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GRELHA BRASIL: CONECTANDO MENTES, CRIANDO O FUTURO Sob os temas “Connecting Minds, Creating the Future” “Together for Diversity” e os subtemas “Together for Nature /Together for People / Together for Tomorrow” nos foi apresentado o desafio de como representar o Brasil como ator global em diversas áreas inovadoras e eco sustentáveis, além de mostrar o país com múltiplos atrativos, com sua diversidade biológica, étnica e cultural. Numa feira universal, todas as nações do mundo procuram mostrar o que há de melhor e avançado em seus países. Logo analisamos inicialmente duas diretrizes que nos ajudariam a atingir nossos objetivos para nos apresentarmos como únicos: o entorno e a expectativa do tema Brasil. 1. Analisamos previamente o contexto da feira: um partido definido em 3 anéis em forma de ogivas, com ruas curvas e jardins orgânicos (escritório HOK). Consequentemente analisamos os pavilhões representativos dos temas da feira: mobilidade (Norman Foster), sustentabilidade (Nicolas Grinshaw) e oportunidade (Cox Architec- ture). Além disso, examinamos também os pavilhões já selecionados de alguns países, como Espanha, Áustria, Inglaterra entre outros. Concluímos que todos procuraram exaltar através de formas orgânicas e materiais high techs, seus valores e sua cultura. 2. Refletimos também como o Brasil é visto lá fora e o que se espera normalmente dele: a exuberância do carnaval, o futebol, nossas belezas naturais entre outros. No entanto procuramos reforçar, o Brasil da técnica, da tecnologia, do trabalho, da responsabilidade e da sustentabilidade. Apontarmos o país ao futuro sem esquecer- mos da tradição. Revisando os tópicos acima adotamos a ideia de nos distanciarmos graciosamente do entorno e poder surpreender o mundo mostrando uma obra longe dos estereótipos conhecidos, atingindo este proposito com monumentalidade e simplicidade, elegância e sobriedade. Para atingir estes objetivos nos orientamos pela qualidade da arquitetura do mestre Lucio Costa, concisa, direta, sóbria, suavemente poética e monumentalmente graciosa. Sob este ponto de vista nossa proposta procurou ressaltar duas ideias: conexão e perspectiva. Adotamos assim nosso partido: não seria através de uma forma simplesmente curiosa, orgânica, exuberante apenas, exaltando a criação em si. Seria através de uma forma simples e imponente, pura, sólida, elegante, suave, discreta. Ao centro uma grande grelha com cubos perfeitos (4x4m) e de fácil execução, reforçando nossa identi- dade de comunhão, união, organização, integração, comunidade e de conexão na diversidade de nossa cultura e com outros povos. Esta grande grelha e todo processo construtivo do pavilhão, ressaltam as questões de conexão, entre mentes, entre culturas, entre línguas, entre povos. E reforça a ideia de perspectiva em pró de um mundo melhor. Além disso através de sua forma e materiais exalta uma sobriedade com monumentalidade graciosa. Esta área em função de ser aberta, com sua iluminação e consequentemente as sombras derivadas da mesma, reforçam de modo exponencial a ideia de perspectiva e futuro. Além disso, conceitualmente corrobora o tema da multiplicação: de ideias, de etnias, de biomas, enfim de sonhos. Nas laterais encontram-se dois volumes amadeirados encobertos por “cortinas” de cobogós brancos, que durante o dia dependendo do ângulo, aos poucos suavemente descortinam a textura de madeira criando uma atmosfera de elegância e a noite essa relação entre materiais é exaltada pela iluminação entre os materiais. Estes volumes reforçam a ideia da tradição intrínseca à nossa história: a relação moura-ibérica-brasileira. Por fim, estes dois vetores conceituais (grelha e dos cobogós) descritos acima, quando unidos se com- plementam e se fortalecem, reverberando uma série de valores inerentes ao país que desejamos expor.

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GRELHA BRASIL: CONECTANDO MENTES, CRIANDO O FUTURO Sob os temas “Connecting Minds, Creating the Future” “Together for Diversity” e os subtemas “Together for Nature /Together for People / Together for Tomorrow” nos foi apresentado o desa�o de como representar o Brasil como ator global em diversas áreas inovadoras e eco sustentáveis, além de mostrar o país com múltiplos atrativos, com sua diversidade biológica, étnica e cultural.

Numa feira universal, todas as nações do mundo procuram mostrar o que há de melhor e avançado em seus países. Logo analisamos inicialmente duas diretrizes que nos ajudariam a atingir nossos objetivos para nos apresentarmos como únicos: o entorno e a expectativa do tema Brasil.

1. Analisamos previamente o contexto da feira: um partido de�nido em 3 anéis em forma de ogivas, com ruas curvas e jardins orgânicos (escritório HOK). Consequentemente analisamos os pavilhões representativos dos temas da feira: mobilidade (Norman Foster), sustentabilidade (Nicolas Grinshaw) e oportunidade (Cox Architec-ture). Além disso, examinamos também os pavilhões já selecionados de alguns países, como Espanha, Áustria, Inglaterra entre outros. Concluímos que todos procuraram exaltar através de formas orgânicas e materiais high techs, seus valores e sua cultura.

2. Re�etimos também como o Brasil é visto lá fora e o que se espera normalmente dele: a exuberância do carnaval, o futebol, nossas belezas naturais entre outros. No entanto procuramos reforçar, o Brasil da técnica, da

tecnologia, do trabalho, da responsabilidade e da sustentabilidade. Apontarmos o país ao futuro sem esquecer-mos da tradição.

Revisando os tópicos acima adotamos a ideia de nos distanciarmos graciosamente do entorno e poder surpreender o mundo mostrando uma obra longe dos estereótipos conhecidos, atingindo este proposito com monumentalidade e simplicidade, elegância e sobriedade.

Para atingir estes objetivos nos orientamos pela qualidade da arquitetura do mestre Lucio Costa, concisa, direta, sóbria, suavemente poética e monumentalmente graciosa.

Sob este ponto de vista nossa proposta procurou ressaltar duas ideias: conexão e perspectiva.

Adotamos assim nosso partido: não seria através de uma forma simplesmente curiosa, orgânica, exuberante apenas, exaltando a criação em si. Seria através de uma forma simples e imponente, pura, sólida, elegante, suave, discreta.

Ao centro uma grande grelha com cubos perfeitos (4x4m) e de fácil execução, reforçando nossa identi-dade de comunhão, união, organização, integração, comunidade e de conexão na diversidade de nossa cultura

e com outros povos.

Esta grande grelha e todo processo construtivo do pavilhão, ressaltam as questões de conexão, entre mentes, entre culturas, entre línguas, entre povos. E reforça a ideia de perspectiva em pró de um mundo melhor. Além disso através de sua forma e materiais exalta uma sobriedade com monumentalidade graciosa.

Esta área em função de ser aberta, com sua iluminação e consequentemente as sombras derivadas da mesma, reforçam de modo exponencial a ideia de perspectiva e futuro. Além disso, conceitualmente corrobora o tema da multiplicação: de ideias, de etnias, de biomas, en�m de sonhos.

Nas laterais encontram-se dois volumes amadeirados encobertos por “cortinas” de cobogós brancos, que durante o dia dependendo do ângulo, aos poucos suavemente descortinam a textura de madeira criando uma atmosfera de elegância e a noite essa relação entre materiais é exaltada pela iluminação entre os materiais. Estes volumes reforçam a ideia da tradição intrínseca à nossa história: a relação moura-ibérica-brasileira.

Por �m, estes dois vetores conceituais (grelha e dos cobogós) descritos acima, quando unidos se com-plementam e se fortalecem, reverberando uma série de valores inerentes ao país que desejamos expor.

IMPLANTAÇÃOESCALA 1:500

DISTRIBUIÇÃO DE PROGRAMA

Áreas expositivas

Exposições temporárias/ auditório

Apoio comercial/ técnica

Áreas comerciais

Circulação coberta

Áreas administrativas

PROGRAMA A organização do programa foi realizada contornando a grande grelha.Estrategicamente nas pontas de todos os pavimentos temos banheiros, elevadores e escada de serviço/emergência, para suprir todas as necessidades dos visitantes.

No térreo uma grande rampa recebe o público para leva-los diretamente para áreas expositivas. Ao lado temos os acessos secundários para as áreas comerciais (café e loja) de fácil chegada pela frente do edifício, voltadas para área central, onde temos a praça dos re�exos, que recebe o público que desce pela rampa. Temos também um acesso externo nas laterais para publico e serviços para rápido acesso e saída.

Ainda no térreo na parte posterior nas áreas laterais foram locadas as áreas de apoio comercial em uma extremidade e áreas técnicas na outra, com saída fácil para parte lateral e posterior de serviço e perto de escadas e elevadores, para melhor conexão com outros pavimentos. Em frente à praça dos re�exos temos a área de exposição temporária /auditório. No primeiro pavimento temos 4 salas expositivas, e o corredor serve também de mezanino do auditório, além de áreas de apoio.

No segundo pavimento temos 2 salas expositivas, além da área administrativa, e acesso PNE e serviço do restaurante.

No terceiro pavimento temos o acesso do restaurante propriamente dito, mais reservado, através de uma varanda voltada para a grande grelha, com acesso à área de espera, bar e restaurante no pavimento inferior. Na cobertura dos pavimentos temos áreas técnicas de condensadoras, caixa d’água entre outros, além de placas fotovoltaicas para ajudar alimentação energética do pavilhão.

Pavimento térreo

1º Pavimento

2º Pavimento

Circulação vertical e horizontal

Estrutura em madeira

Chegada

Saída

TABELA DE ÁREAS

Área construída Área coberta aberta

Total

Exposições temporarias/auditório

Áreas expositivas para público geral

370,00 m²

1068,00 m²

757,00 m²

200,00 m²

200,00 m²

398,00 m²

1787,00 m²

248,00 m²

350,00 m²

2993,00 m²

810,00 m²

810,00 m² 3803,00 m²

Apoio comercial

Área técnica

Áreas comerciais

Áreas administrativas

Circulação coberta aberta

Área de projeção

Exposição descoberta

Jardim descoberto

FLUXOS – ESPIRAL CONTÍNUO O �uxo dos pavilhões funciona de forma extremamente simples.

Uma grande rampa recebe o público geral logo na entrada, que os leva para os pavimentos superiores no sentido anti-horário. O �uxo dos pavimentos segue esta mesma logica de visitação em espiral para o pavi-mento superior.

A saída é realizada pela outra metade da mesma rampa (dividida por guarda-corpo) mas no sentido horário de forma rápida e lógica, chegando diretamente na praça central para distribuição para áreas comer-ciais ou a praça dos re�exos ou a área de exposição temporária.

FLUXOS

Legenda de áreas:

01 - Acesso principal02 - Acessos secundários03 - Saída04 - Acesso VIP / VVIP05 - Café e Lanchonete06 - Cozinha / Apoio café e lanchonete07 - Praça dos re�exos08 - Loja09 - Depósito loja10 - Escada de emergência / rota de fuga11 - Sanitários12 - Elevadores

13 - Lockers14 - Depósito de lixo15 - Vestiários16 - Departamento de limpeza e segurança17 - Copa/refeitório18 - Sala de comandos19 - Departamento técnico de manutenção20 - Foyer21 - Auditório/ eventos temporários22 - Camarim23 - Apoio eventos24 - Apoio auditório25 - Áreas de apoio comercial

13 - Apoio auditório

PLANTA TÉRREOESCALA 1:250

PLANTA 1º PAVIMENTOESCALA 1:250

Legenda de áreas:

01 - Acesso pavimento inferior02 - Acesso pavimento superior03 - Exposição 0104 - Exposição 0205 - Exposição 0306 - Exposição 0407 - Sala Técnica 08 - Escada de emergência / rota de fuga09 - Sanitários10 - Elevadores11 - Apoio eventos12 - Sala de tradução