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04 - Editorial Paulo Rocha06 - Foto da semana07 - Citações08 - Nacional14 - Internacional20 - Opinião: Miguel Oliveira Panão22 - Semana de... Octávio Carmo24 - Dossier Férias de Serviço

52 - App Pastoral54 - Estante56 - Por estes dias58 - Programação Religiosa59 - Minuto Positivo60 - Liturgia62 - Fátima 201766 - Fundação AIS68 - LusoFonias

Foto de capa: DRFoto da contracapa: DR

AGÊNCIA ECCLESIA Diretor: Paulo Rocha | Chefe de Redação: Octávio CarmoRedação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira,Luís Filipe Santos, Sónia NevesGrafismo: Manuel Costa | Secretariado: Ana GomesPropriedade: Secretariado Nacional das Comunicações Sociais Diretor: Padre Américo AguiarPessoa Coletiva nº 500966575, NIB: 0018 0000 10124457001 82.Redação e Administração: Quinta do Cabeço, Porta D1885-076 MOSCAVIDE.Tel.: 218855472; Fax: [email protected]; www.agencia.ecclesia.pt;

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Opinião

Cáritas ajudavítimas dosincêndios[ver+]

Viagem de paz àColômbia[ver+]

Férias ao serviçodo outro[ver+] Bento Oliveira | Miguel OliveiraPanão Paulo Rocha| Octávio Carmo| Manuel Barbosa | Paulo Aido | TonyNeves

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"Está a ser uma experiência incrível"

Paulo Rocha Agência ECCLESIA

Esta quarta-feira recebemos uma mensagem láem casa que dizia: “Vamos agora preparar ascoisas para o jantar, se conseguir já ligo! :)correu tudo bem hoje, está a ser uma experiênciaincrível”.Era o segundo dia de uma missão, numa regiãodo Alentejo, de um grupo de jovens de Lisboa.“Migrão” é o nome do projeto que leva uma dúziade jovens a Santiago do Cacém para umaexperiência que, pelo que se vê, “está a serincrível”.A mensagem chegou ao meu telemóvel porquefoi enviada pela minha filha. Não lhe pedi licençapara a divulgar; mas fi-lo porque revela a marcaque um projeto destes deixa na sua vida esobretudo porque essa não é uma experiênciaisolada, única, mas a de todas e todos os quedecidem tirar uma semana ou umas semanaspara uma experiência de missão, de contactocom outras comunidades, de aprendizagem comhistórias de vidas frágeis e sobretudo de ajuda aquem lá está e de enriquecimento a quem chegapor uns dias.A relevância de “campos de férias”, “fériasmissionárias”, “campos de trabalho”,“voluntariado missionário” e outras tantasdesignações que estes projetos possam ter nãoacontece por acaso. A possibilidade de relaçãoem novos ambientes oferece potencialidadesúnicas para evidenciar virtudes próprias ealheias; a oportunidade de ser útil a outros ou auma comunidade valoriza os dons de quem parteem missão; e a novidade de um

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um projeto missionário traduz-senão num degrau, mas num lanço deescadas da escalada da construçãoda personalidade e da maturidadeque se conquista passo-a-passo.Antes de todos estes aspetos, osprojetos que diferenciam férias demuitos jovens e adultos resultam dacapacidade de doação, dadisponibilidade para escutar eaprender com os outros e daintegração de todas as dimensõesda vida em dias de missão. Tambéme sobretudo a dimensão espiritual.O que exige planificação,profundidade, fé!O valor dos projetos de voluntariadomissionários não se refere apenas aquem neles participa! Delesdepende também a relevância dasinstituições que os promovem,sejam grupos, paróquias,congregações religiosas oumovimentos.A semana, a quinzena ou o mês demissão que acontece no Verãotraduz-se com frequência no pontoalto de um ano inteiro de atividadese, noutros casos, no lançamento deum novo ciclo pastoral ou educativo.É por isso que a educação nãoconsente um tempo de férias. Apausa das atividades letivas oucatequéticas nunca pode ser deretirada, porque é o tempoessencial

para o sucesso de 9 ou 10 mesesde aulas, sessões, encontros oulições. A realização de campos de trabalhoou férias missionárias desafia àdesinstalação dos que nelasparticipam e também das instituiçõesque as podem ou não promover. Nofim, todos dizem que foi uma“experiência incrível”. E só comestas aventuras é possível dizerdepois, ao longo de um novo anoletivo ou pastoral: “está a ser umaexperiência incrível”.

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Furacão Irma, de categoria 5 – o máximo na escala de intensidadedos furacões – está a caminho da Flórida depois de ter atingido as

Caraíbas, as ilhas Virgens britânicas e Porto Rico, obrigando àevacuação de populações, tendo destruído diversas localidades e

provocado, até ao momento, dez mortes.

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“Em alguns países, as famílias têm vergonha de ter umfamiliar deficiente e mantêm-no escondido. Noutros,eles são considerados inválidos e são marginalizados”,Izidine Hassane, diretor da «Sightsavers» emMoçambique, uma instituição de solidariedade doReino Unido que luta contra a cegueira e que recebeuo prémio António Champalimaud de Visão de 2017, inObservador, 05.09.2017 “Saber quanto custou a triste "novela" diária, emprime-time, das labaredas, é um imperativo deconsciência coletiva. A fatura seria tão impressionanteque talvez assustasse os eleitos e indignasse oseleitores ao ponto de constituir uma sonora campainhade alarme. Já se viu, e vai continuar a ver-se, que aépoca dos fogos é pasto de muita ideologia e intrigapartidária”, José Miguel Sardica, in Renascença,06.09.2017 Coreia do Norte está "na fase final de completar a suaforça nuclear", Kim Hyok-Chol, embaixador do paíscoreano em Madrid, in Diário de Notícias, 06.09.2017 “Os portugueses têm o direito de saber o que foi feitoao dinheiro que foram confiados s estas instituições.Isso eu não tenho dúvidas. O Estado tem o direito defiscalizar como garante do Estado de direito que temosde ser – pode ir aos bancos e ver os movimentos dascontas. Basta o poder judicial dar essa indicação. (…)O conselho de gestão do REVITA sabe o que é a açãoda Cáritas de Coimbra porque foi o próprio REVITAque sinalizou as casas atribuídas à Cáritas”, EugénioFonseca sobre o dinheiro dos fundos para ajudar aspopulações vítimas dos incêndios de PedrógãoGrande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos,in TSF, 06.09.2017

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Cáritas Diocesana de Coimbraapresentou projeto de reconstruçãototal de casas à população apósincêndios

A Cáritas Diocesana de Coimbra jáapresentou projetos de arquiteturapara reconstrução total aos

proprietários e utilizadores dashabitações danificadas peloincêndio que deflagrou em Pedrógão

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Grande, a 17 de junho.“O presidente da Cáritas Diocesanade Coimbra, padre Luís Costa,acompanhado de uma equipa dearquitetos, esteve no local dosincêndios da zona centro, paraapresentar individualmente e deforma detalhada cada projeto aosutilizadores finais”, refere a CáritasPortuguesa, numa informaçãodivulgada no Facebook,acompanhada por fotografias dolocal.Os responsáveis passaram por 12habitações, contando durante apróxima semana entregar osprojetos às restantes, num momentoem

que começaram “as intervençõesda maioria das habitações comreconstrução parcial.Prevê-se que na décima primeirasemana de Ação Cáritas sejamelaborados os cadernos deencargos e se inaugurem ospedidos de orçamento paraexecução das reconstruções totais.Registaram-se até ao final dasemana passada 55 748 produtosangariados; os bens entregues àsfamílias e pessoas vítimas dosincêndios ascende às 13 644unidades e os donativos emnumerário somam 1 780 588,20euros.

Aquando da abertura da conta solidária da Cáritas Portuguesa eantecipando, pela experiência do passado, que novas situações poderiamdeflagrar noutras zonas do país, a Cáritas Portuguesa, conscientemente,designou a sua conta solidária de “Cáritas, com Portugal, abraça vítimasdos incêndios”. Assim, os donativos depositados nesta conta podemlegalmente ser conduzidos para o auxílio a vítimas dos incêndios deMação, Oleiros, Vila de Rei, Vila Velha de Rodão, Abrantes e Gavião. Emdiálogo com as Câmaras Municipais respetivas, a Cáritas Diocesana dePortalegre-Castelo Branco assumiu o compromisso, neste momento, dereconstrução total de cinco casas, dez de reconstrução parcial e aaquisição de equipamento para duas empresas familiares. Destasnecessidades estão já executadas a aquisição de material para umaempresa e a reparação de curto impacto numa casa em Mação.

Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa

(CAIXA)Aquando da abertura da conta solidária da Cáritas Portuguesa e antecipando, pela

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Aquando da abertura da conta solidária da Cáritas Portuguesa e antecipando, pelaexperiência do passado, que novas situações poderiam deflagrar noutras zonas do país,a Cáritas Portuguesa, conscientemente, designou a sua conta solidária de “Cáritas, comPortugal, abraça vítimas dos incêndios”. Assim, os donativos depositados nesta contapodem legalmente ser conduzidos para o auxílio a vítimas dos incêndios de Mação,Oleiros, Vila de Rei, Vila Velha de Rodão, Abrantes e Gavião. Em diálogo com asCâmaras Municipais respetivas, a Cáritas Diocesana de Portalegre-Castelo Brancoassumiu o compromisso, neste momento, de reconstrução total de cinco casas, dez dereconstrução parcial e a aquisição de equipamento para duas empresas familiares.Destas necessidades estão já executadas a aquisição de material para uma empresa ea reparação de curto impacto numa casa em Mação.

Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa

Renovamento Carismático em festacom desafios de futuroO cardeal-patriarca de Lisboaparticipou no encontrocomemorativo dos 40 anos doRenovamento Carismático Católico(RCC) em Portugal, que decorreuem Fátima, e deixou desafios aomovimento eclesial no “serviço àIgreja e ao mundo”. “Quem vive doEspírito serve os irmãos. Coincidedesse modo com o próprio serviçode Deus, que sempre cria e recriaespiritualmente as coisas”, disse D.Manuel Clemente, presidente daConferência Episcopal Portuguesa(CEP), no discurso que proferiu aosparticipantes no evento, quedecorreu entre sábado e domingo.O cardeal-patriarca sublinhou queos cristãos e os membros do RCCem particular devem ser “osprimeiros” no acolhimentointerpessoal, “os primeiros naverdadeira escuta do outro, osprimeiros na integração ourecuperação de quem quer queseja”.O 40.º aniversário da presença doRCC em Portugal celebrou-se com otema ‘Cada um recebe o dom demanifestar o Espírito Santo parautilidade de todos’.D. Joaquim Mendes, bispo auxiliarde Lisboa e presidente da ComissãoEpiscopal do Laicado e Família(CELF),

refletiu sobre o tema ‘RCC - quelugar na vida da Igreja de hoje?’,desafiando os participantes apromover uma “alegria missionária”na Igreja.“Comemoramos 50 anos do RCC,uma «corrente de graça» quechegou há 40 anos a Portugal e quenão pode estagnar. É um dom doEspirito para a renovação da vidacristã e da Igreja”, disse.“Os membros do RCCC sãomembros da Igreja, membros vivos,não mortos, de quem se espera umtestemunho cristão forte,interpelativo, transformador”,sublinhou o presidente da ComissãoEpiscopal do Laicado e Família.Ralph Martin, presidente dos‘Ministérios do Renovamento’(organização sem fins lucrativosdedicada à renovação eevangelização católicas) e diretorfundador do International CatholicCharismatic Renewal Office, sediadoem Roma, fez duas intervenções.

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Escrita criativa e partilha deconteúdos no centro das Jornadas deComunicação SocialO Secretariado Nacional dasComunicações Sociais vai promoveras Jornadas Nacionais deComunicação Social nos dias 28 e29 de setembro, com formaçãoprática sobre “criatividade naprodução de conteúdos” eferramentas de partilha deinformação.A iniciativa vai decorrer em Lisboa,no Auditório da RenascençaMultimédia, junto à nova sede daConferência Episcopal Portuguesa,na Quinta do Bom Pastor, Benfica.Numa carta enviada aos órgãos decomunicação social, o presidente daComissão Episcopal da Cultura,Bens Culturais e ComunicaçõesSociais referiu que, “mais do quecumprir um compromisso docalendário”, o secretariado quepromove e organiza estas jornadasquer que sejam uma “partilha decompetências”.“Propomos umas Jornadas deComunicação Social essencialmentepráticas, onde o uso do Twitter,Facebook, Instagram, WhatsApp eoutras redes sejam o ambienteinformativo e comunicativo”, afirmaD. João Lavrador.“Atualmente a comunicação é maisuma ocasião de partilha do que dedifusão, onde as redes sociais

adquiriram um papel central, a exigiro seu uso de acordo com asestruturas de cada uma e ospúblicos a que queremos chegar”,acrescenta o bispo de Angra.Na carta enviada aos órgãos decomunicação social, D. JoãoLavrador refere ainda que oSecretariado Nacional deComunicações Sociais vai promover,no decorrer das jornadas, a “MostraMultimédia, este ano “destinadaexclusivamente a projetos queestejam relacionados com o uso dasredes sociais”.A inscrição nas jornadas e a reservade alojamento e refeições pode serfeita no site da iniciativa,www.ecclesia.pt/jornadas2017, ondese disponibilizam o programa dostrabalhos e outras informações.

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A Agência ECCLESIA escolhe sete acontecimentos que marcaram aatualidade eclesial portuguesa nos últimos dias, sempre atualizadosem www.agencia.ecclesia.pt

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Leigos para o Desenvolvimento enviam 14 voluntários para África

Lamego celebra festas em honra de Nossa Senhora dos Remédios

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Francisco na Colômbia em viagempela paz

O Papa chegou está na Colômbiapara uma visita de cinco dias, tendochegado à zona área militar(CATAM) do Aeroporto de Bogotá 20minutos antes do horário previsto,apesar das dificuldades provocadaspelo furacão Irma. Milhares depessoas esperavam a chegada deFrancisco ao local e vários outrosmilhares acompanharam o percursode cerca de uma hora

até à Nunciatura Apostólica (SantaSé), onde o Papa fica hospedadoaté domingo, na capital colombiana.O Papa foi recebido pelo presidenteda Colômbia, Juan Manuel Santos,prémio Nobel da Paz, acompanhadopela primeira-dama, MaríaClemencia Rodríguez, ecumprimentou os responsáveispolíticos presentes no aeroporto,além de ter saudado

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várias crianças, que lhe entregarampresentes.Após a cerimónia de boas-vindas,com cerca de 20 minutos e semdiscursos, Francisco subiu aopapamóvel, para percorrer cerca de15 quilómetros nos quais se estimaque tenham marcado presença maisde meio milhão de pessoas.Já na Nunciatura Apostólica, o Papapediu aos colombianos que "não sedeixem enganar" e mantenham osorriso, desafiando os jovens a nãoperderem a esperança e a alegria.Ao deixar Roma, o primeiro pontíficesul-americano disse levar uma“mensagem de esperança” para umpaís que procura a paz após maisde 50 anos de guerra civil.Francisco explicou os objetivos dasua visita ao território colombianono tradicional telegrama aopresidente da Itália, SergioMattarella, assinalando que quer“apoiar a missão da Igreja local elevar uma mensagem de paz àColômbia”.O Papa recorreu à sua conta‘@pontifex’ na rede social Twitterpara se dirigir aos seus seguidores:“Caros amigos, por favor rezem pormim e

por toda a Colômbia, aonde irei parauma viagem no marco dareconciliação e da paz”.Antes de deixar a Casa de SantaMarta, no Vaticano, o Papacumprimentou duas famílias, cujascasas forma atingidas por umincêndio na zona de PonteMammolo, Roma, e que estão a serajudadas pela Esmolaria Pontifícia,da Santa Sé.Na tarde de terça-feira, o PapaFrancisco dirigiu-se à Basílica SantaMaria Maior, onde rezou diante doícone da 'Salus Popoli Romani',"confiando a Virgem Maria o bomêxito de sua viagem", informou aRádio Vaticano.A 20ª viagem internacional dopontificado inclui celebraçõesreligiosas e encontros comresponsáveis políticos da Colômbiana capital Bogotá e nas cidades deVillavicêncio, Medellín e Cartagena.Francisco é o terceiro Papa a visitareste país, que já recebeu o BeatoPaulo VI (1968) e São João Paulo II(1986).

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Papa apela à concórdia emmensagem ao presidente NicolásMaduro

O Papa enviou uma mensagem aopresidente da Venezuela, NicolásMaduro, apelando à “concórdia” nopaís, afetado por uma crise políticae económica. “Rezo para que todosno país possam promover caminhosde solidariedade, justiça econcórdia”, refere Francisco, numtelegrama enviado ao sobrevoar oterritório venezuelano, rumo àColômbia.A mensagem deixa ainda saudaçõesao povo da Venezuela, sobre o qualinvoca “a bênçãos divina da paz”.A 20ª viagem internacional dopontificado, que decorre atésegunda-feira, é acompanhada pormais de 70 jornalistas a bordo dovoo papal.Francisco falou aos profissionaisdos meios de comunicação social,referindo que esta é "uma viagem

para ajudar a Colômbia aprosseguir no seu caminho de paz"."Também sobrevoaremos aVenezuela: peço-vos uma oraçãopela Venezuela, para que possaexistir o diálogo e o país possaencontrar uma boa estabilidade,através do diálogo com todos.Obrigado pelo vosso trabalho”,acrescentou.A viagem à Colômbia prevê 13intervenções do Papa, incluindoencontros com autoridades civis ereligiosas, além de um grandeencontro de oração pelareconciliação e das beatificações deD. Jesús Emilio Jaramillo Monsalve,bispo colombiano assassinado porguerrilheiros em outubro de 1989, edo padre Pedro Maria RamírezRamos, morto a 10 de abril de 1948.

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Papa alerta para tentação devingançaapós décadas de conflitoO Papa Francisco alertou naColômbia para a “tentação devingança” que pode existir no país,após décadas de conflito. “Que esteesforço [de paz] nos faça esquivarde qualquer tentação de vingança ebusca de interesses apenasparticulares e de curto prazo”,assinalou, no seu primeiro discursooficial em território colombiano,onde chegou esta quarta-feira.Francisco falava perante opresidente da Colômbia, JuanManuel Santos, membros doGoverno e do Corpo Diplomático, nopalácio presidencial de Bogotá(Casa de Nariño). “Este encontro dá-me oportunidadede vos manifestar o meu apreçopelos esforços feitos, durante osúltimos decénios, para pôr termo àviolência armada e encontrarcaminhos de reconciliação”, disse.Após a tradicional execução doshinos, com honras militares, oprimeiro pontífice sul-americano dahistória da Igreja, acompanhadopelo presidente e a primeira-damada Colômbia, cumprimentou e beijouvárias crianças com deficiência queo esperança na praça de armas daCasa de Nariño.Juan Manuel Santos e o Papa

acenderam uma “chama eterna”,como símbolo de esperança e depaz, sob os aplausos dos presentes.Dezenas de crianças, vestidas debranco e com um lenço branco namão, abraçaram-se depois aFrancisco, que recebeu presentes,abençoou um terço e beijou váriasdelas.O Papa falou aos representantes dasociedade civil dos progressosrealizados nos últimos meses, quepermitem fazer crescer a esperança,“na convicção de que a busca dapaz é uma obra sempre em aberto”.A intervenção convidou todos osmembros da sociedade colombianaa favorecer a “cultura do encontro”,com respeito pela dignidadehumana e o bem comum, nummomento “particularmenteimportante” da história do país.

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Livro-entrevista de sociólogo francês com retrato inédito do Papa publicadoem França

Papa solidário com vítimas das cheias nos EUA

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Exame de consciênciainclui o cuidado da casa comum?

Miguel Oliveira Panão Professor Universitário Professor| Blog | Autor

Com a sua Carta Encíclica Laudato Si’, o PapaFrancisco alargou o olhar de todo o cristão paraincluir o mundo natural, o planeta que nos acolhee do qual fazemos parte, de modo a que o nossoestilo de vida ecológico seja expressão daprofundidade da nossa união com Deus. Istodeve-se em parte pela experiência que fazemosda presença de Deus através da natureza.Assim, no dia 1 de setembro de 2016, o Papadirigiu uma mensagem especial por ocasião doDia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação.Nessa mensagem, o Papa apela:- ao reconhecimento de que somos crentes quecontemplam o mundo a partir de dentro;- e ao reconhecimento dos nossos pecados paracom a criação.Logo, apela a incluir na nossa confissão o frutode um exame de consciência resultante do nossorelacionamento com a criação que inclui osoutros seres humanos, nós próprios, mas agora,também, o mundo natural.Quantos de nós o fizemos?Quantos de nós sabemos fazê-lo?Em diversas paróquias existe um pequenofolheto com algumas orientações para o nossoexame de consciência. Lembro-me de ver algosemelhante na Igreja de Loreto em Lisboa. Seráque contêm o cuidado pela criação? Fiz umapequena pesquisa

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no Google e dos vários sitescredíveis, não encontrei em nenhumdeles. Num, inclusive, que inclui noexame de consciências as Obras deMisericórdia, não está sequeractualizado, pois o Papa Franciscoinclui o Cuidado da Casa Comumcomo uma delas. Diz ele nasupracitada mensagem, “tomo a liberdade de propor umcomplemento aos dois elencosde sete obras de misericórdia,

acrescentando a cada um ocuidado da casa comum.

Como obra de misericórdiaespiritual, o cuidado da casa

comum requer «a gratacontemplação do mundo», que

«nos permite descobrir qualquerensinamento que Deus nos quertransmitir através de cada coisa»

.Como obra de misericórdiacorporal, o cuidado da casa

comum requer aqueles «simplesgestos quotidianos, pelos quaisquebramos a lógica da violência,da exploração, do egoísmo» e semanifesta o amor «em todas asações que procuram construir

um mundo melhor».”

Eu penso que uma maiorconsciência de pecarmos emrelação à Casa

Comum provém da maior ou menorprofundidade com que vivemos umrelacionamento com essa. Comoobra de misericórdia espiritual, umapossível questão para o exame deconsciência poderia ser:- Contemplaste o mundo natural quete rodeia e descobriste o que Deusquiz dizer em cada coisa? Como obra de misericórdia corporal,a questão poderia ser:- Procuraste realizar gestos deamor, interesse e que promovam osrelacionamentos nos ambientesnaturais e sociais que te rodeiam? Por vezes pergunto-me o quesignifica rezar pelo ambiente. Seráque não deveríamos antesrezar com o ambiente, através dacontemplação, ou pelorelacionamento com o ambiente?A ecologia é a ciência dosrelacionamentos. E talvez o maiorpecado ecológico seja quandoomitimos os relacionamentos com oambiente natural da nossa vida. Umbom ponto de partida penitencial.

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A Teologia e o regresso dosTribalistas

Octávio Carmo Agência ECCLESIA

Como ouvinte dedicado da música brasileira, fuium dos muitos milhões de fãs queacompanharam o anúncio do novo álbum dosTribalistas, a superbanda que regressa 15 anosdepois do sucesso global do disco de estreia,unindo Marisa Monte, Arnaldo Antunes eCarlinhos Brown - e agora com a participação daportuguesa Carminho.A primeira música, Diáspora, chama a atençãopor abordar os dramas das migrações forçadas,na humanidade contemporânea, e representamuma reflexão direta e indireta sobre dois temasteológicos fundamentais: o sofrimento dosinocentes e o silêncio de Deus.As citações incluídas na composição não surgempor acaso: o início do Canto 11 de ‘O Guesa’, deJoaquim de Sousândrade, e o trecho de ‘Vozesd’África’, de Castro Alves, servem o propósito desobressaltar o ouvinte, questionando convicçõese fazendo eco

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de questões profundas perante aaparente vitória do mal e daindiferença.“Onde estás, meu Senhor, ondeestás, onde estás?” - é a perguntaque desperta a atenção de umantigo estudante de Teologia, comoeu, não para a calar ou, menosainda, para lhe dar resposta.Apenas para refletir.Num primeiro momento, recordoduas perguntas que surgem noprimeiro livro da Bíblia, o Génesis,que me parecem fundadoras daética ocidental: “Onde está o teuirmão?” e “Que fizeste?”.O “interrogatório” de Deus a Caim,após a morte do seu irmão Abel,condensa o apelo fundamental queviria a ser sintetizado noensinamento de Jesus Cristo: amaro próximo como a si mesmo. “Nãosei” ou “nada” não são respostasaceitáveis e enquadram-se na“globalização da indiferença” que oPapa Francisco tem denunciadotantas vezes.“Onde estáMeu irmãoSem irmã,O meu filho sem pai,Minha mãeSem avó,Dando a mão pra ninguém,Sem lugarPra ficar,Os meninos sem paz?”.

São perguntas que não estão longedas questões que o próprio Papalevantou na Via Sacra a quepresidiu na Jornada Mundial daJuventude de 2016, em Cracóvia:“Onde está Deus, se no mundoexiste o mal, se há pessoasfamintas, sedentas, sem abrigo,deslocadas, refugiadas? Onde estáDeus, quando morrem pessoasinocentes por causa da violência, doterrorismo, das guerras?”.A resposta de Francisco - “Deusestá neles” - evocam-me as linhasde um dos teólogos que mais leio, osacerdote e escritor checo TomásHalík. ‘O meu Deus é um Deusferido’, título de um dos seus livros,remete para a dimensão dacompaixão, do Deus que ‘sofre com’a humanidade, não uma entidadeabstrata e distante deste mundo,sobre o qual apenas agiria atravésde uma espécie de força mágica,alterando acontecimentos e destinosa seu bel-prazer.Sendo uma banda global, osTribalistas repetem quase até àexaustão, em inglês, a pergunta‘where are you?’‘Where are you?’. A melhorresposta, continuo a pensar, está nocapítulo 25 do Evangelho segundoSão Mateus: “Em verdade vos digo:Sempre que fizestes isto a umdestes meus irmãos maispequeninos, a mim mesmo ofizestes”.

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O final do período de férias, para muitas pessoas, representa oregresso à “rotina” laboral e escolar. A ECCLESIA retoma, nestaedição, a publicação do semanário digital, com um olhar diferentesobre o tempo de férias: pessoas que dedicaram parte do seu tempoao serviço dos outros. Em Portugal, junto das vítimas dos incêndiosou de pessoas com deficiência, por exemplo, ou lá fora, jovens,homens e mulheres da Igreja Católica deram um rosto concreto aodesafio missionário. Testemunhos para ler nesta edição.

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Missão aqui e agoramas com marcas para sempre

João e Tomás estão imersos nummar de roupa. Sacos e sacos quetraduzem a generosidade dosportugueses acumulam-se nopavilhão de Castanheira de Pêra. Otrabalho é duro, pois está muitocalor e encontrar peças 100 %algodão,

que sirvam os queimados pelofogo, é como encontrar uma agulhanum palheiro.Os voluntários da "Missão Aqui eAgora" reconhecem que há tarefasmais interessantes neste apoio aosMédicos do Mundo, organização

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que aqui lidera a ajuda humanitáriaàs populações afectadas peloincêndio de Pedrógão Grande. Masnem por isso tiram o empenho àtarefa. Estes jovens ligados aosjesuítas estão aqui para fazer o quefor preciso e não desanimam.Nos dias anteriores, deste julho quejá vai avançado, as tarefas forammais gratificantes para quem veiocom o desejo de animar estaspessoas sofridas: os 15 voluntáriosreplantaram a horta de umasenhora cuja casa escapou àschamas e

limparam os escombros de umahabitação que não teve a mesmasorte. Ajudaram também nasoperações logísticas, armazenandoe distribuindo bens. Na semanaseguinte, o segundo grupodesta missão de 15 dias foi tambémanimar os idosos do lar, e removermais escombros de uma casaprestes a ser reconstruída, podendotestemunhar a esperança arenascer.Esta missão surgiu da vontade deduas pessoas que nem seconheciam, Francisca e Pedro, emobilizou jovens

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entre os 18 e 30 anos, de Lisboa,Porto, Coimbra e Braga. Vierammais vocacionados para contactardirectamente com as vítimas maseste é um trabalho delicado, em queuma palavra bem intencionada massem sentido pode ter efeitosdevastadores. Por isso, fica a cargodos técnicos dos Médicos doMundo."Mesmo que não estejam a fazerexactamente o que esperavam, vêmnum espírito de serviço e adaptam-se com igual generosidade",garante Francisca. A partilha eoração em grupo ajudam a gerir edigerir expectativas e a marcanteexperiência que aqui se vive. Apresença de um padre torna-seessencial e permite que hajacelebração da missa, no pátio doFórum ou no jardim, num sinalpúblico de que esta é uma missãomovida por ALGO mais. O provincialdos Jesuítas, P. José FrazãoCorreia, foi um dos jesuítas que poraqui passou, trabalhando etestemunhando, até com emoção, o"desprendimento" destes jovens,bem como a importância de "tornarpresente o Senhor nesta realidadede

desolação". Alguns já prometeramvoltar.Todos os dias, a equipa dosMédicos do Mundo (na qual seintegraram três jovens da Missão)faz uma volta pelas aldeias parasinalizar necessidades e levar bens.Mas grande parte do apoio passapela escuta, explica Patrícia, umadas técnicas, acrescentando queisso não se resume a dizer: "vaicorrer tudo bem". Até porque, diz,"se alguém perdeu o marido, decerteza que no futuro não vai corrertudo bem"!Maria é uma das que acompanhaesta ronda por vales e montescobertos de negro onde o verde jádesponta. Entrega alimentos, ajudaos idosos a acondicioná-los nassuas precárias casas, escuta aangústia daquele fatídico dia. Comoa de Angelina, que viu da janela o"inferno" chegar num ápice, semninguém para a acudir. Esta idosa que se apoia numabengala vive sozinha e nem sabecomo o fogo só lhe queimou aparede exterior da casa, até porqueao lado levou a vida dos doisvizinhos. Hoje recebe a visita

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com alegria e disponibilidade paraconversar, o que, a par da músicaque sai da telefonia, são sinal demaior ânimo, talvez ainda não tantocom o futuro, mas pelo menos jácom o presente.Da estrada da morte já seapagaram os vestígios das vidasque ali se perderam, para que quempor ali passe não fique amarrado àmorte do passado mas consigaseguir em frente. Mas ao longo dedezenas de

quilómetros, o rasto de destruiçãoevidencia a fúria do fogo que varreuestes concelhos mas um olharatento mostra o negro à porta dascasas, salvas sabe-se lá como,deixando no ar a questão: como éque a desgraça não foi maior?

Rita CarvalhoGabinete de Comunicação dos

Jesuítas em PortugalFotografias: Missão Aqui e Agora

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Grupo Diálogos, Leigos SVD

“A Missão leva-nos onde a Palavrade Deus é necessária” foi com estelema que o Grupo Diálogos, LeigosSVD para a missão, proporcionouno verão deste ano, dois projetosmissionários diferentes para duasdezenas de voluntários de váriaszonas do país, onde estes tiveramoportunidade de passar umas fériasdiferentes do habitual.“Caminhos e Sorrisos” é o nome doprojeto de voluntariado comcrianças e jovens que teve lugar naUrbanização de Terraços da Ponte,em Sacavém, de 5 a 13 de Agosto.Lá, uma dezena de voluntários teveoportunidade de desenvolverdiversas

atividades lúdicas e educativas comcrianças e jovens, sem esquecer,naturalmente, a importância do“estar” com os demais elementosdessa comunidade. Houvemomentos de verdadeiraaprendizagem e partilha queajudaram os voluntários a crescer ea fazer a travessia necessária do“eu” para o “nós”! Esta experiênciaconstitui também um desafio àinculturação pois a comunidade deTerraços da Ponte émaioritariamente africana. De referirque os voluntários foram acolhidosna comunidade do Prior Velho, ondepernoitaram e prepararam todas asatividades que desenvolviam com ascrianças. No

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final, sentimento de missãocumprida: houve magia e sorrisosnos rostos daqueles que secruzaram com os voluntários.Já em Almodôvar (Baixo Alentejo),de 19 a 27 de agosto, uma dezenade voluntários teve oportunidade deviver uma experiência missionáriajuntos dos mais idosos que vivemsozinhos e isolados. Criarproximidade foi o principal objetivo enem as abrasadoras temperaturasdemoveram os voluntários. Estaexperiência missionária teve inícioapenas no ano transato, é umprojeto ainda em crescimento, masjá conquistou a população deAlmodôvar que tem acolhido osvoluntários como verdadeiros filhosda terra. Os voluntários percorreramos montes alentejanos, perdidos nasolidão dos campos, onde viviam umnúmero reduzido de pessoas comos seus

animais de estimação. Sempreacompanhados por elementos daGNR, verdadeiros missionários,visitaram as pessoas mais isoladas,no meio dos montes. Estasalegravam-se com a chegada dosvoluntários, recebiam-nos nas suascasas de um modo muito familiar econtavam-lhes histórias da sua vida.Os voluntários tiveram aindaoportunidade de visitar os lares deidosos de Almodôvar onde seproporcionaram momentos decomunhão e partilha de experiênciasentre as diferentes gerações.No final dos projetos, o sentimentode gratidão inundava os voluntáriose como dizia S. Francisco de Assis:“Mestre, fazei que eu procure mais,Consolar do que ser consolado,Compreender do que sercompreendido, Amar do que seramado, Pois é dando que serecebe…”

Grupo Diálogos

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Missionários sem barbas longas...Como missionária, a oportunidadede integrar a missão que o GrupoMissionário Ondjoyetu faz todos osanos ao Alentejo, foi um desafio euma oportunidade. Um desafio porter sido a primeira vez e por terlevado comigo os meus filhos de 6 e15 anos; uma oportunidade porqueme permitiu partilhar e aprofundar,com eles e os restantes membrosdo grupo, os valores nos quais sefundamenta a nossa vida.

O Ondjoyetu comemora este ano 18anos de missão em Angola e 15anos de missão no Alentejo. EmAngola encontra-sepermanentemente uma equipa deleigos e um padre – a “linha dafrente”. No Alentejo, fazemos sempreuma semana de missão. Se asnecessidades das populaçõesafricanas que apoiamos já sãosobejamente conhecidas, as doAlentejo são diferentes, mas nãomenos urgentes, intervindo numapopulação

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marcadamente envelhecida, isoladae tantas vezes esquecida. Mas oscorpos cansados e os rostosmoldados pela ação extrema docalor não diminuíram ahospitalidade destas gentes nem odesejo de um aprofundamento nafé. Melhor acolhimento seriaimpossível! Após a naturaldesconfiança inicial, abrem-nos ocoração e contam-nos os seusdesgostos e tristezas. Foi para issoque viemos e é nesses momentosque tudo faz sentido para ummissionário: esta entrega sem nadaem troca. Não estamos ali por nós,mas por Ele. Somos apenasinstrumentos na ação de um amormaior. Ao escutar estas pessoas,

arranjamos sentido e respostas quesó pela ação do Espírito Santopodem ser expressas e terexplicação. Abrimos a Bíblia.Rezamos juntos e, se necessário for,choramos juntos também. Damos amão, um abraço, um beijo. Voltamosa ouvir e comove-nos o facto de,daquelas duras vidas, emergir umafé que nos põe a um canto. E já nãoqueremos sair dali. Mas temos quecontinuar, pois há sempre maisalguém que de nós precisa e que jános espera à porta.Entretanto, a população começa aconhecer-nos e desmistificam-se pré-conceitos… Afinal, os taismissionários são pessoas normais,não vieram

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de barba longa e vestes até aospés! São como nós e até têmcrianças e jovens e tudo! Nós,missionários (os tais que afinal nãotêm longas barbas!), propomosvigílias de oração, Missa, procissão,encontros com crianças e jovens. Asigrejas enchem-se, mas énecessário continuar

a formação (a deles e anossa!). Jamais esqueceremosestes nossos irmãos, as histórias daD. Maria, do Sr. António ou da D.Maria Fernanda. A eles e a todos osoutros, o nosso profundoagradecimento por tudo!

Emanuela Dias (Grupo Missionário Ondjoyetu)

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Pais com filhos portadores dedeficiência vivem experiênciatransformadora no Santuário deFátima

Há 11 anos que pais com filhosportadores de deficiência têm apossibilidade de viver em Fátimauma semana diferente, de partilha econvívio, graças a um projetodinamizado pelos irmãos SilenciososOperários da Cruz.A iniciativa, que conta com o apoiodo Santuário de Fátima e doMovimento da Mensagem deFátima, reuniu este

ano 80 jovens e 40 pais,apoiados por dezenas devoluntários, e teve dois verbosessenciais: “dar” e “receber”.Em declarações à AgênciaECCLESIA, acerca da edição 2017deste campo de férias especial, queterminou esta quinta-feira, RosaMagalhães, uma das mãespresentes, destaca a oportunidadede “conhecer mais pessoas” quevivem a mesma

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realidade familiar e que se podem“ajudar” mutuamente nas suasdificuldades.“Não há palavras para descrever oque recebemos. Dá-nos uma forçaenorme para vivermos, paracontinuarmos a ajudar e a receberajuda, é muito importante ao longodo ano”, salienta a progenitora.Rosa Magalhães já participou nestaatividade em Fátima várias vezes edestaca a forma entusiástica comque o filho vive estes momentos e asua ligação a este local da Cova daIria. “Todos os dias manifesta avontade em ir para Fátima e dedormir lá”, adianta.Sobre a ação dos irmãosSilenciosos Operários da Cruz, estamãe sublinha a forma como acongregação, através destasatividades, ajuda os pais asuperarem medos e barreirasinteriores, a encararem de outraforma a situação dos filhosportadores de deficiência, e dá umexemplo.“O meu filho foi puxado para acólitoe hoje é acólito na sua paróquia,participa todos os domingos. Eu nãoacreditava. Conhecer aqui osoperários silenciosos da Cruztransformou o meu coração”,reconhece.No caso de Deolinda Brito, ela fazdestes dias “as férias que tem aolongo do ano”, com o seu filhoRicardo. “Ele gosta, sabe que faz-lhe bem.Ele

não fala mas ouve e eu sinto queele está contente. Eu não sei comoagradecer a estes irmãos. Foramuns anjos que me apareceram”,referiu.As semanas para pais e filhosportadores de deficiênciacomeçaram a 27 de julho com umturno orientado para jovens entre os17 e os 20 anos. Registaram-seainda mais três semanas, até estaquinta-feira, dia 31 de agosto, nestecaso para mais novos acima dos 20anos.Em qualquer um dos casos, os paispodiam escolher se ficavam com osfilhos ou se os deixavam ao cuidadodos voluntários.O padre Johnny Freire, coordenadordeste projeto, faz “um balanço muitobom” das atividades, que se têmrevelado muito “enriquecedoras”tanto para pais e filhos como paraos voluntários. “Seja com jovenssozinhos confiados aos voluntários,seja dos filhos que vêm com os pais,a prioridade é sempre para os quevêm pela primeira vez ou para oscasos mais críticos. Há muitos paisque a única semana que saem decasa é esta”, frisou o sacerdote. Para Flávio Soares, foi a oitava vezque rumou a Fátima para ajudar naconcretização deste evento, edestaca um tempo diferente, fora daazáfama do trabalho quotidiano, esobretudo um tempo para“aprender”.

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“Nós aprendemos muito com estesjovens, e esse é o primeiro ponto daresposta a porque é que existempessoas com deficiência: porquenos podem ensinar muito, aimportância das pequenas coisas,que aquilo que

vale na vida é o amor. Claro que hádificuldades, há cansaços, nãovivemos numa utopia, mas tudo évencido, mais do que pelas nossascapacidades, pelo amor”, defendeaquele voluntário, de 25 anos.

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Leonor Francisco, outra voluntáriadeste projeto, com 18 anos, realçoua importância da sociedade “olharde maneira diferente para aspessoas com deficiência”. “Nãocomo se fossem uns coitadinhosmas mais como pessoas, quemerecem mais carinho”, sustentou.

As atividades de verão têm lugar naCasa Francisco e Jacinta Marto, dosirmãos Silenciosos Operários daCruz. Para 2018 está prevista arealização de uma semana extra,uma quinta semana para pais comfilhos portadores de deficiência.

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6º DominismissioRealizou-se o 6º Dominismissio,desta vez em Estremoz. Organizadopela Congregação das IrmãsDominicanas de Santa Catarina deSena, dinamizado pela Equipa daPastoral Juvenil, sobretudo por duasIrmãs e um grupo de seis jovens.Durante a atividade estivemos 3Irmãs o tempo todo e contámos como carinho, desvelo e afeto dacomunidade religiosa presentenesta terra, bem como oacolhimento incrível e generoso dapopulação, que mostrou a cadajovem a presença de Deus que nosaguarda em cada missão.Ao todo fomos 27 pessoas, desdeadolescentes, a mais nova, aindacom 13 anos aos mais velhos de 27anos, que durante uma semanacolaborámos em 13 valências, emsete Instituições, de forma diária econstante, procurámos executar aplanificação proposta à Instituição,de forma organizada, nas diversastarefas, estivemos gratuitamenteporque Deus nos ama, nosconvocou e nos enviou.No dia 16, após nos instalarmosiniciámos com a Eucaristia, em queo testemunho vocacional se tornouvida, em que cada gesto foi rezadoe sentido, sem pressas, em quehouve

tempo para olhar e nossentirmos amados. Em que fomosenviamos e abençoados, pelosacerdote, mas também pelacomunidade das Irmãs, de quemsomos braços e bocas dandotestemunho de Cristo.Começaram as atividades, a RaquelNicolau conta-nos: “E hoje (17 deagosto) foi o primeiro dia de umgrande desafio, no qual o que nosmove é a vontade de fazer mais emelhor, onde a improvisação, oafeto, a "palavra" são tudo aquiloque nos guia e nos faz acreditarmesmo quando (…) a palavradúvida muitas vezes interfere nocaminho, quando se tenta construirum diálogo ou transmitir numasimples ação que reanime deverdade estes corações (o idosotriste e desanimado (…).Os baús de testemunhos foramsendo abertos e transmitidosindependentemente dasinterferências de memória. E talcomo um sábio idoso dizia, no finalde um longo poema, "No futuro, avida há-de-nos sorrir. Um futuro quese tornará num presente, quandovontade de devolver um sorriso,tentando transformar uma vida, setorna no lema "Fazendo o bemsempre" de Teresa de Saldanha.”

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O elemento mais novo do grupo,que é da terra conta-nos, “Sou aSusana, tenho 13 anos e este é omeu primeiro ano no Dominismissio. Hoje, dia 18 de agosto, foi osegundo dia de missão e eu fui parao Centro de Dia de Santo André demanhã e de tarde. Comecei o diana nossa casa, com uma oração damanhã, que nos motivou para o diade trabalho que tínhamos pelafrente. (…) Gostei muito deste diapois foi muito enriquecedor edivertido. Também gostei muito dever os utentes a divertirem-seconnosco tanto como nós nosdivertimos com

eles. É sempre bom ver os quenos rodeiam a sorrir com gestossimples!” Por “nossa casa” osjovens referem-se à casa cedidapela paróquia de Santa Maria, ondeacantonámos, dividimos o chão,bem como as duas únicas casas debanho, cozinhámos e limpámos,reunimos e rezámos e nada nosfaltou.Se uns estão pela primeira vez,outros repetem e até já terminarama licenciatura, para a Ana Rita, foi aoportunidade de se reencontrarem“com pessoas já conhecidas emuitas mais caras novas que esteano se

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juntam a nós, a família está acrescer!Nas instituições pelas quais jápassei, tive oportunidade de, não sódar um pouco de mim mas dereceber muito. Comecei por ajudarnos restauros no Centro de Bem-Estar Social de Estremoz [ondeestão as irmãs], um trabalho quenão foi tanto em contacto com acomunidade e as pessoas, masmesmo assim vi a curiosidade delasde ir ver o que estávamos a fazer e,o sorriso na cara das idosas a daruns bons dias. Na CERCI, não foi aminha primeira vez a trabalhar econtactar com a

população com deficiência, masmais uma vez fui surpreendida pelahonestidade das pessoas, quedizem o que gostam e não gostam enão têm problemas em o partilhar,algo que muitos de nós teme. Porfim, os Cuidados Continuados daCruz Vermelha, onde estou a fazercontinuidade e que já conquistou omeu coração! Todos os dias em quelá passei um bocado, testemunhei aamizade destas pessoas que juntasestão lá a passar por dificuldades ese apoiam uns aos outros nestemomento mais complicado da

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sua vida, sem egoísmos, apenascompanheirismos e fé!”Como é costume, procuramos, quenum dos dias não haja trabalhosnas Instituições, escolhemos odomingo, pela centralidade e pelasua importância, para DiaComunitário. Segundo a Ana Isabel,uma jovem psicóloga, “Hoje é o diaem que os membros do Corpo deCristo que integram este grupo sereúnem e estreitam laços,descansam, cansam-se, rezam,concentram-se, descontraem e,acima de tudo, restabelecem forçaspara enfrentar com amor osdesafios que ainda lhes serãopropostos. Este foi essencialmenteum dia de encontro, encontrocomigo própria, com os meuscolegas de grupo, com acomunidade e com Deus, de umaforma serena e, simultaneamente,muito vivida.”Foi um dia diferente, mas o nossoDomingo começou na véspera coma celebração da palavra naResidência Sénior da Santa Casada Misericórdia, a animação daEucaristia vespertina e de duasEucaristias no domingo, nas duasparóquias da cidade, pois vendo oesforço de sacerdotes quepercorrem grandes distâncias, osjovens quiseram dar a sua presençae alegria na animação dascelebrações. Terminámos o diaconvivendo com a comunidade dasreligiosas, que veio jantar connoscoe cada uma

testemunhou a sua vocação.Também uma família nos visitou efalou da importância de descobrir oprojeto que Deus tem para cada um,de construir um nós alicerçado emDeus. Cada presença, cada históriavocacional, cada pessoa que levoupão, café, toalhas ou um sorriso…Cada um que Sábado à noite sejuntou a nós na noite missionária foiCristo que nos procura… As tarefas continuaram nasInstituições até terça, ouçamos aInês, de 17 anos, que participa pela3ª vez: “O último dia nas instituiçõesé talvez chamado o dia dasdespedidas mas é também esteperceber que a despedida só custaporque fizemos um bom trabalho,demo-nos aos outros. É um diacheio de emoções e este anocustou-me imenso porque tive umatarefa que não tinha tido nos outrosDominismissios que foi fazercontinuidade numa instituição, noCATL. (…) A maior parte dos diasforam passados a dar-me àquelascrianças e, por isso, neste dia sentitristeza na mesma medida que sentialegria (…) mas quando no últimodia nos perguntam onde vivemospara irem ter connosco ou nospedem para voltar no próximo ano,não conseguimos deixar de sentireste aperto no coração, estatristeza.”A dificuldade da separação, aconsciência de que cativámos efomos cativados é comum. A Beatrizconta:

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“durante a semana fui a bastantesinstituições (CATL, Lar dos Mártires,CERCI, entre outras), mas o que eugostei mais foi no Lar das Irmãs[Centro Bem-estar Social]. Eu fui láno último dia de atividades e foibastante gratificante porque assenhoras de lá só por nos verem aentrar ficaram logo com aquelebrilhozinho nos olhos e esse dia foium dia de um misto de emoçõesporque apesar de brincarmos,dançarmos e eu ter ficado decoração cheio por ouvir todas ashistórias de vida das senhoras, portodos os abraços e beijos que elasme deram, fiquei também com ocoração

todos os abraços e beijos que elasme deram, fiquei também com ocoração partido, porque tivémos denos despedir e vê-las a chorar e adizerem que não queriam que nósfôssemos embora, entristeceu-mebastante.” Mas mais do que fazer, oDominismissio é ser, “é umaexperiência irrepetível e única. Pelosmomentos de oração que sentesDeus no teu coração, pelasbrincadeiras em grupo e sobretudopela amizade que predomina nestegrupo. Voluntariado pode sertraduzido para qualquer idioma e terimensos significados mas nadatraduz o que sentes quando

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fazes voluntariado com Amor esentes o teu coração a vibrar porum sorriso que conseguistesdespertar naquele idoso.”, diz-nos aDaniela Guimarães.Termino com o testemunho daMarta, “Eu inscrevi-me porqueaquilo que mais gosto de fazer éajudar o outro, mas de facto foimuito mais que isso. Foi incrível, foium misto de emoções. Foi bom todaa vivência com Deus, com oscolegas de casa, que me acolheramde uma maneira inimaginável e comtodas as pessoas com quempartilhei a minha experiência, aminha história. (…) Estou grata portudo isso. E acreditem que é com ocoração cheio que me despeçodeste meu primeiro dominismissio,com estes magnificos colegas.Obrigado por tudo! Obrigado

a ti meu Deus!”E para nós Irmãs se o cansaço nosinvade, a consciência de que“estamos à conta de Deus” e Ele fezmaravilhas é superior a tudo. Contarcom o apoio de três sacerdotes, umdeles que nas suas férias fez maisde 400 km para estar, celebrar econfessar quem quis, ou até com apresença da Superiora Geral daCongregação são mimos que Deusnos envia e nos confirma o caminho.E o mais importante é que aexperiência de meia hora demeditação ou de uma semana deoração deixa a semente e a vontadede continuar… Porque cadaDominismissio é apenas um oásispara a missão a que Cristo noschama na vida.Pela Equipa, (Ir. Ana MargaridaLucas, Ir. Nélia Taméle e Ir. FláviaLourenço)

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Verão com Missão Sem Fronteiras

Os Jovens Sem Fronteiras (JSF)embarcaram na aventura da missãodurante este verão e enviaramlargas dezenas de jovens paradiferentes projetos missionários,tanto dentro de Portugal como alémfronteiras.Sob o lema “Ao toque da missão”,estes jovens entregaram parte doseu tempo de férias em prol dooutro, confiaram em Deus e focaramo seu olhar naquilo que os rodeia,de forma a estarem de espíritoaberto para

acolherem este toque e o poderempartilhar com o outro.Este ano, São Miguel da Calheta,em Cabo Verde, foi a comunidadeescolhida para receber o projecto“Ponte”, que contou com a presençade onze jovens mais um padreespiritano. Durante um mês, estesJSF viveram em comunidade epuderam enriquecer o povo com asua atividade pastoral, as suasvisitas, encontro de famílias, dejovens, cursos de inglês,

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português, curso básico de saúde,aulas de guitarra, órgão, teoriamusical, informática e aindaatividades de tempos livres para ascrianças.Em Portugal, Vila da Ponte(Lamego), Arcozelo (Viana),Almargem do Bispo (Lisboa),Marrazes (Leiria-Fátima) e Trofa(Porto) foram as paróquias queacolheram os nossos jovens, padresespiritanos, irmãs espiritanas eseminaristas, para realizarem umaSemana Missionária. Através dediferentes atividades comoanimação de Eucaristias, visitas alares, a doentes, animação de rua,atividades

de tempo livres, encontros comgrupos de jovens, festasmissionárias, entre outras, durante10 dias, estes jovens puderamentregar o seu dom ao outro eencontraram o seu próprio caminhomissionário.Além das Semanas Missionárias, 8jovens e um padre espiritano,viveram a sua missão sobre carris,no ‘Intra-Rail Missionário’. DeComboio, durante 10 dias,percorreram algumas paróquias dasZonas do Alentejo e Algarve levandoo seu testemunho de fé a cadacomunidade. Em todas as estaçõesque pararam, celebraram a Fé,proporcionaram momentos dealegria, através de visitas a lares, adoentes, realizaram atividades comjovens e crianças. Segundo estesjovens, “construíram momentos departilha e esperança” além de, aindaencontrarem “sinais fortes de fé”.Um verão recheado de fé, amor,encontro, partilha, sempre com opensamento de “Acolher o Toque daMissão, acolher o Toque de Deusnos outros, em nós, em mim, nomundo.”

Jéssica Carpinteiro,Presidente Nacional dos JSF

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Jovens do Movimento JuvenilSalesiano reuniram-se emacampamento nacionalDestinada a jovens do 2.º e 3.ºciclos e secundário, bem comogrupos em caminhada de fé,catequese, ADS (Amigos deDomingos Sávio), acólitos,escuteiros, grupos dos centrosjuvenis, esta atividade tem comoobjetivo a aprendizagem prática dosvalores de partilha, da interajuda ede serviço, reforçando o sentido depertença ao Movimento JuvenilSalesiano e proporcionar umencontro com Deus por meio danatureza, da reflexão e da oração.E foi isso mesmo que fizeram oscerca de 430 os jovens, queparticiparam no AcampamentoNacional do Movimento JuvenilSalesiano, organizado pelaDelegação Nacional de PastoralJuvenil Salesiana desde 1986 epromovido atualmente pelaFundação Salesianos. Divididos emtrês campos, de acordo com asidades, todos puderam descobrir umpouco mais sobre Maria, figuracentral das atividades quedecorreram ao longo da semana de24 a 28 de julho, no Mira LodgePark, na Praia de Mira.Aproveitando as comemorações dos100 anos das Aparições de Nossa

Senhora em Fátima, foramexplorados e refletidos, pelosparticipantes presentes nos trêscampos do acampamento, osepisódios bíblicos relacionados coma Virgem Maria. A anunciação doAnjo, a visita de Maria à sua primaIsabel e as bodas de Caná foramalguns dos temas que permitiramdescobrir a centralidade do “sim deMaria” na fé dos cristãos e, emconcreto, na espiritualidadesalesiana.Além das Eucaristias diárias, dosmomentos de oração e reflexãoindividual e em grupo, os dias noAcampamento Nacional do MJS sãomarcados por muita alegria eanimação. Jogos noturnos, jogos napraia e bastantes mergulhos napiscina são algumas das atividadespropostas pela organização, semesquecer a já tradicional caminhada,que este ano se realizou na quarta-feira.No último dia, jovens, animadores,salesianos e salesianas, vindos dasvárias presenças do Salesianos edas Filhas de Maria Auxiliadora emPortugal, partiram para casa decoração cheio e com a missão de,em cada dia, serem semelhantes àVirgem de Nazaré.

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O Movimento JuvenilSalesianoO MJS é um movimento de caráctereducativo, oferecido a todos osjovens, para os tornar sujeitos eprotagonistas do seu crescimentohumano e cristão, com impulsomissionário, aberto aos afastados.Movido pela espiritualidade juvenilsalesiana e pedagogia salesiana, oMJS procura atuar e inserir-se nasociedade civil e na Igreja local. Osgrupos e associações juvenis que,mantendo embora a sua autonomiaa nível de organização, sereconhecem na espiritualidade e napedagogia salesiana, formam

de modo implícito ou explícito oMovimento Juvenil Salesiano. O Ac ampamentoO Acampamento MJS é a atividadeque encerra o ano pastoral a nívelnacional, dando aos jovens umaexperiência de vida em grupo maisintensa, no encontro com Deus e nocontacto com a natureza,continuando, em contexto deacampamento, a experiênciaformativa realizada ao longo do anonos grupos MJS.O primeiro Acampamento realizadopelos Salesianos foi em 1986 paraos jovens das suas escolas eescuteiros.

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A Viagem do Sol

A Fundação João XXIII decidiu há 3anos realizar campos de “Iniciação”,para pré adolescentes ajudando arealizar mais atividades econtribuindo para estimular a criação de novos grupos de basenas comunidades que se possamdepois ser animados e continuadospela JARC.A edição deste ano que decorreuentre 30 de julho e 5 de Agostocontou com 40 participantes entreos 8 e os 13 anos, maioritariamente

prevenientes da Diocese de Lisboa.O Tema deste campo foi a “AViagem do Sol” ligado àscomemorações dos 100 anos dasaparições de Fátima, e ao exemplode vida de Maria. O lema foi sendodescoberto no seu simbolismo aolongo do campo, com temas diáriosassociados a gestos de Maria numauma caminhada crescente doindividual para o coletivo, dadescoberta ao compromisso,através da oração e doconhecimento

O Tema deste campo foi a “A Viagem do Sol” ligado às comemorações dos 100 anosdas aparições de Fátima, e ao exemplo de vida de Maria. O lema foi sendo descoberto50

de Fátima, inspirado no seumodelo, de vida de oração esimplicidade: Quem é a Mãe doMeu Senhor? Quem sou eu?; Ouviu/Acreditou Ter o Coração aberto;Pôs-se a caminho -sair emcompromisso;Saudou; Agradeceu; RegressouAs contas feitas numa pequenacaixa transparente foramenriquecidas diariamente com osumo dos dias para formarem nacelebração da eucaristia umgrande Rosário, enriquecido com asorações e preces de todos.Simbolicamente num dos dias

depois de trabalho comunitário, odia terminou com a plantação juntoao parque radical de Ribamar deum Quercus faginea – com aseguinte inscrição para aprosperidade “Carvalho doCFF/Campo de Férias dos + Novosda Casa do Oeste, dia 2-08-2017”,esperando que aquele vingue ecresça como as sementes que sevão plantando nos jovensparticipantes destes campos. Para oano há mais…

Cristiana Palma

Quem é a Mãe do Meu Senhor? Quem sou eu?; Ouviu /Acreditou Ter o Coraçãoaberto; Pôs-se a caminho -sair em compromisso; Saudou; Agradeceu; Regressou

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das aparições de Fátima, e ao exemplo de vida de Maria. O lema foi sendo descobertono seu simbolismo ao longo do campo, com temas diários associados a gestos de Marianuma uma caminhada crescente do individual para o coletivo, da descoberta aocompromisso, através da oração e do conhecimento de Fátima, inspirado no seumodelo, de vida de oração e simplicidade: Quem é a Mãe do Meu Senhor? Quem sou eu?; Ouviu /Acreditou Ter o Coraçãoaberto; Pôs-se a caminho -sair em compromisso; Saudou; Agradeceu; RegressouAs contas feitas numa pequena caixa transparente foram enriquecidas diariamente como sumo dos dias para formarem na celebração da eucaristia um grande Rosário,enriquecido com as orações e preces de todos.Simbolicamente num dos dias depois de trabalho comunitário, o dia terminou com aplantação junto ao parque radical de Ribamar de um Quercus faginea – com a seguinteinscrição para a prosperidade “Carvalho do CFF/Campo de Férias dos + Novos da Casado Oeste, dia 2-08-2017”, esperando que aquele vingue e cresça como as sementesque se vão plantando nos jovens participantes destes campos. Para o ano há mais… Cristiana Palma

aberto; Pôs-se a caminho -sair em compromisso; Saudou; Agradeceu; RegressouAs contas feitas numa pequena caixa transparente foram enriquecidas diariamente como sumo dos dias para formarem na celebração da eucaristia um grande Rosário,enriquecido com as orações e preces de todos.Simbolicamente num dos dias depois de trabalho comunitário, o dia terminou com aplantação junto ao parque radical de Ribamar de um Quercus faginea – com a seguinteinscrição para a prosperidade “Carvalho do CFF/Campo de Férias dos + Novos da Casado Oeste, dia 2-08-2017”, esperando que aquele vingue e cresça como as sementesque se vão plantando nos jovens participantes destes campos. Para o ano há mais… Cristiana Palma

4 Sítios para enviar arquivos pesadospela InternetQuem como eu que pertence àdenominada Geração X, posterior àgeração Baby Boom, tem assistidoao crescimento galopante dacapacidade de armazenamento doscomputadores, bem como às formasde armazenamento e detransmissão de ficheiros entreutilizadores. Um pouco derecordação, de história. Na década de 90 popularizou-se aDisquete com a “impressionante”capacidade para armazenar até1,44 Mb. Seguiu-se o CD (CompactDisc): 700 Mb, o equivalente a 486disquetes. Rapidamente estedispositivo ganhou a função debackup. A ZipDrive com acapacidade de armazenar 100 Mb,tendo chegado ao limite máximo 750Mb. O DVD (Digital Versatile Disc)com capacidade de 4,7 Gb. OCartão de Memória com acapacidade de 128 Mb, hoje podechegar até 128 Gb. A Pendrive comcapacidade de armazenamento de2,88 MB, hoje de 512 gigas. OsDiscos Externos: hoje na versãoportátil, um HD (“hard disk drive”, ouDisco Rígido) pode ter até 3Tb dedados.

A portabilidade ganhou vantagemface ao grande espaço dearmazenamento. Desejamos asduas.Atualmente trabalhamos comarquivos cada vez mais pesados, oque não facilita a partilha. Hojeapresento 4 sites que foramdesenhados especificamente paranos facilitar o envio e a receção dearquivos grandes.

WeTransfer: esta opção permite oenvio gratuito até 2GB, basta indicaro mail do emissor e do receptor,juntar uma mensagem e o arquivoque queremos enviar. A versão pagapermite o envio até 20 GB

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pCloud Transfer: podemos enviararquivos até 5 GB. De utilizaçãointuitiva. Como o anterior, bastaindicar o mail de destino, o mail deque está enviar, adicionar umamensagem e o arquivo. Permitecriptografar os documentosincluindo uma senha. FILEMAIL: o modelo gratuito permiteenviar arquivos até 30 GB, estandoos arquivos disponíveis apenasdurante 7 dias. Tem versões pagas.O Funcionamento é idêntico àsopções anteriores.

DropSend: permite o envio dearquivos até 4 GB (com umalimitação de cinco envios por mês).O Funcionamento é idêntico àsopções anteriores.

Bento Oliveira@iMissio

http://www.imissio.net

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A Bíblia em Portugal, uma coleçãodo século XVII até 2020‘A Bíblia na Idade Média’, agorapublicada, é o segundo volume,num total de sete, da obra ‘A Bíbliaem Portugal’, um trabalho deinvestigação do Capuchinho freiHerculano Alves que pretendeterminar em 2020.Em declarações à AgênciaECCLESIA, o sacerdote explicouque a ideia da coleção surgiu de umestudo que fez e depois resultou natese de doutoralmente em TeologiaBíblica, em Salamanca, sobre a“primeira tradução da Bíblia emlíngua portuguesa, no século XVII”,a Bíblia de João Ferreira Annesd'Almeida.“As investigações nas bibliotecasimportantes da Europa, EstadosUnidos da América e Brasil àprocura de bíblias do João Ferreirade Almeida deram-me ocasião deverificar muitas outras obras deoutros autores portugueses quetambém falavam de Bíblia”,desenvolveu frei Herculano Alves.‘A Bíblia em Portugal’ é um projetode sete volumes na prática e o fradeCapuchinho realça que a primeiratradução em língua portuguesa daBíblia foi “o livro mais editado emtoda a história desta língua”.

“Mais ou menos em 200 milhões deexemplares de bíblias editadas emportuguês de João Ferreira deAlmeida”, exemplifica sobre o autorprotestante que no século XVII, “aoserviço dos Holandeses em Jacarta,capital da Indonésia, fez a traduçãoda bíblia em português”.Da editora ‘Esfera do Caos’, ‘ABíblia na Idade Média’ é o título dosegundo volume da coleção que foipublicado esta semana e explicaque foi neste período histórico que“começou a Bíblia em Portugal,quando surgiu a nacionalidade, alíngua, a cultura”.O primeiro livro ‘As Línguas daBíblia. 23 séculos de traduções’ é“uma espécie de introdução geral àcoletânea, para se perceber deonde vêm as bíblias”. “Da suarecolha retiramos a prova dum cultoe duma cultura essenciais emarcantes para o que somos comopovo, mais lembrado ou maisesquecido disso mesmo”, escreveuo cardeal-patriarca de Lisboa, D.Manuel Clemente, na apresentaçãodo primeiro livro.“É um contributo relevantíssimo parao conhecimento do papel

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modelador dos livros bíblicos nadefinição e compreensão do quesomos e de como nos vemos”,assinalou, por sua vez, o professoruniversitário José Eduardo Franco,no prefácio do primeiro volume,divulgam também os FranciscanosCapuchinhos no seu sítio nainternet.O frei Herculano Alves destaca quea coleção é importante “para ahistória” e também para estudantese professores e catequistas”, porexemplo, e a previsão de terminar a‘A Bíblia em Portugal’ é 2020,porque

“cada volume dura dois anos detrabalho”.Bíblia nos séculos XVI-XVII’; ‘A Bíbliade João Ferreira Annes d'Almeida(1629-1690)’; ‘Catálogo das ObrasBíblicas de João Ferreira Annesd'Almeida’; ‘A Bíblia nos séculosXVIII-XIX’ são os temas dos próximosvolumes.A coleção termina com ‘A Bíblia nosséculos XX-XXI’ com a apresentaçãodas Bíblias atuais, que têm “outrodinamismo, naturalmente outracultura e dinâmica, dentro daprópria igreja e sociedade”.

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Hoje – 08 setembro

A partir de hoje as 85 obras de arte da Colecção Mirópodem ser visitadas na Galeria D. Luís I, do PalácioNacional da Ajuda, em Belém. ‘Joan Miró:Materialidade e Metamorfose’ apresenta seis décadasde trabalho - 1924 a 1981, do artista catalão. 09 de setembroA Diocese do Porto vai em peregrinação ao Santuáriode Fátima onde vão consagrar-se a Nossa Senhora.Entre as 10h00 e as 17h00. 09 e 10 de setembro - O Santuário de Fátima, com oDepartamento Nacional da Pastoral Juvenil,secretariados diocesano e movimentos, promove oJubileu dos Jovens com o tema «O segredo da Paz». 12 e 13 de setembro - A peregrinação internacionalaniversária no Santuário de Fátima, que evoca aquinta aparição de 1917, vai ser presidida pelopenitenciário-mor da Santa Sé, o cardeal MauroPiacenza. 15 de setembroSanta Casa da Misericórdia de Lisboa vai divulgar osvencedores do Concurso Escolar «Centenário dasAparições de Fátima», na sua página na internet. OSecretariado Nacional da Educação Cristã associou-seà iniciativa. Lisboa: O padre Salesiano Rossano Sala, especialistamundial em pastoral juvenil, fala sobre o «Sínodo dosBispos 2018 e desafios da Pastoral Juvenil», às21h00, no auditório da igreja de São João de Deus.

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Programação religiosa nos media

Antena 1, 8h00RTP1, 10h30Transmissão damissa dominical

11h00 -Transmissão missa

Domingo:10h00 - Porta Aberta;11h00 - Eucaristia;23h30 - Entrevista deAura Miguel Segunda-feira:12h00 - Informaçãoreligiosa Diariamente18h30 - Terço

RTP2, 13h00Domingo, 10 de setembro -Liberdade religiosa nomundo: focos deperseguição e projetosde ajuda. O trabalho da Ajudaà Igreja que Sofre Segunda-feira, dia 11 desetembro, 15h00 - Renovamento CarísmáticoCatólico. Entrevista a JoséLuís Oliveira, coordenadornacional. Terça-feira, dia 12 de setembro, 15h00 -Informação e entrevista a Catarina Martins Bettencourtsobre a peregrinação internacional da Ajuda á Igrejaque Sofre ao Santuário de Fátima. Quarta-feira, dia 13 de setembro, 15h00 -Informção e entrevista à Rita Carvalho. Quinta-feira, dia 14 de setembro, 15h00 -Informação e entrevista a Teresa Cruz, voluntária doLeigos para o Desenvolvimento. Sexta-feira, dia 15 de setembro, 15h00 - Entrevista. Comentário à liturgia do domingo com aIrmã Paula Jordão e frei José Nunes. Antena 1Domingo, 10 de setembro, 06h00 - Jubileu Jovem noSantuário de Fátima. segunda a sexta, 11 a 15 de setembro - Centenário deFátima.

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Ano A – 23.º Domingo do TempoComum Caminharsempre noamor

Na liturgia da Palavra deste 23.º Domingo do TempoComum, podemos realçar a mensagem da segundaleitura da Carta aos Romanos em que São Paulo nosapresenta a essência do ser cristão:«Não devais a ninguém coisa alguma, a não ser oamor de uns para com os outros. A caridade não fazmal ao próximo. A caridade é o pleno cumprimento dalei».O cristianismo sem amor é uma mentira. O cristãonunca poderá cruzar os braços e dizer que já ama osuficiente ou que já amou tudo: ele tem uma dívidaeterna de amor para com os seus irmãos.Esta ideia de que toda a Lei se resume no amor não éuma invenção de Paulo, é uma constante na tradiçãobíblica.Na última ceia, despedindo-se dos discípulos, Jesusresumiu desta forma a proposta que veio apresentaraos homens: “amai-vos uns aos outros como Eu vosamei”. Este não é mais um mandamento, mas é omandamento de Jesus. Entretanto, algures durante anossa caminhada pela história, esquecemo-nos disto edistraímo-nos com questões secundárias.Preocupamo-nos em discutir ritos litúrgicos, problemasde organização e de autoridade, códigos de leis,questões de disciplina, e esquecemos o mandamentodo amor. É tempo de voltarmos ao essencial. O cristãoé aquele que, como Cristo, ama sem cálculos, semcontrapartidas, sem limites, sem medidas.As nossas comunidades cristãs, a exemplo da primitivacomunidade cristã de Jerusalém, deviam sercomunidades fraternas onde se notam as marcas doamor. Quem contempla as nossas comunidades nuncadeveria ver em nós as marcas da insensibilidade, doegoísmo, do confronto, do ciúme, da inveja. Os

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estrangeiros, os doentes, osnecessitados, os débeis, osmarginalizados e descartados sópodem ser acolhidos nas nossascomunidades com solicitude e amor.Devemos ser comunidadesmissionárias e hospitaleiras. Todosos dias, podemos realizar gestos departilha, de serviço, de acolhimento,de reconciliação, de perdão; mas épreciso ir sempre mais além. Hásempre mais um irmão que épreciso amar e acolher; há sempremais um gesto de solidariedade queé preciso fazer; há sempre mais umsorriso que podemos partilhar; hásempre mais uma palavra deesperança que

podemos oferecer a alguém.Sobretudo, é preciso que sintamosque a nossa caminhada de amornunca está concluída.O convite a sermos sentinelas deDeus, na primeira leitura, e aajudarmos o irmão perante os seuserros, no Evangelho, só pode serassumido neste dinamismoessencial do amor.E já agora, deixemo-nos levar pelaoração do Salmo 94: «Se hojeouvirdes a voz do Senhor, nãofecheis os vossos corações». Queassim seja ao longo desta semana!

Manuel Barbosa, scjwww.dehonianos.org

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Jubileu dos Jovens no Santuário deFátima

O Santuário de Fátima espera “maisde 3 mil jovens” se inscreveram noJubileu dos Jovens (JubJovem), uma“proposta de espiritualidade”, a 9 e10 de setembro, pelo Centenáriodas Aparições. Os jovens participamnas atividades habituais dosantuário e às 21h30 de sábadomarcam presença no Rosário e naProcissão das Velas

para depois assistirem a umconcerto de António Zambujo eMiguel Araújo, que compuseramtemas inéditos sobre a paz, a partirdas 23h00, no Parque 12.“Todo o programa está inserido emquerer a paz no mundo, na nossafamília, na escola, na nossa rua, nogrupo de jovens, no clubedesportivo.

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Querermos a paz não só além-fronteiras e a partir daqui vivermosa paz com momentos de oração econvívio”, afirmou o diretor doDepartamento Nacional da PastoralJuvenil (DNPJ), em declarações àAgência ECCLESIA.Inserido nas celebrações doCentenário das Aparições de NossaSenhora, o JubJovem tem comotema ‘O segredo da paz, o caminhodo coração’ e destina-se um públicoentre os 16 e os 35 anos; foidesenvolvido pelo Santuário deFátima em parceria com o DNPJ,envolvendo os secretariadosdiocesanos e movimentos dejuventude católicos.Num comunicado enviado à AgênciaECCLESIA, o santuário informa quese inscreveram jovens de diocesesportuguesas mas também deEspanha, Singapura e Nicarágua.O diretor do DNPJ considera que osparticipantes vão testemunhar “aalegria da vivência da celebraçãoda fé”. “Não estou só a vivenciar aminha fé, a vida por mais difícil quepossa parecer, por mais trabalhoque tenha na universidade, naescola, em casa, há outros colegas,outros jovens que sentem estemesmo compromisso”, desenvolveuo padre Eduardo Novo.

A partir do tema da “paz”, osacerdote pretende que existacapacidade de “reflexão ecompromisso”, procurando ajudarcada jovem “a parar, a escutar eencontrar-se para encontrar Deus”e “falar ao coração”. “Do coração deMaria mas também do coração deDeus e sentir este Deus grande quenos acolhe e espalha a sua ternura,a sua misericórdia, bondade”,observa.O Santuário de Fátima divulga queestá a organizar o Jubileu dosJovens para “celebrar oacontecimento e descobrir” namensagem de Fátima uma “propostade espiritualidade” para os jovensdo século XXI. Após o acolhimentoda parte da manhã, a partir das10h00, a tarde começa comdiversas propostas de preparaçãodedicadas ao tema da paz e aabertura oficial do JubJovem é às17h00, na Capelinha das Aparições.Segundo o programa a noitecontinua com uma “direta” com uma“experiência forte de silêncio” emperegrinação com momentos deoração e reflexão.No domingo, os jovens vão reunir-seno Recinto de Oração, a partir das10h00, para participar no terço, naMissa, no rito de envio do JubJoveme na procissão do adeus; aEucaristia vai ser presidida pelobispo de Leiria-Fátima, D. AntónioMarto.

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Peregrinação de agosto evocoumigrantese cristãos perseguidos

O presidente do Conselho Pontifíciopara a Nova Evangelização disseem Fátima que muitas pessoas são“forçados a fugir” porque “carregamo nome de cristãos”.Na homilia Missa de encerramentoda Peregrinação do Migrante eRefugiado ao Santuário de Fátima,a 13 de

agosto, D. Rino Fisichella referiuque muitos dos presentes “sabem oque significa a distância de casa, dafamília, dos afetos” e sabem o quesignifica viver num país estrangeiro.D. Rino Fisichella disse que, como aSão Pedro e aos pastorinhos, “épedido” às pessoas que caminhem

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“sobre as águas” nas “incertezas davida”, na “dor e sofrimento”. “Pareceque não somos escutados naquiloque pedimos, porque não sabemospedir. Quantas dúvidas tomam osnossos passos vacilantes como osde Pedro e parece que vamosafundar! E, no entanto, agarram-nos as mãos de Cristo que nostorna a levantar e segura abraçadosa Ele”; desenvolveu.O presidente do Conselho Pontifíciopara a Nova Evangelizaçãoassinalou que em Fátima, a Mãe deDeus “recorda a essência da vidacristã” que é feita de conversão, desilêncio, de oração e de testemunhoda caridade e as palavras aos trêspastorinhos - "Quereis oferecer-vosa Deus?" - são dirigidas hoje a cadapessoa.

“Quantas vezes vivemos aexperiência do pecado, doafastamento de Deus e do seuamor. Afundamo-nos cada vez mais,longe de nós mesmos e incapazesde manter verdadeiras relações deamizade, de sinceridade e de amor”,alertou.D. Rino Fisichella pediu aos fiéispresentes em Fátima que regressema casa com “a certeza de que o queé importante não é” o que NossaSenhora é para cada um mas o quecada um é “para ela”“Somos os seus filhos”, afirmou oarcebispo italiano que esteve naCova da Iria pela segunda vezdesde que é responsável pelo setordos santuários na Igreja; nessasfunções, integrou a comitiva doPapa Francisco nos dias 12 e 13 demaio.

O Festival Internacional de Cultura – FIC vai receber uma conversasobre ‘As artes contemporâneas no centenário das aparições de Fátima’com o padre e poeta José Tolentino Mendonça e os professoresuniversitários Mário Avelar e Alfredo Teixeira. Segundo o programa doFIC 2017 a conversa sobre ‘As artes contemporâneas no centenário dasaparições de Fátima’ começa às 21h30 do dia 29 de setembro, na Casadas Histórias Paula Rego, em Cascais.

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EL SALVADOR

Fundação AIS colabora com projecto depreservação da memória dos mártiresleigos"Se alguém deu a sua vida por algo,vale a pena perguntar-nos porquê".É desta forma que o sacerdotefranciscano Tomás O'Nuanain -missionário irlandês no El Salvador -explica o significado do seu trabalhode investigação no Secretariado dosMártires Leigos que procuradignificar as testemunhas de féassassinadas na sangrenta guerracivíl salvadorenha. Uma ferramentamuito útil que a Igreja poderá utilizarpara o estudo do reconhecimentodas vítimas como mártires.A mais pequena nação da AméricaLatina conta já com uma longa listade mártires encabeçada pelo BeatoD. Óscar Arnulfo Romero,assassinado em 1980 enquantocelebrava a Missa, e que acaba deser nomeado um dos Padroeirosdas Jornadas Mundiais daJuventude, a ter lugar em 2019 noPanamá. O seu testemunho dejustiça deixou um marco na históriacomo lembrou o Papa Francisco naaltura da sua beatificação, no dia 23de Maio de 2015: "D. Romeroocupou-se dos mais pobres emarginalizados e soube

guiar, defender e proteger o seurebanho, permanecendo fiel aoEvangelho e em comunhão comtoda a Igreja".A guerra civil no El Salvador assimcomo os anteriores conflitos e osque se seguiram, entre o exército doGoverno e os grupos paramilitaresem luta contra as forças insurgentese a guerrilha, de 1980 a 1992, foium dos episódios mais sangrentosna América Central. "Era uma épocade muita injustiça social, haviarepressão no campo, os sindicatoseram proibidos e apoiar umcampones era muito perigoso",lembra o Pe. Tomás CiaranO'Nuanain, numa recente entrevistaà Fundação AIS (Ajuda à Igrejaque Sofre).Segundo este missionário irlandês,"o clero estava completamentedividido, algo muito triste porquemuitos tinham politizado oEvangelho". "Uma forte minoriaapoiava o Bispo Romero e a sua lutaa favor dos direitos doscamponeses. Uma outra minoria,igualmente forte, estava contra tudoisto, e o resto do clero não tinhauma

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posição clara. Mas todos os queestávamos a lutar pela dignidadedos mais necessitados eramosameaçados e perseguidos. Eu sóqueria que não me torturassemantes de morrer", confessa o Pe.Tomás, coordenador do grupo deinvestigação "Testemunhas doEvangelho".O projecto conta já com cinco livrospublicados e brevemente serãoeditados outros nove. Serão 14publicações, uma para cadaprovíncia do país. "Queremosdignificar e honrar a memória dosmártires", afirma o sacerdotefranciscano de 73 anos lembrandoos Cristãos que lutaram pela justiçae testemunharam a sua fé emdiferentes momentos da história.O trabalho de investigação doSecretariado dos Mártires Leigosconsiste em recompilar informaçãoatravés de entrevistas ou arquivossobre cada um dos mártiresleigos,conhecer e escrever a suahistória para que não caia noesquecimento.A Fundação AIS apoia este projectocom 20.000 euros. Nas palavras deMarco Mencaglia, responsável deprojectos da AIS na América Latina:"A preservação da memória dosmártires, fora de qualquer lógicade

ressentimento, procura promoveruma paz verdadeira. Queremosestar ao lado da Igreja de ElSalvador, mostrando que otestemunho de fé simples esilencioso destes milhares de fiéiscontinua a ser muito mais forte eimpactante do que a terrívelviolência que sofreram."

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A ousadia da Missão sem Fronteiras

Tony Neves Espiritano

Arcozelo - Ponte de Lima acolheu os Jovens SemFronteiras (JSF), de braços e corações abertos.E a missão começou com este sentido de família.Os jovens, durante estes dez dias de intensamissão, acordaram sempre com as conversas ecantares dos peregrinos de Santiago, pois ocaminho português passa por ali. Também estesserviram de inspiração.As Eucaristias do fim de semana ajudaram aapresentar os jovens e o projeto de programamissionário. As manhãs eram destinadas àsvisitas aos doentes e pessoas idosas, nas suascasas, o que permitiu conhecer bastantesfamílias, conversar e rezar com as pessoas. Astardes eram de atividades com crianças eadolescentes, bem como para visitar os idososdo Centro de Dia de Arcozelo e do Lar da SantaCasa. As ‘Noites Missionárias’ encheram asComunidades de reflexão, partilha e oração pelaMissão e pelos Missionários espalhados pelomundo. Depois da Eucaristia animada pelos JSF,havia um tempo de festa no adro da Igreja quesemeou alegria entre os muitos que quiseramparticipar.Houve uma focagem especial nos 150 anos dachegada dos Espiritanos a Portugal bem comonos 80 anos da fundação da LIAM, MovimentoMissionário laical pertencente à grande FamíliaEspiritana. Este Movimento está presente emtodas as paróquias confiadas à responsabilidadepastoral do P. Ricardo Barbosa.À distância do tempo, os JSF foram celebrando oDia Mundial das Missões, com a utilização

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do Guião Missionário e adistribuição da pagela da Oração doOutubro Missionário.Sentiram-se sempre em casa nasParóquias e Comunidades visitadas:Igreja Paroquial de Arcozelo, Capelade Santo António, Capela daSenhora da Luz, Paróquias de Sá,Bertiandos e Santa Comba.A noite de segunda-feira foi tambémdedicada aos jovens e à formaçãomissionária, com uma reflexão apartir de textos missionários dojornal ‘Ação Missionária’.O dia do Grupo foi dividido entreuma manhã de Retiro na bela esimbólica Senhora do Minho e umatarde de mar em Vila Praia deÂncora.Na hora de partir, os JSF ouviram

palavras de gratidão e estímulo doP. Ricardo, o pároco, e demuitas pessoas das comunidadesvisitadas e animadas. O grupomostrou-se muito grato aos núcleosda LIAM de Arcozelo, Bertiandos eSanta Comba pelo apoio emanifestações de carinho. A partidapara as suas terras foi gesto deenvio porque a Missão continua e,agora, com mais razões e maisinspiração do Espírito Santo.Esta foi apenas uma das dezenasde Missões que os jovens católicosportugueses protagonizaram aolongo deste tempo de férias. É bomsentir que o planeta jovem aindamexe no que diz respeito á Fé e àMissão.

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