hoje macau 21 ago 2014 #3158

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PUB Ter para ler Os protestos sucedem-se e o vice-presidente da Associação dos Trabalhadores da Indústria de Jogos de Fortuna e Azar, Leong Sun Iok, diz que as medidas de protecção dos funcionários do sector falharam. Se os problemas entre patrões e empregados não se resolverem pacificamente apoiará as manifestações da próxima segunda-feira. SEGUE JOGO TRABALHADORES DOS CASINOS COM NOVOS APOIOS AGÊNCIA COMERCIAL PICO 28721006 PUB INVISUAIS A CIDADE NAO AJUDA EVENTOS CENTRAIS REPORTAGEM PÁGINAS 2-3 hojemacau Entre obstáculos e a indiferença os invisuais sobrevivem ao quotidiano traiçoeiro de Macau DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 QUINTA-FEIRA 21 DE AGOSTO DE 2014 ANO XIII Nº 3158 PÁG. 4 PÁG. 6 O dia do imobiliário Votar com um clique PUB CAMPANHA CE2014 “REFERENDO” CHEF PORTUGUÊS NO ROBUCHON PÁGINA 7 ˜

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Hoje Macau N.º3158 de 21 de Agosto de 2014

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Ter para ler

Os protestos sucedem-se e o vice-presidente da Associação dos Trabalhadores da Indústriade Jogos de Fortuna e Azar, Leong Sun Iok, diz que as medidas de protecção dos funcionários

do sector falharam. Se os problemas entre patrões e empregados não se resolverempacificamente apoiará as manifestações da próxima segunda-feira.

SEGUEJOGO

TRABALHADORES DOS CASINOS COM NOVOS APOIOS

AGÊNCIA COMERCIAL PICO • 28721006

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INVISUAISA CIDADENAO AJUDA

EVENTOS CENTRAIS

REPORTAGEM PÁ

GIN

AS 2-3

hojemacau

Entre obstáculos e a indiferença os invisuais sobrevivem ao quotidiano traiçoeiro de Macau

DIRECTOR CARLOS MORAIS JOSÉ WWW.HOJEMACAU.COM.MO MOP$10 Q U I N TA - F E I R A 2 1 D E A G O S T O D E 2 0 1 4 • A N O X I I I • N º 3 1 5 8

PÁG. 4

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O dia do imobiliário

Votar com um clique

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CAMPANHA CE2014

“REFERENDO”

CHEF PORTUGUÊS NO ROBUCHON

PÁGINA 7

˜

HOJE MACAU

hoje macau quinta-feira 21.8.20142 REPORTAGEM

CEGOS MACAU NÃO REÚNE CONDIÇÕES PARA INVISUAIS

Um cruel labirintoFIL IPA ARAÚJO*[email protected]

A ideia era simples: acom-panhar por um dia por-tadores de deficiência visual total ou parcial.

Traída por não saber como viver com as dificuldades dos invisuais, a equipa do HM encontrou o primei-ro entrave na hora marcada. “Está a chover, não podemos andar na rua. Vamos tomar o pequeno almoço e abrigarmo-nos”, explica-nos Low Pai Kam, portador de deficiência visual e voluntário na Associação de Promoção dos Direitos aos Portadores de Deficiência Visual (APDPDV).

A OPÇÃO (POUCO) NATURALA escolha do restaurante foi fácil. “Vamos ao Macdonald’s desta rua”, adiantou. Low estava acompanhado por Zhibin Guan, também invisual – de grau maior – e sem hesitar se-guiram a rua até ao sítio proposto. “Este sítio fica num local central

desta avenida, aqui sabemos onde estamos e onde é a paragem mais próxima – por isso é que combiná-mos convosco nesta paragem – e a comida já sabemos o que é. É só chegar e pedir um menu de criança, sabemos que traz batatas, sumo e hambúrguer”, simplifica Low.

Conversámos durante a hora seguinte, esperançosos que a chu-va terminasse. Com o S. Pedro a ajudar começamos o nosso roteiro. Guan carrega consigo uma história pesada. Dono de um restaurante na interior da China, Guan comprou casa com a sua mulher e os filhos

gémeos em Macau. Aos 34 anos, o então empresário aproveitou o fim de semana para fazer obras no seu imóvel. Um infeliz acaso fez com que Guan derramasse um químico atingindo-lhe os olhos e mãos. Com queimaduras de 2º grau, Guan perdeu quase por completo a visão. Não anda sozinho na rua, perdeu a autonomia e o posto de chefe de família foi substituído pela sua esposa. “Agora é a minha mulher que trata das contas, vai aos bancos, às compras, trabalha e trata de tudo lá em casa”, conta, corrigindo-se “quer dizer, eu às vezes cozinho”.

Os dois invisuais contam-nos que na APDPDV são estimulados a aprender a cozinhar, “porque dentro de todas as outras tarefas de casa, cozinhar é a mais fácil e principalmente, faz-nos sentir úteis, que somos capazes. Isso é muito importante”, frisa Low.

LUTA CONTRA A INDIFERENÇAA APDPDV presidida por Albert Cheong é uma das três associações

presentes em Macau dedicadas a este problema social. Albert Cheong explica ao HM que a sua associação é a que menos apoios do Executivo recebe. “O Governo não quer saber de nós, o apoio que nos dá não serve para quase nada”, conta. O presidente explica que por mês recebe do Executivo cerca de quatro mil patacas, dinheiro que não chega para auxiliar os mais de 50 invisuais membros da APDPDV. “Nós temos vários voluntários, só assim nos consegui-mos ajudar. Os próprios invisuais parciais são voluntários”.

Vivem escondidos atrás das cortinas, atrás das muitas portas das lotadas ruas de Macau. Por entre a azáfama diária passam despercebidos e caminham ao nosso lado, com a única diferença: vivem na escuridão. Autocarros com sistema para invisuais, guias nas vias públicas indicando o caminho, menus em ‘braille’... tudo aquilo que Macau não tem

“O Governo não quer saber de nós, o apoio que nos dá não serve para quase nada”ALBERT CHEONGPresidente da APDPDV

Albert Cheong

“Os próprios invisuais parciais são voluntários” ALBERT CHEONG

Sem perder a esperança de viver, Guan arregaçou as mangas e fez-se à luta. “Não podia desistir. Não po-dia perder a esperança”, desabafa, contando de sorriso na cara que “no início foi difícil, os meus vizinhos chamavam-me de arrogante e mal disposto porque eu não lhes diziam bom dia pela manhã. Eu não dizia porque não os via”.

De feitio vincado Guan queria tudo menos “incomodar os familia-res e amigos”, e por isso, aos poucos e poucos começa a criar algumas rotinas para se sentir mais indepen-dente. “Aqui na Taipa lembro-me das ruas e há duas avenidas – como é o caso desta – que eu conheço bem portanto sei andar aqui sem ajuda. Mas para Macau já não vou sozinho”, conta. Depende de bo-leias de amigos ou voluntários da associação para atravessar a ponte e “ir tratar de coisas obrigatórias”, mas confessa que “raramente” se desloca a Macau.

Um amante de desporto, Guan não abdica do exercício físico e é através dos voluntários que o invi-sual vai correr todas as semanas. “Faço muito exercício”, conta, explicando que “há dois voluntários na Taipa que acompanham e fazem o percurso”, com esta ajuda Guan consegue ser mais activo e continuar a fazer o que gosta. “As pessoas nem reparam que eu sou cego”, brinca.

AJUDAS TRAIÇOEIRASLow, que nos ouvia atentamente, explica que algumas das ruas de Macau estão marcadas pelas guias de auxílio aos invisuais, mas nem tudo funciona bem. “Para além de existirem muito poucas estão mal colocadas. Algumas delas não assinalam as escadas à entrada de alguns edifícios e pode ser peri-gosos. Eu mesmo já cai algumas vezes”, conta.

Com a partilha das suas vi-vências percebemos que andar pelas ruas de Macau pode ser uma verdadeira aventura. E não

hoje macau quinta-feira 21.8.2014 3 reportagem

das melhores. Tal como noticiou o HM em Outubro do ano passado e reafirma Low “só o autocarro número 4 tem mensagens sono-ras que permitem [aos invisuais] perceber que é aquele autocarro. Andar nos outros é sempre muito arriscado por dois motivos: nem sempre o motorista nos diz qual o número do autocarro e se pára na paragem que nós pretendemos – temos sempre que pedir a alguém que esteja na paragem – depois muitas vezes a gravação que vai dizendo os nomes das paragens está errada, ou até falha”.

Os elevadores continuam a ser um problema por resolver. Ao entrar num ascensor percebemos que não existe o número em ‘braille’, resta ao invisual perguntar a alguém ou deixar a sorte ditar o destino.

Para o Albert Cheong há mui-ta coisa que é preciso fazer e de “forma urgente”. A associação acredita que o número de invisuais ultrapasse um milhar, mas não existem registos que o possam comprovar. “Muitas pessoas têm vergonha de se assumir como cegos, é triste mas é verdade. Ao perder a vista as pessoas perdem também a esperança e vontade de viver”, conta-nos.

APOIO INSUFICIENTEDe facto, uma pesquisa é suficiente para perceber que Macau pouco ou nada pode oferecer aos portadores de deficiência visual. Algumas da-tas comemorativas levadas a cabo pelas três associações de apoios aos cegos e pouco mais que isso. “Ao contrário de Taiwan que até tem uma escola para cegos”, conta--nos Low. “Em Maio a APDPDV organizou um intercâmbio e alguns membros foram a Taiwan, foi

muito bom”. Questionado sobre o financiamento, Low explica que o Governo subsidiou essa viagem em 60%, valor que, para Low, não justifica a falta de postura de agente activo do Executivo. “O Governo pensa que por nos dar algum dinheiro nos cala. Mas não. É preciso apoiar as actividades que as associações querem colocar em prática. Não é só dar dinheiro, que nem é muito, é ser activo”.

“Há muito trabalho a ser feito. Primeiro é preciso que o Governo tome medidas, apoie as iniciativas. É preciso criar for-mas de voltar a ensinar os cegos a viver”, defende Albert que em menos de um minuto enumera algumas delas. “Aulas de infor-mática adaptada, formações para as aplicações dos telemóveis, construção de edifícios adap-tados aos deficientes, melhorar os transportes, implementar os menus em ‘braille’, dando, claro, formação aos invisuais”. Para o presidente, também ele portador de uma doença que lhe provocou uma cegueira parcial, os invisuais “podem ser pessoas totalmente independentes, tal como em outros países”, sublinhando que é preciso também “que os próprios doentes percebem que não é motivo de vergonha. Que não é o fim da vida”. Batalha difícil para a cultura chinesa segundo Amy Mo, assis-tente social da APDPDV, que tal como os contou em 2013, segundo valores e tradições chinesas as pessoas assumem que os invisuais, de forma total ou parcial, “são alguém de pouca sorte e por isso tê-los por perto é sinal de desgraça ou infortúnio”.

Talvez neste novo mandato que se aproxima Chui Sai On inclua um plano de iniciativas de inclusão aos portadores dos vários tipos de deficiência para Macau. Talvez na parte do seu programa político, apresentado no sábado passado, em que diz “Criar um regime de protecção das pessoas portadoras de deficiência”, o Chefe do Execu-tivo não esteja só a prometer como bom político e faça realmente a diferença.

Para já, a próxima actividade acontecerá nos dias 18 e 19 de Novembro. O Hotel Royal receberá várias conferência e troca de expe-riências sobre a cegueira, conduzi-das por alguns especialistas da área oriundos dos Estados Unidos, Hong Kong e Taiwan. - *com Cecília Lin

“Algumas (guias de auxílio) não assinalam as escadas à entrada de alguns edifícios e pode ser perigosos. Eu mesmo já cai algumas vezes”LOW PAI KAM Invisual

“Muitas vezes a gravação (dos autocarros) que vai dizendo os nomes das paragens está errada, ou até falha”LOW PAI KAM

RENUNCIAR À VIDAAo contrário de Guan, Leong (nome fictício), sem conseguir aceitar o aparecimento repentino da cegueira, “deixou de querer viver”. Leong, que apesar de não querer mostrar a cara, deixa que o HM conte a sua história, porque acredita que há muitos como ele. Vive há 12 anos trancado em casa, esconde-se atrás daquela porta numa das ruas mais tradicionais de Macau, a Praia do Manduco. Os cheiros a frutas, a Dim Sum da três da manhã e o barulho que começa às seis escondei uma triste história de vida. Aos 50 anos Leong perdeu totalmente a vista. Sem saber o que fazer, juntamente com a sua esposa pediram auxílio ao Instituto de Acção Social, mas pouca coisa lhes foi atribuído. Leong deixou o seu emprego e ficou meses em casa. Afectando-lhe o estado emocional, o doente tornou-se cada vez menos tolerante e esperançoso em

melhorias de vida. Ao final de sete anos “de muita discussão e teimosia” a esposa de Leong pede o divórcio e muda-se para o interior da China. Sem filhos e familiares para o ajudar, são os voluntários da APDPDV, que tomando conhecimento do caso através dos vizinhos, vão auxiliando no que podem. “É muito difícil para um pessoa que tinha uma vida normal, ficar assim. Não é fácil aceitar que tudo mudou. Se pelo menos existissem actividades em Macau que motivassem e estimulassem os invisuais, tudo poderia ser diferente”, conta Albert. “Não é só este o caso, existem muitos assim, uns mais graves que outros”, garante Low. Carregando uma expressão abatida, Low partilha “passamos muitas horas em casa. Para onde haveremos de ir se não há actividades para nós? E a cidade não ajuda”.

hoje macau quinta-feira 21.8.2014

HOJE

MAC

AU

4 POLÍTICA

FLORA [email protected]

O quarto dia da campa-nha eleitoral de Chui Sai On foi dedicado aos sectores da cons-

trução e imobiliário. Num colóquio com sete associações do sector, mais de 200 pessoas participaram no encontro com o único candidato. Marcaram presença, a Associação de Construtores Civis e Empresas de Fomento Predial de Macau (ACCEFP), a Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau (AGSIM), a Associação dos Em-presários do Sector Imobiliário de Macau (AESIM), a Associação de Engenharia e Construção de Macau (AECM), a Associação dos Pro-prietários de Máquinas de Constru-ção Civil de Macau (APMCC), a Associação Comercial de Fomento Predial de Macau (ACFPM) e, por último, a Associação Comercial e Profissional de Desenvolvimento Predial de Macau (ACPDP). Sem excepção, todos os representantes apoiam o segundo mandato de Chui Sai On.

CAMPANHA CE2014 IMOBILIÁRIO DIZ DE SUA (IN)JUSTIÇA

Casa roubada, trancas à portaChui reuniu-se com sete associações do sector imobiliário. Todos aceitam que a situação é problemática mas não há acordo quanto a medidas concretas. O candidato também não se compromete

de pelo menos cinco anos é um problema, até porque nem todos os residentes podem beneficiar”, afirma, admitindo que, a seu ver, “a habitação pública é uma política difícil de executar”.

Apresentando a sua sugestão, o representando defende que o “Go-verno deve considerar a criação de um fundo de empréstimo sem juros para resolver o problema”. Se existir um fundo dez milhões de patacas, “então dez mil famílias podem pedir um empréstimo de pelo menos um milhão de patacas”, disse. “Uma medida deste género poderá dar mais oportunidades para os residentes em adquirir imó-veis, bem como diminuir o tempo de espera, queixas e incompatibi-lidade relativamente à habitação pública”, acrescentou

EM JEITO DE CONCLUSÃOEmbora tivessem sido 19 pessoas a colocaram perguntas e a dar as suas opiniões, Chui Sai On preferiu dar uma conclusão respondendo assim a todos os participantes. Para o candidato, o Governo deverá dar mais atenção na revisão das lei e regulamentos, aumentando assim a eficácia administrativa, bem como o tratamento dos terrenos desocupados.

“Actualmente a medida de ‘primeiro habitação social e depois económica’ e os altos preços dos imóveis privados são os proble-mas mais polémicos de Macau. No novo mandato, confesso que me devo preocupar mais sobre a revisão das leis e regulamentos, que têm causado grandes problemas. Tais como, as obras públicas, tra-tamento de terrenos desocupados e o salário mínimo”, prometeu o candidato.

Em forma de análise, Chui Sai On, afirmou ainda ao recordar o passado, que “as ofertas da habita-ção pública e de imóveis privados não correram da forma prevista”. Para o candidato existe um dese-quilíbrio entre mercado privado e mercado público.

“Este desequilíbrio e concor-rência fazem com que o preço de imóveis tenha aumentado. Aceito todas as críticas que não satisfazem as esperanças de to-dos”, admitiu. Para o Chefe do Executivo, a relação de ofertas e necessidade deve ser ajustada. “Concordo também com um fundo para apoiar as compras de fracções privadas, bem como a sugestão dada pelos participantes, no desenvolvimento futuros dos mais terrenos, por exemplo, na povoação de Cheok Ká, nas zonas C e D dos novos terrenos, assim como na Ilha Verde”, explicou. Contudo, o tratamento, segundo afirmou, dos terrenos desocupa-dos é “complicado” porque cada caso é diferente, mas defendeu que no “futuro deve iniciar-se o processo de resolução para cada terreno”, concluiu.

Macau”, defendeu. Como forma de sugestão, Tommy Lau disse que o “Governo deve rever a lei da ha-bitação pública”, colocando ainda uma questão a Chui Sai On: será que a medida de ‘Primeiro habita-ção social e depois económica’ foi implementada adequadamente?”. O presidente explicou ainda que, na sua opinião, deve ser feita uma revisão para encontrar um equilí-brio entre a habitação social e a económica.

ELOGIOS E PROMESSASO candidato respondeu elogiando os trabalhos e contribuições de planeamento urbanístico para Macau. Chui Sai On começou a sua participação no colóquio de forma eloquente e com várias promessas. “As sete associações empenharam-se muito para tornar Macau de uma vila para cidade internacional. Sendo eu um na-tural de Macau, devo contribuir com os meus esforços, através das experiências servindo a so-ciedade de Macau e assumindo mais responsabilidade no futuro. Prometo que se for eleito, devo implementar as linhas: ‘Um país, dois sistemas’, ‘Macau governado pela sua gente’ e ‘Alto grau de autonomia’. Confesso ainda que existe insuficiência na adminis-tração do governo do passado, havendo assim um grande espaço para melhorar. Vamos rever pro-fundamente, acelerando a reforma administrativa”, prometeu.

MAIS ESTUDOSUng Choi Kun, presidente da AE-SIM, assinalou que a população anseia que os problemas relativa-mente à melhoria das condições de vida e da governação, assim como, o problema de habitação, sejam resolvidos, algo que não aconteceu no último mandato. “O problema de habitação está relacionado com as políticas de habitação e de planeamento urba-nístico aplicadas. Será que foram realizados estudos suficientes? “, questionou o presidente. Ung Choi Kun mostrou-se feliz pelo progra-ma político apresentado por Chui Sai On mencionar o reordenamento dos bairros antigos, reestruturação a administração pública e concreti-zar o regime de responsabilidade.

“Sou muito a favor destes pontos, mas gostaria de perguntar

ao candidato como vai reestruturar a administração pública? Assim como vai melhorar a gestão do pessoal, bem como implementar políticas científicas para resolver problema de habitação em Ma-cau?”, questionou o presidente da AESIM .

Um dos representantes da AGSIM apontou a ideia de se criar um “apoio financeiro que permita poupar o dinheiro gasto nos outros tipos de apoio”. Ou seja, o representante considera que “a habitação económica é um tipo de apoio não financeiro”, e que muitas vezes há desperdício de recursos na atribuição deste tipo de apoios. “No entanto, o apoio financeiro é mais útil e bem-vindo pelos residentes, como o Plano de

Comparticipação Pecuniária”, ad-mite. Para este, a construção de ha-bitação pública deve estar marcada pela boa qualidade, caso contrário, os deputados e residentes devem apresentar as suas criticas. “A lista de espera [da habitação pública]

“A lista de espera [da habitação pública] de pelo menos cinco anos é um problema, até porque nem todos os residentes podem beneficiar”REPRESENTANTE DA AGSIM

“Confesso ainda que existe insuficiência na administração do governo do passado, havendo assim um grande espaço para melhorar”CHUI SAI ON

“Espero que através deste colóquio, consigamos fazer, jun-tamente com o candidato, uma revisão aos sectores do imobiliário e da construção dos últimos anos”, disse Tommy Lau, presidente da ACCEFP, iniciando a ronda de discursos. “Devido há falta de ter-renos sentida em Macau, as ofertas de habitação não satisfazem as ne-cessidades, por isso, considero que o Governo deve analisar de forma profunda e implementar medidas para criar um aumento de ofertas de terrenos, incluindo a ideia de arrendamento de terrenos fora de

5 políticahoje macau quinta-feira 21.8.2014

CECÍLIA L [email protected]

O deputado indirecto à Assembleia Legis-lativa (AL), Cheang Chi Keong, concorda

com a continuação do programa de comparticipação pecuniária, garantia já dada pelo candidato ao cargo de Chefe do Executivo. Em declarações ao programa “Macau Fórum” do canal chinês da Rádio Macau, Cheang Chi Keong de-fendeu, contudo, a criação de um “mecanismo de longo prazo” para “regular as despesas do Governo feitas com os residentes”.

Cheang Chi Keong, que no hemiciclo representa o sector industrial, comercial e financeiro, deu como exemplo as receitas do Governo em 2012, que atingiram o valor de 90 mil milhões de patacas. Na visão do deputado, se fosse dado 10% desse valor aos residentes, cada pessoa poderia receber 14.300 patacas.

No “Macau Fórum”, Cheang Chi Keong citou um provérbio que diz que “sem dinheiro nada se pode fazer”, sublinhando que todas as políticas “precisam de patacas para serem concretizadas”.

REVER A LEGISLAÇÃO DO JOGOComo o sector do jogo domina a economia, Cheang Chi Keong considera que o novo Governo

O deputado Leong Veng Chai, numa interpelação es-

crita, quer saber qual o ponto de situação das trans-ferências de atribuições, actualmente cometidas ao Instituto para os Assun-tos Cívicos e Municipais (IACM), para o Instituto Cultural (IC) e o Instituto do Desporto (ID).

Fazendo parte do Rela-tório das Linhas de Acção Governativa para 2014, o Governo apresentou a pro-posta de revisão dos diplomas relativos à organização e funcionamento tanto do IC

Balança Receitas do Governo diminuíram Dados dos primeiros seis meses do ano mostram que as receitas do Governo diminuíram 5,5%, comparativamente ao primeiro semestre de 2013. De acordo com os números avançados pelos Serviços de Finanças, o Executivo atingiu, em receitas, 88 mil milhões de patacas, contrariamente aos 93 mil milhões do ano passado. Relativamente às despesas verifica-se um aumento de mais de 39%, atingindo as 22 mil milhões de patacas, superando assim os 16 mil milhões registados em 2013. As receitas do capital fizeram-se notar por uma forte diminuição, atingindo apenas quatro mil milhões dos 20 mil milhões atingidos no ano anterior. No que respeita a impostos directos, o Governo arrecadou 72 mil milhões, mais 10 mil milhões que o ano passado. Recorde-se que nestes impostos estão incluídos os impostos do jogo. Num balanço final, o saldo total diminuiu em quase 15%, descendo de 77 mil milhões, em 2013, para 65 mil milhões em 2014.

Novos Aterros Assinado maisum acordo parao Plano Director Foi ontem publicado em Boletim Oficial (BO) um despacho que comprova a assinatura de um “acordo de cooperação suplementar” para a elaboração do Plano Director dos Novos Aterros Urbanos de Macau. O contrato será assinado com as empresas do continente “Urban Planning Society of China” e “China Academy of Urban Planning & Design”. Recorde-se que em Outubro de 2010 as mesmas empresas assinaram um acordo com o Executivo no sentido de “elaboração do anteprojecto dos planos urbanos dos Novos Aterros e a entrega do relatório técnico sobre o Plano Director dos Novos Aterros”, bem como o “Relatório sobre o Processo do Plano Director”. Segundo um comunicado, esse estudo teve o custo de 32 milhões de patacas, tendo sido estimada a sua conclusão no segundo semestre de 2012. Neste despacho, assinado quatro anos depois, nada consta sobre os custos.

IACM DEPUTADO QUESTIONA SOBREPOSIÇÃO DE FUNÇÕES

Afinal é para quando?

O deputado indirecto disse ao canal chinês que a revisão dos contratos de jogo deve avançar já, referindo ainda a necessidade de reforma da Administração

JOGO CHEANG CHI KEONG PEDE REVISÃO DOS CONTRATOS

Uma jogada urgente

“A revisão e renegociação dos contratos (do Jogo), penso que deveria ser feita o mais cedo possível. Esta é uma indústria muito importante para nós e que tem muitos problemas”CHEANG CHI KEONG

como do ID, atribuindo-lhe, assim, funções que até agora ainda pertencem ao IACM.

“Já se passaram mais de seis meses e nada se vê”, afirma o deputado. Para além de querer saber como está o processo, Leong Veng Chai questiona ainda o Executivo se é sua inten-ção despedir “membros do Conselho de Administra-ção, chefias e trabalhadores

qualificados”. Caso tal se venha a verificar, pergunta o deputado, “terá o Governo capacidade para assegurar os serviços actualmente prestados à população?”.

Leong Veng Chai ter-mina a sua interpelação, questionando o Governo se para além do IC e do ID, o Executivo pretende fazer o mesmo à Direcção de Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes e à Direcção de Serviços de Protecção Ambiental, que a seu ver também elas têm funções sobrepostas às do IACM. - Hoje Macau

deve tomar acções para melhor desenvolver o sector, defendendo que a renovação dos contratos de jogo é “urgente”.

Para além da revisão dos contratos com as operadoras, o deputado indirecto disse ainda que a legislação do jogo deve ser revista, tendo incentivado a que “a população esteja atenta a todo o processo”, uma vez que, em média, um em cada três tra-balhadores da RAEM trabalha nos casinos.

Em relação às medidas para o sector anunciadas por Chui Sai On no seu programa político, Cheang Chi Keong concorda, uma vez que se trata de uma indústria “muito importante para nós”.

“Com o desenvolvimento rápi-do que tivemos nos últimos oito ou nove anos, passamos a ter imenso dinheiro nos cofres públicos, ou seja, dinheiro da população, que vem dos impostos do jogo. Chui

Sai On destacou a indústria do jogo no seu programa político e incluiu a ideia de duas revisões. A primeira, a revisão e renegociação dos contratos, penso que deveria ser feita o mais cedo possível. Esta é uma indústria muito importante

para nós e que tem muitos pro-blemas. Com o desenvolvimento acelerado, exige uma revisão o mais depressa possível”, referiu o deputado.

Em relação à Função Pública, Cheang Chi Keong também é a fa-vor da reforma. O deputado referiu à rádio que o programa de Chui Sai On revelou “grande determinação na remodelação da Função Pública, sendo uma parte “brilhante” do seu programa.

Cheang Chi Keong considerou ainda que os residentes defendem que a responsabilização daqueles que ocupam dos principais cargos do Governo deve ser melhorada, como o ajustamento nos cargos dos Secretários ou a realização de “mudanças adequadas” dos cargos de direcção. “Chui Sai On precisa de fazer bem o seu trabalho para responder às exigências dos cidadãos”, apontou o deputado ao programa.

6 hoje macau quinta-feira 21.8.2014

ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO N.º 14/P/14

- Obra de Reparação das Paredes Exteriores do Edifício do Centro Hospitalar Conde de São Januário

1. Entidade que põe a obra a concurso: Serviços de Saúde.2. Modalidade de concurso: Concurso Público.3. Local de execução da obra: Centro Hospitalar Conde de São Januário.4. Objecto da Empreitada: Realização da Obra de Reparação das Paredes Exteriores do Edifício do Centro Hospitalar Conde de

São Januário.5. Prazo máximo de execução: 510 dias.6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data do Acto Público do Con-

curso, prorrogável, nos termos previstos no Programa de Concurso.7. Tipo de empreitada: a empreitada é por Série de Preços.8. Caução provisória: MOP 420 000,00 (Quatrocentas e vinte mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro, garantia bancá-

ria ou seguro-caução, aprovado nos termos legais.9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber, em cada um dos paga-

mentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar).10. Preço Base: não há.11. Condições de Admissão: Serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para execução de obras, bem

como as que à data do concurso, tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição.

12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:Local: Secção de Expediente Geral dos Serviços de Saúde, que se situa no r/c do Edifício do Centro Hospitalar Conde de São Januário;Dia e hora limite: dia 6 de Outubro de 2014 (segunda-feira), até às 17:45 horas.Em caso de encerramento dos Serviços Públicos da Região Administrativa Especial de Macau, em virtude de tempestade ou motivo de força maior, a data e a hora estabelecidas para a entrega de propostas, serão adiadas para o primeiro dia útil seguinte, à mesma hora.

13. Local, dia e hora do acto público:Local: sala do <<Auditório>> situada junto ao Centro Hospitalar Conde de São Januário;Dia e hora: dia 7 de Outubro de 2014 (terça-feira), pelas 10:00 horas.Em caso de encerramento dos Serviços Públicos da Região Administrativa Especial de Macau, em virtude de tempestade ou mo-tivo de força maior, a data e a hora estabelecidas para o acto público de abertura das propostas do concurso público, serão adiadas para a mesma hora do dia útil seguinte.Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M, e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

14. Visita às instalações:Os concorrentes deverão comparecer no Departamento de Instalações e Equipamentos do Centro Hospitalar Conde de São Januário, no dia 25 de Agosto de 2014 (segunda-feira), às 15:00 horas, para visita ao local da obra a que se destina o objecto deste concurso.

15. Local, hora e preço para consulta do processo e obtenção da cópia:Local: Divisão de Aprovisionamento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício Adminis-tração dos Serviços de Saúde, 1.º andar.Hora: horário de expediente (Das 9:00 às 13:00 horas e das 14:30 às 17:30 horas).Preço: MOP88,00 (oitenta e oito patacas), local de pagamento: Secção de Tesouraria destes Serviços de Saúde.

16. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:Preço razoável 50%Programa de execução da obra 20%Progresso do projecto e o prazo de execução 15%Experiência em execução das obras 10%Integridade e Honestidade 5%

17. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes poderão comparecer na Divisão de Aprovisionamento e Economato dos Serviços de Saúde, sita na Rua Nova à Guia, n.º 335, Edifício Administração dos Serviços de Saúde, 1.º andar, a partir de 20 de Agosto de 2014 (quarta-feira) até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.Serviços de Saúde, aos 13 de Agosto de 2014

DirectorLei Chin Ion

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“Se o número de votos do referendo for superior ao número de votantes para as eleições do Chefedo Executivo, isso traduz-se numa representatividade muito maiordo que a das verdadeiras eleições”JASON CHAO

O “referendo” vai mesmo realizar-se, com uma alteração apenas: não haverá a possibilidadedos cidadãos votarem de papel e caneta na mão. Todo o processo de votação deverá então passar pelo clique em tabletes com os quais voluntários e membros das associações vão estar munidos

“REFERENDO” ACTIVIDADES SÓ VÃO ACONTECER ONLINE

Com a tablete em riste

LEONOR SÁ [email protected]

A comissão orga-nizadora do “re-ferendo” 2014 – formada pela

Sociedade Aberta de Macau, Consciência de Macau e Ju-ventude Dinâmica – decidiu deixar o papel e a caneta para trás, optando pela votação através de tabletes. Jason Chao disse estar esperanço-so em relação ao número de votantes e prevê “cerca de cinco mil pessoas”.

O número parece ser demasiado elevado, mas Chao explica: é que a conta foi feita com base no número de pessoas que integram o colégio eleitoral para a eleição do próximo Chefe do Executivo, que são mais de 400. “Se o número de votos do referendo for superior ao número de votantes para as

eleições do Chefe do Exe-cutivo, isso traduz-se numa representatividade muito maior do que a das verda-deiras eleições”, explicou o activista ao HM.

RESPEITAR A LEIQuestionado sobre o abando-no da ideia de ter urnas efec-tivas nos locais de votação, o presidente da Sociedade Aberta de Macau respondeu que o plano de contingência permite precisamente fazer o “referendo” e respeitar a legislação ao mesmo tempo, sem ocupar locais públicos.

“São várias as razões para a realização desta actividade, mas a mais importante é sabermos que ao menos esta-mos a dar uma oportunidade à população para exercerem o seu direito cívico de votar”, respondeu Chao, sobre a eventualidade do número de votantes não atingir os 5000.

política

VENHA MAIS UMAfinal, Jason Chao não é o único activista preocupado com o actual panorama e sistema político em vigor no território. De acordo com notícia do jornal Macau Post Daily, a Associação de Activismo para a Democracia anunciou na terça-feira que vai dar início a uma sondagem sobre as considerações dos residentes relativamente ao desenvolvimento do sistema local. O presidente da associação, Lee Kin Yun, referiu que a associação quer saber, antes da eleição de 31 de Agosto, o que as pessoas pensam sobre outros métodos eleitorais que não o actual. A iniciativa será realizada em cinco locais de Macau e Taipa, sob forma de questionário entregue a residentes da RAEM com 16 anos ou mais. Yun avançou ainda que o documento deverá conter perguntas como qual o método preferido para eleger o líder máximo de Macau e se o actual deve ou não ser alterado. A actividade está agendada para a próxima semana e os seus organizadores esperam a participação de 5000 pessoas, sendo que os resultados devem sair no início de Setembro.

Segundo acórdão do Tribunal de Última Instân-cia (TUI) sobre o recurso interposto pela Sociedade Aberta de Macau, “o âmbito das actividades legais dos cidadãos, que estão a ser regulamentadas, é relativa-mente ‘descontraído’ porque os residentes poderão fazer todos as actividades que não são proibidas pela lei”. Esta foi uma das partes do documento do TUI que jus-tificou a colocação em acção do plano de contingência de Jason Chao.

7hoje macau quinta-feira 21.8.2014

ANDREIA SOFIA [email protected]

CECÍLIA L INcecí[email protected]

“A S operadoras de jogo não têm um bom mecanismo

para comunicar com os seus funcionários, por isso nunca conseguem satisfazer as suas exigências.” Quem o diz é Leong Sun Iok, vice-pre-sidente da Associação dos Trabalhadores da Indústria de Jogos de Fortuna e Azar e membro da Comissão Elei-toral do Chefe do Executivo.

Uma semana depois dos vários protestos que marcaram o sector do jogo, o responsável garantiu ao HM que apoia o protesto agendado para a próxima segunda-feira (organiza-do pela Forefront of Ma-cau Gaming), em que os trabalhadores prometem

Macau Water Oficializado aumento de tarifas Foi ontem publicado em Boletim Oficial (BO) a adicional do contrato entre o Governo e a Sociedade de Abastecimento de Águas de Macau (Macau Water), que altera a forma de cálculo da taxa sobre os recursos hídricos, o que, na prática, significa a oficialização do aumento das tarifas para a empresa na ordem dos 5,59%, bem longe, contudo, dos 16% anteriormente pedidos pela Macau Water.

FDE Mais de um milhão de patacas destinado a escolas de matriz portuguesaA Escola Portuguesa de Macau (EPM) e o jardim de infância Dom José da Costa Nunes receberam no primeiro trimestre do ano quase 1,3 milhões de patacas do Fundo de Desenvolvimento Educativo (FDE). Segundo um despacho oficial

publicado ontem em Boletim Oficial (BO), o financiamento para actividades extra-curriculares, aquisição de livros e materiais e contratação de pessoal especializado para a EPM foi de 775 mil patacas, enquanto que para o jardim de infância foi de quase

300 mil patacas. A EPM recebeu ainda 86 mil patacas pela participação dos alunos no exame de credenciação de capacidades linguísticas dos alunos. Já o jardim de infância recebeu 140 mil patacas para a contratação de pessoal especializado.

O vice-presidente da Associação dos Trabalhadores da Indústria de Jogos de Fortuna e Azardiz que o programa político de Chui Sai On falhou nas medidas de protecção dos trabalhadores do sector e diz que mecanismo de comunicação entre casinos e empregados não funciona

CASINOS LEONG SUN IOK RESPEITA MANIFESTAÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA

“Leis não protegem os funcionários”

manifestar-se contra todas as operadoras.

“Seria melhor resolver os problemas entre patrões e empregados de forma pací-fica. Caso contrário, eu darei o meu apoio às manifesta-ções que vão acontecer na segunda-feira”, confirmou Leong Sun Iok.

“Em Macau há mais de 60 mil residentes que ganham menos de dez mil patacas por mês, por isso há sempre pessoas a querer trabalhar nos casinos. Um croupier ganha, pelo menos, 19 mil patacas, mas têm reclamações porque têm de enfrentar ambientes de fumo e outras dificuldades”,

GRANT BOWIE ESTÁ “DISPOSTOA COLABORAR” COM GOVERNOÀ margem da apresentação da quarta edição da competição da dança do leão, a decorrer no MGM em Novembro, o CEO da operadora comentou a medida anunciada por Chui Sai On em pedir que as operadoras do jogo forneçam alojamento e transporte aos trabalhadores não residentes. “Da parte da MGM estamos dispostos a colaborar para ver o que podemos providenciar”, disse Grant Bowie, admitindo que as restantes empresas também possam seguir o mesmo caminho. Quanto aos protestos, Grant Bowie não negou um possível aumento

de salários, mas não adiantou valores. “Penso que os nossos salários são competitivos. Temos outros benefícios, mas temos de dialogar e encontrar soluções. Teremos de estudar e analisar qual é a actual situação em Macau, temos de considerar não apenas as necessidades dos croupiers mas também de todos os trabalhadores. Temos de criar vantagens para todos e não apenas para um grupo de forma individual”, disse o CEO da MGM, que garantiu, ainda, que a tem sido mantida uma estreita comunicação com os funcionários.

disse ainda o vice-presidente da associação.

Leong Sun Iok pede ain-da que os casinos aumentem as suas responsabilidades sociais e que “revejam o seu mecanismo de comuni-cação”. “Um em cada três residentes trabalha neste sector, por isso os protestos

dos funcionários do jogo vão influenciar a sociedade. Se estes saírem sempre para a rua, em vez de resolverem os problemas dentro da em-presa, não vai ser uma coisa boa”, frisou o responsável.

AS AUSÊNCIASDO PROGRAMA POLÍTICOO também membro da Co-missão Eleitoral não deixou de apontar críticas ao progra-ma político apresentado pelo candidato Chui Sai On. “Fa-lou muito sobre o sector do jogo, mas não falou sobre as indemnizações em situações de despedimento sem justa causa ou os acidentes de trabalho. Também é preciso discutir isso. O sistema dos trabalhadores não residentes (TNR) precisa de ser melho-rado”, disse ao HM.

Leong Sun Iok deixou ain-

da sugestões sobre a revisão dos contratos de jogo, a acon-tecer em 2015. “O Governo tem a responsabilidade de rever os requisitos das opera-doras nos contratos, porque actualmente não há regras específicas sobre aquilo que os casinos podem ou não fazer. Às vezes os casinos dizem que já fizeram determinada medi-da, mas de facto não fizeram, e ninguém sabe, porque não há regras para quantificar isso”, explicou ao HM.

“Actualmente a lei não protege os direitos dos fun-cionários do jogo, algo que vai contra as leis em vigor nos outros países. Espera-se que no futuro o Governo es-tabeleça uma regulação para que as operadoras possam disponibilizar serviços de creches e cursos de formação para os seus funcionários”, disse ainda o vice-presidente da associação.

Questionado sobre a ne-cessidade dos recursos hu-manos para esta área para os próximos anos, Leong Sun Iok não se revelou pessimista. “Os cursos de formação para croupiers da associação estão sempre cheios, por isso penso que vão sempre existir pessoas suficientes para o sector do jogo”, garantiu ao HM.

“Um em cada três residentes trabalha neste sector, por isso os protestos dos funcionários do jogo vão influenciar a sociedade”LEONG SUN IOKVice-presidenteda Associaçãodos Trabalhadoresda Indústria de Jogosde Fortuna e Azar

SOCIEDADE

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hoje macau quinta-feira 21.8.20148 sociedade

ANDREIA SOFIA [email protected]

O empresário e ex-de-putado David Chow pretende inaugurar o primeiro empreen-

dimento hoteleiro na Doca dos Pescadores já este ano, depois de ter anunciado uma mega reestrutu-ração do parque de diversões. Se-gundo um comunicado da Macau Legend Development sobre os gan-hos da empresa nos primeiros seis meses, o hotel Harbourview deverá abrir portas no quarto trimestre deste ano, algo que representa “um marco para o desenvolvimento do projecto de remodelação da Doca dos Pescadores”. “Esperamos po-

DAVID CHOW QUER ABRIR HOTEL HARBOURVIEW ESTE ANO

Tudo em prol da diversificação

4.927mil milhões de dólares de Hong

Kong, lucros da Macau Legend

Development no primeiro semestre

A Macau Legend Development pretende inaugurar no quarto trimestre deste ano o primeiro hotel inserido no projecto de reestruturação da Doca dos Pescadores, cujos trabalhos sofreram alterações. Os resultados divulgados junto da bolsa de valores de Hong Kong revelam aumento dos lucros na área do jogo de 8,7%

ano. A primeira fase da criação da marina deverá começar em finais de Novembro.

“Estes novos empreendimen-tos, juntamente com os espaços de convenções, exibições e infra--estruturas de turismo, vão criar mais empregos e complementar as políticas do Governo em relação à diversificação económica. Esta-mos confiantes de que cada fase das infra-estruturas não ligadas ao jogo e os hotéis vão providenciar apoio às autoridades, correspon-dendo à expansão da nossa capa-cidade na área do jogo”, refere o comunicado.

SEIS MESES CHORUDOSOs resultados divulgados junto da bolsa de valores de Hong Kong mostram ainda que a Macau Legend Development registou um aumento de 11,9% nos lucros sobre as acti-vidades de jogo, no total de 4,927 mil milhões de dólares de Hong Kong, no primeiro semestre deste ano. 14,2% desses lucros sairam das mesas VIP do Pharaoh’s Palace Casino, localizado no Landmark.

No geral, a Macau Legend De-velopment registou um aumento dos lucros na ordem dos 8,7%, totalizan-do 917,5 mil milhões de dólares de Hong Kong, sendo que as receitas sobre as actividades não ligadas ao jogo aumentaram 18,9%.

der concluir a construção do hotel Harbourview com custos muito abaixo do orçamento inicial”, revela ainda o comunicado.

Ainda sobre a Doca dos Pes-cadores, houve um aumento dos visitantes na ordem dos 15,1%, sendo que a taxa de ocupação do Rocks Hotel aumentou 84,2% nos primeiros seis meses do ano. A taxa de ocupação do Landmark Macau, na Avenida da Amizade, foi de 91,3%.

A inauguração do hotel irá providenciar mais 444 quartos de hotel, sendo que, com a conclusão de todos os hotéis, ficarão dispo-níveis mais 700 quartos.

Apesar da remodelação da Doca dos Pescadores estarem a

ter “progressos significativos”, a empresa revela que foram feitas alterações. “Alguns projectos de construção em fase de concepção e planeamento estão a reavaliados para reduzir os custos de cons-trução e melhorar a eficiência de operação. O Grupo acredita que estes ajustamentos vão trazer melhorias à remodelação com melhores infra-estruturas”, pode ler-se.

Quanto aos trabalhos de de-molição do Tang Dinasty para a construção do Legend Palace Hotel, o segundo hotel da Doca dos Pescadores, estarão concluí-dos em dois meses, sendo que a construção do hotel deverá ar-rancar no quarto trimestre deste

9 sociedadehoje macau quinta-feira 21.8.2014

ANDREIA SOFIA [email protected]

A Direcção dos Ser-viços de Economia (DSE) anunciou ontem um plano de

financiamento para as Pequenas e Médias Empresas (PME) que queiram criar de raiz um web-site ou manter uma plataforma online já criada. As candidaturas poderão ser apresentadas já a partir do dia 15 de Setembro até ao dia 16 de Março, sendo que o pedido de pagamento, com a apresentação de facturas que comprovam a criação do website, deverão ser entregues nessa altura.

Chan Weng Tat, chefe de departamento da DSE, garantiu que, no máximo, o organismo irá demorar cerca de 30 dias a avaliar as candidaturas, mas que tudo dependerá do número de pedidos.

Para ter acesso ao financia-mento, a PME terá de ter acti-vidade em Macau e ter até 100 trabalhadores. “Consideramos

E STÁ agendada para o próximo domingo, por volta das 14h30, uma

manifestação organizada pe-los moradores da zona norte. O protesto foi anunciado num cartaz colocado junto ao jardim da Areia Preta, onde se lêem criticas sobre a passagem do Metro Ligeiro por cima do jardim, algo que poderá influenciar a vida dos moradores da zona. “O poder está na união, vamos fazer esta acção para proteger as nossas casas e o nosso jardim”, pode ler-se. Actualmente o traçado do segmento norte encontra-se

em consulta pública, tendo já sido alvo de debate público. Entretanto, o Gabinete de Infra-estruturas de Trans-portes (GIT) emitiu ontem um comunicado onde coloca explica as condicionantes técnicas da construção desse segmento à superfície ou de forma subterrânea. “O traçado subterrâneo do segmento norte pode resolver o problema vi-sual, mas dado que é limitado pelas condições objectivas da zona norte, serão trazidos grandes impactos de vários aspectos durante o prazo de execução”, pode ler-se.

“As soluções do traçado e os métodos de construção diferentes têm os seus próprios problemas e dificuldades téc-nicas a serem ultrapassadas, sendo diferentes também as suas vantagens e desvanta-gens. Para a vedação e execu-ção da obra em grande escala por vários anos é necessário pagar mais custos económicos e sociais. Depois de terem sido feitas a análise e avaliação pela equipa de consultoria, as três soluções propostas do segmento norte são construí-das em viaduto”, pode ler-se no comunicado do GIT. - C.L.

AMCM Investimentos bancários aumentamOs investimentos do sector bancário de Macau aumentaram durante o segundo trimestre deste ano, sendo que a quota de aplicações financeiras em mercados internacionais cresceu para 87,2% em Junho. Também o total de activos internacionais aumentou, actualmente situando-se nos mil milhões de patacas, valor que representa uma subida de mais de 30% em relação ao período homólogo de 2013 e de quase 10% face aos três meses anteriores. De acordo com os dados da Autoridade Monetária de Macau (AMCM), foram os empréstimos e depósitos que representaram a grande maioria dos ganhos do sector bancário local, acumulando 719,7 mil milhões de patacas.

MTEL 30% de Macau recebe fibra em Dezembro O director executivo da Companhia de Telecomunicações MTEL, Micheal Choi, garantiu que em Dezembro do presente ano a empresa conseguirá oferecer o serviço de fibra a 30% do território da RAEM. “A construção da fibra óptica está com um bom andamento”, disse, explicando que “a montagem da rede no terreno da península de Macau está a 28%, 29% na Taipa e a 40% em Coloane. As fases seguintes referem-se a questões de ligação e de testes, prevemos, então, que no final de Setembro esteja concluída a ligação da rede, e em Outubro ou Novembro terminem os testes”. Ao correr como planeado, “a companhia poderá oferecer um serviço de fibra a 30% do terreno de Macau”, frisou. Questionado sobre o início de pedidos do serviços por parte dos residentes, o director executivo, afirmou que é necessário “coordenar com o Governo” antes de anunciar alguma data. Além disso, Micheal Choi reforçou a promessa feita em 2012, aquando o concurso para a licença do serviço, garantindo a cobrança de apenas 70% do preço de mercado.

IPC Índice aumentou cerca de 5,9%Em comparação com ao período homólogo, o índice de preços no consumidor aumentou 5,9% no mês de Julho do presente ano. De acordo com os dados divulgados pela Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), os maiores aumentos verificam-se nos índices de preços da habitação e combustíveis, cerca de 12%, nos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, 6,4%, e no índice de equipamentos domésticos e materiais de utilização corrente, com 6%. A subida é justificada com o aumento das rendas de casa e dos preços das refeições for a de casa.

PME SEIS MESES PARA CANDIDATURAS A APOIOS DE WEBSITE

Em busca do tempo perdido

14 mil patacas, valor máximo

de apoio à criação de

plataforma online

que as empresas que tenham mais de 100 trabalhadores terão, em principio, condições e orça-mento para desenvolverem o seu próprio website”, explicou Chan Weng Tat. A empresa terá ainda de ter o registo na Direcção dos Serviços de Finanças (DSF) e não ter dividas. No caso de em-presários em nome individual, ou pessoas singulares, devem ser residentes permanentes.

As PME que queiram criar a sua plataforma online pela pri-meira vez poderão ter direito a 70% dos custos suportados pelo FDIC, sendo que a verba não será superior a 14 mil patacas. Para as empresas que queiram ajuda para manter o website, o FDIC irá também dar apoio até 70% da despesa efectiva, sendo que os valores não podem ir

além das seis mil patacas, sendo que essa ajuda será referente aos três primeiros anos. Para a optimização do website, as PME podem receber também uma comparticipação em 70%, nunca superior a cinco mil patacas.

Segundo a TDM, cerca de 1500 empresas, ou seja, 20% do total do tecido empresarial de Macau, podem participar neste programa, no qual serão injec-tadas 32 milhões de patacas.

Chan Weng Tat garantiu que as aplicações utilizadas em smartphones podem também estar incluídas neste plano de apoio, no caso de terem ligação ao website. Contudo, não haverá financiamento para a utilização e manutenção de redes sociais por parte das empresas.

Segundo Chan Weng Tat, a maioria das PME locais ainda não têm um modelo de negócio muito virado para a internet, sendo objectivo “intensificar a utilização do comércio electró-nico parte das PME de Macau, a fim de lhes ser mais fácil encontrar clientes de diferentes regiões, fazer prospecção do mercado local e estrangeiro, mediante modernização e baixo custo, no sentido de promover o desenvolvimento do comércio electrónico”.

O mesmo responsável adian-tou ainda que os websites cria-dos em 2014 não terão direito ao apoio, uma vez que as facturas apresentadas à DSE deverão ter a data de 2015, para posterior liquidação.

METRO LIGEIRO MORADORES DA ZONA NORTE PROTESTAM

Pela defesa do jardim

O Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial vai financiar as empresas que queiram ter ou manter um website. Os Serviços de Economia prevêem que 20% das empresas de Macau possam participar num programa que custará ao Executivo 32 milhões de patacas

10 hoje macau quinta-feira 21.8.2014EVENTOS

LEONOR SÁ [email protected]

O chef de cozinha José Maria Go-mes tem 28 anos e é, tal como o

nome sugere, é mais um por-tuguês a trabalhar em Macau. Vive fora de Portugal há já vários anos e não pensa voltar tão cedo, principalmente pela falta de oportunidades de trabalho. Pode dizer-se que a hipótese de vir trabalhar para o território surgiu ao acaso, uma vez que a pri-meira escolha foram cidades europeias como Paris, por exemplo. Desde então, tem passado por várias cozinhas e a primeira proposta para vir para a Ásia apontava para o Robuchon de Singapura, mas José Maria recusou por causa de ser uma “cidade muito cara”. José Maria não é, no entanto, o primeiro e único chef luso em Macau, embora considere que “pou-cos gostam de sair do país [Portugal]”.

QUOTIDIANO DE UM CHEFO chef aponta a barreira da comunicação como uma das mais intransponíveis, ainda que a língua mais falada dentro da cozinha seja o francês, que todos os profissionais dominam um pouco. O jovem confessa, no entanto, que não é fácil interagir com chineses em ambiente profissional, com a agravante de que, embora ansiosos por aprender, são pouco flexíveis. “É muito complicado trabalhar com chineses. São muito práticos mas gostam de trabalhar”, disse. Ainda assim, aponta que têm dificuldade em re-solver problemas de forma eficaz e rápida. “Às vezes é complicado porque perde-se alguma coisa pelo meio e eles não sabem como hão-de resolver”.

Em termos técnicos, o Robuchon Au Dôme é, para o chef, “o sítio onde a gas-

RICARDO [email protected]

A MGM Macau vai apresentar a quarta edição do Campeo-

nato Internacional de Dança do Leão nos dias 8 e 9 de No-vembro, a ter lugar na Gran-de Praça do Hotel MGM. A iniciativa, co-organizada pela Associação Geral de Wushu de Macau, vai contar com a participação de 24 equipas – 15 masculinas e 9 femininas - provenientes da China, Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia,

Indonésia, Malásia, Singa-pura, Filipinas e Itália, que participa neste evento pela primeira vez. Este desporto tradicional chinês é normal-mente praticado apenas por homens, mas a organização começou a apresentar tam-bém equipas femininas em 2011, que competem numa categoria separada.

Durante a conferência de imprensa para apresenta-ção da competição, que teve lugar ontem, Grant Bowie, presidente e director execu-tivo da MGM, mencionou que “esta modalidade está

profundamente enraizada na tradição e cultura chi-nesa, tendo vindo ao longo dos anos a ganhar popula-ridade pelo mundo fora, sendo agora reconhecida internacionalmente como um desporto. É muito en-corajador ver o número de participantes neste evento aumentar de ano para ano, e estamos muito contentes de participar nestes esforço para promover e apoiar valores culturais tradicio-nais”.

O evento é aberto ao público, com entrada livre.

350mil garrafas,

garrafeira

do Robuchon

Au Dôme

José Maria Gomes estudou na conhecida escola de cozinha francesa Ferrandi e movimenta-se pelas lides da gastronomia há mais de três anos. Veio para Macau há mês e meio para trabalhar no conhecido restaurante Robuchon Au Dôme, que exibe as três estrelas do guia Michelin

GASTRONOMIA JOVEM CHEF PORTUGUÊS NO MAIS CONCEITUADO RESTAURANTE DO TERRITÓRIO

“Não viria para Macau senão fosse para o Robuchon”

MGM 4º CAMPEONATO INTERNACIONAL DE DANÇA DO LEÃO

A bailar em Novembro

tronomia francesa é elevada ao extremo” e onde melhor se aprende um pouco de tudo, ainda que puxe mais à confecção de pratos clássicos do que modernos.

José Maria, assume que “um mês e meio e uma folga por semana” é muito pouco tempo para conhecer o territó-rio, mas acusa vontade de sa-ber mais sobre a cultura local – da qual já gosta – embora já tenha experimentado algumas barracas de comida de rua que não deixaram boa impressão. Quanto ao ambiente de tra-balho, confessa-se feliz por estar a trabalhar num dos res-taurantes de Joel Robuchon, considerado “Chef do século

PHIL

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hoje macau quinta-feira 21.8.2014 11 eventos

À VENDA NA LIVRARIA PORTUGUESA RUA DE S. DOMINGOS 16-18 • TEL: +853 28566442 | 28515915 • FAX: +853 28378014 • [email protected]

PRESOS • Oliver JeffersTudo começou quando o papagaio do rapaz ficou preso numa árvore. Mas o verdadeiro problema surgiu quando ele atirou um sapato para soltar o papagaio e este também ficou preso na árvore. Seguiram-se uma escada, um balde de tinta, um orangotango e uma baleia, que se encontrava no sítio errado à hora errada. E isto foi apenas o início de tudo. Se ao menos o rapaz conseguisse ter uma ideia que o ajudasse a resolver as coisas…

PERDIDO POR XANGAI • Pedro PaixãoA narração de uma viagem registada a vários níveis: física, psíquica e histórica. Nela se conjugam desco-bertas e aventuras pessoais, meditações sobre a condição humana e sobre a diferença de modos de vida, reflexões sobre a convicção comunista e o regime chinês em particular. Assim, o narrador pode passar de espectador de uma luta de grilos numa ruela de Xangai, a tentar compreender o fascínio que o povo chinês tem tradicionalmente pelo o jogo, à ocupação chinesa do Tibete e ao desaparecimento do Panchen Lama. É por isso um livro que compreende informação, emoção e detalhes da forma de vida oriental no seu embate com o ocidente, na nova capital do planeta: Xangai. Os textos são ilustrados por uma série de fotografias originais captadas pelo autor nas suas viagens àquela cidade chinesa.

Culinária Chá Gordo no SheratonO restaurante Feast do Hotel Sheraton tem à disposição do público um menu macaense de “Chá Gordo”, todos os sábados e domingos entre as 15:30 e as 17:30. Entre as atracções aqui apresentadas, são de realçar a “lacassa” (massa de arroz frita com camarões, carne de porco grelhada e pickles de gengibre), os pãezinhos recheados (pãezinhos fritos recheados com caril de carne picada), “apabicos” (“dumplings” cozidos recheados com carne de porco picada, camarões secos e cogumelos) e uma variedade de sobremesas portuguesas e macaenses como pastéis de nata, serradura e um pão-de-ló com doces e fruta mista. A experiência custa 148 patacas para adultos e 78 patacas para crianças.

Apoio financeiro para espectáculos “Quyi”As instituições sem fins lucrativos de Macau que pretendam organizar espectáculos durante o ano de 2015 no âmbito do “Quyi” – que diz respeito a todas as apresentações de espectáculos de ópera chinesa e de canções clássicas e populares chinesas - podem formular um pedido de apoio financeiro junto da Fundação Macau (FM) entre os dias 1 e 31 de Dezembro de 2014. O apoio da FM pretende contribuir para o desenvolvimento das artes performativas da ópera e da música cantonense, de forma a que sejam organizados mais eventos em bairros comunitários. Isto ajudará a elevar o estatuto e o nível destes espectáculos a nível regional ao mesmo tempo que enriquece a vida cultural dos cidadãos, indica a nota de imprensa da organização. Desde a sua criação em 2013, mais de 200 associações aderiram a esta iniciativa da FM. Este ano, foram atribuídos subsídios que totalizaram 7.2 milhões de patacas para apoiar mais de 227 espectáculos, sendo 16 destes de grande dimensão. No primeiro semestre de 2014, os programas apresentados atraíram um total de 40.000 espectadores.

São Paulo Inês Pedrosa na Bienal do Livro Inês Pedrosa, autora de «Dentro de Ti Ver o Mar», «Os Íntimos» e «Fazes-me Falta», todos livros editados pela D. Quixote, vai participar na 23. ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que começa na próxima sexta-feira. Inês Pedrosa estará no dia 28 de Agosto, às 16h00 locais, no Salão de Ideias para o debate «A Literatura de Hoje em Língua Portuguesa na Europa, África e América Latina». A escritora nacional partilhará o protagonismo com os escritores Adbulai Sila, da Guiné-Bissau, e o brasileiro Luis Ruffato. A sessão será repetida no dia 30, às 15h30, no SECS da cidade de Araraquara (interior do Estado de São Paulo), com os mesmos convidados. Além de participar na 23. ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, Pedrosa participará também, no dia 26, em São Paulo, na discussão em torno do livro «Fernando Pessoa - Antologia Poética», obra organizada pela crítica literária e tradutora Cleonice Bernardinelli, que conta com a participação especial de Inês Pedrosa. A mediação é da crítica literária Susana Ventura.

GASTRONOMIA JOVEM CHEF PORTUGUÊS NO MAIS CONCEITUADO RESTAURANTE DO TERRITÓRIO

“Não viria para Macau senão fosse para o Robuchon”

XX” pelo guia Gault Millau, em 1989.

GENTE EXIGENTEQuestionado sobre a exigên-cia dos clientes do Robuchon

Au Dôme, José Maria co-menta apenas que não gosta de sair da cozinha e entrar no espaço de restauração, tais são os pedidos dos clientes. Ao HM, confessou que já recebeu

pedidos e exigências “muito estranhas”, principalmente no Luxemburgo. O chef tem pena que, muitas vezes, a clientela chinesa opte pelos pratos e vinhos mais caros

do menu, ao invés daqueles recomendados por quem sabe. No que toca a vinhos, diz que a garrafeira do Robuchon é “das melhores do mundo”. Contudo, lamenta que muitas vezes as pessoas olhem só para o preço. A garrafeira do estabelecimento aloja 350 mil garrafas e o menu compreende 12500 referências vinícolas. De acordo com o profissional, por estes lados, o restaurante especializado em gastronomia francesa, tenta dar-se “um toque asiático” para apelar ao paladar dos clientes frequen-tes, introduzindo produtos locais e regionais, como mo-lho de soja.

ESTUDOS PRÉVIOSJosé Maria confessa que estu-dar não é o seu forte e optou por tirar o curso de pilotagem, em Portugal, embora cedo se tenha apercebido que não era aquilo que realmente queria. “Sempre adorei cozinhar, mas nunca me tinha lembrado de fazer disso profissão”, expli-cou. O jovem chef fez o Curso Internacional (CAP) de Gas-tronomia Francesa durante sete meses na Ferrandi, uma conhecida escola francesa inteiramente dedicada à culi-nária, onde aprendeu higiene alimentar e de cozinha, os diferentes cortes de carne, peixe e legumes, as várias formas de cozedura e muitas outras coisas. Depois do curso técnico de especialização, seguiu-se um estágio de meio ano, depois do qual seguiu mundo fora.

12 publicidade hoje macau quinta-feira 21.8.2014

WWW. IACM.GOV.MO

Considerando que não se revela possível notificar os interessados, pessoalmente, por ofício, telefone, ou outra forma, para o efeito do regime procedimental nos respectivos processos administrativos sancionatórios, nos termos do artigo 14º do Decreto-Lei nº 52/99/M, de 4 de Outubro, do artigo 68º e do nº 1 do artigo 72º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 57/99/M, de 11 de Outubro, o signatário notifica, pela presente, nos termos do nº 2 do artigo 72º do Código do Procedimento Administrativo e no uso das competências conferidas pelo Conselho de Administração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e constantes da Proposta de Deliberação nº 01/PDCA/2014, de 9 de Maio, publicada na Série II do Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau nº 20, de 15 de Maio de 2014 e pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 83/2014, publicado na Série II do Boletim Oficial da Região Administrativa Especial de Macau nº 19, de 7 de Maio de 2014, os infractores, constantes das tabelas desta notificação, do conteúdo das respectivas decisões sancionatórias:

Nos termos do nº 4 do artigo 36º, nº 1 do artigo 37º, artigos 38º e 39º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, aprovado pelo Regulamento Administrativo nº 28/2004, o Presidente do Conselho de Administração, ou seus substitutos, exararam despachos nas respectivas informações, tendo em consideração as infracções administrativas comprovadas e a existência de culpa confirmada. Assim:

1. Foram aplicadas aos infractores, constantes das Tabelas I a III, as multas previstas no nº 2 do artigo 45º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e no artigo 2º do Catálogo das Infracções, no valor de MOP600,00 (cada infracção):

Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto no nº 1 do artigo 13º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 7 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “nos espaços públicos, abandonar resíduos sólidos fora dos locais e recipientes especificamente destinados à sua deposição”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela I)

Os factos ilícitos exarados nas acusações, provados testemunhalmente, constituem infracções administrativas ao disposto na alínea 1) do nº 1 do artigo 2º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 13 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resultam da prática de actos de “cuspir escarro ou lançar muco nasal para qualquer superfície do espaço público, de instalações públicas ou de equipamento público”, tendo sido os infractores notificados do conteúdo das acusações. (cfr.: Tabela II)

O facto ilícito exarado na acusação, provado testemunhalmente, constitui infracção administrativa ao disposto no nº 1 do artigo 4º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos e previstos no nº 23 do artigo 2º do Catálogo das Infracções, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 106/2005, porquanto resulta da prática do acto de “colocar ou abandonar no espaço público quaisquer materiais ou objectos”, tendo sido o infractor notificado do conteúdo das acusação. (cfr.: Tabela III)

2. Além disso, os infractores podem ainda apresentar reclamação contra os actos sancionatórios ao autor do acto, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data da publicação da notificação, nos termos dos artigos 145º, 148º e 149º do Código do Procedimento Administrativo, sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 123º do referido código.

Para efeitos do disposto no nº 2 do artigo 150º do mesmo diploma, a reclamação não tem efeito suspensivo sobre o acto.

3. Quanto aos actos sancionatórios, os infractores podem apresentar recurso contencioso no prazo estipulado nos artigos 25º e 26º do Código de Processo Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei nº 110/99/M, de 13 de Dezembro, para o Tribunal Administrativo da Região Administrativa Especial de Macau.

4. Sem prejuízo da aplicação do disposto no artigo 75º do Código do Procedimento Administrativo, para efeitos do disposto nº 4 do artigo 55º do Regulamento Geral dos Espaços Públicos, os infractores deverão efectuar a liquidação de todo o valor das multas aplicadas, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data da publicação da presente notificação, no Gabinete Jurídico e Notariado do IACM (Núcleo Operativo do IACM para a Execução do Regulamento Geral dos Espaços Públicos), sito na Avenida da Praia Grande, nos 762-804, Edf. China Plaza, 5º andar, Macau ou através do acesso ao endereço electrónico http://www.iacm.gov.mo/rgep. Caso contrário, o IACM submeterá os processos à Repartição das Execuções Fiscais da Direcção dos Serviços de Finanças para a cobrança coerciva, nos termos do artigo 17º do Decreto-Lei nº 52/99/M e do artigo 29º do Decreto-Lei no 30/99/M.

5. Não é de atender a esta notificação, caso os infractores constantes das tabelas anexas tenham já saldado, aquando da presente publicação, as respectivas multas, resultantes da acusação. Para informações mais pormenorizadas, os interessados poderão ligar para o telefone nº 8295 6868 ou dirigir-se pessoalmente ao referido Núcleo Operativo deste Instituto.

Aos 11 de Agosto de 2014

O Presidente do Conselho de AdministraçãoVong Iao Lek

Tabela I

Nome Sexo Nº do Bilhete de Identidade de Residente de Macau Nº da acusação Data da infracção

Data em que foram exarados os despachos de aplicação das multas

毛淑瑩MOU OK IENG

F 5185***(*) 2-000065PH/2014 2014-01-25 2014-03-04

馮耀均FONG IO KUAN

M 1282***(*) A059532/2014 2014-01-21 2014-03-19

程偉權CHING WAI KUEN

M 1339***(*) A059711/2014 2014-01-21 2014-03-04

施麗清SI LAI CHENG

M 7420***(*) 2-000027PF/2014 2014-01-20 2014-03-04

黃偉倫WONG WAI LON

M 1306***(*) A061081/2014 2014-01-20 2014-03-04

羅家昇LO KA SENG

M 5213***(*) A059753/2014 2014-01-18 2014-03-19

夏敬賢HA KENG IN

M 5113***(*) A058759/2014 2014-01-17 2014-03-19

顧舜華KU SHUN WA

M 1405***(*) A060640/2014 2014-01-16 2014-03-19

黃偉豪WONG WAI HOU

M 1304***(*) A060743/2014 2014-01-13 2014-03-19

呂民峰LOI MAN FONG

M 5132***(*) A060894/2014 2014-01-12 2014-03-04

李浩和LEI HOU WO

M 1262***(*) A060500/2014 2014-01-12 2014-03-19

姚成威IO SENG WAI

M 1259***(*) A060824/2014 2014-01-12 2014-03-19

吳子樂NG CHI LOK

M 5191***(*) A060823/2014 2014-01-12 2014-03-19

陳偉明CHAN WAI MENG

M 5176***(*) A060960/2014 2014-01-08 2014-03-19

黃章定WONGCHEONG TENG

M 7356***(*) A059006/2014 2014-01-08 2014-03-19

蔡詠思CHOI WENG SI

M 1308***(*) A059948/2014 2014-01-06 2014-03-19

歐陽志勇AO IEONG CHI IONG

M 1282***(*) 2-000005PE/2014 2014-01-05 2014-03-19

高文楨JOU MAN CHENG

M 1257***(*) A058683/2014 2014-01-03 2014-03-04

張婷婷CHEONGTENG TENG

F 1312***(*) A060373/2013 2013-12-30 2014-03-19

梁婉雯LEONG UN MAN

F 1302***(*) A060794/2013 2013-12-30 2014-03-19

鄺子康KONG CHI HONG

M 5171***(*) A060372/2013 2013-12-30 2014-03-04

梁澤堂LEONG CHAK TONG

M 7407***(*) A060349/2013 2013-12-30 2014-03-19

楊嘉偉IEONG KA WAI

M 1233***(*) A060362/2013 2013-12-28 2014-03-04

陳偉財CHAN WAI CHOI

M 5193***(*) A059941/2013 2013-12-28 2014-03-04

李健國LEI KIN KUOK

M 1242***(*) A060814/2013 2013-12-27 2014-03-19

林嘉柱LAM KA CHU

M 1261***(*) A060354/2013 2013-12-27 2014-03-19

梁沛恆LEONG PUI HANG

M 5170***(*) A059937/2013 2013-12-25 2014-03-19

黃偉豪WONG WAI HOU

M 5164***(*) A060344/2013 2013-12-23 2014-03-04

張震宇CHEONG CHAN U

M 5154***(*) A060765/2013 2013-12-23 2014-03-19

張偉成CHEONG WAI SENG

M 1224***(*) A060717/2013 2013-12-22 2014-03-04

李曉恩LEI HIO IAN

F 1299***(*) A059339/2013 2013-12-19 2014-03-04

黃褔勝WONG FOK SENG

M 1283***(*) A060524/2013 2013-12-16 2014-03-19

許永豪HOI WENG HOU

M 5163***(*) A060320/2013 2013-12-14 2014-03-19

詹淑貞CHIM SOK CHENG

F 1261***(*) A059924/2013 2013-12-13 2014-03-19

趙國堅CHIO KUOK KIN

M 1372***(*) 2-000340PE/2013 2013-12-13 2014-03-19

陳佩玲CHAN PUI LENG

F 5168***(*) A060531/2013 2013-12-05 2014-02-20

陳健豪CHAN KIN HOU

M 5162***(*) 2-000299PE/2013 2013-11-27 2014-02-20

王嘉雄WONG KA HONG

M 1278***(*) 2-000029PH/2013 2013-11-24 2014-02-20

馮志強FONG CHI KEONG

M 1357***(*) 2-000199PG/2013 2013-11-20 2014-02-20

SI TOU CHAN WENG M 7392***(*) A060134/2013 2013-11-07 2014-02-20胡倩WU SIN

F 1219***(*) A059998/2013 2013-11-05 2014-02-20

羅家豪LO KA HOU

M 51185***(*) A059996/2013 2013-11-05 2014-02-20

蕭智全SIO CHI CHUN

M 5166***(*) A053997/2013 2013-11-04 2014-02-20

李曉輝LEI HIO FAI

M 1327***(*) 2-000146PF/2013 2013-11-02 2013-12-30

蕭竣天HSIAO CHUN TIEN

M 1364***(*) A058159/2013 2013-11-01 2014-02-20

張婷婷CHENG TENG TENG

F 1312***(*) 2-000105PI/2013 2013-10-29 2014-01-10

黃振宇WONG,CHAN U

M 5169***(*) 2-000141PG/2013 2013-10-28 2013-12-05

劉俊山LAO CHON SAN

M 7389***(*) A060061/2013 2013-10-26 2013-12-05

何國明HO KUOK MENG

M 7354***(*) A057945/2013 2013-10-22 2014-01-10

黃金明WONG KAM MENG

M 7417***(*) A058172/2013 2013-10-21 2014-01-10

陳文廣CHAN MAN KUONG

M 1234***(*) A059464/2013 2013-10-15 2013-12-05

李國星LEI KUOK SENG

M 1498***(*) A058119/2013 2013-10-14 2013-12-05

洪玲玲HONG LENG LENG

F 5190***(*) A059316/2013 2013-10-12 2013-12-30

何文傑HO MAN KIT

M 5202***(*) A057972/2013 2013-10-08 2014-03-10

黃家欣WONG KA IAN

F 1218***(*) A057835/2013 2013-10-05 2013-11-27

張詠茵CHEONG WENG IAN

F 5159***(*) A057771/2013 2013-10-04 2013-12-05

吳哲天NG CHIT TIN

M 1254***(*) A057880/2013 2013-10-04 2013-12-05

關永華KUAN WENG WA

M 5112***(*) 2-000244PE/2013 2013-09-30 2013-12-05

王雲明WONG WAN MENG

M 1309***(*) A057452/2013 2013-09-21 2013-12-05

梁燕珊LEONG IN SAN

F 1259***(*) 2-000233PE/2013 2013-09-19 2013-11-27

Tabela II張康賢 CHEONG HONG IN

M 7303***(*) A058959/2014 2014-01-08 2014-03-19

鄭銳根CHEANG IOI KAN

M 7329***(*) A058790/2014 2014-01-07 2014-03-19

Tabela III黃文顏WONG MAN NGAN

M 7413***(*) A060493/2013 2013-12-28 2014-03-04

Notificação no 00010/NOEP/GJN/2014

13CHINAhoje macau quinta-feira 21.8.2014

O líder da Sociedade de Direito de Hong Kong demitiu-se esta terça-feira, após

ter apoiado a política de Pequim, que muitos advogados viram como uma ameaça à independên-cia judicial na cidade.

A China publicou, em Junho, o seu primeiro Livro Branco sobre Hong Kong no qual estipula como Hong Kong deve ser governado, algo amplamente interpretado como um aviso à cidade para não ultrapassar os limites da sua autonomia.

O documento incluía uma asserção de que os juízes devem garantir a segurança nacional e soberania, o que foi criticado por profissionais do Direito como uma afronta à independência judicial.

A Sociedade de Direito de Hong Kong [Hong Kong’s Law Society, na designação em inglês] enviou uma forte advertência a Pequim, com a aprovação, na quinta-feira, de um voto de não--confiança a Ambrose Lam, com 2.393 dos seus 8.000 membros a apoiarem a moção e 1.748 a votarem contra.

“Para preservar a unidade da Sociedade de Direito, vou entre-gar a minha carta de demissão ao conselho, com efeitos imediatos”, disse Lam aos jornalistas”.

“Eu reservo-me o direito de ter a minha própria opinião sobre o assunto”, adiantou.

Lam referiu-se em Junho ao Livro Branco como um documen-

Religião Funcionários advertidos em KashgarSegundo a imprensa oficial, as autoridades de Xinjiang passaram reprimendas a 15 funcionários públicos de Kashgar por ofensas que incluem afiliação religiosa, como parte de uma campanha para combater actividades religiosas ilegais. A “Xinhua” informou que um funcionário tinha “rezado abertamente”, o que é uma violação dos regulamentos que estipulam que os funcionários governamentais não devem aderir a nenhuma religião. Um outro oficial foi castigado por ter um “entendimento e comportamento ambíguo, uma reacção demorada e uma implementação ineficiente das medidas de combate ao terrorismo”.

Chongqing Estudante desaparecidaDe acordo com o “South China Morning Post”, um homem de 41 anos foi preso em Yunnan pelo assassinato de Gao Yu, uma estudante universitária com 20 anos de idade que desapareceu em Chongqing no dia 9 de Agosto. Gao entrou na viatura de um desconhecido por engano, pensando que se tratava de um amigo da família que havia concordado ir buscá-la a pedido dos seus pais. A estudante apercebeu-se do engano e telefonou à família ainda de dentro do carro, para os avisar que estava bem, mas essa foi a última vez que deu sinais de vida. Pu Zhenfu, o condutor, admitiu que entrou numa discussão com Gao, tendo acabado por a matar antes de fugir para Yunnan.

Contrabando Agentesalfandegários detidosCinco agentes do departamento de fiscalização logística da Unidade de Alfândega de Huanggang, em Shenzhen, foram presos por suspeita de terem facilitado acções de contrabando, anunciou o “New Express”. Os procuradores do ministério público do distrito de Luohu, em Shenzhen, não adiantaram mais pormenores, dizendo apenas que os agentes começaram a ser investigados em Março. Se forem considerados culpados, os agentes podem receber uma pena de até cinco anos de prisão.

Concertação de preços Multa recorde a empresas japonesas

AS autoridades chinesas anunciaram ontem a aplicação de multas no valor

de 1.235 milhões de yuan a dez empresas japonesas por manipularem os preços de peças de automóveis há mais de 10 anos no mercado chinês.

A televisão estatal CCTV indica que o valor da multa, aplicada devido a práticas monopolistas, figura como o maior desde a entrada em vigor da lei de combate aos monopólios, em 2008.

O caso envolve, segundo anunciou em comunicado a Comissão Nacional de Re-forma e Desenvolvimento, oito fabricantes de componentes (Hitachi, Denso, Aisan, Mitsubishi Electric, Mitsuba, Yazaki, Fu-rukawa e Sumitomo) e quatro produtores

de rolamentos, acusados de concertarem os seus preços para o mercado chinês entre Janeiro de 2000 e Fevereiro de 2011.

A maior multa – no valor de 290,4 milhões de yuan – foi imposta à Sumitomo, enquan-to a Hitachi – que informou as autoridades da existência do acordo e colaborou com a investigação – ficou isenta.

Os componentes envolvidos no sistema – incluindo alternadores, motores e cabos – são utilizados para mais de 20 modelos de marcas como a Honda, Toyota, Ford, Nissan ou Suzuki.

O montante das multas foi fixado em função da gravidade das acções de cada empresa e da percentagem das suas vendas anuais no mercado chinês (até 8%).

A posição pró Pequim do líderdos advogadosde Hong Kong não caiu bem no seioda comunidadedos profissionaisde Direito

HONG KONG LÍDER DA SOCIEDADE DE DIREITO DEMITE-SE

Contra a corrente

to “positivo”, apesar do descon-tentamento crescente na cidade sobre a alegada interferência em Pequim.

Mais de mil advogados saíram à rua em Hong Kong, em Junho, vestidos de preto numa marcha silenciosa contra a alegada inter-ferência de Pequim no sistema judiciário da antiga colónia britânica.

Depois da publicação do Livro Branco por Pequim, a Associação de Advogados de Hong Kong disse, em comunicado, que os juízes devem salvaguardar a in-dependência judicial, pois não são “administradores” do governo.

Hong Kong transitou para a administração chinesa a 01 de Julho de 1997 sob o princípio “um

país, dois sistemas”, que permite aos residentes liberdades civis não contempladas no interior da China, incluindo liberdade de expressão e o direito de manifestação.

O descontentamento público em Hong Kong atingiu o nível mais elevado dos últimos anos, com preocupações relativamen-te à interferência de Pequim e

às divisões crescentes sobre a forma como o seu líder deve ser escolhido em 2017, no âmbito de reformas políticas.

Depois de uma série de mani-festações promovidas pela ala da pró-democracia, Hong Kong foi palco, no domingo, de uma mar-cha organizada pela Aliança para a Paz e a Democracia, conotada com a ala pró-Pequim, contra uma campanha de desobediência civil do movimento Occupy Central.

O movimento, que ameaça paralisar Hong Kong, caso a no-meação pública dos candidatos a chefe do Executivo da cidade seja decidida pelas autoridades, tem sido fortemente criticado por Pequim e pelas autoridades da cidade como sendo ilegal, radical e violento.

HKEJ

“Eu reservo-me o direito de ter a minha própria opinião”AMBROSE LAMLíder da Sociedadede Direito de Hong Kong

Ambrose Lam

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DIRECÇÃO DOS SERVIÇOS DE FINANÇASEDITAL

FIXAÇÃO DO RENDIMENTO COLECTÁVEL DO IMPOSTO PROFISSIONALRESPEITANTE AO EXERCÍCIO DE 2013

Faz-se saber que, o apuramento do rendimento colectá-vel dos contribuintes do 1.º grupo (assalariados e emprega-dos por conta de outrem) e do 2.º grupo (profissões liberais e técnicas) do imposto profissional, respeitante ao exercício de 2013, já se encontra concluído. De harmonia com o disposto no artigo 23.º, n.º 1, do Regu-lamento do Imposto Profissional, que no Núcleo do Imposto Profissional destes Serviços, de 16 a 30 de Agosto e durante as horas do expediente, o rendimento colectável apurado es-tará patente ao exame dos respectivos contribuintes, poden-do os contribuintes inscritos como utilizadores do “Serviço Electrónico” destes Serviços examiná-lo através da página electrónica da DSF (www.dsf.gov.mo).

Caso não se conformem com o rendimento fixado, os contribuintes podem reclamar, por forma escrita, para a Co-missão de Revisão até 30 de Agosto, não terminado, porém, o prazo, sem que hajam decorridos vinte dias sobre a data do registo dos avisos postais enviados aos contribuintes, nos termos do artigo 79.º, n.º 2 do mesmo Regulamento.

Aos 18 de Julho de 2014.

A Directora dos Serviços

Vitória da Conceição

14 hoje macau quinta-feira 21.8.2014

HUAI NAN ZI 淮南子 O LIVRO DOS MESTRES DE HUAINAN

Da Sabedoria – 110

Quando as pessoas desejam prosperar, é em benefício próprio – como pode tal ser benéfico para outros? Quando os sábios levam a cabo a justiça a sua acção vem de dentro – que benefício pessoal poderia haver para eles?

* * *

Quando os sábios consideram o valor humano, tudo o que fazem é observar exclusivamente uma só actividade. Desse modo, distinguem os meritórios dos não meritórios.

* * *

Os sábios não se dedicam a acções que possam ser repudiadas, mas não se ressente se as pessoas os repudiarem. Cultivam virtude digna de elogio, mas não buscam o elogio das pessoas. Não podem causar calamidades que não estejam para vir, mas estão certos de não as atrair. Não podem assegurar a fortuna que está para vir, mas estão certos de não a repelir. Quando a calamidade se dá, não é por terem procurado a sua causa, de modo que nem na adversidade se deixam perturbar. Quando a fortuna se dá, não é por terem procurado aquilo que a traz, de modo que nem o sucesso os torna orgulhosos. Sabem controlar a calamidade e a fortuna não depende deles. Assim, vivem felizes e em tranquilidade, governando sem artifício. Os sábios conservam o que já têm e não buscam o que não conseguiram. Se buscas o que não tens, perderás o que já tens. Se cultivares o que já tens, aquilo que queres virá.Assim, em operações militares trata primeiro de te tornares invencível e, depois, aguarda a vulnerabilidade dos oponentes. No governo, trata primeiro de estar seguro e, depois, aguarda a insegurança dos oponentes.

Tradução de Rui Cascais | Ilustração de Rui Rasquinho

Huai Nan Zi (淮南子), O Livro dos Mestres de Huainan foi composto por um conjunto de sábios taoistas na corte de Huainan (actual Província de Anhui), no século II a.C., no decorrer da Dinastia Han do Oeste (206 a.C. a 9 d.C.). Conhecidos como “Os Oito Imortais”, estes sábios destilaram e refinaram o corpo de ensinamentos taoistas já existente (ou seja, o Tao Te Qing e o Chuang Tzu) num só volume, sob o patrocínio e coordenação do lendário Príncipe Liu An de Huainan. A versão portuguesa que aqui se apresenta segue uma selecção de extractos fundamentais, efectuada a partir do texto canónico completo pelo Professor Thomas Cleary e por si traduzida em Taoist Classics, Volume I, Shambhala: Boston, 2003. Estes extractos encontram-se organizados em quatro grupos: “Da Sociedade e do Estado”; “Da Guerra”; “Da Paz” e “Da Sabedoria”. O texto original chinês pode ser consultado na íntegra em www.ctext.org, na secção intitulada “Miscellaneous Schools”.

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15 artes, letras e ideiashoje macau quinta-feira 21.8.2014

Se buscas o que não tens, perderás o que já tens. Se cultivares o que já tens, aquilo que queres virá.

16 DESPORTO hoje macau quinta-feira 21.8.2014

O jovem atleta subiu cinco posições num dia marcado pelas condições adversas

O velejador por-tuguês Rodolfo Pires ascendeu ontem ao tercei-

ro lugar da classe Byte CII dos Jogos Olímpicos da Juventu-de, que estão a decorrer em Nanquim, na China.

O jovem de 15 anos, que estava em oitavo na véspera, somou nas regatas de ontem um nono e um quarto lugar, superando bem as condições de vento negativas.

“Temos tido uma série de dificuldades com as regatas, é um percurso muito com-plicado, com muitas falhas e variações de vento. O vento

Benfica Júlio César já treinaConfirmado na terça-feira como reforço do Benfica, Júlio César já esteve às ordens de Jorge Jesus no treino agendado para a manhã desta quarta-feira, e realizado à porta fechada, no Seixal. O guarda-redes brasileiro, que em breve comemora o 35º aniversário, pode entrar nas opções para a visita ao Boavista, da 2ª jornada da Liga. Proveniente do Queens Park Rangers, clube com o qual rescindiu contrato, Júlio César deve discutir a titularidade com Artur e Paulo Lopes. O Benfica estudou a possibilidade de contratar um outro guarda-redes (o grego Karnezis esteve em Lisboa a negociar), como até admitido por Jorge Jesus após a vitória sobre o Paços de Ferreira, mas esse cenário perdeu força nos últimos dias.

Nani Euforia na chegada a LisboaCentenas de adeptos do Sporting não quiseram deixar escapar a oportunidade de ver a chegada de Nani e foram para o aeroporto aguardar pelo internacional português. Quando o jogador português surgiu os adeptos começaram a celebrar com cânticos, mas tudo correu sem nenhum problema e sempre sob supervisão policial. A transferência do defesa argentino Marcos Rojo para o Manchester United, permitiu ao Sporting garantir o empréstimo, até ao final da época, de Nani.

Barcelona FIFA rejeita recurso clube não pode contratar até 2015A FIFA rejeitou o recurso do Barcelona ao castigo que proíbe o clube catalão de realizar contratações de jogadores durante duas janelas de transferência. O Barcelona não pode fazer aquisições no verão de 2014 e no inverno de 2015. Por detrás deste castigo está o que a FIFA deu como provado serem irregularidades na contratação de dez jogadores menores de idade. Para além da proibição de inscrever jogadores, o Barcelona foi condenado a pagar ainda uma multa de cerca de 370 mil euros.

US Open Michelle de Brito na segunda ronda do qualifying A tenista portuguesa Michelle Larcher de Brito qualificou-se para a segunda ronda da fase de qualificação do US Open, quarto e último torneio do Grand Slam da época, ao derrotar a canadiana Gabriela Dabrowski. No complexo de Flushing Meadows, em Nova Iorque, Michelle Brito, 104.ª do ranking mundial e quarta pré-designada do qualifying, venceu por 7-5, 6-7 (6-8) e 6-2, após duas horas e 21 minutos de encontro frente à 207.ª jogadora da hierarquia. A número um portuguesa, que na segunda ronda vai defrontar a vencedora do encontro entre a checa Barbora Krejcikova e a japonesa Eri Hozumi, e procura a sua quarta presença no quadro principal do US Open. Nas anteriores, chegou duas vezes à segunda ronda, em 2009 e 2013, e não passou da primeira em 2010.

CRISTIANO Ronaldo lesionou-se na primeira mão da Supertaça de

Espanha (1-1) e em Madrid teme-se que o joelho esquerdo volte a dar complica-ções. Atlético ganha vantagem na final.

O capitão da selecção nacional, Cristiano Ronaldo, lesionou-se na primeira mão da Supertaça de Espanha, que terminou com um empate (1-1), entre Real Madrid e Atlético de Ma-drid, no Santiago Bernabéu.

Após ter estado muito “apagado” na

primeira parte, Ronaldo foi substituído ao intervalo e, segundo informações veiculadas em Espanha, terá voltado a sentir dores no joelho esquerdo, após ter cumprido a pré-temporada a 100%.

Cristiano Ronaldo ainda será rea-valiado, mas já fez soar o “alarme” em Madrid... e na Federação Portuguesa de Futebol, pois a selecção nacional vai iniciar, no dia 7 de Setembro, a qualificação para o Euro 2016, diante da Albânia.

Quanto ao jogo, James Rodríguez, que substituiu Ronaldo ao intervalo, estreou-se a marcar pelo Real Madrid, aos 81 minutos, aproveitando um res-salto na grande área. Mas a festa não durou muito.

Raúl Garcia, aos 88 minutos, na sequência de um pontapé de canto, fez o empate, que deixa o Atlético com uma vantagem tangencial na final. A segunda mão está marcada para 22 de Agosto, no Vicente Calderón.

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AVISOEXAME DE APTIDÃO DE AMADOR DE RADIOCOMUNICAÇÕES

Avisam-se todos os candidatos ao Exame de Aptidão de Amador de Radiocomunicações, de Categoria C, que o mesmo será realizado, no dia 7 de Setembro do corrente ano pelas quinze horas, na Direcção dos Serviços de Regulação de Telecomunicações, sita na Avenida do Infante D. Henrique, n.os 43-53A, The Macau Square, 22.º andar, Macau.

Região Administrativa Especial de Macau, aos 18 de Agosto de 2014.

O Director dos Serviços, Subst.,

Leong San Io Francisco

JO JUVENTUDE VELEJADOR RODOLFO PIRES EM TERCEIRO

Boa vela em Nanquim

varia 40° e há zonas do campo que têm muita pressão do vento e outras que não têm pressão nenhuma”, explicou o velejador, em declarações ao site do Comité Olímpico de Portugal.

Rodolfo Pires destacou “a grande pressão psicológica” por haver momentos “em

que metade dos participan-tes podem estar parados por falta de vento e os restantes a navegar”.

Mafalda Pires de Lima também subiu na geral na prova feminina de Byte CII. Depois de na segunda-feira ter visto a sua primeira re-gata ser desclassificada, a velejadora fez um 13.º e 9.º lugares nas duas regatas de ontem subindo ao 17.º.

Na natação, Florbela Machado e Tamila Holub estrearam-se na competição, na prova dos 800 m livres, tendo conseguido resulta-dos na primeira metade da tabela. Florbela foi 12.ª, com o tempo de 8.54,50, e Tamila ficou em 13.º lugar, com 8.57,83.

Portugal conseguiu os primeiros pontos nas provas de ciclismo, graças à presença de Ana Silvestre e de Bruno Machado nas meias-finais de BMX.

Bruno Machado iniciou a competição com um aus-

picioso décimo lugar no contra-relógio de apuramento de BMX, o que lhe garantiu a passagem às meias-finais. Nas eliminatórias de acesso à final, foi o segundo melhor dos corredores que não con-seguiram uma das oito vagas na final, que seria ganha pelo holandês Niek Kimmann.

Este resultado permitiu a Portugal somar 20 pontos, que garantem o 18.º lugar na classificação geral, entre 32 equipas, numa tabela que é liderada pela dupla holandesa formada por Niek Kimmann e Wiebe Scholten.

Ana Silvestre alcançou o 17.º tempo na qualificação, apurando-se para as meias--finais, em que acabaria eliminada, em 15.º lugar. Portugal está no 27.º lugar da geral feminina de ciclismo.

Rodolfo Pires e Mafalda Pires de Lima continuam a sua série de regatas, enquanto o mesa-tenista Diogo Chen vai regressar para competir em pares mistos, com a ro-mena Adina Diaconu.

Ronaldo faz soar “alarme” no empate na Supertaça

17hoje macau quinta-feira 21.8.2014 ócios / negóciosBRAND IMPACT ANA TIQUE, UMA DAS SÓCIAS

É IMPORTANTE CONHECER OS DOIS MERCADOS

Tendo como objectivo principal servir de ponte entre as firmas portuguesas e o mercado asiático a Brand Impact nasceu para facilitar a vida às empresas

“É preciso ter tempo, investirmos esse tempo a perceber a cultura, aprender alguma coisa da língua local”

cias e que saibam trabalhar no interior da China, Macau e regiões vizinhas”. Ana sublinha que a Brand Impact pretende ser “uma empresa que facilita a presença de outras empresas” no mercado.

VIAGEM A HONG KONG Pela primeira vez em Hong Kong, a Natu-ral and Organic Products é uma feira que já se realiza há 18 anos no Reino Unido. Na feira, que decorrerá na próxima semana, para além de encontrar produtos orgânicos certificados, também pode encontrar pro-dutos artesanais. Na sua primeira edição, a Brand Impact marcará presença levando consigo já quatro empresas portuguesas para representar. “Uma das empresa é de biotecnologia, especialista em produtos à base de cogumelos, desde patês, farinhas, compotas, entre outros produtos. Outra das empresas tem uma oferta muito varia-da, entre rebuçados, barras energéticas e as outras duas [uma delas onde Ana também é sócia] dedicam-se à áreas das bebidas espirituosas, vinhos, licores”, conta.

Da empresa fazem parte apenas três pessoas fixas, Ana Tique, o seu pai e sócio da empresa, João Tique e uma assistente. A equipa conta também com o apoio free-lancer de um designer. Um problema para Ana. “A mão-de-obra - a falta dela - é um problema. Em Macau é difícil contratar pessoas. Nós temos uma assistente que começou por fazer um estágio e depois acabámos por contratá-la”, conta, expli-cando que mesmo assim “é um processo complicado”.

MERCADO ABERTO “A nossa intenção nesta feira específica foi criar o ‘pavilhão Portugal’, porque não havia representação lusa”, disse. “Consi-deramos que é um segmento de mercado em clara expansão, existe muita procura por produtos orgânicos, coisas saudáveis”, explica, frisando que, na sua opinião, Hong Kong, e o mercado asiático em geral vai receber de bom grado estes produtos.

A empresária tem marcado presença também nas feiras organizadas pelo Instituto de Promoção do Comércio e Investimento de Macau (IPIM) como forma de promoção da sua empresa.

Marcada pela versatilidade, a Brand Impact “tem feitos coisas muito diferen-tes”, desde “trabalhar com empresas de aparelhos de ar condicionado a indústrias de têxteis”. As nacionalidades também não são um problema para a equipa que, entre outras, já trabalhou com marcas americanas e portuguesas.

“Não é fácil entrar no mercado. É tudo muito diferente, desde a cultura à língua. Mas Macau acaba por ser um bocadinho mais facilitado porque as pessoas sabem que os produtos portugueses têm uma boa conotação”, concluiu.

FIL IPA ARAÚ[email protected]

LEONOR SÁ [email protected]

C OM apenas quatro anos, a Brand Impact começa a fazer-se notar no mercado. “Sempre existiu muita

procura de empresas portuguesas em tentar inserir-se neste mercado [Asiáti-co]”, conta Ana Tique, jovem empresária a residir em Macau há sete anos. Tarefa, que segundo Ana, não se apresenta ser nada fácil. “As empresas não estando cá não conseguem perceber como funciona o mercado”, explica. Na sua opinião, as empresas que têm como alvo o mercado asiático, precisam de perceber que o in-vestimento não é unicamente monetário.

“É preciso ter tempo, investirmos esse tempo a perceber a cultura, aprender alguma coisa da língua local, ou pelo menos encontrar parceiros ou assisten-tes de confiança”, algo que segundo a empresária pode ser difícil.

Numa tentativa de colmatar todos estes pequenos possíveis obstáculos, nasceu a Brand Impact. “Acabou por ser algo mui-to natural, casar estas vontades”, conta, exemplificando, “uma empresa que venda peças de automóveis, fala connosco na tentativa de perceber o mercado e saber se existem outras empresas interessadas no produto em questão”.

Para a empresária é importante existir “uma empresa com pessoas que conheçam os dois mercados, neste caso o português e o asiático, que saibam gerir as burocra-

TEMPO POSSIBILIDADE DE TROVOADAS MIN 24 MAX 30 HUM 70-98% • EURO 10.6 BAHT 0.2 YUAN 1.2

ACONTECEU HOJE 21 DE AGOSTO

João Corvofonte da inveja

Pu Yi

LÍNGUADE gATO

18 hoje macau quinta-feira 21.8.2014(F)UTILIDADES

Morre o poeta surrealistaAlexandre O’Neill• Hoje é dia de recordar Alexandre O’Neill, poeta português com forte contributo para o movimento surrealista. Des-cendente de irlandeses, O’Neill nasceu em Lisboa, a 19 de Dezembro de 1924, na mesma cidade que o viu morrer, a 21 de Agosto de 1986.A 21 de Agosto assinala-se a morte de Alexandre O’Neill, um dos fundadores do Movimento Surrealista de Lisboa, corrente onde começa o seu caminho literário, que marcaria toda a sua obra – poesia, prosa, traduções, antologias e até publicidade. Pertence a O’Neill o conhecido ‘Há mar e mar, há ir e voltar’, uma frase publicitária que se transformou em provérbio.Os primeiros versos de Alexandre O’Neill foram publicados quando o autor tinha apenas 17 anos, num jornal de Ama-rante. Já no Movimento Surrealista de Lisboa, usa o dom da palavra para contestar o regime e acaba preso pela PIDE.O’Neill nunca aceitou a censura na escolha dos trabalhos que iriam compor certames literários e chegou a retirar a sua contribuição. A polícia política usou a força para reprimir. O Movimento Surrealista de Lisboa viria a dar lugar ao Grupo Surrealista Dissidente.‘A Ampola Miraculosa’ é lançada por O’Neill por esta altura. Trata-se de um trabalho de imagens e legendas sem nexo, que se transformaria no paradigma do surrealismo português.A década de 1960 torna-se na mais produtiva, sobretudo com livros de poesia, antologias de outros poetas e traduções. A poesia de O’Neill alia a vanguarda com a influência da tradição literária. Os textos deste autor são uma verdadeira sátira a Portugal e aos portugueses, à vida mesquinha, e ao sofrimento do quotidiano. Alexandre O’Neill escreve sobre solidão, amor, sonho.Em 1976, sofre um ataque cardíaco, que o poeta admitiu dever-se à vida desregrada que adoptara. Manteve o seu estilo de vida e em 1984 sofre um acidente vascular cerebral. Dois anos mais tarde, volta a sofrer um AVC e que o leva a um internamento prolongado. Morre em Lisboa, a 21 de Agosto desse ano. E por isso hoje é dia de recordar Alexandre O’Neill.

Mais vale ter um vício do que ser viciado.

C I N E M ACineteatro

SALA 1TEMPORARY FAMILY [B]FALADO EM CANTONÊS, LEGENDADOEM CHINÊS E INGLÊSUm filme de: Cheuk Wan ChiCom: Nick Cheung, Sammi Cheng, Angelababy, Oho14.15, 16.05, 18.00, 21.30

LUCY [C]Um filme de: Luc BessonCom: Scarlett Johansson, Morgan Freeman19.50

SALA 2CAFE • WAITING • LOVE [B]FALADO EM MANDARIM E LEGENDADO EM CHINÊSUm filme de: Chiang Chin LinCom: Vivian Chow, Megan Lai, Pauline Lan, Lee Luo14.30, 16.45, 19.15, 21.30

SALA 3LUCY [C]Um filme de: Luc BessonCom: Scarlett Johansson, Morgan Freeman14.15

DORAEMON THE MOVIE: NOBITA IN THE NEWHAUNTS OF EVIL-PEKO AND THE FIVE EXPLORERS [A]FALADO EM CANTONÊS E LEGENDADO EM CHINÊSUm filme de: Yakuwa Shinnosuke16.00

INTO THE STORM [B]Um filme de: Steven QualeCom: Richard Armitage, Alycia Debnam-Carey, Matt Walsh18.00, 19.45, 21.30

TEMPORARY FAMILY

Um e-commerce tardioQuando Chui Sai On apresentou, a semana passada, o seu programa político, prometeu também, por entre um mar de supostas novidades, dar mais atenção às Pequenas e Médias Empresas (PME). Mas hoje leio aqui neste jornal que o Governo vai financiar as empresas que queiram ter um website. Em 2014. Este anuncio mostra bem a reduzida dimensão da economia local, para além do jogo. Estamos em plena época de boom dos smartphones e das apps, e só agora é que o Executivo considera relevante que as PME locais tenham website, porque a maioria não tem. Tudo para desenvolver as compras e vendas online...numa altura em que todo o mundo já tem essa área desenvolvida e devidamente regulamentada. Se queremos, de facto, diversificar a economia e partir para outro patamar, as empresas locais têm de pensar mais além, buscar nichos de negócio e modernizarem--se. Da parte do Governo, deve existir uma resposta rápida a esta necessidade.

AS IRMÃS DE MARIA MADALENAPETTER MULLAN, 2002

Na Irlanda do século XX e XXI, dez mil mulheres foram enviadas para os asilos de Madalena por terem engravidado fora do casamento ou tido comportamentos moralmente inaceitáveis perante a sociedade. Nesses asi-los, onde muitas permaneceram por tempo indeterminado, estas mulheres foram obrigadas a fazer trabalho escravo na lavandaria e submetidas a um regime humilhante pelas freiras dos asilos, inspirados na sofredora Maria Madalena. Incrivelmente, o último asilo só fechou em 1996. Este filme retrata uma realidade chocante para a Irlanda, cujo Governo só em 2013 pediu publicamente desculpa a estas mulheres inocentes. - Andreia Sofia Silva

H O J E H Á F I L M E

hoje macau quinta-feira 21.8.2014

Propriedade Fábrica de Notícias, Lda Director Carlos Morais José Editores Joana Freitas; José C. Mendes Redacção Andreia Sofia Silva; Cecília Lin; Flora Fong (estagiária); Leonor Sá Machado; Ricardo Borges (estagiário) Colaboradores António Falcão; António Graça de Abreu; Hugo Pinto; José Simões Morais; Marco Carvalho; Maria João Belchior (Pequim); Michel Reis; Rui Cascais; Sérgio Fonseca; Tiago Quadros Colunistas Agnes Lam; Arnaldo Gonçalves; Correia Marques; David Chan; Fernando Eloy ; Fernando Vinhais Guedes; Isabel Castro; Jorge Rodrigues Simão; Leocardo; Paul Chan Wai Chi; Paula Bicho Cartoonista Steph Grafismo Catarina Lau Pineda; Paulo Borges Ilustração Rui Rasquinho Agências Lusa; Xinhua Fotografia Hoje Macau; Lusa; GCS; Xinhua Secretária de redacção e Publicidade Madalena da Silva ([email protected]) Assistente de marketing Vincent Vong Impressão Tipografia Welfare Morada Calçada de Santo Agostinho, n.º 19, Centro Comercial Nam Yue, 6.º andar A, Macau Telefone 28752401 Fax 28752405 e-mail [email protected] Sítio www.hojemacau.com.mo

19OPINIÃO

Q UANDO tinha os meus seis ou sete anos acusava aquela espécie de dislexia própria da idade, que me fazia tropeçar em polís-silabos menos utilizados pelas crianças da minha idade, ou confundia cer-tas palavras com sons e sílabas idênticas, casos de “ameixa” e “ameijôa”,”Mamede” e “mamute”, ou “dentadura” e “ditadura”.

Aqui por dentadura entenda-se aquela den-tição postiça que muita gente mais velha usava (e penso que ainda há sobreviven-tes), um mal necessários nos tempos em que a medicina odontológica não estava ao alcance de todos, e os dentistas eram ainda antigos agentes da PIDE/DGS que depois da extinção desta tiveram que fazer pela vida. Esta dentadura, um antepassado pobres dos implantes dentários, era deixada durante a noite num copo com água, uma imagem que atira para um cenário da Família Adams, ou de um filme de Tim Burton. Os mais novos podem achar isto estranho, mas nem era sequer a pior relíquia dos tempos dos nossos avós. Peçam-lhes que vos expliquem o que era um “clister”, e vão ficar a saber a importância de uma dieta rica em fibras.

Quando me sentava em frente aos noticiários ou outro tipo de programação que não era propriamente indicada para um pequenote como eu (pela complexidade dos conteúdos, entenda-se) via pessoas referirem-se a “ditadura” com um ar grave, alterado, agitado até, e associava aquela irritabilidade ao facto de não lhes ser possí-vel ingerir alimentos sólidos devido a uma “ditadura” defeituosa – não seria por falta de uma, pois não tinham boca de chuchu e falavam uma linguagem inteligível. Ape-tecia-lhes um bitoque com batatas fritas e estavam fartos de carne picada com puré de batata, em suma. Nunca deixei de relacionar a “dentadura” com a “ditadura”, mas claro que me percebi um dia que “ditadura” era o sistema autocrático e autoritário, onde todo o poder estava concentrado apenas num orgão, colocando-se assim na extremidade oposta da “democracia”. Como todos sa-bem, “democracia” é uma palavra derivada do grego “demos”, ou “povo”, e “kratia”, que é “poder” – é portanto o “poder do povo”, ou o “governo pelo povo”. Se isto não é novidade para ninguém, aposto que pouca gente se deteve durante um minuto que seja a analisar o significado real desta ideia, do povo no poder. Afinal parece que as togas e as barbas compridas ostentadas pelas elites pensadoras da antiguidade clás-sica eram mesmo um sintoma de loucura, e

bairro do or ienteLEOCARDO

A dita-mole“Numa ditadura impõem--se as directivas pela força, numa dita-mole pede-se amavelmente, não propondo qualquer outra alternativa”

o “Ateneu” era na realidade o nome de um manicómio. Deliravam, coitados, e devia ser da febre do feno-grego.

Mas nem tudo se coloca nestes termos: ou ditadura, ou democracia. Existe um meio termo, vários até, e mesmo dentro das dita-duras há as mais “soft” e as “hardcore”, e as democracias nem sempre são sinónimo de ordem, justiça social e governação com-petente. Das democracias que conhecemos melhor, olhemos para o caso de Portugal, que não sendo uma democracia fracassada, fica muito aquém das expectativas – pode-se dizer que é uma “democracia pindérica”. Já no que a ditaduras diz respeito, temos logo aqui ao lado o exemplo da China. É um sistema autoritário, autocrático, com todo o poder concentrado num único orgão, neste caso o Partido Comunista, correspondendo portanto à descrição de uma ditadura, e neste caso particular, uma “ditadura do proletariado”, que usa como designação oficial do seu sistema político de matriz socialista. Este “proletariado” é em teoria o indivíduo que nada mais tem de seu que a roupa que traz no corpo, e a força do seu trabalho, as suas aptidões, de que depende para sobreviver. Hoje em dia este “proletariado” chinês tem muito mais do que isso, e nalguns casos na roupa que traz no corpo lê-se “Armani”, ou “Pierre Cardin”, que não soam nada a nomes de heróis revolucionários ou educadores da classe operária. E agora a pergunta sacra-mental: e Macau, o que é?

Macau, em tempos um território ultra-marino português, não herdou dos seus antigos senhorios uma tradição democrática

por excelência – facto muitas vezes realça-do por quem perante as evidências declara que Macau “não é uma democracia”. Por outro lado, sendo uma região administrativa especial sob a alçada da R.P. China, a tal “ditadura do proletariado”, não é uma dita-dura em si, longe disso, e apesar de reunir algumas condições para tal, dá-lhe uma pintura em tons mais vivos, mais alegres: é uma dita-mole, assim hifenizado e tudo, para transmitir a ideia de forma mais escla-recedora. Numa ditadura impõem-se as di-rectivas pela força, numa dita-mole pede-se amavelmente, não propondo qualquer outra alternativa; numa ditadura usa-se a opres-são, numa dita-mole o desencorajamento; numa ditadura obriga-se à participação em actos públicos, numa dita mole mandam--se convites irrecusáveis; numa ditadura não há eleições, numa dita-mole há mas é o mesmo que se não houvessem; numa ditadura cultiva-se a censura e o medo, numa dita-mole arranjam-se distrações.

Como se pode ver, a dita-mole é o melhor dos sistemas maus, e ao mesmo tempo o pior dos bons.

Enquanto na ditadura temos um ditador, na dita-mole não há exactamente uma figura de proa, puxando todos para o mesmo lado, que é o da moleza. Na dita-mole não existe estagnação, mas sim estabilidade. Não se fala de inércia, mas sim de continuidade. Clientelismo e corrupção não, está a con-fundir com amizade e incentivo. Falta de alternância democrática? Olhem para os resultados, e digam quem é vamos substituir e deixar triste num mundo de gente contente? Variedade para quê, se estão todos contentes com o que temos? Sei, sei, a canção nº 1 do top é a “Harmonia”, porquê, não gosta? Gosta pois, vamos lá cantar, vá, sei que sabe a letra de cor e salteado. Qual é o seu problema mesmo, que lhe arranjamos já um subsídio e isso passa. Quer ir embora? Tem a certeza, veja lá...

Com tanta gentileza, como vamos recusar o amável convite desta dita-mole, que é mole mas não se parte, e para apreciá-la nem é preciso uma dentadura. As democracias nem sabem o que estão a perder, ali entregues ao Deus-dará, cada um livre de fazer o que muito bem lhe apetecer. Nós pelo menos temos “molengões” que garantem que con-tinuamos parados no mesmo sítio, mas pelo menos estamos sentados e para trás é que não vamos, com toda a certeza. É dita-mole, mas é a nossa dita-mole.

PERDA TOTAL DE HUMANIDADEcartoonpor Stephff

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hoje macau quinta-feira 21.8.2014

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A polícia deteve o cida-dão do continente, de nome Cheang, pelos

crimes de burla em montantes avultados e falsificação de documentos. O residente da China é um dos quatro sus-peitos num caso de burla que remonta ao início deste mês e que está a ser investigado pelo Ministério Público. Cheang é alegadamente acusado de roubar cerca de nove milhões de dólares de Hong Kong a um outro residente da China, de apelido Lam.

O caso teve início depois da vítima ter depositado 28,6 milhões de dólares de Hong Kong na conta de uma sala VIP de um casino de Macau. Juntamente com outros quatro suspeitos, Cheang falsificou o visto de Lam para entrar nas duas regiões administrativas, fazendo o mesmo com a pro-curação da vítima.

O plano do suspeito com-preendeu a burla à Companhia de Telecomunicações da China para conseguir um novo cartão de telemóvel SIM da vítima e assim fazer com que este per-desse o contacto com a sala VIP. Cheang deslocou-se então ao casino e tirou nove milhões de dólares de Hong Kong da conta de Lam. A operação do suspeito recebeu o aval através do núme-ro de telemóvel da vítima, que estava agora também em posse dos outro quatro suspeitos. Foi só depois de Cheang ter tenta-do repetir a manobra que Lam recebeu uma notificação no seu telemóvel, dirigindo-se à sala VIP e informando a polícia sobre o alegado roubo.

Após análise do caso, Cheang foi detido no Estabe-lecimento Prisional de Macau, onde aguarda que a polícia dê a investigação como determi-nada. - L.S.M.

Cesinha vai jogar no Barreirense Cesinha, jogador de futebol que foi campeão em Macau pelo Ka-I, em 2012, vai voltar a jogar com as cores do Barreirense, em Portugal. Ao HM, o jogador, que já tinha deixado os relvados há cerca de um ano, garantiu que o objectivo é “ajudar o Barreirense a subir de divisão” e “permitir continuar a fazer o que mais gosto, perto do meu filho”. “Recebi outros convites, como do Fátima do Sp. Pombal, do Campeonato Nacional de Seniores, mas acabei por optar pelo histórico Barreirense”, disse ainda Cesinha ao HM. Com 33 anos, Luiz César Barbieri já jogou no Estoril-Praia, Gil Vicente e no São Paulo e Portuguesa, clube brasileiro.

Óbito Português demorou dia e meio a chegar ao hospitalNa passada terça-feira, o surfista e professor da Universidade Lusófona, Rui César Peixoto, morreu em Bali, vítima de um acidente de surf em Lakey Peak, depois de uma viagem de um dia e meio até ao hospital mais próximo. De acordo com notícia avançada pelo website surftotal.com, o desportista e professor de 45 anos foi retirado do mar por outro surfista brasileiro e reanimado apenas 40 minutos depois do acidente. Foi depois da tentativa de reanimação que Rui Peixoto foi levado de barco para o hospital de Bali, depois de mais de um dia de viagem. O professor acabou por falecer 72 horas depois do internamento, vítima de graves ferimentos causados pelo acidente no mar.

DETIDO SUSPEITO DE FALSIFICAÇÃO E ROUBO

Preso por milhões