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Infoletter Inf 4 u edição 3 Valinhos, 15 de maio de 2013 Social Business: A convergência que mudará o atual “way of life” de TI Nos últimos anos venho apresentando inumeras palestras sobre Cloud Comput- ing, Big Data, Mobilidade e Social Media. Embora muitas vezes estes temas sejam apresentados de forma independente, eles formam uma convergência de forças trans- formadoras que, na minha opinião, irão mudar de forma radical o atual “way of life” de TI. Os dispositivos móveis, impulsiona- dos pelo tsunami da consumerização serão a plataforma de acesso, onde volumes imensos de dados e processa- mento serão operados em nuvem, criando inumeras e inovadoras formas de conexões entre pessoas e empresas, gerando o que chamamos de social business. No ambiente doméstico já vivenciamos isso no nosso cotidiano. Por exemplo, posso armazenar uma informação, seja esta um texto ou uma foto, e acessa-la pelo meu smartphone, meu tablet, meu iPod e meu laptop. Onde estão estas infor- mações? Não estão no disco rigido do meu laptop, mas em uma nuvem. Este movimento vai, e, creio, rapidamente, também entrar no ambiente corporativo. As razões são muitas. Uma delas é que os usuarios domésticos, e principalmente a geração digital que está entrando no mercado de trabalho, já lidam com a tecnologia com muita intimidade. Além disso, a imensa complexidade da infraestrutura por trás de um contexto destes está mascarada para eles. Eles interagem com seus dispositivos móveis sem ter idéia da complexidade tecnológica que está na retaguarda. Por outro lado, nas corporações, muito da complexidade tecnológica está exposta aos seus usuários. Eles devem interagir com TI para obter novos serviços e serem autorizados a usar determinada tecnologia. As inter- faces dos sistemas e aplicativos são complexos e pouco intuitivos. Requisitar mais capacidade computacional é demo- rado, passa por um lento processo de aprovação e instalação de novos servi- dores e softwares. Claramente que existe uma diferença significativa e palpável entre a imensa facilidade com que a pessoa interage com a tecnologia em casa e como ele interage com ela no seu ambi- ente de trabalho nas empresas. Este descompasso cria uma pressão muito grande para a reformulação do atual cenário de TI. Mas, nas empresas, o acesso às informa- ções e recursos computacionais leva muito tempo. Os processos são demora- dos e muitas vezes burocráticos. A tecno- logia nem sempre é usada para transfor- mar processos, mas simplesmente automatiza-los. Não criam inovações no dia a dia dos funcionários e nas relações da empresa com seus clientes. A computação em nuvem é o elo de ligação entre as outras forças. É a base em que construiremos um novo modelo de aquisição e entrega de produtos e serviços de TI. Na verdade, TI tende a ser serviço por excelência. “TI-as-a-Service” será o modelo dominante, quem sabe, já no final desta década. Este cenário apresenta um grande desafio para as áreas de TI. O processo atual de identificar uma determinada tecnologia, instalá-la e ensiná-la aos usuarios cai por terra diante da consumerização. Esta permite que os usuarios escolham suas próprias tecnologias e aprendam a usa-las sozinhos ou com ajuda da sua rede social, sem interferencia dos fornecedores. A convergencia das forças, e principalmente a consumerização está deslocando o eixo de controle da TI para o usuario. Em tempo, consumerização é muito mais que BYOD (Bring Your Own Device), pois sua influência cria uma expectativa de experiências com a tecnologia que provoca disrupções na maneira como TI deverá ser usada nas empresas. BYOD é consequencia da consumerização e não sinônimo. Portanto, os setores de TI que continuarem sendo rigidos e inflexiveis diante destas mudanças correm o risco de se tornarem anacrônicos. TI não tem outra alternativa, a não ser se transformar. É verdade que as transforma- ções no setor de TI de uma empresa são tarefas complexas. Existem inumeros sistemas legados a serem mantidos e diversas gerações de tecnologias que interoperam entre si, mas é importante que o legado fique restrito apenas aos siste- mas e não ao mind-set. O que TI deve fazer? Redesenhar sua arquitetura para contemplar a convergência das quatro forças, que interagem entre si, impulsionando-se reciprocamente. Os dispositivos móveis são a plataforma de acesso e um impulsionador para as midias sociais. A informação passa a ser o contexto para a criação das conexões e o ambiente de cloud computing é a base computacional para suportar todo este cenário. fonte: Cezar Taurion

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Sua revista eletrônica com matérias de interesse para o desenvolvimento e futuro de sua empresa.

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Page 1: Infoletter 3 - Info4u

Infoletter Inf 4uedição 3

Valinhos, 15 de maio de 2013

Social Business: A convergência que mudará o atual “way of life” de TI

Nos últimos anos venho apresentando inumeras palestras sobre Cloud Comput-ing, Big Data, Mobilidade e Social Media. Embora muitas vezes estes temas sejam apresentados de forma independente, eles formam uma convergência de forças trans-formadoras que, na minha opinião, irão mudar de forma radical o atual “way of life” de TI. Os dispositivos móveis, impulsiona-dos pelo tsunami da consumerização serão a plataforma de acesso, onde volumes imensos de dados e processa-mento serão operados em nuvem, criando inumeras e inovadoras formas de conexões entre pessoas e empresas, gerando o que chamamos de social business.

No ambiente doméstico já vivenciamos isso no nosso cotidiano. Por exemplo, posso armazenar uma informação, seja esta um texto ou uma foto, e acessa-la pelo meu smartphone, meu tablet, meu iPod e meu laptop. Onde estão estas infor-mações? Não estão no disco rigido do meu laptop, mas em uma nuvem. Este movimento vai, e, creio, rapidamente, também entrar no ambiente corporativo.

As razões são muitas. Uma delas é que os usuarios domésticos, e principalmente a geração digital que está entrando no mercado de trabalho, já lidam com a tecnologia com muita intimidade.

Além disso, a imensa complexidade da infraestrutura por trás de um contexto destes está mascarada para eles. Eles interagem com seus dispositivos móveis sem ter idéia da complexidade tecnológica que está na retaguarda. Por outro lado, nas corporações, muito da complexidade tecnológica está exposta aos seus usuários. Eles devem interagir com TI para obter novos serviços e serem autorizados a usar determinada tecnologia. As inter-faces dos sistemas e aplicativos são complexos e pouco intuitivos. Requisitar mais capacidade computacional é demo-rado, passa por um lento processo de aprovação e instalação de novos servi-dores e softwares. Claramente que existe uma diferença significativa e palpável entre a imensa facilidade com que a pessoa interage com a tecnologia em casa e como ele interage com ela no seu ambi-ente de trabalho nas empresas. Este descompasso cria uma pressão muito grande para a reformulação do atual cenário de TI.

Mas, nas empresas, o acesso às informa-ções e recursos computacionais leva muito tempo. Os processos são demora-dos e muitas vezes burocráticos. A tecno-logia nem sempre é usada para transfor-mar processos, mas simplesmente automatiza-los. Não criam inovações no dia a dia dos funcionários e nas relações da empresa com seus clientes.

A computação em nuvem é o elo de ligação entre as outras forças. É a base em que construiremos um novo modelo de aquisição e entrega de produtos e serviços de TI. Na verdade, TI tende a ser serviço por excelência. “TI-as-a-Service” será o modelo dominante, quem sabe, já no final desta década.

Este cenário apresenta um grande desafio para as áreas de TI. O processo atual de identificar uma determinada tecnologia, instalá-la e ensiná-la aos usuarios cai por terra diante da consumerização. Esta permite que os usuarios escolham suas próprias tecnologias e aprendam a usa-las sozinhos ou com ajuda da sua rede social, sem interferencia dos fornecedores. A convergencia das forças, e principalmente a consumerização está deslocando o eixo de controle da TI para o usuario. Em tempo, consumerização é muito mais que BYOD (Bring Your Own Device), pois sua influência cria uma expectativa de experiências com a tecnologia que provoca disrupções na maneira como TI deverá ser usada nas empresas. BYOD é consequencia da consumerização e não sinônimo. Portanto, os setores de TI que continuarem sendo rigidos e inflexiveis diante destas mudanças correm o risco de se tornarem anacrônicos.

TI não tem outra alternativa, a não ser se transformar. É verdade que as transforma-ções no setor de TI de uma empresa são tarefas complexas. Existem inumeros sistemas legados a serem mantidos e diversas gerações de tecnologias que interoperam entre si, mas é importante que o legado fique restrito apenas aos siste-mas e não ao mind-set. O que TI deve fazer? Redesenhar sua arquitetura para contemplar a convergência das quatro forças, que interagem entre si, impulsionando-se reciprocamente. Os dispositivos móveis são a plataforma de acesso e um impulsionador para as midias sociais. A informação passa a ser o contexto para a criação das conexões e o ambiente de cloud computing é a base computacional para suportar todo este cenário.

fonte: Cezar Taurion

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Infoletter Inf 4uedição 3

Valinhos, 15 de maio de 2013

A preocupação das empresas de software com processos vem crescendo na última década. Até pouco tempo, contudo, o custo elevado tornava inviável o uso em larga escala do Capabitity Maturity Model Integration (CMMI), um modelo para avaliação da maturidade de processos de software. Em 2003, um estudo do M.I.T. evidenciou essa dificuldade, com o diagnóstico de que as empresas brasilei-ras acabavam optando pela certificação ISO 9000 – que não é específica para software –, por ser mais viável financeira-mente.

E foi essa dificuldade que levou a Associa-ção para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX), em uma reunião com representantes do governo, da indústria e da academia na Secretaria de Política de Informática (SEPIN) do MCT, em dezembro de 2003, a criar um modelo nacional de avaliação, o Programa de Melhoria do Processo de Software Brasileiro (MPS.BR). “O programa nasceu com duas metas. A primeira era técnica,visando à criação e ao aprimoramento dos modelos de referência, o MR-MPS, e de avaliação, MA-MPS”, explica o coordenador-executivo do MPS.BR, Kival Weber. “O segundo objetivo era a dissemi-nação do modelo no mercado, tanto em pequenas e médias quanto em grandesorganizações.

Mais empresas aderemÉ cada vez maior o número de empresas que se dão conta da necessidade de processos bem definidos para o sucesso da organização. O MPS.BR, por isso, vem ganhando importância. Hoje, são quase 300 organizações que aplicam sua metodologia. Destas, mais de 200 são

micro, pequenas e médias empresas. O crescimento do modelo nacional está diretamente ligado à redução de custos que ele proporciona. É o que afirma Hiraclis Nicolaidis, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto Omnis, ONGque atua em projetos de pesquisa, desen-volvimento e ensino junto a empresas de tecnologia.

Para o sucesso do projeto, contudo, um trabalho conjunto entre academia, indús-tria e governo foi fundamental. E, de acordo com a coordenadora técnica do modelo MPS, a professora Ana Regina Cavalcanti da Rocha (COPPE/UFRJ), esse pode ser considerado um dos melhores casos de cooperação da área da Computação. “O MPS já começou com a integração destas três esferas”, destacaAna Regina. “A colaboração foi bastante natural porque o grupo inicial do projeto envolveu profissionais das três esferas que já haviam trabalhado juntos no Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade (PBQP), do MCT, e no Simpósio Brasileiro de Qualidade de Software (SBQS), da SBC.

Capacitação que gera resultadosA implementação de um modelo de processos nem sempre é simples.

Além da necessidade de diagnóstico e mapeamento e da criação de um plano de ação, Edgy, da IVIA, aponta que também é necessário que se trabalhe a cultura orga-nizacional. “Algumas pessoas têm dificul-dade para trabalhar de forma processual. Logo, é importante que haja um trabalho interno, tanto com os funcionários quanto com a direção da empresa”, afirma. Hiraclis, da Omnis, concorda. E acres-centa: “Vencida a resistência inicial, o desafio passa a ser o de melhorar a produ-tividade sem abrir mão dos processos”.

Depois da avaliação MPS, o impacto é notório. “Na análise de variação de desem-penho, pesquisas anuais publicadas pela SOFTEX identificaram que asempresas tendem a apresentar melhorias significati-vas em relação a custos, prazos, produtivi-dade e qualidade”, observa Kival, coordenador-executivo do MPS.BR. Essa percepção também é sentida na indústria. Segundo Edgy, o modelo aumentou a competitividade das empresas de software, tanto no mercado interno quanto externo. “Nossa avaliação é muito positiva.

O modelo realmente viabilizou o uso de processos pelas indústrias de software nacional.”

Melhorias nos Processos

Em 2003, havia 214 empresas de software no Brasil com certi�cado ISO 9000, enquanto apenas 30 companhias

tinham avaliação CMMI publicadas – a maioria delas, �liais de empresas estrangeiras. Em novembro de 2010, atingiuse a signi�cativa marca de 250 avaliações MPS publicadas desde setembro de 2005.” Kival Weber, coordenador do executivo

do MPS.BR

fonte: Softex

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Infoletter Inf 4uedição 3

Valinhos, 15 de maio de 2013

Cloud computing obriga a lutar com três pontos fundamentais - estratégica, opera-cional e pessoas.

Governança:A computação em nuvem permite velocidade, agilidade e inovação. Você precisa passar da prancheta para a implantação. A sua organização está pronta para se adaptar?

Cloud Computing Environments:Você precisa escolher um ambiente de computação em nuvem que é certo para a sua organização. Se você considerar nuvem privada, nuvem pública ou uma solução de nuvem híbrida? Quais fornece-dores desempenhar neste espaço? Será que eles vão estar no negócio 12 meses a partir de agora?

Segurança e privacidade:Se alguém está executando seus computadores e software, você precisa de estratégias para ficar seguro. Sua política de segurança depende de quantas peças você controla - a mais você possui, mais você controle. Você está pronto para estender sua política de segurança da empresa para a nuvem?

A nuvem não significa só redução de custosAs empresas podem reduzir custos com a nuvem privada quando eliminam tarefas repetitivas para serviços padrão. Este tipo de Cloud Computing pode realocar recur-sos de maneira mais eficiente para atender aos requisitos organizacionais, reduzindo custos de capital para hard-ware. Mas, a nuvem privada requer inves-timentos em software de automação e a economia não deve justificar o custo. Os benefícios da automação e medição ligadas à sua utilização são a agilidade, a rapidez de comercialização, as habili-dades de dimensionamento de uma demanda dinâmica e de experimentação da unidade de negócios.

A nuvem privada não é apenas Infraestrutura como Serviço (IaaS)A virtualização de servidores é uma grande tendência e, portanto, um impor-tante elemento para a computação em nuvem privada. Porém, ela não se limita a IaaS. Por exemplo, com ofertas de desen-volvimento e testes permitindo uma Plata-forma como Serviço (PaaS) de alto nível, elas fazem mais sentido do que um simples serviço de máquinas virtuais. Hoje em dia, o IaaS é o segmento que mais cresce em Cloud Computing. Ele fornece o menor nível de recursos de Data Center em termos de facilidade de consumo e não muda a forma como a TI é feita. Os desen-volvedores usarão PaaS para criarem novas aplicações projetadas para a nuvem, que produzem novos serviços, diferenciando-se quando comparadas às antigas.

- Não é preciso investir em grandes máquinas e softwares, pois tudo estará online;

- Flexibilidade para aumentar ou diminuir sua estrutura tecnológica;

- É possível compartilhar documentos sem a necessidade de enviar e-mails com anexo a cada alteração;

- Mobilidade em poder acessar seus documentos de qualquer lugar, a qualquer momento, utilizando qualquer equipa-mento;

- Você só paga por recursos de tecnologia que efetivamente fizer uso, como uma conta de energia;

- Recursos tecnológicos avançados sempre disponíveis, sem necessidade de atualizações;

- Você tem acesso a padrões de tecnolo-gia abertos, não precisando ficar preso a produtos de proprietários;

- Pode trocar de fornecedor como quem troca de operadora;

- Custo da internet deve cair, já que devido ao fato de massas necessitarem de acesso;

- Preço de computadores tende a baixar e celulares devem oferecer cada vez mais a tecnologia em seus aparelhos, devido a mobilidade.

Cloud Computing - Desafios e Vantagens

Vantagens

Desafios

fonte: Gartner