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Ano X • nº 90 • jan/abr • 2016 Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas Indústria busca a saída

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A n o X • n º 9 0 • j a n / a b r • 2 0 1 6

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Indústria busca a saída

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Revista editada pelo Sistema FIEAM

DIRETOR DE COMUNICAÇÃO E MARKETING (DCM)Paulo Roberto Gomes Pereira

GERENTE DE COMUNICAÇÃOIdelzuita Araújo- MTE 049/AM

REDAÇÃOAdemar Medeiros- MTE 289/AMCristiane JardimEvelyn Lima - MTE 151/AMMario Freire - MTE 092/AM

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃOHerivaldo da Matta- MTE 111/AM

PUBLICIDADES Mary Martins e Andressa Sobreira

FOTOGRAFIASHeider Betcel e Divulgação

O conteúdo dos artigos e textos assinados é de inteira responsabilidade de seus autores.

Av. Joaquim Nabuco, 1919 - Centro CEP 69020-031 Manaus/AM Fone: (92) 3186-6576 Fax: (92) [email protected]@fieam.org.br

CapaAndrea Ribeiro

Resultados da Educação são destaque no balanço de 2015

A n o X • n º 9 0 • j a n / a b r • 2 0 1 6

Publicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Amazonas

Indústria busca a saída

Foto

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índice

Positivo aposta alto no Polo Industrial de Manaus

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editorialAntonio Carlos da Silva (Presidente do Sistema FIEAM)

A transformação do cenário atual em um que seja favorável ao desenvolvimento da economia local passa necessariamente pelo atendimento das prioridades do Polo Industrial de Manaus (PIM).

Em primeiro lugar, não basta um elenco de incentivos fiscais. O fortalecimento do modelo Zona Franca de Manaus depende de agenda que priorize o complexo problema da logística e dos modais de transporte, não só de cargas como também de passageiros.A precariedade da logística no Amazonas está diretamente ligada aos altos custos, lentidão e burocracia, escassez de pessoal para desembaraço de carga, ao demorado processo de internação e despacho de mercadorias, e à infraestrutura defasada e falta de investimento em melhorias e modernização.Todos esses fatores contribuem para a perda de competitividade dos nossos produtos.Precisamos modernizar e inovar não só a nossa indústria, mas também todo o sistema socioeconômico. Devemos pensar numa política industrial pró-competitiva para o Amazonas, que estimule o investimento modernizante, a inovação, a qualificação da mão de obra e o aprimoramento da qualidade de bens e serviços produzidos.Deve constar na agenda estratégica pró-competitividade o aumento significativo dos investimentos com pesquisa e desenvolvimento, tanto da parte do setor público como da iniciativa privada. Então que haja estímulo à associação entre as instituições de pesquisa, a indústria e o governo, por meio dos polos tecnológicos.Menos burocracia e maior agilidade na aprovação dos processos produtivos básicos, que se tornaram uma barreira para aprovação de novos projetos na Zona Franca de Manaus.É preciso que as propostas no grupo técnico interministerial de análise de PPBs, o GT-PPB, sempre sejam aprovadas por consenso e nunca por maioria, e devemos reivindicar a inclusão de um representante do governo do Amazonas e um da classe empresarial nas discussões das propostas de interesse da ZFM. A Zona Franca precisa manter diferencial tributário de atração de investimentos, na fabricação de produtos de alta tecnologia e seus componentes, bem como fortalecer a oferta de produtos regionais manufaturados de comprovada aceitação no mercado nacional e internacional.Mas a única estratégia, capaz de nos conduzir ao êxito, decorrerá da estreita colaboração entre a classe empresarial e o governo, que deverá ser capaz de consolidar o desejo de transformação em um projeto de modernização pró-competitiva do PIM e do parque produtivo do Amazonas, de forma realista e sem temor de enfrentar os árduos caminhos que devemos percorrer.

Devemos pensar numa política industrial pró-competitiva para o Amazonas, que estimule o investimento modernizante, a inovação, a qualificação da mão de obra e o aprimoramento da qualidade de bens e serviços produzidos.

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Tiragem desta edição: 2.000 exemplaresImpressão: Grafisa

12 Com novo presidente, Sinduscon-AM busca saída para crise no setor

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A queda de 35,75% no fa-turamento do Polo Indus-trial de Manaus em 2015, conforme resultado apre-

sentado pela Suframa, representou um recuo a patamares de oito anos atrás no desempenho da indústria amazo-nense. A avaliação é do presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, Antonio Silva, ao fazer um balanço das atividades da organização no ano passado. “Em 2007 tivemos o fa-turamento total do PIM superior a US$ 25 bilhões”, disse Silva, ao comparar o resultado de 2015 que não passou dos US$ 23,8 bilhões.

Silva disse que os números da eco-nomia amazonense no ano passado fo-ram piores do que estimavam os mais pessimistas, espraiando-se para vá-rios setores e fazendo crescer o endividamento das em-presas e das famílias. “A desaceleração da economia nesse ano nos atingiu gravemente, tra-zendo muitas di-ficuldades para o desenvolvimen-to da indústria e

de todos os segmentos produtivos do Amazonas”, disse.

Para Antonio Silva, é possível resu-mir o impacto provocado pela crise na atividade econômica do PIM na redu-ção do número de empregos: foram 20 mil a menos em 2015, uma queda de 17% na comparação com o ano passa-do. O contingente de mão de obra do Polo, de acordo com a Suframa foi, em média, de 87 mil vagas ocupadas.

Todo esse resultado, segundo Anto-nio Silva, acabou tendo reflexo negati-vo também nas receitas e fontes de re-cursos do Sistema FIEAM. “Mas nem por isso deixamos de cumprir com a nossa missão de minorar as dificuldades e colaborar com as tentativas de superá--las, incentivando a geração de mais

empregos, ofertando e estimulando a edu-

cação, a capacitação e o bem-estar dos trabalhadores da indústria, ofe-recendo a eles atendimento mé-

dico e odontológi-co”, disse.

(Continua na página 6)

2015

Desempenhodo PIM recuaoito anos, avalia FIEAM

A desaceleração da economia

nos atingiu gravemente, trazendo

muitas dificuldades para a indústria

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MP3, MP4 (121,98%)Blu-ray (disco) (23,79%)Condicionador de ar (14,05%)

R$ 2,04 bilhões(crescimento de 21,62% em relação a 2014

Produtos

Exportação

Emprego

Faturamento total

87.677(em dezembro de 2015)104.721(média mensal no ano)

R$ 78,4 bilhõesUS$ 23,8 bilhões

Fonte: SUFRAMA

Crescimento por Setor

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Todos os homens são mortais

Embora um pouco distante da meta para 2015, o Serviço Nacional de Apren-dizagem Industrial (SENAI Amazonas) recebeu cerca de 40 mil matrículas nos cursos profissionalizantes oferecidos em suas escolas de Manaus e agências de treinamento do interior (Iranduba, Co-ari, Itacoatiara e Parintins). Desse total, foram realizadas 11.314 matrículas no regime da gratuidade.

Outros números apresentados no balanço do Sistema FIEAM estão rela-cionados à formação profissional ofere-cida em localidades distantes dos gran-des centros da Amazônia, por meio das duas unidades móveis fluviais do SENAI, os barcos-escola Samaúma I e Samaú-ma II. Em 2015, a equipe do primeiro barco certificou 703 pessoas em Maca-

pá e Mazagão, dando continuidade à “Missão Amapá”, iniciada em outubro de 2013 e encerrada no final do ano passado. Em dezembro, o barco pionei-ro do SENAI Amazonas seguiu para San-tarém, no Estado do Pará, onde passará por serviços de manutenção.

Já o Samaúma II certificou 2.789 pes-soas nos municípios amazonenses de Tefé, Coari, Tapauá e Codajás. Juntos, os dois barcos ofereceram certificação a 3.492 pessoas ao longo desse ano. “Em 2016, a nossa perspectiva com o Samaúma II é atender moradores dos municípios de Nhamundá, Silves, Uru-cará e Maués, no Médio e Baixo Amazo-nas”, anunciou o presidente do Sistema FIEAM.

Para Antonio Silva, outro bom resulta-

do apresentado pelo SENAI, em 2015, foi na oferta de Serviços Tecnológicos e de Inovação, a segunda área de negócios em que a instituição atua. Até outubro, foram realizados 336 desses serviços, por meio dos quais, o SENAI estreita o relacionamento com o setor produtivo, atendendo à missão de promover a ino-vação e a transferência de tecnologias industriais para elevar a competitivida-de da indústria.

No geral, o SENAI contabilizou mais de 600 serviços técnicos especializados, consultorias tecnológicas e serviços em normas, legislação e metrologia. Pelo menos 220 empresas e pessoas físicas foram atendidas com a oferta de solu-ções de tecnologia e inovação no decor-rer do ano.

Na Educação, ‘Samaúmas’ fizeram a diferença

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Resultados 2015

As duas unidades móveis tiveram sua cota de participação no bom resultado da Educação do SENAI Amazonas, em 2015, com 3.492 pessoas certificadas em municípios amazonenses e amapaenses

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Em Tapauá (no alto, ao centro e à esquerda),

alunos do Samaúma II vão

de canoa às aulas; acima, o

Samaúma I, que se encontra em

revisão anual

Em 2016, a nossa

perspectiva é atender moradores de Nhamundá, Silves,

Urucará e Maués

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ISI Microeletrônicaem plena atividade

Resultados 2015

Um dos grandes destaques na atu-ação do SENAI, em 2015, na avalia-ção do presidente do Sistema FIEAM, foram os dois projetos selecionados, junto com outros 29 de todo o Brasil, no Edital SESI SENAI de Inovação. Os dois projetos do Amazonas estão or-çados em cerca de R$ 1 milhão cada e serão desenvolvidos em parceria pelo Instituto SENAI de Inovação (ISI Micro-eletrônica) e as empresas Pronatus do Amazonas e Amazon Biocare, com as contrapartidas do SENAI Nacional e outros regionais.

Mesmo não tendo sido inaugurado oficialmente, o ISI Microeletrônica en-trou em plena atividade ao longo do ano, com a execução de projetos, como o sensor nanoestruturado para identi-ficar o padrão químico do óleo de co-paíba, da parceria com a Pronatus, um sensor ótico de controle de movimen-to, e processos em back-end, utilizados em sistema Data Warehouse.

“Com o ISI Microeletrônica, vamos dar um incremento significativo na competitividade da nossa indústria, incorporando novos sensores com base microeletrônica em seus proces-sos produtivos”, afirmou Antonio Silva. A expectativa do presidente do Siste-ma FIEAM é começar em 2016 a cons-trução da sede do ISI, que funcionará numa área anexa ao Clube do Traba-lhador do Amazonas, no São José.

Segundo Silva, os recursos do ISI Microeletrônica, já disponibilizados pelo BNDES, somam R$ 29 milhões, di-vididos em R$ 11 milhões para a obra e R$ 18 milhões para aquisição de equi-pamentos.

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SESI e SENAI formam1ª turma do EBEP

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Em 2015, o SESI e o SENAI comemoraram a formatura da primeira turma do EBEP – modalidade de ensino básico (SESI), articu-lado ao ensino profissional (SENAI). A tur-ma de 46 alunos concluiu o ensino médio como a primeira turma do Sistema FIEAM em tempo integral. A aluna Beatriz Lima, 17 anos (foto) festejou o fato de ter completa-do essa primeira etapa da sua vida escolar no SESI, onde estudou desde a alfabetiza-ção. “Aqui, tive oportunidade de realizar so-nhos, de construir metas e cumpri-las, e de ser mais que uma simples estudante e me formar pronta para competir e ingressar na indústria”, disse a estudante.

Os alunos do EBEP também podem rece-ber curso de inglês intensivo a distância e presencial, por meio do programa Conexão Mundo. Com duração de 340 horas, o curso funciona como programa de intercâmbio de línguas com acompanhamento de mo-nitores americanos em plataforma virtual e em aulas presenciais. Parceria do SESI e SENAI com o US-Brazil Connect, o Conexão Mundo formou neste ano 38 alunos.

Para 2016, o EBEP tem como desafio atender cerca de 100 alunos no ensino médio ar-ticulado aos cursos técni-cos de administração e informática, além de oferecer acesso ao Conexão Mundo.

Na Educação Básica, o SESI ofereceu, em 2015, vagas para mais de 5 mil crianças e adolescentes nas três esco-las de Manaus, e nas escolas de

Itacoatiara, Iranduba e Parintins. De acordo com o balanço de 2015,

apresentado pelo presidente do Siste-ma FIEAM, Antonio Silva, o SESI exe-cutou 499 ações educativas ao longo do ano, por meio de cursos e palestras, 373 ‘in company’ (nas próprias indús-trias) e 126 em suas unidades, benefi-ciando 14.158 trabalhadores.

O ISI já tem recursos aprovados para construção da sede própria, no São José, mas já está em plena atividade, com vários projetos em andamento na área de Microeletrô-nica

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Resultados 2015

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O SESI realizou, em 2015, mais de 800 mil atendimentos para trabalhadores da indústria e comunidade, na área da Qualidade de Vida. Só na medicina assistencial, foram atendidas 218.633 pessoas, das quais 67.694 eram traba-lhadores de 190 empresas do segmento industrial.

Em 2015, a agenda de especialida-des médicas do SESI foi ampliada nas áreas de cardiologia, ortopedia, fisiote-rapia e ultrassonografia, além de con-tratadas novas especialidades, como neuropediatria, psiquiatria, pneumolo-gia, gastroenterologia, endocrinologia e psicologia.

O atendimento na Saúde Assisten-cial aos sábados, trouxe ganhos signifi-cativos para o SESI em 2015, com 5.173 atendimentos realizados. Essa é uma ação estratégica para ampliar a oferta de serviços ao trabalhador da indústria em horários alternativos. Na Odontolo-

gia, o SESI realizou 207.614 atendimen-tos para industriários e comunidade.

O Laboratório do SESISaúde inves-tiu na modernização de equipamentos, como o Aparelho de IONS SelectION+ e o Aparelho de Hematologia Mindray, ampliando a oferta de novos exames em análises clínicas. Com isso, o cresci-mento na produção do Laboratório foi de 42,72% em relação ao ano anterior.

Destaque também para a modali-dade do Raio X digital que está sendo realizada dentro do SESISAÚDE trazen-do maior comodidade aos clientes e um aumento de receita significativa nos quatro primeiros meses de atendimento.

Saúde e Segurança

Com as atividades de Saúde e Se-gurança no Trabalho (SST), o SESI aten-deu 118.784 trabalhadores ao longo de 2015. Só a campanha de vacinação

contra a gripe, desenvolvida, nesse ano, imunizou mais de 10 mil trabalhadores em 44 empresas. Outro destaque foi o investimento de R$ 90 mil na aquisição de equipamento portátil de ultrassono-grafia para atender o trabalhador no próprio local de trabalho. O equipamen-to permite realizar exames nas articula-ções, como punho, cotovelo, ombro e jo-elho, entre outras, e nas regiões pélvica, mama, abdome e tireóide.

Resultado excepcional

O SESI destaca no balanço de 2015, os resultados excepcionais do programa Ação Global, no município de Itacoatia-ra, a 277 quilômetros de Manaus: 61.753 atendimentos para 30 mil pessoas. Em 2016, o programa volta ao interior do Estado, desta vez, beneficiando a po-pulação de Presidente Figueiredo, a 107 quilômetros de Manaus.

Resultados/SESI

EDUCAÇÃO

Educação Básica5.701 matrículas

Educação de Jovens e Adultos (EJA) 3.392 certificados

Educação Continuada 14.168 certificados

QUALIDADE DE VIDA

Saúde Assistencial218.633 atendimentos

Saúde Ocupacional236.750 atendimentos

Odontologia207.614 atendimentos

Imunizações10 mil atendimentos

Ação Global(Itacoatiara)61.753 atendimentos

Vida Saudável110.469 atendimentos

Mais de 800 mil atendimentos

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Estágio, bolsas e novas plataformas

Em 2015, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) comemorou 45 anos de existência no Amazonas. No período, o grande destaque foram os 185.800 estagiários colocados no mercado de trabalho no Estado. Para atender às necessidades desse mercado, o IEL lançou em 2015, o projeto piloto da plataforma de provas on-line, utilizado no Processo Seletivo de Estagiários da Seduc para alocação em 12 municípios do Amazonas, com 2.500 inscritos.

O programa de estágio do IEL aten-deu, no ano passado, 353 empresas, nos segmentos da indústria, comércio, servi-ços e órgãos públicos, tendo cadastrado em seu banco de dados 54.467 candida-tos, encaminhado 7.678, e desenvolvido 5.479 contratos de estágio.

Em 2015, o IEL Amazonas também conseguiu aprovar 11 projetos e alocar

no mercado de trabalho 15 profissio-nais bolsistas, capacitando 30 tutores e bolsistas no Programa Inova Talentos, criado para estimular a inovação nas empresas, uma parceria do IEL Nacional e do Conselho Nacional de Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico (CNPq).

Em parceria com a Fapeam, o IEL ofereceu, com o Programa de Iniciação Científica e Tecnológica para Micro e Pequenas Empresas (Bitec), 70 bolsas de estudos. Já a Rede de Tecnologia (Retec) atendeu a 420 empresas no desenvolvi-mento de pesquisas.

Por meio do Programa de Apoio à Ges-tão de Negócios Inovadores (Pró-inovar), no âmbito do Pappe Integração, em par-ceria com a Finep e Fapeam, o IEL ofere-ceu a dez empresas, consultorias, treina-mentos, workshops, rodadas de crédito e negócios.

Rebeca França, participou da oficina Empreende-dor Juvenil, promovida pelo IEL Amazonas e que contou com a participação de 800 alunos do SENAI no Estado

No balanço do Sistema FIEAM, o presidente Antonio Silva destacou ainda o número recorde de organi-zações inscritas no Prêmio Qualida-de Amazonas: 60. O que, segundo ele, demonstra o crescimento da credibilidade do programa no Esta-do. Ao todo, 43 participantes foram agraciados com troféus e outras 15 receberam Menção Honrosa na Mostra de Gestão e Melhoria para a Qualidade.

Realizado pelo Departamento de Assistência à Média e Pequena Indús-tria (DAMPI), “o PQA é um indicador do nível de excelência das organiza-ções públicas e privadas”, disse An-tonio Silva. O programa existe desde 1991 no Estado.

Ao longo do ano, o DAMPI, realizou 121 eventos de treinamento, sendo 41 ‘in company’, 43 cursos em aber-to e oito do PQA, e 29 para o projeto PDA – Programa de Desenvolvimen-to Associativo.

Por meio do seu Centro Internacio-nal de Negócios, a FIEAM promoveu sensibilização de 55 empresas de vá-rios segmentos.

De acordo com Antonio Silva, o compromisso do Sistema FIEAM con-tinua em 2016, com a defesa e mo-dernização da indústria amazonen-se, intensificando o relacionamento institucional com os Poderes Legisla-tivo, Executivo e Judiciário, apoiado pelos 27 sindicatos patronais, “ver-dadeiros representantes do segmen-to industrial amazonense”.

PQA foi destaque na atuação do DAMPI

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Presidente eleito fala da crise que o segmento enfrenta com a diminuição das vendas e dos recursos para financiamento

Construção civil

Em busca da saída de emergência

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Queda nas vendas, devolu-ção de imóveis às incorpo-radoras, escassez de crédi-to e redução dos recursos

da caderneta de poupança para fi-nanciamentos imobiliários. Este é o cenário da construção civil no Ama-zonas e no Brasil neste início de 2016. De acordo com o presidente eleito do Sindicato da Indústria da Constru-ção Civil no Amazonas, (Sinduscon), Frank do Carmo Souza, o setor sofreu forte impacto negativo por causa da desaceleração dos investimentos públicos e da instabilidade econômi-ca no País. Ele ressalta que o crédito está restrito tanto para comprado-res quanto para construto-res, o que dificulta a pro-dutividade no setor da construção civil.

Eleito em de-zembro do ano passado, depois de participar como vice na di-retoria anterior, o novo presidente do Sinduscon diz que o setor espera

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uma rápida solução para a crise que o Brasil enfrenta, com a retomada do crescimento e o equilíbrio das contas públicas possibilitando a redução da inflação e novos investimentos (leia matéria sobre a posse no Sindus-con-AM na página 17).

Para Frank, as construtoras em crise têm que aumentar a produtivi-dade mas, para isso, têm que inves-tir em máquinas e processos inova-dores, além de melhorar a gestão, proporcionando mais agilidade ao trabalho com máquinas mecanizadas e projetos eletrônicos. “Toda obra tem um desperdício de 10%, mas a

implantação de tecnologias mais avançadas pode

reduzir esses custos”, disse o sindicalista.

Frank Sou-za disse que

a Indústria da Construção Civil tem

agenda positiva para melhorar a produtivida-

de por meio das parce-rias público-privadas, mais

Toda obra tem um

desperdício de 10%, mas a implantação de tecnologias avançadas

pode reduzir esses custos

atrativas, tanto com investimentos nacionais quanto internacionais, mo-dernização tributária, acompanha-da de incentivos para uma indústria sustentável, além de mais segurança regulatória, que é uma responsabi-lidade do Estado, e ainda viabilizar a simplificação e a agilização dos licenciamentos para os empreendi-mentos.

Planejamento

Engenheiro civil formado pela Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro, em 1980, e MBA em Merca-do de Capitais e em Varejo pela Fun-dação Getúlio Vargas, aos 57 anos, Frank do Carmo Souza diz que tem como metas para sua administração no Sinduscon-AM, a profissionaliza-ção do sindicato, planejamento es-tratégico, melhorias administrativas internas, fortalecimento das comis-sões que tratam das atividades meio e fim, e acompanhamento das ações em entidades, como Conselho Re-gional de Engenharia e Arquitetura (Crea), Superintendência do Trabalho e Emprego (SRTE), Instituto de Prote-

O presidente do Sinduscon-AM, Frank do Carmo Souza, eleito no final de 2015, avalia o mercado de Manaus e traça os planos para organizar o setor nos próximos três anos

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A cada ano atualizamos os

programas para agregar melhorias de acordo com

o cenário domercado

ção Ambiental do Amazonas (Ipaam), e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgãos que têm estreita relação com o sin-dicato, mas que não se comunicam entre si, o que, segundo ele, gera en-traves e atrasos nas licenças. Com a mudança, esses órgãos passariam a ter informações antecipadas sobre os empreendimentos, visando dar mais celeridade à aprovação dos projetos.

Frank citou a necessidade de se adequar as taxas de licenciamento a patamares compatíveis com os pro-jetos, e a busca de taxas reduzidas de financiamento com maior apro-ximação com os bancos e demais entidades financeiras. Ele disse que é preciso combater a burocracia, que representa 12% do custo final da obra, e definir parâmetros para o cálculo da outorga, além de estudo para que haja mais entendimento en-tre as entidades licenciadoras. Outra preocupação do dirigente sindical é alinhar as medidas do Plano Diretor de Manaus com as propostas do Sin-duscon, que tem assento no Conse-lho Municipal de Desenvolvimento Urbano de Manaus.

qual também é presidente. Trata-se do “Obra Segura”, que consiste em dar treinamento em segurança no trabalho para evitar acidentes nos canteiros de obra, além de realizar previamente um mapeamento de pontos que estão em desacordo com a obra e normas de trabalho. O resul-tado será entregue ao gestor do em-preendimento para corrigir as falhas, evitando dessa maneira a aplicação de multas nas vistorias do local. Frank ressalta que será uma ação preventi-va e que dará prêmios à empresa que apresentar o melhor desempenho, e também para o trabalhador “Des-taque do Ano”, que poderá receber como prêmio uma casa, tudo isso inserido na Responsabilidade Social Empresarial.

Segundo Frank Souza, o Seconci oferece outros benefícios ao traba-lhador, como atendimento médico, odontologia, psicologia, enferma-gem, audiometria, exames periódi-cos, eletrocardiograma, aferição da pressão arterial, exames laborato-riais, além de palestras sobre tabagis-mo, alcoolismo e câncer de próstata.

Uma das medidas para aquecer o mercado imobiliário, na avaliação do presidente do Sinduscon, Frank Sou-za, é continuar com feirões de imó-veis e com campanhas bem planeja-das para que o cliente receba mais e melhores informações. Ele diz que os feirões são importantes porque agre-gam em um mesmo local, empresas incorporadoras, bancos e corretores, o que facilita o acess o.

Frank disse que o Sinduscon tem um quadro de 120 associados de um universo de mais de mil empresas em atividades na construção civil, geran-do 66 mil empregos diretos. “O asso-ciado precisa ver as ações do sindi-cato para poder participar, mas hoje recebe vários benefícios, como asses-soria jurídica e técnica, além dos que convergem para cursos e treinamen-tos”, disse, ressaltando que pretende criar uma boa comunicação entre os associados, e que o fortalecimento vai trazer bons resultados.

Outra medida anunciada pelo di-rigente será viabilizada por meio do Serviço Social da Indústria da Cons-trução Civil (Seconci), entidade da

Mais segurança na obra

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Sindicato vai criar selo de qualidade A indústria da construção civil deve

lançar neste ano o projeto “Obra Legal”. O objetivo é corrigir erros do mercado, fortalecer empresas homologadas e tor-nar a obra segura e dentro do padrão arquitetônico e de normas reguladoras, atenta para que não esteja em área de preservação ambiental e tenha licenças concedidas por órgãos competentes. A obra que se enquadrar nesse perfil rece-berá um selo de qualidade.

Para o presidente do Sinduscon-AM, Frank Souza, Manaus não difere de ou-tras cidades nesse mercado, mas tem uma variação no valor dos terrenos, lo-calização e o tipo do produto, embora falte a logística para trazer material de acabamento e aço de outros estados.

De acordo com Frank, o preço do metro quadrado nacional médio é de R$ 5 mil, enquanto em Manaus é de R$ 4.500,00. Mas, segundo ele, o preço de-pende muito do produto, que pode ser de padrão econômico, médio ou alto, além do fator localização. “O Adria-nópolis, na zona Centro-Sul, concentra o valor mais alto do metro quadrado em Manaus, entre R$ 8 mil e R$ 9 mil; as outras áreas bem valorizadas são os bairros de Dom Pedro, Ponta Negra e Parque 10, devido à localização e boa

infraestrutura.Outro fator que di-

ferencia e pesa con-tra a cidade, se-gundo Souza, é o preço do cimen-to praticado no mercado local, bem acima do valor em outras cidades, o que, se-gundo ele, ajuda a elevar o custo final do empreendimento.

Segundo Frank Souza, o Plano Dire-tor de Manaus limitou a construção de empreendimentos de acordo com as re-giões da cidade - se é de baixa, média e máxima verticalização. Para o sindica-lista, a verticalização tem uma maior concentração de praticidades, e a ten-dência, segundo ele, é o surgimento de mais prédios, mesmo na região do Cen-tro por causa da estrutura para atender estudantes e outros segmentos. Mesmo o Centro Histórico ainda tem espaço para construir, segundo ele.

Frank explicou também que com a crise houve queda de desempenho na construção civil com os cortes nos programas ‘Minha Casa Minha Vida’

e de Aceleração do Crescimen to (PAC).

O mercado hoje, segundo ele, atua em duas frentes,

uma com o Minha Casa Minha Vida,

criado para atender uma determinada faixa

salarial - 1, 2 e 3 - especial-mente para o cidadão de

menor poder aquisitivo. Até o mês de junho deste ano, segundo

Frank Souza, pelo menos três mil uni-dades do Minha Casa Minha Vida 2, em Manaus, serão entregues. A outra fren-te em que o mercado atua, o privado, tem três mil unidades disponíveis, mas o déficit habitacional no Amazonas chega a 200 mil moradias. Ele afirma que o mercado se autorregula e o cidadão compra casa para uso pró-prio ou para investimento. Frank Souza diz que fal-tam grandes obras públi-cas no Amazonas, como a da duplicação da estrada Manaus-Manacapuru, a única em andamento atu-almente.

O Adrianópolis

concentra o valor mais alto do metro

quadrado em Manaus, entre R$ 8 mil e

R$ 9 mil

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Operacional

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ama-zonas, Antonio Silva, atendeu à solicitação do Sindicato da

Indústria da Construção Civil do Amazo-nas, o Sinduscon-AM, para criar a 12a Co-ordenadoria Operacional da FIEAM, a de Infraestrutura. O anúncio aconteceu em 3 de março, durante a posse do novo presi-dente do Sinduscon-AM, Frank Souza (Ieia matéria ao lado).

Antonio Silva reconheceu o papel da construção civil para diminuir as taxas de desemprego, especialmente em mo-mentos como o atual em que a economia como um todo não vai bem. “A construção civil é a área que mais tem capacidade de elevar a taxa de emprego, de produto e de renda, seja a curto ou médio prazo”, disse.

Em carta enviada em fevereiro à FIEAM, o então presidente eleito do Sinduscon--AM, Frank Souza, justifica o pedido dizen-do que os incentivos à construção civil são importantes para a economia, elevando o bem-estar da população, ofertando me-lhores condições de vida sobretudo com rendimentos melhores. “Grandes obras do setor da construção civil estimularam a economia brasileira nos últimos anos, sem falar que é um setor praticamente nacio-nalizado, o que significa que independe da situação da economia mundial, e tam-bém que seu crescimento não acarreta au-mento de gastos com importações para o país”, disse o sindicalista.

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FIEAM anuncia Coordenadoriade Infraestrutura

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Sinduscon propõe agenda

O presidente da FIEAM, Antonio Silva, acompanhou a posse de Frank Souza, o novo presidente do Sinduscon-AM, um dos 27 integrantes do Conselho de Representantes da Federação

O segmento da construção civil tem importância estratégi-ca, especialmente numa época de crise, para que a economia retome o caminho do crescimen-to. Foi nesse tom otimista que o presidente da FIEAM, Antonio Sil-va, saudou o novo presidente do Sindicato da Indústria da Cons-trução Civil do Estado do Ama-zonas, o empresário Frank Souza, na cerimônia de posse da direto-ria, em 3 de março, no Clube do Trabalhador do Amazonas.

“A capilaridade da constru-ção civil na economia é extensa e

demanda compras e serviços em mui-tas atividades, o

que gera um ci-clo virtuoso de c r e s c i m e n t o que precisamos

recuperar”, ex-plicou Silva, cha-

mando atenção para a capacidade do setor

de gerar emprego e renda, itens prioritários para o crescimento econômico do Brasil.

A agenda defendida pela nova diretoria do Sinduscon-AM abrange a retomada dos inves-timentos do programa “Minha Casa, Minha Vida”, e a indicação para que o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H) se torne um pré-requisito para participação nas licitações públicas, além da renovação e agregação de no-vas parcerias que contemplem maior acesso à educação, saúde e lazer ao trabalhador da cons-trução civil.

Antonio Silva colocou o Sis-tema FIEAM à disposição do Sin-duscon para contribuir com a defesa e busca de soluções para os desafios da indústria local da construção civil. O Sinduscon é um dos 27 sindicatos que com-põem o Conselho de Represen-tantes da FIEAM.

“Nossa entidade de classe que agrega o SENAI, SESI e IEL estará lado a lado do presidente do Sin-duscon e associados, cooperan-do nas ações de fortalecimento deste importante sindicato, que representa segmento primordial para a nossa economia”, declarou Antonio Silva.

Em número de associados, o Sinduscon-AM é um dos maio-res sindicatos filiados à FIEAM, constituído por 120 empresas. Embora tenha como associados pouco mais de 10% das empre-sas do ramo no Estado, o Sin-duscon-AM representa empresas que são responsáveis por 80% do volume de obras no Amazonas e empregam 66 mil trabalhadores diretamente e cerca de 190 mil indiretamente. Frank Souza, que substitui o empresário Eduardo Jorge Lopes, cumprirá seu man-dato até 2018, tendo como vice--presidente, o empresário Zaca-rias Bichara.

A capilaridade da

construção civil na economia é extensa, o

que gera um ciclo virtuoso de crescimento que

precisamos recuperar

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É hora de planejar o futuro imediatoZona Franca

A Infraestrutura logística da re-gião, envolvendo estradas, portos e hidrovias, além do excesso de burocracia no trato

com as empresas, são fatores que difi-cultam a vinda de novos investimentos para o Polo Industrial de Manaus (PIM).

A avaliação é do coordenador de Po-lítica Econômica e Desenvolvimento In-dustrial (CPDI) da Federação das Indús-trias do Estado do Amazonas (FIEAM), Raimundo Lopes Filho, durante o painel de debates “Zona Franca de Manaus: 2016-2036 – das perspectivas à concre-tude de ações” promovido pela Suframa.

Palestrante que abriu o primeiro pai-nel - “Plano Diretor industrial 2016-2036 e os cenários factíveis para a indústria no Amazonas” - Raimundo Lopes enume-rou entre os gargalos do modelo, o des-caso do governo com a infraestrutura, a falta de um porto público, as péssimas condições de tráfego na Rodovia BR-319 (Manaus-Porto Velho), além da ausência de sinalização nos rios que servem ao transporte de cargas no Amazonas.

Destacou, ainda, o excesso de buro-cracia. “Cada órgão que concede incen-tivos, como a Sudam e a Suframa, tem um processo diferente e específico na elaboração e acompanhamento de um projeto industrial. Por que não padro-nizar, unificar? Isso facilitaria a vida do investidor”, frisou. O palestrante tam-bém frisou a importância do PIM estar constantemente inserido no processo de renovação tecnológica. “As feiras de tendências mostram que a febre do mo-mento é o drone. Ou seja, o PIM deveria estar produzindo drones”, exemplificou.

Responsável pela palestra de abertu-ra do Painel, Raimundo Lopes explicou que a FIEAM realiza estudos para oferecer soluções e iniciativas que possam melho-

rar e garantir a sobrevivência do modelo Zona Franca de Manaus, como o que foi apresentado por ele na programação.

“Vemos neste momento oportuni-dade importante de garantir e preservar os insumos regionais que poderiam ser tratados de forma mais eficiente para atender a uma demanda que já existe. A exportação também é importante, mas vejo como um fator não muito fácil de se trabalhar, pois não é de curto prazo, dependendo de acordos internacionais e medidas que extrapolam a própria Zona Franca”, avaliou Lopes.

Ele apontou alternativas para con-tornar a crise econômica do Brasil que impacta diretamente o PIM, a exemplo do investimento em nova matriz econô-mica, a partir de matérias-primas como óleos vegetais, cana de açúcar, guaraná, mandioca, madeira, minerais, borracha e fibras vegetais.

Coordenado pelo economista Mau-ro Thury, o primeiro painel de discussão contou com a participação do presi-dente do Centro da Indústria do Es-tado do Amazonas (CIEAM), Wilson Périco, do economista José Laredo, como representante do Conselho Regional de Economia do Estado do Amazonas (Corecon-AM), do economista José Alberto da Costa Machado, e do se-cretário de Estado de Planejamento, De-senvolvimento, Ci-ência e Tecnologia (Seplancti), Thomaz Nogueira.

(Com informações da assessoria de Comuni-cação da Suframa).

As feiras de tendências

mostram que a febre do momento é o drone. Ou seja, o PIM deveria estar

produzindo drones.Raimundo Lopes

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É hora de planejar o futuro imediato Em busca de respostas e soluções

Participantes do primeiro

painel de debates sobre o

Plano Diretor Industrial

2016-2036, na sede da

Suframa

A superintendente da Zona Franca de Manaus, Rebecca Garcia, disse que a Suframa buscou, com o painel de de-bates, respostas e soluções para deixar o modelo mais fortalecido até 2036. “A indústria não faz nada sem se progra-mar para um cenário de, no mínimo, 20 anos. Assim, a Suframa também não pode pensar em planejamento com um horizonte de tempo menor”, disse Re-becca.

O evento, que fez parte da progra-mação do 49º aniversário da autarquia, foi dividido em duas temáticas de dis-cussão. Depois do industrial foi a vez do tema “Governança e desenvolvimento estratégico da Agricultura e Pecuária no Amazonas”, sob a coordenação do administrador e economista Evandro Brandão Barbosa. No painel, o vice-di-retor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Luiz Antonio Oli-veira, levantou a importância de se criar um polo de bioindústrias como estraté-gia de fortalecimento do modelo ZFM.

As feiras de tendências

mostram que a febre do momento é o drone. Ou seja, o PIM deveria estar

produzindo drones.Raimundo Lopes

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Medidas para acelerarrecuperação do PIM

Indústria

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Produtos fabricados na Zona Franca de Manaus não fazem parte dos itens de consumo em tempos de crise e o resultado é a queda no faturamento

D epois de amargar uma queda de 10,21% no faturamento de 2015, em comparação com o ano anterior, os seg-

mentos reunidos no Polo Industrial de Manaus (PIM) já não têm esperança de ver esse cenário mudar em 2016. A ex-pectativa, de acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Ma-naus (SINAEES), Wilson Buzato Périco, é de que a retomada do crescimento no PIM só ocorra a partir de 2017 ou 2018. “Isso se o governo anunciar medidas corretas para o país, visando melhorar a competitividade, a confiança e o cresci-mento da economia”, diz.

Périco, que também é presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), sugere algumas ações que podem ajudar na recupe-ração do crescimento do PIM, como o resgate dos direitos do modelo Zona Franca, celeridade nas aprovações dos processos produtivos básicos (PPB´s) e a busca de novas matrizes econômicas. Segundo ele, estas são as iniciativas que deveriam ser postas em prática de imediato.

“São medidas de extrema importân-cia para a manutenção e reação do PIM nos próximos anos. Os direitos da Zona Franca devem ser cumpridos, pois são constitucionais e atraem qualquer tipo de fabricante de produtos, com exce-ção de arma e munição, derivados do álcool, fumo e automóvel”, explica.

Em 2015, o segmento eletroeletrô-nico sofreu uma queda de 44% em seu faturamento, na comparação com o ano anterior. Ainda assim, respondeu por cerca de 30% do total faturado pelo PIM, com R$ 23,2 bilhões (ou US$ 7,05 bilhões). O setor, que reúne 109 das cerca de 500 empresas instaladas no PIM e responde por mais de 39 mil dos empregos gerados, foi responsável pra-ticamente pela metade do faturamento de 2014, o que o torna um bom termô-metro da movimentação gerada pelo modelo Zona Franca.

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Reflexo da crise que atingiu em cheio a indústria brasileira, em 2015 a queda no faturamento do PIM se deve em parte ao fato de que os bens de consumo fabricados em Manaus são, quase em sua totalidade, consumidos pelo mercado interno.

“Com o aumento do desemprego a população perde o poder de consumo e aqueles trabalhadores que estão no mercado ficam com medo de gastar e passam a comprar apenas produtos considerados de primeira necessida-de, sendo que os produtos fabricados aqui não fazem parte desta lista”, avalia o presidente do SINAEES. Segundo ele, por conta disso, houve queda tanto no faturamento das empresas quanto no nível de emprego.

Wilson Périco diz que os resultados do PIM seguem o ritmo da indústria do país, consequência da insegurança da classe empresarial e da sociedade dian-te do que vem acontecendo na política e na economia do Brasil. “O problema de confiança do país transformou-se nessa crise econômica e a expectativa de conter o avanço deste cenário de-pende do Governo com o anúncio e aprovação de medidas que resgatem a confiança perdida”, diz Périco.

Ano de cautela

O presidente do SINAEES avalia que a situação do setor eletroeletrô-nico vai se manter no ritmo atual. Os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e o aumento da temperatura climática no Brasil não devem contribuir muito para a recuperação do segmento em geral, muito menos para as vendas de televi-sores e condicionadores de ar.

O industrial lembra que a deman-da do mercado brasileiro em 2015 não correspondeu às expectativas do setor eletroeletrônico e a indústria chegou a estocar mais de 500 mil condicionado-res de ar no ano passado. Périco aposta que o aumento da energia elétrica será outro fator que não ajudará a retomada do polo eletroeletrônico em 2016.

“A energia vai impactar a socieda-

de e o PIM com o aumento do custo de vida da sociedade e da indústria. O cidadão que gastava R$ 100,00 de energia vai passar a gastar R$ 138,00. A conta de luz mais alta vai pesar no pro-cesso produtivo e na venda de produ-tos, pois aquelas pessoas que estavam pensando em comprar um ar-condicio-nado, vão deixar de usar este aparelho e voltar a usar o ventilador, sem contar que o produto vai ficar mais caro, pois a energia é importante para toda ativida-de industrial, mas para alguns segmen-tos é mais ainda, como no segmento de injeção plástica. A peça plástica vai ficar mais cara, gerando a elevação do preço de outros produtos que utili-zam componentes plásticos, dentre os quais, a maioria dos eletroeletrônicos”, explicou Wilson Périco.

Iniciativas ao nosso alcance

De acordo com Périco, paralelo às ações sugeridas para recuperar o crescimento do PIM, como a defesa dos direitos do modelo ZFM e maior celeridade na aprovação dos PPB´s, o potencial industrial da biodiversidade do Amazonas deve ser devidamente aproveitado. “Precisamos buscar seg-mentos inovadores para sair da depen-dência econômica do PIM. Temos que ir além dos muros da capital que hoje é responsável por 95% dos impostos estaduais arrecadados, e aproveitar as potencialidades dos 61 municípios no desenvolvimento de novas matrizes que nos tornarão independentes do PIM e de Brasília”, avalia.

Para o sindicalista, o governo fede-ral precisa equilibrar as contas públicas, mas, em vez de cortar despesas, o que faz são cortes no orça-mento, o que significa me-nos recursos para os ser-viços à população que já são ruins, como saúde, educação e infraestrutura, em vez de propor me-didas de corte de despesas”, disse.

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A expectativa de conter o avanço

deste cenário depende do Governo, com medidas que

resgatem a confiança perdida

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Apesar do cenário pessimista e do resultado negativo, em 2015 pelo menos 350 projetos industriais de instalação e de ampliação foram aprovados para o parque industrial amazonense, na soma das deliberações do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam) e do Conselho de Administração da Suframa (CAS). Esse resultado evidencia a consolidação do PIM e do modelo Zona Franca de Manaus, que encerraram o exercício com a credibilidade em alta e aparentemente imunes aos efeitos devastadores da crise no país.

Foram 155 projetos industriais aprovados pelo Codam, administrado pela Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti), com investimentos de R$ 4,7 bilhões e a promessa de gerar um total de 6.319 novos postos de trabalho nos próximos três anos. Já o conselho da Suframa aprovou 197 projetos durante o ano, com investimentos de US$ 1,1 bilhão e a geração de cerca de 3 mil novos empregos.

Entre os projetos aprovados no ano passado destacam-se os dois da Cal-Comp Indústria e Comércio de Eletrônicos e Informática, um para fabricar placas de circuito impresso, com investimento total de R$ 610 milhões e abertura de 529 postos de trabalho, e outro para fabricar dispositivos de armazenamento de dados à base de semicondutores, no primeiro projeto para formação de uma indústria do gênero no PIM, com investimentos de R$ 84,3 milhões e geração de 252 postos de trabalho.

(Com informações da Suframa e Seplancti).

PIM ganha projeto para semicondutores

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O Centro Internacional de Negó-cios do Amazonas (CIN-AM) vai estimular ainda mais, a partir deste ano, a competitivi-

dade e a inserção internacional de micro, pequenas e médias empresas do Estado, graças à parceria da Rede CIN com o go-verno federal no Plano Nacional da Cultu-ra Exportadora (PNCE), um programa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em colabo-ração com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A parceria foi sacramentada, no início deste ano, com a formação do comitê ges-tor do PNCE. Fazem parte do grupo, além da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas, a Suframa, Governo do Estado, por meio da Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Inovação (Seplancti), Federação da Agri-cultura e Pecuária do Estado do Amazo-nas, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Sebrae-AM, dentre outros.

Com essa nova perspectiva, o CIN-AM vai trabalhar na sensibilização e capacita-ção dos pequenos e médios empresários, mostrando os caminhos para superar as barreiras burocráticas e outras dificulda-des nos trâmites da exportação. A pro-posta do PNCE é aumentar o número de empresas exportadoras e, para isso, vai contar com a parceria de órgãos estaduais e municipais, e instituições do setor pri-vado ligadas ao segmento empresarial e comércio exterior.

O analista de comércio exterior do MDIC, Rafael Codeço, apresentou, em ja-neiro último, na primeira reunião do PNCE, em Manaus, as novas propostas de traba-lho do governo federal com as instituições parceiras do Plano. Além da criação do comitê gestor, foi indicada e confirmada a responsável pela área de comércio ex-

terior da Suframa, Sandra Almeida, como interlocutora estadual das demandas e ações do Plano.

Depois de criado o comitê, as próxi-mas etapas do plano de ação do PNCE no Amazonas envolvem cadastro de empre-sas, identificação de ações que podem ser desenvolvidas por cada integrante, cadas-tro das ações no Sistema do Plano, e pla-

nejamento das ações para este ano.No âmbito estadual, a FIEAM, por

meio do CIN, vai contribuir no processo de capacitação, treinamento, consultoria e promoção comercial à micro, pequena e média empresa com potencial e interes-sada em exportar seus produtos. Esse por-tfólio de serviços que será disponibilizado dentro da parceria do PNCE está integra-

Plano para incentivar a cultura exportadora PNCE

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do ao projeto Inserção Internacional Com-petitiva de Pequenos Negócios, o INSERI.

“O CIN disponibilizará todo o seu ‘know-how’ de mais de dez anos de traba-lho na internacionalização de empresas e exportação de produtos amazonenses”, disse o gerente executivo do CIN Ama-zonas, Marcelo Lima, ressaltando que o principal plano de ação da Rede CIN para

atender a demanda pro-posta pelo PNCE será de ampliar o INSERI.

O projeto, de 2015, é iniciativa da CNI e Sebrae Nacional, e direcionado a micro empreendedores indi-viduais, microempresas

O CIN vai disponibilizar

todo o seu ‘know how’ na

internacionalização de empresas

e empresas de pequeno porte com po-tencial para internacionalização. Em 2014, o CIN AM foi responsável por preparar, orientar e sensibilizar representantes de pequenos negócios em temas relevantes à inserção competitiva internacional.

O projeto atingiu mais de 50 empre-sas locais de diversos segmentos, disponi-bilizando 10 cursos e promovendo apro-ximadamente 120 horas de conteúdos transversais e específicos sobre competi-tividade, requisitos e padrões internacio-nais e potenciais do mercado exterior. As capacitações foram realizadas tanto de forma presencial, com consultores contra-tados pela Rede CIN, quanto on-line.

“Promovemos essas capacitações para os sete setores prioritários identi-ficados pela Rede CIN que incluem ali-mentos e bebidas, máquinas e equipa-mentos, químico e cosmético, borracha e plástico, madeira e móvel, têxtil e soft ware. Em 2016, vamos dar continuidade a capacitações e novas ações de estudos mercadológicos, missões prospectivas e missões comercias”, explicou Lima.

Para 2016, duas capacitações presen-ciais estão no plano de ação setorial, são elas: Negociações Internacionais e Plane-jamento Estratégico para Exportação.

Em eventos internacionais, além da participação nas missões comer-

ciais de Hanno-ver, em abril, na Alemanha, estavam pre-vistas a Expo-

min, em abril, no Chile, e mis-

são prospectiva em Cuba, programada para

novembro. (Leia mais nas páginas 26 e 27).

Plano para incentivar a cultura exportadora

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O mercado internacional é uma alterna-tiva para compensar a retração econômica que o Brasil vive, isso porque a desvaloriza-ção do real frente ao dólar favorece a expor-tação brasileira para países não apenas da América do Sul, mas também da América do Norte, Europa e Ásia. É nesse nicho de novos negócios que o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) quer investir, visando o aumento e a qualificação da base exportadora.

Por conta desse potencial pouco ex-plorado, o governo federal vem propondo inúmeras iniciativas para possibilitar o aumento da exportação nacional e maior participação dos produtos brasileiros no mercado internacional. Com essa intenção, o ministro Armando Monteiro, do MDIC, anunciou em dezembro a criação de um comitê gestor do Plano Nacional de Expor-tação (PNE) e um grupo de trabalho para incentivar a ampliação de exportações de produtos amazônicos e, também, estimular alternativas competitivas de produtos na-cionais para suprir a demanda do PIM.

Segundo o gerente executivo do CIN Amazonas, Marcelo Lima, mesmo diante da valorização do dólar, em 2015, que subiu 48,49% sobre o real, alcançando o maior patamar dos últimos 13 anos, a exportação foi tímida em decorrência da crise nos países vizinhos, incluindo a baixa das vendas para a Argentina.

Na perspectiva de exportação para 2016, Marcelo Lima destaca os mercados ainda promissores da Argentina, Chile, Co-lômbia, Estados Unidos e Peru. Os setores que devem continuar impulsionando a participação do Amazonas na exportação brasileira são os de alimentos e bebidas e de metal e mecânica.

De acordo com o analista Rafael Co-daço, a justificativa dos empresários brasi-leiros para a falta de interesse em exportar vai da dificuldade de acesso ao mercado internacional à falta de incentivo e informa-ção. Para atender a essa demanda, o PNCE

deverá trabalhar na sensi-bilização e capacitação dos pequenos e médios empresários, mostran-do os caminhos para superar as barreiras burocráticas e dificul-dades nos trâmites.

O CIN Amazonas participará do PNCE com a oferta de treinamentos, capa-citações e incentivo empresarial, na participação de feiras e missões prospecti-vas e comerciais internacionais. O gerente Marcelo Lima destacou que a Rede CIN já atua nos estados brasileiros com planos de ações voltados a disseminar a cultura exportadora e internacionalização de em-

presas, oportunizando ao empresário brasileiro o

acesso a capacitações que preparam empresa, produto e empresário para ingressar no mer-cado exterior.

“Em 2015, o CIN-AM promoveu a sensibilização

de 55 empresas dos setores de alimentos e bebidas, máquinas

e equipamentos, químico e cosmético, borracha e plástico, têxtil, software e madei-ra e móvel. Os empresários participaram de treinamentos e capacitações com o objetivo de apresentar aos compradores do comércio internacional produtos da biodiversidade da floresta amazônica”, explicou Marcelo Lima.

O gerente-executivo

do CIN Amazonas,

Marcelo Lima, diz

que a crise nos países

vizinhos inibiu as

exportações da Zona

Franca

Qualificação da base exportadora

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55 Número de empresas que

passaram por sensibilização do CIN/AM , em 2015, em

vários segmentos

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Acordo facilita atração de investimentos estrangeiros

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Co-mércio Exterior (MDIC) assinaram Acordo de Cooperação Técnica para consolidar o trabalho con-junto entre os setores privado e público na atração de investimen-tos estrangeiros.

A partir desse acordo, os Cen-tros Internacionais de Negócios (que compõem a Rede CIN), coor-denados pela CNI, e Rede Nacio-nal de Informações sobre Inves-timentos (RENAI), formada pelas secretariais estaduais de indústria e coordenada pelo MDIC, vão de-senvolver uma estratégia para impulsionar setores da economia com potencial para receber inves-timento estrangeiro direto (IED). Para a CNI, setores como indústria da construção, indústria extrativa

e o setor de alimentos e bebidas são prioritários para atração de IED no desenvolvimento da sua cadeia produtiva.

“Se tem alguma coisa que pode ajudar o país, é o comércio exterior. E a CNI tem trabalhado para facilitar os investimentos estrangeiros no Brasil e dos bra-sileiros lá fora. Esse acordo é mais uma ferramenta que poderemos utilizar para o desenvolvimento da indústria brasileira”, disse o presidente da CNI, Robson Braga, durante a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica. Para o ministro Armando Monteiro, do MDIC, a integração entre o setor público e o privado vai ampliar o intercâmbio de informações e a articulação de ações de facilita-ção de investimentos.

(Com informações da CNI).

Ministro Armando Monteiro, do MDIC,

Robson Braga,

presidente da CNI, e o vice da CNI

e presidente da FIEAM,

Antonio Silva, na

assinatura do Acordo em Brasília

Em 2012, a CNI desenvolveu um projeto com a Rede CIN, chamado Brazil for Business. O projeto ampliou a oferta de ser-viços que os Centros Interna-cionais de Negócios das Fede-rações Estaduais de Indústria e do Distrito Federal possuem para apoiar e atrair investido-res estrangeiros que tenham interesse nos estados brasilei-ros. O Brazil for Business está ativo em dez federações com mais de 300 projetos de inves-timentos sendo prospectados. Além do Amazonas, os estados atendidos são: Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.

Brazil for Business

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Tudo positivo eoperante no PIM

Indústria

A produção do segmento eletro-eletrônico, especialmente de bens de informática, no Polo Industrial de Manaus (PIM), ga-

nhou reforço com a entrada em operação da nova planta da Positivo Informática. A partir de agora, a empresa vai concentrar em Manaus toda sua produção de note-books, desktops e tablets das marcas Po-sitivo e VAIO.

O presidente da empresa, Hélio Ro-tenberg, revelou que o Grupo avaliou por oito anos o desempenho e as vantagens da fábrica no PIM. O resultado da ava-liação foi tão bom que o grupo decidiu trazer toda a linha de produção de com-putadores da empresa para Manaus. Com isso, teve que encerrar a produção nesse segmento em Curitiba, onde se encontra há 26 anos. Na capital paranaense ficará

concentrada apenas a produção de smar-tphones.

A inauguração da nova fábrica do PIM aconteceu em 21 de janeiro e contou com a presença do primeiro e do segun-do vice-presidentes da Federação das In-dústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), respectivamente, Moyses Israel e Nelson Azevedo, do governador José Melo, da superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, e do presidente do Centro da In-dústria do Estado do Amazonas (CIEAM), Wilson Périco.

Com a ampliação, a empresa terá capa-cidade para triplicar sua produção, saindo de 80 mil para 270 mil unidades por mês, entre desktops, notebooks, “all-in-one” (tu-do-em-um, computador completo agrega-do ao monitor) e monitores de LCD.

“Estamos trazendo para Manaus uma

indústria de 26 anos situada em Curiti-ba. Aqui teremos toda a produção de computadores, notebooks e desktop.s O modelo Zona Franca permanece compe-titivo e o negócio implantado está muito interessante”, disse.

Numa área total de 23,5 mil metros quadrados e 12,9 mil m2 de área constru-ída, a nova fábrica da Positivo, no Distrito Industrial, tem estrutura de segurança superior, com equipamentos de ponta, e de padrão internacional. “Começamos do zero e construímos uma fábrica como queríamos, usando o conhecimento que a Positivo já possui”, revela o diretor da planta de Manaus, Edson Toffoli, desta-cando que a ampliação das atividades no PIM no momento de crise foi um voto de confiança na Zona Franca e na economia brasileira. (Leia mais nas pág. 30 e 31).

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Presidente da Positivo Informática, Hélio Rotenberg, recebe o 1º vice-presidente da FIEAM, Moyses Israel; abaixo, governador José Melo e Rebecca Garcia descerram a placa de inauguração das novas instalações da fábrica no PIM

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Criada em 1989, a Positivo Informá-tica é, atualmente, a maior fabricante brasileira de computadores e ocupa a 10a posição entre as maiores do mundo. Em Manaus, onde se instalou em 2008, a em-presa gera 300 empregos diretos e outros 200 indiretos, e tem como carro-chefe a produção de notebooks com tela de 14 polegadas. Os produtos fabricados no PIM são destinados ao mercado interno.

“Ao transferir sua produção do Para-ná para o Amazonas, a Positivo demons-tra claramente que confia na competiti-cidade da Zona Franca de Manaus, e que vale a pena colocar sua empresa aqui”, disse a superintendente da Suframa, Re-becca Garcia, no discurso de inaugura-ção da fábrica.

Na avaliação do vice-presidente da FIEAM, Moyses Israel, o investimento da Positivo no PIM, mostra a visão de em-presários que fazem sua parte e impul-sionam o desenvolvimento da indústria e do país. “Agradecemos por essa con-fiança depositada em nossa atuação in-dustrial. Estaremos em nossa posição de luta agora e sempre ao lado da Positivo”, declarou Israel.

O governador José Melo disse que o investimento da empresa traduz a con-fiança do grupo empresarial na solidez da política industrial adotada no Estado. “A decisão da Positivo Informática em im-plantar uma nova planta industrial em Manaus mostra a credibilidade e a matu-ridade do nosso polo industrial como am-biente seguro para os investidores”, disse.

O presidente da empresa, Hélio Ro-tenberg, disse que, apesar da conjuntura econômica deste ano não ser favorável, não é hora de colocar o pé no freio. “A gente procura buscar todas as oportu-nidades que temos numa crise, pois não tem jeito, temos que continuar”, afirma. (Com assessorias).

Empresa é a maior do Brasil no segmento

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O vice-presidente da FIEAM, Nelson Azevedo (esquerda), com o governador José Melo e o presidente do CIEAM, Wilson Périco, na inauguração da nova planta da Positivo

Grupo consolida liderançaA origem do Grupo Positivo está

numa gráfica e num cursinho para ves-tibular, fundados em Curitiba, em 1972. Hoje presente em mais de 40 países com produtos e serviços desenvolvidos por suas empresas, o grupo consolida sua liderança em áreas como ensino, soluções educacionais, tecnologia, grá-fica, cultura e entretenimento.

Além de Manaus, a Positivo man-tém sua base em Curitiba, onde produz exclusivamente smartphones; duas fá-bricas na Argentina, uma em Buenos Aires e a outra na Terra do Fogo, e uma na capital da Ruanda, Kigali, na África. A empresa oferece atualmente cerca de 3,5 mil empregos em suas plantas em todo o mundo.

Os computadores e tablets são os carros-chefes da produção, mas a em-presa fabrica também softwares edu-cacionais, jogos eletrônicos, set-top

box para a televisão digital, celulares e smartphones.

Em Manaus, o presidente da empre-sa disse que a mão de obra que atua na Positivo e o ambiente de atração de in-vestimentos do modelo Zona Franca de Manaus deram à diretoria a certeza de que a capital amazonense é uma das melhores cidades para se fazer negó-cios na América Latina.

“A positivo já viveu várias crises, mas temos consciência de que não po-demos parar de investir. Estamos sem-pre pensando no futuro. Procuramos buscar todas as oportunidades que temos numa crise, pois temos que con-tinuar e seguir em frente. Fico olhando colegas de multinacionais tirando os pés do acelerador, mas nós somos bra-sileiros e vamos enfrentar essa crise de frente, pois o Brasil vai voltar a crescer”, disse Hélio Rotenberg.

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Positivo no PIMA Positivo Informática é o braço tecnológico doGrupo Positivo. O grupo surgiu em 1972, mas a empresa só foi criada em 1989.

A empresa se instalou no Polo Industrial de Manausem 2008. Vem apresentando desde 2010 projetos de ampliação e atualização de seus produtos. Em 2013, apresentou proposta de investimento de US$ 33.1 milhões para produzir telefone celular no PIM

Capacidade de produção atual:80 mil a 270 mil unidades/mês (notebook, desktop e tablet)

Mão de obra: 300 trabalhadores diretos, com promessa de gerar até 1.000 empregos no auge da produção total proposta

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Workshop

Legislação e qualidade da água mineral em debate

A inclusão do produto água mi-neral nos itens que compõem a cesta básica de alimentos, uma das reivindicações em nível

nacional da indústria de bebidas, esteve entre os principais temas discutidos no workshop promovido em Manaus pela Abinam (Associação Brasileira da Indús-tria de Águas Minerais), em 3 de março, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM).

Na prática, a mudança representa uma redução de 18% para 7% na alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os garrafões retornáveis de 10 e de 20 litros. “Já conseguimos a redução da alíquota nos estados de Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo”, disse o presidente da Abinam, o geólogo Carlos Alberto Lancia.

Alguns gargalos envolvendo a produção e venda de água mineral no Brasil, assim como a legislação que trata da água adicionada de sais e vitaminas, foram discutidos no evento. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral de Manaus, Luiz Carvalho Cruz, as demandas são antigas. Há 20 anos não há regulamentação das águas adicionadas de sais, e a atual legislação tem como base o Código

Lideranças nacionais e locais do setor discutem os gargalos na produção e venda do produto no país

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de Mineração, instituído pelo Decreto-Lei nº 7.841, de 8 de agosto de 1945, e atualizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 1995.

Lancia, que além da Abinam é presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Águas Minerais (Sindinam), apresentou no evento “a visão do comitê científico” da Abinam, segundo ele, sobre três temas - “Água adicionada de sais - 20 anos sem regulamentação”; “O pH da água - quebrando o mito”; “CFEM, novo marco regulatório”, além do uso de garrafões retornáveis (leia na página 34).

Segundo Lancia, a definição de água mineral, conforme se encontra no Código de 1945, é bem clara e continua atual. “São poucas coisas que eu mudaria hoje, como a ação medicamentosa atribuída ao produto, no documento, e que eu substituiria por ação funcional”, disse. Para o geólogo, não se pode dizer hoje qual é a melhor água mineral, pois vai depender do benefício que se quer com essa água. “Os diferentes minerais encontrados nela possuem propriedades funcionais, como mais quantidade de cálcio ou magnésio”, explicou. Segundo ele, é como se cada água tivesse sua própria impressão digital.

O presidente da Abinam lembrou que existe legislação para água mineral, mas não para a água adicionada de

sais, antes conhecida como agua mineralizada. “Não há exigência de controle de qualidade, por isso, os órgãos representantes do setor de águas minerais se mobilizaram em 2015 para que essas águas tenham uma regulamentação em prol da segurança do consumidor.

Para desvendar o mito do potencial hidrogênico (pH) da água, o geólogo esclareceu que o nível de pH não é pré-requisito para potabilidade, uma vez que águas ácidas ou alcalinas não representam riscos à saúde humana. Essa variação do pH depende da fonte

Produtores locais reunidos no workshop; na foto abaixo, a mesa composta por Carlos Lancia (esquerda), Fernando Burgos, do DNPM, Luiz Cruz e Carlos Pedroza, advogado da Abinam

onde foi captada, característica que também traz a diferenciação de sais minerais e oligoelementos da água. A diversidade de rochas por onde a água é filtrada torna cada água única com suas peculiaridades de níveis de pH e sais minerais.

Lancia explica que o nível de pH da água é exigido nos rótulos das embalagens e para a rede pública de distribuição, sendo esta na faixa de pH de 6 a 9.5, com a finalidade de tratá-la para usos operacionais e não de consumo. Os parâmetros de pH das concessionárias de distribuição de água são taxados para que a população possa usá-la, principalmente em limpeza, por isso a necessidade de seu tratamento passar pelas etapas de floculação, sedimentação e cloração, evitando que essa água manche roupas, entupam e corroam as tubulações da rede de distribuição.

O pH é representado por uma escala que mede o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade. A escala varia de 0 a 14, e indica a concentração de íons de hidrogênio (H+) solubilizado, sendo considerado ácido o mais próximo de 0, neutro, o mais próximo de 7, e alcalino, o mais próximo de 14.

“A faixa de pH exigida na rede pública não é aplicada à água mineral. O pH não é propriedade funcional e parâmetro de potabilidade, mas de controle, por isso ela precisa ter exigência mínima estabelecida para as concessionárias”, ressaltou Lancia.

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O presidente da Abinam e do Sin-dinam, Carlos Alberto Lancia, disse que o tema sobre os garrafões retor-náveis de uso exclusivo para água ganhou relevância pela questão do prazo de validade de três anos dos recipientes. Foi por conta dessa questão que o sindicato convocou os envasadores de água mineral lo-cal para o workshop.

A Norma Brasileira ABNT NBR – 14222, de 2013, apresenta os requi-sitos mínimos de desempenho para garrafões retornáveis de 10 e de 20 litros, de uso exclusivo para água mineral e potável de mesa às em-presas engarrafadoras que operam em sistema intercambiável.

Esse sistema utiliza embalagens retornáveis cujas características permitem seu intercâmbio e engar-rafamento por diferentes empresas. Sendo assim, os ciclos subsequentes de envase são realizados por outras engarrafadoras, e este garrafão pode ser trocado entre consumi-dores, distribuidores e empresas ao longo de sua vida útil. “Por este motivo é necessário que esses garra-fões apresentem uma padronização mínima em relação às dimensões

(altura e diâmetro), capacidade vo-lumétrica, formato e dimensões do gargalo”, disse.

Lancia lembrou que a reutiliza-ção é um sistema importante para o negócio, pois reduz os gastos, mas que o destino desses garrafões deve ser acompanhado devido aos im-pactos ambientais, o tempo de uso, não excedendo o prazo de três anos, e o seu estado para que o micro es-paço gerado a partir de arranhadu-ras, amassados ou qualquer outro defeito tornem-se propícios para alojamento de bactérias.

Tributação CFEM

O advogado da Abinam, Carlos Pedroza, discorreu sobre a carga tributária na exploração de água mineral estabelecida pela Constitui-ção de 1988. A compensação finan-ceira pela exploração de recursos minerais (CFEM) é uma tributação de 3% da alíquota sobre o valor do faturamento líquido, resultante da venda do produto mineral, obtido após a última etapa do processo de beneficiamento adotado e antes de sua transformação industrial.

Este imposto é devido aos Estados, Distrito Federal, aos municípios e aos órgãos da administração da União, como contraprestação pela utilização econômica dos recursos minerais em seus respectivos territórios.

A CFEM impacta a competitivida-de industrial mineral, inibindo maio-res investimentos nesta exploração onde o Brasil possui grande poten-cial. Atualmente, há mais de mil la-vras concedidas no país, atingindo a produção de água mineral de 7 bilhões de litros anuais, colocando o Brasil entre os maiores produtores mundiais.

Pedroza explicou a distribuição da arrecadação da CFEM, destinan-do 12% para a União, incluindo aí Departamento Nacional de Produ-ção Mineral (DNPM), Instituto Bra-sileiro do Meio Ambiente (Ibama), e Ministério da Ciência e Tecnologia), 23% para o Estado onde for extraí-da a substância mineral, 65% para o município produtor.

A proposta da Abinam é que o Código de Águas Minerais incorpo-re o novo marco regulatório da mi-neração que está em discussão no Congresso Nacional.

Padronização mínima dos garrafões

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Na Biblioteca,quem estuda passa

A Biblioteca Raimar Aguiar continua colecionando histórias de estudantes que vão ali em busca do grande

sonho da aprovação nos concorridos vestibulares

A estudante Beatriz Cáritas aproveitou ao máximo as horas de estudo na Biblioteca Raimar Aguiar e conseguiu aprovação em quatro vestibulares

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Nada dá mais satisfação ao empresário Moyses Israel que colher bons frutos com a Biblioteca Raimar Aguiar.

Idealizador e maior incentivador do es-paço, ele é o primeiro a “curtir” quando surge um novo grupo de usuários da biblioteca entre os estudantes apro-vados no vestibular. Como aconteceu, mais uma vez, neste ano.

Desta vez, 19 usuários da biblioteca, que funciona na sede do Sistema Fede-ração das Indústrias do Estado do Ama-zonas, estão entre os aprovados para a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade Federal do Amazo-nas (Ufam) e Instituto Federal de Edu-cação, Ciência e Tecnologia do Amazo-nas (Ifam), em cursos, como medicina, direito e engenharia.

Em março passado, ao receber al-guns dos novos calouros, na sede da biblioteca, Moyses Israel, atual 1º vice--presidente da Federação das Indús-trias do Estado do Amazonas (FIEAM), falou do quanto se sente gratificado pelo resultado que se reveste em mais um ponto positivo para a biblioteca.

“É reconfortante saber que a in-dústria pode contribuir para esses re-sultados e também que os leitores da ‘Raimar Aguiar’ possam conhecer um pouco do que fazem as instituições do Sistema FIEAM”, disse Moyses Israel.

Lugar ideal

Na contramão da falta de espaços públicos para leitura em Manaus, já há alguns anos a Biblioteca Raimar Aguiar tem-se revelado lugar ideal para estu-dantes que se preparam para o vestibu-lar e ingressam numa faculdade.

É o caso de Lailson Melgueira Na-varro, 20, 2º lugar no vestibular para o curso de medicina da UEA. “Foi aqui (na biblioteca) que obtive tranquilida-de e encontrei material para estudar e alcançar a sonhada vaga na universida-de”, disse Lailson.

Aprovada para os cursos de direito e engenharia integral, na UEA, de en-

genharia civil, no Ifam, e de história, na Ufam, Beatriz Cáritas Moreira, 18, revela que aproveitou a biblioteca ao máximo. “Aqui não temos chance de fa-zer barulho”, comenta. Para a nova uni-versitária, a biblioteca foi essencial aos estudos. “Só tenho a agradecer”, diz ela.

Para a estudante Thaís Amaral da Silva, 18, aprovada em quatro vesti-bulares - todos para engenharia, dois deles fora do Amazonas - a biblioteca é uma alternativa para quem não tem onde estudar. “Quando estudamos, não temos condições de comprar livros, e

aqui temos a oportunidade de sair com livros emprestados, facilidade que não tem em outro lugar”, destaca. Outro di-ferencial citado foi o funcionamento da biblioteca aos sábados. Thaís acabou optando por fazer engenharia química em Manaus, na UEA.

Além de Thaís, aprovada na Federal de Mato Grosso e na PUC de São Paulo, outros três candidatos passaram para medicina na Universidade Federal de Roraima.

Os 19 aprovados deste ano, assim como os dos anos anteriores, a maioria

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Na página oposta, sob a aprovação de Raimar Aguiar (no quadro), Moyses Israel cumprimenta Thaís da Silva, ao lado do assessor João Teixeira; acima, aprovados no vestibular; à direita, Israel, o vice-presidente da FIEAM, Aldimar Paes, João Teixeira e o diretor de Comunicação e Marketing do Sistema FIEAM, Paulo Pereira, com os calouros

na faixa dos 18 aos 21 anos, encontra-ram na biblioteca acesso facilitado aos livros e à internet, além de um agra-do que, para eles, fez muita diferença: água e cafezinho à vontade.

A Biblioteca Raimar Aguiar funciona há quase nove anos e conta com duas bibliotecárias, Selene Moreira e Ma-ria América Smith. Ocupa o 3º andar, numa área de 96 metros quadrados, do edifício ao lado da sede da FIEAM, na avenida Joaquim Nabuco, no Centro. O acervo reúne mais de cinco mil títulos bibliográficos, didáticos e técnicos.

A Biblioteca abre de segunda a sexta, de 8h às 19h, e aos sábados, das 8h às 12h, e está localizada no 3º andar do Edifício Raimar Aguiar, na Avenida Joaquim Nabuco, 1919, Centro (foto).O acervo de livros abrange mais de 40 áreas do conhecimento, além de revistas, jornais e produtos multimídias. A biblioteca também conta com oito cabines com acesso à internet para que os frequentadores consultem e tirem suas duvidas nos temas estudados.Para se cadastrar, os interessados devem apresentar uma foto, RG e comprovante de residência original. Mais informações pelo telefone (92) 3186-6599.

A Biblioteca

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FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO AMAZONAS - FIEAM

PresidenteAntonio Carlos da Silva

1º Vice-PresidenteMoyses Benarros Israel

2º Vice-PresidenteNelson Azevedo dos Santos

Vice-PresidentesTereza Cristina Calderaro CorrêaRoberto de Lima Caminha FilhoAldimar José Diger PaesWilson Luiz Buzato PéricoCarlos Alberto Rosas MonteiroEduardo Jorge de Oliveira LopesAmauri Carlos BlancoSócrates Bomfim NetoAgostinho de Oliveira Freitas JúniorAna Paula Franssinette Sarubi Perrone

1º SecretárioOrlando Gualberto Cidade Filho

2º SecretárioRoberto Benedito de Almeida

1º TesoureiroJonas Martins Neves

2º TesoureiroAugusto César Costa da Silva

DiretoresRenato de Paula SimõesSebastião Montefusco Cavalcante JúniorSebastião Nascimento GuerreiroLuiz Carvalho CruzMateus de Oliveira AraújoFrank BenzecryWilliams Teixeira BarbosaAntônio Julião de SousaSandro Augusto Lima dos SantosPaulo Shuiti TakeuchiFrancisco Ritta BernardinoJoaquim Auzier de AlmeidaMário Jorge Medeiros de MoraesGenoir PierosanJosé Miguel da Silva NasserPedro de Faria e Cunha MonteiroFrank Lopes Pereira

Conselho Fiscal/Titulares:José NasserCelso ZilvesCarlos Alberto Marques de Azevedo

SuplentesAlcy Hagge CavalcanteCarlos Alberto Souto Maior Conde

Delegados representantes junto ao Conselho da CNI/TitularesAntonio Carlos da SilvaMoyses Benarros Israel

SuplentesNelson Azevedo dos SantosCarlos Alberto Rosas Monteiro

Diretoria

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