história e cultura afro brasileira e africana lei 10.639/03
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História e Cultura
Afro Brasileira e Africana
LEI 10.639/03
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AS PERGUNTAS SÃO:• COMO NÓS VEMOS A ÁFRICA?
• QUAL ÁFRICA É REAL É QUAL NÓS TEMOS NO NOSSO IMAGINÁRIO?
• O QUE CONHECEMOS SOBRE A HISTÓRIA, CULTURA E ARTE AFRICANA?
• POR QUÊ ENTENDER A CULTURA E ARTE AFRICANA?
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• O argumento principal para o ensino da História,Cultura e Arte Africana está no fato da impossibilidade de uma boa compreensão da história e da arte brasileira sem o conhecimento das histórias dos atores africanos, indígenas e europeus .
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• O pensamento O pensamento etnocentrista que sustenta a idéia de que que sustenta a idéia de que o Continente Africano é um o Continente Africano é um lugar lugar exóticoexótico, repleto de , repleto de animais selvagens e de animais selvagens e de tribos com “tribos com “costumes estranhos”.”.
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• Contribui para a Contribui para a desconstrução de uma imagem positiva das de uma imagem positiva das sociedades africanas. Não leva sociedades africanas. Não leva em conta o conhecimento em conta o conhecimento milenar produzidomilenar produzido (científico, (científico, artístico matemático e médico) artístico matemático e médico) por estes povos, por estes povos, alimentando alimentando idéias equivocadas e idéias equivocadas e preconceituosaspreconceituosas..
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“ALGUNS (pré)CONCEITOS SOBRE ARTE AFRICANA”
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É UMA ARTE ÚNICA..
• Criações vindas de centenas de culturas que se dá o nome de “arte africana” — como se fosse uma só.
• São muitas as artes desse grande continente, entre elas, as chamadas “tradicionais” e a contemporânea.
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• A arte africana é um conjunto de manifestações artísticas produzidas pelos povos da África Subsaariana ao longo da história. Arte da África Negra.
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“ARTE DA ÁFRICA NEGRA-SUBSAARIANA-
• Como se o continente Africano fosse separado, dividido pelo deserto do Saara.
• A arte produzida ao norte do deserto do Saara não é arte africana?
• Quem recebeu influência de quem?
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ARTE DE PRINCÍPIOS, FUNÇÃO UTILITÁRIA, TEMÁTICA LIGADA
SOMENTE À NATUREZA E RELIGIÃO
• A arte africana, não é apenas “religiosa” como se diz, mas sobretudo filosófica.
• O objeto de arte é funcional. Em muitas línguas africanas, bom e belo são designados pela mesma palavra.
• O útil tem que ser obrigatoriamente belo.• O nomadismo restringe a produção
artística
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ARTE PRIMITIVA E SELVAGEM• A arte africana não é primitiva
nem estática. Há peças datadas desde o século V a.C. atestando uma história da arte africana, mesmo que ainda não escrita por palavras. (1894-c.1960).
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• É certo que muitos dados estão irremediavelmente perdidos: objetos foram destruídos, queimados ou fragmentados ao gosto ocidental e moral cristã; ateliês renomados foram extintos e muitas produções interrompidas durante o período colonial na África
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Cabeça, provavelmente de um primitivo oni, de Ife, Nigéria.
Sécs. XIII - XIV. Bronze. Alt., 36 cm.
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• É preciso que se considere a arte na realidade cultural da África, como uma manifestação que prima pelo todo embelezamento da vida cotidiana, comum, e conseguido com habilidade de saberes e experiências específicas .
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ORALIDADE E ESCRITA• A oralidade é uma das
características mais marcantes da cultura africana, tem tamanha importância que existe uma posição de destaque na sociedade para profissionais treinados em memorização e transmissão da memória cultural da comunidade
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GRIOT • Esses indivíduos chamados de griot, armazenam séculos de crenças, costumes, lendas, lições de vida, segredos. Eles são mestres da palavra, possuindo vastos conhecimentos sobre o homem e sobre o universo específico de atuação, o que exige iniciação diferencial, notável memória e capacidade de visualização, além naturalmente do domínio gestual e oral, o todo significando sabedoria e humanismo.
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• Os povos africanos, apesar da tradição oral estão entre os primeiros a desenvolverem sistemas de escrita. Além dos hieróglifos egípcios, existem diversos sistemas de escrita desenvolvidos.
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• O fato de priorizarem a verbalização não demonstra incapacidade de produzirem sistemas de grafia. Deste modo, a sociedade tradicional africana, antes de “não ter evoluído para a escrita”, simplesmente optou por não utilizá-la como nós a utilizamos
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• As inúmeras composições gráficas observadas nos objetos de uso cotidiano, ritualísticos ou mesmo decorativos tem a finalidade de registrar e transmitir conhecimento. Esses símbolos combinados transmitem mensagens
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• Não são considerados alfabetos verdadeiros porque não existe uma forma única de leitura, podem ser interpretados, mas não lidos.
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ADINKRAS
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ADINKRA • É um conjunto ideográfico estampados principalmente em tecidos e adereços, esculpidos em madeira ou em peças de ferro.
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• Muitas vezes são associados com a realeza, identificando linhagens ou soberanos.
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• A origem desses símbolos é atribuída aos Asante o povo do Gana (Costa do Marfim. Os Ashanti/ Asante, é um grupo étnico pertencente ao complexo cultural akan, que abrange diversos outros grupos localizados em Gana e oeste da Costa do Marfim, na África ocidental.
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• “De acordo com a história oral, o conjunto dos adinkra tem origem numa guerra que o rei dos asante – Asantehene- Osei Bonsu moveu contra o rei Kofi Adinkra de Gyaaman, que detinha o segredo de fabricação do tecido , como também estampava com desenhos do trono de ouro, o GWA, símbolo maior do poder entre os asante.
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• Assim provocou a ira do rei Osei Bonsu, que foi à luta e venceu a guerra. Adinkra teve sua cabeça arrancada do tronco e levada como troféu, como castigo pela sua insolência. E Osei Bonsu levou também as vestes do pretenso conquistador, bem como as técnicas de fabricação do tecido e sua estamparia.
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• A partir daí, o nome do rei morto passou a significar
• “ adeus’, “despedida”, estendendo-se esse significado ao tipo de tecido que usava e aos grafismos nele estampados.”
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• Originalmente esses símbolos eram usados para enfeitar o vestuário destinado às cerimônias fúnebres.
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• Os desenhos eram feitos recortando-se os símbolos em cacos de cabaça, para usá-los como carimbos sobre os tecidos.
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Posteriormente, os tecidos Adinkra passaram a ser usados por líderes espirituais em cerimônias e rituais. Evitava-se usá-los no dia a dia, também pelo fato de que a tinta desbotava ao lavar. A tinta empregada para tingir era extraida da árvore kuntunkuni e a clara de ovo auxiliava no brilho.
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Cada um dos motivos que compõem o Adinkra tem um nome e significado derivado, quer de um provérbio, um evento histórico, atitude humana, comportamento animal, vida vegetal.
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• O simbolismo dos adinkra deriva da percepção do homem de seu meio: o comportamento e relação entre os seres vivos; o padrão de crescimento dos vegetais; e as funções de vários objetos. Alguns animais são conhecidos por sua força, coragem ou paciência.
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• Uma planta pode ser admirada por sua beleza, cheiro ou longevidade. E um artefato pode ser identificado com guerra, trabalho ou família. Algumas imagens estão associadas a máximas tradicionais ou provérbios e outras imagens são simples metáforas
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Simbolismo da cor para os Akans :
• O simbolismo da cor dentro da cultura Akan é regional. Como em uma convenção, as mulheres tendem a preferir panos com cores dominantes mais leves. Geralmente os homens tendem a preferir roupas com cores dominantes mais escuras.
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• Atualmente, os tecidos adinkra são usados pelos ganenses em diversas ocasiões, tais como casamentos, batismos e rituais de iniciação. Além de serem usados sobre tecidos, também se aplicam nas paredes, na cerâmica, nos adornos e logotipos.
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