historia do avivamento azusa

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    AA HHiissttrriiaa ddoo AAvviivvaammeennttoo

    AAzzuussaa

    Frank Bartleman

    Editora D'Sena / WorshipSrie: Achados

    Digitalizador desconhecidoFormatado por SusanaCap

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    A histria do "Avivamento Azusa"

    Este autntico relato do derramamento do EspritoSanto sobre Los Angeles, em 1906, h de chocar omovimento Pentecostal atual por mostrar que eles tmdeixado seu primeiro amor, quase na mesma medida emque os metodistas se apartaram do ardor flamejante de John Wesley.

    Alm disso, todo cristo srio se maravilhar ao

    descobrir o que Deus realmente operou no incio deste sculoe como aquela tremenda obra do Esprito foi incompreendidae rejeitada.

    Finalmente, este relato comovente dever desafiar todoo povo de Deus a busc-lo para a consumao daquelespropsitos, para o aperfeioamento da igreja de Cristo, queforam avanados de forma to poderosa naquela poca.

    PPrreeffcciioo

    Este livro foi compilado a partir do dirio e dos escritosde Frank Bartleman, sendo publicado originalmente por eleem 1925, com o ttulo "Como o Pentecostes chegou em LosAngeles". Muito mais do que um relato histrico, um

    chamado Igreja para o arrependimento sob trs aspectos:DIVISES CARNAIS do CORPO de CRISTO, LIDERANA ePROGRAMAO HUMANAS em SUBSTITUIO aoESPRITO SANTO, e EXALTAO de CREDOS em VEZ deCRISTO. Esta a hora para o povo de Deus, afligidopelos mesmos pecados hoje ouvir, mais uma vez, esta voz dealerta que tem estado silenciosa por tanto tempo.

    Ao autor, talvez mais do que a qualquer outra

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    pessoa, foi confiada a responsabilidade de orar pelaprofunda obra que o Esprito Santo realizou. Para louvor eglria de Deus, o Avivamento Azusa no trouxe honra para

    homem algum.

    Como testemunho disso o nome de nenhuma pessoaest ligado ele. Entretanto, pode-se dizer com seguranaque no houve testemunha mais fiel do que ocorreu, queFrank Bartleman. Quem seria mais qualificado paraconhecer e registrar o avivamento, seno algum que sofreuintensas dores de parto no seu nascimento, zelou dele

    ternamente, e defendeu-o corajosamente no incio de suavida?

    Ser notado neste relato, que panfletos que contavam avisitao do Esprito Santo no Pas de Gales, em 1904,foram a centelha inicial para o grande Avivamento de LosAngeles em 1906. Durante o ano de 1905, enquantoFrank Bartleman se correspondia com Evan Roberts do Pasde Gales, e os dois se uniam em orao, o Sr. Bartleman e

    outros, divulgavam em Los Angeles, a mensagem doAvivamento de Gales exortando o povo a orar. Ora, medidaque o povo de Deus recebia a viso e permanecia emorao, a pequena centelha transformou-se numa grandechama, a qual se espalhou, at se tornar numa conflagraomundial: o Avivamento Pentecostal na Igreja de Jesus Cristo.

    Assim como o relato escrito do Avivamento de Gales

    levou o povo a orar em 1905, que tambm a verdadeirahistria do Avivamento Azusa em 1906, h muito tempoesquecida e incompreendida, atinja o mesmo propsito hoje.Povo Pentecostal, volte! Coraes famintos, fartem-se! Povode Deus em todo lugar, ajoelhe-se!

    Deus de Elias, MANDA FOGO!

    John Walker, Los Angeles, Califrnia, Janeiro de 1962

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    CCaappttuulloo 11 -- OO CCOOMMEEOO DDOO AAVVIIVVAAMMEENNTTOO

    A MINHA CHAMADA

    O autor das pginas que se seguem chegou LosAngeles, na Califrnia, com sua esposa e duas filhas, a maisvelha de trs anos e meio, no dia 22 de dezembro de 1904.Nossa filha mais velha, Ester, comeou a ter convulsese foi ficar com o Senhor Jesus, s 4 horas da manh, do dia7 de janeiro. Nossa pequena "Rainha Ester" perecia ternascido para "tal tempo como este" (Ester 4:14). Ao ladodaquele pequeno caixo, com meu corao sangrando,dediquei minha vida novamente obra de Deus. Na presenada morte, como se tornam reais os assuntos eternos! Euprometi que o resto da minha vida seria dedicadoexclusivamente Ele. E Ele fez uma nova aliana comigo.Supliquei-lhe, ento, que logo me abrisse uma nova porta deservio, para que eu no tivesse tempo de sofrer com o que

    acontecera.

    Apenas uma semana depois da partida de Ester,comecei a pregar duas vezes por dia na pequena MissoPeniel, em Pasadena (Califrnia). Muitas pessoas foramsalvas durante o encontro que durou um ms, mas a maiorvitria foi a descoberta de um grupo de jovens queassistiam ao encontro. Alguns foram chamados pelo

    Senhor para futuros trabalhos.No dia 8 de abril ouvi pregar F. B. Mayer, de Londres.

    Ele descreveu o grande avivamento que se desenrolava noPas de Gales, onde acabara de estar e conhecera EvanRoberts. Minha alma se comoveu profundamente, pois poucoantes eu tambm havia lido a respeito desse avivamento.Prometi ali mesmo a Deus dar-lhe direito total sobre a minhavida, se fosse possvel me usar. Distribu folhetos no prdio

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    do correio, em bancos e edifcios pblicos em Los Angeles evisitei muitos bares. Depois visitei mais de trinta bares emLos Angeles. Os prostbulos estavam abertos naquele tempo e

    distribu muitos folhetos ali tambm.

    A morte da pequena Ester havia quebrado meu coraoe eu sentia que s poderia viver enquanto servisse aoSenhor. Ansiava conhec-lo de uma forma mais real e ver aobra de Deus avanar com poder. Um grande peso e desejosurgiram no meu corao para que houvesse grandeavivamento. Ele estava me preparando para um novo

    servio Seu. Este, porm, s poderia acontecer quandohouvesse em meu corao um anseio mais profundo porDeus e uma verdadeira dor de parto na minha alma pela Suaobra. Isto Ele me deu. Muitos estavam sendo preparados deforma semelhante nesta poca em diferentes lugares domundo. Deus estava prestes a visitar e libertar seu povomais uma vez. Eram precisos intercessores.

    "Maravilhou-se de que no houvesse um intercessor"

    (Isaas 59:16). "Busquei entre eles um homem que tapasse omuro e se colocasse na brecha perante mim a favor destaterra, para que eu no a destrusse; mas a ningumachei."

    (Ezequiel 22:30)

    Por volta de primeiro de maio, um poderoso avivamento

    irrompeu no templo da igreja Metodista da Avenida Lake,em Pasadena. Quase todos os jovens que haviam sidotocados por Deus nas reunies da Misso Penielfreqentavam esta igreja e estavam orando por umavivamento ali. Alis estvamos orando por um avivamentoque varresse toda a cidade de Pasadena. Deus estavarespondendo nossas oraes.

    Vi maravilhas feitas pelo Esprito Santo na AvenidaLake. O altar estava repleto de pessoas buscando a Deus,

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    apesar de no haver ali nenhum grande pregador. Em umanica noite quase todos os presentes que no estavamsalvos tiveram um encontro pessoal com Jesus Cristo. Foi

    uma vitria total para Deus. Havia uma poderosa convicode pecados sobre todo o povo. Em duas semanasduzentas pessoas ajoelharam-se no altar, buscando aoSenhor. Os rapazes de Peniel estavam por trs de tudo, sendograndemente usados por Deus. Comeamos ento a orar porum derramamento do Esprito Santo em Los Angeles e todo osul da Califrnia.

    Naquela poca escrevi em meu dirio: "Algumas igrejasvo se surpreender quando Deus as deixar para trs e usaroutros canais que se renderam totalmente Ele.

    preciso humilhar-nos para que Ele venha. Estamosrogando 'Pasadena para Deus!'

    Na sua grande maioria, os cristos esto muitosatisfeitos consigo mesmos, e tm pouca f e pouco

    interesse pela salvao dos outros. Deus os humilhardeixando-os de lado. O Esprito est orando atravs de nspor um grande derramamento do Esprito em toda parte.Grandes coisas vo acontecer. Estamos pedindo coisastremendas para que o nosso gozo seja completo. Deus estse movendo. Estamos orando pelas igrejas e seus pastores. OSenhor visitar aqueles que quiserem se render totalmente Ele."

    O mesmo verdade ainda hoje. preciso que sejamoshumildes aos nossos prprios olhos, pois, o fracasso ou osucesso, em ltima anlise, depender disto. Caso nosconsideremos importantes, j estamos derrotados. A histriasempre se repete neste particular. Deus sempre procurou umpovo humilde. Ele no pode usar outro tipo de pessoa.Martinho Lutero, o grande reformador, escreveu: "Quando o

    Senhor Jesus diz 'ARREPENDA-SE', Ele quer dizer que toda a

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    vida do crente na terra deve ser um constante e permanentearrependimento. Arrependimento e dor, isto , verdadeiroarrependimento, so constantes enquanto o homem no est

    satisfeito consigo mesmo - ou seja, at que v para aeternidade. O desejo de se auto-justificar a causa de todoo sofrimento do corao". Nosso corao sempre precisa demuita preparao, em humildade e separao, antes queDeus possa vir de forma persistente. "A profundidade dequalquer avivamento ser determinada precisamente pelaprofundidade do esprito de arrependimento que oproduziu."

    Alis, esta a chave de todo verdadeiro avivamentonascido de Deus.

    No dia 12 de maio, Deus me disse que de uma vez portodas eu deixasse meu emprego secular e me dedicasseexclusivamente Ele. O Senhor queria que eu confiasse amim e a minha famlia exclusivamente Ele. Eu acabara dereceber o pequeno livro intitulado: "O grande avivamento em

    Gales", escrito por S. B. Shaw e o estava lendo durante umpequeno passeio, antes do caf da manh. H anos que oSenhor insistia comigo para tomar esta deciso. Agorafizemos um novo pacto, segundo o qual o resto de minhavida, em sua totalidade, lhe pertenceria. E, desde ento,jamais ousei quebrar este pacto. Minha esposa me aguardavacom meu caf, mas eu perdera a vontade de alimentar-me.O Esprito Santo atravs daquele pequeno livro incendiara

    meu corao. Visitei e orei com trs pregadores e outrosnumerosos obreiros antes de voltar para casa, ao meio-dia.Eu recebera um novo comissionamento e uno. E ansiavaprofundamente por um avivamento espiritual.

    Depois disto passei muitos dias visitando e orando comoutros irmos e distribu o folheto da G. Campbell Morgan "OAvivamento em Gales", que tocava as pessoas

    profundamente. Cada vez sentia mais necessidade de orar e

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    resolvi ser fiel viso celestial que tivera. A "questo do pode cada dia" h muitos anos me preocupava, mas agoraorei a Deus para poder confiar nEle totalmente: "Nem s de

    po viver o homem!" (Mateus 4:4)

    Deus me abenoou alm disso, com o poder deexortar as igrejas quanto ao avivamento e tambm comartigos que escrevi para a Editora Holiness sobre o mesmotema. Uma noite acordei gritando louvores a Deus. O Senhorcada vez mais se apossava de mim. Agora de dia, e mesmodurante a noite, eu os exortava para terem f em Deus por

    coisas grandiosas. O peso pelo avivamento me consumia. Odom de profecia tambm veio sobre mim com poder. Pareciahaver recebido um especial "dom de f" em favor doavivamento. Era bvio que estvamos no incio de diasmaravilhosos e eu profetizava continuamente sobre o grandederramamento que haveria de acontecer.

    Eu tinha um ministrio muito real junto com aimprensa religiosa e comecei a freqentar reunies de

    orao em diversas igrejas a fim de exort-las. O pequenofolheto de G. Campbell Morgan inflamava a todas as igrejasmaravilhosamente.

    Tambm visitei muitos irmos e comecei a vender nasigrejas o livro de S. B. Shaw: "O Grande Avivamento emGales" Deus utilizou-o grandemente para incentivar a f peloavivamento. Meu trabalho de distribuir folhetos continuou em

    bares e em casas de negcios.

    Em maio de 1905, escrevi num artigo: "Minha alma ficaincendiada quando leio sobre o trabalho glorioso da graa doSenhor no Pas de Gales. Os "sete mil" que juntamente comos "que foram poupados" (Ezequiel 9), e esto "suspirandoe gemendo" por causa das abominaes e desolaes queh na terra, e pela decadncia da verdadeira piedade no

    corpo de Cristo, podem se regozijar numa hora como esta,

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    em que se v a perspectiva de Deus mais uma vez se moverna terra. O nosso lema neste momento deve ser 'Califrniapara Cristo!' Deus est buscando obreiros, canais, vermes

    do p. Lembre-se, Ele precisa desses simples vermes. Haviatanto peso na vida de Jesus que FLUIA ORAO de todosSeus poros.

    Isto alto demais para a maioria das pessoas. Contudo,no seria esta a 'ltima chamada' do Senhor?"

    NA IGREJA DO IRMO SMALE

    No dia 17 de junho, fui a Los Angeles para assistir auma reunio da Primeira Igreja Batista. Eles, tambm,esperavam em Deus por um derramamento do Esprito ali.Seu pastor, Joseph Smale, acabara de voltar do Pas de Galesonde estivera em contato com o avivamento e com EvanRoberts, e estava na sua prpria igreja em Los Angeles. Esseencontro parecia estar em perfeito acordo com a minha

    viso, tarefa e desejo, e passei duas horas na igreja orando,antes da reunio da noite. As reunies estavam sendorealizadas ali dia e noite, diariamente, e Deus estavapresente.

    Uma tarde comecei a reunio em Los Angeles,enquanto esperava que Smale aparecesse. Eu os exortei ano esperar pelos homens, mas a esperar em Deus.

    Eles estavam esperando em alguma grande figurahumana; era o mesmo esprito de idolatria que havia sidouma praga para igreja e que impedira a ao de Deusatravs dos sculos. Como os filhos de Israel, o povoprecisava ter "um outro Deus diante do Senhor." (Emalgumas igrejas oficiais na Europa, o pastor muitasvezes conhecido como "o pequeno deus!") Comeamos o cultoda noite nos degraus do templo, do lado de fora, enquanto

    espervamos que o Zelador chagasse com a chave. Tivemos

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    um perodo de orao em favor da comunidade vizinha. Areunio foi uma marcha progressiva de vitria.

    Depois fui para o Parque Lamanda, e aps a pregaopassei a noite na casa paroquial orando e dormindoalternadamente. Eu queria uma revelao maior de JesusPARA MIM MESMO. Como a lua cheia que fica mais e maisntida e mais prxima medida que a contemplamosincessantemente, assim tambm Jesus fica mais real snossas almas medida que o contemplamos. Precisamosde um relacionamento mais ntimo, vivo, e pessoal com

    Deus, e de conhecimento e comunho maior com Ele. S ohomem que vive em comunho com a realidade divina esthabilitado a levar as pessoas Deus.

    Fui igreja de Smale outra vez e novamente encontreias pessoas sem nimo, esperando o pregador aparecer.Muitas pareciam nem ter idia definida a respeito do queesperavam que acontecesse! Comecei a orar em voz alta e areunio se iniciou com poder. Estava j com fora total

    quando o irmo Smale chegou. Deus queria que as pessoasolhassem apenas para Ele e no para algum homem.Aqueles que no colocavam a glria do Senhor emprimeiro lugar, naturalmente se ressentiam disto. Contudoeste o plano de Deus.

    Verifiquei que a maioria dos cristos no queriamaumentar sua carga de orao. Era difcil demais para a

    carne! Eu carregava agora uma carga cada vez maisvolumosa, noite e dia. O ministrio era intenso. Era a"comunho dos seus sofrimentos" (Filipenses 3:10), aangstia de alma "com gemidos inexprimveis" (Romanos8:26, 27). Muitos crentes acham mais fcil criticar do queorar...

    Um dia eu estava sobre uma carga tremenda de orao.

    Fui casa de orao do irmo Manley, ca no altar e ali

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    aliviei minha alma. Um obreiro entrou correndo e pediu queorasse por ele. Naquela noite fui a uma reunio e encontreium outro jovem, Edward Boehmer, que havia sido tocado por

    Deus nas reunies de Peniel, no outono, e que tinha o mesmofardo de orao sobre si. Ele estava destinado a ser meucompanheiro de orao no futuro. Fomos unidos no Espritodaquele dia em diante de forma maravilhosa. Oramos juntosna pequena Misso Peniel at s duas horas da manh.Deus encontrou-Se conosco e nos fortaleceumaravilhosamente enquanto lutvamos com Ele por umderramamento do Esprito sobre o povo. Minha vida ento

    estava totalmente consumida pela orao contnua. Estavaorando dia e noite!

    Escrevi mais artigos para a imprensa religiosa,exortando os santos a orar.

    Novamente fui a igreja de Smale em Los Angeles.Encontrei as pessoas esperando o pregador outra vez. Estasituao me oprimia muito e tentei mostrar-lhes que s

    deviam esperar pelo Senhor. Algumas se ressentiram,pois eram muito tradicionais, mas outras aceitaram.Afinal, estvamos orando por um avivamento como houverano Pas de Gales, onde um dos pontos principais era quesomente esperavam em Deus. As reunies continuavam lcom ou sem pregador. Eles vinham se encontrar com Deus.E o Senhor vinha para estar com eles.

    Eu havia escrito uma carta a Evan Roberts, pedindo queem Gales orassem por ns na Califrnia. Recebi resposta deque eles estavam orando, o que nos ligava, ento, aoavivamento de l. A carta dizia: "Meu querido irmo na f,muito agradecido por sua carta gentil. Fiquei impressionadocom sua sinceridade e honestidade de propsitos. Rena opovo que est disposto a fazer uma entrega total. Ore eespere. Creia nas promessas de Deus. Faa reunies dirias.

    Deus o abenoe, a minha orao." Sentimo-nos muito

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    encorajados ao saber que estavam orando por ns em Gales.

    Escrevi mais artigos e o que se segue so extratos

    deles: "Um trabalho maravilhoso do Esprito irrompeu emLos Angeles, Califrnia, precedido de um profundotrabalho preparatrio de orao e expectativa. A convicoest se espalhando entre o povo, e as pessoas esto afluindode todas as partes da cidade para as reunies da igreja doPr. Smale. Estas reunies realizaram-se por si mesmas.Pessoas esto sendo salvas por todo o auditrio, enquanto areunio continua sem ser guiada por mos humanas. A mar

    est subindo rapidamente e ns estamos antecipando coisasmaravilhosas. A intercesso em angstia de alma est setornando em importante aspecto do trabalho, e estamossendo transportados para alm das barreirasdenominacionais. O temor do Senhor est vindo sobre opovo, um verdadeiro esprito de quebrantamento. A reunioque comeou domingo noite durou at a madrugada do diaseguinte. O pastor Smale profetizou coisas maravilhosasque iro acontecer. Ele profetizou que os dons apostlicoslogo voltaro igreja. Los Angeles uma verdadeiraJerusalm. Justamente o lugar certo para uma grande obrade Deus comear. exatamente este tipo dedemonstrao de poder divino que eu tenho esperado halgum tempo. Tenho sentido que a qualquer momento elasurgir. Sinto, tambm, que vir onde menos se espera paraque Deus receba toda a glria. Ore por um Pentecostes!"

    UM ENCONTRO COM JESUS

    Uma noite, 3 de julho, senti fortemente que deveria irao pequeno auditrio Peniel em Pasadena para orar.Encontrei ali o irmo Boehmer. Ele havia sido guiado porDeus ao mesmo lugar. Oramos por um avivamento emPasadena at que o fardo de orao se tornou insuportvel.

    Eu chorava como se fosse uma mulher dando luz. O

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    Esprito intercedia atravs de ns e finalmente o peso se foi.

    Depois de uma pequena espera em silncio, uma

    grande calma nos sobreveio, e ento, sem que oantecipssemos, o Senhor Jesus se nos revelou. Eleparecia estar em p entre ns, to perto que poderamosestender nossas mos e toc-lo.

    No ousamos entretanto mexer-nos. Eu no podia nemolhar. Na realidade parecia que eu era totalmente esprito.Sua presena foi mais real, se possvel, do que se eu opudesse ter visto e tocado fisicamente. Esqueci-me quepossua olhos e ouvidos. Meu esprito o reconheceu. Um cude amor divino me encheu e excitou minha alma. Umachama ardente percorreu meu corpo. Alis todo meu corpoparecia derreter-se diante dEle, como cera diante do fogo.Perdi toda conscincia de tempo e espao, ficando apenasconsciente de sua maravilhosa presena. Fiquei a seus psem adorao. Era um verdadeiro "Monte da Transfigurao".Perdi-me dentro do puro Esprito!

    Por algum tempo Ele permaneceu conosco. Depoisdevagar Ele se retirou. Ns ainda estaramos l se Ele notivesse se retirado. Nunca mais eu poderia duvidar da suarealidade aps esta experincia. O irmo Boehmer sentiuquase o mesmo que eu. Havamos perdido totalmente aconscincia da presena um do outro enquanto Ele ficouconosco. Tnhamos quase medo de falar ou respirar

    quando voltamos ao ambiente que nos rodeava. O Senhor nodissera nada para ns, mas havia arrebatado nossoesprito pela sua presena. Ele havia vindo parafortalecer-nos e encorajar-nos para o Seu servio.Sabamos agora que trabalhvamos com Ele e ramoscompanheiros de Seu sofrimento no ministrio deintercesso com angstia de alma. A verdadeira intercessocom angstia de alma to ntida no esprito quanto as

    dores de um parto natural. A semelhana quase perfeita.

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    Nenhuma alma jamais renasce sem esse processo. Todosos avivamentos de salvao vm desta maneira.

    J alvorecia na manh seguinte quando deixamos oauditrio. Aquela noite no entanto parecia-nos haverdurado apenas meia hora. A presena de Deus elimina todasensao de tempo. Com Ele tudo eterno: vida eterna.Deus no conhece o tempo, este elemento se perde no cu.Este o segredo do tempo parecer passar to depressadurante uma noite de verdadeira orao. O tempo colocado num ponto inferior. O elemento eterno est ali.

    Durante dias aquela presena maravilhosa parecia andarao meu lado. O Senhor Jesus era to real para mim que eumal podia conversar com as outras pessoas de novo. Istome parecia to rudimentar e vazio. Os espritos humanospareciam to rudes e o companheirismo humano umtormento. Quo distante ns estamos atualmente do espritomanso de Jesus!

    Passei o dia seguinte em orao, indo de noite igreja

    de Smale onde passei um tempo em intercesso. A paz e aalegria do cu enchiam meu corao. Jesus era to real!Dvidas e temores no podem sobreviver na Sua presena.

    O INTERESSE PELO AVIVAMENTO SE ALASTRA

    Escrevi vrios artigos descrevendo o que Deus estavaoperando em nosso meio e exortando os santos em todos oslugares a terem f e orarem por um avivamento. O Senhorusou grandemente estes artigos para despertar f econvico em muitos locais. Logo comecei a receber grandequantidade de correspondncia de muitos lugares. Escrevino meu dirio naquele tempo a seguinte observao: "possvel nos desligarmos de Deus por causa da nossa vaidadeespiritual enquanto Ele leva os mais fracos aoarrependimento e, a partir da, vitria. A operao de Deusem nossos coraes deve ser mais profunda do que

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    Escrevi naquela poca um artigo para o jornal "DailyNews" de Pasadena, descrevendo o que havia na igrejado irmo Smale. Foi publicado e o administrador do jornal

    pouco depois veio ver por si mesmo o que estavaacontecendo. Ficou totalmente convencido e veio ao altar parabuscar a Deus com sinceridade. O artigo foi reimpresso emmuitos peridicos das igrejas "Holiness" atravs do pas. Eraintitulado: "O que vi numa igreja em Los Angeles".

    Seguem-se abaixo alguns trechos.

    "H diversas semanas tm se realizado cultosespeciais na Primeira Igreja Batista de Los Angeles. OPastor Smale que voltou do Pas de Gales, onde esteve emcontato com Evan Roberts e com o Avivamento, est convictoque Los Angeles ser em breve sacudida tambm pelogrande poder do Senhor."

    "A reunio que desejo descrever comeou de formainesperada e espontnea algum tempo antes do pastor

    chegar. Um pequeno grupo havia se reunido antes da hora, oque parecia ser suficiente para o Esprito operar. A reuniocomeou. Sua expectativa estava em Deus. Deus estava l, opovo estava l, e quando o pastor chegou a reunio serealizava com fora total. O Pastor Smale sentou-se no seulugar, mas ningum parecia prestar ateno especial a ele.Sua mentes estavam ligadas a Deus. Ningum pareciaatrapalhar o vizinho, embora a congregao representasse

    muitas denominaes. A harmonia parecia perfeita. OEsprito guiava."

    "O pastor se levantou e leu um trecho das Escrituras;fez algumas observaes cheias de esperana, e queserviram de inspirao para aquela ocasio, e a reunionovamente tomou o seu prprio rumo. O povo continuoucomo antes.

    Testemunhos, oraes e louvor se intercalavam durante

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    a reunio que parecia guiar-se por si mesma, semorientao humana. O pastor era igual a todo mundo.

    Qualquer pessoa com a menos sensibilidade espiritualpossvel sentia logo no ambiente que algo maravilhosoestava prestes a ocorrer. Um misterioso e poderosotranstorno no mundo espiritual est s portas. A reunio da sensao de "cu aqui na terra" com a certeza que osobrenatural existe e em um sentido muito real."

    DEPOIS DA MISERICRDIA, O JUZO

    Nessa mesma poca escrevi um artigo para o jornal"Wesleyan Methodist", do qual extra o que se segue: "Amisericrdia rejeitada significa juzo, e isto numa escalaproporcional. Em toda a histria deste mundo de Deushouve sempre uma oferta de misericrdia, seguida de juzodivino. Primeiro vem Cristo num cavalo branco damisericrdia. Depois vm os cavalos vermelho, preto e

    amarelo da guerra, fome, e da morte. Os profetas noparavam de avisar Israel noite e dia, mas suas lgrimas eadvertncias, na maioria, foram em vo. A terrveldestruio de Jerusalm em 70 A.D., que resultou noextermnio de um milho de Judeus, e a priso de multidode outros, fora precedida da oferta divina de misericrdianas mos do prprio Filho de Deus.

    "Em 1859, uma grande onda de Avivamento visitounosso pas, levando um, milho de pessoas a serem salvas.Imediatamente aps veio a carnificina de 1861-1865(Guerra de Secesso). E agora que antecipamos o grandeAvivamento que est para chegar e j est assumindopropores mundiais, pergunto se o juzo no seguir amisericrdia como das outras vezes. E ser o julgamento namesma proporo da misericrdia oferecida! A presenteatitude belicosa e a angstia de tantas naes fazem-nosquestionar se o juzo que se seguir no nos mergulhar

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    na grande tribulao." (Nota do Redator: E realmente veio ojuzo esperado na Primeira Guerra Mundial, 1914-1918.)

    Para o jornal "O Avivalista de Deus" eu escrevi: "Aincredulidade sob todas as formas est vindo sobre ns comogrande inundao. Mas eis que o nosso Deus tambmvem! Um estandarte se levanta contra o inimigo. O Senhorest escolhendo os Seus obreiros. chegada a hora deperceber a viso da obra a ser feita."

    Fala o Poderoso, o Senhor Deus, e convoca a terra desdeo nascer do sol at o seu ocaso. O nosso Deus vem, e noguarda silncio... Congregai os meus santos, os que comigofizeram aliana por meio de sacrifcios. (Salmos 50:1, 3, 5)

    Naquele tempo eu costumava declarar que eu preferiaviver seis meses em 1905, do que 50 anos noutra poca.Grandes coisas se iniciavam para o gro de trigo que estavadisposto "a cair na terra e morrer", Havia promessa degrandes colheitas. Mas para os insensatos espirituais,

    tudo isso no passava de bobagens.

    Escrevi outra carta para Evan Roberts, pedindo oraesincessantes pela Califrnia. Assim continuvamos ligadosem orao com Gales por um Avivamento. Naquele tempoa verdadeira orao ainda no era bem compreendida. Eradifcil achar um lugar quieto onde no se fosse incomodado. Ter experincia de Getsmani com Jesus era raro entre os

    santos daqueles dias.

    A INTERCESSO CONTINUA

    Um dia, na igreja de Smale, eu estava gemendo emorao no altar. O esprito de intercesso estava sobre mim,mas um irmo veio e me repreendeu severamente. Ele nocompreendia o que estava acontecendo. A carne

    naturalmente reluta diante de to rduo sacrifcio. Os

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    gemidos no so muito populares em algumas igrejasassim como no so agradveis os brados de uma mulherdando luz. A angstia na intercesso no companhia

    agradvel para os que querem uma vida egosta no mundo.Mas as almas no so ganhas sem esta experincia. Dar luz no considerado um exerccio agradvel hoje em dia. Omesmo acontece num verdadeiro avivamento que gera novasvidas nas igrejas. A sociedade no se importa muito comuma me que est para dar luz. Prefere a alegriasuperficial. O mesmo acontece nas igrejas com relao aangstia da intercesso. H pouca preocupao com os

    pecadores. Os homens fogem dos gemidos de uma mulherque est para dar luz. E as igrejas no querem ouvir osgemidos da intercesso. Esto muito mais preocupados emse divertirem.

    Estvamos com problemas financeiros, mas o Senhorsupriu-nos. Jamais dissemos a algum nossas necessidades,a no ser para Deus; jamais imploramos ou pedimosdinheiro emprestado, por maior que fosse nossa necessidade.Acreditvamos que, se os santos, estivessemsuficientemente prximos de Deus, Ele mesmo falaria comeles. Confivamos inteiramente nEle e ficaramos sem nadase Ele no enviasse ajuda. Nesta poca escrevi meu primeirofolheto. Intitulava-se "O Amor Nunca Falha". Foi este oincio do meu ministrio de folhetos, que era sustentadopela f. Eu precisava confiar no Senhor par o suprimentofinanceiro.

    E Ele nunca falhou.

    Um amigo pagou nossas despesas num acampamentoem Arroyo por alguns dias, e assim fomos para l armarnossa barraca. Apreciamos a mudana e as frias.

    Estvamos no meio do vero. Passei quase todo o tempo

    prostrado orando no meio da floresta. Durante as noites de

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    luar, derramei meu corao diante de Deus e Ele veio estarcomigo. Havia muito "rudo de coraes vazios" noacampamento. A maioria buscava bnos egostas;

    estavam ali como grandes esponjas para absorverem omaior nmero de bnos possvel. Algum precisava pisarneles!

    Encontrei-me clamando a Deus muito alm dasaspiraes do resto do povo. Eu queria algo mais profundodo que esta esfera puramente emocional; queria algo maissubstancial e duradouro que colocasse um rochedo no meu

    corao. Eu estava cansado de tanta espuma passageira, detanta religio enftica e bombstica. O Senhor no medeixou esperando por muito tempo.

    A comisso de organizao do acampamento merepreendeu porque eu estava distribuindo folhetos noacampamento. Achavam que eu estava criticando omovimento a que pertenciam. Eu estava apenas exortando-osa um relacionamento mais profundo com Deus! Eles

    precisavam de mais humildade e amor. Meu folheto sobreas seitas, intitulado "Que Todos Possam Ser Um" comoveua todos. Sem dvida os movimentos feitos por homensprecisam ser sacudidos. Deus tem um s "corpo", um s"movimento". Esta era a mensagem na Misso Azusa noincio.

    Recebi uma Segunda carta de Evan Roberts que dizia:

    "Pas de Gales, 8 de julho de 1905. Querido irmo: Soumuito grato a voc por sua gentileza. Fiquei muitssimosatisfeito com as boas notcias que vocs estocomeando a experimentar coisas maravilhosas. Estouorando para que Deus continue a abenoar voc; mais umavez agradeo os seus bons votos. Sinceramente seu noservio do Senhor, Evan Roberts."

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    O INCIO DA IGREJA DO NOVO TESTAMENTO

    "Eu fui igreja de Smale uma noite, e ele havia se

    demitido. As reunies haviam prosseguido diariamente naPrimeira Igreja Batista por quinze semanas. Estvamos emsetembro. Os oficiais da igreja haviam se cansado deinovaes e queriam retornar ao antiga estilo. Foi-lhe ditoque parasse com o Avivamento, ou deixasse a igreja.Sabiamente ele escolheu a segunda alternativa. Mas queposio horrvel para uma igreja assumir: colocar Deuspara fora! Da mesma maneira, tambm puseram, mais

    tarde, o Esprito do Senhor para fora das igrejas do Pas deGales! Cansaram-se de Sua presena, desejando retornaraos velhos padres frios e eclesisticos. Como os homens socegos! claro que os membros mais espirituais seguiram opastor Smale e ajuntaram-se ao ncleo de obreiros de outrasprocedncias que haviam se unido ele durante oavivamento.

    Imediatamente estes propuseram a formao de uma

    igreja do Novo Testamento. Eu senti que o Senhor estavaliderando o irmo Smale para us-lo no campo deevangelismo, para leva o fogo outros lugares. Mas ele nosentia o mesmo. Tive um encontro com ele com este objetivoem mente, e consegui que ele pregasse na IgrejaMetodista da Avenida Lake em Pasadena, para o PastorBrink.

    Este era o centro nevrlgico do Avivamento naquelacidade.

    Na noite anterior pregao do irmo Smale na igrejada Avenida Lake, dois de ns ficamos at meia-noite emorao. O irmo Smale pregou duas vezes no Domingo.Foi ungido de forma grandiosa pelo Senhor naquela ocasio.Passamos o perodo entre os dois cultos em orao. Sua

    mensagem foi a respeito do Avivamento no Pas de Gales. O

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    povo ficou muito comovido. O irmo Smale logo depoisorganizou uma igreja do Novo Testamento, e eu me torneimembro porque senti que deveria ficar com eles, apesar de

    no gostar muito da organizao.

    O irmo Smale alugou o auditrio Burbank para fazerreunies ali, e eu consegui outro auditrio at que o primeiroestivesse concludo. Deus me deu outro folheto: intitulava-se "Ore! Ore! Ore!" Mandei para o impressor pela f e oSenhor me mandou o dinheiro a tempo. Era uma forteexortao para que orssemos.

    Como os profetas de antigamente, precisamos orar poraqueles que no oram por si mesmos. Precisamos confessaros pecados do povo no seu lugar.

    MAIS INTERCESSO

    Certa ocasio enquanto eu e o irmo Boehmer

    orvamos, o Esprito Santo foi derramado de formamaravilhosa sobre diversas reunies pelas quais orvamos.

    Sentimos que havamos alcanado a Deus em favordeles. Os acontecimentos que se seguiram provaram nossaconvico. As oraes mudam as coisas. H um grandepoder no tipo certo de oraes. Veja o exemplo de Elias noMonte Carmelo, um homem "sujeito s mesmas paixes do justo" (Tiago 5:16). O arrependimento tambm se faz

    necessrio neste contexto para que tudo funcione."Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros."

    Quase todos os dias em Los Angeles encontrava-meocupado em evangelismo pessoas, distribuio de folhetos,orao ou pregao em alguma reunio. Estava escrevendoartigos para a imprensa religiosa sem parar. Orei e jejueiantes de ir, numa tarde, a uma reunio na lona em

    Pasadena.. O Senhor me ungiu de forma maravilhosa e vinte

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    pessoas aceitaram a cristo. A essa altura o esprito deintercesso se apossara de mim de tal maneira que eu oravanoite e dia; jejuava tanto, que minha esposa de vez em

    quando achava que eu iria morrer. As tristezas do meuSenhor estavam sobre mim. Eu estava no jardim doGetsmani com Ele. "O penoso trabalho da sua alma"tambm estava sobre mim. Comecei a temer, como Eletemera, que no viveria para ver s respostas s minhasoraes e lgrimas pelo Avivamento. Ma ele me consolava,mandando mais de um anjo para me fortalecer e eu ficavasatisfeito. Senti que estava experimentando um pouco do

    que Paulo queria dizer quando escreveu: "preencho o queresta das aflies de Cristo", por um mundo perdido. Algunstemiam que eu estivesse ficando desequilibrado. Noconseguiam entender minha tremenda incumbncia. At hojemuitos no conseguem compreender. "O homem carnal noaceita as coisas do Esprito de Deus, porque lhe soloucura". Os homens egostas no podem entender talsacrifcio. "Quem quiser salvar a sua vida, perd-la-." "Se o

    gro de trigo caindo na terra, no morrer...." Nosso Senhorera um "Homem de dores".

    Muitas vezes fui a Pasadena confiando que Deus medaria a passagem para voltar para casa. Numa ocasio oirmo Boehmer teve a impresso que eu estava parachegar. Ele foi pequena Misso Peniel e me encontrou l.Passamos vrias horas em orao. Depois ele pagou minhapassagem para a volta casa. Muitas vezes passamos anoite inteira em orao. Naquela ocasio parecia umgrande privilgio passar uma noite inteira com o Senhor. Eleficava to perto de ns.

    Parecia-nos que nem nos cansvamos nessas horas.Boehmer era jardineiro e jamais lhe pedi um centavo, mas elesempre me dava alguma coisa. Depois de certo tempo, Deususou no apenas seu dinheiro, mas sua prpria vida em seu

    servio. Boehmer foi um grande homem de orao. Deus nos

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    ensinou o que significa no conhecer os outros na carne. Elenos levou a um relacionamento to intenso que o nossocompanheirismo parecia ser s no Esprito. Alm disso nosso

    "eu" parecia haver morrido com relao um ao outro.

    SINAIS DE PERIGO NA IGREJA DO NOVO TESTAMENTO

    Escrevi pela terceira vez a Evan Roberts para quecontinuasse a orar por ns.

    Naquele tempo, depois que acabava de pregar, eu

    geralmente chamava os santos para ajoelharem-se eorvamos durante muitas horas antes de nos podermoslevantar. O Senhor me levou a escrever a muitos lderes emtodo o pas para que orassem pelo Avivamento. O esprito deorao crescia continuamente. A igreja do Novo Testamentoparecia perder seu esprito de orao medida queaumentava sua organizao. Agora queria passar esseministrio para alguns de ns. Eu sabia que Deus no se

    agradava disso e fiquei muito preocupado por eles. Tinham interesses secundrios demais. Parecia que Deusprecisava arranjar outro corpo.

    Eu tivera muita esperana com relao a esse grupo depessoas. O inimigo, porm, parecia os estar tirando docaminho, desviando-os do que Deus tinha de melhor paraeles naquela poca. sempre mais fcil escolher o que secundrio. Uma vida de orao muito mais importante doque os prdios e organizaes. Muitas vezes esses ltimosinteresses parecem substituir a orao. Mas as almasentram para o reino s atravs de oraes.

    A igreja do Novo Testamento parecia estar indo para olado do intelectualismo.

    Fiquei muito preocupado. Durante uma reunio gemi

    alto em orao. Era horrvel depois das reunies que

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    tivramos antes. Um dos ancios da igreja me repreendeuseveramente por isso. "Como caram os valentes...", euparecia ouvir a toda hora. Alguns dos mais espirituais

    sentiram a mesma preocupao.

    As oraes comearam a melhorar um pouco. Depois dealgum tempo tivemos uma grande reunio na igreja e cempessoas foram ao altar numa nica noite de Domingo.Encontrei-me outra vez com os rapazes da Misso Peniel esentimos que em breve o Senhor realizaria uma grande obra.Na lona do irmo Brownley, em Los Angeles, tivemos

    profundo esprito de orao e poderosas reunies deintercesso. Prevamos que em breve Deus faria algo deextraordinrio. O esprito de orao vinha sobre ns cada vezcom mais poder. Em Pasadena, antes de mudar para LosAngeles, eu ficava deitado de dia, virando-me na cama egemendo sob o enorme peso. noite, eu mal podia dormirde tanto sentir a necessidade de orar. Jejuava muito, poissob esta carga no sentia necessidade de alimento. Em certapoca fiquei em angustiosa intercesso por vinte e quatrohoras seguidas sem interrupo. Fiquei muito esgotado. Asoraes praticamente me consumiam. Comecei a gemer atquando dormia.

    As oraes no eram formais naquele tempo. Eramsopradas por Deus. Vinha sobre ns e nos dominavaminteiramente. No fazamos fora para que seintensificassem. ramos possudos por verdadeira angstia

    no Esprito que no podia ser cortada. Assim como impossvel uma mulher em trabalho de parto evitar suasdores, no se pode fugir da angstia na intercesso semcometer grande violncia ao Esprito Santo. Era verdadeiraintercesso feita pelo Esprito Santo.

    NOTCIAS DO PAS DE GALES

    Durante alguns dias tive a impresso de que outra

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    carta chegaria de Evan Roberts. Logo chegou e dizia oseguinte: "Pas de Gales, 14 de novembro de 1905.

    Meu caro companheiro: O que posso lhe dizer que oencoraje nesta grande luta?

    Vejo que uma luta terrvel: o reino do mal est sendoatacado de todos os lados. Oh! So milhares de oraes -no s oraes formais - mas a prpria alma chegandodiretamente ao Trono Branco! O povo de Gales tem aprendidoa orar neste ltimo ano. Que o Senhor os abenoe com umgrande derramamento. Em Gales parece que o Senhor estsobre a congregao, esperando que os coraes dosseguidores de Cristo se abram. Tivemos um grandederramamento do Esprito Santo na ltima noite de sbado.Antes disto o conceito que o povo tinha do verdadeirolouvor foi corrigido. Vimos que devemos:

    1. Dar a Deus, e no receber.

    2. Agradar a Deus , e no a ns mesmos.Oramos, ento, olhando para Deus e no para o

    inimigo, nem para o medo dos homens, e o Esprito doSenhor se fez presente. Tenho pedido a Deus em oraopara manter voc forte na sua f e para salvar a Califrnia.Permaneo seu irmo na luta - de Evan Roberts." Era aterceira carta que recebamos de Evan Roberts, de Gales, epercebi que sua orao tivera muito a ver com a nossa vitriafinal na Califrnia.

    Evan Roberts nos conta a respeito de sua prpriaexperincia com Deus: "Uma Sexta-feira noite, no ltimooutono, enquanto orava ao lado de minha cama, antes dedormir, fui elevado a uma grande expanso, fora do tempo ouespao. Era comunho com Deus! Antes disso, eu conheceraum Deus distante. Fiquei apavorado naquela noite, mas

    depois disso nunca mais. Tremia tanto que a cama chegava

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    a balanar e meu irmo que acordada me segurava, pensandoque eu estava enfermo."

    Esta experincia se repetiu todos os dias durante trsmeses, da uma s cinco da madrugada . Ele escreveu esterecado ao mundo durante aquele perodo: "O Avivamentono Pas de Gales no vem dos homens, de Deus. Eleest muito prximo de ns; no h problemas de crenasou dogmas neste movimento. No estamos ensinandonenhuma doutrina sectria, s a maravilha e a beleza doamor de Cristo. Perguntaram-me sobre meus mtodos, mas

    eu no os tenho. Nunca preparo o que vou dizer, mas deixotudo para Ele. Eu no sou a fonte deste Avivamento, masapenas um agente entre tantos outros que esto setransformando numa multido. No espero que as pessoasme sigam, mas quero o mundo para Cristo. Eu creio que omundo est s portas de grande Avivamento espiritual e orotodos os dias para que eu possa ajudar na sua realizao.Coisas maravilhosas tem acontecido em Gales nestasltimas semanas, mas elas so apenas o princpio. Omundo ser varrido pelo Esprito Santo, como por um ventoforte e poderoso.

    Muitos que agora so cristos silenciosos lideraro omovimento. Vero uma grande luz e refletiro essa luz sobremilhares que esto nas trevas. Milhares se levantaro efaro mais do que ns jamais conseguimos realizar, medidaque Deus lhes der poder." Que humildade maravilhosa! Este

    sempre o segredo do poder.

    Uma testemunha inglesa do Avivamento em Galesescreveu: "Tanta angstia na intercesso pelas almas dosno-salvos nunca antes presenciei. Vi o jovem Evan Robertstranstornado pela dor, e convidando o auditrio a orar. "Nocantem", ele suplicava, " terrvel demais para cantar!"" (Aconvico do pecado muitas vezes perdida pelo povo,

    quando se canta demais.)

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    Outro escritor declarou que no era a eloqncia deEvan Roberts que comovia o povo; eram suas lgrimas. Eleos quebrantava, chorando amargamente para que Deus os

    dobrasse em tal agonia que as lgrimas escorriam pelo seurosto e todo o seu corpo tremia. Homens fortes eramquebrantados e choravam como crianas. As mulheresgritavam de medo. O barulho do choro e dos gritos enchia oar. Quando sua agonia se tornava maior, Evan RobertsChegava a cair diante do plpito, enquanto muitos dentreo povo chegavam a desmaiar.

    OPOSIO

    Dia e noite eu ia a Misses diferentes exortando aspessoas a orarem continuamente e a terem f peloAvivamento. Passeia mais uma noite inteira orando com oirmo Boehmer. Uma noite, na Igreja do Novo Testamento,quando sobre toda a congregao havia um profundo espritode orao, de repente o Senhor veio to prximo de ns,

    que podamos sentir a sua presena nos cercando, como sequisesse nos fechar ao redor. Dois teros das pessoaspresentes ficaram to alarmadas que ficaram de p, ealgumas saram dali correndo, esquecendo-se at dos seuschapus, no seu grande apavoramento. No houve nadavisvel que causasse medo. Era a manifestao sobrenaturalda proximidade do Senhor. Que ser que fariam se vissemo Senhor?

    Comecei uma pequena reunio num lar onde tnhamosmais liberdade de orar e esperar no Senhor. O esprito deorao estava sendo impedido nas reunies.

    Os mais espirituais estavam famintos por taloportunidade. Os lderes, porm, no compreenderam efizeram oposio a mim. Depois a dona da minha casaalugada ficou possessa por Satans e queria nos expulsar dacasa, pois ela no andava com Deus. Nosso aluguel estava

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    pago, mas o inimigo tentou us-la. A luta se iniciara.Comeou a haver oposio contra o meu ministrio na Igrejado Novo Testamento. Uma irm me tentou convencer a parar

    as reunies de orao que eu comeara. Pedi ao Senhor queme mostrasse qual era sua vontade neste assunto.

    Ele veio e encheu com uma nuvem de glria a casa ondeestvamos, a tal ponto que eu mal podia suportar a suapresena. Para mim esta experincia tirou qualquer dvida."Antes importa obedecer a Deus do que aos homens." Sofrimuitas crticas naquela poca; penso que estavam com medo

    que eu comearia outra igreja. Eu, no entanto, no tinha talpensamento naquela poca. S queria ter liberdade paraorar. Muitas Misses e Igrejas tm acabado mal por seoporem a Deus.

    A ESPERANA DO PENTECOSTES

    Escrevi mais artigos para a imprensa religiosa, dos

    quais seguem-se alguns trechos:"Devagar, mas cada vez mais, h maior convico entre

    os santos do sul da Califrnia de que Deus vai derramar oSeu Esprito como o fez no Pas de Gales. Temos f em coisasque antes nem sonhvamos existir e que ocorrero nofuturo prximo. Estamos certos de que haver nada menosdo que um "Pentecostes" para todo o pas. Jamais haver,entretanto, resultados pentecostais sem o poder pentecostal.Isso significa manifestaes pentecostais. Poucos querem verDeus face a face!"

    "Carne e sangue no podem herdar o reino de Deus."

    Outra vez escrevi: "O Avivamento atual est passandopor nossa porta.

    Havemos de lanar-nos no seu poderoso seio a fim de

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    sermos transportados gloriosa vitria? Um ano de vidaagora, com todas as maravilhosas oportunidades de servir aDeus, vale mais que cem anos de vida habitual. "O

    Pentecostes" est batendo s nossas portas. O Avivamento denosso pas no mais uma dvida.

    Devagar, mas visivelmente, a mar est crescendo, atque em breve teremos uma enchente de salvao que tocara todos que esto diante de ns. O Pas de Gales no ficarmais s neste grande triunfo para o nosso Cristo. Oesprito de Avivamento est vindo sobre ns, impulsionado

    pelo sopro de Deus, o Esprito Santo. As nuvens estochegando rapidamente, carregadas de grande chuva que embreve cair."

    "Heris surgiro do p de circunstncias escuras eodiosas, e seus nomes sero alardeados nas pginas da famaeterna no cu. O Esprito paira sobre nossa ptria comono alvorecer da criao, e a ordem de Deus ouvida: "Hajaluz!"

    "Irmos e irms, se todos cressem, o que poderiaacontecer? Muitos de ns aqui vivemos s para isso. Umgrande volume de oraes dos que crem est subindo aotrono noite e dia. Los Angeles, o sul da Califrnia, e todoo continente encontrar-se- dentro em breve num poderosoAvivamento pelo Esprito e pelo poder de Deus."

    A bastante tempo oramos por um Pentecostes, e eleparecia prestes a comear. bvio que no sabamos o queera um verdadeiro Pentecostes. O Esprito, porm, sabia enos guiava adiante para pedir o que era correto. Uma tarde,depois de uma reunio na Igreja do Novo Testamento, sete dens fomos dirigidos a dar as mos e concordar em oraopara o Senhor derramar logo o seu Esprito, "com sinais ao seguir" (Marcos 16:17, 20). De onde tiramos esta idia

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    naquele momento no sei. O Senhor mesmo deve ter sugeridoisto a ns. No pensvamos em falar em lnguas. Nenhumde ns jamais havia ouvido falar em tal coisa (estvamos

    em fevereiro de 1906).

    Enquanto permanecia de joelhos numa reunio deorao, o Senhor disse-me que me levantasse e fosse lonado irmo Brownley. Deu-me uma mensagem para eles. Euestava com grande peso no esprito, mas depois de falar,sentimo-nos totalmente quebrantados e choramos muitodiante do Senhor. Depois, escrevi um folheto comovedor,

    intitulado "A Angstia da Intercesso". O Senhor tambm merevelava muito sobre o "sangue". Passei mais uma noiteorando com o Senhor Boehmer, e o Senhor me deu umministrio muito abenoado em Pasadena em diferentesreunies.

    Numa reunio fiquei prostrado duas horas sob a cargapelas almas perdidas.

    A batalha ficava cada vez mais renhida. No dia 26 demaro fui a uma reunio na casa da Rua Bonnie Brae. Tantoirmos brancos quanto negros estavam unidos ali emorao. Eu fora a uma reunio de orao numa casa, umpouco antes, onde encontrei o irmo Seymour. Ele acabarade vir do Texas. Era um negro simples, espiritual ehumilde, cego de um olho. Ele freqentava as reunies naRua Bonnie Brae.

    No final de maro de 1906, o Senhor me havia dado umoutro folheto intitulado "A ltima Chamada". Foigrandemente usado para despertar as pessoas. Seguem-sealguns trechos:

    "E agora mais uma vez no final desta era, Deus faz altima chamada; a chamada da meia-noite est sobre ns,ressoando claramente em nossos ouvidos. Deus dar maisuma oportunidade, a ltima chamada, um Avivamento

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    mundial. Depois vir o julgamento de todo o mundo. Umacontecimento tremendo est para acontecer!"

    CCaappttuulloo 22 -- OO FFOOGGOO CCAAII EEMM AAZZUUSSAA

    O PRIMEIRO APARECIMENTO DAS LNGUAS

    Fui Igreja do Novo Testamento, no auditrio Burbank,domingo de manh, dia 15 de abril. Uma irm de cor falou

    em lnguas. Isto produziu um grande impacto no povo, quedepois se reuniu em grupinhos na calada, perguntandoo que significava isso. Pareciam sinais de um Pentecostes.Depois soubemos que o Esprito se fizera presente algumasnoites antes, dia 9 de abril, na pequena casa da RuaBonnie Brae. H muito que buscavam ansiosamente por umderramamento do Esprito. Um grupo de irmos negros ebrancos estavam esperando ali diariamente para que algo

    acontecesse. E agora era a poca da Pscoa outra vez (umano depois que o clamor por Avivamento comeou). No seiqual o motivo, mas no tive o privilgio de estar ali naquelareunio em que pela primeira vez diversas pessoasfalaram em lnguas.

    tarde, estive numa reunio na Rua Bonnie Brae esenti que Deus estava operando poderosamente. H

    muito que orvamos por uma vitria. E agora Jesusestava novamente "se apresentando vivo" (Atos 1:3) a muitaspessoas. Os pioneiros haviam preparado o caminho paraque as multides pudessem agora entrar.

    Era notvel na reunio a humildade que se manifestavanas pessoas. Todas estavam absorvidas pela presena deDeus. Era evidente que afinal o Senhor encontrara opequeno grupo atravs do qual podia atuar. No havia outra

    Misso no pas onde a mesma ao pudesse ser realizada.

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    Todas eram controladas por homens, por isso o Esprito nopodia operar. Outras obras bem mais pretensiosas" haviamfalhado.

    Tudo o que os homens estimam havia sido rejeitado e oEsprito, mais uma vez, nascia numa humilde estrebaria,fora dos pomposos estabelecimentos eclesisticos.

    OS HUMILDES COMEOS

    indispensvel que o corpo seja preparado atravs

    do arrependimento e da humildade para que haja oderramamento do Esprito Santo. As pregaes daReforma foram comeadas por Martinho Lutero num prdioem decadncia no meio da praa pblica em Wittenburg.D'Aubign o descreve desta maneira: "No meio da praa deWittenburg estava uma velha capela de madeira, com dezmetros de comprimento e seis metros e meio de largura,cujas paredes estaqueadas de todos os lados estavam prestes

    a cair. Um velho plpito feito de tbuas de um metro dealtura recebia o pregador. Foi neste lugar desprezvel que apregao da Reforma comeou. Foi da vontade de Deus que omovimento que restauraria Sua glria comeasse numambiente o mais humilde possvel. Foi a neste lugardesditoso que Deus ordenou, de forma figurada, que SeuFilho amado nascesse pela segunda vez... Entre as milharesde catedrais e parquias que enchiam a terra, no houve

    uma sequer naquela poca que Deus escolhesse para apregao gloriosa a respeito da vida eterna." No Avivamentoem Gales, os grandes pregadores da Inglaterra tiveram devir e sentar-se aos ps de mineiros trabalhadores e rudespara ver as obras maravilhosas de Deus. Escrevi para ojornal "Way of Faith" naquela ocasio: "A coisa genuna estaparecendo entre ns; o Altssimo mais uma vez lutarcontra os mgicos de Fara. Porm, muitos o rejeitaro

    e blasfemaro. Muitos no o reconhecero, mesmo entre

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    aqueles que se consideram seus seguidores. Temos orado ecrido num Pentecostes. Ser que o reconheceremos quandochegar?"

    OS EXTREMOS E MISTURAS NOS AVIVAMENTOS

    A presente manifestao Pentecostal no irrompeu numinstante como se fosse um imenso incndio de pradaria parapr fogo no mundo inteiro. Na realidade, nenhuma obradivina aparece desta maneira. preciso tempo para apreparao O produto final no reconhecido em seu

    perodo inicial. Os homens indagaro de onde veio tudoaquilo, pois no tomaram conhecimento da preparao; noentanto, esta preparao sempre uma condio essencial.

    Cada movimento do Esprito de Deus tambm tem depassar pelas poderosas investidas das foras de Satans. "Odrago se deteve em frente da mulher que estava para dar luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse" (Apocalipse

    12:4). Foi assim tambm com o princpio desta obraPentecostal. O inimigo fez muitas falsificaes, mas Deusmanteve a criancinha bem escondida dos Herodes por umaestao, at que pde adquirir fora e discernimento pararesistir-lhes. A chama foi preservada com cimes pela mo doSenhor dos ventos das crticas, dos cimes, daincredulidade, etc. Passou por mais ou menos as mesmaexperincias de todos os Avivamentos. Havia inimigos dentro

    e fora da obra. Tanto Lutero, quanto Wesley, tiveram asmesmas dificuldades nos seus tempos. Temos este tesouroem "vasos de barro". Todo nascimento normal cercado decircunstncias no totalmente agradveis. O trabalhoperfeito de Deus realizado dentro da imperfeio humana.Somos criaturas da "queda".

    Por que esperar uma manifestao perfeita neste caso?Estamos voltando para Deus.

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    John Wesley descreve assim o Avivamento em suapoca: "Assim que parti, dois ou trs comearam a crer que oque imaginavam eram impresses vindas de Deus.

    Enquanto isso uma enxurrada de crticas vinha de todasas partes. No se admire que Satans semeio o joio no meiodo trigo de Cristo. Foi sempre assim, principalmentequando houve um grande derramamento do Esprito, esempre ser assim at o diabo ser preso por mil anos. Atento, ele tentar imitar e se opor ao trabalho do Espritode Cristo."

    D'Aubign disse: "Um movimento religioso quase sempreexcede a justa moderao.

    A fim de que a natureza humana possa dar um passopara frente, seus pioneiros devem estar muitos passos navanguarda." Outro escritor disse: "Lembrem-se que grandesextravagncias e fanatismos acompanharam a doutrina dajustificao pela f quando foi trazida de volta por Lutero. A

    maravilha no foi que Lutero tivesse a coragem deenfrentar o papa e os cardeais, mas que ele tivesse acoragem de suportar o desprezo que sua prpria doutrinatrouxe sobre ele pela maneira como foi interpretada ealardeada por adeptos. Lembrem-se do escndalo eofensas que se fizeram presentes com o ressurgimento dapiedade e devoo sob a influncia de Wesley. O que nsconsideramos hoje como errado pode ser a luz refratada de

    uma grande verdade que ainda est abaixo do horizonte."

    John Wesley mesmo orou assim quando o Avivamentoparecia estar desfalecendo:

    "Senhor, manda-nos o antigo Avivamento sem seusdefeitos; mas se no for possvel, manda-o de volta comtodos os seus defeitos. Precisamos de um Avivamento!"

    Adam Clark disse: "A natureza (como tambm Satans)

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    sempre se mescla tanto quanto possvel com o verdadeirotrabalho do Esprito de forma a lev-lo ao descrdito e adestru-lo. Assim, em todos os grandes Avivamentos

    religiosos quase impossvel impedir que o fogo estranho semisture com o verdadeiro fogo."

    O Dr. Seiss disse: "Nunca houve uma semeadura deDeus na terra que no fosse super-semeada por Satans;nem houve crescimento vindo de Cristo sem que as ervasdo maligno se misturassem para impedir o crescimento.Aquele que pretender achar uma igreja perfeita em que no

    haja elementos indignos nem imperfeies, pretende tarefaimpossvel."

    Ainda outro escritor diz: "Nas diversas crises queocorreram na histria da igreja, tm surgido homens comum destemor santo que assombrava seus companheiros.Quando Lutero afixou suas teses na porta da catedralde Wittenburg, os homens cautelosos se impressionaram comsua audcia. Quando John Wesley ignorou todas as

    restries eclesisticas e normas religiosas e pregou nocampo e pelas ruas, os homens consideraram sua reputaoarruinada. Em todas as pocas tem sido assim. Quando ascondies religiosas de uma poca exigiam a chamada dehomens que estavam dispostos a sacrificar tudo por Cristo, "ademanda criou a oferta" e sempre acharam-se alguns queestavam dispostos a serem considerados loucos pela causade Deus. Um total desprezo com relao s opinies dos

    homens e outras conseqncias a nica atitude que podevir de encontro s exigncias do tempo presente."

    Deus achou seu Moiss na pessoa do irmo Smale paranos guiar at a travessia do Jordo. Escolheu, entretanto,ao irmo Seymour para ser nosso Josu para nos levar aooutro lado.

    Domingo, dia 15 de abril, o Senhor me chamou para

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    dez dias de oraes especiais... Eu me sentia como secarregasse um grande fardo, mas no sabia o que Ele estavapensando. Ele tinha algo para eu fazer e queria que eu me

    preparasse para isto. Quarta-feira, dia 18 de abril, o grandeterremoto de So Francisco ocorreu e devastou a cidade eos arredores. No menos do que quinhentas pessoasperderam a vida s em So Francisco. Eu senti que o Senhorestava respondendo nossas oraes concernentes a umAvivamento sua prpria maneira. "Quando os teus juzosreinam na terra, os moradores do mundo aprendem justia"(Isaas 26:9). Um enorme fardo de orao veio sobre mim; orei

    para que as pessoas no fossem indiferentes voz de Deus.

    O INCIO DA MISSO AZUSA

    Quinta-feira, dia 19 de abril, enquanto estvamossentados na reunio do meio-dia no auditrio Peniel, RuaSouth Main, 227, de repente o cho comeou a mexer-se.Uma sensao horrorosa tomou conta de todos. Ficamos

    sentados, muito espantados. Muitas pessoas comearamcorrer para o meio da rua, olhando ansiosamente para osedifcios com medo que cassem. Foi uma hora muito sria.

    Eu fui para casa e depois de um perodo de orao, oSenhor me mostrou que deveria voltar para reunio quehavia sido transferida da Rua Bonnie Brae para a Rua Azusa,312. Haviam alugado uma velha casa de madeira que fora

    antes uma igreja metodista, no centro da cidade, e quedurante muito tempo no fora usada para reunies. Tornara-se um depsito de madeira velha e cimento, mas agoralimparam a sujeira e o entulho o suficiente para colocar nomeio umas tbuas, em cima de barris velhos. Desta forma,dava lugar para cerca de trinta pessoas, se que me lembrocorretamente. Sentavam-se formando um quadrado, olhandouns para os outros.

    Senti tremenda presso interior para ir reunio

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    daquela noite. Era minha primeira visita a Misso Azusa.Mame Wheaton, que estava vivendo conosco naquelapoca, iria junto. Ela andava to devagar que eu mal

    conseguia esper-la. Chegamos l finalmente e encontreicerca de doze irmo, alguns brancos e alguns negros. OIrmo Seymour estava l dirigindo. A "arca do Senhor"comeou a se mover vagarosamente, mas com firmeza emAzusa. No princpio era carregada nos ombros desacerdotes indicados por Ele mesmo. No tnhamos nenhuma"carroa nova" naqueles dias para agradar as multidesmistas e carnais.

    Tnhamos de combater contra Satans, mas a "arca"no era puxada por bois (bestas ignorantes). Os sacerdotesestavam "vivos para Deus", atravs de muita preparao eorao. O discernimento no era perfeito, e o inimigo tiroualgum proveito disto, e trouxe algumas crticas ao trabalho,mas os irmos logo aprenderam a "apartar o precioso dovil".

    Todas as foras do inferno estavam combinadas contrans no princpio. Nem tudo era beno. Na realidade, a lutafoi tremenda. Satans procurava espritos imperfeitos,como sempre, para destruir a obra, se possvel. Mas ofogo no podia ser apagado. Irmos fortes haviam sereunido com a ajuda do Senhor. Aos poucos levantou-seuma onda de vitria. Mas tudo isto veio de um pequenocomeo, uma pequenina chama.

    Preguei uma mensagem na minha primeira reunio emAzusa. Dois irmos falaram em lnguas. Muitas benoparecia acompanhar estas manifestaes. Em breve muitos j sabiam que o Senhor estava operando na Rua Azusa epessoas de todas as classes comearam a vir s reunies.Muitos estavam apenas curiosos e no acreditavam, masoutros tinham fome da presena de Deus. Os jornais

    comearam a ridicularizar e a debochar das reunies,

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    oferecendo-nos desta maneira muita publicidade gratuita.Isto trouxe as multides. O diabo superou-se a si mesmooutra vez. Perseguies externas nunca fazem mal obra.

    Tnhamos de nos preocupar mais com os espritos malignosque trabalhavam dentro da obra. At espritas ehipnotizadores vieram investigar o que fazamos e tentarnos influenciar. Apareceram ento todos os descontentesreligiosos e charlates procurando um lugar para trabalhar.Estes que nos causavam mais temor, porquantoconstituem sempre perigo para todos os trabalhos queesto sendo iniciados, e no encontram guarida em outros

    lugares. Esta situao lanou tal medo sobre muitaspessoas que foi quase insupervel e impediu muito a aodo Esprito. Vrias temiam buscar a Deus por pensar que odiabo poderia peg-las.

    Descobrimos logo no incio que quando tentvamossegurar a "arca" (I Crnicas 13:9), o Senhor parava detrabalhar. No ousvamos chamar muita a ateno dopovo para o que o maligno tentava realizar, pois medo seriao resultado. S podamos orar. Ento Deus deu-nos avitria. Havia a presena de Deus conosco atravs da orao;ns podamos contar com ela. Os lderes tinham umaexperincia bastante limitada, e a grande maravilha queo trabalho tenha sobrevivido contra seus poderososadversrios. Mas era de Deus. E era este o segredo.

    Um certo escritor disse bem: "No dia de Pentecostes, o

    cristianismo enfrentou o mundo; era uma nova religio semuniversidade, povo ou patrocinador. Tudo o que era antigoe venervel se levantou em oposio macia contra ele, e eleno bajulou ou procurou conciliar-se com nenhum deles. Foide encontro a todos os sistemas existentes e todos os mauscostumes, queimando medida que passava todas asinumerveis formas de oposio. Isto realizou s com sualngua de fogo."

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    Outro escritor disse: "A apostasia da igreja primitiva veioporque os cristos queriam ver seu poder e governo seespalhar, mais do que a transformao e vida de cada um

    dos seus membros. No momento em que nos regozijamos comas multides que se aderiram nossa verso ou conceito daverdade, em lugar de buscar a transformao de vidasindividuais de acordo com o plano divino, j estamosandando na estrada da apostasia que leva Roma e s suafilhas."

    OS EFEITOS ESPIRITUAIS DO TERREMOTO

    Verifiquei que o terremoto havia aberto muitoscoraes. Eu distribua especialmente meu ltimo folheto,"A ltima Chamada". Parecia muito apropriado depois doterremoto. Domingo , dia 22 de abril, levei 10.000 destes Igreja do Novo Testamento. Os obreiros os aceitaramalegremente e logo os distriburam por toda a cidade.

    Quase todos os pregadores do pas estavam trabalhandoa valer para provar que Deus nada tinha a ver com oterremoto e desta forma aliviar o medo do povo. OEsprito procurava tocar os coraes com convicoatravs deste julgamento. Sentia-me indignado que ospregadores fossem usados por Satans para abafar a voz doSenhor. Da mesma forma eles foram usados depois,durante a guerra. At as professoras nos colgios

    trabalhavam com afinco para convencer as crianas que oterremoto no era obra de Deus. O diabo fez muitapublicidade nesta rea.

    Depois do terremoto passei muito tempo em orao edormi pouco. O Senhor me mostrou definitivamente queEle tinha uma mensagem para o povo. No Sbadoseguinte deu-me parte dela. Na segunda-feira, deu-me oresto. Quando acabei de escrever era meia-noite e meia. Jestava pronta para ser levada ao impressor.

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    Ajoelhei-me diante do senhor e senti Sua presena deuma forma muito forte como grande prova de que amensagem era mesmo Sua. Devia mandar imprimi-la na

    manh seguinte. Daquela hora at s quatro da manh, fuimaravilhosamente absorvido pela intercesso. Sentia a ira deDeus contra o povo e lutei muito contra ela em orao. Eleme mostrou que estava muito triste com a obstinao do povomesmo em face do seu juzo sobre o pecado. So Franciscoera uma cidade terrivelmente pervertida.

    Mostrou-me o Senhor que todo o inferno operava para,

    se possvel, abafar Sua voz atravs do terremoto. Amensagem que Ele me deu era para contra atacar estainfluncia. Os homens negavam Sua presena no terremoto,mas agora Ele iria falar. Era uma mensagem terrvel a queEle me dera. Eu no deveria discutir sobre ela comningum, simplesmente entreg-la. Eles teriam de prestarcontas ao Senhor. Senti todo o inferno contra mim nestasituao, o que depois ficou comprovado. Fui dormir squatro horas, levantei-me s sete e corri com amensagem para o impressor.

    A pergunta que havia em quase todos os coraes era:"Foi Deus que fez isso?"

    Instintivamente sabiam que era assim. At os mpiosestavam conscientes deste fato. O folheto foi logo composto,no mesmo dia j estava sendo impresso e na prxima tarde

    eu j tinha os primeiros exemplares. Senti que deveria lev-los logo ao povo o mais depressa possvel. Lembrei-me que osdez dias que o Senhor me chamara para orar terminavam nodia em que recebi os primeiros exemplares desta folheto.Compreendia tudo agora claramente.

    Distribu a mensagem rapidamente nas misses, igrejas,bares, empresas e na realidade em todos os lugares, tanto

    em Los Angeles, como em Pasadena. Alm disso enviei

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    pelo correio alguns milhares a obreiros nas cidades vizinhaspara serem distribudos. Todo o processo foi uma obra def. Comecei sem nenhum dlar. Mas o Senhor me supriu

    com os recursos necessrios. Trabalhei muito todos os dias.O irmo e irm Otterman os distriburam em So Diego. Erapreciso muita coragem. Muitos clamavam contra amensagem. Por causa deste folheto passei toda espcie deexperincia em Los Angeles. Todo o inferno se acometiacontra mim.

    Deus enviou o irmo Boehmer de Pasadena para me

    ajudar. Ele ficava do lado de fora dos bares, orandoenquanto eu entregava e os distribua. Em alguns lugaresficavam to furiosos que queriam me matar. As empresasestavam todas paradas depois do que ocorrera em SoFrancisco. O povo estava paralisado de medo. Este fator foiresponsvel por parte da influncia que o folheto surtiu. Apresso contra mim foi tremenda. Todo o inferno se levantavapara impedir que a mensagem fosse distribuda. Mas nuncavacilei. Senti sempre sobre mim a mo de Deus. O povo ficavaabismado quando soube o que Deus tinha para falar arespeito de terremotos. O Senhor mandou-me a diversasreunies com uma exortao solene para que todos searrependessem e o buscassem. Na Misso Azusa tivemos umtempo de grande poder. Os irmo se humilhavam. Umairmo de cor falava e orava em lnguas. A atmosferaprpria do cu estava ali.

    Domingo, dia 11 de maio, eu havia terminado adistribuio do meu folheto "O Terremoto". O peso quesentira desapareceu repentinamente. Meu trabalho estavaconcludo. Setenta e cinco mil folhetos haviam sidopublicados e distribudos em Los Angeles e no sul daCalifrnia em menos de trs semanas. Em Oakland, o irmoManley, por sua prpria vontade, havia impresso edistribudo mais cinqenta mil nas cidades em volta da Baa

    de So Francisco e arredores no mesmo espao de tempo.

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    imprensa. Escreviam coisas incrveis, mas isso s fazia comque mais gente viesse. Muitos deram ao movimento seismeses de vida. Em pouco tempo havia reunies noite e dia

    sem interrupo. Todas as noites a casa estava lotada. Todoo prdio em cima e embaixo havia sido esvaziado e estavasendo utilizado. Havia muito mais brancos do que pessoasde cor freqentando as reunies. A segregao racial foiapagada pelo sangue de Jesus. A. S. Worrel, tradutor do Novo Testamento, declarou que o trabalho de Azusa haviaredescoberto o sangue de Jesus para a igreja naquelapoca. Dava-se grande nfase ao sangue como elemento

    purificador. Colocavam-se padres morais elevados paraquem queria ter uma vida limpa. "Vindo o inimigo comouma corrente de guas, o Esprito do senhor arvorarcontra ele a sua bandeira" (Isaas 59:19)

    O amor divino se manifestava maravilhosamente nestasreunies. No se permitia nem sequer uma palavra indelicadacontra os inimigos ou outras igrejas . A mensagem era oamor de Deus. Era como se o primeiro amor da igrejaprimitiva houvesse retornado. O batismo como recebamosno princpio no permitia que pensssemos, falssemos ououvssemos o mal contra nenhuma criatura. O Esprito eramuito sensvel como uma pomba delicada. A pomba notem fel. Sabamos imediatamente quando magovamos oEsprito atravs de um pensamento ou de uma palavra.Parecamos viver num mar de puro amor divino. O Senhorlutava por ns naqueles dias. Ns nos submetamos ao seu julgamento em todos os assunto, nunca buscando defendernosso trabalho ou a nossa pessoa. Vivamos em suamaravilhosa e atual presena. E nada contrrio ao seu puroEsprito era permitido.

    O falso era separado do real pelo Esprito de Deus. Aprpria Palavra de Deus era que resolvia todos os assuntos.O corao do povo, tanto em ao como em motivao, era

    descoberto at o cerne mais profundo. No era nenhuma

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    brincadeira tornar-se parte do grupo. "Ningum ousavaajuntar-se a eles" (Atos 5:13) a no ser que levasse as coisasa srio, e quisesse ir at o fim. Naquele tempo, para receber o

    batismo era necessrio passar pela "morte" e por umprocesso de purificao. Tnhamos uma sala especial emcima para aqueles que buscavam com mais ardor o batismoembora muitos fossem batizados tambm em plenareunio.

    Muitas vezes eram batizados enquanto estavamsentados. Na parede da sala especial estava escrito: "

    proibido falar alto; sussurre apenas". No sabamos nada arespeito de "conquistar pelo barulho" naquela poca!

    O Esprito operava profundamente. Uma pessoa inquietaou que falasse sem pensar era logo repreendida pelo Esprito.Estvamos em terra santa. Esta atmosfera era insuportvelpara os carnais. Geralmente passavam bem longe daquelasala a no ser que j houvesse sido subjugados e esvaziadospelo Esprito. S iam para l os que verdadeiramente

    buscavam a Deus, os que estavam srios com Ele. Este noera um lugar para manifestaes emocionais nem para terataques ou dar vazo a sentimentos negativos. Os homensno gritavam naquele tempo. Eles buscavam amisericrdia do Senhor, diante do Seu trono. Sua atitude erade quem tirava os sapatos por estar em terra santa. "Ostolos entram correndo, onde anjos no ousam pisar..."

    A AO DO ESPRITO NA MSICA

    Sexta-feira, 15 de junho, em Azusa, o Esprito derramouo coro celestial dentro de minha alma. Encontrei-me derepente, unindo-me aos demais que j haviam recebidoeste dom sobrenatural. Era uma manifestao espontneae de tal arrebatamento que nenhuma lngua humanapoderia descrever. No incio esta manifestao eramaravilhosa, pura e poderosa. Temamos reproduzi-la,

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    como tambm com as lnguas estranhas. Hoje em dia,muitos parecem no ter nenhum constrangimento deimitar todos os dons. por isso que eles perderam grande

    parte do seu poder e influncia. Ningum podia compreenderesse dom de cnticos espirituais alm daqueles atravs dosquais se manifestava. Era realmente um novo cntico noEsprito. Quando o ouvi pela primeira vez numa reunio,um grande desejo entrou na minha alma de receb-lo. Achavaque expressaria muito bem todos os meus sentimentosreprimidos. Eu ainda no falara em lnguas. A nova cano,no entanto, me conquistou. Era um dom de Deus de alto

    nvel e apareceu entre ns logo que comeou o trabalho emAzusa. Ningum havia pregado sobre isso. O Senhor ohavia derramado soberanamente junto com oderramamento do "restante do azeite", o batismo noEsprito da chuva serdia.

    Manifestava-se medida que o Esprito impulsionavaas pessoas que tinham o Dom, individualmente ou emgrupo. s vezes era sem palavras, outra vezes em lnguas.O efeito sobre o povo era maravilhoso. Havia uma atmosferacelestial como se os anjos mesmos estivessem presentes ehouvessem se unido a ns.

    Provavelmente isto ocorria mesmo. Parecia fazercessar toda a crtica e oposio, e era difcil at para osmpios neg-los ou ridiculariz-los.

    Alguns condenam estes cnticos novos sem palavras.Mas no foi o som dado antes da linguagem? E no hinteligncia sem linguagem? Quem comps a primeiramsica? Temos sempre de seguir a composio de um algumhomem que veio antes de ns? Somos adoradores demais datradio. O falar em lnguas no est de acordo com asabedoria ou com o conhecimento humano. E por que noum dom de cnticos espirituais? De fato, estes so um

    desafio aos cnticos religiosos de ritmo moderno que

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    usamos hoje. E provavelmente foram dados com estepropsito.

    Entretanto alguns dos velhos hinos so muito bons decantar tambm, e no devem ser desprezados. Algum disseque cada novo Avivamento traz sua prpria hinologia. Eisto realmente aconteceu conosco.

    No princpio em Azusa, no tnhamos instrumentosmusicais. Na realidade, no sentimos necessidade deles.No havia lugar para eles no nosso louvor. Tudo eraespontneo. No cantvamos nem com hinrios. Todo oshinos antigos eram cantados de memria, vivificados peloEsprito de Deus. "Veio o Consolador" era provavelmenteo mais cantado. Cantvamos com coraes cheios dessaexperincia nova e poderosa. Oh, como o poder de Deus nosenchia e nos comovia! Os hinos sobre o "sangue" tambmeram muito populares. "A vida est no sangue." Asexperincias de Sinai, Calvrio e Pentecostes todastinham seus lugares certos no trabalho de Azusa, Contudo

    as novas canes era totalmente diferentes, pois no eram decomposio humana, e no podiam ser falsificadas comsucesso. O corvo no pode imitar a pomba.

    Mais tarde comearam a desprezar este Domquando o esprito humano se reivindicou outra vez.Colocaram-no para fora com o uso do hinrio e hinosselecionados pelos lderes. Era como assassinar o Esprito e

    isto entristecia muito a alguns de ns; porm a correntecontrria era forte demais. Os hinrios hoje em dia so emgrande parte uma produo comercial e no perderamosmuito se no os tivssemos. Os velhos hinos so violadospelas mudanas, e procuram produzir novos estilos todosos anos para que haja mais lucro. H muito pouco espritode adorao neles. Mexem com os ps, mas no com oscoraes dos homens! Os cnticos espirituais dados por

    Deus, no incio, eram semelhantes a uma harpa elica por

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    sua espontaneidade e doura. Na realidade, era o prpriosopro de Deus tocando nas cordas dos coraes humanosou nas cordas vocais humanas. As notas eram

    maravilhosamente doces tanto no volume quanto na durao.

    Eram s vezes impossveis humanamente. Era o cantarno Esprito.

    A LIDERANA DAS REUNIES EM AZUSA

    O irmo Seymour foi aceito como o lder nominal.

    Mas no havia papa ou hierarquia. ramos todos irmos.No tnhamos programas humanos. O Senhor mesmoliderava. No havia uma classe sacerdotal, nem aessacerdotais. Estas coisas surgiram depois medida que omovimento apostatou. No princpio no tnhamos nemplataforma, nem plpito. Todos estavam no mesmo nvel. Osministros eram servos na verdadeira concepo da palavra.No homenageavam os homens pelo que possuam a mais

    de recursos ou de instruo, mas pelos dons que Deus lhedera. Ele colocava os membros no lugar certo do Seucorpo. Agora "coisa espantosa e horrenda se anda fazendona terra: os profetas profetizam falsamente e os sacerdotesdominam de mos dadas com eles; e o que deseja meupovo.

    Porm, que fareis quando estas coisas chegarem ao seufim?" (Jeremias 5:30,31). E tambm: "Os opressores do meupovo so crianas e mulheres esto testa do seu governo"(Isaas 3:12).

    O irmo Seymour geralmente ficava sentado atrs deduas caixas vazias, uma em cima da outra. Usualmentemantinha a cabea dentro de uma delas, durante o culto,em orao. No havia orgulho aqui. Os servios religiososeram quase que contnuos. Almas sequiosas podiam ser

    encontradas sob o poder de Deus quase a qualquer hora, de

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    dia ou de noite. Nunca o local estava fechado ou vazio. O povovinha se encontrar com Deus. Ele estava ali. Por isso areunio era contnua e no carecia de liderana humana. A

    presena de Deus tornava-se mais e mais maravilhosa.Naquele velho prdio de teto baixo e piso descoberto Deusfazia em pedaos homens e mulheres fortes e tornava a junt-los outra vez para Sua glria. Era um tremendoprocesso de desmontagem e reviso geral. O orgulho e aauto-afirmao, a auto-importncia e a auto-estima, nopodiam sobreviver aqui.

    O ego religioso pregava rapidamente seu prprio sermode enterro.

    Nenhum assunto ou pregao era anunciado deantemo e nenhum pregador especial havia para essa hora.Ningum sabia o que iria acontecer e nem o que Deus faria.

    Tudo era espontneo, comandado pelo Esprito.Queramos ouvir Deus atravs de quem Ele falasse. No

    fazamos acepo de pessoas. Os ricos e cultos eram iguaisaos pobres e ignorantes e era muito mais difcil paraaqueles morrerem.

    S reconhecamos a Deus. Todos eram iguais. Nenhumacarne podia se gloriar na Sua presena, e Ele no podiausar quem tivesse opinies prprias. Era reunies doEsprito Santo, guiadas pelo Senhor. O Avivamento tinha

    de comear num ambiente humilde para que o elementoegosta e humano no entrasse. Todos caam juntos aos seusps, com humildade. Todos se assemelhavam e tinhamtudo em comum, neste sentido pelo menos. O teto era baixoe por isso as pessoas altas deviam dobrar-se. Ao chegarema Azusa j tinham se humilhado, e estavam preparadaspara as bnos. A forragem estava preparada para ovelhas,no ara girafas.

    Fomos libertos ali mesmo das hierarquias eclesisticas

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    e dos seus abusos.

    Queramos Deus. Quando chegvamos reunio

    evitvamos o mximo possvel cumprimentar e conversaruns com os outros. Queramos primeiro chegar a Deus.

    Colocvamos a cabea em baixo de algum banco emorao e entrvamos em contato com os homens s noEsprito; no os conhecamos mais na carne. As reuniescomeam espontaneamente com testemunhos, louvor eadorao. Os testemunhos nunca eram apressados pelaagitao do homem. No tnhamos um programapreestabelecido que tinha de ser empurrado de qualquermaneira. Nosso tempo pertencia a Deus.

    Tnhamos verdadeiros testemunhos vindos diretamentede coraes vibrantes com as experincias. Se no for assim,quanto menores forem os testemunhos melhor .

    Uma dzia de pessoas s vezes estavam de p tremendo

    sob o poder de Deus. No precisvamos que um lder nosindicasse o que fazer, mas tambm no havia desordem.Estvamos absorvidos em Deus nas reunies, atravs daorao. Nossas mentes estavam voltadas exclusivamentepara Ele, e todos Lhe obedeciam com mansido ehumildade. Em honra ns preferamos uns aos outros(Romanos 12:10). O Senhor podia irromper atravs dequalquer um. Orvamos por isso continuamente.

    Algum finalmente ficava de p, ungido com a mensagem. Todos reconheciam isso e permitiam que acontecesse. Podiaser uma criana, um homem ou uma mulher. Podia ser dobanco de trs ou do da frente. No fazia diferena.

    Regozijvamos na obra do Senhor. Ningum queriaaparecer. S pensvamos em obedecer ao Senhor. Naverdade, havia uma tal atmosfera divina que s um tolo secolocaria de p sem verdadeira uno. E mesmo assim , noduraria muito. As reunies eram controladas pelo

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    Esprito diretamente do trono da graa.

    Verdadeiramente foram dias maravilhosos. Eu muitas

    disse que preferia viver seis meses naquela poca do quecinqenta anos de uma vida normal. Mas Deus ainda omesmo hoje. S ns que mudamos.

    Algum podia estar falando. Repentinamente, oEsprito caa sobre toda a congregao. Deus mesmo faziaos apelos. Homens caam por toda a casa como mortosnuma batalha, ou corriam ao altar em massa buscando aDeus. A cena muitas vezes parecia uma floresta cheia dervores cadas. Uma cena assim no podia ser imitada. Nome lembro de Ter visto um apelo sequer naqueles dias. Deusmesmo os chamava. E o pregador sabia quando parar.Quando Deus falava todos obedecamos.

    Parecia algo temerrio impedir a atuao do Esprito ouentristec-lo. O local todo estava cheio de oraes. Deusestava no Seu santo templo. humanidade cabia ficar em

    silncio. A glria do Shekinah1 estava ali. Alis alguns diziamter visto a glria do senhor envolvendo o prdio durante anoite. Eu no duvido.

    Mais de uma vez parei quando se aproximava deste locale orei pedindo foras antes de ousar continuar. A presenado Senhor era muito real.

    DEUS TRATA COM A CARNE PELO BATISMO

    Homens presunosos s vezes apareciam no nosso meio.Especialmente pregadores que tentavam espalhar suasprprias idias e se auto-promover. Seus esforos, porm,duravam pouco. Ficavam sem flego. Suas mentes vagavamseus crebros pareciam girar. Tudo ficava escuro diante deseus olhos. No podiam continuar.

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    Nunca vi algum que tivesse tido sucesso naqueles dias;estavam lutando contra o prprio Deus. Ningum precisavainterromp-los. Simplesmente orvamos e o Esprito Santo

    fazia o resto. Queramos que o Esprito controlasse tudo. Eleos confundia logo. Eram carregados para fora mortos,espiritualmente falando.

    Geralmente se humilhavam at o p, passando pelomesmo processo que passramos.

    Em outras palavras, eram esvaziados de si mesmos;depois se viam com todas suas fraquezas, e com humildadede criana confessavam tudo; Deus os pegava ento etransformava-os poderosamente atravs do batismo noEsprito. "O velho homem morria" com todo seu orgulho,arrogncia e boas obras. No meu caso, passeia a no mesuportar. Supliquei que Deus colocasse uma cortina entremim e meu passado de tal forma que apagasse at mesmoas minhas derradeiras aes. O Senhor me disse queesquecesse cada boa ao como se nunca tivesse ocorrido,

    assim que fosse realizada; e que prosseguisse adiante comose nunca tivesse feito nada para Ele , para que minhas boasobras no se tornassem numa armadilha voltada contra mimmesmo.

    Vamos coisas maravilhosas naqueles dias. Mesmohomens muito bons vieram a se desprezar quando se viamna luz mais clara de Deus. Os pregadores que custavam

    a se entregar. Tinham muito para entregar morte. Tantafama e boas obras! Quando, entretanto, Deus finalizava suaobra neles, com alegria viravam uma nova pgina ecomeavam outro captulo. Portanto, havia uma razo paraeles lutarem tanto. A morte no uma experinciaagradvel, e os homens fortes custam a morrer!

    O irmo Ansel Post, um pregador batista, estava sentado

    numa cadeira no meio da sala numa reunio noite. De

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    repente veio sobre ele o Esprito. Deu um salto e comeou alouvar a Deus em lnguas e a correr de um lado para o outro,abraando todos os irmos possvel. Estava cheio do amor de

    Deus. Mais tarde foi para o Egito como missionrio.Vejamos seu prprio testemunho a respeito do ocorrido:

    "Subitamente, como no dia de Pentecostes, enquanto euestava sentado a uns quatro metros do pregador, o EspritoSanto veio sobre mim e literalmente me encheu. Pareciaque eu fora suspenso, pois no mesmo instante estava dep gritando "louvado seja Deus". Imediatamente comecei a

    falar noutra lngua. Eu no teria ficado mais surpreso se nomesmo momento algum tivesse me dado um milho dedlares."

    Depois que o irmo Smale convidou sua congregao devolta e prometeu-lhes liberdade no Esprito, escrevi o seguinteno "Way of Faith": "A Igreja do Novo Testamento recebeu seu"Pentecostes" ontem. Foi maravilhoso. Homens e mulheresficaram prostrados diante da quantidade de poder que

    havia no local. Uma atmosfera celestial invadiu todo oambiente. Eu nunca antes ouvira cantar daquela maneira.Era uma melodia que parecia vir direto do trono de Deus."

    No "Christian Harvester", escrevi na mesma data: "NaIgreja do Novo Testamento, uma jovem muito requintadaficou durante horas prostrada no cho. De vez em quando,os mais belos cantos celestiais saam de sua boca. Subiam

    at o trono de Deus e depois morriam numa melodia que noera terrena. Cantava: "Louvado seja Deus! Louvado sejaDeus!" Na casa inteira homens e mulheres choravam. Umpregador estava deitado com o rosto no cho, "morrendo". OPentecostes havia chegado."

    Tivemos diversas noites de oraes na Igreja do Novo Testamento. Mas o pastor Smale nunca recebeu o batismo

    com o Dom de falar em lnguas. Era uma posio difcil

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    para ele. Tudo era novo. Ento o diabo fez o mximo paradifamar e destruir a obra. Mandou espritos malignos paraassustar o pastor e lev-lo a rejeitar a obra.

    Mas o irmo Smale era o Moiss de Deus para levar opovo at o Jordo, apesar dele mesmo nunca teratravessado. O irmo Seymour foi quem os levou natravessia. No entanto, por estranho que parea, Seymourtambm no falou em lnguas at depois da Misso Azusa Ter sido aberta j havia algum tempo. Muitos irmosentraram antes dele. Todos quantos recebiam este batismo

    falavam em lnguas.

    CARACTERSTICAS DO AVIVAMENTO: IMPERFEIO,OPOSIO E DOMNIO DO ESPRITO

    Muitos se atrapalharam no princpio de Azusa porcausa da natureza dos instrumentos que Deus usava.Escrevi no "Way of Faith" como se segue: "Algum disse que

    no quem pode preparar a maior fogueira, mas quempode acend-la primeiro que vai iluminar todo o pas. Deusnunca pode esperar um instrumento perfeito surgir. Nestecaso, estaria esperando at agora. Lutero mesmo declarouque era um rude lenhador com o papel de cortar rvores.Os pioneiros so homens assim. Deus tambm temhomens refinados como Melancthon, que viro depoispara cortar e arrumar a madeira de forma simtrica. Uma

    carga de dinamite no produz o produto final. Mas ajuda asoltar as pedras que depois sero transformadas emmonumentos pelas mos talentosas do escultor. Muitosaltos dignitrios da Igreja Catlica Romana no tempo deLutero estavam convencidos de que seriam necessria umareforma e consideravam que ele estava no caminho certo.Mas declararam em resumo no poderem aceitar que essanova doutrina viesse de origem to insignificante. "Que fosse

    um monge, um simples monge, que presumiu nos reformar a

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    todos", disseram eles, " o que no podemos tolerar!"

    "De Nazar pode sair alguma coisa boa?"

    "mesmo na melhor forma possvel, a humanidadecada algo extremamente peculiar, despedaado eimperfeito. "Temos este tesouro em vasos de barro." Na faseembrionria de todas as novas experincias temos de admitirmuitas falhas humanas. H sempre muitos espritos rudes,impulsivos e mal equilibrados entre os primeiros a serematingidos por um Avivamento. Alm disso nossacompreenso do Esprito de Deus nesta fase to limitadaque ficamos propensos a errar ocasionalmente por noreconhecermos tudo que realmente veio de Deus. S podemoscompreender tudo medida que ns mesmos somospossudos pelo Esprito.

    Julgamentos precipitados so sempre perigosos. "nada julgueis antes do tempo" (I Corntios 4:5). O grupo usado naMisso Azusa para quebrar a cerca foi o "bando de Gideo