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GUIA PRÁTICODO MANEJO FLORESTAL
COMUNITÁRIO E FAMILIARNO AMAZONAS
ROTEIRO PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA
GUIA PRÁTICO
ROTEIRO PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA
AgOsTO DE 2018
DO MANEJO FLORESTALCOMUNITÁRIO E FAMILIAR
NO AMAZONAS
GUIA PRÁTICO DO MANEJO COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS - ROTEIRO PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA
AgOsTO DE 2018
ElaboracaoInstituto de Conservacao e Desenvolvimento Sustentavel da
Amazônia – IDESAM
AutoresMarcus Alexandre Biazatti Souto
Robert Viana CamposLaura Rydlewski
RevisoresAndré Luiz Menezes Vianna
Carlos Gabriel Koury
Projeto Grafico e EditoracaoAna Claudia Medeiros
Fotos Acervo Idesam
F727g souto, Marcus Alexandre Biazatti.
guia prático do manejo florestal familiar e comunitário no Amazonas: roteiro para produção de madeira. / Marcus Alexandre Biazatti souto; Robert Viana Campos; Laura Rydlewski. – Manaus: IDEsAM, 2018.
106 p. il. Color.IsBN 978-85-64371-30-9
1. Desenvolvimento sustentável 2. Manejo florestal I. Campos, Robert
Viana II. Rydlewski, Laura III. Título
CDD 333.7515 - 22. ed. CDU 630 *3
Os dados e opiniões expressos neste trabalho são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião dos financiadores deste estudo.
Confira também outras publicações do Idesam em idesam.org.br/biblioteca.
Ficha Catalográfica
Elaborado por Ycaro Verçosa dos santos - CRB-11/287
O desenvolvimento do manejo florestal comunitário e familiar depende do empoderamento dos manejadores. Quanto melhor informado ele estiver, mais poderá conciliar seu conhecimento tradicional com as exigências legais de comercialização de madeira tropical. Além disso, poderá negociar melhor com os atores da atividade florestal, como: extensionistas, prestadores de serviço, compradores de madeira, representantes de instituições públicas, outras comunidades, entre outros. Consequentemente, superiores serão os resultados obtidos pelos manejadores.
O caminho da madeira licenciada não é curto e nem simples, por isso damos destaque para a necessidade do extensionista florestal, que deverá apoiar a atividade desde o início do planejamento até sua comercialização. Com suporte técnico e mais informado, o manejador vencerá todas as etapas com sucesso e poderá obter resultados positivos com a venda de madeira licenciada.
Desta forma, esta publicação objetiva ser um guia de informação detalhada das etapas do licenciamento ambiental, produção e comercialização da madeira. Busca também auxiliar as comunidades e os extensionistas iniciantes na atividade florestal e servir de referência para aqueles que já estão desenvolvendo a atividade.
BOM MANEJO!
Carlos gabriel KouryDiretor - Idesam
Apresentacao
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Histórico da producao de madeira na Amazônia
A exploração comercial madeireira na Amazônia foi iniciada há mais de trezentos anos, quando madeiras nobres eram exploradas nas florestas próximas às margens dos rios e exportadas, em toras, para as metrópoles europeias.
Até o século XIX, a madeira possuía pouca importância para a economia da Amazônia, quando os principias produtos eram: cacau, castanha, borracha, sementes e raízes. Já no final do século XIX e início do século XX, a borracha tornou-se o principal produto da economia da Amazônia e a madeira em toras era um produto secundário.
Durante a primeira metade do século XX, dormentes de madeira eram comercializados para estradas de ferro da Alemanha, Espanha e do sul do Brasil. Na década de 50, a exploração de dormentes teve fim e, além da exportação de toras, passou-se a comercializar madeira serrada. Neste momento, o setor industrial madeireiro começou a intensificar-se na Amazônia. grandes serrarias e fábricas de compensados e laminados, instalaram-se na região das ilhas do estuário do Pará e em Manaus por meio de capital estrangeiro, principalmente. Estas indústrias exploravam duas espécies das florestas de várzea para o comércio internacional, a virola (Virola surinamensis) e a andiroba (Carapa guianensis), sendo que até o início dos anos 70, estas indústrias produziam entre 75% a 80% da madeira da Amazônia.
A partir de 1970, com a abertura de estradas oficiais, começou a exploração de madeira na região de terra firme, principalmente, no Pará, nas rodovias Belém-Brasília (PA - 010), Belém-Marabá (PA-150) e santarém-Cuiabá (PA-163).
Introducao
Fonte: FAO, 1976; Palmer, 1977; silva, 1987; Browder, 1989; Plowden e Kusuda, 1989; citado por BARROs & UHL, 1997.
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A producao convencional de madeira na Amazônia
A serraria, a movelaria, o estaleiro, o depósito ou o atravessador solicita a madeira para o dono da floresta. se for preciso, adianta uma parte do dinheiro.
Na floresta, o serrador e sua equipe procuram as árvores da espécie solicitada, derrubam e serram em pranchas ou em peças menores para o transporte.
O serrador entrega a madeira para o comprador e recebe a outra parte do valor combinado.
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O qUE é?O governo Brasileiro, representado pelo Ministério do Meio Ambiente define Manejo Florestal sustentável da seguinte forma:
Qualquer exploração de madeira em área de Reserva Legal deve ser realizada via manejo florestal, com a aprovação de um Plano de Manejo Florestal pelas autoridades competentes.
Realizar exploração e comércio de madeira sem licença ambiental é ilegal e, se executado, pode resultar em:
• Menor valor de venda da madeira;
• Maior risco de acidentes na exploração;
• Maiores danos na floresta por explorar árvores ainda jovens, diminuindo a oferta de madeira a ser explorada no futuro;
• Menor aproveitamento da madeira explorada;
• Responsabilidade criminal: explorar, transportar e vender madeira sem licença é crime. Os responsáveis pela atividade podem ser multados, ter equipamentos e madeira apreendidos e serem presos.
Manejo Florestal
Manejo Florestal Sustentavel é a administração da floresta para obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras, de múltiplos produtos e subprodutos não-madeireiros, bem como a utilização de outros bens e serviços florestais.
Fonte: Inciso IX do Art. 2º da Resolução CONAMA nº 406 de 02 de fevereiro de 2009.
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qUEM é qUEM?
Dono da area de floresta:
Caso 1 – O dono da área de floresta recebe um funcionário de uma empresa local interessada em fazer um plano de manejo florestal em sua área para explorar madeira licenciada, que já apresenta uma proposta de valor de compra da madeira. A partir da manifestação de interesse pela proposta o funcionário da empresa passa a verificar se toda a documentação do dono da área está regularizada. se os documentos estiverem em ordem a Empresa assina um contrato com o dono da área de floresta e faz o licenciamento do plano de manejo. A madeira é explorada e comercializada conforme estabelecido em contrato com a empresa. Recomenda-se, nesses casos, que o dono da floresta, mesmo não trabalhando diretamente no manejo, acompanhe todas as etapas para garantir que sua floresta está sendo bem manejada. Logo após a conclusão da exploração das árvores licenciadas, a empresa deve apresentar ao IPAAM os resultados da exploração. Para uma nova exploração na mesma área, o produtor e a empresa devem esperar por 25 anos, em média.
Caso 2 - O dono da área de floresta procura um engenheiro ou técnico florestal para elaborar seu plano de manejo. Depois de estar licenciado ele busca compradores para sua madeira (semelhante ao manejo tradicional). O comprador faz um pedido e a venda é negociada estabelecendo-se um preço e uma forma de pagamento (adiantamento). Caso o comprador também seja serrador, ele monta a equipe, combina o pagamento e vai para a floresta para encontrar as árvores e serrar. se não for serrador, contrata a equipe que fará o serviço para ele. Porém, diferente da exploração tradicional, é recomendado nesses casos que o dono da floresta, mesmo não trabalhando diretamente no manejo, acompanhe todas as etapas para garantir que sua floresta está sendo bem manejada. Depois da madeira retirada, ele entrega ao comprador conforme o combinado. Assim que exploradas as árvores licenciadas, o Eng. Florestal deve apresentar ao IPAAM os resultados da exploração para poder reiniciar o processo de licenciamento de uma nova área dentro de sua propriedade.
Serrador e sua equipe:No manejo licenciado, o serrador e sua equipe podem apoiar na etapa de inventário florestal, além de realizar as atividades de abertura das picadas e a exploração da madeira e a entrega, conforme combinado, ao dono da floresta ou direto ao comprador.
Comprador da madeira:são as serrarias, estâncias, estaleiros, movelarias, atravessadores ou depósitos de madeira. No manejo licenciado, o comprador da madeira procura pelo dono da área de floresta que oferece sua equipe de Engenheiros e Técnicos Florestais para atuar no licenciamento. Em alguns casos ele adianta parte do pagamento para o dono da área de floresta. O comprador também deve estar legalizado junto aos órgãos licenciadores para poder comprar a madeira manejada.
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Produzem madeira em ‘Fazendas Florestais’ próprias ou arrendam áreas de moradores tradicionais. Empregam moradores locais. Possuem sistema próprio de beneficiamento de madeira.
É a modalidade jurídica que os moradores tradicionais possuem de produzir madeira licenciada de forma coletiva. Assim eles conseguem reunir uma quantidade maior de madeira para vender e dividir os gastos com o licenciamento e viagens para contato com compradores e, quando necessário, com os órgãos públicos como o IPAAM, ICMBio e o INCRA.
EMPRESAS FLORESTAIS
ASSOCIAçõES Ou COOPERATIvAS
qUEM é qUEM?
Manejo Florestal
Assim como na exploração tradicional, nem sempre o atravessador atua na cadeia produtiva. O atravessador pode apoiar os compradores de madeira buscando novas áreas de floresta para manejar, fazendo uma ponte de contato entre o dono da floresta e o comprador da madeira ou ainda buscando quem possui madeira para vender. É um ator importante na cadeia, pois na maioria das vezes o dono da floresta não tem contato com os compradores de madeira. Atenção! O atravessador, assim como todo mundo, não trabalha de graça. O dono da floresta deve negociar e avaliar o quanto poderá pagar pelo serviço. É importante que o dono da área de floresta sempre faça contas de seus gastos e ganhos antes de fechar um negócio.
ATRAvESSADOR
Engenheiro ou técnico florestal, é a pessoa que irá acompanhar todas as etapas do manejo e elaborar o Plano de Manejo Florestal sustentável. O extensionista pode ser contratado pelo dono da área de floresta ou ser oferecido pelo Estado. O IDAM é o órgão responsável por oferecer o serviço de extensão florestal sem custo para o produtor. O extensionista do IDAM pode acompanhar o manejo até o momento do licenciamento. A exploração, a comercialização e a emissão do Documento de Origem Florestal (DOF), ficam por conta do dono da área de floresta.
EXTENSIONISTA
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É o órgão federal responsável pelo monitoramento, controle e fiscalização ambiental de atividades degradadoras, poluidoras e que utilizem recursos naturais. Em relação aos planos de manejo situados em UC federal é o responsável direto pela emissão da AUTEX (Autorização de Exploração) após aprovação do manejo florestal pelo ICMBio.
Órgaos de Governo e suas Atribuicões junto aos PMFS
É o órgão Estadual que avalia o plano de manejo florestal sustentável para a liberação da licença ambiental, realiza vistorias e fiscalizações, antes, durante e após a conclusão do manejo florestal.
É o órgão responsável pela assistência técnica e extensão rural para os pequenos produtores rurais na elaboração e licenciamento dos Planos de Manejo Florestal sustentável de Pequena Escala no Amazonas.
É o órgão federal responsável pela criação, gestão, fiscalização e pelo monitoramento das Unidades de Conservação instituídas pela União. É responsável também pelo licenciamento, vistoria e fiscalização do plano de manejo inserido em UC Federal.
É o órgão gestor dos Projetos de Assentamento, que autoriza e acompanha, quando necessário, o produtor (assentado) a fazer o manejo florestal em seu lote.
IPAAM - Instituto de Protecao Ambiental do Amazonas
IDAM - Instituto de Desenvolvimento Agropecuario e Florestal Sustentavel do Estado do Amazonas
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaveis
INCRA - Instituto Nacional de Colonizacao e Reforma Agraria
ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservacao da Biodiversidade
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O
O dono da área de floresta interessado em produzir madeira
procura o órgão de extensão do seu município ou um engenheiro
ou técnico florestal para a elaboração do plano de manejo.
Junto com o técnico ou engenheiro florestal, o dono
da floresta forma uma equipe para a realização
da delimitação da área e o inventário florestal.
Após explorada toda a área, o engenheiro florestal faz uma verificação para elaboração do relatório pós-exploratório e realiza o inventário florestal na área que será explorada no ano seguinte. Assim, todo processo é reiniciado.
Com os dados do inventário florestal, o engenheiro florestal elabora o plano de manejoe o plano operacional anual e protocola no IPAAM ou ICMBio para o processo de licenciamento.
O transporte da madeira serrada pode ocorrer por trator
com até 85cv dentro da área de manejo e fora da área de
manejo deve obrigatoriamente estar acompanhado de Nota
Fiscal e DOF (Documento de Origem Florestal). Nessa
etapa, geralmente, é preciso apoio do engenheiro ou
técnico florestal.
Para viabilizar a atividade de manejo florestal, é necessária a emissão de licenças, como a Licença de operação (LO) ou a AUTEX, que autorizam a exploração.
Com a LO ou AUTEX emitida, pode-se iniciar a exploração
e a comercialização da madeira. A madeira poderá
ser serrada em campo por meio da motosserra ou
serraria portátil.
O Ciclo do Manejo Florestal Licenciado
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qUEM é qUEM?
Manejo Florestal
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COMO FUNCIONA?
Para trabalhar com o manejo florestal é necessário ter conhecimento de sua área e algumas noções de gestão de produção, além do apoio de engenheiros e técnicos florestais que serão responsáveis pela elaboração e execução do Plano de Manejo Florestal sustentável (PMFs).
O conhecimento e a gestão adequada da sua área florestal são fundamentais. Através deles você poderá definir os locais de acesso e transporte de madeira, assim como a adequação e criação de cronograma de atividades que conciliem todas as atividades produtivas, reduzindo seus custos. Desta forma o CAR – Cadastro Ambiental Rural se destaca como uma boa ferramenta para apoiar a gestão e o zoneamento da sua área, além de ser um documento condicionante para a aprovação do PMFs. Neste cadastro define-se na propriedade as áreas de produção agrícola, de Preservação Permanente e de Reserva Legal (onde deverá ser realizado o PMFs).
PMFS ou Plano de Manejo Florestal Sustentavel, de acordo com a legislação estadual, é um “Documento técnico básico que contém as diretrizes e procedimentos para a administração da floresta, visando a obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais”. Em outras palavras, ele contém informações a respeito da área a ser manejada e o planejamento das atividades a serem realizadas ao longo do tempo.
Fonte: Resolução sDs nº 17 de 20/08/2013
Manejo Florestal
ÁREA DE UsO: 20%
ÁREA DE REsERVA LEgAL: 80% (MíNIMO)
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Atividades a serem realizadas durante o período de um ano
GESTÃO
GESTÃO
INVENTÁRIO
ANUÊNCIA DO ÓRGÃO GESTOR DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO
LICENCIAMENTO (PMFS E POA)
LICENCIAMENTO (PMFS E POE)
RELATÓRIO PÓS EXPLORATÓRIO
RELATÓRIO PÓS-EXPLORATÓRIO
LICENÇA DE OPERAÇÃO (EXPLORAÇÃO)
EXPLORAÇÃO (AUTEX)
PMFSUCs FEDERAIS
COMO FUNCIONA?
Manejo Florestal
INVENTÁRIO
PMFSUCs ESTADUAIS
AMAZONAS
AM
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LICENÇA DE OPERAÇÃO (EXPLORAÇÃO)
RELATÓRIO PÓS-EXPLORATÓRIO
GESTÃO
GESTÃO
DOCUMENTO FUNDIÁRIO OU PROTOCOLO DE REGULARIZAÇÃO (PROPRIEDADE)
INVENTÁRIO
INVENTÁRIO
LICENCIAMENTO (PMFS E POE)
LICENCIAMENTO (PMFS E POE)
ANUÊNCIA DO INCRA
RELATÓRIO PÓS-EXPLORATÓRIO
LICENÇA DE OPERAÇÃO (EXPLORAÇÃO)MORADOR DE
GLEBAS DO ESTADO PROPRIETÁRIO OU
POSSEIRO
APAT
PROJETOS DEASSENTAMENTO
PARTE
1
O PRODUTORO manejo florestal pode ser executado por diversos atores da cadeia madeireira, assim como por morados de diferentes localizacões do Estado do Amazonas, tais como: Unidades de Conservacao Estadual e Federal, Projetos de Assentamentos Convencionais e Ambientalmente Diferenciados e Moradores de Terras do Estado.
As categorias de Unidades de Conservacao Estaduais que admitem a atividade de manejo florestal sustentavel, sao: RESEX, RDS e FLORESTA.
Para as Unidades de Conservacao Federais, admite-se manejo florestal para as categorias: RESEX, RDS e FLONA. Os Projetos de Assentamentos que podem realizar manejo florestal, sao: PA Con-vencional, PDS, PAE e PAF.
O ICMBio junto com o IBAMA sao os órgaos ambientais responsaveis em atender e licenciar os PMFS situados em UC Federal. Ja o IPAAM, esta responsavel pelo licenciamento em UC Estadual, PA e Terras do Estado.
SuMÁRIO
MORADOR DE PROJETO DE ASSENTAMENTO CONVENCIONAL: PA
MORADOR DE PROJETO DE ASSENTAMENTO AMBIENTALMENTE DIFERENCIADO: PDs, PAE E PAF
MORADOR DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO ESTADUAL: RDs, FLOREsTA, REsEX
MORADOR DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO FEDERAL: RDs, FLONA E REsEX
MORADOR DE GLEBAS DO ESTADO: POssEIRO, PROPRIETÁRIO OU ARRENDATÁRIO
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PRODUTOR, QUEM É VOCÊ?
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MORADOR DE PROJETO DE ASSENTAMENTO CONvENCIONAL: PA
PAsPA ACARIPA ÁGUA BRANCAPA ALIANÇAPA AQUIDABANPA BANDEIRANTESPA BERURIPA BÓIAPA CANOASPA CAVIANAPA CRAJARIPA ENGENHOPA ESPIGÃO DO ARARAPA IPORAPA JOANA D ARC I
PA JOANA D ARC IIIPA MANAQUIRI I - GLEBA 06PA MANAQUIRI II - GLEBA 0PA MATUPIPA MONTEPA NAZARÉPA NOVA RESIDÊNCIAPA PACIÁPA PANELÃOPA PAQUEQUERPA PIABAPA PORTO ALONSOPA PURAQUEQUARAPA PUXURIZAL
PA RIO JUMAPA RIO PARDOPA RIOZINHOPA SAMPAIOPA SANTO ANTÔNIOPA SANTO ANTONIO DO PEIXOTOPA SÃO FRANCISCOPA SÃO JOÃO DO BALANCEIOPA TARUMÃ MIRIMPA TOCANTINSPA UATUMÃPA UMARIPA URUMUTUM
Requerımento de anuêncıa à Autorização Prévia à Análise Técnica de Plano de Manejo Florestal sustentável (APAT) ao INCRA;
Execução do Inventárıo Florestal;
Elaboração do Plano de Manejo Florestal sustentável e Plano Operacional de Exploração;
ÓRgÃOs LICENCIADOREs
CAMPO
EsCRITÓRIO
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ETAPAS DO LICENCIAMENTO
Manejo Florestal de Pequena Escala
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Requerımento de anuêncıa ao Plano de Manejo Florestal sustentável no INCRA;
Protocolo do Plano de Manejo Florestal sustentável e Plano Operacional de Exploração no IPAAM;
Aprovação do Plano de Manejo Florestal sustentável e Plano Operacional de Exploração.
ÓRgÃOs LICENCIADOREs
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Para Planos de Manejo Florestal sustentável de Maior e Menor Impacto é necessária a solicitação de anuência do INCRA.
O que é a APAT?
Uma declaração de que o produtor está com sua documentação fundiária regular, que possui área de floresta em seu lote e que está cumprindo com seus deveres de assentado (cultivando, residindo e produzindo no Projeto de Assentamento).
Neste documento o produtor ira definir:
• se o Manejo Florestal será Individual ou Comunitário (via Associações ou Cooperativas);
• A Área Total do lote a ser manejado (se individual) ou dos lotes a serem manejados (se comunitário);
• A Área de Reserva Legal (no mínimo 80% da Área Total).
NOTA: Delimite junto com o EXTENsIONIsTA sua ÁREA DE UsO, que é área que irá utilizar para cultivo, pastagem, açaizal, dentre outras atividades. Em seguida, o EXTENsIONIsTA irá orientá-lo quanto a presença de ÁREAs DE PREsERVAÇÃO PERMANENTEs e também com relação ao máximo de área que poderá utilizar no futuro. Caso tenha desmatado a área de floresta além do permitido para cultivo agrícola ou pecuária (pastagem), o EXTENsIONIsTA irá orientá-lo como proceder nesse caso, para que tenha o máximo de aproveitamento de seu lote.
O ASSENTADO INTERESSADO EM FAZER O MANEJO FLORESTAL DEVERÁ SOLICITAR A ANUÊNCIA DO INCRA E APRESENTAR OS DOCUMENTOS QUE IRÃO COMPOR A APAT (ANÁLISE PRÉVIA à ANÁLISE TÉCNICA)
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MORADOR DE PROJETO DE ASSENTAMENTO CONvENCIONAL: PA
• A Área de Manejo Florestal (AMF), que será a Área Total do Lote ‘menos’ a Área de Uso.
50 haÁrea total da propriedade
7 haÁrea de uso
50 - 7= 43 haAMF
Importante: somente será emitida a anuência do INCRA para a APAT aos beneficiários que possuam um dos tipos de titulação expedidos pelo INCRA: Contrato de Concessão de Uso (CCU), Contrato de Concessão de Direito Real de Uso (CCDRU) ou Título de Domínio (TD) ainda não liberado de cláusulas resolutivas.
!
Documentos necessarios para requerer a anuência à APAT no INCRA
Para producao de madeira de forma individual:• Título de Domínio ou Contrato de Concessão de Uso (TD, CCU ou CCDRU);
• Formulário preenchido e assinado pelo requerente do PMFs (disponível no Anexo I – B da Instrução Normativa INCRA No. 65/2010);
• Cópia do Rg e CPF do Titular e do Cônjuge.
Para producao de madeira de forma comunitaria:• Original e cópia do Estatuto social, atualizado e registrado em cartório;
• Formulário preenchido e assinado pelo presidente ou por todos os membros do colegiado da associação ou cooperativa, conforme estatuto (disponível no Anexo I – A da Instrução Normativa INCRA No. 65/2010);
• Original e cópia do Rg e do CPF do presidente ou dos membros do colegiado da associação ou cooperativa;
• CNPJ da associação/cooperativa;
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Consulte um extensionista florestal para auxiliar na elaboração deste documento.
A PRÓxIMA ETAPA é O INVENTÁRIO FLORESTAL!
• Nome, CPF e assinatura dos beneficiários do PNRA interessados na atividade;
• Original e cópia da Ata da Assembleia que aprova a atividade de manejo florestal sustentável (assinada por todos os associados/cooperados presentes, incluindo aqueles que não irão participar da atividade);
• Lista dos interessados, contendo nome completo, número de CPF e assinatura.
• O lote não poderá ter área desmatada acima de 20% da Área Total (por exemplo: 10 hectares (ha) para lotes de 50 ha; 20 ha para lotes de 100 ha). Em caso de dúvidas sobre a Área de Uso consulte um extensionista.
• A Área de Reserva Legal deve ser equivalente a 80% da Área Total. Nunca desmate áreas de floresta na beira de igarapés, rios e principalmente próximo a nascentes. Caso tenha feito, informe ao extensionista.
• Caso seu lote não tenha acesso (ramal), informe ao extensionista para orientações de como fazer o Manejo em sua área.
• Após o protocolo deste documento no INCRA, uma vistoria no Projeto de Assentamento será realizada por técnicos do instituto a fim de atestar a regularidade (moradia e uso social da terra) dos beneficiários interessados no Manejo Florestal. A não caracterização da ocupação/exploração dos lotes pelos interessados e/ou unidade familiar caracteriza irregularidade no processo e não autorização para o manejo florestal (indeferimento).
OBSERVAÇõES IMPORTANTES
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MORADOR DE PROJETO DE ASSENTAMENTO AMbIENTALMENTE DIFERENCIADO: PDS, PAE E PAF
PROJETO DE ASSENTAMENTO AGROEXTRATIVISTA (PAE)
PAE ABACAXISPAE ABACAXIS IIPAE ACARÁPAE ANTIMARYPAE ANUMAÃPAE ARIPUANÃ-GUARIBAPAE BAETASPAE BELA VISTA IIPAE BOTOSPAE CABALIANA IPAE CABALIANA IIPAE CANAÃPAE CASTANHOPAE CURUPIRAPAE FLORA AGRÍCOLAPAE FLORESTA DO IPIXUNAPAE FORTALEZAPAE GUARANÍ
PAE ILHA DO ARAMAÇAPAE ILHA DO BAIXIOPAE ILHA DO PARANÁ DEPARINTINS PAE INAJÁPAE JENIPAPOSPAE JURUTI VELHOPAE LAGO DO ACARÁPAE LAGO DO SÃO RAFAELPAE MARIPITIPAE MATUPIRIPAE NOVO HORIENTEPAE NOVO JARDIMPAE NOVO TEMPO ILHA DA PACIENCIAPAE NOVO TEMPO ILHA JACURUTUPAE NOVO TEMPO ILHA MARIA ANTONIA
PAE ONÇASPAE PIRANHAPAE PURUSPAE RIO AÇUÃ PAE SANTA MARIA AUXILIADORAPAE SANTO ANTÔNIO MOURÃO PAE SÃO BENEDITOPAE SÃO JOAQUIMPAE TERRA FIRMEPAE TERRUÃPAE TROCANÃPAE TUPANA IGAPÓ-AÇU IPAE TUPANA IGAPÓ AÇU IIPAE URUAPIARAPAE VILA ALTEROSA DO JUI
PROJETO DE ASSENTAMENTO FLORESTAL (PAF)
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (PDS)
PAF CURUQUETEPAF RIO IÇÁ
PDS AMATARÍPDS AXINIMPDS BATATAPDS COSTA DA CONCEIÇÃO PDS COSTA DO CALDEIRÃO PDS COSTA DO IRANDUBA PDS CUIEIRAS/ ANAVILHANAS
PDS GEDEÃOPDS ITAUBAOPDS LAGO DO MIRAPDS LAGO DO TUCUNARÉ PDS MANDIOCAPDS MORENAPDS NOVA ESPERANÇAPDS NOVO REMANSO
PDS PRIMAVERAPDS RAINHAPDS REALIDADEPDS RIO TACANAPDS SAMAUMA
Requerımento de anuêncıa (APAT) ao INCRA
Requerımento de anuêncıa ao Plano de Manejo Florestal sustentável no INCRA
Protocolo do Plano de Manejo Florestal sustentável e Plano Operacional de Exploração no IPAAM
Aprovação do Plano de Manejo Florestal sustentável e Plano Operacional de Exploração no IPAAM e recebımento da Licença de Operação (LO)
Execução do Inventárıo Florestal
Elaboração do Plano de Manejo Florestal sustentável e Plano Operacional de Exploração
ÓRgÃOs LICENCIADOREs
ÓRgÃOs LICENCIADOREs
CAMPO
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ETAPAS DO LICENCIAMENTO
Manejo Florestal Comunitario
Importante: Em PAE, PAF e PDs só é permitido o Manejo Florestal Comunitário!!
O que é este documento?
Uma declaração de que o produtor está com sua documentação fundiária regular, que possui área de floresta em seu lote e que está cumprindo com seus deveres de assentado (cultivando, residindo e produzindo no Projeto de Assentamento)
Neste documento o produtor ira definir:
• Localização e área em hectares do Plano de Manejo Florestal sustentável.
A associacao ou cooperativa devera encaminhar ao Incra:
• Formulário preenchido e assinado pelo presidente ou por todos os membros do Colegiado da associação ou cooperativa, conforme estatuto e suas alterações disponível no Anexo I – B da Instrução Normativa INCRA 65/2010);
• Original e cópia da cédula de identidade e do CPF do presidente ou dos membros do colegiado da associação ou cooperativa;
• CNPJ da associação ou cooperativa;
• Original e cópia do Estatuto social, atualizado e devidamente registrado em cartório;
• Lista com nome, CPF e assinatura dos beneficiários do PNRA interessados na atividade; e
• Original e cópia da ata da assembleia que aprova a atividade de manejo florestal sustentável com assinatura dos presentes de acordo com o Estatuto social da associação ou cooperativa.
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REQUERIMENTO DE ANUÊNCIA NO INCRA
Consulte um extensionista florestal para auxiliar na elaboração deste documento.
A PRÓxIMA ETAPA é O INVENTÁRIO FLORESTAL!
Lei complementar No. 53/2007 de 05 de junho de 2007, Institui o sistema Estadual de Unidades de Conservação – sEUC
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MORADOR DE uNIDADE DE CONSERvAçãO ESTADuAL: RESEX, RDS E FLORESTA
RESERVA EXTRATIVISTA (RESEX)
RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RDS)
FLORESTA ESTADUAL (FLORESTA)
RESEX CATUÁ-IPIXUNA RESEX DO GUARIBA RESEX DO RIO GREGÓRIO
RDS AMANÃRDS ARIPUANÃRDS BARARATIRDS CANUMÃRDS CUJUBIMRDS JUMA
RDS DO MATUPIRIRDS DO RIO MADEIRARDS DO RIO NEGRORDS DO UATUMÃRDS IGAPÓ-AÇURDS MAMIRAUÁ
RDS PIAGAÇU PURUSRDS RIO AMAZONASRDS UACARÍRESEX CANUTAMA
FLORESTA ESTADUAL APUÍ FLORESTA ESTADUAL ARIPUANÃFLORESTA ESTADUALCANUTAMAFLORESTA ESTADUAL DE FARO FLORESTA ESTADUAL DE RENDIMENTO SUSTENTADO DO RIO MACHADOFLORESTA ESTADUAL DE RENDIMENTO SUSTENTADO RIO VERMELHO
FLORESTA ESTADUAL DE TAPAUÁ FLORESTA ESTADUAL MANICORÉFLORESTA ESTADUAL MAÚESFLORESTA ESTADUAL RIO URUBUFLORESTA ESTADUAL SUCUNDURI
solicitação de Anuência para atividade prevista (PMFs) junto à sEMA/DEMUC
solicitação de Anuência para atividade prevista (PMFs) junto ao conselho gestor da Unidade de Conservação
Execução do Inventárıo Florestal
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Protocolo do Plano de Manejo Florestal sustentável e do Plano Operacional de Exploração (POE) junto ao IPAAM
Aprovação do Plano de Manejo Florestal sustentável no IPAAM e recebimento da Licença de Operação (LO)
Elaboração do Plano de Manejo Florestal sustentável e do Plano Operacional de Exploração (POE)
ÓRgÃOs LICENCIADOREs
ÓRgÃOs LICENCIADOREs
EsCRITÓRIO
6
7
5
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS 29
ETAPAS DO LICENCIAMENTOManejo Florestal
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS30
• Concessão de Direito Real de Uso (CDRU) Coletiva;
• Requerimento solicitando a Licença de Operação (LO) conforme modelo do IPAAM;
• Certidão da Prefeitura Municipal, informando que o local das atividades propostas está de acordo com as regulamentações do município;
• PMFsPE e POE conforme Termo de referência expedido pelo IPAAM;
• Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do responsável técnico pelo projeto.
Documentos necessarios para Licenciamento do Manejo Florestal
• Para protocolar o PMFs para fins de licenciamento é necessário estar com a documentação fundiária regularizada, para saber sua situação consulte o extensionista ou órgão responsável (secretaria de Política Fundiária - sPF).
• Após o PMFs ser licenciado, será necessário divulgar a obtenção da Licença de Operação em meio de comunicação do Estado ou Município (diário oficial, rádio, TV, etc), no período de 30 dias após o recebimento da LO.
OBSERVAÇõES IMPORTANTES
MORADOR DE uNIDADE DE CONSERvAçãO ESTADuAL: RESEX, RDS E FLORESTA
Para o Manejo Florestal em Pequena Escala realizado por moradores de UC’s Estaduais não é obrigatória a apresentação do Cadastro Ambiental Rural, conforme descrito na Resolução CEMAAM No. 016/2013.
Neste documento ja esta definido:
• A área total e a localização da Unidade de Manejo Florestal;
• Detentor do Plano de Manejo Florestal sustentável;
• Categoria do Plano de Manejo Florestal a ser implementado.
NOTA: Verifique junto ao gestor da UC se a area em que se pretende realizar o manejo florestal esta identificada no Plano de Gestao e no Zoneamento para atividades como o manejo florestal sustentavel.
Documentos necessarios para a apresentacao do PMFS ao IPAAM:
A atividade de Manejo Florestal pode ser realizada tanto por Pessoa Física (individual) como por Pessoa Jurídica (Associação/Cooperativa), os documentos necessários para cada um dos casos estão descritos a baixo. Consulte um extensionista para mais informações.
Documentos Pessoa Física:• Requerimento Único (modelo IPAAM);
• guia de recolhimento da taxa de expediente (modelo IPAAM);
• Cópia autenticada do Rg do proponente;
• Cópia autentica do CPF do proponente;
• Comprovante de residência do proponente;
• Documentos do Imóvel (título provisório, título definitivo ou Protocolo de regularização junto ao órgão responsável;
• Realização de Cadastro no IPAAM;
• Declaração/certidão de conformidade, expedida pela prefeitura ou secretaria de meio ambiente do município;
• Cadastro Técnico Federal - (CTF);
• Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, do responsável pelo PMFs e POE;
• Plano de Manejo Florestal sustentável – PMFs;
• Plano Operacional de Exploração – POE;
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS 31
SOLICITAÇÃO DE ANUÊNCIA AO ÓRGÃO GESTOR (SEMA/DEMUC)
O que é este documento?
A declaração de anuência é a autorização do órgão gestor da Unidade de Conservação (UC) para o desenvolvimento do Plano de Manejo Florestal sustentável.
• Ficha de Inventário;
• seleção de corte (espécies selecionadas para corte);
• Mapa de Macrozoneamento;
• Mapa de exploração de todas as espécies
Documentos Associacao/Cooperativa:
MORADOR DE uNIDADE DE CONSERvAçãO ESTADuAL: RESEX, RDS E FLORESTA
• Requerimento Único (modelo IPAAM);
• guia de recolhimento da taxa de expediente (modelo IPAAM);
• Ato de Criação da Unidade de Conservação;
• Ata de Constituição da Associação/Cooperativa;
• Ata de Eleição e posse da diretoria;
• CNPJ da Associação/Cooperativa;
• Rg autenticado do presidente da Associação/Cooperativa;
• CPF autenticado do presidente da Associação/Cooperativa;
• Ata dos beneficiarios, no (mínimo 5 pessoas);
• Realização de Cadastro no IPAAM;
• Declaração ou certidão de viabilidade ambiental de conformidade, expedida pela (prefeitura ou secretaria de meio ambiente);
• Cadastro Técnico Federal (CTF) da Associação/Cooperativa e do presidente;
• Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, do responsável pelo PMFs e POE;
• Plano de Manejo Florestal sustentável- PMFs;
• Plano Operacional de Exploração – POE;
• Ficha de Inventário;
• seleção de corte (espécies selecionadas para corte);
• Mapa de Macrozoneamento;
• Mapa de exploração de todas as espécies.
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS32
• O Cadastro Técnico Federal (CTF) deve ser feito no site do IBAMA;
• Para Plano de Manejo Florestal Comunitário, o CTF será da associação/cooperativa e do presidente. Os demais documentos (Averbação da ARL, CCIR e Mapa) serão de todos os lotes envolvidos.
• A autenticação dos documentos é necessária para protocolização junto ao IPAAM. Para isso é necessário estar com os documentos originais em mãos.
OBSERVAÇõES IMPORTANTES
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MORADOR DE uNIDADE DE CONSERvAçãO FEDERAL: RESEX, RDS E FLONA
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS34
Requerimento de Autorização Prévia à Análise Técnica (APAT) na Unidade de Conservação (encaminhado ao Chefe da Unidade)
Elaboração do Inventário Florestal
Execução do Plano de Manejo Florestal sustentável (PMFs) e do Plano Operacional Anual (POA)
ÓRgÃOs LICENCIADOREs
CAMPO
1
3
2
ETAPAS DO LICENCIAMENTOManejo Florestal Comunitario
RESERVA EXTRATIVISTA (RESEX)
FLORESTA NACIONAL (FLONA)
RESEX AUATÍ-PARANÁRESEX BAIXO JURUÁRESEX DO LAGO DO CAPANÃ
GRANDE RESEX DO MÉDIO PURÚSRESEX DO RIO JUTAÍ
RESEX DO RIO UNINIRESEX ITUXÍRESEX MÉDIO JURUÁ
FLORESTA NACIONAL DE BALATA-TUFARI FLORESTA NACIONAL DE HUMAITÁFLORESTA NACIONAL DE JATUARANAFLORESTA NACIONAL DE MAPIÁ-INAUINÍFLORESTA NACIONAL DE PURUS
FLORESTA NACIONAL DE TEFÉ FLORESTA NACIONAL DO AMANÁFLORESTA NACIONAL DO AMAZONASFLORESTA NACIONAL DO IQUIRI
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS 35
Apresentação do Plano de Manejo Florestal sustentável, do Plano Operacional Anual e da Anotação de Responsabilidade Técnica ao ICMbio
Aprovação do Plano de Manejo Floresta sustentável e do Plano Operacional Anual pelo ICMbio
Apresentação de Termo de Responsabilidade de Manutenção de Floresta
Emissão da AUTEX (Autorização para Exploração)
ÓRgÃOs LICENCIADOREs
EsCRITÓRIO 5
6
7
4
O que é este documento?
Uma declaração do Órgão Licenciador de que o produtor está juridicamente apto para apresentar seu Plano de Manejo Florestal sustentável.
REQUERIMENTO DE APAT NA UNIDADE DE CONSERVAÇÃOREquERIMENTO DE AuTORIzAçãO PRévIA à ANÁLISE TéCNICA (APAT)
• CPF do presidente ou dos membros do colegiado da associação ou cooperativa representante dos beneficiários da Unidade de Conservação (cópia acompanhada do original);
• CNPJ da Associação (cópia acompanhada do original);
• Cópia autenticada ou acompanhada da original do Estatuto social, devidamente registrado em cartório ou cópia da sua publicação em Diário Oficial;
• Ata da Assembléia que elegeu a diretoria, registrada em cartório ou cópia da sua publicação em Diário Oficial;
• Para REsEX e RDs: cópia do Contrato de Concessão de Direito Real de Uso (CCDRU);
• Para FLONA: copia do Contrato de Concessão de Uso;
• Anuência expressa do beneficiário do Contrato de Concessão de Direito Real de Uso (CCDRU), ou do Contrato de Concessão de Uso;
• Mapa da área do manejo florestal sustentável, georreferenciado e apresentando indicação das coordenadas dos limites da Área de Manejo Florestal (AMF);
• Inscrição da entidade proponente no Cadastro Técnico Federal (CTF).
Documentos
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS36
Elaboração do Cadastro Ambiental Rural – CAR (caso não houver)
Requerimento solicitando a Licença de Operação (LO) no IPAAM
Protocolo do Plano de Manejo Florestal sustentável e Plano Operacional de Exploração no IPAAM
Aprovação do Plano de Manejo Florestal sustentável e Plano Operacional de Exploração no IPAAM e recebımento da Licença de Operação (LO)
Inventárıo Florestal
Elaboração do Plano de Manejo Florestal sustentável e Plano Operacional de Exploração
ÓRgÃOs LICENCIADOREs
ÓRgÃOs LICENCIADOREs
CAMPO
EsCRITÓRIO
5
2
1
6
3
4
ETAPAS DO LICENCIAMENTOManejo Florestal em Unidade Familiar
MORADOR DE gLEbAS DO ESTADO: POSSEIRO, PROPRIETÁRIO OU ARRENDATÁRIO
NOTA: Delimite junto com o EXTENSIONISTA sua ÁREA DE USO, que é area que ira utilizar para cultivo agrícola, pastagem, dentre outras atividades.
Em seguida, o EXTENSIONISTA ira orienta-lo quanto a presenca de ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTES e também com relacao ao maximo de area que podera utilizar no futuro.
Caso tenha desmatado a area de floresta além do permitido para cultivo agrícola ou pecuaria (pastagem), o EXTENSIONISTA ira orienta-lo, como proceder nesse caso, para que tenha o maximo de aproveitamento de seu lote.
A Área de Manejo Florestal (AMF) sera a Área Total do Lote ‘menos’ a Área de Uso.
50 haÁrea total da propriedade
7 haÁrea de uso
50 - 7 = 43 haAMF
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS 37
• Detentor do PMFs;
• Localização da atividade;
• Tamanho da Área total;
• ARL (área de reserva legal);
• APP (área de preservação permanente);
• AMF (área de manejo florestal);
• AEEF (área de efetiva exploração florestal);
• Espécies e volumes aprovados para corte;
• Data de validade da licença;
• Condicionantes do uso da LO.
O que é este Requerimento Único?
Trata-se de um documento modelo do IPAAM que deve ser preenchido com dados pessoais do proponente ao PMFs, dados do representante legal, descrição da atividade e o tipo de licenciamento requerido (LO).
O que é a Licenca de Operacao (LO)?
É o documento que autoriza o início da atividade de exploração florestal do PMFs. Nela estão contidas informações como:
REQUERIMENTO ÚNICO SOLICITANDOLIÇENÇA DE OPERAÇÃO JUNTO AO IPAAM
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS38
MORADOR DE gLEbAS DO ESTADO: POSSEIRO, PROPRIETÁRIO OU ARRENDATÁRIO
• O lote não poderá ter área desmatada acima de 20% do total da propriedade. Ex: em área total de 100 hectares, o máximo a ser utilizado como área de Uso é de 20 hectares (20%) e Área de Reserva Legal deve ser de 80 hectares (80%), conforme o código florestal. Em caso de duvidas consulte um extensionista.
• Nunca desmate áreas de floresta na beira de igarapés, rios e nascentes. Caso tenha feito, informe o extensionista.
• Caso sua propriedade não tenha acesso por ramal, informe ao extensionista para que seja planejado na elaboração do PMFs.
• Caso seja possuidor de terras privadas, deverá apresentar Contrato de Qualquer Natureza de transmissão de posse entre proprietário e possuidor.
• Os instrumentos de titulação provisória somente serão considerados regulares e legítimos, quando expedidos pelo órgão ou entidade fundiária de regência, comprovado o cumprimento pelo seu detentor das obrigações pactuadas com o ente público concedente ou alienante e, quando for o caso, registrado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição judiciária correspondente.
OBSERVAÇõES IMPORTANTES
Documentos necessarios para a apresentacao do PMFS ao IPAAM:
Documentos Pessoa Física:
• Requerimento Único (modelo IPAAM);
• guia de recolhimento da taxa de expediente (modelo IPAAM);
• Cópia autenticada do Rg do proponente;
• Cópia autentica do CPF do proponente;
• Comprovante de residência do proponente;
• Recibo do Cadastro Ambiental Rural - CAR;
• Documentos do Imóvel (título provisório, título definitivo ou Protocolo de regularização junto ao órgão responsável;
• Realização de Cadastro no IPAAM;
• Declaração/certidão de conformidade, expedida pela prefeitura ou secretaria de meio ambiente do município;
• Cadastro Técnico Federal - (CTF);
• Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, do responsável pelo PMFs e POE;
• Plano de Manejo Florestal sustentável – PMFs;
• Plano Operacional de Exploração – POE;
• Ficha de Inventário;
• seleção de corte (espécies selecionadas para corte);
• Mapa de Macrozoneamento;
• Mapa de exploração de todas as espécies;
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS 39
PARTE
2
INICIANDO O LICENCIAMENTOOs primeiros passos que compõe o licenciamento do manejo florestal sao formalizados junto ao IBAMA, sendo, Cadastro Técnico Federal – CTF, a Licenca para Porte e Uso de Motosserra e o Siste-ma Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais – SINAFLOR.
Esses cadastros devem ser realizados antes do início de qualquer atividade de campo e devem ser mantidos regulares, ou seja, em dias junto ao IBAMA.
Nas próximas paginas veremos cada um desses Cadastros. Lembre-se da importância do exten-sionista para apoiar no preenchimento e uso dessas ferramentas.
ENTRANDO NO SISTEMA DE LICENCIAMENTODO IBAMA
CADASTRO TéCNICO FEDERAL
LICENÇA PARA PORTE E USO DE MOTOSSERRAS
CERTIFICADO DIGITALOU TOKEN
53
42
55
SINAFLOR 56
SuMÁRIO
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS42
CADASTRO TéCNICO FEDERAL
Com este cadastro sera possível:
• Obter a Licença para Porte e Uso de Motosserras junto ao IBAMA;
• Emitir Documentos de Origem Florestal (DOF) para poder armazenar, vender e transportar sua madeira para fora da área de manejo florestal.
O que é este documento?
O Manejo Florestal é considerado pelo IBAMA uma Atividade Potencialmente Poluidora e Utilizadora de Recurso Ambiental. sendo assim, é necessário que seja feito o CADAsTRO TÉCNICO FEDERAL DE ATIVIDADEs POTENCIALMENTE POLUIDORAs E UTILIZADORAs DE RECURsOs AMBIENTAIs, ou CTF/APP.
COMO ACESSAR O SISTEMA
Para realizar o cadastro no CTF/APP, é necessário acessar o site do IBAMA www.ibama.gov.br (recomenda-se o uso do navegador Mozilla Firefox).
À esquerda da página, procure a Aba “Cadastro Técnico Federal – CTF”.2
1
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Aparecerão as seguintes opções: CTF/APP e CTF/AIDA, clique em CTF/APP.3
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS44
CADASTRO TéCNICO FEDERAL
Após Clicar na opção CTF/APP, abrirá a página de Cadastro Técnico Federal De Atividades Potencialmente Poluidoras E/Ou Utilizadoras De Recursos Ambientais (CTF/APP). Nesta etapa o interessado deverá escolher entre Pessoa Física e Pessoa Jurídica.
PEssOA FÍsICA
PEssOA JURÍDICA
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GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS 45
CADASTRO TéCNICO FEDERALPessoa Física
Após clicar na opção “ incrição de pessoa fÍsica CTF/APP, aparecerá a seguinte página
Preenchimento do Endereço de moradia e de correspondência
1
2
Importante: a pessoa fisica deverá informar seus dados pessoas, tais como: CPF, Nome, data de nascimento, sexo, No. do Rg com UF de emissão, órgão emissor e data de expedição e o nome da mãe.
Importante: este espaço é reservado ao preenchimento dos dados de local da residência, que pode ser da comunidade ou sede do município.
!
!
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS46
CADASTRO TéCNICO FEDERALPessoa Física
O endereço de correspondência poderá ser o mesmo de residência/moradia ou você poderá declarar um novo endereço, marque uma das opções abaixo:
Nesta etapa do cadastro é necessário definir sua responsabilidade junto ao CTF/APP e escolher qual o motivo da inscrição. As opções são:
Deve-se informar um endereço de e-mail principal e secundário, pois será um endereço eletrônico de contato do IBAMA com você.
3
4
• sou Responsável legal ou declarante por pessoa jurídica;
• Exerço como pessoa física, atividades sujeitas à inscrição no CTF/APP;
• Enquadro-me nas duas opções anteriores.
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS 47
Agora será necessário definir quais são as atividades desenvolvidas. Você pode escolher uma ou mais opções.
Conclusão do Cadastro Técnico Federal.
Veja o exemplo para a atividade de Plano de Manejo Florestal em Pequena Escala
Preencha sua senha no campo “Senha” e depois “Senha (digite novamente) ”.
5
6
CLIQUE AQUI
CLIQUE EMgRAVAR
CLIQUE EMADICIONAR
PREENCHER CONFORME INDICAÇÃO
DIgITE sUA sENHA E EM sEgUIDA DIgITE NOVAMENTE
CAsO sEJA O CADAsTRO INICIAL, DEIXAR EsTE CAMPO sEM
PREENCHER
Lembre-se: a senha é sua segurança de que só você terá acesso ao sistema, não repasse para ninguém.
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS48
CADASTRO TéCNICO FEDERALPessoa Jurídica
Aparecerá uma tela de ‘PEsQUIsA ON-LINE’. Digite o número do CPF do Responsável Legal e Clique no botão ‘PEsQUIsAR’.
1
Antes de cadastrar a Associação ou Cooperativa, o Representante Legal deve realizar o cadastro de pessoa física (individual).
!Responsavel legal devidamente cadastrado no – CTF/APP. O próximo passo é:
Caso o representante legal não esteja cadastrado irá aparecer a tela a seguir:
A tela inicial, o número do CPF e o nome completo do Responsável Legal deverão aparecer au- tomaticamente.
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS 49
CADASTRO TéCNICO FEDERALPessoa Jurídica
Repita os passos anteriores para incluir os “Dados do declarante”:
Inclua os dados básicos da sede da Pessoa Jurídica
2
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GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS50
CADASTRO TéCNICO FEDERALPessoa Jurídica
será necessário incluir as ‘Coordenadas geográficas’ da localização da Associação, Cooperativa ou Empresa, que representa o endereço da sede. Há diferentes formas de saber esse ‘endereço’ (aparelho de gPs, mapas, documentos fundiários, etc.). Consulte um extensionista.
5
Inclua os endereços da sede da Pessoa Jurídica : endereço físico, de correspondência e eletrônico (e-mail).
4
O cadastrante deve observar atentamente ao preencher o endereço para correspondência, uma vez que o formulário permite informar uma das seguintes opções:
• O endereço para recebimento de correspondência oficial é o mesmo, já declarado;
• É outro o endereço para recebimento de correspondência oficial.
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS 51
O próximo passo é a inserção das ‘Atividades desenvolvidas’ pela Pessoa Jurídica (Associação, Cooperativa ou Empresa). Não é necessário preencher o ‘Código CNAE’, apenas selecione a ‘Categoria’.
Atividades enquadradas para indústria madeireira e Plano de Manejo Florestal Sustentável em Pequena Escala.
Abaixo temos um exemplo de um Manejo com processamento (desdobro) de madeira na floresta, seja utilizando motosserra ou serraria portátil, ou ainda, com uma microsserraria próxima à área de manejo florestal.
Após a inclusão da data de início Clique em Adicionar
6
7
Antes de efetuar o preenchimento é necessário ter definido as Atividades Potencial-mente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais.
!
CATEGORIA CÓDIGO INSCRIÇÃO
Indústria de Madeira 7-11 serraria e Desdobramento de Madeira
Usos dos Recursos Naturais 20-2Exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais
Usos dos Recursos Naturais 20-67Exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais – extração de madeira em florestas nativas
ExEMPLO 7 CONTINUA NA PRÓXIMA PÁgINA
CADASTRO TéCNICO FEDERALPessoa Jurídica
Conclusão do Cadastro Técnico Federal 8
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS52
Nesta última etapa é necessário o cadastro de uma senha de acesso ao sistema do IBAMA.
Após clicar na opção “Gravar Inscirção” não será possível retornar.
Imprima ou grave no computador o comprovante de inscrição com o número de registro do IBAMA.Este número será utilizado mais adiante!
Não passe sua senha de acesso ao Sistema para ninguém, ela é pessoal e intransferível.
SEU CADASTRO ESTÁ PRONTO!
Lista de Atividades cadastradas:
CLIQUE AQUICLIQUE EM
gRAVAR
PREENCHER CONFORME INDICAÇÃO
LICENCIAMENTO DE MOTOSSERA
Entre no site do IBAMA www.ibama.gov.br (usar o navegador Mozilla Firefox) e clique em Login serviços, localizado na parte superior do canto direito da tela.
Insira seu número de CPF ou CNPJ, a senha cadastrada no CTF/APP e as letras que aparecerão na figura. Clique em Autenticar.
1
2
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Para fazer o registro de sua motosserra é necessário que tenha realizado a Inscrição no Cadastro Técnico Federal (pág. 42), possua sua Nota Fiscal e seu número de série.
LICENCIAMENTO DE MOTOSSERA
Clique em ‘sERVIÇOs’ e depois em ‘LICENÇA PARA PORTE E UsO DE MOTOssERRAs3
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS54
Insira seu número de CPF ou CNPJ, a senha cadastrada no CTF/APP e as letras que aparecerão na figura. Clique em Autenticar.
Após a conclusão do preenchimento dos dados para licença será emitido boleto para pagamento da taxa de serviço.
Lembre-se: O cadastro da motosserra tem validade por 2 anos e obrigatoriamente deve ser renovado.
!
123.456.789-00
NoNoNoNoNo
123456
25/09/2014 11:40:44
CERTIFICADO DIgITAL Ou TOKEN
Atencao: O IBAMA determina que o certificado a ser utilizado seja do tipo A3 (Cartão ou Token.
!
Para obter um certificado digital ou Token, primeiro é necessário escolher uma Autoridade Certificadora. Entre no site do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação http://www.iti.gov.br/icp-brasil/estrutura e visualize todas as opções. Neste exemplo, utilizaremos a Caixa Economica Federal. Clique em Acesse ao site da AC Caixa
1
O acesso ao Sistema CTF/APP somente é possível através da obtenção de um Certificado Digital ou Token, que consiste em um mecanismo de segurança estabelecido pelo IBAMA para as operações realizadas por meio eletrônico, como a emissão de Guias DOF, por exemplo.
Leia todas as instruções contidas e verifique que existem dois tipos de certificado: A1 sem cartão, com validade de 1 ano; e o A3 com cartão, com validade de 3 anos. Os valores são diferentes para Pessoa Física ou Pessoa Jurídica.Será necessário: preencher um formulário de solicitação do certificado, reunir toda documentação necessária e apresentar em uma agência da Caixa Economica Federal para validação e efetuar o pagamento da taxa.
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS56
Para maiores informações, acesse o site do IBAMA em http://ibama.gov.br/sistemas/sinaflor ou procure um Extensionista.
!
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS 57
SINAFLOR
Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais
O sINAFLOR foi estabelecido nos termos do arts. 35 e 36 da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. É o sistema que integra informações de imóveis rurais (provenientes do sistema de Cadastro Ambiental Rural - sicar e Ato Declaratório Ambiental - ADA), de autorizações de exploração e de transporte e armazenamento de produtos florestais (Documento de Origem Florestal – DOF).A partir do sINAFLOR, para licenciar uma atividade florestal, será necessário o prévio cadastramento do imóvel no sicar.Uma vez que o PMFs esteja aprovado, o sINAFLOR automaticamente irá transferir a volume de matéria prima ao sistema DOF, para gestão e controle de armazenamento e transporte florestais.
Dois tipos de usuarios podem acessar o Sinaflor
• Empreendedor: pessoa física ou jurídica que declare ao menos uma das atividades do CTF/APP indicadas na página Acesso de Empreendedor no sinaflor e esteja em situação regular junto ao Ibama, verificada por meio do Certificado de Regularidade.
• Responsavel Técnico: pessoa física que possua cadastro no CTF/AIDA com o motivo de inscrição adequado, indicado na página Acesso, cadastro e homologação de Responsável Técnico no sinaflor e esteja em situação regular junto ao IBAMA, verificada por meio do Certificado de Regularidade.
PARTE
3
RUMO à PRODUÇÃO DE MADEIRA LICENCIADAO produtor que ja trabalha com madeira e quer produzir de forma licenciada deve saber da neces- sidade de um técnico ou engenheiro florestal, chamado de extensionista. Isso devido à exigência Legal de que um PMFS deve ser elaborado e executado por um Engenheiro Florestal.
O ExTENSIONISTA é UMA PEÇA CHAVE PARA LICENCIAR SUA PRODUÇÃO: ELE SERÁ O RES- PONSÁVEL TéCNICO DO PLANO DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL.
O extensionista ira planejar a producao florestal aplicando seus conhecimentos para garantir a conservacao da floresta e a disponibilidade de madeira suficiente para manejar todo ano e ganhar dinheiro de forma contínua. Para isso acontecer é necessario conhecer o interesse de seus futuros clientes (serrarias, estaleiros, movelarias, depósitos), para poder fornecer as espécies madeireiras desejadas por esse mercado. Dessa forma, as chances de sucesso na comercializacao da madeira sao maiores!
Nas próximas paginas deste guia detalharemos cada uma das etapas técnicas do manejo flo- restal até a conclusao da venda da madeira e reinício do processo produtivo na próxima area a ser explorada. Estas devem ser realizadas com acompanhamento de um extensionista, mas é funda- mental que o dono da area florestal tenha conhecimento de quais sao as atividades e ter nocao de como executa-las
SuMÁRIO
ETAPAS TÉCNICAS DO MANEJO FLORESTAL
606872788085868795
101103104
100
PLANEJAMENTO DA ÁREA DE MANEJO FLORESTAL (AMF)
DELIMITAçãO DA uNIDADE DE PRODuçãO ANuAL (uPA)
INvENTÁRIO FLORESTAL
PLANO DE MANEJO FLORESTAL SuSTENTÁvEL (PMFS)
PLANO OPERACIONAL ANuAL (POA)PLANO OPERACIONAL DE EXPLORAçãO (POE)
ATIvIDADES PRé-EXPLORATÓRIAS
COMERCIALIzAçãO
ATIvIDADES EXPLORATÓRIAS
ROMANEIO
TRANSPORTE PRIMÁRIO
EMISSãO DE DOF E NOTA FISCAL
TRANSPORTE
ATIvIDADES PÓS-EXPLORATÓRIAS
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS60
PLANEJAMENTO DA ÁREA DE MANEJO FLORESTAL (AMF)
O planejamento é importante para evitar prejuízos financeiros para o produtor florestal e também prejuízos ambientais para a floresta.
segundo a legislação vigente, é necessária a manutenção de, no mínimo 80% (oitenta por cento) de vegetação nativa florestal no lote ou propriedade rural. Essa área recebe o nome de ÁREA DE REsERVA LEgAL e deve ser definitivamente alocada (ou estar localizada) considerando os igarapés ou rios que atravessam o lote ou propriedade rural.
Isso significa que, mesmo que você trabalhe com agricultura, pecuária ou então no beneficiamento de produtos agrícolas e florestais (como um dono de serraria, por exemplo), você pode, em geral, expandir estas atividades em até 20% do seu lote ou propriedade e trabalhar com o Manejo Florestal na sua Área de Reserva Legal.
Esse fato é importante, pois a área de reserva legal normalmente é vista como uma área não produtiva da propriedade, porém, pode gerar tanta riqueza quanto as áreas de agricultura e pecuária.
PA CONvENCIONAL E MORADOR DE gLEbAS DO ESTADO: POSSEIRO, PROPRIETÁRIO Ou ARRENDATÁRIO
O código florestal brasileiro (Lei No. 12.651, de 25 maio de 2012) define Área de Reserva Legal como: “área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa”.
O artigo 12 do código florestal define que propriedades situadas dentro da Amazônia Legal, deve-se manter no mínimo 80% (oitenta por cento) de Área de Reserva Legal.
Aproveite este momento para pensar na sua propriedade de uma forma geral, considerando uma produção em 100% da área no futuro.
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS 61
A legislação vigente não é diferente quanto à necessidade de manutenção de, no mínimo, 80% (oitenta por cento) de vegetação nativa florestal (ÁREA DE REsERVA LEgAL) nas Áreas dos Projetos de Assentamento Ambientalmente Diferenciados, Reservas de Desenvolvimento Extrativista, Reservas de Desenvolvimento sustentável, Florestas Estaduais e Florestas Nacionais.
A diferença é que esta área é comum a todos os assentados do PAE/PAF/PDs ou comunitários, ou seja, representa 80% da área total comunitária.
O planejamento da Área de Manejo Florestal pode ser feito considerando uma área comum de exploração para todos os associados ou então áreas separadas por colocações ou conjunto de colocações localizadas em diferentes regiões do PA (PAE, PAF, PDs) ou Unidade Conservação de Uso sustentável (RDs e REsEX).
É importante considerar os custos e a organização das atividades a serem realizadas!
Uma área comum a todos demanda menos custo e facilita a organização das atividades.
Quanto maior o número de áreas separadas em lotes, maior o custo das atividades e mais complexo se torna a organização dos envolvidos.
PORTANTO, FAÇA REUNIÕEs COM sUA COMUNIDADE ATÉ DEFINIREM A MELHOR FORMA DE MANEJO.
PA AMbIENTALMENTE DIFERENCIADO (PAE, PAF E PDS) E uNIDADE DE CONSERvAçãO ESTADuAL E FEDERAL (RDS, RESEX, FLORESTA E FLONA)
PLANEJAMENTO DA ÁREA DE MANEJO FLORESTAL (AMF)
Este modelo é apenas para áreas de Manejo Familiar Individual.
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• Defina, de acordo com sua realidade, qual categoria de plano de manejo irá utilizar.
• Escolha a área que deseja começar a exploração. Esta área, assim como em toda a Área de Manejo Florestal, deve ter árvores de espécies comerciais em boas condições para retirar a madeira.
é importante que você:
O planejamento é importante para evitar prejuízos financeiros para o produtor florestal e também prejuízos ambientais para a floresta.
O Código Florestal Brasileiro (Lei No. 12.651, de 25 maio de 2012) definie Área de Preservação Permanente, como: ”área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”.
Áreas de Manejo Florestal separadas por lote ou comunidades
Área de Manejo Florestal em comum para todos os associados/cooperados
Exemplo de AMF com divisão em 10 unidades de produção anual, para o ciclo de corte de 10 anos.
Exemplo da subdivisão da unidade de produção em unidades de trabalho.
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• Defina as espécies que serão exploradas: consulte os compradores de madeira da região para saber quais espécies eles compram.
• Conheça o que o mercado quer, assim você irá manejar as espécies certas para garantir sua venda.
• Identifique a localização das Áreas de Preservação Permanente.
PLANEJAMENTO DA ÁREA DE MANEJO FLORESTAL (AMF)Categorias dos PMFS adotados no Amazonas
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GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS 65
• No Manejo Florestal em Pequena Escala a intensidade máxima de corte é de 0,86m³ da Área Efetiva (Área de Manejo – Área de APP). Desta forma, o volume máximo de exploração não deve exceder 25 m³ anuais em um hectare inventariado.
• No Manejo de Maior ou Menor impacto a atividade deve estar descrita no Plano de gestão da Unidade de Conservação.
• No Manejo em Área de Várzea não é permitido o uso de maquinário para arraste e transporte de madeira com abertura de infraestrutura de ramais ou estradas.
• Para os PMFs de Baixa Intensidade em áreas de várzea o órgão ambiental competente pode autorizar a intensidade de corte acima de 10 m3/ha, limitada a três árvores por hectare (mediante estudos prévios).
OBSERVAÇõES IMPORTANTES
• Portanto, para entender qual o tamanho de área que você tem disponível para manejo por ano divida o tamanho de sua área de manejo florestal pelo ciclo que você adotou.
DESSA FORMA VOCÊ PODE PRODUZIR MADEIRA TODO ANO
Por ExEmPlo: 500 ha E ciclo dE cortE dE 10 anos
500 / 10 = 50 ha de exploração por ano
PLANEJAMENTO DA ÁREA DE MANEJO FLORESTAL (AMF)
• A cada ano explora-se uma parcela de sua área (UPA) até voltar a primeira após o final do ciclo, (que varia em função da categoria do PMFs, podendo ser de 10 a 35 anos).
Exemplo de área dividida em 10 UPAs, considerando um ciclo de corte de 10 anos.
Definida a localização, o tamanho da Área de Manejo Florestal e a categoria do PMFs, é importante entender o que é CICLO DE CORTE para poder delimitar corretamente sua Área de Manejo Florestal (AMF) e as Unidades de Produção Anual (UPA).
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O objetivo desta forma de manejar é deixar as áreas sem explorar por um período de tempo (10 anos, por exemplo) para que possam recuperar o volume explorado.
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A primeira área que será explorada será de-nominada de UPA 01 -> Primeira Unidade de Produção Anual.
O ponto inicial da UPA deve ser demarcado com uma baliza ou pode-se utilizar uma ár-vore viva. Esse ponto é denominado MARCO ZERO e será o início da LINHA BAsE, ou então, do EsQUADREJAMENTO da Unidade de Pro-dução Anual.
Exemplo de áreas para Manejo Familiar Individual
DELIMITAçãO DA uNIDADE DE PRODuçãO ANuAL (uPA)
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Fonte: Instituto Floresta Tropical - IFT
Área de Efetivo Manejo = AMF - APP
Em Área de Manejo Florestal divida por lotes ou comunidades, a primeira área que será explorada de cada lote ou comunidade será denominada de Unidade de Trabalho 01 -> Primeira Unidade de Trabalho (UT)
O número de UTs depende da escolha do produtor, da categoria do PMFs e outros critérios a serem considerados pelo extensionista.
Recomenda-se dividir a área de manejo de acordo com o ciclo de corte, afim de que se obtenha uma renda constante do manejo florestal.
As áreas de manejo definidas para cada colocação/comunidade serão demarcadas cada uma com um MARCO ZERO, representando o início da LINHA BAsE ou EsQUADREJAMENTO da Unidade de Trabalho.
Exemplo de um lote dividido em 10 Uts, com ciclo de corte de 10 anos (10 UPAs)
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DELIMITAçãO DA uNIDADE DE PRODuçãO ANuAL (uPA)
Definir o MARCO ZERO - Abrir 2 piques em “L”. Demarcar o início das trilhas de orientação (piques) com piquetes identificados.
Abrir os piques das trilhas de orientação e identificar os Piquetes.
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UPA DE 5 HA (200mx250m)
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INvENTÁRIO FLORESTAL
O inventário florestal é o mapeamento do potencial da floresta, onde são identificadas as espécies e as características de cada árvore. Nesta etapa também são registradas as informações da localização de cursos d’água, áreas de nascentes ou encostas e árvores protegidas por lei, que irão compor a elaboração do PMFs e apoiar o planejamento da exploração florestal.
Composicao da equipe para o Inventario Florestal
Para uma melhor qualidade do inventário florestal, a equipe deve ser composta por, no mínimo quatro membros (lembre-se quanto maior o número de pessoas na equipe maior será o custo de sua atividade). Cada membro deve ter funções bem especificas, de acordo com suas habilidades.
A equipe ideal de Inventário Florestal deve ser composta por um Identificador Botânico, um Anotador e três Auxiliares de Campo. Veja abaixo a função de cada membro da equipe.
Como acontece em campo o Inventario Florestal?• O identificador botânico junto com o anotador e um auxiliar de campo, percorrem a faixa
de 50m entre os piques, localizando as árvores e coletando os dados conforme a função de cada um.
• Os outros dois auxiliares de campo percorrem os Piques informando a distância em que se localizam as árvores.
• Todas as informações coletadas são informadas imediatamente ao anotador para serem registradas.
Equipe do Inventario Florestal
FUNÇÃO DESCRIÇÃO
Identificador Botânico
Identifica as árvores de interesse comercial, informa a espécie e a qualidade do fuste, reaIiza o teste de oco, corta os cipós entrelaçados às árvores e informa os dados ao
anotador;
Anotador
É responsável pela anotação de informações na ficha de inventário (em papel ou smart-phone), bem como os pontos de coordenadas geográficas de cada arvore, nº do pique, nº
da árvore, altura comercial, circunferência à altura do peito (CAP), distância “X” e “Y”, e observações gerais (copa quebrada, cupim, ninho de pássaros, entre outros);
Auxiliar de Campo 1
É responsável por realizar o plaqueteamento das árvores, medir a Circunferência a Altura do Peito (CAP) e a altura comercial;
Auxiliar de Campo 2
É responsável por percorrer a trilha de orientação na lateral direita do pique, informando ao anotador a distância do eixo das árvores inventariadas (X e Y). Também auxilia na
coleta de informações sobre localização de APP (igarapés, baixios, nascentes);
Auxiliar de Campo 3
É responsável por percorrer a trilha de orientação na lateral esquerda do pique, informando ao anotador as informações de distância do eixo das árvores inventariadas (X e Y). Também
auxilia na coleta de informações sobre localização de APP (igarapés, baixios, nascentes).
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Medicao do diâmetro
A. Medição à altura do peito B. Medição acima das sapopemas
Estimando a altura do tronco
Fonte: Instituto Floresta Tropical - IFT
A escolha da equipe de inventario florestal e a definição da função de cada um será determinante para o melhor aproveitamento da atividade em campo.
Plaqueta de alumínio na arvore
Classificacao do tronco em termos de qualidade
Equipamentos:
• Prancheta ou smartphone;
• Ficha de Campo;
• Trena;
• gPs;
• Lápis e borracha;
• Terçado (facão);
• EPIs: bota, capacete e colete identificador.
Fonte: Instituto Floresta Tropical - IFT
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INvENTÁRIO FLORESTALMedicao de Árvores durante Inventario Florestal utilizando aparelho de GPS
Medicao de Árvores durante Inventario Florestal SEM aparelho de GPS
Fonte: Instituto Floresta Tropical - IFT (adaptado)
Fonte: Instituto Floresta Tropical - IFT (adaptado)
LINHA DE BASE
TRILH
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sentido do Caminhamento (Zigue-Zague).
Mapeamento das árvores por registro de coordenadas geográficas.
Forma correta de coleta depontos no gPs
(ao lado da árvore).
sentido do Caminhamento (Zigue-Zague)
Mapeamento das árvores por registro de“falsas” coordenadas - XY
Com o uso do gPs, não há necessidade dos dois auxiliares de campo para caminha-rem sobre o Pique. Basta que o Anotador utilize o gPs para coletar as coordenadas geográficas de cada árvore.
Para esse caso, seriam necessárias apenas três pessoas na equipe (Identificador botânico, anotador e um auxiliar de campo).
Distância Y: equivale a distância da Trilha/faixa do MARCO ZERO até a árvore.
Distância X: equivale a distância da Trilha/Faixa até a árvore, não ultra-passando 25 metros para direita ou esquerda do anotador, que caminha no centro da Trilha.
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Fonte: Marcus Biazatti Fonte: Robert Viana
Fonte: Robert Viana
Medicao de Árvores e anotacao das informacões de campo.
Plaqueamento das Árvores durante Inventario Florestal.
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INvENTÁRIO FLORESTALLocalizacao e registro das Áreas de Preservacao
Permanente - APP
Caso sejam encontradas nascentes, deve-se registrar um par de coorde-nada geográfica, de preferência em seu centro.
• Para que esta etapa do Manejo seja cumprida dentro da legalidade é essencial o acompanhamento de um extensionista. Aqui explicaremos somente a respeito do uso do gPs para registro dos cursos d’ água (rios, igarapés e nascentes) dentro do PMFs.
• É necessário configurar o gPs, explicação do passo a passo abaixo.
• Como nesse momento a delimitação da primeira área a ser explorada já está concluída, busque o inicio do curso d’ água, o qual adentra a área do PMFs e inicie uma caminhada na margem para identificar o trajeto do rio ou igarapé.
• Deve-se repetir esta operação para todos os cursos d’ água existentes no local.
Nessas áreas não é permitida a exploração madeireira!Árvores passíveis de exploração próximas a essas áreas não poderão ser derrubadas no sentido do curso d’ água (APP)
Fonte: Marcus Biazatti
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Configuracao do GPS para identificacao das areas
Finalizado o Inventário Florestal e o Mapeamen-to das APPs,o Extensionista Engenheiro Florestal (Responsável Técnico) iniciará a etapa de processa-mento das informações coletadas em campo para elaboração do PMFs e do POE / POA.
PASSO 4
PASSO 7
Opção de Gravar Trajeto
Opção para Armazenar os Dados
Opção de Gravar em Intervalos Frequentes
Conferir configuraçõesPadrão do GPS
Opção de Gravar Automaticamente
Opção para DefinirCor do Trajeto
no Mapa
PASSO 5 PASSO 8PASSO 6
PASSO 9
PASSO 1
Tela Inicial Entrando em Configurações
Configurações deTrajeto
PASSO 2 PASSO 3
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO E FAMILIAR NO AMAZONAS78
PLANO DE MANEJO FLORESTAL SuSTENTÁvEL (PMFS)
O Plano de Manejo Florestal sustentável (PMFs) deve conter informações gerais a respeito da área a ser manejada, dos responsáveis legais (Pessoa Física ou Jurídica), dos responsáveis técni-cos pela elaboração e execução do PMFs (Engenheiros Florestais com registro em entidade de classe – CREA), além do seu objetivo principal.
Os procedimentos para a administração da floresta, devem ser definidos previamente e incluídos no Plano de Manejo Florestal sustentável (PMFs). Esses procedimentos devem ser obedecidos durante todas as etapas descritas, além de incluir:
Categoria do PMFS: • Maior Impacto de Exploração (Definição IPAAM)• Menor Impacto de Exploração (Definição IPAAM) • Pequena Escala (Definição IPAAM) • Várzea (Definição IPAAM) • Comunitário (Definição IBAMA / ICMBio)• Plena Intensidade (Definição IBAMA / ICMBio)• Baixa Intensidade (Definição IBAMA / ICMBio)
• Indicação dos acessos ao lote/propriedade, das áreas de preservação permanente, da área de reserva legal, da área de manejo florestal e das áreas das Unidades Produtivas Anuais (UPAs).
• Lista das principais espécies para manejar e para proteger (ameaçadas de extinção).
• Determinação do ciclo de corte, critérios de corte e manutenção de árvores, intensidade de corte, métodos de corte e derruba, de extração da madeira, de desdobro e processamento (quando for o caso, especificando os equipamentos a serem utilizados), de extração dos resíduos florestais (quando for o caso).
• Indicação das formas de controle da movimentação de madeira dentro e fora da área de manejo (rastreamento).
Fonte: Marcus Biazatti
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O detalhamento de informações irá variar em função da categoria de PMFs que você escolheu e do local da sua propriedade.
Após licenciado o PMFs, você poderá explorar sua área. No ano seguinte você deverá entregar ao órgão responsável os documentos para você explorar a área seguinte, a Unidade de Produção Anual do próximo ano.
Para mais informações e detalhes técnicos você pode consultar a legislação referente ao local da propriedade e a categoria de manejo escolhida. Para saber qual a legislação consulte a tabela da página 64.
Importante: No PMFs é indicado o responsável técnico pela elaboração do documento e também pela execução do plano.
O responsável pela execução deverá seguir exatamente o que está previsto no PMFs e, caso necessite de ajuste, um novo plano de manejo deverá ser elaborado e protocolizado no(s) órgão(s) licenciador(es).
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PLANO OPERACIONAL ANuAL – POAPLANO OPERACIONAL DE EXPLORAçãO – POE
O Plano Operacional de Exploração (POE) e o Plano Operacional Anual (POA) possuem as mesmas características, porém mudam em seus nomes devido ao órgão ambiental que irá licenciar. sendo o IPAAM, adota-se POE, e se for o ICMBio/IBAMA, usa-se POA.
Este documento é a descrição do que será realizado no período de 12 meses, ou seja, todas as ativi-dades desde a delimitação até a exploração e comercialização da madeira.
As informações coletadas no Inventário Florestal são a base desse documento, que deve conter:
• A localização, identificação e área total da UPA (nome, por exemplo. UPA 01), além da descrição da área em que será realizada a exploração de madeira e das APP.
• Quantos metros cúbicos de madeira estão previstos para serem explorados e de quais espécies.
• Quantos metros cúbicos de resíduos florestais serão explorados (quando permitido).
• Quantos metros cúbicos de madeira permanecerão na floresta e de quais espécies (árvores remanescentes).
• Quais as atividades serão desenvolvidas antes, durante e depois da exploração, contendo também um cronograma específico.
• Tabela e mapa contendo a localização das árvores, sua numeração e classificação (apta à exploração ou remanescente, por exemplo) na Unidade de Produção Anual, a localização das APPs e acessos.
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Mapa de localização das árvores da uPA
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PLANO OPERACIONAL ANuAL – POAPLANO OPERACIONAL DE EXPLORAçãO – POE
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Licenciamento: Sistema DOF - Documento de Origem Florestal
Elaborado o PMFs e o POA/POE, estes deverão ser protocolizados junto ao órgão ambiental competente (IPAAM ou ICMBio / IBAMA).
Após a entrega desses documentos no órgão ambiental, é muito importante acompanhar periodicamente o licenciamento do seu PMFs, para atender aos ajustes ou solicitações que surgirem durante o processo. Muitas vezes o órgão emite um parecer solicitando alguns ajustes e o parecer técnico fica muito tempo pendente porque o proponente do PMFs não acompanha o licenciamento.
Uma vez aprovado o PMFs e POA/POE, o órgão ambiental emitirá a LO (IPAAM) ou AUTEX (ICMBio/IBAMA) e poderá adicionar algumas condicionantes para serem respeitadas/cumpridas, sendo as principais: Publicação da Licença em periódicos (jornais ou rádio) ou diário oficial; não explorar árvores em APP; não explorar árvores protegidas por lei.
Com a Instrução Normativa Nº 21 de 24 de dezembro de 2014, que institui o sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais – sINAFLOR, os Planos de Manejo Florestais sustentável e demais documentos para o licenciamento devem ser incluídos digitalmente na página online do sINAFLOR. O sistema está em implementação e, atualmente, deve-se protocolar o PMFs junto ao órgão responsável. Consulte um extensionista para saber de possíveis modificações no processo.
só é possível selecionar uma nova área de exploração depois que a área anterior for explorada, mesmo que parcialmente. Deve haver um relatório pós-exploratório elaborado e aprovado pelo órgão ambiental após vistoria de campo.
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Com a LO ou a AUTEX em mãos, o detentor do PMFs deve solicitar ao órgão ambiental que o aprovou, a inserção dos dados das espécies e volumetria (de madeira) no sistema DOF.
O sistema DOF é um sistema eletrônico administrado pelo IBAMA e acessado pela internet. Ele controla o crédito de volume de madeira licenciado e que está disponível para comercialização.
É como uma conta no banco, mas ao invés de dinheiro o que se tem é crédito em volume de madeira.
será por meio do sistema DOF que as guias de armazenamento e transporte da madeira poderão ser emitidas.
Lembre-se: Para acessar o sistema DOF, será necessário possuir o Cadastro Técnico Federal do IBAMA e o mesmo deve estar regular, ou seja, em dias.
CUIDADO COM A SENHA DO CTF- O sistema DOF é seu crédito de madeira.- Não entregue sua senha a ninguém.
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PLANO OPERACIONAL ANuAL – POAPLANO OPERACIONAL DE EXPLORAçãO – POELicenciamento: Sistema DOF - Documento de Origem Florestal
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ATIvIDADES PRé-EXPLORATÓRIAS
As atividades pré-exploratórias tem como função checar as informações de campo com as informações contidas na LO ou AUTEX e no mapa de corte, além de avaliar em que condições estão as árvores autorizadas para corte: se possui oco, se as árvores caíram, se possuem cipós que necessitam ser removidos para evitar acidentes e danos à floresta durante a exploração e se há ninhos de pássaros (como o gavião Real, por exemplo).
Neste momento também determinamos a direção de queda e o planejamento das rotas de fuga. Durante esta etapa pode ser realizado o teste do oco, ou então, este pode ser realizado no momento da exploração (ver detalhes na etapa de Exploração – pré-corte).
Fonte: Instituto Floresta Tropical - IFT
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COMERCIALIzAçãO
Com todas as etapas do licenciamento cumpridas e com a LO ou AUTEX em mãos você já pode explorar e vender sua madeira.
No entanto, para não perder madeira e ter prejuízos desnecessários, procure negociar a venda antes de ir para a floresta derrubar e beneficiar.
Para a emissão da Guia DOF você precisa do CTF do comprador da madeira. Siga os passos a seguir:
Lembre-se: CASO NÃO VENDA DIRETAMENTE PARA O CONSUMIDOR FINAL, SÓ PODERÁ VENDER PARA COMPRADOR LICENCIADO, qUE POSSUA CTF E LO VÁLIDOS!
Nota: a venda para consumidor final exige o cadastro de atividade de comércio atacadista ou varejista no CTF/APP!
ETAPAS DE COMERCIALIZAÇÃO
Identifique seu comprador;
Verifique se ele é licenciado (LO/AUTEX e CTF);
Apresente seu volume disponível de madeira, descrito na LO ou AUTEX e conforme o resultado da atividade pré-exploratória;
Acerte o valor e as datas de pagamento;
Defina CLARAMENTE as espécies e o produto a ser entregue;
Defina margens de negociação;
Faça um contrato que inclua todas os temas discutidos anteriormente e também o número do Cadastro Técnico Federal (CTF) do comprador para que possa emitir a guia DOF na hora de tirar a madeira da floresta;
Vá pra campo extrair a madeira atendendo as espécies e dimensões, prazos e qualidade da madeira serrada, descritas no contrato.
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ATIvIDADES EXPLORATÓRIASPré-corte
Teste do Oco
O teste do oco é realizado com o objetivo de detectar a presença de uma região oca na extensão da árvore. Para isso, o operador da motosserra deve introduzir o sabre no tronco, entre 10-50 cm do solo visando não prejudicar o fuste no momento do processamento da tora. Caso o oco seja identificado o ideal é não explorar a árvore, pois o aproveitamento da madeira será prejudicado.
ÂNGULO DE ATAqUE DE 60º
ÂNGULO DE ATAqUE DE 20º
Direcao de queda
Verificar o sentido de queda da árvore permite definir a melhor direção possível para diminuir os danos às outras árvores ao redor. Nesse momento é importante verificar também os possíveis riscos de acidentes ocasionados por galhos pendurados na copa ou cipós entrelaçados à árvore.
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ATIvIDADES EXPLORATÓRIASPré-corte
Limpeza do tronco e corte de cipós
Deve-se realizar a limpeza ao redor do tronco para facilitar a derruba e evitar acidentes.
Retirada da plaqueta e prego
Antes da derruba, o prego e a plaqueta com o número da árvore devem ser retirados. Após a derruba da árvore, a mesma plaqueta deve ser pregada no toco, pois é a comprovação de que a árvore foi realmente derrubada.
Preparacao dos caminhos de fuga
Os caminhos de fuga são abertos para facilitar a saída da equipe de corte no momento da derruba. Eles devem ser limpos para evitar acidentes com o serrador e seu ajudante. Dois caminhos devem ser abertos em sentido oposto da arvore com comprimento maior que a altura da árvore e com uma angulação de 45º em relação a linha de queda.
Fonte: Instituto Floresta Tropical - IFT (adaptado)
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Corte
Técnicas de corte
As técnicas de corte possibilitam diminuir os riscos de acidentes e aumentam o aproveitamento da madeira, diminuindo os riscos de rachaduras e a quebra indesejada do tronco e causando menos impacto negativo à estrutura da floresta.
Existem dois tipos de técnica de corte:• Técnica de corte padrão• Técnicas especiais de corte
Técnica de corte padraoe
Essa técnica é composta pelo Corte Direcional, Corte Diagonal e Corte de Abate.se inicia com o corte direcional (corte da “boca”) para definir a direção de queda, depois é realizado o corte diagonal que irá retirar o “centro” da árvore e por último é realizado o corte de abate no lado oposto da “boca”.
PASSO A PASSO
Faça um corte na horizontal que atinja 1/3 (um terço) da árvore. Esse corte deve ser o mais próximo do solo;
Realize o corte no ângulo de 45 graus para abrir a “boca”, que deve atingir o primeiro corte;
Entre com a motosserra na horizontal e corte todo o miolo da árvore, deixando apenas 2 filetes, um em cada lateral;
Realize o corte de abate na posição contrária da “boca”.
VEJA OS DETALHES NA FIGURA LOCALIZADA NA PRÓxIMA PÁGINA.
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ATIvIDADES EXPLORATÓRIASCorte
Técnica de Derruba Direcionada
DIREÇÃO DA qUEDA
Fazer o corte da boca
Com o sabre da motosserra,
deve-se fazer um furo próximo ao centro do tronco, atravessando de
um lado ao outro. A dobradica deve
ser mantida
O corte de abate deve ser feito de
forma inclinada até encontrar o furo
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Técnicas especiais de corte
Indicado para árvores que possuem inclinação acentuada superior a 20 graus e para espécies que possuem tendência a rachar facilmente.
Para esse procedimento, deve-se utilizar o corte em ”Escadinha”. Devem ser adotados os mesmos procedimentos da técnica padrão de corte, sendo que, no lado da abertura da “boca”, deverá ser feito um degrau com altura aproximada de 10 cm acima do primeiro corte. Essa “Escadinha” tem o objetivo de diminuir o impacto da queda da árvore.
• Árvores muito inclinadas
As árvores com inclinação acentuada oferecem maiores riscos de acidentes durante o corte por causa da rapidez com que elas tendem a cair. Além disso, as rachaduras provocadas por erros no corte são mais comuns. Assim, após a abertura da “boca” deve-se fazer um corte horizontal no meio do tronco, antes do corte de abate e mantendo a dobradiça em relação a boca. Em seguida é feito o corte de abate de forma inclinada até encontrar o furo feito no tronco.
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DIREÇÃO DA qUEDA
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ATIvIDADES EXPLORATÓRIASCorte
Técnicas de corte
• Árvores com sapopema
Para essa situação, deve-se retirar todas as sapopemas realizando-se um corte horizontal e outro vertical.
A árvore deve ficar com formato redondo (cilíndrico) e deve ser realizada a técnica padrão de corte.
Corte vertical da sapopema até a base da tora (10 cm de altura do solo).
Corte horizontal na base da tora (10 cm do solo) para remover a primeira sapopema.
Repetir a mesma operação para as outras sapopemas.
Fazer a abertura da “boca”.
Fazer o corte de abate.5
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Tora após desponte
Tora já realizada o traçamento
Destopo ou desponte
Essa operação consiste em separar, com a árvore já derrubada, o tronco da copa, obtendo-se assim a tora. É uma atividade simples, porém perigosa, pois o tronco tende a se mover quando se desprende da copa, o que pode prender o sabre da motosserra ou mesmo rolar o tronco ou a copa causando um acidente.
Fonte: Instituto Floresta Tropical - IFT (adaptado)
Fonte: Instituto Floresta Tropical - IFT (adaptado)
Fonte: Instituto Floresta Tropical - IFT (adaptado)
Tracamento
Consiste na separação da tora, onde é dividida em partes a depender do comprimento, aproveita-se também a tora entre galhos da copa.
O tamanho das toras traçadas devem estar de acordo com os tamanhos das peças de madeira solicitadas pelo comprador.
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ATIvIDADES EXPLORATÓRIASProcessamento
Processamento das pecas em campo
Consiste no desdobro das toras no local de derruba para produção de peças serradas, como tábuas, pranchões, blocos, entre outras.
Dentre os equipamentos que podem ser utilizados estão a motosserra e a serraria portátil.
Motossera
Por ser um equipamento de fácil acesso é mais utilizado na maioria das atividades de produção de madeira.
Serrarias Portateis
No mercado atual existem vários modelos de serrarias portáteis que podem ser utilizadas para beneficiar a madeira em campo. É um maquinário de fácil transporte, desmontável e que pode ser montado no local onde a árvore foi derrubada.
Principais Vantagens- Baixo custo de aquisição;- Baixo custo de manutenção; - Fácil manuseio;- Facilidade de transporte;
Principais Vantagens- Facilidade de transporte;- Fácil uso e manuseio;- Alta produtividade;- Boa qualidade das peças cortadas;- Fio de corte entre 4 a 6mm;
Pontos Negativos- Baixo rendimento na serragem;- Baixa qualidade de peças serradas;- Baixa produtividade;- Desgaste físico do operador tornando a atividade cansativa.
Pontos Negativos- Alto custo de aquisição - Alto custo de manutenção- Dificuldade de reposição de peças
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ROMANEIO
O romaneio é a medição (ou cubagem) da árvore após a derruba e beneficiamento.
Esta etapa é muito importante para o controle da produção florestal e seu rastreamento. Com ela sabemos quantos metros cúbicos de madeira em tora e beneficiada foram explorados para cada uma das espécies e árvores autorizadas para corte.
Estas informações também são utilizadas para a elaboração do relatório pós exploratório, que deverá ser entregue ao órgão ambiental que licenciou o PMFs.
Medicao de toraapós derrubada
Fonte: serviço Florestal Brasileiro - sFB
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ROMANEIOMadeira em tora
O romaneio da madeira em tora é realizado quando as toras são transportadas para fora da floresta, ainda sem processamento.
Para isso, é necessário que, após o traçamento da árvore derrubada, as toras sejam devidamente identificadas.
O processo de medicao envolve duas etapas:
• Medição dos diâmetros do início e do fim da tora;
• Medição do comprimento da tora.
TRAÇAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DAS TORAS
TRAÇAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DAS TORAS
Marcador de ponto de mediacao do diâmetro (cruzeta).
Ponto de medicao dos diâmetros em toras uniformes.
Fonte: serviço Florestal Brasileiro - sFB
Fonte: serviço Florestal Brasileiro - sFB
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A medição do diâmetro da tora quando a árvore possui sapopema pode ser realizada de 3 formas diferentes, dependendo do tamanho e forma da sapopema.
Caso a sapopema seja menor que 1/3 (um terço) do comprimento da tora:
Fonte: serviço Florestal Brasileiro - sFB
Fonte: serviço Florestal Brasileiro - sFB,(adaptado)
Outra possibilidade de medicao por meio da projecao do diâmetro uniforme
Ponto de medicao dos diâmetros em toras com sapopema de até 1/3 da extensao da tora
Suta ou fita diamétrica
Proj
eção
da
tora
Área de influênciada sapopema
desprezada
Área de influênciada sapopema
desprezada
Ponto onde ocorre a uniformidade do diâmetro
seta indicandoque o ponto de medição ocorreu na uniformidadedo diâmetro
Marcação do local medido
Diâ
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Comprimento total da tora
Comprimento total da tora
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Anote todas as medidas em uma panilha, para posteriormente fazer os cálculos de volume da ma-deira em tora.
TENHA ATENÇÃO COM ESSAS MEDIDAS PARA EVITAR PROBLEMAS FUTUROS DURANTE O TRANSPORTE DA MADEIRA!
Modelo de ficha de romaneio da madeira em tora.
Fonte: serviço Florestal Brasileiro - sFB
Comprimento total da tora
Detalhe do ponto da pinturaD
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tora
ROMANEIOMadeira em tora
Caso a sapopema seja maior que 1/3 (um terço) do comprimento da tora
NÚMERO DA ÁRVORE
NÚMERO DA TORA
DIÂMETRO 1 (cm)
DIÂMETRO 2 (cm)
DIÂMETRO 3 (cm)
DIÂMETRO 4 (cm)
COMPRIMENTO DA TORA (M)
VOLUME (M³)
1 1 A 100 95 90 87 4
1 1 B 90 87 80 78 4
1 1 C 80 78 70 67 4
179 179 A 94 89 80 75 4
179 179 B 80 75 70 64 4
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Modelo de ficha de romaneio da madeira serrada.
Madeira processada/beneficiada
O sistema de medição da madeira serrada é mais simples, quando comparado com a madeira em tora. Em uma planilha são registradas as medidas da largura, espessura e comprimento de cada peça serrada.
É possível também fazer o processo de medição de lotes/fardos de peças.
Caso as peças sejam da mesma dimensão, basta medir o volume de somente uma peça e multiplicar pelo número de peças que contém um lote/fardo.
NÚMERO DA ÁRVORE
qTD. DE PEÇAS LARGURA (cm) ESPESSURA (cm) COMPRIMENTO (M) VOLUME (M³)
1 42 20 2 3
108 96 20 2 3
193 36 20 2 3
179 33 20 2 3
200 4 20 2 3
Fonte: serviço Florestal Brasileiro - sFB
Tábua com 2,8cm Tábua com 2,6cm Local adequado para medição
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TRANSPORTE PRIMÁRIOEsta etapa consiste na retirada das peças serradas do local de derruba até o ramal de acesso/escoamento da área de manejo florestal.
No manejo em pequena escala, este processo pode ser feito utilizando tração animal ou, ainda, um minitrator com um reboque, que tenha potência máxima de até 85cv.
Transporte utilizando mini trator agrícola
Transporte utilizando mini trator agrícola
Transporte utilizando mini trator.
Fonte: Marcus Biazatti
Fonte: Marcus Biazatti
Fonte: Marcus Biazatti
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EMISSãO DO DOF E NOTA FISCALApós o romaneio, você terá as informações para a emissão do DOF e Nota Fiscal.
O sistema DOF exige os procedimentos à seguir:• Com o número do CTF do comprador, deve ser feita uma oferta, via sistema, de espécies e
volumes para o comprador.
Oferte a madeira negociada a seu comprador no sistema:• Ligue para o comprador, informe que fez a oferta e peça que ele confirme o aceite no sistema
DOF.
Para emissão Informe:• Data da movimentação da madeira• Meio de Transporte a ser utilizado e sua placa. Caso utilize mais de um veículo, deverá ser
informado• Pontos de saída e chegada• Pátios, Portos e Entrepostos devem estar registrados no sistema
VALIDADE DA GUIA DOF
A guia DOF deve ser utilizada uma única vez para transporte e armazenamento da madeira, não sendo permitida sua reutilização.
O prazo de validade é definido pelo próprio sistema, considerando o tipo de transporte e a forma (terrestre, fluvial ou aéreo):
• 4 DIAs – Transporte terrestre dentro do Estado
• 7 DIAs – Transporte terreste para fora do Estado
• 15 DIAs – Transporte fluvial ou marítimo
• 4 DIAs – Transporte ferroviário
• 1 DIA – Transporte aéreo
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EMISSãO DO DOF E NOTA FISCAL
CONVERSÃO DO VOLUME NO SISTEMA
O Volume de madeira informado no sistema DOF informa o “volume de madeira em pé”, ou seja, o volume da árvore em seu formato natural.
Para a madeira serrada em campo o sistema DOF permite que seja vendido apenas 35% do volume da madeira em pé registrada no sistema. Ou seja, do volume dis-ponível na Licença de Exploração do Plano de Manejo, apenas 35% pode ser comer-cializado serrado. Por exemplo: se a espécie Angelim possui 100 m3 de volume em pé, só será possível vender 35 m3 de madeira serrada.
PEÇAS BENEFICIADAS
As peças beneficiadas permitidas pela sistema DOF , para PMFs que processam a madeira em campo, são: viga, caibro, ripa e pernamanca.
Beneficie a madeira nas dimensões que existe no sistema DOF para não ter problemas no momento de emitir a guia DOF!
• A Nota Fiscal pode ser emitida na Prefeitura, sEFAZ ou você pode obter bloco de notas para produtor rural, caso tenha carteira do produtor rural;
• Para a emissão da Nota Fiscal, leve com você seus dados, do comprador e do transportador da madeira: nome, CPF, endereço, dados do veículo que irá transportar a madeira como a placa do caminhão ou registro do barco;
• Detalhe o volume e quantidade por peça e espécie, igual ao sistema DOF;
• Informe o valor comercializado;
IMPOSTOS
Para comercializar madeira manejada você deverá pagar os seguintes impostos em relação ao valor da Nota Fiscal: 17% ICMs.
Esteja atento para estes valores, você deverá contabiliza-los na hora de definir o preço de sua madeira.
A saída de madeira para compradores de outros Estados pode ter o ICMs com valor diferente. Consulte o extensionista para mais informações.
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TRANSPORTE• Com Nota Fiscal e DOF volte ao campo. Apresente a madeira e aguarde conferência;
• Confira se os dados do meio de transporte (Placa ou Registro do Veículo) estão de acordo com a guia DOF;
• Entregue a Nota Fiscal e a DOF. Receba seu dinheiro e volte pra casa feliz;
• Busque novos compradores até finalizar a comercialização de todas as espécies do seu PMFs.
Fonte: Marcus Biazatti
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ATIvIDADES PÓS-EXPLORATÓRIASApós a comercialização de toda madeira:• Chame o Extensionista;• Faça com ele o relatório pós-exploratório informando o que foi e o que não foi explorado;• Realize o inventário da nova área de exploração;• Organize o POE/POA pedindo a nova área a ser explorada;• Protocole e acompanhe o licenciamento;• Aguarde a visita do Técnico para conferência;• Receba a nova AUTEX ou LO e BOM TRABALHO.
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Mesmo para o manejador com experiência, o Extensionista é fundamental.
O manejo florestal é uma atividade que pode trazer bons ganhos financeiros ao produtor porém é necessário realizar um bom planejamento de todas as etapas para garantir o sucesso dessa atividade.
O uso da floresta de forma correta irá propiciar a manutenção da mesma por muitos anos, garantindo assim, uma produção de forma continuada.
Barros, AC; Uhl,C. 1997. Padrões, Problemas e Potencial da Extração Madeireira ao Longo do Rio Amazonas e do seu Estuário. série Amazônia N° 04 - Belém: Imazon, 1997. 42 p.
Reis, s.L.; Couto, C.s.; Pinheiro, C.s.; Espada, A.L.V.; Lima, J.A.; Lentini, M.W. Técnicas Pré-Ex-ploratórias para o Planejamento da Exploração de Impacto Reduzido no Manejo Florestal Comu-nitário e Familiar. Instituto Floresta Tropical. Fundação Floresta Tropical, 2013. Belém-PA. 148p.
Nogueira et al. 2011. Manejo de Florestas Naturais da Amazônia – Corte, Traçamento e segurança. Instituto Floresta Tropical. Belém-PA. 147p.
Araújo, H.J.B. 1998. Circular Técnica 23 - Índices técnicos da exploração madeireira em pequenas áreas sob manejo florestal no PC Pedro Peixoto – Acre. Embrapa, Acre.
Araújo, et al. 2011. Circular Técnica 58 - Utilização de Microtrator na Colheita Madeireira em siste-ma de Manejo Florestal de Pequena Escala. Embrapa, Acre.
Observacões Finais
Bibliografia
DICA: Faça bom uso da sua floresta por meio do manejo florestal.