gas law

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Estudo dos Gases Estudo dos gases Liceu Am´ ılcar Cabral Qu´ ımica 12º Ano – 2014/2015 Prof. Nilson Lopes [email protected] Outubro de 2014 Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 1 / 24

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Lei dos gases

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  • Estudo dos Gases

    Estudo dos gases

    Liceu Amlcar CabralQumica 12 Ano 2014/2015

    Prof. Nilson [email protected]

    Outubro de 2014

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 1 / 24

  • Estudo dos Gases

    1 Estudo dos GasesTeoria cinetica dos gasesVariaveis de estado de um gasLei dos gases

    Lei de Boyle - MariotteLei de Charles e Gay-LussacLei de Avogadro

    Equacao de estado de um gas idealDensidade de um gasMassa molar de um gas

    Lei de Dalton das pressoes parciaisExerccios complementares

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 2 / 24

  • Estudo dos Gases Teoria cinetica dos gases

    Teoria cinetica dos gases

    I No seculo XX os fsicos Boltzmann e Maxwell,descobriram que as propriedades fsicas dos ga-ses podiam ser explicados com base nos movi-mentos das moleculas individuais. Este movi-mento molecular tem associada uma determi-nada energia cinetica.

    I As descobertas desses cientistas, entre outros,deram origem a um conjunto de generalizacoessobre o comportamento dos gases que ficaramconhecidas como teoria cinetica dos gases.

    Ludwig Boltzmann

    James Clerk Maxwell

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 3 / 24

  • Estudo dos Gases Teoria cinetica dos gases

    Teoria cinetica dos gases

    Os postulados fundamentais da teoria cinetica dos gases sao:1. Todo o gas e formado por moleculas em movimento livre e desordenado

    a grande velocidade.As moleculas chocam entre si e contra as paredes do recipiente. Estascolisoes sao, perfeitamente, elasticas, isto e, pode haver transferenciade energia entre moleculas devido a`s colisoes, mas a energia total dosistema permanece constante.

    2. As moleculas podem ser consideradas pontuais, isto e, tem massa masseu volume e desprezavel.

    3. Nao existem forcas atrativas nem repulsivas entre as moleculas do gas.4. A energia cinetica media das moleculas e proporcional a` temperatura

    do gas.Chama-se gas perfeito ou ideal a`quele que obedece, rigorosamente, aospostulados do modelo descrito pela teoria cinetica dos gases.

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 4 / 24

  • Estudo dos Gases Variaveis de estado de um gas

    Variaveis de estado de um gasPressao de um gas

    I Pressao (p) e a forca por unidade de area de uma superfcie. Nocaso dos gases a pressao e resultante do movimento das partculas emchoque com as paredes do recipiente que contem o gas.

    Pressao = ForcaArea

    (1)

    I A unidade SI de pressao e o pascal (Pa), definido como 1 newtonpor metro quadrado:

    1 Pa = 1 N/m2

    Tabela 1 : Relacao entre unidades de pressao

    1 atm = 760 mmHg1 atm = 1,013 25 105 Pa

    1 mmHg = 133,3 PaNilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 5 / 24

  • Estudo dos Gases Variaveis de estado de um gas

    Variaveis de estado de um gasVolume de um gas

    I Pelo facto de um gas se expandir, espontaneamente, e preencher,completamente, o recipiente em que se encontra, o volume de umgas (volume ocupado pelo gas) e a capacidade do recipiente que ocontem.

    I A unidade SI do Volume e o metro cubico (m3).

    1 m3 = 1000 L

    1 dm3 = 1 L = 1000 cm3 = 1000 mL

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 6 / 24

  • Estudo dos Gases Variaveis de estado de um gas

    Variaveis de estado de um gasTemperatura

    I Temperatura (T) e uma grandeza fsica que mede a energia cineticamedia de agitacao das moleculas de um sistema.

    I Quanto maior for a temperatura, mais agitadas estarao essaspartculas e, portanto, maior sera a energia cinetica.

    I A unidade SI da temperatura e o Kelvin (K), cuja formula deconversao em relacao a` temperatura em graus Celsius (C) e:

    K = C + 273,15

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 7 / 24

  • Estudo dos Gases Lei dos gases

    Lei de Boyle - Mariotte

    I No ano 1662, Boyle em Inglaterra e Mariotte em Franca,estabeleceram simultaneamente:

    I A temperatura constante, o volume ocupado por uma certaquantidade de gas e inversamente proporcional a` pressao desse gas.

    V 1P

    I Isto e, o produto da pressao pelo volume de uma gas e constante:PV = k1 (2)

    P1V1 = P2V2 (3)

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 8 / 24

  • Estudo dos Gases Lei dos gases

    Lei de Boyle-Mariotte

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 9 / 24

  • Estudo dos Gases Lei dos gases

    Lei de Charles e Gay-Lussac1 Lei Relacao Temperatura-Volume

    I Os fsicos de origem francesa Jacques Alexandre Cesar Charles e LouisJoseph Gay-Lussac, estudaram as variacoes de volume de amostras dealguns gases e de ar, causadas por variacoes de temperatura econcluram o seguinte:

    I Mantendo constante a pressao, o volume de uma dada amostra degas e diretamente proporcional a` sua temperatura absoluta.

    V T

    I Utilizando o sinal de igualdade:

    V

    T= k2 (4)

    V1T1

    = V2T2

    (5)

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 10 / 24

  • Estudo dos Gases Lei dos gases

    Lei de Charles e Gay-Lussac1 Lei Relacao Temperatura-Volume

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 11 / 24

  • Estudo dos Gases Lei dos gases

    Lei de Charles e Gay-Lussac2 Lei Relacao Temperatura-Pressao

    I A relacao pressao temperatura, tambem, foi estudado pelos fsicosCharles e Gay-Lussac e o resultado deste estudo pode ser traduzidona seguinte lei:

    I Mantendo volume de uma dada amostra de gas constante, a pressaoe directamente proporcional a` temperatura absoluta.

    P T

    I Utilizando o sinal de igualdade:P

    T= k3 (6)

    P1T1

    = P2T2

    (7)

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 12 / 24

  • Estudo dos Gases Lei dos gases

    Lei de Charles e Gay-Lussac2 Lei Relacao Pressao-Temperatura

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 13 / 24

  • Estudo dos Gases Lei dos gases

    Lei de Avogadro

    I Em 1811, o fsico italiano Amadeo Avogadro formulou uma hipoteseque e hoje conhecida como princpio de Avogadro ou lei deAvogadro.

    I A pressao e temperatura constantes, o volume de uma amostragasosa e directamente proporcional ao numero de moles existentes naamostra gasosa.

    I Ainda, segundo esta lei iguais volumes de gases diferentes, nasmesmas condicoes de pressao e temperatura, contem o mesmonumero de partculas.

    V n

    V1n1= k4 (8)

    V1n1= V2n2

    (9)

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 14 / 24

  • Estudo dos Gases Equacao de estado de um gas ideal

    Equacao de estado de um gas ideal

    I Pela combinacao das leis de Boyle-Mariotte, Gay-Lussac e Avogadro,obtem-se uma equacao que relaciona as tres variaveis de estadoanteriormente referidas (pressao, volume e temperatura).

    I Com isso obtem-se uma equacao geral que e aplicavel a gases ideaisou perfeitos, isto e, gases cuja densidade nao seja demasiado elevadae cuja temperatura seja tao alta que as suas moleculas se movampraticamente como pequenas partculas de forma esferica que podemchocar-se entre si, elasticamente, sem exercer nenhuma forca umassobre as outras.

    PV = nRT (10)

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 15 / 24

  • Estudo dos Gases Equacao de estado de um gas ideal

    Equacao de estado de um gas ideal

    I R, a constante de proporcionalidade, e dita uma constante dosgases.

    I O valor numerico da constante dos gases, R, depende das unidadesem que se expressam a pressao, o volume e a temperatura.

    R = 8,314 J mol1 K1 R = 0,082 atm dm3 mol1 K1P em Pa P em atmV em m3 V em dm3T em K T em Kn em mol n em mol

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 16 / 24

  • Estudo dos Gases Equacao de estado de um gas ideal

    Equacao de estado de um gas ideal

    I Volume, Vm, de um gas e o volume que uma mole desse gas ocupanas condicoes de pressao e temperaturas consideradas.

    Vm =V

    n= PT

    p(11)

    I Nas condicoes normais de pressao e temperatura (condicoesPTN), isto e, a pressao de 1 atm e temperatura 0 C (273,15 K), ovolume molar sera:

    Vm =RT

    p= 0,082 J mol

    1 K1 273,15 K1 atm = 22,4 dm

    3 mol1

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 17 / 24

  • Estudo dos Gases Equacao de estado de um gas ideal

    Densidade de um gas

    I A partir do rearranjo da equacao dos gases ideais, PV = nRT ,pode-se calcular a densidade de um gas dado as condicoes em que seencontra:

    n

    V= PRT

    O numero de moles, n, e dado por:

    n = mM

    onde m e massa do gas em gramas e M e massa molar do gas.Portanto

    m

    MV= PRT

    como a densidade e: = mV , tem-se:

    = PMRT

    (12)

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 18 / 24

  • Estudo dos Gases Equacao de estado de um gas ideal

    Massa molar de um gas

    I A massa molar, M , duma substancia gasosa pode ser calculada,tambem, com base na equacao dos gases ideais.

    I Tudo o que e necessario e o valor experimental da densidade (oudados a massa e o volume) do gas a uma pressao e temperaturaconhecidas.

    I Rearranjando a equacao 12 obtem-se:

    M = RTP

    (13)

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 19 / 24

  • Estudo dos Gases Lei de Dalton das pressoes parciais

    Lei de Dalton das pressoes parciais

    I Ate agora limitamos o nosso estudo ao comportamento dassubstancias gasosas puras. Contudo, muitos estudos experimentaisenvolvem misturas de gases.

    I Ao considerarmos uma mistura gasosa, precisamos saber a relacao dapressao total do gas com as pressoes dos componentes gasososindividuais da mistura, chamadas pressoes parciais.

    I Em 1801, John Dalton formulou uma lei que diz:I A pressao total de uma mistura de gases e a soma das pressoes

    parciais que cada gas exercia se estivesse presente sozinho.

    PT = P1 + P2 + P3 + . . . (14)

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 20 / 24

  • Estudo dos Gases Lei de Dalton das pressoes parciais

    Lei de Dalton das pressoes parciais

    I O numero total de moles dos gases presentes numa mistura, e dadopor:

    nT = n1 + n2 + n3 + . . . (15)I A razao entre o numero de moles de um componente e o numero de

    moles de todos os componentes presentes designa-se fracao molardo gas (xi).

    xi =ninT

    (16)

    I Para um sistema com mais do que dois gases, a pressao parcial (Pi)do componente i esta relacionada com a pressao total (PT ) por:

    Pi = xiPT (17)

    I Da tem-se tambem:PiPT

    = xi (18)

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 21 / 24

  • Estudo dos Gases Exerccios complementares

    Exerccios complementares

    (1) Uma amostra de cloro gasoso ocupa um volume de 946 ml a` pressao de 726 mmHg.Calcule a pressao do gas (em mmHg) se o volume for reduzido a temperaturaconstante ate 154 ml. Resposta: 4,46 103 mmHg

    (2) Uma amostra de monoxido de carbono gasoso ocupa 3,20 L a 125 C. Calcule atemperatura a` qual o gas ocupara 1,54 L se a pressao permanecer constante.Resposta: 192 K ou 81 C

    (3) O hexafluoreto de enxofre (SF6) e um gas incolor, inodoro e muito pouco reativo.Calcule a pressao (em atm) exercida por 1,82 moles do gas num recipiente de acode volume igual a 5,43 L a 69,5 C. Resposta: 9,42 atm

    (4) Qual e o volume de gas (em litros) ocupado por 49,8 g de HCl em condicoes PTN?(5) Um gas que ocupa, inicialmente, um volume de 4,0 L a 1,2 atm e 66 C sofre uma

    transformacao e passa a ocupar o volume de 1,7 L a 42 C. Qual e a pressao final?Resposta: 2,6 atm

    (6) Uma amostra de uma substancia pesando 0,08 g desloca 30 cm3 de ar, medidos a27 C e pressao de 720 mmHg. Determine a massa molecular dessa substancia.

    (7) Um recipiente contem a seguinte mistura gasosa: 0,3 mol de metano; 0,25 mol deetano; 0,29 mol de propano. Calcule a pressao parcial de cada gas se a pressao totalfor de 45 atm.

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 22 / 24

  • Estudo dos Gases Exerccios complementares

    Exerccios complementares

    (8) Dois recipientes A e B contem, respectivamente, O2 e N2 a 25 C e sao ligados poruma valvula. O recipiente A contem 1,5 L de O2 a 0,5 atm; o recipiente B contem0,5 L de N2 a 1,0 atm. Abrindo-se a valvula, os dois gases se misturam.Supondo que a temperatura do conjunto nao tenha se alterado, pergunta-se, emrelacao a` mistura final:a) Qual e a pressao total?b) Quais sao as fraccoes molares dos dois gases?c) Quais sao suas pressoes parciais?

    (9) Dois recipientes contem, respectivamente, 0,5 mol de metano e 1,5 mol demonoxido de carbono. Sabe-se que esses gases estao submetidos a` mesmatemperatura e pressao. Se o volume do metano e 9,0 L , qual e o volume domonoxido de carbono?

    (10) Uma mistura gasosa contem 3,25 moles de Ne, 0,94 moles de Ar e 3,15 moles deXe. Sabendo que a uma dada temperatura constante, a pressao total e de 0,2 atm,calcule as pressoes parciais dos varios componentes na mistura.

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 23 / 24

  • Estudo dos Gases Exerccios complementares

    Exerccios complementares

    (11) Os clorofluorcarbonetos (CFC), comecaram a ser substitudos por outros gases,quando se descobriram alguns dos seus efeitos nocivos sobre o ambiente. Doisdesses substitutos sao o propano, C3H8 e o metil-propano, C4H10. Uma misturacomposta por 22,0 g de propano e 11,0 g de metil-propano e submetida a` pressaode 1,5 atm.a) Calcule a fraccao molar de cada gas.b) Calcule as respectivas pressoes parciais.

    (12) Uma dada massa de azoto, N2, inicialmente a` temperatura de 67 C e a` pressao de6,0 atm, foi submetida, sucessivamente, a`s transformacoes A B, B C e C A, sendo A, B e C estados diferentes do mesmo gas. Determine:

    a) A quantidade qumica de N2.

    b) A massa volumica de N2, no estado B.

    c) A temperatura do gas no estado C.

    Nilson Lopes (L.A.C) Estudo dos gases Outubro de 2014 24 / 24

    Estudo dos GasesTeoria cintica dos gasesVariveis de estado de um gsLei dos gasesEquao de estado de um gs idealLei de Dalton das presses parciaisExerccios complementares