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1 IMPLANTAÇÃO DE REDE DE DRENAGEM NA AVENIDA OMAR AZIZ CIDADE DE DEUS, MANAUS-AM. Noriane Mendonça De Souza Estudante de Engenharia Civil, Centro Universitário do Norte Uninorte, Manaus. Eng. JOSÉ ROBERTO DE QUEIROZ ABREU RESUMO A drenagem urbana é o conjunto de medidas que tem como objetivos minimizar os riscos que a população está sujeita diminuir os prejuízos causados por inundações e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma harmônica, articulada e sustentável. Ou seja, a drenagem nada mais é do que o gerenciamento da água da chuva que escoa no meio urbano, através de bueiros, valas e outros elementos. O orçamento de uma obra do serviço da drenagem é a parte mínima do orçamento geral da obra. Implantar um projeto de qualidade e realizar uma drenagem que possibilite o escoamento específico das águas pluviais, para o sistema de drenagem possibilita o funcionamento dos espaços mesmo na ocorrência das chuvas. Poder ter uma visão diferenciada para implantação de um sistema de drenagem, faz com possamos evitar que aconteçam problemas maiores e até mesmo acidentes, que podem surgir prejuízos imensuráveis e até perda de vidas humanas. A maioria das vezes o sistema de drenagem existente em um município chega a ser ultrapassado e nunca passou por uma manutenção. Esse sistema foi caracterizado para uma realidade antiga onde as cidades não eram popularizadas da forma dos tempos atuais. Os projetos daquele tempo não foram feitos pensando nas populações futuras e não atende a realidade atual e consequentemente as redes mostram insuficientes para escoar essa vazão. Ou algumas das vezes ocorrem de a população adentrar um determinado espaço (bairro), sem nenhuma estrutura de sistema básica, como água, luz e telefone. E acabam tendo problemas futuros com a falta de drenagem no local. O projeto aqui apresentado é um exemplo de como é feito todo o processo de implantação de uma rede de drenagem. Palavras - chaves: Saneamento, Drenagem Urbana, Projeto.

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IMPLANTAÇÃO DE REDE DE DRENAGEM NA AVENIDA OMAR AZIZ

CIDADE DE DEUS, MANAUS-AM.

Noriane Mendonça De Souza

Estudante de Engenharia Civil, Centro Universitário do Norte – Uninorte, Manaus.

Eng. JOSÉ ROBERTO DE QUEIROZ ABREU

RESUMO

A drenagem urbana é o conjunto de medidas que tem como objetivos

minimizar os riscos que a população está sujeita diminuir os prejuízos

causados por inundações e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma

harmônica, articulada e sustentável. Ou seja, a drenagem nada mais é do que

o gerenciamento da água da chuva que escoa no meio urbano, através de

bueiros, valas e outros elementos. O orçamento de uma obra do serviço da

drenagem é a parte mínima do orçamento geral da obra. Implantar um projeto

de qualidade e realizar uma drenagem que possibilite o escoamento específico

das águas pluviais, para o sistema de drenagem possibilita o funcionamento

dos espaços mesmo na ocorrência das chuvas. Poder ter uma visão

diferenciada para implantação de um sistema de drenagem, faz com possamos

evitar que aconteçam problemas maiores e até mesmo acidentes, que podem

surgir prejuízos imensuráveis e até perda de vidas humanas.

A maioria das vezes o sistema de drenagem existente em um município

chega a ser ultrapassado e nunca passou por uma manutenção. Esse sistema

foi caracterizado para uma realidade antiga onde as cidades não eram

popularizadas da forma dos tempos atuais. Os projetos daquele tempo não

foram feitos pensando nas populações futuras e não atende a realidade atual e

consequentemente as redes mostram insuficientes para escoar essa vazão.

Ou algumas das vezes ocorrem de a população adentrar um

determinado espaço (bairro), sem nenhuma estrutura de sistema básica, como

água, luz e telefone.

E acabam tendo problemas futuros com a falta de drenagem no local.

O projeto aqui apresentado é um exemplo de como é feito todo o processo de

implantação de uma rede de drenagem.

Palavras - chaves: Saneamento, Drenagem Urbana, Projeto.

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ABSTRACT

Urban drainage is the set of measures that aims to minimize the risks that the

population is subject to reduce the damages caused by floods and to enable

urban development in a harmonious, articulated and sustainable way. That is,

the drainage is nothing more than the management of rainwater that flows in the

urban environment, through sewers, ditches and other elements. The budget of

a drainage service work is the minimum part of the overall budget of the work.

Implement a quality project and perform a drainage that allows the specific flow

of rainwater to the drainage system allows the operation of the spaces even in

the occurrence of rainfall. Being able to have a different vision for the

implantation of a drainage system, does with that we can avoid that bigger

problems and even accidents happen, that immeasurable damages can occur

and even loss of human lives.

Most of the time the existing drainage system in a municipality comes to be

exceeded and never undergo a maintenance. This system was characterized

for an ancient reality where the cities were not popularized in the form of the

present times. The projects of that time were not made considering the future

populations and do not meet the current reality and consequently the networks

show insufficient to flow this flow.

Or some of the time occur of the population entering a certain space

(neighborhood), without any basic system structure, such as water, electricity

and telephone.

And they end up having future problems with the lack of drainage at the site.

The project presented here is an example of how the whole process of drainage

network implementation is done.

Key - words: Sanitation, Urban Drainage, Project.

1. OBJETIVOS DO PROJETO

O objetivo deste projeto é de fornecer as informações necessárias,

para nível de detalhamento suficiente que permita a implantação do projeto de

revitalização da área de estudo. Reduzir a exposição da população e das

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propriedades ao risco de inundações e minimizar sistematicamente o nível de

danos causados pelas inundações.

2. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O local do estudo será realizado no Bairro Cidade de Deus na Avenida

Omar Aziz uma das principais vias do bairro.

3. INTRODUÇÃO

3.1. Projeto de Drenagem

O projeto de drenagem consiste em um conjunto de estudos e medidas

para determinação das vazões e dimensionamento de dispositivos com o

objetivo de minimizar os riscos e prejuízos causados pelas precipitações e

possibilitar desenvolvimento urbano de forma equilibrada, articulada e

sustentável.

As bases para desenvolvimento do projeto iniciam com a obtenção de

dados básicos referentes ao histórico local sobre climatologia, meteorologia,

levantamento planialtimétrico cadastral e projeto geométrico.

O estudo é composto de memorial descritivo e de cálculo, abrangendo

as características principais do projeto de drenagem e metodologia para o

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dimensionamento das vazões de projeto e seções necessárias para drenagem

das vias.

3.1.1. O projeto de drenagem está dividido em

Drenagem superficial:

Valetas de Proteção;

Entradas D’águas, Descidas D’águas e Dissipadores de Energia.

Caixas Coletoras;

Bueiros de Greide.

Dissipadores de Energia para valetas, descidas e bueiros;

Drenagem Urbana:

Bocas de Lobo;

Gárgulas;

Poço de Visita;

Redes de Águas Pluviais

3.2. Considerações construtivas e especificações

Os dispositivos de drenagem indicados no projeto atendem o

preconizado no “Álbum de Projeto-Tipo dos Dispositivos de Drenagem do DNIT

2013”, e para os casos atípicos foram elaborados projetos especiais.

A execução dos serviços propostos deverá atender disposto nas

seguintes Normas de Especificação Técnica do DNIT:

Norma do DNIT

Serviço Descrição

018/2004 - ES Drenagem Sarjetas e valetas de drenagem

019/2004 - ES Drenagem Transposição de sarjetas e valetas

020/2006 - ES Drenagem Meio-fio e guias

021/2004 - ES Drenagem Entradas e descidas d'água

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022/2006 - ES Drenagem Dissipadores de Energia

023/2006 - ES Drenagem Bueiros tubulares de concreto

026/2004 - ES Drenagem Caixas coletoras

027/2004 - ES Drenagem Demolição de dispositivos de concreto

028/2004 - ES Drenagem Limpeza e desobstrução de dispositivos de drenagem

029/2004 - ES Drenagem Restauração de dispositivos de drenagem danificados

030/2004 - ES Drenagem Dispositivo de drenagem urbana

Tabela 01 - Fonte Instituto de Pesquisa Rodoviária (IPR) – DNIT

www.dnit.gov.br/ipr_new/normas/especificacaoservico.htm

3.3. Critério do Dimensionamento

O dimensionamento dos dispositivos de drenagem, tais como valetas,

sarjetas, bueiros, foi fundamentado nos estudos hidráulicos, determinado às

seções de vazão necessárias para captar e remover as águas que atingem o

corpo da via.

3.3.1. Estudo de Chuvas Intensas

Os registros de chuvas da estação de Manaus, código ANA (00359006)

com altitude 70 m, foram utilizados para a determinação das intensidades,

durações e frequências de chuvas. A equação de chuvas intensas da cidade de

Manaus, conforme expressa a seguir é utilizada para durações de chuvas

entre:

Para 10mim ≤ t ≤ 24hs:

Onde:

i = Intensidade da chuva, mm/h;

Tr = Período de retorno, anos;

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t = Duração da chuva, minutos;

Tempo de Recorrência

O Tempo de Recorrência ou Período de Retorno é o inverso da

probabilidade de um determinado evento hidrológico ser igualado ou excedido

em um ano qualquer.

Para o projeto de microdrenagem o período de retorno adotado é T=10 anos.

Tempo de Concentração

O tempo de concentração é definido pelo tempo que o deflúvio leva

para atingir o curso principal desde os pontos mais longínquos até o local onde

se deseja definir a descarga.

O tempo de concentração adotado para o projeto é t=10 min.

A partir do ponto inicial do sistema de drenagem deve-se acrescer o

tempo de percurso, que é o tempo de escoamento dentro dos dispositivos,

calculado pela divisão do comprimento pela velocidade em cada trecho.

3.3.2. Determinação da Vazão de Projeto

A vazão de projeto será determinada a partir da Fórmula Racional:

360

AICQ

Onde:

Q = vazão de projeto em m³/s.

C = coeficiente de escoamento superficial adimensional.

A = área de contribuição em ha.

I = intensidade média da chuva em mm/h.

Coeficiente de Escoamento Superficial

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Os coeficientes de escoamento superficial (C) foram ponderados conforme

especificações do “Manual de Hidrologia Básica para Estruturas de Drenagem -

DNIT”, publicação IPR-715 de 2005, resultando na adoção dos seguintes

valores:

Para o cálculo da vazão de projeto dos dispositivos de plataforma:

C = 0,90 - para áreas pavimentadas;

C = 0,70 - para as superfícies em taludes;

C = 0,30 - para áreas gramadas;

Para as áreas externas à plataforma da estrada:

C = 0,20 – para áreas não urbanizadas, parques e praças e áreas

verdes,

C = 0,85 – urbanizadas e passíveis de urbanização.

Para a drenagem superficial foi adotado o período de retorno de 10 anos e

tempo de concentração inicial de 10 min.

3.3.3. Determinação da Capacidade máxima de Vazão

A altura e velocidade de escoamento dos bueiros e galerias e o

dimensionamento das valetas, sarjetas e canais foram determinados utilizando-

se a fórmula de Manning associada a da continuidade:

VAQ

Onde:

Q = vazão, em m³/s;

A = área, em m²;

V = velocidade, em m/s.

)( 2/13/2 iRV

Onde:

V = velocidade de escoamento, em m/s;

i = declividade longitudinal, em m/m;

R = raio hidráulico em m;

η = coeficiente de rugosidade.

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Os coeficientes de rugosidade de Manning, bem com as velocidades

máximas admissíveis, seguem os critérios preconizados adotados pelo

Departamento Nacional de Infraestrutura– DNIT e do Departamento de

Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo – DER/SP para bueiros e

canais que interfiram em cursos d’águas, os valores adotados foram

sintetizados nas tabelas a seguir:

Tabela 3 - Coeficiente de Rugosidade de Manning

Dispositivos

Bueiros

Tubulares de Concreto 0,013

Celulares e Ovóides de concreto 0,018

Metálicos sem Revestimento de Concreto 0,024

Metálicos com Revestimento de Concreto 0,018

Canais e Valetas de Proteção

Revestidos de concreto - Canais 0,016

Revestido de Concreto - Valetas de Proteção Banqueta

0,016

Revestidos de Pedra Argamassada 0,025

Revestidos de Gabiões Tipo manta 0,027

Tipo caixa 0,029

Sem revestimento 0,035

Revestidos em grama em placas

I < 1% 0,065

1% I < 2% 0,046

2% I < 3% 0,041

3% I < 5% 0,038

I 5% 0,035

Sarjetas de Corte

Revestidos de concreto 0,016

Revestidos em grama em placas

I < 2% 0,049

2% I 4% 0,047

I > 4% 0,055

Valetas de canteiro Central

Revestidos de concreto 0,016

Revestidos em grama em placas

I < 2% 0,065

2% I 4% 0,062

I > 4% 0,068

As velocidades máximas de escoamento foram estabelecidas para não

ocasionar erosão nos dispositivos com revestimento vegetal ou sem

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revestimento, ou causar abrasão nos dispositivos com revestimento de

concreto.

Tabela 4 - Velocidade Máxima Admissível

Dispositivos V (m/s)

Bueiros

Bueiros contíguos 0,80 V 6,0

Bueiros de travessia e finais de rede 4,50

Canais

Revestidos de concreto ou pedra argamassada

4,50

Revestidos em grama em placas 1,60

Sem revestimentos Argila / Silte 1,20

Areia 0,40

Sarjetas, Valetas

Revestidos de concreto 6,00

Revestidos em grama em placas- solos arenosos

0,80

- solos argilosos 1,80

4. DRENAGEM SUPERFICIAL

O sistema de drenagem superficial da plataforma compõe-se de um

conjunto de dispositivos que visam a interceptar, captar e conduzir os deflúvios

afluentes da plataforma da rodovia, conduzindo-os a pontos adequados de

lançamento.

4.1. Valetas de Proteção

As valetas de proteção, como o próprio nome expressa, tem a função

de proteger via e são compostas de valetas de proteção de corte, valeta de

proteção de aterro. O padrão utilizado é seção trapezoidal com revestimento

em concreto aterro, em função das vazões e velocidades máximas admissíveis.

As valetas devem ser executadas com a declividade adaptada ao

terreno natural, porém se devem observar os terrenos de baixa declividade,

muito planos, as valetas devem ser executadas com declividade mínima de

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0,5%, sendo verificadas com auxílio de equipe de topografia, garantido que não

ocorra extravasamento em qualquer ponto da valeta.

A lâmina d’água máxima admitida nas valetas deve garantir uma borda

livre mínima de 20% da altura da seção revestida. Foram utilizadas VPA03 e

VPA04 do padrão DNIT.

4.1.1. Entrada para Descidas D’água

São dispositivos de transição utilizados para direcionar e lançar as águas que

escoam pelos meios fios para as descidas d’águas.

Localizam-se nas bordas das plataformas, nos pontos onde é atingido o

comprimento crítico da sarjeta, nos pontos baixos das curvas verticais

côncavas, junto às pontes, pontilhões e viadutos e, algumas vezes, nos pontos

de passagem de corte para aterro.

Considerando sua localização, as saídas d'água devem ser:

- de greide, para deságue num único sentido ao longo de uma rampa – EDA01;

- de ponto baixo, para deságue se dá nos dois sentidos – EDA02.

4.1.2. Descida D’água

As descidas d’água têm como objetivo conduzir as águas captadas por

outros dispositivos de drenagem, pelos taludes de corte e aterro e também no

caso de valetas de banquetas quando é atingido seu comprimento crítico e em

pontos baixos.

A descida d'água, por se localizar em um ponto bastante vulnerável na

via, principalmente nos aterros, requer cuidados especiais, sendo previsto o

confinamento da descida no talude de aterro devidamente nivelada e protegida

com o revestimento indicado para os taludes, evitando-se os desníveis

causados por caminhos preferenciais durante as chuvas intensas e

consequentes erosões que podem levar ao colapso toda a estrutura.

4.1.2.1. Descidas D’água de Aterro

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São dispositivos que conduzem as águas provenientes da plataforma

nos seguintes casos:

Decida D’água de Aterros Tipo Rápido “DAR” - conduzem as águas

provenientes das sarjetas de aterro quando é atingido seu comprimento

crítico, e, nos pontos baixos, através das saídas d'água, desaguando no

terreno natural. Nos desníveis mais elevados foram indicados

dispositivos armados “DAR03”, de modo a garantir a integridade

estrutural do dispositivo, caso ocorra problemas no talude.

Descida D’água de Aterros em Degraus “DAD” – aplicadas

preferencialmente nas saídas dos bueiros elevados visando conduzir o

fluxo pelo talude até o terreno natural.

4.2. Dissipador de Energia

Dissipadores de Energia são dispositivos destinados a dissipar energia

do fluxo d’água, reduzindo consequentemente sua velocidade no deságue dos

dispositivos de drenagem em terreno natural, com finalidade de diminuir os

riscos de erosões.

Os dispositivos indicados para os projetos são:

DES - Dissipador de energia aplicável a saídas de sarjetas e valetas;

DEB - Dissipador de energia aplicável a bueiros tubulares de concreto

4.3. Caixa Coletora

As caixas coletoras foram utilizadas nos seguintes casos:

Coletar águas conduzidas por valetas a serem esgotadas por bueiros de

greide;

Permitir a inspeção dos condutos que por elas passam, com o objetivo

de verificação de sua funcionalidade e eficiência.

O dispositivo padrão DNIT atende os casos projetados, não havendo

necessidade de dispositivos especiais.

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4.4. Bueiros de Greide

São dispositivos destinados a conduzir as águas coletadas por

dispositivos de drenagem superficial na plataforma da estrada ou de vias

urbanas, até um local seguro de deságue. O ponto de início do bueiro se dá

quando o dispositivo de drenagem superficial atingir a vazão máxima

admissível, o comprimento crítico, ou ainda em pontos que recebem

contribuição localizada, proveniente de talude de corte.

Nos trechos urbanos, os bueiros de greide se compõem de galerias de

águas pluviais, que serão apresentados no item “Drenagem Pluvial Urbana”.

As classes dos tubos de concreto foram especificadas de acordo com a NBR –

8890/07 – “Tubo de concreto armado de seção circular para águas pluviais”,

sendo equivalentes as determinadas no projeto tipo do DNIT.

Os tubos de concreto serão assentados sobre berço de areia grossa,

conforme a disponibilidade do material na região.

Serão usadas Bocas de Bueiros Simples, Caixas Coletoras de

Sarjetas, Descidas D’água e Dissipadores de Energia como dispositivos

auxiliares de entrada e saída dos bueiros de greide.

Os bueiros de greide foram dimensionados a partir da fórmula de

Manning, considerando-se regime permanente, lâmina d’água máxima (y/D)

igual a 0,82.

5. DRENAGEM PLUVIAL URBANA

O sistema de drenagem pluvial urbana se compõe de um conjunto de

dispositivos que visam a interceptar, captar e conduzir os deflúvios afluentes

das vias urbanas, conduzindo-os a pontos adequados de lançamento.

5.1. Sarjetas

As sarjetas em trecho urbano têm como objetivo conduzir os deflúvios

afluentes das vias urbanas e áreas adjacentes ao ponto de captação através

das bocas de lobo.

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A determinação dos espaçamentos dos deságues são de acordo com a

capacidade de escoamento pluvial da via, foi calculada com o emprego da

fórmula de Izzard, ou seja:

8

3

2

1

375,0 yIZ

Q

Onde:

Q = vazão, em m³/s;

Z = inverso da declividade transversal, em m/m;

I = declividade longitudinal, em m/m;

y = profundidade relativa à linha de fundo, em m;

η = coeficiente de rugosidade.

O uso do meio-fio para proteção das bordas e taludes de aterro atende

o critério de segurança da via, porém sua geometria reduz muito a capacidade

de escoamento, sendo necessária a utilização de parte do acostamento ou da

pista como faixa de alagamento assim prolongando a extensão do deságue. As

larguras desta faixa de alagamento foram determinadas para propiciar

segurança aos usuários, assim foi considerado um alagamento máximo de

1,50m no acostamento.

O espaçamento dos deságues foram obtidos em função da vazão de

projeto ou em função de uma largura fixada, sobrepondo o calculo das seções

formadas por declividades diferentes entre o dispositivo e a via, demonstrado a

seguir:

Onde:

Q = vazão total, em m³/s;

L = faixa de alagamento, em m;

z21

1

L1 L2

z11

3 2

yo

1

L3

yo

2

L = L1+L2 Q = q1+q2-q3

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Para as vias foram utilizado meios fios especiais MFC, meio-fio combinado com

sarjeta e MF meio fio (guia) padrão detalhado do projeto de drenagem.

5.2. Bocas de Lobo

São dispositivos que têm a finalidade de captar as águas pluviais que

escoam pelas sarjetas para, em seguida, conduzi-las às galerias subterrâneas

de águas pluviais.

Os tipos de bocas de lobo utilizadas foram definidos conforme a

características do projeto para o trecho urbano, sendo as bocas de lobo

simples, dupla e tripla com abertura vertical (tipo guia chapéu).

Como as bocas de lobos tipo guia chapéu não estão no padrão DNIT,

foram elaborados dispositivos especiais, apresentados no Projeto de

Drenagem.

O espaçamento entre as bocas de lobo foi determinado pela

capacidade de captação da mesma e em função da capacidade hidráulica da

sarjeta.

5.3. Gárgula

As gárgulas são dispositivas de drenagem, sobressalentes que captam

a água dos meios fios e são destinadas a valetas, ou descidas, ou lançadas ao

terreno natural ao ponto de desague.

Os dispositivos indicados para os projetos são:

GD – Gárgula dupla aplicável a saídas de meios fios nos pontos baixos

da via.

5.4. Poço de Visita

Os poços de visita são dispositivos que têm a finalidade de permitir

mudanças ou das dimensões das galerias ou de sua declividade e direção. São

dispositivos também previstos quando, para um mesmo local, concorrem mais

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de um coletor. Têm ainda o objetivo de permitir a limpeza nas galerias e a

verificação de seu funcionamento e eficiência.

5.5. Rede Coletora de Águas Pluviais

As redes coletoras de águas pluviais são compostas por bueiros

tubulares de concreto que tem a finalidade de conduzir os deflúvios afluentes

das vias urbanas e áreas adjacentes captadas pelas bocas de lobo e direcioná-

los a local de lançamento apropriado.

As classes dos tubos de concreto foram especificadas de acordo com a

NBR – 8890/07 – “Tubo de concreto armado de seção circular para águas

pluviais”, sendo equivalentes as determinadas no projeto tipo do DNIT.

As galerias de águas pluviais foram dimensionadas a partir da fórmula

de Manning, considerando-se regime permanente, lâmina d’água máxima (y/D)

igual a 0,82.

6. CONSIDERAÇÕES CONSTRUTIVAS E ESPECIFICAÇÕES

Deverão ser observados todos os padrões e disposições construtivas

da Prefeitura Municipal, da NBR 12266/1992, NBR 15645/2008, além das

especificadas em projeto e a seguir:

6.1. Escavação e Valas e cavas.

Os equipamentos a serem utilizados deverão ser adequados aos tipos

de escavação. Nas valas de profundidade até 4 metros serão utilizadas

retroescavadeiras, podendo ser usada escavação manual no acerto final da

vala. A escavação mecânica de valas com profundidade além de 4 metros

deverá ser feita com escavadeira hidráulica. Em ruas ou locais sem

pavimentação a fiscalização poderá permitir o uso de retroescavadeira com

eventual necessidade de rebaixamento do terreno para se atingir a

profundidade desejada, sem remuneração do volume extra a ser escavado.

Ao iniciar a escavação, a empresa executora deverá ter feito à

pesquisa de interferências para que não sejam danificados quaisquer tubos,

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caixas, cabos, postes ou outros elementos ou estruturas existentes que

estejam na área atingida pela escavação ou próximos a esta, e readequar o

traçado ou profundidade projetada, sempre com autorização da fiscalização.

Se a escavação interferir nas galerias ou tubulações, a empresa

executora dos serviços deverá executar o escoramento e a sustentação destas.

A empresa executora deverá manter livres as grelhas, tampões e bocas de

lobo das redes dos serviços públicos, junto às valas, não devendo aqueles

componentes ser danificados ou entupidos.

Mesmo autorizada à escavação, todos os danos causados a

propriedades, bem como a danificação ou remoção de pavimentos além das

larguras especificadas serão de responsabilidade da empresa executora.

Deverá ser observado o perfeito alinhamento entre os trechos previstos

para mudanças de direção ou declividade, devendo seu eixo demarcado

através de estaqueamento nivelado de 20 em 20 metros e o fundo ser

devidamente apiloado até atingir 95% do Proctor Normal.

O fundo da vala deve ser regular e uniforme, obedecendo à declividade

prevista no projeto, isento de saliências e reentrâncias. As eventuais

reentrâncias devem ser preenchidas com material adequado,

convenientemente compactado, de modo a se obter as mesmas condições de

suporte do fundo da vala normal.

Caso ocorra a presença de água, a escavação deverá ser ampliada

para conter o lastro. Esta operação só poderá ser executada com a vala seca

ou com a água do lençol freática totalmente deslocada para drenos laterais,

junto ao escoramento.

No caso em que o fundo da vala apresente rocha ou material

indeformável, será necessário aprofundar a vala e estabelecer o embasamento

com material desagregado, de boa qualidade, normalmente areia ou terra, em

camada de espessura não inferior a 10 cm.

Quando o material escavado for, a critério da Fiscalização, apropriado para

utilização no aterro, será, em princípio, depositado ao lado ou perto da vala,

aguardando o aproveitamento. Em qualquer caso, o material deverá ser

depositado fora das bordas da vala, a distância equivalente à profundidade da

vala. Sendo o material de natureza diversa, deverão ser distribuídos em

montes separados.

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As dimensões das valas para assentamentos de tubulações em tubos

de concreto deverão ser de acordo com a tabela:

Tabela 5 - Largura da vala em função do escoramento e profundidade

Diâmetro

Nominal

(mm)

Profundi-

dade

(m)

Largura da vala em função de escoramento e profundidade

Pontaletes

(m)

Contínuos e

descontínuo

(m)

Especial

(m)

Metálico-

madeira

(m)

500 0 a 2 1,00 1,10 1,15 1,35

2 a 4 - 1,20 1,25 1,35

600 0 a 2 1,40 1,50 1,55 1,75

2 a 4 - 1,60 1,65 1,75

800 0 a 2 1,60 1,70 1,75 1,95

2 a 4 - 1,80 1,85 1,95

1000 0 a 2 - - - -

2 a 4 - - - 2,40

1200 0 a 2 - - - -

2 a 4 - - - 2,60

1500 0 a 2 - - - -

2 a 4 - - - 2,90

OBS: Para profundidades acima de 4m e até 6m, acrescentar 20 cm na largura

de escoramento especial.

6.2. Escoramento

Se o solo for de boas características geotécnicas e tenha estabilidade

para a abertura das valas sem execução de taludes, não está previsto nenhum

tipo de escoramento até a profundidade de 1,20m, devendo ser aberto somente

os trechos que se execute e reaterro no mesmo dia. Para solos de qualidades

geotécnicas ruins ou para profundidades superiores a 1,20m (Conforme norma

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OHSAS 18.001 – Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional)

deverá ser executado o escoramento.

O tipo de escoramento, mesmo quando previsto em projeto, poderá ser

determinado ou alterado pelo engenheiro responsável pela obra e fiscalização,

sempre com aprovação deste, caso haja conveniência de ordem técnico-

econômica ou situações não prevista em projeto.

Os tipos de escoramento utilizados serão os especificados em projeto e

na falta destes, serão determinados pela fiscalização.

De maneira geral seguirão os seguintes padrões:

6.2.1. Pontaletemento

A superfície lateral da vala será contida por tábuas verticais de peroba

de 0,027x0,30 m, espaçadas de 1,35 m, travadas horizontalmente por

estroncas de eucalipto, diâmetro de 0,20m, distanciadas verticalmente de

1,00m.

6.2.2. Descontínuo

A superfície lateral da vala será contida por tábuas verticais de peroba

de 0,027x0,30 m, espaçadas de 0,30 m, travadas horizontalmente por

longarinas de peroba de 0,06x0,16 m, em toda a sua extensão e estroncas de

eucalipto de diâmetro 0,20 m, espaçadas de 1,35m, a menos das extremidades

das longarinas, das quais as estroncas estarão a 0,40m. As longarinas devem

ser espaçadas verticalmente de 1,00m.

6.2.3. Contínuo

A superfície lateral da vala será contida por tábuas verticais de peroba

de 0,027x0,30 m, encostadas umas às outras, travadas horizontalmente por

longarinas de peroba de 0,06x0,16 m em toda a sua extensão e estroncas de

eucalipto de diâmetro 0,20 m, espaçadas de 1,35m, a menos das extremidades

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das longarinas, das quais as estroncas estarão a 0,40m. As longarinas devem

ser espaçadas verticalmente de 1,00m.

6.2.4. Especial

A superfície lateral da vala será contida por pranchas verticais d peroba

de 0,06x16m, do tipo macho e fêmea, travadas horizontalmente por longarinas

de peroba de 0,08x0,18 m em toda a sua extensão e estroncas de eucalipto de

diâmetro 0,20 m, espaçadas de 1,35m, a menos das extremidades das

longarinas, das quais as estroncas estarão a 0,40m. As longarinas devem ser

espaçadas verticalmente de 1,00m.

Casos, na localidade em que será executado o escoramento, as bitolas

comerciais de tábuas, pranchas e vigas não coincidam com as indicadas,

deverão ser utilizadas peças com módulo de resistência equivalente ou com

dimensões imediatamente superiores.

6.5. Estruturas de Escoramento Metálico – Madeira

A superfície lateral da vala será contida por perfis verticais de aço tipo

“I”, pranchões de peroba com espessura de acordo com o projetado, longarinas

de perfis de aço e estroncas com perfis de aço ou de eucalipto com diâmetro

mínimo de 0,20m.

A cravação do perfil metálico poderá ser feita por bate-estacas (queda

livre), martelo vibratório ou pré-furo.

A escolha do processo de cravação será determinada pela fiscalização,

que deverá optar pelo sistema que ofereça menos dano à estabilidade do solo

e às edificações vizinhas.

Na cravação os perfis, não sendo encontrados matacões, rochas ou

qualquer outro elemento impenetrável, a ficha será a do projeto. Havendo

obstáculo e a ficha não sendo suficiente, será obrigatório o uso de estronca

adicional no topo do perfil, antes de ser iniciada a escavação.

Caso o solo apresente, alternadamente, camadas moles e rígidas, a

montagem do escoramento deverá ser feita através de estroncas provisórias

para possibilitar a escarificação do material por meio de equipamento interno à

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vala. A extensão de vala escorada com estronca provisória não deverá exceder

a 40m.

A remoção das estroncas provisórias será feita imediatamente após a

colocação das estroncas definitivas e os trabalhos de substituição deverão ser

contínuos.

O empachamento deve acompanhar a escavação, não podendo haver,

m terreno mole, vãos sem pranchas entre os perfis com altura superior a

0,50m.

Todo cuidado deve ser tomado na colocação das estroncas para que

estas fiquem perpendiculares ao plano o escoramento.

Para evitar sobrecarga no escoramento, o material escavado deverá

ser colocado a uma distância da vala, equivalente, no mínimo, á sua

profundidade.

Sempre que forem encontradas tubulações o eixo da vala, estas

deverão ser escoradas com pontaletes junto ás bolas, no máximo de dois

metros, antes do aterro a vala.

6.5.1. Remoção de Escoramento

O plano de retirada das peças devera ser objeto de programa

previamente aprovado pela fiscalização.

A remoção a cortina de madeira deverá ser executada à medida que

avance o aterro e compactação, com a retirada progressiva das cunhas.

Atingindo o nível inferior da última camada de estroncas, serão

afrouxadas e removidas as peças de contraventamento (estroncas e

longarinas), bem como os elementos auxiliares de fixação, tais como cunhas,

consolos e travamentos; da mesma forma e sucessivamente, serão retiradas

as demais camadas de contraventamento.

As estacas e os elementos verticais de escoramento serão removidos

com a utilização de dispositivos hidráulicos ou mecânicos, com, ou sem

vibração, e retirados com o auxílio de guindastes, logo que o aterro atinja um

nível suficiente, segundo o estabelecimento no plano de retirada.

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Os furos deixados no terreno, pela retirada de montantes, pontaletes

ou estacas, deverão ser preenchidos com areia e compactados por vibração ou

por percolação de água.

Se por algum motivo o escoramento tiver de ser deixado

definitivamente na vala, deverá ser retirado da cortina de escoramento numa

faixa de aproximadamente 0,90m abaixo do nível do pavimento, ou da

superfície existente.

6.5.2. Aterro das Valas e Cavas

O reaterro das valas somente será executado após a verificação do

alinhamento e rejuntamento dos tubos, e com o próprio material escavado, se

suficiente e de boa qualidade.

Para tubulações assentadas em locais que não seja via carroçáveis, o

espaço compreendido entre a base de assentamento e a cota definida pela

geratriz externa superior do tubo, acrescida de 20 cm, deve ser preenchido

com aterro cuidadosamente selecionado, isento de pedras e corpos estranhos

e adequadamente compactados com soquetes manuais em camadas não

superiores a 20 cm. O restante do aterro deve ser procedido de maneira que

resulte a mesma densidade das laterais da vala.

Para tubulações assentadas sob via carroçável, o espaço

compreendido entre a base de assentamento e a cota definida pela geratriz

externa superior do tubo, acrescida de 20 cm, deve ser preenchido com aterro

cuidadosamente selecionado, isento de pedras e corpos estranhos e

adequadamente compactados com soquetes manuais em camadas não

superiores a 20 cm. O restante do aterro executado com compactação

mecânica atingindo 95% do Proctor Normal.

O mesmo critério adota-se para aterro junto a estruturas de concreto e

alvenarias, depois de decorrido o prazo necessário ao desenvolvimento da

resistência estrutural da peça.

7. Tubulação

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As galerias serão executadas com tubos de concreto pré-moldados,

tipo ponta e bolsa, e fabricados de acordo com a norma NBR 8890/2007 Tubo

de concreto, de seção circular, para águas pluviais e esgotos sanitários

Requisitos e métodos de ensaio.

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CONSIDERÇOES FINAIS

O projeto de drenagem é essencial para o sucesso de uma boa obra de

infraestrutura urbana, contenções de terra ou estabilização de taludes.

É possível observar no dia a dia de grande parte das cidades

brasileiras os problemas decorrentes de um sistema de drenagem inadequado.

Não é preciso ter conhecimentos técnicos para perceber que uma boa

drenagem é fundamental para a segurança das construções e o bom uso da

estrutura urbana de uma cidade.

Esse projeto visa ajudar os moradores desta rua a alguns anos os, vem

sofrendo com a falta de coisas básicas para sobrevivência de um ser humana

como o sistema de drenagem que afeta não somente essa rua mais também

todo o bairro.

De acordo com o que foi pesquisado e planejado a rua necessita de um

sistema drenagem para melhorar o escoamento das aguas pluviais da região.

A partir de dados hidrológicos que nos apontam grandes precipitações

e elevados índices pluviométricos, é de grande importância para a cidade de

Manaus e região,

Para a área em específico é fundamental a importância de pesquisas

para identificação dos locais atingidos pela ação das chuvas. Um sistema de

rede de drenagem de água pluvial é constituído de micro drenagem e

macrodrenagem.

No bairro Alfredo nascimento, locais da área de estudo especificam,

propôs-se a aplicação de um sistema de rede de drenagem de água pluviais,

com a finalidade de que as águas pluviais escorre-se de maneira correta e com

seu fluxo correto, evitando dessa forma vários problemas sociais na área

envolvida, a conscientização da população do entorno dessa área também é

importante no sentido de evitar que sejam despejados lixos em locais

inapropriados e que possam acarretar em obstrução dos locais de fluxo da

água podendo dessa forma iniciar a inundação. Indicamos que juntamente com

o projeto de drenagem seja juntamente elaborado um projeto de pavimento que

na via em questão esta em estado precário.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT. ASSOCIAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12266/1992: Projeto e

execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto ou

drenagem urbana. Rio de janeiro: ABNT, 1992.

ABNT. ASSOCIAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15645/2008: Execução

de obras de esgoto sanitário e drenagem de águas pluviais utilizando-se

tubos e aduelas de concreto. Rio de janeiro: ABNT, 2008.

ABNT. ASSOCIAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8890/07: Tubo de

concreto armado de seção circular para águas pluviais. Rio de janeiro:

ABNT, 2007.

ABNT. ASSOCIAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS. OHSAS 18001:2007: Gestão

de saúde e segurança ocupacional. Rio de janeiro: ABNT, 2007.

DNIT. DEPARTAMENTO DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE. IPR-

736. Álbum de projeto-tipo dos dispositivos de drenagem. 4ed. Rio de

Janeiro, 2013.

DNIT IS-210/2014: instrução de serviço do projeto de drenagem;

DNIT IPR-724/2006: Manual de Drenagem de Rodovias

TOMAZ, Plínio. Curso de Manejo de Águas Pluviais – Capitulo 5 –

Microdrenagem. São Paulo, 2010. 100p.