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GT – Estudos e Pesquisas em Espaço, Trabalho, Inovação e
Sustentabilidade
Modalidade da apresentação: Comunicação oral
A ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS NOS SETORES CULTURAIS E FUNCIONAIS, NA CIDADE DE NATAL/RN
Resumo: O agrupamento dos setores culturais e funcionais sob a alçada da Economia Criativa veio chamar a atenção sobre estes últimos setores. Os setores funcionais incluem a moda, o design, a arquitetura e a publicidade e se constituem como um modelo econômico para os setores culturais ao apresentar o mercado como alternativa à dependência do financiamento público dos setores culturais, artísticos e patrimoniais. Desse modo, este artigo tem por objetivo demonstrar a importância da realização de eventos nos setores funcionais para divulgar projetos, produtos e serviços culturais dos profissionais e empresas do âmbito das criações criativas e funcionais. Desse modo, optamos pela pesquisa qualitativa concretizada a partir da realização de entrevistas semiestruturadas com responsáveis pela organização desses eventos, tomando como recorte territorial a cidade de Natal, no estado do Rio Grande do Norte. Concluímos que apesar das dificuldades sentidas por esses profissionais para realizarem seu trabalho, os eventos são primordiais em uma cidade que vê crescer anualmente o número de profissionais e a oferta de produtos e serviços nos setores funcionais.
Palavras-Chaves: Cultura. Eventos públicos. Economia Criativa. Setores culturais e funcionais.
1 INTRODUÇÃO
O aumento da especialização e competitividade colocaram em pauta a
necessidade de uma política de inovação. O âmbito cultural não é alheio a este
desiderato e colocou no seu centro a necessidade de aumentar a criatividade no
ciclo econômico dos produtos e serviços culturais e funcionais. A Economia
Criativa definida pela primeira vez por John Howkins, em 2001, veio agregar os
setores culturais, artísticos, patrimoniais e funcionais (HOWKINS, 2013). Por outro
lado, veio marcar o desenvolvimento econômico, cultural e social, a partir dos
setores referidos, gerando empregos e promovendo o surgimento de novas e
inovadoras indústrias criativas que no Brasil se designam por setores criativos.
Esta combinação de valores econômicos e culturais é o que diferencia a Nova
Economia ou Economia Criativa dos setores econômicos tradicionais. De fato, a
atividade cultural nunca se assumiu verdadeiramente como setor econômico. No
entanto, hoje, os setores criativos são vistos como expressões do valor cultural e
econômico e têm um olhar crescente nas políticas nacionais e internacionais
(MIGUEZ, 2007).
Para a Organização das Nações Unidas sobre Comércio e
Desenvolvimento (UNCTAD), os setores criativos lidam com a interação de
vários setores que foram agrupados em quatro grandes categorias: Patrimônio,
Artes, Mídia e Criações funcionais. Estes, por sua vez, estão subdivididos em
nove subgrupos, conforme a Figura 1.
Figura 1: Classificação dos Setores Criativos (UNCTAD)
Fonte: UNCTAD, 2010.
Para a UNCTAD (2010), as indústrias culturais são consideradas como as
indústrias que “combinam a criação, produção e comercialização de conteúdos
que são intangíveis e culturais por natureza. Estes conteúdos são tipicamente
protegidos por direitos autorais e podem assumir a forma de bens ou serviços”.
São, também, “centrais na promoção e manutenção da diversidade cultural e na
garantia de acesso democrático à cultura” (UNCTAD, 2010). Essa aliança entre
a cultura e a economia dá aos produtores culturais uma nova perspectiva
profissional.
Da mesma forma, as indústrias culturais foram definidas como um
conjunto de atividades econômicas que combinam as funções de criação,
concepção e produção de cultura com mais funções industriais, em grande
escala e comercialização de produtos.
Por volta de 1970, a Organização das Nações Unidas para a Educação,
a Ciência e a Cultura (UNESCO) e o Conselho da Europa, já realizavam
pesquisas sobre as indústrias culturais. Em 1988, ocorreu a Primeira
Conferência Internacional, nos Estados Unidos, com o tema: “Artes e a Cidade
em Transformação: uma agenda de regeneração urbana”; para discutir a relação
da vida na cidade com a cultura e a criatividade, destacando a cidade como um
ambiente favorável aos setores criativos. O pioneiro nessa associação foi o
inglês Charles Landry, ao introduzir o conceito de Cidade Criativa definido como
“lugar que permite ao indivíduo fazer parte da criação do ambiente em que vive.
Do ponto de vista da administração, é a cidade que encontra soluções criativas
e oportunidades interessantes para seus problemas.” (LANDRY, 2014).
Em 1994, a Austrália introduziu uma política cultural denominada “Nação
Criativa” com a seguinte justificativa:
Esta política cultural é também uma política econômica. A cultura cria riqueza. Em sentido lato, nossas indústrias culturais geram 13 bilhões de dólares por ano. A cultura cria emprego. Cerca de 336.000 australianos são trabalham em indústrias relacionadas com a cultura. A cultura agrega valor, trazendo uma contribuição fundamental para a inovação, o marketing e o design. É um símbolo de nossa indústria. O nível de nossa criatividade determina substancialmente a nossa capacidade de adaptação a novos imperativos econômicos. É uma exportação valiosa em si mesma e um acompanhamento essencial para a exportação de outras mercadorias. Ela atrai turistas e estudantes. É essencial para o nosso sucesso econômico. (AUSTRALIA, 1994).
Em 2004, em São Paulo (Brasil), realizou-se a XI Conferência Ministerial
da Conferência da UNCTAD. Foi o marco inicial para o fortalecimento do
desenvolvimento da Economia Criativa nos países do Sul. Uma consequência
desta Conferência, ao nível da política cultural brasileira deu-se em 2012, com a
criação da Secretaria da Economia Criativa (SEC), na dependência do Ministério
da Cultura, com a aprovação do seu plano, políticas, diretrizes e ações para
o quadriênio 2011-2014 (CRUZ, 2014).
A SEC veio definir a Economia Criativa como:
a economia do intangível, do simbólico. Ela se alimenta dos talentos criativos, que se organizam individual ou coletivamente para produzir bens e serviços criativos. Por se caracterizar pela abundância e não pela escassez, a nova economia possui dinâmica própria e, por isso, desconcerta os modelos econômicos tradicionais, pois seus novos modelos de negócio ainda se encontram em construção, carecendo de marcos legais e de bases conceituais consentâneas com os novos tempos. (BRASIL, 2012).
No mesmo Plano da SEC, os Setores Criativos foram definidos como:
aqueles cujas atividades produtivas têm como processo principal um ato criativo gerador de um produto, bem ou serviço, cuja dimensão simbólica é determinante do seu valor, resultando em produção de riqueza cultural, econômica e social. (BRASIL, 2012).
No entanto, consideramos que a definição de Economia Criativa carece de
precisão, pelo que concordamos com Cruz (2014) que a define pelas:
atividades econômicas que têm objeto a cultura e a arte, ou que englobam elementos culturais ou artísticos de modo a alterar o valor do bem ou serviço prestado. Deste modo, compreendemos o ciclo econômico de criação, produção, distribuição, difusão, consumo, fruição de bens e serviços que têm por objeto a arte e a cultura ou que incorporam elementos culturais ou artísticos. Afastamos desta concepção as atividades culturais e artísticas que não têm intuito econômico. O elemento simbólico e intangível são elementos que importam às atividades econômicas e que quando incorporados nestas, lhes altera o valor econômico. (CRUZ, 2014)
Nesse sentido, propomos definir os setores criativos como os
empreendimentos incluídos na Economia Criativa que têm por objeto a cultura e
a arte, ou que englobam elementos culturais ou artísticos de modo a alterar o valor
do bem ou serviço prestado.
No Brasil, a partir do Plano da Secretaria da Economia Criativa foi adotado
um novo modelo de categorias culturais e de setores criativos que difere do
proposto pela UNCTAD. No entanto, entendemos com Cruz (2014) que não existe
divergências significativas, conforme se pode ver na Figura 2.
Figura 2 – Comparação dos setores criativos, entre SEC e UNCTAD
Fonte: Cruz, 2014.
É de destacar, contudo que a UNCTAD agrupa na categoria cultural
“Criações Funcionais”, os setores criativos de design, novas mídias e serviços
criativos (Arquitetura, Publicidade, Cultural e Recreativo e Pesquisa e
Desenvolvimento criativo) enquanto a SEC denomina a categoria correspondente
de “Criações Culturais e Funcionais” agregando os setores da moda, design e
arquitetura.
Os setores criativos vêm participando do mercado global e ao mesmo
tempo como elementos de promoção da identidade local e das relações
internacionais, gerando aproximações entre as nações através da simpatia
provocada pelas manifestações culturais locais (WYSZOMIRSKI, 2004, p. 1).
Profissionalmente, hoje, há uma demanda maior de produtores culturais e
artísticos devido ao reconhecimento dos setores que representam.
A organização e a realização de eventos são de fundamental importância
para a divulgação de bens e serviços, facilitando assim, a colocação destes no
mercado urbano, regional e mesmo nacional. Os eventos servem, ao mesmo
tempo, para se constituírem como mercados temporários facilitando, por isso, o
acesso aos consumidores. Os eventos culturais são capazes de reforçar ainda a
identidade e a diversidade cultural e, gerar renda para os profissionais da área,
além de os valorizar. Para a UNESCO, essa diversidade cultural é a força motriz
para o desenvolvimento, não só em relação ao crescimento econômico, mas
também como meio de incentivar valores morais, emocionais, intelectuais e
espirituais (BRASIL, 2012).
Deste modo, a organização de eventos culturais e funcionais favorece as
tendências da procura de atividades culturais, acompanhadas pelo crescimento
da oferta. Ademais, os eventos culturais e funcionais podem ser vistos como
fatores de renovação e revitalização de espaços públicos, não só do setor
econômico, mas também ao nível das competências paisagísticas, como da
preservação do patrimônio cultural e histórico. Trata-se, por isso, de eventos que
influenciam positivamente a imagem externa e interna de uma cidade ou território.
2 OS EVENTOS NA CIDADE DE NATAL
A pesquisa se caracteriza como qualitativa, uma vez que procuramos
compreender a realização e organização de eventos no âmbito da categoria das
criações criativas e funcionais. Neste sentido, foram considerados os setores
criativos da Moda, Design, Arquitetura e Publicidade. A principal técnica de
pesquisa utilizada foram as entrevistas semiestruturadas com
profissionais/produtores culturais. A opção pela tipologia da entrevista
semiestruturada permitiu-nos aprofundar as questões que constavam no roteiro
de entrevista, sempre que se mostrou necessário. O roteiro definiu como tópicos
passíveis de aprofundamento, os seguintes:
1. Divulgação dos eventos;
2. Estrutura do evento, tanto em termos físicos como humanos;
3. Fatores positivos e negativos com a realização do evento;
4. Influência da cidade de Natal nos eventos;
5. Políticas Públicas ou medidas necessárias para a organização dos
eventos.
Foram entrevistados profissionais que organizaram ou participaram de
forma direta na organização de eventos na cidade de Natal:
Pedro Lacerda, Assistente do Núcleo de Arte e Cultura (NAC) da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); membro na
organização da Cientec Cultural, especialmente na Semana de
Ciência, Tecnologia e Cultura da UFRN;
Mateus Tinôco, designer; organizou a Debulha, evento de
estudantes de Design da UFRN;
Verônica Melo, gestora do SEBRAE - Rio Grande do Norte (RN);
promoveu um desfile para mostrar os resultados do projeto da
Indústria da Moda do RN;
Luíza Islau, publicitária; produtora de eventos independentes com
artistas locais e festivais de cinema, com foco no evento Coletivo
Músicas Instrumentais;
Gustavo Guedes, produtor cultural; trabalha com o projeto de
audiovisual UrbanoCine.
A) Divulgação dos eventos
As redes sociais ganharam o gosto popular e invadiram a vida da grande
maioria das pessoas pela praticidade de contato com o público-alvo, além de
serem plataformas de comunicação interativa gratuita de fácil acessibilidade.
Assim, para divulgar seus eventos, os produtores culturais, em grande maioria,
utilizam as redes sociais. Usam, por isso, as páginas públicas do Facebook e
perfis no instagram para divulgar seus trabalhos e ideias. Porém, alguns eventos
como a CIENTEC e a Debulha ainda possuem outras características de
divulgação como a afixação de cartazes e a distribuição de panfletos em locais
públicos, para além da página web institucional.
B) Estrutura do evento, em termos físicos e humanos
A maioria dos eventos não demandam uma grande estrutura física. O
Coletivo só precisa de um espaço disponível e som de boa qualidade. É um
evento de características colaborativas composto por 20 membros que se
dividem em direção, produção, publicidade e direção de arte. Natal Pensando
Moda está dividido em várias equipes: cabeleireiro, maquiagem, modelos e
produção. É tudo produzido por empresas contratadas, inclusive, o próprio local
em que se realiza o evento que é, geralmente, o teatro. Para a Debulha, o espaço
utilizado é o Departamento de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte e conta com a ajuda voluntária dos alunos do curso de Design. O
UrbanoCine, também, não necessita uma mega estrutura, mas de espaço para
a exibição de filmes, de caixas de som e de um telão. Hoje tem uma equipe de
12 pessoas. Já a CIENTEC trabalha com uma estrutura de grande porte. Com
grandes palcos e iluminação e esta, consequentemente, é a que precisa de uma
grande quantidade de pessoas para planejar, auxiliar e apoiar na montagem
dessa estrutura.
C) Fatores positivos e negativos para a realização do evento
Os principais aspectos positivos abordados na CIENTEC é a interação
entre os alunos e o público com intuito de incentivar e expor pesquisas e
apresentações culturais. Para a Debulha, é citada a satisfação do sucesso do
evento a cada ano e a oportunidade de poder ter contato com pessoas de grande
influência no setor do design. No Natal Pensando Moda é comentada a vontade
das empresas participarem e a forma de desenvolver um novo modelo de
coleção. O Coletivo encontra de positivo o “feeling” das bandas, a interação entre
elas e o público, como forma de divulgação, também. O UrbanoCine, nesse
aspecto, mostrou a satisfação em ver aceitação do público ligados aos pedidos
de retorno do evento ao local realizado.
Quanto às dificuldades encontradas, cada evento tem sua peculiaridade.
Na CIENTEC, foi fácil notar que, apesar de ser um grande evento, com uma
grande circulação de pessoas, ainda deixa a desejar por falta de recursos
financeiros suficientes, com cortes orçamentais, principalmente na área cultural.
Para a Debulha, evento de Design da UFRN, o financeiro também é apontado
como dificuldade, mas, além disso, é apontado a falta de conhecimento das
pessoas em relação ao design. Para o Natal Pensando Moda, do SEBRAE, não
foram citados fatores negativos. Para o Coletivo, as dificuldades começam nas
estruturas físicas, como som, por exemplo, dos bares de Natal para receber os
músicos aliados ao evento, destacando também a falta de regulamentação e
incentivo para a realização do evento em praças, anfiteatros e espaços públicos
em geral. Já para o UrbanoCine, a maior dificuldade encontrada é o espaço e
em seguida, o processo de sedução para encontrar apoios, por ser um evento
que necessita de um orçamento elevado.
D) Influência da cidade de Natal nos eventos
Dos eventos pesquisados, o Debulha não tem características locais já que
procura promover a aplicação de conhecimentos locais e globais, no mundo do
design. A CIENTEC tem a sua programação cultural voltada para a apresentação
de artistas, como dançarinos e músicos, da cidade ou do RN. Natal Pensando
Moda tem inspiração local, visível nas estampas das roupas com traços da
cultura potiguar, bem como da estrutura física e natural de Natal e do próprio RN.
O Coletivo também trabalha com músicos e bandas de Natal, no intuito de
divulgá-las. Já o UrbanoCine divulga filmes e documentários que podem ou não
ter influência local.
E) Políticas Públicas ou medidas necessárias para a organização dos
eventos
Foram citadas várias políticas e medidas que podem favorecer esses
eventos. Desse modo, os entrevistados revelaram a falta de oficinas de
interiorizações atreladas às políticas de incentivo. Alguns eventos são
beneficiados pelo poder público, como por exemplo, através da lei Rouanet que
é de incentivo à cultura. Verificamos ainda, a demanda de abertura de editais
sem tantas restrições e burocracia que permitam dar a conhecer o artista como,
também, o patrimônio cultural, locais. Políticas voltadas para a economia criativa
também foram citadas como incentivo às ações que envolvam diversos grupos
de artistas que mostrem sua arte para fortalecer e potencializar as riquezas do
estado. No geral, para esses produtores, uma política que poderia beneficiar a
área da cultura seria a regulamentação/regularização da organização de eventos
no setor cultural e criativo.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Economia Criativa é um modelo de gestão que tem como princípio o
desenvolvimento de produtos e serviços dos setores culturais e funcionais,
gerando emprego e renda, através da utilização de novas tecnologias. Para isso,
propõe ainda repensar o ciclo econômico, propondo soluções de integração de
setores econômicos tradicionais com os setores culturais, artísticos, patrimoniais
e funcionais. Como podemos perceber, a Economia Criativa trouxe para pauta a
relevância econômica dos referidos setores culturais e funcionais. Desta
maneira, percebemos a necessidade de aumentar a participação dos setores
criativos na economia brasileira.
Para o desenvolvimento das atividades culturais e, consequentemente,
para o desenvolvimento dos setores criativos, nota-se a importância da
realização de eventos como forma de dinamizar os referidos setores. Estes
eventos permitem não apenas divulgar produtos e serviços culturais, artísticos,
patrimoniais e funcionais, mas também aumentar as fontes de renda, a partir das
vendas geradas nos mesmos.
A organização de eventos na categoria cultural das Criações Criativas e
Funcionais na cidade de Natal se mostra assim de extrema importância. Durante
as entrevistas realizadas com os coordenadores e membros da coordenação de
eventos dos setores funcionais, verificamos a dificuldade sentida pelos mesmos,
em realizar seu trabalho no RN, nomeadamente para conseguirem espaço e
incentivos. Há, no entanto, que relevar o caráter empreendedor dos
organizadores dos eventos no âmbito das Criações Criativas e Funcionais que
pode ser estimulado pelo Poder Público. Desse modo, de acordo com as
Políticas Públicas de fomento da Economia Criativa, os empreendedores devem
procurar soluções no mercado para fazerem face à ausência de financiamento
público para a organização de eventos culturais. No entanto, é exigível dos
poderes públicos o apoio à organização dos mesmos que muitas vezes, não se
reduz a questões financeiras. Dar visibilidade aos eventos das Criações
Culturais e Funcionais é bom para profissionais e a oferta de bens e serviços,
mas também para a dinâmica econômica da cidade de Natal e do próprio estado
do Rio Grande do Norte.
REFERÊNCIAS
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