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415 Anais 5º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Campo Grande, MS, 22 a 26 de novembro 2014 Embrapa Informática Agropecuária/INPE, p.415 -425 Geotecnologias aplicadas à análise do estado de conservação das APPs das nascentes da bacia hidrográfica do rio Cabaçal, Mato Grosso - Brasil Thiziane Helen Lorenzon¹ Sophia Leitão Pastorello de Paiva 2 Sandra Mara Alves da Silva Neves ² Ronaldo José Neves ² Edinéia Souza Nunes¹ ¹ Universidade do Estado do Mato Grosso – UNEMAT/Programa de Pós Graduação em Am- biente e Sistemas de Produção Agrícola - PPGASP Rod. MT 358, Km 07, Jardim Aeroporto CEP: 78.300-000 Tangará da Serra, Mato Grosso, Brasil [email protected]; [email protected] 2 Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT/Campus Cáceres Curso de Geografia – Laboratório de Geotecnologias Av. Santos Dumont, s/n. Bairro: Santos Dumont 78.200-000 Cáceres/MT, Brasil {rjneves, ssneves}@unemat.br; [email protected] Resumo: A Bacia Hidrográfica do Rio Cabaçal é uma das sub-bacias da Bacia Alto Paraguai cujo rio principal, o Paraguai, é o mais importante formador do Pantanal mato-grossense. Assim, este estudo objetiva avaliar, atra- vés das geotecnologias, o estado de conservação das Áreas de Preservação Permanente das nascentes da Bacia Hidrográfica do rio Cabaçal, Mato Grosso. As imagens Landsat foram processadas no software SPRING do INPE, por meio de elaboração do mapa temático de uso e cobertura da terra e das nascentes. As quantificações e elaboração do layout do mapa foram executadas no software ArcGis. Houve trabalho de campo para validar os mapeamentos. Áreas de cobertura vegetal compreendem um percentual de cerca de 22%. A bacia apresenta-se em grande parte ocupada pelas atividades agropecuárias (76%). A Bacia Hidrográfica do Rio Cabaçal apresenta 6.034 nascentes, dentre as quais 78% encontram-se em desacordo com o artigo 3° da Lei n° 12.651/2012 do Código Florestal Brasileiro. O município de Araputanga é o que apresenta maior percentual de uso da terra em Áreas de Preservação Permanente, ocupado por 25,38% pela classe pecuária + vegetação secundária. Concluiu-se que, a partir dos resultados obtidos, houve perdas da cobertura vegetal das nascentes da bacia e que o conhecimento do nível de degradação dos cursos d’água das sub-bacias da Bacia Alto Paraguai é estratégico para a manutenção das coleções hídricas do bioma Pantanal. Palavras-chave: Geotecnologias, Conservação Ambiental, Pantanal, Bacia Alto Paraguai.

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Geotecnologias aplicadas à análise do estado de conservação das APPs das nascentes da bacia hidrográfica do rio Cabaçal, Mato Grosso - Brasil

Thiziane Helen Lorenzon¹Sophia Leitão Pastorello de Paiva2

Sandra Mara Alves da Silva Neves ²Ronaldo José Neves ²Edinéia Souza Nunes¹

¹ Universidade do Estado do Mato Grosso – UNEMAT/Programa de Pós Graduação em Am-biente e Sistemas de Produção Agrícola - PPGASP

Rod. MT 358, Km 07, Jardim AeroportoCEP: 78.300-000 Tangará da Serra, Mato Grosso, Brasil

[email protected]; [email protected]

2 Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT/Campus CáceresCurso de Geografia – Laboratório de Geotecnologias

Av. Santos Dumont, s/n. Bairro: Santos Dumont78.200-000 Cáceres/MT, Brasil

{rjneves, ssneves}@unemat.br; [email protected]

Resumo: A Bacia Hidrográfica do Rio Cabaçal é uma das sub-bacias da Bacia Alto Paraguai cujo rio principal, o Paraguai, é o mais importante formador do Pantanal mato-grossense. Assim, este estudo objetiva avaliar, atra-vés das geotecnologias, o estado de conservação das Áreas de Preservação Permanente das nascentes da Bacia Hidrográfica do rio Cabaçal, Mato Grosso. As imagens Landsat foram processadas no software SPRING do INPE, por meio de elaboração do mapa temático de uso e cobertura da terra e das nascentes. As quantificações e elaboração do layout do mapa foram executadas no software ArcGis. Houve trabalho de campo para validar os mapeamentos. Áreas de cobertura vegetal compreendem um percentual de cerca de 22%. A bacia apresenta-se em grande parte ocupada pelas atividades agropecuárias (76%). A Bacia Hidrográfica do Rio Cabaçal apresenta 6.034 nascentes, dentre as quais 78% encontram-se em desacordo com o artigo 3° da Lei n° 12.651/2012 do Código Florestal Brasileiro. O município de Araputanga é o que apresenta maior percentual de uso da terra em Áreas de Preservação Permanente, ocupado por 25,38% pela classe pecuária + vegetação secundária. Concluiu-se que, a partir dos resultados obtidos, houve perdas da cobertura vegetal das nascentes da bacia e que o conhecimento do nível de degradação dos cursos d’água das sub-bacias da Bacia Alto Paraguai é estratégico para a manutenção das coleções hídricas do bioma Pantanal.

Palavras-chave: Geotecnologias, Conservação Ambiental, Pantanal, Bacia Alto Paraguai.

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Abstract: The Cabaçal River Hydrographic Basin is one of the sub-basins of the High Paraguay Hydrological Basin whose main river, Paraguay, is the main tributary of the Pantanal. Thus, this study aims to evaluate, through geo-technology, the conservation status of Permanent Preservation Areas of the headwaters of the Cabaçal River Hydrographic Basin, Mato Grosso. The Landsat images were processed in software SPRING of INPE, with the elaboration of thematic map of use and land cover and headwaters. Quantification and preparation of map layout were performed in software ArcGIS. There was fieldwork to validate the mappings. Areas of vegetation comprise a percentage of about 22%. On the other hand, the basin is presented largely occupied by agricultural land-use activities (76%). The Cabaçal River Hydrographic Basin has 6.034 headwaters, among which 78% are using soil in violation of Article 3 of Law No. 12,651 / 2012 of the Brazilian Forest Code. The municipality of Araputanga is what shows the highest percentage of land use, occupied by 25,38% by livestock class + secondary vegetation. It was concluded that, from the results, there was loss of vegetation cover of the headwaters of the watershed and the knowledge of the level of degradation of the watercourses of the sub-basins of the High Paraguay Hydrological Basin are strategic for the maintenance of catch basins the Pantanal biome.

Keywords: Geotechnology, Environmental Conservation, Pantanal, High Paraguay River Basin.

Introdução

As paisagens são submetidas constantemente a alterações em virtude das ações antrópicas que transformam os cenários, motivadas seja pela necessidade de desenvolvimento econômico seja pela aplicação inadequada das técnicas de manejo imprimidas. Essa ação, porém, vem ultrapas-sando os limites plausíveis de uso, pois:

Os cenários ambientais construídos ou transformados pela ação do homem ocupam a maior parte dos sistemas ambientais. O homem transforma os espaços através de derrubadas de matas, da implantação de pastagens e cultivo, das construções de estradas, portos, aeroportos, represas, da retificação e canalização de curso d’água, da implantação de indústrias e áreas urbanas (Florenzano, 2002).

Na perspectiva de possibilitar uma análise territorial e ecológica do espaço geográfico a adoção de bacia hidrográfica como unidade básica de análise e planejamento viabiliza a inter-pretação do trabalho. Uma bacia hidrográfica compreende uma área de formação natural, dre-nada por um curso de água e seus afluentes, a montante de uma seção transversal considerada, para onde converge a água da bacia (Freitas e Ker, 1996).

Neste contexto, as nascentes são manifestações superficiais de lençóis subterrâneos que originam os cursos d’água (Valente e Gomes, 2005), estando sua conservação diretamente rela-cionada à proteção da vegetação existente nas suas margens.

Há legislações ambientais que devem ser observadas na utilização das terras com intuito de preservar a vegetação que acompanham os recursos hídricos, dentre elas estão a Lei n° 12.651/2012 (BRASIL, 2012), que no seu artigo 3.º define que as Áreas de Preservação Perma-nente – APPs desempenham função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e as-segurar o bem-estar das populações humanas.

A Resolução CONAMA nº 303 de 2002 reafirmou como Área de Preservação Permanente (APP) o entorno das nascentes, reiterando a indigência de proteção desses ambientes e regu-lamentando as disposições do Código Florestal em vigor. No caso de nascentes, o código dis-crimina um raio de 50 metros de proteção no seu entorno. Entende-se que sua importância física nas áreas de nascente incide na atuação da vegetação como amortecedor das chuvas, impedindo o seu impacto direto sobre o solo e a sua paulatina compactação (Silva et al., 2012).

Nesse sentindo, a necessidade de monitoramento das APPs das nascentes torna-se impre-scindível para o planejamento de uso adequado da área, minimizando os danos ao meio ambi-ente. Santos et al. (1981) expôs que existe a necessidade de atualização constante dos registros

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de uso da terra, para que suas tendências e cenários possam ser analisados. A fim de reconhecer a proporção da cobertura vegetal e de uso da terra, a utilização das

Geotecnologias proporciona um adequado reconhecimento das características geoambientais, potencializando o gerenciamento dos recursos naturais, facilitando a avaliação histórica do desmatamento (Martins e Silva, 2007). Apoiando-se nos preceitos de Guimarães (1999), cuja defesa baseia-se no fato de que o geoprocessamento é uma ferramenta muito útil que permite gerar, manipular, analisar e integrar informações espaciais, sobretudo relativas ao meio ambi-ente, podendo subsidiar o processo de tomada de decisão e orientação de políticas públicas que corroborem para a conservação ambiental.

Diante do exposto, a avaliação do estado de conservação das áreas de nascentes torna-se de extrema importância como subsídio para a manutenção do bioma Pantanal, que depende do pul-so de inundação para estabelecimento do seu ciclo, pois a água que inunda a planície alagável não advém somente das precipitações. Para tanto, faz -se necessário o estudo da vegetação e do uso na bacia hidrográfica.

Objetivo

Avaliar, através das geotecnologias, o estado de conservação das Áreas de Preservação Perma-nente das nascentes da Bacia Hidrográfica do rio Cabaçal, Mato Grosso.

Material e Métodos

Área de estudo

O estudo foi realizado na Bacia Hidrográfica do Rio Cabaçal - BHRC, com área de 6.042 km² (Figura 1), localizada na região sudoeste mato-grossense de planejamento de Mato Grosso (Mato Grosso, 2012).

Figura 1. Situação da BHRC no contexto da região sudoeste de planejamento de Mato Grosso

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e municipal.A BHRC influencia diretamente no ciclo hidrológico do Pantanal pela quantidade de cur-

sos hídricos, cujas águas contribuem para o rio Cabaçal, que é afluente direto do rio Paraguai. Abriga uma população de 201.587 habitantes (IBGE, 2013), cuja atividade econômica de base é a agropecuária.

Procedimentos metodológicos

Para análise do uso da terra e cobertura vegetal foram adquiridas imagens das órbitas/pontos 227/71, 228/70 e 228_71 do satélite Landsat-8, sensor Operational Land Imager (OLI), com resolução espacial de 30 m, ano de 2013, no catálogo de imagens do Serviço de Levantamento Geológico Americano (USGS, 2013).

Foi criado um banco de dados no software SPRING, versão 5.2.6 do INPE (Câmara et al., 1996) utilizando o sistema UTM, fuso 21S e Datum Sirgas 2000, ocorrendo na sequencia a importação das imagens para execução do mosaico e seu recorte pela área de estudo (máscara). Em seguida, realizou-se a segmentação através do método crescimento de regiões, com simi-laridade 800 e área de pixel 1200, coleta de amostras/treinamento, classificação supervisionada (classificador Bhattacharrya) e edição matricial/vetorial.

Na classificação supervisionada foram identificadas dez classes para elaboração do mapa de uso da terra e cobertura vegetal da bacia, a partir de pesquisas junto aos relatórios do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira - PROBIO (BRA-SIL, 2004) e manual técnico para vegetação e uso da terra (IBGE, 1992).

Para a execução do mapeamento das nascentes (olhos d’água), no software ArcGis, versão 9.2, (ESRI, 2007), foram utilizadas as imagens do satélite RapidEye, com resolução espacial de 6,5 metros, disponibilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente. No mapa das nascentes aplicou-se a ferramenta Buffer, disponível no software ArcGis, definindo como raio a distância de 50 (cinquenta) metros, conforme previsto na legislação do Código Florestal Brasileiro em vigor, em Lei 12.651/2012 (BRASIL, 2012) para criação das Áreas de Preservação Permanente.

Depois de gerado o mapa das APPs, este foi utilizado como máscara para o recorte do mapa de uso e cobertura da terra, onde pôde-se quantificar e analisar quais classes de uso da terra e cobertura vegetal estão presentes nas APP’s das nascentes da bacia, indicando que há degrada-ção do ambiente, assim como um conflito. Por fim, realizou-se a elaboração do layout do mapa e as quantificações, utilizando-se a calculadora de atributos, do software ArcGis.

1. Resultados e Discussão

A bacia hidrográfica do rio Cabaçal possui 6.034 nascentes, cujas APPs correspondem a 49,5 km², deste total as áreas com cobertura vegetal correspondem a 22% (Tabela 1 e Figura 2).

Lima (1986) afirmou que a permanência da cobertura vegetal no entorno dos corpos hídricos, como:

... das nascentes e cursos d’água influem positivamente sobre a hidrologia do solo, melhorando os processos de infiltração, percolação e armazenamento de água pelos lençóis, diminuindo o processo de escoamento superficial e contribuindo para o processo de escoamento subsuperficial, influências estas que conduzem a diminuição do processo erosivo.

Colaborando com o exposto, Crepani et al. (2001) relataram que a função da cobertura vegetal vai além de proteger o solo, impedindo as erosões.

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Tabela 1. Classes temáticas de Cobertura vegetal em APPs de nascentes da BHRCClasses de cobertura vegetal Área (km²)

Ecótono entre Savana e Floresta Estacional Decidual 0,54Floresta Aluvial 3,97

Floresta Estacional Decidual Sub-Montana 0,28Floresta Estacional Decidual Sub-Montana + Vegetação Secundária 0,52

Floresta Estacional Semi-Decidual Sub-Montana 0,11Vegetação Secundária 0,03

Savana Arborizada sem Floresta de Galeria 0,05Savana Florestada 0,31

Savana Florestada + Savana Arborizada 4,01Savana Parque + Savana Arborizada 0,92

Total 10,81

Figura 2. Uso da terra, cobertura vegetal e APPs das nascentes da Bacia hidrográfica do rio Cabaçal/MT.

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As classes que responderam pelas maiores áreas de cobertura florestal foram a Savana flo-restada (Cerradão) + Savana arborizada (Campo cerrado), que correspondem a 37%, e Floresta aluvial, com 36%. Essas fisionomias são características da BHRC que respondem por 73% da cobertura vegetal das APPs das nascentes da bacia.

As classes fitoecológicas correspondentes à Vegetação secundária, Savana arborizada sem floresta de galeria, Savana florestada e Ecótono entre Savana e Floresta estacional decidual re-spondem conjuntamente por 8,61% do total das fisionomias de cobertura florestal.

Ocorrência semelhante dá-se com as classes Floresta estacional decidual sub-montana, Floresta estacional decidual sub-montana + Vegetação secundária e Floresta estacional semi-decidual sub-montana que responderam por 8,42%. Estas são florestas típicas de áreas de maior declive. De acordo com Gouveia et al. (2013), apoiado nos preceitos de Almeida et al. (2010), estudos sobre a vegetação secundária na Amazônia legal brasileira demonstram que, à medida que a ocupação de uma região se consolida e o desmatamento e o uso da terra se intensificam, por meio da exploração agropecuária, o abandono da terra e a consequente formação de vegeta-ção secundária diminuem.

O uso da terra corresponde a 88% nas APPs da área de estudo, situação semelhante foi iden-tificada no trabalho realizado por Passos et al. (2010), que verificaram o avanço da agricultura em áreas onde predominavam a vegetação nativa, devido às características edafoclimáticas e geoeconômicas favoráveis da região. Os mesmos preceitos foram apontados por Pessoa et al. (2013), que demonstram que a vegetação nativa na Interbacia do rio Paraguai Médio/MT apre-sentou diminuição de 19,85% de sua área em 2001 e 3,79% em 2011.

Ocorre predominância para a classe pecuária nas áreas de nascentes que do total de usos responde a 97%. Este resultado era esperado uma vez que a economia dos municípios em que a bacia estudada encontra-se inserida baseia-se na atividade pecuária (Tabela 2 e Figura 2). De acordo com Avelino (2007) a BHRC não apresenta muita diversidade de culturas, seu uso está quase que concentrado na pecuária e agricultura, sendo essas duas atividades as responsáveis pela transformação de suas paisagens.

Tabela 2. Classes temáticas de usos da terra encontradas nas nascentes da BHRC.Classes de uso da terra Área (km²)

Agricultura 0,44Influência urbana 0,04

Pecuária + Vegetação secundária 37,55Reflorestamento 0,61

Total 38,64

Pesquisas relativas à Bacia do córrego do Bezerro Vermelho realizadas por Gouveia et al. (2013), mostraram que a vegetação nativa reduziu em 19,19% sua área ocupada, sendo substi-tuída pela agricultura e pastagem. Estudos de Pessoa et al. (2013) na Interbacia do Rio Paraguai Médio demonstram que houve redução da vegetação nativa para uso agropastoril.

Ainda que não tenham sido observados solos expostos, a ocorrência de pastagens, caracter-izada pela presença de gramíneas destinadas a nutrição animal, não garante uma cobertura de solo eficaz, constituindo um problema para os municípios da região sudoeste de Mato Grosso devido a sua degradação, conforme apontado no plano de Longo Prazo de Mato Grosso (Mato Grosso, 2012). Os problemas com a conservação das pastagens formadas por gramíneas exóti-cas é que, ainda que proporcionem a proteção do solo, não estabelecem dinâmicas ecológicas. A presença de extensas áreas de pastagem e crescimentos de suas áreas próximas aos cursos de água constitui fator negativo, por impactar, de diversas maneiras, na conservação do ambiente (Pessoa et al., 2013).

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Em se tratando das pastagens envolvendo as gramíneas um impacto comum é a compac-tação do solo ocasionada pelo pisoteio animal causando a extinção das áreas de nascentes. Calheiros et al. (2004), argumentaram que o pisoteio torna a superfície do solo próximo às nascentes compactada, diminui sua capacidade de infiltração, ficando sujeito a erosão laminar, provocando a contaminação da água por partículas do solo, podendo provocar até mesmo as-soreamento. Estudos na Bacia hidrográfica Paraguai/Jauquara-MT, levantados por Casarin et al. (2008) demonstraram que as matas ciliares ao longo dos rios estão muito degradadas com o uso e ocupação da terra, geralmente por pastagens cultivadas, atividade garimpeira, inúmeros buracos nas margens dos rios, na área de montante da bacia..

A classe de agricultura totaliza 1,13% predominando a monocultura da cana-de-açúcar, uma atividade que mostra-se em crescimento na região sudoeste de Mato Grosso, o que con-stitui uma preocupação, pois deve-se considerar que culturas de maior utilização de produtos químicos devem ser as mais afastadas dos cursos hídricos, a fim de se evitar que nas épocas das chuvas esses poluidores desçam com as enxurradas para as nascentes ou se infiltrem no solo atingindo mais facilmente o lençol freático (Calheiros et al., 2004).

As áreas de influência urbana são as cidades de Araputanga, Barra do Bugres, Cáceres, Curvelândia, Lambari D’Oeste, Mirassol D’Oeste, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, São José dos Quatro Marcos e Salto do Céu, totalizando o percentual de área que correspondeu a 0,1%.

As áreas de reflorestamento totalizam 1,57% devendo ser analisadas atentamente, pois de-pendendo da espécie, de sua quantidade e localização pode interferir na conservação da bio-diversidade. Entretanto, devem-se considerar os seus benefícios, pois o reflorestamento é efi-ciente na proteção da rede de drenagem em regiões com processos erosivos (Cardoso, 1988), além de atender às necessidades econômicas na substituição das derrubadas das matas, cuja regeneração é lenta.

Dentre as sub-bacias da unidade de estudo a Bacia do rio Bugres é a que apresenta maior quantidade de nascentes com conflito de uso, principalmente devido às atividades agropastoris dos municípios de Araputanga, Mirassol D’Oeste e São José dos Quatro Marcos (Tabela 3). De acordo com os trabalhos na BHRC de Avelino (2007), a maioria dos afluentes do rio Cabaçal encontra-se em processo de assoreamento devido ao uso inadequado da terra. A autora deter-mina ainda, que um exemplo dessa situação ocorre no Rio dos Bugres, afluente do Rio Cabaçal, que, apesar das suas margens estarem um pouco mais preservadas, o processo de assoreamento advindo das cabeceiras ainda é intenso.

O município de Araputanga é o que apresenta maior quantidade de APPs com conflito de uso, respondendo por 25,38%, relativo à classe temática pecuária + vegetação secundária, seguido por Salto do Céu, São José dos Quatro Marcos, Rio Branco e Reserva do Cabaçal que representam, respectivamente, 24,23%, 7,27%, 7,05% e 5,73% (Tabela 4).

De acordo com Nunes et al. (2013) no município de Salto do Céu/MT, mesmo em lugares de reduzida atividade humana e com baixa vegetação de médio porte, se o solo é extremamente suscetível à erosão, o potencial de erosão será elevado. Os resultados encontrados por Pessoa et al. (2012), corroboram com os dados evidenciados também por Grossi (2006) e Serigatto (2006) em estudos sobre o uso da terra na bacia do rio Queima-Pé/MT e Bacia do Sepotuba/MT, afirmaram que esta região vem sofrendo interferência antrópica desde 1984 pelo aumento do uso da terra, vinculado principalmente a pastagem e agricultura.

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Tabela 3. APPs conservadas e em conflito de uso nas Sub-bacias da BHRC.

Sub-bacia Área BaciaAPPs Conser-

vadas

APPs com conflito de

usoÁrea APP

Municípios

Km2 % Km2 %Bacia Nas-centes Rio Cabaçal

829,32 6,02 90,43 0,64 9,57 6,66 Araputanga (24,66%) e Reserva do Cabaçal (75,34%)

Bacia Rio Branco 886,67 2,58 22,26 9,01 77,74 11,59

Lambari D’Oeste (0,95%), Reserva do Cabaçal (8,41%), Rio Branco (35,62%) e

Salto do Céu (55,02%)

Bacia Rio Bugres 1.182,08 1,24 11,37 9,63 88,18 10,93

Araputanga (42,29%), Curvelândia (0,50%), Lambari D’Oeste (0,08%), Mirassol D’Oeste

(24,41%) e São José dos Quatro Marcos (32,72%)

Bacia Rio Vermelho 1.353,38 1,67 16,95 8,16 83,05 9,82

Barra do Bugres (26,28%), Lambari D’Oeste (21,73%), Rio Branco (1,51%) e

Salto do Céu (50,48%)

Interbacia Rio Cabaçal 1.416,77 2,01 27,23 5,36 72,77 7,37

Araputanga (10,13%), Cáceres (22,72%), Curvelândia (14,96%), Lambari D’Oeste (21,56%), Mirassol D’Oeste (6,27%), São José dos Quatro Marcos (5,39%), Reserva do Cabaçal (2,99%) e Rio Branco (15,97%)

Tabela 4. Classes temáticas de uso da terra e cobertura vegetal em AAPs nos municípios da BHRC - (km²).

Municípios Ag

SNt

SNT

+Vs

Fa

Fs+V

s

Iu

Ap+

Vs

Rf

Sd

Sd+S

a

Tp+

Sa

Vs

Vs+

Fs

Uso

da

Terr

a

Araputanga … 0,268 … 0,809 0,119 … 12,563 … … 0,783 0,089 … … 12,563Barra do Bugres … 0,043 0,227 0,387 … … 1,991 0,548 0,164 0,000 … 0,038 … 2,539Cáceres … … … 0,010 … … 0,116 … … … … … … 0,116

Curvelândia 0,024 … … 0,033 … … 0,217 … … … … … … 0,241Lambari D’Oeste 0,240 0,031 … 0,239 … … 0,622 0,013 0,106 0,023 … … … 0,875Mirassol D’Oeste 0,042 0,032 … 0,176 … … 0,524 0,012 … 0,014 … … … 0,578

Reserva do Cabaçal … … … 0,293 … … 2,842 … … 0,442 0,580 … … 2,842

Rio Branco … … … 0,341 … 0,016 3,491 0,016 … 1,438 … … … 3,522São José dos Q. Marcos 0,033 0,060 … 0,558 … … 3,763 … … 0,097 … … … 3,795

Salto do Céu … 0,293 0,074 0,753 … … 11,995 … … 1,251 0,255 … 0,228 11,995Legenda: Ag: Agricultura; SNt: Ecótono entre savana e floresta estacional decidual; SNt+Vs: Ecótono entre savana e floresta estacional decidual com vegetação secundária; Fa: Floresta aluvial; Fs+Vs: Floresta estacional semi-decidual sub montana com vegetação secundária; Iu: Influência urbana; Ap+Vs: Pecuária com vegetação secundária; Rf: Reflorestamento; Sd: Savana florestada; Sd+Sa: Savana florestada com savana arborizada; Tp+Sa: Savana parque+savana arborizada; Vs: Vegetação secundária; Vs+Fs: Vegetação secundária com floresta estacional decidual sub montana.

Conclusões

A avaliação do estado de conservação das Áreas de Preservação Permanente das nascentes da Bacia Hidrográfica do Rio Cabaçal demonstrou que houve perdas da cobertura vegetal que comprometem a conservação desse tipo de corpo hídrico, em desacordo com o estabelecido pela Lei 12.651/2012.

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As APPs da BHRC estão na sua maioria degradadas, pois predomina nestas o uso da terra ao invés de vegetação, colocando em risco o equilíbrio dessa unidade ambiental.

Das sub-bacias da BHRC a do rio Bugres é a que apresenta maior quantidade de APPS em nascentes com conflito de uso, situadas nos municípios de Araputanga, Curvelândia, Lambari D’Oeste, Mirassol D’Oeste e São José dos Quatro Marcos.

O município de Araputanga é o que possui maior quantidade de APPs com conflito de uso na BHRC.

Por fim, a degradação das APPs das nascentes das sub-bacias da Bacia do Alto Paraguai, neste caso a BHRC, coloca em risco o bioma e a planície do Pantanal, ao afetar a dinâmica hídrica regional, interferindo no pulso de inundação.

Agradecimentos

À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso – FAPEMAT pela concessão da bolsa de estudos de mestrado.

Dados derivados do projeto de pesquisa “Modelagem de indicadores ambientais para a definição de áreas prioritárias e estratégicas à recuperação de áreas degradadas da região su-doeste de Mato Grosso/MT” vinculado à sub-rede de estudos sociais, ambientais e de tecno-logias para o sistema produtivo na região sudoeste mato-grossense – REDE ASA, financia-dos no âmbito do Edital MCT/CNPq/FNDCT/FAPs/MEC/CAPES/PRO-CENTRO-OESTE Nº 031/2010.

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