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  • Escola de Enfermagem UFRGS Departamento de Enfermagem Mdico-Cirrgica

    Fundamentos do Cuidado Humano I ENF 01001

    Professor Vanderlei Carraro - Regente

    Histria da Enfermagem

    Tpicos:

    Evoluo da Assistncia de Sade nos Perodos Histricos

    Origem da Profisso

    Enfermagem Moderna

    Perodo Florence Nightingale

    Primeiras Escolas de Enfermagem

    Sistema Nightingale de Ensino

    Histria da Enfermagem no Brasil

    Anna Nery

    Desenvolvimento da Educao em Enfermagem no Brasil (Sc. XIX)

    Cruz Vermelha Brasileira

    Primeiras Escolas de Enfermagem no Brasil

    Entidades de Classe

    Bibliografia

    Material organizado pela

    Acadmica de Enfermagem Isadora da Silva Lempek

    Monitora - Matrcula: 1680/01-7

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    Origem da Profisso

    A profisso surgiu do desenvolvimento e evoluo das prticas de sade no decorrer dos

    perodos histricos. As prticas de sade instintivas foram as primeiras formas de prestao de

    assistncia. Num primeiro estgio da civilizao, estas aes garantiam ao homem a

    manuteno da sua sobrevivncia, estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino,

    caracterizado pela prtica do cuidar nos grupos nmades primitivos, tendo como pano-de-

    fundo as concepes evolucionistas e teolgicas, Mas, como o domnio dos meios de cura

    passaram a significar poder, o homem, aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal

    poder e apoderou-se dele.

    Quanto Enfermagem, as nicas referncias concernentes poca em questo esto

    relacionadas com a prtica domiciliar de partos e a atuao pouco clara de mulheres de classe

    social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes.

    As prticas de sade mgico-sacerdotais, abordavam a relao mstica entre as prticas

    religiosas e de sade primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Este perodo

    corresponde fase de empirismo, verificada antes do surgimento da especulao filosfica que

    ocorre por volta do sculo V a.C. Essas aes permanecem por muitos sculos desenvolvidas

    nos templos que, a princpio, foram simultaneamente santurios e escolas, onde os conceitos

    primitivos de sade eram ensinados. Posteriormente, desenvolveram-se escolas especficas

    para o ensino da arte de curar no sul da Itlia e na Siclia, propagando-se pelos grandes centros

    do comrcio, nas ilhas e cidades da costa.

    Naquelas escolas pr-hipocrticas, eram variadas as concepes acerca do

    funcionamento do corpo humano, seus distrbios e doenas, concepes essas, que, por muito

    tempo, marcaram a fase emprica da evoluo dos conhecimentos em sade. O ensino era

    vinculado orientao da filosofia e das artes e os estudantes viviam em estreita ligao com

    seus mestres, formando as famlias, as quais serviam de referncia para mais tarde se

    organizarem em castas. As prticas de sade no alvorecer da cincia - relacionam a evoluo

    das prticas de sade ao surgimento da filosofia e ao progresso da cincia, quando estas ento

    se baseavam nas relaes de causa e efeito. Inicia-se no sculo V a.C., estendendo-se at os

    primeiros sculos da Era Crist.

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    A prtica de sade, antes mstica e sacerdotal, passa agora a ser um produto desta nova

    fase, baseando-se essencialmente na experincia, no conhecimento da natureza, no raciocnio

    lgico - que desencadeia uma relao de causa e efeito para as doenas - e na especulao

    filosfica, baseada na investigao livre e na observao dos fenmenos, limitada, entretanto,

    pela ausncia quase total de conhecimentos anatomofisiolgicos. Essa prtica individualista

    volta-se para o homem e suas relaes com a natureza e suas leis imutveis. Este perodo

    considerado pela medicina grega como perodo hipocrtico, destacando a figura de Hipcrates

    que como j foi demonstrado no relato histrico, props uma nova concepo em sade,

    dissociando a arte de curar dos preceitos msticos e sacerdotais, atravs da utilizao do

    mtodo indutivo, da inspeo e da observao. No h caracterizao ntida da prtica de

    Enfermagem nesta poca.

    As prticas de sade monstico-medievais focalizavam a influncia dos fatores scio-

    econmicos e polticos do medievo e da sociedade feudal nas prticas de sade e as relaes

    destas com o cristianismo. Esta poca corresponde ao aparecimento da Enfermagem como

    prtica leiga, desenvolvida por religiosos e abrange o perodo medieval compreendido entre os

    sculos V e XIII. Foi um perodo que deixou como legado uma srie de valores que, com o

    passar dos tempos, foram aos poucos legitimados a aceitos pela sociedade como caractersticas

    inerentes Enfermagem. A abnegao, o esprito de servio, a obedincia e outros atributos

    que do Enfermagem, no uma conotao de prtica profissional, mas de sacerdcio.

    As prticas de sade ps monsticas evidenciam a evoluo das aes de sade e, em

    especial, do exerccio da Enfermagem no contexto dos movimentos Renascentistas e da

    Reforma Protestante. Corresponde ao perodo que vai do final do sculo XIII ao incio do

    sculo XVI. A retomada da cincia, o progresso social e intelectual da Renancena e a

    evoluo das universidades no constituram fator de crescimento para a Enfermagem.

    Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu emprica e desarticulada durante muito

    tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos de Reforma Religiosa e das

    conturbaes da Santa Inquisio. O hospital, j negligenciado, passa a ser um insalubre

    depsito de doentes, onde homens, mulheres e crianas utilizam as mesmas dependncias,

    amontoados em leitos coletivos.

    Sob explorao deliberada, considerada um servio domstico, pela queda dos padres

    morais que a sustentava, a prtica de enfermagem tornou-se indigna e sem atrativos para as

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    mulheres de casta social elevada. Esta fase tempestuosa, que significou uma grave crise para a

    Enfermagem, permaneceu por muito tempo e apenas no limiar da revoluo capitalista que

    alguns movimentos reformadores, que partiram, principalmente, de iniciativas religiosas e

    sociais, tentam melhorar as condies do pessoal a servio dos hospitais.

    As prticas de sade no mundo moderno analisam as aes de sade e , em especial, as

    de Enfermagem, sob a tica do sistema poltico-econmico da sociedade capitalista. Ressaltam

    o surgimento da Enfermagem como atividade profissional institucionalizada. Esta anlise

    inicia-se com a Revoluo Industrial no sculo XVI e culmina com o surgimento da

    Enfermagem moderna na Inglaterra, no sculo XIX.

    Enfermagem Moderna

    O avano da Medicina vem favorecer a reorganizao dos hospitais. na reorganizao

    da Instituio Hospitalar e no posicionamento do mdico como principal responsvel por esta

    reordenao, que vamos encontrar as razes do processo de disciplina e seus reflexos na

    Enfermagem, ao ressurgir da fase sombria em que esteve submersa at ento.

    Naquela poca, estiveram sob piores condies, devido a predominncia de doenas

    infecto-contagiosas e a falta de pessoas preparadas para cuidar dos doentes. Os ricos

    continuavam a ser tratados em suas prprias casas, enquanto os pobres, alm de no terem esta

    alternativa, tornavam-se objeto de instruo e experincias que resultariam num maior

    conhecimento sobre as doenas em benefcio da classe abastada.

    neste cenrio que a Enfermagem passa a atuar, quando Florence Nightingale

    convidada pelo Ministro da Guerra da Inglaterra para trabalhar junto aos soldados feridos em

    combate na Guerra da Crimia.

    Perodo Florence Nightingale

    Nascida a 12 de maio de 1820, em Florena, Itlia, era filha de ingleses. Possua

    inteligncia incomum, tenacidade de propsitos, determinao e perseverana - o que lhe

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    permitia dialogar com polticos e oficiais do Exrcito, fazendo prevalecer suas idias.

    Dominava com facilidade o ingls, o francs, o alemo, o italiano, alm do grego e latim.

    No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma,

    estudando as atividades das Irmandades Catlicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e decide-

    se a servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas.

    Decidida a seguir sua vocao, procura completar seus conhecimentos que julga ainda

    insuficientes. Visita o Hospital de Dublin dirigido pela Irms de Misericrdia, Ordem Catlica

    de Enfermeiras, fundada 20 anos antes. Conhece as Irms de Caridade de So Vicente de

    Paulo, na Maison de la Providence em Paris.

    Aos poucos vai se preparando para a sua grande misso. Em 1854, a Inglaterra, a Frana

    e a Turquia declaram guerra Rssia: a Guerra da Crimia. Os soldados acham-se no maior

    abandono. A mortalidade entre os hospitalizados de 40%.

    Florence partiu para Scutari com 38 voluntrias entre religiosas e leigas vindas de

    diferentes hospitais. Algumas enfermeiras foram despedidas por incapacidade de adaptao e

    principalmente por indisciplina. A mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem

    dela o seu anjo da guarda e ela ser imortalizada como a "Dama da Lmpada" porque, de

    lanterna na mo, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a guerra contrai tifo e

    ao retornar da Crimia, em 1856, leva uma vida de invlida.

    Dedica-se porm, com ardor, a trabalhos intelectuais. Pelos trabalhos na Crimia, recebe

    um prmio do Governo Ingls e, graas a este prmio, consegue iniciar o que para ela a nica

    maneira de mudar os destinos da Enfermagem - uma Escola de Enfermagem em 1959.

    Aps a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas,

    que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente. A

    disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das caractersticas da escola nightingaleana, bem

    como a exigncia de qualidades morais das candidatas. O curso, de um ano de durao,

    consistia em aulas dirias ministradas por mdicos.

    Nas primeiras escolas de Enfermagem, o mdico foi de fato a nica pessoa qualificada

    para ensinar. A ele cabia ento decidir quais das suas funes poderiam colocar nas mos das

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    enfermeiras. Florence morre em 13 de agosto de 1910, deixando florescente o ensino de

    Enfermagem. Assim, a Enfermagem surge no mais como uma atividade emprica,

    desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupao assalariada que vem atender a

    necessidade de mo-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prtica social

    institucionalizada e especfica.

    Primeiras Escolas de Enfermagem

    Apesar das dificuldades que as pioneiras da Enfermagem tiveram que enfrentar, devido

    incompreenso dos valores necessrios ao desempenho da profisso, as escolas se espalharam

    pelo mundo, a partir da Inglaterra. Nos Estados Unidos a primeira Escola foi criada em 1873.

    Em 1877 as primeiras enfermeiras diplomadas comeam a prestar servios a domiclio em New

    York.

    As escolas deveriam funcionar de acordo com a filosofia da Escola Florence Nightingale,

    baseada em quatro idias-chave:

    1- O treinamento de enfermeiras deveria ser considerado to importante quanto qualquer outra

    forma de ensino e ser mantido pelo dinheiro pblico.

    2- As escolas de treinamento deveriam ter uma estreita associao com os hospitais, mas

    manter sua independncia financeira e administrativa.

    3- Enfermeiras profissionais deveriam ser responsveis pelo ensino no lugar de pessoas no

    envolvidas em Enfermagem.

    4- As estudantes deveriam, durante o perodo de treinamento, ter residncia disposio, que

    lhes oferecesse ambiente confortvel e agradvel, prximo ao hospital.

    Sistema Nightingale de Ensino

    As escolas conseguiram sobreviver graas aos pontos essenciais estabelecidos:

    1. Direo da escola por uma Enfermeira.

    2. Mais ensino metdico, em vez de apenas ocasional.

    3. Seleo de candidatos do ponto de vista fsico, moral, intelectual e aptido profissional.

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    Histria da Enfermagem no Brasil

    A organizao da Enfermagem na Sociedade Brasileira comea no perodo colonial e

    vai at o final do sculo XIX. A profisso surge como uma simples prestao de cuidados aos

    doentes, realizada por um prupo formado, na sua maioria, por escravos, que nesta poca

    trabalhavam nos domiclios. Desde o princpio da colonizao foi includa a abertura das Casas

    de Misericrdia, que tiveram origem em Portugal.

    A primeira Casa de Misericrdia foi fundada na Vila de Santos, em 1543. Em seguida,

    ainda no sculo XVI, surgiram as do Rio de Janeiro, Vitria, Olinda e Ilhus. Mais tarde Porto

    Alegre e Curitiba, esta inaugurada em 1880, com a presena de D. Pedro II e Dona Tereza

    Cristina.

    No que diz respeito sade do povo brasileiro, merece destaque o trabalho do Padre

    Jos de Anchieta. Ele no se limitou ao ensino de cincias e catequeses. Foi alm. Atendia aos

    necessitados, exercendo atividades de mdico e enfermeiro. Em seus escritos encontramos

    estudos de valor sobre o Brasil, seus primitivos habitantes, clima e as doenas mais comuns.

    A teraputica empregada era base de ervas medicinais minuncioasamente descritas.

    Supe-se que os Jesutas faziam a superviso do servio que era prestado por pessoas treinadas

    por eles. No h registro a respeito.

    Outra figura de destaque Frei Fabiano Cristo, que durante 40 anos exerceu atividades

    de enfermeiro no Convento de Santo Antnio do Rio de Janeiro (Sc. XVIII).

    Os escravos tiveram papel relevante, pois auxiliavam os religiosos no cuidado aos

    doentes. Em 1738, Romo de Matos Duarte consegue fundar no Rio de Janeiro a Casa dos

    Expostos. Somente em 1822, o Brasil tomou as primeiras medidas de proteo maternidade

    que se conhecem na legislao mundial, graas a atuao de Jos Bonifcio Andrada e Silva. A

    primeira sala de partos funcionava na Casa dos Expostos em 1822. Em 1832 organizou-se o

    ensino mdico e foi criada a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. A escola de parteiras da

    Faculdade de Medicina diplomou no ano seguinte a clebre Madame Durocher, a primeira

    parteira formada no Brasil.

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    No comeo do sculo XX, grande nmero de teses mdicas foram apresentadas sobre

    Higiene Infantil e Escolar, demonstrando os resultados obtidos e abrindo horizontes e novas

    realizaes. Esse progresso da medicina, entretanto, no teve influncia imediata sobre a

    Enfermagem.

    Assim sendo, na enfermagem brasileira do tempo do Imprio, raros nomes de

    destacaram e, entre eles, merece especial meno o de Anna Nery.

    Anna Nery

    Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira, na Cidade de Cachoeira, na

    Provncia da Bahia. Casou-se com Isidoro Antonio Nery, enviuvando aos 30 anos.

    Seus dois filhos, um mdico militar e um oficial do exrcito, so convocados a servir a

    Ptria durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), sob a presidncia de Solano Lopes. O mais

    jovem, aluno do 6 ano de Medicina, oferece seus servios mdicos em prol dos brasileiros.

    Anna Nery no resiste separao da famlia e escreve ao Presidente da Provncia,

    colocando-se disposio de sua Ptria. Em 15 de agosto parte para os campos de batalha,

    onde dois de seus irmos tambm lutavam. Improvisa hospitais e no mede esforos no

    atendimento aos feridos.

    Aps cinco anos, retorna ao Brasil, acolhida com carinho e louvor, recebe uma coroa

    de louros e Victor Meireles pinta sua imagem, que colocada no edifcio do Pao Municipal.

    O governo imperial lhe concede uma penso, alm de medalhas humanitrias e de

    campanha.

    Faleceu no Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880.

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    A primeira Escola de Enfermagem fundada no Brasil recebeu o seu nome. Anna Nery

    que, como Florence Nightingale, rompeu com os preconceitos da poca que faziam da mulher

    prisioneira do lar.

    Desenvolvimento da Educao em Enfermagem no Brasil

    (Sc. XIX)

    Ao final do sculo XIX, apesar de o Brasil ainda ser um imenso territrio com um

    contigente populacional pouco e disperso, um processo de urbanizao lento e progressivo j se

    fazia sentir nas cidades que possuam reas de mercado mais intensas, como So Paulo e Rio

    de Janeiro.

    As doenas infecto-contagiosas, trazidas pelos europeus e pelos escravos africanos,

    comeam a propagar-se rpida e progressivamente.

    A questo sade passa a constituir um problema econmico-social. Para deter esta

    escalada que ameaava a expanso comercial brasileira, o governo, sob presses externas,

    assume a assistncia sade atravs da criao de servios pblicos, da vigilncia e do controle

    mais eficaz sobre os portos, inclusive estabelecendo quarentena revitaliza, atravs da reforma

    Oswaldo Cruz introduzida em 1904, a Diretoria-Geral de Sade Pblica, incorporando novos

    elementos estrutura sanitria, como o Servio de Profilaxia da Febre Amarela, a Inspetoria de

    Isolamento e Desinfeco e o Instituto Soroterpico Federal, que posteriormente veio se

    transformar no Instituto Oswaldo Cruz.

    Mais tarde, a Reforma Carlos Chagas (1920), numa tentativa de reorganizao dos

    servios de sade, cria o Departamento Nacional de Sade Pblica, rgo que, durante anos,

    exerceu ao normativa e executiva das atividades de Sade Pblica no Brasil.

    A formao de pessoal de Enfermagem para atender inicialmente aos hospitais civis e

    militares e, posteriormente, s atividades de sade pblica, principiou com a criao, pelo

    governo, da Escola Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, no Rio de Janeiro, junto ao

    Hospital Nacional de Alienados do Ministrio dos Negcios do Interior. Esta escola, que de

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    fato a primeira escola de Enfermagem brasileira, foi criada pelo Decreto Federal n 791, de 27

    de setembro de 1890, e denomina-se hoje Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, pertencendo

    Universidade do Rio de Janeiro - UNI-RIO.

    Cruz Vermelha Brasileira

    A Cruz Vermelha Brasileira foi organizada e instalada no Brasil em fins de 1908, tendo

    como primeiro presidente o mdico Oswaldo Cruz. Destacou-se a Cruz Vermelha Brasileira

    por sua atuao durante a I Guerra Mundial (1914-1918).

    Durante a epidemia de gripe espanhola (1918), colaborou na organizao de postos de

    socorro, hospitalizando doentes e enviando socorristas a diversas instituies hospitalares e a

    domiclio. Atuou tambm socorrendo vtimas das inundaes, nos Estados de Sergipe e Bahia,

    e as secas do Nordeste. Muitas das socorristas dedicaram-se ativamente formao de

    voluntrias, continuando suas atividades aps o trmino do conflito.

    Primeiras Escolas de Enfermagem no Brasil

    1. Escola de Enfermagem "Alfredo Pinto"

    Esta escola a mais antiga do Brasil, data de 1890, foi reformada por Decreto de 23 de maio de

    1939. O curso passou a trs anos de durao e era dirigida por enfermeiras diplomadas. Foi

    reorganizada por Maria Pamphiro, uma das pioneiras da Escola Anna Nery.

    2. Escola da Cruz Vermelha do Rio de Janeiro

    Comeou em 1916 com um curso de socorrista, para atender s necessidades prementes da 1

    Guerra Mundial. Logo foi evidenciada a necessidade de formar profissionais (que desenvolveu-

    se somente aps a fundao da Escola Anna Nery) e o outro para voluntrios. Os diplomas

    expedidos pela escola eram registrados inicialmente no Ministrio da Guerra e considerados

    oficiais. Esta encerrou suas atividades.

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    3. Escola Anna Nery

    A primeira diretoria foi Miss Clara Louise Kienninger, senhora de grande capacidade e virtude,

    que soube ganhar o corao das primeiras alunas. Com habilidade fora do comum, adaptou-se

    aos costumes brasileiros. Os cursos tiveram incio em 19 de fevereiro de 1923, com 14 alunas.

    Instalou-se pequeno internato prximo ao Hospital So Francisco de Assis, onde seriam feitos

    os primeiros estgios. Em 1923, durante um surto de varola, enfermeiras e alunas dedicaram-

    se ao combate doena. Enquanto nas epidemias anteriores o ndice de mortalidade atingia

    50%, desta vez baixou para 15%. A primeira turma de Enfermeiras diplomou-se em 19 de

    julho de 1925.

    Destacam-se desta turma as Enfermeiras Lais Netto dos Reys, Olga Salinas Lacrte, Maria de

    Castro Pamphiro e Zulema Castro, que obtiveram bolsa de estudos nos Estados Unidos. A

    primeira diretora brasileira da Escola Anna Nery foi Raquel Haddock Lobo, nascida a 18 de

    junho de 1891. Foi a pioneira da Enfermagem moderna no Brasil. esteve na Europa durante a

    Primeira Grande Guerra, incorporou-se Cruz Vermelha Francesa, onde se preparou para os

    primeiros trabalhos. De volta ao Brasil, continuou a trabalhar como Enfermeira. Faleceu em 25

    de setembro de 1933.

    4. Escola de Enfermagem Carlos Chagas

    Por Decreto n 10.925, de 7 de junho de 1933 e iniciativa de Dr. Ernani Agrcola, diretor da

    Sade Pblica de Minas Gerais, foi criado pelo Estado a Escola de Enfermagem "Carlos

    Chagas", a primeira a funcionar fora da Capital da Repblica. A organizao e direo dessa

    Escola coube a Las Netto dos Reys, sendo inaugurada em 19 de julho do mesmo ano. A

    Escola "Carlos Chagas", alm de pioneira entre as escolas estaduais, foi a primeira a diplomar

    religiosas no Brasil.

    5. Escola de Enfermagem "Luisa de Marillac"

    Fundada e dirigida por Irm Matilde Nina, Filha de caridade, a Escola de Enfermagem Luisa

    de Marillac representou um avano na Enfermagem Nacional, pois abria largamente suas

    portas, no s s jovens estudantes seculares, como tambm s religiosas de todas as

    Congregaes. a mais antiga escola de religiosas no Brasil e faz parte da Pontifcia

    Universidade Catlica do Rio de Janeiro.

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    6. Escola Paulista de Enfermagem

    Fundada em 1939 pelas Franciscanas Missionrias de Maria, foi a pioneira da renovao da

    enfermagem na Capital paulista, acolhendo tambm religiosas de outras Congregaes. Uma

    das importantes contribuies dessa escola foi incio dos Cursos de Ps-Graduao em

    Enfermagem Obsttrica. Esse curso que deu origem a tantos outros, atualmente ministrado

    em vrias escolas do pas.

    7. Escola de Enfermagem da USP

    Fundada com a colaborao da Fundao de Servios de Sade Pblica (FSESP) em 1944, faz

    parte da Universidade de So Paulo. Sua primeira diretora foi Edith Franckel, que tambm

    prestara servios como Superintendente do Servio de Enfermeiras do Departamento de Sade.

    A primeira turma diplomou-se em 1946.

    Entidades de Classe

    1. Associao Brasileira de Enfermagem ABEn

    Sociedade civil sem fins lucrativos que congrega enfermeiras e tcnicos em enfermagem,

    fundada em agosto de 1926, sob a denominao de "Associao Nacional de Enfermeiras

    Diplomadas Brasileiras". uma entidade de direito privado, de carter cientfico e assistencial

    regida pelas disposies do Estatuto, Regulamento Geral ou Regimento Especial em 1929, no

    Canad, na Cidade de Montreal, a Associao Brasileira de Enfermagem, foi admitida no

    Conselho Internacional de Enfermeiras (I.C.N.). Por um espao de tempo a associao ficou

    inativa. Em 1944, um grupo de enfermeiras resolveu reergu-la com o nome Associao

    Brasileira de Enfermeiras Diplomadas. Seus estatutos foram aprovados em 18 de setembro de

    1945. Foram criadas Sees Estaduais, Coordenadorias de Comisses. Ficou estabelecido que

    em qualquer Estado onde houvesse 7 (sete) enfermeiras diplomadas, poderia ser formada uma

    Seo. Em 1955, esse nmero foi elevado a 10 (dez). Em 1952, a Associao foi considerada

    de Utilidade Pblica pelo Decreto n 31.416/52. Em 21 de agosto de 1964, foi mudada a

    denominao para Associao Brasileira de Enfermagem - ABEn, com sede em Braslia,

    funciona atravs de Sees formadas nos Estados, e no Distrito Federal, as quais, por sua vez,

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    podero subdividir-se em Distritos formados nos Municpios das Unidades Federativas da

    Unio.

    1.1. Finalidades da ABEn

    - Congregar os enfermeiros e tcnicos em enfermagem, incentivar o esprito de unio e

    solidariedade entre as classes;

    - Promover o desenvolvimento tcnico, cientfico e profissional dos integrantes de

    Enfermagem do Pas;

    - Promover integrao s demais entidades representativas da Enfermagem, na defesa dos

    interesses da profisso.

    1.2. Estrutura

    ABEn constituda pelos seguintes rgos, com jurisdio nacional:

    a) Assemblia de delegados

    b) Conselho Nacional da ABEn (CONABEn)

    c) Diretoria Central

    d) Conselho Fiscal

    1.3. Realizaes da ABEn

    - Congresso Brasileiro em Enfermagem

    Uma das formas eficazes que a ABEn utiliza para beneficiar a classe dos enfermeiros, reunindo

    enfermeiros de todo o pas nos Congressos para fortalecer a unio entre os profissionais,

    aprofundar a formao profissional e incentivar o esprito de colaborao e o intercmbio de

    conhecimentos.

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    - Revista Brasileira de Enfermagem

    A Revista Brasileira de Enfermagem rgo Oficial, publicado bimestralmente e constitui

    grande valor para a classe, pois trata de assuntos relacionados sade, profisso e

    desenvolvimento da cincia. A idia da publicao da Revista surgiu em 1929, quando Edith

    Magalhes Franckel, Raquel Haddock Lobo e Zaira Cintra Vidal participaram do Congresso do

    I.C.N. em Montreal, Canad. Numa das reunies de redatoras da Revista, Miss Clayton

    considerou indispensvel ao desenvolvimento profissional a publicao de um peridico da

    rea. Em maio de 1932 foi publicado o 1 nmero com o nome de "Anais de Enfermagem",

    que permaneceu at 1954. No VII Congresso Brasileiro de Enfermagem foi sugerida e aceita a

    troca do nome para "REVISTA BRASILEIRA DE ENFERMAGEM"- ABEn (REBen).

    Diversas publicaes esto sendo levadas a efeito: Manuais, Livros didticos, Boletim

    Informativo, Resumo de Teses, Jornal de Enfermagem.

    2. Sistema COFEN/CORENs

    2.1. Histrico

    a) Criao- Em 12 de julho de 1973, atravs da Lei 5.905, foram criados os Conselhos Federal

    e Regionais de Enfermagem, constituindo em seu conjunto Autarquias Federais, vinculadas ao

    Ministrio do Trabalho e Previdncia Social. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais so

    rgos disciplinadores do exerccio da Profisso de Enfermeiros, Tcnicos e Auxiliares de

    Enfermagem. Em cada Estado existe um Conselho Regional, os quais esto subordinados ao

    Conselho federal, que sediado no Rio de Janeiro e com Escritrio Federal em Braslia.

    b) Direo- Os Conselhos Regionais so dirigidos pelos prprios inscritos, que formam uma

    chapa e concorrem eleies. O mandato dos membros do COFEN/CORENs honorfico e

    tem durao de trs anos, com direito apenas a uma reeleio. A formao do plenrio do

    COFEN composta pelos profissionais que so eleitos pelos Presidentes dos CORENs.

    c) Receita- A manuteno do Sistema COFEN/CORENs feita atravs da arrecadao de

    taxas emolumentos por servios prestados, anuidades, doaes, legados e outros, dos

    profissionais inscritos nos CORENs.

  • - 15 -

    d) Finalidade- O objetivo primordial zelar pela qualidade dos profissionais de Enfermagem e

    cumprimento da Lei do Exerccio Profissional.

    O Sistema COFEN/CORENs encontra-se representado em 27 Estados Brasileiros, sendo este

    filiado ao Conselho Internacional de Enfermeiros em Genebra.

    2.2. Competncias

    - Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)

    Normatizar e expedir instrues, para uniformidade de procedimento e bom funcionamento

    dos Conselhos Regionais;

    Esclarecer dvidas apresentadas pelos CORENs;

    Apreciar Decises dos COREns;

    Aprovar contas e propostas oramentrias de Autarquia, remetendo-as aos rgos

    competentes;

    Promover estudos e campanhas para aperfeioamento profissional;

    Exercer as demais atribuies que lhe forem conferidas por lei.

    - Conselho Regional de Enfermagem (COREN)

    Deliberar sobre inscries no Conselho e seu cancelamento;

    Disciplinar e fiscalizar o exerccio profissional, observando as diretrizes gerais do COFEN;

    Executar as instrues e resolues do COFEN;

    Expedir carteira e cdula de identidade profissional, indispensvel ao exerccio da profisso, a

    qual tem validade em todo o territrio nacional;

    Fiscalizar e decidir os assuntos referentes tica Profissional impondo as penalidades

    cabveis;

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    Elaborar a proposta oramentria anual e o projeto de seu regimento interno, submetendo-os a

    aprovao do COFEN;

    Zelar pelo conceito da profisso e dos que a exercem;

    Propor ao COFEN medidas visando a melhoria do exerccio profissional;

    Eleger sua Diretoria e seus Delegados a nvel central e regional;

    Exercer as demais atribuies que lhe forem conferidas pela Lei 5.905/73 e pelo COFEN.

    2.3.- Sistema de Disciplina e Fiscalizao

    O Sistema de Disciplina e Fiscalizao do Exerccio Profissional da Enfermagem, institudo

    por lei, desenvolve suas atividades segundo as normas baixadas por Resolues do COFEN. O

    Sistema constitudo dos seguintes objetivos:

    a) rea disciplinar normativa: Estabelecendo critrios de orientao e aconselhamento para

    o exerccio da Enfermagem, baixando normas visando o exerccio da profisso, bem como

    atividade na rea de Enfermagem nas empresas, consultrios de Enfermagem, observando as

    peculiaridades atinentes Classe e a conjuntura de sade do pas.

    b) rea disciplinar corretiva: Instaurando processo em casos de infraes ao Cdigo de tica

    dos Profissionais de Enfermagem, cometidas pelos profissionais inscritos e, no caso de

    empresa, processos administrativos, dando prosseguimento aos respectivos julgamentos e

    aplicaes das penalidades cabveis; encaminhando s reparties competentes os casos de

    alada destas.

    c) rea fiscalizatria: Realizando atos e procedimentos para prevenir a ocorrncia de

    Infraes legislao que regulamenta o exerccio da Enfermagem; inspecionando e

    examinando os locais pblicos e privados, onde a Enfermagem exercida, anotando as

  • - 17 -

    irregularidades e infraes verificadas, orientando para sua correo e colhendo dados para a

    instaurao dos processos de competncia do COREN e encaminhando s reparties

    competentes, representaes.

    A Evoluo da Assistncia Sade nos Perodos Histricos

    - Perodo Pr-Cristo

    neste perodo as doenas eram tidas como um castigo de Deus ou resultavam do poder do

    demnio. Por isso os sacerdotes ou feiticeiras acumulavam funes de mdicos e enfermeiros.

    O tratamento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus espritos por meio de

    sacrifcios. Usavam-se: massagens, banho de gua fria ou quente, purgativos, substncias

    provocadoras de nuseas. Mais tarde os sacerdotes adquiriam conhecimentos sobre planteas

    medicinais e passaram a ensinar pessoas, delegando-lhes funes de enfermeiros e

    farmacuticos. Alguns papiros, inscries, monumentos, livros de orientaes poltica e

    religiosas, runas de aquedutos e outras descobertas nos permitem formar uma idia do

    tratamento dos doentes.

    - Egito

    Os egpicios deixaram alguns documentos sobre a medicina conhecida em sua poca. As

    receitas mdicas deviam ser tomadas acompanhadas da recitao de frmulas religiosas.

    Pratica-se o hipnotismo, a interpretao de sonhos; acreditava-se na influncia de algumas

    pessoas sobre a sade de outras. Havia ambulatrios gratuitos, onde era recomendada a

    hospitalidade e o auxlio aos desamparados.

    - ndia

    Documentos do sculo VI a.C. nos dizem que os hindus conheciam: ligamentos, msculos,

    nervos, plexos, vasos linfticos, antdotos para alguns tipos de envenenamento e o processo

    digestivo. Realizavam alguns tipos de procedimentos, tais como: suturas, amputaes,

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    trepanaes e corrigiam fraturas. Neste aspecto o budismo contribui para o desenvolvimento da

    enfermagem e da medicina. Os hindus tornaram-se conhecidos pela construo de hospitais.

    Foram os nicos, na poca, que citaram enfermeiros e exigiam deles qualidades morais e

    conhecimentos cientficos. Nos hospitais eram usados msicos e narradores de histrias para

    distrair os pacientes. O bramanismo fez decair a medicina e a enfermagem, pelo exagerado

    respeito ao corpo humano - proibia a dissecao de cadveres e o derramamento de sangue. As

    doenas eram consideradas castigo.

    - Assria e Babilnia

    Entre os assrios e babilnios existiam penalidades para mdicos incompetentes, tais como:

    amputao das mos, indenizao, etc. A medicina era baseada na magia - acreditava-se que

    sete demnios eram os causadores das doenas. Os sacerdotes-mdicos vendiam talisms com

    oraes usadas contra ataques dos demnios. Nos documentos assrios e babilnicos no h

    meno de hospitais, nem de enfermeiros. Conheciam a lepra e sua cura dependia de milagres

    de Deus, como no episdio bblico do banho no rio Jordo. "Vai, lava-te sete vezes no Rio

    Jordo e tua carne ficar limpa".(II Reis: 5, 10-11)

    - China

    Os doentes chineses eram cuidados por sacerdotes. As doenas eram classificadas da seguinte

    maneira: benignas, mdias e graves. Os sacerdotes eram divididos em trs categorias que

    correspondiam ao grau da doena da qual se ocupava. Os templos eram rodeados de plantas

    medicinais. Os chineses conheciam algumas doenas: varola e sfilis. Procedimentos:

    operaes de lbio. Tratamento: anemias, indicavam ferro e fgado; doenas da pele, aplicavam

    o arsnico. Anestesia: pio. Construram alguns hospitais de isolamento e casas de repouso. A

    cirurgia no evoluiu devido a proibio da dissecao de cadveres.

    - Japo

    Os japoneses aprovaram e estimularam a eutansia. A medicina era fetichista e a nica

    teraputica era o uso de guas termais.

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    - Grcia

    As primeiras teorias gregas se prendiam mitologia. Apolo, o deus sol, era o deus da sade e

    da medicina. Usavam sedativos, fortificantes e hemostticos, faziam ataduras e retiravam

    corpos estranhos, tambm tinham casas para tratamento dos doentes. A medicina era exercida

    pelos sacerdotes-mdicos, que interpretavam os sonhos das pessoas. Tratamento: banhos,

    massagens, sangrias, dietas, sol, ar puro, gua pura mineral. Dava-se valor beleza fsica,

    cultural e a hospitalidade. O excesso de respeito pelo corpo atrasou os estudos anatmicos. O

    nascimento e a morte eram considerados impuros, causando desprezo pela obstetrcia e

    abandono dos doentes graves. A medicina tornou-se cientfica, graas a Hipcrates, que deixou

    de lado a crena de que as doenas eram causadas por maus espritos. Hipcrates considerado

    o Pai da Medicina. Observava o doente, fazia diagnstico, prognstico e a teraputica.

    Reconheceu doenas como: tuberculose, malria, histeria, neurose, luxaes e fraturas. Seu

    princpio fundamental na teraputica consistia em "no contrariar a natureza, porm auxili-la a

    reagir". Tratamentos usados: massagens, banhos, ginsticas, dietas, sangrias, ventosas,

    vomitrios, purgativos e calmantes, ervas medicinais e medicamentos minerais.

    - Roma

    A medicina no teve prestgio em Roma. Durante muito tempo era exercida por escravos ou

    estrangeiros. Os romanos eram um povo, essencialmente guerreiro. O indivduo recebia

    cuidados do Estado como cidado destinado a tornar-se bom guerreiro, audaz e vigoroso.

    Roma distinguiu-se pela limpeza das ruas, ventilao das casas, gua pura e abundante e redes

    de esgoto. Os mortos eram sepultados fora da cidade, na via pia. O desenvolvimento da

    medicina dos romanos sofreu influncia do povo grego.

    O cristianismo foi a maior revoluo social de todos os tempos. Influiu positivamente atravs

    da reforma dos indivduos e da famlia. Os cristos praticavam uma tal caridade, que movia os

    pagos: "Vede como eles se amam". Desde o incio do cristianismo os pobres e enfermos

    foram objeto de cuidados especiais por parte da Igreja.

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    Bibliografia

    TURKIEWICZ, Maria. Histria da Enfermagem. Paran, ETECLA, 1995.

    GEOVANINI, telma; ...(et.ali.) Histria da Enfermagem : verses e Interpretaes. Rio de

    janeiro, Revinter, 1995.

    BRASIL, Leis, etc. Lei 5.905, de 12 de julho de 1973. Dispe sobre a criao dos Conselhos

    Federal e Regionais de Enfermagem e d outras providncias. Dirio Oficial da Unio,

    Braslia, 13 de julho de 1973. Seo I, p. 6.825.

    CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Documentos Bsicos de Enfermagem.

    CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SO PAULO. Home-page.