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a t/a I ANNO DOMINGO, 11 DS AGOSTO DS 1901 N.° 4 SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARlO * E AGRÍCOLA Assij^natwra Anno, íSoo.o reis; semestre, 5oo ré:?. Pagamento adeanti Na cobrança pelo correio, «çcresce o premio ^ o vale. Avulso, no dia da publicação, 20.réis. EDITOR — José Augusto Saloio ,l!o I REMCíAO; íB M W M IIPO M I Q I*ti!>lieaçôes Annuncios— 1.8 publicação, 40 réis a linha, nas seguintes. Q 20 réis. Annuncios na 4.= pagina, contracto espacial. Os auto- y RUA DE JOSE MARIA DOS SANTOS P graPaos ni'l° se-restituemquer sejamou nSo..publicados. a l d e g a l l k g a PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio S X ^ H lID IH S N T S j Pedimos aos nossos es timáveis assignantes a quem enviamos o nosso jornal pelo correio, c f»ue se acham cm divida, o favor de nos mandarem satisfazer a importaneia da sua assigaaínra, o que muito reconhecldamen- te lhes agradecemos. Como a despeza da co brança está a cargo do exm.0 assignante, claro está que nos obsequeia bastante , pois que, o tra balho e despezas são grandes na cobrança pe io correio, e ninguém desconhece que por cada vez que o recibo vae a cobras*, tem-se-lhe de pòr novos sêSIos c passar outras geaias. 15 *:>p«fríí"B*«*s. |*í» 5 .<». íjfiRe os nossos amigos «íio ol vidarão tão sensato fa vor. * Devido á irregularida de na distribuição, pedi mos aos nossos amigos nos desculpem, e se nos queixem dos números que lhes faltar, para de prompto providenciar mos. Acceitam-se com grati dão quaesquer noticias que sejam de interesse publico. lho do sol; só as toupeiras se occultam na escuridão das cavernas. As columnas deste jor nal estão sempre á disposi ção de todos os que nellas pretendam exarar qualquer queixa ou pedido honesto, qualquer reclamação séria justa; mas nunca se pres tarão a servir odios nem rancores de quem quer que seja. A missão da imprensa é ser honrada c nós sabe mos comprehendel-a. Dito isto, escusado é repetir que não acceitamos cartas que não venham devidamente firmadas. 0 I Declaramos para os de vidos effeitos, e de uma vez para sempre, que não damos cabida no nosso jor nal a declarações anony- mas. Quem formula uma accusação qualquer, deve apresentar-se de rosto des coberto e não occultar-se debaixo da mascara do ano- nymato. A’ luz do dia pra ticam-se as acções mais no bres; nas trevas da noite é que costumam commet ter-se os crimes mais he diondos, os actos mais trai çoeiros. Os rouxinoes amam a luz e cantam o bri ÍBEML m , SOL T rouxe-nos o telegrapho a iióíicia de que está pres tes a rebentar a guerra en- :re Venezuela e Colombia. Lamentamos profunda mente este facto, que se se realisar, vae necessaria mente prejudicar as duas florescentes republicas da America do Sul. Custa-nos a crêr que num seculo que se diz de ci- vilisação, em que todos se devem exforçar para impe rarem como soberanas a Paz e a Justiça, ainda se lance mão d esse repugnan te meio — a Guerra— co mo unico processo de se resolverem questões pro vocadas, a maior parte das vezes, pela louca cegueira de uns, e pela impreviden- da e intolerancia de ou tros. N’um periodo relativa mente curto, quantas victi- mas não teem feito esse horroroso flagello! No final do seculo pas sado : as guerras da Gré cia com a Turquia, do Ja pão com a China, da Italia com a Abyssinia, da Hes- panha com os Estados Uni dos d’America, da Inglater ra com o Transwal, e ou tras de menor importancia, quantas existencias não ar rebataram! Quantos bra ços roubados á industria e á agricultura, e quantas in telligenc-ias á sciencia! Quantas familias lança das ao desespero e á mi- sei ia ! E tudo porque? Por uma miserável questão deterri- torio, que muitas vezes não chega a compensar mate rialmente os sacreSeios fei tos. Porque se não ha de re correr á arbitragem, meio a nosso vêr mais justo, mais humanitario e sobretudo mais civilisado? Se o duello é justamente prohlbido, porque se con sente a guerra que é um duello em que não estão duas vidas cm perigo, mas sim milhares delias? O lueto, a desolação e a fome, são ordinariamente os fruetos que se colhe da infame guerra! Maldita seja ella e os que loucamente a provocam! Fazemos ardentes votos para que o solo da Ameri ca não seja mais uma vez regado pelo sangue daquel- les a quem o Dever e Honra exigem que o offereçam em holocausto á Patria. Fez exame no Lyceu de Lisboa, a semana passada, a menina Christina Maria Vieira, ficando approvada com 11 valores. Foisuaprofessoraa exm.a sr.a D. Maria Victoria da Conceição Rodrigues, in- telligente directora do col- legio de Nossa Senhora da Conceição. A’ estudiosa menina e á sua digna professora, os nossos parabéns. Carroceiros de Aldegal lega. São temiveis estes he- roes! No domingo passado marchavam em debandada pela rua do Caes os carros dalguns destes profissio- naes. ff Boas mãos de redeas!» Uma creança de uns oito annos de edade, que esta va parada defronte da hos pedaria do nosso amigo Manoel Cypriano Pio, pro- ximo da valleta, se não fô- ra puchada por alguem, que tambem ia fugindo ao perigo, do logar onde es-j tava lendo o cartaz que j está ’na esquina dó prédio da mesma hospedaria, se ria sem duvida mais uma victima a lamentarmos. Os carros succediam-se machinalmeníe, e os car roceiros não se importa vam com quem estava na frente! — Arreda ! . . . E, a este signa! de com inando, é fugir ou morrer. Para evitar estes escan dalosos abusos, seria de uma utilidade publica, que a auctoridade competente abolisse as correrias dentro da villa, e, com especiali dade, na rua do Caes, pois que é a de maior movi mento. «fornaes Accusamos a recepção dos seguintes jornaes, aos quaes agradecemos as pa lavras de louvor com que nos distinguiram. 0 Puritano, de Almada. 0 Futuro, de Olhão. ObCor reio de Mafra, de Mafra. O nosso amigo e conter râneo Augusto Gualdino Salg‘ado, distincto bandari- lheiro, toureou no domin go passado, na Praça do Campo Pequeno, em festa artistica dos estimados ca pinhas T orres Branco e Ma noel dos Santos, tendo tido occasião de ser mais uma vez muito apreciado pelo bom trabalho que execu tou. Pena é que este nosso bom amigo, attendendo ao seu estado de saude, não possa continuar na arte de Montes, pois é um artista consciencioso e muito ha via a esperar da sua intelli gencia e valentia. Apesar de se achar in commodado, quiz prestar o seu auxilio aos seus col- legas, e com especialidade a Manoel dos Santos, ainda convalescente da colhida que teve na mesma Praça. Felicitamos Augusto Sal- gado pela brilhante acção que fez. lirratií Com a epigraphe A Li berdade algemada, poesia do nosso distincto e intel- ligente collega Joaquim dos Anjos, sahiu por lapso na quinta sextilha « Essas insignias supremas, » quan do deve s e r «Essas injurias supremas. » Pedimos-lhe desculpa. Acha-se doente de cama o nosso amigo Christiano Rodrigues de Mendonça. Desejamos-lhe o prom pto restabelecimento. . A menina Firmina Rodri gues, filha do-nosso amigo Jacob Rodrigues e de sua esposa Catharina Rodri gues, tem passado mal de saude. Fazemos votos pelas suas melhoras. Caldas da II ai es ha Encontra-se na agrada- vel e saudavel villa das Cal das da Rainha, o sr. Domin gos Antonio Saloio, d’Al degallega do Ribatejo, ir mão do sr. José Augusto Saloio, proprietário deste jornal. Desejamos que gose bas tante. —<o>— Híavcgação aerea Estão despertando pre sentemente muito interes se, no mundo scientifico, as experiencias realisadas em P aris, pelo cidadão bra sileiro Santos Dumont, com o seu balão dirigivel. A resolução deste pro blema scientifico deve-nos int e r essar part icularme n te, por isso que foi um portu guez— o padre Bartholo- meu Lourenço de Gusmão quem primeiro se atreveu a elevar-se nos ares, em ba lão, cabendo-lhe por com pleto a prioridade d’esse facto. Innumeras têem sido as tentativas feitas no intuito de resolver a questão da direccão dos balões, sendo

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Page 1: I ANNO N.° 4 · bom amigo, attendendo ao seu estado de saude, ... A esta festa da Senhora ... As almas são as flores — a escola é o jardim. Derrama-se de lu\ alli um jorro

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I ANNO D O M I N G O , 11 D S A G O S T O D S 1 9 0 1 N.° 4

S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R lO * E A G R ÍC O L A

A ssij^n atw raAnno, íSoo.o reis; semestre, 5oo ré:?. Pagamento adeanti Na cobrança pelo correio, «çcresce o premio o vale. Avulso, no dia da publicação, 20.réis.

EDITOR— José Augusto Saloio

,l!o I REMCíAO; í B M W M I I P O M IQ

I*ti!>lieaçôesAnnuncios— 1.8 publicação, 40 réis a linha, nas seguintes.

Q 20 réis. Annuncios na 4.= pagina, contracto espacial. Os auto-y RUA DE JOSE MARIA DOS SANTOS P graPaos ni'l° se-restituem quer sejam ou nSo..publicados.

a l d e g a l l k g a PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

S X ^ H l I D I H S N T S j

P e d im o s aos n o s s o s e s­t im á v e is a s s ig n a n te s a q u e m e n v ia m o s o n o s s o jo r n a l p e lo c o r r e io , c f»ue se a ch a m cm d iv id a , o f a v o r d e n o s m a n d a re m s a t is f a z e r a im p o rt a n e ia da s u a a s s ig a a ín r a , o q u e m u it o re c o n h e c ld a m e n - te lh e s a g ra d e ce m o s.

C o m o a d e s p e z a da c o ­b ra n ç a está a c a rg o do e x m .0 a s s ig n a n te , c la ro está q u e n o s o b s e q u e ia b a sta n te , p o is q u e , o t r a ­b a lh o e d e s p e z a s são g ra n d e s n a c o b ra n ç a p e ­io c o r r e io , e n in g u é m d e s c o n h e c e q u e p o r cada v e z q u e o r e c ib o va e a cobras*, te m -s e -lh e de p ò r n o v o s sêSIos c p a s s a r o u t r a s geaias.

15*:>p«fríí"B*«*s. |*í»5.<». íjfiReo s n o s s o s a m ig o s « íio o l­v id a r ã o tão s e n s a to fa ­v o r .

*

D e v id o á ir r e g u l a r id a ­d e n a d is t r ib u iç ã o , p e d i­m o s ao s n o s s o s a m ig o s n o s d e s c u lp e m , e se n o s q u e ix e m d o s n ú m e ro s q u e lh e s fa lta r, p a ra de p ro m p t o p r o v id e n c ia r ­m o s.

A c c e ita m -s e c o m g r a t i­dão q u a e s q u e r n o t ic ia s q u e se ja m de in t e r e s s e p u b lic o .

lho do sol; só as toupeiras se occultam na escuridão das cavernas.

As columnas deste jor­nal estão sempre á disposi­ção de todos os que nellas pretendam exarar qualquer queixa ou pedido honesto, qualquer reclamação séria

justa; mas nunca se pres­tarão a servir odios nem rancores de quem quer que seja. A missão da imprensa é ser honrada c nós sabe­mos comprehendel-a. Dito isto, escusado é repetir que não acceitamos cartas que não venham devidamente firmadas.

0 I

Declaramos para os de­vidos effeitos, e de uma vez para sempre, que não damos cabida no nosso jor­nal a declarações anony- mas. Quem formula uma accusação qualquer, deve apresentar-se de rosto des­coberto e não occultar-se debaixo da mascara do ano- nymato. A’ luz do dia pra­ticam-se as acções mais no­bres; nas trevas da noite é que costumam commet ter-se os crimes mais he­diondos, os actos mais trai­çoeiros. Os rouxinoes amam a luz e cantam o bri­

ÍBEML m , SOL

T rouxe-nos o telegrapho a iióíicia de que está pres­tes a rebentar a guerra en- :re Venezuela e Colombia.

Lamentamos profunda­mente este facto, que se se realisar, vae necessaria­mente prejudicar as duas florescentes republicas da America do Sul.

Custa-nos a crêr que num seculo que se diz de ci- vilisação, em que todos se devem exforçar para impe­rarem como soberanas a Paz e a Justiça, ainda se lance mão d esse repugnan­te meio — a Guerra— co­mo unico processo de se resolverem questões pro­vocadas, a maior parte das vezes, pela louca cegueira de uns, e pela impreviden- da e intolerancia de ou­tros.

N’um periodo relativa­mente curto, quantas victi- mas não teem feito esse horroroso flagello!

No final do seculo pas­sado : as guerras da Gré­cia com a Turquia, do Ja­pão com a China, da Italia com a Abyssinia, da Hes- panha com os Estados Uni­dos d’America, da Inglater­ra com o Transwal, e ou­tras de menor importancia, quantas existencias não ar­rebataram! Quantos bra­ços roubados á industria e á agricultura, e quantas in telligenc-ias á sciencia!

Quantas familias lança

das ao desespero e á mi- sei ia !

E tudo porque? Por uma miserável questão deterri- torio, que muitas vezes não chega a compensar mate­rialmente os sacreSeios fei­tos.

Porque se não ha de re­correr á arbitragem, meio a nosso vêr mais justo, mais humanitario e sobretudo mais civilisado?

Se o duello é justamente prohlbido, porque se con­sente a guerra que é um duello em que não estão duas vidas cm perigo, mas sim milhares delias?

O lueto, a desolação e a fome, são ordinariamente os fruetos que se colhe da infame guerra!

Maldita seja ella e os que loucamente a provocam!

Fazemos ardentes votos para que o solo da Ameri­ca não seja mais uma vez regado pelo sangue daquel- les a quem o Dever e Honra exigem que o offereçam em holocausto á Patria.

Fez exame no Lyceu de Lisboa, a semana passada, a menina Christina Maria Vieira, ficando approvada com 11 valores.

Foisuaprofessoraa exm.a sr.a D. Maria Victoria da Conceição Rodrigues, in- telligente directora do col- legio de Nossa Senhora da Conceição.

A’ estudiosa menina e á sua digna professora, os nossos parabéns.

C a r r o c e ir o s de A ld e g a l­lega.

São temiveis estes he- roes!

No domingo passado marchavam em debandada pela rua do Caes os carros dalguns destes profissio- naes.

ff Boas mãos de redeas!»Uma creança de uns oito

annos de edade, que esta­va parada defronte da hos­pedaria do nosso amigo Manoel Cypriano Pio, pro- ximo da valleta, se não fô- ra puchada por alguem, que tambem ia fugindo ao

perigo, do logar onde es-j tava lendo o cartaz que j está ’na esquina dó prédio da mesma hospedaria, se­ria sem duvida mais uma victima a lamentarmos.

Os carros succediam-se machinalmeníe, e os car­roceiros não se importa­vam com quem estava na frente!

— Arreda ! . . .E, a este signa! de com­

inando, é fugir ou morrer.Para evitar estes escan­

dalosos abusos, seria de uma utilidade publica, que a auctoridade competente abolisse as correrias dentro da villa, e, com especiali­dade, na rua do Caes, pois que é a de maior movi­mento.

« fo rn a e s

Accusamos a recepção dos seguintes jornaes, aos quaes agradecemos as pa­lavras de louvor com que nos distinguiram.

0 Puritano, de Almada.0 Futuro, de Olhão.

O bCor reio de Mafra, de Mafra.

O nosso amigo e conter­râneo Augusto Gualdino Salg‘ado, distincto bandari- lheiro, toureou no domin­go passado, na Praça do Campo Pequeno, em festa artistica dos estimados ca­pinhas T orres Branco e Ma­noel dos Santos, tendo tido occasião de ser mais uma vez muito apreciado pelo bom trabalho que execu­tou.

Pena é que este nosso bom amigo, attendendo ao seu estado de saude, não possa continuar na arte de Montes, pois é um artista consciencioso e muito ha­via a esperar da sua intelli­gencia e valentia.

Apesar de se achar in­commodado, quiz prestar o seu auxilio aos seus col- legas, e com especialidade a Manoel dos Santos, ainda convalescente da colhida que teve na mesma Praça.

Felicitamos Augusto Sal- gado pela brilhante acção que fez.

lir ra tií

Com a epigraphe A L i­berdade algemada, poesia do nosso distincto e intel- ligente collega Joaquim dos Anjos, sahiu por lapso na quinta sextilha « Essas insignias supremas, » quan­do deve se r«Essas injurias supremas. »

Pedimos-lhe desculpa.

Acha-se doente de cama o nosso amigo Christiano Rodrigues de Mendonça.

Desejamos-lhe o prom­pto restabelecimento. .

A menina Firmina Rodri­gues, filha do-nosso amigo Jacob Rodrigues e de sua esposa Catharina Rodri­gues, tem passado mal de saude.

Fazemos votos pelas suas melhoras.

C a ld a s da I I a i es ha

Encontra-se na agrada- vel e saudavel villa das Cal­das da Rainha, o sr. Domin­gos Antonio Saloio, d’Al­degallega do Ribatejo, ir­mão do sr. José Augusto Saloio, proprietário deste jornal.

Desejamos que gose bas­tante.

—<o>—

H íavcgação a e re a

Estão despertando pre­sentemente muito interes­se, no mundo scientifico, as experiencias realisadas em P aris, pelo cidadão bra­sileiro Santos Dumont, com o seu balão dirigivel.

A resolução deste pro­blema scientifico deve-nos int e r essar part icularme n t e, por isso que foi um portu­guez— o padre Bartholo- meu Lourenço de Gusmão quem primeiro se atreveu a elevar-se nos ares, em ba­lão, cabendo-lhe por com­pleto a prioridade d’esse facto.

Innumeras têem sido as tentativas feitas no intuito de resolver a questão da direccão dos balões, sendo

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2 •O D O M I N G O

a esse respeito dignos de menção, os balões derigi- veis, apresentados por mrs Gastón Tissandier, Renard e Krebs, francezes, e o sr. Cypriano Jardim, distincto official do exercito portu­guez.

Parece que com o novo balão Santos Dumont, se têem obtido resultados bas­tante satisfactorios. Será desta vez que a conquista dos ares pelo homem, se tornará definitiva ?

N E C R O L O G I AFalleceu no dia 6 do cor­

rente, o menino João Pe­reira Duarte, filho do nos­so bom amigo Antonio Pe­reira Duarte, acreditado commerciante desta villa.

O funeral foi muito c(In­corrido.

A ’ enlutada familia as nossas respeitosas condo lencias.

A VID A N’ALDEIA

Brevemente começará o nosso jornal a publicação dum romance intitulado: A vida r i aldeia, escripto ex­pressamente para o Domin­go, por um dos nossos re­dactores.

Temos a certeza de que A vida ri aldeia, escripta em linguagem simples e des- pretenciosa, receberá bom acolhimento dos nossos lei­tores, proporcionando-lhes uns momentos agradaveis.

C A N C I O N E I R O

Realisa-se hoje, neste aprasivel logar do Samo- co, a festividade annual que se costuma fazer.

A esta festa da Senhora do Carmo, concorre sem­pre muitos habitantes das villas circumvisinhas.

Consta-nos que este an­no, os nossos visinhos sa- moquenses, capricham em apresentar um arraial mui­to vistoso, já tendo ido pa­ra lá alguns barraqueiros e quinquilheiros.

Virgem de trança dourada, Enchendo a vida de flores,E’ teu seio immaculado Ninho de casto amores.

Desde que o mundo sahiu,Do chaos em que estava immerso Em lodo o vasto universo Um canto alegre se cÁivio.Mas de que labio partiu Essa primeira risada Que da risonha alvorada Saudava o brilho subtil?F o i da formosa e g-entil Virgem'de trança dourada.

Ella, a mulher seductora Que vinha o mundo inflorar, Traria no meigo olhar Uma lu\ encantadora.Como rainha e senhora,Envolta em meigos fulgores, Perfumes encantadores Derrama em torno de si;Leve, airoso colibri;Enchendo a vida de flores.

Depois, em cada hemispherio, P o r uma extranha magia, Comforme o tempo corria, M aior via o seu império.Que doce e bello mysterio Encerras, ente adorado!Dos homens idolatrado E teu so rrir de creança;Cofre de grata esperança;E teu seio immaculado.

I / s de ioda a cr cação Uma das fórmas mais bellas;As tuas falas singelas Peneiram no coração.Despedem doce clarão Os teus olhos seductares.Quantos mil adoradores Vemos sempre suspirar, Querendo teus labios beijar, Ninho de castos amores!

A ESCOLA

Sabem o que é a escola? 0 templo sacrosanto Onde se ensina ao povo o culto da Ra~ão; Aonde o céo envia, em seduetor encanto,0 rócio bemfeitor d f lo r inda cm botão.

Depois a flor cresceu, tornou-se airosa, linda, Encanta o coração, sedu~ o nosso olhar;

Da pétala mimosa exhala a graça infinda,0 aroma que rescende é que embalsama o ar.

Assim ds almas vae o orvalho da instrucção Levar um brilho alegre, um grato aroma emfim; Vae dar-lhes viço bello, encantador, loução. . .As almas são as flores — a escola é o jardim.

Derrama-se de lu\ alli um jo rro intenso —A Iu7l que vem do amor, da prática do Bem;Ha sempre em torno a nós um perfumado incenso Na escola que nos mostra o seu olhar de mãe.

Abril-a pois ao povo é grandioso e nobre,E ’ dar vista bemdita aos cegos do saber,E tornar luminoso o que era escuro e pobre,E ' fa \e r viva lu% nas trevas resplender.

E a escola é o clarão que sempre se projecta Na treva da ignorancia — um chaos aterrador. Merece a grande lurx os cantos do poeta. Saudemol-a, senhores, em respeitoso amor!

J o a q u im d o s A n j o s .

J o a q u im d o s A n j o s .

A G R I C U L T U R A

Cialísara í le m i lh o

A boa ou má lavoura con­corre poderosamente para o desenvolvimento e pro- ducção do milho, e por isso lembramos aos lavradores a conveniencia de lavrar fundo, não só porque a terra movida em uma ra- soavel profundidade con­serva mais tempo a humi­dade e permitte á planta lançar as raizes com liber­dade, procurando frescura do sólo e resistindo assim melhor aos ardores do sol, e tambem porque quanto mais funda fòr a lavoura, mais camadas cie terra se revolvem e conseguinte- mente maior porção de saes se empregam na produc- C él O .

A prova do que deixa­mos dito, e que, decerto, todos tèom experimentado, é que no sitio onde se ar­ranca alguma arvore é.me­lhor o centeio c o milho do que no resto do campo, por espaço de uns poucos de annos; e nos aterros das estradas, embora seja terra de monte e de peior quali­dade, vè-se produzir admi­

ravelmente o tojo e salguei­ros, plantados mesmo de estaca, que só em terras humiclas costumam pegar e produzir.

Outra cousa muito atten- divel se deve ter em vista: ordinariamente costuma vi­rar-se a lavoura um anno para um lado, e outro an­no para outro, e que, se­gundo a inclinação do ter­reno, se costuma chamar— virar acima ou abaixo, porém é conveniente, quan­do seja possivel, que se vi- re ao poente, isto é, prin­cipiar a lavoura por este lado e acabar pelo nascen- te[: porque d'esta maneira, dando raios do sol na ter­ra logo de manhã, aque­cem-na mais facilmente, cu­jo calor promove o prom­pto desenvolvimento do germen.

Quando, no doe urso do dia, o sol declina para o poente, aquece a relva da leiva encostada para aquel- le lado, concentrando-lhe1 o calor, que se conserva qua­si toda a noite e que auxi­lia poderosamente, não só a promptagerminação, co­mo tambem a fermentação da dita relva, tornando-a em estrume.

Sendo, pelo contrario, a | relva encostada ao nascen- ! te, a frescura da relva di-

4 FOLHETIM

Traducção dc J. DOS ANJOS

A U L T I M A C R U Z A D Ai i

Depois as exigenoias de Regina multiplicavam-se como uma nodoa de azeite que se alastra. Zombava das advertencias humildes- do marido. E o amor que o abrazava, aquella pai­xão profunda que a frieza de Regina, que o seu mau acolhimento continuo reavivavam mais, acabavam o traba­lho esboçado pelo habil banqueiro.

Taiilemaure decid;a-se a accéitar

tudo, a aíFrontar aquella lueta nova. Aquillo era realmente vender-se? Me- rec.aque o censurassem? Raciocinava, disputava comsigo proprio, com a consciência inquieta. O fim era louvá­vel e o negocio honesto,. Um banco c.atholico, uma bella bandeira desen­rolada á vista cie todos! Lembrava-se dasphra .es do banqueiro, dos noves que lhe especificara.

Attacava-se a Revolução. Os parti­dos vencidos tentavam uma desforra. Não dev a desertar e deixar o seu lo­gar vago na primeira ilia.

Krúbstein podia apresentar-se. O marque/: de Taiilemaure estava nas suas mãos..

I Í I

O pae e o filho abraçaram-se por muito tempo, prolongaram aquelle amplexo enternecido que lhes taz:a

bater com mris força os corações, que os deleitava como sé se tivessem encontrado depois de uma longa au­sência. O velho duque che; ára de im­proviso, sem prevenir ninguém, nem sequer po r um telegramma.

As cartas cada vez mais raras de Guilherme, curtas, inquietos, deixan­do presentir, sob as fórmulas banaes uma angustia secreta,’a ventura que vae fugindo, o temor crescente do dia seguinte adivinhado nas meias con­fidencias que parecem arrancadas e contidas ao mesmo tempo, por uma força occulta, haviam resolvido o che­fe da familia a deixar o seu retiro e a vir procurar o filho, ultima vergontea da sua raça.

Comprehendera que a sua presença era necessaria em Paris, que talvez Guilherme, demasiado fraco se tivesse desviado' òo verdadeiro caminho, que

era preciso um braço soiido para o suster e reconfortar. A s ” avoz,com a pronuncia natal, ; catxça calva, conio que polvilhada na; fontes, tão llna como uma medalha da Renascença, e o seu fato simples, cortado ã moda antiga, traziam aquelle palacio pari­siense, muito novo, muito elegante, o perfume familiar dos moveis antigos- dos velhas tapeçarias do casteilo que se erguia no meio dos bosques do Estérel, e a paz suave da província, o socego profundo que conserva o co­ração intacto e o corpo robusto.

E Guilherme entregára-se todo a esta impressão-. Revivia os annos pas­sados da sua mocidade descuidosa. Via o casteilo dos Taillemaures, com as suas janellas altas de pedra esculpturadas, as portas largas e as paredes espessas. Via o parque^se- nhorial, cujas runs sombrias desciam

cia collino, as moitas de rosas verm e­lhas. que exhalam, ao nascer do dia, um aroma tão forte que parece em­briagar os faunos de mármore metti- dos na folhagem e a vasta cisterna, Jarga como um lago negro, que ne­nhum peixe perturba, c o m as suas el- lipses luminosas, os campos de trigo, as oliveiras, e o terraço d’onde se avista, mu to ao longe, a ligna myste- riosa do mar.

Via o canto do salão onde a mãe trabalhava habitualmente. Via os crea- clos velhos que o tinham visto nas­cer c o estimavam quasi maternal­mente. Lembrava-se de tudo isso e não. ouvia as perguntas que o pae lhe fazia a respeito de Regina, dos seus negocios da sua casa. Mergulhava-se obstinadamente no seu sonho nestal- gico.

(Continua;.

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minue em R e p a r t e o J J ^ | ( ) | J J J | j> Jj> jJcalor do sol a lena ie \o l­vida; e arrefecendo duran­te o dia a dita relva enter­rada em direcção contraria ao sol, fica fria de noite, o que dá em resultado um

. sensivel atrazo na nascença ■ da planta, e egualmente na L alludida fermentação.

Fez exame de physica ex­perimental e chimica mine­ral na Escola Polytechnica, o sr. Guilhermino Emygdip Pires, antigo alumno da Es­cola Municipal Secundaria

Idesta villa.Ao distincto alumno, a

Iseu pae o sr. Emygdio Pi­res, e a seu tio o sr. Manoel Neves Nunes d’Almeida, os nossos sinceros parabéns.

Iflelocs e disElíelr©!No domingopassado deu-

se um facto na fazenda do nosso amigo e assignante, o sr. Antonio Luiz Gou- veia,-próxima do logar de

?Vai de Figueira, deste con­celho, que mais uma vez vem demonstrar como al­guns empregados da fisca- lisação privativa da Com­panhia dos Tabacos, são di­gnos de censura.

O nosso amigo Gouveia é um dos homens mais ob- sequiadores e francos que ha nesta villa. Tem por ha­bito convidar amigos e não amigos para irem passar algumas tardes á sua bella fazenda. Entre elles, alguns dos empregados dos taba­cos, aproveitam-se do con-

. vite e ali descançam o seu bocado, comendo e beben­do á vontade.

Pois, neste ultimo do­mingo, lá foram elles ao cheiro do bello coelho e do bom vinho, mas o sr. Gou- •yeia*estava ausente. Como o capataz os visse en,trar, offereceu-lhes melões, que

Jellés immediatamente ac- |cei taram.

Ora nesta occasíão o ca­pataz, chamado Joaquim

feia Justina, fez um cigarro içom tabaco e addiccionou- Ihe um bocadinho de uma herva qualquer. Pois foi o sufficiente para que os ^elo-

,:sos empregados o trouxes­sem na ponta da unha, o

. pobre capataz, que além de pagar a multa de 2400 réis, esteve preso até segunda

gfeira á noite.Vejam, pois, os nossos

leitores o bom serviço feito por estes empregados, que como não tiveram cadinho c vinhinho, quizeram arran­jai' massa por qualquer ma-

.neira.í Brevemente teremos de jjjfal lar sobre estes heroes que taes acções praticam, e com especialidade, approveitan-

|do-se da ausência do nosso iamigo.

A t ra iç ã o ale eessam fflèr(Continuação)1

— « Senhora, lhe disse elle, eu vos amo».

Nada mais disse; porém como ella não respondesse por causa da sensação que soffrêra, fiíou em madama de Aulnayes os olhos sup- plicantes. Então ella lhe dis­se, com voz firme, mas sem desdem:

— «Eu sou casada, se­nhor»!

Depois retirou-se com passo grave e socegado pe­lo caminho do casteilo.

Grande foi o sentimento do joven pintor. Qual era a causa desta ausência? In­formou-se a respeito de mr. e madama dAulnayes. Nao se póde exprimir a reserva com que procedeu nestas informações; e por fim não as obteve senão vagas e in­fiéis á verdade; mas a sua razão, experiencia e arte de adivinhar em amor rectifi­caram o sentido do que lhe disseram inverosímil. Final­mente soubi tudo.

Então, Luiz dAssoucy, possuiu-se de desinteressa­da compaixão pela sorte da joven e bella victima do casteilo.

A sua ternura augmen- tou tanto quanto perdeu em vistas pessoaes; porém soffria muito por não en­contrar nem vêr Fanny.

(Continua). ~

Tocou hontem 110 coreto a sociedade i.° de Dezem­bro desta villa. Apesar de ser surprezá, affluiu alli muita gente.

A barraca do peão que ficára da festa annual para esta occasião, começou na sexta-íèira a fazer rifa de bilhetes para a tourada.

Tem rifado muitos.

Joaquim Ferreira de Sou­sa e sua esposa, gratíssimos ao Ex.'"° Sr. Manoel Neves Nunes dAlmeida, director da Escola Municipal e Se­cundaria de Aldegallega do Ribatejo, veem por este meio tornar publico, qual o seu reconhecimento pela esmerada educação e ins­trucção que ministrou a seu filho Joaquim Ferreira de Sousa Junior, alumno in­terno do collegio de s. ex.:>, concluindo o i.° anno do seu internato com os exa­mes do 1." anno do curso commercial, íeitos na mes­ma escola, sendoapprovado com 15 valores em portu-

guez (distineção), 17 valores em francez (tambem distin­eção' e 14 valores em ma- thematica. Aceeite s. ex.:i a nossa constante gratidão por tão feliz exito.

Setúbal, 7 de Agosto de i g o i .

O D O M I N G O

S I I P P L I C AO abaixo assignado, não

tendo apparecido, nem se descoberto o paradeiro da corôa e de algumas joias de Nossa Senhora d’Ata- laya, facto succedido em 29 de agosto do anno de 1900 pelas seis horas da manhã, apezar de affecto ao poder judicial comar­cão, vem humildemente, perante os devotos da mes­ma Senhora, declarar, que está aberta uma subscri- pção para a compra duma nova corôa de prata, e de mais objectos sagrados; e recebe qualquer donativo para esse fim.

Attilaya de Aldegallega do Ribatejo, 26 de julho de 19 ° 1 •v

O Capellão

Padre Manoel Frederico Ri­beiro da Costa.

A ta laya

Realisam-se nos dias 24, 25 e 26 do corrente, no bonito logar dAtalaya, as grandes festas em honra de Nossa Senhora.

Este anno esperam-se muito mais devotos e fo­rasteiros.

Tem estado bastante in- commodada de saude, a esposa do nosso amigo e assignante, o sr. Balthazar Manoel Valente, digno mes­tre da Phylarmonica 1 ° de Dezembro.

Desejamos-lhe o prom­pto restabelecimento.

'EViltSifflííI

Perante uma numerosa concorrência,-attrahida pela natureza especial do assum­pto, constituiu-se na segun­da-feira ultima, o tribunal desta comarca, sob a pre- sidencia do digno magis­trado o exm.0 si', dr. Anto­nio Augusto Nogueira Sou­to, para julgar em policia correccional por offensas corporaes, o nosso amigo Manoel Tavares Paulada.

Fallou o nosso amigo o sr. Durval Monteiro Lopes de Macedo, digno sollicita- dor forense desta comar­ca, em defeza do arguido; o qual foi condemnado em i 5 dias de multa a 400 réis, custas e sèllos do processo.

I»«x* alisoíaaía ía U a dc e sp a ço d e ix a m o s áe Lsse- r i r « fe ste m im e ro . u m a graaude «psassiSíIade de e©- t ic ia s e a re la ç ã o «los s í * s

a ssig m a a te s fgwe íã© gc® - íSIm eaite íeesís s a iâ s íe lío as stia s assSgaatw pas. o qsae «aos p csi'h o i‘a ilis s i~ r i am e jí i e ag s*ade ceaao s .

^ o {5i*os.isaa© siimacro. g*esnediaremos estas fe5- Éas issvoSíiJBÍsspias.

T otsrada c«* A ld eg a lleg a

Está despertando o maior enthusiasmo a corrida de touros que se realisa no dia 18 do corrente, na praça desta villa.

Um dos attractivos d1 es­ta esplendida corrida, é o arrojado fascinadorde tou­ros, o sr. José Luiz Pacheco, vulgarmente mais conheci- bo por Toca na occa. Este sympathico artista accedeu da melhor vontade ao con­vite que lhe fez a Socieda­de i.° de Dezembro, pro­motora desta excepcional e attrahente tourada.

A Sociedade attendendo ao fim humanitario a que é destinado o produeto da corrida, promptificou-se a tomar parte no expectaculo executando o seu melhor repertorio.

Em seguida damos o pro- gramma, onde os nossos es­timáveis assignantes e lei­tores, poderão calcular os sacrifícios que a dignissima Sociedade envida para po­der ver realisado o seu in­tuito.

Tomam parte nesta ex­cepcional corrida como ca valleiros os arrojados artis­tas Francisco Simões Serra e Justiniano A. Gouveia, acompanhados dos distin­ctos bandarilheiros Augus­to Salgado, Silvestre Cala- baça, Francisco Cruz, Luiz Canario, (o Açoriano), e os amadores Adelino Cotafo e Mourisca.

E’ espada da tarde o va­lente e laureado Joaquim Peres, E l Pechuga.

Um valente grupo de for­cados, entre elles Fressura e Peixinho, tambem tomam parte.

ANNUNCIOS

à B Ê G à SArrendam-se em Alde-

gallega, duas, para envasi- jlhar, tendo uma lagariça, tanque para deposito de

| uvas e agua canalisada pa- 'ra 0 serviço, e outra só-

3

mente para envasilhar, ten­do a agua nas mesmas con- dicções.

Teem os respectivos ca­chorros e mais pertences que dizem respeito ás ade­gas.

Quem as pretender, pó­de dirigir-se a Arthur Coe­lho, no Largo da Misericór­dia, desta villa.

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4 O D O M I N G O

C A S A Ç O M M E R C I A LDE

J U S T Í N O S I M Õ E SR U A D A F A B R IC A — Aldegallega

Especialidade em chá. café, ^ssucar, manteigas nacionaes e estrangeiras, massa ; doces, semeas, arroz, legumes, azeite, j etroleo, sabão de todas as qualidades; artigos de fanqueiro e retrozeiro, louças, carne de porco, taba cos, etc., etc.

0 proprietário d’csta casa vende tudo por preços convidativos, e além d'isso todo o freguez tem direito a uma senha quando compre a importan- cia de 200 réis para cima, e quando juntar 5o senhas terá direito a um brinde bonito e valioso.

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CORREEIRO E SELLEIRO 18, RUA DO FORNO,.18

JOSE’ AUGUSTO SALOIOEncarrega-se de todos os

trabalhos typographicos.R. D E JO SÉ M A R IA DOS SANTO S

A . E . D B S G A L . E . K t íA

C O M P A N H I A F A B R I L S I N G E RP? r ~,0 ° r ^ s semanaes se adquirem as eele-

br es machinas S IIG E R para coser.

Pedidos a AURÉLIO JO Ã O DA CRUZ, cobrado.1 da casa a iíc o c m «fc c’.a e concessionário em Portu­gal para a venda das ditas machinas.

Envia catalogas a quem os desejar, yo, rua do Rato, 70 — Alcochete.

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MERCEARIAD E

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-- - - - - - - iSfe.N este e:>tah;lccimento encontia-se á venda pelos preços mais M f ’’

convidativos, um variaio e amplo sórtm ento de generos pro- nr:ns <lo seu ramo de co.nmercio, podendo por isso óffereçer «Síít.

. , -s girantias aos seus estimáveis fieguezes e to re?pei- publirci em ge-. 1. v fâ ?

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Vis'te pois o pui' :o esta casa.

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A N T I G A M E R C E A R I A DO P O V ODE

D O M I N G O S A N T O N I O S A L O I OW'«**eestabelecntteBío eis«»astr»-se á rcn íla pelos prc«os mais comvi.

slaái^os. BBBíí variado soríiinettto de generos proprios do seeà ramo de eoíin- rnereio. oiãereccmdo por isso as m aiores garantias aos seus estim areis ffre- gneses e ao respeitável | íesSdS!í*o.

D O C A E S — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

O C O M H P O T QJ A L D E G A L L E G A D O R I B A T E J O

C i ande estabelecimento de fazendas por preços limitadíssimos, pois que vendetodos os seus artigos pelos preços das principaes casas de Lisboa, c alguns

r j n M A I S B A R A T O SC r ande collecção dartigos de Retroseiro.Bom sortimento dartigos de F A N Q U E IR O .

Selins p i elos e de cor para fórros de fatos para homem assim como todos os accessorios para os mesmos.

Esta casa abriu uma S E C Ç Ã O E S P E C I A L quemuilo util é aos habitantesdesta villa, e que ^ C O M P R A E M L I S B O A de todos e quaesquer artigos ainda mesmo os que nao sao do seu ramo de negocio; garantindo o selo na escolha, e o preço porque vendem a retalho as primeiras casas da capital.

B O A C O L I E C Ç A O de meias pretas para senhora e piuguinhas vara crean­ças de todas as edades. *

A CO R PRETA D ’ESTE ARTIG O É GARANTIDA A divisa desta casa é G A M A R P O U C O P A R A V E N D E R M U I T O ,

J O A O B E N T O & N U N E S D E C A R V A L H O8 8 , R . D I R E I T A , 9 0 - 2 , R , DO C O N D E , 2

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D E P O S I T OD E

V I N H O S , V I N A G R E S E A G U A R D E N T E SE F A B R I C A D E L I C O R E S

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C E R V E J A S , G A Z O Z A S , P I R O L I T O SVENDIDOS PELO PREÇO DA FABRICA

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V l i l l l O SVinho tinto de pasto de i . a, litro

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» branco » >:» verde, tin to .. . . » »» abafado, branco » »» de Collares, tinto » garrafa » Carcavellos br.c“ » »» de Palm ella.. . . » »» do Porto, superior »» da M adeira............. »

V in a g r e sVinagre t nto de i . a, litro ..............

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L ic o r e sLico r ce ginja de i . a, litro..........

» » aniz » » » ..........» » c anella............. ............» » rosa..............................» » hortelã pim enta..........

Granito ............ .............................Com a garrafa mais 6o réis.

5o rs. 40 » 70 »

100 » i 5o » 160 » 240 )> 240 » 400 » 5oo »

; A g w a rd e n te s1 AIcool 40o. \ ....................... litro| Aguardente Ue prova 3o°.' »

» fiinja............... »» de bagaço 20o » i . a

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| » » Evora i8 >.»

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700 rs. 600 »

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200 » 180 » iSo » 180 » 180 » 280 »

| CERVEJAS, GAZOZAS E PIROLITOSS Posto ern casa do consumidor| Cerveja de Março, duzia............ 480 rs.| » Pilcener, » .......... 720 »| » da pipa, meio barril . 730 »i Gazozas, duzia ................................. 420 »! Pirolitos, caixa, 24 garrafas.. . 36a »

C a p ilé . IS íro r é is , eoin g a rra fa 340 r é is

E M A IS B E B ID A S D E D IF F E R E N T E S Q U A L ID A D E S

V E M D A S A D I N H E I R OC e d id o s a L U C A S & C A - a ld e g a lle g a

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