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GOVERNO ALMIR GABRIEL Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará Núcleo Cultural SIDENTE: Hélio FrancoMacedoJuniorVICE-PRESIDENTE: Rosângela Brandão Monteiro EDITOR RESPONSA VEL: Alípio AugustoBarbosa Bordalo EDITORADJUNTO: Manoel Barbosa de Rezende CONSELHOEDITORIAL: Eloisa Flora Arruda Moura GeraldoRoger NonnandoJr. Leônidas BragaDias Manoel Santos Coimbra MarcusVinicius H. Brito Mário R. de Miranda -PA Nara Botelho Brito -PA Octávio Gomes Souza Jr. -PA Oftr Dias Vieira -PA Raimundo Nonato Q. Leão -PA Reinaldo Silveira de Oliveira -PA Roberto Messody Benzecry -RJ Rosa Helena P. Gusmão -PA Sérgio Martins Pandolfo -PA William Mota Siqueira -PA Zéa Lins Lainson -PA ASSESSORIA DE ESTATtSTICA: MarizethCarvalhode Andrade CONSELHO CIENTfFICO: Antônio Celso Ayub -RS Antônio Spina-França -SP Alexandre C. Linhares -PA Arival Cardoso de Brito -PA Carlos Salgado Borges -MA Geraldez Tomaz -PB Habib Fraiha Neto -PA João José Neiva Neto -PA Manoel A. Moreira -PA Maria de Lourdes B. Simões -PR MEMBROS HONORARIos: Camilo Martins Vianna, Clodoaldo Ribeiro Beckman, Clóvis de Bastos Meira, JoséMonteiro Leite, Guaraciaba Quaresma Gamae Manuel Ayres International Standard SerialNumber(ISSN): 01015907 Indexada na Administração da Base de Dados LILACS -BIREME Diagramação e Composição: Hélio RochaJúnior-Fotolitos: ElianeMiotto Produção e Impressão: Gráfica Sagrada Família A REVISTA PARAENSEDE MEDICINA é o periódicobio-médicoda Fundação Santa Casa de Misericórdiado Pará,com registron° 22, Livro B do 20 Oficio de Títulos, Documentos e RegistroCivil das Pessoas Jurídicas, do Cartório Valle Chermont, de 10de março de 1977, Belém-PA. Publicação trimestrale distribuiçãogratuita. Tiragem: 1.500 Endereço: REVISTA PARAENSE DE MEDICINA Fundação Santa Casa de Misericórdiado Pará Rua Oliveira Bello, 395 -Umarizal Fax: (91) 241-9266 -Fones: (Oxx91) 210-2213 /242-8007 66050-380 -Belém-Pará E-mail: [email protected] www.santacasapara.org.br CAPA: Coleção Mobiliário Artístico do Museu da Santa Casa: chapeleira, início do seco XX "A Misericórdia Paraense a Serviço da Comunidade e da Cultura" v: 16(l)janeiro-abriI2002 ISSNOI015907 .

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GOVERNO ALMIR GABRIELFundação Santa Casa de Misericórdia do Pará

Núcleo Cultural

PRESIDENTE:

Hélio Franco Macedo JuniorVICE-PRESIDENTE: Rosângela Brandão Monteiro

EDITOR RESPONSA VEL: Alípio Augusto Barbosa BordaloEDITOR ADJUNTO: Manoel Barbosa de Rezende

CONSELHO EDITORIAL:Eloisa Flora Arruda MouraGeraldo Roger Nonnando Jr.Leônidas Braga DiasManoel Santos CoimbraMarcus Vinicius H. Brito

Mário R. de Miranda -PA

Nara Botelho Brito -PA

Octávio Gomes Souza Jr. -PA

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Raimundo Nonato Q. Leão -PA

Reinaldo Silveira de Oliveira -PA

Roberto Messody Benzecry -RJ

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ASSESSORIA DE ESTATtSTICA:Marizeth Carvalho de Andrade

CONSELHO CIENTfFICO:

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Manoel A. Moreira -PA

Maria de Lourdes B. Simões -PR

MEMBROS HONORARIos:Camilo Martins Vianna, Clodoaldo Ribeiro Beckman, Clóvis de Bastos Meira, José Monteiro Leite, Guaraciaba

Quaresma Gama e Manuel Ayres

International Standard Serial Number (ISSN): 01015907Indexada na Administração da Base de Dados LILACS -BIREME

Diagramação e Composição: Hélio Rocha Júnior -Fotolitos: Eliane MiottoProdução e Impressão: Gráfica Sagrada Família

A REVISTA PARAENSE DE MEDICINA é o periódico bio-médico da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, comregistro n° 22, Livro B do 20 Oficio de Títulos, Documentos e Registro Civil das Pessoas Jurídicas, do Cartório ValleChermont, de 10 de março de 1977, Belém-PA.

Publicação trimestral e distribuição gratuita. Tiragem: 1.500

Endereço: REVISTA PARAENSE DE MEDICINAFundação Santa Casa de Misericórdia do ParáRua Oliveira Bello, 395 -UmarizalFax: (91) 241-9266 -Fones: (Oxx91) 210-2213 /242-800766050-380 -Belém-ParáE-mail: [email protected]

www.santacasapara.org.br

CAPA: Coleção Mobiliário Artístico do Museu da Santa Casa: chapeleira, início do seco XX

"A Misericórdia Paraense a Serviço da Comunidade e da Cultura"

v: 16 (l)janeiro-abriI2002ISSNOI015907 .

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EFEITO DO OLEO DE COPAIBA NA COMPOSIÇÃO DA URINA DE RATOS.

THE COPAIBA'S OIL EFFECT IN COMPOSITION RAT'S URINEi

Marcus Vinicius Henriques BRITO2Marta Leni Bittencourt TAVARESAllethéa Robertha Souza e SILVA)

Lilian Grace da Silva MOURA)Josélia Tramontin de LIMA)

Reinaldo de Amorim CARVALHd

RESUMO

Introdução: A flora amazônica tem despertado a atenção de pesquisadores modernos devido apossibilidade de ação medicinal das ervas regionais, descatando-se o óleo de copaíba, substancia utilizadapela população da qual, até hoje, não se conhece o seu efeito na composição da urina. Objetivo: Estudar oefeito do óleo de copaíba na composição da urina de ratos. Método: Foram utilizados 24 Rattus norvegicusalbinus, da linhagem Wistal; distribuídos em 4 grupos:Grupo padrão (GP), Grupo Água (GA), GrupoCopaíba Terapêutica (GCT) e Grupo Copaíba Subletal (GCS). Todos os animais foram submetidos àgavagem diária por 14 dias, para a administração das referidas substâncias, exceto o grupo padrão. No 15"dia os animais foram anestesiados com éter etílico e submetidos a uma laparatomia mediana xifo-púbicapara visibilização da bexiga, que foi puncionada para coleta de 0,5 ml de urina, e avaliação de suacomposição. Resultados: Os resultados foram anotados em protocolo de trabalho e tratadosestatisticamente pelo teste de Kruskal-Wallis. No GCS houve aumento da densidade urinária (p<0,05).Quanto aos outros critérios pesquisados, não foram observadas diferenças estatisticamente significantesentre os grupos. Conclusão: De acordo com a metodologia empregada, podemos sugerir que o óleo decopaíba na dose de O, 63mllKg altera a densidade urinária e não modifica os demais parâmetros de estudosda composição da urina.

DESCRITORES: Copaíba, Urina, Ratos

Os níveis de tais substâncias, assim como adepuração renal das mesmas, associados ao exameanormal de sedimentação (EAS), são utilizadas na. d "'" 1. fu - 1 161718 rotma lana para ava lar a nçao rena. .,

O exame simples da urina é um dos métodos-mais práticos para o diagnóstico eacompanhamento de pacientes com alterações do

.,. 2022trato unnano. '

O exame simples inicia pela avaliação da cor,turvação e cheiro da urina. Métodos fisico-químicos analizam a densidade, o pH, a presença deproteínas, glicose, cetonas, nitritos, urobilinogênioe bilirrubinas, Ao microscópio é pesquisado osedimento urinário, no qual são detectados equantificados as hemácias, leucócitos, células

INTRODUÇÃOO metabolismo celular necessita de material

plástico (proteínas) e energético (glicídios elipídios) para a sua realização. Após a ocorrênciado catabolismo, são eliminadas as substânciastóxicas para o organismo. Alterações na eliminaçãodestas culmina em sofrimento celular. Desta forma,o organismo apresenta mecanismos de eliminação,os quais envolvem diferentes sistemas,

. I .,. 15161718especla mente unnano. ' , .

O aparelho urinário, associado aos intestinos,à pele e aos pulmões, constitue o chamado sistemaemunctório, o qual realiza a eliminação destesprodutos tóxicos, como por exemplo a uréia e a

..161718creatmma. ..

Recebido em 16.01.2002-Aprovado em 18.04.2002

/Trabalho realizado no Laboratório de Cirurgi(l Experimental da Universidade do Estado do Pará.1Prof Adjunto Douto!; Coordenador da disciplina Técnica Operatória. Cirurgia Experimental e Anestesiologia da Universidade

do Estado do Pará.3Graduandas do Curso de Medicina, estagiárias do Laboratório de Cirurgia Experimental da UEPA4Doutor em Medicina Veterinária, Chefe do Setor de Biotérios do Instituto Evandro Chagas em Belém do Pará.

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EFEITO DO ÓLEO DE COPAIBA NA COMPOSIÇAo DA URINA DE RATOS

.Grupo Copaíba Terapêutica (GCT): animaissubmetidos à gavagem de óleo de copaíbadiariamente, na dosagem de 0,06 ml/kg, por umperíodo de 14 dias.

.Grupo Copaíba Subletal (GCS): animais quereceberam óleo de copaíba diariamente porgavagem, na dosagem de 0,63 ml/kg, durante 14dias.

epiteliais, bactérias, fungos, cilindros protéicos ecristais, que podem ser de ácido úrico, oxalacetatode cálcio, fosfato e cistina:O,22

O uso difundido de plantas medicinais naregião amazônica1l,19, vem despertando interessesna comunidade científica, a qual busca estudar opotencial curativo de diversas ervas, dentre estas oóleo de copaíba, obtido do tronco de árvores dogênero Copaifera2/o Este é utilizado, popularmente,pelos seus efeitos cicatrizantes, antiinflamatório eantibiótico, em infeções pulmonares e do trato

AO ',.913,25gemto-unnarto ' .

No entanto, apesar de seu uso difundido pelapopulação, inclusive na terapêutica de afecções dotrato gênito-urinário, não foi possível localizar, naliteratura pesquisada, informações a respeito deseus efeitos na composição urinária. Dessa forma, oobjetivo deste trabalho foi estudar o efeito do óleode copaíba na composição da urina de ratos.

No 150 dia do experimento, todos os animaisforam anestesiados com éter etílico e submetidos àlaparotomia mediana xifo-púbica, o quepossibilitou a visibilização da bexiga, a qual foipuncionada com agulha hipodérnlica, seguida daretirada de uma amostra de 0,5 m~ de urina, na qualforam avaliados a cor, aspecto, densidade, pH e apresença de nitrito, proteínas, glicose,urobilinogênio, bilirrubinas e sangue,imediatamente após a coleta. As análises foramrealizadas no Laboratório de Bioquímica da UEPA.

Em seguida, os animais foram submetidos aoprocedimento de eutanásia por dose inalatória deéter etílico em ambiente saturado.

Os resultados foram anotados em protocolode trabalho e tratados estatisticamente pelo métodode Kruska/- Wa//is.

MÉTODOSubstância de estudo

O óleo de copaíba estudado foi provenientedo município de Tucuruí, Estado do Pará, Brasil, naforma de óleo bruto e a espécie de onde o mesmo foiextraído foi a Copaifera reticu/ata Ducke.

Foram realizados teste criptográfico e análisefísico-química do óleo pela Empresa Brasileira dePesquisa Agropecuária -Amazônia Oriental(EMBRAPA).

AmostraForam utilizados 24 ratos (Rattus novergicus

albinus) da linhagem Wistar, machos, adultos,pesando entre 250 e 350g, provenientes do Biotériodo Instituto Evandro Chagas (Belém-PA) eadaptados ao Laboratório de Cirurgia Experimentalda Universidade do Estado do Pará por um períodode 15 dias antes do início do experimento. Osanimais foram mantidos em ambiente controlado ereceberam água e ração ad libitum durante todo operíodo do experimento.

RESULTADOSQuanto à cor, aspecto, pH da urina e presença

de nitrito, proteína, glicose, urobilinogênio,bilirrubina, cetonas e hemácias, a administração deóleo de copaíba não provocou alteraçõessignificativas estatisticamente (p>O,O5).

No grupo GCS ocorreu um aumento dadensidade urinária dos animais comparando-se aosdemais grupos, GP, GAD e GCT (p=O,OOO6).~-~ ~

Figura 1 -Densidade da urina nos grupos GP, GA, GTC E GTS.

DISCUSSÃOO óleo de copaíba é um produto de exsudação

do parênqima de árvores do gênero Copaifera,,. d A ,. . 1 111213tlpIca a menca tropIca. ..

No Brasil são encontradas mais de 15espécies distintas deste gênero e na RegiãoAmazônica a Copaifera reticulata Ducke é a

,.. 2especIe maIs comum.

ProcedimentosOs animais foram distribuídos em 4 grupos

de seis animais de acordo com a substânciaadministrada:

.Grupo Padrão (GP): animais que não foramsubmetidos a qualquer procedimento, previamenteà eutanásia.

.Grupo Água (GA): animais que receberamágua destilada diariamente por gavagem nadosagem de 0,63 ml/kg durante um período de 14dias.

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~-~ ~ DENSIDADE GP -- "'" "".
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EFEITO DO ÓLEO DE COPAtBA NA COMPOSIÇÃO DA URINA DE RATOS

Este óleo é um dos mais conhecidos produtos

fitoterápicos Amazônicos, sendo reconhecido pelod .fund .d d .. 1 111213 E 1uso I I oname Icmapopu ar ' '. staamp a

aceitação popular se deve, em parte, à sua

propriedade de restaurar mucosas que apresentem

secreção patológica no caso de inflamações

crônicas; bem como à ação desinfectante desecreções no trato pulmonar e urinári09,13,25.

Outro fator relacionado ao funcionamento do

trato urinário é a sua propriedade diurética,

explicando seu efeito benéfico nas cistites.9,II,13,19,25

Pode ser utilizado também no tratamento da

leucorréia e blenorragia por via tópica (capsúlas.. ) 81113 1 d ~ 1. d 1vagInaIs ., e ora, sen o sua açao exp Ica a pe o

fato do óleo ser eliminado por via renal e ter trânsito

uretral.8

No entanto, não há relatos de comprovação

científica dessas ações. Sendo realizados alguns

modelos experimentais a fim de elucidar seus

efeitos.

BASILE e colo (1988)2, demonstraram

experimentalmente o efeito do óleo de copaíba no

edema podal induzido, demonstrando a atividade

antiinflamatória desta substância. BRITO e colo

(1996)3, avaliaram os aspectos morfológicos e

morfométricos do processo cicatricial de feridas

cutâneas abertas em ratos tratados com o referido

óleo. BRITO e colo (1999)6, analisaram o efeito

deste óleo no estômago de ratos, por gavagem.

Demonstrando a dose subletal que foi de 0,63

ml/kg e a dose terapêutica quantificada em 0,06

ml/kg, nas quais foram baseadas este estudo.

Diante da difundida utilização popular

empírica desta substância em afecções do trato

urinário, são necessárias pesquisas que elucidem os

efeitos deste óleo na composição da urina e função

renal.

I .da 2022 acetazo amI .'

A presença de proteínas na urina, proteinúria,

com valores superiores a 15mgidl, no homem, são.d d .2022 consI era os anormaIs. .

A glicosúria, presença de glicose na urina, em

concentrações elevadas, estão associadas à

diabetes mellitus, glicosúria renal e Síndrome deF .20

ancoro.

Os corpos cetônicos, quando presentes naurina, são decorrentes do metabolismo glicídico

incompleto. A proteinúria, em pacientes comdiabetes mellitus, está relacionada à desco

pensação metabólica grave.2O

Hemácias podem ser observadas na urina de

indivíduos normais, não ultrapassando a

quantidade de até duas hemácias por campo de

grande aumento. Quando em quantidades superior,

tem-se a hematúria microscópica, dado muitoimportante na detecção de doenças renais ou das

vias urinárias. Estados febris, esforço fisico, frio

intenso e distúrbios da coagulação podemocasionar hematúria microscópica, sem que haja,

. I - I 20necessanamente, esao rena.

Os leucócitos podem estar presentes na urina

em número de até três por campo em grande

aumento. Em caso de infecção o seu númeroaumenta, chegando a ser incontáveis.

Normalmente não se encontram bactériasfun .20 nem gos na unna.

Em todos os grupos, não houve alterações

estatisticamente significantes, nos parâmetros

utilizados, exceto o aumento da densidade urinária

no grupo GCS (p= 0,006). Com relação aos grupos

GCT e GCS, os resultados não diferiram,estatisticamente, (p > 0,05) do grupo utilizado

como controle (água) e do grupo padrão.

A densidade urinária elevada revela um

aumento da quantidade de solutos na urina no

grupo GCS, o grande inconveniente é que este dado

não discrimina se as moléculas em solução são

influenciadas pelas partículas que realmente

refletem o trabalho renal, tais como sódio, cloro,

potássio, hidrogênio íon, uréia, creatinina, etc. ou

de macromoléculas como proteínas e glicose que

podem estar presentes na urina, porém não

espelham a função renal global.22

Deve ser levada em consideração, apossibilidade de menor ingestão de água nos

animais que receberam a dose de 0,63 ml/kg (GCS)

resultando em maior densidade na urina deste

grupo.

o exame de urina revela as característicasfísico-químicas da solução e descrevequantitativamente os elementos figurados dosedimento urinário, o que reflete alterações do trato

.,. 2022unnano. '

A determinação da densidade urinária com ourodensímetro permite avaliar, por comparação, onúmero e o peso de solutos na urina, em relação àágua destilada.2°.22

No homem a faixa de densidade normalcompreende os valores entre 1002 e 1040. Valoresinferiores a este limite mínimo podem indicarincapacidade de concentração dos rins.20,22

Quanto ao pH urinário, valores abaixo de 6,0podem ser considerados normais e acima de 7,0sugere presença de processo infeccioso, alcalosesistêmica, acidose tubular renal ou uso de

CONCLUSÃO

Os dados obtidos permitem concluir que, deacordo com a metodologia empregada, o óleo decopaíba utilizado neste experimentü não altera acomposição

urinária.

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EFEITO DO ÓLEO DE COPAtBA NA COMPOSIÇÃO DA URINA DE RATOS

SUMMARY

lntroduction: The modern researchers has been interested in Amazon flora because of its medicinalherbs. Among them, Copaíba's oil deserves attention, as a substance used by lhe population, even thoughtits effect over urine's composition is not known. Objective: Study lhe effect of Copaíba.'s oil in lhecomposition ofrat's urine. Methods: 24 Rattus Novergicus albinos, ofthe wistar lineage; distributed infourgroups: Standard Group, Water Group, Therapeutic Copaíba Group and Sublethal Copaiba Group. Allanimais received by daily gavage lhe substances above for 14 days, except lhe Standard group. I':z lhe 15thday of lhe experiment lhe animais were anesthetized with ethyl ether and a xifo-pubic laparotomy was daneto show lhe bladder that was punctured to collect urine and evaluate its composition.Results: The resultswere printed in protocols and statistically treated by Kruskal- Wallis testo In lhe Sublethal Copaíba group anincrease in lhe urinary density was found (p<0, 05). In lhe other aspects no statistically significantdifferences were found among lhe groups. Conclusion: According to lhe methodology of this research, canbe suggested that lhe Copaíba's oil in a dose ofO,63ml/kgalters lhe urine's density anddoesn'talter otherparameters in urine's composition.

KEY WORDS: Copaíba' s oit, urine, ratsA .

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EFEITO DO ÓLEO DE COPAtBA NA COMPOSIÇÃO DA URINA DE RATOS

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Endereço para correspondência:Marcus ViniciusHenriques BritoTrav. Apinagés, 630 ap. 201.Batista Campos, Belém-PA. CEP: 66.033-170FONE: (091) 242-5179 ou 99816321E-mail: [email protected]

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