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I ANNO D O M I N G O , 11 D S A G O S T O D S 1 9 0 1 N.° 4
S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R lO * E A G R ÍC O L A
A ssij^n atw raAnno, íSoo.o reis; semestre, 5oo ré:?. Pagamento adeanti Na cobrança pelo correio, «çcresce o premio o vale. Avulso, no dia da publicação, 20.réis.
EDITOR— José Augusto Saloio
,l!o I REMCíAO; í B M W M I I P O M IQ
I*ti!>lieaçôesAnnuncios— 1.8 publicação, 40 réis a linha, nas seguintes.
Q 20 réis. Annuncios na 4.= pagina, contracto espacial. Os auto-y RUA DE JOSE MARIA DOS SANTOS P graPaos ni'l° se-restituem quer sejam ou nSo..publicados.
a l d e g a l l k g a PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio
S X ^ H l I D I H S N T S j
P e d im o s aos n o s s o s e st im á v e is a s s ig n a n te s a q u e m e n v ia m o s o n o s s o jo r n a l p e lo c o r r e io , c f»ue se a ch a m cm d iv id a , o f a v o r d e n o s m a n d a re m s a t is f a z e r a im p o rt a n e ia da s u a a s s ig a a ín r a , o q u e m u it o re c o n h e c ld a m e n - te lh e s a g ra d e ce m o s.
C o m o a d e s p e z a da c o b ra n ç a está a c a rg o do e x m .0 a s s ig n a n te , c la ro está q u e n o s o b s e q u e ia b a sta n te , p o is q u e , o t r a b a lh o e d e s p e z a s são g ra n d e s n a c o b ra n ç a p e io c o r r e io , e n in g u é m d e s c o n h e c e q u e p o r cada v e z q u e o r e c ib o va e a cobras*, te m -s e -lh e de p ò r n o v o s sêSIos c p a s s a r o u t r a s geaias.
15*:>p«fríí"B*«*s. |*í»5.<». íjfiReo s n o s s o s a m ig o s « íio o lv id a r ã o tão s e n s a to fa v o r .
*
D e v id o á ir r e g u l a r id a d e n a d is t r ib u iç ã o , p e d im o s ao s n o s s o s a m ig o s n o s d e s c u lp e m , e se n o s q u e ix e m d o s n ú m e ro s q u e lh e s fa lta r, p a ra de p ro m p t o p r o v id e n c ia r m o s.
A c c e ita m -s e c o m g r a t idão q u a e s q u e r n o t ic ia s q u e se ja m de in t e r e s s e p u b lic o .
lho do sol; só as toupeiras se occultam na escuridão das cavernas.
As columnas deste jornal estão sempre á disposição de todos os que nellas pretendam exarar qualquer queixa ou pedido honesto, qualquer reclamação séria
justa; mas nunca se prestarão a servir odios nem rancores de quem quer que seja. A missão da imprensa é ser honrada c nós sabemos comprehendel-a. Dito isto, escusado é repetir que não acceitamos cartas que não venham devidamente firmadas.
0 I
Declaramos para os devidos effeitos, e de uma vez para sempre, que não damos cabida no nosso jornal a declarações anony- mas. Quem formula uma accusação qualquer, deve apresentar-se de rosto descoberto e não occultar-se debaixo da mascara do ano- nymato. A’ luz do dia praticam-se as acções mais nobres; nas trevas da noite é que costumam commet ter-se os crimes mais hediondos, os actos mais traiçoeiros. Os rouxinoes amam a luz e cantam o bri
ÍBEML m , SOL
T rouxe-nos o telegrapho a iióíicia de que está prestes a rebentar a guerra en- :re Venezuela e Colombia.
Lamentamos profundamente este facto, que se se realisar, vae necessariamente prejudicar as duas florescentes republicas da America do Sul.
Custa-nos a crêr que num seculo que se diz de ci- vilisação, em que todos se devem exforçar para imperarem como soberanas a Paz e a Justiça, ainda se lance mão d esse repugnante meio — a Guerra— como unico processo de se resolverem questões provocadas, a maior parte das vezes, pela louca cegueira de uns, e pela impreviden- da e intolerancia de outros.
N’um periodo relativamente curto, quantas victi- mas não teem feito esse horroroso flagello!
No final do seculo passado : as guerras da Grécia com a Turquia, do Japão com a China, da Italia com a Abyssinia, da Hes- panha com os Estados Unidos d’America, da Inglaterra com o Transwal, e outras de menor importancia, quantas existencias não arrebataram! Quantos braços roubados á industria e á agricultura, e quantas in telligenc-ias á sciencia!
Quantas familias lança
das ao desespero e á mi- sei ia !
E tudo porque? Por uma miserável questão deterri- torio, que muitas vezes não chega a compensar materialmente os sacreSeios feitos.
Porque se não ha de recorrer á arbitragem, meio a nosso vêr mais justo, mais humanitario e sobretudo mais civilisado?
Se o duello é justamente prohlbido, porque se consente a guerra que é um duello em que não estão duas vidas cm perigo, mas sim milhares delias?
O lueto, a desolação e a fome, são ordinariamente os fruetos que se colhe da infame guerra!
Maldita seja ella e os que loucamente a provocam!
Fazemos ardentes votos para que o solo da America não seja mais uma vez regado pelo sangue daquel- les a quem o Dever e Honra exigem que o offereçam em holocausto á Patria.
Fez exame no Lyceu de Lisboa, a semana passada, a menina Christina Maria Vieira, ficando approvada com 11 valores.
Foisuaprofessoraa exm.a sr.a D. Maria Victoria da Conceição Rodrigues, in- telligente directora do col- legio de Nossa Senhora da Conceição.
A’ estudiosa menina e á sua digna professora, os nossos parabéns.
C a r r o c e ir o s de A ld e g a llega.
São temiveis estes he- roes!
No domingo passado marchavam em debandada pela rua do Caes os carros dalguns destes profissio- naes.
ff Boas mãos de redeas!»Uma creança de uns oito
annos de edade, que estava parada defronte da hospedaria do nosso amigo Manoel Cypriano Pio, pro- ximo da valleta, se não fô- ra puchada por alguem, que tambem ia fugindo ao
perigo, do logar onde es-j tava lendo o cartaz que j está ’na esquina dó prédio da mesma hospedaria, seria sem duvida mais uma victima a lamentarmos.
Os carros succediam-se machinalmeníe, e os carroceiros não se importavam com quem estava na frente!
— Arreda ! . . .E, a este signa! de com
inando, é fugir ou morrer.Para evitar estes escan
dalosos abusos, seria de uma utilidade publica, que a auctoridade competente abolisse as correrias dentro da villa, e, com especialidade, na rua do Caes, pois que é a de maior movimento.
« fo rn a e s
Accusamos a recepção dos seguintes jornaes, aos quaes agradecemos as palavras de louvor com que nos distinguiram.
0 Puritano, de Almada.0 Futuro, de Olhão.
O bCor reio de Mafra, de Mafra.
O nosso amigo e conterrâneo Augusto Gualdino Salg‘ado, distincto bandari- lheiro, toureou no domingo passado, na Praça do Campo Pequeno, em festa artistica dos estimados capinhas T orres Branco e Manoel dos Santos, tendo tido occasião de ser mais uma vez muito apreciado pelo bom trabalho que executou.
Pena é que este nosso bom amigo, attendendo ao seu estado de saude, não possa continuar na arte de Montes, pois é um artista consciencioso e muito havia a esperar da sua intelligencia e valentia.
Apesar de se achar incommodado, quiz prestar o seu auxilio aos seus col- legas, e com especialidade a Manoel dos Santos, ainda convalescente da colhida que teve na mesma Praça.
Felicitamos Augusto Sal- gado pela brilhante acção que fez.
lir ra tií
Com a epigraphe A L iberdade algemada, poesia do nosso distincto e intel- ligente collega Joaquim dos Anjos, sahiu por lapso na quinta sextilha « Essas insignias supremas, » quando deve se r«Essas injurias supremas. »
Pedimos-lhe desculpa.
Acha-se doente de cama o nosso amigo Christiano Rodrigues de Mendonça.
Desejamos-lhe o prompto restabelecimento. .
A menina Firmina Rodrigues, filha do-nosso amigo Jacob Rodrigues e de sua esposa Catharina Rodrigues, tem passado mal de saude.
Fazemos votos pelas suas melhoras.
C a ld a s da I I a i es ha
Encontra-se na agrada- vel e saudavel villa das Caldas da Rainha, o sr. Domingos Antonio Saloio, d’Aldegallega do Ribatejo, irmão do sr. José Augusto Saloio, proprietário deste jornal.
Desejamos que gose bastante.
—<o>—
H íavcgação a e re a
Estão despertando presentemente muito interesse, no mundo scientifico, as experiencias realisadas em P aris, pelo cidadão brasileiro Santos Dumont, com o seu balão dirigivel.
A resolução deste problema scientifico deve-nos int e r essar part icularme n t e, por isso que foi um portuguez— o padre Bartholo- meu Lourenço de Gusmão quem primeiro se atreveu a elevar-se nos ares, em balão, cabendo-lhe por completo a prioridade d’esse facto.
Innumeras têem sido as tentativas feitas no intuito de resolver a questão da direccão dos balões, sendo
2 •O D O M I N G O
a esse respeito dignos de menção, os balões derigi- veis, apresentados por mrs Gastón Tissandier, Renard e Krebs, francezes, e o sr. Cypriano Jardim, distincto official do exercito portuguez.
Parece que com o novo balão Santos Dumont, se têem obtido resultados bastante satisfactorios. Será desta vez que a conquista dos ares pelo homem, se tornará definitiva ?
N E C R O L O G I AFalleceu no dia 6 do cor
rente, o menino João Pereira Duarte, filho do nosso bom amigo Antonio Pereira Duarte, acreditado commerciante desta villa.
O funeral foi muito c(Incorrido.
A ’ enlutada familia as nossas respeitosas condo lencias.
A VID A N’ALDEIA
Brevemente começará o nosso jornal a publicação dum romance intitulado: A vida r i aldeia, escripto expressamente para o Domingo, por um dos nossos redactores.
Temos a certeza de que A vida ri aldeia, escripta em linguagem simples e des- pretenciosa, receberá bom acolhimento dos nossos leitores, proporcionando-lhes uns momentos agradaveis.
C A N C I O N E I R O
Realisa-se hoje, neste aprasivel logar do Samo- co, a festividade annual que se costuma fazer.
A esta festa da Senhora do Carmo, concorre sempre muitos habitantes das villas circumvisinhas.
Consta-nos que este anno, os nossos visinhos sa- moquenses, capricham em apresentar um arraial muito vistoso, já tendo ido para lá alguns barraqueiros e quinquilheiros.
Virgem de trança dourada, Enchendo a vida de flores,E’ teu seio immaculado Ninho de casto amores.
Desde que o mundo sahiu,Do chaos em que estava immerso Em lodo o vasto universo Um canto alegre se cÁivio.Mas de que labio partiu Essa primeira risada Que da risonha alvorada Saudava o brilho subtil?F o i da formosa e g-entil Virgem'de trança dourada.
Ella, a mulher seductora Que vinha o mundo inflorar, Traria no meigo olhar Uma lu\ encantadora.Como rainha e senhora,Envolta em meigos fulgores, Perfumes encantadores Derrama em torno de si;Leve, airoso colibri;Enchendo a vida de flores.
Depois, em cada hemispherio, P o r uma extranha magia, Comforme o tempo corria, M aior via o seu império.Que doce e bello mysterio Encerras, ente adorado!Dos homens idolatrado E teu so rrir de creança;Cofre de grata esperança;E teu seio immaculado.
I / s de ioda a cr cação Uma das fórmas mais bellas;As tuas falas singelas Peneiram no coração.Despedem doce clarão Os teus olhos seductares.Quantos mil adoradores Vemos sempre suspirar, Querendo teus labios beijar, Ninho de castos amores!
A ESCOLA
Sabem o que é a escola? 0 templo sacrosanto Onde se ensina ao povo o culto da Ra~ão; Aonde o céo envia, em seduetor encanto,0 rócio bemfeitor d f lo r inda cm botão.
Depois a flor cresceu, tornou-se airosa, linda, Encanta o coração, sedu~ o nosso olhar;
Da pétala mimosa exhala a graça infinda,0 aroma que rescende é que embalsama o ar.
Assim ds almas vae o orvalho da instrucção Levar um brilho alegre, um grato aroma emfim; Vae dar-lhes viço bello, encantador, loução. . .As almas são as flores — a escola é o jardim.
Derrama-se de lu\ alli um jo rro intenso —A Iu7l que vem do amor, da prática do Bem;Ha sempre em torno a nós um perfumado incenso Na escola que nos mostra o seu olhar de mãe.
Abril-a pois ao povo é grandioso e nobre,E ’ dar vista bemdita aos cegos do saber,E tornar luminoso o que era escuro e pobre,E ' fa \e r viva lu% nas trevas resplender.
E a escola é o clarão que sempre se projecta Na treva da ignorancia — um chaos aterrador. Merece a grande lurx os cantos do poeta. Saudemol-a, senhores, em respeitoso amor!
J o a q u im d o s A n j o s .
J o a q u im d o s A n j o s .
A G R I C U L T U R A
Cialísara í le m i lh o
A boa ou má lavoura concorre poderosamente para o desenvolvimento e pro- ducção do milho, e por isso lembramos aos lavradores a conveniencia de lavrar fundo, não só porque a terra movida em uma ra- soavel profundidade conserva mais tempo a humidade e permitte á planta lançar as raizes com liberdade, procurando frescura do sólo e resistindo assim melhor aos ardores do sol, e tambem porque quanto mais funda fòr a lavoura, mais camadas cie terra se revolvem e conseguinte- mente maior porção de saes se empregam na produc- C él O .
A prova do que deixamos dito, e que, decerto, todos tèom experimentado, é que no sitio onde se arranca alguma arvore é.melhor o centeio c o milho do que no resto do campo, por espaço de uns poucos de annos; e nos aterros das estradas, embora seja terra de monte e de peior qualidade, vè-se produzir admi
ravelmente o tojo e salgueiros, plantados mesmo de estaca, que só em terras humiclas costumam pegar e produzir.
Outra cousa muito atten- divel se deve ter em vista: ordinariamente costuma virar-se a lavoura um anno para um lado, e outro anno para outro, e que, segundo a inclinação do terreno, se costuma chamar— virar acima ou abaixo, porém é conveniente, quando seja possivel, que se vi- re ao poente, isto é, principiar a lavoura por este lado e acabar pelo nascen- te[: porque d'esta maneira, dando raios do sol na terra logo de manhã, aquecem-na mais facilmente, cujo calor promove o prompto desenvolvimento do germen.
Quando, no doe urso do dia, o sol declina para o poente, aquece a relva da leiva encostada para aquel- le lado, concentrando-lhe1 o calor, que se conserva quasi toda a noite e que auxilia poderosamente, não só a promptagerminação, como tambem a fermentação da dita relva, tornando-a em estrume.
Sendo, pelo contrario, a | relva encostada ao nascen- ! te, a frescura da relva di-
4 FOLHETIM
Traducção dc J. DOS ANJOS
A U L T I M A C R U Z A D Ai i
Depois as exigenoias de Regina multiplicavam-se como uma nodoa de azeite que se alastra. Zombava das advertencias humildes- do marido. E o amor que o abrazava, aquella paixão profunda que a frieza de Regina, que o seu mau acolhimento continuo reavivavam mais, acabavam o trabalho esboçado pelo habil banqueiro.
Taiilemaure decid;a-se a accéitar
tudo, a aíFrontar aquella lueta nova. Aquillo era realmente vender-se? Me- rec.aque o censurassem? Raciocinava, disputava comsigo proprio, com a consciência inquieta. O fim era louvável e o negocio honesto,. Um banco c.atholico, uma bella bandeira desenrolada á vista cie todos! Lembrava-se dasphra .es do banqueiro, dos noves que lhe especificara.
Attacava-se a Revolução. Os partidos vencidos tentavam uma desforra. Não dev a desertar e deixar o seu logar vago na primeira ilia.
Krúbstein podia apresentar-se. O marque/: de Taiilemaure estava nas suas mãos..
I Í I
O pae e o filho abraçaram-se por muito tempo, prolongaram aquelle amplexo enternecido que lhes taz:a
bater com mris força os corações, que os deleitava como sé se tivessem encontrado depois de uma longa ausência. O velho duque che; ára de improviso, sem prevenir ninguém, nem sequer po r um telegramma.
As cartas cada vez mais raras de Guilherme, curtas, inquietos, deixando presentir, sob as fórmulas banaes uma angustia secreta,’a ventura que vae fugindo, o temor crescente do dia seguinte adivinhado nas meias confidencias que parecem arrancadas e contidas ao mesmo tempo, por uma força occulta, haviam resolvido o chefe da familia a deixar o seu retiro e a vir procurar o filho, ultima vergontea da sua raça.
Comprehendera que a sua presença era necessaria em Paris, que talvez Guilherme, demasiado fraco se tivesse desviado' òo verdadeiro caminho, que
era preciso um braço soiido para o suster e reconfortar. A s ” avoz,com a pronuncia natal, ; catxça calva, conio que polvilhada na; fontes, tão llna como uma medalha da Renascença, e o seu fato simples, cortado ã moda antiga, traziam aquelle palacio parisiense, muito novo, muito elegante, o perfume familiar dos moveis antigos- dos velhas tapeçarias do casteilo que se erguia no meio dos bosques do Estérel, e a paz suave da província, o socego profundo que conserva o coração intacto e o corpo robusto.
E Guilherme entregára-se todo a esta impressão-. Revivia os annos passados da sua mocidade descuidosa. Via o casteilo dos Taillemaures, com as suas janellas altas de pedra esculpturadas, as portas largas e as paredes espessas. Via o parque^se- nhorial, cujas runs sombrias desciam
cia collino, as moitas de rosas verm elhas. que exhalam, ao nascer do dia, um aroma tão forte que parece embriagar os faunos de mármore metti- dos na folhagem e a vasta cisterna, Jarga como um lago negro, que nenhum peixe perturba, c o m as suas el- lipses luminosas, os campos de trigo, as oliveiras, e o terraço d’onde se avista, mu to ao longe, a ligna myste- riosa do mar.
Via o canto do salão onde a mãe trabalhava habitualmente. Via os crea- clos velhos que o tinham visto nascer c o estimavam quasi maternalmente. Lembrava-se de tudo isso e não. ouvia as perguntas que o pae lhe fazia a respeito de Regina, dos seus negocios da sua casa. Mergulhava-se obstinadamente no seu sonho nestal- gico.
(Continua;.
minue em R e p a r t e o J J ^ | ( ) | J J J | j> Jj> jJcalor do sol a lena ie \o lvida; e arrefecendo durante o dia a dita relva enterrada em direcção contraria ao sol, fica fria de noite, o que dá em resultado um
. sensivel atrazo na nascença ■ da planta, e egualmente na L alludida fermentação.
Fez exame de physica experimental e chimica mineral na Escola Polytechnica, o sr. Guilhermino Emygdip Pires, antigo alumno da Escola Municipal Secundaria
Idesta villa.Ao distincto alumno, a
Iseu pae o sr. Emygdio Pires, e a seu tio o sr. Manoel Neves Nunes d’Almeida, os nossos sinceros parabéns.
Iflelocs e disElíelr©!No domingopassado deu-
se um facto na fazenda do nosso amigo e assignante, o sr. Antonio Luiz Gou- veia,-próxima do logar de
?Vai de Figueira, deste concelho, que mais uma vez vem demonstrar como alguns empregados da fisca- lisação privativa da Companhia dos Tabacos, são dignos de censura.
O nosso amigo Gouveia é um dos homens mais ob- sequiadores e francos que ha nesta villa. Tem por habito convidar amigos e não amigos para irem passar algumas tardes á sua bella fazenda. Entre elles, alguns dos empregados dos tabacos, aproveitam-se do con-
. vite e ali descançam o seu bocado, comendo e bebendo á vontade.
Pois, neste ultimo domingo, lá foram elles ao cheiro do bello coelho e do bom vinho, mas o sr. Gou- •yeia*estava ausente. Como o capataz os visse en,trar, offereceu-lhes melões, que
Jellés immediatamente ac- |cei taram.
Ora nesta occasíão o capataz, chamado Joaquim
feia Justina, fez um cigarro içom tabaco e addiccionou- Ihe um bocadinho de uma herva qualquer. Pois foi o sufficiente para que os ^elo-
,:sos empregados o trouxessem na ponta da unha, o
. pobre capataz, que além de pagar a multa de 2400 réis, esteve preso até segunda
gfeira á noite.Vejam, pois, os nossos
leitores o bom serviço feito por estes empregados, que como não tiveram cadinho c vinhinho, quizeram arranjai' massa por qualquer ma-
.neira.í Brevemente teremos de jjjfal lar sobre estes heroes que taes acções praticam, e com especialidade, approveitan-
|do-se da ausência do nosso iamigo.
A t ra iç ã o ale eessam fflèr(Continuação)1
— « Senhora, lhe disse elle, eu vos amo».
Nada mais disse; porém como ella não respondesse por causa da sensação que soffrêra, fiíou em madama de Aulnayes os olhos sup- plicantes. Então ella lhe disse, com voz firme, mas sem desdem:
— «Eu sou casada, senhor»!
Depois retirou-se com passo grave e socegado pelo caminho do casteilo.
Grande foi o sentimento do joven pintor. Qual era a causa desta ausência? Informou-se a respeito de mr. e madama dAulnayes. Nao se póde exprimir a reserva com que procedeu nestas informações; e por fim não as obteve senão vagas e infiéis á verdade; mas a sua razão, experiencia e arte de adivinhar em amor rectificaram o sentido do que lhe disseram inverosímil. Finalmente soubi tudo.
Então, Luiz dAssoucy, possuiu-se de desinteressada compaixão pela sorte da joven e bella victima do casteilo.
A sua ternura augmen- tou tanto quanto perdeu em vistas pessoaes; porém soffria muito por não encontrar nem vêr Fanny.
(Continua). ~
Tocou hontem 110 coreto a sociedade i.° de Dezembro desta villa. Apesar de ser surprezá, affluiu alli muita gente.
A barraca do peão que ficára da festa annual para esta occasião, começou na sexta-íèira a fazer rifa de bilhetes para a tourada.
Tem rifado muitos.
Joaquim Ferreira de Sousa e sua esposa, gratíssimos ao Ex.'"° Sr. Manoel Neves Nunes dAlmeida, director da Escola Municipal e Secundaria de Aldegallega do Ribatejo, veem por este meio tornar publico, qual o seu reconhecimento pela esmerada educação e instrucção que ministrou a seu filho Joaquim Ferreira de Sousa Junior, alumno interno do collegio de s. ex.:>, concluindo o i.° anno do seu internato com os exames do 1." anno do curso commercial, íeitos na mesma escola, sendoapprovado com 15 valores em portu-
guez (distineção), 17 valores em francez (tambem distineção' e 14 valores em ma- thematica. Aceeite s. ex.:i a nossa constante gratidão por tão feliz exito.
Setúbal, 7 de Agosto de i g o i .
O D O M I N G O
S I I P P L I C AO abaixo assignado, não
tendo apparecido, nem se descoberto o paradeiro da corôa e de algumas joias de Nossa Senhora d’Ata- laya, facto succedido em 29 de agosto do anno de 1900 pelas seis horas da manhã, apezar de affecto ao poder judicial comarcão, vem humildemente, perante os devotos da mesma Senhora, declarar, que está aberta uma subscri- pção para a compra duma nova corôa de prata, e de mais objectos sagrados; e recebe qualquer donativo para esse fim.
Attilaya de Aldegallega do Ribatejo, 26 de julho de 19 ° 1 •v
O Capellão
Padre Manoel Frederico Ribeiro da Costa.
A ta laya
Realisam-se nos dias 24, 25 e 26 do corrente, no bonito logar dAtalaya, as grandes festas em honra de Nossa Senhora.
Este anno esperam-se muito mais devotos e forasteiros.
Tem estado bastante in- commodada de saude, a esposa do nosso amigo e assignante, o sr. Balthazar Manoel Valente, digno mestre da Phylarmonica 1 ° de Dezembro.
Desejamos-lhe o prompto restabelecimento.
'EViltSifflííI
Perante uma numerosa concorrência,-attrahida pela natureza especial do assumpto, constituiu-se na segunda-feira ultima, o tribunal desta comarca, sob a pre- sidencia do digno magistrado o exm.0 si', dr. Antonio Augusto Nogueira Souto, para julgar em policia correccional por offensas corporaes, o nosso amigo Manoel Tavares Paulada.
Fallou o nosso amigo o sr. Durval Monteiro Lopes de Macedo, digno sollicita- dor forense desta comarca, em defeza do arguido; o qual foi condemnado em i 5 dias de multa a 400 réis, custas e sèllos do processo.
I»«x* alisoíaaía ía U a dc e sp a ço d e ix a m o s áe Lsse- r i r « fe ste m im e ro . u m a graaude «psassiSíIade de e©- t ic ia s e a re la ç ã o «los s í * s
a ssig m a a te s fgwe íã© gc® - íSIm eaite íeesís s a iâ s íe lío as stia s assSgaatw pas. o qsae «aos p csi'h o i‘a ilis s i~ r i am e jí i e ag s*ade ceaao s .
^ o {5i*os.isaa© siimacro. g*esnediaremos estas fe5- Éas issvoSíiJBÍsspias.
T otsrada c«* A ld eg a lleg a
Está despertando o maior enthusiasmo a corrida de touros que se realisa no dia 18 do corrente, na praça desta villa.
Um dos attractivos d1 esta esplendida corrida, é o arrojado fascinadorde touros, o sr. José Luiz Pacheco, vulgarmente mais conheci- bo por Toca na occa. Este sympathico artista accedeu da melhor vontade ao convite que lhe fez a Sociedade i.° de Dezembro, promotora desta excepcional e attrahente tourada.
A Sociedade attendendo ao fim humanitario a que é destinado o produeto da corrida, promptificou-se a tomar parte no expectaculo executando o seu melhor repertorio.
Em seguida damos o pro- gramma, onde os nossos estimáveis assignantes e leitores, poderão calcular os sacrifícios que a dignissima Sociedade envida para poder ver realisado o seu intuito.
Tomam parte nesta excepcional corrida como ca valleiros os arrojados artistas Francisco Simões Serra e Justiniano A. Gouveia, acompanhados dos distinctos bandarilheiros Augusto Salgado, Silvestre Cala- baça, Francisco Cruz, Luiz Canario, (o Açoriano), e os amadores Adelino Cotafo e Mourisca.
E’ espada da tarde o valente e laureado Joaquim Peres, E l Pechuga.
Um valente grupo de forcados, entre elles Fressura e Peixinho, tambem tomam parte.
ANNUNCIOS
à B Ê G à SArrendam-se em Alde-
gallega, duas, para envasi- jlhar, tendo uma lagariça, tanque para deposito de
| uvas e agua canalisada pa- 'ra 0 serviço, e outra só-
3
mente para envasilhar, tendo a agua nas mesmas con- dicções.
Teem os respectivos cachorros e mais pertences que dizem respeito ás adegas.
Quem as pretender, póde dirigir-se a Arthur Coelho, no Largo da Misericórdia, desta villa.
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C A S A Ç O M M E R C I A LDE
J U S T Í N O S I M Õ E SR U A D A F A B R IC A — Aldegallega
Especialidade em chá. café, ^ssucar, manteigas nacionaes e estrangeiras, massa ; doces, semeas, arroz, legumes, azeite, j etroleo, sabão de todas as qualidades; artigos de fanqueiro e retrozeiro, louças, carne de porco, taba cos, etc., etc.
0 proprietário d’csta casa vende tudo por preços convidativos, e além d'isso todo o freguez tem direito a uma senha quando compre a importan- cia de 200 réis para cima, e quando juntar 5o senhas terá direito a um brinde bonito e valioso.
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J O S E M ROCHA BARBOSAC o m « f S e liE s a
DE
CORREEIRO E SELLEIRO 18, RUA DO FORNO,.18
JOSE’ AUGUSTO SALOIOEncarrega-se de todos os
trabalhos typographicos.R. D E JO SÉ M A R IA DOS SANTO S
A . E . D B S G A L . E . K t íA
C O M P A N H I A F A B R I L S I N G E RP? r ~,0 ° r ^ s semanaes se adquirem as eele-
br es machinas S IIG E R para coser.
Pedidos a AURÉLIO JO Ã O DA CRUZ, cobrado.1 da casa a iíc o c m «fc c’.a e concessionário em Portugal para a venda das ditas machinas.
Envia catalogas a quem os desejar, yo, rua do Rato, 70 — Alcochete.
Sé '. . .
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MERCEARIAD E
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-- - - - - - - iSfe.N este e:>tah;lccimento encontia-se á venda pelos preços mais M f ’’
convidativos, um variaio e amplo sórtm ento de generos pro- nr:ns <lo seu ramo de co.nmercio, podendo por isso óffereçer «Síít.
. , -s girantias aos seus estimáveis fieguezes e to re?pei- publirci em ge-. 1. v fâ ?
I V T O N I O f/o, L A R G O D A E G R E J A , i 9-x
prios d
Vis'te pois o pui' :o esta casa.
\LDEGALLEGA
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ma.
A N T I G A M E R C E A R I A DO P O V ODE
D O M I N G O S A N T O N I O S A L O I OW'«**eestabelecntteBío eis«»astr»-se á rcn íla pelos prc«os mais comvi.
slaái^os. BBBíí variado soríiinettto de generos proprios do seeà ramo de eoíin- rnereio. oiãereccmdo por isso as m aiores garantias aos seus estim areis ffre- gneses e ao respeitável | íesSdS!í*o.
D O C A E S — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO
O C O M H P O T QJ A L D E G A L L E G A D O R I B A T E J O
C i ande estabelecimento de fazendas por preços limitadíssimos, pois que vendetodos os seus artigos pelos preços das principaes casas de Lisboa, c alguns
r j n M A I S B A R A T O SC r ande collecção dartigos de Retroseiro.Bom sortimento dartigos de F A N Q U E IR O .
Selins p i elos e de cor para fórros de fatos para homem assim como todos os accessorios para os mesmos.
Esta casa abriu uma S E C Ç Ã O E S P E C I A L quemuilo util é aos habitantesdesta villa, e que ^ C O M P R A E M L I S B O A de todos e quaesquer artigos ainda mesmo os que nao sao do seu ramo de negocio; garantindo o selo na escolha, e o preço porque vendem a retalho as primeiras casas da capital.
B O A C O L I E C Ç A O de meias pretas para senhora e piuguinhas vara creanças de todas as edades. *
A CO R PRETA D ’ESTE ARTIG O É GARANTIDA A divisa desta casa é G A M A R P O U C O P A R A V E N D E R M U I T O ,
J O A O B E N T O & N U N E S D E C A R V A L H O8 8 , R . D I R E I T A , 9 0 - 2 , R , DO C O N D E , 2
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D E P O S I T OD E
V I N H O S , V I N A G R E S E A G U A R D E N T E SE F A B R I C A D E L I C O R E S
1.4 F ! D E P O S I T O D A A C R E D I T A D A F A B R I C A D EJANSEN & C : I I L I S B O A
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C E R V E J A S , G A Z O Z A S , P I R O L I T O SVENDIDOS PELO PREÇO DA FABRICA
— ™— L U C A S & C.A —L A R G O D A C A L D E IR A — ALDEGALLEGA DO RIBSTEJO
V l i l l l O SVinho tinto de pasto de i . a, litro
2.a,
i . a,
I
» branco » >:» verde, tin to .. . . » »» abafado, branco » »» de Collares, tinto » garrafa » Carcavellos br.c“ » »» de Palm ella.. . . » »» do Porto, superior »» da M adeira............. »
V in a g r e sVinagre t nto de i . a, litro ..............
)> )) )) 2 . a , » . . . . . . .
» branco » i . a, » ...........» » » 2.a, » ..........
L ic o r e sLico r ce ginja de i . a, litro..........
» » aniz » » » ..........» » c anella............. ............» » rosa..............................» » hortelã pim enta..........
Granito ............ .............................Com a garrafa mais 6o réis.
5o rs. 40 » 70 »
100 » i 5o » 160 » 240 )> 240 » 400 » 5oo »
; A g w a rd e n te s1 AIcool 40o. \ ....................... litro| Aguardente Ue prova 3o°.' »
» fiinja............... »» de bagaço 20o » i . a
| » » » 20o » 2.a» » » iS°.»» » figo 20°. »
| » » Evora i8 >.»
C a n n a B ra n e a
D20 rs.320 »240 » 160 » i 5o » 140 » 120 » 140
I ' Jlt > tD M OI—tno
sC abo Verde.•................garraf
» S a ................... ))B I G enebra.. . . ................... ))* I ------ o e o -------
700 rs. 600 »
1S200 » i$boo »
36o »
200 » 180 » iSo » 180 » 180 » 280 »
| CERVEJAS, GAZOZAS E PIROLITOSS Posto ern casa do consumidor| Cerveja de Março, duzia............ 480 rs.| » Pilcener, » .......... 720 »| » da pipa, meio barril . 730 »i Gazozas, duzia ................................. 420 »! Pirolitos, caixa, 24 garrafas.. . 36a »
C a p ilé . IS íro r é is , eoin g a rra fa 340 r é is
E M A IS B E B ID A S D E D IF F E R E N T E S Q U A L ID A D E S
V E M D A S A D I N H E I R OC e d id o s a L U C A S & C A - a ld e g a lle g a
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