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IBEF EM REVISTA Publicação do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - Campinas Edição n° 109 - Novembro/2009 Campinas Agência de Fomento - 8 O futuro com 1% - 9 Socioesportivo (foto) - 6 e 7 Artigo - Selic de um dígito - 10 RODRIGO REZENDE É O EQUILIBRISTA 2009 Diretor financeiro da Fertilizantes Heringer, Rodrigo Bortolini Rezende, recebe o Equilibrista, maior prêmio regional de finanças. Veja também os Destaques 2009. Págs. 3 a 5 Octavio de Barros, diretor de pesquisas e estudos econômicos do banco Bradesco, analisa os cenários para 2010 e os desafios para o Brasil avançar. Pág. 12 Foto Divulgação Foto Clodoir de Oliveira

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IBEF EM REVISTAPublicação do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - Campinas

Edição n° 109 - Novembro/2009

Campinas

Agência de Fomento - 8

O futuro com 1% - 9

Socioesportivo (foto) - 6 e 7

Artigo - Selic de um dígito - 10

RODRIGO REZENDE ÉO EQUILIBRISTA 2009

Diretor financeiro da Fertilizantes Heringer,Rodrigo Bortolini Rezende, recebe oEquilibrista, maior prêmio regional de finanças.Veja também os Destaques 2009. Págs. 3 a 5

Octavio de Barros, diretor de pesquisas e estudoseconômicos do banco Bradesco, analisa os cenáriospara 2010 e os desafios para o Brasil avançar. Pág. 12

Foto Divulgação

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IBEF EM REVISTA2

Expediente

O GRANDEEVENTO

Mensagem da Diretoria

Saulo Duarte Pinto Jr. - Presidente Ibef-Campinas

O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças(Ibef) é uma entidade sem fins lucrativos, forma-da por profissionais de finanças, que têm comoobjetivo o desenvolvimento profissional e social,através do intercâmbio de informações.A entidade foi fundada no Rio de Janeiro em 1971.Em Campinas, o Ibef foi constituído em 1986. Éuma entidade pública municipal (Lei n° 12.070de 10/09/2004). No Brasil, o Ibef tem tambémentidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Espíri-to Santo, Ceará, Minas Gerais, Paraná, SantaCatarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

CONSELHO DIRETOR – 2009/2011Presidente: Saulo Duarte Pinto JuniorPrimeira Vice Presidente:Flávia Crosara G. AndradeVice-Presidente Secretário:Jarib Brisola Duarte FogaçaVice-Presidente Tesoureiro:Antonio Horacio KleinVice-Presidente de Admissão e Frequência:Amilcar AmareloVice-Presidente Técnica:Gislaine Cristina Heitmann G. TeixeiraVice-Presidente de Desenvolvimento:José Roberto MoratoVice-Presidente Jurídico:Arthur Pinto de Lemos NettoVice-Presidente de Relacionamento:José Antonio de Almeida FilippoCONSELHO FISCALJoão Batista Castelnovo (Pres.), Antonio José Fa-brício, Miguel Arcangelo Ruzene, Alberto RomaniniNeto (suplente), José Roberto Migoto (suplente) eRoberto de Carvalho Bandiera Jr. (suplente).CONSELHO CONSULTIVOJosé Roberto Morato (Presidente), AmilcarAmarelo, Antonio Wellington da Costa Lopes,Edigard Piovezan, F. Edmir Bertolaccini,Francisco José Danelon, José Antonio deAlmeida Filippo, Luiz Antonio Furlan, Marcosde Mello M. Haaland, Osvaldo Pizano, RinaldoPecchio Jr., Valdir Augusto de AssunçãoGRUPOS DE ESTUDOSTributário: Octávio Teixeira Brilhante UstraVice: Marcelo LodettiEmpresas Familiares: José Luis Finocchio Jr.Controladoria: Regina BigliaTesouraria: Alexandra BarretoCrédito/Cobrança: Ramon Molez NetoVice: Luciana J. CecconelloTecnologia da Informação: Geraldo BragionCOORDENADORES DE COMISSÕESAdmissão e Frequência: Davi Matucci eJosé Florêncio da CostaSocial: Antonia Maria Zogaeb StephanIBEF EM REVISTATiragem: 1.000 exemplaresPublicação bimestral do Ibef-CampinasRua Barão de Jaguara, 1481 – 11° andar – conj. 113Campinas, SP – CEP 13.015-910Fones: (19) 3233-0902/3233-1851/Fax 3232-7365www.ibefcampinas.com.brContato: [email protected] Responsáveis:Edécio Roncon (MTb 16.114) eVera Graça (MTb 17.485)Produção Editorial: Roncon & Graça Comunicaçõeswww.rongra.com.brContato: [email protected]

Estamos nos aproximandoceleremente de nossadata maior que é a ce-rimônia de entrega dos

prêmios Equilibrista e Desta-ques para os setores, Indústria,Comércio e Serviços, EmpresaBrasileira e Responsabilida-de Social. Teremos nesta edição,ampla matéria sobre os premia-dos de 2009, a quem de públicodeixo meus cumprimentos eadmiração. Importante citar aparceria de muitos anos com obanco Itaú BBA, cujo apoio éimprescindível para viabilizaresta cerimônia, que sem dúvidabrilha na agenda de eventoscorporativos.

As atividades ibefianas nãosão focadas somente em eventosde enriquecimento técnico, sen-do extremamente importante enecessário o convívio com fa-miliares e companheiros ematividades sociais e recreativas. Omaior evento nesta especialidadeé o socioesportivo, que tivemos asatisfação de participar em sua

décima primeira edição, queaconteceu durante o fim desemana do feriado de 12 deoutubro. Graças ao excelentetrabalho de organização edivulgação, conseguimos lotar ohotel escolhido, em Itu, privandodo convívio de grandes amigas eamigos durante quatro dias. Deixoagradecimentos também ao nos-so companheiro José RobertoMorato, pela liderança na or-ganização, bem como reconhecero auxilio de Liê e Lídia, daD´Ottaviano Eventos, na orga-nização profissional, além denossa equipe de secretaria, Vera Magalhães e Lucia Cavalcanti.Agradecemos também aos nos-sos patrocinadores do socioes-portivo, Mabe, Tabacos Mata Finae Uniodonto Campinas e ao apoioda Futura Biotech, pois sem aparticipação de todos, teria sidoimpossível realizar este encontro.Muito obrigado!

Abraços e espero encontrá-losdia 13 de novembro, na festa naSociedade Hípica de Campinas.

A diretoria do Ibef-Campinasestá antenada com os temasculturais. Uma nota do colunistaAlmir Reis, no jornal CorreioPopular , de Campinas, sobre anecessidade de se preservar opatrimônio histórico e culturaldo Centro de Ciências, Letrase Artes (CCLA) , gerou umamatéria sobre essa entidade,publicada na edição de outubrodo Ibef Em Revista .

A repercussão foi tão positi-va, que o presidente Saulo Duar-te, comunica que a diretoria doIbef-Campinas decidiu que a ren-da do evento Equilibrista 2009 será revertida para o CCLA deCampinas. O prêmio Equilibristaque já ajudou em todas as suasedições anteriores, inúmeras en-tidades sociais, agora cumpretambém a função de apoiar a his-tória e a cultura. Correio Popular, 7 de outubro de 2009

TOME NOTA - CULTURA E HISTÓRIA

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IBEF EM REVISTA 3

DIRETOR DA HERINGERÉ O EQUILIBRISTA 2009

Maior Prêmio Regional de Finanças

OEquilibrista 2009 , maior prêmio regional definanças, que chega este ano à sua 19ªedição, será entregue ao executivo RodrigoBortolini Rezende, diretor financeiro da

Fertilizantes Heringer S.A.A premiação é entregueanualmente pelo InstitutoBrasileiro de Executivos deFinanças (Ibef) - SeccionalCampinas, ao executivo definanças que se destaca pelasua atuação ética e pro-fissional, proporcionandoprojeção e crescimento paraa organização da qual é co-laborador.

PERFIL - Rodrigo Bor-tolini Rezende, 43 anos, éformado em Ciências Eco-nômicas pela Universi-dade Federal do EspíritoSanto e tem MBA em Fi-nanças pelo IBMEC. No iníciode sua carreira em 1986,trabalhou no Unibanco e emseguida atuou na UniletraCorretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários eUnicafé Companhia de Comércio Exterior.

No período de 1990 a 1997 atuou como professor deEconomia no Centro Superior de Ciências Sociais de VilaVelha (UVV), onde lecionou as disciplinas de Introdução à

Economia, Economia Brasileira e Teoria Macroeconômicae foi chefe do departamento de Economia em 1996 e 1997.

Foi contratado pela Fertilizantes Heringer em 1998,onde atuou sempre na área financeira, sendo que a partirde 2008 passou a ocupar o cargo de diretor financeiro.

Nos 12 anos em que está naHeringer, Rezende faz parte daequipe que conduziu a empresaa uma posição entre as maioresdo setor de fertilizantes no Brasil.

Rodrigo Bortolini Rezende énatural de Vitória (ES), casadocom Juliana Heringer Rezende etem dois filhos - Pedro e Bruno.

DESTAQUES - A cerimô-nia de premiação será realizadano dia 13 de novembro, a partirdas 20 horas, com coquetel ejantar na Sociedade Hípica deCampinas. Junto com o Equi-librista, o Ibef-Campinas tambémentrega nessa cerimônia, ostroféus Destaques de 2009 para Mabe Campinas Eletrodo-mésticos S.A. (categoria Indús-tria), AGV Logística (categoria

Comércio e Serviços), Química Amparo Ltda - Ypê(categoria Empresa Brasileira) e Instituto 3M deInovação Social (categoria Responsabilidade Social).Nas duas páginas seguintes são apresentados os perfis dos vencedores dos troféus Destaques 2009.

A Fertilizantes Heringer S.A. foi fundada em 1968,na cidade de Manhuaçu, Minas Gerais e é uma daspioneiras na produção, comercialização e distribuiçãode fertilizantes e vem há 41 anos fornecendo produtosde alta tecnologia e qualidade. Comações negociadas no Novo Mercadoda Bovespa, desde 2007, a Heringerpossui atualmente 3 mil funcionáriose atua em todas as regiões do País.Conta com 16 unidades fabrisestrategicamente localizadas paraatender com agilidade as demandasda agricultura brasileira. São mo-dernas fábricas com grandecapacidade de armazenagem eindustrialização. Na região deCampinas, a Heringer tem umaunidade operando em Paulínia. Essa unidade emsetembro último conquistou a versão mais recente(2008) da certificação ISO 9001.

A Heringer investe constantemente em tecnolo-gia, desenvolvimento profissional e lançamentos denovos produtos. Possui dois centros experimen-tais, na área de cafeicultura e pastagens, que

disponibilizam seus re-sultados através de visitas,palestras e reuniões comagricultores, pecuaristas etécnicos, objetivando di-fundir conhecimentos econtribuir para o desen-volvimento do agronegó-cio brasileiro.

A empresa informa queos seus fertilizantes sãoproduzidos com rígidoscontroles de qualidade das

matérias-primas, máquinas, métodos operacionais ecapacitação dos colaboradores, garantindo a quali-dade do produto final, antes da entrega ao cliente.

Heringer

Unidade Industrial da Heringer em Paulínia

Fotos Divulgação

Rodrigo Bortolini Rezende

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Perfil das Empresas

VENCEDORES DOSDESTAQUES 2009

Mabe Campinas Eletrodomésticos (categoriaIndústria) - Maior empresa latino-americana de linhabranca, a Mabe, com sede no México e fundada em1946, é a única empresa latina que compete nosmercados globais. Com 20unidades fabris em toda aAmérica Latina e Canadá,fatura cerca de US$ 4,5bilhões ao ano e empregamais de 21 mil colaborado-res diretos.

No Brasil, a Mabe possuidois centros de distribuição,cinco fábricas com produçãoanual de 4,2 milhões de uni-dades e mais de 4,1 mil cola-boradores. Detentora de cin-co marcas de eletrodomésti-cos no País - GE, Mabe, Dako,Bosch e Continental, a em-presa é vice-líder do segmen-to com 25% de participação no mercado nacional delinha branca. O grupo exporta para cerca de 70 países.Desde 2003, a empresa duplica seu faturamento noBrasil a cada três anos.

Em 2008, a empresa lançou sua terceira marca

AGV Logística (categoria Comércio e Serviços)- Operador logístico integrado, com sede no distritoindustrial de Vinhedo, na região de Campinas, aAGV Logística tem 33 filiais em 12 estados brasileiros.A empresa conta com mais de 120 clientes nossegmentos de alimentos, saúde humana, saúdeanimal, químico, serviçosbancários, varejo e tecno-logia, entre outros.

A empresa ofereceserviços de armazenagem,movimentação e controles,transporte e distribuição epromocional (montagem dekits, trade market, etique-tagem e rotulagem), pos-sibilitando a redução de custos comuns. Em 11 anosde atuação, a AGV apresen-ta trajetória de crescimentoorgânico médio, que superaa taxa de 50% ao ano. A empresa conta com 1,8 milfuncionários. A AGV informa que no seu DNA estãoas palavras customização e flexibilidade, que garan-tem a satisfação de seus clientes e o mais alto índice

de retenção da indústria.O diretor administrativo e financeiro da AGV é o

executivo Fernando Cunha de Figueiredo Torres, queocupa este cargo desde 2005. Na empresa, elecomandou desde a sua vinda, a evolução dosprocessos de governança corporativa, principalmente

nos seus aspectosfinanceiros. Torres con-duz um sofisticadoprocesso de orçamen-tos e gestão de re-sultados, que temajudado a AGV a atin-gir seu expressivo cres-cimento dentro deuma saudável estru-tura financeira. Man-teve a empresa emestreito relacionamentocom o mercado fi-nanceiro, viabilizando o

necessário fluxo de investimentos para os seus projetos,permanecendo a AGV dentro dos mais altos padrõesde lisura e transparência com relação a clientes,colaboradores, acionistas e sociedade.

Sede da AGV Logística no distrito industrial de Vinhedo

de eletrodomésticos no Brasil - a Mabe, que leva omesmo nome da empresa. Para esse lançamentoforam investidos R$ 60 milhões. Em julho de 2009, aMabe adquiriu por R$ 70 milhões o controle no País

da BSH ContinentalE le t rodomés t i cos ,filial brasileira da alemã BSH Bosch undSiemens HausgerateGmbH, proprietária dasmarcas Bosch e Conti-nental. Esta aquisiçãoconsolidou a Mabecomo líder na AméricaLatina e como a se-gunda colocada nomercado brasileiro deeletrodomésticos.

Nos próximos 12meses, a Mabe pre-tende investir no Brasil

cerca de R$ 60 milhões em produtos e R$ 70 milhõesnas fábricas. Em 2009, a empresa espera faturar de10% a 15% a mais do que no ano passado.

O executivo mexicano Patrício Mendizábal, 46 anos,atualmente é o presidente da Mabe no Mercosul.

Foto Divulgação

Planta industrial da Mabe em Campinas

Foto Divulgação

Troféu Destaques

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IBEF EM REVISTA 5

Perfil das Empresas

Química Amparo-Ypê (categoria EmpresaBrasileira) - Empresa 100% brasileira, a QuímicaAmparo iniciou as suas atividades empresariais em 6de novembro de 1950, na cidade de Amparo, interior deSão Paulo. Nessa comunidade,no caminho para o Circuito dasÁguas paulista, começou aprodução do tradicional sabãoem barra Ypê. Com a liderançado fundador Waldyr Beira, aempresa se desenvolveu, ga-nhou o mercado nacional etambém passou a exportar paraoutros países. Impulsionada pela busca permanente daqualidade e atenta à evoluçãotecnológica, a empresa imprimiudurante esses anos, valor àmarca e conquistou o reco-nhecimento dos consumidores, oferecendo produtosdesenvolvidos dentro de rigorosos padrões dequalidade e eficiência.

As instalações operacionais e administrativas estãolocalizadas em Amparo, cidade que abrigou a empresadesde o início e contribuiu de maneira fundamen-tal para o seu desenvolvimento. Como resultadodo processo de expansão dos seus negócios, a

Química Amparo também possui unidades nas cidadesde Salto (SP) e Simões Filho (BA). Nessas cidades aempresa estabeleceu o mesmo tipo de compromisso,no sentido de dividir o seu crescimento com a

comunidade e retribuiro bom relacionamentocom colaboradores, con-sumidores, governos eparcerias locais, todosde importância funda-mental para o sucessoda empresa.

Desde 2008, WaldirBeira Júnior, 44 anos, assumiu a vice-presi-dência de Marketing,Comercial e Financeirada Química Amparo,sendo responsável pelo

desenvolvimento de produtos e embalagens,posicionamento e lançamento de produtos, assimcomo pela área de Publicidade, Propagandae Merchandising e elaboração do plano estratégicoda empresa. Atualmente subordinado à presidência(sócia-quotista majoritária), ele exerce ainda asupervisão direta do departamento de Controla-doria da empresa.

Instituto 3M de Inovação Social (categoriaResponsabilidade Social) - Fundado em 2006, o Instituto3M de Inovação Social tem como foco o incentivo aodesenvolvimento de projetos e de descobertas inovado-ras na área de tecnologia social, com o objetivo de pro-mover o desenvolvimento das comunidades brasilei-ras nas áreas de saúde, educação e tecnologias sociais.

O projeto 3M Preserve o Meio Por Inteiro, lançado em1989, dedica-se ao estímulo daeducação ambiental nas redesde escolas, municipais e parti-culares, incentivando profes-sores e alunos a estudaremtemas relacionados ao meioambiente, a sua importância epreservação, por meio dodesenvolvimento de atividadescriativas e dinâmicas. Esseprojeto é realizado em parceriacom as secretarias de educa-ção dos municípios onde estãoinstaladas as fábricas da 3Mde Sumaré, região de Campinas e Itapetininga.

Outro programa é a Escola de Funilaria e Pintura 3M,realizado em parceria com o Instituto Hope, mantenedorda Cidade dos Meninos, em Campinas (SP), que abrigacrianças e adolescentes, a partir dos 13 anos, encami-nhadas pela Vara da Infância e da Juventude ou porConselhos Tutelares, conforme estabelece o Estatutoda Criança e do Adolescente.Tanto alunos quanto ins-trutores fazem visitas e recebem treinamentos no Senai

e na 3M do Brasil. AEscola está instalada emum espaço com 250 me-tros quadrados e a 3Mfornece produtos de funi-laria e pintura por ela pro-duzidos, tais como lixas,máscaras, abrasivos,protetores auriculares efitas colantes, entre outros.A grande maioria dos alu-nos ao concluir o cursoconsegue um emprego.O diretor-presidente doInstituto 3M é Marcelo LuizTambascia, 53 anos.

Foto Divulgação

Fábrica da 3M em Sumaré

Foto Divulgação

Vista aérea das instalações da Química Amparo

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IBEF EM REVISTA6

Socioesportivo Regional

Grupo faz aquecimento e alongamento antes da caminhada Caminhada entre os participantes reuniu lazer e saúde

American Bar reuniu sócios e familiares em bate-papo animadoCharuteira de Cruz das Almas demonstra como se faz o charuto

O bazar animou muito as mulheres presentes ao Encontro A tarde de beleza da Biotech foi um sucesso e mobilizou o grupo

Almoço de despedida do 11° Encontro Sócioesportivo Grupo de participantes do Ibef-São Paulo, prestigiando o evento

Um fim de semana especial de confraternização paraos ibefianos e seus familiares. Assim foi o 11ºEncontro Socioesportivo do Ibef-Campinas, de 9 a12 de outubro, no Golf Hotel Terras de São José, em

Itu, que reuniu um grupo animado de 132 participantes, emum dos melhores eventos dos últimos anos. O Socioesportivoteve uma programação eclética – para crianças, jovens eadultos, com atividades esportivas, de lazer, gastronômicas eculturais. O complexo de lazer do Terras de São José, comrestaurante panorâmico, campo de golfe e futebol, piscinas,

quadras esportivas, sauna completa, academia de ginástica,monitorias adulto e infantil e extensa área para caminhadas,propiciou que essa programação especial fosse desenvolvidanos quatro dias do 11º Encontro.

A programação começou na sexta com coquetel de boasvindas e jantar para os convidados. As atividades esportivasmarcaram o sábado, seguindo-se de palestra sobre vinhos como sommelier Leonardo Pavesi e jantar italiano comharmonização de vinhos. No domingo aconteceu a tarde debeleza, com palestra da Biotech.

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IBEF EM REVISTA 7

Socioesportivo Regional

UM ENCONTRO PARAFICAR NA MEMÓRIA

Monitora na recreação com grupo de meninas 3 a 6 anosA turma ultra jovem do socioesportivo com monitores

Atividade inspirada em comédia pastelão, animou as criançasEscorregador improvisado foi um sucesso entre os pequenos

Atividades para as crianças à beira da piscina mobilizou todos Gincana animada na piscina

Na segunda, mais atividades esportivas e caminhada edepois churrasco na piscina e sorteio de brindes.

Um dos pontos de destaque do 11º Socioesportivo foi adegustação de charutos da Tabacos Mata Fina com vinho doPorto. O evento de degustação dos charutos, que aconteceuno sábado e no domingo, contou com a presença de charuteira

de Cruz das Almas, da Bahia.Outro ponto de destaque foi a participação das crianças,

que contaram com uma programação especial para elas,desenvolvida pelos monitores do evento.

Nessas duas páginas, as imagens retratam a animaçãodos participantes do Socioesportivo do Ibef-Campinas.

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Palestra Especial

Carlos Crespo, Gisele Nassif e Maria de Paoli Eliane Salustiano e Ronaldo Mangini

Sérgio Calzavara, Gentil Freitas, Luis Baggio e Gabriela Rezende

Gisele Heitmann e Regina Biglia

Palestra realizada no hotel Vitória

O diretor-presidente da Nossa Caixa Desen-volvimento, Milton Luiz de Melo Santos, esteveem Campinas no dia 20 de outubro para mostraraos associados do Ibef, como atua a Agência

de Fomento do Estado de São Paulo, que iniciou as suasoperações em março deste ano. A Nossa Caixa Desen-volvimento – Agência de Fomento, promove o desenvolvimentoeconômico e social do Estado, por meio de diversasmodalidades de financiamentos para aquisição de máquinase equipamentos, capital de giro e outros projetos empre-sariais. Santos informou que os focos de atuação daAgência de Fomento são as pequenas e médias empresaspaulistas da indústria, comércio, serviços e agronegócios,que estejam na faixa de faturamento, de R$ 240 mil aR$ 100 milhões ao ano. Nessa faixa de faturamento, conformeo diretor-presidente, estão 36,3 mil empresas no Estado. A Nossa Caixa Desenvolvimento não tem agências bancá-rias e a sua atuação é através de parcerias com as enti-dades representantes dos empresários, distribuídas nosdiversos segmentos de mercado.

FACILIDADES - O diretor-presidente da Nossa CaixaDesenvolvimento explicou que a entidade tem diversas linhasde financiamentos, como a mais simples, “voltada para capitalde giro, que tem uma das taxas mais baixas do mercado, de0,96% ao mês e prazo de financiamento de até 12 meses”,até para aquisições de máquinas e equipamentos. A cria-ção de um novo negócio e a ampliação ou modernizaçãode uma planta industrial também podem ser financiadas. Nocaso dessas operações mais complexas, os interessadosdevem apresentar um projeto para análise de viabilizaçãotécnica pelo órgão de fomento.

A Agência de Fomento informa que começou as suas

José R. Morato, Milton Santos, Luiz A. Furlan e Saulo Duarte

atividades com capital autorizado de R$ 1 bilhão, dos quaisR$ 400 milhões já estão integralizados e disponíveis paraoperações de empréstimos às empresas paulistas. Maioresinformações podem ser obtidas através do sitewww.nossacaixadesenvolvimento.com.br .

AGÊNCIA DE FOMENTO

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IBEF EM REVISTA 9

Ato de Cidadania

A GARANTIA DOFUTURO COM 1%

Destinar 1% do imposto de renda que a empresapaga para entidades que cuidam do futuro decrianças e adolescentes representa muito mais queum ato socialmente responsável. Para o diretor do

Grupo de Empresários Amigos da Criança (Geac), PauloPinese, um dos fundadores da entidade, essa atituderepresenta também a garantia do futuro da atividadeempresarial, que depende fundamentalmente dosinvestimentos que forem feitos na formação educacional daspessoas. O diretor do Geac explica que anualmente asempresas que são tributadas pelo lucro real, podem destinar1% do imposto que pagam para o Fundo Municipal dosDireitos da Criança e do Adolescente (FMDCA). “O Geacprocura transmitir aos gestores das empresas, a ideia que99% do imposto de renda vai para Brasília e 1% desseimposto pode ser destinado pela empresa para o FMDCA dasua cidade, que por sua vez distribuirá esse recurso entreas entidades assistenciais cadastradas no município”, explicaPinese. No caso de Campinas são 140 entidadesassistenciais. No primeiro ano de atuação, o Geac arrecadouR$ 500 mil. Nos últimos anos os recursos arrecadadosem Campinas com o 1% das empresas giraram em torno deR$ 6 milhões, mas Pinese afirma que esse valor tem potencialde crescimento no futuro. Desde a implantação do Geac emCampinas cerca de 20 mil crianças e adolescentes forambeneficiados.

GEAC – Fundado em 1997 em Campinas por Rolf Leevene um grupo de empresários, o Geac divulga a lei que permiteque as empresas tributadas pelo lucro real possam destinar1% do imposto de renda anual para o Fundo Municipal dosDireitos da Criança e do Adolescente. Nos últimos anos,informa Pinese, a atuação do Grupo de Campinas temservido de modelo para que outros empresários de cidades da região e do Estado criem também os seus próprios Geacs.“Temos percorrido diversas cidades, levando através depalestras a forma de atuação do Geac e contribuindo paraque cada cidade forme o seu grupo”. A lei que permite essadestinação é de 1990, mas tinha pouca divulgação antesda criação do Geac de Campinas.

MUDAR A LEI – Na prática a empresa que pode destinar1% do imposto pago tem que faturar no mínimo R$ 48 milhõespor ano. Até 2003 havia uma lei que permitia a destinação de1% também por parte das empresas tributadas por lucropresumido, mas foi extinta. No caso da pessoa física, pode-se destinar 6% do imposto de renda, mas isso somentepode ser feito por quem entrega a chamada declaração pelomodelo completo. Dessa forma, reconhece o tributarista PauloPinese, o universo de participantes - pessoas jurídicas efísicas, fica limitado pela legislação. O Geac há 10 anos temum projeto tramitando no Congresso Nacional, encaminhado

pelo ex-deputado federal, Moreira Ferreira, justamente paraalterar essa legislação, de forma que todos possam participar. ”Mas como se sabe que muitos projetos bons dormem osono eterno em Brasília e como Moreira Ferreira tambémnão é mais deputado, tudo isso dificulta ainda mais oandamento do nosso projeto”, afirma Pinese.

OPERAÇÃO SIMPLES – O diretor do Geac explica quea destinação do 1% do imposto é bem simples e o processototalmente transparente. A empresa pode optar pelo própriosite da prefeitura que tem um link para o Conselho Municipaldos Direitos da Criança e do Adolescente, onde encontraráuma relação das entidades assistenciais cadastradas e casodeseje, selecionar uma entidade específica. Mas todas asentidades receberão uma verba, uma vez que a cada R$ 100,00que a empresa destina, R$ 80,00 vão para aquela entidadee R$ 20,00 para o Fundo Municipal, que vai para as outrasentidades que não receberam destinação. É a forma en-contrada para que todas as entidades possam receberas verbas do 1%. Para quem quiser mais informações, temo próprio site do Geac - www.geac.org.br e o telefone(19) 3707-3034. A data limite para destinação do 1% doimposto é o último dia útil bancário de cada ano.

FUTURAS GERAÇÕES – Retomando ao tema do iníciodessa entrevista sobre ato socialmente responsável e garantiade futuro, Paulo Pinese encerra essa entrevista com umamensagem para que “os empresários entendam que a desti-nação do 1% para essas entidades, também é um investi-mento no futuro dessas crianças e adolescentes, porque issovai gerar cidadãos com mais cultura, com melhor formaçãosocial e profissional, que por sua vez terão condições melhoresde trabalho e renda, gerando assim o que podemos chamarverdadeiramente de um círculo virtuoso. O futuro da ativi-dade empresarial depende do investimento em pessoas”.

Diretor do Grupo de Empresários Amigos da Criança, Paulo Pinese

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IBEF EM REVISTA10

Artigo de Edigard Piovezan

APLICAÇÕES EM TEMPOSDE SELIC DE UM DÍGITO

Edigard Piovezan

Não estou certo onde teria lido ou ouvido, que osíndios americanos que venderam a ilha deManhattan, se tivessem aplicado o valor datransação a uma taxa de 10% ao ano, teriam

acumulado US$ 87 quatrilhões, dinheiro suficiente para com-prar os ativos com valor atribuído no planeta. Contudo, a umataxa de 6% ao ano, obteriam apenas US$ 78 bilhões, ou seja,apenas um milionésimo do que ganhariam a 10% ao ano.

Começo com esta referência, para demonstrar quepequenas variações percentuais, em taxas de juros compostos,podem significar “pobreza ou avareza” no longo prazo.

Analisando a evolução histórica da Selic – a taxa de jurosque baliza a economia brasileira, percebe-se que ela vem caindoao longo do tempo. Mesmo no período da forte crise financeiravivida recentemente, onde a taxa básica de juros voltou a subirpor alguns meses, esse aumento não chegou nem pertodaqueles praticados nos anos de 2002 e 2003. Agora estamosexperimentando algo em torno de 8,75% ao ano.

No entanto, esse número não é o desejável ainda, umavez que outros países como Alemanha, Estados Unidos e Japão,entre outros, a taxa básica da economia está situadaentre 0,1 a 1,5% ao ano. Taxas estas, obviamente após um anoda grande crise econômica que abalou os mercados finan-ceiros de todo mundo e que têm como objetivo principal, tornar-se a locomotiva que deve arrastar os negócios a níveis normais.

O status de taxas de juros baixos permanecerá nestepatamar? Provavelmente não. A Austrália já dá sinais deajustamento de suas taxas para cima. Contudo, sempre vaiexistir uma grande variação entre as taxas internacionais enossa “estimada Selic”.

Mas quero crer que, mesmo dentro de um patamar médioentre o atual e os mercados internacionais de juros, nossaeconomia terá grandes possibilidades de crescimento.

Bem, tudo isso para falar do lado “pessoa jurídica!” E oinvestidor pessoa física? Usuário das aplicações financeiras eque por muitos anos bem se aproveitou de taxas de juroselevadas, situação esta, não criada pelo aplicador, mas porsituações de riscos de créditos geradas pelo tomador (leia-segoverno).

E agora? Dificilmente o aplicador irá, em futuro próximosaborear a exemplo do ano de 2003 com taxa de 26,32% aoano. Em uma breve análise, no atual nível de rendimento dosvariados produtos de aplicação financeira, dificilmentechegaremos a 100, 110% da taxa Selic.

Se admitirmos estes números, teremos um rendimentopróximo a 9% ao ano. Parece ainda muito? Bem se retirarmosdesta taxa bruta o imposto de renda sobre ganhos financeiros,teria uma taxa de 7,2%, se ainda arrancarmos a inflaçãoestimada para o ano, vamos aceitar aqui 4,5% ao ano? Teríamosentão uma taxa liquida de 2,7% ao ano.

Quando olhamos nosso histórico de remuneraçãofinanceira, uma taxa líquida de 2,7% não me parece umaremuneração suficiente para capital. Talvez devêssemos aceitaristo como nosso futuro, em se tratando de ganhos emaplicações financeiras? Bem, creio que vai depender muito domanejo da inflação. O que resta então? Ir para investimentos

em imóveis e tentar rentabilidade através de alugueres,agricultura, pecuária, ouro...

A decisão da escolha do investimento é muito pessoal eprovavelmente cada um de nós tem lá suas preferências e farádefesa por uma ou outra. Mas como também sou contador,observo que em algumas decisões de investimento, vejo muitaação sobre fluxo de caixa e não sobre o efetivo ganho doinvestimento, custo efetivo de um imóvel locado, custo de longoprazo na agricultura e pecuária.

E aquela atividade industrial, aquele comércio ou umrestaurante talvez? Muito pessoal não é? Deixo a você a opçãoem relação ao teu ímpeto.

Mas, cá entre nós, você sabe, terá que escolher muitobem o tipo de negócio para ter a garantia de retorno real (TIR/ROI) acima de 8 a 10% ao ano. Podemos até argumentar:Bem se fosse assim não teríamos empresas e negóciosrentáveis? Lembre-se, associe ao seu ímpeto o conhecimentosobre a atividade e como funciona o negócio que pretendedesenvolver e lembre-se também da taxa de mortalidade deempresas.

O que fazer então? Poucos se arriscam em dar um efetivo“palpite”, não é mesmo? Contudo, façamos a seguinte analogia:Como o próprio mercado precifica, se temos uma atualidadede juros baixos, isto irá repercutir em maiores rentabilidadesfuturas nos negócios das empresas, pois como podemosobservar o índice da Bovespa, já está próximo ao nível pré-crise. Isto poderá levar suas aplicações em renda variável aretornos aceitáveis em longo prazo, deixando para osimpetuosos e experts gerirem seus preciosos recursos.

Assim sendo, se os seus pensamentos são tomados porviagens, casa de campo, de praia, barco e outros, desfrute doseu esforço. Acredito que em tempos de aplicações de umdígito, vale à pena incluir uma parcela predominante em ações,seguida por uma parcela menor ligada a nossa “estimada Selic”.

Edigard Piovezan é membro do conselho consultivo doIbef-Campinas e ganhador do prêmio Equilibrista de 2005.

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IBEF EM REVISTA 11

Janeiro

Fevereiro

NOVOS SÓCIOS

Ibef-Campinas - Entidade de Utilidade Pública Municipal

Março

4 – Rubens José Della Volpe5 – Ivan Garcia Xavier Ferreira5 – Luciana Santos Gobbo5 – Luis Fernando Kronixfeld8 – Gislaine C. Heitmann G. Teixeira8 – Sebastião C. Ribeiro8 – Ivany Theresinha B. Abreu

11– João Marcos Godoy Moreira14 – Lucylara C. Abdalla França15 – Chrystianne Gomes Correa15 – Cristiano Gatti Del Nero20 – Clodoaldo Fioravante21 – Luis Roberto Mulla

21 – Antonio Carlos Saraiva25 – Paulo Oshiro26 – Nilson Arcolini27 – Carolina Coletti Castelnovo31 – João Batista de C. Bittencourt31 – Sandro Roberto de Oliveira

1 – Geraldo José Bragion1 – José Luis Finocchio Júnior1 – Jean Paraskevopoulos Neto2 – Adauto Silva Emerenciano2 – Antonio Sergio Domingues Silva3 – Milton Fernandes4 – Leonildo Rossini Junior5 – Rinaldo Pecchio Junior7 – Walter Rosa Filho

1 – Francisco Antonio Prieto1 – Jair Soave Junior2 – José Dourival Galhardo5 – Oswaldo Morales Filho6 – Fernando César Pinheiro7 – José Roberto Carvalho9 – Adauto Pedroso10 – Guido Pedrossantti Junior10 – João Carlos Pinto11 – Antonio Carlos Meneghin13 – Antonio Marcos Alves de Souza

13 – Luis Gonzaga Dias15 – Amaury César Rossi16 – Bianca de Almeida Sales16 – Nadir Luciane Bonizol18 – Sérgio Augusto Amalfi20 – Edison Bochemi20 – Osvaldo Pizano21 – Edigard Piovezan21 – Osvaldo Aparecido Geniselli21 – Natália Gindler Corsini21 – Marcelo Brito Arantes

22 – Eduardo Araken de Oliveira23 – João Alberto de Souza Torres24 – Sérgio José Calzavara25 – Adelmo da Silva Emerenciano25 – Jackson Tadeu Ninno Soares26 – Paulo Pinese27 – Regina Coeli Velten27 – Augusto Luiz de O. Grecco28 – Antonio Carlos Razza28 – Silvio José Broglio

8 – Helio Wellichen9 – Carla Alves de Oliveira12 – Gilson Roberto Granzier12 – Octávio Teixeira Brilhante Ustra12 – Luiz Paulo Ribeiro16 – André Augusto Garcez Bertolin16 – João Carlos Ibrahim Gutierrez17 – Francisco José Danelon

19 – José Fernando Fracca20 – Donizeti Domingues de Souza22 – Raimundo de Toledo Leme23 – Marçal José Junqueira24 – Ricardo Luiz Elias25 – Fabiano da Silva Boccia30 – José Ricardo Bueno Mendes30 – Carlos Alberto Pereira

André Barabino – Tozzini, Freire, Teixeira e Silva AdvogadosManuela Gonçalves Garcia – SANASAFabiano da Silva Boccia – DHLAndré Luis da Silva Braga – Reckitt Benckiser do BrasilMárcio de Souza Ravache – Giannini S/ALuis Roberto Mulla – TOTVS

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ANIVERSARIANTES

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IBEF EM REVISTA12

Entrevista com Octavio de Barros

PARA O BRASILAVANÇAR

Odiretor de pesquisas e estudos econômicos do ban-co Bradesco, Octavio de Barros, analisa os cenáriospara a economia brasileira nos próximos anos,comenta sobre as reformas possíveis e os desafios

para o Brasil avançar.Ibef Em Revista - O livro Brasil Pós-Crise - Agenda para a

Próxima Década (Campus/Elsevier, 384 páginas), do qual é umdos organizadores, traz um cenário promissor para o Brasil,que pode recuperar a agenda das reformas. Qual a avaliaçãoque o sr. faz disso?

Octavio de Barros - O livro trata principalmente do futuro epouco do passado. Ele se destina a convencer o leitor de que oPaís poderá ter uma melhora importante na década de 2010, sesouber conjugar o que se espera que, uma vez superada a crise,seja um quadro externo favorável, com uma renovação do ânimoreformista perdido ao longo da década atual. Nos últimos anoshouve um amadurecimento macroeconômico relevante na gestãoda economia brasileira, com temas historicamente sensíveis, taiscomo a restrição externa e a desigualdade social, sendorelativamente bem encaminhados. Contudo, há o risco deaceitarmos que o encaminhamento dessas pendências históricasconstitua o estágio final da agenda nacional. Defendemos nolivro a necessidade de lançar uma nova agenda de reformas quecomplementem as ações adotadas nos últimos anos e alcem oPaís para um patamar maior de crescimento econômico, de formasustentável e com ganhos sociais. A coletânea de artigoselaborados pelos autores tem três partes. Na primeira,abordamos, sob o novo cenário global que se desenha, areformas macroeconômicas que ainda não foram feitas oucompletadas, tais como a tributária, a previdenciária e a fiscal. Nasegunda parte, os textos resgatam o espírito da chamada “agendaperdida”, focando aspectos microeconômicos que tornem aeconomia brasileira mais eficiente e dinâmica. Aqui, reformas nojudiciário e no mercado de trabalho são discutidas, bem comoações que reduzam o custo do capital. Na última parte,incorporamos alguns itens que devem constar de uma agendade novos temas, tais como a questão ambiental, a reforma política,a inovação e o marco regulatório do setor de petróleo. A proximidadedas eleições de 2010 constitui momento propício para que o futuroseja debatido, de forma clara e em linguagem acessível, massem perder o rigor técnico exigido em obras como esta, queprocuram a imparcialidade ideológica.

Ibef - Quais os cenários econômicos que o sr. projeta parao Brasil nos próximos anos?

Octavio de Barros – Vejo três caminhos possíveis para oBrasil. No primeiro, há retrocessos, com guinadas do ponto devista da política econômica em decorrência de opções políticas.Com isso, vários dos benefícios gerados nos últimos 15 anosseriam perdidos, com impactos sociais, por exemplo, pelaredução do poder de compra do trabalhador, via aumento dainflação e redução de incentivos para investimentos. Não creioque esse seja o cenário mais provável, independentemente dequem vença as eleições de 2010, ainda que possamos assistir aalguns ajustes na condução da política econômica a partir de2011. O segundo caminho é o natural, no qual, no pós-crise, temosum Brasil que retoma seu crescimento de forma mais forte, maslimitado a algo próximo a 4,5% a 4,7% ao ano. Este é um cenáriosem reformas. No terceiro cenário, temos reformas, que possibilitamcrescer em ritmo mais forte, talvez 6,0% ao ano, de forma susten-tável e sem pressões inflacionárias. Neste caso, os ganhos sociaissão potencializados. Qual dos três cenários será o vencedor?Esperamos que seja este último, motivo pelo qual organizamos umtime de autores de primeiro nível para contribuir com o debate dequais são as reformas que podem ajudar o País a dar esse salto.

Ibef - Qual a avaliação que o sr. faz da crise financeiramundial, doze meses após a sua eclosão?

Octavio de Barros – A despeito dos riscos ainda existentes,temos visto há alguns meses sinais efetivos de recuperação daatividade econômica global, reflexo dos estímulos monetários efiscais adotados em escala sem precedentes. A crise está sendosuperada, ainda que gradualmente, mas deixará algumasheranças de mais longo prazo. De modo especial, temos umajuste em curso na economia norte-americana, no qualvislumbramos redução do consumo e aumento da poupança.Esse ajuste deverá ter impactos sobre a economia global poralguns anos a mais. Adicionalmente, cabe destacar que hádiferenças no ritmo de velocidade da retomada entre os países,com destaque para os emergentes, principalmente China e Brasil.No nosso caso, de modo particular, temos visto uma economiaque volta a se aquecer, favorecida por políticas anticíclicas bem-sucedidas, via forte redução dos juros reais, isenções tributárias,aumento do salário mínimo, programas de transferênciasgovernamentais e atuação do Banco Central com redução decompulsórios e oferta de linhas em dólares. Diante de ummercado de trabalho afetado menos do que o imaginadoinicialmente e a retomada do crédito, o consumo das famíliasnão sentiu tanto os impactos da crise e se encontra em patamarsuperior ao verificado até setembro de 2008. A indústria, por suavez, depois do ajuste de estoques do final do ano passado atémeados deste, também mostra sinais de recuperação, mascontinua abaixo do patamar pré-crise, uma vez que uma parte dademanda – exportações e investimentos – ainda não voltou.Olhando para frente, as perspectivas são favoráveis para ocrescimento brasileiro, motivo pelo qual temos recebido forteinfluxo de investimento direto estrangeiro. Para o Brasil, estamosfalando da primeira crise externa na qual houve redução dos jurose apreciação cambial, bem como superação rápida da recessão.

Ibef - Qual a grande lição econômica que essa crise trouxepara os profissionais de finanças?

Octavio de Barros – Toda crise gera lições, ainda que muitasvezes só possam ser compreendidas depois de algum tempo.As lições mais relevantes da atual crise, a meu ver, estãoassociadas a dois aspectos principais. O primeiro refere-se ànecessidade de medidas que aumentem a transparência domercado financeiro, sobretudo no que se refere aos derivativos.Contudo, a maior regulação do sistema financeiro, prevista paraos próximos anos não pode ser desenhada de modo a aumentarcustos de transação de forma demasiada ou inibir inovaçõessaudáveis nesse mercado. O segundo aspecto, com conexõescom o primeiro, relaciona-se à necessidade de desenvolverferramentas para identificar melhor e tentar evitar, de formapreventiva, a formação de bolhas nos preços dos ativos. Estessão temas complexos, mas que deverão fazer parte da reflexãodos analistas e autoridades econômicas nos próximos anos.

Foto Clodoir de Oliveira