geogragia a 11º [Áreas urbanas-dinÂmicas internas] (rp)
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7/29/2019 GEOGRAGIA A 11 [REAS URBANAS-DINMICAS INTERNAS] (RP)
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EBSL novembro/dezembro 2012 Rui Pimenta
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Programa de GEOGRAFIA A 11 Ano
Os espaos organizados pela populao
As reas urbanas: dinmicas internas
Mdulo 3 Unidade 3.2
ESCOLA BSICA E SECUNDRIA DE LORDELOnovembro/dezembro 2012
Rui Pimenta
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Estrutura da Unidade 3.1:
As reas urbanas - dinmicas internas:
Pontos prvios
- as cidades mais populosas do mundo
- espao ruralvs espao urbano
- em torno do conceito de cidade
A organizao das reas urbanas
- As cidades em Portugal
- a urbanizao em Portugal
- a diferenciao funcional:
. as reastercirias
. as reas residenciais
. as reasindustriais
As reas urbanas: dinmicas internas: ndice de assuntosMdulo 3: Unidade 3.2(Geografia A 11 ano)
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Estrutura da Unidade 3.1:
As reas urbanas: dinmicas internas:
A expanso das cidades e das reas urbanas
- a urbanizao
- a suburbanizao
- a periurbanizao
- a reurbanizao e a rurbanizao
- impactes negativos da expanso urbana
- as reas metropolitanas
Os problemas urbanos
- as condies de vida urbana
- a recuperao da qualidade de vida urbana
As reas urbanas: dinmicas internas: ndice de assuntosMdulo 3: Unidade 3.2(Geografia A 11 ano)
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Pontos prviosAs cidades mais populosas do mundo (Top 10)
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2(Geografia A 11 ano)
Fonte: http://www.luventicus.org/mapas/mundo.htm
12
34
5
7
6
89
10
1 Cidade mais populosa
1 Xangai
2 Bombaim
3 Carachi4 Deli
5 Istambul
6 So Paulo
7 Moscovo
8 Seul
9 Pequim
10 Jacarta
http://www.luventicus.org/mapas/mundo.htmhttp://www.luventicus.org/mapas/mundo.htm -
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Pontos prviosAs cidades mais populosas do mundo (Top 10)
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2(Geografia A 11 ano)
Xangai (Shanghai) a maior cidade (13 831 900 hab.)da Repblica Popular da China e uma das maiores reas
metropolitanas do mundo, com mais de 20 milhes de
habitantes.
o metro de Xangai dos sistemas que crescem mais rpido do mundo,
sendo composto atualmente por 13 linhas, se includas as linhas areas.
A foto em baixo d-nos uma panormica do centro financeiro, com
destaque para a Torre Prola Oriental.
Em contraste com a nica rua
pedestre em Nanjing (ao lado)
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Pontos prviosAs cidades mais populosas do mundo (Top 10)
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Bombaim (Mumbai) AA.
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Pontos prviosAs cidades mais populosas do mundo (Top 10)
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2(Geografia A 11 ano)
Carachi AA.
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Pontos prviosAs cidades mais populosas do mundo (Top 10)
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Deli (Dlhi ou Dilli) AA.
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Pontos prviosAs cidades mais populosas do mundo (Top 10)
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Istambul AA.
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Pontos prviosAs cidades mais populosas do mundo (Top 10)
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So Paulo AA.
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Pontos prviosAs cidades mais populosas do mundo (Top 10)
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Moscovo AA.
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Pontos prviosAs cidades mais populosas do mundo (Top 10)
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Seul AA.
b di i i
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Pontos prviosAs cidades mais populosas do mundo (Top 10)
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2(Geografia A 11 ano)
Pequim AA.
A b di i i t
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Pontos prviosAs cidades mais populosas do mundo (Top 10)
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Jacarta AA.
A b di i i t Md l 3 U id d 3 2
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Pontos prviosEspao ruralvs espao urbano
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2(Geografia A 11 ano)
Durante muito tempo, a identificao das cidades no ofereciaqualquer dificuldade, pois tratava-se de um lugar privilegiadode artesos, comerciantes e militares que ocupava relativamen-
te pouco espao, encontrando-se muitas vezes encerradas por
detrs das suas muralhas protetoras.
Assim, como no espao rural, o espao urbano
apresenta caratersticas que lhe so especficas,
ao nvel da ocupao do solo, dos meios de
produo utilizados, da intensidade da
concentrao, da dinmica populacional, das
atividades predominantes, das deslocaes dirias
e das acessibilidades.
As reas urbanas:dinmicas internas Md l 3 U id d 3 2
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Pontos prviosEm torno do conceito de cidade
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2(Geografia A 11 ano)
Contudo, por mais estranho que possa parecer, no existe uma definio universal de cidade.
Apesar disso, na sua imensa variedade de formas, funes e tamanhos as cidades apresentamalguns traos que lhe so caratersticos e mais ou menos constantes.
Trata-se ento de um espao:
de forte concentrao de imveis, muitos deles com
vrios andares, pelo menos em algumas das suas
reas, o que explica a sua elevada densidadepopulacional;
de forte concorrncia na utilizao do solo, o que o
torna muito caro,sobretudo nas reas centrais;
com uma atividade comercial mais ou menos
dinmica;
com movimento de pessoas e veculos muito intenso;
de forte concentrao das atividades econmicas ligadas aos setores secundrio e
tercirio, nos quais se ocupa a maior parte da populao ativa;
dotado de equipamentos sociais e culturais mais ou menos adequados s necessidades da
populao citadina e da sua rea circundante (hospitais, escolas, cinemas, museus,
transportes pblicos, etc.).
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A organizao das reas urbanasAs cidades em Portugal
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2(Geografia A 11 ano)
A designao e determinao da categoria das povoaes so da responsabilidade daAssembleia da Repblicae dasAssembleias Regionais dos Aores e da Madeira.
ALei n. 11/1982, de 2 de junho, no seu artigo 13, define uma combinao de princpios quegarante a elevao de uma povoao a cidade.
Assim sendo, uma vila s pode ser elevada categoria de cidade quando, em aglomeradocontnuo, contabilize um nmero de eleitores superior a 8000 habitantes (critrio demogrfico)
e possua,pelo menos metade dos seguintes equipamentos coletivos (critrio funcional):
instalaes hospitalares comservio de permanncia;
farmcias;
corporao de bombeiros;
casa de espetculos ou centro cultural;
museu e biblioteca;
instalaes de hotelaria;
estabelecimento de ensino bsico e secundrio;
estabelecimento de ensino pr-primrio e infantrios;
transportes pblicos, urbanos e sub-urbanos;
parques ejardins pblicos.
As reas urbanas:dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3 2
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A organizao das reas urbanasA urbanizao em Portugal
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2(Geografia A 11 ano)
Ascidades so um elemento fundamentalde organizao do espao e, por isso, so habitual-mente consideradas motores de crescimento econmico, de competitividade e de emprego.
A partir dos princpios da dcada de 60 do sculo passado, o ritmo decrescimento da populao urbana tem sido superior ao do
crescimento da populao em geral.
Daqui resulta que a taxa de urbanizao% da populao urbana(populao que vive nos centros urbanos) em relao total tem
vindo a aumentar significativamente (tambm devido alterao do mtodo
de clculo).
Evoluo da Taxa de urbaniza-o em Portugal.
Fonte:RDH 2007-2008, PNUD.
Taxa de urbanizao na UE-27, em 2005.
Fonte:Relatrio de Desenvolvimento Humano 2007-2008, PNUD.
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A organizao das reas urbanasA urbanizao em Portugal
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2(Geografia A 11 ano)
semelhana do que acontece com os
restantes pases da UE, a populaoportuguesa tem vindo a concentrar-se
cada vez mais nas reas urbanas.
A variao da populao nas reas urba-
nas, entre 1950 e 2001, pe em evidn-
cia as assimetrias regionais existentes
em Portugal continental, nomeadamen-
te os contrastes Norte-Sul e Litoral-
-Interior.
de assinalar que:
cerca de 75% da populao se localiza
a Norte do rio Tejo;
a grande concentrao das cidades
portuguesas ocorre na faixa litoral a
norte do rio Sado, com destaque para
as reas Metropolitanas de Lisboa e
do Porto.
Variao da populao residente nas reas urbanas de Portugalcontinental, em 1950 e em 2001.
Fonte: Teresa S Marques, Sistema urbano e territrios em transformao,Geografia de Portugal, 2005.
As reas urbanas:dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3 2
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A organizao das reas urbanasA urbanizao em Portugal
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Em termos de dimenso, igualmente no Litoral a norte do Tejo que se erguem as maiores
cidades portuguesas, com especial relevo para (dados do Censo 2011):1 Lisboa, 545.254 habitantes; 2 Sintra, 377.240 hab.;
3 Vila Nova de Gaia, 302.092 hab.; 4 Porto, 237.559 hab.;
5 Loures, 205.577hab.; 6 Cascais, 205.117hab.;
7 Braga, 181.819 hab.; 8 Amadora, 175.558 hab.;
9 Matosinhos, 174.931 hab.; 10 Almada, 173.298 hab.;
11 Oeiras, 172.063 hab.; 12 Gondomar, 168.205hab.;
13Guimares, 158.108 hab.; 14 Seixal, 157.981 hab.;
15 Odivelas, 143.052 hab.; 16 Coimbra, 143.052 hab.;
17 S. M da Feira, 139.393 hab.;
18 V. Franca Xira, 136.510 hab.;
19 Maia, 135.049 hab.;
20 V. N. Famalico, 133.801 hab.;
21 Leiria, 127.468 hab.;
22 Setbal, 120.492 hab.;
23 Barcelos, 120.492 hab.;
24 Funchal, 112.015hab..
NUTs III de Portugal Continental
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A organizao das reas urbanasA urbanizao em Portugal
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2(Geografia A 11 ano)
Se agrupssemos as maiores cidades portuguesas, segundo a nomenclatura da NUT III:
em 2004 a imagem seriaem 2011, de acordo com os dados anteriores teramos:
Cidades portuguesas com mais de 100.000 habitantes (Censos 2011)
Ordem Nome Populao NUT II NUT III
1 Lisboa 545.254 Lisboa Grande Lisboa
2 Sinta 377.249 Lisboa Grande Lisboa
3 Vila Nova de Gaia 302.092 Norte Grande Porto
4 Porto 237.559 Norte Grande Porto
5 Loures 205.577 Lisboa Grande Lisboa
6 Cascais 205.117 Lisboa Grande Lisboa
7 Braga 181.819 Norte Cvado
8 Amadora 173.298 Lisboa Grande Lisboa
9 Matosinhos 174.931 Norte Grande Porto
10 Almada 173.298 LisboaPennsula de
Setbal
11 Oeiras 172.063 Lisboa Grande Lisboa
12 Gondomar 168.205 Norte Grande Porto
13 Guimares 158.108 Norte Ave
14 Seixal 157.981 LisboaPennsula de
Setbal
15 Odivelas 143.052 Lisboa Grande Lisboa
16 Coimbra 143.052 Centro Baixo Mondego
17 S. M da Feira 139.393 NorteEntre Douro e
Vouga
18 V. Franca Xira 136.510 Lisboa Grande Lisboa
19 Maia 135.049 Norte Grande Porto
20 V. N. Famalico 133.801 Norte Ave
Norte 10 21 Leiria 127.468 Centro Pinhal Litoral
Centro 2 22 Setbal 120.791 LisboaPennsula de
Setbal
Lisboa 11 23 Barcelos 120.492 Norte Cvado
Regio Autnomada Madeira
1 24 Funchal 112.015 Regio Autnomada Madeira
Regio Autnomada Madeira
As reas urbanas:dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2
http://www.infopedia.pt/MapaEstatistico/MapaEstatistico.jsp -
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A organizao das reas urbanasA urbanizao em Portugal
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2(Geografia A 11 ano)
Atualmente (2012), Portugal tem 159 povoaes com a categoria de cidade, sendo que em2005 eram 151, localizando-se 139 no continente,seis na Regio Autnoma dosAores esete
na Regio Autnoma dos Madeira.As cidades oficiais e as respectivas datas de elevao, em 2005.
Fonte: Carlos Alberto Medeiros Geografia de Portugal, Vol. II, 2005.
Neste mapa no esto assinaladas as seguintes
cidades:
- Lagoa [Aores] (2012);
- Alfena (2011);
- Albergaria-a-Velha (2011);- Borba (2009);
- Samora Correia (2009);
- So Pedro do Sul (2009);
- Senhora da Hora(2009);
- Valena (2009).
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A organizao das reas urbanasA diferenciao funcional
s eas u a as d cas e as Mdulo 3: Unidade 3.2(Geografia A 11 ano)
Adistribuio das vrias atividades observveis no espao urbano assim como a residncia dapopulao no se processam ao acaso.
possvel identificar regularidades espaciais nessadistribuio, podendo individualizar-se reas
funcionais, quer dizer, reas mais ou menos
homogneas em termos das funes que oferecem.
Um dos fatores que condiciona a organizao das
reas funcionais a renda locativa custo do soloem cada local.
Por seu lado, a renda locativa influenciada pelaacessibilidade e pela distncia ao centro.
De um modo geral, o custo do solo diminui medidaque nos afastamos do centro da cidade, que a rea
de maior acessibilidade, de maior concentrao de
funes e, consequentemente, a mais cara.
Assim, a maior concentrao de actividades nocentro conduz a uma forte competio pelo espao
que, frequentemente, se traduzem em processos de
especulao fundiria.
Valor do solo urbano.Valor dosolo
Valor do solo urbanoe natureza da ocupao
segundo a distncia ao centro.
Valor dosolo
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A organizao das reas urbanasA diferenciao funcional
(Geografia A 11 ano)
A especulao fundiria sobrevalorizao do custo do solo , como vimos, verifica-se no
centro da cidade por haver uma procura de terrenos superior oferta, o que torna a rendalocativa muito elevada.
medida que aumenta a distnciaao centro, a acessibilidade diminuie
com ela se regista tambm um
decrscimo da renda locativa e da
procura do solo pelas atividades
tercirias.
assim que outras atividades se
vo instalando, nomeadamente as
que se encontram ligadas
indstria e funo residencial.
Variao da renda locativa para trs funesurbanas do centro para a periferia.
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2
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A organizao das reas urbanasA diferenciao funcional
(Geografia A 11 ano)
Por ltimo, para alm da distncia ao centro, outros fatores podem condicionar a ocupao do
solo, sendo que, apesar de muito afastadas do centro, possibilitam a existncia de reas queso objeto de grande procura, nas quais se regista umasubida nos preos dos terreno.
Comocausas dessa situao podem apontar-se:
aproximidade de boas vias de comunicao;
a existncia de um bom servio de transportes pblicos;
condies ambientais favorveis: relevo, zonas verdes, paisagem, poluio, etc.;
aspetos sociais, ao nvel das condies socioeconmicas da populao residente;
planos de urbanizao ozonamento das reas confere-lhes um determinado valor, o qual
est associado ao uso definido/pretendido.
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2
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A organizao das reas urbanasA diferenciao funcional: as reas tercirias
(Geografia A 11 ano)
Em todas as cidades existe uma rea central, isto , uma rea com elevado grau de
acessibilidade, para onde convergem os transportes pblicos.
Designada por CBD (Central Business District), o Centro ou Baixa , por excelncia, o local de
concentrao das atividades tercirias, sendo por isso considerado o centro financeiro das
cidades.
Nele se concentram grande nmero de sedes bancrias, de companhias de seguros, de
escritrios das grandes empresas e comrcio grossista e a retalho , desde o especializado ede bens raros (artigos de luxo, grandes armazns, etc.) at ao comrcio mais banal, que se
destina a servir os residentes ou as pessoas que ali trabalham.
No CBD, tambm vulgar a localizao de restaurantes, hotis, salas de espetculos, muitas
atividades administrativas e escritrios de profisses liberais (advogados, solicitadores,
mdicos, enfermeiros, jornalistas, arquitetos, engenheiros, entre outros).
Em sntese, do ponto de vista demogrfico, o CBD caracteriza-se por uma enorme
concentrao populacional, presente apenas durante o dia.
E, alm disso, no CBD que se concentra uma grande diversidade e nmero de atividades
tercirias e um vasto conjunto de funes raras, que fomentam a circulao depessoas e bens.
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2
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A organizao das reas urbanasA diferenciao funcional: as reas tercirias
(Geografia A 11 ano)
A procura das reas que correspondem ao CBD faz com que o solo se revele escasso,
dificuldade que ultrapassada, em parte, pela construo em altura, um dos aspetos mais
caratersticos destas reas nas cidades.
No CBD, para alm da diferenciao das atividades no plano horizontal, que se traduzia, como
j vimos, na existncia de um centro financeiro, uma rea de comrcio a retalho, , tem-se
tambm uma distribuio diferenciada das atividades no plano vertical.
Esta distribuio vertical
das atividades mostra-nos
que vulgar a ocupao
dos pisos trreos (R/c) pelo
comrcio.
Enquanto isso, nos pisos
intermdios e superiores,os edifcios mostram que o
seu preenchimento ,
respetivamente, feito com
escritrios e armazns e
por residncias.
Distribuio vertical das atividades no CBD - Lisboa.
Fonte: Teresa Barata Salgueiro (1992) A Cidade em Portugal.
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2
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28/61
EBSL novembro/dezembro 2012 Rui Pimenta
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A organizao das reas urbanasA diferenciao funcional: as reas tercirias
(Geografia A 11 ano)
Do ponto de vista funcional, o CBD uma rea onde, com o passar do tempo, as diferentesfunes se vo sucedendo:
numa primeira fase, assistiu-se substituio das funes industrial e residencial pelo
comrcio e outras actividades tercirias;
atualmente, verifica-se a tendncia para a descentralizao destas funes em direo a
outras reas da cidade.
Areferida dinmica motivada:
pela enorme concentrao de atividades no CBD;
pela crescente falta de espao, agravada pelos valores excessivos dos preos dos terrenos
(especulao fundiria);
pelo congestionamento do trfego urbano no centro, quer em termos de deslocao quer
no que toca ao estacionamento (rea mais antiga, de ruas estreitas);
pelo aumento da acessibilidade a outras reas da cidade, associada:
. construo de novas vias de comunicao;
. asistemas de transportes pblicos mais eficazes.
Nos ltimos anos em Portugal, assistiu-se em muitas cidades construo de hipermercados ede gigantescos centros comerciais nas reas perifricas, que constituem uma alternativa
comercial ao Centro e so responsveis pelo seu crescente declnio.
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2(G fi A 11 )
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A organizao das reas urbanasA diferenciao funcional: as reas residenciaisclasses mais favorecidas
(Geografia A 11 ano)
Apesar da funo residencialse encontrar disseminada por todo o espao urbano, a anlise da
sua distribuio e organizao revela a existncia de fortes contrastes, que evidenciam a
classe socioeconmica dos seus residentes.
Assim, pode dizer-se que existe uma segregao espacial, ou seja, uma tendncia para
organizao do espao em reas de grande homogeneidade interna (reflete as caratersticas
sociais da populao que nelas habita) e forte disparidade entre elas.
Classes sociais com rendimentos mais elevados ocupam os melhores locais da cidade,
normalmente:
reas planeadas e com boa acessibilidade;
onde ospreos do solo atingem, em mdia, valores elevados;
reaspouco poludas, com espaos verdes e de lazer.
Alm disso, as atividades econmicas apresentam-se pouco concentradas, correspondendo,quase sempre, aservios de proximidade e comrcio de luxo.
Por ltimo, as residncias podem inserir-se em bairros de moradias unifamiliares ou em
edifcios de vrios andares, sendo que, em comum, tm o aspeto arquitetnico mais ou menos
cuidado, materiais de construo de boa qualidade esuperfcies amplas.
As reas urbanas: dinmicas internas Mdulo 3: Unidade 3.2(G fi A 11 )
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A organizao das reas urbanasA diferenciao funcional: as reas residenciaisclasse mdia
(Geografia A 11 ano)
A classe mdia ocupa a maior parte do espao urbano, apresentando as reas residnciasaspetos muito diversificados.
Contudo, do ponto de vista arquitetnico, os blocos de habitao plurifamiliares apresentamuma certa uniformidade, revelando materiais de construo de menor qualidade.
Localizam-se, geralmente, em reasbem servidas de transportes pblicos,
com equipamentos sociais diversificados
(escolas, centros de sade, ) e algum
comrcio de proximidade.
Atualmente, tem-se assistido crescente expanso das reas
residenciais da classe mdia para a
periferia, principalmente por famlias
jovens.
Esta realidade est associada aodesenvolvimento dos transportes e
menor renda locativa, que leva
construo de extensas reas
residenciais, com apartamentos mais
espaosos, melhor equipados e a menor
custo que no centro.
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A organizao das reas urbanasA diferenciao funcional: as reas residenciaisclasses com menores recursos
(Geografia A 11 ano)
As classes com menores recursos ocupam, geralmente, bairros de habitao precria(vulgarmente designados por bairros de lata) ou de habitao social.
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A organizao das reas urbanasA diferenciao funcional: as reas residenciais classes com menores recursos
(Geografia A 11 ano)
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A organizao das reas urbanasA diferenciao funcional: as reas residenciais classes com menores recursos
(Geografia A 11 ano)
Como vimos nas imagens, os bairros de lata representam o ltimo degrau na escala das reas
residenciais.
Constitudos maioritariamente por barracas, em muitos casos de construo ilegal, estes
bairros clandestinos localizam-se geralmente em solos expectantes e no dispem de
infraestruturas (desde o abastecimento de gua e eletricidade, passando pelo tratamento de
esgotos at recolha e tratamento do lixo) e equipamentos.
Nestes bairros degradados, regra geral, ocupados por gente de muito fracos recursos, em
grande parte oriundos dos campos (xodo rural), reinam a misria, apromiscuidade, a droga e
criminalidade, atingindo as condies de vida o mais alto grau de degradao.
Este verdadeiro cancro social manifesta-se com grande incidncia na periferia das principais
cidades, com destaque especial para Lisboa,Porto e Setbal.
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A organizao das reas urbanasA diferenciao funcional: as reas residenciais classes com menores recursos
(Geografia A 11 ano)
Relativamente aos bairros de habitao social construdos pelo Estado, destinam-se aacolher as classes de menos recursos, muitas vezes com o objetivo de realojar populao
afetada por calamidades ou tm em vista a erradicao de barracas.
Em todo o caso, so de construo econmica e arquitetura simples, muito semelhantes entresie localizando-se com alguma frequncia em reas de fraca acessibilidade.
Alm disso, genericamente, caracterizam-se pela falta de qualidade dos materiais deconstruo, pela pequena dimenso da rea de habitao e por deficincias ao nvel de
infraestruturas e equipamentos.
Atualmente, existe a preocupao de garantir uma certa qualidade da habitao e doambiente nos bairros de habitao social, de modo apromover socialmente os seus habitantes.
Por isso, os novos bairros revelam a existncia de servios de assistncia social e segurana,normalmente com a presena de uma esquadra de polcia, alm de infantrios e ateliers de
ocupao de tempos livres para os mais jovens.
A terminar, refira-se que atualmente a segregao social nem sempre clara, pois verifica-seuma tendncia para a partilha do mesmo espao.
o que se verifica nos bairros antigos, geralmente no centro da cidade, onde a reabilitao demuitos edifcios de valor arquitetnico e histrico permite a mistura de uma populao pobre e
envelhecida com outrasocialmente melhor posicionada e relativamente jovem.
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A organizao das reas urbanasA diferenciao funcional: as reas industriais
(Geografia A 11 ano)
Durante muito tempo, o espao urbano constituiu uma rea de localizao preferencial para
numerosas indstrias, o que se justificava pela abundncia de mo de obra, infraestruturas,
equipamentos e servios de apoio produo que a se concentravam.
Contudo, a exigncia das indstrias modernas em espaoscada vez mais vastos, associada
sua crescente escassez no interior das cidades, poluio provocada por muitas delas e s
dificuldades de trnsito urbano, atuou como fator repulsivo, obrigando sua deslocao para a
periferia das aglomeraes.
Concomitantemente:
o aumento da renda locativa e do valor doaluguerdentro da cidade;
a possibilidade de segmentao do processo produtivo, que permite manter na cidade
apenas a parte de direo, gesto e escritrios;
o desenvolvimento das redes de transportes;
o surgimento de novas reas tercirias na periferia das cidades,
foram acentuando essa tendncia, de modo que hoje em dia, fruto do planeamento urbano, a
implantao das indstrias faz-se, em grande nmero de casos, em espaos previamente
destinados e adaptados para esse efeito parques industriais.
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A organizao das reas urbanasA diferenciao funcional: as reas industriais
(Geog a a a o)
No interior (ou mesmo no centro) das cidades subsistem as indstrias:
no poluentes;mais amigas do ambiente no que respeita a consumo de energia;
pouco exigentes em espao;
consumidoras de matrias primas leves pouco volumosas.
Tendo em comum a necessidade de estarem prximas da clientela, de se situarem em locais
de grande acessibilidade, constituem exemplos dessas indstrias:
as oficinas ou unidades de pequena dimenso, por vezes associadas a estabelecimentos
comerciais comopanificao, confees, reparao, ;
a confeo de alta costura, cujo trabalho feito por encomenda requer contacto frequente
com o cliente;
ajoalharia, atividade que assegura aproduo de bens raros e de elevado valor.
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A expanso das cidades e das reas urbanasA urbanizao
( g )
A Europa um dos continentesmais urbanizados, onde cerca de
75% da sua populao vive emespaos urbanos.
Ascidades esto a expandir-se e, ao mesmo tempo, reduzem-se as distncias entre elas, bemcomo o tempo para as percorrer.
Esta expanso ocorre um pouco por toda a Europa, motivada por estilos de vida e de consumo
em mutao, e comummente denominada expanso urbana.
Expanso urbana entre 1990-2000.
Fonte: Base de dados sobre o programa Corine land cover, AEA.
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A expanso das cidades e das reas urbanasA urbanizao
g
Para alm do seu prprio crescimento natural, as cidades so espaos recetores de populaesoriundas dos meios rurais, o que implica um crescimento demogrfico mais rpido.
Por outro lado, elas exercem igualmente um grande poder de atrao sobre as atividadeseconmicas dos setores secundrio e tercirio, que nela se vo acumulando.
Assim, nestaprimeira faseurbanizao verifica-se uma forte concentrao da populao ede atividades econmicas no centro da cidade fase centrpeta.
1147 1375 1750
1850 1950 1980
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A expanso das cidades e das reas urbanasAsuburbanizao
Considerando o modelo que se baseia nos valores da populao residente e no conceito de
cidade que apenas considera duas subreas o centro e aperiferia (rea contgua ao centro e
lugar de origem de movimentos pendulares) , possvel definir o ciclo de vida das cidades.
Neste ciclo, aps a fase centrpta perodo em que se verifica a urbanizao do centro ,
ocorre a fase centrfuga tambm
designada por suburbanizao, que se
caracteriza por um processo de
desconcentrao da populao e doemprego das reas centrais para as
reas perifricas contguas, mais ou
menos prximas.
No caso do exemplo apresentado para a cidade de Lisboa, o crescimento dos subrbios
intensificou-se a partir de 1750, numa fase inicial de forma no planeada, essencialmente, aolongo das vias de comunicao e em torno de ncleos perifricos, onde a acessibilidade era
maiore onde as habitaes eram mais baratas.
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A expanso das cidades e das reas urbanasAperiurbanizao
Entretanto, subsequentemente, nas reas localizadas emterritrios prximos do principal aglomerado urbano
(cidade) vai ocorrendo aperiurbanizao.
Esta resulta doprocesso de expanso urbana que, de umaforma descontnua, vai ocupando as reas para l dacintura suburbana com atividades e funes relacionadascom a residncia, o comrcio, a indstriae osservios.
Nesta fase, como facilmente se depreende, o
conjunto da aglomerao urbana a cidaderegistauma perda de populao e de emprego(desurbanizao).
Assim, convm notar que, prximo do ncleourbano inicial/principal, as reas perirubanas,totalmente dependentes daquele aglomerado,
correspondem a espaos mais afastados com menordensidade populacional, onde:
as atividades e o modos de vida dos habitantes
so caracteristicamente urbanos;
se verifica o aparecimento de novos plosurbanos secundrios, devido contnuaurbanizao.
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A expanso das cidades e das reas urbanasA reurbanizao e a rurbanizao
Segue-se uma fase de reconquista do centro fase de
reurbanizao que se caracteriza pelaprocura das reas
centrais acompanhada por processos de reabilitao e
renovao urbana dos centros histricos e reas adja-
centes.
Atualmente, principalmente nos pases mais
desenvolvidos, assiste-se a uma nova forma de expanso
urbana, abrangendo reas mais vastas, conhecida porrurbanizao.
Trata-se de uma forma de progresso urbana mais difusa que, invadindo os meios rurais, no
se traduz numa urbanizao contnua do espao, verificando-se antes uma localizao difusa
da funo residencial e das atividades econmicas.
Traduz uma nova tendncia de deslocao da populao urbana para os espaos rurais (xodourbano), em busca de condies de vida com mais qualidade do que as que encontra nascidades e nos subrbios.
Amelhoria da acessibilidade associada expanso da rede viria, confere a sustentabilidade
necessria quer ao xodo urbano quer ao aumento dos movimentos pendulares.
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A expanso das cidades e das reas urbanasImpactes negativos da expanso urbana
A expanso urbana, atravs dos seus processos de suburbanizao, periurbanizao erurbanizao, tm alguns impactes sociais, ambientais e territoriais, nomeadamente:
- a intensificao dos movimentos pendulares, que so cada vez mais complexos, quer nas
deslocaes em direo grande cidade, quer nos movimentos entre as diferentes reas
que a envolvem;
- a grande presso sobre o sistema de transportes urbanos, que nem sempre consegue dar
resposta s necessidades da populao;
- o aumento da poluio atmosfrica resultante do crescente consumo de combustvel;
- o aumento das despesas, da fadiga e do stress associados s deslocaes quotidianas da
populao ativa;
- o desordenamento do espao, resultante da urbanizao no planeada e da existncia de
bairros de habitao precria;
- a falta de equipamentos coletivos e a fraca oferta de servios, em muitos aglomeradospopulacionais;
- o aumento das despesas com redes de abastecimento de gua, eletricidade esaneamento,
devido disperso do povoamento nas reas periurbanas;
- a ocupao desolos agrcolas e florestais;
- a decadncia da atividade agrcola.
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas introduo
Vimos que o crescimento demogrfico e funcional no interiordo permetro das cidadesacaba
por conduzir ao seu congestionamento.
Como consequncia desencadeia-se um movimento divergente para as reas perifricas, onde
o espao rural progressivamente invadido pelas construes habitacionais, pela indstria e
por outras atividades econmicas.
Desta forma, para alm do povoamento disseminado, surgem nas reas perifricas
aglomeraes urbano-industriais, que constituem importantes bacias de emprego , e comple-
xos quase exclusivamente habitacionais, que albergam importantes reservatrios de mo de
obra em grande parte absorvida pela cidade-me.
Por outro lado, as pequenas aglomeraes perifricas preexistentes (aldeias, vilas), muitas
delas tambm grandes recetoras de populaes e atividades econmicas citadinas, acabam por
se expandir, elevando-se categoria de cidade.
Algumas dessas cidades (Amadora, Barreiro eAlmada, na periferia de Lisboa, e Vila Nova deGaia, Maia e Matosinhos, na periferia do Porto), dotadas recentemente de algumas
infraestruturas, equipamentos e produtos, tm conhecido um certo dinamismo econmico,
embora se mantenham dependncia econmica e financeira da cidade principal mais prxima:
so as chamadas cidades-satlites.
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas introduo
As cidades-satlitecontm todos os elementos de uma verdadeira cidade (reas residenciais,
atividade industrial, comrcio e servios variados), mas dependem da cidade-me
relativamente a meios financeiros e algumas atividades do setor tercirio superior,
indispensveis ao seu desenvolvimento.
De um modo similar surgem tambm as cidades-dormitrio.
Possuem algumas indstrias e servios variados, mas no tm capacidade para reter grande
parte da populao ativa, acabando a grande maioria por trabalhar na cidade principal mais
prxima.
Ora, ao conjunto constitudo por uma grande cidade e todo o espao mais ou menos
urbanizado que a envolve, numa estreita relao de interdependncias, d-se o nome de rea
Metropolitana.
Representamconcentraes em larga escala depopulao, atividades econmicas eservios,
as quais se distribuem por uma extensa rea, formada pela coalescncia (aglutinao) de
povoaes, principalmente de tipo urbano.
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas introduo
Como vimos e comprovaremos, as AMs detm um elevadopotencial polarizador do territrio, uma vez que atrai
populao e emprego.
Oseu dinamismo (funcional e territorial) assenta numadensa rede de transportes multimodal, onde se concretizam
intensos fluxos inter e intra-urbanos de pessoas e bens.
Um aspecto relevante desses fluxos so os movimentospendulares que atingem o seu auge nas horas de ponta e
que traduzem uma organizao territorial nova, dado que
deixa de se verificar a coincidncia entre o local de
residncia e o local de trabalho.
E, como sabemos, a expanso dos subrbios:
traduz-se frequentemente na perda demogrfica das
reas mais centrais da cidade principal; acompanhada pela descentralizao de atividades
ligadas aossetores secundrio e tercirio, que reforam o
dinamismo dos centros perifricos e criam novas
centralidades;
Este processo, particularmente intenso no litoral, originou a
formao dasAMs de Lisboa e do Porto.
Fases da expanso urbana(no tempo e no espao).
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas enquadramento a nvel nacional
Atravs dos mapas possvel identificar diferentes padres de urbanizao:
Densidade populacional por freguesia em 1950 e 2001, em Portugal continental.
Fonte: Carlos Alberto Medeiros Geografia de Portugal, Vol. II, 2005.
. no litoral, a norte de Setbal,registou-se um aumento dasdensidades populacionais;
. em torno de Lisboa e do Portoregistaram-se intensos pro-cessos de suburbanizao/
/periurbanizao;
. afirmao de algumas cons-telaes urbanas, com maio-res densidades populacionais,nomeadamente:
- o eixo Lamego/Vila Real, emdireo a Chaves;
- Viseu e a sua rea envolvente;
- o eixo Castelo Branco/Covilh;
- oAlgarve litoralque refora a sua dinmica territorial;
- o interior (norte, centro e sul) que perdeu claramente populao, onde surgem alguns
centros quase ilhas, com mais ou menos visibilidade, em funo do crescimento
populacional positivo ou estvel.
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas definio
ALei n 44/91, de 2 de Agosto, criou as reas Metropolitanas de Lisboa (AML) e Porto (AMP)
como espaos individualizados, integrando os municpios correspondentes:
aAML com 19 concelhos, 10 do distrito de Lisboa e 9 do distrito de Setbal;
aAMPcom 9 concelhos, 8 do distrito do Porto e 1 do distrito de Aveiro.
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas definio
Mais tarde, com a Lei n 10/2003, de 13 de Maio Lei Quadro das reas Metropolitanas ,
admitia-se a constituio de grandes reas metropolitanas (GAM) e de comunidades urbanas
(ComUrb), tendo como requisitos:
a continuidade territorial dos concelhos integrantes;
obrigatoriedade de serem constitudas por:
. GAM mnimo de 9 municpios com pelo menos 350 mil hab.;
. ComUrb mnimo de 3 municpios com pelo menos 150 mil hab.
De salientar que, nas duas principais reas metropolitanas
GAML e GAMP:
desenvolvem-se intensas relaes de complementaridade,
as quais aumentam o dinamismo e a competitividade
dessas reas como um todo;
verifica-se a tendncia para se passar de uma estrutura
funcional monocntrica centrada na grande cidade
Lisboa ou Porto, respectivamente e radiocntrica, do
ponto de vista da rede viria, para uma estrutura
policntrica em que os diferentes centros urbanos se
complementam.
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas caraterizao demogrfica
Atravs do grfico que se segue possvel constatar que o crescimento demogrfico foi:
na AML, sempre muito significativo, sobretudo nas dcadas de 60 e 70 do sc. XX,
registando-se apenas uma alguma estabilizao entre 1911-1920e 1981-1991;
naAMP, apesar do decrscimo populacionalverificado a partir da dcada de 80 do sc. XX
no concelho do Porto, o aumento populacionalverificado tem sidoprogressivo.
Populao residente nosconcelhos de Lisboa e Porto ena AML e AMP (1900-2011).
Fonte: Recenseamentos Gerais da Populao, INE.
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas caraterizao demogrfica
Considerando as taxas de crescimento por concelhos das reas Metropolitanas (1981-2001)verificamos que:
naAML:
. os concelhos da margem sul, nomeadamente Palmela,
Sesimbra e Seixal, foram os que registaram maior
dinamismo demogrfico no perodo considerado;
. nos concelhos de Lisboa e do Barreiro, pelo contrrio,
verificou-se uma dinmica populacional regressiva.
naAMP:
. notrio o decrscimo populacional verificado no
concelho doPorto;
.os concelhos de Vila Nova de Gaia, Maia e Valongo, pelo
contrrio, registam um forte crescimento populacional,em consequncia da sua dinmica atrativa e do referido
declnio demogrfico (assinalado para o concelho do
Porto).
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas dinmica econmica
De acordo com o diagrama circular, no contexto nacional, asreas Metropolitanas de Lisboa e
Porto concentravam, em 2001, 44 % do emprego. Distribuio do emprego nas AML e AMPcomparativamente com o resto do pas (2001).
Para alm das grandes disparidades
existentes entre as duas reas
Metropolitanas verifica-se que a AMLdetm uma posio hegemonia
relativamente sua homloga
a AMP.
Peso do emprego da AMP (1) e da AML (2) relativamente ao continente,em percentagem do total, em 2001.
Fonte: Ministrio da Cincia e Tecnologia.
(1)
(2)
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas dinmica econmica
Considerandoa capacidade produtiva das reas Metropolitanas de Lisboa (A) e Porto (B), em 2001
verificamos que aAML ocupa uma posio de destaque a nvel nacional, que se exprime pelo/a:
concentrao do emprego: 30 %;
valor acrescentado bruto produzido pelosservios: 44 %;
volume de vendas dassociedades: 51 %;
localizao das maiores empresas portuguesas: 68 %;
atividade sobre os investimentos diretosestrangeiros: 73 %.
Tendo em conta os aspectos mencionados, e o contexto de inrcia das polticas de descentrali-zao e desconcentrao poltico-administrativa, refora-se e aprofunda-se a dualidade
metropolitana.
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas pontos fortes
GAMP
Grande dinmica demogrfica com umaestrutura etria jovem.
Forte dinamismo industrial.
Afirmao e insero num espao decooperao e interdependncia com a Galiza.
Rede densa de instituies de ensino superiore de infraestruturas tecnolgicas capazes de
suportar o desenvolvimento de atividadesmais intensivas em conhecimento.
Valioso patrimnio cultural com marcas deprestgio (Porto patrimnio mundial, vinhodo Porto, Douro).
Boa acessibilidade s rotas internacionais.
GAML
Presena desetores econmicos que apresen-tam um potencial competitivo internacionale/ou vocao exportadora.
Concentrao de infraestruturas de conheci-mento e de recursos humanos qualificados.
Condies naturais favorveis atrao inter-nacional de atividades, eventose movimentostursticos.
Integra asprincipais infraestruturas de trans-portes e de comunicaes de articulaointernacional.
Patrimnio cultural valioso.
Boa acessibilidade s rotas internacionais.
Pontos fortes
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas pontos fracos
GAMP
Forte exposio da estrutura econmica concorrncia internacionalpelo predomnio deatividades de baixa intensidade tecnolgica ecompetitividade baseada na mo de obra
abundante.
Carncia de servios especializados de apoios empresas face ao peso econmico eindustrial da regio.
Problemas ambientais resultantes de
deficincias nos domnios do abastecimentode gua e tratamento de efluentes.
Problemas de mobilidade no centro do Porto enosprincipais acessos cidade.
Degradao fsica e excluso social noscentros histricos.
GAML
Problemas ambientais resultantes da fortepresso imobiliria/turstica na ocupao dosolo em reas de grande valia ambiental eagrcola.
Problemas de mobilidade, congestionamento epoluio, resultantes da forte utilizao doautomvel privado.
Presena de bairros problemticos associada crescente segregao espacial resultante da
diversidade sociale tnica.
Abandono dos centros histricos, sobretudono ncleo central.
Alguma debilidade na afirmao internacional.
Pontos fracos
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas mobilidade e movimentos pendulares
Verificamos que as reas Metropolitanas detm um elevado potencial polarizador do
territrio, uma vez que o seu dinamismo econmico atrai populao e emprego.
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas reestruturao/desconcentrao industrial
AA aa.
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A expanso das cidades e das reas urbanasAs reas metropolitanas perspectivas futuras
AA aa.
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Os problemas urbanosAs condies de vida urbana
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Os problemas urbanosA recuperao da qualidade de vida urbana
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Comrcio grossista ou comrcio por grosso, traduz-se na atividade comercial intermediria entre o produtore o retalhista ver slide 27.
Comrcio a retalho corresponde venda de bens diretamente ao consumidor e em quantidades limitadas ver slide 27.
Solos expectantes terrenos da autarquia ou particulares que, por diversos motivos, se encontramdesocupados, correspondendo, por vezes, a terrenos sem aptido para construo (leitos de cheia, encostas degrande declive ou solos geologicamente instveis) ver slide 34.
Reabilitao urbana no mais do que o melhoramento das condies fsicas (internas e externas) deimveis, mas com a manuteno do seu uso e estatuto dos residentes e atividades instaladas.
Compreende assim a execuo de obras de conservao, recuperao e readaptao de edifcios e de conjuntos
edificados, com o objetivo imediato de melhorar as condies de usos e de habitabilidade, mas tambm depotenciar processos de revitalizao urbanstica e social.
Nalguns casos, pode ainda verificar-se que a estrutura fsica dos imveis e/ou espao urbano se mantenha semalteraes significativas, mas haja adaptao a um uso diferente daquele para que foi concebido, designando-setal situao por requalificao urbanaver slide 42.
Renovao urbana demolio total ou parcial de edifcios e/ou estruturas de uma determinada rea quepassa a ser ocupada por classes sociais de estatuo mais elevado e onde vo ser exercidas novas funes(ver ? ).
Bacias de Emprego territrio que concentra atividdades econmicas criadoras de emprego ver slide 43.
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Renovao urbana exemplo: Expo 98, antes e depois voltar ao slide 42.
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