fundamentos da física - demonstrações especiais

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Demonstrações especiais Menu volume 1 Menu volume 2 Menu volume 3 1 Os fundamentos da Física 1 a ) MÓDULO DA ACELERAÇÃO CENTRÍPETA Considere um móvel descrevendo um movimento circular uniforme. Na figura repre- sentamos as posições dos móveis em dois instantes t 1 e t 2 . Vamos representar o vetor v v 2 v 1 . O ângulo entre v 1 e v 2 é igual ao ângulo θ entre os raios. R O R v 1 P 1 ( t 1 ) P 2 ( t 2 ) v 2 θ Sendo o movimento circular uniforme podemos escrever: v 1 v 2 v A semelhança entre os triângulos destacados fornece: v v v 1 12 12 corda corda R PP v R PP Considerando os instantes t 1 e t 2 muito próximos (t t 2 t 1 0), podemos supor que a corda P 1 P 2 coincide com o arco P 1 P 2 . Este, por sua vez, é igual ao produto v t. Assim, para t 0, temos: v R v t v v 2 t v R a cp 2 v R v v 2 v 1 θ

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Fundamentos da Física - Demonstrações EspeciaisRamalho - Nicolau - Toledo

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  • Demonstraes especiais

    Menu volume 1 Menu volume 2 Menu volume 3

    1Os fundamentos da Fsica

    1a) MDULO DA ACELERAO CENTRPETA

    Considere um mvel descrevendo um movimento circular uniforme. Na figura repre-

    sentamos as posies dos mveis em dois instantes t1 e t2.

    Vamos representar o vetor v v2 v1. O ngulo entre v1 e v2 igual ao ngulo entre os raios.

    R

    O R

    v1P1(t1)

    P2(t2)

    v2

    Sendo o movimento circular uniforme podemos escrever:

    v1 v2 v

    A semelhana entre os tringulos destacados fornece:

    v v v11 2 1 2

    corda

    corda R P P

    vR P P

    Considerando os instantes t1 e t2 muito prximos (t t2 t1 0), podemos suporque a corda P1P2 coincide com o arco P1P2. Este, por sua vez, igual ao produto v t.

    Assim, para t 0, temos:

    vR v t

    v

    v

    2

    tvR

    acp2

    vR

    vv2

    v1

  • Demonstraes especiais

    2Os fundamentos da Fsica

    F m vRP

    2

    F mP 2 R

    F mT

    RP 2

    2

    F mT

    RP 4

    2

    2

    Multiplicando ambos os membros por R2, vem:

    F R mT

    RP 4 2

    2

    23

    De acordo com a 3a lei de Kepler, temos que RT

    3

    2 constante e portanto

    4 2

    32

    TR

    tambm constante, o que indicaremos por C1. Assim, vem:

    F R C m F C mR

    PP 2 1 1 2

    Do princpio da ao e reao podemos escrever que a intensidade da fora que o

    planeta exerce no Sol dada por:

    F C mR

    S 2 2

    De e , vem:

    C1 mP C2 mS

    Cm

    CmS P

    1 2 constante

    2a) DAS LEIS DE KEPLER LEI DA GRAVITAO UNIVERSAL

    As excentricidades das rbitas elpticas, que os planetas descrevem em torno do Sol,

    so muito pequenas. Por isso, podemos considerar o movimento orbital circular.

    De acordo com a 2a lei de Kepler, esse movimento circular uniforme. De fato, ao

    varrer reas iguais em intervalos de tempo iguais, o planeta descreve arcos iguais. Assim,

    o mdulo da velocidade constante e a acelerao centrpeta. Sejam mP e mS as massas

    do planeta e do Sol e R o raio da rbita.

    t tS

    C

    D

    B

    A

    AA

    AB CD

    RF

    S

    ms

    F P

    v

  • Demonstraes especiais

    3Os fundamentos da Fsica

    A constante indicada por G, resultando:

    Cm

    G C G mS

    S1

    1

    Logo, substituindo-se em , vem:

    F G m mR

    S P 2

    3a) A EQUAO DE BERNOULLI

    O fluido existente entre as sees S1 e S2 estar entre S1 e S 2, aps um intervalo de

    tempo t. como se a poro de fluido de massa m, entre S1 e S 1, subisse, ocupando aregio entre S2 e S 2.

    Alm do peso P mg, agem na poro de fluido as foras de presso F1 p1 A1 e

    F2 p2 A2. Essas foras so exercidas sobre o fluido existente entre S1 e S2 pelo restante

    do fluido que escoa pela canalizao.

    Pelo teorema da energia cintica, temos:

    $P $F1 $F2 mv mv2

    212

    2

    2

    mg(h2 h1) F1 x1 F2 x2 mv mv2

    212

    2

    2

    mg(h2 h1) p1 A1 x1 p2 A2 x2 mv mv2

    212

    2

    2

    Sendo A1 x1 A2 x2 md

    , vem:

    mg(h2 h1) p1 md

    p md

    mv mv 2

    22

    22

    12

    dg(h2 h1) p1 p2 dv dv2

    212

    2

    2

    p1 dgh1 dv 1

    2

    2 p2 dgh2

    dv22

    2

    h2

    m

    S1

    x1

    x2F1p1

    v1

    p2 p2v2A2F2

    m

    A1

    S'1

    S2 S'2

    h1

    11

    2

  • Demonstraes especiais

    4Os fundamentos da Fsica

    4a) FRMULA DOS FABRICANTES DAS LENTES

    Vamos inicialmente calcular o desvio angular que aluz sofre ao atravessar um prisma de ngulo de refringncia

    A pequeno (at cerca de 10) e sob ngulo de incidncia i1tambm pequeno. Sendo A e i1 pequenos, resulta que r1, r2e i2 tambm so pequenos. Podemos, ento, aproximar os

    senos dos ngulos aos prprios ngulos em radianos. Pela

    lei de Snell-Descartes, temos:

    n1 i1 n2 r1 n1 i2 n2 r2

    Somando e , temos: n1(i1 i2) n2(r1 r2)

    Mas r1 r2 A. Logo:

    i i nn

    A1 2 21

    Porm, i1 i2 A. Portanto:

    1 21

    2

    1

    nn

    A A nn

    A

    Na figura representamos um raio de luz atravessando uma lente esfrica. Traando

    por I1 e I2 os planos tangentes s faces da lente, notamos que ela se comporta como um

    prisma de ngulo de refringncia A. Sendo a lente delgada e os raios de luz para-axiais,

    conclumos que o ngulo A, assim como os ngulos i1, r1, r2 e i2 so pequenos. Logo,

    podemos escrever:

    1 21

    nn

    A

    A

    r1 r2

    i2 N2

    N1

    n1 n1

    n2

    i1

    2 1 '

    r1

    i1I2

    r2 A

    A

    R1R2

    C'

    C

    I'2

    n2 n1n1

    O2

    N1

    N2

    F'O1I'1

    i2

    I1

  • Demonstraes especiais

    5Os fundamentos da Fsica

    No tringulo O1CO2, temos: A 1 2. Logo:

    1 ( )21

    1 2 nn

    Sendo a lente delgada, podemos considerar os pontos I1, I2 e C praticamente coinci-

    dentes, assim como I 1, I 2 e C. Nessas condies, os ngulos e so iguais.Assim, temos:

    Sendo os ngulos 1, 2 e muito pequenos temos:

    Tringulo O2I2O: 2 sen 2 d

    O IdR2 2

    22

    Tringulo O1I1O: 1 sen 1 d

    O IdR1 1

    11

    Tringulo F CO: tg dOF

    df

    Substituindo-se , e em , vem:

    df

    nn

    dR

    dR

    1 21 1 2

    1 1 1 121 1 2f

    nn R R

    5a) LENTES JUSTAPOSTAS

    Considere duas lentes delgadas L1 e L2 justapostas. A um ponto objeto P a lente L1conjuga um ponto imagem P 1. O ponto P 1 funciona como objeto virtual em relao

    lente L2, a qual conjuga um ponto imagem P 2.

    O

    f

    d

    O1

    R1R2

    O2F'

    I1 I2 C

    12

    O2O1

    L1 L2

    P P'1P'2

  • Demonstraes especiais

    6Os fundamentos da Fsica

    Como as lentes delgadas so justapostas, podemos considerar O1 e O2 coincidentes e

    cham-los simplesmente de O.

    Assim, sendo f1 e f2 as distncias focais de L1 e L2, respectivamente, podemos escrever:

    Lente L1: 1 1 1

    1 1 1

    1 1 1 1 1 1f PO P O f p p

    Lente L2: 1 1

    1

    1 1

    1

    2 1 2 2 2 2 1 2f P O P O f p p

    As duas lentes dadas podem ser substitudas por uma s (lente equivalente) de modo

    que a um ponto objeto P ela conjuga um ponto imagem P 2:

    Sendo f a distncia focal da lente equivalente, vem:

    1 1 1

    1 1 12 2f PO P O f p p

    Fazendo , vem:

    1 1 1 11 2 2f f p p

    Levando-se em conta , resulta:

    1 1 1

    1 2f f f

    ou

    D1 D2 D

    Assim, demonstramos que a associao de duas lentes justapostas apresenta vergncia

    D igual soma algbrica das vergncias D1 e D2 das lentes associadas.

    6a) RELAO ENTRE EPRX. e ESUP.Considere um condutor eletrizado e em equilbrio eletrosttico. Seja Psup. um ponto da

    superfcie e Pprx. um ponto externo e infinitamente prximo de Psup.. Demonstremos que

    Eprx. 2 Esup.

    OP P'2p'2p

  • Demonstraes especiais

    7Os fundamentos da Fsica

    Vamos dividir as cargas eltricas em excesso em duas partes:

    1a parte: cargas eltricas que se situam no elemento de rea A e que contm Psup.2a parte: demais cargas eltricas.

    O ponto Pint. interno e infinitamente prximo a Psup.

    Campo devido primeira parte de cargas

    Em Pprx. e em Pint. os campos diferem apenas em sentido.

    Em Psup. o campo nulo, pois Psup. o centro desta pequena

    distribuio de cargas.

    Pprx.

    APint.

    Psup.

    Campo devido segunda parte de cargas

    Os pontos Pprx., Psup. e Pint. podem ser considerados coinci-

    dentes, relativamente a esta segunda parte de cargas. Portan-

    to, o campo produzido nos trs pontos o mesmo E2.

    Pint.

    Pprx.

    Psup. E1

    E1

    Campo total

    No ponto Pint., o campo nulo. Logo:

    E1 E2 0 E1 E2

    No ponto Psup., temos:

    Esup. E2

    No ponto Pprx., temos:

    Eprx. E1 E2

    Mas de , vem: Eprx. 2E2

    De e : Eprx. 2Esup.

    Em mdulo, temos: Eprx. 2Esup.

    Pprx.

    Pint.Psup.

    E2

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