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FACULDADE 2 DE JULHO
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
KLEBER NUNES SOUZA
INCLUSÃO DIGITAL NA TERCEIRA IDADE
SALVADOR 2009
KLEBER NUNES SOUZA
INCLUSÃO DIGITAL NA TERCEIRA IDADE
Relatório de Monografia apresentado ao curso de graduação em Administração Geral, Faculdade 2 de Julho, como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Administração Geral. Orientadora: Profª Barrige Zacharias Mazza
SALVADOR 2009
K L E B E R N U N E S SO U ZA
INCLUSÃO DIGITAL NA TERCEIRA IDADE
Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em
Administração Geral da Faculdade 2 de Julho, pela banca Examinadora composta pelos
membros:
________________________________________________________________
Professora – Orientadora: Barrige Zacharias Mazza
Mestre em Marketing e Comercio Internacional pela Universidade da Extremadura -Espanha
_________________________________________________________________
Professora – Orientadora: Catarina Ferreira Silveira
Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
_________________________________________________________________
Professora – Thereza Olívia Rodrigues Soares
Mestre em Desenvolvimento Humano e Responsabilidade Social pela Fundação Visconde de
Cairú
Salvador, 17 de Junho de 2009
Dedico este trabalho a minha família, que me apoiou em todos os momentos de dificuldade.
Agradeço, em primeiro lugar, a Deus, sempre presente em nossas vidas. A minha querida família e a minha namorada pela paciência e compreensão pela ausência em certos momentos de suas vidas. A professora e orientadora Barrige Mazza, pela dedicação e paciência durante todo o processo, dando sempre sua parcela de contribuição de maneira fundamental para que este trabalho fosse confeccionado. A todas as pessoas que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização desde trabalho. Aos amigos que me incentivaram e apoiaram com palavras de incentivo, sempre.
As novas tendências tecnológicas proporcionam grandes dificuldades a terceira idade, e mediante circunstâncias, a linguagem da informática não é bem vista pela população idosa, pois, eles têm a sensação de que é muito difícil aprender todos os comandos desde ligar o computador, até acessar e navegar na internet. A informática é o meio no qual poderá integrar o idoso novamente na sociedade, rompendo assim os paradigmas e as resistências criadas por esta população.
RESUMO
SOUZA, Kleber Nunes. A INCLUSÃO DIGITAL NA TERCEIRA IDADE Orientador: Barrige Zacharias Mazza. Salvador: Faculdade 2 de Julho, 2009. Monografia (Graduação em Administração de Empresas).
O presente trabalho tem como objetivo identificar as principais dificuldades para a inserção da terceira idade no âmbito da informática, pois, sabe-se que a inclusão digital ainda é uma barreira para alguns indivíduos, notadamente os considerados terceira idade. Para atender a pergunta problema, foi necessário desenvolver um embasamento teórico que teve base em conceitos sobre terceira idade, comportamento do consumidor e a importância da informática.neste sentido foi desenvolvida uma pesquisa quantitativa que buscou entender as dificuldades dos longevos.Diante dos resultados da pesquisa foram elaboradas as conclusões que permitiram entender a problemática levantada e confirmar a hipótese inicial do trabalho, onde constatou-se que um grande numero de idosos não tem acesso a internet e tem grandes dificuldades no aprendizado da informática .
Palavras- chave: inclusão digital; terceira idade; comportamento do consumidor
ABSTRACT SOUZA, Kleber Nunes. INCLUSION IN THE DIGITAL AGE Third Advisor: Barriga Zacharias
Mazza. Salvador: Faculdade July 2, 2009. Monografia (graduation in Business Administration).
The present work has as objective to identify the main difficulties for the insertion of the third age in the scope of computer science, therefore, the third age is known that the digital inclusion still is a barrier for some individuals, considered. To take care of to the question problem, it was necessary to develop a theoretical basement that had base in concepts on third age, behavior of the consumer and the importance of informatics this direction was developed a quantitative research that it searched to understand the difficulties of the Ahead of the results of the research the conclusions had been elaborated that had allowed to understand the problematic one raised and to confirm the initial hypothesis of the work, where were evidenced that a great one I number of aged does not have access the great Internet and have difficulty in the learning of computer science Keywords: inclusion to digital; elderly, consumer behavior
LISTA DE TABELAS Tabela 1: A Evolução da Informática............................................................................................ 17 Tabela 2: Evolução de Gerações da Informática............................................................................18 Tabela 3: Influências sobre o papel do consumidor.......................................................................28
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Pirâmide Etária da população de Salvador em 1991.....................................................37
Gráfico 2: Pirâmide Etária da população de Salvador em 2000.....................................................38
Gráfico 3: Pirâmide Etária da população de Salvador em 2030.....................................................39
Gráfico 4: População Entrevistada.................................................................................................41
Gráfico 5: O Significado da Informática........................................................................................41
Gráfico 6: Motivos no interesse por informática...........................................................................42
Gráfico 7: Dificuldades encontradas em aprender informática......................................................43
Gráfico 8: Conhecendo um computador........................................................................................43
Gráfico 9: Manuseio do mouse......................................................................................................44
Gráfico 10: Funções básicas do computador.................................................................................44
Gráfico 11: Funções básicas do computador.................................................................................45
Gráfico 12: Periféricos do computador.........................................................................................46
Gráfico 13: A Internet....................................................................................................................46
Gráfico 14: Navegando na Internet................................................................................................47
Gráfico 15: Navegando na Internet................................................................................................47
Gráfico 16: Dificuldades em Instituições Bancárias......................................................................48
Gráfico 17: Dificuldades encontradas no uso de máquinas eletrônicas.........................................49
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................................................... 122
1.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ....................................................................... 144
2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................................................................ 166
2.1 A IMPORTÂNCIA DA INFORMÁTICA ......................................................................... 166
3 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR........................................................................................................ 21
3.1 O CONSUMIDOR TERCEIRA IDADE E SUAS NECESSIDADES .................................. 21
4 A TERCEIRA IDADE: HÁBITOS E EXPECTATIVAS ................................................................................... 31
4.1 QUALIDADE DE VIDA E PERSPECTIVAS..................................................................... 31
5 ANÁLISES E RESULTADOS............................................................................................................................... 40
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................................. 50
REFERÊNCIAS......................................................................................................................................................... 53
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO ......................................................................................................................... 55
ANEXO A – AUTORIZAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO ........................................................................................ 57
1 INTRODUÇÃO
A tecnologia foi incorporada no cotidiano do indivíduo mudando as nossas rotinas tanto
no trabalho como nas famílias, alterando principalmente nosso papel na sociedade e beneficiando
aos mais jovens pela fácil interação e aprendizagem no manuseio destas ferramentas e
conseqüentemente levando os idosos a perderem espaço como detentores do conhecimento no
núcleo familiar, além de não assimilarem tão rapidamente as aprendizagens destas tecnologias.
Assim, a inclusão tem como conceito o ato de permitir, favorecer ou facilitar o acesso do
indivíduo ao meio comum, inserido nas mais variadas formas, além de permitir e proporcionar
aos envolvidos uma maior percepção.
Neste sentido, é através da inclusão que o individuo pode obter mais oportunidades em
um mundo cada vez mais globalizado e exigente, onde pessoas estão sempre à margem da
sociedade e excluídas por não acompanharem aos avanços tecnológicos.
A justificativa deste trabalho teve como foco central identificar as dificuldades existentes
encontradas pela terceira idade no uso da informática, pois, sabe-se que os avanços tecnológicos
causam resistências, tornando os idosos esquecidos perante a sociedade, em decorrência da falta
de agilidade a estas tendências.
Deste modo, a elaboração do presente trabalho pretende responder nesta monografia a
seguinte pergunta: quais as principais dificuldades para a inserção da terceira idade junto ao uso
da informática?
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O objetivo principal deste estudo é levantar informações para entender as dificuldades
existentes pela terceira idade em adotar o uso da informática.
Como objetivos específicos, pretende-se também buscar informações sobre o uso da
informática pelos usuários da terceira idade, bem como entender os principais obstáculos por eles
encontrados e verificar o crescimento da expectativa de vida dos baianos quanto à terceira idade.
O pressuposto dessa pesquisa é mostrar que a falta de informação e conhecimentos sobre
tendências tecnológicas acaba afastando a terceira idade do convívio social e familiar, o que torna
necessário analisar a inclusão como aliada aos idosos na busca pela melhoria para o convívio na
sociedade e no relacionamento com os indivíduos.
De acordo com as informações atuais sobre a expectativa de vida dos longevos, alguns
indicadores apontam para a direção que muitos viverão mais tempo, abrindo espaço para ações de
melhorias de qualidade de vida desses indivíduos.
Por outro lado, observa-se que muitas pessoas da terceira idade possuem uma grande
energia, participando de projetos, vivendo de maneira intensa, contribuindo na produção e
intervindo nas mudanças sociais e políticas.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) 2000, o número de centenários
no mundo deve passar de 180 mil (ano 2000), para 3,2 milhões em 50 anos, enquanto a renda de
trabalho caiu 8,5 %, a das aposentadorias e fundos de pensão cresceu 54%.Ainda de acordo com
essa pesquisa sobre a população idosa alguns dados apontam que no Brasil esse público tem a
maior tendência de crescimento assim como sua renda, hábitos e novos comportamentos de
consumo e estilo de vida.
Portanto, esses indicadores conduzem a uma necessidade de importância política maior
voltada para os idosos que buscam seu espaço na sociedade e tem o poder de serem decisivos nos
mais variados segmentos, estando bem informados em relação aos jovens por lerem mais jornais,
assistirem a telejornais com maior freqüência e ainda podem votar.
De acordo com dados disponibilizados pela ONU (2000), verifica-se que no início do
século XX, estimava-se que um brasileiro vivia em média de 33 anos, aumentando esta estatística
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no século XXI para 68,6 anos. Ainda neste contexto, segundo a ONU, a taxa de população da
terceira idade a nível mundial deve quadruplicar nos próximos 50 anos passando dos 2 (dois)
bilhões.
Diante das novas necessidades de relacionamento entre as pessoas existentes, pode-se
verificar que a tecnologia e principalmente a informática, tem importante papel no cotidiano das
pessoas, tais como msn, skype, e-mail, orkut, dentre outros, proporcionando interação e
integração de grupos com os mesmos objetivos.
Constata-se que diante dos avanços tecnológicos de maneira mais intensa, é necessário o
desenvolvimento da humanidade, em especial a população da terceira idade, mesmo sabendo que
existem ações de não-aceitação de investimentos na área tecnológica, criando resistências e não
compreendendo a importância da tecnologia.
Assim, o presente estudo procura levantar informações sobre os idosos quanto a sua
inclusão no mundo tecnológico, especialmente para sua introdução de acesso a informática.
1.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
O presente trabalho tem como objetivo uma pesquisa de cunho quantitativa, tendo como
foco principal a obtenção de dados que permitam analisar as possibilidades de inserção do idoso
na utilização do computador.
Metodologicamente, o presente trabalho exigiu uma coleta de dados com entrevistas semi
estruturadas, relacionando questões as quais retratam os mecanismos para inserir os idosos no
mundo da tecnologia e informação.
O presente trabalho apresenta quatro partes distintas: a primeira apresentando os assuntos
a serem abordados; o segunda parte tratando a importância da informática para a população idosa,
falta de oportunidades encontradas, relatando a importância de participarem do processo de
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inclusão, sobretudo na sociedade; a terceira parte falando do comportamento do consumidor e a
quarta parte relatando a terceira idade, seus hábitos e expectativa de vida.
Esta pesquisa foi elaborada tomando como referência o embasamento teórico obtido
através de pesquisa bibliográfica em artigos, sites e monografias.
Além disso, foi feita uma pesquisa de campo, no qual constitui uma observação do
comportamento do público longevo quanto a sua inclusão no uso da tecnologia e dos problemas
encontrados pelos idosos na utilização do computador.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A IMPORTÂNCIA DA INFORMÁTICA
Este capítulo aborda a importância da informática em tempos de globalização no
mercado, as alterações e evoluções sofridas ao longo dos anos e os avanços tecnológicos
que modificaram a realidade de vida do ser humano na sociedade.
Constata-se que atualmente a informática é de grande importância no mundo atual ,
exigindo do profissional uma melhor qualificação e especialização com o objetivo de
ocupar uma vaga em um mercado cada vez mais competitivo.
Percebe-se que ao longo da história, o homem, através da busca em transmitir
informação, criou máquinas e métodos no alcance das suas necessidades, surgindo assim a
informática.
Segundo Lancharro (1991), a informática nasceu de a idéia de auxiliar o homem nos
trabalhos rotineiros e repetitivos, em especial de cálculo e gerenciamento.
Ainda segundo mesmo autor, “Informática é a ciência que estuda o tratamento
automático e racional da informação” (Lancharro, 1991,p.1).
Verifica-se que ao longo dos tempos, a informática veio a preencher lacunas
existentes em razão da não existência de recursos suficientes nos quais ajudassem o homem
nas suas atividades desempenhadas.
Portanto, para Lancharro (1991), a definição da informática é:
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A Informática é uma ciência que passou a ser tratada como tal há poucos anos, sendo associada a uma série de fatos e descobertas anteriores que serviram para que hoje em dia torna-se uma das ciências á qual o homem esta dedicando maior atenção e atribuindo maior importância. (Lancharro, 1991.pg.7).
De acordo com Lancharro (1991), a informática foi aprimorando-se a medida que
novas descobertas eram efetuadas para o melhor desempenho do homem e das suas
atividades, principalmente pela praticidade proporcionada por uma maquina como a
informática que livra o homem de trabalhos manuais e repetitivos como operações de
cálculo e redação de relatórios.
Ainda segundo o autor, o cálculo originou-se da palavra cálculos, há milhares de
anos denominando pequenas pedras usadas para contar, deslizando-se por sulcos cavados
no chão, sendo esta espécie de ábaco descoberta recentemente em escavações
arqueológicas.
A partir deste elemento de cálculo descoberto, outros similares apareceram em
diversos lugares, sendo chamados de ábaco o mais antigo a aproximadamente 3.500 a .C,
no vale entre o Tigre e o Eufrates, surgindo por volta de 2.600 a. C o ábaco chinês no qual
evoluiu de maneira rápida e chamado posteriormente em sua forma final de Suan- Pan.
Ainda segundo Lancharro, 1991o ábaco constituiu o primeiro manual de cálculo,
servindo para representar números no sistema decimal, além de realizar operações com
eles.
Após o surgimento do ábaco, no final do século XVI, o matemático escocês John
Napier inventor dos logaritmos naturais, idealizou um dispositivo baseado em bastões que
continham números, capazes de multiplicar e dividir de forma automática.
Conforme Lancharro (1991), em torno de 1623, Wilhelm Schickard, construiu uma
calculadora mecânica, baseada em rodas dentadas capazes de multiplicar, levando poucos
anos depois, em 1642, o matemático e filósofo Blaise Pascal a inventar a primeira máquina
automática de calcular, realizando operações de soma e subtração e mostrando o resultado
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numa série de janelinhas, sendo chamada inicialmente de Pascalina e mais tarde, o nome de
Máquina Aritmética de Pascal.
Segue no quadro 1 a relação das principais evoluções ocorridas pela informática:ao
longo dos anos.
Ano Autor Invenção
1650 Patridge Régua de Cálculo 1666 Samuel Morland Máquina Aritmética de Morland 1672 Gottfried Wilhelm von Leibnitz Calculadora universal (somava, subtraia,
multiplicava, dividia e extraia raiz quadrada) 1801 Joseph Marie Jackuard Tear automático com entrada de dados através
de cartões perfurados. 1822 Charles Babbage Máquina das diferenças 1833 Charles Babbage Projetou a máquina analítica semelhante ao
computador atual por dispor de programa, memória, unidade de controle e periféricos.
1854 George Pelir Scheutz Máquina das diferenças para obtenção de tabelas (semelhante a de Babbage).
1854 George Boole Teoria dos círculos lógicos (também conhecida como teoria da álgebra de Boole, permitindo a seus sucessores a representação de circuitos).
1866 Hermam Hollerith Máquina de recenseamento ou tabuladora, reduzindo em até 3 vezes o trabalho manual.
1895 Hermam Hollerith Inclusão na máquina a operação de soma para utilização na contabilidade das ferrovias centrais de Nova York.
1896 Hermam Hollerith Fundação da IBM 1887 Leon Bollee Máquina com função de multiplicar no qual
executava diretamente a função 1893 Otto Steiger A milionária, máquina utilizada em grandes
transações da época. 1914 Leonardo Torres Quevedo Máquina que simula determinados
movimentos de peças de xadrez. 1936 Alan M.Turing Máquina de Turing 1937 Howard H.Aiken Primeiro computador eletro-mecânico-
ASCC, também conhecido como MARK- I. 1938 Claude Shanonn Teoria da Álgebra de Boole 1940 John W.Mauchly Criação do ENIAC 1942 John Vicent Atanasoff Criação da máquina ABC, considerada na
época o primeiro computador digital 1944 John von Newmann Criação do modelo de Von Neumann, uma
máquina eletrônica com possibilidade de ser programada.
1951 Mauchly UNIVAC-I (Computador Automático Universal) que utilizava fitas magnéticas.
1952 Mauchly MANIAC-I, MANIAC- II e UNIVAC II. Fonte: Informática Básica: Lancharro (1991) Quadro 1: Evolução da Informática
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Conforme quadro1, a fase da pré-história da Informática finalizou-se em 1952 com
a construção de memória de núcleos de ferrite ao computador UNIVAC-II, proporcionando
assim melhor rendimento e qualidade as máquinas.
Ainda de acordo com os autores Alcalde, Garcia e Peñuelas (1991), o processo de
informatização tornou-se constante, propiciando a avanços tecnológicos e classificação dos
computadores de acordo a suas gerações tais como veremos na tabela a seguir:
1ª Geração (1940-1952) Constituída por computadores construídos à base de válvulas a vácuo, cuja
aplicação fundamental ocorreu nos campos militares e científicos. 2ª Geração (1952-1964) Substituição da válvula pelo transistor dando início à segunda geração de
computadores, dando as máquinas maior potência e confiabilidade, reduzindo tamanho e consumo, mais prática.
3ª Geração (1964-1971) Surgimento do circuito integrado, disponibilizando grande quantidade de componentes discretos tais como resistências, condensadores, diodos e transitores.
4ª Geração (1971-1981) Surgimento do microprocessador, inclusão de toda a CPU de um computador em um único circuito integrado, além da utilização da tecnologia LSI, permitindo a fabricação de computadores e microcomputadores pessoais e compactos.
5ª Geração (1981 aos dias atuais)
Os principais países produtores de novas tecnologias anunciaram uma nova geração com características como inteligência artificial, altíssima velocidade de processamento, dentre outras.
Fonte:Informática Básica (1991). Quadro 2: Evolução de Gerações da Informática
Pode-se verificar, segundo Albertin, (1999), que a evolução da informática é tratada
como fator contínuo, principalmente pelas novas tendências tecnológicas existentes, ou
seja, as mudanças sempre ocorrerão de acordo aos avanços propiciados pela tecnologia
avançada, buscando sempre o aprimoramento da informática.
Assim, segundo Ferreira (2003) p.7, a informática é “a ciência do tratamento
racional e automático da informação, considerada como suporte dos conhecimentos e
comunicações”.
Para Arsac (1970) p.10, a informática:
É a ciência do processamento racional, principalmente por computadores eletrônicos, da informação considerada como suporte do conhecimento humano e das comunicações nos domínios técnicos, econômicos e sociais.
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Conforme citação, percebe-se que a informática desenvolveu-se em virtude dos
embasamentos teóricos existentes pelos seres humanos, e das informações adquiridas pelo
homem, possibilitando uma melhor comunicação e domínio na sociedade pelas descobertas
alcançadas.
Verifica-se que a proposta de educação na informática para os idosos busca estreitar
as diferenças entre as gerações mais jovens existentes, aliando conhecimento, um bom
domínio e principalmente a necessidade de evoluir e acompanhar as tendências já existentes
no mercado pelo publico longevo.
Diante da visão de autores citados verifica-se que a informática transforma a vida do
indivíduo por possibilitar alternativas de conhecer, relacionar-se com as outras pessoas,
contribuindo de maneira positiva na construção de um indivíduo e o seu contato perante a
sociedade bem como transmitir informações de cunho cientifico que poderá melhorar a
qualidade de conhecimento dos profissionais das mais diversas áreas.
3 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
3.1 O CONSUMIDOR TERCEIRA IDADE E SUAS NECESSIDADES
Neste capítulo será abordado o consumidor e seu importante poder de decisão no
mercado, bem como a busca intensa no alcance das suas necessidades, onde a concorrência
a cada dia disputa a preferência através dos comportamentos manifestados pelo cliente, seu
estilo de vida e sua faixa etária.
Pode-se definir consumidor todo o indivíduo que procura algum produto ou serviço
para satisfazer suas necessidades, revende-las ou comprar bens e serviços para outras
pessoas.
Observa-se que o estudo sobre o comportamento do consumidor obteve início na
década de 60 objetivando compreender as variáveis que envolvem o consumidor final e
suas atitudes tais como variação de produtos, formas de compras, causas e efeitos de
persuasão.
O comportamento do consumidor se traduz na procura por bens e serviços nos quais
mantém uma relação aos fatores culturais, afetando as expectativas individuais sobre
determinados produtos ou serviços.
De acordo com Richers (1984), caracteriza-se o comportamento do consumidor
pelas atividades mentais e emocionais realizadas na seleção, compra e uso de produtos/
serviços para a satisfação de necessidades e desejos.
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Conforme Solomon,2008 algumas das características do consumidor são medidas
através da psicografia que entre outras funções diz:
O conhecimento das características do consumidor desempenha um papel extremamente importante em muitas aplicações de marketing, tais como a definição do mercado para um produto ou a decisão quanto às técnicas apropriadas a serem empregadas quando o alvo é um grupo de consumidores. (SOLOMON, 2008, p. 26)
Ainda para Solomon:
Comportamento do Consumidor é o estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou grupos selecionam, compram, usam ou descartam produtos, serviços, idéias ou experiências para satisfazer necessidades e desejos.(SOLOMON, 2008, p. 27).
Conforme citação, o consumidor é influenciado por grupos do seu convívio social
na compra de produtos, serviços, idéias das mais diversas, possibilitando ao mercado uma
possibilidade de atingir as necessidades da sociedade de maneira mais eficaz.
Deste modo, Solomon afirma que:
A maioria dos profissionais de marketing reconhece agora que o comportamento do consumidor é um processo contínuo e não se restringe ao que acontece no instante em que o consumidor entrega dinheiro ou apresenta seu cartão de crédito em troca de mercadoria ou serviço.(SOLOMON, 2008, p. 28).
Observa-se que o comportamento do consumidor é de extrema importância ao
marketing, pois, através do seu perfil e atitudes é possível avaliar quais as tendências que
mais agradam ao mercado e aquelas que podem ser melhoradas.
Neste sentido, Solomon (2008) afirma que o comportamento do consumidor é o
processo no qual os indivíduos ou grupos selecionam, usam produtos, serviços, idéias e
experiências, dispondo do mesmo para satisfazer as suas necessidades e desejos.
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Deste modo, para Kotler e Keller (2006), uma vez que o propósito do marketing
centra-se em atender e satisfazer às necessidades e aos desejos dos consumidores, torna-se
fundamental conhecer o seu comportamento de compra.
Por outro lado, Pinheiro (2006), mostra que comportamento do consumidor é uma
área interdisciplinar envolvendo ferramentas e conceitos metodológicos de diferentes áreas
do conhecimento tais como psicologia, economia, sociologia, antropologia cultural dentre
outras.
As questões mencionadas são de extrema importância na análise de comportamento
do consumidor, pois deixa transparecer sua aceitação de estilos, sua resistência, seus
costumes e hábitos de compras.
Os hábitos de vida dos consumidores relacionam-se a fatores como renda, atividade
profissional, estilo de moradia dentre outras.
Sendo assim, entender o comportamento do consumidor é algo que todas as
organizações desejam alcançar e, assim seria possível aumentar as vendas, bem como o
nível de satisfação da clientela.
Compreender o comportamento do consumidor não é uma tarefa das mais fáceis em
virtude da necessidade das empresas em cuidarem da maneira correta da sua clientela, não
perdendo o foco nos objetivos e tendências de mercado.
O comportamento do consumidor é motivo de pesquisas, palestras e seminários,
pois, as empresas revelam a dificuldade que possuem para entender o comportamento do
consumidor e as novas influências de compras tais como a moda e a tecnologia.
Sendo assim, a informática torna-se um importante veículo de comunicação entre o
mundo globalizado e as necessidades individuais de cada consumidor.
Segundo Kottler (1999), os canais eletrônicos desviarão os negócios dos canais
baseados em lojas tradicionais nos mais diversos setores de bens e serviços muito em breve.
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A revolução da informação digital conduzirá o cliente a uma era em que a compra e a venda se tornarão mais convenientes e automáticas onde as empresas estarão conectadas umas às outras e aos seus clientes em uma rede virtual e os comerciantes que continuarem a vender de maneira antiga simplesmente desaparecerão do mercado. (KOTTLER, 1999, p.12).
O consumidor tem o avanço da tecnologia, em especial o uso da informática como
um facilitador na comparação de ofertas e preços, além de exercer o poder de interação e
negociação com o mundo a sua volta.
Sabe-se que o Marketing atualmente age diretamente no comportamento do
consumidor, intensificando a concorrência de mercado, além da busca pela sobrevivência
aliada a necessidade do conhecimento e do comportamento do consumidor.
Observa-se que um fator chave no processo de mudança no comportamento do
consumidor, sobretudo brasileiro, está no avanço tecnológico, permitindo o acesso das
diversas classes aos meios de comunicação.
Para Albertin (1999), o avanço da internet possibilitou o surgimento de
Organizações Virtuais, que se caracterizam por um arranjo sistêmico de entidades e buscam
integrar dinamicamente por meio da Tecnologia da Informação (TI).
Para Churchill e Peter (2003, p. 146), “comportamento do consumidor é uma
confusão de pensamentos, sentimentos, ações e as influencias sobre eles causadas
determinando mudanças”.
Ainda segundo Churchill e Peter (2003), existem empresas tais como Mcdonald’s
que utilizam parte dos seus lucros no investimento de marketing visando alcançar e
conquistar um nicho de mercado sem perfil definido (indecisos).
Segundo Solomon o produto atualmente é comercializado não apenas pela sua
qualidade como também pelos papéis desempenhados atualmente na sociedade.
Para Michael Solomon:
Um dos princípios fundamentais no moderno campo do comportamento do consumidor é o fato das pessoas freqüentemente comprarem produtos não apenas
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pelo que eles fazem, e sim devido ao seu significado e pela propaganda sobre ele realizada. (SOLOMON, 2008, p.34).
O consumidor muitas vezes acaba comprando produtos ou serviços por falta de
necessidade, deixando ser influenciado por produtos lançados pelos grandes veículos de
comunicação de massa e suas respectivas imagens.
Contudo, as influencias culturais contribuem diretamente para a mudança de
comportamento do consumidor, pois, a cultura é a personalidade de uma sociedade
desempenhada fortemente no papel e na formação da identidade do indivíduo.
Observa-se que o publico longevo merece atenção especial e compreensão das suas
necessidades, tendências e comportamentos de consumo com o objetivo de preencher
lacunas existentes no mercado para atender as suas expectativas.
Nota-se que o comportamento do consumidor da terceira idade vem despertando a
atenção dos profissionais de marketing, em virtude dos seus hábitos tais como alimentos,
bebidas, vestuário, calçados, além do aumento no consumo de maneira representativa.
Percebe-se também o quanto é necessário compreender as necessidades, anseios,
desejos e expectativas do publico longevo assim como o seu comportamento na sociedade.
Para Solomon (2002) “a medida em que a população envelhece, as suas
necessidades tornam-se cada vez mais evidentes”.
Ainda segundo Solomon (2002) ao passar do tempo, o comportamento do
consumidor, em especial dos longevos torna-se cada vez mais rigoroso, pois alguns deles
possuem auto-estima elevada para adquirir novos produtos assim pode-se afirmar que :.
O conjunto de valores principais que são importantes para o consumidor longevo é a autonomia, no qual os consumidores deste segmento querem levar vidas ativas e serem auto-suficientes, conexão e valorização da ligação o qual possuem com amigos e família. Solomon (2002) pg.27.
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Conforme citação, o comportamento do consumidor da terceira idade atual deve-se
ao dinamismo, vivendo com qualidade de maneira ativa e a busca da independência sempre
não dependendo das pessoas mais jovens na tomada de algumas decisões.
Sabe-se que o comportamento do consumidor consiste em uma parte essencial do
marketing e o conhecimento sobre os hábitos do publico longevo torna possível obter um
bom relacionamento e uma satisfação plena das suas diversas necessidades.
Observa-se também que antes de procurar entendermos o comportamento do
consumidor é necessário analisarmos o que necessariamente faz a diferença a ele, para que
através de um estudo de mercado o produto ou serviço proporcione valor de mercado ao
seu consumidor e satisfação ao compra-lo.
Verifica-se que o consumidor atual é mais exigente por estar atento ao que acontece
no mercado a sua volta, tem um poder de participação maior nos processos de criação das
grandes empresas, visando a estes clientes uma satisfação plena, criando valor a marca e
principalmente vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes.
O comportamento do consumidor possui características decisivas ao mercado,
podendo mudar tendências existentes e promover novos hábitos dentro da sociedade, pois,
segundo Shet (2001):
O comportamento do consumidor é definido como as atividades físicas e mentais realizadas por clientes de bens de consumo e industriais que resultam em decisões e ações, como comprar e utilizar produtos e serviços, bem como pagar por eles (SHET; MITTAL; NEWMAN, 2001. pg 29)
O consumidor segundo Sheth; Mittal e Newman (2001), possui no ato de uma
transação de mercado três papeis a serem desempenhados, ou seja, o comprador (aquele
que seleciona) um produto, o que paga pelo produto e o que usa ou consome o produto.
Enquanto o usuário, conforme Seth; Mittal e Newman (2001), é a pessoa que
efetivamente consome ou utiliza o produto ou recebe os benefícios do serviço, o pagante é a
pessoa que financia a compra e o comprador a pessoa que participa da obtenção do produto
no mercado.
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Como vimos, existem diversos comportamentos aos quais definem um consumidor
e suas respectivas necessidades, proporcionando a sua realização pessoal através do produto
ou serviço adquirido visando atender as suas necessidades.
Segundo Sheth, Mittal e Newman (2001), comportamento do consumidor
caracteriza-se pela inclusão de atividades físicas (visitar lojas, ler relatórios de
consumidores, conversar com vendedores e emitir um pedido de compra), e mentais (julgar
a adequação das qualidades de uma marca de produto ou serviço, fazendo inferências sobre
a qualidade de um produto ou serviço mediante informações veiculadas em propagandas,
avaliando as experiências do produto efetivamente).
Conforme Seth (2001) o comportamento do consumidor tem suas necessidades
influenciadas por características diversas, tais como clima, topografia e ecologia como ver-
se no quadro 3:
28
Fonte: Comportamento do Cliente (2001) pg 120. Quadro 3: Influências exercidas no papel do consumidor
Características Impacto Geral Usuário Pagante Comprador Resposta do Marketing
Clima (temperatura, vento, umidade e chuvas em uma área)
Necessidades variam de acordo com os climas e mudanças sazonais dentro do mesmo clima.
Certos tipos alimentação, roupa e abrigo são necessários. São necessários produtos relacionados ao tempo predominante exigindo um embalamento adequado.
Produtos “fora de lugar” custam mais.
Instalações de estocagem apropriadas ao clima afetam a compra acelerada. O mau tempo pode retardar uma compra. Serviços de busca e entrega podem ser necessários no mau tempo.
Marketing regional. Marketing sazonal.
Topografia (Condições de terreno onde a compra é realizada)
Variações no consumo regional
Produtos adaptados às condições locais (por ex:seguro contra enchentes e água engarrafada podem ser necessários)
Produtos relacionados a necessidades especiais devem ser previstos no orçamento.
Dificuldades de transportes podem exigir a minimização de viagens, a compra em grandes lotes ou a delegação das compras a outros.
Marketing regional
Ecologia (recursos naturais vegetação, animais e os seres humanos cadeia alimentar)
Alteração da adequabilidade de produtos / serviços.
São necessários produtos para o controle de poluição. São necessários produtos que não prejudiquem o ambiente.
Produtos que não prejudicam o ambiente podem custar mais.
Produtos que não prejudicam o ambiente podem exigir um esforço maior de busca.
Marketing verde. Direcionamento para clientes conscientes em termos ambientais.
29
Fonte: Comportamento do Consumidor (p. 191) Figura 1- Teoria das Necessidades
Percebe-se que o consumidor é movido por necessidades que melhor correspondam
as suas expectativas, sendo muitas vezes estes produtos adquiridos de maneira
desnecessária, apenas para satisfazer uma vontade momentânea, melhorar a auto-estima ou
auto-realizar-se psicologicamente.
Os consumos de produtos pelo público longevo realizado, são, na sua maioria
adquiridos de maneira consciente, pois buscam produtos ou serviços que atendam a suas
reais necessidades, como alimentação, lazer, saúde dentre outras.
De acordo com informações levantadas junto a Folha On Line,(2009) demonstram
as informações sobre a pesquisa do Data Folha (2009), mostrando que a seguridade social
do pais tem um volume de dinheiro público destinado aos idosos maiores do que os
recursos destinados a educação afirmando que os gastos na redução da pobreza são grandes
e que os idosos ainda ajudam no sustento familiar.
30
Deste modo, a figura 2 mostra os ganhos dos aposentados que atualmente ainda
conseguem ajudar a família.
FONTE: FOLHA ON LINE: EXTRAÍDO DO DATA FOLHA 2009
Figura 2: Dados da Terceira Idade
Por outro lado, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2007 de
mostrou que dos pesquisados, 67% afirmaram receber aposentadoria oficial -entre os que
têm 70 anos ou mais, a cobertura chega à casa dos 80.Este estudo ainda apontou
percentuais bem menores em países como México (19%), Costa Rica (37%), Peru (24%) e
Bolívia (14,7%), para a população acima de 65 anos.
31
Confirma-se, no Datafolha, a precocidade da aposentadoria no país: 57% declararam ter começado a receber os benefícios antes dos 60. Defensores da reforma da Previdência advogam que seja estabelecida uma idade mínima de 65 anos, adotada em diversos países como forma de reduzir os riscos de um colapso financeiro do sistema de seguridade. Na média, cada aposentado recebe R$ 777,60 mensais, segundo as respostas dos pesquisados. O valor supera o rendimento médio dos trabalhadores apurado pelo IBGE em 2007 nas regiões Norte R$ 741 e Nordeste R$ 592.(FOLHA, 2009).
Conclui-se que o comportamento do consumidor é analisado visando entender as
experiências e expectativas do consumidor e do idoso sobretudo porque no perfil desse
público existe necessidades especificas , a exemplo de utilização de remédios de uso
continuo, planos de saúde ,necessidades de lazer e necessidades de comunicação. Nota-se
que para esses desejos e expectativas abre-se oportunidade para as empresas buscarem esse
cliente que pode ser um novo consumidor, com qualidade expectativa de vida maior .
4 A TERCEIRA IDADE: HÁBITOS E EXPECTATIVAS
4.1 QUALIDADE DE VIDA E PERSPECTIVAS
O presente capítulo abordará a população da terceira idade e suas perspectivas
quanto a qualidade de vida, prolongando sua longevidade e proporcionando a esta
importante parcela da população condições mais dignas de sobrevivência.
As pessoas com passar dos anos envelhecem fisicamente, mentalmente e
espiritualmente, passando por grandes transformações de tal maneira que produtos ou
serviços que eram convenientes em épocas passadas, mudarem de opinião e gostos devido
ao seu amadurecimento e necessidades diferenciadas.
Considera-se terceira idade a fase adulta do indivíduo no qual a idade é igual ou
maior a 60 anos de idade, onde o indivíduo necessita de uma atenção maior e de programas
de inclusão da sociedade, visando o ingresso dos mesmos.
Identificada por outras pessoas como uma das fases mais importantes da vida de um
indivíduo, a terceira idade não possui um conceito padrão em virtude do comportamento de
cada indivíduo na sociedade.
Segundo Temoteo (2009), A Alfabetização Digital na Terceira Idade “Os indivíduos
nessa fase da maturidade buscam novos desafios, ora instaurados pelo acesso a novas redes
de sociabilidades ora por serem integrantes do mercado emergente de novos consumidores
da tecnologia”:
33
Pode-se avaliar com relação aos efeitos do envelhecimento um fenômeno interessante que termina convertendo-se em um circulo vicioso: na medida em que incrementa a idade e o individuo torna menos ativo suas capacidades físicas diminuem, começa a aparecer o sentimento de velhice causando estresse, depressão e diminuição da atividade física (TEMÓTEO, 2009, pg. 7).
Na visão de Temoteo, 2009 a auto-estima dos idosos também merece ser trabalhada
no objetivo de mostrar ao público longevo que a velhice não pode ser o principal motivo do
insucesso perante a sua diminuição de capacidade e fracasso na execução de atividades
desenvolvidas.
Segundo Temóteo (2009), “os idosos estão na mídia como representantes de uma
nova atitude social, mostrando a arte de envelhecer bem e evitando a exclusão da nossa
sociedade”.
Verifica-se que o idoso tem uma tendência depressiva mais acentuada em relação a outros ciclos de vida, em virtude de julgarem-se incapazes de exercer atividades desempenhadas por pessoas mais jovens, alem da falta de oportunidades aos idosos destinadas pelos seus familiares e pela sociedade (TEMOTEO, pg 7).
Observa-se também que os avanços tecnológicos proporcionam ao público longevo
perspectivas maiores de vida e saúde, melhorando, sobretudo a qualidade de vida da
terceira idade.
Verifica-se que o segmento da terceira idade é aquele representado pelo indivíduo
que, em termos comportamentais de consumo quer aproveitar a vida, buscando qualidade e
conveniência, além do poder de decisão no ato de consumo.
Para Temoteo (2009), a carência de produtos e serviços voltados às necessidades
dos longevos estão aos poucos, sendo trabalhadas em virtude de ações mercadológicas e
campanhas publicitárias atribuindo assim uma nova imagem aos idosos.
Questiona-se quanto ao perfil de características do indivíduo na terceira idade
levando em consideração não apenas os aspectos biológicos (preferências por produtos que
auxiliem na saúde e na qualidade de vida) e sim os aspectos psicológicos (busca de
34
informações e habilidade na resolução de problemas) e sociais, principalmente o fato de
apresentar idades semelhantes não permitirem a eles um mesmo tipo de comportamento e
envelhecimento.
Ainda para Temoteo (2009):
O idoso assim como qualquer ser humano aprende muito com os erros cometidos, passando pelas adversidades existentes e possibilitando a ele, idoso, a experimentar a sensação de errar e de acertar como algo natural, ou seja, se não ousar em saber que o erro faz parte do processo de aprendizagem, terão sérias dificuldades de inclusão no mundo digital (TEMÓTEO, 2009, pg.14).
Temoteo afirma que:
É necessário o investimento educativo no objetivo de propiciar uma participação maior dos idosos, dando ao longevo a capacidade de mostrar o seu potencial, conhecimento, deixando de ser apenas meros consumidores e participando com maior destaque ao acesso de avanços tecnológicos (TEMÓTEO, 2009, pg.12).
Ainda segundo Temoteo (2009), percebe-se que o bloqueio criado pelo idoso no uso
da informática e sua linguagem, torna difícil a aprendizagem dos comandos, desde ligar o
computador ao acessar e navegar na internet.
Nota-se que, segundo Temoteo (2009) a criatividade e a vontade de viver persistem
nos idosos, vivenciando novas experiências, aprendendo uns com os outros e neutralizando
preconceitos existentes associados à velhice, sendo um dos principais fatores de exclusão
deles na sociedade.
A maioria dos idosos leva uma vida mais ativa e multidimensional, sendo de
fundamental importância a criação de produtos adaptados às condições físicas deste
segmento, tornando-se necessário investir na terceira idade, tornando-se um negócio
atrativo para as empresas, pois o publico longevo revela-se um consumidor em potencial.
Para Temoteo (2009) questiona-se que para o idoso envelhecer de maneira
satisfatória, depende do equilíbrio encontrado entre as suas limitações e as potencialidades
35
sendo necessário desenvolver uma flexibilidade individual e social para que o longevo
adapte-se a esta nova fase da sua vida.
As pessoas crescem, envelhecem e criam bloqueios de que o avanço da idade, não
permite ao publico longevo algo para fazer em virtude de todo o investimento feito entre a
juventude e a fase adulta do indivíduo.
Temoteo (2009) afirma que:
Na sociedade moderna existente, os idosos que possuem direitos garantidos assim como todos os cidadãos inseridos na sociedade, ainda encontram problemas em nossa sociedade quando o assunto é oportunidades, principalmente no mundo digital e informatizado, onde o jovem tem muito mais oportunidades por sua vitalidade e rápida capacidade de aprendizagem. (TEMÓTEO, 2009, pg.17).
Constata-se que uma das maiores preocupações das pessoas mais jovens está em
como chegar a terceira idade sem apresentar problemas de doenças que os tornem
dependentes de outras pessoas.
Nota-se segundo Temoteo (2009), que a sociedade analisa a terceira idade como um
ser velho, relacionando a idéia de perdas, associando a idéia de estagnação, inflexibilidade
e inutilidade, isolando-os da sociedade.
Para rever esta impressão e para que o idoso tenha qualidade de vida, o governo
precisa aprimorar a atenção no setor da saúde, proporcionando fácil acesso aos
medicamentos básicos e aos postos de saúde para a população da terceira idade.
Além disso, para obter uma saúde melhor e ajudar a população da terceira idade
alcançar a longevidade, é preciso que o país comece a rever o atendimento dado ao idoso,
preparando desde cedo os jovens através das faculdades de medicina a atenderem com
maior precisão e interesse os pacientes com idade superior a 60 anos.
Para Temoteo (2009) estar na terceira idade significa uma nova perspectiva de
pensar e vivenciar as transformações sofridas pelo envelhecimento, buscando o novo e
acompanhando as mudanças sociais.
36
Segundo Temoteo (2009)
Alfabetização é a pessoa que sabe ler e escrever, porém no mundo atual, o conceito sofreu algumas alterações: temos que ser alfabetizados também no mundo digital, ou seja, autonomia diante das diversas tecnologias existentes, dentre elas o computador e o uso da informática.
Sabendo-se disto,para Temoteo (2009), a terceira idade tem a necessidade de
ingressar na sociedade através do mundo digital e adquirir capacidades até então associadas
ao publico mais jovem, dominando as novas tecnologias com eficiência e competência.
Observa-se que o publico longevo criam paradigmas, e vivem a parte da sociedade
pela falta de oportunidades encontradas sendo assim excluídos por não acompanharem as
novas tendências existentes.
A terceira idade perde espaço como referencial de conhecimento dentro do seu
núcleo familiar para os mais jovens em virtude da facilidade com que interagem e
aprendem a manusear as novas tendências tecnológicas, gerando nos longevos um
desconforto e alto estima baixa por não assimilarem tão rapidamente as estas inovações.
Mediante estas informações, a linguagem da informática não é bem vista pelos
idosos, pois existe a sensação de que é muito difícil aprender todos os comandos desde ligar
o computador, até acessar e navegar na internet.
A imagem da terceira idade, para Temoteo (2009) está erroneamente associada a
aspectos antigos e ultrapassados, tendo uma imagem negativa para os próprios idosos
quando os assuntos em questão são doenças, debilidades físicas, desânimo e a dependência
física.
Na pirâmide Etária demonstrada abaixo, pode-se verificar segundo dados da Seplan
(2000), que a pirâmide etária de Salvador tinha uma configuração e com o tempo as
expectativas de vida tem aumentado o permite verificar que em 2000 a pirâmide já tinha
outra configuração,como pode-se observar na figura II
37
150000 100000 50000 0 50000 100000 150000
00-04
05-09
10-14
15-19
20-24
25-29
30-34
35-39
40-44
45-49
50-54
55-59
60-64
65-69
70-74
75 e +
Fai
xa E
tári
a
Pirâmide Etária da População de Salvador em 1991
HomensMulheres
Fonte Seplam,2000
Figura 3 :demonstrativo da distribuição da população De Salvador por faixa etária 1991
38
150000 100000 50000 0 50000 100000 150000
00-04
05-09
10-14
15-19
20-24
25-29
30-34
35-39
40-44
45-49
50-54
55-59
60-64
65-69
70-74
75 e +
Fai
xa E
tári
a
Pirâmide Etária da População de Salvador em 2000
HomensMulheres
Fonte Seplam ,2000
Figura 4 :demonstrativo da distribuição da população De Salvador por faixa etária 2000
Em seguida pode-se observar a projeção dessa população para o ano de 2030, o que
verifica-se que Salvador terá um contingente muito maior de idosos , o que permite inferir
que a população não irá crescer na mesma proporção e que a terceira idade será muito
maior .
39
150000 100000 50000 0 50000 100000 150000
00-04
05-09
10-14
15-19
20-24
25-29
30-34
35-39
40-44
45-49
50-54
55-59
60-64
65-69
70-74
75 e +
Fai
xa E
tári
a
Pirâmide Etária da População de Salvador em 2030
Homens
Mulheres
Fonte Seplam ,2000
Figura 5:demonstrativo da distribuição da população De Salvador por faixa etária 2030
Verifica-se também que o Estatuto do Idoso, importante ferramenta de defesa dos
direitos sociais é mais conhecido entre o público mais jovem do que os próprios idosos,
mostrando que parte do público longevo não conhece seus direitos estabelecidos em lei.
Pode-se concluir que os idosos que adquirirem novas competências, compreendendo
e acompanhamento das novas mudanças tecnológicas e suas atuações na sociedade, estarão
inseridos com mais facilidade no novo formato de sociedade cercado de novas tecnologias.
5 ANÁLISES E RESULTADOS
O principal objetivo desta pesquisa foi avaliar as dificuldades encontradas pela
terceira idade na utilização de novas tendências tecnológicas na cidade de Salvador,
mostrando como os principais entraves do publico longevo para assimilar as novas
tecnologias, principalmente com a utilização do computador.
O Questionário foi realizado com 30 entrevistados escolhidos aleatoriamente, com
idade a partir dos 60 anos, utilizando-se o método descritivo, nos quais, foram analisadas e
interpretadas todas as respostas obtidas com a elaboração de questionários, sem
identificação dos participantes, proporcionando uma maior liberdade nas respostas sobre os
temas tratados.
Foram coletadas 30 (trinta) questões buscando avaliar o grau de percepção do
publico longevo em relação às questões relacionadas a informática e o uso do computador,
bem como identificar quais as maiores dificuldades encontradas pela terceira idade.
As informações foram coletadas através do questionário, sendo o seu preenchimento
realizado pelo responsável do questionário, utilizando-se de uma linguagem simples e
direta para que o respondente compreendesse com clareza o que estava sendo perguntado.
O Questionário foi aplicado na tarde do dia 16/05/2009, nos shoppings Iguatemi e
Salvador Shopping e, com base nas respostas obtidas e informações coletadas em pesquisas
bibliográficas, foram elaboradas as conclusões deste trabalho.
41
Perfil Sexo
Gráfico 1- Sexo quanto a população entrevistada Fonte: Pesquisa própria
Observa-se que 57% da população entrevistada pertence ao sexo feminino,
mostrando que esta parcela do público entrevistado, possui maior facilidade em adequar-se
a inovações.
Gráfico 2- Importância da Informática Fonte: Pesquisa própria
42
Diante dos resultados da pesquisa, pode-se observar que a terceira idade busca
interagir com a sociedade e o mundo a sua volta, através das novas tendências tecnológicas
que são comprovadas através de 47% de respostas que afirmam que a informática pode ser
uma oportunidade.Por outro lado 53% dizem que não gostam.
Gráfico 3-Motivações no interesse pela informática Fonte: Pesquisa própria
Como pode-se verificar cada indivíduo é motivado por necessidades próprias,
apresentando características distintas sobre o uso e a aprendizagem da informática na
terceira idade, principalmente os motivos nos quais levam o público longevo a
interessarem-se pelo tema proposto. 60% de afirmativas falam da necessidade e 10%
mostram que a informática pode ser oportunidade.
43
Dificuldades Encontradas em Aprender Informática
Falta de
Paciência
23%
Dificuldade em
Aprender
33%
Falta de Tempo
27%
Desinteresse
17%
Gráfico 4: Dificuldades encontradas em aprender informática Fonte: Pesquisa própria
Os indivíduos considerados da terceira idade encontram alguns obstáculos de
inserção das novas tecnologias. As principais são: dificuldade para aprender com 33%,
seguida pela falta de tempo que aparece com 27%, pela falta de paciência com 23%, e pelo
próprio desinteresse do publico longevo com 17%. Estes resultados indicam que o receio da
máquina pode estar presente nestas respostas.
Gráfico 5- Conhecendo um computador Fonte: Pesquisa própria
44
O computador é uma ferramenta de fácil acesso atualmente, porém para 67% do
público longevo entrevistado, significa um desafio dos mais complicados, pois, a sua
maioria ainda não tem familiaridade com o manuseio da máquina, mostrando quanto é
necessário a realização de incluí-los no mundo digital.
Gráfico 6-Manuseio do mouse Fonte: Pesquisa própria
Verifica-se que mesmo as funções mais simples de um computador podem causar
transtornos ao público da terceira idade, 70% das afirmações mostra que ainda existe muita
dificuldade de adaptação no uso do computador.
45
Gráfico 7- Conhecendo as funções básicas do computador Fonte: Pesquisa própria
Através dos resultados da pesquisa no gráfico 7 pode-se verificar que para 73%
dos respondentes ainda é grande a dificuldade em aprender a manusear um computador,
bem como as suas funções básicas.
Gráfico 8- Conhecendo as funções básicas do computador Fonte: Pesquisa própria
A população da terceira idade necessita de incentivo na utilização de novas
tecnologias, pois, conforme gráfico 8, 70% ainda não sabem utilizar as funções básicas no
uso de um computador como digitação de palavras, números e frases. O pode dificultar o
acesso de o público longevo aprender a conviver lado a lado com os avanços tecnológicos.
46
Gráfico 9- Conhecendo os periféricos do computador Fonte: Pesquisa própria
As informações levantadas pela pesquisa sobre a utilização dos periféricos
confirmam as outras respostas da investigação. Deste modo, pode-se verificar que 73% dos
entrevistados também sentem dificuldades no manuseio de computadores.
Gráfico 10- A Internet Fonte: Pesquisa própria
A Internet quando utilizada de maneira eficaz, proporciona grandes benefícios a
vida de um indivíduo, dando opções das mais diversas possíveis. Porém, conforme dados
do gráfico 10, 80% dos longevos não acessaram a internet.
47
Gráfico 11- Navegando na internet Fonte: Pesquisa própria
Segundo dados do gráfico 11, a quantidade de pessoas na terceira idade que nunca
navegaram na internet é de 77% além da dificuldade na aprendizagem, muitos deles tem
que dividir o computador com netos, filhos e pessoas mais jovens que sempre colocam
como prioridade suas atividades a serem executadas.
Gráfico 12 Navegando na Internet Fonte: Pesquisa própria
48
As resposta dos 23% das pessoas da terceira idade, mostram que 50% admitem que
possuem e-mails pessoais assim como 50% vêem noticiários divulgados em grandes
canais de circulação, tornando-se desta forma a preferência do publico longevo no acesso a
internet, conforme gráfico 12.
Gráfico 13- Dificuldades em Instituições Bancárias Fonte: Pesquisa própria
Dentre as dificuldades encontradas pela população da terceira idade no uso das
novas tecnologias, os caixas eletrônicos encontrados nas instituições bancárias não
costumam trazer grandes dificuldades ao público longevo, conforme dados do gráfico 13
que demonstra que apenas 7% tem dificuldade.
49
Gráfico 14- Dificuldades encontradas no uso de máquinas eletrônicas Fonte: Pesquisa própria
As observações a seguir demonstram que dos 97% dos idosos que tem dificuldade
de acessar os caixas eletrônicos e que apenas 3% pede ajuda para utilizar as máquinas o que
pode-se deduzir que muitos deles usam a” boca do caixa” dos bancos para realizar
pagamentos, receber dinheiro, dentre outras atividades.
Através dos dados relacionados nos gráficos, pode-se constatar a importância que a
terceira idade possui ao mercado consumidor, pois, suas necessidades precisam ser
respeitadas.
Assim, pode-se constatar que existe uma dificuldade de inserção para novas
tecnologias como uso do computador e sua utilização. Por outro lado, já aparecem sinais de
que algumas ferramentas tecnológicas como caixas eletrônicos estão atenuando essas
dificuldades.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O grande avanço da tecnologia no mundo globalizado, proporciona aos clientes
cada vez mais exigentes a opção de escolha sobre os produtos adquiridos levando as
grandes empresas a buscar melhorias na qualidade dos produtos e serviços, mantendo-se no
mercado cada vez mais competitivo.
Dentro desse contexto, buscou-se responder nesta monografia a seguinte pergunta:
quais as principais dificuldades para a inserção da terceira idade junto ao uso da
informática?
Portanto, a pesquisa desenvolvida procurou levantar informações que permitiu
entender que as principais dificuldades existentes pela população da terceira idade na
utilização e uso da informática.
Neste sentido, foi possível constatar na pesquisa o grau de dificuldade encontrada
pelo público longevo quanto a utilização do computador, onde 67% não sabem ligar a
máquina, mostrando a grande dificuldade encontrada por esse público.
Outro aspecto relevante verificado na investigação junto ao público da terceira idade
quanto as dificuldades encontradas em aprender informática, mostra que 33% dos
entrevistados tem dificuldades na aprendizagem, bem como a falta de paciência por parte
dos 23% dos entrevistados.
O estudo confirma também que, apesar da grande rejeição da terceira idade quanto
ao uso da informática, suas funções e comandos, foi constatado que 93% dos entrevistados
51
não sentem dificuldades com máquinas eletrônicas nas agências bancárias quando
acessadas, mostrando que a tecnologia e a terceira idade podem ter um boa convivência.
Durante o desenvolvimento da pesquisa, foram encontradas algumas dificuldades
como exemplo o medo por parte dos entrevistados de terem seus nomes revelados no
questionário, bem como o desconforto que tinham em dizer que não sabiam nada de
informática, mesmo sabendo da importância dela nos dias atuais. Porém, aqueles que
permitiram as entrevistas foram atenciosos e responderam com bastante sinceridade os
questionários propostos pelo pesquisador.
O estudo também confirmou a hipótese quando mostra que 77% dos idosos não tem
acesso a internet , o que significa que a falta de informação pode afastar o idoso do
convívio social .. Portanto torna-se necessário analisar a inclusão como aliada na busca pela
melhoria para o convívio na sociedade e no relacionamento com os indivíduos.
A pesquisa relatou que a população da terceira idade sente mais comodidade em
passar por situações dos quais não dependam de esforços quanto ao uso de aparelhos
tecnológicos, como a boca do caixa em um banco, pois, sabem que lá serão atendidos com
qualidade e não passarão transtornos e preconceitos por parte da nossa sociedade.
A Inclusão digital representa maiores oportunidades de qualificação e melhoria de
vida para todo o indivíduo na sociedade, permitindo boas perspectivas de crescimento
pessoal e profissional no mercado de trabalho.
Faz-se necessário não apenas programas de inclusão destas pessoas no mercado e
sim conscientiza-los da importância em um mundo cada vez globalizado, dotado de
avanços tecnológicos de aprenderem a adequar-se a novas tendências de mercado
existentes, como exemplo, ter conhecimento em informática.
Nos últimos anos, pode-se constatar o aumento quanto a expectativa de vida da
população da terceira idade, em virtude das novas tendências existentes nos mais variados
segmentos como saúde, lazer, e principalmente pelo aumento na qualidade de vida.
52
O Brasil atualmente tornou-se um país com uma ótima expectativa de vida,
principalmente para o publico longevo que a cada dia luta para garantir na sociedade um
espaço por eles conquistados, visto que as inovações tecnológicas acabam beneficiando os
mais jovens pelo dinamismo e fácil adaptação às novas tendências
Este estudo, não tem a finalidade de esgotar o assunto sobre a inclusão digital na
terceira idade, pois, acredito que o aprofundamento desta pesquisa científica possa dar
continuidade ao tema em questão para futuras investigações.
REFERÊNCIAS
ALBERTIN, Alberto Luiz. Administração de Informática. 2ª ed.São Paulo, 1999. FERREIRA, Anderson Jackle; TERRA, Newton Luiz; DORNELLES, Beatriz.Terceira Idade. Novas Tecnologias e Solidariedade. Envelhecimento bem sucedido. 2ª ed. Porto Alegre, 2003. INÁCIO, Sandra Regina da Luz. Análise do comportamento do consumidor. Disponível em INÁCIO, Sandra Regina da Luz. Análise do comportamento do consumidor. Disponível em www.artigos.com/artigos/sociais/administracao/lideranca/analise-do-comportamento-do-consumidor.Acessado em abril de 2009 KOTTLER, 1999. Disponível em: <www.google.com.br> Acessado em março de 2009. LANCHARRO, Eduardo Alcalde; LOPEZ, Miguel Garcia; FERNANDEZ, Salvador Peñuelas. Informática Básica. São Paulo, 1991. pág MANÃS, Antônio Vico. Administração de Sistemas de Informação. 2ª ed. São Paulo, 2002. pág.135 e 136. MATTAR, Michel Fauze. O Comportamento do consumidor brasileiro da terceira idade para o mercado de residências especializados.disponível em: <www.ead.fea.usp.br/semead/8semead/resultado/trabalhosPDF/311.pdf> acessado em março de 2009. PINHEIRO, Roberto Meireles; CASTRO, Guilherme Caldas de; SILVA, Helder Haddad; NUNES, José Mauro Gonçalves. Comportamento do Consumidor e pesquisa de mercado. 3ª ed. Rio de Janeiro pág.14. SEPLAM : Secretaria de Planejamento e meio Ambiente .2000.Plano Diretor PDDU
54
SHETH, Jagdish N; MITTAL, Banwari; NEWMAN,Bruce I.Comportamento do cliente.São Paulo,2001.pág 29-87 SOLOMON, Michael R. O comportamento do consumidor. 7ª ed. Porto Alegre, 2008. pág. 27 TEMOTEO, Sergio. A Alfabetização Digital na Terceira Idade: O Impacto das Novas Tecnologias. Disponível em:<www.iesc.edu.br/pesquisa/arquivos/alfabetização_digital_na_terceira_idade.pdf> Acessado em janeiro de 2009 . TURBAN, Efraim; McLEAN, Ephraim; WETHERBE, James. Tecnologia da Informação para Gestão. Transformando os negócios na economia digital. 3ªed.São Paulo, 2004.
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO
Questionário
1) O que significa a informática para você?
( ) Lazer ( ) Oportunidade ( ) Outros ( ) Não Gosto
2) O que motivou você a se interessar por informática? ( ) Necessidade ( ) Passatempo ( ) Oportunidade ( ) NDA
3) Qual a maior dificuldade em aprender informática? ( ) Falta de Paciência ( ) Dificuldade de aprendizagem ( ) Falta de tempo ( ) NDA
4) Você sabe ligar o computador? ( ) Sim ( ) Não
5) Você sabe manusear o mouse, conduzindo um ícone até a tela? ( ) Sim ( ) Não
6) Você consegue digitar números, palavras e frases no computador? ( ) Sim ( ) Não
7) Consegue apagar ou deletar o que escreve no computador? ( ) Sim ( ) Não
8) Consegue abrir algum programa no computador com o mouse? ( ) Sim ( ) Não
9) Consegues utilizar a tecla de espaço no computador ?
56
( ) Sim ( ) Não
10) Você consegue utilizar as letras maiúscula e minúscula do computador ? ( ) Sim ( ) Não
11) Já acessou a internet alguma vez ? ( ) Sim ( ) Não
12) Já navegou na Internet ? ( ) Sim ( ) Não
13) Se já navegou, o que mais interessa a você? ( ) Ler Jornal ( ) Filme ( ) Jogos ( ) E-mail ( ) Outros
14) Quando vai a alguma instituição bancária, tem dificuldades no uso das máquinas eletrônicas? ( ) Sim ( ) Não
15) Se a resposta for sim, você pede ajuda a alguém? ( ) Sim ( ) Não
ANEXO A – AUTORIZAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO
BIBLIOTECA BASÍLIO CATALÁ CASTRO
AUTORIZAÇÃO
Eu, Kleber Nunes Souza, CI nº 06648300-05, autorizo a Faculdade Dois de Julho a utilizar minha monografia de Conclusão de Curso no seu
Site e na sua Biblioteca, não podendo ser disponibilizada para fotocópia para seus usuários.
Salvador, __ de _____ de 2009.
___________________________________________
Avenida Leovigildo Filgueiras, 81 – Garcia , CEP: 40100-000 – Caixa Postal 350 Salvador Bahia/Brasi- Telefax: (71)3114-3407.........wwwfdj.edu.br ........e-mail: