guia do queijo
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Material de prospecção desenvolvido pelo PCG para o Marketing da Posigraf. Projeto gráfico editorial de Maicon Bernert Puppi.TRANSCRIPT
QueijosGuia
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O queijo é um dos alimentos mais
saborosos que existem. Fabricados em
larga escala e em variedade, eles refletem a
nossa própria formação cultural.
Há queijos mais tipicamente brasileiros e
há outros inspirados nos conhecimentos
queijeiros trazidos ao país por franceses,
dinamarqueses, italianos e, mais
recentemente, queijos introduzidos por
hábitos alimentares ingleses e americanos.
O que apresentamos a seguir é uma síntese
a respeito da história, fabricação e os tipos
encontrados.
Deguste à vontaDe e boa leitura!
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introdução
ao mundo dos queijos
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Queijo é um alimento sólido
feito a partir da coagulação do
leite de vacas, cabras, ovelhas,
búfalas e/ou outros mamíferos.
Isto é realizado, em uma pri-
meira etapa, pela acidificação
com uma cultura bacteriana e,
em seguida, empregando uma
enzima, a quimosina (coalho ou
substitutos) para transformar o
leite em coalhada e soro. A bac-
téria precisa e o processamento
da coalhada desempenham um
papel na definição da textura e
sabor da maioria dos queijos.
Alguns queijos apresentam tam-
bém bolores, tanto na superfície
externa como no interior.
Existem centenas de tipos de queijos produ-
zidos em todo o mundo. Diferentes estilos e
sabores de queijo são o resultado do uso do
leite de diferentes mamíferos ou com o acrés-
cimo de diferentes teores de gordura, empre-
gando determinadas espécies de bactérias
e bolores, e variando o tempo de envelheci-
mento e outros tratamentos de transforma-
ção. Outros fatores incluem a dieta animal e
a adição de agentes aromatizantes, tais como
ervas, especiarias ou defumação. A condição
de pasteurização do leite pode também afetar
o sabor final. O amarelo e o vermelho, usa-
dos para colorir muitos queijos, é o resultado
da adição de colorau. Os queijos são consu-
midos puros ou como ingredientes de pratos
diversos. A maioria dos queijos derrete ao
serem aquecidos.
o queijo é um
bom complemento
alimentar. é valioso
por ser De fácil
transporte, ter
longa DurabiliDaDe
e alto teor De
gorDura, proteína,
cálcio e fósforo.
Para alguns queijos, o leite é
coalhado acrescentando
ácidos como o vinagre
ou sumo de limão. A
maioria dos queijos,
no entanto, é acidi-
ficada, em menor
grau, por bactérias
que transformam os
açúcares do leite em
ácido láctico, seguido
pela adição de coalho para
completar a coagulação. O
coalho é uma mistura de enzimas
obtida tradicionalmente a partir do re-
vestimento do estômago de bovinos jo-
vens, mas agora também produzida em
laboratório. Em Portugal, a coalhação é
efetuada predominantemente utilizando
a flor do cardo (C. cardunculus spp. fla-
vescens), do gênero Cynara. Atualmente
existem alternativas vegetarianas para o
coalho; a maioria delas obtida pela fer-
mentação do fungo Mucor miehei.
o queijo é uma forma mais compacta De nutrição e tem uma valiDaDe
mais longa que a Do leite Do qual ele é feito.
História
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origens
O queijo é um alimento, antigo cuja ori-
gem é anterior à Pré-História. Não há
qualquer evidência conclusiva indicando
onde a produção de queijo teve origem,
se foi na Europa, Ásia Central ou Oriente
Médio, mas essa prática já havia se propa-
gado na Europa antes mesmo dos roma-
nos e de acordo com Plínio, o Velho, tinha
tornado-se um sofisticado empreendimen-
to quando do início da formação do Impé-
rio Romano.
Propor uma data para a origem do quei-
jo pode variar desde aproximadamente
8.000 a.C. (quando as ovelhas foram pela
primeira vez domesticadas), até por volta
de 3.000 a.C. O primeiro queijo pode ter
sido feito por pessoas no Oriente Médio
ou pelos povos túrquicos nômades da Ásia
Central. As peles de animais e órgãos in-
ternos inflados serviam como recipientes
para armazenar uma grande variedade
de produtos alimentícios, é provável que
o processo de produção do queijo tenha
sido descoberto acidentalmente ao esto-
car o leite em um recipiente feito do estô-
mago de um animal, resultando na trans-
formação do leite em coalhada e soro pela
quimosina do estômago.
A mais antiga evidência arqueológica da
produção de queijo foi encontrada nas
pinturas de uma tumba egípcia, datando
de cerca de 2.000 a.C. É provável que os
primeiros queijos tenham sido bastante
a proDução De queijos poDe também ter-se
iniciaDo, inDepenDentemente Disto, pela
ácidos e salgados, similares em textura ao
rústico queijo cottage ou feta, um farelen-
to e saboroso queijo grego.
O queijo produzido na Europa, onde o
clima é mais frio que do Oriente Médio,
requer uma menor quantidade de sal para
a sua preservação. Nas condições de me-
nor quantidade de sal e acidez, o queijo
torna-se um ambiente propício para uma
grande variedade de micróbios benéficos
e mofos, que dão aos queijos mais velhos
seus sabores característicos.
prensagem e aDicionamento De sal ao leite
coalhaDo a fim De preservá-lo.
grécia e antiga roma
A antiga mitologia grega creditou a Aristeu a descoberta
do queijo. A Odisseia de Homero (século VIII a.C.) des-
creve o Ciclope fazendo e armazenando queijo do leite de
ovelha e cabra.
Nos tempos romanos, o queijo era um alimento diário e
sua produção uma arte muito desenvolvida, não muito di-
ferente do que é feito hoje em dia.
europa pós-clássica
Roma difundiu uma padronização de técni-
cas na produção de queijos por quase toda
a Europa, e introduziu sua produção em
áreas onde não havia uma história anterior
relacionada a ele. Quando houve o declínio
de Roma e o comércio de longa distância
diminuiu, o queijo na Europa ganhou uma
maior diversificação, com vários locais
desenvolvendo suas próprias técnicas de
produção e de produtos. A Câmara Britâ-
nica de Queijos alega que a Grã-Bretanha
possui aproximadamente 700 locais distin-
tos de produção de queijos; a França e a
Itália têm, talvez, 400 cada.
Ainda assim, o avanço da arte da produção
do queijo na Europa foi lenta durante os
séculos que se seguiram à queda do Impé-
rio Romano. Muitos dos queijos mais co-
nhecidos hoje em dia foram pela primeira
vez registrados no final da Idade Média ou
depois dela — queijos como cheddar por
volta de 1500, parmesão em 1597, gouda
em 1697, e camembert em 1791.
era moDerna
Com a disseminação, inicialmente através do imperialis-
mo europeu e mais tarde da cultura e alimentação euro-
-americanas, o queijo tem aos poucos tornado-se conhe-
cido e cada vez mais popular em todo o mundo, embora
ainda raramente sendo considerado parte das cozinhas
étnicas locais fora da Europa, do Oriente Médio e das
Américas.
A primeira fábrica para a produção industrial de queijo co-
meçou a funcionar na Suíça em 1815, mas foi nos Estados
Unidos da América que a produção em larga escala teve
pela primeira vez real sucesso. O crédito normalmente
vai para Jesse Williams, um produtor de lacticínios de
Roma; Nova Iorque, que em 1851 começou a produzir
queijo em forma de linha de produção usando o leite de
fazendas vizinhas. Em poucas décadas existiam centenas
dessas associações de produtos lácteos.
Na década de 1860 iniciou-se a produção em massa do
coalho e na virada do século cientistas estavam produ-
zindo culturas microbióticas puras. Até então, a bactéria
da produção do queijo provinha do meio ambiente ou da
reutilização de parte de uma quantidade anterior de soro;
as culturas puras significaram um meio mais padronizado
de produção do queijo.
O queijo industrializado ultrapassou a produção artesanal
de queijo no período da Segunda Guerra Mundial e desde
então, as fábricas têm sido as maiores fontes da maioria
dos queijos na América e Europa. Atualmente, os esta-
dunidenses compram mais queijo processado que “real”,
industrializados ou não.
Produção
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coagulação
O único passo estritamente necessário para se fazer qual-
quer tipo de queijo é separar o leite em coalhada sólida e
soro líquido. Geralmente, isso é feito pela acidificação do
leite e adição da quimosina. A acidificação é feita direta-
mente pela adição de um ácido como vinagre, em alguns
casos (paneer, queijo fresco), mas ao invés disso, normal-
mente são empregadas leveduras. Essas leveduras con-
vertem os açúcares do leite em ácido láctico. As mesmas
bactérias (e as enzimas que elas produzem) também de-
sempenham um importante papel na variação dos sabo-
res dos queijos amadurecidos. Na Suíça se utiliza uma
bactéria que produz bolhas de gás de dióxido de carbono
durante a maturação do queijo, resultando no queijo suíço
ou Emmental com seus característicos furos.
Alguns queijos frescos são coagulados apenas pela aci-
dificação, mas a maioria deles utiliza também o coalho.
O coalho dá uma consistência mais firme e gelatinosa ao
queijo se comparado à frágil textura da coalhada produzi-
da apenas pela coagulação ácida. Em geral, as variedades
de queijos menores, de massa mais mole, fresca são coa-
gulados com uma proporção maior de ácido e menor de
coalho, ao contrário dos queijos maiores, de massa mais
firme e de maior durabilidade.
processamento da coalHada
Neste ponto, o queijo adquiriu uma textura
espessa e úmida. Alguns queijos de massa
mole estariam praticamente prontos: eles
são drenados, salgados e embalados. Para
a maioria dos queijos restantes, a coalhada
é cortada no formato de pequenos cubos.
Isto possibilita que a água seja drenada
dos pedaços individuais de coalhada.
Alguns queijos duros são, em seguida,
aquecidos a uma temperatura na faixa dos
35 e 55 °C. Isto faz com que o soro seja
mais rapidamente drenado e também con-
segue-se alterações no gosto final do quei-
jo, afetando a cultura bacteriana existente
e a estrutura química do leite. Nos queijos
que são aquecidos a temperaturas mais al-
tas, são geralmente empregadas bactérias
termófilas que sobrevivem a esta etapa.
a maioria Dos queijos
alcança sua forma final
quanDo as coalhaDas
são prensaDas em um
molDe ou forma. nos
queijos mais Duros,
uma pressão maior é
aplicaDa. a pressão
expulsa a umiDaDe – os
molDes são DesenhaDos
para permitir que a
água escoe – e funDem
as coalhaDas em um
único corpo sóliDo.
O sal desempenha vários papéis na produção do queijo,
além de adicionar-lhe o sabor salgado. Ele preserva o
queijo da deterioração, extrai a umidade da coalhada, e
firma a textura do queijo na interação com suas proteínas.
Alguns queijos são salgados a partir do exterior com sal
seco ou salmoura. A maioria dos queijos tem o sal mistu-
rado diretamente na coalhada.
Uma série de outras técnicas pode ser utilizada para
dar as características finais de textura e sabor ao queijo.
Alguns exemplos:
alongamento: (mozzarella, Provolone)
a coalHada é esticada e massaGeada em
áGua quente, desenvolvendo um fino e
comPrido corPo fibroso.
cheDDaring: (cHeddar, outros queijos
inGleses) o Pedaço de coalHada cortada
é rePetidamente emPilHado, exPulsando
mais umidade. a coalHada é também
misturada (ou batida) Por um lonGo
Período de temPo, e cortada em Pedaços
influenciando a textura do Produto final.
lavagem: (edam, Gouda, colby) a
coalHada é lavada em áGua quente,
reduzindo a sua acidez e contribuindo
Para um queijo de sabor mais suave.
amaDurecimento
Um queijo recém-produzido geralmente é
salgado, ainda de sabor brando e, para a
variedade de queijos duros, com a textu-
ra um tanto elástica. Estas qualidades são,
por vezes, apreciadas – o queijo coalhado,
por exemplo, é consumido poucas horas
após ter sido produzido – mas geralmen-
te os queijos são deixados para descansar
sob condições cuidadosamente contro-
ladas. Este período de amadurecimento
(também chamado de envelhecimento,
ou, em francês, affinage) pode durar de al-
guns dias a vários anos. Durante o amadu-
recimento do queijo, micróbios e enzimas
transformam sua textura e intensificam
seu sabor. Esta transformação é, em gran-
de parte, em consequência da decomposi-
ção das proteínas da caseína e da gordura
do leite em uma mistura complexa de ami-
noácidos, aminas e ácidos graxos.
Alguns queijos têm bactérias adicionais
ou bolores intencionalmente introduzi-
dos neles antes ou durante a maturação.
Na produção tradicional de queijo, esses
micróbios podem já estar presentes no ar
do local do amadurecimento; eles simples-
mente se alojam e crescem nos queijos
armazenados. Hoje em dia é mais frequen-
te serem utilizadas culturas preparadas,
dando resultados mais consistentes e ofe-
recendo menos restrições ao ambiente
onde o queijo amadurece. Dentre esses
queijos curados suaves estão o brie e o
camembert, os queijos azuis, tais como o
roquefort, stilton, gorgonzola, e os queijos
de casca grossa como o limburger.
tiPos de queijo
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fatores na cateGorização do queijo
Os fatores que são relevantes para a categorização dos
queijos incluem:
· temPo de maturação
· textura
· métodos de Produção
· teor de Gordura
· tiPo de leite
lista de cateGorias de queijo
Nenhum esquema de categorização consegue reunir toda
a diversidade de queijos do mundo.
Na prática, nenhum único sistema é empregado e dife-
rentes fatores são enfatizados na descrição de diferentes
classes de queijos. Esta típica lista de categorias de quei-
jos é emprestada da escritora especialista em alimentos,
Barbara Ensrud.
· fresco
· soro de leite
· Pasta filata
· semimacio
· semifirme
· duro
· creme duPlo e triPlo
· curado mole
· veio azul
· cabra ou ovelHa
· aroma for te
· fundido
· creme duPlo e triPlo
· curado mole
· veio azul
· cabra ou ovelHa
· aroma for te
· fundido
queijos frescos, soros e coalHada esticada
O fator principal na categorização deste queijo é sua ma-
turação. Os queijos frescos sem a adição de conservantes
podem deteriorar-se em poucos dias.
Para esses queijos mais simples, o leite é
coagulado e drenado, sem maiores trans-
formações. Os exemplos são: o queijo cot-
tage, o caromeno, o neufchâtel (o modelo
para o cream cheese estilo americano), e
o fresco chèvre, de leite de cabra. Tais
queijos são moles e espalham-se com fa-
cilidade, possuem sabor suave.
Queijos de soro são queijos frescos pro-
duzidos a partir do soro do leite descar-
tado enquanto produz-se outros queijos.
São exemplos: o provençal brousse, o
corso brocciu, a ricotta italiana, o urda ro-
meno, o mizithra grego e o geitost norue-
guês. O brocciu é normalmente comido
fresco, e é um dos principais ingredientes
da culinária corsa, mas ele pode também
ser maturado.
Os tradicionais queijos pasta filata tais
como a mozzarella também fazem par-
te da categoria dos queijos frescos. A
coalhada fresca é esticada e massageada
em água quente até formar uma bola de
mozzarella, que no sul da Itália é normal-
mente consumido poucas horas após ser
produzido. Acondicionado em salmoura,
ele pode ser transportado e é conhecido
no mundo todo por seu uso em pizzas. Ou-
tros queijos frescos firmes são o paneer e
o queijo fresco.
queijos classificados Pela textura
Categorizar queijos pela firmeza é uma prática comum,
porém, inexata. Os limites entre "macio", "semimacio",
"semiduro" e "duro" são arbitrários, e muitos tipos de
queijo são produzidos em variações mais macios ou mais
firmes. O fator controlador da dureza de um queijo é o
seu teor de umidade, que depende da pressão com que
ele é colocado nos moldes e do seu tempo de maturação.
Queijos semimacios e o subgrupo, queijos monastério,
têm um teor alto de umidade e tendem a ter um sabor
suave. Algumas variedades mais conhecidas são harvati,
munster e port salut.
Os queijos variam em textura do semimacio ao firme são
os queijos de estilo suíço como o emmental e o gruyère.
A mesma bactéria que dá a tais queijos seus furos caracte-
rísticos, também contribui para o seu aroma e sabor acen-
tuado. Outros queijos que variam do semimacio ao firme
são: gouda, edam, jarlsberg e cantal. Os queijos deste tipo
são ideais para a fusão e são usados em torradas para lan-
ches rápidos.
Queijos mais duros têm um teor de umi-
dade menor do que os queijos mais ma-
cios. Eles são geralmente colocados em moldes
sob uma pressão maior e têm um tempo maior de amadu-
recimento. Os queijos que vão do semiduros ao duro são:
o cheddar, originário da garganta de cheddar na Ingla-
terra, mas atualmente utilizado como um termo genérico
para este estilo de queijo, cujas variedades são imitadas
no mundo inteiro e são comercializados de acordo com
seu tempo de maturação.
O cheddar é apenas um de uma família de queijos semi-
duros ou duros (incluindo o cheshire e o gloucester) cuja
coalhada é cortada, levemente aquecida, amontoada e
mexida antes de ser prensada nas formas. O colby e o
monterey jack são similares, mas queijos de sabor mais
suave; sua coalhada é enxaguada antes de ser prensada,
eliminando alguma acidez e cálcio. Uma técnica seme-
lhante de lavar a coalhada ocorre quando são produzidos
os queijos neerlandeses edam e gouda.
os queijos Duros – "queijos para
ralar" tais como o parmesão e o
pecorino romano – são firmemente
embalaDos em granDes formas e
amaDurecem Durante meses ou anos.
queijos classificados Pelo teor de gorDura
Alguns queijos são categorizados pelo tipo
de leite empregado na sua produção ou
pelo teor de gordura de leite adicionada
ao processo. Enquanto que a maioria dos
queijos disponíveis comercialmente no
mundo são produzidos a partir do leite de
vaca, em muitas partes do mundo também
produzem-se queijos do leite de cabras
e ovelhas, os exemplos mais conhecidos
são: o roquefort, produzido na França, e
o pecorino romano, produzido na Itália,
a partir do leite de ovelhas. Algumas ve-
zes, queijos de um estilo similar podem ser
produzidos a partir de vários tipos de leite,
queijos do estilo feta, por exemplo, são pro-
duzidos do leite de cabras na Grécia e do
leite de ovelhas e vacas em outros lugares.
queijos De creme
Duplo são queijos
macios De leite De vaca
que são enriqueciDos
com nata a fim De
que seus teores De
gorDura cheguem a
60% ou, no caso Dos
cremes triplos, 75%.
queijos emboloraDos
Os queijos curados moles são aqueles
que têm uma textura externa firme e
de aparência muito branca, mas que
amadurecem de fora para dentro pela
exposição ao bolor. O bolor pode ser
uma superfície aveludada de penicillium
candida ou de P. camemberti que forma
uma crosta branca flexível e contribui
para uma textura lisa e viscosa, além de
intensificar mais o sabor desses queijos
amadurecidos. O brie e o camembert, o
mais famoso desses queijos, são produ-
zidos a partir do bolor branco que cres-
ce na parte externa de um queijo macio
por alguns dias ou semanas. Os queijos
de leite de cabras são muitas vezes tra-
tados de forma semelhante, por vezes
com bolores brancos (chèvre-boîte) e
outras vezes com o azul.
Há três categorias principais de queijos em que a pre-
sença de bolor é uma característica significativa: queijos
curados moles, de casca lavada e azuis.
Os queijos de casca lavada são de carac-
terística macia e amadurecidos por dentro
como aqueles de bolores brancos; contu-
do, eles são tratados de forma diferente.
Os queijos de casca lavada são periodica-
mente curados em uma solução de água
salgada (salmoura) e recebem outros
agentes que podem ser: a cerveja, o vinho,
o conhaque e especiarias, tornando suas
superfícies receptivas a uma classe de
bactéria Brevibacterium linens (o laranja-
-avermelhado da "bactéria da mancha")
que empresta odores fortes e sabores
distintos ao queijo. Os queijos de casca la-
vada podem ser macios (limburger), semi-
duros (munster), ou duros (appenzeller).
alguns Dos mais famosos queijos são Deste tipo, caDa um com sua própria
e inconfunDível cor, sabor, textura e aroma. eles incluem o roquefort, o
gorgonzola e o stilton.
A mesma bactéria pode também ter algum
impacto sobre os queijos que são simples-
mente curados em condições de umidade
muito alta, como o Camembert.
O chamado queijo azul é criado pela inoculação no queijo
do fungo Penicillium roqueforti ou Penicillium glaucum.
Isto é feito quando o queijo está ainda na forma de coalha-
da e sofrendo pouca pressão, posteriormente essa técnica
pode ser intensificada ao colocar-se o bloco de queijo em
uma atmosfera na qual o bolor é predominante. O bolor
cresce dentro do queijo à medida que ele amadurece. Es-
ses queijos têm distintos veios azuis que lhes dão o nome
e, muitas vezes, sabores característicos. Os bolores po-
dem variar do verde-pálido ao azul-escuro, e podem vir
acompanhados de bolores brancos e castanhos. Sua tex-
tura pode ser macia ou firme.
queijos funDiDos
O queijo fundido é feito do queijo tradicional e sais emul-
sificantes, frequentemente com a adição de leite, mais sal,
conservantes e corante alimentar. É barato, consistente e
derrete facilmente. É vendido embalado em fatias ou in-
teiro, em uma grande variedade. Está também disponível
em latas de spray. O queijo fundido é a categoria de queijo
mais consumida nos Estados Unidos da América.
consumo e culinária
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Em altas temperaturas, a maioria dos queijos derrete. Os
queijos de coalho têm um gel como proteína matriz que
é destruído pelo calor. Quando um número suficiente de
ligações protéicas é quebrado, o queijo transforma-se de
sólido em um líquido viscoso. Os queijos macios, com
alto teor de bolor, derretem à temperatura de 55°C, en-
quanto que os duros, com baixo teor de bolor tal como o
parmesão, permanecem sólidos até chegarem perto dos
82°C (180°F). Os queijos ácidos, como o halloumi, pane-
er, alguns queijos de soro e muitas variedades do fresco
queijo de cabra, têm uma estrutura protéica que perma-
nece intacta em altas temperaturas. Quando cozidos, es-
ses queijos ficam mais firmes com a evaporação da água.
consumo e culinária
para um melhor aproveitamento Do sabor e textura, é sempre
aconselhável que os queijos estejam na temperatura ambiente
antes De serem consumiDos. se o queijo for aqueciDo entre 26
e 32°c, as gorDuras começam a "suar" com o queijo inDo Da
textura macia até a líquiDa.
Alguns queijos, como o raclette, derretem
facilmente; muitos tendem a tornarem-se
fibrosos ou sofrerem a separação de suas
gorduras. Muitos desses queijos podem
ser induzidos a derreterem facilmente na
presença de ácidos ou amido. O fondue,
com vinho produzindo a acidez é um bom
exemplo de um prato com queijo derreti-
do. As fibras elásticas são uma qualidade
algumas vezes apreciada em pratos como
a pizza e o welsh rarebit. Mesmo um quei-
jo derretido pode tornar-se sólido nova-
mente, após suficiente umidade e tempo
de cozimento. Os óleos perdidos durante
o processo do primeiro derretimento não
permitem que o queijo volte a solidificar-
-se novamente.
Caso a temperatura continue a subir, o
queijo passa a ter uma coloração doura-
da e, posteriormente, queima-se. Queijos
gratinados, ligeiramente tostados têm um
sabor particular e são frequentemente
empregados na culinária (por exemplo,
queijo ralado ou fatiado colocado sobre os
alimentos antes de irem ao forno para se-
rem assados).
Harmonizações
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Foram os franceses (região de
Provence) os primeiros que se
tem conhecimento em aprecia-
rem este fantástico casamento
entre o queijo e o vinho. Ob-
viamente alguns povos já o
consumiam em suas mesas,
porém foi mais especificamen-
te na França que este hábito se
tornou uma arte. "Para vender
vinho, sirva queijo" era o ditado
das vinícolas francesas.
Perfeitos quando combinados
corretamente ou um desas-
tre gastronômico quando não,
criou-se um mito sobre o assun-
to. A ideia de que vinho e quei-
jo são pares perfeitos é mito. O
queijo é um dos alimentos mais
problemáticos para a combina-
ção com o vinho.
A dificuldade na combinação
provém das características con-
flitantes entre os dois alimen-
tos. O queijo tem sabor forte e,
em geral, é gorduroso.
algumas parcerias, porém,
superam o problema, seja por
oposição De sabores, seja por
aproximação. é o caso Do
salgaDo queijo roquefort com
o Doce vinho sauternes ou Do
áciDo chèvre com o também
áciDo vinho sancerre.
Além disso, é salgado e pode ser ácido.
E, em alguns casos, como no do brie,
apresenta uma textura que "reveste" a
língua, dificultando a degustação.
Já os vinhos podem ficar mais amar-
gos no contato com o sal e têm seu
sabor recoberto, se não forem tão
ácidos quanto o queijo.
Como essas são exceções, algumas
regras gerais ajudam na escolha.
Os vinhos brancos doces costumam
fazer mais sucesso que os brancos
secos. E os brancos secos se saem
melhor que os tintos secos.
Quanto aos queijos, tipos menos pi-
cantes, como emmental, gruyère e
gouda, costumam agradar a gregos
e troianos. Em suma, um branco
doce e queijos pouco condimenta-
dos funcionam bem.
aprenDa a combinar!A harmonização de queijos e vinhos é tradicional e, por
ser um produto isolado, sua combinação pode parecer
mais fácil. Mas não se engane, principalmente quanto
aos queijos fortes, que geralmente matam os vinhos. Va-
mos nos ater a certas regrinhas básicas, e aos princípios
das combinações, que seguem textura e sabor:
Quanto mais duro for o queijo (parmesão, por exemplo),
mais tânico pode ser o vinho. As uvas são suficientemen-
te robustas para não perder a estrutura.
Quanto mais cremoso o queijo, mais acidez o vinho deve
conter.
Vinhos doces ou generosos (tais como Sauternes, Por-
to ou Madeira) acompanham bem os queijos azuis, pois
equilibram a pungência destes: o roquefort cai bem com
sauternes, o inglês stilton faz combinação clássica com o
Porto e o gorgonzola combina com tintos potentes.
Queijos frescos e sem casca, como os cremosos, o mas-
carpone ou a mozzarela pedem vinhos brancos leves
(Riesling ou Chardonnay), rosés ou tintos jovens e fres-
cos, como o Beaujolais francês e o italiano Bardolino.
Vinhos tintos de classe e mesmo brancos parecem insi-
nuar sua adequação com queijos macios, de casca rica,
como cammembert, brie e gouda, desde
que não muito curados.
Os queijos mais suaves, do tipo emmen-
thal e gruyère, aceitam vinhos tintos
pouco tânicos, suaves.
Vinhos brancos leves e aromáticos com-
binam com queijos de massa mole, tais
como os frescos de cabra e a ricota. Você
pode combiná-los com um Chardonnay,
por exemplo.
Os queijos são comumente associados
aos vinhos. Entretanto, não é só com
tal bebida que eles se harmonizam
com perfeição. Algumas propriedades
das cervejas reservam na combinação
com queijos excelentes surpresas para
o paladar. Em primeiro lugar, devido à
carbonatação, a cerveja estimula as pa-
pilas gustativas, acentuando os sabores
dos queijos. Além disso, tal propriedade
ajuda a cortar a gordura dos queijos,
preparando o paladar para os próximos
sabores. Há que se lembrar também que
os queijos, em vez de contrastar, harmo-
nizam com as cervejas por semelhança,
o que valoriza os seus sabores.
De queijos De mofo branco, como o camembert, o
brie e o chamois D'or.
De queijos De mofo azul, como o gorgonzola, o
chamois bleu, o crem'azur e o roquefort.
a mesa
O primeiro passo é escolher ao menos 5 tipos diferentes de queijo, que devem ir do suave ao mais picante. Acomode-os em bandejas por toda a mesa, sem entretanto cortá-los ou fatiá-los. Disponibilize pratos, garfos e facas de sobremesa. Como sugestão para as variedades você pode-ria compor sua mesa com:
15%
15%
Abaixo sugerimos algumas dicas de
como organizar uma mesa corretamente,
escolher os queijos, calcular o consumo
médio por pessoas e custos.
De queijos tipo suíços, como o gruyère, o fol epi e o
maasDamer.
De queijos suaves, como o gouDa, o itálico, o saint paulin, o
lou palou e o emmenthal.
De queijos De sabor forte, como o port salut, o parmesão, o
chavroux, o provolone, o cheDDar e o limberger.
De queijos cremosos com sabores especiais, como o rambol nas
versões saumon, fines herbes, provençale, noix e poivre vert.
O primeiro passo é escolher ao menos 5 tipos diferentes de queijo, que devem ir do suave ao mais picante. Acomode-os em bandejas por toda a mesa, sem entretanto cortá-los ou fatiá-los. Disponibilize pratos, garfos e facas de sobremesa. Como sugestão para as variedades você pode-ria compor sua mesa com:
20%
25%
15%
10%
Coloque os queijos sobre tábuas ou suportes de madeira e
cada um com sua faca, para não confundir aromas e sabores.
Maçã vermelha é ótima parceira para o queijo brie, Já a maçã
verde, ressalta o sabor do camembert. As uvas dedo-de-dama
combinam com todos os queijos. A pera faz um ótimo contra-
ponto com o gorgonzola. E o salsão e a água são perfeitos para
limpar o paladar entre um queijo e outro.
Evite provolone e o parmesão, porque elas possuem sabores
muito fortes que se sobrepõem aos demais.
Não se deve servir os queijos em cubinhos. Queijos pequenos,
como camembert e brie, são servidos com o corte "insinuado",
isto é, com o primeiro corte feito e a fatia próxima da fôrma.
Evite cortar queijos diferentes com a mesma faca.
Mozzarela, queijo prato e queijo de minas não são elegantes
para festas que são de tábuas de queijo e vinhos. Queijos fortes
como o provolone e o parmesão inibem o sabor dos vinhos.
Reserve também cestas com pães pequenos e diferentes (tipo
italiano, alemão, francês, centeio, com nozes), sempre inteiros,
e uma charcuterie com iguarias picantes, como alho, pimenta,
cebola e manteigas com ingredientes do tipo anchovas e ca-
viar. Galheteiros com páprica, cominho e pó de alho também
são bem-vindos.
Para ser criativo você pode fazer bandeirolas dos países em
palitos para identificar os queijos na tábua.