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i GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL OLIVO FRACARO EFM PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO: Colégio Estadual OlivoFracaro Volume I CASCAVEL/PR 2016

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE CASCAVEL

COLÉGIO ESTADUAL OLIVO FRACARO – EFM

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO:

Colégio Estadual OlivoFracaro

Volume I

CASCAVEL/PR

2016

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I APRESENTAÇÃO

No entendimento de que é imprescindível gestar um novo PPP (Projeto

Político Pedagógico) para a ação educativa escolar, se espera que a instituição

reorganize-se com base em uma nova concepção de conhecimento, operando com

teorias de aprendizagens e formas de organização do ensino que superem as

práticas pedagógicas tradicionalmente centradas na reprodução do “status quo”, a

demanda que hoje se coloca é pela formação de cidadãos participativos.

A tarefa de construção do PPP requer um longo processo de reflexão

(unidade teoria/prática) se preocupando em manter o fazer educativo. As discussões

sobre interdisciplinaridade e o aperfeiçoamento nas práticas de um planejamento

participativo, bem como a preocupação com a construção de projetos políticos

pedagógicos que confiram identidade e coerência às práticas escolares, contribui

com o processo de reorganização da escola.

Acreditamos que as bases de um PPP capaz de recuperar ou construir a

identidade da escola e dos sujeitos que congregam, podem se estruturar num

processoarticulado, engendrado e planejado participativamente, apontando uma

nova forma de agir, pensar e construir um trabalho coletivo no interior da escola.

Dessa forma, a escola contribuirá na construção da autonomia intelectual

dos sujeitos, possibilitando-os a participar e criar, exercendo condição de ser social

na sociedade.

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Direção Geral

Dário do Carmo Rocha

Direção Auxiliar

Manoel Tomé da Silva Neto

Secretária Geral

Lucimara Bertoncello

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SUMÁRIO

I APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 2

II INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7

III MARCO SITUACIONAL: IDENTIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO

ESTABELECIMENTO ................................................................................................. 8

3.1 Dados Gerais ........................................................................................................ 8

3.2 Oferta de Níveis de Ensino .................................................................................... 8

3.3 Turno de Funcionamento e atividades ofertadas .................................................. 9

3.4 Regime do Tempo Escolar .................................................................................... 9

3.5 Número de Turmas e Alunos ................................................................................. 9

3.6 Histórico do Estabelecimento de Ensino ............................................................. 10

3.7 Descrição dos Espaços Físicos e dos Recursos Materiais Existentes ............... 12

3.8 Organização Interna da Escola ........................................................................... 13

3.8.1 Direção ............................................................................................................. 14

3.8.2 Equipe Pedagógica ......................................................................................... 15

3.8.3 Corpo Docente ................................................................................................ 15

3.8.4 Setor Técnico Administrativo ............................................................................ 19

3.9 Instâncias Colegiadas ......................................................................................... 20

3.9.1 APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários ...................................... 20

3.9.2 Grêmio Estudantil ............................................................................................. 21

3.9.3 Conselho Escolar ............................................................................................. 22

IV DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO .................................................. 25

4.1 Caracterização da Comunidade Escolar ............................................................. 25

4.2 Índices de Rendimento Escolar ........................................................................... 27

4.2.1 Ensino Fundamental......................................................................................... 27

4.2.2 Ensino Médio .................................................................................................... 29

4.2.3 IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ................................ 29

V. MARCO CONCEITUAL ........................................................................................ 30

5.1 Fundamentação teórica – filosofia educacional e princípios norteadores ........... 30

5.1.2 Concepção de homem, sociedade, criança e adolescência ............................. 32

5.1.3 Concepção de Educação/Escola ...................................................................... 35

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5.1.4 Concepção de Gestão Democrática ................................................................. 36

5.1.5 Concepção do Processo Ensino-Aprendizagem e Papel dos Professores ...... 38

5.1.6 Concepção de Currículo e da Relação Professor/Aluno .................................. 39

5.1.7 Concepção de Avaliação .................................................................................. 41

VI. MARCO OPERACIONAL .................................................................................... 43

6.1 Forma de gestão ................................................................................................. 43

6.2 Proposta de formação dos docentes/funcionários ............................................... 44

6.2.1 Formação continuada ....................................................................................... 44

6.3 Hora-atividade ..................................................................................................... 48

VII AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ................................................................... 50

7.1 Proposta pedagógica curricular ........................................................................... 50

7.2 Sistema de avaliação e ações relativas à recuperação de estudos dos alunos .. 50

VIII LINHAS DE AÇÃO DA ESCOLA ....................................................................... 52

8.1 Especificação das linhas de ação para o trabalho pedagógico, administrativo-

financeiro e político-educacional ............................................................................... 52

8.1.1 Interação com a comunidade ........................................................................... 52

8.1.2 Estágio não obrigatório..................................................................................... 53

8.1.3 Sala de Apoio ................................................................................................... 53

8.1.4 Sala de recursos multifuncional ........................................................................ 53

8.1.5 Celem ............................................................................................................... 55

8.1.6 Atividades complementares curriculares em contraturno ................................. 56

8.1.7 Patrulha escolar ............................................................................................... 56

8.1.8 Prática Pedagógica .......................................................................................... 57

8.1.9 Acesso, Permanência e Sucesso na Escola .................................................... 58

8.1.10 Ambiente Educativo e Ambiente Físico Escolar ............................................. 59

8.1.11 Avaliação da Linha de Ação ........................................................................... 60

IX DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS ....................................................................... 61

9.1 Definição dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira .............................. 61

9.2 Definição de educação ambiental ....................................................................... 63

9.3 História do Paraná ............................................................................................... 64

9.4 Ensino da história e cultura indígenas do Brasil .................................................. 64

9.5 Brigada Escolar ................................................................................................... 67

9.6 Atividades de complementação de carga horária ................................................ 68

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9.7 Projetos anuais .................................................................................................... 68

9.8 Especificação de ações voltadas para a qualificação dos equipamentos

pedagógicos .............................................................................................................. 68

9.9 Especificação das ações que envolvem outras instituições ................................ 69

X AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ............................................................................. 71

10.1 Diretrizes para avaliação institucional e para avaliação geral de desempenho

dos docentes, pedagogos e funcionários .................................................................. 71

XI RELAÇÃO DOS ATOS LEGAIS DOS CURSOS OFERECIDOS PELO

ESTABELECIMENTO ............................................................................................... 73

XII

REFERÊNCIAS.....................................................................................................73

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II INTRODUÇÃO

De acordo com a LDB – Lei de Diretrizes e Bases n.9394/96, artigos

12,13,14 e 15 e Instrução n. 003/15 SUED/SEED a construção coletiva do Projeto

Político Pedagógico – PPP - tem por objetivo diagnosticar as necessidades da

prática pedagógica e também os elementos legais e conceituais que fundamentam

essa prática. Conforme a instrução n. 003/15 SUED/SEED o PPP:

- Apresenta a identificação e o aspecto histórico da instituição, o diagnóstico da

comunidade escolar, os fundamentos legais, conceituais, filosóficos, ideológicos,

metodológicos e operacionais, os princípios didático-pedagógicos e o planejamento

de suas ações, a fim de organizar e nortear a prática pedagógica.

- Deve ser o instrumento teórico-metodológico que subsidia o desenvolvimento, o

acompanhamento e a avaliação do processo de ensino e aprendizagem nas práticas

pedagógicas e nas ações desenvolvidas na instituição de ensino, com vistas a uma

melhoria na qualidade da educação.

- Subsidia as ações educacionais, permeado pelo planejamento e pela avaliação dos

impactos destas nos resultados, com vistas ao redimensionamento da organização

do trabalho pedagógico na instituição de ensino.

De acordo com o artigo 2º da Deliberação nº 14/99 – CEE/PR e a legislação

vigente, a elaboração do Projeto Político-Pedagógico/Proposta Pedagógica envolve

todos os segmentos da comunidade escolar e expressa a autonomia (pedagógica,

administrativa e gestão financeira) e a identidade da instituição de ensino.

O PPP do Colégio Estadual OlivoFracaro está legitimado pelo Regimento

Escolar, foi construído coletivamente, aprovado e acompanhado em sua efetivação

pelo Conselho Escolar conforme disposto na Constituição Federal, artigos 205, 206

e 209, no artigo 14 da LDB nº 9394/96, no artigo 2º da Deliberação nº 14/99 – CEE e

com o artigo 4º da Deliberação nº 16/99 – CEE, contemplando todas as ofertas de

ensino para que as ações e intenções previstas no documento se tornem um projeto

de escola, coerente, não fragmentado e dinâmico.

Dessa forma, o presente documento apresenta identificação da instituição de

ensino e os elementos situacionais (diagnóstico), conceituais (fundamentos teóricos)

e operacionais (planejamento).

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III MARCO SITUACIONAL: IDENTIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO

ESTABELECIMENTO

Neste tópico apresentamos o histórico do Colégio Estadual OlivoFracaro, a

realidade da comunidade escolar, da instituição em seu espaço físico, corpo docente

e discente, direção, equipe de apoio pedagógico, administrativo, serviços gerais,

APMF e Conselho Escolar. Essas informações são importantes uma vez que

possibilita uma reflexão sobre as relações da educação, da escola em suainserção

histórica, e suas relações com contextos sociais mais amplos.

3.1Dados Gerais

Denominação: Colégio Estadual OlivoFracaro- Ensino Fundamental e Médio

Endereço: Rua da Gávea, nº 1123 - CEP: 858817-660 – Fone/Fax: (45)3225-6662;

Bairro: Morumbi – Cascavel-PR

E-mail: [email protected]

Código do Estabelecimento: 41071956

Dependência Administrativa: Res. 741/16 – D.O.E. 04/03/16

Núcleo Regional de Educação: Cascavel-PR

Entidade Mantenedora: Secretaria Estadual de Educação

Regime de tempo escolar: Trimestral

Organização Curricular: Por disciplinas

Turnos de funcionamento: Matutino, vespertino e noturno

Número de turmas: 25

3.2 Oferta de Níveis de Ensino

O Colégio Estadual OlivoFracaro oferta as seguintes modalidades de

Educação Básica:

- Ensino Fundamental – Anos Finais: 6o ao 9o ano;

- Ensino Médio Regular: 1ª a 3ª série do Ensino Médio.

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3.3 Turno de Funcionamento e atividades ofertadas

O Colégio Estadual OlivoFracaro desenvolve atividades educativas em três

turnos: matutino, vespertino e noturno.

No período matutino funcionam os 8o e 9o anos do Ensino Fundamental além

das 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio Regular.

No turno vespertino funcionam os 6o e 7o anos. No período noturno 1ª, 2ª e 3ª

séries do Ensino Médio Regular.

Além disso, são ofertadas em horário intermediário o Curso de Línguas

Estrangeiras Modernas – CELEM – Espanhol aberto aos estudantes e a toda

comunidade e ainda Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo - AETE -

Futsal. O colégio conta também com atendimento especializado em Sala de

Recursos Multifuncional e Sala de Apoio de Língua Portuguesa e Matemática.

3.4 Regime do Tempo Escolar

A organização do tempo escolar no Colégio OlivoFracaro se dá de forma

seriada e anual. O processo avaliativo tem periodicidade trimestral para cada

ano/série de ensino em funcionamento.

3.5 Número de Turmas e Alunos

Os alunos do Colégio Estadual OlivoFracaro estão distribuídos em um total de

25 turmas, sendo 17 de Ensino Fundamental e 8 de Ensino Médio.

No total estão matriculados nos Ensinos Fundamental e Médio Regular 734

alunos. Desses, 286 são atendidos no período matutino, 327 no período vespertino e

no noturno,121. 63 alunos participam de atividades em horário intermediário no

Celem e AETE. No quadro abaixo é possível observar essa organização.

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QUADRO 01 – Distribuição de alunos por turma e período – Ensino Fundamental e Médio e Atividades Intermediárias

6º Nº alunos 7º Nº

alunos 8º Nº

alunos 9º Nº

alunos 1º Nº

alunos 2º Nº

alunos 3º Nº

alunos Español

A 26 A 29 A 30 A 35 A 33 A 37 A 27 T.Inter.

B 24 B 29 B 29 B 32 B 31 B 37 B 26 1º A

C 25 C 29 C 30 C 32 C 32 C 26 46

D 25 D 29 D 29 Futsal

E 26 T.Inter.

F 26 17

T/T 152 116 118 99 96 74 79 63

Número de alunos no Colégio - Regular 734

N° alunos intermediário

63

T.Intermediário Vespertino 327

Matutino 286 Noite 121 FONTE: SERE. Colégio Estadual OlivoFracaro.

Além desses, são atendidos nas Salas de Recursos 32 alunos nos períodos

matutino e vespertino e 40 alunos nas Salas de Apoio de Língua Portuguesa e

Matemática no período matutino.

3.6Histórico do Estabelecimento de Ensino

O Colégio Estadual OlivoFracaro – Ensino Fundamental e Médio, fica

situado à Rua da Gávea, nº 1123, no Bairro Parque Morumbi – Cascavel – Paraná.

O Patrono “OlivoFracaro” foi escolhido por políticos do município após a inauguração

do prédio da escola em 14 de dezembro de 1993.

OlivoFracaro nasceu no Rio Grande do Sul, aos vinte e um dias do mês de

dezembro de 1926, falecendo no dia trinta de outubro de 1990. Foi um dos pioneiros

de Cascavel, chegou ao município em 1956, onde trabalhou no ramo de madeireira.

Foi fundador do bairro São Cristóvão, iniciou a campanha para construção da

Catedral com muito empenho. Doou o terreno para construção do Parque Ecológico

Paulo Gorski. Lutou sempre pelo progresso de Cascavel, por isso foi escolhido como

Patrono do Colégio Estadual OlivoFracaro.

O Prédio foi construído pela Prefeitura em convênio com a Fundepar com

verba totalizada pelo Governo do Estado sob empreiteira. Em 1990 o Colégio foi

fundado e autorizado a funcionar com as quatro ultimas séries do Ensino

Fundamental pela SEED - Secretaria Estadual de Educação, através da portaria de

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número 463/90 de 13 de fevereiro de 1990, e funcionava no prédio da Escola José

Henrique Teixeira, neste mesmo bairro.

Através da Resolução nº 440/92 de 06 de fevereiro de 1992 ficou autorizado

o funcionamento do Ensino Médio, com o curso de Educação Geral – Preparação

Universal e recebeu a denominação: Colégio Estadual OlivoFracaro – Ensino

Fundamental e Médio.

Efetivou-se o processo de reconhecimento pela resolução de número 387/90

de 07 de novembro de 1990, iniciando seu funcionamento com 525 alunos de 5ª e 8ª

séries, 22 professores e 08 funcionários, nos períodos da manhã e noite. Nesse ano

foi fundada a Associação de Pais e Mestres.

Segue abaixo as informações sobre números de alunos, professores e

funcionários nos anos subsequentes:

QUADRO 02 – Número de alunos, professores e funcionários do Colégio Estadual OlivoFracaro

ANO N. DE ALUNOS

N. DE PROFESSORES

N. DE FUNCIONARIOS

TURNO

1991 576 25 11 Mat. e not.

1992 704 23 13 Três turnos

1993 814 31 17 Três turnos

1994 862 32 16 Três turnos

1995 859 30 16 Três turnos

1996 955 28 14 Três turnos

1997 1058 33 23 Três turnos

1998 1087 42 21 Três turnos

1999 965 40 19 Três turnos

2000 931 40 19 Três turnos

2001 910 41 16 Três turnos

2002 880 38 20 Três turnos

2003 880 38 20 Três turnos

2004 900 41 20 Três turnos

2005 915 40 14 Três turnos

2006 925 42 07 Três turnos

2007 918 41 07 Três turnos

2008 868 40 10 Três turnos

2009 860 42 13 Três turnos

2010 806 50 15 Três turnos

2011 811 49 13 Três turnos

2012 808 50 13 Três turnos

2013 775 40 10 Três turnos

2014 813 61 13 Três turnos

2015 942 75 12 Três turnos

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12

2016 941 75 12 Três turnos

Da data de sua criação até o presente momento, dirigiram o Colégio

Estadual OlivoFracaro os seguintes profissionais da Educação:

• 1990 a 1995: Direção Edithe T. Ceriolli, Diretor-Auxiliar Carlos Roberto

Guedes.

• 1996: Diretor Carlos Roberto Guedes, Diretor-Auxiliar Pedro Litvin.

• 1997: Direção Carlos Roberto Guedes, Diretor-Auxiliar Reni Elias dos Reis

Fontes.

• 1998: Direção Carlos Roberto Guedes, Diretor-Auxiliar Adilor Pereira Ramos.

• 1999 a 2000: Direção Cleonice Viccari, Diretor-Auxiliar Luciana Paulista da

Silva.

• 2001: Diretor Edu Lopes, Diretora-Auxiliar Cláudia de Morais.

• 2002 a 2005: Diretor Edu Lopes, Diretor-Auxiliar Victor Emanuel Abrozino.

• 2006 a 2008: Diretor Edu Lopes, Diretor-Auxiliar Dário do Carmo Rocha.

• 2009 a 2011: Diretor Dario Do Carmo Rocha, Diretor-Auxiliar Manoel Tomé da

Silva Neto.

• 2012 a 2015: Diretor Dario Do Carmo Rocha, Diretor-Auxiliar Manoel Tomé da

Silva Neto.

• 2016 a 2019: Diretor Dario Do Carmo Rocha, Diretor-Auxiliar Manoel Tomé da

Silva Neto.

3.7 Descrição dos Espaços Físicos e dos Recursos Materiais Existentes

Atualmente o Colégio Estadual OlivoFracaro conta com 10.500 mts2de área

total distribuídos em dois blocos de salas de aulas e conta com:

• 11 salas de aula;

• 01 sala para laboratório de informática com 20 microcomputadores PROINFO

e 20 Paraná Educação;

• 02 Salas de Recursos;

• 01 saguão;

• 01 quadra de esporte com cobertura;

• 01 quadro de esporte sem cobertura;

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• 01 sala de professores;

• 01 sala de direção;

• 01 sala de coordenação;

• 01 laboratório de ciências;

• 01 cozinha com despensa;

• 01 depósito de materiais de limpeza;

• 01 almoxarifado;

• 06 banheiros sendo 2 adaptados;

• 01 rampa de acesso entre os blocos 1 e 2;

• 01 secretaria;

• 01 mecanografia;

• 01 biblioteca (com 3.663) livros;

• 01 sala de materiais diversos

As estruturas da edificação datam da década de 1993 e ao longo de todo

esse período passou por uma reformano ano de 2013, porém, ainda assim

enfrentamos algumas limitações em decorrência da estrutura física.

3.8Organização Interna da Escola

O quadro dos profissionais trabalhadores da educação do Colégio Estadual

OlivoFracaro é constituído por profissionais efetivos e contratados temporários

organizados entre equipe diretiva; equipe pedagógica; agente educacional I; agente

educacional II (profissionais não docentes que atuam nas demais atividades

escolares entre elas: alimentação e infraestrutura escolar; multimeios didáticos e

secretaria escolar) e corpo docente.

As funções e servidores estão distribuídos nas seguintes atribuições:

conselho escolar, direção, equipe pedagógica, corpo docente, agentes educacionais

I e II conforme tópicos a seguir.

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3.8.1 Direção

A gestão democrática na escola emana da lei da educação brasileira LDBEN

nº 9394/96- que em seu Art. 14 afirma que:

Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino

público na educação básica de acordo com as suas peculiaridades. Para conferir

essa autonomia para a escola, a lei define os seguintes princípios:

I. participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola;

II. participação das comunidades em conselhos escolares ou equivalentes

(LDB 9396/96).

Assim, a forma de administração adotada pelo Colégio é a gestão

democrática que compreende tomada de decisão conjunta no planejamento,

execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e

pedagógicas, envolvendo a participação de toda a comunidade escolar.

A direção do Colégio é composta pelo Diretor e Diretor-Auxiliar escolhido

democraticamente entre os componentes da comunidade escolar.

“A função de Direto, como responsável pela efetivação da gestão

democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no

Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino” . (Art. 17 do Regimento

Escolar).

As demais competências do Diretor e Diretor Auxiliar encontram-se no artigo

18 do Regimento Escolar.

Atualmente a direção do Colégio Estadual OlivoFracaro é representada pelo

professor Dário do Carmo Rocha, licenciado em Pedagogia, com mestrado em

Fundamentos da Educação. A direção auxiliar é representada pelo professor Manoel

Tomé da Silva Neto, com vínculo pelo Quadro Próprio do Magistério e carga horária

de 20 horas semanais. Formação: Graduado em Matemática, Especialista em

Docência no Ensino Superior.

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15

3.8.2 Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica é composta por professores graduados em

Pedagogia, responsáveis pela coordenação, implantação e implementação no

estabelecimento de ensino, das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político

Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e

orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação – SEED – e tem por

responsabilidade cumprir e fazer cumprir o Artigo 34, seção V, da Equipe

Pedagógica.

QUADRO 03 – Equipe Pedagógica do Colégio Estadual OlivoFracaro

NOME

FORMAÇÃO ACADÊMICA

Aline de Paiva Morales - 20h/s Graduação: Pedagogia e Letras

Graduação: Pedagogia e Letras; Especialização: Psicopedagogia; Educação e Gestão Escolar; Língua Espanhola; Mestranda em Educação.

Hosana Mateus Dias - 40h/s Graduação: Pedagogia

Graduação: Pedagogia; Especialização: Docência no Ensino Superior; Psicopedagogia.

Maria Alice Paulis - 20 h/s Graduação: Pedagogia

Graduação: Pedagogia; Especialização: Pedagogia Escolar, supervisão, orientação e administração.

Marina F. de Souza - 20 h/s Graduação: Pedagogia

Graduação: Pedagogia; Especialização: Docência no Ensino Superior; Educação de Jovens e Adultos.

3.8.3 Corpo Docente

O corpo docente do Colégio OlivoFracaro, é constituído por professores

devidamente habilitados conforme Artigo 61, inciso I da LDB n. 9.394/96.

QUADRO 04 – Professores do Colégio Estadual OlivoFracaro

NOME

FORMAÇÃO ACADÊMICA

Adriana Felde Graduação: História e Geografia. Especialização: História.

Adriana Fernandes de Oliveira Graduação: Letras

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Especialização:

Afonso Almeida

Graduação: Educação Física Especialização: Educação Especial; Educação Física Escolar; Arte e Educação.

Alana Vicenti Graduação: Letras Português/Inglês. Especialização: Educação Especial, Docência no Ensino Superior e Educação de Jovens e Adultos.

Alessandra Flaviano Rodrigues Graduação: Ciências/Matemática. Especialização: Ensino da Matemática.

Alessandro A. F. Zavarezzi Graduação: Engenharia Ambiental Especialização: Engenharia em Segurança do Trabalho; Formação Pedagógica em Física.

Ana Lucia Lopes Dranski Graduação: História e Pedagogia Especialização: Metodologia do Ensino de História; Gestão Escolar; Metodologia do Ensino Religioso.

Ana Paula Paixão Néia Graduação: Educação Física. Especialização: Educação Especial.; Psicopedagogia.

Anna Caroline Paese Graduação: Letras Português/Inglês Especialização: Educação do Campo; Educação Inclusiva, Especial e Políticas de Inclusão.

Carem Regina Grazioli Graduação: Letras Português/Espanhol Especialização: Educação Especial; Educação de Jovens e Adultos; Educação do Campo.

Carlos Teles de Miranda Graduação: Matemática Especialização: Ensino de Matemática; Ensino de Ciências e Matemática; Mestrado em Ensino de Ciências e Tecnologia.

Carmen Pan Gubert Graduação: Biologia Especialização: Ciências da Natureza.

Claúdia Alves Silva Graduação: Ciências/Habilitação Biologia. Pós-Graduação: Ciências e Educação Ambiental

Cristiani da Silva Lino de Barros Graduação: Química Especialização: Metodologia do Ensino Superior; Metodologia do Ensino de Física e Química; Educação no Campo.

Danieli FranziniBuosi Graduação: Educação Física. Especialização: Docência no Ensino Superior e Educação Infantil.

Deise Ribeiro Gaspar Graduação: Letras Português/Inglês. Especialização: Língua Portuguesa e Literatura.

Dulce Maria Berdun Graduação: Letras – Português/Inglês Especialização: Processo do Ensino Aprendizagem da Língua Portuguesa.

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17

Edna Regina Paschoalino de Oliveira Graduação: História. Especialização: Metodologia do Ensino de História.

Ednilson Francisco Paes Graduação: Ciências Econômicas e Ciências/Matemática. Especialização: Matemática.

Eduardo Pinheiro da Silva Graduação: Artes Visuais Especialização: Arte e Educação; Educação Especial.

Elinez dos Santos Farias Figueiredo Graduação: Letras Português/Inglês Especialização: Língua Inglesa e Literatura.

Elisangela Perez Graduação: Letras/ Educação Artística. Especialização: Linguística Aplicada em Língua Estrangeira.

Eunice Maria Baccin Graduação: Física Especialização: Administração, Supervisão e Orientação Escolar; Educação de Jovens e Adultos.

Evandro Roberto Bloot Graduação: Ciências Biológicas Especialização: Docência do Ensino Superior; Psicopedagogia; Educação Especial; Gestão Educacional.

Fernanda Meneguel Fogaça Graduação: História Especialização: Educação Especial; Educação do Campo.

Fernando Saldanha Graduação: Educação Física Especialização: Educação Especial

Francieli Machado Rodrigues Graduação: Administração Especialização: Formação Pedagógica para Licenciatura em Matemática.

Francisco Moraes da Rocha Filho Graduação: Matemática Especialização: Educação Especial com ênfase em Libras.

GiulianaGionnaOlivi Paredes Graduação: Ciências Biológicas Especialização: Educação Especial: Área de deficiência intelectual. Mestre em Educação, Ciências e Matemática.

Iria Schilickmann Graduação: Química Especialização: Química.

Irici de Oliveira Fischidick Graduação: Geografia e Sociologia Especialização: Geografia e História; Educação Especial; Educação de Jovens e Adultos.

Ivone Maria Battistella Graduação: Letras Português/Inglês. Especialização: Língua Portuguesa e Literatura. Pós-graduação Strictu Sensu em Estudos Linguísticos

Janete Fátima Hubler

Graduação: História. Especialização: Ensino de História e Geografia; Educação de Jovens e

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Adultos.

Jaqueline Sedor Graduação: Ciências Biológicas Especialização: Meio Ambiente e Desenvolvimento; Educação Especial; Educação no Campo.

Joaquim Alves de Souza Graduação: História e Filosofia Especialização: História e Geografia; Educação de Jovens e Adultos; Metodologia do Ensino de Filosofia e Sociologia.

Juliane Cristina Helanski Cardoso Graduação: Ciências Sociais Especialização: Mestranda em Ciências Sociais.

Leine Ana Alberton Graduação: Letras Especialização: Língua Inglesa; Educação Especial.

Loreni Fidelis de Oliveira Cunha Graduação: História Especialização: Ensino de Geografia e História; Educação Especial Inclusiva.

Luiz Carlos Frederick Graduação: Filosofia Especialização: História; Mestrado em Educação.

Manoel Tomé da Silva Neto Graduação: Matemática Especialização: Docência no Ensino Superior.

Maria Luiza Teixeira Graduação: Geografia Especialização: Educação e Gestão Ambiental; Educação do Campo.

Mariana Alana Alvarez Caires Graduação: Matemática Especialização: Educação e Gestão Ambiental; Arte e Educação; Educação do Campo.

Neire Maria Marcante Graduação: Letras Especialização: Estudos Literários

Neri Cordeiro de Avila Graduação: Artes Visuais Especialização: Ensino Religioso; Educação Especial; Administração Financeira.

NilvaFiorese Graduação: Letras Especialização: Estudos Literários; Metodologia do Ensino da Língua Estrangeira e Portuguesa; Educação Especial – LIBRAS.

Pedro Alves Graduação: Filosofia. Especialização: História, Ciências Sociais – Sociologia. Especialista em Ciências Sociais – Sociologia; Mestre em Ciências Sociais Aplicadas, sub-área: Desenvolvimento Regional e Agronegócio.

Rafael Demetrio da Silva Graduação: Educação Física Especialização: Educação Especial

Rafael Krupiniski Graduação: Geografia

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Regina Mara Correia Graduação: Letras Especialização: Língua Portuguesa e Literatura; Educação Especial; Educação de Jovens e Adultos.

Renata Maria Gluzezak Graduação: Ciências Biológicas Especialização: Educação do Campo.

Roberto Gonçalves Chaves Graduação: Educação Física Especialização: Educação de Jovens e Adultos; Educação Especial; Educação do Campo.

Rosangela Maria Reculiano Batista Graduação: Ciências.

Rosangela Maria StafuzzaMaion Graduação: Ciências Especialização: Educação Especial

Simão D.Z. da Luz Graduação: Ciências Sociais Especialização: Educação de Jovens e Adultos.

Simone Alves de Castro Pereira Graduação: Pedagogia. Especialização: Educação Especial; Psicopedagogia.

Simone P.O. Wendland Graduação: Acadêmica de Biologia

Ulisses Matheus Felipe Pessoa Graduação: Música

Valderez Aparecida Silveira Graduação: Educação Física Especialização: Docência no Ensino Superior; Quiropraxia.

Valquíria Bissi Graduação: Matemática Especialização: Ensino de Matemática e Física.

Viviane Carla Costa Graduação: Ciências Biológicas Especialização: Educação Especial; Mestrado em Produção Vegetal.

3.8.4 Setor Técnico Administrativo

Setor dos Agentes Educacionais I

A função dos agentes educacionais é exercida por profissionais que atuam

nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento

de ensino. As atribuições dos agentes educacionais se encontram registradas no

Regimento Escolar, da Equipe técnico-administrativa e dos Assistentes de

Execução, mais precisamente nos artigos 39,40,41,42,43,44,45.

Setor dos Agentes Educacionais II

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A função dos agentes educacionais II é exercida por profissionais que atuam

nas áreas dos serviços gerais, cozinha, limpeza e manutenção do estabelecimento

de ensino. As atribuições dos agentes educacionais II ou auxiliar operacional

encontram-se registradas no Regimento Escolar, mais precisamente nos artigos 47,

48 e 49.

3.9Instâncias Colegiadas

3.9.1APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários

A APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do

Estabelecimento de Ensino, não tento caráter político partidário, religioso, racial e

nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros,

sendo constituído por prazo determinado de acordo com o Estatuto elaborado em

2003.

As eleições para Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal realizar-se-ão

bianualmente podendo ser reeleitos por mais dois mandatos.

A APMF deve representar os reais interesses da comunidade escolar,

contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino; administrar os recursos

financeiros próprios e os que lhe forem repassados através de convênios, além de

promover a integração família, escola e comunidade.

Diretoria da APMF do Colégio Estadual OlivoFracaro – Mandato de 2015 a 2017

PRESIDENTE: Clair Maria Parreira do Amaral

VICE-PRESIDENTE: Débora Sampaio de Brito

1ª TESOUREIRO: Francisco Carlos Tureck

2º TESOUREIRO: Alessandra Flaviano Rodrigues

1ª SECRETÁRIA: Lucimara Terezinha Bertoncello

2ª SECRETÁRIA: Daisy Apolinário Pereira

CONSELHO DELIBERATIVO FISCAL: Janete Fátima; Hubler, Ana Paula Paixão

Néia

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PROFESSORES: Marina Ferreira de Souza. Simone Alves de Castro

FUNCIONÁRIOS: Marlene Pessoa de Oliveira;

PAIS: Maria Nadilza Costa da Silva; Rosimeire Helena Bárbara; Eliane Aparecida

Pilloni; Geraldo Apolinário Ferreira.

ALUNOS: Jhone Santos de Alencar.

3.9.2 Grêmio Estudantil

O Grêmio é uma entidade autônoma representativa dos interesses dos

estudantes e foi criada pela Lei Federal n° 7.398/85, que lhe confere autonomia para

se organizarem em torno de seus interesses. O Grêmio estudantil está amparado na

lei nº 398, de 4 de novembro de 1985. No Colégio OlivoFracaro a organização do

Grêmio Estudantil iniciou no ano letivo de 2008, sob orientação da direção.

É uma organização sem fins lucrativos, que representa os interesses dos

estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais.

Deve ser concebido como um espaço coletivo, social e político, de organização, de

participação e de construção de novas relações de poder dentro da escola.

O grupo que compõem o Grêmio deverá organizar algumas atividades tais

como: eventos culturais, como a projeção de filmes, peças de teatros, gincanas,

concursos de poesias, cursos de artesanatos, atividades esportivas, palestras sobre

drogas, violência, meio ambiente, campanhas do agasalho; premiações de alunos;

jornal da escola, entre outras.

De acordo com o Art. 22, do Regimento Escolar “o Grêmio Estudantil é o

órgão máximo de representação dos estudantes do estabelecimento de ensino, com

o objetivo de defender os interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando

a cultura literária, artística e desportiva de seus membros”.

Nessa perspectiva, espera-se possibilitar aos alunos participação das

decisões escolares que possam favorecer a sua integração e o atendimento as suas

necessidades, bem como aproximar as atividades da escola aos interesses dos

mesmos na melhoria e qualidade do ensino.

A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio serão

estabelecidos em seu Estatuto, aprovado em Assembleia Geral do corpo discente

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doEstabelecimento de Ensino, convocada para este fim, obedecendo a legislação

pertinente.

3.9.3 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,

consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho

pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a

legislação educacional vigente e orientação da SEED. (Art. 9º, Seção I - Do

Regimento Escolar).

É organizado para promover a democracia no interior da escola, nele, os

representantes dos diferentes segmentos – familiares, professores, funcionários,

alunos, direção e equipe pedagógica – se reúnem para decidir as questões

pedagógicas, administrativas e financeiras, definindo a política de ação da escola,

conforme Art. 10, Seção I - Do Regimento Escolar.

Sua composição deve ser paritária, isto é, o total de vagas para os

conselheiros deve ser distribuído em: metade para as pessoas que trabalham na

escola (professores, equipe pedagógica e funcionários) e metade para os

representantes da comunidade1. No estatuto do Conselho devem ficar bem

evidenciadas as definições dos direitos e deveres dos conselheiros, a forma e

periodicidade das reuniões e tomada de decisões etc.

Os Conselhos Escolares contribuem decisivamente para a criação de um novo cotidiano escolar, no qual a escola e a comunidade se identificam, no enfrentamento não só dos desafios escolares imediatos, mas dos graves problemas sociais vividos na realidade brasileira […] (Caderno I – Democratização da escola e construção da cidadania. MEC, Brasília/DF, novembro de 2004, p. 37).

Dentre as principais funções do Conselho, depois de debatido coletivamente

pela Escola, estão:

1A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais da educação atuantes no

estabelecimento de ensino, alunos devidamente matriculados e frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos. (§1º – Seção - Do Regimento Escolar).

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• Construir e reconstruir o Regimento Interno da Escola;

• Elaborar e Reelaborar o Projeto Político Pedagógico;

• Acompanhar as ações administrativas;

• Definir e fiscalizar as aplicações financeiras;

• Ajudar na definição do Calendário Escolar;

• Constituir comissões especiais para estudos e aprofundamentos;

• Acompanhar os aspectos pedagógicos;

• Servir como última instância de recursos e avaliação da escola;

• Debater e aprovar a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de Ação da

Escola.

De acordo com o princípio da representatividade e da proporcionalidade, o

Conselho é constituído pelos seguintes conselheiros:

I. Diretor (a);

II. Representante da equipe pedagógica;

III. Represente da equipe docente;

IV. Representante da equipe técnico-administrativa;

V. Representante de a equipe auxiliar operacional;

VI. Representante dos discentes;

VII. Representante dos pais ou responsáveis pelo aluno;

VIII. Representante do Grêmio Estudantil;

IX. Representante dos movimentos sociais organizados da comunidade

conforme Art. 14 do Regimento Escolar.

Componentes do Conselho Escolar do Colégio Estadual OlivoFracaro

PRESIDENTE: Dário do Carmo Rocha

VICE PRESIDENTE: Manoel Tomé da Silva Neto

REPRES. DA EQ. PEDAGÓGICA: Marina Ferreira de Souza

SUPLENTE: Aline Morales Paiva

REPRES. DA EQ. ADMINISTRATIVA: Lucimara Terezinha Bertoncello

SUPLENTE: Daisy Apolinário Pereira

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REPRES. DO SERV. GERAIS: Viviane Diniz da Silva Oliveira

SUPLENTE: Eunice Jesus dos Santos

REPRES. DOS PROFESSORES: Alessandra Flaviano Rodrigues

SUPLENTE: Simone Alves de Castro Pereira

REPRES. ALUNOS DO ENS. FUNDAMENTAL: Rafael Rodrigues da Silva

SUPLENTE: NikoleKetlin Sampaio de Brito

REPRES. DO GRÊMIO ESTUDANTIL: Valdomiro Magalhães Matos

SUPLENTE: Guilherme dos Santos

REPRES. PAIS DE ALUNOS:MariaNadilza

SUPLENTE: Débora Sampaio de Brito

REPRES. DA APMF: Clair Maria Parreira do Amaral

SUPLENTE: Janete de Fátima Hubler

REPRES. DO BAIRRO: Valdir Brizola

SUPLENTE: Milton Borgui Moreira

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IV DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

Ao item IV fica designada a tarefa de apresentar a realidade sócio-

educacional do Colégio Estadual OlivoFracaro, desse modo segue organizada em

subitens, sendo: caracterização da comunidade escolar e índices de rendimento

escolar.

4.1Caracterização da Comunidade Escolar

A Região Oeste do Paraná é constituída por 51 municípios e está localizada

entre os rios Paraná, Iguaçu e Piquiri, na fronteira com o Paraguai e Argentina. A

região é líder na produção de soja, trigo e milho, estando aqui instalado um dos

maiores complexos cooperativistas da América Latina, sendo responsável por 26%

da produção de grãos do Estado, contribuindo com aproximadamente 50% do

potencial hidrelétrico instalado, abrigando a maior hidrelétrica do mundo, a Itaipu

Binacional.

Nessa pujante, a região está localizada em Cascavel - “Cidade Polo”,

também chamada “Capital do Oeste”, com área de 2.100 Km2, população de

316.226 mil habitantes, situada no terceiro planalto a 780m de altitude, fundada em

14/12/1952.

A partir de 1996, com apenas 43 anos, Cascavel passou a ser Polo

Universitário da Região Oeste, vindo para esta, estudantes de todas as cidades da

microrregião.

Em Cascavel, “Capital do Oeste do Paraná”, região leste, está localizado o

Bairro Morumbi e nele, o Colégio Estadual OlivoFracaro, que oferece Ensino

Fundamental e Médio. Neste ano de 2016 estão matriculados 687 alunos, de 6º ao

9º Ano no Ensino Fundamental e da 1ª a 3ª Série no Ensino Médio. Atende os

educandos da região leste da cidade, que compreende principalmente os bairros:

Morumbi, Periollo, Lago Azul, Jardim Colmeia, Loteamento Sara Eliza, Belmonte,

Colônia Barreiro e por comportar toda essa demanda a escola é considerada de

grande porte.

O Bairro Morumbi ao qual a instituição está inserida apresenta característica

topográfica com declives e aclives leves que o aluno precisa percorrer para chegar

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até o colégio, é periférico, tem asfalto em todas as ruas, facilitando o acesso dos

alunos em dias chuvosos. Outro fator relevante é com relação às calçadas que são

precárias (sem condições de tráfego de pedestres) sendo muito estreitas para o

fluxo dos alunos e/ou inexistentes. A sinalização vertical, nas proximidades da

escola, é feita por meio de placas, não existem semáforos e no que diz respeito à

sinalização horizontal, como faixas de pedestres, acabam desaparecendo no barro

causado pelos dias de chuva, uma vez que os bairros vizinhos ainda não possuem

asfalto em sua totalidade.

Alguns alunos são oriundos da zona rural e utilizam o transporte escolar

gratuito e no que diz respeito ao trajeto percorrido por esses alunos, são estradas

sem calçamento, nem asfalto e por este motivo em dias de chuva muitos alunos não

vêm à aula, pois o ônibus escolar não consegue percorrer estas estradas. Para os

alunos que moram na zona urbana o transporte é individual, sendo que a maioria

deles moram nas proximidades do Colégio.

O saneamento básico do bairro é composto pela coleta de lixo, entretanto,

esta coleta não é seletiva e o trabalho de educação ambiental e conscientização é

realizado pelas escolas. A água é tratada, mas não há rede de esgoto concluída e

por este motivo as residências possuem fossa séptica. A poluição do ar é baixa, pelo

fato do bairro estar distante de áreas industriais e apesar de estarmos próximos de

áreas agrícolas, a qualidade do ar não sofre influências pelo uso de agrotóxicos.

Para análise e caracterização da comunidade escolar foram considerados os

dados coletados junto às famílias no período de (re) matrículas de cada estudante

nos anos de 2015 e 2016.

Os dados obtidos revelaram que a maior parte das famílias estudou até o

oitavo ano (37%), seguido de 27% que concluíram o Ensino Médio. 11% dos que

responderam estudaram somente até a quarta série. 6% têm curso superior

completo.

Quanto à renda familiar,a maioria das famílias sobrevive com até dois

salários mínimos por mês. 31% contam com uma renda de dois a quatro salários

mínimos e 26% com até um salário. Os outros 4% afirmam ter renda superior a cinco

salários mínimos mensais. Boa parte dos pais trabalhou no comércio, seguido da

indústria, agricultura, setor público ou na própria casa e por último como

profissionais autônomos.

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No que diz respeito a participação em programas sociais, 67% recebem o

Bolsa Família, 5% Pró-Jovem e 28% outros programas.

Dos que responderam ao questionário 73% tem casa própria, 10% vive em

residências emprestadas e os demais em casas alugadas.

A maioria das famílias utilizam o serviço público de saúde (49%) e a minoria

(6%) recorre a hospitais particulares quando necessário. A maior parte dos alunos

atendidos no colégio dispõe de computador em casa e acesso à internet.

Quanto ao acesso à escola, 86% dos alunos se deslocam a pé, 9% de carro,

4% de ônibus e 1% de moto ou bicicleta. 49% residem no bairro em que a escola

está localizada, 34% em bairros próximos, 8% em bairros mais distantes e 9% na

zona rural.

Quanto ao quesito leitura, 46% afirmaram que leem um ou dois livros por

mês, enquanto que 42% não leem nenhum livro por mês. Somente 5% leem cinco

ou mais livros.

Em suma observa-se que boa parte dos estudantes e suas famílias

correspondem ao perfil da classe trabalhadora, inseridos em condições sociais por

vezes complexas e de baixa renda e que demandam esforços de todos seus

membros para garantia das condições básicas e dignas de sobrevivência. Nesse

sentido, a escola compreende seu papel crucial em promover uma educação

emancipatória.

4.2 Índices de Rendimento Escolar

4.2.1 Ensino Fundamental

Para elaboração das estatísticas de desempenho escolar foram utilizados

relatórios finais dos anos de 2014 e 2015, do Ensino Fundamental e Ensino Médio

em que se explicita o seguinte:

2014 APROVAÇÃO REPROVAÇÃO DESISTENTES TRANSFERIDOS

ENS. FUND. (Manhã e Tarde)

331

88

10

91

ENS. MÉDIO MATUTINO

97

18

4

16

ENS. MÉDIO NOTURNO

73

10

24

18

FONTE: SERE

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2015 APROVAÇÃO REPROVAÇÃO DESISTENTES TRANSFERIDOS

ENS. FUND (Manhã e Tarde)

363

59

12

74

ENS. MÉDIO MATUTINO

210

22

20

25

ENS. MÉDIO NOTURNO

97

6

11

11

FONTE: SERE

• Alunos reprovados no Ensino Fundamental em 2014 e 2015

Do ponto de vista estatístico, por disciplina no ensino fundamental,

demonstramos a seguir o número de alunos reprovados nos anos de 2014 e 2015:

Ano PORT. MAT. HIST. GEO. CIÊN. ED. FÍS.

ARTE ING.

2014 58 81 66 51 63 37 40 70

2015 52 53 43 50 43 22 37 39 FONTE: SERE

• Alunos reprovados por ano/série e disciplina em 2014 e 2015

Estatística de alunos reprovados do Ensino Fundamental por ano e disciplina

no ano de 2014 e 2015.

2014

SÉRIE PORT. ARTE ED.FÍS. MAT. CIÊNC. HIST. GEO. INGL.

6º 20 6 6 21 19 12 7 18

7º 12 11 6 19 8 16 7 14

8º 15 6 8 16 12 15 14 15

9º 25 14 17 25 24 23 23 23

FONTE: SERE

2015

SÉRIE PORT. ARTE ED.FÍS. MAT. CIÊNC. HIST. GEO. INGL.

6º 16 13 10 17 18 13 17 16

7º 12 6 3 12 8 11 10 11

8º 7 7 3 8 5 4 8 5

9º 17 11 6 16 12 15 15 7

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FONTE: SERE

Muitos alunos foram matriculados pela obrigatoriedade da conclusão do

Ensino Fundamental, porém não obtiveram um desempenho satisfatório para

acompanhar os anos seguintes. Em virtude da alteração do regimento escolar no

qual o aluno teria que ter aproveitamento mínimo de 6,0 (seis vírgula zero) e

frequência de acordo com a legislação vigente, muitos alunos não concluíram o ano

letivo, mesmo tendo a escola realizado os encaminhamentos necessários mediante

as mudanças ocorridas no regimento escolar.

4.2.2 Ensino Médio

Esta mesma estatística foi realizada com o Ensino Médio (2014 e 2015) e os

resultados foram os seguintes:

ANO PORT.

MAT. HIST. ED. FÍS.

QUÍ. FÍS. BIO. GEO. ARTE INGL. FIL. SOC.

2014 22 25 18 13 23 22 26 16 3 3 20 19

2015 19 19 13 10 17 16 15 17 0 1 10 16

FONTE: SERE

4.2.3 IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica

Ensino Fundamental –

Anos Finais

2007 2009 2011 2013

4,1 3,9 3,8 4,1

FONTE: site dia a dia educação.

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V. MARCO CONCEITUAL

O tópico V tem como objetivo mostrar de que forma a escola pensa a

realidade que a ela é apresentada, quais mudanças se almeja, bem como a

concepção de sociedade, homem e educação que queremos para as gerações

presentes e futuras.

5.1 Fundamentação teórica – filosofia educacional e princípios norteadores

Partindo dos pressupostos materialista-histórico-dialético que edificam a

pedagogia histórico-crítica e na psicologia histórico-cultural, a fundamentação teórica

apresentada visa salientar o trabalho e a ação pedagógica, o método cientifico, bem

como o desenvolvimento do ato de ensinar e aprender no movimento dialético a

partir da realidade concreta dos sujeitos envolvidos nesse processo, ou seja,

professores, pais, funcionários e alunos, valorizando os seus conhecimentos recém-

adquiridos e historicamente acumulados.

Neste sentido, as concepções de homem, trabalho, sociedade, educação, de

escola, de gestão escolar, de conselho escolar, de APMF e Grêmio Estudantil

devem, obrigatoriamente, ter embasamento teórico-metodológico em todas as suas

atividades desenvolvidas nesse processo. Desse modo, a proposta pedagógica

deste estabelecimento de ensino tem como filosofia o materialismo histórico-

dialético, e como concepção pedagógica, a pedagogia histórico-critica.

O homem que pretendemos “formar” não se define como um conceito

abstrato, a-histórico. É, ao contrário, um ser concreto, datado e situado

historicamente, que se constrói o conhecimento na ação. Assim ele vive em

constante evolução, engajado num processo de devir histórico, que se faz e se

produz pelo trabalho. Neste sentido, o homem concreto é concebido, então como

uma síntese das relações sociais que ele estabelece na produção de sua existência

(GRAMSCI, 1978).

Desse modo, o homem necessita estar constantemente comprometido com a

sociedade, de forma política, comunitária, solidária, crítica, intelectual e ativa, a fim

de que, historicamente, possa em todas as sociedades, entrar em relação com os

demais homens e com a natureza por meio do trabalho, transformando-a. Com isso,

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o homem produz bens úteis para sua manutenção e reprodução a partir de uma

necessidade própria.

À medida em que ocorrem as relações que os homens estabelecem na

produção e apropriação da produção, modificam-se suas condições existenciais

concretas, biológicas, sociais, culturais e educacionais. Assim, […] a modificação do

homem se dá mediante e à medida que se modifica o conjunto de relações do qual

ele é o ponto central (GRAMSCI, 1978).

Pode-se dizer, então, que o trabalho é a ação transformadora entre os

homens e a natureza, realizados através da comunicação. Nesse sentido, o trabalho

passa a ser uma atividade social.

Contudo, a sociedade é uma entidade que não pode ser reduzida a um grupo

de membros ou a um conjunto de contratos econômicos entre eles. Sua existência

se constrói na complexa relação e interdependência que une seus membros num

todo orgânico e é refletida numa ordem moral coletiva.

O pensamento de que a classe trabalhadora só poderá interagir sobre os

aspectos políticos, sociais e econômicos, por meio da apropriação dos conteúdos

trabalhados e pelas mediações ocorridas no ambiente escolar, pois a escola tem

como função social este princípio, de transmitir as gerações, os conhecimentos

científicos acumulados historicamente. Acreditamos que a metodologia utilizada nas

escolas contribui muito para o sucesso ou fracasso do processo ensino-

aprendizagem.

Dessa forma, a nova sociedade que almejamos construir visa inserir-se em

princípios humanos mais justos e democráticos, sendo destituída de desigualdades

sociais. Esses fatores proporcionarão aos homens – através da análise da realidade

– o reconhecimento crítico de sua função social, bem como a apropriação da

liberdade e igualdade de condições, que lhe darão suportes para transformar, criar e

colocar tudo em movimento.

Repleto desse espírito descobridor, o homem deixará de ser um mero

expectador da construção da história e passará a atuar na sociedade vigente de

forma mais reflexiva e crítica, alicerçada em base educacionais emancipatórias.

Evidentemente, o papel fundamental da educação, nesse processo é atuar

como formadora e promotora do homem, tornando-o capaz de conhecer os

elementos de sua situação, a fim de que possa nela intervir, transformando-a.

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Apropriado de novos conhecimentos, o homem pode atuar no sentido de conquistar

sua liberdade, ampliando a comunicação e colaboração para com os demais seres

humanos.

Enfim, a educação deve ser concebida de uma forma dinâmica, em constante

movimento e atualizada. Só assim o ensino será mais eficiente e determinará,

realmente, o nascimento de uma nova cultura entre as massas populares. Assim

sendo, o processo educacional se apresenta como uma comunicação entre pessoas

livres, em graus diferentes de desenvolvimento, numa situação histórica e dialética.

O ponto de partida da instituição educacional se concentra no Projeto Político

Pedagógico por meio da realidade concreta do aluno, ou seja, suas experiências,

seus valores, sua lógica particular, levando em conta sua realidade social. Para isso,

é preciso conhecer os alunos com os quais se desenvolver um trabalho educativo,

para tomar consciência dos parâmetros a serem seguidos e estratégias a serem

trilhadas.

Neste sentido, a escola deve proporcionar ao educando um constante

construir-reconstruir de sua identidade, oportunizando ainda a formação de seu

autoconhecimento, além de uma visão de mundo própria, garantindo assim a

formação de uma personalidade integral. Dessa forma, a educação assume um

caráter democrático e transformador num processo coletivo, sendo também política,

em que ela será um processo de busca da própria identidade pessoal e grupal.

5.1.2 Concepção de homem, sociedade, criança e adolescência

Na trajetória histórica da constituição do homem enquanto ser social, a

concepção que norteia nosso entendimento acerca do tópico em questão é o de que

o processo de humanização do homem não se dá de forma natural e espontânea,

mas sim guiada pelas necessidades de sobrevivência de cada geração. Nessa

perspectiva teórica, afastamo-nos dos aportes que primam pelas heranças

hereditárias e pelas capacidades inatas, pois entendemos que o gênero humano é o

resultado das condições materiais de existência, transformadas ao longo dos

séculos pela ação do homem sobre a natureza, feito que possibilitou a

transformação da própria espécie ao criar gradativamente, utilizar e aperfeiçoar os

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instrumentos de trabalho, assim como pelo desenvolvimento e uso da linguagem,

signo primordial para a mediação do conhecimento e da apropriação do mesmo.

Sendo assim, voltamos a salientar que o homem é um ser sócio-histórico e

cultural, fruto do meio, do convívio social e apropriação da cultura, costumes, hábitos

e valores de cada época, diferenciando-se dos animais pela capacidade de produzir

seus meios de subsistência à medida em que age e transforma seu meio, não

apenas adaptando-se a esse.

Salientamos que o processo ensino-aprendizagem, mediado no interior da

instituição escolar tem um papel fundamental na formação desse ser social à medida

que possibilita a apropriação dos saberes historicamente construídos com base

científica e não do senso comum, salto significativo que a escola deve proporcionar

ao ser humano.

Na perspectiva materialista o homem constitui-se como sujeito por meio do

trabalho. Ao modificar a natureza e intervir no mundo para garantir sua

sobrevivência torna-se “humanizado” como cita Saviani (1991, p.19), “Para

sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os

meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da

natureza, criando um mundo humano [...]”.

Em linhas gerais Marx (1818 – 1883) dizia que o homem era compreendido

a partir das relações sociais que ocorrem ao longo da história por interferência das

relações de produção, por isso buscava compreender essas relações marcadas pela

luta de classes, pela desigualdade social.

O materialismo em Marx buscou compreender a sociedade a partir de sua

relação com o homem. Para ele, a sociedade se caracteriza a partir das forças

produtivas (condições materiais de produção) e das relações de produção (a forma

como a produção está dividida, organizada).

Marx idealizava uma outra forma de sociedade, diferente daquela em que as

relações sociais fundamentavam-se nas relações de produção. Buscava uma

organização social em que os proletários tomassem consciência do poder e

conhecimento social para que assim houvesse uma sociedade mais harmônica,

mais igualitária.

Dessa forma, fazer a distinção entre sociedade que somos e a sociedade

que queremos ser é a principal tarefa da escola, porém para que isso se concretize

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para além dos muros escolares é imprescindível compreender a formação da

sociedade brasileira e sua divisão de classes.

O resgate histórico torna-se um processo vivo e contínuo durante as aulas –

qualquer que seja a disciplina – se houver o comprometimento de todos com um

ensino dinâmico que objetive proporcionar uma visão ampla ao aluno do meio em

que vive e quando e como poderá interferir em prol de sua transformação.

Almejamos uma sociedade igualitária e justa na qual todos tenham

oportunidades e nossos alunos compreendam-se com parte do processo e não

meros e passivos espectadores, fazer valer as leis que regem nossa sociedade e

intervir em defesa de seus direitos. Essas são atitudes que precisam ser reforçadas

na escola.

No que se refere à concepção de criança, Vygotsky enfatizava o processo

histórico-social em que a questão central é a aquisição de conhecimentos pela

interação do sujeito com o meio. Para ele, o sujeito adquire conhecimentos a partir

de relações e trocas com o meio, a partir de um processo denominado mediação.

Esse teórico acreditava que as características e atitudes individuais são

impregnadas de trocas com o coletivo, isto é, mesmo o que tomamos por mais

individual de um ser humano foi construído a partir de sua relação com outros

indivíduos.

Segundo os ideais de Vygotsky, o desenvolvimento – principalmente o

psicológico/mental (que é promovido pela convivência social, pelo processo de

socialização, além das maturações orgânicas) – depende da aprendizagem na

medida em que se dá por processos de internalização de conceitos, que são

promovidos pela aprendizagem social, principalmente aquela planejada no meio

escolar.

Não muito diferente da infância, a adolescência deve ser entendida como

uma construção histórico-social, dessa forma não podemos reduzi-la a uma etapa de

transição em que ocorrem transformações fisiológicas e comportamentais. Para

além disso, é também um processo de construção cognitiva, resultado de uma

construção social que se se exercita e reconstrói dentro de uma história e tempos

específicos. É válido, portanto, dizer que nossa proposta é construir uma nova visão

em relação ao adolescente a adotarmos comportamentos que promovam sua

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participação nos vários espaços da sociedade, uma vez que são sujeitos de direitos

e de responsabilidades.

5.1.3 Concepção de Educação/Escola

No sistema de ensino brasileiro, conforme a LDB 9.394/96 “a educação é

tomada como um processo que objetiva para além da aprendizagem dos conteúdos

curriculares, o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo no exercício da

cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Assim, compreende-se que a

educação, em especial, a escolar, é instrumento social, básico, que possibilita ao

indivíduo o acesso a ferramentas de análise e compreensão das relações sociais.

Educar nessa perspectiva, é entender que direitos humanos e cidadania

significam prática de vida em todas as instâncias de convívio social dos indivíduos:

na família, na escola, na igreja e no conjunto da sociedade. No entanto, assumir que

a escola tem a responsabilidade com a formação de sujeitos capazes de

compreender e intervir na sociedade, implica ter claro de que maneira se organizará

o trabalho pedagógico no interior da escola, qual a concepção de ensino-

aprendizagem a escola defende e de que forma os conteúdos elencados como

essenciais pelo sistema de ensino estarão articulados com os desafios da sociedade

atual, como a avaliação será compreendida nesse processo.

Ainda de acordo com Karl Marx, o materialismo histórico dialético

representa a sociologia da luta de classes, das relações de poder na sociedade

capitalista. Essa teoria estuda, em linhas gerais, os fenômenos da vida social e a

aplicação dos princípios do materialismo dialético sobre eles. Busca explicações

sobre os problemas relacionados ao plano da realidade no mundo material.

Para o materialismo o modo de produção da vida material condiciona o

conjunto da vida social, dessa forma dedica-se ao estudo da sociedade, da

economia, da história etc. Essa teoria surgiu a partir do pensamento marxista-

socialista expresso nos livros que foram publicados por Marx e Engels (em

contraposição ao surgimento da sociedade capitalista-industrial do século XIX).

Nessa perspectiva, a educação é um elemento de manutenção da hierarquia

social, de dominação da burguesia sobre o proletariado como diz o excerto abaixo:

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No modelo marxista infraestrutural – super-estrutural (dialéctico, de relação recíproca), a escola faz parte da super-estrutura (tal como o Estado ou a família, por exemplo) e a educação é assumidamente um elemento de manutenção da hierarquia social, de controlo das classes dominantes sobre as classes dominadas, isto é, de dominação da burguesia sobre o proletariado. (MORROW E TORRES, 1997, p. 25 apud LOPES, 2012, p. 2).

Em 1848 Marx propôs um modelo de educação igualitária, buscando a

universalização do ensino, a emancipação do homem, a construção de uma nova

ordem social. A educação seria então, o processo pelo qual os sujeitos produziriam

sua existência, combatendo a alienação, característica da sociedade capitalista. A

escola contribuiria para a transformação social à medida que colaborasse para a

formação do sujeito, que apropriando-se de elementos culturais se tornaria

“humanizado”.

Para Lopes (2012, p.10) “No pensamento marxista, a educação é um espaço

de reprodução ideológica dos interesses da classe dominante (a burguesia)”, isso

quer dizer que a educação poderia tanto oprimir, quanto emancipar o indivíduo.

Alémdisso, tem como objeto a identificação dos elementos culturais pelos sujeitos

para que se tornem humanos e também as formas ideais para se atingir esse

objetivo.

Nesse contexto, cabe à escola o papel de lutar pela socialização do saber

científico, para que esse não esteja somente ao alcance da classe dominante,

garantindo o acesso dos sujeitos a toda produção cultural produzida pela

humanidade. Em outras palavras, cabe à escola lutar pela socialização do saber

sistematizado.

5.1.4 Concepção de Gestão Democrática

A gestão democrática das escolas públicas brasileiras está prevista tanto na

Constituição Federal de 1988, Art. 206, quanto na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (LDB – Lei nº 9.394/1996), em seu Art. 3º, inciso VIII, ao

ressaltar que o ensino público será ministrado com base no princípio da gestão

democrática.

Cada vez mais fica claro que a escola deve-se abrir à participação de todos

os segmentos que constituem a comunidade escolar para que estes tenham voz e

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voto e sejam capazes de contribuir nas discussões que irão levar à tomada de

decisões. Para se democratizar a escola há que se democratizar a sua oferta. Isto

significa que a escola deve universalizar a sua capacidade de responder às

demandas, isto é, enquanto houver criança sem acesso à educação formal por falta

de vagas, não podemos falar que temos uma escola democrática.

O PPP e o regimento escolar têm a função primordial de articular e

normatizar o funcionamento interno do estabelecimento educacional, e irá

regulamentar todo o trabalho pedagógico, administrativo e institucional com base

nas disposições previamente estudadas e implementadas para cumprimento por

todos os envolvidos nas atividades escolares. Uma espécie de “lei interna”, que

obviamente não se contrapõe à lei pública, mas preserva o interesse comum na

execução dos objetivossociais da escola democrática.

5.1.4.1 Instâncias democráticas

O Conselho Escolar é a instituição que cotidianamente coordena a gestão

escolar. É o órgão responsável pelo estudo e planejamento, debate e delibera,

acompanha, controla e avalia as principais ações do dia-a-dia da escola tanto no

campo pedagógico, como administrativo e financeiro, formado por um grupo de

representantes de pais, professores, alunos, funcionários, direção, equipe

pedagógica e comunidade organizada, que reúne-se para sugerir medidas e

soluções ou para tomar decisões.

O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes a

serviço da democracia na escola, através de suas funções de representação e

organização dos alunos, contribui para a efetivação de uma educação emancipatória

e transformadora.

APMF é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários que

buscam a integração dos segmentos escolares, para discutirem as políticas

educacionais e o Projeto Político Pedagógico da escola Pública, contribuindo para a

melhoria da qualidade da educação.

Para que a democracia ocorra de fato no âmbito escolar, é de fundamental

importância a Gestão Democrática, pois assim é possível ouvir todas as partes

envolvidas neste desenvolvimento tomar decisões que sejam favoráveis a todos.

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38

5.1.5 Concepção do Processo Ensino-Aprendizagem e Papel dos Professores

A abordagem histórico-cultural preconiza o papel da mediação referenciando

a intencionalidade do ato educativo e a interação entre o sujeito que ensina, o que

aprende e o objeto do conhecimento.

A mediação de um conhecimento de maneira intencional, planejada e

sistematizada condiciona o desenvolvimento humano, seja conceitualmente,

cognitivamente e coletivamente. Vigotsky (1991) diz que quando o homem age

sobre a natureza, desenvolve funções psíquicas superiores. Ao analisar a ação do

homem sobre a natureza, Vigotsky destaca o movimento feito por ele no ato de

sobreviver e, dessa forma, no ato de socialização. Nessa ação, o ser humano

desenvolve instrumentos, pensa, planeja, socializa, comunica-se e logo, produz

linguagem, signos e conhecimentos e é nesse sentido que ele desenvolve suas

funções psíquicas.

Para Leontiev (1978) a atividade do homem desenvolvida pela

intencionalidade, determina a condição humana. Desse modo, se educar pressupõe

uma atividade intencional, ela não dispensa a relação entre ensinar e aprender.

Os processos de mediação definem-se nas diferentes formas de relação: pai

e filho, professor e aluno, mestre e discípulos, líder comunitário e comunidade em

geral e até mesmo entre colegas.

Vigotsky(1991) define o papel do mediador na transmissão de toda a

herança cultural produzida pelo homem em sua história, ou seja, na transmissão do

conhecimento como “patrimônio cultural humano”. A linguagem, ainda segundo

Vigotsky, é um dos fatores essenciais para que a mediação aconteça e é por meio

dela, pela generalização e pela memória que ocorre o processo de internalização de

conceitos. Existe uma relação mediada entre quem ensina, quem aprende e o

objeto do conhecimento, portanto, o ato de ensinar e aprender não é individual,

tampouco, espontâneo.

Diante da abordagem histórico-cultural como concepção de ensino

aprendizagem, concebemos o conhecimento enquanto foco do ato de educar e a

experiência individual e cotidiana como ponto de partida que deve ser tomado para

alavancar o processo de mediação. O Processo ensino-aprendizagem que é

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mediado e não espontâneo e tem um planejamento pré-determinado e elaborado,

não é conservadorismo, mas cumpre a intencionalidade de conhecimento planejado

pelo professor em função de um projeto social, uma visão de mundo de educação e

de currículo.

Planejar não significa cair no conservadorismo; todo conteúdo tem que ser

planejado, sendo assim o processo de ensino-aprendizagem deve ser crítico e

orientado para a construção da autonomia intelectual. O conhecimento é mediado a

partir de um diagnóstico do nível de desenvolvimento que o aluno encontra-se, para

possibilitar a intervenção do professor no sentido da aprendizagem. Assim, há

ensino e há aprendizagem e com base nesse pressuposto, o desenvolvimento da

capacidade cognitiva, da capacidade de pensar, analisar, abstrair, resolver situações

problema, formular hipóteses, ler, compreender, interpretar, produzir, ou seja, das

funções mentais superiores é consequência da produção e do acesso ao

conhecimento. Esse movimento, por sua vez, não prescinde de um trabalho

planejado pela escola, pelo projeto pedagógico, pela proposta pedagógica e em

especial pelo professor.

5.1.6 Concepção de Currículo e da Relação Professor/Aluno

Currículo do latim curriculum significa caminho, trajetória, percurso, que se

faz, é portanto todo projeto pedagógico que conduz a intencionalidade da escola.

É na categoria totalidade, condição de compreensão do conhecimento nas

suas determinações que as questões sociais,ambientais, econômicas, políticas e

culturais podem e devem ser tratadas. Nessa perspectiva os “desafios educacionais”

no currículo devem pressupor ser parte desta totalidade. Eles não podem se impor à

disciplina numa relação artificial e arbitrária, devem ser chamados pelo conteúdo

da disciplina em seu contexto e não ao contrário transversalizando-o ou

secundarizando-o.

O currículo é uma seleção intencional e planejada de conteúdos que,

movidos por uma concepção de mundo, se expressa no PTD, pelo qual se concebe

o processo de ensinar e aprender. Em uma concepção mais ampla, tem o objetivo

de selecionar, sequenciar e dosar os conteúdos necessários ao aluno, não somente

para tornar o aluno apto a seguir seus estudos em nível de ensino superior, mas

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também para atuar como cidadão na solução prática de problemas surgidos em sua

vida desempenhando seu papel social.

Quando nos referimos a conhecimentos disciplinares devemos refletir sobre

o momento oportuno de sua aplicabilidade de forma contextualizada o que garante

sua relação interdisciplinar que por sua vez não pode ser artificial, fragmentada.

Nessa perspectiva prevalece no currículo a dimensão explícita, isto é,há um

planejamento de conteúdo,o qual é seguido em função da intencionalidade proposta

e pensada no PPP.

Para uma compreensão totalizante do currículo é necessário superar a

fragmentação e a descontinuidade das práticas escolares,da estrutura hierarquizada

na qual as escolas estão inseridas. A fragmentação expressa na grade curricularse

expressa na ausência de uma prática permanente de diálogo entre os professores

das outras disciplinas. Isso é perceptível uma vez que a cada cinquenta minutos os

discentes têm professores diferentes.

Contudo, não se pode descaracterizar o conhecimento disciplinar e sua

relação interdisciplinar e contextualizada em nome do enfrentamento à

fragmentação tecnicista da grade curricular.

Um currículo (inter) disciplinar concebe a relação educação e trabalho como

eixo central que integra diversas ciências, ocorrendo assim o aprofundamento da

capacidade de reflexão de alunos e professores sobre as mudanças e permanências

da formação integral em um mundo do trabalho que é dinâmico e em constante

mutação, por outro lado, excludente, tal capacidade contribuirá para a participação

plena do aluno na vida intelectual, política, social e econômica de suas

comunidades.

No que se refere à relação professor e aluno, o respeito é a palavra-chave.

O ser humano sente-se valorizado ao ser respeitado. Na prática diária em sala de

aula, o respeito se dá à medida em que cada um cumpre o seu papel e respeita as

normas estabelecidas e regimentadas.

Respeitar o espaço do outro e enxergá-lo como ser humano e cidadão é

imprescindível para entender que ele deve ter preservado suas escolhas, modos de

ser e viver, contanto que não fira os direitos do outro. Cada um deve ser cumpridor

dos seus deveres na escola, a gestão democrática abre espaço para que todos

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sejam respeitados ao dar vez e voz ao educando e a todos os membros da

comunidade escolar.

5.1.7 Concepção de Avaliação

A avaliação representa uma atividade necessária e contínua do trabalho

docente. É por meio dela que se torna possível constatar os progressos, dificuldades

a fim de reorientar os alunos e avaliar a prática pedagógica do próprio docente,

auxiliando a tomada de decisões sobre seu trabalho.

Deve-se ter em mente que a avaliação é um processo complexo, que vai

muito além da mera realização de provas, trabalhos e atribuição de notas. Ela deve

ter caráter pedagógico-didático, diagnóstica.

Parafraseando Libâneo (2006), a avaliação busca confrontar os resultados

obtidos no decorrer do trabalho em sala de aula e determinar a correspondência

desses com os objetivos propostos, a fim de direcionar as tomadas de decisões em

relação às próximas atividades.

A avaliação, durante todo o processo de ensino tem como objetivo a

verificação, a qualificação e a apreciação qualitativa. Em linhas gerais, trata-se de

coletar dados do aproveitamento escolar dos alunos por meio de instrumentos

avaliativos diversificados (provas, trabalhos, exercícios, tarefas, por exemplo),

analisar os resultados alcançados e conforme o caso, atribuir notas ou conceitos

chegando finalmente à avaliação dos resultados de acordo com padrões de

desempenho esperados.

O processo avaliativo visa preparar os educandos para lidar com as

exigências da sociedade, inseri-los no processo de transformação social, além de

que, favorece atitude mais responsável do aluno mediante os estudos. Além disso,

deve contribuir para a apropriação dos conteúdos, o aprimoramento e ampliação dos

conhecimentos científicos.

Para Libâneo (2006), a avaliação permite ao professor identificar progressos

e dificuldades dos alunos, bem como sua própria atuação para que se possa cumprir

da melhor forma as exigências e objetivos.

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É imprescindível ressaltar que a avaliação consiste em uma relação mútua

entre os aspectos qualitativos e quantitativos, sem que um se sobreponha ao outro,

é parte integrante do processo de ensino e não uma etapa isolada.

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VI. MARCO OPERACIONAL

Este tópico apresenta possíveis caminhos para o enfrentamento dos

problemas que fazem parte da realidade na qual o Colégio Estadual OlivoFracaro

está inserido, bem como os caminhos traçados pela instituição. Além disso, traduz

as necessidades, expectativas do grupo e seus anseios por mudanças na busca

pela escola que se almeja.

6.1 Forma de gestão

De acordo com o artigo 3º, inciso VIII da LDB – Lei n. 9.394/96 – o ensino

deve ser administrado com base no princípio da Gestão Democrática levando em

consideração as peculiaridades das instituições de ensino, tendo como princípios a

participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da

escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou

equivalentes.

A Gestão Democrática propõe iniciativas que envolvam a participação social.

A comunidade escolar (professores, alunos, pais, direção, equipe pedagógica e

demais funcionários) nesse contexto, é considerada ativa em todo o processo da

gestão, participando de todas as decisões da escola. Dessa forma, é indispensável

que cada um desses sujeitos tenha clareza e conhecimento de sua funçãoenquanto

participante da comunidade escolar ou das instâncias colegiadas.

Essas, nada mais são que organizações compostas por representantes da

comunidade escolar e local, tais como: APMF, Conselho Escolar, Conselho de

Classe e Grêmio Estudantil. Têm por objetivo fazer funcionar a Gestão Democrática

no ensino público, isto é, fazer com que todas as propostas educacionais sejam

pensadas coletivamente.

Para a autora Heloisa Luck (2000) o conceito de gestão pressupõe a ideia

de participação, do trabalho associado e cooperativo de pessoas na análise de

situações, tomada de decisões sobre seu encaminhamento, em conjunto, a partir de

objetivos organizacionais entendidos e abraçados por todos. Refere-se também ao

envolvimento de todos os que fazem parte direta ou indiretamente do processo

educacional buscando de forma coletiva e recíproca melhores resultados.

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Vale ressaltar que o conceito de participação na gestão democrática refere-

se a uma força de atuação consciente pela qual os membros de uma unidade social

reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na determinação da

dinâmica dessa unidade, de sua cultura e de seus resultados. Trata-se de um

processo dinâmico que vai além da tomada de decisões, exigindo mobilização dos

esforços individuais para a superação de atitudes de acomodação, alienação e

marginalidade para eliminação de comportamentos individualistas;

Segundo Romão e Padrilha (2004) a gestão democrática na escola

representa uma exigência da própria sociedade que a enxerga como um dos

possíveis caminhos para a democratização do poder na escola e na própria

sociedade.

Finalmente, podemos enfatizar à luz de Libâneo (2002) que a participação é

o principal meio de assegurar a gestão democrática da escola, possibilitando o

envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de decisões e no

funcionamento da organização escolar, proporcionando melhor conhecimento dos

objetos e metas, da estrutura organizacional e de sua dinâmica, das relações da

escola com a comunidade.

6.2Proposta de formação dos docentes/funcionários

6.2.1 Formação continuada

A Formação Continuada dos Profissionais da Educação tornou-se meta

fundamental de políticas educacionais nos últimos tempos. A LDBN 9394/96, ao

tratar dos Profissionais da Educação estabelece no art. 67 que: Os sistemas de

ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhe,

inclusive nos termos dos estudos e dos planos de carreira do magistério

público:(...)II- aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento

periódico (dispensa pela escola) remunerada para esse fim; (...) IV- progressão

funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho; V-

período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga horária de

trabalho.

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O cenário social, exige profissionais cada vez mais qualificados e

permanentemente atualizados, desde a educação infantil até o ensino superior face

aos desafios presentes e das novas exigências no campo da educação. Isso vem se

concretizando por meio de uma política de formação continuada, por meio de

simpósios, encontros descentralizados, semanas de estudos pedagógicos, grupo de

estudos presencial ou em rede, produção de materiais didáticos-pedagógicos, dentre

outras.

Todos esses meios constituem uma forma de garantir espaços para que os

profissionais que no Colégio atuam, independente de sua função, socializem suas

experiências, reflitam sobre suas práticas didático-pedagógicas e,

consequentemente ampliem seus conhecimentos e seu saber fazer.

A melhoria da qualidade de ensino e das ações educativas que se dão no

âmbito do Colégio são alguns dos objetivos centrais e só poderão ser alcançadas,

se promovidas ao mesmo tempo do exercício profissional. Para tanto, incentiva os

profissionais pertencentes ao quadro de pessoal a participarem dos programas de

capacitação e aperfeiçoamento promovido.

Formar-se é um processo de toda a vida, enquanto seres humanos, temos a

possibilidade de aprender e, portanto, nos humanizamos permanentemente

mediante as relações e interações que acontecem nos diversos ambientes culturais

nos quais temos relações. Deste modo, aprender é mais do que receber ou obter

informações e conhecê-las ou compreendê-las, é tornar o aprendizado parte do ser,

implicando desenvolver-se com ele. Formar-se é um processo de aprendizagem que

se realiza desenvolvendo-se individual e coletivamente dentro da cultura,

incorporando-a, criando e recriando-a, como diz ASSMANN (1998, p.35 3 36) “vida

é, essencialmente, aprender [...] e estar vivo é um sinônimo de estar agindo como

aprendente”.

A formação e condições de trabalho dos profissionais da escolaé um dos itens

fundamentais que contribuem para a qualidade da educação, visto que interferem

diretamente no resultado do processo de ensino e aprendizagem.

A formação continuada e permanente é um dos indicadores imprescindíveis

para a estabilidade do corpo docente e para a consolidação dos processos e

vínculos de aprendizagem, fator que contribui para a melhoria e qualidade da

educação.

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A formação, o desenvolvimento profissional e a valorização dos trabalhadores

da educação e da escola atualmente é destaque nas políticas educacionais de

diferentes agentes públicos e privados, instituições, organismos nacionais,

internacionais e multilaterais. Hoje eles reconhecem que os profissionais da escola

desempenham o papel principal no sistema educacional. O termo profissionais da

educação se refere aos professores, aos especialistas e funcionários de apoio e

técnico-administrativos que atuam nas instituições e sistemas de ensino, aos

profissionais do magistério e aos docentes que atuam diretamente no ensino.

Nos inúmeros debates no cenário educacional brasileiro, o assunto principal é

a importância de uma política para a formação e valorização profissional dos

profissionais da educação, essa política é o fator principal para construir uma

educação pública que seja laica e gratuita para todos, com padrões nacionais de

qualidade para as instituições brasileiras considerando a legislação vigente, as

necessidades das instituições e sistemas. Portanto, é fundamental a oficialização de

uma Política Nacional de Formação e Valorização dos Profissionais da Educação,

garantindo o cumprimento das leis: nº. 9.394/96, nº. 12.014/09 e n. 11.301/2006.

Essa política pode ser desmembrada em dois campos de reflexões, o

primeiro voltado para a formação dos profissionais da educação e o segundo, para a

sua valorização. A formação deve ter uma base comum para todos os profissionais

da educação básica, ela tem que ser pautada no desenvolvimento de uma formação

sólida, teórica e interdisciplinar em educação para crianças, adolescentes, jovens e

adultos e nas áreas especificas de conhecimento cientifico, e também pela unidade

entre teoria e prática do trabalho como princípio educativo na formação profissional,

o entendimento de que a pesquisa se constitui em princípio cognitivo e formativo,

portanto, o eixo nuclear dessa formação.

Os professores devem ser profissionais comprometidos com seu trabalho,

buscar constantemente a atualização profissional, pois tem um papel fundamental

no processo educativo. Para exercer esse importante papel ele precisa ter boas

condições de trabalho, estar preparado e ter um bom relacionamento com seus

alunos. Além dos professores, todos os profissionais que atuam no ambiente escolar

devem também preocupar-se com sua atualização e formação profissional, bem

como manter um relacionamento amistoso com pais e alunos, afinal, todos que

trabalham na educação devem exercer sua função da melhor forma possível.

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Dessa forma, Professores, Funcionários, Direção e Equipe Pedagógica

durante o ano letivo terão momentos para capacitar-se garantidos no calendário

escolar de acordo com a Deliberação 02/02 – Conselho Estadual de Educação –

CEE e ofertados pela Mantenedora tais como:

• Formação Continuada: Capacitação de professores e funcionários

proporcionados pela SEED/ NRE (grupos de estudos, jornada pedagógica,

simpósios, reuniões de professores por área, reuniões pedagógicas entre

outros).

• PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional: O PDE é uma política

pública de Estado regulamentado pela Lei Complementar nº 130, de 14 de

julho de 2010 que estabelece o diálogo entre os professores do ensino

superior e os da educação básica, através de atividades teórico-práticas

orientadas, tendo como resultado a produção de conhecimento e mudanças

qualitativas na prática escolar daescola públicaparanaense.O objetivo é

proporcionar aos professores da rede pública estadual subsídios teórico-

metodológicos para o desenvolvimento de ações educacionais

sistematizadas, e que resultem em redimensionamento de sua prática.

• PROFUNCIONÁRIO: Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores

em Educação –Destinado aos funcionários é ofertado nas habilitações Gestão

Escolar, Alimentação Escolar, Meio Ambiente, e Infra-estrutura Escolar e

Multimeios Didáticos. As habilitações são estruturadas em 6 (seis) módulos

do eixo de formação pedagógica e 10 (dez) módulos de eixo de formação

específica, com total de 1.260 horas, sendo Cursos Técnicos

Profissionalizantes subsequentes ao Ensino Médio ou equivalentes, ofertados

a distância, na forma modular. O Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação exige a realização de prática profissional

supervisionada, como também, busca dar um tratamento especial a teoria e a

prática. A articulação entre os conhecimentos teórico-práticos e a

aproximação dos alunos com o Projeto Político-Pedagógico da escola

constituem desafios a serem enfrentados. O entrelaçamento com os

conhecimentos dos campos: das humanidades, da formação pedagógica e

técnica específica, poderá possibilitar a integração do conhecimento e

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48

viabilizar a formação do Técnico em Educação em sua totalidade.

6.3 Hora-atividade

A hora-atividade representa um grande avanço conquistado pela categoria.

Está prevista na lei nº 11.738/2008 que define 1/3 (33,3%) da carga horária para que

o professor prepare as aulas e realize pesquisas.Desse modo, consiste no tempo

reservado ao professor em exercício de docência para estudos, avaliação,

planejamento, participação em formações continuadas. No Colégio Estadual

OlivoFracaroa hora-atividade deve ser cumprida integralmente na instituição em

horário normal de aulas, organizado de acordo com a disposto na instrução nº

01/2015 SUED/SEED/PR que trata da organização da hora-atividade nas

instituições educativas o Paraná.

Segundo esse documento, o professor deve utilizar esse tempo para:

a) Participar dos cursos de formação continuada;

b) Buscar/ receber assessoria da Equipe Pedagógica em relação ao

planejamento, avaliação, metodologias, legislação, encaminhamento metodológico

entre outros;

c) Participar de grupos disciplinares e interdisciplinares de professores

objetivando o planejamento e desenvolvimento de ações necessárias relativas ao

plano de ação da instituição e com intuito de obter uma prática pedagógica

interdisciplinar;

d) Organizar material didático, preparare corrigir atividades;

e) Planejar ações de intervenção didático-pedagógicas para alunos com

dificuldades no desempenho escolar;

f) Realizar atendimento a alunos, pais/ responsáveis sempre que se fizer

necessário;

g) Analisar os resultados das avaliações internas e externas visando o

replanejamento das ações pedagógicas a fim de melhorar o processo de ensino-

aprendizagem;

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De modo geral e de acordo com a instrução nº 01/2015 SUED/SEED/PR é

função da equipe pedagógica organizar a hora-atividade dos professores com vistas

a garantir que esse espaço e tempo seja utilizado em função do processo

pedagógico, bem como elaborar, organizar e acompanhar as atividades de estudos

com base nas necessidades apresentadas no cotidiano da realidade escolar.

Além disso, cabe à equipe analisar e acompanhar a implementação do que é

proposto no PPP, nas PPCs, no regimento escolar e nos PTDs dos professores.

Também, acompanhar as intervenções didático-pedagógicas planejadas para os

alunos com dificuldades e realizar encaminhamentos sugeridos nos conselhos de

classe

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VII AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

7.1 Proposta pedagógica curricular

A Proposta Pedagógica Curricular – PPC – é parte integrante do PPP

evidenciando-se por meio de um currículo. Nela são definidos os conteúdos básicos

a serem trabalhados em cada disciplina conforme a legislação vigente.

No ano de 2016 iniciamos a revisão da proposta pedagógica curricular de

cada disciplina durante a formação continuada. Devido à extensão do documento

optou-se por dar continuidade durante o ano de 2017.

Assim sendo, o Colégio Estadual OlivoFracaro adota como documento

orientador do currículo dos cursos que oferta, as Diretrizes Curriculares Nacionais da

Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – DCEs.

Ao planejar e/ou replanejar os conteúdos curriculares que são contemplados

no PTD, os professores deverão ter como base as DCEs de sua disciplina e as

PPCs do estabelecimento de ensino que estão em processo de construção.

7.2 Sistema de avaliação e ações relativas à recuperação de estudos dos

alunos

Conforme o Regimento Escolar do Colégio Estadual OlivoFracaro o sistema

de avaliação é trimestral, sendo que ao aluno são proporcionados no mínimo dois

momentos distintos de avaliação devidamente registrados no Registro de Classe

Online – RCO. Deverão ser realizadas no mínimo duas (2) atividades avaliativas e

duas (2) recuperações, cada uma com peso 10,0, considerando a média aritmética,

utilizando instrumentos diversificados.

O art. 24, inciso V, alínea “e” da LDB 9394/96, assegura a “obrigatoriedade

de estudos de recuperação”, determina que sejam os mesmos proporcionados “de

preferência paralelos ao período letivo” a todos os alunos de “baixo rendimento”.

Neste sentido, a recuperação, é mais uma oportunidade de apropriação dos

conteúdos escolares para aqueles que não conseguiram o desempenho esperado

em um determinado espaço do tempo escolar; em um determinado conteúdo escolar

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trabalhado. É uma intervenção deliberada, intencional e uma continuidade do

processo de avaliação continuada. Assim, deve acontecer todas as vezes em que os

métodos empregados pelos professores não forem suficientes para propiciar a

aprendizagem dos alunos.

De acordo com o Artigo 116 do Regimento Escolar, a recuperação de

estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos

conhecimentos básicos e, dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem. A recuperação será organizada com atividades

significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas

durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do

aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no RCO.

A recuperação de conteúdos será realizada durante todo trimestre, após

cada avaliação com a retomada dos itens em que o aluno apresentou defasagem,

apontando ao aluno o que deve ser readequado, será organizada com atividades

significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

As provas de recuperação serão ofertadas após cada avaliação, com valor

10,0 a todos os alunos, sendo que prevalecerá a maior nota entre a avaliação e a

recuperação de nota.

Os resultados das recuperações, quando maiores, serão substitutivos às

avaliações efetuadas durante o trimestre, constituindo-se em mais um componente

do aproveitamento escolar, sendo obrigatório sua anotação no Registro de Classe

Online.

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VIII LINHAS DE AÇÃO DA ESCOLA

8.1Especificação das linhas de ação para o trabalho pedagógico,

administrativo-financeiro e político-educacional

8.1.1 Interação com a comunidade

Tendo como eixo direcionador uma formação integral como princípio ético,

reflexivo, crítico, investigativo e construtivo o Projeto Político Pedagógico do Colégio

Estadual OlivoFracaro estabelece como linha de ação a concretização de seus

objetivos gerais numa perspectiva coletiva de trabalho e em consonância com as

Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica do Paraná contextualizada

num processo interdisciplinar das disciplinas assim delineadas: proporcionar

palestras em parceria com as faculdades/universidades com temas pertinentes para

o momento, intensificar a participação de todos os seguimentos nas atividades

realizadas pelo colégio para que haja articulação e integração entre a comunidade

escolar; articular a integração de todos os seguimentos do colégio promovendo

encontros, gincanas, reuniões, jogos internos e externos, mostras científicas e

culturais, palestras, comemorações sociais ao longo do ano letivo; fomentar a

formação integral do educando na elaboração do conteúdo específico e condizente

com as diferentes faixas etárias, permitindo a troca de experiências, selecionando os

conteúdos baseados na realidade local, proporcionando atendimento especializado,

palestras mensais sobre temas diversificados e de interesse dos estudantes;

formação de grupos de ação participativa na comunidade escolar, promover a

comunicação de forma eficazdos eventos sociais e culturais para toda a comunidade

escolar, através de informativos criando uma cultura de comunicação; integrar a

escola e a família de forma consolidada em reuniões de pais e momentos de lazer:

jogos, danças, esportes ao final de cada trimestre, com temas pertinentes à

educação dos filhos e a relação pais e filhos.

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8.1.2Estágio não obrigatório

Com vistas à formação integral do estudante, a escola oportuniza o estágio

não obrigatório que se constitui por todo e qualquer tipo ou modalidade de estágio

que não faça parte do currículo, entre eles, o estágio remunerado, não interferindo

na aprovação/reprovação do estudante, pois não é computado como componente

curricular, em conformidade com a lei n. 11.788/2008 que dispõe sobre estágio de

estudante. Obedecerá ao que estabelece a Deliberação n. 02/2009 do Conselho

Estadual de Educação do Paraná, sendo desenvolvida por um professor orientador

designado por essa instituição de ensino que promoverá a avaliação das atividades

do estágio nas dimensões éticas e profissionais.

8.1.3Sala de Apoio

A Resolução nº 1690 – GS/SEED instituiu a partir de 2011, em caráter

permanente, o Programa de Atividades Complementares Curriculares em

Contraturno na Educação Básica na Rede Estadual de Ensino.

Desse modo, o Colégio OlivoFracaro oferece aos alunos dos sextos anos

aulas de Língua Portuguesa e Matemática com atividades que visam a superação de

dificuldades referentes aos conteúdos dessas disciplinas conforme a instrução n.

010/2014 SEED/SUED. O Programa é permanentemente avaliado pela Secretaria,

procurando sempre seu melhor funcionamento e eficiência.

8.1.4Sala de recursos multifuncional

A SRM na Educação Básica é um Atendimento Educacional Especializado e

de natureza pedagógica que suplementa (no caso dos superdotados) e

complementa a escolarização de estudantes que apresentam deficiência intelectual,

deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e transtornos

funcionais específicos, para alunos matriculados na Rede Pública de Ensino.

Esse serviço realiza-se na escola, em local dotado de equipamentos e

recursos pedagógicos adequados às necessidades educacionais dos alunos que

frequentam, podendo estender-se a alunos de escolas próximas, nas quais ainda

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não exista esse atendimento.

O trabalho pedagógico da SRM deve ser articulado com a proposta

pedagógica da escola e realizado por meio de cronograma que é registrado no

SERE, podendo ser realizado em grupo e/ou individual, conforme as especificidades

e necessidades de aprendizagem do estudante, o qual deve permanecer

matriculado o tempo necessário para superação de suas dificuldades. O

atendimento ocorre no período contrário da matrícula no ensino comum.

Para o acompanhamento das intervenções e resultados do trabalho

pedagógico realizado com os alunos matriculados na SRM, é realizado o Plano de

Atendimento Educacional Especializado, no qual se registra o planejamento das

intervenções pedagógicas a serem desenvolvidas, de acordo com as expectativas

de aprendizagem e deve pautar-se no relatório da avaliação psicoeducacional,

relatórios trimestrais e resultados dos conselhos de classe.

Para que o atendimento da SRM ocorra de maneira a atingir seus objetivos,

faz-se necessário que ocorra o trabalho colaborativo entre professor regente da

SRM, professores do ensino comum e ainda, a família.

Alunos matriculados na SRM tem amparo da lei para que recebam tanto o

atendimento especializado emcontraturno, quanto as adaptações

curriculares/flexibilização curricular necessária e de acordo com seu potencial,

respeitando seu ritmo e tempo de aprendizagem e execução das atividades e

avaliações na sala regular. Atividades da sala regular podem também ser concluídas

na SRM estendendo e flexibilizando assim, o tempo de execução das mesmas. Os

resultados não deverão ser comparados com a turma regular, mas sim com os

avanços do próprio aluno.

O Colégio Estadual OlivoFracaro conta com três salas de recursos

multifuncional tipo I, uma no período matutino e duas no período vespertino, gerando

um total de trinta e dois alunos.

Neste espaço educativo o professor de educação especial realiza a

complementação e suplementação curricular, utilizando-se de métodos, técnicas e

recursos educativos específicos a alunos que apresentam dificuldades de

aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou

deficiência intelectual, e que necessitam de apoio especializado para obter sucesso

no processo de aprendizagem na Classe Comum.

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Esse serviço se dá em espaço dotado de equipamentos e recursos

pedagógicos adequados às necessidades educacionais dos alunos que frequentam.

É realizado individualmente ou em pequenos grupos, para os alunos que

apresentam necessidades educacionais especiais semelhantes. A sala de recursos

é serviço educacional de apoio pedagógico especializado (Deliberação 02/03 & DCE

Educação Especial) e segue a Instrução Normativa nº 016/2011 - SEED/SUED , a

qual orienta o atendimento baseado em três eixos: atendimento à família, aluno e

equipe escolar.

Dentre esses, o atendimento à família é realizado, num primeiro momento,

com a anamnese, preferencialmente com a mãe, em atendimento individual sem a

participação do aluno e que será encaminhada ao CRAPE, juntamente com a

avaliação pedagógica do aluno para possível encaminhamento aos atendimentos

que se julgarem necessários. Após o diagnóstico psicológico a família/responsável

será informada sobre o rendimento escolar do educando no momento da entrega de

boletins e sempre que se fizer necessário.

O atendimento é realizado através uma avaliação agendada individualmente

para sondagem de possíveis dificuldades e necessidade de frequentar o referido

atendimento. Após esta constatação é programado o atendimento que será

realizado pela equipe do CRAPE/NRE para avaliação psicológica e levantamento da

necessidade do atendimento pela sala de recursos e demais especialistas

(fonoaudiólogo, neurologista, psiquiatra).

8.1.5 Celem

A percepção do mundo está ligada ao conhecimento das línguas (DCE,

p.60), aprender uma língua estrangeira oferece ao aluno outras possibilidades de

construção de sentidos, diferentes da língua materna. O aluno estabelece relações

e reflexões entre os diversos elementos envolvidos, como a cultura, língua,

contextos e ideologias. É no engajamento discursivo com o outro que damos forma

ao que dizemos e ao que somos, desenvolvendo assim, um sujeito ativo com

habilidades de comunicação, reflexão e transformação do ambiente ao redor.

A resolução 3904/2008 SUED-SEED, regulamenta a oferta de cursos nos

Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Nela destaca-se: a

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importância que a aprendizagem de outro idioma tem no desenvolvimento do ser

humano quanto a compreensão de valores sociais e a aquisição de conhecimento

sobre outras culturas.

O CELEM é uma oferta extracurricular de ensino de Línguas Estrangeira nas

escolas da Rede Pública do Estado do Paraná. No Colégio Estadual OlivoFracaro é

ofertado a Língua Espanhola em horário intermediário, ocorrendo duas vezes na

semana (segundas-feiras e quintas-feiras), cumprindo uma carga horária semanal

de 4 horas/aula, conforme instrução nº 010/2013 – SUED/SEED. O curso é

destinado a alunos, professores, funcionários e à comunidade.

8.1.6 Atividades complementares curriculares em contraturno

Como forma de complementação curricular essa instituição de ensino

oferece em período contraturno atividades complementares, viabilizando o acesso,

permanência e participação dos estudantes em atividades pedagógicas. A oferta

das Atividades Complementares Curriculares em Contraturno – ACCC - foi

regulamentada na Resolução n.º 1.690/2011 e na Instrução n.º 007/2012-

SEED/SUED.

O Colégio Estadual OlivoFracaro oportuniza aos alunos que se encontram

em situação de vulnerabilidade social asACCCs nos macrocampos: Aprofundamento

da Aprendizagem, Cultura e Arte e Esporte e Lazer cujo objetivo é promover a

melhoria da qualidade de ensino por meio da ampliação de tempos, espações e

oportunidades educativas em contraturno na escola a fim de atender as

necessidades sócio-educacionais dos alunos e os anseios da comunidade

possibilitando uma maior integração entre alunos, escola e comunidade

democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.

8.1.7 Patrulha escolar

A Patrulha Escolar vem a ser a união da comunidade escolar com a polícia

para reduzir a violência e a criminalidade nas escolas e nas suas proximidades,

buscando trazer mais segurança ao ambiente escolar, priorizando a rede estadual

de ensino. São policiais especialmente treinados e capacitados para tratar questões

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de violência, criminalidade, repressão e atos infracionais que ocasionalmente

acontecem no ambiente escolar. Tendo como principal objetivo a prevenção, para

isso assessora a comunidade escolar a encontrar os caminhos da segurança

através de trabalhos de reflexão, palestras junto ao corpo docente, discente, pais e

comunidade escolar.

8.1.8 Prática Pedagógica

O gestor necessita ter a consciência que a qualidade da escola é global,

devido a interação e as relações estabelecidas entre os indivíduos e grupos que

influenciam o seu andamento. Deve desenvolver habilidade de relacionar objetivos,

ações e resultados, contribuirá ao gestor ter junto de si profissionais em busca da

qualidade na educação, para isto a responsabilidade de ser articulador e

direcionador na formação do professor é um aspecto de grande importância nas

atribuições da gestão escolar.

Não podemos pensar que a gestão democrática da escola possa resolver

todos os problemas de um estabelecimento de ensino ou da educação, ela torna se

democrática, por toda sua ação pedagógica e essencialmente educativa. No

entanto, sua real efetivação é hoje uma exigência da educação que vê como um dos

possíveis caminhos para a democratização do poder na escola na própria

sociedade.

O trabalho pedagógico compreende todas as atividades práticas

desenvolvidas pelos profissionais do estabelecimento para a realização do processo

educativo escolar. A organização democrática no âmbito escolar fundamenta-se no

processo de participação e co-responsabilidade da comunidade escolar na tomada

de decisões coletivas, para a elaboração, implementação e acompanhamento do

Projeto Político Pedagógico. Ela é constituída pelo Conselho Escolar, equipe de

direção, órgãos colegiados de representação da comunidade escolar, conselho de

classe, equipe pedagógica, equipe docente, agentes de apoio I e II.

O equilíbrio entre as condições materiais e pedagógicas é uma busca

constante do Diretor. Procurando garantir o acesso e a permanência dos educandos

na sala de aula, visando a socialização e aquisição dos conhecimentos já gerados

por nossa sociedade.

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8.1.9 Acesso, Permanência e Sucesso na Escola

Um dos principais desafios atuais é fazer com que crianças e adolescentes

permaneçam nas escolas e consigam concluir os níveis de ensino em idade

adequada. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 205 prevê

que a educação é um direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser

promovida e incentivada com a colaboração da sociedade. Prevê ainda no artigo

206 que o ensino deve ser ministrado com base na igualdade de condições para o

acesso e permanência na escola, o que também é previsto no artigo 3º da Lei de

Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº9.394/96 e no artigo 53 do Estatuto da

Criança e do Adolescente, Lei nº 8.069/90.

No Colégio Estadual OlivoFracaro observamos que os principais problemas

que dificultam o acesso, permanência e sucesso na escola são gravidez precoce,

trabalho, envolvimento com uso e tráfico de drogas, violência física/emocional/

familiar, desobediência, distorção idade/série, dificuldades pedagógicas,

desmotivação, desinteresse pelos estudos, negligência dos pais/responsáveis, falta

de estrutura familiar entre outros.

Dessa forma buscamos o envolvimento de professores, estudantes,

funcionários, equipe pedagógica e diretiva e também todas as instâncias colegiadas

de toda a comunidade escolar: Associação de Pais, Mestres e Funcionários,

Conselho Escolar, conselho de Classe, Grêmio Estudantil e rede de proteção social

de proteção à criança e adolescente existentes no município, todos concentrando

esforços para identificar e resgatar os alunos com faltas seguidas e injustificadas ou

alunos evadidos.

Como medida preventiva nosso colégio conta com um plano de prevenção e

combate ao abandono e evasão escolar. As ações consistem em um

acompanhamento diário da frequência dos alunos, diálogos com os alunos e com a

família buscando compreender os motivos que os levam a faltar/evadir, inserção do

aluno em programas/projetos sociais ou atividades extracurriculares e quando

esgotadas as possibilidades, a escola realiza encaminhamento ao Programa de

Prevenção e Combate à Evasão Escolar – PPCEE para que sejam tomadas as

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medidas cabíveis. Em casos mais pontuais o encaminhamento é feito diretamente

ao Conselho Tutelar.

Em situações de retorno de alunos evadidos a equipe pedagógica, com

auxílio da equipe docente realiza um acompanhamento sistemático a fim de acolher

e oferecer condições para que ele se sinta motivado a permanecer na escola e

tenha seu direito, previsto em lei, garantido, confirmando a concepção democrática

da escola como direito de todos.

8.1.10 Ambiente Educativo e Ambiente Físico Escolar

A escola é o espaço de vivência e convivência onde se estabelecem relações

sociais entre todos os sujeitos que dela fazem parte. Este ambiente educativo se

constitui como um espaço das diversidades, das diferenças e dos conflitos entre

gerações. Os princípios de cooperação e solidariedade, de satisfação com a escola,

de comprometimento e participação, de respeito nas relações escolares, de combate

à discriminação, disciplina, respeito aos direitos de crianças e adolescentes e

dignidade humana devem pautar as relações estabelecidas no ambiente educativo.

Estes princípios visam à promoção de uma cultura que valoriza e fortalece os

processos participativos de ensino e aprendizagem, direcionado aos direitos de

crianças e adolescentes.

Esse indicador corresponde a dois desafios: a gestão do ambiente físico e a

constituição de um ambiente favorável à convivência, ou seja, o clima de trabalho

existente na escola.

O primeiro desafio é representado pela disponibilidade e qualidade dos

espaços ou equipamentos e o seu uso pedagógico adequado. Um desafio para os

gestores escolares é a utilização dos recursos disponíveis para a criação e

manutenção de um espaço escolar com características que favoreçam a

aprendizagem e a interação da comunidade intra e extra-escolar. Esse espaço não é

só definido por um bom projeto arquitetônico, mas pelo uso pedagógico que dele é

feito. Um espaço limpo, organizado, bonito e atraente é um elemento educativo de

grande força, que estimula a sensibilidade artística e criativa do aluno.

Dessa forma a equipe gestora do Colégio OlivoFracaro propõe em conjunto

com a comunidade ações no sentido de utilizar da melhor maneira possível os

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recursos existentes tornando a escola em um espaço agradável, receptivo e

acolhedor dos alunos.

Um cuidado especial é dispensado à manutenção da biblioteca, bem como às

salas de aula, local em que os alunos permanecem a maior parte do tempo. É

essencial entender ainda que o espaço de aprendizagem vai além da sala de aula e

da própria escola. Ele inclui muitos outros espaços onde se podem oferecer

experiências significativas de aprendizagem para os alunos. Dessa forma incentiva-

se o uso desses espaços com o objetivo de trabalhar os conteúdos escolares para

que os alunos construam aprendizagens mais significativas e duradouras.

Outro desafio é o de criar um clima de trabalho que atenda às expectativas da

comunidade escolar, pautado no respeito mútuo.

8.1.11 Avaliação da Linha de Ação

A partir de uma visão estratégica a escola tem condições de definir e avaliar

suas responsabilidades. Essa visão dá unicidade aos esforços que a escola deve

realizar para melhorar a qualidade dos serviços educacionais que presta.

É possível considerar, portanto que para se realizar uma gestão

verdadeiramente democrática, é necessário buscar o apoio da comunidade escolar

sempre com o intuito de efetivar ações que se traduzam em resultados que venham

beneficiar a todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem, principalmente o

aluno, nosso maior foco.

A gestão compartilhada atua no desenvolvimento humano buscando tornar o

ser envolvido responsável em sua comunidade. Quando isso se realiza, com

seriedade a possibilidade do resultado ser positivo é bem maior.

Dessa maneira, a escola realiza anualmente o plano de ação que é flexível,

dinâmico, sendo que ao longo de sua aplicação é passível de alterações

considerando os resultados dos objetivos propostos em cada linha de ação.

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IX DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

9.1 Definição dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira

Em cumprimento à Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, que estabelece a

obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” em todas

as escolas do Ensino Fundamental e Médio, o Colégio OlivoFracaro busca

desenvolver ações, durante todo o ano letivo, de conscientização sobre a

importância dos referidos povos na cultura brasileira. A Equipe Multidisciplinar

organiza, preferencialmente, no mês de novembro uma Mostra Cultural com

exposição de trabalho de todas as disciplinas realizados no decorrer do ano letivo.

Nesse dia também acontece degustação de comidas típicas afim de que a

comunidade escolar perceba que tais alimentos, oriundos da cultura Afro e Indígena,

estão presentes no nosso cotidiano, sendo mais uma contribuição cultural presente

no nosso dia a dia.

Ao longo do processo de ensino do sexto ano do fundamental até o terceiro

ano do Ensino Médio, todas as disciplinas têm promovido a inclusão dos conteúdos

da história e da cultura afro e indígena no Brasil de diversas formas, sempre

vinculados ao conteúdo ministrado, nunca de forma isolada, pois entende-se por

cultura todo conjunto histórico de fatos que, ao longo do tempo, construíram a

identidade nacional, devendo o estudo, dessa forma, compor um quadro único, mas

de várias nuances, englobando a conjuntura histórica dos povos que a formaram,

bem como sua influência nos processos de construção do conhecimento científico-

acadêmico.

Na disciplina de História,ao trabalharmos os conteúdos buscamos construir

um novo olhar sobre a história nacional e regional/local, ressaltando a contribuição

dos africanos e afrodescendentes na constituição da nação brasileira. Nesse sentido

almejamos desconstruir alguns conceitos equivocados sobre o negro e o continente

africano. Consideramos necessário que os alunos saibam sobre as contribuições

tecnológicas oriundas dos povos africanos utilizadas no Brasil tanto no cultivo como

na mineração. Salientamos a importância do trabalho sobre a democracia racial,

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tendência que se forjou na sociedade brasileira mascarando o tratamento desigual

destinado aos afrodescendentes.

Na disciplina de Geografia, cujo objeto é o espaço geográfico e suas inter-

relações, trataremos do contexto relacionados a miscigenação de povos, a

distribuição da população afrodescendente no Brasil e a contribuição do negro e

indígena na construção da nação brasileira bem como questões relativas ao trabalho

e a renda.

Em conjunto com a Matemática, numa ação interdisciplinar, discussões a

respeito da segregação racial, análise de dados dos componentes da população

brasileira por cor, renda e escolaridade e pesquisa no munícipio envolvendo a

população negra e indígena também é importante, sempre objetivando a

conscientização, valorização e importância das contribuições desses povos.

Ao trabalharmos o ensino da Arte, destacamos a contribuição artística da

cultura africana na formação da música popular brasileira. A poética musical

envolvendo a temática do negro, a importância dos nossos cantores e compositores

negros. Dentro das artes plásticas as máscaras, esculturas (argila, madeira, metal),

ornamentos, tapeçaria, tecelagem, pintura corporal; estamparia e a presença e

influência da arte africana nas obras de artistas contemporâneos.

Nas disciplinas deBiologia e Ciências são desenvolvidas temáticas

contemplando as relações étnico-raciais e o ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana desmitificando as teorias racistas e enfatizando as contribuições

dos povos africanos e de seus descendentes para o avanço da Ciência e da

Tecnologia. Abordarmos os aspectos políticos, econômicos, ambientais, culturais e

sociais. Os conflitos entre epidemias/ endemias e o atendimento à saúde, as

doenças e as condições de higiene proporcionadas à população, bem como o índice

de desenvolvimento humano (IDH) fazem parte do conteúdo trabalhado ao longo do

ano letivo em todas as séries de acordo com a especificidade de cada turma.

A Educação Física trabalha de forma a relacionar o estudo das práticas

corporais da cultura negra, em diferentes momentos históricos com a atualidade. Em

conjunto com a História e Arte abordamos as danças e suas manifestações

corporais na cultura afro-brasileira bem como os brinquedos e brincadeiras. Dentro

da modalidade cultura corporal, a capoeira possibilita um resgate da historicidade do

negro.

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NaLíngua Portuguesa, pode-se trabalhar a etimologia das palavras (sua

origem no processo de formação de um idioma), realizar pesquisas e análises de

quais vocábulos são de origem africanas e indígenas. Dentro da literatura podem ser

trabalhadas obras de diversos autores que se dedicaram às raízes da formação

cultural brasileira, como José de Alencar e Gonçalves Dias, no Indianismo e Castro

Alves, Lima Barreto, Monteiro Lobato, Raimundo Correa entre outros, na cultura

africana.

Ainda, dentro da proposta de produção de textos dissertativos, dissertativos-

argumentativos e artigos de opinião, temas de análise e discussão da história afro e

indígena brasileira, suas influências na cultura, na arte (em toda sua abrangência),

na culinária, na língua, na música, na religião, na política e em todo o processo

contínuo de lutas sociais pela cidadania sempre encontram-se presentes, mesmo

porque nossa escola está situada em uma comunidade em que boa parte de nossos

alunos e funcionários têm descendência afro ou indígena, direta ou indireta, o que

torna a inclusão de temas e conteúdos relacionados indispensáveis em suas

formações como suporte para valorização, compreensão histórica e construção de

uma identidade nacional variada e ao mesmo tempo única.

9.2Definição de educação ambiental

Embora não seja uma disciplina específica, entendemos que os conteúdos da área

ambiental estão presentes em diferentes etapas do processo de formação dos educandos.

A Educação Ambiental constitui-se numa atividade permanente, cujos aspectos

ultrapassam o ensino formal nos quais a educação clássica é praticada nos

estabelecimentos de ensino. Ela envolve crianças, jovens, adultos e idosos, objetivando a

reversão da degradação ambiental do planeta que constitui um movimento revolucionário,

tanto da produção do conhecimento quanto das práticas humanas, que, na concepção de

Tristão (2004), aponta para mudanças profundas no futuro das sociedades. Dentro de sua

complexidade, caracteriza-se como a possibilidade de reintegrar a natureza e a cultura, a

sociedade e a natureza, o ser humano com seu meio ambiente.

De acordo com Ailton Krenak (1999, p. 30) o desenvolvimento das nossas relações

como o meio ambiente, ainda pode nos ajudar a estabelecer formas de representação,

formas de cooperação, formas de gerenciamento das relações entre nossas sociedades,

onde essas instituições se tornem mais educadas e conscientes quanto à importância da

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preservação do ambiente onde estamos inseridos. Tal atitude colocaria em evidência a

responsabilidade coletiva e social dos homens para com seu ambiente e com a continuidade

da vida na Terra; afinal, os problemas ambientais envolvem o clima, os solos, a vegetação,

a água e, claro, os próprios homens (MENDONÇA, 2007).

9.3História do Paraná

O caderno de expectativas ressalta o respeito à Lei n. 1.338/01 que trata da

obrigatoriedade do ensino dos conteúdos de História do Paraná. Desse modo, na

abordagem dos conteúdos de todas as disciplinas, busca-se relacionar e discutir a

história local, não se restringindo a essa, mas partindo dessa e relacionando-a a

outros conteúdos.

Na disciplina de História é possível relacionar e comparar com a história da

América, da África, da Ásia e da Europa.

Os conteúdos estão distribuídos durante o ano letivo observando os

conteúdos estruturantes, conteúdos básicos e as expectativas de aprendizagem.

Vale ressaltar que o Paraná é constituído por diferentes povos, nesse sentido,

cabe respeitar a especificidade de cada região.

9.4Ensino da história e cultura indígenas do Brasil

A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e

Indígena nos currículos da Educação Básica trata-se de decisão política, com fortes

repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com esta medida,

se reconhece que, além de garantir vagas para negros nos bancos escolares, é

preciso valorizar devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar

danos, que se repetem há cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos. A

relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira,

africana e indígena, não se restringe à população negra, ao contrário, dize respeito a

todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no

seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação

democrática.

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Na busca de promover uma educação sem preconceito racial ou qualquer

forma de discriminação, foi baixada a Resolução CNE/CP Nº 1, de 17 de junho de

2004. Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial,

empreender reeducação das relações étnico-raciais não são tarefas exclusivas da

escola. As formas de discriminação de qualquer natureza não têm o seu nascedouro

na escola, porém, o racismo, as desigualdades e discriminações correntes na

sociedade perpassam por ela. Para que as instituições de ensino desempenhem a

contento o papel de educar é necessário que se constitua em espaço democrático

de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas que visam a uma

sociedade justa.

No ambiente escolar, todas as disciplinas, principalmente História, Arte,

L´ngua Portuguesa e Ensino Religioso têm papel preponderante para eliminação das

discriminações e para emancipação dos grupos discriminados ao proporcionar

acesso aos conhecimentos científicos, a registros culturais diferenciados, à

conquista de racionalidade que rege as relações sociais e raciais, a conhecimentos

avançados, indispensáveis para consolidação e conserto das nações como espaços

democráticos e igualitários. O grande desafio dos profissionais da educação

perpassa pela aquisição de práticas educacionais que possibilitam um conhecimento

com fundamentação teórica capaz de proporcionar uma nova mudança do

comportamento.

O estudo sobre a presença de afro-brasileiros e indígenas na história da

sociedade brasileira contribui para uma ação pedagógica mais consciente da tarefa

de levar aos alunos informações a respeito desses povos. Através de estudos

históricos, dá-se uma importância maior ao estudo da diversidade cultural africana,

afro-brasileira e indígena reconhecendo que esses povos fazem parte de nossa

formação social e econômica.

Nesse sentido os conteúdos propostos nas várias disciplinas buscam

conhecer a história dos povos de cultura africana, afro-brasileira e indígena

rompendo o euro-centrismo do currículo escolar, trabalhando com conceito de

cultura e partindo da compreensão e reflexão de onde os diferentes povos vivem.

Assim reconhecendo algumas semelhanças e diferenças sociais, econômicas e

culturais da dimensão cotidiana existente no grupo de convívio escolar e na sua

localidade.

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O estudo dessa temática objetiva contribuir para que a escola desenvolva um

processo de auto avaliação participativa sobre a implementação da lei 10.639/2003

e da 11.645/2008, amplie a roda de pessoas e coletivos envolvidos com a superação

do racismo e de outras discriminações, como a dos povos indígenas, e construam

um plano de ação estratégica que gere transformações efetivas no cotidiano escolar.

Os povos indígenas, a despeito de todas as tentativas de exclusão social,

mantêm suas línguas, culturas e tradições. Portanto, a escola enquanto espaço de

conhecimentos sistematizados, desempenha um papel efetivo para a afirmação

étnica e cultural. Diante disso, é preciso considerar o processo histórico de

discriminação étnico-racial e negação dos diretos básicos à cidadania que acomete

a população negra e povos indígenas com culturas, trajetórias históricas e sociais

diferentes. Assim, é fundamental o engajamento da escola na construção de ações

pedagógicas que viabilizem “espaços que favoreçam o reconhecimento da

diversidade e uma convivência respeitosa baseada no diálogo entre os diferentes

atores sociopolíticos, oportunizando igualmente o acesso e a socialização dos

múltiplos saberes”. (Silva, 2010, p.46).

“A Lei 10.639/2003 e posteriormente, a Lei 11.645/2008, que dá a mesma

orientação quanto à temática indígena, não são apenas instrumentos de orientação

para o combate à discriminação, são também leis afirmativas, no sentido de que

reconhecem a escola como lugar da formação de cidadãos e afirmam a relevância

de a escola promover a necessária valorização das matrizes culturais que fizeram do

Brasil o país rico, múltiplo e plural que somos.

Abordar conteúdos que tragam para a sala de aula a história e cultura afro-

brasileira e indígena é de suma importância para a reflexão da discriminação racial

que se desenvolveu ao longo dos anos. Dentro e fora da comunidade escolar é

preciso valorizar as diferenças e criar estratégias pedagógicas de valorização da

diversidade, a fim de superar a desigualdade étnico-racial presente na educação

escolar brasileira, nos diferentes níveis de ensino. Para tanto, há necessidade, de

professores se qualificarem para o ensino das diferentes áreas de conhecimentos

tornando-se capazes de direcionar positivamente as relações entre pessoas de

diferente educação étnico/racial. É de grande importância à continuidade da

formação dos diferentes segmentos do estabelecimento de ensino, para combater o

racismo e trabalhar para o fim da desigualdade social e racial, é necessário constituir

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um espaço democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas

que visam a uma sociedade justa.

Desse modo, o Colégio OlivoFracaro conta com o trabalho da equipe

multidisciplinar que constitui-se como um espaço de debates, estratégias e de

ações pedagógicas que fortaleçam a implementação da Lei n.º 10.639/03 e da Lei nº

11.645/08, bem como das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indígena no currículo escolar.

Assim, a equipe multidisciplinar tem articulado diversos segmentos com o

objetivo de construir uma educação de qualidade, de consolidar a política

educacional e constituir uma cultura escolar que conhece, reconhece, valoriza e

respeita a diversidade étnico-racial.

9.5 Brigada Escolar

O Programa Brigadas Escolares visa trabalhar no ambiente escolar medidas

preventivas, bem como mudanças de comportamento, tendo em vista que crianças e

adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural.

Dessa forma, a opção de se trabalhar com as escolas da rede estadual de educação

tem relação com a necessidade de adequá-las internamente para atender as

disposições legais de prevenção a toda espécie de riscos.

O programa tem com objetivo geral conscientizar e capacitar a Comunidade

Escolar do Estado do Paraná para ações de enfrentamento de eventos danosos,

naturais ou provocados pelo homem, e também para o enfrentamento de situações

emergenciais no interior das escolas, garantindo a segurança dessa população e

possibilitando, em um segundo momento, que os temas tratados cheguem a um

grande contingente da população do Estado do Paraná e promova, assim, uma

mudança cultural.

Como objetivos específicos busca possibilitar aos Estabelecimentos de

Ensino Estadual do Paraná a construção de uma cultura de prevenção a partir do

ambiente escolar; proporcionar aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições

mínimas para o enfrentamento de situações emergenciais; promover o levantamento

das necessidades de adequação do ambiente escolar, com vistas a atender às

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recomendações legais do Código de Prevenção Contra Incêndio e Pânico do Corpo

de Bombeiros; preparar os profissionais da rede estadual de ensino para a execução

de ações de Defesa Civil nas escolas, a fim de prevenir riscos de desastres e

preparar para o socorro, destacando ações voltadas aos primeiros socorros e

combate a princípios de incêndio; articular os trabalhos entre os integrantes da

Defesa Civil Estadual, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar (Batalhão de

Patrulha Escolar Comunitária - BPEC) e dos Núcleos Regionais de Educação;

adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de prevenção

contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros, acompanhando os avanços legais

e tecnológicos para preservação da vida dos ocupantes desses locais.

No Colégio Estadual OlivoFracaro o plano de abandono está previsto em

calendário escolar com participação ativa dos brigadistas, tanto na organização

quanto na conscientização da comunidade escolar.

A escola conta com 14 brigadistas capacitados para prevenir e atender

situações emergenciais.

9.6 Atividades de complementação de carga horária

O Colégio OlivoFracaro realiza complementação de carga horária, prevista no

calendário escolar, por meio de atividades como: festa Junina, oratória, show de

talentos, projeto Misturar-te.

9.7 Projetos anuais

Celem, Sala de Apoio, Sala de Recurso Multifuncional, ACCC, Integração Família na

Escola.

9.8Especificação de ações voltadas para a qualificação dos equipamentos

pedagógicos

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Visualizamos a sala de aula como o lócus mais próximo e mais particular

para o exercício do aprendizado, assim como um dos elementos estruturantes do

processo de aprendizagem.

Dessa forma, deve ser um espaço agradável, acolhedor, estimulador e

motivador de (re) construção do conhecimento, de descobertas, criatividade, de

respeito mútuo, de intercâmbio e trabalho cooperativo entre os pares, de troca de

informações, ideias e opiniões, de interação do grupo formado pelos alunos e seu

professor, sociabilidade, cooperação, participação, compartilhamento de soluções

para problemas e crescimento acadêmico e pessoal.

Frente à acelerada renovação dos meios/recursos tecnológicos, o corpo

docente do Colégio OlivoFracaro tem procurado aplicar novos encaminhamentos

didático-pedagógicos planejados em função do uso dos recursos tecnológicos que o

Colégio dispõe. Mais do que aparatos, o uso de laboratórios oportuniza novas

formas de ver e compreender os conteúdos escolares.

Atualmente, a escola dispõe dos espaços físicos do laboratório de

Informática, com equipamentos obsoletos e que não atendem as necessidades da

comunidade escolar. Da mesma forma, o laboratório de Biologia, Ciências, Física e

Química não dispõem de recursos e materiais com exceção de vidrarias.

Quanto à biblioteca o espaço físico é adaptado e seu horário de

funcionamento é das 7h30 às 16h50, respeitando os intervalos escolares entre um

turno e outro. Nela, os usuários podem efetuar consultas locais, reservas,

empréstimos e devoluções. O acesso ao acervo é livre, porém, quando necessário

os alunos contam com ajuda dos profissionais deste setor.

Os professores dispõem das TVs pendrives e de equipamento multimídia,

porém, as TVs prendrive já não aceitam os tipos de arquivos ofertados pela mídia.

Quanto à quadra de esportes, que é somente coberta, dias frios e chuvosos

dificultam as atividades de professores e alunos.

9.9Especificação das ações que envolvem outras instituições

A escola busca parcerias com instituições privadas e públicas que

desenvolvem atividades de acordo com as necessidades e interesse dos alunos e

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docentes. Dentre elas destacam-se o Programa Saúde na Escola (PSE) que visa à

integração e articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando

melhoria da qualidade de vida da população brasileira. O PSE tem como objetivo

contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção,

prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades

que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de

ensino.

Outra iniciativaé a parceria com as faculdades e centros universitários que

disponibilizam palestras sobre temas variados e atuais. Também contamos com a

Rede de Proteção que disponibiliza atendimento à comunidade escolar e palestras

conforme necessário.

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X AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

10.1 Diretrizes para avaliação institucional e para avaliação geral de

desempenho dos docentes, pedagogos e funcionários

A avaliação geral de desempenho dos docentes, pedagogos e funcionários

efetivos que atuam no Colégio Estadual OlivoFracaro acontece semestralmente em

formulário específico enviado pela SEED que avalia a participação, produtividade,

pontualidade e assiduidade. Essa avaliação é realizada com a presença do

professor, funcionário e da equipe pedagógica sendo observado o desempenho e a

postura do professor em sala de aula, nas atividades extraclasses e no cumprimento

ao regimento escolar, bem como as decisões do colegiado. Os demais funcionários

não efetivos também podem ser avaliados semestralmente pelos alunos e colegas

do Colégio quanto ao seu desempenho, qualidade do trabalho, relacionamento,

responsabilidade e cumprimento das atividades. Nessas avaliações é possível fazer

sugestões de mudança.

A avaliação institucional é entendida como um processo da Instituição Escolar

em sua totalidade, favorecendo assim seu autoconhecimento na gestão

democrática, projeto político pedagógico, identidade, função e objetivos da escola

para a melhoria do ensino em todos os aspectos.

Oportunizando a escola como espaço de produção e socialização do

conhecimento e das relações conforme Libâneo (2004 p.235), a avaliação diz

respeito a um conjunto de ações voltadas para o estudo sistemático de um

fenômeno, uma situação, um processo, um evento, uma pessoa tentando emitir um

juízo de valor. Nesse aspecto, a avaliação propõe a coleta de informações, tendo

diversos e diferentes meios de verificação dos aspectos avaliados para, com base

nos juízos de valores, tomar uma decisão. Também é entendido como um processo

contínuo de aperfeiçoamento e melhorias que devem ser utilizados para

proporcionar um diagnóstico crítico do desempenho como instituição e como

membro ativo da sociedade democrática.

A avaliação deve servir como ferramenta de gestão para direcionar as

práticas avaliativas na escola, buscando reflexões sobre a efetiva consolidação da

identidade da escola que por sua vez passa por um processo avaliativo sério e

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participativo, descobre sua identidade e acompanha sua dinâmica. Muita coisa

aprende-se com esse processo mas, o que fica de importante é a vivência de uma

caminhada reflexiva, democrática e formativa onde todos crescem.

Avaliação Institucional é, portanto, um processo complexo e não um modelo

ideal e único para as escolas, ela precisa ser construída. É o desafio de uma longa

caminhada possível e necessária. (Fernandes, 2002, p.140).

Nossa avaliação institucional dar-se-á de forma progressiva, por amostragem,

podendo ser avaliada a escola como um todo (professores, pedagogos, direção e

agentes educacionais I e II), registrando o nome de cada um dos avaliados e como

está percebendo o seu trabalho durante o semestre/ano.

Com os professores a avaliação é realizada a cada semestre, sendo a última

escrita, a qual é lida pela coordenação e direção, analisada e a partir da mesma,

traçada as metas para o ano seguinte.

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XIRELAÇÃO DOS ATOS LEGAIS DOS CURSOS OFERECIDOS PELO

ESTABELECIMENTO

Curso 4039 – Curso Fundamental 6º/9º Anos

Modalidade Regular – Ensino Fundamental

Resolução nº 463

Ato: 13/02/1990

DOE: 02/03/1990

Início: 01/01/1990

Fim: 31/12/1990

Autoriza o funcionamento do Ensino de 1º Grau, 5º a 8º série, desde 1990.

Curso 0009 – Ensino Médio

Modalidade Regular – Ensino Médio

Resolução nº 440

Ato: 06/02/1992

DOE: 19/02/1992

Início: 01/01/1992

Fim: 31/12/1993

Autoriza o funcionamento do Curso de 2º Grau – Educação Geral, desde 1992,

Implantação gradativa no período noturno.

Curso 6406 – Sala de Recursos.S.FI.D.INTEL.TRAN.F.E

Modalidade: Especial – Ensino Fundamental

Resolução nº1599

Ati: 13/07/2007

DOE: 20/04/2007

Início: 01/10/2006

Fim: 01/10/2008

Parecer nº 775/2007 – CEF -Autoriza o funcionamento da SR/DM e DAP (5º a 8º

séries), a partir de 2006, com 20 horas.

Parecer nº2251/10 – CEF (20 horas semanais, turno vespertino)

Parecer nº 2393/11 – SEED/CEF (20 horas semanais, turno matutino)

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XIIREFERÊNCIAS

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