -0,61** 0,11 -0,33* -0,14 0,12 PGI -0,12 -0,03 0,33* 0,05 0,07 -0,07 TC 0,33* -0,12 0,22 0,20 0,28 EV -0,24 -0,16 0,13 -0,11 PROD 0,05 0,04 0,00 UM 0,15 0,07 SSTc -0,33*
Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e Prod: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.
1
Anexo 27. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “das águas” dos anos de 2005 e 2006.
Época
Coeficiente da Correlação de Pearson – “Águas” de 2005 Coeficiente da Correlação de Pearson – “Águas” de 2006
Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc 0,34** -0,48** -0,05 -0,36** -0,04 0,10 0,26 0,09 0,24** -0,01 0,08 -0,27** 0,13 0,09 0,14 0,03 Peapc -0,10 -0,17 -0,61** 0,11 -0,33* -0,14 0,12 -0,56** -0,51** -0,83** 0,45** -0,40** -0,24** -0,23* PGI -0,12 -0,03 0,33* 0,05 0,07 -0,07 0,38** 0,53** -0,52** 0,34** 0,11 0,28** TC 0,33* -0,12 0,22 0,20 0,28 0,45** -0,35** 0,38** 0,29** 0,14 EV -0,24 -0,16 0,13 -0,11 -0,47** 0,28** 0,10 0,19* PROD 0,05 0,04 0,00 -0,46** -0,07 -0,26** UM 0,15 0,07 0,26** 0,29** SSTc -0,33* -0,07
Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e Prod: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.
2
Anexo 28. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “da seca” dos anos de 2006 e 2007.
Época
Coeficiente da Correlação de Pearson – “Seca” de 2006 Coeficiente da Correlação de Pearson – “Seca” de 2007
Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc 0,19* -0,10 0,12 0,11 -0,39** 0,15 -0,10 -0,19* 0,51** 0,08 -0,34** 0,40** 0,05 0,51** 0,33** -0,28** Peapc -0,62** -0,26** -0,19* 0,01 -0,17 -0,15 -0,07 -0,38** -0,15 -0,74** 0,36** 0,28** 0,16 -0,09 PGI 0,14 0,21** -0,19* 0,28 0,09 -0,10 -0,32** 0,26** -0,18* 0,45** 0,12 -0,37** TC 0,25** -0,30** 0,27** -0,01 0,08 0,16* 0,01 -0,45** -0,25** 0,46** EV -0,59** 0,27** -0,38** 0,12 -0,32** -0,28** -0,14 0,14 PROD -0,35** 0,31** 0,23* 0,23* -0,09 -0,15 UM 0,02 -0,07 0,33** -0,44** SSTc 0,05 -0,17
Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e Prod: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.
3
Anexo 29. Estimativas do coeficiente de correlação de Pearson entre caracteres da qualidade tecnológica, produtividade, proteína bruta e umidade dos grãos de 19 genótipos de feijoeiro cultivados em diferentes locais de plantio na época “de inverno” dos anos de 2006 e 2007.
Época
Coeficiente da Correlação de Pearson – “Águas” de 2005 Coeficiente da Correlação de Pearson – “Águas” de 2006
Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peapc PGI TC EV PROD UM SSTc PB Peanc 0,30** -0,18* -0,39** 0,12 -0,01 0,07 0,05 0,00 0,35** -0,38** -0,11 -0,30** 0,08 0,23 -0,09 0,01 Peapc -0,57** -0,27** -0,30** 0,20** -0,12 -0,04 -0,17 -0,77** -0,55** -0,55** 0,54** 0,39** -0,26** -0,37** PGI 0,06 0,04 -0,18* 0,06 -0,03 0,19* 0,43** 0,36** -0,39** -0,48** 0,21* 0,27** TC -0,16* 0,10 -0,19* -0,08 -0,30** 0,35** -0,36** -0,19* 0,19* 0,26** EV -0,10 0,00 0,17 0,08 -0,40** -0,29** 0,09 0,28** PROD -0,32** -0,03 -0,46** 0,47** -0,18* -0,48** UM 0,10 0,53** -0,18* -0,45** SSTc 0,02 0,01
Peanc: Porcentagem de embebição antes do cozimento, Peapc: Porcentagem de embebição após cozimento, TC: Tempo de cozimento, EV: Expansão volumétrica, PGI: Porcentagem de grãos inteiros, SSTc: Sólidos solúveis totais, T.G.A.: Teor de água dos grãos, PB: Proteína bruta e Prod: Produtividade. **, *: Significativo a 1% e a 5% de probabilidade, pelo teste t.