instalações elétricas e luminoteca

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1 UNICENTRO IZABELA HENDRIX DA IGREJA METODISTA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA: INSTALAÇÕES ELETRICAS Professor: Eduardo Cunha Castanheira Luz e Espiritualidade seguem juntas. A luz dá valor aos muros, janelas, materiais, textura e cores com o passar das horas, dias e estações, muda o espaço. É ferramenta fundamental da Arquitetura para moldar nossa resposta emocional. Não se pode ignorar a luz seja natural ou artificial, nem usá-la com uma mentalidade técnica. A luz pertence ao coração e ao espírito. Ricardo Legorreta

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UNICENTRO IZABELA HENDRIX DA IGREJA METODISTA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

DISCIPLINA:

INSTALAÇÕES ELETRICAS Professor: Eduardo Cunha Castanheira

Luz e Espiritualidade seguem juntas. A luz dá valor aos muros, janelas, materiais, textura e cores com o passar das

horas, dias e estações, muda o espaço. É ferramenta fundamental da Arquitetura para moldar nossa resposta emocional.

Não se pode ignorar a luz seja natural ou artificial, nem usá-la com uma mentalidade técnica. A luz pertence ao coração e ao espírito.

Ricardo Legorreta

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BIBLIOGRAFIA

01- Manual de Alumbramento PHILIPS

02- Alumbramento

F. Labastida – V. Sifre R. Serra (conceitos básicos de iluminação)

03- Técnica Del Alumbramento – Principios Fundamentales

M. Déribéré (boas ilustrações e conceitos luminotécnicos)

04- Lighting Design in Buidings

John Boud (boas fotos de vários ambientes)

05- Acondicionamento Natural y Arquitectura

Ernesto Puppo – Giorgio Alberto Puppo

06- Cartilha: Procedimentos Básicos para uma Arquitetura no Trópico Úmido

Isis Faria Machado – Tadeu Almeida de oliveira – Otto Toledo Ribas

07- Luz, Clima e Arquitetura

Lúcia R. Mascaró

08- Física, Eletricidade e Magnetismo

Sears Zemansky Young

09- Modulo de Ensino 15, 16, 17 e 18 Capes

Controle do ambiente em arquitetura

Disciplina: Controle Luminoso de ambiente

Lúcia R. Mascaró (publicação dos estudos da autora)

10- Sistemas de Iluminação. Projetos de Alumbrado

José Ramirez Várquez (boas fotos e desenhos de iluminação)

11- Iluminação Natural R. G. Kopkinson – P. Petherbridge – J. Longmore

12- Manual del Instalador de Alumbrado Fluorescente

M. Baldinetti (específico de lâmpadas fluorescents)

13- Luminotecnia – Sus Princípios y Aplicaciones

R. G. Weigel (conceitos básicos)

14- Manual Pirelli de Instalações Elétricas

Editora Pini Ltda

15- Instalações Elétricas

Hélio Creder

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3

16- Da Cor a Cor Inexistente Israel Pedrosa

17- The Lighting Book

Deyan Sudjic

18- Conforto Ambiental – Iluminação de Interiores

Francisco de Assis Gonçalves da Silva

19- Iluminação para Vídeo e Cinema

Juan J. Duran

20- Handbuch Der Lichtwerbung

Gerhard Gut (iluminação de letreiros e prédios)

21- N.B. 5410 – Instalações Elétricas e Baixa Tensão ABNT

22- Instalações Elétricas

Júlio Nikier – A. J. Macintyre

23- Detailing Light Jean Gorman (detalhes de bares e lojas)

24- Lighting Ideas for your Home

Candace Ord Manroe

25- Light & Space Modern Architecture 26- Light Construction Transparencia y Ligereza en la Arquitectura de los 90 G.G.

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Produção de energia Elétrica A energia elétrica no Brasil na sua grande maioria é produzida nas usinas Hidrelétricas

em função do país possuir muitos cursos dágua com quedas. A produção de energia

elétrica em usinas hidrelétricas causa muitos danos ambientais e hoje são necessários

diversos estudos de impacto ambiental. Em menor escala no Brasil se produz energia

eólica (ventos), térmica (carvão mineral) e nuclear.

Entrada e medição de energia elétrica.

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AGRUPAMENTO DE MEDIÇÕES

Edificações com medições agrupadas por andar.

EQUIPAMENTO DE MEDIÇÕES

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EFINIÇÃO DE CIRCUITOS E FIAÇÃO

As colunas a utilizar de acordo com a maneira de instalar, o tipo de cabo e o número de condutores carregados, são indicados na tabela 1. Temperatura do condutor: 70ºC Temperatura ambiente: 30ºC Para cabos diretamente enterrados ou em eletrodutos diretamente enterrados: Temperatura do solo: 20º C Resistividade térmica do solo: 2,5 K x m/W Profundidade da instalação: 0,70m

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PRINCÍPIOS FÍSICOS DA LUZ A luz, componente vital para o nosso dia a dia, é uma forma de energia que se

manifesta como radiação eletromagnética.

A luz, sendo uma onda eletromagnética, é construída por duas ondas acopladas:

onda elétrica (campo elétrico τr ) com onda magnética (campo magnético Βr

).

Destaca-se que os campos elétrico e magnético são perpendiculares entre si e

perpendiculares à velocidade da propagação (“C” = velocidade da luz). Observe-se,

também que τr e Βr

são variáveis no tempo, e um gera o outro.

Estando o campo elétrico oscilando no plano xy e o campo magnético oscilando no

plano xz, caracteriza-se uma onda plana ou linearmente polarizada. O plano de

polarização é o plano no qual há a oscilação do campo elétrico (no caso, o plano xy).

Os campos τr e Βr

estão em fase, isto é, atingem os valores zero e máximo ao

mesmo tempo.

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GRANDEZAS E UNIDADES DA LUMINOTÉCNICA Introdução

A nossa intenção neste capítulo é a de conceituar as principais grandezas e

unidades da luminotecnico, ou seja, aquelas indispensáveis à prática da arte de iluminar.

Conceituaremos as grandezas e adotaremos os símbolos de acordo com as normas da

Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT), bem como apresentaremos as

unidades legais.

A intensidade luminosa é uma característica subjetiva da luz, e difere da intensidade

energética, ou radiante, por um “fator de luminosidade,”que reflete a sensibilidade do olho

humano médio, variável com o comprimento de onda. A intensidade energética se mede

em Watts por steradiano (W/Sr), que é uma unidade derivada do sistema SI. A

intensidade luminosa é uma grandeza fundamental do sistema SI que só aparece em

problemas de lumino-tecnica.

Fluxo Luminoso

Antes de conceituarmos fluxo luminoso vamos lembrar que energia radiante é a

energia que se propaga sob a forma de ondas eletromagnéticas, seja ela luminosa ou

não, e que fluxo radiante é a potência com que uma fonte produz energia radiante.

Assim, a unidade de fluxo radiante no SI é Watt (W). Quando o fluxo radiante é tal

que a energia radiante afeta a sensibilidade do olho humano na unidade de tempo, este

fluxo é denominado fluxo luminoso.

Portanto, o fluxo luminoso é uma potência luminosa de fonte de luz, que

usualmente é simbolizado por e cuja unidade usual é o “lúmen (lm)”.

Exemplos de valores do Fluxo luminoso de algumas lâmpadas elétricas:

Lâmpada incandescente comum: (127 V)

40 W --------------- 430 lm

60 W --------------- 730 lm

100 W --------------- 1.380 lm

Lâmpada incandescente halógena: (127 V)

300 W --------------- 5.400 lm

500 W ---------------10.000 lm

1000 W ---------------22.000 lm

Lâmpada fluorescente comum: (luz do dia)

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20 W --------------- 1.060 lm

40 W --------------- 2.700 lm

65 W --------------- 4.500 lm

110 W --------------- 8.300 lm

Lâmpada fluorescente compacta:

5 W --------------- 250 lm

7 W --------------- 400 lm

9 W --------------- 600 lm

11 W --------------- 900 lm

Lâmpada vapor mercúrio:

250 W --------------- 13.000 lm

400 W --------------- 22.000lm

Lâmpada de luz mista:

160 W --------------- 3.100 lm

250 W --------------- 5.600 lm

500 W --------------- 14.000 lm

Lâmpada vapor de sódio alta pressão:

250 W --------------- 25.000 lm

400 W --------------- 47.000 lm

z 1000 W --------------120.000 lm

Lâmpada multi-vapor metálico:

400 W -------------- 28.000 lm

1000 W -------------- 80.000 lm

2000 W -------------- 170.000 lm

3500 W -------------- 300.000 lm

Eficiência Luminosa

Sabe-se que uma fonte de luz como uma lâmpada incandescente transforma

energia elétrica em energia radiante, da qual apenas uma parcela é percebida pelo olho

em forma de luz, uma outra é transformada em calor e uma terceira parcela em energia

radiante não luminosa.

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Assim, definem-se eficiências luminosas de uma fonte, que se indica por n, como

sendo a razão entre o fluxo luminoso total emitido pela fonte e a potência elétrica

dissipada pela obtenção de tal fluxo, isto é:

n= __

p

Como a unidade usual de fluxo luminoso é lúmen (lm) e a da potência no SI é Watt

(W), a unidade de eficiência luminosa é dada em lm/ W.

Iluminância Sem nenhum rigor, ao observarmos duas superfícies brancas e iguais, podemos

comparar as iluminâncias delas, dizendo que uma está mais iluminada do que a outra ou

que estão igualmente iluminadas.

Do ponto de vista físico, este conceito é rigorosamente estabelecido como segue:

“A iluminância, que se indica por E, é a densidade superficial de fluxo luminoso recebido”.

E= F/S

Onde é o fluxo luminoso sobre a área total S.

A unidade de iluminância no SI é denominada lux (lx), assim definido, “lux é a

iluminância de uma superfície plana, de área 1 m2, que recebe, na direção perpendicular,

um fluxo luminoso de 1 lúmen, uniformemente distribuído”.

Assim:

1 lux = 1 lúmen

1 m2

A unidade no SI é “nit = lcd” embora também seja de uso corrente o “stil (Sb) = 1 cd”.

m2 cm2

Uma superfície difusora é aquela cuja luminância é igual em todas as direções.

Terminologias mais Usuais em Iluminação Fluxo Luminoso: quantidade derivada do fluxo radiante, emitido pela radiação, de acordo

com sua ação sobre um receptor seletivo.

Unidade: lúmen – lm

Ou é a grandeza característica de um fluxo energético exprimindo sua aptidão de produzir

uma sensação luminosa.

Page 26: Instalações Elétricas e Luminoteca

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Iluminância: quociente do fluxo luminoso, pela área da superfície de um elemento.

Unidade: lux – lx - lúmen

m

Altura de montagem: a distância entre o plano de referência e o plano da luminária.

Eficiência luminosa de uma fonte quociente do fluxo luminoso emitido e potência

consumida 1m/Watt.

Campo visual dos olhos: é a extensão angular do espaço na qual um objeto pode ser

percebido, quando os olhos observam um objeto diretamente na frente.

Conforto visual: o grau de satisfação visual produzido pelo ambiente iluminado.

Luz: energia radiante avaliada visualmente.

Luz difusa: é a luz dispersa exteriormente ao facho de um projetor.

Colorimetria: medição de core, possível pelas características do olho, baseada num

conjunto de convenções.

Desempenho visual: a avaliação quantitativa do desempenho de uma tarefa.

Difusor: dispositivo para alterar a distribuição espacial de um fluxo radiante ou luminoso.

Dimmer: dispositivo que possibilita variar o fluxo luminoso das lâmpadas numa instalação

a fim de ajustar o nível de iluminância.

Lâmpada de descarga: lâmpada em que a luz é produzida por uma descarga elétrica num

gás, vapor de metal ou uma mistura de diversos gases e vapores.

Ofuscamento: condição de visão em que existe desconforto ou uma redução na

capacidade de ver objetos significantes graças à uma distribuição ou em valor inadequado

de iluminância.

Reator: dispositivo usado com lâmpadas de descarga para estabilizar a corrente de

descarga.

Stanter: dispositivo para dar início à descarga (em particular de uma lâmpada

fluorescente) que causa um pico de voltagem.

Transformador: dispositivo que “transforma” a corrente elétrica adequando-a à

necessidade de voltagem do qual o aparelho ou a lâmpada necessitam.

Luxímetro: aparelho para a medição da iluminância. A luz incide sobre uma fotocélula,

esta gera uma corrente que indica no marcador quantos lux estão incidindo sobre aquela

superfície.

Fatores de Reflexão, Transmissão e Absorção. Define-se fator de reflexão ou refletância, a razão entre o fluxo luminoso refletido em

uma superfície, e o fluxo luminoso incidente nesta superfície, do mesmo modo, define-se

fator de transmissão ou transmitância, a razão entre o fluxo luminoso transmitido por uma

superfície e o fluxo luminoso incidente nesta superfície, também, de modo análogo,

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define-se fator de absorção, a razão entre o fluxo luminoso absorvido por uma superfície e

o fluxo luminoso incidente na mesma, o fluxo luminoso incidente numa superfície é a

soma dos fluxos luminosos refletido, transmitidos e absorvidos.

Temperatura de Cor A impressão de coloração de um objeto significa que, ao receber iluminação branca

há a absorção de todas as cores, menos daquela que é refletida, sensibilizando nossos

olhos.

Um corpo que absorve todas as cores, sem produzir reflexão, é chamado corpo

negro.

O corpo negro é chamado radiador ideal, visto que pode emitir o máximo de

energia radiante em todas as zonas do espectro, sem, contudo absorver a energia a ele

dirigida.

Na prática, o corpo negro é representado por uma cavidade, cujas paredes são

enegrecidas com fuligem, com uma abertura pela qual saem as radiações.

Ao se aquecer o corpo negro uniformemente, percebe-se que, à medida que se

eleva a temperatura, a radiação torna-se mais branca e mais intensa, chegando até a

uma coloração azulada. Por outro lado, em baixas temperaturas, o aspecto é de cor

amarela-avermelhada.

O que chamamos, portanto, de “temperatura de cor” é a cor da luz emitida pelo

corpo negro, associada à temperatura em que o corpo se encontra.

A unidade de temperatura é o kelvin, uma escala padrão absoluta de temperatura.

A temperatura de zero kelvin é considerada a menor que se pode obter na

natureza, quando ocorreria completa estagnação dos movimentos eletrônico-moleculares

na matéria.

Em laboratório conseguiu-se chegar a 0,0014K.

É importante verificar que zero kelvin corresponde a –273,15ºC.

A tabela a seguir mostra as diferentes colocações que o corpo negro apresenta em

função da temperatura.

Temperatura do corpo negro Aspecto da cor 800 K a 1.500 K Vermelho

1.500 K a 1.900 K Vermelho - amarelado 1.900 K a 3.200 K Amarelo 3.200 K a 4.500 K Amarelo-claro 4.500 K a 10.000 K Branco Maior que 10.000 k Branco-azulado

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As fontes de luz artificial (lâmpadas) têm a cor de sua luz referenciada à temperatura de

cor.

Para uma exata verificação da variação de cores em função da temperatura de cor,

deve-se consultar o triângulo cromático da “Comission Internationale de L’ Eclairage

(CIE)”.

Com relação à aparência visual da cor da lâmpada, uma “impressão de calor” é

sentida quando a cor da luz é avermelhada (isto é, uma baixa temperatura de cor). Por

outro lado, quando a cor da luz corresponde a uma alta temperatura de cor, a impressão

psicológica é de frio.

É preciso enfatizar que duas fontes de luz, com a mesma aparência visual de cor,

podem ter composições espectrais completamente diferentes, resultando em diferentes

desempenhos quanto à reprodução cromática.

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Espectro Eletromagnético A luz que reconhecemos como “branca” é formada por ondas eletromagnéticas de

diferentes comprimentos de onda, que situam-se dentro do intervalo visível de 380 a

780nm, e contêm todas as cores do arco íris.

Observação:1nm = 109−

m = 1mm / 1.000.000

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Não somos capazes de ver esses “componentes cromáticos” da luz branca, devido à

inoperância de nosso cérebro para distinguir cada cor isoladamente. O que ocorre é que o

cérebro registra o efeito aditivo dos componentes Espectro Eletromagnético

As ondas eletromagnéticas caracterizam-se por comprimentos de onda ou por sua

freqüência.

O comprimento de onda depende da freqüência, conforme a lei:

λ = 1/f

Sendo λ o comprimento de onda em metros (em seus múltiplos e submúltiplos) e f a

freqüência em hertz (Hz).

A luz que nos é visível está compreendida numa pequena faixa, dentro de um

intervalo bastante grande de freqüências ou comprimentos de onda possíveis para as

ondas eletromagnéticas, chamado espectro eletromagnético.

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TIPOS DE LÂMPADAS Lâmpadas Incandescentes Convencionais

As lâmpadas incandescentes convencionais são um termo-radiador composto de um

filamento metálico de tungstênio em forma de espiral, alojado no interior da ampola de

vidro sob vácuo e aquecida pela passagem da corrente elétrica de maneira a produzir,

além do calor, luz.

É pouca a energia luminosa que se obtém comparada com a calorífica que se irradia,

o que significa que uma grande parte da energia elétrica transformada se perde em calor.

Resulta, assim, uma eficiência luminosa normalmente pequena e seu valor varia de 6

a 20 lm/W conforme o tipo e potência da lâmpada. De certo modo, e como compensação

a essa baixa eficiência, as lâmpadas incandescentes têm a vantagem de que a sua

construção é simples e seu funcionamento não necessita de acessórios de conexão

(reator, start, ignitor).

Apesar do relativo limitado fluxo luminoso conseguido nas lâmpadas incandescentes

(6 a 20 lm/W ), estes radiadores térmicos têm conseguido impo-se com êxito na prática de

iluminação em geral, principalmente de interiores, já que suas propriedades têm

melhorado cada vez mais, adaptando a sua forma construtiva aos vários casos de

aplicação.

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Lâmpadas incandescentes Halógenas Bi Pino

Lâmpadas Incandescentes Halógenas Palito Lâmpadas Dicroicas

As lâmpadas halógenas têm a vantagem de serem mais brilhantes, mais

compactas e manterem o fluxo luminoso constante durante sua vida média, até três vezes

mais longa do que uma incandescente comum.

Halogênio significa “formador de gás” (“halo”- gás e “genio”- formador).

Os elementos químicos que constituem a família dos halogênios são: o flúor, o

cloro, o bromo e o iodo.

Nas lâmpadas incandescentes halógenas, além do gás de enchimento, introduz-se

uma determinada quantidade de elementos halógenos, quase sempre o iodo ou o bromo.

O funcionamento da lâmpada halógena é, portanto, semelhante ao de uma

lâmpada incandescente, com um ciclo regenerativo do filamento denominado “ciclo do

halogênio”.

O ciclo do halogênio se processa da seguinte forma:

1) Acendimento da lâmpada.

2) A temperatura do filamento atinge cerca de 2.800ºC.

3) Gaseificação do elemento halógeno.

4) Volatização do tungstênio, desprendendo partículas em direção ao bulbo.

5) As partículas, ao encontrarem-se em região de temperatura ao redor de 250ºC,

combinam-se com o halogênio (formação de haleto, iodeto ou brometo de tungstênio,

conforme o gás presente).

6) O haleto, na forma de gás, acompanha a corrente de convecção interna na lâmpada,

indo novamente de encontro ao filamento. Nesse ponto, há a disposição do haleto, com a

disposição da partícula de tungstênio no filamento e liberação do gás de halogênio.

A regeneração do filamento não se consegue de maneira perfeita, isto é, o

tungstênio não retorna ao seu estado e lugar originais, o que é um fato limitador da vida

da lâmpada; no entanto, há uma série de vantagens:

a) Miniaturização da lâmpada, com o objetivo de se obter temperaturas maiores que

250ºC no bulbo. Isso impõe a necessidade de quartzo ou vidro mais resistente em tal

temperatura.

Page 35: Instalações Elétricas e Luminoteca

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A Lâmpada, tendo menores dimensões, permite o desenvolvimento de luminárias e

soluções de iluminação, antes limitados por questão de espaço disponível.

b) Maior rendimento luminoso, visto que o filamento trabalha com temperaturas mais

elevadas.

c) Constância do fluxo luminoso e da temperatura de cor durante toda a vida da lâmpada,

proporcionada pelo ciclo do halogênio.

d) Vida mais longa.

e) Temperatura de cor elevada.

A dependência da tensão de alimentação se verifica da mesma forma que para as

lâmpadas incandescentes convencionais.

Refletor Dicróico O refletor dicróico tem a propriedade de refletir somente a radiação visível, sendo

“transparente” para o infravermelho (calor).

Apresenta uma luz com reduzida emissão térmica, e ainda oferece excelentes

resultados na decoração e iluminação de relevo.

É a maneira mais adequada de iluminar de forma dirigida e com muito brilho os

ambientes residenciais, galerias e exposições de jóias e alimentos. Pode ser utilizada em

luminárias “mini spot” (embutidas ou aparentes) e em “varais” eletrificados, sempre em

locais fechados.

Outras vantagens:

• Fluxo luminoso constante, baixo consumo de energia, fiel reprodução de cores,

grande durabilidade: 3.000h, reacendimento no ato.

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Cuidados com as Lâmpadas Halógenas

a) Não tocar o bulbo com as mãos, porém, se necessário, limpar as mãos, porém, se

necessário, limpar as manchas com álcool.

b) As lâmpadas de alta potência devem ser protegidas por fusíveis, a fim de se evitar

arcos elétricos internos.

c) Atenção para a posição de funcionamento.

O gás halógeno é um gás pesado, portanto a lâmpada com inclinações fora do

estabelecido pelo fabricante pode ter apenas um trecho do filamento imerso no gás

halógeno. Isso pode resultar em queima prematura.

d) Temperatura nas bases e soquetes.

A lâmpada halógena, em geral, trabalha com elevadas correntes. Isso é

particularmente importante do ponto de vista da qualidade dos contatos elétricos.

Enquanto numa lâmpada comum de 60W, 127V, temos cerca de 0,5A no contato,

em uma lâmpada halógena de 50W, 12V, temos quase 4A.

Se a resistência de contato for cerca de 1Ω , por exemplo, teremos como potência

dissipada, no contato elétrico entre base e soquete, o valor de 1 x 4² = 16W (P = RI²).

Sendo a superfície de contato muito pequena, a temperatura naquele ponto elevar-

se-á, visto que o que define a temperatura é a radiação superficial em W/m².

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Altas temperaturas na base da lâmpada halógena tendem a fundir o molibdênio,

que serve de elo entre a base e o filamento, ocorrendo a inutilização da lâmpada.

Deve-se cuidar para que um bom contato seja estabelecido entre o soquete e a

base, bem como uma adequada ventilação. Temperaturas acima de 350ºC, no contato

das lâmpadas tipo “lapiseira” ou “palito”, causam rompimento da continuidade elétrica.

Por outro lado, se a temperatura no bulbo for inferior a 250ºC, há comprometimento

do ciclo do halogênio.

Temperatura de Cor

A lâmpada halógena, tem uma temperatura de cor superior a da incandescente.

Essa temperatura de cor varia desde 2.900K até 3.400K. Nota-se, que, aliada a uma

elevada temperatura de cor, há uma vida reduzida.

Radiação Infravermelha (calor radiante)

Como toda lâmpada incandescente, a lâmpada halógena emite grande quantidade

de calor radiante. Caso seja instalada com refletor metálico, haverá a reflexão da luz

acompanhada da radiação térmica.

A sensação de calor manifesta-se, em geral, quando a iluminância está ao redor de

1.500 lux, e acima.

Projetores de alta potência, situados a uma distância adequada do local a iluminar,

resultam em imperceptível sensação de calor no ponto focalizado.

Entretanto, há casos onde se necessita de alta iluminância com reduzida radiação

térmica. É o caso da iluminação de produtos perecíveis, plantas em geral, fibras

orgânicas, películas cinematográficas, iluminação ambiental com fontes de luz próximas a

pessoas, etc.

Como já foi dito anteriormente, o dicroísmo é a “seleção” de comprimentos de onda

a serem absorvidos pelo material dito “dicróico”.

Refletores dicróicos são aqueles que absorvem um tipo de radiação, refletindo os

restantes. Assim sendo, existem refletores que deixam emitir luz ultravioleta, radiação

infravermelha, luz visível, etc. No caso em questão, o material dicróico absorve a radiação

térmica, refletindo a luz visível.

Page 39: Instalações Elétricas e Luminoteca

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Radiação Ultravioleta (UV)

A proporção de UV na luz natural é maior que na luz artificial.

A emissão de ultravioleta pelas lâmpadas halógenas é de pequena monta, não

sendo, portanto, necessárias maiores providências, a menos que se trabalhe com

altíssimas iluminâncias.

Aplicação das Lâmpadas Halógenas

a) Automobilísticas

Com o aumento de cerca de 40% na potência das lâmpadas de farol, com o uso de

lâmpadas halógenas, obtém-se:

1- o dobro do fluxo luminoso

2- facho de luz de maior alcance

3- quantidade e qualidade de luz constantes

4- vida útil da lâmpada cerca de 30% maior

É importante frisar que o sistema óptico do farol do veículo é adaptado a um tipo de

lâmpada.

Nem sempre dá bom resultado a substituição da lâmpada incandescente pela

halógena, pois o sistema óptico pode ser adequado somente para a incandescente.

O “farol de milha” e o “farol de neblina” são outras utilizações de lâmpadas halógenas.

O fato da lente ser de cor amarela é para a percepção do ocorrer de forma mais nítida

pelo automóvel que trafega em sentido contrário, especialmente em situações de baixa

visibilidade (chuva, neblina, fumaça,etc).

b) Sinalização

Devido ao fluxo luminoso constante, a lâmpada halógena proporciona elevada

confiabilidade para sistemas de sinalização, tais como semáforos, sistemas indicadores,

painéis de fibras ópticas, etc.

c) Instrumentos científicos em geral A miniaturização das lâmpadas halógenas permite sua aplicação em instrumental

científico em geral, com grande versatilidade (desde que não haja especificações de faixa

espectral fora do âmbito da halógena).

d) Iluminação portátil e de emergência

Page 40: Instalações Elétricas e Luminoteca

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A eficiência luminosa superior do halógeno, face à incandescente, torna-se

preferencial para instalações portáteis e que necessitam autonomia de energia.

e) Iluminação de destaque

A lâmpadas halógenas, da lata potências em tensão compatíveis com a rede elétrica,

têm a vantagem de dispensar acessórios, tais como reatores, ignitores, transformadores,

etc.

Assim sendo, a iluminação de vitrinas, “outdoors”, fachadas, etc, podem ser

executadas com melhor aproveitamento do espaço disponível.

f) Lâmpadas para foto-cine-vídeo

Para que se consiga uma perfeita reprodução de cores em fotografia, cinema ou

televisão, a temperatura da cor da lâmpada halógena deve situar-=se entre 3200 e 3400

K.

g) Instalações comerciais decorativas

As lâmpadas halógenas possibilitam efeitos de iluminação muito interessantes, no

sentido de ressaltar detalhes em ambientes internos, com sutileza em reduzidas

dimensões.

Lâmpadas Halógenas com Refletor Dicróico

Dicroísmo é a propriedade da um material absorver determinados comprimentos de

onda, permitindo a passagem de outros. Substâncias dicróicas fazem com que a luz

torne-se gradualmente polarizadas em um plano. O refletor dicróico tem a propriedade de

refletir quase que somente a radiação visível, desviando a maior parte da radiação em

forma de calor para a parte de trás. Assim, a aplicação deste tipo de aparelho é ideal para

displays e vitrinas onde haja exposição de objetos que necessitam ser iluminados por

fontes de luz com elevada reprodução de cores, porém, não admitam as radiações sob

forma de calor.

(Por ex. tecidos, jóias, bombonieres, etc).

Possui fluxo luminoso constante, vida útil de até 3000 horas, ângulos de abertura de

12 e 38.

Page 41: Instalações Elétricas e Luminoteca

41

Lâmpadas Fluorescentes Generalidades As lâmpadas fluorescentes são fontes de descarga elétrica em atmosferas de vapor

de mercúrio à baixa pressão, em que a luz é gerada pelo fenômeno da fluorescência, ou

seja, é a propriedade que determina substâncias luminescentes ao serem excitadas por

radiações ultra-violeta de onda curta (250nm) do vapor de mercúrio à baixa pressão,

tende transformar esta radiação invisível em radiações de ondas longas visíveis.

A eficiência luminosa que se obtém com as lâmpadas fluorescentes é elevada

chegando até 80 m/w.

Constituição das Lâmpadas Fluorescentes Normais

As lâmpadas fluorescentes normais estão constituídas por um tubo de vidro de 38 mm

de diâmetro e de diversos comprimentos, conforme a potência, recoberto na parte interna

por uma capa de substância fluorescente. Em cada extremo do tubo se encontra fundido

um suporte com um filamento duplo ou triplo tungstênio (eletrodo) empregnado de pasta

emissora de elétrons e protegido por meio de uma capa metálica. No interior do tubo

temos o argônio à baixa pressão e uma gota de mercúrio puro de poucos mg de peso.

A corrente circulante em cada eletrodo provém dos condutores soldados nos pinos

pelo soquete normalizado.

O princípio de funcionamento das l6amadas fluorescentes compactas é o mesmo das

lâmpadas fluorescentes convencionais, onde a luz emitida é produzida por uma descarga

de vapor de mercúrio à baixa pressão.

Page 42: Instalações Elétricas e Luminoteca

42

O starter é o capacitor supressor de radiointerferência encontram-se

incorporados à base. Assim como nas fluorescentes comuns há a

necessidade de emprego de reatores adequados à potência da lâmpada. A

vida útil da lâmpada fluorescente compacta é de 8000 horas, para um

período de 165 min acesa e 15 min apagada considerando-se a lâmpada

“morta” ao ter seu fluxo luminoso reduzido a 80% do nominal.

Page 43: Instalações Elétricas e Luminoteca

43

Lâmpadas de Vapor de Mercúrio de Alta Pressão Campos de Emprego: Iluminação de ruas, praças e jardins.

Vantagens: Boa eficiência luminosa; luminância média (4 a 25cd/cm²); bom rendimento

cromático; dimensões pequenas e boa duração (perto de 12.000 horas); nenhuma

limitação para a posição de funcionamento; grande gama de potências.

Desvantagens: Necessidade de aparelhagens auxiliares para a partida. Ligação demorada:

necessidade de alguns minutos para conseguir a emissão luminosa máxima; nos casos

de reacendimento quando as lâmpadas ainda estão quentes, o tempo necessário para o

acendimento varia de 4 a 10 minutos. Baixo fator de potência (≅ 0,5), e por isto,

necessidade de refasagem.

Page 44: Instalações Elétricas e Luminoteca

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Princípio

A produção da luz nas lâmpadas de vapor de mercúrio se baseia no princípio da

luminescência obtida pela descarga elétrica no meio do mercúrio gaseificado.

Constituição das Lâmpadas de Vapor de Mercúrio de Alta Pressão

Na figura a seguir, representamos a constituição de uma lâmpada de vapor de

mercúrio e as denominações de cada uma de seus componentes. A parte essencial da

lâmpada é o tubo em que se produz a descarga elétrica. Como se quer uma alta pressão

do vapor de mercúrio, aumenta-se a temperatura do arco, circulando assim uma

intensidade de corrente maior. Este tubo de descarga deve ter um alto ponto de fusão, por

isso ele é de quartzo.

Fundidos em cada extremo temos os eletrodos de tungstênio, um principal

impregnado de material emissivo de elétrons e outro auxiliar de acendimento, conectado

através de uma resistência ôhmica de alto valor. Também alguns miligramas de mercúrio

puro exatamente dosificado e gás argônio para facilitar a descarga.

O bulbo exterior, de forma elipsoidal é de vidro resistente às variações de

temperatura, serve de suporte ao tubo de descarga, proporciona um isolamento térmico,

evita a oxidação atmosférica das partes metálicas. Este bulbo está revestido internamente

de uma substância fluorescente (vanadato de ítrio) que ativado pelas radiações

vermelhas, as quais somam-se às próprias do espectro do mercúrio que lhe falta,

completando-o, isto é, corrigindo a cor da luz.

O espaço compreendido entre o bulbo de descarga e o bulbo é, preenchido por um

gás neutro à pressão inferior à atmosférica, para evitar a formação de arco entre as partes

metálicas no interior do bulbo.

A lâmpada é dotada de rosca Edson para facilitar o seu contato elétrico.

Funcionamento da Lâmpada de Vapor de Mercúrio de Alta Pressão

Ao conectarmos a lâmpada a uma rede elétrica de corrente alternada, através de uma

reatância, produz-se uma descarga entre o eletrodo principal e o auxiliar de acendimento,

que se encontram muito próximos. Esta descarga ioniza o argônio, fazendo com que se

torne condutor, que por sua vez diminui a resistência elétrica do espaço compreendido

entre os dois eletrodos principais, até permitir uma descarga elétrica entre eles, momento

Page 45: Instalações Elétricas e Luminoteca

45

em que a corrente elétrica circulante pela resistência de partida é praticamente nula. O

calor gerado por esta descarga vaporiza o mercúrio, que posteriormente atua como

condutor principal da descarga.

À medida que a temperatura vai aumentando no tudo de descarga, aumenta a

pressão do vapor de mercúrio e ao mesmo tempo a potência, o fluxo luminoso, até

alcançarem os valores normais de regime. Este tempo geralmente é 4 a 5 minutos após

sua conexão.

O reacendimento ocorre após, passado um tempo de resfriamento geralmente igual

ao de aquecimento, com que se alcança os valores normais de regime, necessário, para

que a pressão no tubo de descarga desça ao valor correspondente, com o qual pode-se

iniciar a descarga.

Características de Funcionamento da Lâmpada de Vapor de Mercúrio de Alta Pressão

O arco de descarga nas lâmpadas de mercúrio apresenta características de

resistências negativas, por isso, devemos fazer sua conexão à rede através de aparelhos

de alimentação adequados (reator). A tensão requerida para a partida das lâmpadas

normais a temperatura superior a -15ºC é praticamente inferior a 200V, podendo

conectar-se à rede de 200V, mediante reator.

de alimentação adequados (reator). A tensão requerida para a partida das lâmpadas

normais a temperatura superior a -15ºC é praticamente inferior a 200V, podendo

conectar-se à rede de 200V, mediante reator.

Page 46: Instalações Elétricas e Luminoteca

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Vida Útil das Lâmpadas de Vapor de Mercúrio Depreciação do Fluxo Luminoso

As lâmpadas de vapor de mercúrio têm uma vida útil longa e elevado fluxo luminoso.

A vida útil de uma lâmpada é determinada por aqueles fatores que influem na economia

de uma instalação, tais como:

- reposição da lâmpada individual ou em grupo;

- tempo de utilização anual;

- custos de manutenção e reposição;

- custos de energia;

- condições de funcionamento (tensão de alimentação, freqüência de conexão da

instalação, temperatura ambiente); e

- perda de luz admissível em relação ao nível de iluminância exigido (envelhecimento

das lâmpadas).

Com o acendimento em períodos de 3 horas, a vida média das lâmpadas estima-se

em 9.000 horas, se bem que consideradas individualmente podem superar este valor.

O fluxo luminoso se reduz durante o funcionamento devido ao enegrecimento gradual

do tubo de descarga pelo depósito do material que é emitido pelos eletrodos e pela

impureza do gás. Nas primeiras horas de funcionamento esta redução é superior aquela

que aparece até o final da vida da lâmpada.

O fluxo luminoso indicado nos catálogos corresponde sempre, ao obtido após as 100

horas de funcionamento.

Aplicação das Lâmpadas de Vapor de mercúrio

A aplicação das lâmpadas de vapor de mercúrio é muito ampla. A grande economia

que apresentam por sua elevada, eficiência luminosa e longa vida, permitem realizar

sistemas de iluminação onde se deseja abundância de luz com aceitável reprodução

cromática.

Suas principais aplicações são para iluminação externa (vias públicas, industriais,

obras) e para interiores (galpões industriais).

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Lâmpadas de Halogênio Metálicos

Lâmpadas a Iodetos Metálicos (sais de ácido de halogênio)

Campos de Emprego: Iluminação de campos esportivos, praças, grandes áreas.

Vantagens: Elevada eficiência luminosa; ótimo rendimento cromático; dimensões reduzidas.

Duração de 4.000 a 6.000 horas.

Desvantagens: Precisam de aparelhagem auxiliar (alimentador e acendedor). Posições de

funcionamento limitadas. Baixo fator de potência (≅ 0,5), com necessidade de refasagem.

Construção limitada a potências elevadas.

Generalidades

Page 48: Instalações Elétricas e Luminoteca

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As constantes sobre novas fontes de luz artificial perseguem dois objetivos

fundamentais: aumentar a eficiência luminosa e “igualar” a cor da luz à luz do sol. Tendo

em vista estes objetivos, desenvolveu-se as lâmpadas de halogêneos metálicos, que não

são mais do que lâmpadas de vapor de mercúrio de alta pressão, com a particularidade

de conter, além do mercúrio, halogêneos de terras raras, tais como: Índio, Tálio e Sódio,

conseguindo assim, eficiências luminosas mais elevadas e melhores propriedades de

reprodução cromática que as lâmpadas de vapor de mercúrio convencionais.

Constituição das Lâmpadas de Halogêneo Metálicos

Sua constituição é similar à de vapor de mercúrio. O tubo de descarga é de cristal de

quartzo em forma tubular com um eletrodo de tungstênio em cada extremidade, no qual

deposita-se um material emissivo de elétrons, geralmente, óxido de tório.

A corrente elétrica chega a esses eletrodos através das lâminas de molibidênio

seladas hermeticamente com o cristal de quartzo.

Esse recipiente contém no seu interior mercúrio, iodeto de tálio e vários outros

produtos de terras raras: que servem como gás de partida.

Têm o seu bulbo recoberto internamente com uma capa fluorescente difusora para

diminuir a luminância, podendo ser empregadas nas mesmas luminárias que as lâmpadas

a vapor de mercúrio de lata pressão, já que coincidem com suas medidas. O espectro,

neste caso, tem uma variação muito pequena, devido a esta capa, e a eficiência luminosa

é reduzida em 8% por absorção da mesma.

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Lâmpadas de Luz Mista Generalidades

As lâmpadas de luz mista são uma combinação de lâmpadas de vapor de mercúrio de

lata pressão e lâmpadas incandescentes, com a intenção de corrigir a luz azulada das

lâmpadas de vapor de mercúrio; isto é conseguido através da inclusão de um filamento

incandescente de tungstênio entre o tubo de descarga e o bulbo. Um avanço positivo no

desenvolvimento desta lâmpada constitui no recobrimento interior do bulbo com uma capa

de material fluorescente (vanadato de ítrio) igual às lâmpadas de vapor de mercúrio, com

isso melhorou-se a cor e aumentou-se a eficiência luminosa e sua vida útil.

A característica que se pode destacar desta lâmpada é a possibilidade desta ser

conectada diretamente à rede sem o emprego de reatores, uma vez que, o filamento atua

como resistência estabilizadora de descarga do vapor de mercúrio.

Constituição das Lâmpadas de Luz Mista

No interior do bulbo de vidro encontra-se um tubo de descarga de vapor de mercúrio

de alta pressão e um filamento incandescente de forma circular, colocado ao redor do

tubo e conectado em série com o mesmo.

A parede interior do bulbo está recoberta com uma capa de material fluorescente e o

interior deste bulbo enchido com gás.

Funcionamento das Lâmpadas de Luz Mista

Ao conectar a lâmpada na rede, inicia-se o processo de acendimento no tubo de

descarga.

Page 50: Instalações Elétricas e Luminoteca

50

Neste instante, o filamento acende produzindo um fluxo luminoso muito superior ao

seu valor de regime, como conseqüência da tensão da rede estar aplicada aos extremos.

A medida em que a descarga vai crescendo o fluxo luminoso e a tensão aplicada em

seus extremos.

Isto acontece até que a lâmpada alcance seus valores de regime, ou seja,

aproximadamente um minuto e meio.

Uma vez apagada a lâmpada, o seu reacendimento não se dá imediatamente, sendo

necessários alguns minutos de resfriamento.

A cor da luz altera durante o processo de acendimento de acordo com a fração que

corresponde a cada momento das partes em que está composta.

Características de Funcionamento de Lâmpadas de Luz Mista

As lâmpadas de luz mista são construídas para tensões de 220 – 230 V.

As pequenas oscilações na tensão de alimentação influem no acendimento, no fluxo

luminoso e na vida da lâmpada.

Uma redução de tensão eventual acima de 10% da tensão normal da lâmpada, pode

ocasionar o não acendimento da mesma.

As tensões excessivas darão lugar a uma redução considerável na vida da lâmpada,

de forma similar ao que ocorria nas lâmpadas incandescentes.

Lâmpadas de Vapor de Sódio de Alta Pressão

Campos de Emprego: Iluminação de grandes artérias, praças, aeroportos, prédios e monumentos.

Vantagens: Ótima eficiência luminosa: longa duração (cerca de 12.000 horas); bom rendimento

cromático. Sem restrições para a posição de funcionamento.

Podem ser usadas alternadamente com lâmpadas de vapor de mercúrio quando se

torna necessário um elevado nível de iluminação e ao mesmo tempo é desejável reduzir a

potência instalada.

Desvantagens: Emprego de aparelhagem auxiliar para a ligação e alimentação. Baixo fator de

potência (≅ 0,5), refasagem.

Page 51: Instalações Elétricas e Luminoteca

51

Lâmpadas de Sódio à Baixa Pressão

Campos de Emprego: Iluminação de desvios, acessos, cruzamentos, túneis e para a sinalização de

pontos perigosos em geral. Ótimo para áreas sujeitas a nevoeiro.

Vantagens: Elevadíssima eficiência luminosa e boa duração (6.000 horas); luminância média

(7,5 a 14cd/cm²).

Desvantagens: A luz emitida é monocromática (amarela) e as cores dos corpos iluminados ficam

alteradas, o que se torna prejudicial; por este motivo, só podem ser empregadas nos

casos em que o rendimento das cores não tem muita importância. Requerem

aparelhagem auxiliar de alimentação e só depois de 10 –15 minutos conseguem-se os

80% da emissão máxima. A posição de funcionamento é horizontal na maioria dos casos

9admite-se uma inclinação de até 20º). Baixo fator de potência (≅ 0,3), com necessidade

de refasagem. Dimensão: volume notável.

Page 52: Instalações Elétricas e Luminoteca

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Generalidades

Para melhorar o tom da luz visando a reprodução cromática das lâmpadas de vapor

de sódio de baixa pressão, foram desenvolvidas as lâmpadas de vapor de sódio de alta

pressão, que conservando a alta eficiência luminosa e pressão do vapor mais elevado,

emite espectro de outros valores, obtendo desta forma um espectro com certa

continuidade, cuja composição resulta reprodução de cor aceitável.

Constituição das Lâmpadas à Vapor de Sódio de Alta Pressão

No interior de uma ampola de vidro duro, coincidindo com o seu eixo longitudinal, se

encontra alojado o tubo de descarga de sódio, cujo material se compõe de cerâmica de

óxido de alumínio muito resistente ao calor (até 1.000ºC) e as reações químicas com o

vapor de sódio, possibilitando uma transmissão de luz na zona visível de

aproximadamente 90%. No interior do tubo de descarga encontra-se o sódio, mercúrio e

um gás nobre (xenon ou argônio), dos quais o sódio é o principal produtor de luz. O

mercúrio vaporizado reduz a condição do calor do arco de descarga aumenta a tensão e

isto resulta em maiores potências nos tubos de descarga de menor tamanho.

Page 53: Instalações Elétricas e Luminoteca

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O gás nobre se agrega com a finalidade de se obter um acendimento seguro nas

lâmpadas com baixa temperatura ambiente, tanto em interiores como em exteriores.

Em cada terminal dos tubos de descargas se encontram dois tampões que servem para

fechar hermeticamente o tubo e ao mesmo tempo serve de suporte para os eletrodos em

forma de espiral.

Condições de Funcionamento das Lâmpadas a Vapor de Sódio de Alta Pressão

São iguais as de halogênio metálico e devido à alta pressão que se encontra o gás

para o acendimento da lâmpada de vapor de sódio de alta pressão.

É necessário aplicar altas tensões de choque, proporcionado através do ignitor de

partida.

O período de acendimento da lâmpada fria dura de 3 a 4 minutos, e o reacendimento

a quente depois de 1 minuto.

Aplicação das Lâmpadas de Vapor de Sódio a Alta Pressão

O aparecimento dessas lâmpadas constitui uma nova etapa na iluminação por sódio.

Sua elevada eficiência e tom de luz aceitável ampliaram as possibilidades da sua

aplicação em iluminação pública e industrial.

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Especificações das Lâmpadas Estudadas Segundo Catálogos de Fábricas Luminárias Generalidades

Segundo definição, as luminárias são aparelhos que distribuem, filtram e transformam

a luz emitida por uma ou várias lâmpadas e que contém todos os acessórios necessários

para fixação, proteção e conexão ao circuito de alimentação.

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As luminárias devem possuir uma série de características que satisfaçam as

necessidades requeridas para uma determinada instalação de iluminação.

Estas características são:

Ópticas - Distribuição luminosa adaptada à função que se deva realizar;

- Luminâncias reduzidas em determinadas direções;

- Bom rendimento luminoso.

Mecânica e Elétricas - Solidez;

- Execução em material acoplado às condições de trabalho previstas;

- Construção que permita funcionar a lâmpada em condições apropriadas de

temperatura;

- Proteção das lâmpadas e equipamentos elétricos contra a umidade e demais agentes

atmosféricos;

- Facilidade de montagem, desmontagem e limpeza;

- Fácil acesso à lâmpada e aos equipamentos elétricos.

Estéticas As luminárias apagadas durante o dia ou acesas durante a noite, não devem destoar

do ambiente no qual se situam.

Aparelhos de Iluminação Em geral são usados projetores com largo feixe horizontal (flood light).

Do ponto de vista da técnica de iluminação, os projetores se classificam pela

abertura de seu feixe luminoso (estreito, médio, largo), quer dizer, a amplitude do ângulo

interno cuja intensidade luminosa é superior a 1/10 da intensidade máxima. Os

construtores fornecem os diagramas de intensidade luminosa no plano vertical e

horizontal em função do tipo e da potência da lâmpada.

Como exemplo, reproduzimos os diagramas relativos ao projetor B do quadro

abaixo.

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Diagrama de intensidade luminosa de um projetor provido de refletor difusor martelado,

com uma lâmpada a vapor de halogeneto de 2.000 W. A linha contínua indica a

intensidade luminosa no plano vertical, a linha tracejada se refere ao plano horizontal.

\

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Eles podem ser construídos de vidro espelhado, alumínios polidos, chapas de aço

esmaltado ou pintados de branco.

O vidro espelhado, apesar de sua alta refletância, é pouco utilizado devido à

fragilidade e ao custo. O alumínio polido é uma ótima opção, pois alia às vantagens da

alta refletância uma razoável resistência mecânica, peso reduzido e custo relativamente

baixo. O polimento da chapa de alumínio poderá ser por processo mecânico (escova

rotativa), químico ou eletroquímico. Estes dois últimos processos, apesar de exigirem

maior tecnologia na produção, são os mais indicados, pois proporciona superfícies de

maior refletância. Depois de polido, o refletor de alumínio deve ser anodizado, em sua cor

natural, o que provocará a formação sobre o mesmo, de uma camada transparente

protetora extremamente dura.

Exemplos de alguns aparelhos de Iluminação (Principalmente Residencial)

Luminárias Frank Lloyd Wright

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Philippe Starck

Achille Gastiglioni

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Ingo Maurer

Ayala Serfaty

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Parâmetros para Projetos de Iluminação e Elétricos. 1- Atender as exigências de iluminamento segundo normas da ABNT ou outra (outros

países), para os diversos espaços e atividades.

2- Adequar qualidade funcional (disposição e quantidade de luminárias e especificação

correta de lâmpadas) aos diversos espaços.

3- Valorizar o patrimônio arquitetônico, artístico, e ambiental prevendo solução estética

adequada.

4- Criar soluções criativas que possibilitem o uso do espaço em situações distintas com

iluminação diferenciada.

5- Possibilitar o uso de tensões 127V e 220V.

6- Especificar lâmpadas econômicas e de qualidade boa e com boa reprodução de cores

em casos necessários.

7- Incorporar a iluminação às soluções e detalhes arquitetônicos.

8- Compatibilizar a iluminação aos sistemas de ar condicionado, combate à incêndio,

sonorização, tratamento acústico e estrutura.

9- Prever sistema de controle de comandos de luz compatíveis aos locais projetados.

10- Apresentar projetos com todas as informações necessárias a devida compreensão de

todos os detalhes e a sua devida execução.

Page 63: Instalações Elétricas e Luminoteca

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As Luzes da Cidade

Rogério Palhares Araújo – Arquiteto e Urbanista “Eu saio para encontrar as pessoas” “À noite, fala-se mais facilmente” “Eu adoro sair, ver gente” “A gente sai pra se divertir, mas também para ser visto.” (La Ville La Nuit, Anne Cauquelin). A vida noturna tem um papel fundamental neste fascínio exercido pela cidade grande sobre as pessoas. Segundo Abrham Moles são duas as atitudes que o homem pode tomar a respeito da oposição do diurno e do noturno. Uma é aceitar esta dualidade, estudando suas formas e reforçando-as, construindo o dia e a noite cheia de “cor ambiental”, e edificando com isto um “mundo de alternância”. A outra é recusá-los, tentando minimizar suas diferenças. A noite tenta imitar o dia e, uma seqüência contínua de atividades, não se distingue muito bem o diurno do noturno no “mundo do dia perpétuo”. Na verdade, ambas idéias estão concretizadas no espaço das cidades, deixando para o campo a oposição natural básica da vida diurna e do repouso absoluto. É a cidade que não pode parar. São as luzes da cidade o sinal de que é ali o lugar onde tudo acontece. O lugar dos negócios sim, mas principalmente o lugar da festa. Mas qual será o papel da iluminação urbana? Aproximar a cidade do seu modelo diurno, atenuando as diferenças criadas pela noite? Ou reconhecer a existência de paisagens diurnas e paisagens noturnas, explorar suas especificações e seus valores, em favor de uma riqueza alternante de cenários? A realidade econômica e tecnológica Brasileira por si só já nos afasta do mito da “Cidade iluminada como se fosse dia”. Mas ainda assim cabe-nos uma reflexão: será que estamos utilizando adequadamente os recursos técnicos financeiros e outros, empregados na iluminação de nossos centros urbanos? Qual seriam as características de uma iluminação urbana que, associada a outros fatores, resultasse na contribuição para melhoria na qualidade de vida de nossas cidades? Antes porém de tentar delinear alguns parâmetros de um modelo de iluminação urbana, lembro que o conceito de qualidade de vida aqui em questão é muito mais amplo do que a não-poluíção do meio ambiente. Uma abordagem mais ampla das potencialidades da iluminação estará contribuindo para uma ambiência urbana mais rica e estimulante, para um maior conforto dos cidadãos. Em Belo Horizonte, a ausência de uma política de iluminação urbana faz com que as funções primordiais da iluminação sejam reduzidas às suas necessidades mais básicas, definidas segundo critérios técnicos pouco abrangentes. Isso somado à ausência de controle dos abusos Na emissão de mensagem publicitária resultam numa imagem urbana caótica que só à distância pode ser admirada como um espetáculo. Como se bastasse às metrópoles serem observadas do alto e de longe, escondendo assim suas mazelas mas também suas particularidades. Neste contexto são excepcionais, e muitas vezes acidentais, os casos em que efeitos luminosos são utilizados como um instrumento de construção de uma ambiência noturna mais diversificada. Através destes exemplos pode-se ilustrar algumas das funções mais abrangentes da iluminação urbana. A definição de um espaço visual, em sua forma e em sua grandeza, proporciona ao cidadão uma sensação de reconhecimento, de definição de uma ambiência luminosa. Iluminar a diretriz da Avenida Raja Gabaglia com lâmpadas de sódio, criar manchas luminosas mais ou menos homogênicas em áreas residenciais, preservar a iluminação difusa original da Praça da Liberdade e do Viaduto de Santa Teresa, são estratégias que denotam a caracterização de espaços visuais diferenciados que podem ser mais amplamente utilizadas. O estabelecimento de referências urbanas através da iluminação diferenciada de edificações e monumentos o define, em seu conjunto, o espaço imaginário ou, como define Moles, “o mapa

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mental” da cidade. A iluminação especial do edifício da Estação Ferroviária, do Museu da Mineralogia, do Pirulito da Praça Sete, do Conjunto da Pampulha, são exemplos que se enquadram nesta categoria. Mas esta função de “balizagem” não se restringe à valorização dos marcos da paisagem urbana. Ela se estende a todas as fontes luminosas, dos semáforos à claridade que vaza do interior dos edifícios. Ela confere ao cidadão o constante posicionamento de suas atitudes, de seus deslocamentos no espaço da cidade, do símbolo à práxis urbana. A iluminação urbana é também utilizada como uma forma de dissuadir a agressão, aumentando o campo visual e possibilitando a avaliação recíproca dos passantes. Esta função de segurança da iluminação urbana orienta também os deslocamentos dos veículos que participam em outra escala e velocidade da dinâmica noturna da cidade. Também a iluminação implantada com este objetivo deve ser melhor compatibilizada com outros elementos que compõem o espaço urbano como a arborização, a localização de equipamentos e mobiliário urbano, com as exigências de melhor identificação das interseções perigosas no trânsito. A comunicação visual (luminosos, vitrines, publicidade) deve ser disciplinada a partir de critérios que considerem o meio em que se inserem, que respeitem o patrimônio urbano e seu entorno, que favoreça a harmonia do conjunto, preservando a diversidade que lhe é peculiar. Mas a iluminação pode ser também promovida como a protagonista deste espetáculo urbano, utilizada com o objetivo de proporcionar um prazer estético independente. É o caso dos espetáculos de luz e sombra, da tradicional iluminação natalina, dos recursos luminosos empregados na decoração de festas populares. Nesta perspectiva lamenta-se o fato das nossas fontes luminosas que continuam desativadas, ou a árvore de natal do alto do São Lucas ausente do cenário da cidade no último final de ano. Conscientes de que a paisagem urbana noturna é composta de cores, formas, sombras e reflexos, que se comportam de maneira particular, o especialista e os responsáveis pela iluminação urbana podem tirar partido destas diferenças e, além de satisfazer apenas às exigências dos índices de iluminamento, proporcionar ao cidadão urbano uma experiência sensitiva muito mais rica. Assim sendo, as luzes da cidade significarão sempre muito mais do que apenas uma luz no fundo do túnel. Colaboração: Arq. Eduardo Castanheira

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Iluminação Publica

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FATORES DE REFLEXÃO DE ALGUNS MATERIAIS / CORES MATERIAL %

Mármore claro 60 – 70

Cimento claro 35 – 50

Concreto claro 30 – 40

Concreto escuro 15 – 25

Granito 15 – 25

Tijolo claro 20 – 30

Tijolo escuro 10 – 15

Madeira clara 30 – 50

Madeira escura 10 – 25

COR % Branca 70 – 85

Cinza claro 45 – 65

Cinza médio 25 – 40

Cinza escuro 10 – 20

Preto 5

Amarelo 65 – 75

Ocre 30 – 50

Marrom 10 – 25

Verde claro 30 – 55

Verde escuro 10 – 25

Rosa 45 – 60

Vermelho claro 25 – 35

Vermelho escuro 10 – 20

Azul claro 30 – 55

Azul escuro 10 – 25

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ILUMINAÇÃO COMERCIAL Drumond e as vitrinas. No inicio dos anos 30, Carlos Drumond de Andrade também

escreveu sobre as vitrinas, mas queixando-se de não poder vê-las à noite.

AS vitrinas apagaram-se na noite de Belo Horizonte. Atrás dos vidros, na hora em que o

burguês faz a sua digestão ambulante e as meninas saem do cinema, já não há nada

para espiar. As gravatas e os frascos de perfume, os sapatos de baile, as luvas, as

coisas caras e tentadoras desapareceram de nossos olhos. Até uma casa especialista em

pernas artificiais entendeu de fechar as luzes que custavam caro.

Enquanto isso, os jornais do Rio anunciam ironicamente os concursos das vitrinas. Nós

aqui podíamos fazer o mesmo: indagar qual a vitrina mais escura e , como premio,

oferecer ao proprietário um lampião a gasolina. (Publicada no Minas Gerais em 21 de

julho de 1931) in Bello Horizonte por Juliana Gouthier jornal Pampulha 8 a 14 de janeiro

de 2005 pagina A3 .

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