inovação tecnológica e modernização na indústria da construção civil

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Segundo Farah (1988), as transformações tecnológicas no subsetor de edificações ao longo do seu desenvolvimento, não são significativas, como se pode observar nos processos construtivos executados da mesma forma desde início do século. Segundo Martins e Barros (2003), no Brasil a abertura do mercado no início dos anos 90 contribuiu para a evolução do setor da construção na medida em que permitiu às empresas construtoras a importação de produtos e tecnologias. Nesse período diversas empresas construtoras investiram na modernização dos meios de produção, observando-se a crescente industrialização nos canteiros. Atualmente, observa-se de acordo com Oliveira et al (1999) a introdução de uma grande variedade de materiais, ferramentas, equipamentos, técnicas especiais, processos construtivos e administrativos voltados à construção civil, contribuindo assim para a melhoria de vários aspectos de organização que conduzem a uma maior qualidade, reduzindo o desperdício, um dos grandes problemas enfrentados pelas empresas do setor. Pensando nas inovações tecnológicas, atualmente, encontramos à disposição dos técnicos projetistas (arquitetos e engenheiros), meios de equacionar melhor a questão dos custos e diminuir as perdas. A cadeia de fornecedores disponibiliza elementos que, somados e bem elaborados ainda na fase de projeto, são relevantes para a otimização e racionalização construtiva e, como conseqüência, para a melhoria da qualidade.

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    11Cincia et Praxis v. 1, n. 2, (2008)

    Artigo de reviso

    Inovao tecnolgica e modernizao na indstria da construo civil.

    Ivan Francklin Junior1; Tatiana Gondim do Amaral2

    Resumo: Segundo Farah (1988), as transformaes tecnolgicas no subsetor de edicaes ao longo do seu desen-volvimento, no so signicativas, como se pode observar nos processos construtivos executados da mesma formadesde incio do sculo. Segundo Martins e Barros (2003), no Brasil a abertura do mercado no incio dos anos 90

    contribuiu para a evoluo do setor da construo na medida em que permitiu s empresas construtoras a impor-tao de produtos e tecnologias. Nesse perodo diversas empresas construtoras investiram na modernizao dosmeios de produo, observando-se a crescente industrializao nos canteiros. Atualmente, observa-se de acordocom Oliveira et al (1999) a introduo de uma grande variedade de materiais, ferramentas, equipamentos, tcnicasespeciais, processos construtivos e administrativos voltados construo civil, contribuindo assim para a melhoriade vrios aspectos de organizao que conduzem a uma maior qualidade, reduzindo o desperdcio, um dos grandesproblemas enfrentados pelas empresas do setor. Pensando nas inovaes tecnolgicas, atualmente, encontramos disposio dos tcnicos projetistas (arquitetos e engenheiros), meios de equacionar melhor a questo dos custos ediminuir as perdas. A cadeia de fornecedores disponibiliza elementos que, somados e bem elaborados ainda na fase

    de projeto, so relevantes para a otimizao e racionalizao construtiva e, como conseqncia, para a melhoriada qualidade.Palavras-chave: Inovao, Modernizao, Construo Civil.

    INTRODUO

    1Professor Especialista da Faculdade de Engenharia de Passos (FESP|UEMG); Mestrando em Engenharia das Estruturas pela UFU.2Professora Doutorada Universidade Federal de Uberlndia (UFU); Orientadora do PPG em Engenharia Civil ( UFU).E-mail: [email protected]

    No Brasil, segundo Martins e Barros (2003), a aber-tura do mercado no incio dos anos 90 contribuiu para aevoluo do setor da construo na medida em que per-mitiu s empresas construtoras a importao de produ-tos e tecnologias. Alm disso, a estabilidade econmica

    do primeiro perodo do plano real e a elevao do custoda mo-de-obra devido ao ganho dos trabalhadores in-

    centivou as construtoras a pensar na tecnologia comoferramenta de competitividade (TCHNE, 2002 apudMARTINS e BARROS, 2003). Nesse perodo diversasempresas construtoras investiram na modernizao dosmeios de produo, observando-se a crescente indus-trializao nos canteiros.

    De acordo com Oliveiraet al (1999) a introduo de

    uma grande variedade de materiais, ferramentas, equi-pamentos, tcnicas especiais, processos construtivos eadministrativos voltados construo civil, contribuin-do assim para a melhoria de vrios aspectos de organi-zao, que conduzem a uma maior qualidade, reduzindoo desperdcio, um dos grandes problemas enfrentados

    pelas empresas do setor.Em acrscimo destaca-se o fato que a utiliza-o destas inovaes aparece como uma importanteferramenta para que as construtoras obtenham van-tagens competitivas e diferenciao frente a seusconcorrentes, agregando tambm maior ecincia satividades de produo.

    A introduo e difuso de inovaes tecnolgicas na

    indstria da construo civil, para Aro e Amorim (2004),

    Technological innovation and modernization in the industry of the civil construction.

    Abstract:The technological transformations passed along its development, the section of constructions, while in-dustry, it is considered put back according to Farah (1988), maintaining the form of building since the beginning ofthe century. In Brazil the opening of the market in the beginning of the nineties contributed to the evolution of thesection of the construction in the measure in that it allowed to the building companies the import of products andtechnologies, second Martins e Barros (2003). In that period several building companies they invested in the mo-dernization of the production means, being observed the growing industrialization in the stonemasons. Now, it isobserved in agreement with Oliveira et al (1999) the introduction of a great variety of materials, tools, equipments,special techniques, constructive and administrative processes returned to the civil construction, contributing likethis to the improvement of several organization aspects that you/they drive to a larger quality, reducing the waste,

    one of the great problems faced by the companies of the section. Thinking of the technological innovations, now,we found available to the technical planners (architects and engineers), means of to count the subject of the costsbetter and to decrease the losses. The chain of vendors turns available elements that, added and well still elabo-rated in the project phase, they are of relevance for the constructive rationalization and, as consequence, for theimprovement of the quality.Keywords: Innovation, Modernization, Construction.

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    12 Cincia et Praxis v. 1, n. 2, (2008)

    so semelhantes a qualquer outro setor industrial. Noentanto, o setor da construo tem como peculiaridade aresistncia dos prossionais envolvidos em assumir osriscos da incerteza em mudar o seustatus quo.

    Esta resistncia, somada natureza multidisciplinarnos projetos que, s vezes signica o envolvimento devrias empresas, e a dependncia do setor quanto pes-quisa de novos materiais e equipamentos, faz com quea construo civil no se modernize no ritmo de outros

    setores produtivos.Pensando nas inovaes tecnolgicas, atualmen-

    te, encontramos disposio dos tcnicos projetistas(arquitetos e engenheiros), meios de equacionar melhora questo dos custos e diminuir as perdas. A cadeia defornecedores disponibiliza elementos que, somados ebem elaborados ainda na fase projetual, so de relevn-cia para a otimizao e racionalizao construtiva e,

    como conseqncia, para a melhoria da qualidade.

    HISTRICO DO PROCESSO DE INOVAO EMODERNIZAO TECNOLGICA

    A deciso pela implantao de novas tecnologias um processo por meio do qual um indivduo conheceuma inovao, forma a opinio de rejeitar ou adotaruma nova idia, e conrma esta deciso (TOLEDOet al, 1999). Este um processo marcado pelo convviocom a incerteza (TORNATZKY & FLEISCHER, 1990apudTOLEDO et al, 1999).

    Dentro deste contexto, Barros (1996) apudTanigutiet al (1998) dene inovao tecnolgica como sendo

    um aperfeioamento tecnolgico, resultado de ativida-des de pesquisa e desenvolvimento internas ou externas empresa, aplicado ao processo de produo do edifcioobjetivando a melhoria de desempenho, qualidade oucusto do edifcio ou de uma parte do mesmo; ou seja,somente ocorrer inovao tecnolgica no processo deproduo de edifcios quando uma mudana tecnolgi-

    ca for efetivamente inserida no processo de produo.As caractersticas da inovao em si tambm podem

    ser determinantes em uma srie de situaes chegando

    a inuenciar a adoo da mesma. Destacam-se aspectos

    como: vantagem relativa perante o procedimento tradi-cional, condies de observar a inovao em uso (sejaproduto, processo ou servio), complexidade, compati-bilidade e experimentao.

    Aps a deciso de adoo de uma determinada ino-vao, segue-se a etapa de implementao. O arranjoorganizacional resultante ser explicado pela interaodos seus trs elementos principais: a organizao, oumais especicamente as propriedades institucionais: osindivduos, agentes humanos responsveis pela decisoe pelos rumos da mudana e a tecnologia, cuja introdu-o tanto causa impacto quanto impactada pela orga-nizao e pelos indivduos.

    Este modelo baseia-se nas relaes acima citadas,e ainda em duas premissas bsicas: (1) A dualidade datecnologia: A tecnologia criada e alterada pela aohumana, tambm usada por indivduos para realizaralguma ao; (2) A exibilidade interpretativa: A tecno-logia interpretativamente exvel. Assim as interaesentre tecnologia e organizaes dependem dos indiv-duos e do contexto scio-histrico implicado no seu de-senvolvimento e uso. H que se considerar, tambm, adescontinuidade do tempo e do espao para a anlise dainter-relao entre a tecnologia e a organizao.

    Neste contexto, observam-se mudanas pouco ex-pressivas e uma evoluo muito lenta das tecnologias,

    dos processos construtivos e da gesto de organizaoda indstria da construo civil ao longo do tempo.

    As rpidas mudanas no quadro mundial da econo-mia e de todo um ambiente industrial provocado pelainovao tecnolgica, faz com que as empresas de di-versos setores e principalmente da construo civil, seadequassem a tais mudanas. A Figura 1, apresentada

    Figura 1 - Impactos ambientais sobre o processo de inovao (ARDITI, 1997 apudTOLEDO et al, 1999)

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    13Francklin Jr e Amaral 2008

    por Arditi et al (1997) apudToledo et al (1999) resumeos impactos do meio ambiente na estratgia das organi-zaes do setor da construo.

    INOVAO TECNOLGICA NA INDSTRIADA CONSTRUO CIVIL

    Segundo Aro e Amorim (2004), as mudanas scio-econmicas foram signicativas a partir do nal dadcada de 80 e zeram indstria da construo civilquestionar seu atraso tecnolgico e seu modo de agire pensar no processo de produo. O pas apresentanova estrutura no mbito social, com a promulgao doCdigo de Defesa do Consumidor, e o GovernoFederal lana polticas mais efetivas visando estabili-dade econmica.

    Neste contexto, segundo Santos e Farias Filho(1998), apudAro e Amorim (2004), a indstria da cons-

    truo civil (sub-setor edicaes) vive um momentode transio marcado por:

    Falta de um sistema contnuo e seguro de nan-ciamento para o sub-setor;Aumento das exigncias feitas pelos clientes;Descrdito com as empresas, frente aos aconte-cimentos atuais, tais como: (1) Falncia de em-presas e, respectivo descumprimento de contra-tos; (2) Baixa de qualidade das construes; (3)Demolies de vrios prdios, entre outros.Possibilidade de acrscimo da concorrncia de-vida entrada de empresas estrangeiras no sub-setor, entre outras.

    Por este motivo, a indstria da construo civilteve que se atentar a trs questes: a melhoria na qua -lidade dos produtos nais, a modernizao tecnolgica(racionalizao dos processos) e o desenvolvimentode inovaes tecnolgicas (desenvolvimento de novos

    produtos).Vrios fatores inuenciam no desenvolvimento e

    aplicao das inovaes tecnolgicas: o ambiente (a

    ESTUDOS REALIZADOS SOBRE INOVAOE MODERNIZAO TECNOLGICA NA

    INDSTRIA DA CONSTRUO CIVILA indstria da construo civil um verdadeiro ma-

    crocomplexo, onde Martucci (1990), apudTaniguti et

    al (1998) o subdivide em dois grandes setores: o setorde suporte s atividades produtivas e o setor de projeto,produo e montagem de produtos nais do setor daconstruo civil.

    O setor de suporte s atividades produtivas pode sersubdividido, em subsetor de materiais de construo e

    subsetor de produo de mquinas, equipamentos, fer-ramentas e instrumentos. J o setor de projeto, produoe montagem so subdivididos em: montagem industrial,

    construo pesada e edicaes (Figura 2).

    legislao, as exigncias dos consumidores, a culturalocal, a competitividade, etc.), a tecnologia (caracteri-zada pela dependncia de outros setores), a organizao(na qual se encontram empresas de diferentes portes e

    nveis de organizao) e o indivduo (responsvel pelodesenvolvimento e aplicao destas inovaes).

    Segundo Amorim (1999), apud Aro e Amorim

    (2004), as inovaes esto distribudas em trs nveis:nos produtos acabados da construo, nos produtos for-necidos para a construo e na organizao interna dasempresas do setor.

    Figura 2 - Diviso dos setores e subsetores da industria da construo civil (MARTUCCI, 1990, apudTANIGUTI et al, 1998).

    INDSTRIAS DE MATERIAIS, COMPONENTESE INDSTRIAS DE PRODUO DE EDIFCIOS

    Foi desenvolvido por Taniguti et al (1998) um tra-balho de campo envolvendo visitas em trs empresasfabricantes de insumos e equipamentos do ramo daconstruo civil e trs construtoras que utilizam dosprodutos fornecidos pelas mesmas, a m de confrontaras diversas caractersticas administrativas e organiza-

    cionais das empresas.Primeiramente foram visitadas por Taniguti et al

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    14 Cincia et Praxis v. 1, n. 2, (2008)

    (1998), trs empresas fabricantes de insumos e equipa-mentos (Tabela 1), onde so apresentadas as caracte-rsticas de cada um dos fabricantes estudados. Em se-guida a m de confrontar as informaes obtidas com

    os fabricantes, foram visitadas tambm trs empresasconstrutoras que utilizam pelo menos um dos produtosdos fabricantes acima. As caractersticas das construto-

    ras tambm esto apresentadas na Tabela 2.Aps anlise decorrente da pesquisa, Taniguti et al

    (1998) observaram e concluram que muitas construto-ras esto adquirindo os novos produtos e aplicando-osde maneira pontual, sem o enfoque sistmico dentro doprocesso de produo, o que no constitui uma inova-o tecnolgica.

    Ao mesmo tempo, os fabricantes, alm de muitasvezes possurem decincias quanto ao conhecimentotecnolgico de seus produtos, priorizam a atividade de

    comercializao, relegando a atividade de insero deseus produtos dentro do processo de produo a umsegundo plano.

    Percebe-se, dessa forma, a necessidade de mudan-a de postura tanto dos fabricantes como das empresasconstrutoras, para que a insero de um novo produtorealmente induza a um processo de inovao tecnol-gica.

    Tabela 1 Caractersticas dos fabricantes de insumos e equipamentos para a construocivil (TANIGUTI et al 1998)

    INOVAES TECNOLGICASSIMPLES EM OBRAS

    Pozzobon et al(2004), realizaram estudos sobre aevoluo da adoo de iniciativas de melhorias, mo-

    dicaes e inovaes tecnolgicas simples em obras.Entre estas, pode-se destacar a movimentao de ma-teriais, que passou de manual para mecanizada; uso deferramentas, mquinas e tcnicas especiais; mecanis-mos e iniciativas que reduzem a variabilidade (esqua-dros grandes, gabaritos para banheiros, cones remov-veis para tubulaes, nveis laser, contrapiso e emboo

    de teto zero); utilizao de elementos pr-fabricados ekits prontos; novos produtos para transporte de mate-riais; utilizao de equipes polivalentes; recursos paracomunicao interna; organizao do canteiro de obras;

    Benchmarking(modicaes e insero de novas tec-nologias).

    Sob a gide deste princpio, que busca diminuir apossibilidade de ocorrncia de erros na construo, ascomunicaes internas tm evoludo ao longo do tem-po, como mostra a pesquisa realizada por Mendes Jr. etal(2002), apudPozzobon et al(2004).

    USO DE CHECK-LISTSOBRE INOVAES EMODERNIZAO TECNOLGICA

    A pesquisa realizada por Oliveira et al (1999), partiude uma listagem de itens para avaliao de inovaes emcanteiros de obras com o objetivo de observar a evoluo

    da implantao dessas inovaes e de vericar a existn-cia de novas tecnologias ainda no identicadas. Foi ela-borado um check-list com 240 itens divididos em 6 gru-pos: apoio e dignicao da mo-de-obra; organizaodo canteiro; movimentao de materiais e deslocamentos

    internos; ferramentas, mquinas e tcnicas especiais; se-gurana do trabalho; e comunicaes internas.

    Nas visitas as obras eram vericadas a existncia ouno de cada item ou se o mesmo estava em implanta-o, as empresa construtoras eram de pequeno e mdioporte. A anlise dos resultados encontrados por Oliveiraet al(1999) foi dividida em duas partes: uma anlisemais geral comparando o desempenho de cada estado e

    o panorama geral encontrado, fazendo um paralelo como resultado de uma pesquisa anterior onde foi utiliza-da a mesma metodologia; e uma anlise mais detalha-

    da, comentando aspectos relevantes de alguns itens docheck-list. Na Tabela 4 apresenta-se os percentuais en-contrados para cada grupo de itens, divididos por esta-dos e com o total de todo pais.

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    15Francklin Jr e Amaral 2008

    Observando-se os dados levantados Oliveira et al

    (1999) constatam que os canteiros de obras de SantaCatarina apresentam um menor ndice de implantaode inovaes. J So Paulo e Sergipe apresentaramresultados de itens implantados sempre acima da m-dia nacional. So destacados os grupos de freqncia

    compostos por itens correspondentes aos resultados dapesquisa sobre movimentao de materiais e desloca-mentos internos no canteiro de obras (Figura 10), e uso

    de ferramentas, mquinas e tcnicas especiais (Figura11). Para cada um dos grupos, foram selecionados osprincipais itens do check-list e demonstrados nos dia-gramas de freqncia.

    O grupo, relativo s ferramentas, mquinas e tc-

    Tabela 2: Caractersticas das construtoras (TANIGUTIet al., 1998)

    nicas especiais, possui 15 itens, dos quais nenhum foiaplicado em 100% das obras. Na Figura 11 destacam-se15 ferramentas encontradas nos canteiros.

    Figura 3: Frequncia dos itens de movimentao de materiais e deslocamentos internos (OLIVEIRA et al., 1999)

    CONCLUSESO setor da construo civil considerado tecnolo-

    gicamente atrasado. Por outro lado, cada vez mais asempresas brasileiras esto introduzindo em seus cantei-ros inovaes tecnolgicas que aumentam sua produti-vidade, racionalizam processos construtivos, reduzemo consumo de materiais e agilizam o servio atravs de

    um melhor aproveitamento dos mesmos, alm de pro-mover a dignicao dos operrios com condies se-guras na realizao das atividades.

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    16 Cincia et Praxis v. 1, n. 2, (2008)

    O uso de novas tecnologias leva ao crescimento do

    setor como um todo pela industrializao dos meiosnecessrios a sua execuo. Por meio de ferramentase equipamentos apropriados s atividades, sejam elesde execuo do produto edifcio ou de carter adminis-trativo, como conseqncia tem-se um produto nal demelhor qualidade e a um menor custo.

    Figura 4: Frequncia dos itens de ferramentas, mquinas e tcnicas especiais (OLIVEIRA et al., 1999)

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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