guerra de canudos

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IFBA - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia. Data: 18/09/2015. Curso: Eletrotécnica Turma: 2832 Disciplina: História Docente: Érica Lôpo Discentes: Danilo Fernandes, Icaro Bispo e Paulo Roberto. Resenha Crítica do filme: “Guerra de Canudos” O filme “Guerra de Canudos” representa a vida e trajetória de um povo nordestino contra as injustiças, opressão e desrespeito do vigente governo republicano. O filme contextualiza de forma bem objetiva e pragmática, as causas e conseqüências, assim como os efeitos que a mesma teve para a formação do governo, abrindo espaço para retratar os sonhos e desejos de um povo, que apenas almejava um pouco de qualidade de vida. O filme mostra a luta do povo do Arraial de Canudos, principalmente a de Antônio conselheiro um homem que dizia ser o enviado de Deus para lutar contra o regime republicano. Ele considerava a república como anticristo na terra, pois a igreja perdeu espaço com a separação em relação ao Estado, que se tornou laico e criou o casamento civil. Ele era o representante, revolucionário que levaria prosperidade e conforto tanto social e espiritual para os seus seguidores, promovendo a criação de uma comunidade que romperia por completo com o governo brasileiro. Grande parte da população rural praticava cultura de subsistência. Esse fator somado a grande seca levava as pessoas a perderem bens por não conseguirem pagar os

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Resenha do filme Guerra de Canudos

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Page 1: Guerra de Canudos

IFBA - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia.

Data: 18/09/2015.

Curso: Eletrotécnica Turma: 2832

Disciplina: História

Docente: Érica Lôpo

Discentes: Danilo Fernandes, Icaro Bispo e Paulo Roberto.

Resenha Crítica do filme: “Guerra de Canudos”

O filme “Guerra de Canudos” representa a vida e trajetória de um povo nordestino contra as injustiças, opressão e desrespeito do vigente governo republicano. O filme contextualiza de forma bem objetiva e pragmática, as causas e conseqüências, assim como os efeitos que a mesma teve para a formação do governo, abrindo espaço para retratar os sonhos e desejos de um povo, que apenas almejava um pouco de qualidade de vida.

O filme mostra a luta do povo do Arraial de Canudos, principalmente a de Antônio conselheiro um homem que dizia ser o enviado de Deus para lutar contra o regime republicano. Ele considerava a república como anticristo na terra, pois a igreja perdeu espaço com a separação em relação ao Estado, que se tornou laico e criou o casamento civil. Ele era o representante, revolucionário que levaria prosperidade e conforto tanto social e espiritual para os seus seguidores, promovendo a criação de uma comunidade que romperia por completo com o governo brasileiro.

Grande parte da população rural praticava cultura de subsistência. Esse fator somado a grande seca levava as pessoas a perderem bens por não conseguirem pagar os impostos. Esses que começaram a ser cobrados de forma mais intensa pelo Estado após a proclamação da República. Em busca de uma vida melhor, com ajuda do fanatismo religioso, a população começou a seguir Conselheiro e compuseram o Arraial de Canudos.

O governo não queria que Canudos se tornasse exemplo para outros povos que assim como eles passavam por dificuldades, já que eles conseguiram certa qualidade de vida vivendo com autonomia. Devido a enorme proporção que este movimento adquiriu, o governo da Bahia não conseguiu por si só segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado, por esta razão, pediu a interferência da República.

Page 2: Guerra de Canudos

A imprensa carioca e as autoridades republicanas acusaram injustamente ao movimento de Antônio Conselheiro de defender o retorno à então rejeitada Monarquia. Depois de duas expedições militares contra Canudos fracassadas, o comandante Antônio Moreira César, conhecido como "o Corta-Cabeças", foi eniado para o combate. Ele considerava o Arraial de Canudos como monarquia e queria acabar com essa “loucura”. Mas, acostumado aos combates tradicionais, Moreira César não estava preparado para eliminar Canudos, e foi abatido por tiros certeiros de homens leais a Antônio Conselheiro. A tropa foge em debandada, deixando para trás armamentos e munição. Para os conselheiristas, trata-se de uma prova cabal da "santidade" do beato de Belo Monte.

Em 5 de abril de 1897 tem início a quarta e última expedição contra Canudos, desta vez o cerco foi implacável, até muitos dos que se rendiam foram mortos, eliminar Canudos e seus "fanáticos habitantes" tornou-se uma questão de honra para o exército. As forças da República já estavam mais bem equipadas e organizadas, os guerreiros foram vencidos pelo cerco que os impediam de sair do local no qual se encontravam para buscar qualquer tipo de alimento e muitos morreram de fome. O massacre foi tamanho que não escaparam idosos, mulheres e crianças. Os conflitos violentos culminaram em um sangrento derramamento de sangue na região nordestina.

Assim, o diretor busca trazer as duras e complexas batalhas (Foram três derrotas, para que na Quarta, com a ajuda do governo federal, conseguisse vencer) para de fato se firmar, mostrando também que a república não era o desejo de todos e que aqueles que conseguiram sobreviver a tantas injustiças que a vida lhes propôs, eram de fato os verdadeiros cidadãos republicanos. As ações do exército são tratadas com ironia já que perderam batalhas para civis sem armas de fogo. Também são mostradas as divergentes ideias sobre a república. Além da opinião do povo de canudos e dos líderes do exército, é mostrada a concepção do jornalista, que na república todo mundo é cidadão, e do tenente Luís que diz que a república é bem-estar e felicidade para todos cidadãos.