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doEm buscatempo perdido ANTÔNIO OLINTO

Ê difícil existir um brasileiro que não tenh&passado pela fase da bola de meta. Lem-bro-me das pequenas cidades de Minas e das crianças gritando na hora do jogo. Em Ubá,junto à Praça Guído Mallterc, um campo improvisado qualquer terreno servia — e ahora difícil da escolha do team. !'Par ou impar". E os jogadores eram selecioTiados, emescala decrescente, primeiro, os melhores e, depois, os menos bOTis. O importante era pegarna bola, correr, chutar. Só o arqueiro tinha posição definida. Os outros se esparramavampelo terreno, à vontade, ao sabor das circunstâncias. Aliás, ninguém queria ficar no gol.Náo tinha graça. Não divertia. O bom era correr, disputar a bola e, eventualmente, brigar.

E em cada parte de Minas havia a mesma coisa. Em Rio Novo, em Bicas, em Patrocíniode Muriaé, cm Caratinga. As vezes, era depois das aulas. Outras, em lugar das aulas. Aatração do futebol vinha de muito cedo, do que se ouvia dizer, dos jogos assistidos. E nãopodia haver melhor brinquedo do que aquele. De vez em quando, algumas meninas assis-tiam ao jogo. Então, a coisa ficava mais dramática, porque todos queriam jogar bem.

O que acontecia cm Minas, ocorria também no resto do Brasil. Há algum tempo, oromancista José Conde contou-me que, cm Caruaru, Pernambuco, pertencia êle a um teamlocal que, certo domingo, foi jogar numa cidade vizinha. No começo, tudo bem. Homena-gens, vivas, discursos, cortesias. Depois do jogo, deveria haver um baile Aconteceu, noentanto, que o team üe Caruaru venceu o match. E a fisionomia da cidade se transfor-mou. O baile foí logo eliminado do programa, sob um pretexto qualquer. O team visitanteresolveu, é claro, voltar imediatamente. Jã era noite. Noite chuvosa. No meio do caminhoo caminhão teve de parar. Os torcedores da cidade visitada tinham destruído uma ponte. Etodos tiveram do esperar, sob a chuva, que a manhã chegasse, possibilitando as provi-dências.

O sentimento de luta, de rivalidade, recebeu, assim, no Brasil, desde cedo, o signo dofutebol. Este foi, para a geração brasileira do primeiro após-guerra, uma tomada de con-tacto com a realidade

Depois, muitos deixamos de pensar em futebol. Alguns passaram mesmo a odiá-lo. Maso reencontro e como que urna volta ao passado — uma volta com a vantagem de um sen-tímento consciente de que a vida pode se concentrar num rctàngulo verde, onde alguns jo-gadores reconstituem os avanços e os recuos, as vitorias e as derrotas, de todos os dias.

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ideal! Certamente um assunto espinhoso para serabordado pelos técnicos, se fôr encarado sob o aspecto dapura e simples realidade. É certo e incontestável que a idéiade um crack ideal pode ser sem susto incluída entre as coi-

sas utópicas, verdadeiramente irrealizáveis, simplesmente porque eimpossível, ou pelo menos até hoje é ponto pacifico que não exis-tiu um crack que reuna as qualidades que levam este e aquele jo-gador aos píncaros da glória. Ressalvada esta parte, isto é, sabidoque a um técnico, mesmo se quisesse., não lhe seria possível apontaro crack perfeito, o tema já passa a ser mais abordavel e cremosque nenhum treinador se sentirá menos á vontade para exprimirsuas opiniões a respeito deste ou daquele jogador. Ondino Vieraassim sentiu e inicialmente fez questão de expressar a delicadeza

cio assunto que refletirá incisivamente sóbre um punhado de gran-des cracks. Afirma o famoso preparador uruguaio: "O tema emquestão é de difícil e delicada resposta. Difícil pela elasticidade evastidão de conceitos que podem ser formulados em torno da pa-lavra ideal. Delicada para um técnico militante, pelos reflexos quea publicidade de sua opinião possa ter sobre os próprios jogadoresnomeados. Os jogadores são nossas armas e o silêncio sóbre seusvalores afirmativos ou negativos, um imperativo de nossa função.Não poderei, portanto, citando nomes, responder qual o crackideal. Muito menos nestas horas em que os técnicos, como conduto-res, têm que marchar com os cracks. como soldados dos exerci-tos futebolísticos para a.s batalhas dos campeonatos.

PREDICADOS DO CRACK PERFEITO

EM tese. dentro de um dos conceitos que se pode formar do

termo "ideal": a perfeição, por exemplo - - o crack ideal, seriaaquele cem por cento perfeito, física, técnica, moralmente e

ainda sob o aspecto psicológico. Sob o aspecto físico, teria que cor-responder aos mais elevados padrões de saúde, vitalidade, energia,altura, força, peso. integridade orgânica, elasticidade, agilidade,velocidade. Sob o aspecto técnico, o crack ideal teria que jogar comas duas pernas, com os dois pés, com o peito c os dois ombros, en-fim, dominar bem com qualquer parte de seu corpo a bola, ser umexímio cabeceador e chutar, driblar c passar com oportunidade eprecisão completas. Ademais, adaptar-se ás diferentes funções que,dentro das exigências táticas c estratégicas, correspondem á suaposição.

Há ainda o aspecto moral, caracterizado pelas virtudes e va-lores, como a coragem, a serenidade, o estoicismo, o sangue frio. alealdade, a energia, a combatividade, a obediência, a disciplina, e omais completo c absoluto domínio de si cm todas as circunstânciasc momentos, inclusive nos de maior adversidade. Sob o aspecto psi-quico lhe será exigido um raciocínio rápido, máxima vivacidade,destreza e habilidade, inteligência e intuição.

O 31 A it GOL DE ZiZINHO...

Considerado por muita gente o jogador maiscompleto do futebol brasileiro na atualidade, Zi-zinho tem mostrado todas as qualidades decrack. E a despeito de sua característica de má-quina do team, é êle também autor de grandestentes. Em sua carreira esportiva, participou de

vários selecionados brasileiros, mas o seu maiorgol, conquistado num encontro com os paulistasjogado no Pacaembu, não foi de feitura difícilAo contrário, foi quando abriu o escore do en-contro iu ano de quarenta dando um tiro quasede meio de campo, chutando por chutar uma

bola que já havia considerado perdida. A coisafoi de tão longe e de tal forma inesperada, queo goleiro estava distraído e a pelota foi pararno fundo das redes. Foi como se caisse um raiono Pacaembu. seguido de um silêncio mortalPor tudo isso e que Zizinho considera esse o

maior gol de sua carreira esportiva.

O Globo Esportivo

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Corri íôdas as qualidades, o crack ideal teria um defeito -a "máscara"

A REALIDADE EXPLICA TUDO

MAS, a observação e a experiência nos mostram que existem

grandes cracks que, se conseguem preencher grande parte dasexigências desses quatro padrões idealizados acima como per-

feitos, não chegam a satisfazê-los completamente. Existemcampeões nacionais, internacionais e até campeões do mundo, quenão jogam o futebol da mesma maneira com uma perna e com a ou-tra, ou que não sao perfeitos no jogo de cabeça, que apresentam séria

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Zizinho

deficiência no domínio da bola, ou no jogo de passes, ou aii:da nosremates ou nos driblings. Existem outros falhos em importantesaspectos físicos, psíquicos e morais de suas personalidades decracks. Estará então certa a afirmativa que o crack ideal é umautopia? Não são os campeões nacionais, internacionais e mundiais osmaiores cracks que existem? Não são osídolos de sua raça e de seus povos? Parasuas legiões de torcedores, que enchem osestádios e que reconhecem na rua seuscracks. não são perfeitos, completos e atérevestidos da aureola da infalibilidade? Ocrack ideal, consequentemente, tem queser este com que nós. técnicos, lidamos nasdifíceis e complexas realidades de nossotrabalho. Brilhando com o feliz aprovei-tamento de seus valores e virtudes, queás vezes nos levam até aos pincaros daglória. Apagando-nos e fazendo viver aobscuridade do amargo ostracismo, quan-

do não chegam a corrigir sua deficiênciafísica, técnica, psíquica ou moral, pelo quemuitas vezes temos que pagar o silênciocom a vida de nossas carreiras.

O crack ideal, é aquele que apresentana realidade o rendimento que se preten-deu alcançar e, por isso, remata OndinoViera, creio que não será necessário apon-tar este ou aquele nome, porque, como atéagora dissertamos filosoficamente, narealidade tudo será diferente, diante dosproblemas complexos de um time. Longa-mente falamos no crack ideal, conside-rahdo-o uma utopia. Mas convenhamos:

se realmente um dia surgisse um jogadorideal, reunindo em si todas as miriadesde qualidades que lhe seriam necessáriaspara ser perfeito, resolveria, êle. sozinhotodo o problema de uma partida em queé necessário o esforço conjugado de onzejogadores? Certamente não e. desta for-ma, falando objetivamente temos que con-siderar o crack ideal aquele que, como foidito ha pouco, apresenta condições pararesolver uma determinada situação nomomento preciso. Pode nem ser umgrande crack, nenhum campeão, mas na-quele momento êle foi o crack ideal.. .

Ademir

Santo Cristo.•.•.v.v.w.v.-.-.y.-.-._. .-.-."_.•¦'¦•.;.'.

SEU MAIOÊl iii ASSO

Mas o fato de Zizinho ser um jogador consa-grado não quer dizer que também não tenhajogado partidas más, c tenha perdido oportuni-dade.s de gol. que, aproveitadas, salvariam oquadro da derrota. A sua maior oportunidadeperdida foi naquele jogo de triste memória paraos rubro-negros Foi quando ganhou o Vasco

de cinro a dois, e Jair foi execrado pela torci-da do Flamengo com a queima da camisa e tudoo mais. Talvez por tudo isso, a sua "furada"tenha passado um tanto despercebida. O fatoé que, com nove minutos de jogo o Flamengojá ganhava de dois a zero e se Zizinho tivessemarcado o gol, dificilmente o Vasco daria a vi-

rada que deu. Aliás foi o próprio Jair quem deua bola a Zizinho, adiantanclo-a na área. E Zi-zinho, jogador experimentado, viu-se frente àfrente com Rarbcsa. Naquela afobação, vendoque o goleiro ia dominar a situação, ainda lhepareceu ouvir o apito do juiz e então desoontro-lou-sc de vez e deu a bola mansamente a Barbosa.

O Globo Esportivo

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I JSTfs a comissão de sindicância que opinou pelo afastamentodos cracks e pela permanência dc Leonidas.

O que se viu foi uma derrota de 4 a 0. a maior em 20 anos so,tnda pelo tricolor, no campeonato, contra o clube do Parque SãoJorge. Aconteceu então o que se esperava. Seis jogadores, os maisineompatihíhzados, foram colocados no "index", mesma medidaque fora tomada contra Ponce de Leon, por ter desrespeitado otécnico.A situação, portanto, chegou «o auge. Tudo acabado? Nao, por-que a aJa anti-Leonidas é forte...Como irá ser o capítulo final desse "cmbroglio" sampaulino?Nao se sabe. O presidente acabou pedindo licença. Alguém poderáperguntar: tem o Leonidas direito de exigir tanta disciplina? Queautoridade possui para se impor com tanto rigor?A parte as desavenças entre dirigentes, questões corriqueirasem nossos clubes, diremos que no São Paulo Leonidas foi símbolode disciplina como homem, como esportista e como profissional,desde a primeira partida que disputou no tricolor até ã última, 8anos após. Se agora, como treinador, quer impor a mesma disèi-

plina, o mesmo espírito de luta e de ética profissional cabe-lhetodo o direito, toda a autoridade porque, náo o está fazendo emseu beneficio e sim em beneficio do São Paulo F. C , que infeliz-mente desde o passado é um clube vitima de muitos abusos de seusjogadores...

A nova ordem que Leonidas quis impor foi se chocar contratrês fatores:

1.° a deplorável perda do campeonato de 50 — 2.° as divergên-elas entre diretores — 3.° a má vontade dos cracks porque exigemmaiores ordenados.

Leonidas teve que combater contra esses três gigantescos ini-migos, e. ..

Bem, o resto fica para depois...

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i?í.;/ — Confessa que queriauma espécie de empréstimopor conta do futuro coritrato.

O quadro do S. Paulo derro-tado por 3 a 0 pelo Santose por 4 a 0 pelo Corintians.Assegura-se que alguns des-ses cracks riam quando en-

. travam os goals...

O Globo Esportivo

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As 'causas e os1 efeitos da crise

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Leonidas — Quem o vê em sua residência.

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POSSÍVEL que a Incompatibilidade entre Leonidas ey os jogadores do seu quadro tenha surgido desde o dia

em que o "Magia" tomou conta do cargo tle treinador.Mas, se a incompatibilidade teve este inicio, a crise in-terna do São Paulo F. C. teve outro, e quase que não

diz respeito a ninguém, se não à incrível perdado campeonato de 50, um título que três ro- ^dadas antes do fim já estava sendo festejado.Repentinamente, o São Paulo caiu num abismo!Último arranco: duas derrotas e um empate!Cinco pontos 'queimados" em cima da fita dachegada! Foi terrível o efeito moral dessa perda.Desde ai o mau estar não deixou mais o tricolormesmo quando o quadro venceu as desavença* >/cresciam... A verdadeira causa, pois, da enfer-midade da família sampaulina foi a tragédiada perda do título de 50. Tudo o mais não passade conseqüências... Dividiram-se os diretores,tncompatibilizaram-se os jogadores. Estes, ostorcedores e os diretores estão divididos em doisgrupos: pró Leonidas, e contra Leonidas Mas,Leonidas é a causa ou a vítima dessa enfermi-dade? Os cracks acusam o seu antigo compa-nheiro de ser muito exigente, autoritário, masLeonidas, que de 1ÍM3 a 1950 foi o mais dedi-cado e sacrificado defensor do São Paulo, sen-do apontado e admirado pela sua disciplina eespírito de sacrifício, ao tomar conta do postode treinador quis acabar com muitos vícios eabusos que tão bem conhecia- Ninguém melhordo que êle sabia porque o Sáo Paulo não conse-guiu o máximo de rendimento e maior saorifí-cio dos jogadores, especialmente dos antigos, osque vinham defendendo o clube desde 1942,43... Estes foram os primeiros a se revoltarcontra Leonidas, porque lhes exigia muita dis-cipllna e menos abusos. .. Todavia, existe maisuma razão da atitude dos famosos cracks. se-gundo a qual eles sendo os Rui, Bauer, Noronha,etc. vinham ganhando "muito pouco" em rela-ção aos Jair. Fiume, Rodrignes, etc, cracks doPalmeiras, Esqueceram-se. porém, que nos cam-peonatos de 43, 45, 40, 48 e 49, vencidos peloSão Paulo, os cracks do Palmeiras não ganha-ram nunca quanto ganharam os Jogadores sam-paullnos, os quais alguns estão cm estiveram comnoas economias depositadas em hanoos... Rui,por exemplo, dirigiu-ae o diretoria e queria 200

mil cruzeiros para empregá-los na construção dema casa. A diretoria negou a quantia, dizendo-

' ie que deveria respeitar o contrato em vigor\ diretoria poderia ter adiantado o dinheirocomo garantia do futuro contrato. Mas, pareceque não houve bôa vontade, ou não mais se quisreconhecer em Kui valor para tal exigência.Rui assim assumiu uma atitude de rebeldia. Foipunido. Outros jogadores vinham exterioriz.an-do descontentamento em virtude de pretende-rem aumento de salário. Inevitavelmente, co-meçaram a jogar com má vontade e Leonidasquis forçar a disciplina... Quando entrevista-dos, esses cracks diziam que nada tinham con-tra o seu téenico. Nos bastidores, porém, toma-vam partidos contra o treinador, e muito piorque isso, faziam-se derrotar pelos Santos e Co-rintians por 3 e 4 a zero. . . No dia 21 de agostoeis que 12 desses jogadores enviaram um abai-xo assinado ao presidente Dr. Cicero, francamente hostil a Leonidas e favoráveis ao antigodiretor do futebol Dr. Paulo Machado de Car-valho, já demissionário e que pertence à ala dosque querem nova direção técnica para o clube, etambem nova diretoria. Foi na semana ante-rior ao choque com o Corintians que o presi-dente do clube deu os passos para que houvesserigorosa sindicância. Ora tal iniciativa em vés-peras da tamanha partida de responsabilidadetinha apenas dois caminhos a seguir: efeitopositivo, colocar o team em brios e apaziguar osânimos com uma vitória, ou efeito negativo, commais desânimo e nova derrota com puniçõesenérgicas contra os que vinham jogando com es-pírito derrotista tanto assim que o resultado dasindicância foi propositadamente reservado paraa segunda-feira, após o cotejo com o Corin-tlans.

BAUER — EHz-se que ols propostas doBangu lhe viraram a cabeça...

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O Owwbo Espcriivo

Page 8: fuZ- ¦¦IfiJpcWíí^ /MDIIIOvS

Para o futebol, positivamente, não vale o nome recebido na pia batismal— Até nomes próprios são transformados em apelidos, como o Baltazardo Corintians, que deixou de ser Oswaldo Silva. . . — Impossível a ela-boração de um "Abecedário" completo — Os técnicos também pagam o

seu tributo . , .

••A BÈGEDARIO dos Apelidos". Aí está um tema dificílimo de ser abordado. Ateboje ninguém se atreveu a fazê-lo. F. é realmente muito complexo este assunto.Tal a variedade dos apelidos "sui-generis", que se alastram no futebol brasi-

leiro, do mais extremo norte, até ao mais longínquo sul. Desde o seu nascedouro até osdias atuais, quando tomou conta do povo e tornou-se o seu esporte predileto. Há apelidosconsagradores, enquanto outros representam, em muitas oportunidades, o fim daquele quemal se inicia . . .

TRÊS PRETOS: UAI "LOURO". UM "ALVINHO" E UM "VERMELHO"

A

ORGANIZAÇÃO de um "Abecedário cios Apelidos" demandaria vários e vários mè-ses de um trabalho ininterrupto e, no final, tudo não passaria cie um simples es-boço de projeto cie "Abecedário dos Apelidos"... Eles são tantos e tantos, quase p|

tornando interminável a relação. Temos a mania de colecioná-los e, a esta altura dos ||||acontecimentos, iá registramos mais cie duas centenas deles. È possível que no futuroum futuro que infelizmente talvez não possa estar muito próximo seja possível ||:||divulgação cie um amplo trabalho a respeito, sem termos a pretensão dc realizar um |||"Abecedário" completo. Nesta reportagem, porém, nos limitaremos á citação de alguns |||"casos" interessantes, dentro cio terreno dos apelidos. Conn), por exemplo, o dos três pre- ^|tos. figuras oue se tornaram populares no futebol, cujos apelidos são dignos de registro ||||en separado. São eles: Louro, arqueiro que trocou o São Cristóvão pelo Rio Branco, dc ||||Vuoria, Alvinho, meia-escuerda cio Atlético Mineiro e Vermelho, esse jovem atacante que |||;o Bfingu possui atualmente. São três pretos retintos, mas lograram popularidade como ^sendo Louro... Alvinho.. . e Vermelho.. .

Texto de JORGLEAL

BRANDÃOZINHO E BALTAZAR,NOMES QUE SAO APELIDOS

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CENTRO-MÊDIO da Portu-guèsa cie Desportos, o Bran-

Fotos de INDAIASSLLEITE.

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1dãozinho, de Brandãozinho nada :

tem. Parecendo muito com o veterano |||iBrandão, o consagrado "pivot" da ||$Copa do Mundo, foi batizado como |&i:Brandãozinho. como se fosse filho do ^5velho e famoso Brandão e, assim, vai-••e tomando famoso, trilhando o mes-mo caminho do seu antecessor. O Bal-tazar, _entro-avante do Corintians, na :pia batismal recebeu o nome de Os-waldo Silva... Mas o torcedor pau-lista achou-o com cara de Baltazar...e ficou mesmo sendo Baltazar para o §É|resto cia vicia. Em compensação, hanomes que parecem apelidos. Exemplo:Aristóbulo, médio-direito reserva do §|||Flamengo... Para que náo pairemsombras dc dúvidas, devemos escla- Íg§Írecer que Aristóbulo é nome de fato. ||^Antigamente, houve um exlrema-di-reita do São Cristóvão — os saudosis- |Í|Ítas devem recordá-lo - - cujo apelido, pp!Zico, parecia menos is.so do que o $1$próprio nome. Seu nome, por exten- |||so, era: Hemeté o Segundo da Famí- WSlia Novais.

PREDOMINA A LETRA B 1

NO

"Abecedário dos Apelidos" predomina, indiscutivelmente, a letra "B". A relaçãodos apelidos iniciados com essa consoante é enorme. Maior do que as de todas asdemais letras, em separado, está claro. De memória, podem ser citados, entre ou-

tros e sem a preocupação natural de quem organiza realmente um "Abecedário". letrapor letra, umas adiante das outras, podem ser citados, de memória, dizíamos, os seguiu-tes: Batatais, Bahia (inúmeros), Badúca, Barqueta, Biguá 10 do passado e o atual», Bi-gode, Bianco, Bolinha, Bioró, Badú ieram três irmãos), Binha, Biriba, Bilulú, Bino. Beto,Buláu, Bolão (vários). Bode. Bodinho, Bibe, Bidon e mais umas dezenas deles.

APELIDOS FÁCEIS E ALGUMAS RARIDADES

HA

apelidos antigos, porém, simples c conhecidos de todos. Zizinho, Geninho, Tesou-rinha, Biguá e Chico, todos sabem que são, respectivamente, Tomaz da Silva, Efi-gênio Baiense, Osmar Fortes Barcelos. Moaeir Cordeiro e Francisco Aramburu.

Por outro lado. há uma série interminável de raridades, na atualidade mesmo, sem queseja necessário recorrermos ao passado. Aí estão os Pavão, Manga, Stalingrado (PontePreta). Pinga, Pé de Valsa, Tampinha, Sóea, Cola, Mão de Onça, Mirim, Múca, Vacaro(Comercial), Gatão e Rabeca (Quinze de Novembro), Chuna (Ipiranga), Santo Antônio,Santo Cristo e Gatão (Guarany), Didi < vários), Bode (Jabaquara), Bodinho (Nacional,de Porto Alegre), etç.

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ÍULÁL — Geraldo Clementina Nunes

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AA VALIOSA "CONTRIBUIÇÃO" DO NORTE E DO SUL

VERDADE, porém, é que do Norte e do Sul tanibém existe uma valiosa "contribui-ção" de notáveis apelidos. No futebol paraense há um ponteiro-esquerdo com cara4e criança, mi» cujo apelido é Marido, um aaffueiro Beréco e um centro-avanto

VERMELHO — Hélio Fraga de Oliveira

Jeju. No Ceará, integrando a própria equipe do CearáSporting, existem dois médios chamados Porunga e Oxige-nado, bem como ainda um atacante Pipiu. Ainda lá, oFortaleza tem Charutinho e, como um bom zagueiro, umback chamado "Becão"... Há em Pernambuco um za-gueiro Decadéla e um oentro-médio denominado Fala-Baixinho, na Bahia, etc, O pior, entretanto, era o sacrl-ííclo dos locutores esportivos, quando tinham que, dentro

O OtoBo js«pr>Jirr-Q

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PARAGUAIO — fgidio Landolfi DIDI — Waldir Pereira

ÍNDIO — Aloisio Francisco da Luz MIRIM — Waldomiro Teixeira

de suas transmissões, dar cabo das corridas do ponteiro-esquerdo Vem-Vem...O futebol sulino também registra uma série de 'casos" dignos de menção. OsGeada. Glta e Sarará i agora no Vasco> bastam, para só citar estes, se náo qui-sermos falar nos Mujlcas e nos Abigail... Em Curitiba o artilheiro do certameparanaense- é Amarelinho, seguido de Taíco. . .

MINAS TIM O SEI LUGAR AO SOL

O

FUTEBOL mineiro carece de "honrosa" citação, porque, de fato e de di-reito lhe cabe um lu^ar ao sol. nessa complicada história dos apelidos.Há os Toledo (Toledo — Toledínho e Toledáo), que se nao nos falha amemória são do Sete de Setembro, os Escurlnho e Foguete do Vila Nova,

o Carango do Atlético, para náo relacionarmos maior quantidade de apelidos, da

mesma "qualidade" do arqueiro Mão de Onça já citado c do guardião Kafunga,que faltou ser mencionado.

OS TÉCNICOS TAMBÉM PAGAM O SEü TRIBUTO

ALFREDO

Moreira Júnior, este o verdadeiro nome do técnico Zezé Moreira.O íutebol achou, todavia, que devia batizá-lo como Zézé Moreira e Zézéficou sendo, para o resto da vida. O "Alicate" do Flávlo Costa, ninguémtirou e ninguém conseguirá "cortar" para sempre. Mas esses sáo apenas

dois exemplos de "casos" que se encontram ás dezenas por este Brasil .ora—Até os juízos, os respeitáveis Senhores juizes, apesar de sua autoridade dentroda cancha, deixam de ser Argemiro Felix para se tornarem simplesmente gner»loclr, como o que ocorreu com o popular apltador peru*rohucmnQ,,,

p Oloiso EmwrrTO

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^_0Ê^^SmmWmm\\^mm As ren(ias continuam subin- W., W^AA^---^^^1^ £^'^^___j^^B__^, do e os campos pequenos — sf* ; Q__ —

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FUTEBOL temde acompanharo ritmo brasi-leiro de vida,

não fosse o esporte maispopular do país. Brasilei-ro, portanto, está na faseda inflação, as verbas de despesa forçando os recursos ex-trás para o equilíbrio com as anotações da receita. Comoas entidades e clubes não podem mandar imprimir di-nheiro, busca-se outras fontes para ajudar que o "déficit"não seja tão berrante. Os planos enchem as mesas e atéa paciência dos paredos, que continuam afirmando umacoisa e agindo de maneira completamente diversa. Culpa-se, a pretexto de justificativa, o profissionalismo. O regimeseria, assim, o responsável pelos gastos astronômicos dosclubes, pelos prejuízos que cada ano assustam as adminis-trações. O mercado de cracks, em alta principalmenteagora que os campeonatos estão em plena disputa, obrigaao dispendio de somas elevadas. Qualquer player que nor-malmente não oustaria mais do que algumas dezenas demilhar de cruzeiros, aparece atualmente como valendocentenas de milhar ou mesmo milhão. A transferência e as luvas,para um simples remendo numa das linhas de uma equipe, atiramao chão projetos de finanças saneadas. E há, também, o problemada renovação de compromissos, os cracks em luta permanente comos dirigentes pelo "furo" no chamado preço teto. Ninguém sabecomo começou a corrida e ninguém adivinha como acabará. Quandosão cotejados os preços de hoje com os dos tempos de um Romeuou um. Batatais, o exagero da inflação Tião deixa de causar espanto.É lógico que tudo aumentou, inclusive as rendas dos matches. Osrecords de arrecadação, com o advento do Maracanã, vão caindoquase que semanalmente e existe sempre vaga no colosso do Derbypara mais alguns milhares de torcedores. Por isso é que os players

pedem montões de cruzeiros e possuem argumentos sólidos paraexigir mais c mais dos dirigentes. Estes, que choramingam na horada assiriatura do contrato, nunca tardam a premiar com sornasaltas vitórias que normalmente não teriam maior importância.

M

10

AS CAUSAS DA INFLAÇÃO

UITAS são as razões das partes interessadas para tentar ex-plicar a inflação de preços no futebol brasileiro. O custo davida, por exemplo, geralmente figura entre os motivos dos

cracks; a falta de entendimento entre os dirigentes dos clubes, oargumento em voga do outro lado. Há, porém, a vaidade de apresen-tar grandes cracks, de mostrar serviços aos clubes, obrigando as idase vindas nos mercados de dentro e de fora do país. Como não sobramvalores, a lei natural da oferta e procura trás o aumento das cotaçõese dia a dia surgem surpresas. Náo é fácil, atualmente, formar umteam ou somente reforçá-lo. Os jogadores, ao aprenderem os primei-ros passos do futebol, tomam também boas lições sobre o movimentoda bolsa de cracks. Um José qualquer custa caro e se tiver um apelidoapropriado, mesmo sem ter ouvido falar muito em futebol, acabarápor conseguir cifras compensadoras para a sua contribuição ao pro-gresso técnico de uma equipe. Como o título de campeão é um so eos paredros precisam garantir o noticiário em torno de seus nomes,e um nunca parar de aquisições, venham ou não solucionar os pro-blemas do team. Raros são os felizardos que, depois de despesas comtantos players sem aproveitamento, conseguem chegar ao final datemporada sem prejuizos gritantes. Mas a diferença que não apareceno encerramento do ano, podia ser descoberta nos enganos cometi-dos e que se disfarçam pelas arrecadações dos dias que corrrem.

OMERCADORIA DE DIFÍCIL AVALIAÇÃO

CERTO, porém, é que o crack de futebol é mercadoria difícil deser avaliada. Diversos fatores podem influir para que o preçode um jogador sofra alta ou baixa no mercado. Cracks que aca-

bam não servi:.do aos interesses dos clubes ou, em contraste, jogado-res de classe inferior que repentinamente são transformados em sal-vação de teams. Exemplos da atualidade: o que vale Ademir, para sertransferido de clube ou para renovar compromisso; os cento e cin-qüenta mil cruzeiros que o Vasco pagou por Edmur. Por um milhãoos cruzmaltinos não cederiam o seu maior jogador, mas contundidoquem vem servindo ao clube é o plauer comprado ao Canto do RlnHoíe Edmur está cotado em alta na bolsa dos cracks, embora em ov-tra eauipe mídesse não estar vrcstavdo serviço igual E Edmur é v-njogador dado como imprestável pelo Flamengo, oferecido ao çln^p

)s jogadores custam caro e quando o preço não é pago em dinheiro(Joel), há um barulho tremendo.

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11Os preços És tfansferencias 8

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¦x-x-m'má

Até agora os melhores preços de transferências ai-cançados nos mercados dos principais centros do país fo-ram os seguintes:

(do Flamengo para o Bangu) — CrS

RUBENS (da Portuguesa para o Flamengo) — CrS000,00.

ZIZINHO800.000,00.

ti:.)

CARLYLE (do Atlético Mineiro para o Fluminense)CrS 500.000,00.

BRANDAOSINHO (da Portuguesa Santista para aPortuguesa de Desportos) — CrS 600 000,00.

JAIK (Do Vasco para o Flamengo) — CrS 550.000,00.CLAREL (do Grêmio de Porto Alegre para o Vasco)

CrS 500.000,00.TESOURINHA (do Internacional para o Vasco) —

Cr$ 500.000,00.

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NI VIO400,000,00.

(do Atlético Mineiro para o Bangu) CrS

Y. há também casos como o de Castilho, vendido peloOlaria ao Fluminense por CrS 2 000,00. Sim, dois mil cru-/eiros./

1¦>%ú'¥•%Ii

Dois cracks, mais de um milhão pela transferência do Sul paraSão Januário. Ciarei e Tesourinha.

niteroiense sem despesa. Isso há dois anos, porque era suplentedo team de aspirantes e não parecia com muito futuro. Há casos,porém, de revelações brilhantes, que se apagam no primeiro con-tacto com a realidade de um primeiro team. Para ilustrar, bastarecorrer aos muitos nomes das promessas do Fluminense 7iest.estantos anos de conquistas de títulos das divisões inferiores. Or-ganizar uma tabela, portanto, está acima da boa vontade dosdirigentes, como além dos desejos dos jogadores.

DEPOIS, O DILÚVIO. . .

COM lápis e muito papel, o torcedor pode fazer uma expe-

riência. Inicie pela equipe cio seu clube, veja a.s falhas queencontra e procure repará-las com os valores destacados

dos outros teams. Com exceção do Vasco, qual o clube que nãotem sérios problemas na equipe? Se para alguns está faltandoum jogador, em outros as necessidades são ampliadas, contan-do-se em números duas, três e mesmo quatro. Rareiam os ar-queiros, não há sobras de backs e até os médios, que parecemem super-produção, também não podem ser comprados com fa-cilidade, E na ofensiva as figuras difíceis são os ponteiros. Pro-

curem colocar nomes ideais nas interrogações de suas escolhaspara a melhor equipe para o clube de predileção e vejam os re-sultados cm cruzeiros. E, não havendo excesso de cracks, é fácilconcluir que o preço da conquista está na razão direta da im-portância que representará como reforço. Talvez o crack dese-jadó esteja nas próprias fileiras, por preço de ocasião. Falta, po-rém, coragem para enfrentar as primeiras derrotas antes que oplayer promovido possa assentar a cabeça no team. Por isso éque a busca não tem interrupção e os preços vão subindo, atra-palhando os planos de equilíbrio orçamentário. Os paredrosacham que não têm tempo para esperar a formação dos novoselementos e pagam os apelos de vitória do torcedor. Depois,quando as rendas não dão para cobrir as despesas, os "deficits"ficam para os que aceitarem oh chamados postos de sacrifício.

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Outros expoentes: Santos '14.000 cruzeiros mensais), Bauer (um mi-Vião rejeitado pela sua transferência) c Jair (já custando .150.000

cruzeiros).

O Ol.OBO ESPQRTT.'0

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FluminenseUANDO so pergunto qual foi o segredo da campanha do segundo tri-campeonatqa resposta é uma só. Fala-se. então, cm disciplina. A frase, naturalmente, encerre um contraste.Ou, por outra, nasce da observação d<> um contraste. O tri-cámpeõ.0 foi o un>> • i.miu <i»' 'i'»1sentou regularidade. Assim o "fã" passa a reconhecer o valor da disciplina,boas conseqüências. Trata-se apenas cie saber se não será esquecido O certo e in< i

um fato defaçanha do

segredo que ll.lü/l.lQ

___r Fluminense constituiu uma lição. Justamente porque se procurou saber oum quadro à conquista de três campeonatos, três campeonatos que representam cinco títulos. A explicação simples não pode dizer tudo. Disciplina envolve um programa, a rigidez de um programa, inclui pa-ciência. E, deve-se salientar, o Fluminense teve paciência. O último certame levantado pel<> Piunnum- ¦ •

antes de 36 foi em .1. Passaram-se portanto do/e anos sem um êxito real. 35, porem, rcnuncioiria. O America arrancou as ultimas esperanças do Fluminense cm um match d<- alternativas angust íosasMás .ia estava traçado o plano. A fuga de Cabeli âs vésperas da conquista do titulo de vencedor do cam-peonato aberto de 36 trouxe desorientação ao team. Outro clube talvez, cedesse a tentação, conseqüência accada derrota, de mudar a diretriz O Fluminense conservou-a sustentando Carloniat.no apesar das tremeu-das criticas da torcida. E em 36 mesmo o Fluminense colheu o primeiro fruto de um esforço de dois anos,sàgrando-se campeão carioca. Organizara-se a base de uni team For isso a contusão de um Russo naoconstituiu um desastre irreparável. Procurava-se cobrir um claro sem atingir a harmonia do conjunto. AS-sim se verifica que o campeão não se improvisou. O Flamengo, para citar um exemplo, sofreu transtor-mações profundas em 36, voltou a sofrê-las em 37 e tornou a experimenta-las em 38. E isso sucedeu < ¦•tu

Vasco, sucedeu com o Botafogo, sucedeu com o São Cristóvão e com o America. As mort.iu • «•. .feridas pela derrota. Exigià-se a vitoria. Por isso não se concebia o revés. Talo

sempre Ml

paciência, a coragem de esperar. E quando se resolve esperar recorre-se ate-se tudo para que o crack produza cem por cento. O Fluminense nuncaprometeu nada além do contrato. Valorizou uni a uni os cracks quederam ao clube o campeonato de 36, e depois o campeonato de 37 e de-pois o de 38. Batataes em 36 recebeu cinco contos de luvas. Fm 37 narenovação do contrato recebeu 22 Romeu de 10 conto-: passou para lüMachado de 10 liara 30. Nascimento ass'nou um comoromlsso S"m 'uvas.Mas ao ser efetivado recebeu luva? de um efetivo. F o admirável c quetudo se processou em segredo. O Fluminense não dizia o preço de umcrack. Fazia questão de considerar o preço de um jogador como um as-sunto privado F isso para que não se estabelecessem diferenças Deum modo geral perseguia o padrão, o ideal de uni team em que cada jo-gador vale tanto, e não mai- nem menor do oue o companhelrro. o si-Silo tornou-se tão grande que se pensava oue o Fluminense não punia.Nenhum castigo era anunciado O clube fazia questão de que somente oclube e o crack soubessem do fato. Justamente porque castigava, o tri-campeão não alardeava severidade. Havia, pois, um critério único. E talcritério envolvia também a liberdade do crack. o Fluminense não se ne-cava a desfazer um contrato. Bastava que se chegasse ã conclusão deincompatibilidade. Gabardo, quanlo o Fluminense mais precisava de umcomandante, pagou uma multa estabelecida e rumou para a Itália. Raulteve a rescisão do contrato quando o pediu e Russo conseguiu o passe

O Fluminense, ninho de campeões, não poderia parecer uma pri-Se o fosse nao se observaria a produção cem por cento de um teamconquistou cinco títulos em três anos.

O CONTROLADOR DO TRI-CAMPEÃO

remédio

livre.são.que

UANDO 0arlonuw.no saiu cio Fluminense nincuem acreditava quebi-campeão e vencedor do Torneio Municipal consoi.uis.se levan-o

Qlar mais'um titulo. Carlos Nascimento, porém, tomou conta do

team e inriediu que a sua produção soiresse solução de contlrimidacic. E o team" iniciou o campeonato carioca brilhando, mantendo-sesempre na liderança da tabela. Quando Ondino Viera assumiu a direçãodo team encontrou-o em bom estado físico e de quase perfeito apurotécnico. Mais um apuro, um retoque e veio novamente o titulo de cam-peão, titulo este que permitiu o seu segundo trl-campeonato nu históriado futebol carioca.

O ELOGIO DF CM TRABALHO ANÔNIMO_\ hora em que se procura realçar o esforço dos (pie colaboraram na

r^Li conquista de ma - um campeonato para o Fluminense, seria in-^t$ justiça dei.xar-se de lado uma dessas fontes de colaboração. Tra-

balho quase anônimo que a grande massa não chega a distinguirna hora das manifestações de vitória. O esforço do Departamento Medico.todavia, merece um registro especial. F, particularmente, pela dedicaçãocom (pie acompanhava e cuidava da forma fisica de seus jogadores, atenos exercícios individuais e He conjunto mn's se agigantou a ação deVicente Kondinelli. o antigo jogador de futebol puc chefiou aquele O»"-

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parlamento do tri-campeão Principalmente se levarmos em consideração ;t in-tensidade do trabalho exigido pelo encadeamento do; campeonatos e torneios,uns após outros, quase sem solução de continuidadeBIOGRAFIAS-RELAMPAGO DE CRACKS QUE DERAM O TRI-CAMPEONATO

AO FLUMINENSE

BATATAES

- Algisto Lorenzato. o Batataes, apesar de ser considerado o ti-tular da posição, só jogou urn terço dos compromissos cie 38 Enfermandoloiro após seu retorno da Copa do Mundo conservou-se afastado até o íru-casso de Nascimento no Flu-Flu cio returno. Foi então chamado outra vez

ao arco. E reapareceu contra o Madureira ainda sem estar em perfeita fornut.Esta. porém, ficou perfeitamente evidenciada na peleja com o Botafogo. O con-sacrado keeper que ingressou no Fluminense em 22 de mulo de 1035 foi tri-cam-peão tendo tomado parte em 5 jogos do campeonato de 1936 e em 40 no totalcios três certames.

NASCIMENTO -¦ Oscar Nascimento nome por extenso -- íol também tri-campeão paulista defendendo o Palestra Itália ',32, 33 e 341. Ingressando no Flu-minense em 7 de março de 19;_i">, Nascimento não teve oportunidade de atuarunia só vez no campeonato daquele uno. Dai nfio poder ostentar o título detri-campeão carioca Mas tem o de bi-campcâo «37 e 38). Nestes dois campe-o-natos, Nascimento atuou dezoito vezes sendo o!*o em 37 e dez em 38. Goleiro deinegável valor. Nascimento vinha cumprindo com .jrande destaque a sua missãode substituto de Batataes quando surgiu o seu cila azlago contra o Flamengo.E isto acarretou-lhe o afastamento com a volta do titular du posição.

GUIMARÃES - Tri-campeão pelo Corintians de São Paulo (28. 29 e 30) naposição de center-half. José Pereira Guimarães veio saurar-se também trl-cum-peão carioca pelo Fluminense atuando de zagueiro. Guimarães que sempre foiregular em suas atuações atuou em quase todos os Jogos oficiais'de 38 estandoausente apenas cm um match. Teve assim quatorze Jogos no campeonato de 38e um total de trinta e seis nos três certameus. A rigor pode ser apontada comoa sua melhor atuação a que desenvolveu contra o América no Jogo que garantiuao Fluminense a conquisto do tri-campeonato.

MOYSÊS - Pouca:; vezes utuou Moisés Alves do Rio no campeonato de 38.Seis ao todo. Umas de buck esquerdo outras de direito Vitimado por forte con--tusâo viu-se forçado à lnutlvidade. Moysés que foi bl-campeão (37 - 381 Ingres-sou no Fluminense em 37 tendo nos dois campeonatos conquistados jogado umtotal cie vinte e clngo jogos.

MACHADO -- O capitão da equipe trl-eampeã tem dois terços de Jogos oíl-.•íaís de 38. Machado, cujo prenome é Artur, esteve afastado do quadro em qua-tro jojíos por ter-se contundido com certa gravidade. Voltando ã ativa jã resta.

Brant e oro/imbo participaram ativamente da campanha do tn-cam-peonato. O primeiro ainda está no Fluminense ate hoje —- è o caixado clube — e o segundo, como perlto-contador, presta seus serviços

ao Estádio Municipal.mÊmmmxWmmxmmmmmWÊmt^mxWmmWmmmmmmxmxmmxWÊÊÊmm^

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Com uma penca de

jogadores deste qui-late não foi muito

difícil ao Fluminen-

se chegar onde che-

gou. K até hoje ostricolores lembram

corri saudades as ma-

ravilhosas jogadasde Romeu, Tim,

Hercules e Russo.

Para se tirar um

tri-campeonato, po-rém, entram ainda

muitos fatores. Osfatores que são ex-

pi içados nesta re-

portagem.

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belecido o grande zagueiro núo mais se afastou du quadro de que era grande figura. Machado foitambém trl-campeào tendo Ingressado no Fluminense em 35. Figurou em 11 Jogos no campeo-nato de 38 e em 44 no total de três.

ERNESTO -- Ernesto dos Santos, técnico há pouco do Flamengo, foi bl-campefto (.37 e 38) Jo-gou uma vez em 38 e quatro em 37.

BIORô Artur Evarlsto. o Bloró. foi n revelação de 38 na equipe trl-campeft. Vindo sem car-taz d<> um clube modesto para uma equipe de classe. Bloró em pouco se adaptou ao conjunto equer na linha média, onde atuou na direita o na esquerda, quer no ataque. Dloró foi ImprovisadopotatD-dlrcita, sempre se destacou pela combatlvldade e vontade de acertar. Blorô interveio emtodos os matches disputados pelo Fluminense em 38 sendo assim apenas campeão,

MILTON Milton Aguiar foi um reserva utllissimo. Atuando Indiferentemente de half es-querdo e direito participou dos campeonatos de 37 e 38, sendo que nesse último ano Jogou cincovezes. Milton foi. assim, bl-campeâo.

SANTAMARIA - Carlos Santamaria, "El Alazan", um half-back com o físico talhado paracentei-halí chegou a ser chamado de baròmetro do team do Fluminense em 38. Quando Santa-marte Jogava mal toda a defesa se descontrolava. Quando Jogava bem a retaguarda era um nóbloco de solide/. E como Santamaria só atuou uma vez mal... "El Alazan" Jogou um total detrinta e cinco Jogos nos campeonatos de 37 e 38, sagrando-se bl-campeâo carioca

BRANT — Carlos Branl foi o mais antigo profissional do Fluminense que se sagrou trl-cam-peão Brant, que teve boas e mas atuações no campeonato de 38, teve um total de quarenta ••nove Jogos nos três campeonatos conquistado;-,. Brant, no ano em que o Fluminense foi trl-cam-peão. ou seja, 1&3R, exerceu Influência na conquista do título, .nus, entrando nos quinze minutosaluais do Jogo com o America, partida decisiva do certame, cortou a forte reação que os rubrosvinham empreendendo.

OROZIMBO - Trinta e oito náo foi um ano feliz para Orozimbo dos Santos. Pelo menos ogrande half nao reproduziu neste ano as performances cumpridas em 36 e 37. Mesmo assim, emalguns matches, pôde exibir atuações de destaque. E como principal pode-se citar o Jogo com oFlamengo na Gávea. Orozimbo foi trt-campeâo dn cidade tendo Ingressado no Fluminense em2í) de maio de 1935.

ESCOBAR - A vinda de João Carlos Escobar para o Fluminense foi complicadisslma. Uns dl-zlan.-no uruguaio, outros gaúcho Precisava do passe, não precisava do passe. Por fim tudo acaboubem e Escobar ficou mesmo no Fluminense. Como conter-halí reserva só teve oportunidade deatuar uma vez e assim mesmo durante pouco tempo. Escobar Ingressou no Fluminense em 22 demarço de 38, sagrando-se assim campeão carioca.

NOVELI.I - Luiz Novelll Netto foi dono da ponta-direlta até que Carlomagno resolveu ex-perlmontar Bloró em seu posto. Ingressando no Fluminense em 4 de maio de 1938. aagrou-seapenas campeão carioca. Jogador discreto, sem alarde mas produtivo. Novelll foi um elementoutllfsslmo ao Fluminense.

VICENTE - Deixando o Brasil para ingressar no futebol italiano Vicente Arnoni voltou àpatrln Ingressando no Fluminense um pouco antes de terminar o campeonato de 38. Foi assimfeamj cão pelo Fluminense tendo disputado na ponU-cllrclta os quatro últimos jogos do trl-campeão.

ORLANDINHO Orlando de Castro, o Orlandlnho. Ingressou no Fluminense em 1 de marçodo 1937 participando de um total de dezessete jogos nos dois certamens que disputou (37 e 38).Jogador multo ardoroso e tendo a grande vantagem de atuar indistintamente na ponta direita eesquerda, Orlandlnho foi um dos reservas mais úteis queo Fluminense Já possuiu.

ROMEU — Trl-campeão paulista pelo Palestra (32. 33e 34) Romeu Pellclarl repetiu no Rio o mesmo titulo. O"velho careca", como foi chamado no campeonato do mundodestacou-se pela regularidade da produção. Sem o virtuo-slsmo de um Tini. Romeu foi sempre o maior homem daUnha de ataque do Fluminense. Romeu era o homem queconstruía os ataques, era o homem que auxiliava os mé-tílos, era o homem que fazia goals, de quando em vez. ébem verdade, grandes goals. Ingressando no Fluminenseem 1935 Romeu foi o Jogador que atuou mais vezes nosanos do tri-campeonato, ou seja: cinqüenta e seis.

SANDRO — Talvez poucos conheçam o Alexandre Bres-sane, mas todos conhecem o Sandro, se lembram de Sandro,O espantalho do Flamengo. Sandro lez uma verdadeiracoleção de títulos máximos, cinco, para sermos mais claros.

(Conclui na pág. 21)

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Algisto Lorenzato, ou melhor, Batataes, dispensa qual-quer apresentação. Além de tri-campeão pelo Flumi-nense o maravilhoso goleiro alcançou mais dois cam-peonatos nas Laranjeiras. Mais explicitamente: em seis

anos foi nada menos de cinco vezes campeão.

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O Globo Esportivo 13

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As pernas de Biguá e seu futebol - Também houve osopro no coração — Um fim de carreira frustrado -

Mas ainda chegará o dia da volia ao Água Verde m

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_. «Al).\ mais certo do que chamar Biguá de fenômeno.

j^||k] som que isso tenha coisa alguma a ver com a trc-1 ^H menda capacidade do crack qu esempre foi rubro-

negro. Aliás sempre foi rubro-negro não. porqueisso só teria sentido falando de quadros grandes, dacapital, enfim, porque lá no Paraná Biguá sempre foi doÁgua Verde, e quando encerrar o seu "giro" pela capital, épara o Água Verde que voltará como amador. Mas volte-mos ao assunto, isto. é dizer porque Biguá pode ser consi-derado um fenômeno. Lá por volta de mil novecentos e qua-rentã, o garoto Biguá apareceu lá na Gávea, ninguém fa-zendo fé nele. Aliás, ninguém podia mesmo acreditar queaquele rapaz viesse a dar alguma coisa no futebol, comaquele ar desengonçado, aquelas pernas incríveis. Houvemesmo quem dissesse: "Não c possível, com aquelas pernasgrossas nunca êle virá a ser um crack". Não era possívelacreditar nisso, e Biguá foi ficando. Flavio sempre adiandoo dia cm que prometera inclui-lo no quadro para o treinode experiência. E assim se passaram nada menos do que trêsmeses, até o dia que Biguá. á custa de muita paciência.aguardou o seu dia. Havia ainda um detalhe, nos examesmédicos a que foi submetido, ficou constatado um deleitono seu tornozelo, um defeito de nascença, que à primeiravista parecia um verdadeiro buraco no seu tornozelo. Tudoisso contra Biguá. mas ainda assim éle conseguiu ser in-cluido no team de reservas. Quando Flavio finalmente as-sentiu treiná-lo. naturalmente o fez mais por benevolência.dado o entusiasmo do jovem em quem não se podia acreditar.Mas Biguá treinou, treinou e deixou todo mundo de bocaaberta. Resultado: logo na semana seguinte surgiu um pro-blenia para Flavio com a contusão de Jocelyn, e dada a im-pressão desconcertante do treino de Biguá. o técnico resolveuexperimentá-lo. E assim Biguá. com aquelas pernas, aquele

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furo no tornozelo, ficou três meses esperando a su;i oportu-nídade, e quando treinou, uma única vez. foi logo incluído noquadro titular.

A HISTÓRIA DO SOPRO NO CORAÇÃO

BIGUÁ apareceu em campo como um leão, lutando in-

cansavel de princípio a fim das partidas, e cm poucotempo t.óda gente começou a ver as pernas de Biguá de

outro modo. Elas não tinham jeito, mas eram autenticasmolas, que faziam o '"índio" saltar a alturas tremendas, ape-sar de seu baixo porte. O "índio" Biguá - - c que além detudo êle tem o aspecto perfeito de índio o logo a torcida soacostumou a tratá-lo familiarmente de índio, "índio" Biguá.Mas, como dizíamos, Biguá ganhou rapidamente "a sua po.si-ção no team do Flamengo, aparecendo como verdadeiro es-teio da defesa rubro-negra, capa/, de salvar uma partida nummomento crítico. Tudo ia muito bem até que um dia, emmeio a uma revisão de saúde, um dos médicos do Flamengodescobriu a noticia sensacional: Biguá estava com sopro nocoração e seria arriscado continuar a permitir que éle jogasseno team. Alarma geral, pois Biguá já era uma figura in-substituível, e embora ele continuasse jogando como no pri-meiro dia, a direção do clube resolveu levá-lo a um especia-lista na matéria. E o cardiologista Dr Genival Londres abriua porta de seu consultório para dar passagem ao jogador Bi-guá. que não compreendia bem a razão de tanto susto, acom-panhado por figuras de cartaz no clube rubro-negro, estes umtanto pálidos c ansiosos. Inicialmente foi historiada toda asituação, explicada ao médico a maneira de atuar do jogador,inclusive com o detalhe daqueles saltos tremendos que Biguádava e oue impressionavam toda gente. E o saber isso tam-bém impressionou o cardiologista, que disse: "Ah, êle dá sal-tos assim!'* E iniciou o exame minucioso do jogador, chegan-do por fim à conclusão de oue Biguá tinha, isso sim. um co-ração de atleta. O tempo passou, Biguá continuou sendo omesmo crack vibrante e até hoje náo sentiu coisa alguma no

coração, pois apesar de passados mais de dez anos,sua fibra continua quase a mesma do cha em que,após três meses de espera, deu o primeiro treino noFlamengo.

QUASE O FINAL DA CARREIRA

S9 OJE já são passados precisamente onze anos

H do dia em que pela primeira vez Biguá pisouo Rio de Janeiro. Antes êle jogara, a seriomuito pouco tempo, pois tendo vindo para o Rio emfins de quarenta, foi em trinta e nove que pela pri-meira vez atuou pela Água Verde, de Curitiba, quan-do veio de Irati, lá no sul do Paraná. Custando tantoa se impor no Flamengo, logo que pegou o quadroprincipal passou anos a fio como jogador indispen-savel ao seu clube, ás seleções carioca e brasileira( ontudo, os anos foram passando e a idade veio che-gando. Dez anos de futebol, jogados como o faz Bi-

guá. devem ser suficientes paraabalar qualquer um. Foi o queêle próprio pensou em fins doano passado c princípios deste ataO quadro rubro-negro, fracassam"de partida a partida, êle pró »achando que seria difícil voltar igar como nos bons tempos. O d< >ímo era mesmo tremendo e Biguá igou a pensar seriamente na volCuritiba, uma volta definilivt,0 afastasse do futebol como pi miSim. so como profissão, porquido centenas de partidas em tót 3vida. Biguá ainda hoje é um iitebol, e por isso logo que p 1abandonar o Rio pensou ao nu.po em voltar para o Água V-rtransferência para amador, e o 'de o receberia de braços aberto-,Biguá, talvez houvesse até homtv*retorno do grande crack que saiuras do clube da lera dos pinica"pensava Biguá, e o mais sério, j.ú cde por em prática as idéias que mlumando em seu cérebro. Mas e.si«i«se resolvem num dia C Biguá ia aras suas idéias, até que a volta dei»"mengo se concretizou Fra o remtécnico que o havia lançado no ,*ii

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sentiu-se um pOUCO confortado 10dir ao técnico a sua dispensa, aivezes pedira para que éle o ImQuando Flavio soube da coisa, pimente, êle ia voltar e precisariacação de um por um, mormenteBiguá quisesse mesmo deixar 1

adiar a execução para mais tardeno Biguá foi ficando, ouvindo 110de Flavio, recebendo suas instruiconversa, precisando resolver otreinador lançou logo mão de Bda linha-inedia para executar imnha muito de parecida com a outantos anos E Biguá, para ratiüicativo de fenômeno, que tão bejadaptou-se perfeitamente como 1meçou a jogar com a flama dosdirá que éle ainda salte táo alioé espantosa, e embora o Flamcngcepcionando, não e por culpamuitas vezes como o maior jogacikfica esclarecido oue Biguá mudifiljide fim de carreira. .Mas so quantCgará em que éle voltará mesmo ;tia posição de respeitável industrial csem exercício, pois a fábrica de rpusua propriedade, e lá em Ciiri

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Biguá assombrava a todos com us seus saltos, com a soa vitalidadeextraordinária. E assim continua até hoje, dono de umaresistência que não se esgota. No cantoda página, vemo-lo num"churrasco á sueca",em Esto-colmo.

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Texto de JOSÉ LUIZ DA SILVA PINTO

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Chaves de braço, balão e domínio de um atacante são recursos do jiu-jitsu, que as irmãs Meireles dominam com desembaraço

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Duas tripeiras do baruiho — Queria ser toure;ra e está

doida por uma briga — Jiu-jitsu, as mocas e os médicos— Cavalos, touros, canto, paixões, ginástica,

"cock-tail"

ao gosto das irmãs Meireles — Milita, a fotogênica, uma"chave de braço" e suas atitudes semelhantes a Eva

Perón — O bom senso e a graça de Rosaria, que se aliou

a Arquimedes para deslocar o globo — Copacabana,

o novo caminho óo Paraíba — Ginástica e gordura.

Açravad

D

HISTÓRIA do desaparecimento das irmãs Meireles do "cast" denossas emissoras se explica, agora, de maneira bem curiosaÈ que as portuguesinhas, oue tanta saudade vinAun deixando aosseus "fãs" rádio-ouvintes, sem ninguém saber exatamente por queapenas apareciam, nos últimos tempos, em velhos discos há muito

os. Corriam rumores sobre o noivado ou casamento de tinia delaseom um milionário e, como consequén-cia natural, o famoso trio se houvessedesagregado.

Mas. afinal, tudo isso veio terminari-ni jiu-jitsu.

JIU-JITSU EM GRANDE ESCALA

E fato, Cidália, a que cantava fados,noivou e casou-se em São Paulocom o industrial Waldirio Moritz,

gaúcho de origem alemã. E a separaçãocias irmãs Meireles deu-se em janeiroúltimo. Cidália, já proibida de cantar norádio pelo noivo, motivou, de inicio, ainatividade tio trio. Mas, a prática dafamosa luta nipônica e que está toman-do o tempo de Milita e Rosaria, as duasMeireles que se conservam solteiras. Dia-

| riamente têm a penitência de se subme-*— terem a intensos treinamentos na Aca-

demia Gracle. onde o campeão nacionalque enfrentou Kato lhes ensina todos os golpes de defesa e athv.ue.as tripeirinhas. como Rosaria diz que se chamam as nativas do Porto

e o diminutivo vai por conta da pequena estatura delas da EmissoraNacienrtl de Lisboa passaram à Rádio Gazeta de São Paulo, depois uma"tournée" peles paises latinos, conquistando logo a Radio Nacional cioRio e o conceito no seio do públic. brasileiro. Em 28 de maio último com-pletaram 8 anos de atividades radiofônicas. Mas sua ficha na Academiade Jiu-Jitsu não diz nada disso. Apenas registra: Emilia Augusta de JesusMeireles «Milita), com um metro e 62 cms. e 53 quilos: c Maria Rosaria

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Rosaria '

de Jesus Meireles (Rosaria), com apenas um metro e 46 cms. e -13 quilos.Residem com os pais. á rua Rodolfo Dantas, 111, apt. 301, em Copacabana.Quanto á idade, de mocas não se diz. embora a das Meireles seja pordemais lisonjeira. Pode ser, entretanto, que o seu registro hoje ira dar-lhes dôr de cabeça daqui há 20 anos mais. . .

ENTUSIASMO PELO ESPORTE

OSTRAM-SE as cantoras lusas encantadas com os efeitos do jiu-jitsu. Jamais haviam tido umas ferias nos S anos consecutivos devida artística, cuja gloria lhes chegou uni tanto fácil pelo cunho

personalístico que imprimiram às suas canções, escolhidas entre o folclore.Três moças, um microfone, vida agitada — sentiam cm meio a tudo issoque pertenciam ao belo i- frágil sexo. A mesma historia universalmentedecantada da necessidade da proteção masculina. Cidália. como Eva, foidireta à solução do grande problema. As suas duas irmãs, Milita e Rosaria,estão verdadeiramente entusiasmadas pelo iiu-jitsu, porque encontraramassim o meio de adquirir personalidade Integral, absoluta confiança em simesmas, mesmo desarmadas, sem a necessidade de um guardião ao ladoQuem não faz juízo de quanto foram as-sediadas para chegar a tal conclusão'.".

Estou louca para entrar numa briga!— disse .Milita, "enquanto sua irmã apre-cia o jiu-jitsu apenas como medida pre-ventiva:

"Comigo, náo, que não sou de briga.Eu sou pela sombra c água fresca!..."

Cuidado, meninas, talvez dissesse o"amigo da onça": vejam o exemplo do"Baião Paraíba . . .

ESPÍRITO DE AVENTURA, TENDÊN-CIA PARA A TRAGÉDIA

ROSARIA a que não pode ouvir

aquela marchinha: mulher peque-na. etc, etc, do último Carnaval —já está bem mais treinada, porque Milita,(do tipo médio), fraturou o braço esquer-do. quando praticava equitaçâo, e du-rante dois meses a fio apenas se conten-tava em ver a irmã lutar com Gracie, ou Hemetérlo. Numa rá-pma conversa de 10 minutos, quando as duas penuenas do barulho esta-vam cie saída para o treino - e não queriam chegar tarde - - arrancamo-lhes algumas informações num interrogatório relâmpago.

O jornalista não ia fazer conferência sobre a cultura lusa, oueria as-sunto, e Rosaria somente o ouvindo perguntar, perguntar, chegou a crerque o redator desta,tivesse ido colher ciados para outro escrever.

Milita tomava sempre a palavra c falava tanto rue náo deixava suairmã dar um pio. Com o cabelo meio levantado, linhas do rosto tipo"rego dPhaixo da còr tostada do velho saneue mouro, tinha atitudes ges-tos, timbre de voz. ora arrogante, - - só nos lembrava a Sra Eva Perónce bem ruie se assemelha um bocado). Imaginava uma briga para entrarnem. descrevendo a técnica do jiu-jitsu. Milita chegou a nos revelar ouesua verdadeira vocação era para ser toureira, - - o oue não alcançou emface da reação materna.Tudo que se lhe perguntasse, ela era.

Então, tem sangue hespanhol?Rosaria se apressou a contestar, enquanto Milita fazia confusão:Descendemos de franceses das guerras napoleônicas. Meireles vemdo francês!.. . Milita, muito tagarela, deixa transparecer o tipo arrebatadotao encontrado na propaganda norte-americana. Rosaria, mais objetivamodesta, mais sincera em suas apreciações, embora seja a pequenininha

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Milita

16 O Globo Esportivo

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a irmã nas suas airevai fazer com jiu-

refreia semprtbàtações.Milita, queJitsu?Já ciemos demonstrações na As-sociaç&O Cristã de Moços e somos asfundadoras cio curso feminino de jiu-jitsu cia Academia Graeie. Em breveestaremos na luta!" E nos informoude que - (piem sabe! - talvez no Me-xico. cm dezembro deste ano, quandoali irão atender a um convite da R.K. O., que está realizando experién-cias de films naquele país. os d irei o-res se souberem de suas habilitaçõesem jiu-jitsu talvez aproveitem seus co-nhecimentos cm alguma cerni.

O JIU-JITSU, AS MOÇASE OS MÉDICOS

1^,flB ILITA apregoa que .is moça..' ? B n;U) devem fazer ginástica,

porque quando deixam osexercícios engordam muito. E ela nãoestá para isso. Fala como técnica <•entendida. Mas, Rosaria, que é o bomsenso, lhe deita uns olhares como s>-a outra estivesse passando o sinal

Ê que ambas são o tipo das curió-sas e Inquietas, Acham que não po-diani estar paradas, vivendo a boavida, a custa dos direitos autorais

Querem movimento E não acerta-ram com o caminho da Paraíba Que-rem isso aqui mesmo, nem foram paraas Alagoas, silvestres, nem |iara Ca-\ias de Tenorio, nem conhecem DTcre/.a Delta.

Segundo .Milita todos os médicos deviam saber jiu-jitsu, porque já conhe-cem bem as partes vulneráveis do cor-po humano. Será que cia tem algumapaixão pela classe'.'

Kosária e de opinião que jiu-jitsue, para quem começa a estudá-lo, <>verdadeiro ovo de Colombo. F. apli-

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Rosaria se entusiasmou na demonstração e fez a irmã protestar contra o"estrangulamento", que parecia verdadeiro.

A "mignón" Rosaria dá uma espetacular queda nomestre Hélio Graeie.

canelo o princípio da alavanca ela acrescenta que sacode Hélio Graeie pelos ares e o sustenta noespaço alguns minutos, lembrnn^o-se de Vrquimedes: dêem-me um nonto de apoio e deslocarei oglobo terrestre. . Ela, «pie só tem 1; quilos, avaliem só Milita! Tudo o que se pergunte, se é assuntoàrrtibatador, está com Milita Queremos crer oue ela não agüente muito vm uma demonstraçãonuma "fila" de cinema ou num restaurante '<• não fór com a irmã para dar-lhe uma boa"chave de braço", deixando-a sem movimento.

lin dia desses saíram tarde <iu cinema com duas parentas e numa esquina ouviram duns su-jeitos mal encarados conversando:

• Não se meta com estas, que sabem jiu-jitsuAs mocas que as acompanhavam ficaram de contratá-las para guarda-costas em ocasiões pe-

rigosas!Com vocês estamos seguras!

PADO VERSOS JIU-JITSU

QUE

belos «olpes aprendi em jiu-jitsu' - Assim fala Milita. enquanto Rosaria põe na ele-trola o disco mais novo cias irmãs Meireles, que elas lamentam nfto ser ainda bern co-nhecldo do público, porque "tiraram o fado da rotina da guitarra e da viola, laminarama tradicional canção portusaiésa. puseram quase uma orquestra sinfônica e conservaram

o ritmo cie fado de maneira maravilhosa". Enquanto Isso, discos que no dizer delas são "vaga-bundos" lhes dão bom resultado.

AS PAIXÕES DAS DUAS

— PAIXÃO nelos cavalos e pela eciuitação. de Milita, está alterada pelo jiu-jitsu e o braço fra-*jk tni ido i.ilve/ influísse muito. Seu nroOssor, Hélio fíracie. lhes Mi? sempn ipn nderam/~'^L ligelrlnho. Milita olha n Sol rio Kio de Janeiro: "temos tudo. Sol. moscas, o sangue para

Jorrar, é lamentável oue a capital rio Rrasll não tenha campo de touradas!" Rosaria tam-bem vai nessa embalaiem e informa que Portugal, e não a Espanha, conta hoje com <>s maiorestoureiros do mundo: Diamantino Vi/eu e Manuel dos Santos. Rosaria, que per^onali/a a graça,sen«e ainria saudade da nafsagem natural da terra, laia na Indescritível primavera na cidade doPôrti Mdita, que se dá melhor em fotos que em pessoa, lembra-se da^ touradas no fim da ave-nlria onde moraram. K piMnn logo touros c»>m canto; "o canto está na massa do sangue — meuavfl cantava no orfeãc» rio Porto e minh.-> mãe, quando pequena, ganhou uma boneca do mesmotamanho dela porque cantou numa festa".

Di pois de touro-., cavalos, fados e folclore secular, referem-se a Kato. o janonês. de quempretendem aorender a técnica mais recente do estrangeiro e depois de tanto "movimento" pensamem retirar tidália ria pacater do lar nara a restauração do trio.

Enfim, não se sabe se vencerá o jiu-jitsu ou o fado. A reação do marido de Cidália está bemviva, mas a trama está feita. Dão-lhe diariamente uma "inieção de soro" em favor da boa músicae esperam os resultados para o fim do ano. quando pretendem voltar ao Rádio, juntas.

Isto se não aparecer quem banque o "amigo da onça" para perçuntar: será que já haveráoutra Meireles para um quarteto?

Não vamos ía/er carreira com jiu-jitsu, mas tudo depende.. — assim pensa Milita. doidanor um barulho, querendo até falar alemão para ir ã Europa do Norte, já que sabem o inglês e aslínguas latinas quase todas.

E que mais?Chega, nflo acha?

p Globo Esportivo H

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As suecas adotam modernos métodos de ginástica.

ADAPTAÇÃO AS CONDIÇÕES DA PRÓPRIA VIDA - EXERCÍCIOS PERIGOSOSAINDA EM VOGA NO BRASIL - PROGRAMA COMPLEMENTAR PARA OSCRACKS DA BOLA - DECADÊNCIA DO BOX - PAPEL IMPORTANTE QUE OFUTEBOL PODERÁ EXERCER NA VIDA DAS NAÇÕES, APROXIMANDO OS POVOS

- O SPORT DAS MULTIDÕES COMO MEIO DE EDUCAR OS RAPAZES NA SUÉCIA

CURT

Johansson, professor de ginástica o dc atletismoda "Ostra Real'' cie Estocolmo, acaba de regressar á suapátria, depois de ministrar um curso intensivo de suaespecialidade ?m São Paulo e no Rio. A sua atuaçãoveio, realmente, introduzir inovações na ginástica suecaem nosso pais, que ainda conservava o ensino de todos

os exercícios de alguns anos atrás, caidos em desuso pelo pro-gresso da ginástica.

iDOIS CURSOS INTENSIVOS NO BRASIL

CONVIDADO

pelo diretor técnico do Departamento deEducação Fisica dc São Paulo, Sr. Antônio Boaventurada Silva, Curt Johansson velo ao Brasil, dando umcurso dc educação fisica a cerca de 300 professores de

estabelecimentos secundários bandeirantes. Logo em seguida,a Escola de Educação Física da Universidade do Brasil o con-vidou a dar um curso rápido, aqui no Rio, para professores ealunos, chegando mesmo a adiar suas provas parciais, a fimde obter melhor aproveitamento das aulas de Curt.

ADAPTAÇÃO AS CONDIÇÕES DA PRÓPRIA VIDA

A

GINÁSTICA não é coisa definida; tem que pro-gredir sempre — esta declaração foi feita por Curtlogo depois de uma aula na Universidade do Brasil,onde corrigiu algurus erros em voga. E fol-no» adian-

tocgp detalhei prectoio* õ» nova técnica:

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(Entrevista exclusiva para O GLOBO SPORTTVOconcedida pelo prol'. Curt Johansson, do InstitutoReal de Educação Fisica da Suécia)

De JOSK FERNANDES DE BARROS

Agora tenta-se maior efeito com o menor esforço. Adap-ta-se, assim, a ginástica ás condições da própria vida. Emboraseja tão velha a ginástica como quase o homem, há semprenovidades a introduzir. Essas novidades não estavam sendo,aqui, praticadas.Atualmente, todo o corpo deve tomar parte em cada exer-

cício para se obter grande efeito. Isso se consegue aprovei-tando-se o ritmo. Pode-se caracterizar a ginástica de nossosdias como um balanceado continuo, seguido de relaxamentodos músculos, em todos os sentidos. Fica, por conseguinte, aolado, o conceito de apego ao classicismo. A ginástica de hoje.sobre ser mais proveitosa, «• bem mais agradável e interessaprincipalmente ás crianças, que sentem alegria era fazê-la,enquanto executavam a ginástica anterior por obrigação, poisas crianças não percebem a utilidade dos exercícios físicos.Procura-se. hoje. derivar a ginástica do próprio trabalho. E seobservarmos o que faz o trabalhador muscular, vemos que êlepara não se cansar aproveita o ritmo, distribuindo o esforçoao corpo, inclusive às pernas, não concentrando, de forma ai-guma, o esforço só nos braços, — o que o impossibilitaria detrabalhar por maii de algum minuto».

,'f O Globo Esportivo

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"A ginástica não é coisa definida; tem que progredir sempre" — afirma Curt Johansson, aqui visto numa demonstração do seu método

NOtt DE8PORTO8 ENTUSIASMO PELO PUTETBOL

O EMPREGO dessa orientação aon desportos produziu multo maior rendi-mento íínlco do atleta. No cat;o do nadador, o enforco muscular Ja é omernor poíwslvel. O corredor aproveita o ritmo, como também o lançador

de di.scoft, com multo matíi resultado que um estorço excessivo.

ELIMINANDO MOVIMENTOS PREJUDICIAIS

FALA

Curt sobre o que temos a corrigir no Brasil:— Na ginástica nunca devemos ensinar movimentos prejudiciais. DevemRer eliminados os saltos perigosos, como, por exemplo, o salto de p&$, rner-

gulhando, e acabando numa cambalhota. 8e acontecer algo, a coluna ver-tebral vai ser prejudicada e ela é muito Importante, pois qualquer acidente po-dera modificar o destino do Indivíduo. Nao devemos alimentar a mania de fazer"pontes" em ginástica. A coluna vertebral está sujeita, Igualmente, a acidentes.Ê perigoso. . _.

O 8r. Alberto I.atorre, diretor da Escola Superior de Educação Fl-sica da Universidade, — que me proporcionou o prazer de ministrarum curso no estabelecimento padrão do Brasil — recomendou quefizesse ver aos professores e alunos í-ises perigos.

Na ginástica feminina, o espaguete, tão nsado uo "ballet", queconsiste em cair ao solo, repentinamente, com uma jx-rna para trás eoutra para a frente, provoca o estiramento demasiado dos ligamentosda cintura pélrtca. Enquanto os músculos tem tonlcidade, tudo vai bem.Mas, com a Idade, quando os músculos perdem a tonlcidade, ficamsem poder manter os ossos no lugar. Logo que deixam L-üs pessoasde fazer os exercícios, ate por um periodo, passam a ter dificuldadede locomover-s« .

Condenou também os excessos em ginástica e aproveitou o as-sunto para uma "blague":

— Excesso até em comer banana, faz mal.E' que Curt aproveitou bem sua permanência no Brasil, a nlo

esqueceu as saborosas bananas.Aludiu & decadência do box, como uma conseqüência natural doa

^^^prsjulxos que causa à saúde: "nâo se deve esperar nada de proveitoso M Bda uma pancada rui oabeça que faz o atleta desmaiar e cair ao solo. BJgP'

A natação, porém, constitui uma obrlpscao elamentar de todosos que pensam em soltura flsloa .

c URT JohanBson se reanima e flcu tomado de vivo entusiasmo quando p^assati íívlar de futebol, um dos cursos mantidos pela "Ostra Real" de Estocolmo,de que é professor.— Conheço futebol e vocês brasileiros sáo formidável/;. O Flamengo esteveniv Buecla e embora em ambiente novo e em clima frio, só mereceu nossa admi-

rnçfto. Assisti aos Jogos no Pacaembú e observei que no Brasil ae Joga melhoro futebol que em qualquer outra parte do mundo".

Informou Curt que o futebol ensinado na "Ostra Real" se rege pelas mesmasoormas técnicas do praticado no Brasil. E ajuntou:

— Na Suécia, como aqui, o povo é louco pela bola. Lá. 6 "8venBka Fotbolla-íorbuusdet" promovo cursa-, paru os novoa, que se mostrajn com maiores posai-bllidades de ser bomi Jogadores. A entidade máxima do futebol sueco dá, assim,oportunidade ao aparecimento de novos cracks. O nosso grande problema é odo êxodo dos cracks suecos para a Itália, França e Espanha, aonde váo atuarcomo profissional*, Rozando do maior conceito técnico

O DE QUE PRECISA UM CRACK

RESSALTOU

Curt que a técnica dos Jogadores brasileiros já émulto grande, faltando-lhes, porém, aumentar a capacidade fí-Rica. Mais rapidez r maior resistência, é o de que precisam.Informou que os exercícios de corridas se tornam muito Impor-

tantes para o preparo dqs cracks, "por causa das partidas" — isso lhesdará multa rapidez. A ginástica de equilíbrio é multo importante parao Jogador de futebol. Os exercícios de saltos em altura também pro-porclonam aos cracks treino para as "cabeçadas" na bola. E mais gi-nástica para o desenvolvimento dos músculos dos braços. Acentuoçque os brasileiros poderiam jogar com "fair play", com boas maneiras,nâ.) transformando o campo de futebol num campo de luta.

Acha o professor Curt, do Instituto Real de Desportos de Esto-colmo, que as regras complementares acima poderiam ser de enormeutlli *a-*e para os cracks.

E Curt nos fez essa afirmação sensacional: na Suécia o futebol êpraticado na Escola como melo de educar os rapazes. £ que olhamoso 8nort como o melo de educar o Indivíduo através de movimentosfísicos e nio para criar músculos. Essa é a legítima Interpretação quedeve ser dada à educação física.

Fruallzou Curt a rua entrevista bxcIusívs para O GLOBO 8POR-TTVO lembrando que neste momento d» apreensões mundiais o» sporte,esnectalmente o futebal. polerfto axereer papel preponderante na vidapolítloa das naçfiee, aproximando os povoe pare srltar cocítlto».

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í_llM_/ \ \ v\vQUEDA DOS CABELOS.Calvície precoce

BELEZAf VIGOR

oosCABELOS

ALEXANDREINSUPERÁVELHà cinqüenta anos.

Os VOVÓS'do basquetebolmrvmtzBíMfímJt

m1RECORDANDO O CAMPEONATO DE 1915, GANHO PELA A. C. M., NO QUAL

O BRIGADEIRO LYSIAS RODRIGUES FOI O "CESTINHA .

No tempo em que as vitórias eram festejadas com copos de leite

A. DA SILVA ARAÚJO

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íJ

MUITO

antes do primeiro campeonato oficial da cidade, efetuado em 1919, sob os auspícios da extintaLiga Metropolitana de Desportos Terrestres, foi realizada outra interessantíssima competição regionalde basquetebol, que contou com o concurso de seis entidades America Futebol Clube, Associação Cristãde .Moços. Clube Internacional de Regatas. Colégio Silvio Leite, Clube Ginástico Português e Mari-

nheiros de Villegaignon intervieram no certame de 1915,'que representou o marco inicial do basquetebol inter-clubes.

Foi mais uma feliz iniciativa da benemérita Associação Cristã d«- .Mocos, graças ao espirito dinâmico do seuantigo diretor de educação física. Mr. Henry J. Sims.

Ardorosamente disputado, o campeonato teve como vencedor o quadro da própria Associação Cristã, de Mo-cos, sagrando-se vice-campeão o Clube Marinheiros de Villegaignon. Cm desfecho merecido, visto as turmasda A. C. M. e do C. M. V. terem sido as que exibiram maior número de conhecedores do esporte da cesta,aliás pouco difundido naquela época

LA NA RUA DA QUITANDA

O CAMPEONATO foi realizado no velho salão cie esportes da Associação, à rua da Quitanda n. 47. e neleserviram como juizes Mr. Henry J. Sims. da A. C. M., e Srs. Alfredo Koehier. do America, e SalvadorCalventi e Rizzo Batista, cio Internacional. A nota curiosa do ginásio residia nos suas colunas, levanta-

das ao centro, para sustentação do teto. Os jogadores já estavam acostumados com esse pitoresco detalhe edesenvolviam sua dextreza executando fintas na próprias colunas. . . Embora aeolehoadas. constituíam elas.não raro. motivo para acidentes, principalmente naquela época, em cpie o pouco conhecimento das regras per-mitia que imperasse o jogo ríspido, embora sem brutalidade. Havia, apesar de tudo. muita lealdade e espiritoesportivo, razão pela qual os pequenos choques eram sempre atribuídos ao empenho pelas vitórias.

ACELEIRO DE CRACKS

A C M tem sido legitimo celeiro de cracks. Nos seus primeiros passos, então, o basquetebol contoudecisivamente eom o apoio da veterana entidade. Para que fosse possível o campeonato <!<• 1915, porexemplo, jogadores acemistas foram espalhados pelos vários clubes da metrópole. Salvador Calventi, Joa-

quim "Magalhães Padilha, Alfredo Koehier. Rizzo Batista. Carlos Saintive e muitos outros elementos que ha-

Viam se iniciado com Mr Henry .1 Sims, foram cedidos a diversas organizações, o que não deixou, na época,de despertar ciúmes e queixas... Era o espírito elubistico que despontava...

A maior batalha travada em 1915, entretanto, foi a de convencer as diretorias dos clubes a permitir, nassuas hostes, a prática do basquetebol. Os opositores, com claros objetivos de desmoralizar o esporte da cesta,diziam ser êle... próprio para moças...

Com o correr dos tempos, porém, os que combatiam o empolgante Jogo foram diminuindo, até se transfor-marem em seus adeptos e simpatizantes.

QUATRO .SOBREVIVENTES

O QUADRO cia A. C M., campeão de 1915, obedecia ao comandotécnico de Mr. Henry J. Sims e contava com os seguintes joga-dores: Itagibe R. Novais, Romolo d'Alessandro, Lysias Rodri-

gues, Vítor Musafir, Silvio Lobo Viana, Vítor A, Augusto e Renato Eloide Andrade.

Desses sete heróis, Itagibe 1.. Novais, Silvio Lobo Viana e RenatoEloi cie Andrade já faleceram. O primeiro servia como capitão daequipe e era notável encestador. O segundo formava na "guarda",sendo, na época, estudante de medicina. E o terceiro, que também era"guarda", teve a ventura, posteriormente, de ser o disseminador ciobasquetebol nas Alter._i.sas, em virtude cie ter ocupado o cargo de Di-retor de Educação Física cio Estado de Minas Gerais.

Da gloriosa jornada, portanto, há quatro sobreviventes, que sãoVítor A. Auguste, Romolo d'Alessandro, Lysias Rodrigues e "VitorMusafir.

APRENDEU NO BRASIL

VITOR A Auguste é natural da colônia britânica de Santa Lúcia,

na America Central, c veio para o Brasil em 1911. Só em 1912,na A. C. M-, conheceu o basquetebol. Agora, com cinco

filhos e tpiatro netos, Vitor ainda aproveita as folgas domingueiraspara praticar esportes, inclusive um pouco de basquetebol. A vida aoar livre é outra preocupação, tanto que exerce, há dezoito anos, fun-ções de Chefe Escoteiro. E os seus três flilios homens, seguindo o exem-pio paterno, jogam basquetebol, luta-livre e futebol.

Falando com simplicidade, Vitor, oue é antigo funcionário daLight, declara:

— O que mais confortava em nosso tempo era a união. Cm por to-dos e todos por um. Despidos de vaidades, sabíamos estimular os com-panheiros. Possuíamos forte espirito de cooperação e dou um elo-quente exemplo: o então tenente Joaquim Magalhães Padilha, pai doconsagrado campeão Silvio .Magalhães Padilha, fazia parte da guarnl-ção de Villegaignon Esse distinto oficial da nossa Armada, com oapoio dos comandantes Coimbra e Frontin e para evitar os desregra-mentos dos marinheiros, cuidava de encaminhá-los para os esportesE assim, cooperando com o tenente Padilha, fomos ensinando aos ma-rujos os segredos do basquetebol, até que se transformaram em bonsjogadores.

Agora, uma nota curiosa: nossas vitórias eram festejadas com co-pos de leite, numa leiteria existente na rua 7 de Setembro esquina deGonçalves Dias. Nada de bebidas alcoólicas e de noites perdidas emfarra...

Flavio AI ica,teFLAVIO

Costa, quando jogador, nãoteve apenas o apelido (pie toda agente até hoje ainda lembra —

Alicate. Não, antes foi o Três Pulmões,que dizia bem da sua energia, lutandosempre pelo Flamengo com todas asforças, embora a técnica não o aju-dasse muito. Por isso, Flavio não foium crack, foi um jogador esforçado,que ficava lá atrás dando tudo. O Fia-mengo naquela época lambem nãoajudava muito, mas enfim as vezeshavia uma vitória de categoria paralevantar o moral No entanto, o hojeCênico tem duas historias a contar,em que o seu esforço levou o time avitorias sensacionais. A primeira foicontra o Vasco, partida que foi do Fia-mengo por três a zero, apesar da pres-são que o Vasco exerceu durante qua-se todo o tempo. No principio dessapartida a impressão que ficou até, foide que o Flamengo estava prestes alevar uma goleada homeriea. Contu-do o jogo foi se desenrolando, e a pro-porção que a.s ações tomavam vulto,o pivot rubro-negro mais crescia, maisse agigantava. No fim, quem fez osgols foi mesmo a linha, mas o "tapa-buracos*' Flavio Alicate é que foi ocondutor das jogadas. Outra vez foiem Montevidéu, o Flamengo enfren-tando um dos mais fortes adversáriosdo Prata. Flavio jamais quis aparecerde mais. porem naquele dia atuou comocrack. Recuava e avançava, passandoe travando, driblando os adversários.Foi crack só naquele dia, pois na vol-ta seu jogo continuou o mesmo, semespalhafato, sem alardes de grande*jogadas.

O Oima Esporttto

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•my.

mOCKÂCKDASM_iiii_#_iifc s

O quadro da Vssociaçáo Cristã de Moços, campeão dr- 1915. Em pé, Itagibe K. Novais(falecido), Vitor Musaflr, Silvio Lobo Viana (falecido) e Ilenry J. Sitns (técnico).Sentados: Lyslas Rodrigues c Romolo cPAlessandro.

DESPORTISTA ('()MPLETO

ROMOLO

d'Alfsrr.ndro. um •'aiu" dc difícil marcação, em fuce da rapidez das _uac investida.';.era estudante Açora, passados trinta e seis anos. Já com dois fühos •• doi.s netos, vamosencontra-lo exercendo ns funções de Diretor da Cln. Importadora de Máquinas "Comnc",— Sempre fui slmpfttlco ao America, clube pnrn o qual me transferi em lf)H), chegando :t

ser seu diretor dc basquetebol Também praticava o futebol e. mais tarde, deixando os esportesterrestres, dcdlquel-me ao remo, h natação o ao water-polo

No campeonato de 1915 afirma -- as equipes do Ginástico c do Silvio Leite eram relativa-mente fracas, mas oa jo-os com o Internacional" o América e o Marinheiros de Vlllogaie;non me-reclani cuidados

Usávamos mela;; comprida',, dessas de futebol, e supat03 de tênis. Só mais tarde vieram dou Es-tados Unidos a;; botinas apropriadas. Guardo uma doce recordação dessa jornada, que ficou Índole-velmente travada na minha vldn Uma campanha invicta: dez Jogos o dez vitórias

O \RTLLHEIRO IA SI \S

LVSIAS

Uodrir.ues, o "centro" da \ < M. e líder dos artilheiros do campeonato ii<< I!il">. com 13"pontos, era, na época, estudante de engenharia, Depois ingressou no Exército, chegando atenente-coronel Posteriormente transferiu-se para a Voronãut ica e vamos encontra-lo, agorano alto posto dc Brigadeiro, Uma entrevista previamente combinada no Clube Militar e eis o

Brigadeiro Lyslas Rodrigues prestando seu valioso depoimento:Aprendi a joL'.ir basquetebol no ano de 1Ü10, no Institui o Gammon, de Lavras, em Minas Cie-rais. com Mr llonney, un: norte-americano de físico excepcionalmente avantajado e que, porcurioso contraste, era casado com unia moça baixa e magrinha. Madame talvez coubesse no bolsode Monslcur . .

Mas não era so no Instituto Gammon que se praticava o esporte da cesta. No Instituto CarlotaKemper, Igualmente de Lavras, que era o departamento feminino, também se jogava basquetebol,no ano dc líJlO. Mas a iniciativa de Mr. llonney só mais tarde transpôs os muros desse, dois cole-gios. dlfundlndo-se pelo Kstado de Minas Gerais,

Meu aperfeiçoamento técnico, entretanto, só se verificou em FUI, na A, C. M . com Mr. IlenrySims. L no campeonato de Ií)15 live a suprema satisfação de ter sido o maior artilheiro, embora

reconhecendo o mento. (.uno encestadores de Rizzo Batista fio Internacional: de Wiliams Koury,do Silvio Leite; iie Heitor Novnis, do Ginástico; de Narciso Araújo, do Marinliniros; c de MoacirSilva, do Vmérica

O Brigadeiro Lysias Rodrigues não tem netos, tendo, entretanto, uma filha casada. Jornalistae escritor, vem se dedicando, ultimamente, as questões intelectuais. Anteriormente ie/ atletismono Flamengo o no Paulistano. Jogou basquetebol na Associação Atlética Ponte Preta, de s. Paulo.e construiu, por iniciativa própria, um pequeno estádio de esportes na cidade de Alegrete*, no RioCiando do Sul. para o que contou com a cooperação o o entusiasmo dos soldados da Aeronáutica

Lyslas Rodrigues encerra sua palestra:As vezes compareço aos espetáculos esportivos. ••Tono" pelo Flamengo de cujo quadro so-ciai faço parte, e continuo como "sócio espiritual" il.\ V C. M

(Conclusão da pâg. Li)O SEGREDO DE UM TRI-CAMPEONATOCampeão pelo Palestra, campeão pelo Santos, campeão pelo Atlético Mineiro e bl-campeão peloFluminense. Snndro. quo foi chamado o "crack da boa vontade" ingreKí;ou no FTumlnen.se em 37.participando de um total de vinte c nove jo^os no;; certames do 37 o . Sandro nunca jnipres-Blonou pela classe mos tinha o dom do decidir partidas complicadas.

FOGUEIRA Armando Baglinl, o Fogueira, ingressou no Fluminense em 193.'; Vinha apa-recendo bem quando se contundiu e teve que ficar à margem durante multo tempo Atuou quatrovezes no ano em que o Fluminense foi trl-campeáo tendo cumprido sua melhor ai acuo no marem que o Fluminense goleou o Bonsucesso.

CELESTE — Só uma vez Celeste Sar.padlnt figurou na equipe do trl-campeao no campeonatcd« 33. Contundlnclo-se na disputa do Torneio Municipal reapareceu na peleja do turno com oAmérica. Mas com tanto azar que su contundiu novamente. E assim teve que retornar a cerca ena cerca ficou at4 ao fim do campeonato. Celeste ingressou no Fluminense cm 1 de janeiro dc38. Apesar dt.sto. Já que o campeonato de 3? prolongou-se até 38. foi bí-crtnipeuo. Ai núncio umavez en. 38 e cinco no campeonato de 37. Celeste teve uni total de 6 joqos nos dois certames quo atuou

TIM - Elha de Padua Lima, o Tim, formou com Romeu a dupla Impressionante do timecampeão Atuando em todos os jogos do campeonato de 38, dezesseis ao todo. I Im em todos elesImpressionou, como tá havia impressionado no ano anterior pelas suas qualidades magníficas demalt.barlsta de. pelota. Fintadcr exímio c oaseador preciso, faltava a Tim urna só qualidade paracompletar o seu conjunto: a de "artilheiro". E esta Tim também mostrou possuir na temporadade 38 Tim Ingressou no Fluminense em 7 dc abril de 1937 sendo assim somente- bl-çampeão.Disputou vinte josos no campeonato de 37 e dezesseis no de 38 tendo assim um total dc trintae seis Jogos noa dois certames. ,, _ _„ _,_„.__

HERCULES — Em 1937 Hercules de Miranda foi cocnomlnado o "dtnamitador Em .talvez cm conseqüência do nadrao que lhe foi Imposto para o campeonato do mundo,

loiro" para Jogar mais para o conjunto. Só nos últimos Joros e quo oJcatirar novamente esultado é que subiu logo para

deixou deponta-es-prlmeln

dezena de goleadores tendo feito contra o Bonsucesso a sua exibição mais positiva. Hercules fotrl-campeao de fato tendo atuado quatorze vezes no campeonato do 38 e cinqüenta e três no total

ser "artllhfquerda resolvei

dósTrfis certames 'llercufes"ingressou

no Fluminense em 22 de maio de 1935.O TÉCNICO

^-^NDINO Mera veio para o Fluminense a título de experiência. Carlomagno, condutor doí

f I tír™T«^ vir i oaçh" uruguaio Ondir' algumas alterações no is"secretos E perdeu

campeonatos de 36 e 37. havia saído-e Carlos Nascimento sentindo por aem^J»^*-.» JJ,«atarefa, êle era apenas um técnlco-amador, mandou vir o coaçnficou uma semana observando e aisumiu o preparo do time. Fez

tema de Carlomagno acentuando as praticas individuais. Introduziu os treinos secretros ponto; em dfll$ Jogos A circunstancia alarmou um pouco a torcida tricolor. Mas logo o Umevoltou a brilhar V o técnico alcançou a consagração com duas cartadas de mestre: a alteraçatdo trio Biacante contra q Botafogo c? a Innlu.fto do Drant no match com o America.

O OtOIO EJTORTTfO

A HISTÓRIA de Fortes podia ser um livro de anedo-tas. Era um jogador diferente Tão diferente quenão surgiu outro parecido. Ou por outra: ninguém

admitiu que nenhum eraek imitasse Fortes A imitaçãotornou-se perigosa. Valia um penalty. pelo menos. ComFortes provocava risos e aplausos. Poucos recordam o epi-sódio de um match Vasco o Fluminense. "Dádá" atua-va de back marcando Ftussinho, o comandante obrigatóriodo selecionado carioca. Em um dado momento uma bolaalta cobro Fortes que saltara para cabecear. Kussinhoacompanhara a bola e invadira a área. Não havia tempopara Veloso defender. Era um gol eerto e a multidão jálevantava para comemorá-lo. Mas Kussinho não passou.Encontrou abertos os braços de Fortes que o apertaramem um abraço, em um abraço que durou o tempo neces-sário para Veloso defender a bola. Kussinho debatia-semus Fortes só a largou depois de beijá-lo na testa. Du-rante o minuto que se seguiu o estádio ficou em silencio,num silencio sepulcral O juiz hesitava entre dar e náodar o penalty Súbito a torcida do Vasco levantou-se, Ie-vantou-se e começou a gritar:

— Fortes! Fortes! Fluminense! Vasco!Passara o perigo e Fortes, sempre sorridente, fez uma

curvatura e agradeceu a ovação.Outra vez. Fortes atuando polo scratch carioca teve

do marear uni ponta capixaba Ouando um extremacorria de mais Fortes tinha um golpe infalível: dava-lheum golpe seco no tornozelo. E o extrema que iniciara ojogo a com quilômetros ;i hora passava a mal poder ca-minliar. .Mas o ponta capixaba era duro e Fortes, náoobstante usar de todos os seus recursos, não conseguiarefrear o seu entusiasmo Se as coisas continuassem comoestavam 'Dada" acabaria pregando, .lá não tinha maisvinte anos o nunca cuidara de preparo físico. .lá quasedando o prego Fortes teve uma idéia luminosa. Era nointervalo do primeiro. Fortes descansava de língua defeira, e o ponta capixaba estava descansando, lépido,dentro do campo, fortes aproximou-se dele e êle, respei-toso. levantou-se rápido. E "Dada", olhando para seuspés enormes, por sinal, começou a rir.

É curioso. . .O que é que o curioso, -seu'* fortes?L curioso como você joga com as chuteiras troca-

das. Não so embaraça e parece até que corre mais. Nuncavi, o olho que eu vi muitas coisas incríveis, coisa parecida.Veja como eu calco as minhas chuteiras: o pé direitocalça :i chuteira direita e o pé esquerdo calça a ehuteiraesquerda. Com voce. não, com você tudo é diferente.

Disse e afastou-se. O ponta capixaba ficou um mo-inento som saber o que fazer. Depois resolveu: trocariaas r.huleir ts. Dai por diante Fortes só se preocupou como meia. O extrema arrastava os pés sem compreendercomo jogava, melhor com as chuteiras trocadas.

Fina vez um árbitro julgou ter descoberto o segredod<- Fortes. F a cada intervenção sua apitava.

Que foi'.' — perguntava intrigado Fortes.Não sei o que foi — respondia o juiz — mas houve

alguma coisa cum toda a certeza. Você deve ter feito umfoul. Fu ponho a minha mão no fogo.

Há mais de vinte anos que "Dada" abandonou o fu-tebol. Jogou as últimas vezes a pedido. E muitas vezesdeixava de jogar porque estava caçando. O certo é que ofutebol não lhe oferecia mais atrativos. Tinha que que-hrar a cabeça para fazer alguma coisa que ainda não ti-vesse feito. Não podia, em todos os matches, abraçar Rus-sinho, mandar o ponta adversário trocar de chuteirasnem lazer outras coisas que só podiam ser contadas noouvido. A última anedota de Fortes como jogador de fu-tebol foi um penalty. Disputava-se um match insipido na"Chacrinha", Não se registrava um lance de emoção enem sequer um incidente cômico. Foi então que Fortesresolveu mudar a feição do match. Como? Aplicando,dentro da área, um golpe de catch no Coelho. Coelho, ohoje coronel Coelho, rodou, rodou e caiu estrepitosamenteno chão. O juiz marcou o penalty. O Fluminense com openalty perdeu o jogo.

Agora Fortes caça. Caça e pesca. Não se sabe qual otruque que emprega para caçar e pescar. Mas a aeredltarnaquele Juiz deve haver qualquer coisa,

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FÁBIO A. HREISEMNOV -,Joinville — Santa Catarina —1) — O team do Vasco, campeãodos campeões sul-americanos em1948, formou assim: Barbosa —Augusto e Wilson (Rafanelli) —Ely — Danilo e Jorge — Djalma —-Maneca — Friaca (Dímas) — Lelé(Ismael) e Chico. 2) — Os nomese idades pedidos são os seguintes:Oswaldo Ávila 31 anos e meio; Efi-gênio de Freitas Bahiense (Geni-nho) 33 anos; José Braga (Bragui-nha) 24 anos; Pindaro PossidenteMarconi 26 anos; João BatistaCarlos Pinheiro, 19 anos e meio;Antônio Machado de Oliveira (Péde Valsa) 27 anos; Albino FriacaCardoso, 27 anos; e Oswaldo Silva(Baltazar). 3) — Rejeitados os seusdesenhos de Maneca, Aquiles e Da-niio.

ANTÔNIO CARLOS N. REIS —Salvador — Bahia — 1) — O en-dereço do Flamengo é Praia doFlamengo 66-68 — Rio de Janei-ro. O da senhorita que o senhor ei-tou, particular, não sabemos. 2)— A camisa do Boca Juniors, deBuenos Aires, é azul com faixa

ILSnP f\7í

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BILHETES

Vassowrj*E V.',d

Augusto, 7\um desenho doleitor A. Leal, de Vassouras,

Estado do Rio.

ouro, horizontal. A do River Pia-to. também de Buenos Aires, ébranca com faixa vermelha cm diagonal. A camisa do Lanas é todagrenat. A do Colo-Colo, de Santia-go, é toda branca com o escudo nopeito, em azul e vermelho. 3) —Até o momento em que lhe respon-demos, o melhor zagueiro direitomarcador de ponta, neste campeo-nato de 1951, está sendo Biguá. doFlamengo. 4) — Estamos com aconsciência tranqüila. Na medidado possível enaltecemos com slnce-ridude o feito do Palmeiras. 5 —Desculpo, mas foram rejeitados to-df>s os seus desenhos: de Laerte,Cláudio, Bonlpertl, Castilho, César,Nestor, Santamarla, Fábio e Aqui-les.

LUCIANO AZEVEDO — Recife— Pernambuco — 1) — O quadroefetivo do Esporte Clube Recife nasua brilhante excursão de 1941-42formou assim: Manoelzinho — Sal-vador e Zago — Pitota — Furlane Castanheira — Dialma — Ade-mlr — Pirombá — Magri e Walfrtvdo. 2) — Os jogadores pernambu-canoa que estão atuando agoça noRio são: Ademir, Jorge e Amorim,no Vasco; Cldo e Almlr, no Fia-mengo; Orlando e Detinho, noFluminense.

1 ZKNITA COSTA — Itajaí — S.C^turína — Infelizmente náo po-demos atendé-la, pois náo temosnenhuma fotografia do atual teamjuvenil do Sao Cristóvão.

vl %, / 1\A, W _«SJ\/

____ J '\^5_(\Hi__l_\. ~~^^^ __Ék

Geninho. Desenho do leitorDalmo Mendes Faisca, de

Laguna, Santa Catarina.

fcfea___sla_Í___í§—HgS^______aa^ afl_S_S____8_ w:^v.M*St^ii_rri>wlífti v i "*yjgg

f â eôisa"está preta" | „ .i A* %*W****•— +"*~ I Rio sao: Ademir, Jorge e Amorim, \I Wm no Vasco; Cldo e Almlr, no Fia- 1

-v â ^^T****^ I iM mengo; Orlando e Detinho, no |^*****Jt ? ^^Wk ^\ Wí'\

GB

E I âÊíkVWáéÈk, JBS ÉI VELEIRO DE AREIA Em matéria de sp<.rt, tudo se pratica na Fio-I «Si I â B_7 fPS_ ü__? mO SN rUhu lncluslvt velejai na areia, com um iui« de três nxias. Quando o

III ^P «8 m ^mJ mmw» mmW ^mW WmW W& vento é fraco, um automóvel ajuda a saída, puxando-o por ai-gum tempo.

4* Q OVO» E390S070

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DO LEITORDe CARLOS ARÊAS

W* ^^k. ^\^^^^^^ -^mmXw^mWW 'ÊMM. I

K*l ^^^L ^^m\\\\m\\\+^ XmW rMw. Ji

Dicií, pe/o /apis de José Fcr-nandes, desta capital.

OROSEVIBO NO VAIS — Londrf-na — Paraná — 1) — Gago foi de-volvido pelo Flamengo ao Nacional,de Porto Alegre. 2) — O Flamengonao tem nenhuma revista no mo-mento. Teve hA anos, no tempodn presidência Padllha, mas clx-culou umas dez vozes apenas. 3T ~O quadro rubro-negro Já saiu nacon tru-capa.

JOSfc DE OLIVEIRA BRUM —Rio de Janeiro — 1) — A pior co-locação do Fhunengo foi a de 1934:último colocado no campeonato daLiga üitrlocu do Futebol. 2) — Apior colocação do Flumlnenae foia do campeonato de 1921: Lanter-na e disputando a eliminatóriacom o Viia Isabel. 3) A pior colo-cação do Vasco foi em 1942: sex-to lugar, atrás de Flamengo, Bo-tafogo, Fluminense, Madureira e8âo Cristóvão (empatados) e Amé-rica. E à frente apenas de Cantodo Rio, Bangu e Bonsucesso.

JOSÉ GUALBERTO CARDOSO— Base Acrea de Salvador — Ba-hia — 1) — Primeiramente, multogratos pelos elogios a esta revistae a esta secáo. 2) — Já divulgamostoda a campanha do Flamengo naEuropa. Uma campanha inegável-mente brilhante. 3) — N&o temos

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Barbosa, desenhado por W.Diniz França, de Recife

fotos para ceder. 4) — Nessa altu-ra do campeonato carioca o senhorJá deve ter verificado que o Fia-mengo poderá ser ainda campeão,mas também poderá náo ser... 5)— O endereço da sede social doFlamengo é Praia do Flamengo66-68 e do Estádio é Praça MarioRibeiro s/n. Para oe diretores o se-nhor deve escrever para a sede epara os Jogadores escreva para o

campo. O. K.? 6) —• O endereçode O OLOBO SPORTIVO é rufeItapiru 1209 — Rio de Janeiro.

ALBANO FRANCISCO RODRI-GUES — Rio de Janeiro — 1) —-O endereço do estádio do Flamen-go é Praça Mario Ribeiro s/n —Gávea. Pode escrever para lá queos jogadores receberão as suas car-Uts. 2) — O Fluminense tem doistrl-campeonatos: 1917 — 1918 —19 ;9 no amadorismo e 1936 —• 1937— 1938 no profissionalismo. O Fia-mengo foi uma vez só — 1942 —1943 1944. 3) — O Botafogo temum tetra-campeoriato, mas ao qualêle próprio náo dá maior relevo.Assim é que os alvi-negros foramcampeões da cidade em 1932 naAmea, competindo com todos osgrandes. E em 1933, 1934 e 1935, naclsáo surgida com o advento doprofissionalismo. 4) — O Flamen-go foi camoeão de basquetebol nosanos de 1919 «primeiro campeona-to oficial). 1932. 1933, 19^4, 1935,1948, 1949 e agora em 1951.

CABELOS BRANCOò.só tem quem quer

(títfcfo*,roíiaina

ALEXANDREKLEIA'^w0*! USA ENÀO MUDACABEIOSL quera os rido quer

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3* F,r "^ '' fcJ? *" ¦» —~^^^ * - ^J^^ii' " .&'*^ - jfc^- mt *' W X ^W Jmw -im*m*r a? Tf

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PELA EXPRESSÃO das garota», a coiaa vai de vento etn pòps, oaseja, há bastante vento para fazer o iate rodar na praia. Nào é precisoser moça bonita para praticar esse sport — mau só as bonitas sâo

geralmente fotografadas.

DEPOIS DO PASSEIO, qne pode náo ser sensacional nem perigosomas é divertido, as tripulantes entregam os corpos aos raios do sol,descansando do manejo das velas, ou dando simplesmente mais opor-

tunidades ao fotógrafo.ga-.ro. ¦¦ ———

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Newton deu tudo!Tudo fizeram os dirigentes técnicos do Flamengopara colocar em campo Bigode, para o grande en-coiitro com o Vasco, mas nem tudo correu de aeor-do com os desejos rubro-negros e quem teve queentrar em campo foi mesmo Newton. O veteranojogador, ainda de posse de seus conhecimentos téc-nicos, não dava muita tranqüilidade, contudo, emse tratando i\t- jogo tão vibrante. Tesourinha obri-gou-o a constantes deslocamentos c Newton aca-bava batido, quando tentava interceptar o ponteirotora da arca, mas não desanimava, e recuando, erana área (pie mostrava ainda estar em condições dcboas defesas. Mas aquele jogo corrido não era brin-cadeira para os "brotos", quanto mais para o sim-pático Newton, (pie no intervalo teve que pedir"soda" no vestiário ao Dr. São Thiago. E aí apa-rece o médico rio Flamengo, aplicando oxigênio emNewton, para que êle pudesse retornar no segundotempo com capacidade de agüentar o jogo, queaquela altura ainda estava empatado de um a um.Newton voltou e afirmou-se como um dos bons jo-gadores do quadro que depois foi o vencedor da

partida.

Os outros jogosNo iuitr'1 encontro dc . „tcgoria da rodada, quereuniu Botafogo e América na única partida de

sábado, o América, vindo de dois resultados ne-«ativos, surpreendeu <> Botafogo, roubando-lhea invencibilidade. Mareando um «nl cru cadalase. os rubros venceram bem os alvi-negros quejogaram tuna partida fraquíssima. Bangu venceuo Bonsucesso por três a uni, ainda rom dois golsanulados por Mario Vianna Em Niterói houve asurpresa da rodada, de vez que o Madureira Íoivencer o (anto do Kio em seu próprio redutoFinalmente, o Olaria venceu o São Cristóvão porquatro a dois, sendo de ressaltar o fato dos ai-vos marearem dois gols, pois. lá em Barlrl. A tábuade colocações sofreu sensível alteração, de vezque o Bangu ficou isolado na lideração, vindoem seguida, o Vasco, acompanhado do Flumi-nense, com dois pontos perdidos, em terceiroAmérica e Botafogo, com três pontos, em quartoolaria, com quatro, quinto o Flamengo, comcinco, sexto o Madureira. com nove. sétimo oSão Cristóvão, com de/, e oitavo, Bonsucesso eCanto do Kio, ambos com on/e pontos perdidos.(I lider dos artilheiros continua sendo„.Carlyle,com seus oito gols. seguido agora de Joel doBangu com cinco. A linha de frente mais posl-tiva é ainda a do Fluminense, com dezessetegols. seguida do Bangu, com treze, olaria eAmérica, com do/e, Vasco, com de/ e Flamengo,com nove A maior arrecadação foi a do matchVasco x Flamengo, com I milhão, trezentos ecinqüenta e nove mil quatrocentos e cinqüentae três cruzeiros.

} CAMPEONATO^SUL AMERICANO DE VOLLEY

da com duas vitoriasA estréia do Campeonato Sul-Americano de Voleyball foi marcasentantes do Uruguai por dois a um. triunfando no primeiro setganhar a "negra** espetacularmente por quinze a quatro. No encontro masculino, o Brás

brasileira! As nossas estréias levaram de vencida as repre-X'i perdendo o segundo por dezesseis a quatorze, para atinai

já que não houve necessidade de se disputar os cinco sets. .No primeiro"a marcação lóFquíSe"" /rés! no'!!^undó'" arK,',Ui""s* >H,r ,rt's a zcro<

quinze a oito. No segundo set a equipe brasileira sofreu total alteração, sendo que no terceiro voltaramfrancamente favorável ao Brasil.

(luiir/i' a on/e, e no terceiroalguns ases titulares c a partida ficou

- 0 GLOBO SPORTIVORevista semanal — Redação e Administração: Rua Itapiru, 1209 — Rio de Janeiro — Brasil — Caixa Postal 160:! — End. Telegráfico:"Globojuvenil" — Tel. 48-6287 — Direção dc ROBERTO MARINHO c MARIO RODRIGUES FILHO — Superintendente: HENRIQUETAVARES — Gerente: RUBENS DE OLIVEIRA — Secretário: ARTHUR TIIOMAZI — Serviço fotográfico de: INDAIASSÜ LEITE — ecolaboração dos ilustradores: OTÉLO e GUTEMBERG — Número avulso: ( r*s 3,00 — Assinaturas para todo o país registrado: semestral: Crf 80,00 — e anual Cr$ 156,00; porte simples: semestral, Cr$ 70,00 e anual Cr$ 130,00 -

— porte

_ SETEMBRO DE }^51

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VITORIA APÓS SETE ANOS

j/H^^^m^^^^^^9lKSÊ^^^^^^^Ii' *! rí: '<?* 7.1} >¦¦-¦¦¦ '¦''./¦>¦¦' ¦:'¦. J_ _ -yy.Sáo bem conhecidas as circunstâncias que da-vam ao encontro Vasco e Flamengo as caracte-tisticas de encontro-sensação dos últimos tem-pos. A liderança do Vasco, os cinco pontos per-didos do Flamengo, a historia dos sete anos dederrotas rubro-negras ante os cruzmaltinos, avinda dv Rubens, como crack-salvação, tudoisso junto deu aquela partida cheia de vibra-cão, com uma torcida imensa a gritar incessan-temente. No final, ganhou o Flamengo, pondopor terra a famosa "escrita", muito embora atéagora estejam os vascainos inconformados como lance discutido do impedimento de Friaça.

A_ partida empolgou toda aquela imensa mui ti-dão que afluíu ao Maracanã, fazendo oue pas-sassem quase despercebidos o.s erros técnicos,tanto individualmente como na parte do con-junto. Falhas houve, mas o espirite) de luta dasduas equipes, o Flamengo querendo ganhar, e oVasco não querendo perder, deu um colorido es-peclal ao encontro, fazendo-o sempre corrido,movimentado e com lances'interessantes de mi-nuto a minuto. No clichê o Flamengo em ae;ãona área cruzmaltina. Pulam Ely e Ciarei paratirar a bola de Iticiio, enquanto Esquerdinha,

mais atrás está na expectativa.

Na primeira fase, tivemos a impressão que o Vas-co estava mais armado em conjunto para luta,com capacidade, portanto, para não se tleixar en-volvei pelo entusiasmo com que se empregavam osrubro-negros. Não havia ainda sinais de nervo-sismo por parte elos cruzmaltinos c com a con-quísta do gol de abertura e mesmo com o em-pate conseguido pelo Flamengo o esquadrão vas-caino nao mostrou pontos vulneráveis em suaestrutura. Bastou, porém, que ne» segundo tem-po aquele gol de índio viesse dar a supremaciaao Flamengo, para que os jogadores cruzmalti-

nos se deixassem trair pelos nervos.

E foi por isso que não tiveram serenidade paraaceitar a marcação do árbitro Gama Malchér,invalidando um tento de Friaça. sob a alegaçãode impedimento. O lance foi discutidissimo emcampo e fora dele. e como o Vasco perdia pordois a um, e esse tento seria o do empate, o lan-ce passou a valer pela derrota do bi-campeão.Se deixarmos. jx>r pouco, de lado a decisão doarbitro nesse lance, iremos ver o descontrole dosjogadores do Vasco, que culminou com a ex-pulsáo de Danilo, acusado pelo árbitro de ofen-sas morais. No clichê vemos o juiz saindo cie

campo cercado por policiais.

O lance famoso verificou-se aos vinte minutos,quando o Vasco procurava a todo custo tirar avantagem do Flamengo, logo após o gol de In-dio. Tesourinha num de seus deslocamentos paraa esquerda, centrou para a direita. O bandeiri-nha acenou a bandeira, que seria para assinalarum impedimento de Edmur, enquanto o árbitroapitou também um of-side. mas de Friaça, jus-tamente o jogador que vinha correndo e reco-lheu a bola de Tesourinha para mandá-la ás re-des. Náo vimos impedimento algum no lancee o gol seria absolutamente válido. Gama Mal-cher, porém, afirmou que apitou o impedimentode Friaça. antes deste desferir o tiro que foi

às redes.

Já descontrolados, os vascainos ficaram irritadosapós o lance do impedimento de Friaça e da subse-quente expulsão de Danilo. Dai em diante, os cruz-maltlnos nao mais conseguiram readquirir o sanguefrio e a partida foi até ao final com aquele mesmoescore fixado aos vinte minutos. De nada valeu odescontrole cruzmaltlno e o Flamengo, então, donoda situação, ainda tentou várias vezes consolidar oseu triunfo, o que esteve a pique de acontecer. Ve-mos no clichê, um flagrante da chegada de Danilo,expulso, a entrada do túnel do Vasco, desolado ele<• desolados os cruzmaltinos. Ademir consolou o pi-vot. mas o ambiente naquele setor do estádio foi detristeza dai em diante, porque os dirigentes técnicos

Já viam nfio poder fugir mais à derrota.

Apesar de todo o acontecido, não se pode deixarele encontrar motivos para achar justa a vitóriado Flamengo, o Flamengo lutou com todas assuas forças, teve contra si aquela falha de Gar-cia no primeiro gol, que o Vasco náo soubeaproveitar, e com Rubens armando mesmo otime na sua estréia, superou o Vasco em empe-nho c entusiasmo, justificando assim os seus doisgols conquistados. I'«>r seu lado, o Vasco, semjogar mal, não reeditou a atuação frente aoFluminense, isso no primeiro tempo, em queesteve mais armado, e no segundo deixou-se en-

volver pela vibração dos rubro-negros.

Barbosa falhou no primeiro gol, largando a bolae teve também duas outras folhas em bolas ai-tas. Augusto e Ciarei sem falhas. Danilo foi omelhor da intermediária é sua expulsão acarre-tou o desequilíbrio do time. Ely e Alfredo esti-veram apenas regulares. No ataque, Tesouri-nha e Edmur foram os elementos mais ativos.Friaça retraiu-se ante a marcação de Biguá,enquanto Maneca e Ipojucan estiveram tambémapenas regulares. No clichê vemos um momentode perigo para a meta rubro-negra, em queGarcia teve que mandar a bola a corner, sob orisco de ir com bola e tudo para o arco, dado

o ímpeto de Friaça e Tesourinha.

No Flamengo, o único pecado de Garcia foiaquele gol em que a bola picou no chão e en-cobriu-o, entrando na meta. Biguá voltou aproduzir uma grande atuação. Newton, o vete-raníssimo, dentro das suas características delimpador de arca, foi uma grande figura. Briabom. Dcquinha regular. Rubens realmente ar-mau o ataque rubro-negro. sendo o jogador quefaltava ã ofensiva rubro-negra. Esquerdinha foioutra figura do ataque e índio e Adáozinho tra-balharam com entusiasmo. A torcida flamengacomemorou de forma espetacular a vitória doclube, após sete anos de derrotas em campeo-nato frente ao Vasco. Rubens foi carregado emtriunfo, num prêmio à sua estréia vitoriosa.

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