grupos focais barbour

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VNTVIIIVíIò VSINòS]dov5z1ü y oy5naourNr

12 Rosatine BarbouÍ

Cada tivro da Coleçdo Pesquiso qualitatívo Íoi escrito por um autor des-

tacado, com ampÌa experiência em seu campo e com prática nos métodos

sobre os quajs escreve. Ao ter a Coleção compteta de tivros, do início ao

fim, vocêencontrará, repêtjdamente, aLgu mas questões centrais a qualquer

tìpo de pesqujsa quatitativa, como ética, desenho de pesquisa ou avaha

ção de quatìdade. Entretanto, em cada [ìvro, essas questões são tratadasdo ponto de vista metodoLógico especifico dos autores e das abordagensque descrevem. Portanto, você poderá encontrar diferentes enfoques às

questões de quatidade ou sugestões diferenciadas de como analisar dados

quaÌitativos nos diferentes ljvros, que se combinârão paaa apresentâr um

quadro abrangente do campo como um todo.

K o que É A PEseutsA QUALtrATlva?

É cada vez mais difícil encontrar uma definição comum de pesquisa qua-

titativa que seja aceita peta maioria das abordagens e dos pesquisadores do

campo. A pêsqujsa quatitativa não é mais apenas a "pesquisa no-o quanti_

tativa", tendo desenvotvido uma identidâde própria (ou, tatvez, várias iden_

tidades).

Àpesar dos muitos enfoques existentes à pesquisa quatitativa, é possivel

identificâr atgumas caracteristicas comuns. Esse tipo de pesquisa visa aabordar o mundo "tá fora" (e não em contextos especia(izados de pesqujsa,

como os taboratórios) e entender, descrever e, às vezes, explicar os fenô-menos sociais "de dentro" de diveÍsas maneiras diferêntes:

. Ànatisando experiências de individuos ou grupos. Às experiêncìas po_

dem estar retacionadas a histórìâs biográficasou a práticas (cotidianasou profissionais), e podem ser tratadas anatisando se conhecimento,reLaÌos e histórias do dia a dia.

. Examinândo interações e comunicações que estejam se desenvotven_

do. lsso pode ser baseado na observâção e no registro de práticas de

interação e comunicação, bem como na anáUse desse materiat.. ìnvestigando documentos (textos, imagens, fi lmes ou música) ou traços

semethantes de exper ièn(ias ou intetacõeÍ.

Essas abordagens têm em comum o fato de buscarem esmiuçar a formacomo as pessoas constroem o mundo à sua voLÌa, o que estão íazendo ou oque está {hes acontecendo êm termos que tenham sentido e que ofereçamuma visão rjca. As interações e os documentos são considerados como for-mas de constituir, de forma conjunta (ou conítjtuosa), processos e artefatossociais. Todas essas abordagens representam formas de sentido, as quais

.p^Ltptrtenb pslnbsêd ep sle_ttuêlsêoipdnloâJd 'lela6 uJêrê^êrfsê arê^êrlsuerl ep 'pfês no ísoÌxêÌ urê(sue8pur! oruol 'slpuêleur sollno no) sexêlduo) slpllos sê_o5enÌ!s epog5eLurolsuprt p sp^!Ìplêr sêgÌsênb se 'ulsse opuèS opol uln oulolEslnbsad Pp è sopetì nsêr sop op5pÌêrdrètul e íêìuêuìeu

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'opepnlsê opuês plsê ânb o lêpuquê eJedêluPìroduL è (êpeplxêìdtuot ê elrolslq ens) ospl o 'plluênbèrj LUol

'e 'sopnlsê sêssêp sêltês t!ê no ose) êp sopnlse uê plespq ês p^Llpl-lìenb esLnbsêd êp êpeplluenb êpuer8 eun opntsè ue oplsenb pun.rêpuêluê eled sosel so ê olxêluo)oo!J?s p e elp Llplllpnb pslnbsêd V .

'opuepnlsê elsê ês ênb oduPloP sorquêur ourof íopoì oe L!êZEII ênb oPxêìlêr êp êpEplfeder e uole odupl ou seLruguêdxè spns ep sorürâì uê pfês 'sêDpesFbsêd êpo-e5lpuor eu ìeossed p5uêserd eudord pns êpsourJêl uê pÍês'eslnbsêdêp ossolod op 4ueUodLU! èlred eLün ogs rls Luè 'sêroppsLnbsed sO .

'sop!^ìo uêsêpoerès suèEPproqP sP^ou ê sopolâur so ou no sopeìdepe oelês sêìê'olêDuor odLupr LUn p no oBlsênb pppulurêlêp eurn e urelsnÍe ês ogusêluêìslxê sopot9ur so ês 'epnlsê ês ênb ollnbP sopPnbepe Jâs urè^êpeloat e ê sopoìêur so ênb êp e!êp! ep etrpd p^Ltpt!Ìpnb pslnbsêd y .

'eslnbsêd êp ossêrord ou sopeullêr ê sop!^lo^ussep ogs (sppesnurêrol ès 'sèsèìod!q se no) sollefuof so'ossrpzê^ rul .sEì-glsol slodêpered o!r!u! ou sasatgdlrl relnurol èp à ppnÌse âs ênb oìFbep opulJêpuêq o]!êruor Lün rêrêìêqPlsê êp LU?tsqP às e^Ltelìenb eslnbsêd v .

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14 Rosatine Barbour

. Mesmo que os métodos tenham de ser adequados ao que está em es-tudo, as abordagens de defi nição eavatiação da qualidade da pesquisaquatitativa (ainda) devem ser dìscutidas de formas específicas, ade-quadas à pesquisa quatitativa e à abordagem específica dentro deta.

AABRÂNGÊNCIA DA COLEçÃO PESQUISA

^UALITATIUAO liwo Desenho da pesquisa qualitativa \Uwe Ftick) apresenta uma brevejntrodução à pesqujsa quatitativa do ponto de vista de como desenhar eplaneiar um estudo concreto usando esse tipo de pesquisa de uma forma oude outra. Visa a estabelecer uma estrutura para os outros livros da Coleção,enfocando problemas práticos e como resolvê-tos no processo de pesquisa.O tivro trata de questões de construção de desenho na pesquisa quatitatìva,aponta as djficutdades encontradas para fazer corn que um projeto de pes-quisa funcione e dis(ute problemas práticos. como os re(ursos nà pesquisàquatitativa, e questõês majs mêtodotógicas, como a quatidade e a ética empesquisa qualitâtjva.

Dois Livros são dedicados à coleta e à produção dê dados na pesqujsaquatìtativa. EtnograÍid e observação partìcipante (Michaet Ângrosino) é de-dicado ao enfoque retacionado à coteta e à produçáo de dados quaLitativos.Neste caso, as questões prátìcas (escolha de Lugares, de métodos de cotetade dados na etnografia, probtemas especiâis em sua anátise) são discutidasno contexto de quêstões mais gêrais (étìca, rêpÍêsentações, quaLidadê eadequação da etnografia como abordagem). Em Grupos locoÌJ, RosalineBarbour âpresenta um dos majs importantes métodos de produção de dadosquâlitatjvos. Mâis uma vez, encontramos um foco intenso nas questões prátjcas de amostragem, desênho e anáLise de dados, ê em como produzi{osem grupos íocais.

Dois outros tivros são dedjcados a anaLisar tipos específicos de dadosqualitativos. DodoJ visuais patu pesquisa qualitotivo (/úarcus Banks) ampliao foco para o terceiro tipo de dâdo quaLjtativo (para aLém dos dadosverbaisoriginárìos de entrêvistâs e grupos focaìs e de dados de observação). O usodê dâdos visuais não apenas se tornou uma tendência importante na pes-quisa sociaL em geral, mas também coÌoca os pesquisadores diante de novosprobtemas práticos em seu uso e em sua análise, produzindo novas questõeséticas. Em Áflãlise de dados quolitotivos (Graham Gjbbs), examinam-sevárias abordagens e questões práticas retacjonadas ao entendimento dosdados quatitatjvos. Presta-se atenção especial às práticas de codificação, àcomparacão e ao uso da anátise iníormatizada de dados quatitativos. Nessecaso, o foco está nos dados verbais, como entrevistas, grupos focais ou

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í8 RosaLine BaÍbouÍ

Portanto, no contexto d a ColeçÕo Pesquísa Qualitotivo, este livro comple-me?,ta Etnogroíio e obseÍyaçõo participante , de Angrosino (2007), delinean-do uma das principais formas de colêta de dados em pesquisa quatitativa.Grupos Íocois aborda os probtemas espêcííjcos a respeito da pesquisa comgrupos, enquanto os outÍos provêm a conjuntura mais geral em discutir osprobLemas menos êspecíficos das pesquisas quatitativas. Você encontraráaqui sugestões adicionais sobte como obter amostragem em uma pesquisade gruposfocais ê o queisso significa para a comparação, osachados e a ge-neralização, ãssim como quais são as impticaçôes éticas nesse contexto.

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sIY3Od sodnì{cv oY5íìaoì{INr

20 RosaLine Barbour

1999) eque reconhece que o quefuncjona para um expoente de gruposÍocaispode não funcìonar para outro tatvez devido às suas próprias caracteÍísticas(gênero, idade, etnicidade) predisposições discipLinares (que dependem de

seus treinamêntos originais e aprendìzagens teóÍìcâs) ou abordâgens con-

ceituais (isto é, como os ìndividuos aprendem, teorizam e racjocinam) Dã

mesma forma, abordagens dêsenvotvidas para lidaÍ com os requisitos de um

projeto de pesquisa específico podem não ser bem convertidas para outÍoiem que os dados estiverem sendo produzidos com outro propósito ou que

esteja vincu{ado a outro grupo de pessoas. Âinda assim, pratìcamente da

mesma forma que a própria pesqujsa quatitativa dêpende da habiÌidade do

pesquisâdor de traçar parateLos instrutivos, este vo(ume espera apresentare;efletir mjnha própria experiência e a de outros com o uso de grupos focais

para pesquisa, na esperança de que o Ìejtor possa colher atguma orientação

e sugesÌáo que the auxitie no desenvolvimento de suas próprias práticas

refleììvas e reflexjvas com grupos focaìs. Por mejo da contextualização das

questões e da ituslração dos diLemas relativos a projetos da vida rea(, ele

pretende oferecêr sotuções em potencìat _ atgumas vezes parciais e, no

minimo, advertências contra o uso dê "sotuções instantâneas".

Assim como os grupos Íocajs, como uma ferramenta de pesquisa, tevam

â circunslâncias muttifacetadâs, também os grupos focais, como escotha

de pesquisa, {evantam debates metodo(ógjcos passionais e potenciatmen_

te contradjtórios. Essas visões conftitantes emergem a partir dos distintospressupostos e contextos disciptinares dos pesquisadores. A Ítexibilidadeìnerente dos grupos focais e sêu potencial para o uso em uma grande valje_

dade de contèxtos têm, entretanto, inevitavetmente, gerado considerável

confusão, com tentativas de ctarificação que com frequência resüttam em

consethos prescritivos.

trã oerrlrçÃo DE uM GRUPo FocAL

lsso tem resuttado em coníLlsão mesmo no que diz respeito à defjniçãodo que constitui um grupo focal, com os Ìermos "entÍevista de grupo", "eÍì-tre;ista de grupo íocal" e "discussões de grupo focaL" às vezes utiLizados de

forma intercambiávet. ljm dos textos mâis antigos e com mais frequênciacitado (Frey e Fontana, í993) usa o termo "entrevistas de grupo", mas des_

creve uma abordagem mais comumente rêferida como "discussões de grupo

focaÌ". Ete se baseia em gerar e anatisar a interação enÌre pârticipantes'

em vez de perguntar a mesma questão (ou tista de questões) para cada jn'

tegrante dò grupo por vez, o que serja a abordagem favorêcìda peto que é

mâis usuaimente reÍendo como sendo a "entrevìsta de grupo" Aparecendo

mais Írequentemente em grandes pubticações e revistas focadas na práti

'srê^!ssod sêgJe.reduor sP opuPdlrêìue !êluêL!Pruoal sepgurolu! UJ9quPlocs uêSertsoL!€ êp sêgslrêp sP ê 'eslnbsêd èp oglsênb elun êp oE5slnúro1p ruof €5êuor rezuoêl o^Llerêll ossêrord urn I 'p^llPlrtPnb esrnbsêd epolouror urlssg 'ossêtord o :soL6elsê êp êuês Pun uè opuLlsrsuor oì.!or EìsL^

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30 Rosatine BarbouÍ

petos grupos focais são a terapia ocupacional (Hotlis et at., 2002), pesqui-sas com ciência dâ famítiã e do consumo (Garrison et at., 1999), pÍátjcacomunitária (Harvey'Jordan e Long, 2002) e pesquisa com saúde pediátrica(Heary e Hennessy, 2002).

Os grupos focais têm proporcionado insiglìti êm uma grande variedadê dequestões de pesquisa, incluindo perspectivas do púbtico sobre a reciclagêm(Hunter, 2001), o sacerdócio para novos mem bros de congregacões episcopâis(ScanneLL, 2003), e o entendimento da tomada de decisão ética sobre invês-timentos (Lewis, 2001). A pesquisa com grupos focais tem sido pubtjcada nocampo dos estudos de negócios para proporcionar percepcões sobre âs estra-tégias de sucessão de proprietários de em presas pequenas e médias (Blackburne Stokes,2000). Em resumo, qualquerque seja o assunto, as chances sãoqueâlguém, em atgum lugar, tenha criado um grupo focal sobre isso.

Depêndendo de como os grupos já são utiLìzados em outras discipLjnas,cadauma tendeÍáa [idarcom gruposfocaisde umaforma um tanto diferente,em termos de que tipo de questões de pesquisa são postuladas, o conteúdodos guias de tópicos (roteiros), o estilo de questionamento do moderadoG aabordagem para anátise de dados, o modo com que os achados são apresên-tados e os usos que esses achados terão. Retornando à variedade de possibihdades proporcionada por direcionamentos a parti. de muitos contextosem que os grupos focajs têm sido empregados, cada uma dessas tradicõespotenciatmente tem atgo a ofêrecerao pesquisador. Entretanto, a aceitacãoacrítica dessas orientações dispensadas em diferentes contextos pode seryirrapenas para exacerbar algumas das tensões e dos dêsafios envotüdos.

USO DE ORIENTAçÕES

Textos de mdrketing proporcionam pistas úteis sobre o estímuto de particj-pantesque retutamem fatar e sobre a setêção de exercícios paraestimutaradiscussão. Contudo, orjentaÇões sobre amostÍagem devem sertratadascomcauteta (ver CapítuLo 5, que é devotado ao tópico da amostragem), assimcomo é importante ter em mente o propósito bastante diverso que conduzo empreendimento de pesqujsa de morketing. A pesquisa de mdrkeúing éum grande negócio ê é frequentemente executâda em escata nacionaL, como potencial para convocar muitos grupos em Locatidades diferentes em umperiodo muito curto dê tempo. Amostrar depende de identificar mercados--atvo para publicjdade e avisa a recrutar uma amostra queseia amplamenterepresentatjva dessa poputação-atvo. Nessa tradjcão, grupos focais são va-lorizados pela capacidade de fornecer respostas imediatâs e, portantor deanteci par tendências de mercado, em vez de ser por 9ua câpacidade de obterinformações detathadas do tipo geraLmente requerido por pesquisadores deserviços de saúde e cientistas socjais.

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32

para as "ctasses agitadoras". Íodavia, suspeito que os benefícios das dis-cussões de grupos focais sejam menos tangiveis para aquetes cujas vidase possibiljdades para efetuar mudanças são mais estritamente governadaspor constíições estruturais-

Aideia de que os grupos focais inerentemente engendram relações mâisiguaLìtárias entre os pesquisadores e os pesquisados também tem levadoatguns comentadores a afirmâr que eles são um método feminista. umadjscussão aprofundada por Witkinson (Í999b), entretanto, concLui que ape-sar de os grupos focais serêm âdequados para tratar dos tópicos da pesqui-

sâ íeminjsta, seu uso não necessariamente constitui "pesquisa ÍemjnisÌa".Grupos focais com mutheres podem certamente prover um exceÌente Íórumpara discutir e questionar aspectos de suas experiências associados a gêneros

e podem transformar "probtemas pessoais" em "questões púbticas", comofez o trabatho de Pini (2002) com "mulheres fazendeiras" envolvidas comã jndústrìa austraÌiana de açúcar. lsso ecoa as aÍirmações íeitas a respeitoda "tomadâ de consciência" que caracterizou o movimento feminista ini-cia[, tanto no Reino Unido quanto nos Estados Unidos. Entretanto, assimcomo apontam BLoor e coLaboÍadores (2001, p. 15), grupos focais "não são

â autêntjca voz do povo" e se reaLmente fortate€em ou não um individuodepende do que acontêcer depois da discussão grupal.

Gruposfocais têm sido componentes-chave da abordâgem de "intervençãosociotógica" desenvotvida e defendida pelo sociótogo francês ALain Touraine(198í ). O papet do sociótogo, ta( como entendldo porTouraine, reftete a agoraantiquada, noção marxista dâ intelligentiid como arauto da mudança sociaL

mesmo revotucìonária pelo encabeçamento de movimentos sociais. Essa

abordagem consistiu êm agregar pessoas em grupos por um tempo conside-rável e se baseava em uma "epistemotogia da recepção", que enÍatizava aimportância do retorno dos participantes a partir da apresentação da teo-rìa socioÌógicâ para a audiência relevante. Alguns ânalistâs, como Munday(200ó), têm criticado a âbordagem de Tourâine, afìrmando quê privilegiaa perspectiva do socióLogo em detrìmento da dos que êstão particjpandoda p€squisa. Entretanto, os inteÍesses do pesquisador e do "pesquisado"não são necessariamente tão diferentes. A posição de Touraine é simitar àtomada por Johnson (1996), que defende que grupos focais podem acessarconhecimentos não codificados e podem estjmulâr a jmagìnação socioLógicatanto dos pesquisadores quânto dos participantes. Hamet (2001, p. 351) ar'gumenta que, entretanto, exjstem muitas questões práticase metodológicaslevantadas por empreendi mentos como o deTolraine: "Discussões de grupo

[...] não podem dar aos participantes o status de sociótogos. A participaçãoem grupos focais não os transforma automaticamente em pesquisadorescapazes de construir conhecimento sociológjco". Pode havertambém ques-

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34 Rosâtine Barbour

focais variam, dependendo da natureza do envotvimento com os cLientêse com aquetes que estão sendo pêsquisados, dos serviços prestados, dosmodeLos profissionajs utiLizados e dos paradjgmas teóricos empregados. 0uso também se diÍerencìa de âcordo com a extensão nâ quat â própriainteração ou o trabaLho em grupo é cêntrat para a práticâ de uma profis-são ou teorização, assim como de acordo com a natureza do envotvìmentocom o resto da sociedade, inctuindo íontes de finânciamento e entidadesgovernamentajs.

Exigindo pouco no pÍocesso de êmbasamento ou preparação (peto menosem atgumas apticações), o grupo focat é um método prontamente acessí'vel veia, por exempto, o exercício que você é convìdado a execular noCapíÌu(o 8, a respeito da produção de dados. Ete também é um métodoinerentemente flexivet, e essas são boas razões para pegar emprestadoselementos de cada um dos usos descritos aqui, de modo a desenvotver umaabordagem apropriada pârâ o tema de pesquisa em questão. Entretanto.os pressupostos e objetivos reftetidos nessas abordagens desencadearammuitos debates acalorados e, muitas vezesr quando essas diferenças nãosão apreciadas, também ocasjonaram consjderávet confrisão da parte dospesquisadores em busca de orientações em textos que fornecem direciona'mentos associados a apticações específÌcâs â certos contextos. ALgumas ve-zes, o desnorteador conj u nto de estudos uti[Ìzando grupos focais tocatizâdosem uma ampta variedade de discjpLìnas acadêmicas levou a uma siti.râçãona qua{ muitas pesquisas com grupos íocais de âcordo com anaLjstas coÍrìoCatteratt e MacLaren (1997) não apresentâm uma apreciação do métodoe uma abordagem de análÌse suÍicjentemente ctaras. O Capítulo 3 tocâtiaos grupos focais dentro das prjncìpais tradições de pesquisa e dentro dcparadigma de pesquìsa quatitativa, ênquanto o Capítuto 2 assume um olha'critico aos usos e abusos dos grupos Íocais, aÍgumentando que é tão ìmpor-tante decidir quando essa abordagem não é apropriada quanto é essenciapromover o método.

Sí lrrrums co,uPLEMENTARES

Os trabathos a seguir estenderão a primeira introdução aos grupos focÀ;fornecida neste capítuto:

BlooÍ, M., FrankÌand, J., Thomas, M. and Robson, K. (2001) Focut Graups in Social Reseú-

qrnninghâm Burlêy, s., Kerr,4., ând Paús, s. (1999) 'The! zing subjêcts and subject ma:::in focus groups', in R.5. Barbour and J. Kitzinger (eds\, Develôping FÒ.Ls çrôúp Resea::ÈPaliti.s, Íhearv and Pra.tice. London:sase, p. 185 99.

'í 99 d iãÊps :uopuor 'r)s-r.r tttrDae! a DotDonò ' \spê) ueuF ì!5'o puE ün!qn9 ! a toqog c 'èìss l uL '.sdnor6 snrol, (rood 9 'sF^w pue il 'uèìqFEur4

'oz I d 'âôes :uôpuot áriÌrDrdpuD tuoêqf 'e!t!tod :tprDasèa dnüt snto! 6!!dqâ^ãA'lspã) re6uFlu a PuÈrnoqe€ stq'.sdnorâ!Íro,loêsuìrordpuEãEuãìpqtrêqI:uoqrnporrut,(666r) s!lnoqrespue r 1êÊu!4tl

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srYfod sodnucSOC SOSIÌSV

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38

os seus usos apropriados e inapropriados e satiênta atguns mâL-entendjdose armadjlhas comuns, tanto para o pesquisador novato no uso dos gruposfocais quanto para o experiente. A discussão continua para consjderar aadequação dos grupos focais para pesquisar tópjcos "delicados", acessarnarrativas ou "atitudes", engajar os respondentes "relutantes", aLcançaros "pouco acessíveis" e introduzir insights da experiência. Â próxima sêçãoavalja os custos e as oportunidades do uso dos grupos focais e ressatta suaindicação para estudos responsivos e oportunos, sua capacidade para trâtarde questões de "por que não?" e, por ú(timo, seu potencia( compaÍativo.Apesar de seu impressionante histórico, o grupo focal nem sempre é o mé-todo mais apropriado- Não só o uso inapropriado dos grupos focaìs resuttaem uma pesquisa malprojetada, como Krueger (1993) apontou, como o usoinapropriado e excessivâmente entusiasta ameaca desacreditar o própriométodo.

& uso oe cRupos FocAts NAFASE EXpLoMTóRlaDE EsruDos DE MÉïoDo Mtsro

Um dos usos mais comuns destjnados aos grupos focãis é na fase expto-ratória de um projeto de pesquisa. Ainda que os grupos tenham sido usadosmais Írequentemente dentro do conÌexto de estudos quântitâtjvos e parao propósito de desenvotver e refinar instrumentos de pesquisa, alguns pes-quisadorês também têm utilizãdo grupos focais exptoratórios junto comoutros métodos quatitatjvos. Essa foi a abordagem tomada por Lichtenstein(2005), que usou grupos focais com mì.itheres do sul dos Estados Unjdos como objetjvo de desenvotver uma definição dê "viotência doméstìca", a quatfoj usada subsequentemente em entrêvistas individuais.

Há muitos exemptos de grupos focajs sendo usados durante a fase preli-minar de estudos para desenvotver itens paaa a incLusão em questionários(0'Brien, 1993; Amos et at., í997; Mcleod et at., 2000; Wacherbarih, 2002;Stanley et at., 2003). Grupos focais também têm sido utitizados para adaptarquestionários para outras poputações (Futler et ât., 1993) e para formutarquestõescontextualmente relevantes (Dumka eÌ aL., 1998). Têm sido empregados para fornecer uma base para projetâr metodoLogias de questionárioscutturatmentedeticados (Hughese DuMont, 2002) muitasvezes para gruposde minorias étnicas (Murdaugh et at., 2000; Wtcher et at., 2002).

Muitos pesquisâdores têm utitizado os grupos focais para avatiar o desen-volvimento de instrumentos de pesquisa estatístÌca, já que etes permitemao pesquisador explorar os insigtìts dos participantes, enquânto examjnamquestjonários pretiminares. Entretanto, esse exercício não é recomendadopara os menos audazes: em minha experiência, os paatìcjpantes dos gÍupos

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4A

F.ì róptcos "DELtcADos"A(gumas vezes, os pesqujsadores defendem qLle grupos focais não são

adequados para eLjcjâr experiências a respeÌto de tópicos deljcados, ÍÍìas

essa é uma suposjção questionáveL. Assim coÍno Farquhar e Das ('1999)âpon_

taram, a delicâdeza de um tópico não é fixa mas sociatmente construida,com os tabus de uma pessoa ou de um grupo sendo períeìtamente aceitávejspara outro,

Apesar do ceticismo de alguns pesquisadores, grupos focajs têm sido

usados para tratar de tópicos considerados "deticados" em uma ampta variedade de situações "difícejs" com grupos vistos como potencialmentevutnerávejs. Grupos focais têÍn provado serem muito Ìmportantês em pes_

quisas sobre comportãmento sexuat (Firth, 2000), normatmente utihzandogrupos de pârês, assjÍn como fizeram Ekstrand e colaboradores i2005) emseu estudo sobre o comportamento sexuât, vjsões sobre o aborto e hábitoscontraceptjvos de gârotas suecas em escolâs. Pesqujsadores que usaramgrupos Íocais também buscaram as concepções daqueles com probtemas

sérios de saúde mentâl (Koppelman e Bourjo([y, 2001; Lester et at., 2005) eexptoraram tópicos como os cuidados de Íim da vjda dos doentes terminais(Raynes et at., 2000; CLâyton et at., 2005). As questões éticas e os desafiosde recrutaÍnento e execLrção de grupos focaÌs com tajs participantes "vut-neráveis" são discutidos de íorma mãis detathada no capítulo 7, sob o titulodê "considerações e desafios especìais".

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42 Rosatine Barbour

Enquânto os pesquisadores de mdrketing tendem a se focar no uso dosdados do grupo focal para fazer inferências a respejto das posições atìtu-dinaiÍ ou preterencias do consumidor mèdio, denLro dà pesquisa das ciências sociais jsso geralmentê não é o objetjvo final do produto. Nêm são osresuttados, em gêrat, tão urgentemente requisitos quanto ocorre com apesquisa de mdrletirg, sendo que há uma tradição venerável de se fazertevantamentos dentro das ciências sociais que serye muito meLhor a esserequerimento. Se você quer fazer generaLizações estatistjcas a partir deseus dâdos, o grupo focat não é o método de escolha. ,.Amostras de gruposfocais em geral são perigosamente pequênas e não representativas', (Morgane Krueger, í993, p. 14).

M lcesso l rr'rorvÍDuos "RELUTANTES.Morgan (1988)dêfênde o usode grupos focais em preÍerência a entrevistas

individuais em situâções em que os respondentes possam achar jnteracõescaraacaÍaintjmjdantês, Emcomparaçãocomentrevjstasindividuais, gauposfocais também podem encorajar a participacão de indivíduos que, de outromodo, poderiam ser relutantes a íaLar sobre sLras experiêncjas devido porsentirem que Ìêm pouco a contribuir a um projeto de pesqujsa (Kitzjnqer,19995). A escotha êntre entreüstas individuais e grupos focâjs é discutidamais detathadamente no CapítuLo 4.

Em aLgumas instânciâs, grupos focais podem permitir ao pesqujsadorengajar se com os respondentes que de outra forma seriam relutantes emelâboraÍ suas perspectivas e experiêncìas (ver euadro 2.2).

M lcesso I rr'rorvíDuos .pouco AcEssívEts" ouMÁRGrNALlzADos E tNTRoDUcÃo DE rNsÍGHTsDA EXpERtÊNcta

Porcausa de suas percebidas informaIidâdes e aceitação púbIica crescen-te (tatvez pelo uso ubiquo dos grupos focais por pesquisadores de mdr*e-ting e aquetês interessados em acessar a opinião púbtica), os grupos focaisganharam a Íeputacão de serem algo como..o método do úLtimo recurso"em termos da sua capacjdade de engajar com aquetes que podem, de outromodo, escâpar da rede de Levantamentos, ou estudos que se baseiem norecrutamento daqueles que estão em contato com serviços. Tal como temosvisto, essa vantàgem ÍtequentemenLe tem sido exploradà pâra desenvotverquestionárjos sobrê temas cuLturatmente deticados. No que diz rêspeitoa estudos quatitâtivos, grupos focais têm sjdo regutarmente o método dapreferência dos pesquisadores quê tentam acessar grupos encarados como"pouco acessíveis", como membros de minorjas étnicas (Chju e Knight,

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uor spougl]adxõ è sagjdè!èd sPns urâsser€cluor 3nb suêuoLl soP nrlturèd s'ero,sodnrÊ êp oteuroj O ejuêopêp sopo!êd êiuêruìPosâd oPeÌuèu!èdxè opuêÌ ôquno opuè1 'olunssE ou êì!ê!uPpPurluP oPrpÍÈÊuè ês suèüoq so úolErsr^34uê êPsèroirãluP s€^rlÈtuèÌ sP uror aluPrreu êlserllof, un uErârêra.lo sr€ro, sodni! so!sègssnrsrp s€ 'ossrp ur?ìY êluêrpêdxõ êP ougroq o 3lu€rnp uêreztÌPãr ês çêq$êss€ 3p o1€l oìêd opErnlre} oPuès oluèueÌn]]àr 0 eor loqìPqPrÌ êP s'Eroì snãs êp.rorPd E sopoêtêqelsê solEluotr e so^rrdêrêr úProl suèujoq so sprèiln4u' uerolso^urodsè sêqnp èp sor quãu uotr sodnrE ]€ur êe êp se^Ìleluêt s€ ;aluêozrìèj! |

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44 Rosaline Barbour

maior honestidade (Krueger, 1994) e dar aos particjpantes permissão parafalar sobre questões normalmente não levantadas, especiaLmentê sê osgrupos foram convocados para refletir algum atributo ou êxperiência emcomum que os difere de outros, portanto, provendo uma "segurança emnúmeros" (Xitzinger e Barbour, '1999).

O método tem sido setecionado muitasvezes como especialmente apro-priado para eticiar as perspectivas de mulheres, tatvez peÌa ideia de quegrupos focais pareçam mais próxjmos de padrões "feminiLjzados" de in-teração ê troca. Entretanto, uLtjmamente os pesquisâdores estudandohomens têm começado a empregar os grupos focais com mais írequêncja,tanto para acessar homens que pertençam a minorias étnicas (Royster etal., 2000) quanto para ter acesso aos que tendem a não usar esses serüços(O'Brien et at., 2005). Ainda que os homens tendam a não serem vistos corÍìomarginatizados, a não ser que pertençam a um grupo minoritário identjfi-cado, obter suas visões sobre tópicos mais deticados pode representar umdesafio. Estudos recentes com grupos focais têm exptorado perspectivas eexperiências mascutinas sobre vários temas "difíceis", incluindo a drogada "impotência", o Viagra (Rubin, 2004), e imagem corporal {Grogan eRichards,2002).

Um uso particutarmente popuLar dos grupos focais em pesquisas comserviços de saúde tem sido para ganhar acesso rápido às perspectivas de umgrupo específico de pessoas com frequência aqueLes cuias vozes estariamde outro modo emudêcidas. Existe, por cêrto, uma tradição venerávet deescrita que busca "prestar testemunho", mas Limitar os grupos focais a sim-pLes relatórios é subaproveitar seu potencjaÌ: eLes podem fazer muito maÈdo que simptesmente forneceÍ uma janeta à experiência subjetiva - uÍÌìatareÍa a qual biógrafos, escritores fantasmas, novetistas e lobìstas iá exer-cem com excetência. llustrando seu argumento com referência ao grandecorpus de trabatho sobre as experiências com doencas crônicas, Atkinsdt('1997) alerta contra cair na armadinha de se romancear considerações d6respondentes, tomando-as por seu valoraparente e fathando em submetê-lõa um escrutinio critico, como faríamos com outros argumentos, O Capítulo4, sobre o proteto de pesquisas (que mostra como garântir que o potenctdcomparativo do estudo sejô maximizado), e os CâpítuLos 9 e 10, sobre coÍrbproduzir análises estruturamente informadas, oíerecem orientações sobrecomo os pesqujsadores podem transcender as armadithas associadas a tià-bathos com gru pos focais voLtados a acessâr experiências (pela identificaçãode padrões nos dados e da interÍogação sistemática destes).

Todaüa, gruposfocaistêm potencìaLagregado em especial para o clínico-pesquisador para uso em proietos orìentados âbertamente por pesqui*-ação. Crabtree e cotaboradores (1993, p. 146) argumentam que "é possívd

'oluê^ê opsLodêp oppfrìde res êle êpod ,.ìElo,t odnl6,, olnìol o oulot utelelsêp è Lriê6-PproqP Pssê uel!Ìlrr (1,002) qqê/l ê urê^a)l stpfo, sodnr8 ulol seslnbsadspurnBìe ure plslunlodo oìuêu.lêìê êpuu6 uln 'Ilê^pâêu! pulloj êp .êlslxl

'sèpnlLle sens êtqos sêo5eulo,tu! €tqo êp urêu sêluedlt!ìlEdreuollêlês êP ìê^PLluol sleü eultoJ e ogs o-pu sLpfol sodnJ6 sptLlsrlETê sêo5-PzlìerêuêÊ rêzPj ê oe5uêlu! ens ês lplruêssê ê èn b o e lleluêsêrd er]soueeun relnrlêl (!rêlês!nb sêropeslnbsêd so ês oÌuêuelue^êl Lln E olpleq slpurêluê)e^!nbê un ',.oqìEle,, un rpluêsèrd êpod ênb êp e!êp! e è prLurêt €êrqos sunuor slPur souP6uè sop un oluêÌleÍêueld êp olSelsê o êluplnp 05-roJsê è odurêl SLPLU êp oluê(xllsê^u! o L!êJênbêl soplEullp rês pred uêlojsouêld sLplfuêlod snês so ês slelo] sodnr8 ênb eí 'souosnlL èÌuêueldue oEs

'opnÌuor 'soLnpuêq sêssl oJrcjsê ê odL!êt êp soureÌ ue pLurouofâ epluns-êrd pns urê êluèurìpdDuld êpFêl slEloJ sodru8 sop oìêdp o - sêJopeLfupuLlsun8le ered 'olej êp 'ê sê.ropeslnbsêd sun8ìe pJpd 'r!êÌL^ê ênb prlllurêdelê ènb upuLEpLxL sêlê ênb oìêd 'êluêurEuerluor 'spru 'Luêzllpêr ânb erlllLu-rêd eìê ênb olêd oluel oeu e^llel!Ìenb urêEeproqp pun Lupuolreles sêzê^spLu nSlp sêroppsln bsêd so ênb êp oe5e^rêsqo e zê, (26ól) upule lLs pL^pC

( uêSertsoLüe p opPrlpêp gênb 'g oìnlrdpl ou opLlnrslp a oìrêdse êssl) 'lepuèÌod Luê sêtupdlrltrpd êpêpppLt Lq!uodsLp p e odnrE opoeJLsodurol e elEd sepllênbar spfLlslrêlrprpr sprP!ìlruor ep Pl!Ìsr6oì P urol opuepll êluêrusêldruls ê saluesêrd urp[ê]sê ànbrlluPlp6 Plpd sãlupdLfllrpd sop opueuojêlêì essed lopeslnbsêd o ênb odluêlop souuêÌ uê sleuorrLpe soìsnr râ^eq êpod 'o95!rsuprl è sofsêllêl {eles

êp lên6nlp {oÌuêLxproìsêp opuLnÌlu!'sop!^lo^uè êluêrulê^p^ord sleuoLllpp

soÌsnr soP sêqlelêp rüPreluêsêlde '(9661) saropproqplor ê ìrpìl poêlrew ê(6661) rnoqrp€ erê6uLzìly '(966 t) uosìreT ouor rsotno ê 'oìlul êssê]edlsslpurPrPìuêl (€óól) rê6ênr).1 ê uE6row sopo]êur sorÌno Lxol ênb op eìeleq sleu.lê êìuêLleplder sleu erLèueu êp è epp4ìper pfês eslnbsêd e ènb uêllurrèdsêìê ênb ê slerol sodnr6 sop osn o opupfrêf sunurof sleul sollLJ sop urfì

sroYorNn-Làodo r sorsn) ro oySvtlv v F'sosrnrãr èp opJelole ê so5Nês êp oc5plsêld e relluênlJul

êp êpeppEder e rê] 'êtuptrodlur ollnur ê anb o ,LUêqLüpl Luêpod ê (odnr6êp sê9ssês se êluernp oursêur sepLfJãxâ lês urêpod ênb ê) Lupzuolp^ sLplo]sodnl8 êp sêÌupdllltrpd so ênb sèppplllqeq se retuêsèrdp p urêpuêl nozLl-eJUê êU!eln01 ìêded o[n]'sofLuêpefe sop êluêLrIêluêrê,tlp sLpuoLssl]oldso ênb êp e5uêrêjlp lê^ptou p ruol spur'(tg6t) êuLplnol rod eplpuêrêpue6pproqe ep êlueqìêLuêssêp opu (eLluêssê

nIê ,a ossl . .,êluêueêuelìnuls

op5uè rêlu L êp ê sopep êp plêìor êp pluêurerral euln ouof sLpfoj sod nr6 I esn

çv

46

Embora seia. è ctaío. possiveI uLÌtizar espàcos de enconLros preexistente5

,"- r"zoe rárutar e atoiãr participanLes pdÍà grupos bàseàdos em crlteÍlos

à-.riniào, oeto p"tqr'tudort. é importante ponderar ès tacunas que pooem

ê(tàr envoLvidas em ürtude da (omposicão de tais gruposì lsto e rìdo c

:il.:,ì;;;; ú;;e"''iont, au ni'ió.iu toau à nao ser que a quesLao de

ilÏã11i,".ïlil'J.'ìììpuã ui"*"o' """' crupos espe(úicos i iambém

-^-ì""r t^ro..essoes de btoinslorming (sem Ler desenvolvido um guia de

iJ"i,"t ì1,ìltiiã * ier setecionado materiars de eslimutoì mas assim

;ïl;:'.'iltõ,*-;,t,o Áltoao a" pesquisa dados pouco tràbàLhados

fôrnê.êr am resuttàdo5 potlco 0rganlzãoos

IAOMENTO E RELEVÂNCh

timaprande vànLèqem dos grupos Íocais entretanto é suà capàc idàde de

.Ji;;;';'p";;;;;""nio, énqu"nLo '" o"'nroLam Economiâs de escala

,i{Jìiàtì'l., "t."ttas circunitâncìas, úm estudo pode ser montado bem

i"-oid"r"n," " ","tu"t

por essa razáo que o metodo en(onLrou Lanto ples_

ìi#;;;;'t;;toìit"dáres de morketins e jor nalistas umexemplodeum

us'o ooorLuno dos grupos fo(ais e provido pelo estudo reatÌza0o por btdc^ c

i'i"t'"{" ôõô irã"à á"dt "

morredà Princesã Diàna Tendo notàdoque 80'{ das

...iì"ir i"i ""iÌ*iát

a" condotèncias er am de m utheres etesconfinaràm seLr

::ilïi;;til;;;"d"'lram três grupos Íocais separados (com mutheíes

"rììi"Lãïrià. aif"r."tes idãdês e conLextos so(iaisì Grtrpos Ìocais Íoràm

Ëì".","dàïtìr*i" " per rodo entre as duas semanas depois da moi Le de

ii"* "

iret."tun"t upós seu funerâÌ (ver Ouadro 2 3)'

Ik m prncuntls "PoR QUE NÃo?"

Fnrrêrãniô ôàtâ aouetas situècóes em que ào Íolmular à sua quesLáo

d";;;i;". uJce percebe as palauras por que nào ?' se esgueiÍànoo

Jr!.rl p.ntut"nto., grupos focais são a abordagem ideat' Em certa oca-

.iÀ^ .lêi o'iênLacóes a uma dêntista que queliè reahzal uma pesquisa para

];;;;;;;;;;;;;';oas não visitam seus dentistas no inLervato minimo

;i;;;ã"];;á;" seìs em sers meses arsumentei que entrevislas in-

aìu-.i auiit .àt'"Jt" tuaa provavetmente acabariam co(ocando as pessoas-na

ì.r"ïu-u "

n"iuiiu. ."spostas inteiramenLe negàtivas o que dãriâ poucos

ilì;;;;:;,;;; "è

quàt os individuos podem na pÌáLica realmente

Lomar consciència de outras mensagens de promocao a sàude oentat t IìIvcz

;;.:; ;;il ;; -*"s discussóei eta optou por grupos focàis e centÍou

Ir o-"""ãÀi ""i"r""*aià de vislorias semestrâis denLÍo de uma discussao

i,,ï".ãì" iiiri "

i.portáncia de se manter â saúoe bucat e qual a methoÍ

maneira de se conseguir isso.

êluêrxêluêrPde se5!êrl ê sPlLlPrd ênb èp os5ou p ppLlrpd èp oluod outolurêl e o8LêJoluêLUlpuêluê op PLlullrodrrj! eu oroJ L!nrod soppz!-têllp-lpf ogssopnlsê sêssê sopof (€ooz ' ìe tê ê3roê9) €ursp ep êìortuor êp soìololordsoP ogsêpE êp elìej P ê (2002 ''ìP lè uellloH) zêp]^p]6 e èluelnp oüsl8pqplo oüor íêpnEs e soppuo!l€ìê.r solrSoì! êtuêrI]êluêredp soluêLuelrodLLÌolêrqosoìdLue sreLu oìuêLUlpuêluê LUn rêrêurol pred soppzllrln opls rxêl uêquplsrPloj sodnrg (9óól "ìE tê êupê))ouolpzrunLuL oluêüelroduol o.rêfêrpìl-sê E-r€d slero, sodnrE uereSêrdr!ê sopnlsè solr€^ ê (l,OOZ ' ìe lê u€Blujêf:!002 ' lp lê punlrê8e l) Luè6pur èp êÌlrpxê un rêzpj ês oe se.r!êrreq s€ Lrpd'oìdurêxê rod 'opprllo LUêl sopnlsj ,,opsêpp opLr,, p no êpnPs êp so5L^rês êpoe5ElLêlp opu E reErlsê^u l p.r ed so ppsn ollnu op ts rugt slprol sod nl6 ',,2 o!uênb iod,, od!l op sê9tsènb s€^!snìê o€l sp -re-roìdxê êp êpppLrede) pns Jod

.{l9z d .óó6, opoêdãr Fiãs Prufu ênb ôr!11]r ôruãuôú un uã soppp relêìo.4ed èluersÈq o opldçr é

lè^Lxèìt Lolsou.u olêd rolsuãúrÌp uê opPlru!Ì op6 eq!êl opnlsê ôsço! êfbsrpu ród

:uanìIôr sêìt sod.rã sorìèr e seru!trèd-sa sPU9L!êur êP oluêLlEapPruêE3p o PuPlrìrre, 'ênb urPr.lundns 'ênb o ;êpPpl âpePPPorqpus^ eP ÕLrô] urê srProl soduã rPzruPEro êp ocspêp P urE$uor íoÌueÌrod'Èp'^ ãp Bugis'q è ÈuprÊorq Pns êP oÌêur lod PUPÌ€ uror sèg5erltrluãpÌ sens uprEz-ru€ôro sèrèL{nú sE ênb es'nbsôd êp ogtsâ.b pns Õuo. u€rp!!o] rll'!!5 a ìrpì€

'(592 d'666r)ôpo!èd qènbeu sunúotr seo*èd ses!è^LuodsçêtuâuP^Lsms'p uêrPrsê êp s'ê^Y^ord eeu ú€rê êlrou ens êp s.luE relrqsnl norelEEsèr èp srè:4rpopE r3l uâpod ênb sêpnlup sp âsoluã@uuêsso ènb sourìè1,ê!

'\r9z'd'ó6ót.) o!.rEprìos oln)uh on reúroJ uErapnd sepruudo sârãqtnL! sE4no u'anb uor3l!ãlÌlsâr ã ,,eÌslururê],, €ropêrlos EUPIo eu. üÈr€rgrluèPr sElsuslúêuor so

'(t9Z d 66ó, souetuouÌu êsrEuLÊred sôCpÈpD uor orprloroPèêpPplerap oqteqÈ4oe epelo êp ?pe)911uEse!Ètc Èun úÈ^Èlerlèr *qssn3spsPçst oljPúrotsuÈrÌ @ê oPun ôÌô ouor ê ella€ €Ìèanb sEDos srtdpd sou Èajlât€ spns uereroJ so4no i,oÀod op esôtrüld 8,, oüô)srlrlr nès èp aurpr ouor sopENodp uErà rnouq8 ê Èosu€) ezêìêq êereqt (.. )5êrôqìnu se er€d rÈìnrurpd uè o^Dp:rrruE6 ãì!3úppunlord ôpÈr6ps oìoquls unÕuor epPl€]]ê) êluèúÌô^ÈsueruÌ rôl Èuero \ojerã9rq snès è espu èp prpru p ãrìu:

-oPunu op olsãr op strPd roLPUr p! oluEnb (opEzuEêr lol opnlsê o ênbuê) Õuerìelsne oxè1uo) ou orlEi '(ç92 d 'ióóót 'qturs ê ìrpìs) .ttrãjãxo1ne ãs èrlr3ìJêr trlnrsrp ês er€d ondor,, unès-nouolêlrou pns'pueLc apêìrour € nrn6ãsãsênb opol€d oN plêìduror sopep êp etêtor È è esrnbsâd êp ogrsênb essêp oejEzlpnr. rêr!o) P a4uã orlnr otP^rêtuL un opuEzll'qe'^ !ã1!êuprp!pêúl odüer p urasso] ãnbêss'riurãd ãnb ì3 lxaìi plBolopolãru ELt]n âp u€^Es!trèrd ènb uelìdxê r|rurs a ìr€ìg

vNnluodo 3 v lsNodslt srvlor sodnu.)víot vsrnbsld lc o ìdì{ln vvn Ê'z oÈcvnÒ

t L'

4a

itógicas, uma vez üstas das peÍspectivâs das pessoas envolvidas, têmchances de revetar lóqicas coerentes e possivetmente muito sofisticadâslsso, entretanto, só se torna aparente qìlando os participantes dosfocais recebem abertura para justificaÍ e expandir suas visões em um abìente tivÍe de juLgamentos.

saúde, todâvja, são mais uma vez aquetes que mais aProfundadamquestionam os dados qerados (ver Quadro 2.5).

C. Wright Mills, escrevendo em 1959 sobre o que chamou de "â imaginação sociolóqica ", exortou os pesquisadoresa empregarem uma "brisociológica da mente", o que ênvoLve, entre outras abordagens, girarquestões de pesquisa em suas cabêças. Então, ao procurar entender po

que as pessoas não íazem atgo, pode também ser útit probtematizarcomportamentos vistos como deseiáveis, ou, pelo menos, não requereexpticações; por exemplor por que seguir as orientações dos Profissio

lnserir as questões "porque não... ?" em uma discussão maìsamptatamserve à útiÌ função de não seLecionar para cÍíticas em potenciat aqueLes q

não aderiram aos serviços ou não seguiram as orientações. Asim, eütaa reslrttante "amostragem por deficiência" (MacDougatt e Fudge, 2001)que ameaça alienaÍ participantes em Potencial e tornar probtemático q

a descrição da pesquisa seja fornecida no momento das negociações. Ess

abordagem têm o bônus de tornar mais fácil para os participântes tomaresuas ações em um contexto mais amplo, juntando-se ao pesquisador a

comparar e contrastar respostas. Essa foi a abordagem quê nós a

em um estudo com pacientes sobre respostas a experiências da reabititaçãcardíacâ (ver Quadro 2.4).

À chave para se produzjr achados de pesquisa que transcendam o puramênte descritivo e comecem a ser analíticos reside no estudo dos

em nossos dados. lsso é possívet quando se presta bastante atenção ao

ieto de pesquisa (ver CapítuLo 4) e se seteciona pârticipantes com o intuide maximizar o potencial de comparação. Anátises se tornam mais dosimptesmente extração de temas a partir dos dados, passando, então,envotver um processo de interrogar os dados, contextuatizaÍ codesênvolver tentativas de exptjcação e submetê-tas a majs interrogaçõesrefinamentos (ver Capítulos 10 ê 11).

Dentro dessa arena de pesquisa das experiências dos pacientes, osproveem as recomendações mais detaLhadas para a prática de promoção

Btoor e colaboradores (2001) arqumentam que qrupos focais são ode escoLha somente quàndo o propósito da pêsqulsa é "estudàr normasgrupo, sìgnjficados grupais e processos grupâìs". Eles são particuÌaaptos para o estudo de processos de tomada de decjsão, por exemPÌo,

'(çZZ d) .,spossêd se êrlLrê ìellos ogrPlêlLèp sossêlord soìêd sppProqelê sêpeprlr.rêpt sP ê sopeLroãêu ogs sopElÌjlu6L:so ropllêìêqelsè ê o^rlêìor osuês urn,, 'êìuêurPlrdll 'stero, sodnJÊ êp sêç:-snrslp sE êluernp 'ênb êpuêlêp Pìl :]erlêuêd êp sLêr!lLp oPs ênb ê solìnraLUplrè)êuPLurêd opour orlno êp ènb sossêlord so prPd plêuP! €LUn jêlêlê:iaLuêpod slero] sodnrb èp sêSssnrsrp í(€óóót) uosul)ììtM êrêãns ouor LulssY

'oPielèplsuof Jê )l€l JLpìqu_)-ê srpuopPnlLs sêrolprr rPluol Pred sêosl^ lPns LuPrurlPnb st€nb solêd soLêl!

so no spropllêdLLrol sêpPpuoud LuPsêd s€ossêd se sLPnb solêd sopotx sop

'sLe!o6sgord sornln, êp quêurpurê4 o er€d uèr'nq!rluorêp apepruntrodo PUn sèlè P nèP 3 sopoì ãp sêqidêrlor s! uèrE1ntrsê sêlu€Pnlsèsop rotE^ op sêluêoed so rErn8èssEêr P op€PnrÈ rèÌ èPôd ossl opPzrpuêrd€ êp

iêÌ€rPr urn úê eurJÌpèú êp sêluPpnrsô rod oPEnpuor op!ês P^Èlsâ olatord o ênbrod lpdlrl1jed e sopeÍ€ror!ê opls rer eèPod sêÌuêrrPd sO o4no rod 's!ã^PpnPs

ocu soluau€lroduror rPuêpuor ê ioPet un rod trêuuÌ soP re6êrd êrluê oqururprolrêrÌsè u. uPrêrlor]êd sêropÈsrnbsãd so 'êss3 oúor oÌêlord un reìntrêxã ov

T'eu epule sol E6ãrEês êp orsu o uËuêrror ',opoì un ouorèpn€s êp ogjourord ãP sègjeruêuo s€ rmFês oe ossetrÈr] nês urâ ê5 urêrPrluâtr oE

'se1sr^artuê s€ssê :srPnPhiPur sElsL^êrluè 3p rEd'r'rr€d ered rêrâlêlo 35 P soleP-çu€r srê ç^ordurL 'eú"rEord o uÌPiPErel ênb sêìônbe ê 'sonpr^lpu! sê5sê ÜPr3 os

ôqN sorllsalu sãìã ered opelrdordp og)P àp osrnr un ãssê LlrP^PrêpÌsuÔr olu sêìê

è'Drodo)roarn dpúàèrduo ro ì4,oaouo rrq erP.o,e)oPiPrrro'o roì3^ìo uê ãsènbEosèd êp odrt o èrqossêruê1s6se oçu sop sags'^ s€ rEroldxè nrr!ürêdsoü sopEredês sr€rol sodnrõ]êluew aptres èp olJouord Pp ogjPluêuo e I'n8as uiêu€rEÌlìe] 3nb sêlênbP uor ,,oìãPou,, sêluêrtred -lPlserrlor 3s èP r!^Pe Euâpod ênboluêu6uErìslor lPDualod ô reÌr^è alu€lroduìr soruPrâPrsuol rejêuo) eê'r uPrês'rnb oCU ênb sêtênbp ê or!êueplE nês êl!€.rnp EurprÊord o uereFreì ênb s3l3nb€

'puislõord Õ üerElètduor anb sêtênbp prpd soppro^uor opuês sopPrEdês sodnrã uo)'srprol sodnjâsrès sop urn ãpr€drru]Ed È sopePL^uor uPrê ê êp€prurtuouE È rau"re6pr€d ìÈlrdsoq op sorlsl6ar êp oruêurprrÈdôp olêd sop€leluor urPrã sâÌuèDed sO

'ìPÌldsorl ô! è èPep'lnúor eu sêÌ!èrqure êp êp€pâue^ eúnuê sor€Lpr€r sêtuêÌrPd e soPepmr rè^ord uê soPt^lo !ê sLPlroatl]ord uor sr€roJ

sodnr8 uprêzg u?qúpÌ sètuepnÌsê srôC sole s'oP soúÌu! sou otrejPrer ênbeìEurn oppÌuâúuêdxè opuèl ouor lPlLdsoq op so4EÌEâr soìêd sopetr!][uèpr saì!êL]€duotr (sêred uè) sr€rol sodnrE lrarÈ]nrêxè êp €]èrer ep sope;êrPnF urErê ênbsèruepnlsê Pr€d orLrg.id êlrodns nouortrrodord ê sEurrllo êp sêlGnbêsqns sè-ossès

L!ê nôpnÍ€ (!.rPì:) xãtv) eãõìor un sopuroro sêlêu solulP so lrÈd ouotr ursse 'EtrPpr€r oB5Prrlrqpêr èP seueiôord Inplor uã ossPrE4 o prPd sègzei se r€u'rir€xã

&êêssârôlur opessèrdxêeerPq sãE (t002'2002'ìp lêìrell) olêlordruu! urn u3soì-?^ìo^uè rprtrâp 'êrodsê ap euorpêur ãP sêluPPnlsè orìo ãp odnrE ouênbèd LlnÈrpd €^rl€1!ìËnb esrnbrêd ê-rqos sPU'.!1o êp êu9s Pün razel E ep€pL^uor op$ op!ê1

vf, Y!ouv) oY5Y'l"l-llSYlurc stÌNYtsvurNoS svDNllÈrdxl rc oYsNSSudwol t z otoYnò

I 6'

50

QUADRO 2.5 EXPLOMçÃO DO POTENCIAL COMPARÀTIVO

DE UM GRUPO FOCÂL

Evans e coLàboradores {?001) compararàm as visõet dos pais qlrê aceirararì â

ìmunizãcão da tíjpljce viraÌ com a daquetes que a reclsãram. Os dados saLienta

ram as ansìedades dos pâis que oPtaranì peta ìnìlnizacão e mostraram qle poucos

encõraranr a vâcìra trjplrce com compteta coníiança. Mesmo os paìs iínlnizâdore!"escolherãm a coníormidade crÍ lez de lômarem uma decisào posjtjva e inÍormada" (p. 908 909). Ese estudo foi capaz de ãcesar o raciocinio e as considêraçõe:por tíás dat decúôes dos paìs, màs demonsÚou o complexo nìodo Peto luat ìssc

eÍa sobreposto por outras alitudes e Procesos psicotógjcos. Eses pesquisadore:

aprovetaram as oporlunidades de mais companções entre grupos e observàrârque. cunosamenle, ínuilos dos não imLrnizadores iìveram seus íjlhôs nìait vêlho:imunjzados, nìas mudaram de ideia à medida qle iam se senlindo rnais conliafiê:para questjonàr recomendâções profúsjonaÈ € explorar altematìvas Os achado:do estudo rêsaLtaram necessjdadeçchave de iníorÌÌìâçÕes dos Pais: "Por qle :pÍoeramaçâÒda ÍipLicêvÌal mudou, a importâncià da imuni2açãotanlo de nìenin!;quanto de meninâs, a duraçãÕ da proteção e a fundamentação Para atiìâljzaçô€:a Limtada trânslerèncja dê imunidade no leite marerno e por que imunìzação:ìmportante em uma ìdãdê tão jovem (p. 909).

Aquì se encontra a chave do potencjat dos grllpos focaìs para uso l:_.pêutjco, ou de forma rnenos ambicìosa o!, talvez, conversa das s-.capacidades de oferecerem insjghls para os partjcìpãntes e para os pes:

sadores. Crablree e colaboradores (1993, p. 14ó) observam: "pessoas po..reconhecer nos outros partes de si mesmas prevjarnente ocuttas. Tar.:apodem reconstruir suas próprìâs narrativas de vida a partìr das histórja! ::outros" . Se isso será utitizado para efeitos terapêuticos, o! se será sirna :mente usado pelo pesquisador para jtuminar simjtaridades e dìferenças 'experiêncÌâs e consjderaçoes dependerá, em última anáLìse, do prop.:da pesqujsa e das predisposìções e especialidades dos pesqujsadores e_ :

vìdos. Antes de nos voltarmos â considerar de modo rnâìs detalhado c: :

de dâdos que os grupos focâìs podem eljciar e como isso pode represÊ ::urna bãse para interpretação e desenvoLvimento de expticações teòr -:entretanto, é ìmportante locâtìzar os grupos íocajs em debates Íneto.gjcos e epistemotógicos mãìs ampÌos, que contjnuam a ser uma par,: :

empreendjrnento de pesqujsa. Esse é o assunto do Capítuto 3.

F ü t{T0s -e ir AvE

. crlpos focãis são úteis para avaliar projetos de questionários e _:todotogìâs cutturatmente apropriadas.

ssard,{)!lod ìonu€ sâr4rá9 LttÌDaH lDluèlilpuD uaD)atüd pìuD ,taaz) s r!êploF p!€ s !

linoqreg r'c ruPproru r'€ rêlequêd ! N Íaìuers'tt azt.lz '^Dpol uottún8 asrrN r.uouernpè

êenu ur q,eêsêr ìEr)os ìe)rrDrol lool € s€ sdnor5 snrol, (!ooz) I'q9êt puÈ f'urè^ã)

,ou,or,iè,uepuè,,po,uoL,e,è,!,sã,uêuàdxãpuesã,,ô,,,.;ïi"ili']ii"',,1ïft5:ii'#,i"/,;rqeqêr )p,pre. u, uo,tÈd,r,lrÈd Eúaôüord, (ro0z) cd'ér^ìupwpue S è lnôqre€ i w v iìr€ìl

'86 689:19)6t '6uBnN patúÒ^pv !Ò tDúnôr ' ,prp\\ú']o Lór6ãr È urqlrÀ Louelrìrqertãr reprpr jo uo'ì€.ìP^ê ê [Pì!ìPnb € :as€àsrp ]reèq tuÈuororlô !o!luê^êrd,tuBpuotrès ro] EuuÈdêrd, (zoo, cd

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srYfod sodnì{cwol vsnÒssa vo

SOINSWYCINNd

54 Rosatìne Bârbour

sruDos Ío(àis encaixam se na tràdiqáo màis àmpla dà pesquiÍà qualitativa

Ëtei nao podem ser per ÍeìtàmenÏe atr ibuidos a quatquer uma dàs muitàs - e

potenciatmente contraditórias abordâgens qualitativas'

Revisandoa história do uso de grupos focaìs '

Kidd e Parshatl (2000' p 29ó)

argumentam que "1...1 métodos ãe grupo focaL se desenvotveram e ltêm se]

mãnLidotor a ias prrncìpais tradi(ôes metodoLógicas de pesquisà quètitètiva'

e sáo, porlanto. reLativamente agnósli(os em termos de metodotogìãs á

disDosicào, aindà queisso tenha algumasvezes levadoa atgoSimitara um

uui"*rào ."Lodotoqi,o, existem propriedades pârticuLares das discu5sòes

rte oruoos tocais quã servem ã àbordàgens quatitàhvas e deÍende_se que

e so'menLe no contexto desse iipo de uso que os grupos Íocais aiingem seu

oorenciat oleno, Atem disso, muitos dos probtemas que os pesquisadores'teuantam

em reÌacao à produ(ão e à anátise de dados usando gr upostocdis re_

ftetem pressuposios veLados que mostram expectatjvas ìnaproprìâdas sobre

nrniroãr, uau u"tqr" os qruposio(âissejâm cotocãdosem seu contextode

dìráito na pesqursa qualitãLivà. murtos dos probLemase frusLIècões encon_

trados peÌos pesquìsadores que usam grupos focaìs e fraquezas percebidas

do método podem, na verdade, revêlâr-se vântagens'

Iã cnupos Focats coMo uM MÉToDo DE PEsQulsA- õulltnrvl: CAPAcIDADES E DEsaFlos

GruDos Ío(ais, em comum com ouLros méLodos qualitativos ãpresentdm

umìLrmo desempenho ao proporcionar insightt dos processog em vez dos

resuttados. lsso, entretanto, é algumas vezes menospÍezado pelos pesqui

sadores que empÍegam grupos focais coÍno um método L'm uso comum e

a chamaàa "tecnicã do qrupo nomìnat", que se provou muito popular na

oesquisa com servicos dJsaude tver CapìLulo I ). LiLeratmente signiticando:'um qrupo convocado pèrà pesquisa èo invés de ser um grupo que ocorre

natu;tmente" um grupo apenas no nome a variante mâjs comum dos

"e ruDos nomin a i9 ' envolve em prega I um exel(icio de rdnÀing para encorajar

ô; nàrtiLiDantes a deLerminal suàs pÍioridades. Enquànto eu postulèria que

importanies insights podem ser ganhos ao se presLaí atencào ao disculso

eeiado durante à processo de debalê ê pesagem de plioridades compe

iidoras, muitos prãponentes dessa abordagem concentlam seus esforcos

ao conirárìo, no resuttado dessas detiberações Dependendo do.uso parã

ã ouat essa informaçáo e postà, isso por ventura venhà a náo só divergir

dã contributcáo que pode sel Íeita pelos métodos de grupo tocat como

também pode serìamente se perder particutârmente quando esses dados

sào usados para ìnformar decisões sobre o uso de recursos' No mundo reat'

essas decìsões precisam ser tomadas, e seria to(ìce não reconhecer as mui-

'opoì9Lu op orrÌguaìqord sleu osn

urn ê ênb o !srpnphrpu! sêpnllle ressêle ered slProl sodnr6 êp sêgssnlsip êpoe5ezlllln p rês èp ê8uoì gtsê 'olueìêlìuê 'ossl reulLUrtèrd èsrtpu€ e ê lElllLt!ìetoj odnrB ap ogssnrsLp eêÌuernp sep!^lo^uêsêp seQssêrdtll!rènbslenb opunJE sLEur reroìdxè eJpd sopelo^uof rês urêpod sLPuoLrLpe sodnr8 jenb eLl'(Eolnlrdplou êluêurpppqletêp € p!tn)slp) o!69ìseopunSês èp LrlêSerlsouP eìêdsepllêuro] sêpPpLtLqlssod se êrqos sêropPsLnbsêd so PlrèìP ênb sleuoLlLpese5uêlêjLp erpd og5uête essè 9

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'srenpUlpuL selluglrêdxê ê selluglsunftLl sèluèlêllp lod ês-opuElned 'sop-prol€rÈ sêteqêp Lxê ês--rPíP6uè ruêpod ìplo, odnr6 op sê]uedlrllrEd so ênbzê^ eurn reuoLnodord L!êpod odnr6e.rlu! sêgjeledluor slPl ênb sleuo!)lpeslq6lsur sop r!ê8plup^ rprLl ropeslnbsêd oP êss!ÌLllrlêd oeu ênb uêSEproqPeun r!n8êseuêd eurn puêS'(6ó61 lnoqre€ êrè6uLzlly) oldL!êxê -rod 'sLEnxês

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56

Todos os comentários feitos durante os grupos focais são aLtamente depen_dentes do contexto e são contingentes às respostas dos membros do grupo,àscontribuições dos outros e à dinâmjca daqueLegrupo em particutaúsiìmcomo Bitting (199í) aponta, as visões expressas nos grupos focais são atta-mente específicas e são "indìssociáveis da sjtuação queêstá acontecendo,'.E um equívoco tentar extrapotar a partir de djscussões de grupo focal paratentar mêdir atjtudes individuais. Ainda qlre não estejam expLjcitamenteutilizando grupos focais como um ,,atatho" para Ìevantar dados, aLguns pes-quisadores ainda assim podem expressar Írustração a respeito dâ percebidâinconstância das visões pêLas discussões de grupo Íocat. Os participantesfrêquentemente mudam de ideia sobre questões no curso da discussão,particutarmênte quando os grupos focajs abordam um tópjco sobre o quatos participantes não haviâm prestado muita atenção. lsso é satientado notítuto do artigo de Warr (2005): .,Foi divertido [.. -] mas nós não costumamosfalar sobre essas coisas". 0s pesquisadoÍes correm o risco dê tratar visõescomo se etas existissem independentemente de nossas discussões de grupofocal, quando seria mais útiL considerar o própÍio encontro de pesquisacomo um "Loca[ de desempenho" (Brannen e pattman, 2005, p. 5j). prati-camente sem excecão, anátises detalhadas de discussões de grupos focaisdestacam jnconsistências e contradições. lsso só é um probLema se aLguémencarar as atitudes como Íixas. Grupos focais são ótimos para nos peÍmjtìrestudar o processo de formação de atjtude e os mecanisrnos envolvidos e nainterrogâção e modificação deüsões. 5e realmente quisêrmos destrjncharoprocesso de formação da atitude individuaL, taLvez devêssemos reaLìzar umasérie de discussões de grupo focat com o jntuito de monitorar as mudancasao longo do tempo.

Em um estudosobre a opiniãopúblicaa rêspeito das prioridades estabeLecidas pâra a saúde, Dotan e colaboradores (í999) reahzaram, em momentosdiferentes, dois conjuntos de grupos íocais com os mesmos pacientes paraexamjnar o impacto das discussões sobÍe seus pontos de vista. Tendo havi_do a oportunidade de discutir compLexos processos de tomada de decjsão,mujtos dos participantes mudaram de jdeia, tornando-se mais sjmpáticos aopapeL dos administradores ê mais retutantes a tomar decisões óbvjas. lsso,eles concluem, não deixa dúvidas sobre .,quaL é o vator dos tevantamentosque não dão aos respondentes o tempo ou a oportunidade para refLetiremsobre suas respostas" (Dotan et at., 1999, p. 919). Em vez de punir os gru-pos focais por seu Íracasso em fornecer mediçõês confiáveis das visões dospartjcipantes. nos grupos Íocaisdeveriam serv;lorizàdos poÍ suã capâcidadeúnicâ de fornecer um entendimento de como essas visõês se formam, DavidMorgan (1988, p. 25) observou que ,,grupos focâjs são úteis quando se tratade investigar o que os participantes pensam, mas eles são excetentes emdesvendar por que os paÍticipantes pensam como pensam,,.

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58

elucjdar a perspectiva jnterna, ou "êmjcâ" (HoL(oway e WheeLer, 1996). Jáque os grupos focais permiten'ì irsìghts de como as pessoas processâÍn esìgnjficam a jnformacão fornecida a etãs, e(es também são especiâtmenteaptos a desvetar as concepções errôneas dos participãntes e como elaspodem ocorrer, E por essa razão que os grupos focaÈ têm sido frequente,mente usados, coÍn muito sucesso) na avatjação do impâcto de campanhasde proÍnoção à saúde (Hãttoran e crjmes, 1995). Keâne e cotaboradores(1996) realizaram uma pesquìsa sobre as crenças dos afro amerjcanos arespejlo da imunjzação de crianças, conceituâlìzâção de doenças e efjcá-cìa das vacinas. Curiosamente, as dìscussões dos grupos focajs no contextodesse estudo reveLaram que, enquanto os pais vjam a febre como indicadorprjmário de doença, as vacinas eram vistãs como causa de doenças em vezde prevençáo. Os grupos focais são ótiÍnos para ìdentjficar e exptorar essesequivocos e suas consequências para o comportamento,

Outro desafjo frequentemente apresentado aos pesqujsadores que usamgruposfocais éodedemonstrarque os partìcipantes estão djzendo "averdade" (ver Quadro 3.1). Majs uma vez, essa preocupacão advém da abordagernpositivjstâ e de suâ grande dependência de mensurâções projetadas paragarantìr a vâhdade, como o potencial de itens que permìtaÍÌì a verjfjcaçãocruzâda de respostas para inctusáo em um questìonário. Em contraste, atradìção q!â(itatjva reconhece que a verdade pode e, de fato, tatvez de-vesse ser percebida como retativa. Em vez de procurar visão defjnitiva, apesquisa quatitatjva reconhece a existência de "múttìpLas vozes" e muitas

QUADRO 3.í OS GRUPOS FOCÂIs PODEM ACESSAR "AVERDÂDE"?

Eu havia produzido para propósitos de ensi.o um video de uma discussão degrupo íocat sobre o uso que as pessoas fazêm dos serviços clinicos gerâÈ "foía dehora", isto é, íora do horárìÕ .omercìaL. Urn tânto para a minhã supresa dadoque os parÜcjpantes eram todos voluntários entre meus colegas, em vez de terem sjdo se{ecionados com bâsê em jnteresses particulâres que Èriãm sobre esseassunto três dos quatro mernbros do grlpo relarâ.am o que eu denominej maistarde como "hìsLónas de hoffoí. !m partjcipanie contôu sua experjêncìâ de rerrecebido penjcilìna {à qual elã e alergica) por enqano e sua dramárica reação aÈso, que cutminou com eta "tendo uma parada cardiaca e tendo que ser revividapor uma equipe de paramèdicoí'.

Mais tarde, rnostreiesse vjdeo em uma oíicina atendida porvários profissìonaÈ desãúde, um dos quaishaviã evidentemente iidoalgum envotvimertono epÈódiÕ a queâ particìpante do grúpo Íocathavia aLudido. Esa prôíissionaL iniorínou ao grupoqle

\côntinuol

pLUn e elsodsêr uê)sèqlplêp urê no)lldxê orquèui Lun'pueuud og5uêlp êpêdlnbê pun urol ìeroj odnrB êp o9ssês eLun êluprnp 'oìdurêxê]oã spprlêìj-êr ê sPpeêJUelPq sIPLU sPlsodsêr rplllL]PJ êpod sêìuêlslxêêrd sêd1nbê LLrol

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60 Rosaline Barbour

vinheta) como ete fazia para acessar um pacjente e decidir o curso de acãoà ser tomado. Ele toi desâÍiado por um aoLega. que comentou: "euem toique acabou de engolir um manua[?" (Barbour, 1995). l.Jm bônus para o pes-quisador é a possibitidade de os participântes desafiarem abertamente asafirmações uns dos outros a respeito de sjtuações mutuamente acessíveis.Em outro grupo focat reatizado durante o mesmo projeto, um membro riaao contradizer uma "respostã de manuat" simitar dizendo: ..lsso é interessante. Não foi exatamente isso que você fez em reLâção à Sra. Mccregornã semana passada!"

Nuncã sabereÍnos o que os respondentes poderiam ter reveLado nã ,/pri-vacidade" de unìa entrevista aprofundada, mas sãbemos o que estavampreparados para etaborar e defendereÍn compãnhja de seus cotegas. (Wil-son, 1997, p.218)

Vimos, então, que atgumâs criticas aos grupos focais e aos dados que eLespodem proporcionar advêm de uma remanescente associação a pressupos-tos da pesquisã quantitativa, que são inapropriados quando se consjdera opotenciat dos métodos quaLitativos. Mesmo onde os grupos focaissão usadosapropriadamente, a fatta de apreciacâo de suas capacidades pLenas podetevá-tosaseremempregadosdemododemasiadamentecasuaL, parareatizarexercícjos de broinsforming, porexempto, o que, aindaque potêncjatmenteescLarecedor, é o minìmo que um grupo focal é capaz de íâzer. Â falta depreparo, submissão a uma etapa piLoto e refinamento dê guias de tópìcos(roteiros) levam às mesmas consequêncÌas que ocorreriam com uma faltade atencão âo se desenvotver instrumentos na trâdição quantitativa umapesquisa subótima. (lsso é djscutido no Capítuto ó em retacão ao planeja-mento dos grupos focais.) Voltando-nos aos que são persuadidos do vatordos gruposfocajs, talvez seja, novamente, o entusiasmo com que os recém-apresentados aos métodos quatitativos em si aderirãm a essâ abordagemque tem ocasionado um níveL de autoconsciêncjâ evjdente em mujtas dastentativas de se locatizar os métodos de grupos focajs de uma vez por todasdentro de um paradigma em pârticutar, como a "fenomenologia,'. Muitosdesses entusiastas recém-convertidos aos grupos focais não aprecjam in-teiramente a extensão na quat a pesquisa quâLitativa é caracterjzada petadiscórdia e pelo debate entre proponentes de umâ varjedade de âbordagens,cada um com seu distinto conjunto de pressupostos sobre o que constitujum dado ou um conhecimento e qual é a meLhor maneira de se estudá-[osos "fundamentos epistemotógicos" de tradições quatitatjvas sjmjtares, masseparadas (Barbour, 1 998a).

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62 Rosâline Barbour

Etes contjnuam (p. '17):

Em socjedades modernas tardìas nas quais a identjdade é reftexiva. mâs ocomporlàme rro permcne(e norÍncltvo. rìesmo quâ gJletlo à umc vãrìedô-de de jníluêncjãs cada vez mah ampta, os grupos focajs proporcionãm umrecurco valioso para documentar os comptexos evarìantes processos petosquaÈ as normas e os significados dos qrupos sâo mo(dados. etaboraàos eapLjcados. No acesso que eLes permitem às normas e aos significados, osgrupos focâjs não são apenas o pouco produtivo do trabalhoãe campo etnográfico parã o pesquisador pressionado peto prazo: etes são um métodomajoritárìo para abordaí ãqueies tópicos de estudo que são mênos abertosâ métodos observacionais em sociedades cadã vez mais prjvadas.

Em outras patavras, é a capacjdade de injetar atguma estrutura que dáâos grupos focais uma Vantagem em termos de pensar estrategicamentesobre ambientes e a pertençâ do grupo, atém dos vários irsiglìis possíveisde serem eticjados (em contraste com a prátjca de realizar observacões decampo. que sào mais oportunisLasì. Alem disso. se a tareÍa da tenome;otogia- e, de fato, até certo ponto de toda pesquisa quahtatjva é ,.tornar est;a-nho o famitjar" (SeâLe, 1999), grupos focais podem absotver o pesquisadordisso como uma responsâbitidade pessoal, como ìnegavelmenie é para osotitário antropólogo ou o etnógrafo. ConvÌdar participantes ã dest;incharsuas percepções e expêriências pode permitir a eles djvidir esse trabaLho,explorândo seus comentárjos e insigtìts enquanto eles geram dados. Tatvez,de fato, seja o pesquisador que esteja sendo fortâlecido ou, no minjmo;recebendo uma aiuda pelos respondentes.

Iã vllonacnecnDo pELo uso DE cRupos FocAts

_ Os grupos íocais proporcjonam uma opoÍtunjdade de gerar dados que

são bons candidatos à anáLjse peta abordagem do interacionismo sjmbótico,que enfatiza a construção atjva do sjgnificado. Assjm como Seate (1999)aponta, o interacionismo simbóljco era assocjado a versões preliminaresda abordâgem quatitativa, que enfâtjzâva os aspectos atjvos dâ vjda sociâ[humanâ. Essa abordagem, de acordo com Blumer (1972, p. 184; parêntesesno origjnaL), supõe:

[...] que a sociedade humana é íejta de indivjduos que possuem s?lts (oUsejà, idlem ìndicaloes ã sinesmosr: que a ãcão indìvid.uie uma consr,ucaoe não u.na-lìbê.a\ao. sendo LonsrrJiod pelo pêrsdmenÌo indivìdLè., lomãn-do.on!ienc,ã e hrerprelàrdo àspectos dã q.tuacáo 1a quàr ele dge: qLêaçóes grupaÈ ou coletjvas consistem no atinhamento ae aiOes inOiúa-uáis,ocasjonadas petos jndjviduos, jnterpretando ou levando em consjderacãoàs acões uns dos oLLos.

sollnLIl sop rPsêdv'oluêllrlpuêluê ou punreì êluEuodruL pssê lL6uLlp êll]êL!-e^!têlè urêpod 'êìuêulEsolrlpn! soppsn ês 'slelol sodnr6 so ênb eLlLp nl

'nonrar êluêur3luãrEdp (sètLratrelqns sprEar ê spsnpr rodPtrsnq P no) orus'urLlratêp op €rquos E]opEipeue p oru€nbua ,oprpuêlèpsrPur zê^ epEr opuês e!a]sê p^rlptnpnb psLnbsêd eu ossr Plpd rp6nì !!n anbPpurP íollllìdxê otêÍord run oltol èluêurEr€r srEu ep€ploqe ã uãtraìuo)E3nb or èÍ oo u è)ètuoJe spsroì ce êro rod op opr)dìb v sepeT ìóà. oe(PLrPrplto) PpL^ Pp çapEprìpar se oluor no r€ìnrared ua èluarqu€ un üêopuatrêlìrorE elsa ãnb o êrqos sêolsênb € rêpuodsêr ersd oìnrla^ urn ouor€pptussèrdE oprs urãì p^rtpt!ìpnb p^lleur3lle e ísâzê^ sep arrpd rolpLlr EN

:enurluor (opeluêrsêrfp sêsêluêr€d i!ê soupluêLuor :ó€ d '66ól) êìeèS'odnr8 ouênbêd op o ênb op opp^êìê sleu ìê^lu urn LIlê êpppêllos e urelfpd-ru! sossèrord sèssê ourol êp o9i9r!ìdxê pun lèrêrelo êp êpepLreder p uês'ìehul op sopeqìelêp r.Ìr/6/sur opupuolllodo.rd ouor selsL^ oprs Lxêì sèze^spuJn6ìp 'oluelrod 'suê6pproqe sessf sLop so êlluê op5EìèJ p r!êrprou8l ê.rorleu,, ou êp s9^u! oe !,orrlur,, ou ês urèJgrtuêfuof rod soppfLlul opLs ulêlsêìè enb erlJLuBLs ossl (ç002 'upq8pììpl) (oB5e êp sêpep!ì!qLssod sp ulptLtullno urelêJP ênb sêoSLsodslp se ê oìd[up sL€ru o]xeluo) o) slelnlnllsê se!êplsEp otuêrulrtêp urè (p5uppnur 3 oe5E e^!Frê êp sonpl^LpuL sop êpgppedEl p)prluê8p ãp sprêp! re!6êìL^ud rod (sorlno ê-Ììuê '€6ó! ,suêppl9 rod) sellìlrêp so^ìP oprs uJê]oe5esrê^uof êp êsLtpup p ê of!ìoquLs oursLuoLrelè]ul o

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64 Rosahne Barbour

projetos que restringem a análisedos dados dos grupos focais ao pu.amentedescritjvo, uma abordagem mais rigorosa e jnvestida teoricamente tambémpode, potenciatmente, prover uma explicação. A tinguâgêm e a dectaraçãode Seate sobre o probtema remete à consideração frequentemente cjtadade Morgan (1988, p. 25): "Grupos focajs são úteis quando se trata de invês-tigar o que os participantes pensam, mas eles são excetentes em desvendarpor que os participantes pensam como pensam". Esse níveL majs etevadode entendimento, entretanto, não surge magicamente por meio de algumapropriedade inerente às discussões de grupo focat: para os grupos focajsfazerem a contrjbuìção maiscompleta possivet, é necessárioo engajamentoativo do pesquisador. Uma abordagem amptamente construcjonjsta (Bergere Luckmann, í9óó) é a mais promissora para encurtar a tacuna identificadapor seate, uma vez que eta permite ao pesquisador combinar a atencão aomicroda interaçãoproposta pelo interacionismo simbótico com os etementosmais macros (levando em consideração o sociat, o econômjco, o poLítico eo contexto normâtìvo) em que os dados estão sendo gerados e que devemser levados em conta durante suas anáLises. lsso está de acordo com a abordagem defendida por Gersen (1973), que destacou quê os fenômenos sãoespecificos a um tempo, tugar e cultura particulaÍes, propondo o que etechamava de uma "psicologia histórica social".

O projeto de uma pesquisa e a amostragem em particutar proporcjona omecanismo petoquaI issose torna possível (verCapítulo 5 para uma discussãomais completa das estratégiasde amostragem). Uma amostragem bem pen-sada pode tornar os grupos íocais uma ferramenta particuLarmente efetivapara interrogar a própria retação entre agênciâ ê estrutura. De acordo comBerger e Luckmann (í966, p. 151), o mundo sociat objetivo é mediado porpessoas signìficativas que "modiÍicam Ieste mundo] nodecursode mediá-to.Elassetecjonam aspectos do mundo de acordo com a sua própria locatizaçãonà [... ] estr utura sociàl e Lambèm em úrtude de suas idiossincrasiàs individuais e bjograficamente enraizadas". ALém de aÍgumentârem que pessoasjuntas criam íenômenos socjais, Berger e Luckmann também referiram queestes são sustentados por práticas sociãis.

OutÍos escritorês (como Burr, 1995), exptorando o potenciat do cons-trucionismo sociaL, passaram a enfatizar o papeL da ideoLogia na conexãodos processos de jnteracão individual e grupal com as preocupações e osprocessos socais mais ampLos, portanto, locaLizando a subietjvjdade em seucontexto sociat. Cattaghan (2005) argumenta que os grupos focais podemdar aos participantes a oportunidade de simuttaneamente administraremsuas ìdentidades individuais e Íazerem uma representação coletiva para opesquisador, consequentemente provendo insights vâLjosos da construcãode signiticados e dos seus ÌmpacLos na àçáo. Eta prossegue expticando que

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Os grupos íocais são consideravelmente promissores quanto a êncurta-rem as perenês Lacunas nasciências socjâjsentre a agência easêstruturas.Também têm o potencjat único de combinar estrutura e espontaneidade,se Ío.em usâdos judiciosanìente, com a devida âtenção ao proieto depesquisa e à amostragem. É à primeira dessas questões ptanejâm;nto depesquisa que o ptóximo (apituto se dÌnge.

# rgrruus coMpLEMENTAREs

Estes trabathos aprofundaráo seus conhecjmentos sobre os conteúdostrabâLhados neste capítuto:

Bloor, M., Franktand, J., Ìhômas, M, and Robson, K, (2001) Focú çraups ìn Socidt Reseorch.

Kjdd, P5. and ParshaR, M.B. 12000) 'cettingthe focusand the group: enhancjnganatyticàt rigôrin íocus sroup rêseaÍch', quoLitotive Health Research, 1913)t 2s3 3oa.seale, C. 119991 rhe Qúality ol qualitdtive Res€arch. London: sace.

-roqp pun êp èìrpd ouof soì-pzLtlÌn no sLefoJ sodnl8 seuêde tesn opuenb oS!PnP!^LPUL SPISL^erlUe êp nO Sleloj SOdni6 êp osn lêze, ês êp osPt o a opuenbopulnpu! lspslnbsêd êp oluêurpfêupld ou sep!^ìo^uê (saqÌetêp slpu eled'e/OOZ'ìrLtl rê^) og5pzLue6ro ep sâo5do spue^ se e!êu!ìêp olnllder êtsl

VSÌOÒSECI STIoIEfoìIcI

68 Rosaline Barbour

dagem de método misto. EÌe fornece um guia sobre como pesar as alterna-tivas e examina criticamente tanto os pontos forÌes quanto as fraquezas deprojetosde método misto. Afirmações a respeitodâ "trÌangu[ação" tambémsão investigadas, e é argumentado que umacombinação de métodos produzdados paratetos, que deveriâm ser utilizados para esc(arecer diferencas emfoco ou em êníase, em vez de seÍem vatorizados por suâ capacidade decorroborar achados produzidos usando vários meios de geração de dados.Mais uma vez, a capacidade dos grupos focais de facìLitar as comparaçõese proporcionar insighfs que não seriam fornecjdos por outros métodos évista como sua maior contribuição. O foco do capítuLo, então, se dirjge aoptanejamento das sessõês de grupo focal. A segunda metade do capítuloconsjdera a importâncìa do ambiente de pesquisa, oferece dicas sobre orecrutamento e discute questões, inclusive consideÍações éticas, a respeitode se combinar os moderadores com os grupos.

M oecrsÃo DE euÂNDo ulLtzAR ENTREVISTAsINDIVIDUAIS OU GRUPOS FOCÂIS

Não existem regras prontas que determinem se são os grupos focais ouas entrevistas indjviduâis os mais apropriados e, uma vez mais, as resposÌasconsistem em mediros próseos contras em reLação a cada novo projeto. Atguns respondentes, sêdadaaescotha, dirãoquesêsentem maisconfortáveisfatando com um pesqujsador pessoatmente eseriam reLutantes a frequentaruma sessão de grupo. Para outros, no entanto, pode haver segurancâ nacompanhiade mâis pessoas, evira uma discussão de grupo focal podealiviaras preocupações que atguns indivíduos têm de que eles "não têm nada dejnteressante" a contribuir paía a pesquisa. G rupos focais também podem seruma opção atraente para aquetes que de outra forma são isolados ou paraos que anseiam peta oportunidade de falar com outras pessoas que se en-contrem na mesma situação que etes - especiaLmente quando não há gruposde apoio retevantes djsponiveis. Ainda que seia obviamente importante nãoenfoca r as i nsegu ranças e necessidades insatisfeitas das pessoas, deveríâmosestar atentos ao fato de que os participantes de pesquisas têm todo tipo derazões para concordarem em participâr de pesquisas, e certamente não fazmal que os grupos focâis proporcionem um suporte tão necessário, aindaque como subproduto (Jones e NeilUrban, 2003).

Discuti anteriormente a tendêncìâ de âlguns pesquisadores que usamgrupos focais de empregar esse método a partir da crença errônea de queete proporciona um atatho para o Levantamento de dados, De maneira simj[ar, grupos íocais muitas vezes são usados quando se supõe que entrevistasindividuais seriam muito onerosas ou demandariãm tempo demais. Tat visãodos grupos focajs, entretanto, não Leva em consideração o tempo adicionaL

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70 RosaLine Barbour

entrevjstas indivjduais em vez de grupos de focos (Guthrie e Barbour, 2002).Essa escolhâ foi baseada em nossa preocupâção de que os particjiantei,muitos dos quais haviam se envoLvjdo em programas comerciais dê ema_grecimento. poderjàm enrràr em -modo ViqilônLes do peso.'ouando aDrê-sentàdos á siluacáo de grupo. lsso poderia, é claro, ter sido muito úLit seestivéssemos partÌcutarmente jnteressados em examinar o papel dos pro_cesso_s grupâis na admjnìstração do peso. No entanto, nosso foco naquetaocâsião eram as dificuLdades situacionajs experimentadas petos indivíduosenquanto tentavâm integrar a admjnistração da obesidade no contexto desuas rotinas diárias, e consideramos que entrevistas eram o método quêmajs provavetmente eticiaria o tipo de considerações indjvjduatizadas queestávamos buscando.

Ao decidir quanto ao uso de entrevjstas jndjvjduais ou grupos íocais, éimportante Lembrarque os grupos Íocajs fornecem dadosquã são dìferentestambém em conteúdo daquetes gerados peLâs entrevista, i ndividuais.

Em resumo, não há princípios norteadores univêrsais. sâLvo a orientacáodesepesaros próseos(onLÍasdos gruposto(àisedàsenLreüstâs indiüduàispara cada novo projeto e contexto (ver também Flick, 2OO7a, 2OO7b; Kvate,2007). Crabtree e colaboradores (1993, p. 139-140) resumem:

[,..] a escotha do estito de pesquisa para um projeto em particutardependedos objetivos finâis da pesquisa, da finaljdade esDeciíica da análiseê suãqLestao de pesquirà èssocìadà. do paràdigrìa uhiiTòdo. do Crdu desetàdode controle de pesquisa, do nível de jntervencáo do jnvestúador, da-djs-ponibilidade de recursos, do prazo e de questões estéticâs_

I laonolceNs DE MÉToDo t tsroAtguns pesquisadores combinaram com sucesso entrevistas individuais e

djscussões degrupos focais. Essâ Íoj a abordagem usadaem um estudo sobreas expêriênciâs e percepções de profissionajs sobre a attamente contaoversaquesLão dos _testàmenLos

em vidà ' { thompson eL à1.. ?00jà. ?003b). NossalógÌcâ era bôseada no Íeconhecimento das barreiras praLicas para algunsindividuos em termos de comparecer a sessões de giupos focais quJndopoderiàm estar tràbàlhando á noite, por exemplo. E;tretanto, havià Lam_bem (ertos indivíduos (ujas opinióes sobre esse tópico lá etam (onhecidaspetos pesquisadores e seu grupo de colegas protìsiionaís. ja que etes eramdelensores enLusiãstas de ãrgumentos tanro contra quanto a favor dessaabordagem. Embora jnclujr essas pessoas nas discussõès de grupo, sem dúvida,.tjvesse estimuLado o debate, era bem provávet que a c-ontriúutção deindividuos fervorosos fosse relegar as dos outros ao segundo ptano,'e queatguns participantes pudessem se sentir intimjdados luanto a expressar

ogu suê6pproqe senp se 'osslp !.rêlv (q óóó t 'r noqre€ ) êpnPs êp so5!^rês LuorEslnbsèd pu oÌslru opotgru êp suê6eproqP sep esêJêp êUol eurn pq u?qluel'purLlp spppl uêsêrd p sê9s !^ spp r eqì Llr pd LLrol urêpod ênb solLnLU u.lplsLxêênbepuLV rPuLtdrrslprêlu! oP5eroqelo) ep euêrE epeluêurrole P uPzrrêlrerelên b er !êl uorj êp setnds !p seu !.r!lol êìuêtxìê^PlL^ê u L sêssê otlro) solu èu nãrV's!3^rleduoruL ouror suêSeproqp sessê opuPrPruê '(ççZ d) ..(Plsruotrnpêr èelsL^lllsod olèporu un) s!ê^9rnsuêü sêrolPj ê sêgsuêurLp r!8u!ìP ê ìê^gLluor'ople^ reurol ês prpd opepLdeì g leuêleLu êssê ìEnb ou ìpuLJ o^Llê[qo un,,ered sopeqr€ sLpl rpsn p ues!^ ênb sopnlsê êp el!8oìorros uie6pproqP essê

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precisamserÍnutuamenteexcludentes: urn foconoobjetivofinatde jnformaro desenvolvimento de uÍna escata de quahdade de vida não precisa com-prometer a profundjdâde ou sofistjcacão teórica do componente quatitatjvodo estudo. lsso é demonstrado peto trãbatho de McEwan e colaboradores(2003). (Esse estudo é djscutido de forma majs detathadã no Capítulo 8, arespeito do desenvo(vjmento e refjnaÍnento das codifjcações de categorjasdurante o processo de anáhse.)

Há também exemptos de a bord agens de rnetodo misio que utjlizam gruposfocais segLrjndo a fase quantjtãtiva da pesquisa parã esclârecer resuttados,ou seja, transÍormar esses "ãchados" ao Íornecer expÌjcãções, particutar-mente no que diz respeìto ã associações surpreendentes ou anômatas jden-tjfjcadas na prjmeira parte do est!do (ver Quadro 4.1).

QUADRO 4.1 UM EXEMPLO DO USO CR|ÀT|VO DE MÉTODOS MISTOS

Wìtmot e Ratcljlíe (?002) reportam sua experiência com o uso de grupos to.aispara êsctâÍecerachados de Levantamentos. O eíudÕ deLes era relacionado a princi-pio! dejustiça dÈtÍibuiiva uiiljzados por membros do púbLìcÕ quanta à dÈtÍibuiçãode íigados de doâdores para transplantes. Em comurn com olrros esLudor nessaárea, dados quantitalivos havìam sido coLetados por meio de um tevantamentopor qlestionárìo, no qr]al utiLjzados contextos hipoteticos de escolha para investìgaras preferências dos iníormantes a respêito da disrrìbuição cte órgãos doados_Entretanlo, Wìlmot e RatcLìfíe reconhecerâm a timjtação desses dados, que não"permitem ao ìnvestìgâdor ìdentìficãro nodo peto quãl os jnformantes expttcam ejunìficam suas escolhas pârtic!{ãreí' (2002, p.201). Por meiodadiscussãode grupofôcaL, etes buscarãm proporcionaÍ um entendìmento aproíundado dos êrgumentose exptìcaçôês usados na "justiiicalivae deÈrminação das decisôesde dÈrrìbuiçãoe os argumenros étlcos e morais êxpressãdos" (2002, p. 201).

Com base enì ümã lÈta de cÍ!érios de pacientes (prognóíico esperado depoisdã operaçãoi jclade do pacientei a responsabjLjdade do paciente poÍ sua doença;duração do tempo na lìsta de espera; se o pacjente esrá recebendo o rransptanrepeLa prìmeìra v€z ou re eslá sendo retransplantãdo) demonslrados peta pesquisaquanijhtiva como sendo íatores signiíicatìvos na determinação das atitudes dopúblico quanto à dìslrìbuição de doadorês, esses pêsqlisadores cnaram cinco ce-nários hipotéticos, os qlais íoram lsados para gerar dìsru$ôes em grupos focais_Depois dÈso, os membros dos gruposfocais rêcêberâm nraìs iniormãçôes a respejrodo contexlo socialdos hipotétìcos jndiyiduos apresentados paÍa que íosse possivetexptorar o impactode iníormações circunstãnciaÈ adicionais nas suas respostas. Osachãdos sahentaranì que ã reLacãoenúe a lógj.ados pârrìcipanres e os três principiosíundamentâÈ de equjdade, eficjência/utitjdadee mérìto era maiscomplexã doque o esperado. Ainda que eles íossêm mais recêptiyos a ãtquns cÍjtérios do que aou_to.. èlFi dõ.rrí.à.ã ndit, aaapsêmâpt.êícadduÈoo , rrteriosesr rddoo .O estudo proporcionou trstgtrs de como membros do púbLico se envotvjam reftexivae ítexiveLmentê com os c.térios.

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Os grupos focais proporcionam insights de dr'scursos púbticos (Kitzinger,1994), e as visões expressas nos grupos focais podem, é ctaro, ser diferentesdas visões "privadas" que seriam expressas em entrevistas individuais (Smi-thson,2000). MicheLt (1999) comparou afirmacões "púbticas" e "privadas"sobre experiências do mundo sociat de jovens produzidas por entrevistas epor grupos focajs e jnterrogou djferenças, usando as duas bases de dadospara viabiLjzar lentes atternativas, através dâs quaìs se poderja ver a situa-ção em questão. ELa utitizou comparacões de dados paratetos para exploraras êxperiências da estrutura hierárquica dos grupos de pares nas escoLas eno bairro. A autora salienta o "vaLor agregado" do uso desses dojs métodoscomptementares para possibjtitar insigbts tanto do processo quanto dâsexperiências de bulÍying e dê vitimjzação.

Essa é a abordagem favorecida por RÌchardson (citado por Denzjn e Lin-cotn, 1994), que defende o uso do termo "cristatização" em vez de "trian-gutacão". Ela prefereessa imâgem, segundoexptica, porque enfatiza o va Lor

de se othar sìmultaneamente paÍa a mesma questão ou conceito a partjrde uma vâriedâde de ânguLos diferentes. Métodos qualitatìvos são especiatmente adeptos a capturarem as múttiplas vozes dos dìferentes agentesenvotvidos em a(gum aspecto do comportamento social (p. ex., pacientes,cuidadores e profissjonais). Se Íicamos intrigados, em vez de preocupados,quando afirmacões desses vários "iogadores" esclarecem as sjtuações bas-tante diversas em que eles se encontram e as diferentes preocupações quetrazem ao discutirem tópicos, por que deveríamos reagjr diferentemêntequando métodos compLementâres produzem ins&hts adicionaìs?

Tanto quanto pensar sobre como usar métodos comptementares paragarantir que vozes importantes não sejam emudecidas em nossos empreendimentos de pesquisâ, pensar cuidadosamente sobre â seteção de nossosmétodos também proporcjona umâ oportunidade de ântecipar a anáLise. Seencararmos os métodos compLementares como produzindo bases de dadosparatelas, com potenciat parâcomparações instrutivas, há atgum mérito emse trabathar de trás para Írente a partir desse ponto para considerar quatmétodo complementar pode proporcionar uma meÌhoroportunidade para tatcompãracão. Ajnda que eu tenha discutido aqui, êxtensjvamente, as vantâ-gens de se combinar grupos focais e entrevistas individuais (que são primospróximos e derivam de abordagens epistemotógicas simitares), vimos quehá um coniunto de possibitidades muito maior, atgumas das quais incLuemcombinâr grupos focais com métodos quantitativos (ver Ftick, 2007b).

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particularpossa terpara os particjpantes. Btoore cotaboradores (200í, p. 38_39) reconhecem que um bar não se.ìa uma ambìentaçao recomenaáváipãiaalgLrém buscando recrutar partjcipântes com probtemas ae aLcooüsmo. deiiarncomum. no enfanLo. pdr a um estudo que uLitizasse um conjunLo (riativo deãmDrentes, que ndo losÍedàdo aos pdrti(ipantesatguma escotha sobre esseassunto. Para retornar à questão do impacto nos dMos gerados. em ve, Jeàs Lonotãcões àssociàdas com ambientàcoes especrficaiserem uslas comonecessàriamente probLemáticas, tet conscienctd delès pode signiricar umacontribuiçáo significâtjva para a anátise. Cesquisadorei experientes deve_riam ser capâzes de usar isso de maneira construtiva, como um recurso deanátjse, e certamente discutir questõês que Ìmpactam a vjda djária de cadaum: no bàr local, muilo provãvetmenLe serào produzidos dàdos relêvantesã,os Ìndivíduos que optaram, no finâL das contas, por comparecer a tâL ses-são. Rea(izar grupos focaÌs em diferentes ambìeniacões pode proporcionarpossibilidades adicionajs de comparação e, portanto, esctarecjmentos dosprocessos que buscamos entender.

Maìs umâ vez, em vez de ser vjsto como uma timjtação na pesquisa comgrupos focâjs, inserjr uma varìedade de ambÌentes no projeto de pesquisapode fo.tàlecer o 5eu potenctal compdtativo, por meio das aiferencas'lueessà esLrategia ocâsionã (onstituindo se um recurso de ànatise. em vel íleum probtema,

M co,uatNnÌ{oo o MoDERADoR coM o GRUpoA personâtidãdê do pêsquisàdot càusa um impãcto nâ Íormd e no con-

teudo dos dàdos eltciados de grupos Íocais. assim como ocorre em lodosos outros métodos quatjtativos. É a esse aspecto do empreendjmento depesquisa que os estudjosos estão atudindo quãndo se referem ao concejtode "reftexrvidade'. que envolve re(onhecer os meios petos quais o pesqui-sadot contt ibui àtivamentê pãra os dados que e*á gerando. fxiste o len-q;,nàturalmenLe, de se enlatiTât demais às constdera(òes que deiaLÀam-asrespostas e os senLiTenLos do pesquisadot. o que pode .eiuLtar na ..re[{e_xrvÌdade eÍpiralàr " discutidà por Bdr bour e Huby I I9981. que mais atÌvia asinseguranças e os deíonrorlos do pesquisado, io quu.o;tL.iSui p"r" ,rn"anàLtse ÍundamenLadà leori(amente. Entretanto. quèndo usadà para pÍoverumâ ourra jãnêla para o en(onrro de pesquisâ e os dado5 dàr resultèntes,a ,eÍlexÌvidade" pode ser uma Íerrarnentà vatiosd de análise em termosd-o.,exame cntìro dè natureza e do impacto dãs reLacoes d" p;r;rj;u. i;reÌlexÌvÌdade e a vànLagem anàliticà que ilso proporcÌona sào dricufidasmãrs tntegratmenLe no CàpítuLo 10. )

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impacto do gênero do moderador no conteúdo dos dados gerados. Conside-randoaextensão na quaI uma moderadora muther pode ter contribuído parauma rêtratacão de "formas hipermasculinas de jdentjdade,, petos homensque participaram do projeto de pesqujsa, Atlen (2005, p. 51-52) conctui queo impacto do gênero nos dados gerados está tonge de ser simpLes, uma vezque outros fatores ainda majs importantes entram em jogo, como demons-trar sensibitidade e um interesse genuino da parte do pesquisador Essetópico é revisado no Capítuto 8, onde considerações detalhadas são dadasà coproducão de dados em grupos focais, com o moderador desêm penhandoum Papel ativo.

Entretanto, assim como pode ser contraproducente setecjonar um grupoque é homogêneo demajs, também pode sêr probLemático escoLher ummoderador que seja "um detes". Hurd e Mclntyre (í996) apontam que podehaver "seducão na uniÍormidade", em que o pesquisador comparti(he pres-supostos demaìs com o gÍupo, tornando-o impossibjLjtado de submetê-los auma anátise criticâ. Contudo, o uso de um moderador que seja, em atgunsquesitos, "de fora " pode aj udar a eticiâ r expticações q ue sirvam para contex-tualizar os dados sendo gerados. Asituâção grupat também pode compensaros efeitos dessa discrepância entre as características do moderâdor e asdos membros do grupo. Como uma jovem muther branca, reftetindo sobresua própria experiênciã nâ moderacão de um grupo focal compreendidopor jovens mutheres de ascendêncjas brjtânicas e asjáticas, no contexto deuma pesquìsa realjzada por toda a Europa sobre as expectativas dos iovenspara o futuro, Smithson (2000, p. 1í 1-112) conctui:

[...] uma mutherbrãnca e umã asiáticadificìtmente produzjriam um quadrodetaLhado dâs vjdas e dos debates dasjovens ásio-britânicas. Aquj o grupo écotetivamente "poderoso', no sentido de que têm acesso â conhecimentoscompartjthados, dos quais o moderadoré ignorante. Em vez de serconstruí-do pelo pesqujsador como o outro, essas mu(heres asjáricas usam o grupofocal pãra se posjcionarem entre duas cutturas em ,,ejxos intercruzãntesde identificação".

Assim como em muitos outros aspectos da elaboração de uma pesquisa,não há algo como um encajxe perfeito entre o modêrãdor e o grupo. O queé crucial, entretanto, é que o impacÌodo pesquisador nos dadoa seja tevadoêm consideração naanáLise, ou sejâ, queisso seia usado reftexivamente paravantagem analítica (verQuadro4.2). O exempLo no euadro 4.2, entretânto,também serve parâ destacar o dever de cujdado que os financiadores têmsobre os pesquisadoÍes que empregam. Curiosamente, essa mesma questãofoi levantâda por Umaõa-Taylor e Bámaca {2004) em reLação à realização depesqujsas transculturais. lsso é discutido também no Capítuto 7, relatjvo àsquestões éticas e as retações com os participantes dos grupos focais.

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umâiìa Taytor e Bámaca (2004) fazem uma observação interessante aoapontar que as crianças muitas vezes atuam como controtadores de acessopara süas mães latinas, uma vez que o projeto de estudo detes envolviarecrutâr mutheres por meio de telefonemas frequentes, Em tares onde sefala espanhot, as crianças podem descartâr lìgações feitas em inglês, eos pesquisadores Logo descobriram que fâlâr espanhot resuLtava em umamaior probabjLjdade de responsividade dessa poputação. Madriz (í998), quetambém estudou mutheres tatinas de stotus socìoeconômicos mais baixos,reLâta ter feito uso de sua própria rede de contatos pessoa{ e ter recrutadopeto boca a boca, por meio de amjgos de amigos uma estratégia possivetde ser inctusiva a pessoas com alfabetjzação {ìmjtada, em contraste com osmétodos mais comuns de se usar ânúncios, pôsteres ou cartas.

Ter famitiaridade com os padrões com portamentâis cutturaisou subcutturais também pode ajudarcom as questões prátjcas envotvÌdas naorganizaçâode grupos focais- No contexto do nosso estudo sobre as necessidades desaúde de pessoas procu rando asi Lo poLítico êm c Lasgow haviamos distri buídopanfletos para um ptanejado grupo Somati, afirmando que a sessão ocor-reria das í4 às 15 horas, ìsso resuttou nas pessoas aparecendo a quatquermomento durante o período referido, refletindo hábitos cutturaìs, ta( comoexpticou postericrmente um dos participantes para os pesquìsadores escoceses brancos, os quais arrependidos, reconheceram que inâdvertidamentepresumjram que suas próprias regras de conduta se âplicârjâm. Da mesmaforma, Stricktand ('1999) descobriu que individuos provenìentes de comunidàdes indígenãs tribais norma{mente chegavam a encontros durante umperiodo de í5 â 30 mjnutos e rârâmente no horário designado. Entretânto,eles tâmbém observaram que os participantes esperavam Íicar por três ouquatro horas. Aquestão aparentaria náo ser sobre djsponìbitidade e Ljmita

ções de tempo, mas ser sobre diferentes expectativas e normas cuLturais arespejto de visitas.

Yelland e Gifford (í995) obseNam que o stdtus do recrutador pode serpãrticularmente jmportante para atguns grupos étnicos, e isso sugere queo potenciat para o recrutamento via membros respeitados da comunidadepode ser umã estratégia frutifera, Todavia, isso pode não ser o caso paratodos os grupos étnjcos, ou, de fãto, para todos os indivíduos ou subgruposdentro de umâ poputação de minoria étnica. O reverso provavelmente foi o

caso êm nosso estudo de reabitìtação cardíaca, que envotveu estudantes demedìcinacomo moderadores dê grupo focaÌ e p rovavêLmente ati n gj u un attoníveL de participação em virtude de como esses indivíduos eram percebidoscomo "estudantes leqítimos", a quem os pacientes queriam ajudar,

É importante ter em mente que informacões advìndas de controLâdoresde acesso, como adminjstradores ou âquetes envotvidos com os partici-

ogu èp lerê8 o9sllêp PLun soLleuoÌ rsêpeplnbluL rLznporlul êp zê^ Lx:l lêq-êfêr êp sopPrrPq urE^elsè sope!8njêl êp 5n?Dls un opElnÊêssP trlP!^eq o!uê ogsrrêp eun opuPplenSP Lue^Elsê PPule ênb sêÌênbe slod 'sLeroJ sodnl6

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82

oferecêr pagâmentos para ninguém que contribuísse para essa pesquisa,mas buscamos prover refeicões, treinamento, o que - esperamos ajudouos indivíduos a desenvolverem habiLjdades úteis e ganharem confiânça, epequenos itens de materìal de escrìtóÍio (um brinde bem-vindo, umâ vezque muitos dos envolvidos eram estudantes de algum tipo). A signiíicânciade proporcionar comida trâdicionat também é destacada petos pesquisado,res envolvidos na reatização de trabathos com grupos de minoTiâs étnicas(Stricktand, í999; Jonsson êt aL., 2002; Umafra-Taylore Bámaca, 2004). Umponto importante a Lembraa é que, quando financiamentos estão envolvidos,muitos deparÌamentos universitários de contabitidade soticitârão detathespessoaìs dos beneíjcjados (paraseus próprios p rocedimentos i nternos ). Con'tudo, ao tidar coÍn grupos em que atguns podem ser imigrantes iLêgais ousão sensíveis quanto à sua jmigração, emprego ou situacão diante do governo, cupons podem ser uma opção mais aceitávet para todos os envoLvidos(UmaÃa Taytor e Bámaca, 2004). Tais questões éticâs são exptoradas maisextensamente no capítulo 7.

Entretanto, questões éticas não surgem apenas com relação a grupospercebidos como "vuLnerávêis" ou "desafortunados": temos que ter cons-ciêncja, por exempto, das demandãs que fazemos para pessoas, tais comoprolissionàis ocupados. cujo tempo de partÌcipacão em nossa pesquisa sig-nifica um tempo que não é usado para se atender pacÌentes. Âo se buscarrêcrutâr profissionais para participar de grupos Íocais, também é vátidoexpLorar a possìbilidade de se fazer as discussões de grupo sob os auspíciosde programas de capacitacão profissionat. Particutarmente, se executadodurante a época do ano em que os indjvíduos estão buscando atividadesâdequadas para acrescentar aos seus portfótios, essa pode ser umâ estra-Ìégia de recrutamento especiatmente bem sucedida, sendo também umareciprocidade. Naturatmente, executar grupos focais em coniunto com umevento certificado como sendo de formação envotve bem majs trabâLho, jáque também precisa conter, não sem razão, um componente educativo. Acapacidade dos grupos focais de encorajarem indivíduos a tomar urnâ perspectiva críti€a a respeito de suas próprias práti€as, entretanto, sugere que,em mujtos contextos, eles podem se mesctar facitmente com o objetivo deprogramas de capacitação profissionat.

k polros-cuvrÂpesardo uso um tanto oportunista que algumas vezes é íeito dos grupos

focais, eles se beneficiâm, como todas as abordagens, de consideracõescuidadosas durânte o projeto da pesquisa. Ás orjentações fornecidas nestecapitulo a respeito da eLaboração de estudos com grupos focais podem serresumidas como se segue:

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K lrtrunls colttpLEMENTÂRES

Questões sobre o ptanejamento de grupos focajs e a sua combinação comoutros métodos são de(Ìneadas nos detaLhes nos ljvros e artjgos a s;gujr:Bàrb.ur, R,S. ('1999b)'Ìhecaseíorcombìnjngqualìtativeand quantjtatìve âpproaches in heatrhservices research', Journai of Heolth se1i@s Rseorchond paticy, 4\1): 3ô:q.Crabt.ee, 8,F,, Yanôshik, ]\,1,K., Mitlêr,

^4,1. ard O .Connor, p,J, (i993) ,seLectinp individ!ât ôr

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Green, J, and Hart, L, (1999) .Thè impact of côntext on data', jn R.S_ Bãrbour ard J. Kitíngerleds), Developing Fotus 6.up Resedrch: potiti.s, fheory dnd practi.e. Loidon: Sâge, õp.7135.Micheu, L (1999) 'Combining focus groupç and ìnrervjewsi relling jt tjke t ìsi telung how jtfeêLJ , in R. s. Barbôur and J. Kitzinger (edt, Dêvelopjrg Fo.us croup Reseorch: pÒtXi.; rheorydnd Practice. Londôn:sage, pp. 36 46_

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WEO\f,UISOIAM

86 Barbour

amostragem e convocar grupos, Nenhum texto sobre grupos focais estâ-ria compLeto sem a devida atenção à âmostrâgem. Ainda que muitos tra-bâthos quatjtatjvos tenham tradicionatmente se baseado em aÍnostragenspor convenjência, há muito a ser ganho ao se seguir uma abordagem majsestratégica. Enquanto um estudo envoLvendo entrevjstas indivìduais pode,potenciatmente, construir uma amostra aos poucost é necessárjo, injcjatmente um esforço consìderáveI paTa convocar grupos íocaisr âssjm como noinício também é compljcado pensar com cuidado sobre os propósitos de seâgrupar determjnados individuos.

S7 pntHcíptos DA aMosTRAGEM euALtrATtvAA amostrâgem é crucial, pois guarda a chave para ãs comparacões que

você será capaz de fazer usando seus dados (ver também Ftick, 2007a, cap.3; 2007b, cap. 3). Tanto Kuzel (1992) quanto Mays e Pope (í995) ressattamque o propósito da amostrâgem quâljtativa é reÍLetj r a diversidade dentro dogrupo ou poputação sob estudo, em vez de aspirar âo recrutamento de umaamostragem representâtìva. PoTtanto, tatamostragem aproveitará quâ lq uer"forasteìro" identificado e buscârá jncorporar esses individuos ou subgru-pos em vez de dispensá tos, como seria feito no caso de uma amostraqemquantitatjva. um exempto pode ser procurar a inclusão de pais de criançaseducadas em casa ou viajantes em um estudo que envoLvesse a criação defithos, usando escothâs no lugar de escolas para jdentificar uma amostra oufazendo um esforço para encorajâr hoÍnens com responsãbitidades primá-rjas de cujdado com os fiLhos a participar do estudo. A questão aqui não é onúmero de tais jndividuos na popuÌação como um todo, mâs sjm os insighisque podem ser obtidos por meìo dessas exceçôes e o seu potencjat paracotocar sob um foco amptiado alguns dos pressupostos tidos como evjden-tes ou processos que de outra Íorma não são notados. As imphcações dasescothas de amostragem e seu potenciaL para facititãr anáLìses teóricas sãodiscutidas majs ampLamente no Capitulo 9.

Âãmostrãgem quatitatjva qeratmente é referida como envotvendo amos-trãgem ou "teórica" (Mays e Pope, 1995) ou "jntencionaL" (Kuzel, 1992)-Qualquer que seja o termo utitizado, ele refere essenciatÍnente o mesmoprocesso: teorìzâr, ajndâ que em um estágio pretiÍnìnar, sobre as diÍnensõesque provavelmente seráo relevantes em termos de proporcjonar diferentespêrcepcões ou experjências. Tais decisões já ântecipam a análjse; a âÍnostragem "intencional" está relacionaCa à antecjpação do uso de crìtérjosselecjonados para Íazer comparacões assìm que os dados tenham sido gerados. Em outras patavras, permite que cs dâdos sejam jnterrogâdos com umpropósito, ou seja, de modo a reaLjzar comparações sistemáticas (Barbour,2001). E aqui que o trabatho de campo preliminar pode pagar divjdendos

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LgslProl sodnrg

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também as dos outros. Tatvez, em alguns contextos, Ìsso possa até mesmofacilitar um maior entendimento mútuo. Em terÍnos de qerar discussões,um grupo íoca{ constituido por pessoas em acordo sobre tudo resuttaria emconversas bastante desinteressantes ê fornecerìa dados pouco produtivos.Felizmente, contudo, isso é pouco que aconteça; mesmo quando o pesqui-sador ingen uamente procura reunir pessoas com mentaljdâdes semelhantes,é improvável que eLas sejam tão unidimensìonajs como são, sem dúvida,nossas aproximâdas e um tanto simplórias câtegorias de amostra.

V rúa,rEno EralANHo Dos cRupos

Aquestão de quantos grupos focais realizar é determinada petas compa-raçóes que o pesquisador deseja fazer. Não há um número mágico e não énecessariamente methor, ainda que fazer dois gruposfocaiscom grupos comcaractêrístjcas sjmitares possa colocar o pesqujsador em solo maÌs fjrme eÍnretacão a fazer afirmacões sobre os pâdrões dos dados, uma vez que jssosugeriria que as diferenças observadas nãosão âpenas uma caracteristica deum grupo em partjcutar, mas são provavelmente relacìonadas às diferentescaracteristicas dos participantes reítetidas na seteção. Já que cada partici-pante indivìduat possui um conjunto de características (jdade, gênero, nívetsocioeconômjco e educaciona{), é provávet que seja possível fazer atgumascomparacões intergrupo, já qLre, por exempto, um grupo de mutheres podeperfeitâmente ser composto por indivíduos de idades muito diíerentes. Ésempre prudente, no entanto, deixar alguma ftexibitidade para adjcjonaroutros grupos, à medjda que novos potenciais comparatjvos surgem,

Outra questão frequente está rêlacionada ao núÍnero de particjpântesque deverìa ser recrutâdo para cadâ grupo focat. Muitos dos textos maisantjgos sobre grupos focais repetiam a orjentação que tende a ser dadana pesquisa de morketing, que o tamanho jdeat de um grupo é de 10 a 12pessoas. O núÍnero de pessoâs que podem prontamente receber iguaL voznos procedimentos dependerá não só dâ habjtidâde do moderador {comosugerem os textos sobre pesquisas de mdr"keting), mas também do nivet eda compLexidade da discussão desejada. Nas pesqujsas das ciêncìas socjajs,geratmente estamos mais ìnteressãdos em exptorar a Íundo os sjgnificadosdos pãrtjcipantes e os modos peLos quais as perspectivas são sociâLmenteconstruidas. Em compãracão à pesquisa de morketing, onde mujtas discus-sões são rêsumidas tanto verbalmente quanto em forma de nota o Íocodos cientistas socìais é geratnente uma transcrjção tjterat, que é entãosujeita a !ma análise detathada e sistemática. Tanto em termos de mode-ração de grupos (cãptar e explorar as deixas enquanto etas emergem) e emtermos de ânátise de transcrições, eu djrja que um máximo de oito partjcj

Luêpod sêg5eredLuor seìdÊlr.ìur ênboreìl ês euroì'( lìê'Ìelros êssep'epppL'orêu?6 Lrn opuêt sopoÌ) êpeplsrê^lp êp sorurêt r!ê sope!êsêp souêllrl sopsolrp^ p rêpuêtp ê]uêL!ìpLruêlod êpod onpl^lpu! Epgl ênb rêqêLrêd gro^ês roluplèrluf oplrênbèr sêluedlflued êp orêur,ìu o euo!)eìju! êluêuPLrPs-sêfêu ìpuorfuêlu! uêEprtsoLüe e ênb rPsuêd 9 LlnLlot oue6uê url slelojsodnr6 êp ouènbêd êluêue^LteìèJ orêurDu un opuê^ìo^uê 'op!un ouLêU o êell9ìl 'PquPurèlv rPlpugl ull € u sêtuèlq ue êp êpepêue^ eurn ulê ìElL^ oìrll opsoL6pìsê sêÌuêrêlLp orlpnb p sotuêruètrêd seossêd ruot sêleluêtx !ìP solsu so

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68

90

sêrÍeitascom base em menos participantesdo que uma consideração j nicjaLda abordàgem de ãmostrdgem poderià sugerir

O processo de recrutamento de uma amostra para atender âo quâdaoamostral desejado pode, entretanto, consumir bastante tempo. Aextênsãodo trabalho envotvido é ilustradã peLa experjência de Lagertund e coLabo,radores (200Í) em exploraras lógicâs das muLheres suecas para comparecerou não a um êxame de mamografìa. ELes relatam que enviaram 32í cartaspâra conseguir recrutar um totat de 31 mutheres para três gaupos focais.McEwan e cotaboradores (2003) tambem utitizarâm bancos de dados pre-existentes de doìs centros para epitepsia escoceses para alimentar umconjunto amostral de refêrência para discussões de grupo focat. Emboraa orientação teórica de sua pesquisa estivesse relacjonâda à exptoraçãoda noção de hobitus de Bordieu, Cattaghan (2005) maxjmizou o potencialpara comparação ao convocâr três grupos focais parâ reítetìr três perfissocioeconômjcos diferentês, como identificados por anáLìsês de clusúersdos dados do censo. Portanto, aindâ que o uso da amostragem permaneçaessenciatmente"qualitatjvo"emseufoco, comparandoecontrâstandoparaidentiÍicar padrões e buscar expticações para as similâridades e diferenças,as possibi [idades podem ser au mentadas ao se presta r atenção a informaçõesquantitativas já disponiveis ou mesmo, em alguns casos, ao se fazer maisatguma anátise desses dados para exptorar as oportunidades que podemoferecer à amostragem intencionat.

Âinda que seja útil sentâr em um escritório de pesquisa e desenhar umquadro amostral, nem sempre é possívet preencher todas as célutas iden-tificada, bem como é importante deixar o delineamento suficientementeaberto para se possa aproveìtar em quaisquer ir,sigt ts futuros que ocorramaos pesquisadores durante o desenvolvimento do estudo, ou outras oportu-njdades que se apresentem. Na prática, modetos teóricos, conhecimento daliterâtura existente, conhecimento de uma tocatidade específjca, contatose controtadores de acesso e serendipjdade, desempenhâm um papet. lsso éi{ustrado peÌo exempLo seguinte de um trabalho atualmente sendo escrito(ver Quadro 5.1 ).

Naturatmente, independêntemente de nossos grandes planos, nem sem-pre é possivel recrutar todas as pessoas que gostariamos que fizessem partede nosso estudo e nem sempre somos capazes de convocâr todos os gruposidentificados nem nossa tabelaamosìra( ou " tista de desejos". Nocontextodo estudo citado, acreditamos que podêrja ser esctarecedor rêaiizar umadiscussâo de grupo focal com um grupo de etnjcidade mista constìtuido porpequenos empresários, pâra podermos observar quais questões erâm espe-cíficas para grupos ou locatidades partìcutares e quais eram comuns. Comose pode jmaginar, isso se provou impossível de ser organjzado, devido às

i(s'€'rossãssel)ê saPep's€'r9^l soquêquer_or€'lGoLrP 0Z € 9 | ãP) seraersE spiou suè^o! '

:Goup 0ZP 9t êp) sorogls€ sêzedu s!ê^oÍ ':sEra9lse sê9:€zuPõro ap sêlue1uêsêrdêr ,

lGrP'ros sa$ep ê ,êpEp' sPu9^) serü€'sP sêrêqìtu 'lGiPDos sêss€ìr â sêpPPt seu9^) sotrll€rsP suàuoil '

: sesâlr1q. !a95Pzue6ro êP s3luPluêsèrdèr ' :6o)LuÌêsolxè]lor sãruèrêJrp ruE^PluèsèrdP ê sêlEuÌ uP^elei ênb) soì'sP oPuersnq s€ossãd '

:sêlurnôãs so ur€rã serlulê s€uouu! èP sodnr6 so 3ìodgrrèu€p sêluêtrrè^od êp zê1 uê 'èp€prtr Puênbèd eun êp sêropÈrou sãsaurqr urorl€Jo,odnÉ ôpogssnrsrp pun rè^ìoÁuêsaP lè^lssod Lo]ê rurPrÀ!^seossêd s€ ênb uê èp€p'ì

P)oì PepEuooPlsrerêêru€ss3rêl!tê1uèuleDualodoEsusütpPrìno sêlu€pnlsèa

souesèrdu3 souânbèd tPtrruì9 sÈ!ouru êp sêqjpzrue6ro èp sâluPÌuêsèrdâr opuLnp-ur :s€trUDêdsô sèçjednro ure sPo$3d s€p sêgsl^ se r€rolcrYê soue^nãiqo u9quer'sr€lror sêsseìr se ãrluê sP5!ôrè|p sp o!juã]È relsêrd êp u9ìY-s'eDos sêssÈìr ê

sêpepr êp oÌuiÍuotr u.rn êp seosêd Ë^lo1!ô ênb'odnrã urn seuèdE rero^lor èP

sèzed€r soúo] i€quaquPr.o4e êpPpÌunuotr ! sêluêruêlrêd ao6sPlg rÌrê sPo$èd

êp ouanbêd êÌüêruP^aplêr orêlunu o oPeC €puênbêr sodnr6 ap êpspêÚe^ €P orÌsLFêr o rrtrurâd €rPd od.r6 rãnbìPnb uê sè1uêlrgns sorêür.ìu €ì^Pì-lês oÌuêúour

orLêu]ud ún uê !êrêlèqPlsè lled stProì sèg:ezruPõro sPuç^ uor olrsd ãp sou€qìpqe4 sr€Duêrod sodnrb êp êp€pêuP^ Pìdu€ PLun !.rotr ìeuo'r€u ì€rìsoue EìèqEr

€rr .ouè.o,êëp otu€. sè, o6 r 50èerìo I4 00r(e-ì!pheL{ ènb sêlênbe rie!:os sêsspì) sèluê-FlLp P sêluètruê!êd sonPl^'puL sêp€prsêluèrê]rp êP sPosèd :sârêqìnú è suãuro! lsprrtrg selroulur êp sodnrb solrçÁ êP

sorqurêu sÕp s€Lru9uêdxa ê se^!Ìrèds€d sP 1€ls€rÌuor êrPrpduor êP uêìP !pLrnâãs êp ÈÌruPlrodurl P urErerquuãpL Psrnbsãd èp èdìnbã Pp stP'lut sã9ssnrs'p sv

'Er)rlod e uror oluEnb

sêrop€rÌêdrêd so uor ol!€l rEpLì êP euro] Pp olradsãr e oqsttrêp êp Èp€uol êpossè)ord o3 sePl^lo^!ê seossãd ssP selsodsar sÈ'oust)er èpsagJtrrl]êP sereroldxsrllLurã.1 sou oe 'exêldlror oPlsênb essê reqruulsêp er€d ìPêpÌ oPol?ü o ur€rrarpdsrerot sôdnr6 '(,.io!! anb rod,, oElsênb eu.ì soPerr!nuêp mêros oEU s€lsoPl sênbplE êp sose) soÌmì! rP sèazer s€ PrPd ogjPr0dxê Purf PÀÈrsnq es'nbsêd P ouol

3rpnpr^rpur sPlsr^êr]uã è ou€lotrsãnb êp sopolãL! luor ìÈtro] odnrF ap sêçssfrslPopu€urquro. 'ox!u oPoÌ9ur êp Esrnbsèd èp olê tord un Pq!4 opirsê o 'sLPrÕ] sodnrô

sopêruêuoduoro€ oç:Pìèr üê estnbsèd essêu opr^lo^u" -, "q*,1:.,",1ï::ï:.*

oljEzll€êr ç sêrouê]u! ollÌ?rsê oÌle êP olPuss€ss€ êp sosPtr sÌoP';ruâuzlìêl;!'3^noÌl è otrorlod otrss oPu€rsnq s€ossêd ôP oxôuuL L|n optqêrar uè1 /'\oôsEì! êP

Èâry E 'êtuêur3luerôd DLuÌa e]nlstu Eldue eün opuPluãsèrdèr lè^Prâplsuor ìa-uepnlsê olJ€tndod €un Eluâsãrdp e9qu€1 Eìê 'sâp€prsrã lun se ue^ uror eêrç Èe.ut ouPrpur aluê!rÌuotrqns op ogipr8iuÌ êp P;uol ênLêue^llelãr Plrolsrq €un uêrerlt€$oê6 oEi6êi estl apÁìrqlP4s èP eêr9 €u sPlsoE] sêuur ã sêluapLru I ap oluêu".ì!too o - qo o r.b(ècì pr L,r| J n oo.aèrê- er'o- Ít pp

ooo Áqi) úoãseìgãp êp€preã^rün ep olLêlo êp ol!ãur€lredêo ou Pãêìor Èü0

wrgvìrsowY lc Yrgl-LYursl wn ocNl^"lo^N3slc I s odaYnÒ

t6

'|

92

' estudãnt6 j.teÍnacionais (vários contêxtos érnicoti. chìnesês {tocâlidades e gêneros rnislurados, pêrlênceôtes a classes

socioe.onônicas mais baìxati. pequenos empresários chjnesesi. leste-europeus 1váaasidãdeseclasses sociais);. pesquìsâdores asiáticos e aÍo.arìbenhot.

Também convocamos oìlo g.üpos focais conì membros da comunidâ.le brancanatìva- Esses grupos inctuiam pesoãsvìvendo em áreas aítuentes, mÈtâs e pobres,

estudantes lromens. proíúsionais mLrlheres, um g.!po religiosoe um grupo de indivjdúosque se envoiviam aiivamente nas poLitìcas Locais. Discussoes de gruposfocais

'à1rbef !o' rn tõ a. , oíÍ gÍJpo, d- pÕlk rar è'n se(i.o I è

'es aô.

Longas horas trabaLhâdas petos donos de pequenos negócios e â necessida_

de de se reâtìzãr tat grupo em uma locaÌìzação q!e envotviâ deslocamentopara aLguns dos particjpantes. Âtgurnas diÍjcuLdâdes, entretanto, podem se

tornãr vantagens. EÍn nosso estudo com pessoas procurando asjto poLitìco,

âìnda que fôssemos incãpazes de convocâr uÍn grupo especíÍjco, as razõesque atuaram contra a ìnctusão de aLguns indivjduos se provaraÍn vâljososjnsighrs dos desafios e ansiedades ìdentjfjcáveis nas pessoas procurando

asjto em Glasgow.

. O PAPEL DA SERENDIPIDADE

Paraaquetesque, poragora, podern estardesencorajadospelascompÌexj_dades envotvidas em maxìmizar o potencialda amostrãgem intencionat, uÍnapalavra de conforto pode ser derivada da observação de que é iguatmenteimprovável que se façâ tudo errado. lJm exemplo é fornecido aqui pela

experìêncja de se convocâr qrupos focais dentro do contexto de ofjcinas dernétodosde pesquisa (â fontedas bases dedadosc!mutativos; ãlguns trechosdas transcrições resultântes são apresentados mâis âdiante, nos Capítutos8, 9 e 10). Tenho írequentemente apontado parâ os partjcipãntes das ofi_cinas que os profìssionajs de saúde, pesqujsadores de servjços de saúde eestudantes de doutorado participando dessas sessões em geratsão oriundosdo que poderìa ser casuatmente referjdo como "as classes agitadoras"nas quais, eu devo dizer que também Íaço parte. lsso, entretanto, limitaconsideraveLrnente o potenciâL comparativo da base de dâdos resultante,Se os grupos focaìs estivessem sendo reatizados como parte de um projetode oficjnas físjcas, em vez de "virtuais", eu certamente desejârjâ convocaratguns grupos focajs com pessoas de diferentes idades e gêneros vivendoem uma tocatjdade desprìvitegiada, por exempto.

rProurude erpd (666! 'rnoqreg ê le8ulzìL)) r,se6ulror sodnr8,, êp oe5ero uolep no i(LuêSslsoureqns)

.,oL6plsê opun6ês êp ulè6pJlsoulE,, ep oLêLJ lod'o!f,rljêxê êp odlì êssê rEz!ìeêl pjpd sêluêrloruor ues lepuêlod un Lupuoll-JodoJd sLproJ sodnl8 'so^tlpllìpnb sopolêul sotlno rüol opuetselluoJ .ìê^Ì6-ulleu! ìeèp! un lseltuelsu! spllnu uê íê oss! ênb ulprLjlu8ls so]ê [old so eledsolrnr sozprd so ê lenlE soluêulpllueulJ êp eullt) o ,oluelê4uf .sêÌuèErêurê

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t6

94 r RosãLine Bârbour

a sofisticação analjtica. Em termos dos aspectos de nossâ pesquisa sobreos quais rnantemos o controte, é útjt permanecer alerta para as diferençasdentro dos grupos, não só em reLação aos protocotos dâ interação sociaLe a necessìdade de se mìnimizar sjtuações desconíortáveìs, mas târnbémparâ desenvotver a anátise. Ainda que um indivíduo possa ter sido recrutadopara um estudo com grupo focal em vjrtude de atglrna caracterjstica (p.

ex., ìdâde ou gênero), pode haver outros aspectos de sua sjtuação que se

tornem âpârentes somente durante a discussão, mas que são esclarecedorese podem proporcjonâr ideias para mãis amostras,

Um exemplo dos djvidendos pagos por essa abordagem é o estudo das vi-sões e experìê ncìas d os cÌj nicos gerais sobre a atestagem de doençâs (Hussey

et al., 2004; ver Quãdro 5.2). Dado que tat amostragenì "de seglrndo estágio"

QUÁDRO 5.2 UM EXEMPLO DE AMO5TRÂGEM "DE SEGUNDO ESTÁGIO"(SUBAIáOSTRÂGEM)

Os qualro cljnjcos gerais que integÍam â equipe de pesqlisa paÉìranì de sêlsprópdos conhecimenios sobre quâis seriam os fatores que provãvetmente inítuen-cjarìan as experiências de üm cLinico geíal 1CG), e decìdimos que buscariamos.oNo dr9r,poscecG oueàluaíse4ena easurbà d.'Id\èpoorFs. Ep-o]èrFLq.eo,de5aro de.e,dêr,ÕTdPore,Lblnelr-dÊl!èdàquestão de fomecer ãtestãdos de doença seriam um tanto djferentes pãra os ccsvivendo etrabaLhàndo em uma com!nidadeÍechada eìntegmda eos que úabâlhamem uma área urbana cêfiral reLativanenle anônìma, onde é lmpÍovávet que o CGfixasse rerjdência. lncorporaÍ essas dif eíentes locaLidades provavelmente târnbémproporcìonaria um potenciaL para comparação em termos dos diierentes tipos deempregadores alivos na área e as inrpLìcaçaes para a emÌssão de "alêstados" (ou

seia- se a mãlor partê desses era destinâda a chesar ao mesmo escritório em qúehouvesse !m empregador princjpal identificado, como uma grande íábrica). Con-cordamos, no começo, qle jnctuiriamos tanto mutheres quanio homens, CGs comdiferêntês lempos de experiêncja, graus de senioridade, âqleies lrabathãndo emconjunto com qrandes gÍupos, gÍupos rnenores e, se possiveL, alguns autônornos.

TendosidofeitaaarÍìostragem de acordo com êsses cntérios ê reatizadô o primeiroconjunto de sete grupos íocais, os CCs modêradores compararam as notas e come-

çamos o processo dê anáLúe preliminar dos nosos dados. Íanto quanlo obseRa. aspadronizações (ou seja, as simìtaidades e diíerençat eftre os sele grupos, tambémconsìderamos q!ais membros de cada qrupo estavam levantândo queslôes paÍtìculares. Esse exeícicjo suqeau que poderia haverqlestoes pârticularesa CCssubstjtutos(que irabathavârÍì cLrrtos períodos de lempo em um número de ctinicâs djíerenlet,resìdentes (que ainda eslâvâm em Íêinâ.írenlo) e seniores (com responsabitidadesàdministratìvas e t]ÍÌì comprometimento de Longo prazo geralrnenteÍinanceìro conìuma clinìca, e crrjas ãtribuìções inct!íam prover€!ìdados contìnuados a pacienret.Pôrtanto,decidìmoscónvocare$esgruposíocaisâdicionajs umcÕmcadâ umdêsesrrês qrupos para neLhor expLorar esse palpile, ou hipótese.

O ( 6ur?aìJDul op ê so!196êu sop opunlu o^Llllêdluo) aluêurÌê^elou sLeuJ opouerÌuol oe sLeLro!lnl!lsu! ê s!possêd sêpppìp^u sep resêde og5ploqpìorPlêd opezuêlf,erel 9 ênb olxaluo) un êp orluap seslnbsêd sessou soulpz!ìpel'ossLp urêìv) reulìd!rslpoluêuLrequof êp snd)o, o^qeìnunrp ê opLrêìêqelsêo Pred .rFq!ìuor êp u?qupt spu rsp^lÌê[qo sê9]sênb rêpuodsêl êp os oEU

ìeulJ EÌêur e uolsêzê^sPlLnur -sPxeldrro)sleur ìelê6 uê 'ê - sè]uêlêJlp uêqsê9lsênb opuplun8rêd spüêde sou;elsl 6ullâìJDut êp eslnbsed p upluêulpp-unl ênb splènbep sêluêJê]Lp olupl un oes sêoilqule sessou (slplros splruêLlseu no opr_ìPs êpso5L^rès rxol seslnbsêd seu sou -oLue [p8uê op 'o]uplèllul

'PluLlslpu! ernlrêqof PLxn rpuoDlodold êp zè Lllê 'oe5plndod pp olluêpsodnr8qns sop ro eJ urê sopeqfe so lesê!^uê ulêssoj anb lê^g^ord ulêq è sLod

'6ullêI)Dau ep esLnbsêd p prpd sollleurêìqord ulelJês sêÌuêlslxêêrd sodnlSso ênb èÌuep!^ê es-puroì 'o^Llâfqo êssê oppp 'ènb otrêr I o^lp-oB5plndodPp e^LletuèsèrdèJ è ènb erìsoue euJn rElnr)èr èp p^!.lpiuêl eu oll)lldrlL9ÌSê O^!tè[qO O 'P]PfSè PìdLUe ulê OUPUO!ìSênb lod SOIUêLUe]Ue^êì SOp Olpr-eq sleur è oPLdPr sLeu êluêle^lnbê urn lLznpord ersnq eslnbsêd pssê enbêluêrupruo6elpr upFlp sêoiprLtqnd sessê ênb ìê^9^old ofnod ? olupnbuf'solnJ] PrPrl rPìnlllrPd uâ P!rgì!t!lqnd eqLreduetr €un uê rLìsè^u! ês êrqosno 'orul]edsê olnpold urn oeu no re8ìn^!p a rê^ìo^uêsèp pLêpL eoq eurn ããs êrqos srera6 sêoJepuêLlolêr rêzEJ èp pjerpl p urol pplqunluL ê ol!ìqndop sPr)uêlêJêld sep oluêLllllêl]uor o ruor eppdnroêrd âluêueljeuld ê 'toìnlldef ou sour!^ ouror ''ulJòtJDw ep psmbsed V opllêla]o g otuêueqì-êsuote êssê ênb uê otxêtuor o êluêLrJ urê rêl êluplrodur! ê'oluelêJtuf'êÌuêLxìPtnle! uêJrolo ênbsodnr6 p p!ruelè]êrd LLre 'soq ue.rÌsê êp sodru8reÌ-nltêl uEqlêsuof e atuêueluptsuof 6u!?à)tJDu.l êp eslnbsêd êrqos solxêÌ so

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ou oluêurelnJtèJ ejed ìeLruêlod ue sLploì âp ênbêl oìdlue un êp ulê6pìs!ìPUrn ê^ìo uê êluèL!ìê^p^ord ossL (êluêunuol slew.leu!8!lo plsodold p LuoloprofP êp P[ê]sê ossl ênb opep 'sleuoLtlpe soLêul ]od olualuelrurêr o rê^ìo^uê êpod ênb o '(6óót 'rnoqreg ê lèbuLztLy) ,, se8ullot sodnrE,, rero^uorlê^lssod rêsãpod uêqtllEl o^!Ìetllupnb olê [oJ d u n ulê ellsorllpqns pun pJpdoueLpLsqns oueuoLlsênb urnrepueu ès êp êìuêrêjlpogl g ogu ossL rsptuorêp

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ç6srerol sodnrg

96 Rosatine Bârbour

objetivo dã mãior parte das pesquisas con] servicos de sâúde e das cjênciassociais envotvendo grupos focais é provavetmente o desenvolviÍnento deumâ maior compreensão do processo, em vez da previsáo dos resuttâdos,em termos da suposta respostâ do públjco a um novo produto ou campanhade morketing.

Em vez de ver os grupos preexìstentes como um problemâ eÍn potencja[,entretanto, atguns comentadores, como BLoor e coLaboradores (2001), deÍendem que há algumâs vântagens nâ utilização do que eles referem comosendo grupos "pré-famitiarizados". Em contraste com a preocupação dapesqujsa de motketing de evitar pares ou grupos de amÌgos ao recrutarcriançãs para grupos focais, Lewis (1992) argumentou que os agrupamentosde amìzâde são um importante critério para se convocar grupos de pessoasjovens, Ìendo sjdo pré ÍãÍni(iarizados ou mesmo se conhecido Ìntimamen-te jndjvíduos dêntro dos grupos Íocais podem Levar a uÍn entendjmentomais aprofundado das dinâmicas do grupo e de como elas moldam o desen-votvjmento das visões ou respostas. Crossley (2002) só descobrju depojs defazer uÍn grupo que duas das pârtjcipantes erâm irmâs. Ela explica que, aoanatisar os dados, essa inforÍnação ajudou-a "a fazer sentido da naturezafrequentemente acrìmônia de suas disputas", o que, por suâ vez, escÌareceuo co ì-e{-o 'dã vidà rêãl em que essas cuas pessoas pesavam as e\or -a(õesdas promoções de saúde e faziarn atrjbujções sobresuâs próprias situãções desaúde e decìsões sobre seus comportamentos reLacionados à saúde. Munday(2006) usou sua própria rede de contâtos para rec.utar membros do lnsti-tuto das MuLheres para seu grupo focat, cujo objetivo era exptorar como a

identidade coLetjva era produzjda e administrada. Em vez de ver a presençade suâ própria avó como probLemática, eta considerou que isso oÍereceu a

ela insighti adjcionajs vâtìosos sobre o fenôrneno estudãdo.

Usar grupos preexjstentes, entretânto, levânta ìmportântes questõeséticas, particutarmente em retação a garantir a confidenciatidade. Os pesqLrÌsâdores precisam estar cientes de que esses grupos têm uma vjda quecontinua depois que etês etjcjaram os dados e deverjôm mìnjmizar possiveis.amjficações negativas. É essencìat que o pesquisador dedique tempo paraenfatizar a jmportância dâ confidencialìdãde ântes dâ djscussão, bem comotempo e espaço para quaisquer preocupações a respeito de descobertassejam oíerecjdos ôo fìna[. Particutarmente no trâbatho com membros de co-rnunidades de minorjas étnicas, os participantes de grupos focais podem terreÌações comptexas e jnterLigâdas que podem ser âfetadâs por confidêncjascompartjlhadas. De fato, é por essas razões que Ruppenthal e cotaboradores(2005) defendem o uso de grupos multiétnìcos nessas instâncìas (dado queetes todos fatem a mesma [íngua).

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L6

98 Rosaline Bârbour

k euesrÕes ÉTrcAs NA AMoSTRAGEM

As questões práticas de se ptanejar grupos focais são inextricavelmenteatâdas às considerações étÌcas. Em um nivet, não aprecìar algumas dasescruputosidades éticâs envolvidas pode simpLesmente comprometer nossahâbitidade de recrutar atguns pa.ticipantes em potenciat, como foi o casono estudo reatizado por GÍoger e cotaboradores (1999). Etes reftetjram:"Também perdemos potencjais participantes por utiLizar (nos materiais derecrutamento)'afro-americano', otermopotitjcamentecorretoqueofendeatguns mais velhos que prefeririam ser chamados de 'pessoas de cor', umtermo que se tornou potiticamente incorreto na academia" {1999, p. 833).lsso serve à útit função de destacâr que nossas tentativas de nos portârmosde uma maneira "ética" podem sair peLa cutatra, particulaÍmente em con,textos em que a lógica acadêmica e â poputar estão "fora de sincronia".ALem disso, aoconsjderâr o potenciaI comparativo que os quâdros amostraispodem proporcionar ao pesquisador, precisamos pensar muito cuidadosa-mente sobre as consequências não intencionais de se juntar individuos comexperiências diferentes, como expor pessoas recentemente diagnosticadasa outras com doenças em estágios avançados. Não só o pesquisadortem queconsiderar o impacto nos individuos causado peta participacão na pesqujsa;ele também precjsa ter em mente as consequências do funcionamento dogrupo, quando a decisão de se utilizar grupos preexistentes for tomada.

Aindaqueessa tenha sido uma questão que enfrentamos du rante o curso deum projeto de pesquisa sobre o gerenciamento de enfermeiras comunitáÍias,os dados coletados por meio de exercícios escritos serviram para nos resse-gurar das consideráveis hâbjLidades que nossos partìcjpantes do grupo focaLtrouxêram para o encontro. lsso cLaramente demonstrava que os jndivíduos

erâm seLetivos em relâçãoa quais das suas respostas etes compartiLhâvam como restante do grupo. Âtgumas vezes, nos colocando no papel do "pesquisadortodo-poderoso", esquecemos que as pessoas com quem conversávâmos no de,curso da pesquisa muitas vezes eram adeptâs a negociartensões de trâbathosem equipe e que provavetmente desenvolveram meios de lìdar com isso nocotidiano. Entretânto, é obviamente ìmportante evitar exercícios imposjtivosque possam romper essas acomodacões e ter efejtos duradouros nos retacio-namentos muitodepoÌsdeos pesquisadorês terem deixadoacena. Em um dosgrupos focais, nós, como pesquisadores cientes desse potencial para danificaras relacões de equipe, ficamos peÍpLexos enquanto um dos CGs pressionavauma enfermeira distrital a compartitharsuasvisões êm retação â um exercícìoescrito sobre as barreiras para um efetivo trabaLho em equipe desâfiandodiretamente nossa afirmâção de que os indiüduos não serjam requjsjtadosa djscutir essas respostas em pârticutar durânte o curso da discussão. Entre,tanto, não prêcìsávamos temer nadâ: a enfermeira com tranquitjdade, e sem

'à)ro d LÚPJ Èp - u€) ãp \odn-õ çÔ -' euP qo \orèt Ì

.-,oà"'r,dt*p,' rrxro uerasoor'; unò,e \orrü sodr óoru€ b '"u")ro sodtr p ,o [)èd\ê coa_ro ô L'r Pìlìàio soL.o. ã0 rère- è' o o rP,-- 'nbsêq o,eplsuor eÍ ú oooererrp.e(r6ìe rdì os) rnboèdsl

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rè^pq grèpod Zrâru!tr àpsodl1sosoPo] uorsÉossêd iPrr$P!!Ctro uènò ':sê91sênb sè]!Ln6ês

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puêpod anb op ìrrgtP sì€ur êluêuF^PrèPlslor ês_no^ord ÔlsLrêp € 'sterÕ, sodnr6

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ô.b opjês eurn soumpu! 'ÕuçLrorlsãnb op ìPú9 oN souP slop soll]qìn so! rêrÚllipo.'t'orto,p ,.oprcè)è,uP \P-a D- d uP^p €do) uc\-o o Lod5eo )Ird.á--oroo;,,anoi|.-r,ê'po\oê Ldop€- , erer o r,orr€uo''é bLne . à-aoa" oqt.. eJ61-."pe'ai ü. p er. re, b-s oò I'p <o' " p1o soo"p rè s"r '6 \p

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100 Rosatine Barbour

nalureza potencialmerte embaÍaçosa da locatjzação dos cânceres, opramos poríazer gÍupos separados parâ homens e mlLheres com câncer de ìntesijno, porexempto. Peisamosj êntretanro, qLre poderiam exisiir aLgumas vântagens eníazer!m numero tìmitado de erupos que relnisse homens e mutheres e atguns grlposqle inctuissem pesoãs com diíere.tes tlpos de câncer, daOo que estes fossem suíicìeniemenle similaÍes em termorde prognóstjcos e âlsêncjã de sintomas vúiveÈ(o que poderiâ ser perturbador tanro pàra pessoas com a doença quanto para os

O ;!-rdeou,.n"o.prF. pd-r.cu,o:.-,,êd:f:.ri: ..iu,r'eôè.è '..q poretcà d rdd-s(nes.-Ìrr'o.qJa.ao-{: ê \õnoso.or o\odr"-. doerecê-o.C'-oo.Nós.6 o!o.o-.mp' cacoe.elLèçdêae' Do oõ5.oa èrd .rê4'ê. e.-èqio d.p'o,r es.ôo oo doên ê oio.olo.aco( .oo I rê' o ro.o

Uma quesião prátìca adicionat era reLa.ìonada a se havena ìndivid uos sufìcientêsque corespondessem a nossos c térios de seleção para formar um grupo viávet emquatquêr umã clas Localizações. Levâmos muito rempo orqanjzando em um mapã daárea a tocatjzâção dos lndiúduos corn diâgnósrì.os êspeciftcos qle havjam expres-sado aÌgum inrêresse en parricipar de um grupo íocat, lsando dìíerenres atiinetescotoridos para distintos tipos de câncêr. tsso idenüfj.ou astutjnàcões útêis e ramb-r,o. t-.o d o".....Ì.ê,i . ,êro q.-pos-r .o.dr-a.oe.êspeciÍcè5 ìao erà !ma opcão v á/e.

Hãúa, noentanto, um problenrasigdficaÌivoquesimptcsmênrenão previmos. Haviamos, baslanle ingenramentej em retrospe.toJ pensado qle nosôs probtenras fnhamteminadoêm relàçãoao consenumeilo infomado, dado qle havjamos convìdado aspessoàs a serem votuntárias para os grupos íocak. Entrelânro, qlando escaneamosos questionários completos paÊ as lníormaçaes sobre os diagnósticos dc i.djúduos,dÀ,,ob.,no. at6t ov o I n^

r "vez. o"t".. 1q..q ou"no:no '. hso era mais dô que simptesmÊnrê canrornar os rermos, e iicanos preocupados quealgúns dos indivíduosestivessem r€aLmenlê.,em negâção,,. Demâneirasurprêendenre,pralicamente lodas as pe$oas nessà sìtuação havjam se vot!.tariado a óarticipar degrlpos locãú "com oulios com um dlâgnóíico simiLâr ao meu,,, como descrevèmosno queíionário. QuaÈ, nos perguntarnos, poderjãm ser as ìmpticações de confronlârelsãs pesoas que não haviam "engolido a ideiã de ter !m câncêr com outras qleÍoL. a, èo- o r -. p soo e- 1, D-..oè a. - hd\ 1e,Dr-(adooe.è^aeoarjrDd'desootjroadpe.qód.uddoq.ê'o.sospè.q'iddoè,eâ- odo erre-e-o., D- ro.zàdo em ;ncêr mèsa le oDa ho. in.o- oo ioü, oog-Õq a i.oj rr t.mo,slpostamenle, pessoas àdisposição com as habjÌidades ne.e$árias parâ proporcionêrslporre e acoiselhamenro. Depois ne debater de tÕmra exierjva essa queíáo. decidimÕs que, poí maÈ que pldesse ser terapeuti.anenae benéíico para os jrdiyiduos- oL, do.. ôêo oo o ,uoo. ro.à q q ró'o,; q '.;ode.-. dogro..i.osa- no rddo, s. o.j.ielto, peÌo suporte dos p.oíissìonais de saúdê que esrjvesem propoÍcìonando âpojo elratamento pêra as pessoas envoLvjdas no eÍlrdo.

LoqÕ após esas deliberacóês recebj !mã carla naautoridade da área de saú.ìe.l.íormândo qle eles hàviam decidido ..as!mú o projeto para qLre eles mêsÈìo;o conclúisrem". e não sei retarar os reslttados do esildo. Ìenho forres rãzõespara,sBpeitat contldÕ. q!e o .onponenre quatjtât]vo do trabàtho roì suspênso

'sepP.rêplsuol êluêüeuêld rês rxê^èp odnr8 op solqlxêLu so eledsêg5ellìdrul sE ê 'eslnbsêd ep oroj o rêluElx èp sourlêl u]ê soljesêpuêzert sèìê '..ìeêr ep$,, ep sêo5enlls êp sleur ueurLxo.rde ês ênb sêos-snrslp e ossêle o rez!ìLqeL^ LLressod sêluêlsLxêêrd sodnr6 so ênb epulv .

'ìelo, odnr6 êp sêossnlslp sPp orluêp sLPnp!^!pu! sêzo^ se Ppeìsêrdo95uêle ep o!êuJ rod sopr^lo^uêsêp ..sêIdÌed,, r !n8ès ês ered eso!ìp^ êluêLu-pLuartxê rês êpod(ruê6EDsoúeqns) oL8glsê opun8ês êp uê8erìsoure v .

's!euoplpe se5uê]êjlp/sêq5ullslp reroìdxêp.ipd sLe!ruêÌod no er nlrêqol pu seunlel rêqêlrêd rêpod ered 'esLnbsêdãp ossêrord o opoÌ ure ,rìa lsuês êluêuellroêl,, rês reluêl ê^êp êto .

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e epe)lpêp rês ê^èp og5uêìP ê'êpPpuPnb Poq êp Eslnbsêd Ptrln relnlêxêês e]ed slellnr) oes seur 'eslnbsâd ep oluêure[êueìd êp êse] e ê]uernp osoPu seperêpLsuol rês urespê.rd selllê sêo5e]êpLsuo] seper!ìduol sleu ol-!nLu sêoJerrjlue] rêl êpod sêìduLs oBsLlêp eurn Elsl^ er!êr!!rd F rêrêredêpod ênb o ânb erlsuourêp êìê 'slêlljLp êluêuleÌnr!ìred sElLtg sêg$ênb

totslPtrol sodru9

r

't02

Questõês étÌcas são inextricavelmênte unidas às decisões de ptaneja-mento da pesquisa sobre a amostragem. O efeito em grupos preexis-tentes de se fazer partede discussões degrupos focais deveser tevadoem consjderação, e questões e exercícios devem ser projetados comisso em mente. Preocupacões sobre as consequências para os indiví,dLros de conversarem com outros com determinadâs caracteristicasatgumas vezes têm precedência sobre os requerimentos do pLano depêsquisa.

K rttrums coI,IPLEMENTARES

As pubtjcações a seguir contêm orientações adicÌonais sobre como fazeramostràgem em pesquisas com grupos focàis:

Flìck, U. (2007â) Destgning Qualitotive Âesedrclì (Book 1 of Ih e SAGE Quolitative Reseorch Kit)_London: sage. Pubticadô petaÀrthed Edìtora sob o titulo Desenhô do pesquisa quolitativa_

Hussey, 5., noddinott, P, Dowetl, J., Witsor, P. ard Barbour, R,5. (2004) 'The sickness certjfication system in the UK: a qualìtative stLdyofthêvjeM of gene.alpractìtionêu in Scôttând',Btitish l edi.ol Journal,328: AA 92-

Kìtzinger, J. and Barbour, R-5. (1999)'lntrodlction:Thechattengêând promÈeoÍlocus groLps ,in R,5, Barbour and J. Kitzinget leds]', Developing Facus 6roup Resear.h: Politics, Theory ondPracti.e. Lôndon: sage, pp, 1 20-

Kuzel, A.J. (1992)'Sampting in qualitatjve inquÍy , in B.E Crabtrêe and Wt. Mitler (eds), DotngOudlitotive Research, NewbLry Park, CA: sàge, pp. ll ,14,

Mays, N- ând Pope, C. {1995) Rigour and quatitative rêsearcl', Brìtish rledicdl Jóuhot,311l1íl9 1?

e transcrições. Âs hâbiljdades dos moderadores são consideradas ê dicâssão apresentadas a respejto de como introduzir o tópico aos partjcipãntes,adminjstrar situacões difícejs, desenvolver e usarguias de tópjcos (roteiros)e selecjonar materiâis de estimuto aproprìâdos. A importância do estudo-pitoto é enfatizada. FinaLrnente, o cãpítuto discutirá o potencjat das sessõesde grupo focal parã gerar materiais para uso em Íuturas discussõesde gruposíocais "de segu ndo estágio ". AÌnda q ue a(gu mas a rmadi Ih as sej am menciona-das, junto com sugestões de como evitá tas, não há regras rígidas a segujr,já que, novâmente, o foco do estudo ê a questão de pesqujsa são, em últimaanálise, o que decidem essâs questões (ver também FLick, 2OO7a).

F? esrlgeLgct,urNTo DA AMBIENTAcÃo

Assim como foi djscutido no Capítuto 4, a respejto do ambìente de pes-quisa, é importante veriÍicar a sala e reparar eÍn quaisquer mâteriais lcomopôsteres) que possam inftuenciar o conteúdo da djscussão ou mesmo causarofensa aos pârtìcipantes, Pode sea recofiendável visitâr o tugar antecipa-damente pârâ garantir sua acessibjtidade, prÌncipatmente se for prevjstoque aLguns jndìviduos com necessidades especiais ou mobjtidade restrìtapossam partjcipat Para nosso estudo sob re pessoas procurandoasjto potitico,decidimos tornar disponível umã creche, já que muìtos partjcjpantes eÍnpotenciaI tjnham responsabiUdades maternaisem tempo integrat. Entretan-to, isso exigiu uma inspeção adiantadâ dos locais por provedores de crechespartjcutares, para garantjr que os prédjos atendiam a requjsjtos específicosde segurança, o que poderja atrasâr o estabelecimento dos grupos.

Vâte a pena considerâr o íornecimento de reÍrescos como uma Íorma dedemonstrar gratjdão aos participantes eencorajar uma âtmosfera relaxada.Exjstem, contudo, muitas armadiÌhâs em potencia[ assocjadas a fornecercomida, já que os grupos focais podem ser compostos por indivíduos devárias comunidades religiosas e culturais que estipulam que certas coÍnidasnão devem ser consumidas ou que as comidãs devem ser prepâradas deum modo especlfico. Seria altamente insensivel oferecer coÍnida e bebidaa um muculmâno praticante durante o Ramadã, por exenìplo. Com gruposmuttiétnicos, a questão dos refrescos pode se tornar um verdadejro campomjnado para o pesquisador que não esteja ciente. Se os partjcjpantes têmdeterminâdas hrnitacões, elespodem ter dÌficLr tdades para engo(jr, tornandoo consumo de comida potencjalmente desastroso ou embâraçoso. Certosingredientes crocantes podem ser contrâìndicados, pois eies possjvetmentecomprometerão a qualidâde da gravacão. Ao €onsjderar essê úttimo ponto,é importante descobrir se é possível que haja barutho vindo de satas adjâcentes ou de transeuntes (o que também pode ameacar a privacjdade e aconfidenciãlidade).

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90r

í06

tos, mas ocasionatmente pode haver situações em que os partjcÌpantes nãocon(o dem qLê voce grave d d:scussáo. e vocé deve esÌdr preoàràdo patôÍazer ènotacoFs. f imporfèn-e qLe vo(e esÍelà ídm.liàri/ddo com o eqJipamento antes de usá-Lo corn um grupo foca[, portanto, garanta que vocêterá oportunidades suficientes de praticaraté sentjr-se co;Íjante. Verifjquese as baterias estão carregadas e se você carrega consiqo as reservas, bemcomo se os mìcroÍones estão tigados e ativados (quando houver um botãode ativação separado)- TambéÍn é jnteressante considerar o uso de umamáquina de gravacão sobressalente, já que acjdentes podem acontecerlJm moderador seguro, com o conhecjmento de que duas máquinas estãogravando a discussão, é um Ínoderador mujto majs reLaxado, mais apto a seconcentrar na târeÍa que tem em mãos.

Tem havido algum debate â respeito de se a gravação em vídeo é supe-rjor às fitas de áudjo em termos de produzir o regjstro mais precjso de umgrupo ÍocaL. Com certezaj os videos podem capturar todas as comunicaçõesnão verbais importantes e auxjtiar na ìdentjfjcacão dos Íatantes jndjvjdUâjs.Enquanto ã gravação em vídeo pode pârecer obvianìente a meLhor opcão,essa não é uma conclusão definitjva e pode haver desvantagens, como oacrésciÍno potenciat do desconforto dos participantes, ã djficutdade eÍnanonlmizar os indjvíduos, os desafjos togistjcos quanto ao posjcjonamentodâ câmera, a câpacìdade de capturar todos os partìcjpantes no fitme e as[imitâcoes no número de partjcipantes que pode ser acomodado, TaÍnbémsuspejto que sessões gravãdas em vídeo possam dar ao moderador licencade se esÍorçar menos e fazer com que ele entre,,no pitoto automátjco;':têr que manter "várias bolas quìcando" ao mesmo tempo pode manter Llmmoderâdor atertã. Com retação à quatidade da transcrjcão resultante, ArÍnstrong e cotaboradores (1997), que pedjram a um grupo de pesquisâdoresexperjentes com grupos focâjs para umâ anátjse de transcrições produzidaspor gravacões de video e gravações de áudjo de discussões, junto com notasdetalhadas, descobriram poucas diferenças nosjutgamentos de quâLjdade eco-np eensibiltdooe oas duas formãs de gràvà(ào das sêssoes, àìndd oue osregìst.os escrir05 e-n Ìo--Íìa de notàs Lenhàn- stdo constdetados menos uteis(ver Raptey, 2007, parã mais detathes).

ANOTAçÕE5

Assim coÍno com todos os momentos de pesquisa quatitatjvâ, é reco-mendável regjstrar suas observações imediatâs sobre a djscussão do qrupoÍoca{, a n otan do q uatq ue r característica satien te da dì n âmìca do grupo è suaspróprjas impressões sobre os tópicos e os pacjentes maÌs engãjados. lssodeve incluir referências a quâjsquer paradjgmãs teóricos ou outros estudosde pesqujsa que podem ser partjcu{armente relevantes, pois isso ajudará

'êtuêlsLsuol ê esLlêrd oe5eloup e prìuot lL6E êpod oe5prêluL ep opnaluolêtueurrsPl sezê^sPllnu oìêd rphsêp ês êpoe5eluèl p ênb p!,orlugpere lop-esLnbsêd uÌn oeu ênb urên8ìp lod ol!ê] ulèq sleu e[êszè^]el oss! ênb êlê6nserê^uof ep seLfuênbês sep plou ulêu.lol ênb seossèd erLpâd uê €lruêuêdxêelJdord pr.lurLU 'ole^ou roppsLnbsêd o eled opezLpuêrde êp elluêlJêdxê esoll-e^ eLUn rês pssod eossêd eJlno èp leloj odn.r8ou ê]uêsêrd rplsê ênb Epulv

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LOI

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Ìodaviâ, há várjos pâssos que o Ínoderador pode executar, como pedjr aosparticjpântesqueseâpresentemunsâosoutros (observandocortesjascomuns)e usar os nomes das pessoas durante â djscussão, o que facitita essa tarefa,A apresentadora de um programa de audìtório Edna Everaqe (personjficadapelo comediante Barry Humphrjes) oferece umâ tjção dotorosamente obje-tiva taLvez até umâ paródja , dãs habihdades envotvjdas. Nesse prograÍna,a ãpresentadora desjgna crachás para os conüdados, geratmente toÍnando aliberdade de conferir variantes bastante Íamitiâres de seus nomes, e tambémusando seus nonìes quando se dirjge às pessoas enquanto ,,modera" a discus-são. Pense sobre as vantagens proporcionâdâs por uma âbordagem sjmjLâr,mas um tânto suavizãdâ, permitìndo umâ atenção ãos detathes.

Um Ínoderador assistente também pode sêr um recurso vatioso parâ [ìdârcom quâìsqler questões domésticas que podeÍn aparecer, corÌlo um pâr-ticipante incomodado que precise ser âtendido. Também é útit trabâLharem duplâs (talvez como parte de um arranjo recíproco, quando apenasum pesquìsador é desÌgnâdo a um projeto), o que faciljta as anotacões emsequencràs oe Íatas ou conleudos ca d s(ussôo e tàTbeÍn perm,te (oddoque você tenha reservado majs de uma saLa) que grupos paratetos sejamreãlizâdos, no caso de âparecerem mâis pessoas do que você esperava. EmterÍnos de agendaÍnento de seus grupos focaìs, é recomendáveI deixâr temposufjciente entre as sessões para permiti r que você verjfiq !e se a djscussão Íojgravada com sucesso. Dado que você tenha dejxado tempo suficÌente e facajsso tão Logo quanto possivet depois da reâLjzação de sessão de grupo focatter ocorrìdo, é surpreendente o quanto você pode recordar da discussão,em especiaL com a ajudâ de anotações.

DECrSÓES SOBRE À TRANSCRTçÂO

Uma das melhores orientãções para o pesqujsador novato com gruposfocais é que faça ele mesmo parte da transcrjção. lsso faz de você um moderador mujto mais atento no futuro, já que Lhe cotocará cara ã caTa coÍna fr!stração de notar onde você negtigencjou deixas jnteressantes, ondeíathou em buscâr esctareciÍnentos ou a convjdar os pârticjpantes â conctuí-rem sentencas que foraÍn interrompidas. Também ãcrescenta avântagem defazer você apreciar Ínuito mais as habìtidades dos trônscrjtores contratadospara produzir âs transcricões do grupo mujtas vezes com pouca orjentacãodos pesquìsadores quãnto a seus requisjtos em retação ao ldyout. AtgumainforÍnacáo sobre o uso que você pretende fazer das transcrjções tambémpode ser Ínuito útiL ao digjtador encarregado dessa responsabjtjdade. Fâzerum pouco de sua próprja transcricão tambem pãga divjdendos em termosde você se famiLiarizãr com os dados.

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ênb opro8lJ slpul êluêure)tìErllolne êrèJuof oeu ,!s rua ossl ,o1ue1a4u3 .iLet-êllì sêo5ursuprl lêl utesLrèJd sêÌê ênb ulêulnsard setopesLnbsad so1úçq

60tsLE)ol sodnrg

110

M rHícroÉ vantaloso consìderar os aspectos da apresentacão do moderador e

garantir que qualquer coisa prováve( de enfatizar diferenças de stotus sejaminimizada. Gray e colaborâdores (1997), que reatizaram grupos focais comjovens no ambiente escolar, explicam sua abordagem, que envo(veu vestirem se de Íorma casua{ e usãrem umà linguagem cotoquiat. E eslen(tà1, deinicjo, exphcaro propósjto dogrupo e Íeforçarque tudo será anônimo, atémde assegurar a concordância dos membros do grupo de que etes respeitarãoa confidencialidade. Tâmbém é essenciat dar atgum tempo para instruções.Não só isso segue as regÍas normais de cortesia em encontros sociais comotambém ajuda com o reconhecimento da voz e, portânto, com a atribuiçãodos comentários a membros esDecíficos do grupo durante â transcrição.

Ainda que muitos projetos se beneÍiciem com o compartjLhamento dosobjetivos de pesqujsa com o participante, há situacões em que não ajudarianadâ exp(icar isso em detathes para os participantes do grupo focat. UmexempLo é proporcionado pe{o trabalho de Gray e cotaboradores (1997),que buscava o estabetecimento do impacto de imagens de cigarros presen-tes em revÌstas nas percepcões dos jovens sobre os individuos e os estitosde vida representados. Àqui os pesquisadores tomaram cuidado para nãoreveLarem que o foco da pesquisa era o tabagismo. Isso é mais próximo denoções tradjcionais de contaminâção e se reta€iona apenas com âlgumassituações de pesquisa, como a descrita aquì, em que a intenção é jnvestigaras respostas automáticas.

& HletLtolors Dos MoDERADoREs

Âinda que muitos dos textos sobre pesquìsa de morl<eting apresentem omoderâdor do grupo focal como alguém que ap.esenta hâbi(idades excep-clonajs, é interessante ter em mente a principa( habihdade caracteristicadessâ ìndústria, que é o próprio morketing. Pesqujsadores de morketing sãoengaiados na venda de um produto (o grupo focal e o modeaador) para umctiente, então seria uma surpresa se etes não fossem bons vendedores e senão houvesse atgum grau de "entusiasmo" envolvido,

Outros autores (p. ex., Puchta e Pottet 2004), entretanto, enfatizaramâ transferência das habjtjdades já apresentadas em mujtos individuos, emparticutar aqueLes que possuem experiência em trabathar com grupos, presidir mesas, ou mesmo aqueles que são bons comunicadores em situaçõessociais. Apesarde que atguns indivíduos indubjtavêLmente são predìspostos aesse tipo de interacão, exjstem atgumas djcâs úteis que podem ser passadasa moderadores, que dependem da antecipação dê probtemas comuns e da

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112

Ainda que aLgumasvezes seja presumido que entrevÌstas indjvjduajs sejaÍnmâjs apropriadas que grupos focais para explorar tópicos delìcados, djscus-sões em grupo também têm suas vantagens, inctujndo que etas não forçamtodos os partjcipantes a responderem todas as questões e permitem a etesdecidir o que querem compartjthar e o que desejam manter prjvâdo. Com oencorajamento proporcionado peLos membros do grupo quê de fato fazemrevelações pessoais, entretânto, é possívetqueâtguns particjpantes acabemexptorando mais do que hâviâm pretendido djânte de tais trocas (Kitzingere Farquhar, 1999). Certamente é crucjal que âsseguremos uma concordâncja a respejto da confidenciaLidade no inicìo das dÌscussões de qrupo focaL.Também é importante ter em mente o potenciat para os partjcipantes seremcoagidosa fazer revelações dequese arrependam em retrospecto. Contudo,a(gumas vezes podemos) como pesquisâdores, ser um pouco "precjosistas"demãjs sobre isso e, taLvez, dado que tomamos todas as precâuções neces,sárias, devêssemos ser mais confiãntes quanto a permjtìr aos partjcjpantesdo grupo focâL "fazerem seus próprjos juLgamentos".

A rnaior parte dos manuais de grupos focais fornece orjentações sobrecomo Ìidarcom rnembros probÌemátjcos do grupoJ seja a pessoa dominante,seja oindividuo que retuta a contribuir para a discussão. Em vezdecolocaroi n divíduo conlo prob [emático, o methor con setho provavetmente sej a reftetì rsobre o processo do grupo e levar isso em considerãção na sua resposta. É

provávet, por exempto, que as pessoas que estiverâm sÌLencjosas até agorâestejam bem cientes de seus frâcassos em engajarse. Quanto mais tongoo tempo que passam sem dizer nada, mais provavelmente sentirão que suâprimejra mâniíestação deverá ser pertjnente ou revetadora. lJm convite doÍaciLitador Ínesmo que jsso meramente proporcione uma oportunjdade deecoar comentários j á feitos - pode sea uÍna Íonte de âtívio para o desconfor,távet mem bro do grupo que está qujeto. Éum pouco rôro que um particjpanteestej a si Ín u [taneamente i nexpressivo, tanto verba I q uanto nâo verbaL mente.O Íacititãdor pode proporcionar Llrna abertura ão, por exempto, ao repârarem comportamentos não verbais, como um sorriso, um aceno de cabeça ouum othar surpreso.

De forma sìmilar, Murphy e cotaboradores (1992) recomendam aos pesqujsadores que (idem com as ângústias dos partìcjpantes, escutândo as eredjrecionãndoo assunto parâ longe dessas angústjâs que forem jrretevantespara a pesqujsa. Enquanto esse é um bom conseLho, é importante reconhe-cer a propênsão dos qrupos Íocajs de eliciarem "histórjas de horror". lssose torna aparente quândo consideramos encontros sociais para,leLos. Porexempto, quem fará â fria dectaracão de que teve uma boa experiência nodêntjsta, quando outros estão dominando a atenção con macabras histórias de dentes extraidos ântes de a anestesia ter tÌdo efeito? Com certeza,

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Murphye colaboradores (1992) satientam a utilidade de itens que permjtemã cada respondente compârtj{har uma visão ou experiência nos estágìos injciaisde grupos focais. Ào propor questõesJ tarnbém pode ser útil apetâr à boavontade de outros grupos para discuti r tópjcos deljcados, usando umã âberturacomo a sugerida por Murphy e colaboradores, ,,no grupo da noite Dassada,aLgunspàr(icipantes sertiram oue... tMLrphyet at., 199?. p. j9l-

0s autores (1992) também defendem o uso de jtens colocâdos estrâtegjcâmente pâra adjcionar humor e vinhetas de caso para exp{orar visões ouexperiências, quando mujtasvariáveìs estãoenvolvidas. Ainda que asquestõesdevãm ser abertas, intervenções são importântes e são reatmente usadoscomo um tembrete para o pesquisãdor levantar quajsquer questões que nãosejam espontaneamente mencionadas. O uso de ìntervencões, entretanto, émais djfíciL do que se poderia imagjnar em principio e é uma habjLidade queé desenvolvjda com o ternpo. Uma dâs cojsas mãis dìficeìs para o pesquÍsaãornovato ou moderador de grupo focal é toterar o sì{êncio, e podehaverumâtentacão de se usar interuênções (fechando, então, a djscussão) enquanto osparticipântes estão, na verdade, aindâ pensando sobre sua qLlêstão e formulando a reposta (Barbour et at., 2000). Uma dâs funcões das jntervenções éobter esclarecjmentos, ao pedir aos partjcipantes para expandir ou exptjcârseus cornentários ou esciarecer o uso de um termo em partjcutar.

Conselhoscomo o decomecar com perguntas inoÍensivas e j r progredindopara as majs deticadas são úteis, mas os grupos variam na vetocidâde comquesesentem confortáveÌs para progredir, e alguns partjcjpantes podêm sermenos ìnibjdos do que outros. Os manuais de grupos focâjs algumas vezesenfatizarn exageradamente o grau de controleque um moderadortem sobrea sequência e o conteúdo do questjonãmento, já que outros membros dogrupo podem colocar questões aos outros íora da sequência e podem atéformular questões que são mais delìcadâs do que aquelas que o pesqujsadorhavia decidido usar.

Ìambém leva tempo e prática para se tornâr confortável com o uso deum guia de tópjcos semiestruturado. Mesmo em entreüstas indjviduãìs_ opesquisador deve estar preparado parà mudàr a sequenciã das pergLlnLas emresposta às questões tevantadas peto entrevjstâdo e precjsâ mantei-se atertãpara que ele possa captâr quaisquer comentárjos potencjatmente interessan-tes. Os moderadores de grupos focais também precjsam reagir rapidâmentee tembrãrem se de que o guja de tópicos (roteiro) é apenas um guia ftexiveL,não um protocoto detâlhadamente estruturado (Murphy et al., j9g2, p.3g).

Uma útjl expLicação da tógica por trás do conteúdo e da ordem das questões e exercicjos é fornecjda porGraye cotaboradores (.1997)em seu esiudodas respostâs de jovens â imagens de pessoas fumando em revjstas para jo

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1'16

escothêmos usar um recorte de jornâl bem recente, pâra nossos grupos fo-cais desenvotvjdos pârâ a exptoração dos desafios do trâbalho envotvendotanto problemas de saúde mentaL quanto questões de proteçáo à criança.O recorte retatava um incidente em que uÍna muther, sem um diagnósticopsiquiátrico deÍinitivo, havia recebido seu bebê de voLta para cujdado,ãpenas para atjrá-to de uma ponte dias mais tarde, Esse artjgo contjnuavaquestionando a fatta de um diaqnóstico, cjtando um psjqujatra que forneciaum diagnóstico de desordem de personalidade após o evento, e então espe-cutava sobre quem era o culpado por essa tragédia. Não é nenhuma surpresao fato de que jsso gerou um debate passionaL, com profissionais confessandoque esse era seu "pjor pesadelo" e questionando como é possivet se darconta ântes de o evento acontecer.

Para o estudo que buscava exptjcar o âparente núrnero de incidentesracistas não denuncjados, usamos materjaìs da cãÍnpânhâ nacionaÌ do go-

verno escocês, "lJma Escócia, muitas cutturã5", para estjmulâr a discussão arespejtode como definir racismo eo que constìtuia uma resposta apropriadaa diferentes situações. lsso também foj centrat, pojs os anúncìos estavamsendo exjbidos nã tetevisão durante o periodo do estudo.

DESENVOLVENDO MATERIAIS DE ESTíAIULOPARA FACILìTAR A TAREFA ANALiTICA

Como já foi destâcado, os dados gerados em un'ìa discussão de gruporeflêtirão a dinâmica deste, em vez de proporcionarem um registro fieldâs visões dos participantes indivjduaìs. Entretanto, em atguns projetos depesqujsâ é extremarnente útjI obter irsighis das diferenças entre perspectìvâs prìvadâs e públicâs. Esses insights podem aparecer espontaneamenteou o pesquisador pode construir esse potencial comparatÌvo ao combjnãrgrupos focais e entrevjstas jndjviduais (como fez MjchetL, '1999). Uma vìâatternatjva para exptorar essas questões envotve o uso judicioso de exercícìos escrjtos comptementares dentro de uma sessão de grupo focat, o quetâmbéÍn pode proporcionar acesso às vjsões e preocupações indivjduais,Além disso, tal abordagem tem o valor agregado de permjtir uma compa-ração íácit entre comentários prÌvados e o djscurso compartÌlhado em umaocasjão especiíjca.

Em nosso projeto de pesquisa sobre o gerenciâmento de enfermeirascomunitárias na atenção primária, estávamos especialmente interessadosem como os membros da equipe percebiaÍn os papéis e contrÌbuÌções !nsdos outros e suas vjsões sobre corno fâcjlìtar um efetivo trãbalho em equipe. Tomando emprestãda urna abordagem de que havia me impressjonadoem uma sessão de aprimoramento de pessoal que eu havja partjcipado nalJniversidade de Glasgow projetei um livreto para ser comptetado durante

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Ll, r

118 Rosaline Baóour

profissional e jncÌuiam diversas situações, como pacientes termjnais comAlD5, um homem isolado com úlcera na perna e probLemas de moradiâ que

recentemente sofreu uma perda, e umajovem mãecom depressão pós-partopotenciat. 0 conteúdo dependerá, é claro, dos interesses dâ pesquisa doprojeto em questão, Nesse caso, estávamos focando como o trabalho eradistrìbuído nas equipes e corno eles percebiam os papéis e as responsabi_

Lidãdes uns dos outros, de modo qLre erâ necessário ter exempLos que não

Íossemevidentes e que provavetmente provocâssem atgum debate. Vìnhetassáo uma ferramentâ bem estabetecida na pesquìsâ de levantamento (Fjnch,1 984), mas poden fLrncionar particutarmente bem em u m ambiente de gru po

focâ1, o que tem o vator adicional de eticiar comentários sobre os aspectosespecjficos de cenárjos simi[âres, mas diferentes, que darjam uma majorpreocupação ou favoreceriam outra resposta.

Gray e colaboradores (1997) tomaram a abordagem originat de uti(izarjmagens digitaLmente atteradas para permitir a avatiacão do impacto de

fotos tanto com qrJânto sem a presença de Llm cigãrro. lsso também envolveu separar os pârticjpãntes do grupo focat em pequenos grupos destacadospâra êxecutarem os exercicios retacÌonados, de forrna que exigiu bastanteplanejamento antecjpado para garantir que adjscussão permanecesse separâda. Mais comumente, entretanto, essa "contamjnação" não é uma grandepreocupação em retação aos exercicios que, provavelmente, serão usados

em estudos com qrupos focajs.

À seteção ou desenvolvìmento de Ínaterìaìs de estjmuto não é uma ciên'cia exata nem a seteção de materjais requer um níveL de hâbi(idade forado comum. Contudo, fazer uÍn estudo pitoto - e, ocasiona(mente, buscara orientação de um especiaLjsta, como no caso acima é essenciaL para

se estar confiante de que o materiaL provavelmente provocará discussõesacerca dos tópìcos retevantes à pesquisa, em vez de resultar em discussõesdesvincu(adas à questão de pesqujsa.

DESENVOLVTMENTO DE UM INVENTÁRIO E

UAì ESTUDO-PILOTO DE MATERIAIS DE ESTÍMULO

Materiais de estímuLo nem sempre têm o efeito desejado. Nunca pode_

mos ter certeza dos sjgnìficâdos subjacentes que os materìajs podem terpara os partjcipantês. 0s pesquisadores devem monitorar cuidadosamenteo impacto dos materiais dê estímulo e dos exercicios e devem se prepararpara Ínodificá-Los ou retjrá Los, se eles demonstrarem ter consequênciasjndesejadas. Burman e cotaboradores (2001), por exempto, reLatam queabandonaram o uso de vinhetas e atividades de interpretacão de persona-gens em seu estudo com menìnas adolescentes e violência depois de issoter levado, em uma situaÇáo, a uma briga de socos que cutmjnou em uma

's31^\og rêìred sìlru€) uoreLEser ês sspErll êdrruLd o ês Pìnrèdsê êp èpPp'unlrdo P ênb op sêlupssêialu'sor.Ìêur rês ruPFraPd so!3llPuorrPìâr sasê 'ole] è0 oqlu ê

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Èrtrãlrro, ênb o'..rEd 'otlnur oÌu$ nê,, :op!êzrp operl) rol êìl ìoorl9 ã sPEorp EPrpsnqe èp ôlJrpuo) eu oÌsod€ oprs opuêltur€H sdlruld oe Plrãt3r ês ênb '(tPd-ould €!êlpLx :Z0OZ êp o.1rêupt êp tt prp lerLêi epunãès èp 1!oW ,\ìtW qsap)SjopLun ou'q op êprolqPt urn êp ìPuror êp 3!orêr urn rBzÌìan

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'(2 9 orpenÒ ra^) sope[êsêpL]! sopElìnsêrrêì p olpprpup) ê oìnullsê êp ìe!rèleur Lun ênb ruê6ns êpod oloìLd opnìsêu.rn 'orLlgLuprp oel 9 opu oqrêlsêp o opupnb oLusêW opul]ê] ês gu!uê!11

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120

QUÀDRO 6.3 VINHETA CLiNICÀ HIPOTíICA

Apâcìente tem 78 anos de idade. ELã mora sozinha em umâ cãsa de repouso_ Atéa aposentadorjã eta trabãlhou como secretária do dÍeror de urnâ escota privada.ELã tem uma iilhâ dedjcãda que a vÈita duâsvezes por dia e outra íithã..tádosul,,que a visita de vez em quando.

Apacientevivecom demência. Ela pode Íâlare se aLimentãre precúa de atgLrmaajudã aosevestir. Ocasionatmente vagueiã durante anojte. Suasaúdeíisica é boa,de modo que não está atualnente sendo iratada por qlatquer condição médìca,lendo Íe to e,aÌe( e^.F \o. ,o ho\p,rêl Jr cno à!rès,

Ela reconhece sua fìtha e fìca íetizao vê1a, maso repertório de suô conveBa éLimiiado ã fitha praticamentefaz lodaaconveBa durantearvisitâs. Etaejncapazde ter algo que ate três anos atrás etã fãziã aúdamentê. Eta não ê demandante,é poputâr com os proíjssjonaÈ e náo parecê ser peÍturbada.

ELa íez um testàÍ.ento em vida aos 70 anos de idade, enquãnio ainda dúplnhãde una boa saúde menlal e fisicâ- Ete íoi íornêcjdo à instituição qLrãndo eLa che-

Uma noite, âpós um paseìo, eta volta conì febre ãlia. O médico óchamâdo e umexãme indica que ela tem pneumonia. Em trãtamentocom anlibióiìco, eLa pode sêrecuperar plenamente; sem ete, há uma chance sìgnificativà de mo.re.

de grupos focaìs gerou discussões espjrjtuosâs e desvetou urna amp[â vârie-dade de respostas potencjais, incluindo alguns exemptos decomportamentonos extremos do espectro entre âqujescer a todas as demândãs do pacìente(em umâ extremidade) e desafiãr todas as requjsiçôes dos pacìentes (naoutra extremjdade), Em vez de norteâr a djscussão nesses grLlpos de pares,tais cooentárjos acabaram servìndo como materiais de estjmuÌo, dando aospartjcìpantes permjssão ã ãdmitjrem ou ao menos consideTaTerÌ essasrespostas e locatizar suas próprìâs posições eÍn reíerência a esse cortinuum(ver Quadro ó.4).

Outras informações das investjgações feitas nessas djscussões de grupofocal (junto com uma Lista compteta das categorjas codìíjcadas desenvo[-vidas) podem ser encontTadas .a website do Britìsh Medical Journal, qneperÍnite o depósjto de materiajs supLementares, lsso pode ser acessado ete-tronìcamente por um lirk, a partir do artigo originat (Hussey et at., 2004).

O potenciaÌ das sessoes de exposição para gerar mais dados é muitas vezesdesprezado. Contudo, apresentar ãchados preliminãres pode proporcjonaruma oportunidâde de envotver os partjcipantes da pesquisa em um traba-tho colaborãtjvo para compÌementar expticações, Essâ é uma abordagemmujto mãis útjl do que simptesmente ver tajs exercícìos como provendouma corroborãcão dos achados por mejo da "validacão pe(o respondente,'

'sêoJelt]Dêdsê se uol sleutêpê8uol E^ opLr sEU .sêluptjodurL ops êp€p!ìenb poq êp sotuêuedÌnbl .

:ên6ês ês oLuor eplünsè.r rèsêpod lnbp ppLrêur o,r ogJplLrê lro V ês!ìpup p prpd sp^lì€l!duol sêp€p!ì!q!ssodrêrêurojê sopuênbêr sopEp so rerê5 êp êpepDEdPf Pns'êlLrêLLrìPluêLUPpun]'ê sêìupdDllrpd sou oìledLuL ou oluenb çElLlê sêolsênb êp sollljêl urê oluEl'sêosDêp sens êp sêo5ef!ìdrxL sp ogóuêlp ellnLLr urof rprêpLsuof ê (opnl

uor rê^pqr V slpro] sodnr6 êp o,p5nrêxê pu ê oluêüEfêLlpld ou spp!^lo^uê

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sãs3u 8! sun i€PÈtèlueusèp !o] soD'têuêg êp P'ruê6v Pp ãpne4 € ênb slodãc :€rl'9rsè

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122

Gâranta que você está confianÌe no uso de seu equipamento e reseívebaslanle Lempo pard orgdnizèr a sarâ que voLè vdi usar,Ìome nota da sequência da conversa e do conteúdo da discussão eregistre suas refLexões imedìatas em seu diário de campo.Providencie um moderador assistente, se possivet.Preenchaas [acunasnatranscriçãoanotandocomunicaçõesnãoverbaisenquânto estiver escutando a gravação orjginal.Fâça um pjtoto dos guias de tópicos e dos materiais de estimulo.Pratique o uso de intervênções e aprenda a tolerar sitêncios.Pense se você pode cotetar informações dos particìpantes de umãforma superficial ou por meio de um questjonárìo c{rrto.Lembre-se de que os grupos Íocaìs podem gerar materìaìs de estimulopara uso em sessões posterìorês eque âs sessões de exposìçâo tambémpodem ser usadas para gerar mais dados.

M lerruus coMPLEMENTAREs

Tais questões práticas são discutìdas mais detathadamente nos seguintestrâbalhos:

Flick, U. (2007a) DesigningquaLitative Resedrch \BôÒk1óí The sAcE quolitative Reeorch Kit),London: sage. Publicado pelãÀ.tmed Editora sob o tjtLto Desenha da pesquiso q@litativo,

Hussey, S-, Hoddinott, P, Dowett, J., Wihon, P and Barbour, R.5, {2004) 'The sickness certificauon system in the UK: a qlatitaijve study oí the views oí generat píàctitioners in scôtlând',British liedicol Journol, 32a. aa 92.

Mlrphy, 8., cockburn, J. and Murphy, M. (1992) 'FôcLs grôLps in heatth research, HeúlthPranotìon Journal of Àústtolio,2t 37 44.

Puchtâ, C. ând Pottêr, J. (20A4) Facus Grcup Proctice. Londan: SaCe.

Rãplëy,1. (2007) Doing Conversorion, Discaurse ond Dacument Anolysis (Book 7 of fhe SAGE

Quolitottve Reseúr./r ](it). London: sage.

Thompson, Ì, Barbour, R.5. ard Schwartz, L. (2003a) 'Ádvance dnectjves in Íìtìcal care decjsion makinq: a vjqnette study" Britith hledi.dL Jôútnol,327: 1o11 15.

ered sep!trêuroJ o9s sêqtsê8ns seurnãìe ê !o^!teÊêu opuEnb o^!ÌLsod olrpdruLLUn rêl otuel uêpod Ìe)ol odnr8 êp sêgssnrslp LUê oB5pdlrl]lpd V'êpppLrord-Lrer op sorrlla] urê Pslnbsêd op adlnbê Pp sepepLtlqPsuodsêr sP ê Pslnbsêdessou êp rPdLrllrPd uê LrjêpJoruor sPossêd se sLPnb sPlêd seQzPr sP PULurPxê

êll slerol sodnj8 opuesn eslnbsêd eun êp oe5npuor ãp ossêrord o opolêluernp L!ê8rns anb ser!19 sêgÌsènb se êpuedxê e ellsL olnlrdpf êÌs:l

O TNEIAIIJ.EI{Oì{dIAIO fS VfIJE

124 Rosatine Barbour

minimìzar as potenciais consequências negâtivas. À dificutdade, contudo,de se predizer o que pode ocasionar perturbações é reconhecida, uma vezque as respostas às discussões são inevjtâvetmente dependentes do contextoespecífico e das circunstâncÌas dos individuos particjpantes. A importâncjade se proporcionar u m tem po pâ ra esctarecimentos Íi nai s é enfatizad a, assimcomo a necessÌdade de se ter jníormações reLevantes ou números para con-tato à mão, para que os pesqujsadores não simptesmente "agarrem os dadose saiâm correndo", Os esctarecimentos fjnaìs taÍnbém podem ser vatiosospara o pesquisador, particutarmente se o tópico é emotivo. Os financiado-res e supervisores também têm obrjgações éticas a respeÌto dâ gârantia dobem-estar fisico e psicológico da equipe de pesquisa e dos estudantes. Aseção final deste capítulo examjna as questões Ìevantadas nâ condução degrupos focais com grupos vutneráveis, como crjanças, idosos, deficientes eaqueLes com probtemas de saúde menta[, beÍn como os desafios de estudostranscutturais com grupos focais,

$: o t,uplcro DA pARTtctpAçÃo No cRupo FocalPouco se sabe sobre as razóes peias quajs as pessoas concordaÍn em par-

ticipar de uma discussão de grupo focai, mas várjos pesquisadores percebe-ram que as discussões eÍn tais grupos focais podem ser catártìcas. Jones eNeit-Urban (2003), porexemplo, retatam o impacto de uma sessão de grupofocaI nos pajs de criãncas com câncer, que excedeu em mujto os beneficjosantecipados. Tomar parte em grupos focais também pode sêr benéfjco paraparticr'pantes que não têm taìs expectatjvas dejnicÌo. Burman e coIaborado-res (2001, p. 449), que realizaram um estL]do das vjsoes e experiências demenjnas adolescentes 5obre violêncjâ, comentaram que: "mujtas menjnassustentârâm que fazer parte da pesquisa permitiu a etas refletir sobre suâsexperiências e obter urn major entendimento sobre o papeL e o jÍnpâcto daviotênciâ êm suas vidas".

Particutarmente, quando estaÍnos envoLvjdos em convocaa grupos focaispara discutÌr tópicos deiicâdos mas não só nesses casos a discussão podeatjngir áreas que são mais djfíceis para atguns particjpantes do que parãoutros, Todavia, vale a pena ter em Ínente que os participantes dos gruposÍocais podem ser bastante habilidosos eÍn termos de proversuporte uns paraos outros e podem, às vezes, fornecer uÍn apojo que serja difícit de proporcjonar no decurso de umã entrevistâ jndividual. lsso é o que está ocorrendonos seguintes trechos de um grupo focat de gênero mjsto sobre a presençâdos pais em partos, em que dois dos homens presentes questionârâm âsabedoria convencionaI de que o nascjmento é uma experiência emocionaLesmagadora para novos pais (ver Quadro 7.'l).

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Golsrú so]êu9; ìErot odnrE lu'rtlo ün oliêrxl)'L1rârPlorq êlìra!usêlduL5 ênb op sêluârêtrp sPOrol âp srP'.êdsa sÌeu

olÌnur oPrs urgl o!1uê apsêP !!rPrã29 sÈauEur se ènb sÈçtôr sÈÌno rêqPs 13 :ìrPf(Epesu)

'erP ui s!!u {ePesl) s€uède ìo} úru erEd iè!Ès 9ro^ uè,]

I lusq : I' l€slor êpu€rE €un êruêüì€êr ê opri 'êqps tro^ 'ê !l sã1uèràlp sLeirdsoq uê opìs opr.rêì orÌrsèr! loluosrpur êlupÌseq urpro, stop so ê ,.[ "]ênb olluêrot lurs rEsso! PqlLW,j ,êzlp ossod ogu nê êqPs ?ro^ êl!êlu-Ptnrorsd 1ol olN'olrpd urn sr€u splrad€ noãred 'l iolpd spoqìeqp4 oêlu€jnp noopuê.seu 3lu3r1l

teèr E^Etsê èqêq o opuPnò lopuátrsÈ! õlLèuenuêF e Ètsêèqêq o ôlupnb!!:ÌrÈfterodg eu n']uês ès ero^ ouor êp rerquèì ès ènEôsuor ?ro^ :pow

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selno €r€d lê^bur Prruèuèdxê eun rès ê^èp ènb o [ ]orren op pouprLl'ra6 pen!!L!Lp ossr za^ìPì r!êq sau'êqEs sou ê soluêu'rs€u sotu€t souh s9u I :)eÈs1

soplrsêr] soqtu z ulotr €r]êurêlul êu€foqlu l Llotr 9l urPd

soqÌ!] z eor 9t ìr€foqt$ ! uor 9l rePsl

soqìl] z uror PtìturP] ap orLpêu]/urêúoH (51) lüè6 orruLìl ropprèpcví

l-LdodnsìvNoÌlàodoèd wYd wnÈol wn owol tYf,ol odnÈ9 wn t z oucvnÒ

çZl I srErol sodnrs

Rosatine Bãrbour

Pam: l eu mãÍjdo diz ql]e eLe tem esse[...] esse ripo de imâgem grudado em suamernória, reâlmênte, do pado. Você sãbe, no momento em que o bebê está nascêndo e also que simplesmente sempre estará alj. ELr achol...l eu apenas náo seìse isso é a mesma côisã que[-..] que o que vocô diz- O tìpo de essâ ìmagem doseu fitho, que está reatmente vindo ão mundo âlgo que você nuncâ esquecerá.Aquele íoj esse momento.

lsaâc: Sjn. Tendo dito que eu posso mê idenrìíicar conì o que Jack djsse sobre ser!m tãnto jndistjnto el...l (risada). Não e qüe renha sido diferente de quãtquer

Jackr lsso faz .om que eu me sjnta melhor. Eu devo dizer, nunca tendo fejto úmtrabaiho obstelri€io, iãmbém, então você não sabe, vocâ não vj! muitos... talvezalguns... Alguns, mas é isso.

(ExceÍto Doìs Oíicjna grupo focat gêneros misiosÌ.

126

Além de proporcionarem suporte uns para os outros em sllas confjssõesde terem tjdo experiêncjas que não foram exatamente a euforja do envol-vìmento dos pajs muitas vezes representada, Jack e lsaac também estãocoÍnparando suas experiências e reftetindo sobre o ìmpacto de seus niveisanterjores de envolvimento proÍjssjonat: ou sejâ) eles estão, na práticâ,compartjthando a tarefã do moderador de comecar a anatisar os dados,mesmo enquanto estão sendo gerados. As discussões de grupo focãl podeÍntambém provocar comentárjos da parte de atguns partjcipantes que podernincoÍnodar outros (p. ex., comentárjos racistas ou sexistas) (Kevern e Webb,2001, p. 331). Contudo, uma característica comLrm das dtscussões de grupofocat é o grau em que os partjcipantes ativâmente oferecem suporte unsaos outros, encorajando-os a falar (Duggleby, 2005) e endossando suas ex,pêriências, e geralÍnente suas vjsões específjcas.

O ìmpacto potenciatmente danoso também pode seratenuado ao se fazerconsjderâcões cujdadosas durânte a convocacão dos grupos e buscar separar ãqueles cujos comentárjos provavetmente serão oÍensivos a outros. porexemp[o, em um estudo das experjêncjas de profissionajs sobre testâÍnentosem vjda, optamos por reaii?ar entrevistas indjvìduajs com as pessoas quese sabia que apresentavam posìcionamentos partjcuLarmente fortes e cujaspresencas poderiam ter jnibìdo até mesmo ofendjdo outros com visõesmenos elaboradas, Entretãnto, nem sempre é possívet antecipar todas es-sâs ocorrêncjas, devido à natureza ftuìda das discussões de grupo focai eao fato de que o pesqLrisador nunca dispõe antecipadãrnente de todas asinformações sobre os pârticjpantes que podem ser relevântes ou podeminflLrencjar comentários (Krueger, 1994). Snìjth (1995) ressalta a importân-

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LZLsLe)ol sodnrD

128 Rosatine Bàrbour

tat, podem ser particularmente suieitos a sêrem cotocados em situaçõespotencialmente perigosas (Green êt at., í993). Uma vez que o trabalhocom grupos focais frequentemente incLui pessoas "pouco acessivejs" oumarginaljzadâs, eLe pode exigjrque os pesquisadores destoquem-se poráreascaracterizadas por âLtos índices dê criminaLidade e viotência.

R cor.rsroemçÕEs EspEcrArs E DEsaFros

GRUPos vULNEúvEts

Grupos focais com frequêncja têm sido usados para acessar popuLaçõesde difíciL contato, como jovens urbanos em Boston (RosenfeLd et at., 199ó),âmericanos de ascendência mexicana que são membros de gângues (Valdêze Kaplan, 1999), grupos de minorias étnicas (Hennings et at., 1996; Farooquiet at., 2000) ou pessoâs que estão íora de contato com os servìços (Crossrowet at., 2001). Para outros grupos, como os jdosos ou as crìanças, os gruposÍocais gerâLmente são favorecidos em re(ação a entrevjstas individuais, quetêndem âserconsideradas jnaproprìadas demais ou muitoinvasivas ou amea'çadoras. lsso tevanta a questão sobre se consìderações especiais deveriamser dadas ao se usar grupos focais nessas sjtuações ou mesmo se técnicasespecificas deverìam ser desenvotvidas para esses casos.

Grupos íocais são geratmente considerados mais apropriados que entre-vistas indivjduais para crianças pequênas (l authner, 1997, p. 2l). O gêneroprovavetmente desempenha um papel importante na determinação das vo-zes domjnantês nos grupos Íocais com crianças, de modo que, a maior partedos pesquisadores defende a reaLização de grupos de um único sexo paraêvitar a tendência de os meninos "fatarem mais, mais atto e determinaremo assunto das conversas [e] se imporem às meninas" (Mâuthner, 1997, p.23) em grupos de gênero misto. Da mesma forma, grupos focais com irmãostâmbém reprêsêntam um desafio em termos das criancas mais velhas ten-dendo a dominar a discussão (Mauthnef 1997).

A maior parte dos pesquisadores que trabathâm com crianças se baseiaem uma combinação de atividades envotvendo desenho, escrjta, leiturae ctassificação (Mauthner, 1997). Tanto Mauthner (Í997) quanto Morgan ecotaboradores (2002) recomendam o uso de exercícios com papel e caneta,e Morgan e cotãboràdorês relèLâm que. em uma ocasiáo. uma cnanca quehavia previamente estado muito quieta contribuiu mais para a discussãoapósengajarse nessa atividade. /úorgan e cotaboradores (2002) também foramentusiastas sobreo potenciat para a geração de dados com inÌerpretação depersonagens e acharam útì[ permitir às crianças que manuseìem bTinquedosdurante a discussão. ELes retatam terem usado um brinquedo macio como

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6ZtsLEro, sodnrg

í30

tâdos em seu contexto apropriado. euestões sjmilaresforam tevantâdas porpesquisas que envo(veram conduzir grupos focaìs com muLheres com sérjose duradouros probtemas de saúde mentat (Owen, 200í).

Owen (2001) relâtâ que havia escothjdo grupos íocais por seus potencìaisde serem respeitosos e não condescendentes (como sugerido por Morgane Krueger, 1993). No evento, e[â descobriu que as mulheres partjcipantesnão se engajaram em interações umas com as outras em qualquer grau sig-nificâtjvo, em gerat respondendo diretamente âo moderador, o que sugereque o tempo e o esíorço extrã envoLvidos no estabetecimento de sessõesde grupo focai podem não resultar em vantagens signjficâtjvas. Em nossopróprjo estudo sobre saúde mental e proteção de crianças, optamos porutilizar entrevìstas individuais com as mãescom probtemasde saúde mentaLseveros, já que isso também ofereceu a oportunjdade de acompanhar seusprogressos nosìstema seis meses mais tarde. Fomos cuidâdosos, entretânto,em empregar uma entrevjstadora com experiêncja como enfermejrâ psi-quiátrica. Em contraste com muitos pesquisadores com experjência ctinicaque presumem que suas habitidades estão dadas, owen não desconsjderauma especiatidade tão valÌosa, que é eminentemente transferívet à tarefãde gerar dados do grupo focal. Áinda que Owen (2001) reconheca que, àsvezes, a distjnção entre a pesquisâ com grupo focaL e uma sessão de terâpiase tornaram um tanto indistinta, eLa Íoi capâz de tidar com esse dilemâ aocontar com o apoìo de membros da equipe que havjam estâdo presentesnas sessões de grupo íocal e que trabaLharam com os indivíduos a respeitodas questões levantadas durante âs semanas qúe se seguiram às discussõesdo grupo focat.

PESQUISAS TRANSCULTURÁIS

Yettand e GiÍford (1995) defendem que os grupos focais podem ser ina-proprjados para pesqujsas transculturajs, uma vez que foram desenvolvidosespecifica mente para popu [ações angLo-céltjcas. Contudo, e(es constataramque, com â devÌda âtenção ao contexto, grupos focais de fato proporcionavam um íórum no qual etes eram capazes de djscutir aprofundadamenteas crenças sobre morte súbita jnfântit com muLheres provenÌentes de umagrande variedade de contextos cutturais que estavam vjvendo na Austrá-lia. Para tat pesquisa ter sucesso, é cruciat que os pesquìsadores tenhamum conhecimento detaltÌado do meio cuttural em que desejâm trabathar.StrjckLand (í999) retata o importante papel desempenhado por equipes deplanejamento tribai cuja ajuda foi empregada para um estudo sobre asconceituatizações de dor entre os soli.'h costeiros {indios-âmericanos dointeriordocontinentenoestadodeWashjngton). Entreas mujtasorientacõesúteìs fornecidas estava uma atertando a equjpe de pesquìsa para o costúme

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132

inslghts que poderjam de outra forma terem sido ignorados e satientou aextensão na quaL os Ìntérp.etes estavam mudando o signìfjcado das questõese, portanto, afetando o conteúdo dos dados gerados. Etes concLuíram que éessencial proporcìonar aLgum trejnâmento em moderacão de grupos focaisaos intérpretes; não é suficiente esperar que etes sjmplesmente traduzamde forma simultâneâ e torcer para que os objetivos da pesqujsa sejam, dealguma torma, màgi(dmenLe. preservados.

A tradução seja de guias de tópicos (roteiros) ou de discussões de grupofocal gravadas é um processo attamente comptexo, que, atém dos óbviosrequisitos, de ftuêncja em outra língua, exige que sejam consjderados os aspectos contextuâis (Esposito, 2001). lsso é pârtjcutarmente im portante quan -

do não há paLavras equivalentes no inglês para conceitos usados durante asdiscussões de grupo focat. Em relação a algumas linguâs, como o cantonês(Twjnn, 1998), uma tradução titeraL resuttaria em um ingtês fora da gramá-tica, já que as estruturâs de tjnguagem são muito dìferentes. Levando essasdificutdades em consideração, Esposito (2001, p. 572) recomenda encorajaros tradutores a usar uma "interpretação baseada no significado, em vez depatavra por pâ[avra". lsso tem impticacões ctaras para a extensão na quat âsabordagens fenomenológicas podem ser apticadas para a anátise dos dados,uma vez que nuanças têm tantas chances de serem o resuttado do procêssode traducão quânto um reflexo dãs construções e sjgnificados orìgìnaÌs dosparticipantes. No processo iteratjvo, que carâcteriza a pesquisâ quatjtâtiva,a geração de dados e o começo da anátise ocorrem simultaneâmente. 0sguias de tópicos (rotejros) são "Ítuidos, adaptáveis e mudam de curso quando apropriado" (Esposito, 200í, p. 573). EsposjÌo segue detineando âs duasprincipais opções de gerâcão de dados em tinguas nas quais os pesquisadoresnão são fluentes, a primeirâ envoLvendo o pesquisador monolíngue confiândoem facilitadores bilíngues treinados para reatizâr os grupos focâis, e a outraopção sendo acrescentâr um ìntérprete profissìonaL em tempo reat ao proces-so, o que permite âo pesquisador participar do processo de coteta de dadosenquanto este ocorre. lsso facitÌta a análjse simuLtânea, o rediÍecjonamentodas questôes e a validação por meio dos comentários dos particjpantes.

Umâna-Iaytor e Bámaca (2004) descrevem em detathes â abordagem quêusaram para garantì r quê os tradutores de seus grupos focais em espanhol per-nìanecessem tão fìéis quanto possivel ao conteúdo e ao signiíjcado originais.Etes se esforçaram para recrutar aLguns pesquisadores que fossem bitinguesem ingtês e nos várjos diatetos fatados pelas mulheres tatinas em seu estudo.Cada grupo focat era transcrito eentão traduzido por um pesquisãdor. Dêpojs,um segundo pesquisadorouüâ a fita e verificava a tradução. Sempre quê pos-síveL, etes se certifjcavam de que o pesquisador famjtjarizado com o diatetoem questão estava envotvido em âlgurn ponto nesse processo.

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134 Rosatine Barbour

querem uma compreensão sofisticada das diferenças intra e entregrupos, uma noção de que a linguagem, a cultura e a religião não sãosinônimos, e uma apreciaçãoda interpretação e da traducão como umprocesso que está longe de ser objetivo.

!í lerrums co,uPLEMENTÂRES

As questões éticas a respeito do uso de grupos focais são discutjdas deforma mais detalhada por estes autores:

l,{authner, M. {1997} l,{ethodotogicat aspects oÍ coltecting data from children: lessns fromthree reFãrch prcjects', c/Ìildrq and Society,llt 16-28.

owen, s. (2001) 'Ìhe prãcticat, mêthodologìcat and êthicãldìlêmmas of conductjng focLrsgroups with vutneÍabte ctiên\s' , Journot of Àdvon ed Núrstng, 3ó(5): ó52 58.

Seyrnour, J., Bêttamy, G., Goti, M.,Àhmedzaì, S.H. and Ctark, D. (2002)'Using focus groups toexptore otder peopte's attitudes to end of tjfê care', dgeing ond society,22(41: 517 26.

Umana'taytor,A.J. and Bámaca, À{.Y (2004)'Conducting íocus groups Mth Lãtino populãtìonr:te$ons fíom thê fiêtd', Fomtly Relatìons, 5Jlllt 261 72.

-uê rPssâldxê ê opeu.tlue êleqêp un uê ès-rpfp8uè 'sèosh sens leìnuuoJêlLxêpod seossêd se ourof opulnìruL 'lero, odnr8 àp sêossnlslp se êluplnpepeLr!ìâ oeJelêlu! êp od!] op prlsourp pun puoLlDdold êìl _êluêLüerlloêl

Ìâ^lsuês ê epgêìJêJ sleroJ sodru8 ep oeSprêpoLu purn âp oLêL! Jod 'iso^lleÌ!ì-pnb sopep rerê6 êp êpep!ìlqpq eu tq6lsu! un puoDrodord olntLdEl êtsl

SOCIVCI ECIov5íÌcroud

136

tendimentos cutturajs compartithados. Torna exptícìto âtgumas dâs habilidâdes envolvìdas e enfatjza a importância de se antecjpar a anáLjse, mesmoenquanto os dâdos estão sendogerados, a partir da exptorâção de djferen çasentreas perspectÌvas dos pârtjcipantes, requisitando esclarecimen tos a etese cothendo seus insights.

S rNvrsrrcnçÃo DE como as PEssoasFORAAAM SUAS VISOES

Grupos focâis, corÍìo argumentou David Morgan (1988), sáo excetentesparâ descobrir por que as pessoas pensarn como pensam, e é certamentepossívet destrinchar o processo de formação de percepções durante as in-terações do grupo focat.

Oexempto a seguiré retirado de uma transcrição de um grupo focal geradaâ partirde uma oficjna de grupo íocaL que exptorou, como "tópico virtuat", aspercepções dâs pessoas sobre a presença dos pais no parto dos fithos. Esse

tópico foì escoLhjdo, porque, de forma consistente, resulta em discussõesjntensas e é pârticuLarmente útjt para fazeros proÍissionais de saúde remove-rem suas "armaduras profissionais". Como tat, évaljoso ao proporcionar aospartjcipântes insighfs da natureza bastante pessoal das djscussões de grupofocaL e oferece â etes umã oportunidade de "probtematizar" um aspectode suas vjdâs ao quâ[ eles podem não ter anteriormente dedicado muitaâtenção críticâ. Âquj, uma das particjpantes, Carolyn, ri enquanto recontacomo eÌâ, nâ verdâde, deu â seu parceiro poucas opções a respeito de estarpresente nã horã do parto. Essâ reflexão teva outra participante do grupo,Gai[, a reconsiderar seu próprio comportamento (ver Quadro 8.1).

Curiosamente, Martìn, um pesquìsâdor sem fiLhos, não tem uma parceiraque está grávìda, como poderja sugerir seu úttimo coÍnentário. O que issomostraé o ca ráter imedjato das discussões de grupo focal e seu potenciat paraencorajar os pârtìcjpantes a se engajarem em projeções, de Ínodo sjÍnitar aoque ocorredurantea interpretação de personagens, mas de uma forma muitomenos etaborada e artifÌcjat. Observe, também, a ênfãse que CaroLyn põe napatavra "estarja" e sua risada após essa afirÍnacão, o que íoj captado petomoderado! que pergunta: "Não foi uma opçáo?". lsso ressaLta a jmportânciade se prestar muita atenção ao tom e à ênfase nâ fâla orjgjnal e demonstraquanto pode ser perdido ao nos basearmosâpenas natrânscrição escrita, comoalgumas vezes acontecequando o assjm châmado "investigador principal" ouaquele que administra o fi nanciamento tem a responsabitidade de analjsar osdadosgerados poroutra pessoã. (Vejâ a discLrssão sobre anotações no Capjtuloó e sobre aproveitar a informação que pode ser fornecjda peto moderadordurante o processo de anátise, discutido no Câpítuto 10.)

Goisrur sorèuaE letror odnrE luLruo)'oruê^ã o êluanp êÌ!êsêrd eÍêt€ nê ênb

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138 Rosatine Barbour

f.:í rstílauro ao orearrFrey e Fontana (1993, p. 82) apontam que o que etes .efereÍn como sendo

"a entrevista de gru po " proporciona " u Ín a situação especiatmente produtivapara revelar vãrjações nâs perspectjvas e atitudes e um meio pronto, porsutÌtmente colocâr um Irespondente] contra o outro, pãra distinguìr entreperspectivâs compartjLhadas e varjantes". No estudo sobre as denúncias deincidentes racjstas na área de Strathclyde, usamos materiais de uma cam-panha pubLicitária nacionat, "Uma Escócja, Muitas Cutturas", desenvolvjdapeto governo escocês e projetada para aumentar â conscientjzação do racjsmo na Escócia, Essa sérje de filmes curtos foi transmitida regutarmentedurante o período em que reatizamos a pesqujsa e inctuía uma série devinhetas indo desde os encontros cotidìânos até instân€ias mais sérias deracismo. Entretanto, eu havìa notado quevárìos desses cu rtos fi Imes e Ijciamváriâs respostâs de meu próprio cjrculo de amjgos, com algumas pessoas

comentando que eles não considerãvam que certos cenários constituíamracjsmo, enquanto outros mantjnham que sim. Portanto, nós antecipamosque esse matefialseria produtivo no que diz respeito a locatizaros aspectosdiíerenciais das perspectivas e encorajaria debate. De forma inevjtável, aÌ-guns grupos são mais anjmados do que outros e, ocasionalmente, discussõesdìnâmìcâs, com pârtjcjpântes cornparando e justificando suas perspectivas,tornãndoas questões reÌevantes para suas próprias vidase situações, podeÍnprogredir para longâs falâs, que não requerem quatquer intervenção domoderador (ver Quadro 8.2).

Discussões dinâmicas nas transcrÌcões de grupos Íocais são geratmentecaracterizadas peta ausência da voz do moderadot Saber quando não inter-vjr é, em si mesmoJ umã habitidade e unìa habjhdade adquirida a durãspenas. Uma dãs cojsas mais diíjceis para o moderador jnicjante tâlvez sejarecLinâr-se sobre ã cadeira e se jnibir de Íazer perguntas ou comentárjos,dado que a discussão permaneça nos trithos. Na prática, podê ser difícitdecidirquando a dÌscussão sâi do ruÍno, já que os partìcipântes podem estardesenvolvendo uma djscussão que acaba sendo muito pertinente, ajnda queisso possa não estar cLaro toqo de inicÌo.

S,í lcesso l plmDrcmAs cuLTUMrsOs grupos focais permitem âos participantes debaterem questões dentro

do contexto de seus próprjos contextos cutturais, como observado por CaLta-ghan (2005). No decurso dos grupos focais, os participantes podem retatarhìstórjas para confirmar suâs experiências em comum e suas identidadescoLetivas (Muday, 2006), o que também pode ser o que tende â ocasionarconsensos nas discussões de grupo íocal. A capacidade dos grupos focais

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'ollnberi o^rs!êro pp€u LÀ olu nè seü (uìulép s94p sprpìEu spossêd seünÊìePr^€q: iignb 0,, èssrpnê è,,ìqqsss, uerè$rp GoSrura) so4no so ê ,(eser !!è rênãêqtrnã anb uê èlLou eu

^)ulqr un p.rpd opur È^p1sê n3,! ,è$1p nê ê GoErup snâlu s;o

s .ÉtPuoìroDúo o' e\pÌs t €ueuècrpró. o-oors€)oed è^-l o ! _rJnl :rre rS-i,qrdjj êp Efpupqr ã €osèd plun êt€ l oê puesüêd erunu nê

!êzLPorênb 'Ìês oeu nê ièrupssêrã1uL 9 . rèzrp orênb ,!le oÈtsê êl!êuìear sêiè

opL'Pnb osr z'p zê^ EunSìp u?n6tE èluêuìirurp !èzÌp oranb nè ,seu .oLusDer è ênbo I oss! oer!ã i,oprplseq ÌÌDd,, êp uên6lÈ êssPlleqr ê êsspl^ ãs gtro^ ês rãrppoè

.ogisrnbÈd op u.rè ênb uên6ìe e1]ru6r5 rrpnls

roqrp nê rènb op s!Eu, r€uolrp!,ê,,, efor êp od,r e" ",Jl'j,ïïï:::5ï,3üJï 'opuêzrp €^ersâ ìn€d o ènb ossÌ ! êpeprêì ê 't :ê^eO

o^lllDsõp ê odr!êl op êlrpd roreu pN ratDpoN

sr€ur ã ènb oqr€ nê .úrS ìl€nrs''' s1Èu ?ìsa êro^ ,tìrd rL'ôr .ènb oluEnbuê s€ossêd sep s3^ur oe I :ê pC

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.-ëJdr àr è*oJ oo, nã ènb €p, p ..1ì,,r/...ro. o u"abl! _.o\.. op rê?.p',e,\-puêÀèp opu 9ro^,, iopuesuêd è opuszrp euel

Lês oeu nê 'Erllo . uujw :trenrs',.DiEd Erol€un e no^ na,,

euÌP €.!nL' nô sPurnê,, uã orl]or 'oppsn ê ênb èrduês .op!ãs ouro) Áìdrq, EuEsúêd oEu nl :ê!ppoè

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140

?: Não bem êtes dÍiam que, atgo como, "Bem, você tàmbém teín col'?. ...Nao e un proDlêmà.

?: Mas eu acho que é ÌÌìeio tudo bem paía eles chamarem uns aos oltros disso.

?: Sim, exalamente, de certa forma e como...

Roddie: Você sabe, é como honossexuaÈ chamando uns aos outros cle bìchas.(... ì você sabe, é a mesma coisa com a retigiãÕ também vacê pode châmâr umao outro do quê você quiser se você está naqueta .eligjão, mas se você está Íora

?: Eu não posso te chamar de papista.

(Grupo focat de jovens honìens brancos "nativoí')

de ãcessarem paradÌgmâs culturais compartjthados significa que diferentesgrupos estabeÌecem suas próprias "regras de conduta", e o excerto a seguirÍnostra coÍno mais tãrde no mesmo grLrpo focal ído quato excerto anteriorfoj retirado)o moderador foicapâz de usarem se! beneÍício osxjngamentoscasuais e as referêncjas a cuÌturas coÍnpartilhâdas que eraÍÌì uma característica da fala desses jovens rãpazes pârâ exptorar majs a fundo suas ideiassobre racisÍno e incidentes racistas (ver Quâdro 8.3).

Comoo excerto acjmaimptica, grupos focaistambém perÍÌììtern aos partjcipan tes estabe Iecerem identidad es co letjvas âo diíeren cia rem - se de outraspessoas. Munday (2006, p. 102), em seu estudo com membros do lnstitutodas Mutheres, recontã como eles distingujram entre "rnadames" e "mem-bros", expÌjcãndo que as primeìras, "enquanto sendo espertas e habjlìdosase capazes de vottarem'se com sucesso para quatquer coisa, são vistâs coÍnosem o genujno cãlor e espontanejdade das mutheres-membros".

Tais construções sociaìs cornptexas sáo desafiadoras para o anâlista dedados, que não pode sempre tomar o que está sendo dito coÍno pronto.Como Matoesjan e CoÌdren (2002, p. 484) tembraÍn:

...oradores íâzem muilas coisas quando fatam, e locar em algo chânìadotópìco e apenas uma detas. (... ) Etes podem elaborar sLras fãtas como lrmdeseÍnpenho ideotógjco estrãtéqìco, €m vez de um retalo factìrat. Quandoos orãdores de íato oferecem opinjões, rìão noÍnìatnìente estabetecem oque qlrerem dizêr de íorma explìcita, mas mlritas vezes o fazem de íormabastânle poéUcâ ê jnrptjcita.

(,, so^rtpu,, soruprq çuêooq suè^ol êp ìe)o' odnrg). .ossL prd âúóu uin re6nl rènbìÈnb ap nos

nâênb opuêzerÌ elsã êro^ pïÌdul ênb orèo 9ro^louìor iêraquor oÈu âro^ênb

ü9nEt! uor èrqos o^rlp':ardêp op!ês 91sa ètro^ opupnb see toÊÌup snês u.ror

9 oplrEnb êì!3rè]Lp I !uê^ spìê âpuo êp èrqos iêrêquo, o!! aro^ ênb spossêd êpolrêdsâr E o^rleLrêrdêp oLêur op!ês 9rsè 9ro^ ênb oLp€ na !els ioL]]e na s€\ìt :ê^p0

'ortnsuL un ô ês no €srê^uor èp oÌrèr ,Éur.ro} pÌrêr êp ,un uè? as rêzrp âqPs 3rô^ odüêr op êlrpd ror€u eN .opesn ê ênb uo. opo!ês o I :ueÌv

i .. no opesn è ènb orìêl o ê êssê anb €çe êro^ oplu: :pow

(ìprê8 epEsu rod opÌnÊas lê^ipne!Ì oÌrpluêuot)

"'E^6uê,o er^slEd purrì oruor op!$ rês ËuapÕd roluêuroür oilno uè 'opupnbè unÊìe opou êp o^tsualo rês Ered è oeu op!Èrb ';saê^ spün6le ,9

9tro^ ìpnb ÈpeeJ oü oooDrìedP rnsreu I -o -d-o.pu dr.èqírrròe'eaern.o^oappr'-..-.6--v.. ."úò- s7d\a à eèÈpe.bkp oo.-a!peredo !- o oJdapôÕè iisà/proárj, êp sPpEúPrttr ê]rêuÌerãE ôlrspr^\êN êp s€ossêd &èt èro êpuêdap

èì eÌ.eq o os. ., ,ot dD rè.dre €u€u) e .o^ ó o úoJ : .pìb

opuss olxêluotr o 3 ol!èi o seuêdÈ ê irêz1p olênb .,..'r"rr"t "rr"t ", "r;;:1ï:j -P'rêrdap Pllrol êp satrorsè un opúpüpqr uên6ìe eEêd èro^ 3s .ururìlt :êrppo!

" etol eunèp Pp€qr€] e ePor rod olursã,ioprptsPq rt6aaÁ,, è^ ôlLrãurupr ?ro^ iÌeuljv:pow

(PsnPd e8uot) "uüW :ê'ppou

i..lìDd,, ôp eossãd euìn reureqr è !!ar6âãe,, êp possêdPUn rPLl]Pq)êrluê El]Uêrã]'p aro^ouor 9ro,{ € ossr rerunErèd €Letnê,u.rè€:poví

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( exã]ptâul ep suro o erEd opuàrroÌ p^plsêãnb sorno.l sop un ouo) oE5ppruaur sp soluãun!ôs snês ã Errsêp ê íerrêl€ìEul

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( ôsslrod opepouoru' €s a prrorsl €u sal6u! no sêpu€ìI rês àqos oFsnrlrp s!pw)

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LVI r srProl sodnrg

't42

srrí BUSCA DE ESCLARECIMENTO

Contudo, como Matoesian e Cotdren i2002, p. 487) apontam:

...acomunjdade (envolvjda na pesqìrisâ) pode falar (com ) uma voz diferenteda dos proíissionajs acadêmicos que os avalìam, poÍque etes podem nãousarum regìslro proíjssìonatou acadêmico... suas patavrâs podem estimutarmat eniendidos em interâções de grupos focaÈ.

Em outras patavras, podê hãver várjos padrões diÍerentês de racionãlj-dade {jnguística em jogo em quaLquer discussão de grupo focat. Em vez depresumjr que você, como moderâdor, adequadamente compreendeu essâsreferências, sempre há o potencìaL para se buscar esctarecimentos, portan-to, estiÍnulando Ínais djscussão. Uma das propagandas usadas nã campanha"LJma Escócia, Mujtas CuLturas" mostrava um homem asjático dono de umaloja reagìndo a ser chamado de "paki". No excerto a segujr, o Ínoderador,âlerta às sutjs nuanças envotvjdas na escolha do vocâbuLárjo, optou porperguntar expLicitamente sobre esse uso, seguindo um comentário fejtopor um dos particjpantes do grupo focaL que fatou sobre ir à "toja étnica"lver Quadro 8.4).

9.Í rnesenv4çÃo Do Foco/DrREcroNA IENTo DADtscuSsAo

Puchta e Potter (1999, p. 315) têm sâlientado a tensão existente paraos moderâdores de grupos focaÌs entre as tarefas dê "trabathar" as pessoasparâ que fâLem e o encorajamento da espontâneidade. ELes referem issocomo sendo â tensão entre "extrair tudo o que der" dos participantes e oÌdeâl de que os membros do grupo deveriâÍn "responder às questões tãoespontaneaÍnente quanto possíveL". Eles coniinuam: "Cotocando de outrâforÍna, é uma tensão entre a ticençã de dar respostas que são "nem certasnem erradas "e a de que os participantes reaLmente produzam respostasem vez de "eu náo sei".

Por Ínais que queiramos enfãtizâr â natureza aberta dos grupos focais esua mâior capacidade' eÍn compâração a outros métodos à dìsposição deexptorârquestões de importância para os participantes em vezde rigidamen,te perseguiras deterÍninações do pesquisador, geralmente somos pagos parâuma questão de pesqujsa especíÍica. Aindã que sessões de brainstormìngpossam ser úteis durante a Íase expioratórìa de um projeto de pesquisâ,Mo!'gan arguÍnenta que os grupos nos quãjs o moderador não assume o pâpet de direcionar ã discussáo não são suficientemente focados para seremchamados de grupos focajs {Morgan, 199A, p. 34).

'sepprpdêrd êìuêLupsopeplnl (êpeplê^ pu 'ops spü 'seêueluodsêurêrê.red ênb sèqlsènb sp ered opJuêl! essou plìo^ (t66!) rê6ênr) oluêLu-euoLJè-lo op o..lL,L eJ oJ Sornìe'sco qoJnod -uoJ o)lorsê u èq t_ì. opcc ì<tpe ênb -rêrêJpd rêzpl êp zedpr -rês êpod leroj odnlS êp lopprèpour uroq un ê!opesrnbsêd o prpd spuêde êluêredp rês êpod erntnlìsa p 'èluêLLlJetnlpN

(..sE^rìpu,, sptruprq sêrêqìnu àp ìero] odnrg)-.,so1uìê ap sêlâ ôuEqr nè è.b

ass' rod 9 ê eìorsè €u ê$ep ËquLu eu sErrurê spossêd oquê}nê 3nb-rod,, iêpep! ãpsouP sÌês uâl €ìê 'ero8v .,sotrrur?,, èP saìê PuPqr ?ro^ sêpPpÌtPloìreu sêrr.rêiê,!p m9ì sopol sêlt "5!nEì€ gLl \oúeuè6ìp sun6ìp eq '..sqrd ogs ogu sê8,, ,èssLp

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gtro^ 'ê s€w er^eled e reìe] e soPeunlsop o91 souslsê soLlPpuêt3rd oPrr souanb PpurP 'êqEs ero 's€sLor sessãp 3]uèrtr èlu€lspq opueurol as p1sê 9:o rupof

r€D!êrê]rp êp Eruro] eun rès erÈd I :erpqr€€'''o'])e oçu nè iuêq rês Èred I ogu spur (uìeuol saìê ês

!€píu ênb €uêÌ €tsllu oruotr mELjrol sãlè è5 etslrer iès prpd â Õpu iLllag tLros!ìV

iPtsitrPr ètuêeÈLpssãrêu ? ossr ênb Pqtr€ olu tro^ o-elut :pow

sal. ès su,o, ranbìpnb 3p sêìêp èurou o r.,rlnuo,d è'";ï:Ï'"'.:ï"i".ï-,;"ï,Ë'o^uPlrardêP rãs €red è oqN :uosrlv

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s€P èúou o QL^èrqe êro^ orlor sELrêd€ ã op€rê rês erEd è oEU iuêg :uosrìv

'op€rê €íês ênb oqrpogu nê ossr reìe] oPera I ènb rèz'P rôzLp orênb oltuêlopeueqtr erê ouotr 9osst ê souP Zl ortuêÌ nê !ãzrp orènb nl -s'ìrd prã^prj êrd&êS oE! ênb oqrE nè- drráã4srì6 un uê os!3d oB! nâ 'êpEprà,\ eu 'ê - esrê uor p! ossr sourêÀl :qeres

êeìslrer o9s ênb ?suêd èro^ suèÊeuL nosej^ElPd êp o.ln ênb 'nO iÈlslr€r èrêpauor ?roÁ ènb oStE 9 osst ;osr èrqos €suâd

?rô^ ênb o opueÌun6rêd èu e^elsè na è ,,rìrd,, pr^eìEd pp osn o è Ì:p!€6enorde$êu sÈs'or sPp PU.rn " ero^ anb o .,errurg eÍo1,, pr^eled p ttE nosn 3ro^ : :pow

'eriurg €Íoì p Èrpd sourê'll arduès iè1rèì è oed rod opu€rnror! oltsêsêìê opuenb 'auoi uor Èrsô pju€ur €Lln opu€nb izê^ìe|epruor 9 ê pplpüêp êPlralo opuêrêralo ÕEtsê è oPuPqtpqE.q oPxê çìê a (sEp€qrã] o91sê s€Íoì sp4no spoP!ÈnbsProrls€ sPpoÌ üè opulqe oelsê ê ploElsa sêìêês ènb oqre.è ,üè€ :ueqrÈ8

so-IN:lwl)lÈvllsl lc v)sn€ t 8 oÈcvnò

T'L

144 Rosaline Barbour

Já vimos, no capituto 5, o vator de se fazer um piLoto dos guìas de tópj_co (roteiros) e ganhar práticâ com o uso de intervenções. Ao contrário deorìentações de pessoas como Krueger, que recomendam que as questões

sejam limitadas a uma única dimensão, Puchta e Potter (1999, p. 319) des

cobriram nos grupos Íocais de pesquisa de mercado que exâminaram que

reformutações de questões eram efetivas: "em nosso corpus as questões são

rotjneiramente fejtas de uma "forma etaborada". E(es dìstinguem entretrêsdjferentes usos de questões etaboradas:

1. Para guiar respostas de "desviar de probtemas", em pârticutar ao

fazer questôes que provâvetmente não são Íamitiares no contextodas interações cotidianas dos participantes.

2. Para fazer questões flexiveLmente ao proporcjonar um leque de

itens alternativos, os quajs os participântes podem escolher para

responder,3. Para guiaros participãntes a produzjrem respostasque são apropriadas

(no caso deLes, parâ os retatórios de pesqujsa de mercado e para os

representantes da companhia e equjpe de publicidade que podem

âssistir às sessões atrás de um espeLho de Lado únjco.

Em relação a esse terceiro uso dehneado por Puchta e Potter, os pesqui-

sadores das ciências sociajs podem, da mesma formâ, tentar encorajar osparticjpantes a juntarem-sea etes nateorjzação âo introduzir, porexemplo,termos sociotógjcos, ou ao devotver observações feìtas em anátises prelj_

minares de grupos focais anteriores. Atém djsso, Puchta e Potter (1999, p

312) argumentâm que os moderadores algumâs vezes reatizam essas trêstarefas ao mesmo tempo.

9Í securNoo ns prsus

O próximo excerto iLustra â riqueza dos dados dos grLlpos focais e mostraos participantes, assjm corno o moderador, pensando ativâÍnente. Ete en_

fatiza a capacidade dos grupos focais de proporcionar âcesso aos significa-dos e conceituahzações dos pârticipantes, enquanto jnterrogam e debatemas questões levantadas. Assim como âcontece frequentemente durante os

grupos focais, a participante que usou o termo "toja étnjca" seguìu pro_

porcjonando uma expticação para sua escolha de palavras, e Ìsso permiteurna janetâ pãra o mundo tá fora e para outras redes sociais e trocas que

ajuddm è moldàr às visoes e os co-npor LdÍrentos dâs oêssoàs. E imoo'l arLe.entretanto, reconhecea que essa expticaçáo poderja não ter apârecido sea pesquisadora não tìvesse estado atenta ao uso do vocabuÌárìo e prontapara exptorar essâ deìxa. Ainda que eLes estejam fâtando sobre entrevistasindividuaìs, Polãnd e Pederson (1998, p.296 297) enÍalizãm a importância

(,is€^u€u,, sÈrlprq $rêqìnü s'euocsllord ap ìÈro, odru9)'uÌs:uêìêH

;o1xôluor oì]ãr urn uè rPrsguesDêrd sPÌê s€rusêLx rs uè spxìrPl oEs oeu ser^pìed iou]sèu s úê ptslrpr è oeu,,rfDd,, oootro6ìp3íìb ur€qtrE sôro sppesn oEs èsb uâ oìxâtuotr oN .êdìnrsêa : pow

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ploì Eurn,, zrp oRu 9tro spepêlros e ossr rèzert prEd ,o9isônb ei$o asso] zã^ìEìüêq lprorl sp sepol uè errêqp €lêÌsê ênb proì purn prpd rEsn ôs prpd Ep€nbãpEp'âolouru,èt E uro) olrelorrrp un assê^noq èS souêrêrluotr ênb a souesf ênb sefi'€ìÈd sp o9s selê ã ser^eted sEssa uor sourêrsêI ônb spuêd€ ê ênb oqrp nl:êrqqâo

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srellr Pì proldxè eluêl ê oe5uLlstp pssê plder uêqlupl ,spruprq sêjêqìnLurod opeuuorr sLeuoLssl]ojd êp odnr6 LLrn e opuplEJ zê^ essêp ,eropprêpoLx

Prlno ,,orusLrp-r,, lnlLlsuor ênb o ê sepEsn spl^eJed s€ èrqos êluêLuppgredêsLuêsuêd seossêd sp ênb êp êpppLìrqLssod € êlqos ,E^Lleluêl pLUn ptês ênbPpurP (jezlroêl p opup5êruor glsè urêqur€l plf opupllsuoruèp pìsê p.roperèpou ó dno Joeprìrcpq erlJn e è opr essê oDnlt o) ,ouèrup oìd-uèvê oN

'..Jl^no âp € rês êpod êpppLìLqpll ìpêr e olupnbuê'soìuêupuoLlsênb soE eppp p[êsêsejuê p]LnL! zê^ì91 ,sêlopelsl^èJluê soLupu!êrl opuenb,, :opLtêzlp oplsê sêluêpuodsêl sossou ênb op oluête lelsê ês êp

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146

Sí nerlexÃo coMpaRATtvA E ANTEctpAçÃo DA aNÁLtsEAproveitar o potencial comparativo dos grupos, contudo, requer mais do

que convocar um conjunto de grupos que reflìta diferentes cârâcterísticas,O projeto de pesquisa é importante, mas o que fazemos das oportunidadesque e(e proporciona é o quê determinã em úLtima anátise a quaLidade denossa pesquisa com grupos focais, Também é jmportante pensãr comparati-vãmente ou em termos de contextua Iizar perspectìvas d urante a produçãode dâdos do grupo focal.

É claro, nem tudo está perdido, mesmo se os moderadores de grupos fo-cais não aprovejtarem essas oportunidades ao produzir dados. Se você tiversortê, as transcricões dos grupos focais proporcjonarão materia[ suíjcienteparâ Íazer tal compârãcão possiveL ainda que, sem dúvida, outros injig,it5poderjam ter sido obtìdos ao se perguntar Ín situ âlgumas questões bempensadas. Dependendo do tópicoem questão, entretanto, pode nem sempreser apropriado cother as percepções dos particjpantes dessa mâneira, e háalgumas sjtuações nas quais temos que assumit como pesquisadores, toda aresponsabjlidade de teorizar comparativâmente. Atgumas das coÍnparaçôespodem ocorrer enquânto o pesqujsador (ê outros mãteriais sobre o tópicoinquirido e estabetece paraletos instrutivos, atgumas vezes de Íontes jnes-peradas. AfÌnat de contas, é isso que está implicado no entendimento dapesquisa qualitatìva como um processo jterativo.

Particutarmente ao conduzjr grupos focais, mas também durante en-trevistas individuâis (ver Kvate, 2007), o pesquisador começa a anaÌisar osdados mesmo enquanto os está produzjndo, É isso que íaz a pesqujsa comgrupos focais simuLtânêamente tão demandante e excitante. lsso pode serverdadeiro não apenas para o pesquisadol mas para outros participantes,que podem pratìcamente assumir o papet de comoderadores na discussão.Ainda que isso não seja muito comum no contexto das oficjnas, esse tìpo dejnteração não é apenas uma propriedade de um agrupamento em pârtjcuLar,Ínas reftete característÌcas de conversas mais gerajs no estito de ',jântâr,,entre amjgos e conhecidos. Todos nós vivenciamos uma ìníjnitude de papéjse experiências durante interações sociais.

FÌ polros-cuveOs grupos focaìs podem gerar discussões acaloradas e dados ricos en-

quanto os particjpantes formutam suas visões, engajam-se ern debates eexpressam eexptorâm enten di mentos cu Ltu rajs compartjthados. Umacarac-teristica interessante é que os partìcipântes frequentemente ref(etem suashabjljdades considerávejs na interacão em grupo, fazendo comentárjos desuporte, encorajando as contrjbuições uns dos outros e mesmo, às vezes,

'aEPS:uôplol ãJlrord drorg srro] (toOZ) f!êUonpue I ';€rwnd-ç€ ttÊ :(€)€ !slrsú6uro')o5 Jo ÌDürnor '.&€leluods ro

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stuvfN:twlldwot svun.tll't j8'.,Pls!ìPlrêdsê o,, êp lèdpd o rLunssE

esltêJd o-pu êro^ ê êfo^ urof olunf uêìnrêdsê ènb sêluedlrLlledsoe'Jlpêd êpod 9ro ênb êp ês-êrqLuêl so)lrgêt/sorlulgpprp sorxrêlreìnurolêr no rPrlldxê êp opEprnr o equêì seur 'ero^ e LuêrpÌun! êse sêÌuPdlfLlred so êlL^uol ê êluêuìeluêUr!èdxê rpzuoêl p èlêLxol .

'selLêl opuês sêQJellj!Ìenb no sêo5ultsLp lênbsLpnb sler.r] rploìd-xê ê soluêurLrêreìlsê rPuoll.rodord eJed sêluêllLulêluL sêseluls êsn .

.sollêruof .!rPzrleuêìqold,, P

sèlupdLlLlrpd so leleroluê no'sorpìr sLpu eslnbsêd ap sêssêrê1u! snêsrêzej e opoìlr êp rsêolsênb reroqpìê no relnlurojêr êpod uêqLüet êro .

'ropPrêpouJouror ossr reloìdxê êpod gro sèlupd!)Llred solêd sopesn leqrè^ o_pu

oPJeflunuot P ê urot oe 'ouglnqpro^ op oeJuêlp êtuelseq êlsêrd .'SLPUO!l

-!pp sêoìsênb e5el no sêg5uè^rêtu! êp osn o prEd operpdêrd efêìsf .'ropeiêpoul op Plruêrê,1êluL

êp êpepLssêtêu ernod rê^pq èpod rolrêl oquluer ou p5êupurJêd oessnlslp e ênb opec opol oduêì o lL^lêlu! ênb uêl êlo^ ênb pluls oeN t

:pÌJroJ eluln8ês Ep seplLlnsèl rês urêpod seìl'soperè8 sopEp sop êpepllenb e lezLulxpur pled pìuê]eè esopepLnfetrltoj êprgjêpour ês Pred sPlsld seue^ íEl^epol

'uêlslx:l sonpl^lpul sop seLruêuêdxès!Pêr sepeDuets!p eurn ppì-pfoìoro9 oessn)s!p ep íroìpt,, oopuellt .slêt!Jlp

sofLdol rpìue^êl êp oessrLurêd p sêìê p ulêêp ênb oìnuJrlsê êp sLeuêleu êposn op ê (ç olnlldel ou opltnrslp otuor ìel) odnl6 op oe5lsoduror ep esop-ep!nr o-e5prèprsuol elèd sEpgl!^ê rês Luêpod selsLUoBelue sêo5prêluL rprê6êp slelo,r sodnr6 sop èpppllpdel ep soLurel uã ìELtuêlod uê spqìlpeurpsPurn6ìV êsplu? noopelllLuBLs urê s!lns sp5uèlêJLp opuplrlLìdxê no opuppnur'se^lltêdsrêd seudord sens êp 'zè^ìel rsougluêulol uE5èurol sonp!^!pu!so èno /è^ eun le)ol ocn16 op íètuedt)ltled sop qp)tÌlìeup sêpepL)pde)sp re6êrd{xê ìê^}ssod ? uJèqLupl .rsêJoperêpourol,, 3p ìêded o opulLünssp

LV'

e)lllteuP oeJP)llsllos êp sLê^ru soue^ êp sElro8êtpr êp so6lpor êp so)d!!êxêsun8ìe euollJodord êll parosr^ord splro8êlel êp oe5prL]lpor pun êp oluêLlr!^ìo^uêsêp o L.uor plêrrp eLfuêuêdxê eurn8ìe lalqo êlllulêd ê (soqì!, reul

êp solJesêp so èrqos - orêlor sorLdol êp e!n5 ê^erq un opuesn) sopepsolrdgJd snês êra5 ?ro^ ênb êp op1sê6ns eurn uror p5êLlor olnlrdpr êìsl

TVIOd Odnì{cOCI SOCIVCI SO

OCINSCINESTIdWO:)

'í 50 Rosatine BaÍbour

e enfatiza a natureza iteratjva do processo de aná(ise quaLitativa dos da_

dos, enquanto os pesquisadores vão e vêm entre os códigos e transcrições,O papet de abordagens individuajs e estjlos de aprendizagem também é

reconhecìdo e o capítuto exptorâ â dìferençâ entre os códigos o priori e os

códigos ir üvo dos pesquisadores, sendo esse úttìmo derivado dos dados.Isso envoLve empregar uma "versão pragmática" da teoria fundamentada,o que permite aos pesquisadores usarem os irìs,ghts dos participantes eÍn

seu benefício no desenvotvimento e refinamento de códigos de categorias,enqLranto garantem que as questões formuLadas peLos finânciadores também sejam âbordadas. Exemptos de modetagens temátjcas de códigos são

fornecìdos, assjm como um umâ grade ou matriz de diagrama que permiteque os dados sejam sistematjcamente interrogados para jdentjficâr quaisquer padronìzações reievantes. Para uma maior discussão sobre o papel epotenciat da teoria fundamentada, veja Gibbs (2007).

p PRODUçAO INICIAL DE ALGUNS DADOS

você poderá gostãr de ter uma chance de produzir atguns dados por con_

ta própria possìvetmente com um grupo de amigos, outros estudantes ou

mesmo cotegas, em um ambiente como o de um iantar ou um equivalenteao ambiente no quat vocês normalmente se encontram. O tópico que eu

sugiro é um que constatei ser a(tamente bem'sucedido em eliciar discussõesespontâneas ê frâncas: "os desafios dê crìar filhos". Novamente, não é es_

sencial q ue todos os partìcipântes sejam pajs, apenâs capazes de reftetir por

conta própria e a partir de experiências com os próprios pais. Nas oÍicinâs,üsei um par de cartoons do Ìivro de Steven Appteby, Alien ìnvosion! The

complete guide to having ahìldren (Londres: Btoornsbury, 1998). Todavia,não é necessário usar materiais de estimuto, pois atgumas questões bem

coLocadas provavetmente bastarã0.

Suqìro usaro seguintecomo um guìa detópjcos (rotejro), tendoem menteas dicas sobre produção de dados e encorajamento de discussão fornecidosanteriormente, em paTticutarâorìentaçãosobreprovocarquaisquerdiferen-

çâs aqui, provavetmente serão em retação aos stoius dos pais dos própriosparticipantes, número de irmãos, o próprio lugar na famítia e o meio cut-turãt (Quadro 9.1). Você poderá se surpreender com quão poucos estimutosvocê precisa usar para o debate. Como você provavelmente quer que seus

amigos e conhecÌdos ainda íatem com você depois disso, eu recomendariafazer breves notas em vez de sessões de áudio ou video, mas você pode

tentar desenvotver uma codificação de categorias logo após o térmjno dâdjscussão, observando os princìpais temas e tentando agrupar comentáriossob subcategorias reLacionadas.

ossêrord êssêp o5êu.ror ou ìlln oìlnLu e[ês ènb epulV.sopp]LlLluêp! sL€lèãseujêl so êrìuê sêo5eìêr p[pq ênb èpèdruL opu osst ,è]uêLuìeJnlEN .seìdu€sLPr! sêo5ern6r]uor p soppuolrelêr sè_lpìnrLlrpd soltedse êp utpìell seìê êsno 1'sPurouolnP" sêotsênb êluêLuìpê] oes spluêl so ês.tesuêd ç eLlo8êlErqnseun no ìerê8 €LLrêt un ê o3ìp ês reuLlujêtèp ês prpd Eln6 roqlèur o ê .ìpuro!êp06qrp un no oljolelêr ünJê^êrfsêêr elqluêJossêlojd èss! .soldLup soìnlÌìsèssê e sppPLroLleìêr setJ06êlerqns LLrê sorutrèdsê stpLu seuêl sollno sLrnSìsêluêLuPuosr^ojd reroìp reluêl e oluãlp lelsê êp ês-ênbljlt_lêr ,sLplê8 seLuêlso rPlljrtuêpL ov _lpìnrllled üê ìplol odnrS êp sêossn)slp spp ê ìplê8 r!êP^Llelllenb €sÌnbsêd pp oLJolEroìdxê ìelruêlod o oppp íopLtuês zpl ossl ìplojodnr6 op sêlupdÌrLlrpd soìêd r!êqueì sopLznporlu! spL!êl rploúoluL Eledìê^1xêì, êluêruèluèrrLlns rês ê^êp so8Lpo) êp elêqel e seL! .lopprèpolu oìêdsElsodoJd saglsênb se êssrlêìjêr oessnrstp pênb rplêdsèèsêp plrês eslnbsêdêp soluêunrlsuL sop ogJPrlslulüpe ep sêlup sopeulLu.rêtêp ops spl]o8êlelèp soSrpgr so lpnb El] 'p^Llelrlugnb uêEeproqE pu epL^lo^uê pp èluêrêJlpotlnLl] oB5Pnlrs PLr]n ê Essf seuoãêlpr ê seuêl so sopol Jpre6 elpd ossluètuêLlros ès-rPeseq íopnluor re!rè^êp o,eu glo^'€plllpd êp oluod un.teuoll-Jodojd essod {olêlor) sorLdgl êp pln6 nês ênb sputy.puosl^otd seuo6èlplèp opjprLllpor eurn rê^ìo^uèsêp ês plpd opejrê no olrèl oltê! LUn sLl oeN

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'152 Rosaline Barbour

levãntar muitos temas, é importante ter eÍn mente a necessjdade de sepensar sobre as conexões entre etes.

Amanda Coffey (Coffey e Atkinson , 1 996 ) mencionou a possibi tidade de sedesenvoÌver um "fetjche por códigos", que pode ser encorajado peta faciLjdade de se estabe(ecer códigos com o uso dê Joftwdres (como o Atlas-ti ouo N Vjvo). Esse é um probterna que certamente já encontrei em supervisões,com um estudante retatando ter designado 240 códigos associados a 240temas. Esse náo é, certamente, um probtema insuper'ávet, mas é atgo queprecjsa ser remediado, No decurso da reatização de oficinas, percebi quealquns indivíduos gostaÍn de ler transcricóes e atribuir codjficaeões bemdetalhadas, para então retornar a elas e agrupá-las em temas majs amplos,Foi isso que o estudante em questão teve que fazer como o próximo passo

nã análise. Entretanto, outros individuos tendem a conceituar em termosde temas amptos e só então considerar como se fragmentam em códigosmajs timìtados. ReaÌmente não importa que rota seja seguida, pois o pro'duto fjnal deverá ser o mesmo, Os rótutos que você usar para as categorjascodjficadas inevitavetmente reftetjrão sua própria orientação disciptinar(Armstrong et at., 1997).

Pode ser útjtcompararseustemas com oscódiqos de categorias provisóriosdesenvotvldos em duas oficinas em que esse mesmo tópico foi dìscutido, Noambientedaoficìna e, defato, n o contexto de projetos da vida rea [, quandoos dados são anaLisados manuatmente favoreci o uso de canetas cotoridas.lsso não só facjlÌta a recuperação manual de seções codificadas relevantesnas transcrições como também acostuma o pesquisador a pensar sobre seusdados de maneira conceitual, em vez de uma forma meramente descritivâ,como quando ete se ljmita a simptesmente apontãr e acumutar temas.Todos os soífwores no mercado enfatizam â necessjdade de se agrupar categorìas juntâs sob títulos. Entretânto, etes usam termÌnologias djferentes,com alguns utilizando a ãnalogjã de relações famjLiares, enquanto outrosusâm os terÍnos "áryores" e "nódulos". Ainda que seja impossível oferecerorientações definitivas, eu geratmente esperariâ que os projetos gerassemnão mais do quevinte temas gerais; não só isso permjte uma ampta aberturapãra subtítulos em seu relatórìo fjnâl como também dejxa bastante espaçopara manobras, já que você tâmbém tem a opção de enÍocar questões es-pecíficas de sua matrjz de códjgos ao escrever outros ãrtigos ou capítutos,se estiver produzindo uÍna tese,

Reproduzida a seguir (Quadro 9.2) está umâ codjficação de categoriasdesenvoLvidas durante uma das oficinãs de grupo focat, a quaL exptorou omesmo tópico virtuat dos desafios de ser pâj (oficina A). Essa codiÍicacãode categorias exibê códigos de terceiro nivel, a(ém dos temas gerais e ca-tegorias de segundo nívet. SoÍiwores codifjcadores como o N Vivo permitem

( sãpÈpL spuE âp soqìi, uror salu€dLrLupd opuê^ìo^!è puÌrgo)iorêr 3 opuèzej plss ?tro^ ènb o ênb èqEs ètroÀ ou.ro)

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oe5eur êp solLrsã èp oluê(1l^1o^uêsêcog)psuêdúorêrqos êp êpepÌlrqssod

sFded èp oiuêurpllruorar è urpqtpqprÌ ãnb $9Wsoqlu so úotr ÕppssPd odurèl

orllqnd rpqìo o qos sôqìq êp opleuls'pd ourar sêpepìrqEq spns êrqos sorlno sop sêQjdêtrrèd se uror oplpdnroèrd

oyiytul lc sioucyd lusos stvd soq slojvdnloludoqìê^ sÌeu oqlg o ouror ePuglgdrl

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souPqrn ê slEr sêruarqLlvsoÌrêr ouor seìê uror solseE opupLrot sEJueul

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soìLropêd ,oìduâxê rod orng!plur ..roinl,,isolrèIp,, snês èp sãluãLr slEu se5upul

rèteq olu ,oldürêxõ rod soluãuetn8a ã sE$r sLpÌ/y

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€El r sLProj sodrìre

154

codificações êm até nove niveis, o que é quase certamente mais do quevocê precisará (ver Gibbs, 2007).

Slrgjro que você agora revise os códigos de categoria desenvotvidas econsjdere se quaisquer temas ou categorias identificadas na OficinaApodemser úteis no entendimento do que estava sendo dito em sua própriâ sessãode grupo focal.

Também anotei no fim desses excertos aLguns detathes sobre a compo-sicão dos grupos. Todos os soítwares também permitem o armazenamentode informações sobrê os grupos (e inctusive os membros individuais) (p. ex.,no N-Vivo etes são referidos como "atributos"), e ao reatizar buscas depoisque a codificação foi conctuída etes são apresentados para contribuirem nainterrogâção dos dãdos de forma sÌmitar ao que você fariâ com tabuÌâçõescruzâdas na anátjse quantitativa (veja a grade ou matriz apresentãda noCapítuLo 10).

F: tronn ruNomentnoaMuitos pesquisadores que usam grupos focais afirmam estar usando umâ

abordagem de anátìse de dados que segue a teorìa fundamentada (GLaser

e Strauss, 1967), a qual é baseada no uso de câtegorias geradas por participantes.

Ctaramente, contudo, não é viáve I trabalhar com a anátise de dados comose ÍoÍse inLer'êmen-e unìô _tábuta

r asa, sem quaÌsquer (oncepçóes pt eviasdo que provaveLmente será encontrado. Metia (1997) âpontou que a maiorparte dos pesqujsadores, na verdade, usa uma versão pragmática da teoriafundamentada, a qual reconhece a necessidadê de atgum tjpo de definiçãode foco e Ìntenção (necessárjos para a escrita de uma proposta de pesquisae garantir financiamento e âprovação étÌca). Ainda que você logo de saídaprovavetmente já tenhâ uma boâ idêia dos temas que deverão aparecer oque Ritchie e Spencer (1994) châÍnanì de códjgos d priori, isso proporcionânão mais do que um ponio de partjda. Esteja atento ao potencial anâtíijcode frases usadas ou conceitos âpelâdos por participantes dos grupos focajs.Udo Kette fata sobre os códj gos in- vivo e descreve -os como sendo "teorjas dosmembros da cuttura investigâda" (Kette, í997). Estes podem ser facilmentedìstjnguíveis dos códigos o priori, pois sêu signiÍìcado dificitmente estaráde forma imediata ãparente, e é provável que exijam alguma exp(icaçãodo pesquisador.

Os grupos focais são especiâlmente produtÌvos no desenvolvimento decódigos in-vivo, em particutar quando o pesquisador engaja âtjvanìenteos participantes em especutacões e tentativas de teorizações. Etes podem

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seu (êLxnsêr êÌê:o ! -ur o6Lpol urn êp atuaìêrxê oìduêxê urn euolrodold

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eluord êserj purn ouror ,.sênbsoq sou seroulp opuêqlol,, êseJJ e opupsnulerFSês ênb 'sêluedlrLlred sorlno so uror êluêulpÌêllp noossar op5ereìrepens se5upur sp Pled so8uêd so leulllsêJèdns ês êp leLtuêlod o nêrêrluol-êJ LUgqLUPì plê 'Odurêl OUrSêUr OV SLpd SnêS ep ê]lpd lod OSSIp Aluellnsêlêtuetsuor erJuPìr6r^ e è sopèLr.r so ê êÍoq eD se)upltf sep sèpepMlte se uolossL nolsprluof ê 'sênbsoq sou seroLlp opuêqlo) ê EÌê)l!l!q êp opuppupollètul Prp o rPssed êp o1!q9q o equLt eìè ênb opuêzLp 'epueJu! eudold pnsêrqos êluãurelurì nêrtof,slp èÌuedlrLllpd eurn sreloj sodnJ6 sop ujn ulf

',.sPllapef,u!q selJdord spns urplzpJ,, ênb so^e ê slpd soudoldsnês urof oeJprpdLUol Lr]ê lopelndulor êp soSo Í êp opuêpuêdap .,,êlêdJpr êpsp5upur,, rxêrês êÍoq êp splp sop sp5uplD spp e!êpl elêd essêrdxê og5pdnr-oârd e elê opeuolfpìal purêÌ un r.psor-êp-lol sêluèì,, èp sè pllp spLlue]u!seudgrd sens ered opupllÌo urêssê^Llsê zê^ìel sèìê enb êp sêìuê!) ule^e$aê soìlj9pêd rod sopptuèsêrdêr so8uêd sop orêÊexê ou êlupÌrodul! lêded unêLluêduêsêp zê^lpl psspu, èp plprul e ênb loduêt oulsêu oe (uielêlêquorêJ

sêlê'sE5ueljr sp Plpd orn6es souêrx.re6nì un ê elp Luê êíoq opunul oênb e^eplo)uol sêlued lrllJpd sop êlredJoleur eoluenbuf opuê^h ure^eIê seJuelll

se ênb uê ìplros opunu ou sp5uppnü êlqos splêpl êp olunÍuol oxêìdLjlolop oìLêdsêJ e erê LuprLpnlp sLefoJ sodnr6 sop solrnu ìpnb oe eüêl olÌno

.sâìuedpllred so èrluê plf ueuossêlrPrluoluê eLlêled ênb'lpìnrLljpd ue'oeJlsuell eprdgr pp olerFr o loj êlpro] odru8 êp sêossnrslp spp osJnfèp ou êìê e uerplèdp ênb sopot rod op-puoLfuêur oloìq op oÌrêdsp o lo] êssf .opelìo^êr ê llrljlp ètuêlsêlope un p

lerrìã8up oqulìore3 urn ap opjpu oJsuell ep zêpLdpr p p^plelsêp erüel8ordo oLJol opoü o erê ìero, odru6 op sêluedllllred so plpd êÌue^êìêl êluêLllìerrêdsê êssojênb uror elzel ênb O'ul^êy opeupqr roppLlesêp êluêlsèloppLUn P^Prìsoru ê pìêlJul fulpH êluplpêulol oìêd epptuêserde opluTì ou!èu opeuês eun e]l 'oPs!^êÌêl êp plupr6old oulsêul oe spÌLèj ulerê seaueluodsêsPlruêrêjêl ísoqì!J lpur êp sollpsâp sop ìEntjh ofLdoì o ulol seut]uo sessêpsPsrê^Lp utê ê 'soxêldLuol sLeLlos sossêrold rpulLunl! eled elpêulol pp leLluêtod op sêtuêlr oBìse 'salopeslnbsêd so orxol ullsse 'sêtupdlr!ìted sO .pp

EqlllJeduror no urnurol e^llrêdsjêd purn opuLU.lnsêJ eqprp ênb ,ìetoJ odru8op sêlupdlfLljpd sop llrn êp zê^lel rsp^Lleuleql êtuêLlliplnr!ìted sêojElLr psopeuoLfPlêr sêzê^ selrnL! oes è,,sêgploq,, e sêreìLuJrs oulot sollJlsap rês

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156 Rosatine Barbour

palavras dos participantes, um argumento complexo, mas tambérn requermais exptjcacões do pesqujsador nâ qârantja de um reLato escrito,

REVTSÃO DE 5UA CODtFtCÂçÃO DE CATEGORTAS

O código de categorias provisório a seguir foj desenvolvido em uma oficjna na quaI os participantes eram pesquisadores mais experìentes do queos eavoLvidos na oficjna  e proporcionã um exempLo de uma sofjsticaçãoanaLjtica maior. Ajnda que essa tenhâ sìdo a prìmejra tentativa detes deproduzir 1lma codjíìcâcão de categorias, e(a serve como um bom exempto doque você pode esperar atjngìr ao revisar seu códjgo de categorias anterjor.Partjcutarmente, esses pârtìcjpantes da oficjna haviam seguido o consethogeral de tentar concejtuar em termos de polarjdades ou continuos, ambosos quâis sáo dìspositjvos úteìs (ver QLradro 9.3 ).

qUÀDRO 9.3 CODIFICAçÃO PROVISÓRIA DE CÁTEGORIÀS: OFICINA B

.O: re qã .êo ãp.-\ênrédo. "lÍdbFr

rcãi e1re. en vez de eÌ o'ae Ì oe,rpoÍLàrc è.1

ALCANCE DE UM EQUILíBRIO

Disciplina versus desenvotveÍ inclependêncìa/ìndividuaLidadeS-pêrp,ô ê."o,e'\rsdelegêr

'e:po ì.êb tidades ás cr'an(âs

Reagir desnedidàmenrê versus gãrãnlir segurança fjsica

Quê F' "b- i. do v-,çJ. " I rg qu- nãÕ r' L nèd-5êr Lreurótì.o ve6!s ìdentjíicàr sjiuações em que é precìso ìnleryìr

PerrnìlÍ coisas moderadamente em vez de as criancas íazerem as coisâs sem oconhecimento dos pais

IAUDANçAS,dO LONGO DO TE/Ì\PO

lúudanças cutturais/múdanças soclôisAs criançâs sào ma* vuLneráveis agora versús malor publicÍdade reslrttà nessas

Aprendìzado com o prirìeÍo íithoFlexibitidãde versus'1édeas cuÍtaí'Ver a infânciã diíerentemeÌìte agora qle se eíá Ínais veLho

E! acho que eú era lma criança te ívell

t(.nbnua)

( sop'rsê, no saluêrsèìope soÌlì+ uor sãlêp tc'rE^ ê sar-uè!èdxê sêjoppsrnbsàd rod pptnlqsuor èrred ro'Eu e'sãiuedltrLrred eor E!DtrO)

soPeurol!! slEd so apuêìuPui soquizl^(osad êrqos sêgisènb è^'snpú0 spJueur spu se]srunsuor sgg$êrd

sPl1ãrueuLl sÈÌruelsu.)11

êorèltos s'Ed € setro!) sÌewsarpd êp odnr6 op og$èrd sìed sorlno

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sÌed sop oÈ èluêìe^tnbê êsPnb ìêdPd un oPurunse sogurlsolrluêur êp sprlêìÕs sôgu ered èruèuì€Fêdsl

êpEprâqnd PU solsodo soxês êP soqìg re!| ãp oljEsêp oloYcnvnx!s

êpeplìenxês ep olrêds3r P snlraqp stÈw

êÌuê.rêtrp r3s êp P^Lleluêl snsrr/ sÌed solrdord soP iPnar rês ãp oÍâsôcspppn€êrsrsrã sê95ErLdsY

5tv1Nrèvd 5loSvlldsvsôpEpÌìrqEsuodsêr sE opurp!^rp sred

sr€sPr êrÌuè sPjuêra}rc

slvd owot stvsvl

onno o ered eLP un êp olusruEroduo) èp sag5euPÀ iisãrúêrsê^rêjê solu9úroH,El]uPiuì Ep so'E9Ìsê sêluôrèllP uè sred so erPd soljesãc

ã}!urì oe sÌed so opuelsâl soqìu sunElvoluêuelrodüor/êpPpuPUosr3i

so^DPrlunuor souêur opLrês saur!êwsÕpãrÊôs êP sÈrãL| srÈu opuès seu'uêw

seuruêu ênb oFuèd rorPu.r ua souruãe iìo souruèu ènb o6uêd rorPú i'rê sPuruaw

souruèe êp s€!êìos sê9úr PrPd ètuêUtE'râdslèpeprèqnd P!' soÌsodo soxèe ãp soqìu rPur ap o!]PsêP o

seuLuèu è souruaur €r€d sãotsènb sêluôrêlÌp úÕr opuednrodd ôs s'Ed

êluèrêlrp Puroj ep s€uìuèu è souÌuèu èp oluêue1-Dr10rèu99

sYiNYràl sY rulNr sviNrllltc

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158

A4ODELAGEM PÀRADIGI,ÀAS CODIFICADORE5

Todos os soÍfwores disponiveis enfatizam a necessjdade de se distribuiros códigos de maneira hjerárquica, como fiz acima. Contudo, e(es também

têm a facihdade de apresentar os códìgos de modo diagramático, como o

,Model ExpÍorer do N-Vivo, o que pode ser útit, já que isso permite a você

vìsuaLjzar as conexões entre as subcategorìas mais cLarâmente e com maior

sofisticação do que é possível usando tistas simptes lsso também pode ser

ìmportaáo em documentos, o que é um bônus extra É possivet usar esses

modeLos para resumir vi rtuatmente todo o argumento ou esquema explana-tório apticado a um projeto de pesquisa (ver também Gìbbs, 2007).

EÍn vezdever âs retações entre as subcategorias que estão agrupadas sob

diferentes temas gerais como probtemáticas, eu enfatjzo que serjâ muito

mais preocupanÌe se os dados pudessem ser divididos ctaramente em ca_

tegorjas separadas sem quaisquer conexões. ìsso, para mim, serja um sinã[

de que os dados podem ter sìdo forçados para se encaixarem em categorias

exisienÌes em vez de as categorias advirem dos dâdos, o que, particular_

mente nâ pesquisa quâlitativa, tende a ser comptexo e multifacetado, com

seções individuais da transcrição capazes de se encaixar sìmuttaneamenteem mais de um código decategorja, atgunsdos quais podên estar relacìona_

dos a diferentes temas gerais. ExcerÌos longos de dados ou mesmo curtospodem sêr codificados usando até nove diferentes temas ou subcódigos (e

jsso é possíveÌ em todos os sottwores). Âlgumas vezes exatamente a mesma

seção de umâ transcrição está retâcìonada a mais de um códjgo, mas, em

ouiras situações, asseções assocÌadasa um código estâo i nseridas em seções

maìores, que podem estar retacionadas a um códjgo mais gerat. Em outros

momentos, os códigos podem se sobrepor. Para um exempto de excertos de

dados codificados que mostram anin hamentos e sobreposições em ação, vej a

os exemptos fornecidos peto retato de Frânktand e Btoor (1999, p l48-149)sobre como realÌzaram anátises sistemátiaas de materiaìs de grupos focais

gerados em seu estudo de tabagismo e interrupção do hábito de fumar no

ambiente escotar,

De modo a itustrâr como os códìgos podem ser quebrãdos em subcódigos,

baseej meem categorj as desenvotvidas para proporcionar um entendimentodos dâdos produzidos nas oficinas com o tópico da presença dos pais na

hora dos partos. A Figurâ 9.1 proporcjona um exemplo do tipo de dìagramaque pode ser produzido. Eta começa ao se observar os diferentes tipos de

retacões qìJe podem estar envo(vidos e as questões discutidas em retação

a cada uma destas. O diagrama começa a demonstrar como subcategorias

estão inter relacionadas, com, por exempto, as questões "tornar-se uma

íamitia" parâ o "casat" também envotvendo uma mudança na reLação

com "amigos e a familia mais ampta". Outra questão é a jnclusão tanto dos

'..spllêrpq,, ê :(êluplpj êluêruJplnr!ìted ,,èssêlêlu! êp êpeplunuo),, eunourof, uer L6Jêurê splê ênb e[,se]lêlred sep sepnllle pled o8lporqns uJn L!or)oljed op proq eu sled sope5uêsèrd p êrqos sêgsl^ sp èrqol ên b i.,sieuolssLloldsêpnt!]p,, :solJEd êp opJnpuof pu sop!^ìo^uê soluêullpêlold sopeuoDeìêJ êsânbt,,ìpuoLssLlold oluêulE!ruèrê3,, :so8lporqns sêluLnEêsso prpd sopeuáLsèpsopPp Llrof 'i(rìEuotssLlold,o8rèl êre!êtuL,, ep eLrlêt o eroldxê €.ó ernÊu v

'íJo]êlord]êdns lês,, o8lpofqns oe soppLlosse urprolsolr9luêurot slel rcp êp ol^ltp uês oqlpqell o Jellodns E upleìêulorduofês ênb êp 'oÌdruêxè Jod 'sêJêqìnu, sp opuplqu.iêì ,,.ouês e olrnu,, ìêdEd nêsurèrP^êì suêLilotl sop olxêluol ou Elsê ossl .êluaup^llp8êu plsL^ ê .sêqlsprosPlrè) rrlê ulèquel ènb seLU .tpd op lèded op p^lÌlqod e)lìsllàì)eJer eulnouor eìsl^ ê sèzê^seujn8ìe ênb .,.opueluol êp zo^,J pp ìenp pzêJnìeu e Plnì-dpf êlê ênb è eLUpl8eLp êssêp ollêdsp êlupssêrêìuL Lxfì .sLpd sop ìêded opsêoSnrlsuor p opJeìêr urè (oser êssêu :pfllrìEue uè8elue^ Plpd sppesn €sruèpod sêpEpueìod ouor erìsou (2.ó PlnFU) so6tpor èp euPl6plp oltno

.o6!ìle no ouoìplêr un ujã oejês purn êp oroJo rês êpod oss! lpnb ou 'aluêrê,Lp oìuel LUn pulpJSeLp un tê^ìo^uêsêp Eledoppsn Jês êpod ossl ê 'so Lllsod sop olupnb oe5eìêr pp so^!]p6èu soltêdsp

'sèosr^rpqns :oPierupol t.ó vàn9B

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FIGUM 9.2 Codificação: Positivos.

lnlerface lejgo-profissionat

FIGURA 9.3 Codificaçáo: múttiptas jnfluências.

'8ó61)rêìrêB ple^(oH ourof 'opntuoJ .Lurnulluo, un Lrleurlo4es no (selsodosêo5prurLlp ''xê d) sêpeplleìod p pLruêlêJêr urê spllrlsêp Jollìê{.lr rês lllêpodseìê ês rPsuêd ìl]r,ì g Lugqule] 'sp^Llfêdsjêd seu oeJpLle^ ep opLluès rêzeJoY solLfiìdul retsè ujêpod urêqlupl sêìl ltlrêlêJ êluêujelp!ìdxè urêpod sêl-updlrLìred so slenb sop seurêÌlp no sêgsuêl êp prnrord e èJdL!ês eÍêlsl

'spn6uu êp êluppnlsê oLlor prLêlletr equLuI opeSêulolopuêl lpLluêUêdxê putn8ìE orluêl nê ênb o ulor o8le €lJerêllt pfLlutr €usPPlrênbêr selanbpp spurlxold sLpLu o9s sep!^ìo^uê sêpep!)lqeq spp seun6ìeenbosLtêdêluêLr]leuo!selO.orLêluLrod urê6eproqepssaopelopplê1LUês íopeldordp opupnb sêìêp ornod urn letlldp pssod oeu êfo^ ènb eled sêQzel eLl

oeu seu ostn)srp ê oe)eslè^uo) èp êslleue uè soppsn sopolètrl soe JtèulêJLla8eproqe pssì rupSèrdulè sèìè Jnb .so]llolèr so^L.lLsodslp è e)uJluês êpsêo5nrlsuol oursèL! ê ruJê6pn3u!ì e oe5uêÌp lelsêrd ê opuplêde oetsê sêlupd-lfllrpd so srenb soe soltefuol so eled p êle lêlaueLurêd êÌuplrodL!! f

'olnlrdel ouJlxojdou epeqìplèp pLuroj êp opLlnrsLp ê êdlnbê èp oessnlsLp eìêd oppuoDtodoldofLlrleue ìpLruêlod oê 'iptuasêrdp es reulÌd lrslprlìnu êd!nbê e Lnbv.slpossêdsêpnllle ouror 'sê^u! oe 'se-opuprêpLsuor rLuê spLêpÌ sE êpuo ep rêlêqu-olêr sLeLu opu soLuêpod ênb uê oìuod oe soppzltputêluL ujplol e[ ê]uêL!lè^p^oJd sJlê ènb eÍ lè,/el ênb op telpJ èp ìLrpl slprx è ossl .sèlóultdt)slpsoìsodnssêrd soudord snês ,,rezrlpuêìqold,, no lpuoLlsênb ètuêl rorLêul!.ld

!prqurêl es èp sLêln oes ènb sêoJ€tuêuo spurn6ìe eq (pl^ppof sellno ènb op lllE,t sLpur oss! ulèJêplsuor seossêd spunSle'epL^np LUês 'ênb ppulp 'op!^ìo^uê e[ê]sê sEnp sep ofnod uln ênb oÌLêdsns',.rejnldPr,, no íleulsuè,, oBs sep!^lo^uà sêpEp!ìlqpq sp ês êrqos opLleqêptugt '(t002) ÁêìsrêruLupH opulnlru! 'sèrolne solrp^ .so^LlelLìenb sopoìêulíreursue,, ês êp e^lleluêÌ eu opl^lo^uê orlesêp o pqurìqns oss! ê rsopErllsl]-os êluèrüetrlìeue so6rpol lê^lo^uêsêp eled ìLrel plnutol eun pq opN

's!ed oujo) ê sl€uolss!,lord oulo) sêluêlsLxà sêluêlsetuLlslp sPp sg^ertp sLed sop e5uêsêrd ep orLdgl op ês!ìeup p êluerpêulsLê^lssod slq6tsu! so êrqos solleluêLlol L!êJpuorfrodord ê uêrpìuêoes opês!ÌPue êp ossètrold ou ropesLnbsêd oe uprelun[ ês êpnes êp slpuolss!]oldsunSìe 'zê^ eurn slew oessnlsLp Lrlê sêoJpdnroêrd â sotsodnssêrd rproìolered sêze^ selrnur 'sêluoj sêìuêrêJrp sessêp ruêllpd slgroJ sodnr6 uê sêos-snrslp ê soueluèuror ourof rertsuorxêp oE p^llplpdLUol ua6plup^ ejpd oss!Llesn ê sourèl sou sopol ânb srêdpd soìdllìnu so opSerêpLsuof ulê L!p^êìsêìf sLed è sêeur 'èluèue^!ìtêdsêl ,outo) êpnes pp sleuolssLJold êp sLelrossêg5ru]suof sp ueuLuJexê sêìuessèlêìul êluêLlllplntLlled so8Lpolqns sLop',.s!euoLssLJord sêpnlllp,, seoe5eìêJ L.llf .rezlìEuolrPlêdo êp ì rl lllp lês euêpodoled ou sLpd sop e5uêsèrd ep ìEêpL o ênb ujejêfêquolêJ ofLtqnd o otupnbsrpuorssLtord so oÌuet slenb çoìèd sopoul so leloldxè eted sepesn txelol ènb

L9'sLProt sodruD

162 Rosaline Barbour

p. 9) sugere, não há cronograma parâ tãjs jnspjrâções; em vez disso, fãzparte do jncerto e continuamente evolutjvo processo iterativo da pesquisaquaiitâtjva:

Nenhum dos truquês de pensamento neste livro tem um "tugaÍ própÍjo"no cronogrãÍna pâra a constr!ção de tat disposjtivo (no caso que estâmosdisculindo uma codií1cação de categoriãs). Use-os quando parecer quepodem fazer seu trabalho jr ãdjânte no conìeço, no meìo ou perto do fimdê sua pesquÈa.

Muitos pesquisadores quãlitativos apeLâram à noção de "saturação" paradescrevero ponto no quat julgam que a codjficação de categoriasé suficien-temente eficiente pârâ não necessitar de mais âcréscjmos. Esse ponto, con-tudo, é um tanto itusório. Como Mauthner e cotaboradores (1998) sugerem,quase sempre é possível retornar a uma base de dados e identificar novostemas, talvez âpós muitos anos, Levando em conta em sua reanátise insighfsobtidos de outras leìturas, projetos de pesqujsa subsequentes e eventos davida pessoat. Contudo, no "mundo real" dos prazos para relatórjos a entjda-des fìnanciadoras e términos iminentes de contrâtos de pesquisas de curtoprazo, é sábio contentar-se com o que poderiâ ser descrito como uma codiÍicação de categorias "boa o bastante". lsso não jnocenta o pesquisador deengajar-se no processo jterativo descrito, aphcando Lrmâ ãbordagem exten-sÌva e sistemática para o desenvotvimento de codifìcacões de categorias oudocu mentando os passos tom ados durante o processo de ânálise. Entretanto,em úttima anáLjse o nívet de detathamento necessário para codificações decategorìas depende do propósito a que você quer colocar seus dados. PorexempLo, para escrever uÍn retatório a entidades financiâdoras, pode nãoser preciso ìr ÍnLrito além das codificações gerais, bastândo usar subcódigospârâ dar detâLhes itustratjvos. Esquemas de codificação mais sofistìcados,como o itustrado na Fìgura 9.3, podem ser usados pãra escrever artigos majsâprofundados na têoria para revistas acadêmicâs com um foco discjptinarespecifico (ve. a djscussão mais detalhada sobre a apresentação de achadosa partir de grupos focajs no capítuto 10).

Fl poNros-cuve

Fazer sentido dos dados quahtativos por mejo do desenvoLvimento e daetaboracâo de urn esquema de codificação é úm processo comptexo e ine-

'sêroLrêlsod soFlìre êp otoj o rês ulêpod ènb

9f 'nlnq!.rle 9! Clo^ ênb sol}no so ênb op soppqìelêp sleu selro8êtplêp so8!p9l êlrersêp prunu rso6Lpol snês lpsL^êr essod gro^ ênb ppulv .

-solsodêrqos no sopPqu!ue

'son3!Ìuofrês uJèpod soBLpor so ope udord e leqle 9ro^ olupn b sêq5pl-LJrpor sPtuPl rêqèrêr êpod olxêt êp o95êsrênbìenb ênb êp ês-erquê l .

'nêrolo oss! èpuo êp.rPloue êP ês-ènbLlLlrêf spur'euêì ujn êpsleu qos rêrêrpdp ruèpod splro8êlp)sp ênbêp ês êtquêl .

'(sêo5elLlLpol sesou.rlrsgjre no sêg5erêllP sP^ou PlPd spLêp! sP^ou opuerê6 ê SepEs!^êrsêgJelLl!po)se opuesn opuerll!porêr ) sê95!JrsuPll se ê (spulâl sorlno esEUo6êteropueroìeêr noseUoEelprèspurêlopupêLxouâr noopuelUêlsêrte) selo8êter êp so8Lpgr so êJluê èlueluppr]êdêr ês aluêul!^ow .

'sLerê8 sLeu seurêìqos seì gdnrãe êrntord ê selro6êter se èrluè sêqxèuor sp êJqos êsuêd !

'sonutluot êp no sêpppuelod êp soìlllêìulê sessêldxê ogs se^llrêdsJèd ês êp è spuelLp no sêosuêì lênbslenbêp etou êurol sêluedlrltred solèd sopp8êrduè sorlrolêr so^ltlsodslpêeJuêluês êp grnlnJtsê 'Lrlê6en6uLì p ê sêlupdl)LÌred soìêd sope8êrdruêsolLêrr.rol soe elrêle Pfêtsl lrold D so6Lpgr ê o l^-ur so6lpol enìrul .

.sp!.ro6êlel êpsêgJelLjlpol reroqsìê ered (ojlê]or) sorrdol êp eLnF nês wê ê!J ês ogN !

:sopEp snês êpopLlues lPrlxê e]eiêulol êp ol!êdsêr e s!êln sêoSplueuo seuln8ìp 'opnluor'LuêtsLxl Ol, olnlldel ou opLtnrslp ê uèqlxpì og5e8or.rêìu! êp ossèrord êssl'sopelljlluêp! sêgrped ê solLêruof êp sê-o5êfxê no sêluepJorslp soldLuêxêsop znì e sêos!^êr P sotLê[ns ê]uêLxPnuLluo) oes sPuoSê]er êp soãLpor so

ìenb ou 'o^lsuêtxê ê orLlgurêlsrs o^llprêl! ossêlord un ap oLêLu rod opllqoê ro3!r O se^iìêìor sêpepLluêpr ê sêQs!^ ep oluêurl^ìo^uêsêp o pqluLllsêpênb ossêtord op opun]ord sLpur oluêurLpuêluê un reuoLrJodord ê lptoqeÌêèp olrun leLluêtod nês êp oqunurêlsel Lxn ê íosslp zê^ ulè :sLplo] sodnJ8uoreslnbsêd epoejellLll!Ì pun 'olupÌêrluê

!ê ogLl selJo6èÌer èpog5prLllporPllrLlo eun urê 'sepot rod zê^ pLUn êp 'Isoppfolp rês uessod ogu soppp soenb ãp otej O oquluer oìêd urêzpl selê ênb sêo5Efll!ìenb ê sêç5u!ìslp spê seluJPde Ueurot ês ênb sêQ5pìuor selrnur se opulnìruL (sêÌuêpuodsêr

solêd spppSêrduê slElros sêg5nrtsuor sepelLlsLlos êtuêueÏp spp slr/6lsujL!êfêuro] so^llellenb sopolgu so ènbrod pp ês ossl .(osnJuof,, êìuêrxêluêl

E9t

164 . Rosahne BarbouÍ

I lerrums cot,tPLEi ENTARES

Estes trabathos oferecem mais orientaçõessobrecomo começar a analisardados provenientes de grupos focais:

Gi.tttts, c- (zoo7l AMIyzitA Quoritdtive Doro. {Book ó of lhe 546E Qhlxative Resear.h Kit).London: sage. PubLjcdo peta Ànmed Editora sob o tituto /nólìse de dodos qualitotivôs.

Hussey,5., Hoddinoit, P, DoweLL, J., wiison, P and Barbour, R.5. (2004)'The sicknes ceÍtification s,ftem in the UK: a qualitative study of the viM oÍ generaL praciitioneu jn Scottand',8/rìthh lte.ticot JoutNI,Szat A8 92. (vêr materiais complementar6 Pah umà análise detalhãdado quâdro de codificaçáo desenvotvido)-

Kelle, U. (1997)'Theory building in quatjtativê resear.h and computer pÍogíãms for the ma_

naeement of textLiaL data" sociologi@l Research online, 2: http://www.socreson_tjne org

ukt2tzll.htí \

^,tcEwan, M.J., Espie, C.Â., üêtcâlre, J., Brodie, M and Wlson,

^{.Í (2003) 'Quatitv of lire

ãnd psychologicãl development in adotescents úth epilepsy: a quatitative invstigation using

Íocus group methods', seizure, 13: 15 11.

^ ason, J. (199ó) Ourlttdttve R?searchtng. London: sage (especiatmêntê o Capítuto 6 sbre

seteçáo, organjzãção ê indexaçáo de dãdot quatitawot.

^{elia, K.M. (1997) 'Producing "plausjbtestories": jnteMewingstudentnlrseí, in G. r'litter and

R. Djngwatt leds), contexf ond Methott in Qlnlitative Reeorch. Londôn: sagê, pp. 26'3ó

osuêsuor o PLseuêp urê]ezllEluê ruêpod slprol sodntS so ênb êfèquorêl èìf'odnrF uJe opieJêluL ep sel!$!rêtreler sêtupllodLUL se sepol êtuêuerltLtpuprpsn èreldpJ ourol ârqos setlp seurn8ìe puolflodord ê êln)src .sLero,l sodnr6uro) PsLnbsed Pìêd sopElue^êÌ sof!Ì!ìeup soLlpsêp so ploldxê olnltdef êlsf

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srvlod sodrìucI\IOf VSINÒSSAVN SO]IIITVNV

SOIdVSSCI

166

e sugere mejos de evitar ou ao menos de antecipar essa tendência, Aindaque o grupo seja â principal unjdade de anátise, também vate a pena tevarem consjderacão as vozes ìndjvjduais no grupo, e este câpítuÌo apresentaatguns exemplos que mostram os benefícios de se prestar atencão a essaquestão. Também deÍnonstra como o método de comparacões constantespode ser usado para interrogar sl-miLaridades e diferencas entre grupos, proporcionando vários exemptos extraidos tanto de oficinas quanto de estudosíinanciados. AutiLidade de se produzjr uma matriz ou grade é satientâda, jáque isso permite que se identifiquem sìstematÌcamente os padrões e evitaanàlises impressionàoas. aumentàndo o ngoí I deÍerdido que as tac-nassão tão importantes quando os âgrupamentos nessas grades, e o potencialanâLítico dossitêncios (com aLguns êxem p{os i tustrando a im portância do quênão é dito em contextos partjcu[ares) é expLorado. Aseção final é a respeitodo uso reÍLexìvo dos históricos pessoaise profissionais dos membrosda equipêde pesquisa como um recurso na anátjse dos dados do grupo focat.

S uso oe TNTERAçoES E DrNÂMrcAs DE GRUpo paRAVANTAGEAA ANALITICA

Assim como Kitzinger (1994) enfatiza, o objetivo de desenvotver gruposÍocais é captu rar a interação entre os participantes. Em vez de sj mptesmen teextrair os comentários Íeitos petos i ndivíduos, g randes diüdendos podeÍn serobtidos ao se prestar a devida atenção ao que está acontecendo durante ummomento de interação, uma vez que o todo pode ser infinitamente majordo que a soma das partes. Na oficina em que os participantes djscutiramsuâs experjências de uso dos serviços de ctínjcos gerais fora do horárìo deexpedjente, um grupofocal formutou uma sotução que envotvja uma trjagempor uma equipe de "enÍermeiras tetefonistas". lsso estranhamente previuos princípios básicos do NHS 24, que foi introduzjdo algum tempo depois, esa{ìenta a capacidade dos grupos focãjs de desenvolverem sotuções,

O modo no quat osdados sãoapresentados pode resultarem uma apresen-tação simpLista demais de discussões complexas (Green e Hart, 1999), e háumâ importantediferenca entre relataro conteúdo da concordância atingidapeto grupo e presumirque todos os membros necessariamente compartilhamessas mesmas visões fora da situacão específjca criada pela discussão dogrupo. O exempto anterior ilustra a uti(idade dos grupos focais parâ colheras habitidades criativas de solucão de problemas dos particjpantes, mas acauteta deve ser exercitadâ a respeìto de extrapotara partirdìsso parâ fatarsobre as opiniões dos individuos. GruposÍocais podem enfatizâr em demasÌao consenso (Sim, 1998).

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oìntldel rè^l sèteqêp è optuLdo êp serL,èlèJlp sp lp)o^o td èp sèzpoef se9è^olluof 5pêle sp sleul Jeloldrà a etrueploìJot pLün èp è8uol ered opssnrslp e lrznpuot eled sopelèfoJd solfl.)lêxè no sêolsènb Jp,oqeìd::_

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orsodnssrrd o uro) opuejddo erèÌsê ,opn.,nu."o o "r,Ëiã,_i.;;;:,;;il:ïj LUn ê oeu .oJplJ è .ossl .ìeulj èluêlèof og)lsod eun,6ulÌp,,,",;;.:1;; sèossn)slp splLnu ênb ue1r"uro, r6661r njrÁ6

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L9, r sr€)ol sodtuD

'í 68

das tentativas de se usar números de maneiras que assocìem signiíicân-cia aos verdadeiros valores, e o que eu descreveria como "quantificaçãoitusória" (Barbout 2001). À abordagem à anátise de dados defendida porRitchie e Spencêr (í994), chamada "anátise por tâbêLas", depende do uso deuma tabela para ìdentiíicar padrões nos dados. lsso pêrmjte que você vejaloqo no início a preponderância e dìstribuição dos comentários em temasespecíficos nos vários grupos focais convocados no decurso de seu estudo.Você pode deseiar produzir majs de uma tabeta para cobÍir um coniunto detemas e códigos de categorias. Um exempto é apresentado na Figura í0.1,a partir de uma base de dados cumuLativa gerada nas oíicinas com o tópicoda presença dos pajs nos partos. Essa tabeLa, ou matriz, resume a padro_

nização em relação ao tevantamento de questões especificas (ou códjgos)sob o tema geraL da jnterface leigo-profissional no contexto de cinco grupos

íocais (com homens, mutheres, ambos os gêneros, parteiras e profissìonais

de saúde do sexo mascuLino).

Enquanto a maior parte dos grupos conveÍsou sob re as barreiras e tensões,o medo de titígio é uma questão adicional que consterna os proíissionais desaúde. Os grupos de mulheres estavam mais interessados na discussão dosplanos de nascimento talvez porque etas tinham experiências pessoais nodesenvotvimento destes ou, no casodosgrupos de parteiras, na tentativa deresponder construtìvamente a etes na prática. Curiosamente, os comentáTiossobre os homens nas satas de parto sêndo vistos como um encargo em po-

tenciat estavam confinados aos grupos êxclusivamente femininos, com issosurgindotanto no gru po exctusivo de muÌhêres quanto no grupo de parteiras.Naturatmente, ambos os grupos eram êxcLusivamente femininos, ainda queo grupo de partejras também incLuísse atgumas mutheres que eram capâzesde se basear em sua experiência profissional e como mães. llm diagramacomo esse também pode se benefìciar do uso de inìciais (adequadamenteanônimas) para denotar comentários de individuos, e também pode ser útiIincluir uma referêncja à tocalização desse excerto na transcrição codificada(o que ajuda na selêção das citações para a escrita). Essa prática também

aedo de Plano dê

FlGURÂ10.1 Tabelas e erades.

ropeFpour op olelar ou L!êu oplfêtede el^eq ogu eLruele]êl essê .spLuêl

sorlno êp oìLêdsêr e sopep êp p)u ogì êluo, eun opp^old es p!^eq soluerqsuêuoq suê^or êp odnr6 o ênbrod zê^ìel eìêJror eurol ep pprnqule opLsPL^Pq êlUêLJìeêJ EIIUèJêJêJ pSSe ênb êS nl^ 'SeperlJlrê^ Luproj sêoJ!,lf,suellsp enb slodêp 'opnluo) serusq sêlãqlnu êp sodnl8 sou spuêdE opu]oloruèssê^noq solleluêLlor sêssê ênb p^psuêd ês ênb eÍ ,oupSue rod opmqpì9opLs Pl^eq oss! ênb uspsuêd àdrnbê ep solqurêru sop sun6ìv..(Eruprq lìrd p[o],, e elluêrêJêr elzej ênb ..so^Lleu,, sotuprq suêuloq suê^of êp odnl8 opoeJelp P equ!luor ênbrpuLurìêrd oÌpìêl uln lê^ urerêpnd èd!nbè ppsolquêurso lPnb ou'splsLrpJ sêluêpLlul opue)oJopnlsê o ê o^lÌPllsnl! oldt!êxê Lün

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69|"sLe)ol sodnrg

170 Rosaline Barbour

nem no reÌâto de outros membros da equipe, que sêmpÍe serão enviesadose parciais.

M I corueoslçÃo Do cRupo coMo ul REcuRso NAEXPLICAçAO DE DIFERENçAS

Diferenças na composição dos grupos aLgumâs vezes podem fornecer umaexphcação para diferencas observâdas na êníase ou no conteúdo das dis-cussões, ainda que, é ctaro, seja jmportante nâo conctuir nada precipìtadâmenÌe, mas também procurar, de forma sistemática, por exceções nessapadronização. Nâs oficinas que usaram a presenca dos pais em partos comoo tópjco para discussão, grupos constituídos apenâs por mutheres fatarammujto mais sobre os aspectos íntimos de dar à luz.

Dada a prêponderância de mutheres entre essas pesquisadoras interes-sadas em pârticipar das oficinas de grupos focais, âpenas ocasionatmentefoj possívet fazea grupos só com homens. Entretânto, as discussões prove-nientes desses grupos eram notavelmente diferentes, propor€ionando uminteressante contraste com os dados gerados em grupos de gêneros mistos.Em grupos só de homens (com moderadores homens), os homens fataramem maior profundidade e mais extensivamente sobre o Ìmpacto emocionalde estar presente em partos, aparentemente sentindo que etes tinhampermissão, nesse contexto um tanto fora do comum, para fatar de seussentimentos mais detathadamente do que o normat em particuLar, comono exemplo abaixo, quando todos os participântes eram pais que haüamestado presentes em partos (ver Quadro 10.í). Essa transcrição se destacapelo fato de os homens terem falado consideravetmente mais do que o queem gerat acontecia nos grupos de gêneros mistos. A hnguagem também eramais emocionat, ainda que Colin tentasse se distancjar usando certas gírjascomo "cara", e mesmo Nick utitizasse várias vezes a palavra "cara" juntocom um retato emocionado de suâs êxperiências. Curiosamente, não haviaexemptos, como o de Cotin, de pais admitindo sentirem-se difêrentes emgrupos em que mães também estivessem presentes.

A discussão que se segue é dependente não só da composição do grupo,mas das caracteristicas do modêrador, como elas são percebidas petos par-ticipantes e a complexa dinâmjca envoLvida.

K uso oe DrNÂMrcAs DE GRUpo coMo uM REcuRso NAANALISE

Brannen e Pattman (2005) reftetem sobre os comentários criticos feitospor homens sobre a atuação dos administradores a respeito da imptementa

,, iPossêd errno êp oqlu ras 3nb üêl ossourês ôpod olu êì1,, ô (êìe p ês-úeluÕÍ sorÌnô so â !) |]â urêÌ sis{ nêW rlèrupc

(opuu) aursse u'nr opr è êì: (oduôr ousêu oÈ) :u'ìol'"êlrêuìElrêd$ 'êpeprê^ eu !orrno rod ètè

i!€r€rorì sêlê ês rêllrn6rêd êur 9Ísêzê^ sEtre nê "ânbê)ared " souê^o s9! o!]ul'.,oqìg nês çlsê mbY,, srodêp Prorl Prèu eìo^ èp oprzPrÌ rot êlê oEìuê " ìêruEc

(s94 olrêrE)

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LLL r s'Pro] sodnrg

172

Colin: É... e interessantê, hum... hum, eu acho, essa é interessante. Novamenre,eu estou reftelindo sobre o meu... meu... a... a úttima experjêncìa quando, sabe,Kirsiy estavã dêsãcordada, então, efetjyamente, sabe, a criança ioi reaLmenteenrregue a mim náo a elã.

Colin: ...em um, sàbe, enlão íuieu que vj o pirratho saìndo e recebendo reani-.ìrâção minima e tât e então, sãbe, jncubâdo, ê todãs êssas coisas mas... mãs, na!4ddoe. po, r,È- o qudr o o di. h, ry,do.,Bdvd d m.n,md pd'" e.d " rd,r. qupela qüerìa desespeÉdâmênle e eu não ê eu então tive... eu (Íisada) sabe, maseu não tjve nenh'rÍnã dificuLdade um tanto para â minha surpresa ern aceitàressa, hã, cÍjança que eu partjcutaÍmente não queria. Agora, eu não sej se foì lodaa, sâbe, toda a expenência, ou se o negócio de eslar presente no parto e o... io1instrumentãl nÈso ou não, mâs eu poso imãginarque ãjudãriã. Mas seria realnenleeslranho se você eslivesse íora no seu poco de pelróleo... e ai voltasse e lá estavasuã íamítia pronla, isso serìa um ianto "Wowl", sãbe, nào seria?

(Excerros dâ oficina de grupo íocal com pàÈ)

çáo de potitìcâs volladâs à íâÍnília no âmbiente de trabâlho em grupos íocãissó de homens moderados por umâ pesquìsâdorâ mulher Eles comentâm queâs djnâmjcas de grupo possjbilìtaram umâ dìscussão partjcuÌârmente ânìmâdã e sugerem que essa foi uma sÌtuação em que a moderâdorâ dispunha deumâ posjção especiâl, na quâl e[ã recebjâ um certo sfdlus prìvitegjado.

Aigumas vezes, contudo, as dinâmicãs de grupo operarn para incjtar osparticipantes uns contra os outros, como iLustrado no exeÍnplo â segujr (verQuadro 10.2). No contexto das discussões das ofìcjnâs sobre a presença dospãìs em partos, a ìnfluêncja das pârteìrôs era aparente, de modo que certasquestões eram majs prováveìs de surgjrem ern particuLar, vendo a presençados homens coÍno LrÍn jrnpedjrnento pâra a prátjca das atribujções profissÌo-najs (como taÍnbém pode ser visto na Fìgura 10.1). Em vez de simplesmenteprocurarìdentjficar as vj5ões dosvárjos partjcipantes, a atenção aocontextoem que os comentárìos sáo fejtos e as trocas entre os membros do gruponos permitem desenvoLver uÍna anáLise que Leva em conta as comptexjdadesenvolvìdas, inclLrindo as expticações, justificativas e hipóteses provisóriasèd è.tèdd5 pel05 pdrt cipê ì-es de _o-sa pesquisa.

ìJ panttctpaNtts DE GRupos Focars coMo "coANALìsTAs.Os participantes de grupos focajs, que, como dìscutjdo no Capituto 6,

mujtas vezes são bastante habilidosos a respeito de jnterâgjr no ambiente

'(t Ot olpenÒ rê^) sPlLlU€uP sLPtu

'sêluêrêjlp êluêLupr!ê5!t sêluêì rod soluèLuplroduor ê se^Lllêdsrêd sPlld-grd ssns !uêrpqìo p spossêd mê]E!Proruê èp srProl sodnrS sop êpEplrpdp)p opu€luê!ì€s'sêrPlndod soLurèt,íjezLleluèlqord, no r€uollsênb êp Luplêp

ês soLusêLLr sêìê ênb Plêrel eìêd sopPtxsPrsnluè êluPlsPq ès uereurol sodnr6so,,e^ êp sèìr pdr) I ec so op .l)è orsJu èssèp ot\è.lJor o- !JPq.!ef (t 0LorppnÒ -rê^) seì ?puêjêp oP rr Pr€d sopP.rPdêld uP^Plsê sêìè ê6uol oEnb ê

spossêd spp sêqsL^ sPp sêq5PpPrE se LuerPìè^êr sLP)ol sodnl8 so rolLlelrod

'Eplpuêlêrd Plurol Pp olLêrP èssoj ogu ìê^93LuP ou-lrèl Lun ouor lLlPl^ sêìe

ênb o ês sopplLêfêr ès-urê.]!luès no rêpuêro ês LuPllèpod ênb u€rLpnìesorlno

I €suêjo êssesnPr oss! êslÌDdouralop osn oresuêdêr LuPllPs!rêrd sêìê

ênb Lup5èquolêr 8 oìnlldPl ou optlnrsLp ìProl odnr6 op osPr o Lol otuolsêlupdLllred sun6ìE ênb ppulY opLlêrêÌuo)p P^elsê ênb o êrqos.,rezuoê1,,E ê seroppslnbsêd so üor otunÍ reìnlêdsê p uersiêLuol ê rsorlno sop sP

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ELI

174

QUADRO 10.3 PARÌICIPANTES DE GRUPO5 FOCAI5 CO,IúO "COÂNALISTAS"

Os participantes brancos natjvôs" dos grupos focais reaLìzados sobre etes, durante â pesquÈa sobre as denúncias de incidentes rccÈlas âludiíanì à habiilatpratica €scocesa de adicjona. "ie " a uma palãvra para rorná ta diminLtivâ, corno em"chjppie" ( "chìp shop". unrâ lan.honele), "bookie" { 'bookmakêE', fabricantesde livros), ou "oftìe" ( "offlìcence", de tjcença).lrsoé partìclLarmentê observávela respeìto do uso de diminutlvos para nomear pessoas, coÍÌìo Je.ny expiicou:

Ao dizer isso, a cuLtura da costa oeste sempre abrevìa tLrdo e cotoca !!ie" nofinat Jimmy: Hugh náo, é Hughiej Wjllìam WiLty. "Pakistâni" e um tanto lonqodemajs, então íìca abrevìado como "paki". {Grupo de protisslonals lormado poÍm!lheÍes bran.ãs "Nativas")

Com poucas exceções, ôs erupos íocais d€ pafti.ipantes brancor ìndìcaràrn quejsso era âlgo qì.re eles viam coÍÌì cerla sentimentatidade, e várìos deíenderàm quêestender tatusoa Lrma rnìnofa éhjca significava âceitâção. Alóm dÈso, aÌgu.s dospa(icipantês, como as mutheres citadâs àcima, argumenlàràm que elas úsavam otêrmô prki como uma ãbreviação pàra designar propriedades ouúas que a raça, oque itúíra o mÕdo pêlo qLal êsse Lrro se emaranhou no jeìto popuLãr de íaÌàr aoponlo de ser núito dìfi.i1Èolar sê!s signìficados precúos. ELten seg!iu íornecendo

Und_.oJdporJ e-n".oJ"q,-ãb'-mu..o.-.o-Íer'ên.llo!è-ae. tôs è

toja locat que íaz isso- Tenho uma Loja pêrio da mjnha cãsa que e châmada de"pdk' brânca" porque é de pêsoas b.ancas. 1...)Eta está abeda nas horas nìàisabsurdas e e unì carinha brãnco alrás do baLcão. (Grupo de proíìssionajs íomadopor mulhêres brafcas "nâtjvãs').

QUÀDRO 10.4 PARTICIPANïES DE UM GRUPO FOCAL "PROBLEMÂ1IZANDO"ÌER/vlOS/CONCEIÌOS POPULARE5

Curiosanìente, a djscussão em um dos grupos asiáiicos reconheceu a Íìfluênciàconslìtujnte da educação cuLturat escocesa e demonstrou simpatiã à perspectivade que as pesôas podem usar a patavía rem pensar. Um dos pa.tjcjpantes do sexo

É por câusa da clllura em qle eles crêscerarn... vejâ, à íamitìa nos chama de"pakjs". Entãa etes peqam iso de seus pais e, obvìanìente, há presão dos pa.ese dos grupos de pares, enlão ese é o ripo dê ambienle culturâl que sotìdiÍlca e$asfrases. Ao mermo lenìpo, eles podem não ser reatmente rãcistas nesse seniìdo, masse tornã um tìpo ie termo normaljzâdô. Eles reaLmente não se dão contâ de que é,sabe, racÈta. (Hornens grupo iocàlcom represenianlÊs de organizaçÕes asláticàt

i acErrAçÃo DA coMPLEXtDADE

Como enfâtjzâdô prevjamente, aé atqo simples e clâro. Em vez de se

ãnálise dos dados do grupo focaI nuncaìntimìdar com a complexjdade, insiqhls

(serlrglsp sêrêqlnu suã^oí êp ìErot odnr9)'''êrrPr\, 01 PdPrp o oroá$p ìoo rê^ oçnqP ê ..oa, ÌP se nos nr 3_brod 1.. s

,,orBaunosnêênbrod1,.'aqes soquso^rèuotrnodúnsoúprgrsorlryupouor tquânb 'sêzè^ sF 'oqrv -.,opueuoosênb sPuêde ueÍãrsè eìè za ìer,,

Ìiêsuèd seuõdena 'aqPs 'sPUr 'or!$RtrrPs o1!ãí un êp sêzãÀ sEunBìv 'sEprop sEtunSrêd ãp odLr oopot opuPìun6rêd ê ruuu urè opuPtuqr seossêd sPluPì ê^!l Pt nê írêzlp orãnò

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v ordwfxr ::rovorxrìdwof vo oYfYUo'ìdxl ç or oucvnõ

'(9 OL orpenÒ rê^) u]êlolo sêlLrêplrrL sêssê ênb Luê ì€uollprêtuLolxêtuor op rèpuêdêp êpod osçl sPr Pì) sêoiPêu lìêp rêlêuroJ ìL]LIp uereqreê o€5€nt!s s êluè6ulluot è opplljLu8Ls o ênb urer!ê8ns sortno 'ssro^lnbêu!oprs rl]Pquêl !eurlre ep€lilrêqlnur eouor's€ossêd seuJn8lPênb epuÌY,,so^rl-PU,, SO)Uprq êp Sodnr6 so èrluê ê^noq ênb €urol Pusêü ep rP)Lulè euouruèp sntrÌs o opue.llurPdtro) sodn"6 sop o.ÌLèp sèosr^ èp q3ìue)reu seiuèr-èlto u èctlrp1 oulo) sod_,6 ço è.ìJà sèl te)teul sèoiPtP^ è^nol oç oPN

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't76 Rosatìne Barbour

Considerando todos os dados que os grupos focais geraram para esseprojeto conjunto, pareceria que, para atguns participantes brancos dosgrupos focais, as discussões dos grupos proporcionaram um fórum onde etescomeçaram a exptorar as impticações de atguns de seus comportamentosnaturatizados para aquetes do outro lado da história. Entretanto, para atgunsdos participantes pertencentes a "minorias étnicas" as sessões permitiramque eÌes refletissem sobre a potenciat Lacuna entre a ìntenção do faLante eo ieito com que etes mesmos interpretavam os comentárìos. Assim, os dojsgrandes agrupamentos poderiam ser vistos como convergindo a um ponto,ainda que parÌìndo de lugares bem diferentes.

K stirtuntoloes ENTRE os GRUpos: quEsroNAMENToDAS SURPRESAS

As simitaridades entre os grupos podêm ser tão esclârecedoras quanto as

diferenças, e pode-se obter vantagens anâLiticas prestândo bastante atençãoa isso e consjderando as impLicações para o esquema explanatório que estásendo construído como produto da pesquÌsa. As simitaridades parÌicutar-mente quando os grupos focais foram convocados com o propósito dirêto desalìentar as diferenças podem vir como uma surpresa, mas é importantequestionarmos os resultados da mesma forma minuciosa, O excerto a seguir vem de um grupo focal com jovens homens brancos (ver Quadro 10.7).Entretanto, já que esse ponto não foi mais desenvoLvido, essa referênciapoderia ter sido perdida, se a equipe de pesquisa não estivesse aLertâ paÍao temã e se o processo de anátise tivesse sido menos sistemático. lsso sa-lienta a importância de se continuar â questjonar os dados mêtodìcamente,sem desconsiderar importantes sjmitaridades que podem se provar insiglÌts

K os srlÊNcrosAquito que não é dito pode ser tão importante quanto o que é dito durante

as discussões de grupo focat e, na verdade, em todas as situaçõesde pesquisaqualìtativa. Poland e Pedersen (1998) detineiam os múltiplos significâdos queos siLêncios podem ter. Âbordagens realistas à produção de dados veriam os

siÌêncios comoum probtema (CotLins, 1998) asertidadocom uma moderaçãomais sensíveL. É ctaro, aLguns sjLêncjos podem ser o produto do pesquisadorcortando a discussão ou sê omitindo de fazer perguntas essenciais. Não so-mente pode o pesquisador ser responsabitizado: a cutpa também pode serrepartìda com o participante, e Potand e Pedersen (í998, p. 301) destacamo geralmente impti€ito pressuposto de queatguns pesquisadores quatitativostêm do que constituj um "bom" Íespondente.

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178 RosaLine Bãrbour

Os si lêncios que têm potencial anaLítico, contudo, sãoaquetesquenão po-dem se. imediatamente atribuidos a fathas da parte do pesquisadoÍ ou dosparticipantes da pesqujsa. Como PoLand e Pedersen (1998) argumentaram,esses sáo recursos valiosos na análise, já que tanto o que eles chamam de"silêncios de estranhamento" (quando as questões não têm reLevância paraos pô rtici pantes ) q uanto os "sitêncios de famitiaridade" (quando asquestõesnão são expticitamente mencionadas, j á que sua im portâncìa é nâturatizada )servem paaa destacartêmas significativos que de outra forma podem passarsem serem notâdos. O moderador atento e sensjbilizado peta teoria pode sedâr conta desses sitêncios durante uma discussão de grupo Íocat e pode sercapazde se aproveitar dessa oportu nìdade para trazer a questão novamenteao finat do grupo, usando um comentário introdutório como, "outros gi'uposfaLaram sobre X, mas isso é atgo que vocês não mencionaram..." .

CONTEXTOS PESSOAIS E PROFISSIONAIS COMORECURSOS

O que geratmente aterta o pesquisador tanto para ênfases quanto paraausências nos dados é a disjuncão entre suas próprias ideias e aquetas repre-sentadas nos dados. Burman e cotaboradores (2001, p. 451) refletem: "Talcomo mulheres que um dia foram meninas, nos movemos entre sermos pes-quisadores/ observadores/ ouüntes e sermos participantes, já que aspectosdas experiências das meninas ressoaram como as nossas próprias". Burman ecolaboradores (2001 ) também aludem aos insÌghts proporcionados petas dife'rentes respostas e interpretaçoes dos membros da equipe de pesquisa. HaLL eCattery (2001) também satjentâram ovatorda reflexividade como um recursona anátise, e Bârry e cotaboÍadoÍes (1999) descrevem como Íia equipe depesquisa usou uma discussãosobre seus próprios posjcionamentos vatorativose experiências para vantagem no esctarecimento dos dados, por meio do pro-cesso do desenvotümento de uma codificação proüsória de catêgorias paraproduzjr uma anátise e tomar decisões sobre como apresentar seus achados.A equipe pode entáo seÍ um recurso vatioso na anátise. Meu próprio papeLcomo cientista social trabalhando junto com quatro clinicos gerais (CGs) emum projeto de exploração das úsõês e experiências dos CGs com âtestagemde doenças proporcionou uma vantagem simitar. Em um dos encontros doprojeto em que debatemos nossos códigos de categorias e revisamos nossatabela de códigos, notamos quê havia muitas instâncias de CGs lamentandoo íato de eles estarem com frequência em piores condìções Íísicas do queos pacjentes que vinhâm pedindo atestados de doençâ. Enquanto os CGs naequjpe compartìLharam a indignacão de seus cotegas, vi jsso como "dados".Subsequentemente decidimos jnctuir uma decLâração como essa em nossasegunda rodada de grupos focais para expLorar mais a Íundo essa ideia.

'solno sop oe5uPdès ensrezlleJue no ofurf,êdsê odnr6 Lun e oluerulfuèllêd o JeLuLlp ,sollnosoe oLodp ep êÌuêlque un lpuo!f,lodoJd roldurexêtod :opssêldxê essêopuesn Pìsê êÌuelPJ o êppp!ìeul] ênb elpd êFplsuof ê oppfo^ord sol--aÌ uêpod soueluêutor solìno ênb .oessntsLp pu urê8Jns sêÌe êpuo êpê rèsqo olxêluol êp proj soìtêtxê so rpruol oeu eled oppplnt equêl t

:êÌuln6ês o uênlru! sopep snêsêP O)!ìlìeue ìepuêtod o rezLLlrLxeu ê ro6u llluere8 ouof êp sêgìsê8ns

'soperoÌdxê ogs ueuoLlDdold sple ênb slq6jsu!so e sPpe)lJlluêpL ogs sêoJêlxê se olupnbuã .âìuêülelnfLllpd ,ê as!ìeue epoluêureuljêJ o êluunp 'sope)ljlpor souefxê soJìno ê so8Lpol solno êlluêoPJelèr ep opje8olJèìul eu lopeslnbsêd o è^ìo^uè èluêL!ètuènbèu ossl .sos

-PJ sun6lE uja sorLlDêdsê sêglped êp pt]p, p pJed 'êpepro pu .ê sê_orppdsêssê ered sêo5prlldxe rplnullo] ejed e)snq p oBÌuê ê (ruêSetuor êp odLìun8ìe êp o6êrdLUê op o!êur rod) sopep sou sêgtpzLuolped sep op5prulluêpLP ê etLìeuêlsls êsltpup p ered ìetluêssf (sèìlpd sep euJos e ênb roLpur,, lê5êpod ìe)olodnr8 êp sêossnfsLp sep {íopol,, o ènb urê euJloJ ejlno puJn eJÌsnìLossl 'ìeloJ odnr6 êp sêossês JêzeJ ès ep otLsodoid ìedlruud o è oBu êssê op-uenb ousêW'sêo5nlos slepuêlod relnurcj e sol-gpnfp uêpod sLeloJ sodnr8so 'seuêìqord ep oìun[uotr no pfLJr]êdsa oglsènb eun uIê ..uleq)n8Jê1u,,sonpr^rpul so sLPnb soìêd sunrol ouof rrlêJ!6e ov .slsodsêl puìn êp oE5rulsuol-of eu sopl^lo^uê sêluedlrlllpd solrp so ered sag5un] spìdllìnu p opuL^_tèsè la ru un êp slPL! utê opuêrroro sêzê^ spllnui sèossnJsLp Llol ,soxêìduolêlusurêluêrêul o9s sleloJ sodnl5 êp sopec .odnr6 op spllueulp sp pluof Luêopue^ãl (seìuPdltllled so êrluê opSplêlu! pposn op oê oexêìJêl pp e è srplojsodru8 sop sopep sop êsllpue pu sopL^lo^uê solJpsêp sLedlrulJd sop un

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êurou o ouro) !ê^ìo^uè anb '.,eìueluor opSprpdutol êp opoÌêut,, ou elodeês erllrtPuP urê8€proqe pLln sêqssnrslp sp eìueJnp opuêlàìuole srednjssosssrojd soe epep og5ueìe pu ê elloêl e|èd ppez!ìlqlsuès op5elêpoL.u eu'elroêl pu Ppesequê LilèÊprìsoule Eu eÌsêossêfold êssôpe pq)e ,êluêullou-aÌuP oPPìuêurnÊre ouol ptlllìeue srpul opSnpold eun lploqeìê ê o^rlufsàpeluãurelnd o lêpuêrsueJÌ lên b ês opupnb reìnl!led ue ,êluepueuêp ãluêurlPnìlêlêlu! ê ê odureì êllelseq êuosuol so^!Ìpllìpnb sopep ep êsLtpue epo^!ìPrêl! ossêrord o ênb '!nbe sopLrêulojsoldruêxêsopJllred p.êluêpL^ê l

6La r sLP)ot sodnrg

180 Rosaline Barbour

Preste atenção âo que está acontecendo (em termos de dinâmicãsde grupo e do produto finaL/objetivo) durante as discussões de grupo

focal. o grupo êstá produzindo uma consideraçáo cotaborativa, umasotução ou caminho potenciat, atgum particÌpante êstá sendo enco_

rajado petos oulros è reÌo.mulàr suas visóes ou experièn(iès ou osparticipãntes estão individuatmente revendo suas próprjas ideias?Ainda que o grupo seja a prìncìpâl unidade de anáiìse, você tambémdeve prestar atenção às vozes ìndivjduais. Enquanto os grLlpos focaispodem enfatizar exageradamente o consenso, o foco em membros in_

djviduais podequestionar consensos aparentes, ao satienta r quâisquervozes discordantes.Permaneça aberto a outras explicações para padrões identificados.Diíerençâs entre grupos taÌvez possam ser expticadas em relação às

caracteristicas compartilhadâs que em basaram suâs decjsões de amos

tragem. Entretanto, grupos íocaìs são fontes complexâs de interação,e outros fatores provavetmente desempenham um papel, inctusiveas djnâmicas de grupo, a contrìbuição de participantes individuais e

diferenças imprevistas entre individuos (em termos de carâcteristicasou de pêrspectivas).Atgumasvezes as simitaridades i nesperadas entre os grupos podem sertão escLarecedoras quanto dÌferenç45.A chave para a identificação de padrões em seus dados é usar a(gumtipo de contagem. Grades podem ser úteìs, mas apenas até onde vocêusar os resuttados como base para especutar sobre as razões para tajspadaões e começar â teorizar.os sitêncios podem ser iguatmente esctarecedores, dado que vocêpossa demonstrar que eles não surgem como o resultado do moderadorintervindo para cortâr a discussão ou faÌhando em questìonar questões

especifÌcas.Use reftexivamente suâs próprias reações a excertos das djscussões degrupo focaL, Contextos pessoais, assim como os djsciplinares, impac-tam em como jnterpretamos os dados, e a equìpe pode ser um recursovatioso na análise.

FJ lerruus CoMPLEMENTARES

0s seguintes trabâthos podem oferecer uma orientaÇão mais proÍunda nâ

anátise avançada de grupos Íocais:

Frankland,J.andBtoor,rú.(1999)'Someissuesarisìngìnthesystematicanatysisoífocusgrôlpmaterials', in R,S. Bàrbóúrând J. Kjtzinger (edt, Developing Facus Graup Reseorch: Politi.s,fheary and Pta(ti(e.londor:sage, pp. 1,14 55,

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'ró €lt dd 'â6pêDnoÈ :uopuo'1 .oro1 a^DorltDnò ';u!iltbuv,(spê)

ssêtuns .9 ! pup ueuús .vuL,.qtrrEas Árood pêtddp roj slsÍtEuE erep ê^rq!ìeno, (t6ó,) ì !èruêds pue.f .ãrq4!.Zl€ €62.1ò, '|U!nbq à po1!ìotrò iiq)pèsèr ê qEr

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sopPsn lês urêpod sle]oj sodruB so orxol êrqos êleuer ìeuL] oìnllder è]sl

SIV]OdsodtÌuo scr

OINSWI,\TOANSSECI

184

potencjat comparativo que dá aos grupos focâjs uma vantagem em relaçãoa suas capacidades de produzirem achados "transíeriveìs". Desafios en-votvidos na escritâ e nâ apresentação dos dados dos grupos focais tâmbémsão examinâdos, e algumas sugestões são feitas a respeito da antecipaçãoe da abordagem a essas questões. Finalmente, ete revìsa critjcamente as

possibilidades proporcjonadas pelas "novas tecnotogias" e espêcuta sobÍeo futuro da pesquisa com grupos focais.

G lrr'rrmçórs E PossrBrLrDADEs

Uma vez que o pesquisador tenha sistematicamente utitizado o tipo detabela defêndjdo por Ritchie e SpencêÍ (1994) para identificar padrões nosdados, a tarefa de produzir uma expticâção começa. Ainda que muitos pes-quisadores afjrmem empregar uma "anátise por tabelas", há consideravel-mente menos evidências que i n diquem sêus engâj amentos nainterrogaçãoena buscade razões para tais padronizações (Barbour,2003). Ritchìe eSpencerreconhecem que pensar indutiva e interpretativamente é uma habilìdademujto mais dificil de ser capturada (1994, p. 193), e isso pode ser o motìvopeto qual tantos pesquisadores se constrangem em tevar suas anátises umpasso adiântê.

É ctaroque atgumasdas jntuiçõês que fundamentam as nossas estratégiasde amosÌragem terminam não sendo produtivas para expticar as diferençasentre grupos ou entre individuos dêntro detes. Retornando ao estudo deBlack e Smith (1999), que exptorou as respostas de mulheres na Austrátiapara a morte da Prìncesa Diana, os pesquisâdores explicâm que, ainda que

houvessem suposto que a idade fosse ser uma dimensão importante, isso

acabou não sendo o caso. Felizmente nem tudo está perdìdo na pesquisaquatitativa se as hipóteses iniciâjs não forem sustentadas, ìsto é, se as com_parações quefazemos n a i nterrogação dos nossos dados não proporcionarema padronização, e, portanto, a aqujsição analitica peta quaL esperávamos.Já que os métodos qua{ìtatjvos e os grupos focais em particutar gerâmdados táo ricos, sempre há outras diferenças, dimensões ou paocessos quepodemos expLorar McEwan e colaboradores (2003) anteciparam quê hâve-ria diferenças maÍcântes nas perspectivas dos adotescentes com epiLepsiapaítici pando de gru pos focajs separados divididos entre os de 1 2 I 3 anos deidade. os de 14 15 anos, e âqueles de 1ó ou mais. No evento, houve sjmilarj_dades surpreendentes entre os grupos. McEwan e cotaboradores especutamque isso pode simptesmente refletir a mudança cuttural gera( envoLvida noaumento do "periodo de tempo" associado à adotescência e conctuem quepode ser proveitoso jnclujr pessoas acima dos 18 anos em Íuturas pesquìsas

sobre esse assunto.

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ue uP^Plsê slPnb so 'PuPlc ep sêg5eluêsêrdêr â sotLtqnd sosjnlslp soe elr-ucrêlêl urê sopEp snês LüPreuollsênb self o^LlP8êu ollnur o êlP opue8êqlê otìnêu oìêd opuessed 'o^l]!sod ollnuj o èpsêp pL ênb rrrnulluo) urn urâserêqlnu sep soÌuêur!Ìuès so ê sPìsodsêl sE rered{lof êp sêzedpr ujploJ(óóót) qtlurs ê ìreìE 'êtrour pns ê pupLc erqos sègJdêllêd sEu ìê^eloup5uêJâJrp pun urê Jelìnsêr nêrared ogu êpep! e ênb opLraquofer opuêl

ç81

í86

fato, também os grupos focais ) são vistas como oportunidades para "agarrardados" (Cottins, 1998, p. 1).

É ctaro que o estrito [imite dê patavras de atgumas Íêvistas representamum desafioetanto para a apresentação dos achados degruposfocais, e pode

haver a tentação de se abreviar excertosr ou de concentrar_se em acharexemplos de comentários "individuais" que possam ser vistos como refte_

tindo discussões estabetecidas em outra parte pelo grupo como um todo.Enquanto isso pode ajudar a dimjnuir a quantidade de patavras, pode ter o

efeito indesejado de tirar os comentários dos seus contextos e pode Levar o

leitor a se perguntar por que os grupos focais foram emPregados.

lnevitâvelmente, existe Llma tensão entre pubIicaros achados em revistas

acadêmicas (que podem permìtir um espaço para desenvotver argumentos e

apresentar e discutir excertos extensos de dados) e pubticar em Íeüstas que

provavetmente serão Lidas por profissionais de saúde. Então, pode ser o caso

de sê produzir exatamênte o tipo de artigo "resumido" tatvez para umapubticação que é tida por profissionais apesar de o pesquisador acâdêmicopoder achar que isso não faz ius à sofisticação conceitual de sêu trabalho.De qua(quer forma, crossLey (2002, 2003) usou as diferentes possibjLidades

oferecidas porduas revistâs em seu beneficio, apresentando seu tÍabatho de

formas diferentes. Eta usou seu artigo na socìal Scìence and ll'edicine paftexptorar os insights teóricos oferecidos petos dados de um dos grupos focaise usou seu artigo pubticado no Journal of HealtÍì Psychology para compararos achados de seus grupos focajs de modo a escLarecer ideias sobre saúdecomo um fenômeno moral.

Âindâ que haja, ineütavetmente, atguns que ainda considerem todas as

pesquisas quatitativas como não confiáveis e circunstanciais, os achados dosgrupos íocais podem ser bastante persuasivos. Macnaghten e Myers {2004, p.

77) refletem que "a reivindicação dê ter atgo novo a dizer se baseia, ao menos

em parte, na sensação de autenticidade trazida Pelas palavras coloquiais napáqina e o contraste com o registro dos argumentos acadêmicos presentes

ao redor". O poder dos dados dos grupos focais é parciatmente uma funçãodo seu apeto ìmediato e parcia{mente o resultado dos dispositìvos retóricosempregados petos autores (seate, 1 999). 0 comentário de Macnaghten e Myers

serve para nos tembrar das impLicações de preservar a íalta dê ârticulaçãodos participântes de nossos grupos focajs, enquanto engendramos um maiorrefinamento de nossas argumentações teóricas mediante o uso de diversosrascunhos (Bârbour, 1998b). Mais uma vez, não há respostas prontas, mas de_

veríamos tatvezquestionarse existe atgum vatorjnerenteem se recusâÍ a potiros comentários dos participantes, quando nossa intenção é apÍesentá{os sobforma impressa, em contraste com o momento em que analisamos os dados,quando preservar suas palavras originais é sem dúvida mais importantê.

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'188

focais adicionais indivíduos que poderiam legitimamente ter sido inctuídosnos grupos originaìs, mas trazêìos juntos em uma combinação diferente,agrupá-tos conforme diferentes características. Apenas os grupos seriamdiferentes, não as pessoas envotvidas.

M o porexctll plRA Novos DEsENVoLVtMENTos

É quase de rigor terminar fazendo apontamentos para pesquisas poste-riores. Contudo, não pode haver formas cêÍtas ou erradas defìnitivas de seprojetar uma pesquisa com grupos focais: as êscothas sempre dependerãoda questãode pesquisa, dotipo de dadosvisados, do paradjgma teórico, dashabilidades e dos pressupostos epistemológicos que o pesquìsador empregano tópico, da ambientação na quaL a pesqujsa está sendo realizada, dâ dis-ponibitidade e características demográíicas dos participantes em potencial,do fi nanciamento disponível e do prazo a pesqujsa. Como o empreendimentoda pesquisa quatitativa em si, a resposta estáem aprendera pârtirdeoutraspesquisas e considerar cuidadosamente, à luz das experiências dos outros ede sua própria experiência passâda, as possibiLìdades existentes em relaçãoa convocar e a executar grupos focais êm quatquer proieto de pesquisa.

Existem, entretanto, atguns desenvotvimentos recentes particularmen-te promissores retacionados ao uso dê grupos focais para avançar nosso

entendimento de identidades coÌetivas e destrinchar o paradigma teóricoanaliticamente rico que é o bobituJ. Enquanto o meu êntusjasmo a respeitodesses trabathos - reatizados pot respectìvamente, Munday (200ó) e Catta-ghan (2005) - sem dúvidas reÍtete os meus próprìos aprendizados teóricos edisciptinares, esses realmente me parecem ser trabathos com um enormepotencial para futuros desenvotvimentos dos grupos focais como um mé-todo e da análise de dados de grupos focais como uma prática rigorosa eteoricamente embasada.

M cnupos FocArs "vtRTUArs" - o FUTURo?

Tem haüdo um interessante debate a respeito do poiencial proporcjo-nado por grupos focais "ürtuais". Nesses grupos, os participantes não seencontram realmente, mas são reunidos por telefone, videoconferência,ou da convocação de grupos on-line e ainda pela utjljzaçáo de materiaisproduzidos naturatmente que estão disponiveìs em sites de djscussão naweb. Btoor e colâboradores (2001) satientam o imediatismo e o cotapso dadistânciâ espaciat proporcionados peta lnternet. Grupos de foco on-linesão particulârmente úteis ao se pesquisar poputações remotas (UnderhilLe Otmsted, 2003), e Kenny (2005) jutgou a conferência via telefone muito

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681

190

Quândo os pesquìsadores sê fiam em salas de bate-papo para "cotetar"materiais dediscussões preexistentes para propósitos de pesquisa, eles per-dem o controte sobre a quantidade de informações pessoais e situacionaisque podem cotetar para contextualizar as respostas (Btoor et at., 2001, p.78). A "coÌeta" de dados or-line também levanta importantes consideraçõeséticas (Robson e Robson, 1999). Stewart e Wittiams (2005) satientam as

compticações a respeito do armazenamento dos dados e da anonimidade,já que os dados originais estão automaticamente disponíveis para todos ospartìcìpantes. lsso significa que, ao menos em teoria, os indjüduos podemser identiíicados pelos outros por meio de um processo dedutivo de des-coberta.

Campbett e colaboradores (2001) e Underhitt e Otmsted (2003) acharamque as discussões on-line e os grupos presenciais produzem quantidadessêmelhanteg de dados e que havia uma qrande simitaridade em termos dostemas jdentif icados. Schneider e colaboradores (2002) também compararamgrupos íocais on{ine e discussões presencìais, no contexto de eliciar asvisões sobre um número de websites retacionados à saúde. Etes retataramqueas contrjbuições orì- line foram mais curtas e que a participaçãoera maìsuniforme. Etes conctuem qúe os grupos focais on- line e os grupos presenciaispodem desempenhar papeis diíerentes, dependendo da natureza da ques-tão de pesquisa e do grau no qual participâções iguais, porém sucjntas, sãoconsideradas importantes se compâradas a engajamentos majs extensosrainda que desiguais.

campbell e cotaboradores (2001) realizaram grupos focâis on'line e presenciais paraexptoraras perspectivas sobre riscoecânceí decóton. Os pârticipantes presenciais f oram recÍutados€ntre aquêles que f oram identificados(mas não setecionados) para participar de um estudo quantitativo, e os par-ticipantes on-line foram recrutados via uma associação nacional de suporteaos que sofrem de câncer de cóton, Contudo, a sua experiência sugere queos pesquisadores precisam considerar cuidadosamente as impticações de sefazer amostragens a partir de íormatos mediados porcomputador. Campbetle cotaboradores (2001) re[atam que os particìpantes em seus grupos focaison-iine tendiam a ser mais jovens, mais bêm educados e com rendas maisaltas do que aqueles paÍticipândo dos grupos presenciais. lsso pode sercrucìatmente importante dêpendendo do tópico sob estudo.

outro Íator paaa seí têvâdo em considêÍâção ao decidir entre usar dis-cussões presenciais ou mediadas peta web é a retativa importância dentrodo projeto em questão daquito que ocorre naturatmente, em oposição aosdados que foram facì(itados peto pesquisador. Ref [etindo sobre sua experiên-cia com o uso de grupos mediados porcomputador para estudarasvisões deprofessores universitários a respeito do uso de tecnologias na sala de aula,

-ro,5ê o uêzel sesuêduotêl se seul 'slpfoj sodnrS sop sopep sop êsLìpup puè oeJn)èxJ eu oluèuefèueld ou sopL^ìo^uè sLê^eJêpLsuo) sottesêp .;pl^npt!ês 'ruê]s!xf 'oppssed op seslor up[ès sêo5e6ê]p spssè ènb llluerp6 ê^âpSêSlleuE sPp oP5pzlìeêl e ê seuo6êÌPf êp SêO5eflJLpor sep OluêLrj!^ìo uesepo êìuêurêluêJpdsuerl _teleÌêr .ossLp ulêlv .elsLuolssêrdLxL urêEeploqp punrE8ôrdLueèp oe5eìuêì Ep slerolsodnr8 eEêlduê ênb lopeslnbsêd olêFètolderpd e rês 'souolEueìdxê spuenbsê êp sêosL^er ê sêgJe8ojlêlul spnurluot)spnsuof rêlueìsuolop5elpduorâpopolêL!O.epprêpuod ruêSpJlsoLrlpeunêp oreu rod ropllqo rol ouãld o Lle.rEduol ìelruêlod nês o ês êluêuros seul'soppllìsLjos êluêLrprLlllpup sopeqte rê^lo uèsèp pled sopPsn lês Luêpodsle)oJ sodnrS sO sopprêdns r!êlos e seuêlqord ouof oeu ê .oes ênb soslnfâlso ourotr seplrêl]uo)ãr urprês sêìuê^ìo^ê eluêLuêluelsuol se^llrêdsFd sp noodnr8 êp ssllueulp 'soppp ãp oB5elê8 eu loppslnbsêd opo^[Eo]uêLU! to^uêo ouo) soìlêdse ênb 'osslp zê^ urê {êl!t!Jêd seLU .sppLqêf,Fd sêq5pÌLruLÌ êsoLlPsàp úo) Pruoãp êp seroq spìLnu lopeslnbsêd op êluêurìEltualod ednodLUêqUrel ossl 'sEpeluodpsêp urpuês os opoL! orlno ãp ênb seÌs!ìeêJ! sp Lì-ppêdxê êp otuêuj!^lo uesep o plìuof, ê8êlord ossL soìuêLüelue^èl solêdopPs!^ odlt op soppp prpd .roqìpÌp,, urn ouor 'oìdurèxê lod slproJ sodnr8sop osnqe o reíerofuãsep ãp ulgìv o^rlelltpnb opoìêut un oL.llof slefo]sodn-t8 sop sorLEoloueìsldê ê sotlJosoìLl soÌueulepunJ so eluèrüesoppplntrêrêplsuor roppslnbsêd o ènb ìellnjl ê .opnluoJ .oe5lnquluor pns plezLLlllloered (9661 1è6uLzìL)),,urêpod oeu sopotêrx sortno so ênb soluod so tl6u!Ìe,,uêpod êluêurìpêJ íêluêurE^llellr e pppUdoJde sopesn ês rslproJsodnr6sO

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t6LslProJ sodnrg

192 Rosatine Barbour

::_:1!.1." p*". Rea(izar um grupo focal bem sucedido pode produzir umaveroèoerrâ empolgação enqüànLo o pesquisàdor gera Íìatêriais realmente

las.rnãnles e conecd a envotver -se(om rsso enqua,ìto e qerado, a,nda -.ii,ia.ìte( ipando análises e mesmo eticÌdndo a colâbor".ao Ot-,r, po, ii.ifintei àrncoproduzir considerações pretimjnares, mas ajnda assjm teorizaãas.

_Não há respostas prontas, mas há um ampLo campo para o uso criativo

e imêginàL,vo dos grupos Íocàjs. Devido á inerentc (exrbitiaaOe aos or,,nosíocãis as possìbitidãdes sao qJase ÌnÌinrtas. Idm"é. ; ;p;;;;";;;"":;;mêLiculoso demais na àplicà(ào dos gruDos.

" n"o rrarrb,a uo aonroalo

"ã âhatividade de suas próprÌès..cerLe?as dí5ciptrnares. n"roaos ãe prr"Ànào são reservados apênas à LomLrnidàde de puiqriruao,ur, ;ìi*-;i" i;lteressãntes possibitidades de colaboração com profjssionajs com habjtjdad;sde trabâtho em grupos um tânto dife;entes da, norru. l.oro.onruúài",admjnistrativos ou facititadoresde traba{hos em equjpe). AÌnda que não semos seus desafios, esse tipo de trabalho muftiaiscipLinai poae piopoicìo,ìaidìvidendos erLiLantes {Barbour, I999ar. Manter_se aberto a novas aborda-gens nào pre(rsa signifÌCat o sacrÌÍtcio de rigor, (omo ocasionalmente selôm€. MurLas vezes penso que erìstem oar atcior.o,n o gen".o J; ii,u."iui,o^e Iccào ctenLÍ'(a: à pura àber(u,a âs possibilidaoea proporcìonadã pe_ros gruoos fo(dis e a fÌccao Lienl,ficà destà(a os timÌtes dà imaginacào dopesquisadorê do escritor. Espero que você aceite esse desafìo ciiativa maing_oro-ièmenLe, enouànto êxpto.à as estimLltante5 possibitÌdades dpresentàoÀs pelos grupos Íocaìs (omo un- metodo qualquer qUe se;a sua discrotina.n;vet de exDeriencia co-n pesquisd, o, topi.o aà f"rfir.'

F potros-cnlveComo algumas úttimas patavras de orientacão, eu ofereco o seguinte:. Âjnda que os dâdos dos grupos íocal.s possam ser usados descritl.va_

mente. essa. abor oagem conLem iÍ,pot tantes ltÍnitèçoes.. tsusque maximizãr o poten(jdl compardtivo de seu esLudo por mejo deuma amostragem íundamentada teoricamente e de extensa interrolgacão da sua base de dados não sô com a iden$ftcaçao de paããei,nã5 Là.nbern com o esÍorco de eLabordt explìcacóes para etes,. us grupos.iocais podem produzir dados baslantã aoundanles e sem-pÌe hàverá consjdetável potenciaL para compàracoes, mesmo se ìsso

11r:: ,?'.u diterenre do que voce navÌà previsio o.jginatmenre aooesenvoLvêr seu quàdro àmostral.. 05,grupos Íocãìs oterecem vantâgens únìcas em re,mos de sdas caDã-c oades de aprimoràr a trènstêr ibìljdadê dos seJs achàdos

'(iln8âs_Prê^) spuo6alpr ap sè-o5prLllpor se uof oprolp êp spueÌ opun8ês sopezíu-p5lo o-ps oLror ìpl 'sêgssnrslp rod sopprèF sollDsê soJÌs!6êi soe ê selou sp

'sêg5lrsuerl sp êJoJêr ês oss! sleroJ sodnJ8 uor psLnbsed pN sopEp âp êsE€

'ropeslnbsêd o uor eluêLulPnp!^lPu! ê PlêrLPês-urêpuodsarror no solursê soluêL.unfop 'ìleur-e 'euolêìêl P!^ sPlsodsêlueql lueduof soJq uiour so anb ua'.,ìenlr!^,, odnr6 un ouJor pp!^lo^uê rplsèno lpro] odruã êp ogssnrsLp purn pred rLunèr ês êpod prupq V (sêroppsLnb-sâd êp êdlnbe elêd no lpuolsslJord odnr6 urn rod opluLJêp Lulssp) oppz!ìp!)êdsê oluêurl)êquol êp roÌuêlêp ourol oÌsL^ odnrt sp}gllpllêdsê êp p)upg

'soPeP sou sègJpPd sop e)!ÌPr!êÌsls oBSPf-llltuêp! e uellurêd ênb (sorpPnb no) sPleqel êp oB5npord Pp olâur rod seÌ-ueÌsuof, sêsì9ue .re!ì Lxnp ered epL^lo^uâsêp urêSPpioqvsPlêqpl rod ès!lEuv

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'êluèrêJlP euroj êp sopeulquior sLero, sodruE ua sPlunI seossêd ep sodL]sorirsêrir so rirêzPrl êluêujsêld uls enb nosPossêd èP sodLl so^ou no uê^lo^uêênb sodnr6 êp o-pjpfo^uor elod (seppz!ìpar opls urãrêl sêrpuLrrj!Ìêrd sêsLtpupse ê oplrroro uarêl 9í slelfluL sleroj sodnr6 so êP slodep) roLPrrI Pìpfsã pLr]n

Lue LuêÊpl}soLüe pp og5eLtdLüe p ès-êrè]êU olEglsê opunãês êp uièAprlsourv

otuvssolD

196 Gtossário

Codificação de categorias Tabeta ou sistemã para organizar o conteúdo detranscricões em temas e subtemas, Pode consistìr em uma lista de temasgerais com suas correspondentes subcategorìas ou envoLver representaçãoem forma djagrâmática, mostrando reÌações mais comptexas entre temase códigos de categorias. Essas tabelas podem ser geradas manuatmenteou por meio de um soltwore de computador desenvotvido para a anátisequalitativa de dados.

Construcionismo socjaÍ Abordagem que vê o fenômeno como sendo aÌiva-mente construido, mediado e sustentado através das práticas sociais (in-cLuindo interação).

Desenvolvimento comunitário Abordagem vottada para o trabalho comcomunidadês cârentes (em gerat, mas não necessariamente, em países emdesenvolvimento) com o objetivo de produzir conhecimento (que permitaa identjficação de probtemas e o desenvotvimento de potenciais soluções)ê com o objêtjvo dê mêLhorar suâs condições materiaìs e/ou sociais.

Discussão de grupo focal Grupo convocado para o propósito de uma pesqui-sa, tomando se os dados da discussão entre os partìcipantes.

Entrevistà de grupo focal Método em grupo que se baseia em perguntar asmesmas questões (ou série de questões) para cada participante sistemati-camente.

Esclâíecimentos íinai' Referem às trocas entre o pesquisador e os particj-pantes do grupo focal depois do término da sessão, podendo consistjr emresponderàs perguntas ou às prêocu pações dos participantes {comoexplicaro uso que os dados terão, ou os procedimentos para garantir anonjmida-de) e a provjsão de números apropriados para contato (de pesquisadores,serviços e linhas de ajuda), panftetos relevantes ou materiais informativosespeciais,

Estudo-piloto Estudo que serve dê testê de questões, guia de tópicos (rotei ro)e materiais de estimulo para descobrir se etes tênderão a eticiar o tipo dedados requeridos para o projeto de pesquisa em questão. O procedìmentotambém indica se determinadas linhas de questionamento e terminoLogiasão aceitáveis para os participantes.

Estudo! de método misto Referem-se aos estudos que empregam mais deuma abordagem para gerar dados, seia combinando métodos qualitativose quantjtatjvos, seja usando abordagens qualitativas diferentes (como ob'servàcão de càmpo, entreviÍLas ou grupos focais).

Grupo Delphi Essa abordagem se refere maisì em gerat, à combinaçãocom um levantamento: cujos rêsuLtados são enviados a uma banca de es-pecjâLjstas lver acima), que então os discute e toma decisões sobre suasretevâncias.

'êluêUreêUetuodsê L!êllans ogu selunSlêd sessê ep ospr ou êluêuros(âÌuêulollêlue Jê^) sorLdol ep eln8 un uJê s!eF8 sêo$enb se ouLtsêrleLxê sopesn oerês ênb sêJpÌuèLuêìdns suêl! no sêolsanb ops sêgJua^lèlul

'solrensn soFd sopPLluêlrêd-xê no SopLlêrêJo 'sop€zrueEro ops êpnes êp so5$rès so srpnb solêd sopouJso êluêuelllllr PulurPxê enb Pslnbsêd êpDPs êp so5!^-i3s ulo) pslnbsèd

'oessn)slp ep osrnrêp ou opuêzej oglsê ênbsêg5u!lsLp rènbsLpnb ê sopplLlLu6!s sêÌê UJol opuarêJplfsã (seìupdLlllled soesêgÌsenb opup)olor 'ìeloj odnlS Utn euêproor ênb lopeslnbsêd &peJêpoìiÍ

'seì 9)!ìdxê opuersnq ê se5uêrêjlp e sãpepuel!L!!s opueluè!ìes'sopeqle soLtdgrd snês J€z!ìenlxêluol prpd sopnlsê sojlno êp sopeqre êp osnoe opeuolleìêJ etsa L!èquel sodnrF sop orluêp Sonpl^lpu! saluarêlLp lodê sopejgdês sleroJ sodnJS urê solLêJ solpÌuêurof so êìuêrüer!ÌeuèlsLs ê pp-enu Êuo) rer ed uor ê rplsel}uof ê^lo^uf èluelsuo) oB5eJeduro, èp opo]9w

'reproqP êpuêtêrd Pslnbsêd P ênbsorldglsop ouro] uê ogssnrsLp p Jefoj p uppnÍe ê uElerorua ênb soppÌê[oldatuauìpLradsê no (oêpl^ êp sêdrìf no suoolJD, rsleuroíêp sègjê|ãs 'êpnps êpo95oruod êp soÌêÌ,upd ouor) sêluêÌslxêêrd slelrêtew oln Lu !Ìsê êp slpllèlpw

'sP^lssêldxe sPossêd urolsêgssnfslp êlupLpàur 'ope)uru6Ls op e^!lE oe5nllsuor plêd Luêfuns seupulnqsê95p sp ênb ep pLêp! p pqol8ul 'Ìp]nleu erlaueui êp ulêllofo ênb spfoJl nosêQ5eJêlu! ap og5p rêsqo p eìueurleurou ê^ìo^uê ênb eL6olorlos êp o6pfLqlêp eìolsf e PpelrossP eslnbsêd êp urêSeptoqv or!ì9qurls outsluo!)Elê}ul

'sleroJ sodnr8 sop sêqssnfsLp sPU seìraqot L!êrês p spêlp sp uedDâìueênbslerê3 sotuêueuol)èIp noseoÌsênbâp olun luoJ (ollaÌol) sorldgìêp pm9

'esFbsêd êp solLsodord prpd êluêurìeuFlloseppsuêd urpro, ogu spLx 'sLê^!uods!p oglsa ènb 'êluêulèluêpuêdêpu! sepeJ-ê3 sêqssn)slp LUê r!ìsâ^ul utêpod no '(sLpuolluê^uor sleul sletoJ sodnJB ujeouor) sêoÌsenb se è sotld9l so opuellp ê sodnr6 opuelo^uor Joppsrnbsêd ouor reroJo urâpod suê6eproqe spssl .ío^L^ op,, saluedpllled êìue ìper--odLuêl ruê selorì no unrgj êp sêgssnrsLp pL sLeLluênbês selsodsêJ oìuelopuê^lo^uè rqaí e opuesn sêo5eup^ no (slpLluêsêld odru8 êp sêqssês p sêl-PIurLs oes ênb) êuojêìêl rcd sêgssnrslp rês urêpod s!Ènll$ s!p)o, sodnlg

rprsè p nossed ,opeslnbsêd o sLpnb so e.red solrçr"r r"^", "p""fa"atlliXïÏÌÊ sop solquJêuj êp op5êps pLUn ãtuêursêlduJls no sêluedl)qlpd êp selo6qer

se^ou tl]of, sodnr6 êp opjplo uo) e lê^ìo^uê êpod ossl .êp!8old opnlsê ooìupnbuê epe)!J!luêp! roJ ênb prnlrêqor Eu eunreì pun8le rêqluoêrd eredsopefo^uol sleuolllpe sodruã so pzlrêlfelef, oule] èssf p6uuor todnJg

L6Louessoì9

198 Gtossádo

quadío âmostràl Un esquema para garantjr a cobertura/diversidade adequadâ nâ seÌeção dos participantes do grupo focaL. Lista combinações dâs

caracteristicas demográficas ou posìcjonamentos que provavelmente terãoum jmpâcto nas experiências e peíspectivas apresentadas. Quadros amos-

traìs podem ser representados em forma de tabeLâs para possibitìtar a ve-rificação do progresso à medida que os grupos são convocados.

ReÍlexividâde Diz respeito ao reconhecjmento da inÍLuêncja do pesquisador

em ativamente coconstrllìra situação quese propõe a estudâr. Também atude

èo uso que essês insigrìts podem tel no entendimenLo ou nà ìnÌelprela(ãodos dados.

Técnica do grüpo nominal Literatmente significa um grupo "convocadopara a pesquisa", em vez de ser um grupo preexistente. 0 termo é usado

com mais frequência para se referir a sessões de grupos que envotvem um

exercicjo de ranking, nos quajs os particìpantes geram um conjunto depriorjdades e depois as ctassiÍicam.

Transcrição Texto sobre a interação na discussão de grupo, em gerat repro_

duzido titeratmente.

TÍiangulação DÌz respeito às tentativas de comparar os dados obtidos por

meio de métodos diferentes, sendo baseada na noção de corroboração oú

vatidação trâzìda da tradição quantitativa.

ValidaçãopelorespondenteConsisteem tentativas (verbaisou escritâs) de

verificar com aqueLes que tomaram parte nos grupos Íocais a precisão dasjnterpretações e as descobertas produzidas pelos pesquisadores.

'tÊ gzE.ll)zr'üu)ud ÃtluD!',tt\eèei arq)erd ìerôuôF ur sdnorE snroj 6u6n, (góór'S ! lno+€€

'o ltDtltDnb Dstnbsêddâ slDrstì sopDo olnÌg ô qos Prol,pt pêr!!v eìêd op€ruqnd è6es :uopuor '\lry q)Joasaaa^tlo| mò 19VS aqt lo çì|ooÃ) tl)rDôsà\ è !)Dt\bnb ul DtDc ÌDósji á!l9n k0oz) w iques

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iuosuDtlv

'01+1,:\i)q 'qtDasõa qrtDaH à^tl'llDnb 'iq'pèsr dnoD snrot ,ô aê'^rê 0, (çó6, I rrnqsv

'9Q9 16ç:lç 'Á6oÌaPo5 ' Ápnrs ìe4Lduê ue:qrreãsãr ã^rÌ€lrì€nb u! ÍÌlIqE.!ìôr rêìer.€rurJo ô)eld êqI, u66l) 1'nPôxPW PUP-f'leuuLâM r'v t6u!lso9 "c r6uorsurv

'lz lt9 ,\q6 '^6oto)uo-otp^sd'.sdno$ snroJ ãuoqdêìêt Êu'sn Ápnls &oteroìdx3 up !àruer rseèrq lo )isu pêseèlur ue qrh6ur^0 oo çÌrãrã ì€rrôsoqrÁçd, (OOOZ) v'ììnl pop 't 'qsnu "9 '*U "v Írj "S 'uôFìddv

Ínq.suooì€:uopuol uarpÌrrlf 6u! oHot aptng êtêlduo) êttf juoBDnül uatí (8ó6, s Íqêìddv

'ãluedDored ocle!êsqo 3eqer8ouìl oìnnÌ o qos erorpl pãulrv elêd oper!ìqnd êãeS :uopuot (U, rurDásâà ártrDtïDnò1wS attJ to atooÃl uotÌDNêtqo luDdÕruod Puo tltrDasâa rtqdDr6olqE kood w'oulsor8uv

-09 6tt dd 'êÊpqrno! :uopuol adorrj u!úlPDld púD se^lpâda4lD16ólot1)ltsd :uolt'^ôuut pu, àaurq, lDuourzlur6ro ',(sp3) uosrêpuv'N PUP u!ìsoH W O !! !.ae!^er xe êqÌ to ãìeÌs e :uorÌE^ou!! dno$ Ìoa, (zóó, N'uôeâpuv

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