fotographos_n07

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Page 1: Fotographos_N07
Page 2: Fotographos_N07

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Page 3: Fotographos_N07

Explore selvas e contemple exóticos animais que cruzaramos olhares de Araquém Alcântara e Bento Viana.

Tema Prático

12 Natureza

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Equipamentos

Kodak

P880

Fuji

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pÁG.60

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1

2

Galeria - Imagens que inspiramMostre suas fotografias nas páginas da Fotógraphos.

Entrevista - Thales Trigoo ex-professor e fundador da primeira faculdade defotografia do País fala sobre a grade e a importância do curso.

Portfólio - Orlando AzevedoConheça as fotos do português que fotografou o coração do Brasil.

3

4

4

4

5

6

6

Expedição - Norte da índiaEspie as imagens e leia como o fotógrafo Fábio Elias alcançou osonho de chegar à índia. Ou, pelo menos, à região norte dela.

Ensaio - MúsicaWashington Possato canta as notas para cair naestrada e na graça da indústria fonográfica.

Artigo - "A gente pegamos na internet" (sic)Roberto Comodo fala sobre os direitos do fotógrafo que vêas imagens do seu site serem publicadas sem autorização.

Por Dentro da Luz - SalvadorViaje pelos maiores cartões-postais da capitale descubra o que essa cidade baiana tem.

Notícias - Mundo fotográficoo que acontece nas empresas, concursos,livros, exposições e serviços.

Cartas - A opinião dos leitoresMensagens recebidas pela redação da Fotógraphos.

Artigo - A fotografia como profissãoArmando Vernaglia Jr. traça o perfil do mercado de trabalho.

Page 4: Fotographos_N07

FOTÓGRAPHOS

Ameaçados de extinção

Dir. Editorial: Rodrigo Torres Costa

rod rig [email protected]

Expediente

Jornalista Resp.: Heitor Augusto

REDAÇÃO

Fotographos

Dir. Administrativo: Eduardo Aniceto Portella

ed ua [email protected]

,E impossível ver

as fotografiasde Araquém

Alcântara e Bento

Viana que ilustram

a matéria de capadesta edição enão se emocionar.

FOTO DA CAPA

Araquém Alcântara

São maravilhosos

registros da natureza, uma verdadeira celebração às belezas

da fauna e da flora do Brasil e do mundo que, com muito

orgulho, a Fotógraphos traz para você, leitor. Mas é importante fazer algo para proteger

a vida em nosso planeta, caso contrário, estamos todos fadados à extinção.

E, por falar em extinção, mais uma empresa de grande porte deixou o mercado

fotográfico, a Konica Minolta. Assim como todo o planeta, o mercado fotográfico

está em constante transformação e a esperança é de que seja sempre para melhor. Sem

dúvida, os mais preparados vão sobreviver à seleção

"natural" imposta pela revolução digital. Afinal, a

fotografia, assim como a vida, deve continuar.

Até O próximo encontro e boas fotografias!

Rodrigo Torres [email protected]

Colaboraram nesta edição:

Araquém Alcântara, Armando Vernaglia Jr.,

Eduardo Oliveira, Fábio Elias,

José Roberto Comodo, Roy Somech,

Silvana de Carvalho e Sandra Mastrogiacomo

PRODUÇÃO

Direçâo de Arte: Rodrigo Torres Costa

Projeto Gráfico: Art&Cia Propaganda e Mkt

Redação: Eduardo Oliveira

Revisão: Renata Consoli

Araquém Alcãntara

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FOTÓGRAPHOS • 04

Page 5: Fotographos_N07
Page 6: Fotographos_N07

sal outdoor fincado na

Ja Avenida, New York (EUA), foi

registrado com a compacta Sony

P92. A movimentação era típicade uma tarde de setembro, verão

norte-americano.

Page 7: Fotographos_N07
Page 8: Fotographos_N07
Page 9: Fotographos_N07

Financiamentodireto Focussujeito àaprovaçãode cadastro

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TUDO EM

Page 10: Fotographos_N07

THAlES TRIGO

Fotágraphos - Como nasceu o projetoda Faculdade de Fotografia?

Thales Trigo - A idéiade conceber o curso partiuda diretoria do Senac, essencialmente do diretor

regional Luiz Francisco de AssisSalgado. Ele me

perguntou que eu achava, já que eu trabalhavadesde 1991 na estruturação dos cursos básicos

da instituição. Alguns colegas da área e eu sem­pre pensamos nessa possibilidade. Mas achava

que seria muito complicado como, de fato, foi.Por volta de 1995, começamos efetivamente

a avaliar essa possibilidade e iniciamos uma

grande pesquisa.

Fotágraphos - Por que essa divisão?

Trigo -Achávamos que seria importante dar­

mos a possibilidade para o aluno optar entreum curso de formação mais técnica ou umcurso mais humanista.

Fotágraphos - Qual foi o passo seguinte?

Trigo - Quando as ementas foram concluídas,

o projeto foi para o Ministério da Educação

e Cultura (MEC). Mas, antes disso, o Kossoy

havia saído do projeto e eu passei a trabalhar

com o Marcos Lepiscopo, pedagogo, que

teve atuação das mais importantes, pois era a

pessoa que fazia as coisas acontecerem. Oucra

profissional que teve forte empenho foi a ilde

Carvalho. Ela nos ajudou a colocar tudo parafuncionar, com uma visão muito sensara .

Tínhamos também o apoio do Juan Pablo

Garulo Rico, gerente do Senac, que nos deutoral autonomia na realização do trabalho .

Fotágraphos - Como foi essa pesquisa?

Trigo - Convidamos 25 profissionais envolvi­

dos com a fotografia, em diversas áreas, como

o Boris Kossoy, a Rosely Nakagawa, o CarlosMoreira, fotógrafos, jornalistas, que deram

depoimentos sobre que achavam do projeto.

Todos foram unânimes em concluir queestávamos maduros o suficiente para ter uma

Faculdade de Fotografia. Depois, entregamos

um longo relatório para a diretoria do Senac.

Em alguns meses, ela sinalizou favoravelmente.

Nessa oportunidade, fui contrarado para fazer

o projeto e concluí que precisava fazer uma

parceria com alguém com formação mais

humanista, porque minha formação é física.

Foi aí que convidamos o Boris Kossoy, um

importante estudioso e pesquisador, e passa­mos meses elaborando o curso, detalhando as

disciplinas e a carga horária. Foi nessa etapa

também que surgiu a idéia de dividir o cursoem duas habilitações: Arte e Cultura e Foto­

grafia Aplicada.

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Thales Trigo

por Silvana de Carvalho

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FOTÓGRAPHOS • 10

Page 11: Fotographos_N07

Fotógraphos - De posse do projeto, oMEC demorou a dar a autorização?

Trigo - Sim, ficou lá um tem pão, foi naquele

período em que o presidente Iramar Franco

fechou o Conselho Superior de Educação

porque havia uma série de problemas, cor­

rupção ... Queríamos funcionar, mas havia

os impedimentos legais. Para o curso existir,a autorização do MEC é fator primordial. É

um processo demorado e só foi concluído em

1999, quando realizamos o primeiro vestibular.

Depois, em 2002, o curso foi reconhecido pelo

MEC, quando a primeira turma se formou.

Fotógraphos - Como foi a procura nes­se vestibular?

Trigo - A procura foi de 3,9 alunos para uma

vaga. Historicamente, a procura nesses últimosanos tem sido de 3,5 a quatro alunos para uma

vaga, com exceção deste ano, quando tivemosuma redução no número de concorrentes,

que foi de 1,7 aluno para uma vaga, situação

favoreci da pela economia brasileira, sentida

pelas universidades em geral.

Fotógraphos - Como o mercado rea­giu ao nascimento do curso?

Trigo - Muita gente comemorou, o mercado

de alunos se agitou, mas há sempre alguns

que têm implicância com a coisa, pois a

faculdade forma gente que vai competir com

quem, às vezes, não tem boa formação. Nossa

grade curricular é excelente, eu mesmo, posso

afirmar que gostaria de ter sido aluno da

faculdade, minha vida como fotógrafo teria

sido mais produtiva.

Fotógraphos - O curso foi sofrendo

mudanças ao longo dos anos?

Trigo - Estruturalmente, as disciplinas foram

modificadas no último ano, porque o Senacse transformou em Centro Universitário.

Três novas disciplinas foram introduzidas:Metodologia Científica, Sociologia e Filosofia.

Elas fazem parte de todos os cursos do Senac e

passaram a constar no curso de fotografia.

Fotógraphos - O curso teve mudançasem virtude da fotografia digital?

Trigo - De certa maneira nos adaptamos, sim.

Temos uma disciplina chamada Materiais e

Processos, dada em três semestres. Eu, que

sempre acreditei no digital e trabalho com essa

tecnologia desde 1996, ministro essa discipli­

na. O fato é que, quando percebi e convenci

os colegas de que era inevitável, essa disciplina

foi sendo adaptada.

Fotógraphos - Qual o perfil do estudan­te da Faculdade de Fotografia?

Trigo - Os alunos estão cada ve:zmais jovens.

Na primeira turma que tivemos, na parte da

manhã, havia muito aluno de 20 e poucos anos,

gente que já havia tentando outra faculdade

ou que já havia feito outra faculdade. A noite,

tínhamos alunos mais velhos, fotógrafos, pessoas

que trabalhavam e queriam uma formação.

O que acontece é que agora, tanto de manhã

quanto à noite, eles estão cada vez mais jovens.

Vejo isso como uma coisa importantem, pois

denota o fato de que a profissão começa a existir.

É mais aceitável hoje, para um jovem de 17

anos, entrar em uma faculdade de fotografia. As

famílias começam a entender que isso pode ser

uma profissão. Há, claro, aqueles mais velhos

que atuam na área e buscam pela formação, maseles são em menor número.

Fotógraphos - O aspecto artístico é ex­plorado em sala?

Trigo - O aspecto artístico é sempre estimula­do durante o curso. Arte e Cultura tem como

objetivo formar profissionais para trabalhar

com projetos pessoais, edição de fotografia,

curado ria, preservação de acervos, não é só

arte. É arte e toda essa cultura. Tem gente

que vai trabalhar em galerias, museus, edição.

Já a opção por Fotografia Aplicada é voltada

ao fotojornalismo, fotografia de arquitetura,

publicidade, social. Uma coisa é certa: desde

o começo, o curso traz uma carga de fotografia

prática considerável. Não dá para fazer foto­

grafia de cabeça, tem de fotografar.

Fotógraphos - Há necessidade de algumconhecimento prévio para ingressar?

Trigo - Não, o aluno entra e começa do zero.

Acho que a escola tem de ser assim mesmo.

Claro, é desejável que a pessoa tenha, ao me­

nos, pensado sobre fotografia.

Fotógraphos - Há retorno daqueles queestão formados?

Trigo - Sim, posso dizer com segurança que,

praticamente, todos os alunos estão trabalhan­

do com fotografia ou fazendo estágio, eventos,sendo assistentes, atuando em curado ria.

Fotógraphos - A que você credita o fatode não haver outros cursos superiores de

fotografia no Brasil?

Trigo - Um curso de fotografia exige muita

estrutura e não é qualquer instituição que

pode arcar com isso. Agora, talvez seja um

pouco mais fácil porque os laboratórios estão

FOTÓGRAPHOS • 11

THALES TRIGO

acabando e a fotografia vai ficar digital. Mesmoassim, há necessidade de um bom investimento

em equipamentos digitais e computadores.

Fotógraphos - Qual a estrutura?

Trigo - O Senac tem laboratórios de com­

putação, usados para tratamento de imagens.

Além disso, há quatro estúdios muiro bem

montados, com equipamentos de iluminação

e câmeras. Os equipamentos fotográficos

convencionais são completos. Na parte digital,

temos desde máquinas pequenas até as mais

novas e temos, também, um back digital daSinar. Poucas escolas têm isso. Quando somos

visitados por estrangeiros, eles ficam surpresos.

Outro motivo que me orgulha muito é a bi­blioteca. Ela fica cada vez melhor! Tivemos um

belo reforço quando ganhamos o material da

biblioteca da Casa da Fotografia Fuji.

Fotógraphos - Há alguma diferença fei­ta pelo mercado entre contratar alguémcom ou sem diploma?

Trigo - Não. A diferença entre um e outro fotó­

grafo vem da qualidade do porúólio. Fotógrafo

é contratado por porúólio. Na fotografia, nunca

se exigiu diploma e sou contra a exigir.

Fotógraphos - Qual, então, a principal

vantagem de cursar a faculdade?

Trigo - Não dá nem para comparar a formação

de alguém que cursou a faculdade e alguém que

fez outrOS cursos de forografia. Só a carga ho­rária mostra isso: a faculdade tem 3.600 horas

de curso. Além disso, há a vida universitária,

que muda muito a gente. Outra vantagem

de fazer a faculdade é que, dessa forma, a

profissão é reconhecida, e o fotógrafo pode

ter uma empresa que é ele mesmo, chamadauniprofissional, de um dono só. Acho que isso

faz uma enorme diferença.

Fotógraphos - Falando em empresa,como a faculdade prepara o aluno para omercado de trabalho?

Trigo - Temos duas disciplinas que formam os

alunos para os negócios: Direito e Legislação e

Administração e Marketing.

Fotógraphos - Como você avaliaa expe­

riência de ter participado desse projeto des­de o embrião e a forma como ele evoluiu?

Trigo - Aprendi muito e acho que a faculdade

tem cumprido o seu papel. Não sou dessas

pessoas que acham o aurodidatismo legal. Éimportante, sim, ter acesso a uma boa escola

e a bons professores. •

Page 12: Fotographos_N07

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Page 13: Fotographos_N07
Page 14: Fotographos_N07

NATUREZA

um bom fotômetro emburido na câmera e

um foco automático rápido e preciso.

Para quem deseja fotografar a natureza

bem de perto, registrando os ricos detalhes

que, muitas vezes, se escondem a olho nu,

é imprescindível o uso de algum desses

itens: objeriva macro, tubo de extensão, te­

leconversor ou filtros close-up (leia matéria

especial sobre macrofotografia, publicada

na 3a edição da Fot6graphos).

Quando visitar lugares ermos, planeje

muito bem a expedição para não ficar sem

filme, cartão de memória ou pilhas.

Para fótos de natureza, o ideal é utilizar SLR

- de filme ou digital- que seja, de preferência, resistente

à água e à poeira. Por segurança, alguns fótógrafós optam,

também, por levar uma câmera totalmente mecânica para

uso em condições extremas de temperatura e umidade, em

que equipamentos eletrônicos podem apresentar jàlhas.

Para percorrer grandes distâncias com toda a "tralha"

(câmeras, tripé, objetivas, acessórios) de modo confórtável, nada

melhor do que uma boa mochila à prova d'água. Além de

permitir que suas mãos fiquem livres, ajuda a proteger seu equi­

pamento dos insetos, da água e de outros elementos indesejáveis.

Um fótógrafó de natureza deve estar sempre bem preparado;

por isso, alguns acessórios não devem jàltar na bagagem: filtros para objetivas

(polarizador e graduado, principalmente), lanterna, kit de limpeza da lente,

canivete, baterias extras, filmes ou cartões de memória sobressalentes, troca de

roupa para emergência, kit de primeiros socorros e, claro, um bom repelente.

Qual eq I a ?o que não pode faltar na bagagem em uma expedição.

Um dos principais companheiros dos fótógrafós de natureza. Deve

ser leve e resistente (os melhores costumam ser de fibra de carbono) e oferecer

boa mobilidade. Um bom tripé (ou também um monopé) pode evitar fótos

tremidas, principalmente quando se utiliza teleobjetivas em situações de

pouca luz, que exigem velocidades de disparo mais lentas.

FOTÓGRAPHOS • 14

As mais indicadas são as grande-

angulares, para tomadas mais abertas (normalmente

utilizadas em fótos de paisagem), e as teleobjetivas, para

fótos de animais e motivos mais distantes (ou quando se

pretende isolar alguma parte da cena). Para situações de

luz crítica, como em matas fechadas, recomenda-se o uso de objetivas mais luminosas

que, embora mais caras, costumam apresentar melhor qualidade óptica.

Embora seja possível registrar os

principais remas da narureza com prati­

camente qualquer equipamento, para nãoficar limitado, o ideal é fazer uso de uma

câmera SLR e de um kit de objetivas que

inclua, pelo menos, uma grande-angular

(28 mm ou menos) e uma teleobjetiva de

longo alcance (200 mm ou mais).

Em siruações em que o tempo pode

significar o sucesso ou o fracasso de umafoto, ou até o menor ou o maior risco de

morte do fotógrafo, uma zoam pode ser

bastante útil. Outros grandes aliados são

Page 15: Fotographos_N07

A atitudeo verdadeiro fotógrafo de natureza

Uma pequena coisa quefaz uma grande diferença.

o fotógrafo de natureza deve ter cons­

ciência de que, para superar as inúmeras

advetsidades que podem surgir no dia-a-dia,

suas atitudes devem ser ao mesmo tempo de

determinação e de tesignação.

Como não possuímos domínio sobteos elementos e os fenômenos naturais, ter

paciência é requisito básico para evoluir

nessa fascinante modalidade da fotografia.

Muitas das belas fotos de natureza quevemos em livros e revistas são, na vetdade,

o resultado de muita pesquisa, dedicação

e, literalmente, transpiração por parte dos

fotógrafos que as produziram.

Estar sempre muito atento é funda­

mental, pois, num piscar de olhos, a ilumi­

nação de uma cena pode mudar drastica­

mente ou um animal raro pode escapar "da

mira". Para capturar o momento mágico, é

preciso muita persistência e disposição. De

acordo com Araquém, "em alguns casos,

é preciso retomar a um lugar várias vezes

para conseguir um bom resultado".

Nada melhor do que se inspirar no

exemplo de Araquém Alcântara para

entender que significa ser fotógrafo de

natureza e quais as implicações para

quem decide se aprofundar no assunto.

Embora dependa do objetivo e do

nível de comprometimento de cada um,

para desenvolver um trabalho sério, "é

preciso ter a astúcia do caçador, a paci­

ência do pescador e a contemplação de

um monge zen. Tem de mergulhar com

tudo, sem ver se dentro da piscina existe

água. Pular obstinadamente", define

Araquém, com a autoridade de quem

produz belíssimos registros do Brasil hámais de 35 anos.

Além disso, o fotógrafo de natureza

tem de assumir o papel, muito impor­tante, de tentar melhorar o mundo

com suas imagens. Para Araquém, ele

"tem de ter ideologia definida, tem

de ser humanista e acreditar na força

transformadora da sua linguagem".

Afinal, a fotografia é um importante

instrumento de divulgação das belezas

FOTÓGRAPHOS • 15

naturais e também

dos atos impensadosdo ser humano.

Foi baseado nessa

ideologia que o fotó­

grafo lançou, recente­

mente, o livro Amazônia, um protestocontra o descaso das autoridades e da

apatia das pessoas diante do problema de

devastação que a região vem sofrendo já

há algum tempo.

em ação. Para

ele, 'ofotógrafo de natureza deve estar sempre

fazendo história, antropologia, ecologia e, prin­

cipalmente, mostrando a vida de seu país':

Page 16: Fotographos_N07
Page 17: Fotographos_N07

Fotografando a vida e os costumes dos bichos.

Vida animal

A natureza é uma fonte inesgotável

de assuntos fotográficos. Paisagens, seres

humanos, animais, água, insetos, flores

e plantas, enfim, são muitos os temas a

explorar e que podem exigir técnicas e

equipamentos apropriados.

A fotografia de bichos é, sem dúvida,

uma das mais difíceis, principalmente

quando se trata de fotografar em matas fe­

chadas e com pouca luz. Nesses casos, uma

objetiva luminosa, um tripé e também uma

regulagem ISO mais elevada podem ajudara evitar fotos tremidas. Mesmo assim, em

algumas situações, pode ser necessário

prender a respiração e tentar manter a

câmera imóvel enquanto o registro é feito,

torcendo para que o bicho também não

faça movimentos bruscos.

Pesquisar e estudar sobre os animais e

seu hábitat ajuda a reduzir riscos e pode

significar o sucesso da expedição. Muitos

felinos, por exemplo, preferem dormir

durante o dia e andar pelas matas durante

a noite. A companhia de um mateiro (in­

divíduo que, por sua grande vivêneia em

matas cerradas, trabalha como guia para

outras pessoas) ou então de um biólogo

que conheça os costumes do animal a ser

fotografado também pode ser de grandeutilidade nessas horas.

Muitas vezes, o fotógrafo fica cara a

cara com animais selvagens extremamente

perigosos. Em alguns desses casos, quando

o risco é realmente muito grande, não dá

para dispensar a presença de um atirador

que garanta a integridade do "caçador de

imagens". Para Araquém, acostumado

a situações de perigo na mata, esses mo­

mentos exigem uma atitude de sabedoria

e paciência: "A principal

técnica de aproximação

de fotografia de naturezaé não olhar nos olhos dos

animais. É preciso tam­bém checar o vento. O

cheiro do ser humano é

muito estranho e desagra­

dável para os bichos; por­tanto, ir contra o vento é

favorável", explica.

Mas os perigos natu­

rais não afugentam esses

destemidos "caçadores":"Dentro da mata, nuncasenti medo. Ando à noite

com tranqüilidade. Eusinto medo na cidade.

Tenho mais medo do

'bicho-homem''', avalia o

fotógrafo Bento Viana.

FOTÓGRAPHOS • 17

..•. As zebras e os antílopes africanos

que aparecem no fUndo da foto pisam a maior

cratera vulcânica do mundo. A região tem o

atípico nome de Ngorongoro e está localizada na

África Oriental. O registro foi feito sobre um jipe

em movimento, pois as terras são consideradas

sagradas. O único povo que tem permissão para

pisá-Ias são os Mansais. Câmera Nikon N90

com objetiva de 300 mm e abertura f/5. 6.

Roy .5.. www.NYvisual.com

Page 18: Fotographos_N07

o 'lIbicho-homem"A relação do ser humano com o seu hábitat.

Talvez pelas suas atitudes destrutivas em relação ao meio

ambiente, o homem não nos venha à mente quando falamos em

fotografia de natureza. "Existe uma corrente que diz que o homem

é uma coisa e a natureza é outra. Mas, para mim, o homem é um

fio dessa teia de interações, embora, muitas vezes, minha paisagemnão mostre nenhum elemento humano", esclaresce Bento Viana.

A relação do homem com o seu meio, como ele vive, seus

anseios, as festas, enfim, tudo isso faz parte desse abrangente ramo

da fotografia e, Araquém vai ainda mais longe: "O fotógrafo de

natureza é um poeta, um humanista, um viajante", resume.

Page 19: Fotographos_N07

Dando asas à fotografiaPássaros e insetos são ótimos motivos para registrar.

E

8~?z

~.,;

Como o Brasil é um dos países mais

ricos em população de aves e possui algu­

mas espécies endêmicas (que não existem

em outros países), temos uma enorme

diversidade de "modelos" à disposição.

Embora fotografar pássaros e insetos

voadores possa ser uma atividade extre­

mamente compensadora, não se trata

de uma tarefa tão simples, como pode

parecer à primeira vista.Por conta das características desafiado­

ras do assunto - os "modelos" estão, no r-

malmente, localizados a longadistância e movimentando-se

com rapidez e agilidade -, énecessário utilizar récnicas

especiais de posicionamento e

de fotografia, além de dispor

de equipamento específico

para tal finalidade, como foco

automático e teleobjetivas

luminosas de longo alcance(200 mm ou mais).

Fotografar pássaros e in­

setos requer, do fotógrafo, uma boa dose

de reflexo e de paciência. Para congelar osmovimentos, a velocidade do obturador

deve ser a mais alta possível. Portanto, pro­cure utilizar ISO mais elevado e maiores

aberturas de diafragma.

Para não espantar seus "modelos",

alguns fotógrafos utilizam camuflagemnatural ou então uma blind, barraca

camuflada, com vários buracos para po­

sicionamento da objetiva. Nesses casos, o

disfarce pode garantir o tiro certo.

FOTÓGRAPHOS • 19

.•. O gafanhoto foi capturado no pulo,com as asas abertas diante das lentes do

fotógrafo. Considerado por muitos agricultores

como uma praga, estefoi encontrado no meio

da caatinga baiana, no Raso da Catarina.

Câmera Nikon F5, teleobjetiva de 200 mm(j/4. O) efilme Provia ISO 100.

Page 20: Fotographos_N07

NATUREZA

FOTÓGRAPHOS • 20

Page 21: Fotographos_N07

NATUREZA

Terra, IIplaneta água"Um grande desafio para os fotógrafos de natureza.

Como % da área do planeta é coberta

POt água, é impossível falar de fotografia

de natureza e passat batido POt esse

assunto. Apesar de que em muitas fotos

de paisagem a água seja uma mera coad­

juvante, em tantas outras ela passa a ser o

motivo principal.

Seja próximo a um rio, a um lago ou

ao mar, o ângulo do qual você registra a

cena pode causar uma gtande mudança nas

cores e na textura da água. Para eliminar

reflexos indesejados, além de alterar o seu

posicionamento, o fotógrafo de natureza

pode fazer uso de um filtro polarizador que,

dependendo das condições, reduz ou até

elimina esse problema. Incluindo a água em

suas fotos, é preciso tomar cuidado ao fazer

o cálculo de exposição, fotometrando em

áreas mais confiáveis (uma mata próxima,

por exemplo). Nesses casos, uma câmera

com medição pontual (spor) pode ser de

grande utilidade.

Paisagens com água em movimento

também têm grande charme e são um

atrativo extra para os fotógrafos, pois

possibilitam uma infinidade de efeitos,

dependendo das regulagens de velocidade

~ Golfinho vermell]o do Atlântico,

fotografada em !lhabela (SP). Araquém utilizou

uma câmera Nikon F5 e objetiva 80-400 mm,

conseguindo um foco pe1fiito no bico do mamíftro.

do obturador. Quanto menor a velocidade,

mais borrado fica o movimento da água.

E não pára por aÍ. Além de ser um

bom motivo fotográfico por si só, a água

(neste caso, o mar) possui flora e fauna

muito ricas - plantas e peixes coloridos,

golfinhos, tubarões, tartarugas, baleias e

por aí vai. O mundo subaquático é tão ou

mais rico em possibilidades fotográficas

quanto o mundo terrestre.

Por tudo isso, mergulhar nas profun­

dezas desse ramo da fotografia representa

uma experiência Ímpar para os seus pra­

ticantes. É ver para crer.

..•. Filhote de tracajá, tartaruga de

água doce encontrada sob algumas folhagens.

A cena com sombras fortes exigiu que o

fotógrafo deitasse no chão e cLicassea 1/15s,

com o diafragma em j/2.8. O registrofoi

jeito em Juntá (Acre) com uma Nikon F5,

objetiva macro 105 mm efilme Provia 100.

\!_ l~.i',

"Busco lugares que ainda não sentiram o peso do dedo do ser humano" (Bento Via na)

FOTÓGRAPHOS • 21

Page 22: Fotographos_N07

o horizonte ou os elementos principais

nesses terços da imagem, pode ser um

ponto de partida, mas está longe de ser o

segredo do sucesso. Para que o fotógrafo

desenvolva uma linguagem pessoal na

fotografia de natureza, é importante não

ficar preso à regras.

Nessa busca, não basta deparar com

uma paisagem paradisíaca. O ato de con­

templação é fundamental para encher a

mala com belas imagens.

Para quem deseja obter mais do que

registros banais de paisagens, "é preciso

, digno de um safiíri, não

fica na Africa. É um pedaço do cerrado do Rio

Grande do Norte, na cidade de São Rafael. A

vegetaçãofti enquadrada com uma objetiva

de 20 mm (jl2.8) e câmera Leica R6.

proporcionar não é tarefa fácil, mas algumas

dicas podem ajudar bastante.

A regra dos terços, que consiste em divi­

dir a cena em três partes iguais e posicionar

F ogr ndo paisEscape do lugar-comum em suas composições.

Dentro do assunto "natureza", as pai­

sagens são, provavelmente, o objeto mais

explorado pelos fotógrafos. Entretanto, ex­

plorar todo o potencial que esse tema pode

FOTÓGRAPHOS • 22

Page 23: Fotographos_N07

NATUREZA

No

Photoshop, dique Crtl+L para acessar o

comando "levelr': Se houver espaços entre as

pontas do histograma e as margens do grdfico,

alguns ajustes são necessdrios.

ma.5ia.oQ~@

Clique

Ctrl+ U para acessar o menu "Hue/Saturation"

do Photoshop. Arraste o triângulo do meio para

à direita, até conseguir o efeito pretendido,

tomando cuidado para não exagerar. Quando

estiver pronto, dique em "OK':

Aumente o contraste

da imagem, eliminando os espaços existentes

entre as pontas do histograma e as margens do

grdfico. Basta dicar e arrastar os triângulos

indicados na figura acima.

Efeito Velvia digitalDê mais vida às suas fotos digitaiscom programas de computador.

Câmeras digitais

costumam gerar ima­

gens mais "achatadas" ecom cores menos vIvas

do que aquelas obtidas

com filme. Aprendacomo resolver esse

problema utilizando o

Adobe Photoshop.

Reduzira

exposição da fOto toma as cores mais ricas.

Para fizer isso, dique e arraste o triângulo

central do histograma para a esquerda, mas

tome cuidado para não exagerar na dose e

depois aplique os ajustes, dicando em "OK".

o--~

.:r..~ ••• ~rz;-

castigar os olhos diariamente. Fotografia

é sentimento, é percepção. A técnica deve

estar a seviço da inspiração", sentencia

Araquém Alcântara.

Embora seja possível fazer belas fotos

de paisagem ao meio-dia, são nas primeiras

horas da manhã ou no fim de tarde que a

luz ganha cores especiais, tons mais quen­tes e contraste mais acentuado, conferindomaior drama ticidade ao resultado final.

Em determinadas situações, alguns fil­

tros podem ser grandes aliados, mesmo que

o cuidado para não cometer exageros na sua

urilização seja também muito importante.Para deixar as cores mais saturadas e vivas

ou, ainda, para destacar as nuvens brancas

do céu azul, utiliza-se o filtro polarizador.Em casos de excesso de contraste na cena

- como a acentuada diferença de lumino­

sidade entre o céu e o primeiro plano, por

exemplo -, pode-se utilizar um filtro de

densidade neutra graduado.

Partindo para o lado artístico da foto­

grafia de paisagem - o da composição -,

além de se ater apenas "ao todo", fazendo

enquadramentos mais fechados (de deta­

lhes), pode-se conseguir ótimos resultados

(veja foto abaixo).

Para obter uma boa profundidade de

cam po e garan tir o foco em toda a cena,

é preciso fechar o diafragma ao máximo(f/U ou f/16), mas muitas fotos interes­

santes de paisagem também podem ser

feitas com grandes aberturas, causando

desfoque proposital em áreas da imagem(foco seletivo).

Regras à parte, o importante é conci­

liar técnica e arte em registros que sejam

capazes de causar emoção nas pessoas.

, a poucas

horas de Cusco (Peru). A brisa suave e a

luz do crepúsculo na Cordilheira dos Andes

renderam ao fOtógrafO uma bela composição

da plantação de trigo. Câmera N90, lente

300 mm (4.0) e filme Velvia 50.

FOTÓGRAPHOS • 23

Page 24: Fotographos_N07

NATUREZA

A respi ação da vidaRegistrar as belezas nÇlturais é apenas o começo.

.•. O panmng do cavaleiro encourado,

um sertanejo do Raso da Catarina (RN), foi

fotografado com ajuste de 1/15s (obturador)

efl8 (diafragma). Registrofeito com uma

câmera Nikon F5 e objetiva 80-200 mm.

A ac nha,formadapela

correntede água, fica próxima à Chapada

da Diamantina, mas é uma área de diflcil

acesso. A mágica esconde-sea um dia

de caminhada pela mata, uma noite na

encostado rio e mais algumas horaspela

manhã. A imagem da próxima página foi

clicada com uma Nikon F5, objetiva 17mm, tripé efiltro polarizador.

Como é possível notar, a natureza

é um assunto muito rico e pode render

muitas edições da Fotógraphos. Trata-se

de um tema que inclui vários subassuntos

da prática e da técnica fotográfica. Alguns

deles (paisagens, macrofotografia) já fo­

ram abordados com maior profundidade

em edições anteriores e outros (fotografia

subaquática, de pássaros e borboletas)

estarão futuramente em nossas páginas.

O mais importante, talvez, é entender

que registrar a natureza pode significar

muito mais do que produzir belas fotos

de paisagens ou animais. As imagens

desta matéria, produzidas por fotógrafos

extremamente ralentosos e persistentes

em sua busca, deixam claro que fotogra­far a natureza é celebrar os encantos das

florestas, os encontros das águas e o vôo

dos pássaros. É ficar cara a cara com um

animal selvagem e saber que o risco e o

esforço valem a pena, e o seu trabalho vai

FOTÓGRAPHOS • 24

ser visto pelas pessoas, causando emoção e,

mais ainda, comoção em muitas delas.

A fotografia de natureza pode, e deve,

sensibilizar a sociedade na esperança de

que a relação dos homens com o meio am­

biente seja repensada. "A força do homem

sobre a natureza é muito forte. Quero

mostrar que é possível ter uma mudança

de atitude e preservar as riquezas do pla­neta. Afinal, se continuar assim, o homem

vai entrar na lista das espécies ameaçadas de

extinção", resume Bento Viana. •

Page 25: Fotographos_N07
Page 26: Fotographos_N07

ORLANOO AZEVEDO

Orlando Azevedo

Um olhar lusitano

sobre o Brasil.

por Silvana de Carvalho

O uando o fotógrafo Orlando Azevedoera cnança, com apenas quatro anos,

ele já tinha o hábito de viajar pelas

imagens que circulavam dentro de sua

casa, em Açores, Portugal, publicadas pelo

principal veículo de informação cultuado

pelo avô e, mais tarde, pelo pai: a revista

National Geographic.

As horas de deleite passadas na biblio­

teca com a coleção que arrebatou seu olhar,

certamente, inspiraram e modelaram a car­

reira que, hoje, soma 26 anos de dedicação

profissional à imagem. "A fotografia me

escolheu", diz, relembrando a precocidade

de seu relacionamento com o que viria a ser

sua profissão. "Com 13 anos, já fotografavae, aos 14, tinha laboratório."

A experiência acumulada como fotó­

grafo e curado r - ele foi diretor de Artes

Visuais da Fundação Cultural de Curitiba,

na década de 90, sendo responsável pelacurado ria de três Bienais Internacionais

de Fotografia - não faz diminuir o entu­siasmo e o exercício do autoconhecimento

que acompanham seus diques. "Fotografo

o outro para me decifrar e descobrir", diz

Azevedo que, ainda neste mês, comemora

o fim das viagens da Expedição Coração do

Paraná, mais um projeto que o colocou

T O amanhecer no Rio Preguiças pertence

ao ensaio Expedição Coração do Brasil.Foto capturada com uma Hasselblad, objetiva

155 mm efilme cromo VS da Kodak.

em contato direto com a luz das cidades

e personagens brasileiros peculiarmente

esculpidos pelo seu olhar.

Com a equipe formada pelo jornalis­

ta Jeferson Jess, pelo cinegrafista e diretor

de imagem André Slomp de Azevedo e

pelo produtor Marco Aurélio Jacob, ele

percorreu mais de 100 municípios do in­

terior do Paraná, registrando, em mais de

10 mil imagens, os patrimônios humanoe natural encontrados durante os cinco

"E preciso transgredir. É

preciso rasgar o casulo e

alçar o pólen do vôo da

liberdade. É preciso que o

silêncio da imagem seja o

grito que guardamos."

FDTÓGRAPHOS • 26

Page 27: Fotographos_N07

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LZ•SOHdlt~8910~

Page 28: Fotographos_N07

ORLANOO AZEVEDO

s ca e e exos

na interpretação de mito do

fotógrafo. O trombone de varaanimava a Festa do Divino, em

Pirenóopolis (Goiás). Registro

jeito com uma câmera LeicaR6 e lente de 60 mm.

o C O n a aré, em Belém do

Pará, rendeu ao fotógrafo o retrato de uma

clara devoção religiosa. Os homens da .foto

se apertam e se aprisionam entre si mesmos

para segurar um pedaço da corda e seguir a

longa procissão com um elo de fé às mãos.

meses de escrada. "Esses dois temas me

fascinam e instigam. São duas constantes

em minha carreira", explica.

A escolha do roteiro não ocorreu por

acaso. O Estado paranaense recebeu Aze­

vedo e sua família ao chegarem ao Brasil,

em 1963, quando seu pai veio a serviço da

Organização das Nações Unidas (ONU).

"Vim com passaporte diplomático, maso destino foi mais forte. Embora meu

sangue seja lusitano, posso afirmar queminha alma é definitivamente brasileira",

diz, hoje, após 42 anos de vida no país.Azevedo retomou ao Brasil, em

definitivo, em 1968, quando abandonou

Portugal como deserto r durante a guerranas colônias africanas. Considera-se um

privilegiado por viver em um "País tão

concraditório e surteal, tão desigual e tão

genial", que ele teve o privilégio de co­

nhecer em detalhes ao realizar a Expedição

Coração do Brasil, entre 1999 e 2002.

Foram 70 mil quilômetros percor­ridos em todo o terri tório nacional e mais

de 50 mil imagens realizadas (algumas delas

ilustram este ensaio). A viagem, a bordo

de um jipe e na companhia do jornalista

Fabiano Camargo, resultou na publicação

de crês livros que integram uma coleção lu­xuosa, dividida em três volumes - homem,

terra e mito - e na realização de exposições

no Brasil e no Exterior. "Este projeto será

sempre interminável, tantas são as artérias a

percorrer. São muitos os roteiros de emoção

que habitam meu palco de questionamen­

tos. Pulsa em mim a chama da inquietude,

que talvez seja minha maior virtude. Meu

FOTÓGRAPHOS • 28

lema sempre foi o que carrego escrito natraseira de meu Land Rover 110: "Bom

to be wild, bom to be free" (nasci para ser

selvagem, nasci para ser livre).

Viajar é precisoPlanejar uma expedição como as

realizadas por Orlando Azevedo exige

dedicação absoluta. "É um campo de

concentração que exige muita luta para

não padecer. É necessário dar a cara parabater e não se abater. Fazer valer a verdade.

Paguei e pago o preço para ver. Sempre

enfrentei os desafios com determinação e

garra. Não basta sonhar e querer, o impor­

tante é realizar e alcançar, fazer da insegu­

rança um desafio a vencer", ensina.

Page 29: Fotographos_N07

A perseverança implica a concreti­

zação de algo com significado maior paraAzevedo, o sentido de sua existência, comu­

nhão daquilo que ele sente, vê e documenta."Não fará o menor sentido se, em minha

vida, não deixar minha marca e contribui­

ção, minha identidade e inscrição."

Além da determinação, ele não abre

mão dos equipamentos mecânicos que

usam película. Azevedo utiliza câmeras

Leica, principalmente os modelos M6, R6

e R8. "São máquinas que têm um pacto

comigo. A qualidade e a resolução óptica

delas são incomparáveis", comenta. Para as

imagens de médio formato, ele opta pela

Hasselblad, principalmente, ao fazer re­

tratos. "Há entre mim e minhas máquinas

uma cumplicidade de verdadeiro tesão. Elas

são uma extensão do que penso e pretendo,são minhas armas e bandeiras."

São muitos os equipamentos que o

acompanha, já que não concebe a idéia

de estar em lugares distantes e "faltar exa­

tamente aquela lente para aquela foto".Bolsas, mochilas, colete e até uma barraca

especial para fotografar animais constamem seu checklist, assim como as lentes (as

mais usadas são a 60 macro da Leica R e a

35 da M, já a Hassselblad costuma recebera lente de 150 mm com anéis), filtros,cromos e muitos filmes em P&B.

Segundo Azevedo, o corte, a luz, o

ângulo e o relicário cultural de cada fotó­

grafo são os fatores de terminantes para a

opção entre fazer uma fotografia colorida

FOTÓGRAPHOS • 29

ORLANDO AZEVEDO

ou P&B. "A imagem sempre será subjeti­

va. O que define a escolha é exatamente

essa transição metafísica da compreensão

da estética e de sua intetpretação. Quan­

do você consegue abstrair o banal de seu

ritual e rasgar os cristais numa verdadeira

conspiração, nasce a obra, que deve ser

perturbadora e reveladora."

Page 30: Fotographos_N07

ORLANOO AZEVEDO

Para ele, a foto P&B rem o grande

fascínio do irreal e surreal. ''A carga épica

do P&B e o silêncio de sua eloqüência são

monumentos de momentos de imponên­cia. Difícil é tornar irreal a cor e extrair

dela a abstração. Geralmente, forografomuiro mais o ser humano em P&B e

alterno paisagem e a viagem visual douniverso invisível entre cor e P&B."

Que dizer da aplicação da forografia

digital? De acordo com o fotógrafo, em­

bora os avanços da tecnologia estejam aí

para serem usados, ele sempre preferirá os

equipamentos mecânicos. Sua experiência

com o digital se limita ao uso de uma

câmera "ultrapassada", segundo ele, que

gera imagens para os sites das expedições,

verdadeiros diários de bordo. "O digital

ainda tem várias limitações nos resultados

para artes-finais. É, no entanro, uma ver­

dadeira revolução. Nunca vi tanta gentecom câmera na mão."

Operário da imagemEstudante de Direiro, Orlando Aze­

vedo começou a trabalhar como repórterem Lisboa, aos 18 anos. A faculdade foi

finalizada em Curitiba, cidade que viu

nascer a banda de rock A Chave, em que

ele compôs e tocou bateria durante 10

anos (de 1960 a 1970). Foi a partir dos

anos 80 que passou a se dedicar integral­

mente à forografia profissional, com a

mulher, a fotógrafa Vilma Slomp.

O estúdio Phorographica, em Curi­

tiba, é templo de realização profissional

do casal. Ele é constituído de uma galeria,com 120 m2, laboratórios cor e P&B,

arquivo etc. "É muito, muito trabalho de

verdadeiros operários da imagem", afirma

o fotógrafo, que também alimenta o site

www.photographica.com.br. que traz in­

formações de trabalhos do casal, abrindo

acesso também aos sites das expedições.

Toda a estrutura obtida pelo casal

é fruro de muiro empenho e seriedade,

Bienais e o Museu da FotografiaAs Bienais Internacionais de Foro­

grafia realizadas em Curitiba foram o

grande marco dos encontros brasileiros

de forografia. Alguns dos mais destacados

nomes da forografia nacional e internacio­

nal integraram os eventos que tinham acurado ria de Orlando Azevedo.

Mais do que apresentar exposições

que foram visitadas por aproximada-

mente 500 mil pessoas nas três ediçõesrealizadas, o evento tinha como meta a

aquisição de obras de autores nacionais

e de coleções, a edição de livros e de

catálogos e o estímulo à forografia com

a realização do Prêmio Máximo.

Através das bienais, a FundaçãoCultural de Curiciba conscituiu um re­

presentativo acervo forográfico, que deu

origem ao Museu da Fotografia. Dentre os

nomes que doaram imagens, constam os

de Sebastião Salgado, Miguel Rio Branco,

Mario Cravo Nero e Cláudia Andujar.

Segundo Azevedo, hoje, os encon­

tros nacionais de fotografia buscam,acima de tudo, o sucesso comercial e

repetem a mesmice de sempre. "Não

houve renovação."

"É necessário dar a cara para bater e não se abater. Fazer valer a verdade."

FOTÓGRAPHOS • 30

Page 31: Fotographos_N07

ORLANOO AZEVEDO

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, I~.,: <~ - .....••.~ li- ... ... .', .

caracrerístlcas que Azevedo começou a

mosrrar no início da carreira, quando

aruou como forojornalisra. Algum rempo

depois, ele enveredou para o campo profis­

sional da forografia publicirária. ''Arendi a

grandes conras que me permiriram monrar,

com a Vilma, uma eficienre e comperenre

esrrurura de arendimenro", explica.

Os rrabalhos paralelos, enrreranro,nunca foram deixados de lado como forma

de praricar a sua verdadeira forografia. Hoje,com rrabalhos em acervos inrernacionais e

sere livros publicados, Azevedo parricipa de

projeros comerciais que permirem urilizar

sua inrerpreração pessoal. "É preciso rrans­

gredir. É preciso rasgar o casulo e alçar o

pólen do vôo da liberdade. Épreciso que o

silêncio da imagem seja o griro que guarda­

mos. Enquanro river energia e saúde física

e inrelecrual, quero produzir e dividir com

o próximo minha experiência e vivência. O

pulsar do Brasil bare em minha alma como

uma convocação consranre a novos desafios

e caminhos", conclui o forógrafo, auror de

imagens que inspiram aqueles que, como

ele, nurrem o respeiro e a devoção necessá­

rios à exisrência da forografia. •

FOTÓGRAPHOS • 31

Page 32: Fotographos_N07
Page 33: Fotographos_N07

Expeoição fotográfica ao

Norte oa

NORTE DA íNDIA

; ..•..•

1101aViaje com as fotos e conheçaj nos Detalhesj como foi fotografar

a cultura De uma civilização com mais De4 mil anos.

texto e fotos õe Fabio Elias

Page 34: Fotographos_N07
Page 35: Fotographos_N07
Page 36: Fotographos_N07
Page 37: Fotographos_N07
Page 38: Fotographos_N07

a A gel Itodos os momentos merecem um cEick,

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EQUIPAMENTOSFOTOGRÁFICOS

Page 40: Fotographos_N07

A LUZ QUE VEM DA,.MUSICA

Assista de camarote às imagens de um fotógrafo que já fez turnê por

diversos estilos musicais e fique por dentro dos bastidores da

fotografia de música no Brasil.

texto de Eduardo Oliveira • fotos de Washigton Possato

.. ,- ,- .

Caindo na estrada

1il.!Iií1i.!Ill"riJj'"m!m. 'I

Page 41: Fotographos_N07
Page 42: Fotographos_N07
Page 43: Fotographos_N07

MÚSICA

Fotos: Washington Possato

FOTÓGRAPHOS • 43

da mão. "O fotógrafo tem a obrigação dedominá-Ia mesmo no escuro. Saber exa­tamente onde tocar. Se ela for uma exten­

são do corpo, é só ficar atento ao espetá­culo. E aí, amigo, é pura arte", declara.

A tralha óptica passa por diversas dis­tâncias focais, mas todas com um pontoem comum: são lentes claras de gran­des aberturas. O fotógrafo utiliza uma80-200 mm, uma 28-70 mm e outra

grande-angular 17-35 mm. Todas comdiafragma de abertura máxima em fl2.8.

A teleobjetiva fica com a responsabi­lidade de captar os detalhes do rosto, asmãos, o movimento dos cabelos. Para as

fotos gerais, o fotógrafo gosta de colo­car em ação a 17-35 mm ou mesmo a28-70 mm. "Não adianta pegar a galerae deixar o artista lá embaixo. Tem queenquadrar um meio-termo, onde tudoapareça, em que você consiga contar ahistória." Washington prossegue: "Showé isso. Você tem que contar a história queo artista está passando naquela turnê. É

.•. O ensaio-surpresa do Iwí""o Nalldo

Reis qUlISe pegou todos de I'tilíil.( curtas. ,\I'L' o

teste de som t' ilulrllllaçiio. c,lIum har dp 1'0110

Alegrc. OCOI'lr'l1COIl1UIII/1tIlIllIn.'t< ,lg",dál'eI

pal't/ as form. Lente Alkon 28- -r) IJ1rrl' 2. >I

CtÍlIICIll Fltji 5'2 regulada em ['iO 1(10. h1'OJI<

fixada em I/60s de ohturadur e tlbertu.1J ti,

ditrjinglllP Igual tl fh.O.

"Tem que correr atrás das fotos. Nãoimporta o que acontece atrás da grade.O fotógrafo não pode ficar parado."

InstrumentosPossato usa e abusa de três

câmeras S2 da Fuji. Uma de­las está sempre guardada na

reserva para socorrê-Io emalgum imprevisto. Mais

importante do que tero equipamento, é

manter a máquinasempre na palma

Nessa hora, o jeitoé sair da frente mes­

mo, até porque atrástem gente e, depen­dendo do show, mui­

ta gente solidária enetvosa. Nunca se sabe

os perigos que cadashow guarda. Engana-sequem pensa que o fotó­grafo de música leva avida na flauta. A área é

um campo minado. Aeducação de alguns fa­náticos acaba na quin­ta latinha de cerveja.Possato já foi vítima deincontáveis objetos voadores não identi­ficados. E não pense que essa foi a únicavez que apanhou de mulher. No show

da Banda Eva, também no Rio, ao se

aproximar da grade, uma garota ini­ciou uma seqüência de golpes nassuas costas. O assistente quis sabero motivo da agressão. A justificati­

va da moça: "Ele viu o rapaz me em­purrando e não fez nada". E, se tivesse

feito, daria para evitar o tumulto?O importante é não desanimar.

"Tem que correr atrás das fotos. Nãoimporta o que acontece atrás da gra­de. O fotógrafo não pode ficar pa-

rado. Tem que, literalmente, cor­rer atrás das imagens. Vou atrás

do palco, cruzo a grade da pista,escolho um ângulo mais elevado para

pegar uma imagem geral. Não paro umminuto", diz Washington.

do covardemente com uma bofetada no

meio das costas. Instintivamente, Wa­

shington vira-se, pronto para revidar,quando se deparou com a figura de

uma simpática velhinha em pelede loba. Sem prumo, sol­

tou a pergunta: "Queé isso? A senhora está

maluca?" A respos-ta foi um revide:

"Eu paguei paraver o show e

você fica para-do na minhafrente!"

Page 44: Fotographos_N07

"Olhar a minha foto xerocada e impressa no papel maisbarato do mercado é horrível. Dá uma dor no coração." Próximos álbuns

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.- .~..... ..-

• •••

••

Entrando em turnê•

ml~Ilffil'ril'~'1IDl113 ' ,

Page 45: Fotographos_N07

"A GENTE PEGAMOS NA INTERNET"

/I A gente pegamos na internet" (sic)

Parem as máquinas! Suas fotos podem estar sendo roubadas.por José Roberto Comodo Filho

C aros leitores, o texto para esta ediçãojá estava pronto quando um dos ca­sos mais insólitos aconteceu com um

cliente do escritório. Não vou entrar em de­

talhes, pois este não é um espaço para contar

histórias, mas sim para ajudar os fotógrafos

a compreender seus direitos.

Em linhas gerais, um fotógrafo des­

cobriu que um jornal diário - um dos

maiores da região Norte/Nordeste - ha­via utilizado cinco fotos de sua autoria

para ilustrar a capa do seu caderno de

turismo - além de 118 da página inicial

do primeiro caderno. Após escrever todos

os processos, resolvi ligar para o jornal eescutar a explicação deles para o uso in­

devido das imagens. Minha ligação foi

diretamente transferida para a diretora de

redação que, muito cordial, após ouvir a

minha reclamação afirmou, calmamente:

''A gente pegamos da internet" (sic) e se­

guiu explicando que o banco de imagens

do jornal era formado daquele modo,

porque os fotógrafos contratados não

conseguiam fazer nada com qualidade.Antes disso, há uma semana, escutei

do diretor-presidente de uma das mais

renomadas editoras de São Paulo - que

utilizou indevidamente um artigo escrito

por uma jornalista minha cliente, para

lançar uma coletânea de textos enogas­

tronômicos - o seguinte: "Mas foi só um

textinho de duas páginas, num livro com

mais de 50 textos e 120 páginas. Eu achei

que sua cliente iria ficar honrada ao ver o

texto incluído na coletânea." Ou seja, omercado - salvo honrosas exceções - não

está preocupado em respeitar o espíritocriativo e os direitos autorais.

Depende de cada autor - seja ele fotó­

grafo, seja escritor, pintor, programador,

compositor, músico - fazer valer os seus

direitos. Acredito que, um dia, os fotó­

grafos e autores, em geral, vão perceber a

importância de criar o mesmo corporati­

vismo que já existe entre os responsáveis

pelas infrações aos Direitos Autorais.

O fato é que esses dois absurdos me fi­zeram mudar o texto anteriormente escrito

e optar pela abordagem de alguns temas

que parecem ainda não estar muito bem

elucidados para os fotógrafos e para aqueles

que utilizam a fotografia no dia-a-dia:1. Todas, absolutamente todas, as fo­

tografias são protegidas pela Lei de Direi­

tos Autorais. Isso significa que qualquer

pessoa que tenha uma fotografia de suaautoria utilizada sem a sua autorização

tem direito a receber indenização.

2. Somente o autor da fotografia - ou

quem possua poderes para representá-I o

- pode negociar os direitos patrimoniaissobre a sua obra. Os direitos morais são

inalienáveis, irrenunciáveis e não cadu­

cam Jamais.3. A transmissão dos direitos patrimo­

niais pode ocorrer através de contrato

de cessão (que pode ser total ou parcial,

com ou sem exclusividade, mas é sempre

definitiva) ou de licença (que pode ser

total ou parcial, com ou sem exclusivi­dade, mas é sempre por prazo limitado).

Embora a lei admita a possibilidade decontratos verbais, aconselho todos os

fotógrafos a tratar sempre por escrito a

comercialização de suas obras.4. O dano moral ao direito do autor

acontece sempre que a fotografia: a) for

publicada sem o respectivo crédito ousinal característico (em breve, vou escre­

ver sobre esta questão face à "praxe" do

mercado publicitário); b) sofrer qualquer

tipo de manipulação ou tratamento digi­tal sem autorização expressa do autor.

5. Somente podemos falar em co-au­

toria na fotografia, quando o resultado

final for o produto do trabalho intelectual

de mais de uma pessoa. Ou seja, quem

apenas faz um tratamento digital para

tornar a imagem capturada pelo fotógra­

fo mais correta do ponto de vista estético

(ajuste de brilho, nitidez, saturação e en­

quadramento - além da "limpeza" e inter­polação) não é considerado co-autor. Mas

quem, a partir de uma fotografia, realiza

manipulação que altera substancialmente

as características da imagem, a pedido ou

com a autorização do fotógrafo, passa a

FOTÓGRAPHOS • 45

dividir com este os direitos autorais sobre

o produto final da manipulação.

6. Quem adquire uma cópia original

de uma fotografia não adquire direitos

patrimoniais sobre a obra. Ou seja, não

pode reproduzir ou utilizá-Ia para qual­

quer finalidade que não seja expres­

samente autorizada pelo autor.7. O autor tem o direito, irrenunciá­

vel e inalienável, de receber, no mínimo,

5% sobre o aumento do preço eventu­almente verificável em cada revenda de

sua obra de arte, sendo original, quehouver alienado.

8. Os direitos patrimoniais do autor

perduram por 70 anos contados de 10 de

janeiro do ano subseqüente ao de seu fa­lecimento, obedecida a ordem sucessória

da lei civil. Após esse período, a fotogra­fia passa a pertencer ao domínio público,

o que não desobriga, quem a utilizar, dainclusão do crédito autoral.

Muito mais poderia ser escrito, mas

acredito que estas linhas apresentam os

principais pontos a serem observados pe­

los fotógrafos. Espero que este texto con­

tribua para a conscientização, dos fotó­

grafos e das pessoas que utilizam imagens

direta ou indiretamente no seu negócio,

do quanto é importante o respeito aosdireitos do autor.

PS: se alguém souber o motivo pelo

qual as agências de publicidade costu­

mam incluir, no rodapé dos anúncios que

criam, o seu próprio nome, mas sem qual­

quer referência ao nome do fotógrafo res­

ponsável pela imagem utilizada, por favor,

me escreva explicando. •

José Roberto Comodo Filho é advogado for­

mado pela USP hd 15 anos, sócio do escritório

Comodo & Comodo Advogados Associados e

especialista em questões relacionadas a Direito

do Autor e Contratos. Também éfotógrafo ama­

dor hd 10 anos e sócio da Riguardare - Scuola

di Fotografia. Pode ser encontrado através doe-mail: [email protected].

Page 46: Fotographos_N07

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Page 47: Fotographos_N07

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Page 49: Fotographos_N07

Cultura baiana

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A capoeira também respira bons aresnessa paragem. Os meneios desse misto dedança e luta podem ser fotografados emtoda a capital baiana. No início, quandoainda gingava com passos desengonça­dos em Angola, a atividade chamava-se"n'golo" (dança da zebra), etimologia queexplica os efeitos obtidos em determinadasfotos. Na Bahia, onde desembarcou na

pele calejada dos escravos, a dança logoincorporou a luta como treinamento deautodefesa contra a exploração. Daí o tem­pero mexido ao ritmo do berimbau e dascoreografias aparentemente impossíveis.

boa dose de paciência para conseguir oinstante certo do dique.

Na música, o som mais forte provémda cultura popular soteropolitana emritmo marcantemente afro. Em qualqueresquina, ouve-se o resquício de algumbatuque. Esse legado ganhou corpo nadécada de 80, na batida vigorosa de umentão pouco expressivobloco carnavalescochamado Olodum.

O movimento musical cresceu com

a mensagem política de valorização aonegro. E não poderia ser diferente. OOlodum surgiu em uma rua marginali­zada, mas fez tanto barulho na regênciado percussionista Neguinho do Sambaque conseguiu a revitalização de todauma ladeira abandonada. Hoje, o blocose confunde com o Pelourinho e inspirao surgimento de outros grupos, comdestaque para as Meninas de Didá e osFilhos de Gandhy.

A riqueza cul­tural brota de

qualquer pontoda Bahia, tema a

ser explorado sobos mais diversosolhares. A esco­

lha do enfoqueé subjetiva, masexistem alguns

ângulos que podem ser salientados eservir como ponto de partida para umensaio mais específico.

Um deles é a fusão de cores, raçase crenças em uma única região. Amiscigenação, por exemplo, propiciaum leque de assuntos inesgotáveis aofotógrafo. A cultura de Salvador podeser narrada tanto nos planos infinitoscomo nos pequenos detalhes. O desafioestá na busca de algo novo, com ênfaseno excêntrico. A dica, no caso, é uma

FOTÓGRAPHOS • 49

Page 50: Fotographos_N07

Lagoa do Abaeté

Por Dentro da Luz SALVADOR

O ParquedoAbaeté é destino

certo quando aidéia é combinar

fotografia commuita água decoco e uma PaI­sagemvoluptuo­sa em uma tarde

em Itapuã.Tarde só

para fazer referência à música famosa navoz de Toquinho, pois a imensa lagoa,contornada por dunas de areia branca emtodos os cantos, anima qualquer fotógrafoa acordar cedo ou acampar no local até oanoitecer, esperando uma imagem queilustre a letra da canção.

A Lagoa do Abaeté faz parte de umaárea de 12 mil m2 de proteção ambiental.

Mas possui um setor urbanizado, queserve de endereço para um interessantecentro cultural. Há apresentações mu­sicais por todos os lados, promovidaspela Casa da Música da Bahia. Aindana vizinhança, na Casa das Lavadeiras, aatenção se volta para tanques enormes emulheres trabalhando em peças de roupade todos os tamanhos e cores. Como suas

companheiras de profissão ancestrais, aslavadeiras utilizam métodos naturais.

Não despejam nada químico na lagoa.Ali é mão na roupa, roupa na pedra e aspeças para quarar.

A região funciona como um terreiropara diversos cultos afro-baianos. Oferen­das são lançadas na lagoa como presente aOxum - orixá e senhora soberana da águadoce na religião do candomblé, simbolizaa fertilidade e a maternidade.

PraiasA orla marítima soteropolitana tem

encostas para todos os gostos e fotógrafos;mas, se faltar ânimo para levantar cedo eregistrar o nascer-do-sol de alguma praiabrasileira, a sessãode fotos tem de, obriga­toriamente, começar nas tardes de Itapuã.

Itapuã é a mais famosa das praias deSalvador. Já foi cantada na poesia de Vi­nícius de Morais e ainda é paquerada porturistas de todos os lugares do mundo. Aárea mais visitada é a costa próxima ao

farol. Além de predominar o tom esver­deado na água, existem piscinas naturaiscompostas de pedras que dão às fotosreflexos interessantes.

No outro extremo da cidade, a geo­grafia recortada da Praia da Ribeira é umconvite quase que irrecusável à prática fo­tográiica. Avistam-se centenas de embar­cações na orla sul da cidade. Dali, passa-sepelas Praias da Penha, Bogori, próxima àIgreja Senhor do Bonfim e Mont Serrar.O forte tem uma composição suave emostra-se como a mais bela construçãomilitar do país. Sob um céu de nuvensmais carregadas, o prédio revela-se com

um clima misterioso nas fotos P

Passando pelas longas faixasda Boa Viagem e fazendo a eupraias de ondas pacíficas do Farolra, as imagens encontram a cristalinàde Ondina. É ali, à beira-mar, que oselétricos se despedem do carnaval.

Uma praia à frente, o beach soccer C

o vôlei de praia tomam conta da areiade Amaralina. Dali em diante, a

está para ótimas praias e uma enxde fotos. A relação começa: Jardim dosNamorados, Jardim de Alah, Praia dosArtistas, Corsário, Patamares, Piará, Placa­

for, Stella Maris, Flamengo. Até terminarna areia da Praia de Aleluia, nos confinsde São Salvador.

Page 51: Fotographos_N07

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Page 52: Fotographos_N07

Por Dentro da Luz

Page 53: Fotographos_N07

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Page 54: Fotographos_N07

~ A fusão de luzes e sombras

do pôr-do-sol do Farol da Barra foi

registrada com uma exposição de

30 segundos no filme ElOO VS, daKodak. Câmera Canon EOS 5 e

lente 11-40 mm trabalhando com a

abertura f/22.

Farol da BarraA Fortaleza de Santo Antônio é o

principal ponto turístico de Salvador.Conhecida e reconhecida mundialmen­

te como Farol da Barra, a construçãodesponta entre o Forte Santa Maria e oMorro do Cristo como o mais fotografadocartão-postal soteropolitano.

No interior do farol, é possível visitaro Museu Náutico e ter contato com uma

vista panorâmica da cidade. O privilegia­do campo de visão dá idéias, ilumina einstiga a criatividade do fotógrafo. Lá decima, tem-se contato com a orla marítima

de praias como Porto, Barra e Ondina,que podem ser clicadas de ponta a ponta,a partir do terraço. Vale a pena aguardaro famoso pôr-do-sol.

Para os mais aventureiros, a expediçãofotográfica sugere ourros rumos. As ime­diações do Farol da Barra escondem 13embarcações submersas.

O navio mais famoso dessa tropa éo Cavo Artemidi. A embarcação de 170metros afundou em 1980, a poucos qui­lômetros do Porto da Barra, e mantém suaestrutura em excelente estado.

O cargueiro grego embarcou no Es-

FOTÓGRAPHOS • 54

pírito Santo e aportou em Salvador parareabastecimento. Ao iniciar a saída da

baía, colidiu e foi arrastado até o Bancode Santo Antônio. Permaneceu encalha­

do por algumas semanas, mas todos osesforços para salvá-Io foram inúteis e aembarcação naufragou. Hoje, o Artemiditem uma função estranha: serve de casapara pequenos peixes e de restaurantepara os maIOres.

A água quente e crisralina garante boasfotos até 20 ou 30 metros. Dá para explo­rar todo o navio em companhia de exóti­cos peixes e muros de algas marinhas.

A idéia não é cair na água atrás deAdântida, ou algum tesouro pirata. Atéporque a Marinha brasileira fiscaliza olocal e seria praticamente impossível ex­plicar para a Receira Federal que aquelemontante de equipamentos fotográficostop de linha veio do fundo do mar.

Salvador tem suas surpresas, mas nãodesse tipo. O jeito é ir fundo atrás deuma boa imagem, perseguir os segredose mistérios escondidos nos arrecifes, mas

sem nunca se esquecer de respeirar a na­tureza do local.

Page 55: Fotographos_N07

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Page 56: Fotographos_N07

MUNOO FOTOGRÁFICO

Acontece

Passeios fotográficos

Os passeios organizados pela FotoClube Bandeirantes passaram a ser pagos,a partir deste ano, pois agora elescontamcom assessoriarurística. Todos os passeiosestão sujeitos a confirmação.

Confira a programação para o perío­do de março ajunho. Atenção: as datas eos locais podem sofrer alteração.• Informações: Rua Augusta, 1.108- São Paulo (SP) - tel.(lI) 3214-4234ou wwwjõtocLub.art.br

Photoshop Conference 2006, em SP

A Adobe vai mosttat, entte os dias

27 e 29 de março, no ITM Expo, aLighrroom, uma nova ferramenta deedição fotográfica digital no PhotoshopConference 2006, em São Paulo.

Os participantes do congresso, alémdas palestras com profissionais comoCHcio Barroso, receberão apostila e CDcom todo o conteúdo do PhotOshopCon­ference e certificado de participação.• Preços de 405 a 766 reais.• Informações: (lI) 4022-8534. As ins­crições podem ser feitas através do sitewww.photoshopconjerence.com.br.

Congresso de fotografia

Fique de olho no 3° Congresso Pau­üsta de FotO & Imagem, que acontecerános dias 18, 19 e 20 de abril, no Novotel

]araguá São Paulo Conventions.• Informações:0800-702-9007 oucongressojõ[email protected].

Expedições fotográficas

O fotógrafo Zé Paivaestáoferecendoduas expedições fotOgráficasno outonode 2006, indicadas tantO para amadorescomo para profissionais. As expedições,denominadas Urubici e Praia Grande,acontecem nos meses de abril e maio.

• Informações (Adrenailha): tel. (48)3269-1414, fax (48) 3269-2090, ce­lular (48) 9121-2165 ou pelo [email protected].

,NOTICIA

DO MUNDO FOTOGRÁFICO

por Sandra Mastrogiacomo

Mundo digital

Canon lança 30DA Canon apresenta a sua mais nova

câmera digital SRL, a EOS 30D, suces­sora da EOS 20D.

A câmera tem 8.2 megapixels, LCDde 2,5 polegadas e zoom óptico e digi­tal de 10x. O obturador eletromagné­tico garante até 100.000 disparas, comvelocidade de 30 a 1/8.000s e o modo

de dispara contínuo permite até cincofotos por segundo.

O Senso r DIGIC II permanece omesmo de sua antecessora. O preçomédio é de 1.400 dólares.-Photokina 2006

A Riguardare Scuola di Fotografia,a re­vista Fotógraphos e o mestre Clício Barrosomontaram um inesquecívelpacotede viagempara aqueles fotógrafos- amadores ou pro­fissionais- que desejamvisitara Photokina,maior feira de fotografia do mundo (www.

photokina-cologne.com) .

Aproveitandoa baixado dólar e do euro,já está sendo comercializado um pacotede viagem com saída em 22 de setembro eretorno em 5 de outubro. A viagem incluipassagempor Lisboa e algumas cidades me­dievais,visitaao eventodurante trêsdiase, ao

FOTÓGRAPHOS • 56

Mundo digital

SLR digitalda Samsung

A Samsung entra no mercado de câ­meras digitais SLR e anuncia a GX-lS,com 6 megapixels.

A câmera tem zoom óptico, CCD de23,5 x 15,7 mm, LCD de 2,5 polegadas,ISO 3200 e foco em 11 pontos. A velo­cidade do obturador é de 30 a 1/4.000s,

e o tempo de recarga do flash é de apenas3 segundos. As lentes são fabricadas pelaSchneider Kreusznach.

A GX-l S deve estar disponível para omercado no segundo semestre de 2006.O preço ainda não foi divulgado.-.> 4' .. ',c--=- ~';" ~. -"I:1 ..•• ,•• ".. • ,,#

final, uma jornada fotográficaem Paris.Também estão incluídos no pacote: bi­

lhete aéreo,caféda manhã e ingressopara trêsdias da Photokina. Além do workshop Pho­toshop CS2, Fluxo Digital e Gerenciamentode Cor, com Clício Barroso.

A Fotógraphos publicará, em sua ediçãode novembro, uma matéria especialcom fo­tos dos participantesda viagem.• Preços:2.650 euros (apto. duplo) e 3.550euros (apto. simples),em até 4 vezes,• Informações: (11) 3105-7792 ou pelo e­[email protected]

Page 57: Fotographos_N07

Mundo digital

MUNOO FOTOGRÁFICO

Duas lentes na nova digital da KodakA Kodak acaba de

lançar no Brasil a câ­

mera digital Easyshare

V570. O destaque é

para as suas duas lentes

Schneider Kreuznach C-Variogon, que

permitem fotografar em ângulos varia­

dos, sem distorção da imagem.

A câmera possui LCD scteen de 2,5

polegadas e memória interna de 32 MB.

O zoom óptico da V570 vai de

Premiação

grande-angular 23 a 39 mm, em umadas lentes, e de 39 a 117 mm, com a

segunda lente, permitindo uma apro­

ximação de até 5 vezes.

• Preço sugerido: R$ 2.099.

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Senad abre inscrição para concurso

O IV Concurso Nacional de Fotografia

da Secretaria Nacional Anridrogas (Senad) vai

premiar os melhores trabalhos que retratem a

reflexão e a prevenção ao consumo de drogas.

Há duas categorias: amador e profissional.Cada autor poderá inscreverum único trabalho

inédito, no formato 18 x 24 em, em papel

fotográfico fosco.As fotos devem ser enviadas até o dia 20

de abril na sede da própria secreraria.O Senad fica na Praça dos Três Poderes,

Palácio do Planalto, Anexo lI, Ala B, Sala207,

CEP 70150-900 - Brasília - DE

• Informações: www.obid.senad.gov.br.

Resultado do 49º World Press PhotoA foto do canadense Finbarr O'Reilly,

da Reuters, foi considerada a melhor de

2005 pelo júri do 49° World Press Photo.

A imagem, que mostra a mão de uma

criança nigeriana nos lábios de sua mãe,

foi registrada na cidade de Tahoua, Nigé­

ria, no primeiro dia de agosto de 2005.• Confira o resultado no site oficial:

www.worldpressphoto.com.

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Concurso Pierre Verger dá prêmio de R$25 mil

A Fundação Cultural do Esrado da Bahia

esrá promovendo o Concurso Nacional de Fo­

tografia Pierre Verger. O objerivo é incentivar

e valorizar a fotografia.O rema do concurso é a identidade cul­

tural brasileira. Neste tema entram retratos,

lugares, costumes, mitos e ofícios. Cadacandidato deve inscrever de 20 a 25 fotos, e

o prêmio chega a R$ 25 mil.As inscrições devem ser feiras até o dia 28

de abril de 2006.

• Informações: www.fimceb.ba.gov.br.

Mundo digital

Macro da SigmaA Sigma anun­

ciou uma nova ob­

jetiva, 70-200 mm

(fl2.8), exclusiva para

SLRs digitais.Na nova versão,

a objetiva ganhou

a tecnologia da li­nha DG e o siste­

ma HSM (motor

hipersônico), que torna o foco mais ágil

e silencioso. A montagem das lentes foi

projetada para os enquadramentos em

dose-up, com foco mínimo a 100 cm,em todas as distâncias focais.

A Sigma apresentou também a 30 mm(fll.4) HSM e a 18-50 mm, da linha DC,

além das 105 mm e 150 mm (f/2.8) HSM

e a 50-500 mm (f/4-6.3), da família DG.

Os produtos ainda não estão dispo­níveis no Brasil.

Exposição

Rastros do TsunamiApós dois meses de exploração

fotográfica na Índia e no Sri Lanka,

o fotógrafo Fábio Elias desembarcou

no Rio de Janeiro com inúmeras

imagens na bagagem.

O resultado da passagem de Fá­

bio pelo Sri Lanka será exposto na

Escola de Artes Visuais a partir do

fim de março. O trabalho mostra o

dia-a-dia de uma cidade que ainda

se recupera do choque, após um anode Tsunami.

• Informações: (21) 2494-5250.

FOTÓGRAPHOS • 57

latã Cannabrava com novo workshop

O fotógrafo Iatã Cannabrava ministra o

curso Desenvolvimento de Projeto Pessoal

e Cultural, que abordará a produção de

um projero cultural da sua idealização até oresultado final. O curso começa no dia 23 de

março, durará 3 meses e acontecerá todas as

quintas-feiras, das 20 às 22h30. São 20 vagas.

O valor é de 250 reais por mês.• Informações: (lI) 3816-1290 ou

[email protected].

Curso de Photoshop CS2, em SC

Rodolfo Pajuaba abre a sala de aula do

curso Photoshop para Fotógrafos, em Floria­nópolis, Santa Catarina.

O curso abordará temas como a organiza­

ção do fluxo de trabalho, inttodução ao geren­

ciamento de cor, ajustes básicos e avançados,

tratamento de arquivos, entre outros.A carga horária é de 14 horas e o curso

acontecerá nos dias 10 e 2 de abril, sábado e

domingo, das 9 às 17h.• Informações: (48) 3234-1390 ou

[email protected].

Page 58: Fotographos_N07

MUNDO FOTOGRÁFICO

Edição limitada da HasselbladKonica desiste do setor de fotografia

A Konica Minolra, alegando incapacidadefinanceira de comperir com a concorrência nadigiralização dos equipamemos forográficos,resolveuencerrar suas arividades nesse seror.

A divisão de câmeras digirais reflex foivendida para a Sony. A produção de filmesforográficos acomecerá aré março de 2007.As mudanças na parre adminisrrariva acome­cem com a saída do amal presideme, FumioOwai, e a demissão de mais de 10% de seus

empregados em rodo o mundo.Segundo a direroria da empresa, a saída

do mercado forográfico não significa o fim damarca, que cominuará produzindo compo­nemes ópricos, elerrônicos e forocopiadoras.

Comemorando o cemenário da

marca Hasselblad em todo o mun­

do, a empresa colocou no mercado

uma câmera digital para coleciona­dores: a 503CWD.

A máquina possui

edição limitada a 500

peças. Seu design foitodo construído sob as

linhas da Hasselblad

503 (maior sucesso da

marca) e traz um senso r de 36,7 x 36,7

mm, capaz de capturar uma ima­

I gem com 16 megapixels.

I O kit que acompanha o corpo

é composto de uma leme CarlZeiss Planar de 80 mm

(2.8), alavanca de comrole

do foco e a parte traseira

(back) digi tal do CFY.

Para adquirir uma Has­selblad 503 na sua versão come­

morativa, além de sorte, é necessário gastar

algo em torno de 14 mil dólares.

FujiFilm com novas câmeras digitais

Celulares

Celulares Cyber-shot

com 5.1 megapixels e zoom digital de5.2x. Ambos os modelos têm LCD de 1,8

polegada e zoom óptico de 3x (equivalen­te a 38-114 mm).

Nesses modelos, o destaque é para

o SuperCCD HR de 5" gera­

ção, ames só encomrado nas

câmeras profissionais da mar­

ca. Os preços giram em tor­

no de 899 reais para a A400 e

999 reais para a A500.

O K790i é o primeiro ce­

lular da Sony com a marca Cy­

ber-shot. Imegrado com uma

câmera digital de 3.2 megapi­

xels, possui recursos comuns,

até emão presemes apenas em

câmeras digitais compactas.

O aparelho estará disponível mundial­

meme no segundo trimestre de 2006.

• Preço sugerido: 1.999 reais.

Mundo digital

A FujiFilm apresemou, recememen­

te, modelos de câmeras digitais na sua

linha Finepix: VI0, A400 e A500.

A VI0 tem 5.1 megapixels, LCD de 3

polegadas, lemes Fujinon (zoom equiva­lente a 38-130 mm) e me­mória imerna de 16 MB. O

preço médio é de R$ 1.799.O modelo A400 tem

4.1 megapixels e zoom digi­

tal de 3.6x. Já a A500 vem

Digital ultrafinaA nova câmera digi­

tal Mirage Slim tem 5

megapixels, LCD

de 1,7 polegada,

zoom digital de4x e modo macro

a partir de 40 cm. A Slim tem apenas 2,4

cm de largura e coma com memória imer­

na de 16 MB (expansível até 1 GB).• Preço médio: 699 reais.

Wolfenson na Copa da Alemanha

O forógrafo Bob Wolfenson, a conviredo jornal Folha de S.Paulo, vai forografar osjogos da Copa do Mundo, na Alemanha. Oforógrafo foi convidado especialmeme pararealizar ensaios mais livres, diferemememe

da equipe usual do jornal.

Portal Terra lança Jornalismo Cidadão

O Porral Terra (www.terra.com.br).de

carona no ForoRepórrer, do Grupo Esrado,lança o projero Jornalismo Cidadão, no qualos leirores podem enviar imagens feiras comcâmeras digirais e celulares. Assim como noEstadJio, as imagens devem rerrarar flagranresno coricliano da cidade. Os usuários rambém

podem enviar vídeos, áucliose depoimentos.

Objetiva de 270"

O forógrafo SCO((Aichner usou de criarivi­dade ao urilizar duas câmeras com lemes olho­

de-peixe para forografar, simulraneameme, ascomperições de surfe, sua especialidade. O re­sulrado?A coberrura da imagem em um ângulode 270°. Confira em www.scottaichner.com.

Kyocera reduz produção de câmeras

Aringida pela onda de câmeras digitais,a Kyocera Yashica resolveu reduzir em 70%a produção de suas câmeras analógicas. Em2002, a empresa chegou a produzir 1 milhãode equipamemos analógicos. Já em 2005, fe­chou a produção com 300 mil câmeras. Apesardessa redução, a empresa disse que não sairároralmeme do mercado forográfico analógico.

• •CUCK DA FOTOGRAFIA NA INTERNET •

FOTÓGRAPHOS • 58

Page 59: Fotographos_N07

MUNOO FOTOGRÁFICO

PMA 2006Exposições

Empresas lançam produtos na PMA 2006Empresas como a Fuji, Kodak, Pana­

sonic e Olympus, mesmo dianre da crise

do mercado fotográfico, apresenraram no­

vos produtos na Phoro Marketing Asso­ciation (PMA), ocorrida enrre os dias 26

de fevereiro e 10 de março, em Orlando,Plórida (EUA).

A Fuji lançou três produros voltados

exclusivamenre para o mercado de foro­

grafia analógica: um papel forográfico edois filmes cromos (o Provia 400X Pro­

fessional, indicado para moda e rerraros,

e o FujiChrome T64 Professional - pró­

prio para a luz de tungsrênio -, indicado

para arquiretura, inreriores e situações

com pouca luz).

Na área digiral, a Fuji mosrrou as câ­meras: A400, A500 e V10.

A Kodak veio com câmeras digitais,

papéis fotográficos e tecnologia para

quiosques duranre a feira.

Na parte de câmeras digitais, foram lan­

çados os modelos V630 (6.1 megapixels),

C643 (6.1 megapixels), C533 (5 megapi-

xels) e Z612 (6 megapixels).

A Olympus apostou emnove modelos novos, com

destaque para a Evolt E-330,

primeira reBex digital do mer­

cado que permite visualizar a imagem no

monitor LCD antes da captura, o que só

era possível em modelos compactos.

A Panasonic apresenrou sua primeira

SLR digita!, a DMC-Ll. Com design no

estilo Leica, esse modelo possui dial deconrrole da velocidade do obturador na

parte superior do corpo e anel de ajuste

da abertura do diafragma junto à objeti­

va. Simultaneamenre, a Leica apresentoua D Vario-Elmarit 14-50 mm (f/2.8-3.5),

uma objetiva desenvolvida especificamen­

te para o uso em câmeras digitais, compa­tível com a DMC-Ll.

No total, foram mais de 90 lançamen­

tos, enrre máquinas digitais compactas e

profissionais, sofrwares de tratamento de

imagens, impressoras, projetores, lentes eacessórios diversos.

A História de Um Olho, por Ivan Cardoso

Nessa exposição, o cineasta e fotógrafo IvanCardoso apresenta 15 imagens em P&B, feitasduranre gravaçõesde filmes dirigidos por JúlioBresSane,na década de 70.

Até 29 de março, no Espaço CulturalVisual Arrs, no Shopping Downtown, Barrada Tijuca (RJ).• Informações: (21) 2494-5250.

Orlando Azevedo expõe em São Paulo

A Leica Gallery de São Paulo apresenta, atéo dia 31 de março, a exposição Sudarium, dofotógrafo curiribano Orlando Azevedo.

A mosrra uaz 30 fotografias em P&B, re­alizadas desde os anos 80 aré 2004, em paísescomo França, Portugal e Brasil.

De segunda a sexra, das 12 às 18h; aosdomingos, das 12 às 16h30.• Endereço: Rua da Mata, 70 - Iraim Bibi- São Paulo - SP.

Erótica - O Sentido da Arte na Fotografia

A mostra que reúne diversos trabalhos dearte, inclusive fotografia, e rem como rema oerotismo fica no Centro do Rio de Janeiro aréo dia 30 de abril.

• Informações: (21) 3808-2020.

livro

Impressoras fotográficas da Samsung

Livro retrata principais cidades do mundo

Exposição traz os refugiados para SP

A forógrafa brasileira Marie Ange Bordasapresenta, na exposição Mulrimídia, 22 ima­gens que retratam a angústia dos refugiadosimpossibilitados de voltar à sua rerra naral. Asfotografias foram feitas na África do Sul, naFrança e no Quênia.• Informações: (l1) 3107-0498 / 3258-2122.

Guapos Cubanos no MIS de São Paulo

A exposição Guapos Cubanos, do fotógrafoManuk Poladian,aconteceaté o dia 9 de abrilno

Museu da Imagem e do Som de São Paulo.A mosua reúne 90 imagens sobre o cotidia­

no do povo cubano.• Informações: (l1) 3062-9197.

Seres da Noite, na Consigo

O forógrafo André Srefano apresenta aexposição Seresda Noire. A mostra está aberraà visiraçãoaré 10 de abril, no Salãoda FotografiaConsigo, na Rua Conselheiro Crispiniano, 105- 10 andar - Centro de São Paulo - SP.

• Informações: (11) 3214-2660.

Exposição em Paraty

A galeria Zoom, de Paraty (RJ), vaipromo­vet de 7 de abril a 21 de maio, uma exposiçãocom 30 imagens de Walter Firmo, além de umworkshop com o fotógrafo.• Wormaçóes: [email protected].

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Editado pela Fotográfica, Comunica­

ção e Editora Ltda., o livro possui 189 pá­

ginas e traz 177 imagens. Preço: 50 reais.

A Samsung passou a comercializar, em sua linha de

impressoras fotográficas coloridas, as impressoras com­

pactas SPP-2040 e SPP-2020, que podem ser direta­

menre conectadas às câmeras fotográficas.

• Preços: SPP-2040, R$1.499; SPP-2020, R$1.l99.

Impressão

o livro Sudarium, de Orlando Aze­

vedo, traz fotografias em P&B que esta­

belecem uma ligação enrre a arte de fo­

tografar, a poesia e a música nas viagens

feitas pelo fotógrafo, enrre 1980 e 2004,no Brasil e no exterior.

Apaixonado pela profissão, OrlandoAzevedo resume a sua obra: "Gosto da fo­

tografia perturbadora e transgressora, mas

estou fora dessa fotografia transviada que,cada Vf:Z mais, me diz menos."

FOTÓGRAPHOS • 59

Page 60: Fotographos_N07

KOOAK P880

PARA FOTOGRAFAREQUIPAMENTOS E SERViÇOS FOTOGRÁFICOS.

Algumas funções (flash, ISO, modo de

exposição, white balance) podem ser acio­nadas diretamente através de botões locali­

zados próximo ao monitor de visualização,

que possui bom tamanho (2,5 polegadas)

e resolução de 237 mil pixels.

Para os iniciantes do mundo digital,a Kodak acertou em cheio ao adicionar

instruções on-line no monitor conformeos comandos vão sendo selecionados. E,

como a P880 possui opção para menu

em língua portuguesa, a operação fica

ainda mais fácil, mesmo para quem nunca

utilizou uma câmera digital.

Os controles fotográficos (abertura,

velocidade e modos automáticos de expo­

sição) são de fácil manuseio, assim como

o zoom 5.8x de ágil operação - por ser

manual e não eletrônico -, o que confere

maior rapidez e precisão na hora de fazer

o enquadramento. O fotômetro da câmera

funcionou corretamente em praticamente

todas as fotos, mesmo em situações críticas,

como na contraluz, por exemplo.

O foco pode ser utilizado tanto nomodo automático como no manual (neste

caso, através de um anel na objetiva, loca­

lizado excessivamente próximo ao corpo

da câmera, o que dificulta a sua utilização,

principalmente para quem possui mãos

grandes). O foco, aliás, representou um

dos principais pontos fracos desse modelo

em nossa análise: em condições de pouca

luz ou com a objetiva na posição tele (140

mm), ele se apresentou lento e falhou em al­

guns momentos. O modo macro é um tanto

complexo e não muito eficiente (a aproxi­

mação máxima é de 5 cm, de acordo com

o manual da câmera). O disparo também se

mostrou lento em algumas oportunidades,

talvez por conta do foco que ainda estava

"caçando" o melhor ponto.

Com design bastante atraente, a P880 se destaca pelaobjetiva Schneider 24-140 mm incorporada ao corpo.

RECURSOS

Equipada com uma objetivaSchneider-Kreuznach 24-140

mm (equivalente em formato 35mm) e com senso r CCO de 1/1,8

polegada, a P880 é capaz de pro­

duzir imagens com boa reprodução

de cores e resolução. Uma grande

vantagem da P880 é gerar arquivos mais

"limpos" e com ótima nitidez, uma vez

que há pouco processamento na imagem

capturada pelo sensor.

Nos testes realizados pela Fotógraphos,

as fotos apresentaram alta definição em

todas as posições da objetiva, desde 24

mm até 140 mm. Sem dúvida, o conjunto

qualidade óptica e senso r é um dos prin­

cipais destaques desse modelo.

Outro item que chama a atenção

na P880 é a facilidade de operação.Os menus são bastante intuitivos e

um joystick - localizado na partetraseira da câmera e ao alcance do

dedo polegar - facilita bastante a

navegação pelos comandos.

Recentemente, a Kodak lançou duas

câmeras da sua linha EasyShare,

focadas principalmente no merca­

do de fotógrafos amadores avançados e

profissionais: a P850 e a P880.

Embora os dois modelos possuam

preços similares e algumas características

em comum, a P880 se destaca pela objetiva

grande-angular de 24 mm incorporada ao

corpo - incomum em câmeras desse nicho

- e pela elevada qualidade das imagens.

Esses lançamentos, mais especifi­camente o do modelo analisado nesta

coluna, marcam a entrada da Kodak no

mercado prosumer em grande

estilo. Vejamos o porquê:

Kodak

Conheça a prosumerde 8 megapixelsque está recheada comrecursos sofisticados.

P880

FOTÓGRAPHOS • 60

Page 61: Fotographos_N07

A P880 saiu-se muito bem tanto em

fotos produzidas em estúdio como em fotos

externas. Na foto acima, exposição de

1/500s efl8, ISO 100.

Quanto à construção, o corpo daP880 é feito de plástico resistente epossui um design bastan te atraente.À primeira vista, pode ser facilmenteconfundida com uma SLR digital maiscompacta. Apesar de a lente não serintercambiável e isso significar umacerta limitação no quesito expansibili­dade. Essa caracterítica apresenta umagrande vantagem: o sensor não ficaexposto à poeira e não exige limpezasesporádicas, um inconveniente queatinge as DSLRs.

A presença de contato PC para sincto­nismo e também de sapata de flash TTL- além do flash embutido - faz da P880

uma ótima opção para quem precisa deum equipamento versátil, capaz de pro­duzir boas imagens tanto em ambientesexternos como em estúdio.

A bateria, que vem com o carregador,apresenta boa duração. Ela suporta apro­ximadamente 320 fotos e leva cerca de 3

horas para ser recarregada por completo.

CONCLUSÃO

A P880 surpreendeu positivamenteno teste realizado pela Fotógraphos. Aqualidade das imagens proporcionadapelo conjunto óptico e sensor é, semdúvida, uma das principais vantagensdesse modelo.

Fotografar com a P880 é fácil e bastan­te intuitivo, o que deve agradar bastanteaos novatos do mundo digital. Mas essasfacilidades não significam que ela nãoseja indicada para fotógrafos avançados- amadores ou profissionais. Muito pelocontrário: a P880 está recheada de recut­

sos sofisticados, como possibilidade decaptura em formato RAW',histograma edados de exposição, ajustes automáticose manuais de foco e exposição, função"brilho e sombrà' (que mostra as áreas sube superexpostas nas fotos), entre outros.

A verdade é que a Kodak "acertou amão" no desenvolvimento desse produto,que chega ao mercado brasileiro com umpreço bastante competitivo, principal­mente pelas qualidades que oferece: R$2.999 (preço sugerido pelo fabricante).Trata-se de mais uma boa opção disponí­vel para o consumidor.

A qualidade óptica é um

dos destaques da P880, que

gera imagens com exceLente

definição e ótima reprodução

de cores.Ao Lado,foto feitaem ISO 50, com abertura

fl8. No detaLhe, os ruídos

são imperceptíveis graças à

quaLidade do sensor.

FOTÓGRAPHOS • 61

KOOAK psso

Ficha Técnica - Kodak P880

• Sensor: CCD. 1/1 ,8 polegada.

• Resolução efetiva: 8 megapixels.

• Tamanho das imagens (em pixels):

3.2q4 x 2.448 (8 MP); 3.264 x 2.176(7.1 MP); 2.560 x 1.920 (5 MP); 2.048 x1.536 (3.1 MP); 1.024 x 768 (0.8 MP).

• Armazenamento: RAW, TIFF e JPEG.

• White Balance: automático, luz do

dia, tungstênio, fluorescente, nublado,sombra, pôr-do-sol. customizado e

modo de compensação.

• Sensibilidade: ISO 50-400 e 800-1.600

(disponível apenas em 0.8 MP).

• Monitor lCD: 2,5 polegadas,

115 mil pixels.

• Obturador: velocidades de disparo de1/2s a 1/4.000s (automático) ou 16s a1/4.000s + bulb (manual).

• Zoom óptico: 5.8x, equivalente a24-140 mm.

• Zoom digital: 2x

• Abertura (máx.): f/2.8-4.1 até f/8.

• Foco: AF normal, contínuo, movimento,

paisagem, macro e manual.

• Modos de exposição: 18 programas.

Dentre eles automático (P), prioridadesde velocídade e abertura (5) e (A) e ma­nual (M).

• Modos de cor: colorido (alta, baixa e nor­

mal), sépia e P&B. Possui, também, três

ajustes para nitidez e contraste.

• Memória: Secure Digital (SD) e Mu~i MediaCard(MMC).

• Memória interna: 32 MB.

• Saída: USB 2.0.

• Bateria: Lithium-Ion recarregáveí (carrega­

dor incluso) e battery pack opcional.

• Medidas: 116 (C) x 97 (A) x 91 (U mm.

• Peso: 515 g (com a bateria).

• Preço médio: R$ 2.999 (sugerido

pelo fabricante)

Page 62: Fotographos_N07

Equipamentos FUJI S9500

FLASH

A presença de contato PC para cabode sincronismo faz da 59500 uma excelen­

te opção para quem trabalha com flashesde estúdio ou externos.

O sincronismo do flash é surpreen­

dente, atingindo velocidade de obturadorde até 1/ 1.000s. Essa característica é

muito útil para fotos em que se pretende

utilizar a técnica de flash de preenchimen­

to (fill-flash), trabalhando com maiores

Photoshop não resolvam. Aliás, esses ajus­

tes são necessários em praticamente todas

as imagens geradas pelas câmeras digitais

disponíveis no mercado.

O modelo testado oferece a opção para

captura em arquivos formato TIFF, JPEGe RAW, embora não venha com o software

necessário para fazer a conversão deste

último padrão para TIFF ou JPEG. Isso

significa que, para aproveitar os benefícios

de trabalhar com arquivos RAW, o usuário

deverá fazer uso de um programa como

o Camera RAW, plug-in para Photoshop,

capaz de fazer a conversão.

No que diz respeito aos controles

fotográficos, a 59500 é fácil de mane­

jar e oferece, ainda, a possibilidade de

ajustes manuais de exposição, de foco

e até de zoom, ideal para quem deseja

imprimir um estilo mais criativo às fotos.

A navegação dos comandos via menu,

entretanto, apresentou-se um pouco

complicada, problema que poderia seramenizado caso houvesse a alternativa de

navegação em língua portuguesa (obs.:as câmeras comercializadas oficialmente

pela Fuji no Brasil vêm acompanhadasde manual traduzido).

Na prática, a 59500 apresentou rápido

tempo de captura, aspecto positivo para

quem procura uma câmera para fotografar

temas de ação, como esportes, ou para

fotojornalismo, por exemplo. Os ajustes

automáticos de exposição e de foco mos­traram-se bastante eficientes, mesmo em

situações de pouca luz.O monitor de visualização, com

tamanho de 1,8 polegada, é articulado e

pode ser ajustado ao gosto do usuário (só

não gira para a frente), uma facilidade

a mais para composições com ângulosdiferenciados de tomada. O visor é ele­

trônico (235 mil pixels) e oferece 100%de cobertura.

Com design atraentee semelhante ao de uma

5LR, a 59500 possui

flrmato anatômico. Ozoom manual - e não

eletrônico, como nosmodelos anteriores da

linha -, torna a tarefa de

enquadramento muito

mais fileil e rápida.

RECURSOS

Com resolução de 9.1 megapixels, a

59500 apresenta um grande número de de­

talhes nas imagens, para uma compacta.

Utilizando um pequeno, mas eficiente

senso r CCD de 1/1,6 polegada,

ela garante bons resultados mesmo

com regulagens 150 mais elevadas,

graças a um redutor de ruídos incor­

porado à câmera.

A objetiva, uma Fujinon 6,2--66,7

mm (equivalente a 28-300 mm no

formato 35 mm) é de alta qualidade

e compõe um bom conjunto com o

sensor, embora, em alguns casos deluz crítica (como em áreas de contraste

excessivo, por exemplo), seja perceptí­

vel a presença de pequenas aberrações

cromáticas, com pixels "amagentados"

- problema também conhecido como

purple jringing.

Nas fotos produzidas pela Fotógraphos

para o reste, o registro das cores mostrou-seexcelente, com os tons tendendo levemen­

te para o azul em algumas imagens.

Nada que ajustes corriqueiros no

Apoiada no sucesso comercial dafamília Finepix "5", que nasceu

com a 56900, de 3 megapixels, e

cresceu com os lançamentos de modelos

sempre muito bem aceitos, como o 57000

e o 55200, a Fuji lançou, há alguns meses,a 59500 (também comercializada como

59000z em alguns lugares).Pelas suas características, a 59500 é

considerada uma câmera prosumer, ou

seja, um equipamento compacto com

recursos avançados, encontrados normal­

mente em câmeras 5LR digitais.

A ótima resolução de imagem ofereci­

da e a objetiva zoom de longo alcance são

apenas algumas das qualidades que essa

câmera possui, como veremos a seguir.

Fuji

89500De olho no mercado

profissional, a Fujiaumentou a família

Finepix. Saiba mais.

FOTÓGRAPHOS • 62

Page 63: Fotographos_N07

A Riguardare - Scuola di Fotografia e

a revista Fotógraphos prepararam um

workshop exclusivo, em Campos do

Jordão, para o feriado de 1° de maio.

Aproveitando o início do outono e as atra­

ções da cidade, será montado o workshop

de Fotografia Editorial para os alunos

aprenderem a desenvolver, com formato

editorial, trabalhos fotográficos que abor­

dem os mais variados temas: problemas

sociais, natureza, arquitetura, trabalhado­

res da cidade, personalidades, bastidores

das cozinhas, hotéis e muito mais,

Fotographos<Jt>Rfmc1lJ:~"'~;{;';ó'%{~it(~

• Zoom óptico: 10.7x, equivalente a 28-300 mm.

• Obturador: velocidades de disparo de30s a 1/4.000s.

• Monitor LCD: 1,8 polegada, 118 mil pixels.

• Self-timer: de 2 a 10 segundos.

• White Balance: auto, fine, sombra, luz

fluorescente (luz do dia), luz fluorescente

("quente"), luz fluorescente ("frio"), luzincandescente, custom (calibrado customi­

zado, com iluminação ambiente ou flash).

• Armazenamento: CCD-RAW, JPEG,

EXIF 2.2, DCF e DPOF.

• Sensibilidade: ISO automático e manual

em 80,100,200,400,800 e 1600

• Tamanho das imagens: 3.488 x 2.616;3.696 x 2.464 (3:2); 2.592 x 1.944; 2.948

x 1.536; 1.600 x 1.200; 1.280 x 960; 640x 480.

• Sensor: SuperCCD, 1/16 polegada.

• Resolução efetiva: 9.1 megapixels.

Ficha Técn ica - Fuji 59500

o contato PC é um importante recurso

presente na Finepix 59500. Foto da

modelo Gisele Paína, usando três cabeças

de flash de estúdio de 400 watts.

aberturas de diafragma ou em condiçõesde luz muito intensa.

Além do contato PC, a 59500 possuisapata que possibilita o uso de flashesde outras marcas (a Fuji não fabricaflashes dedicados). Uma proteção contrasobrecarga de tensão elétrica garante autilização também de modelos de fla­shes mais antigos, uma boa vantagem.De acordo com o manual da câmera, o

flash embutido possui alcance de até 5,6metros, com a objetiva na posição 28 mm.Apesar da potência limitada, ele podeservir como "quebra-galho" em algumassituações emergenciais.

CONCLUSÃOA 59500 provou ser um modelo ama­

durecido de um projeto já consagrado dafamília Finepix, a linha 5.

Embora o custo (R$ 4.399 - forneci­

do pelo fabricante) possa ser consideradoum pouco elevado para a realidade demuitos consumidores brasileiros, trata-sede uma câmera com ótimos recursos e

pode atender perfeitamente tanto ama­dores avançados como os profissionaisque não dispõem de muito capital paracomprar uma D5LR, por exemplo.

Pela qualidade e pelos recursos ofere­cidos, a 59500 é, sem dúvida, uma forteconcorrente nesse nicho de mercado. _

• Zoom digital: 2x.

• Abertura (máx.): f/28-4.9.

• Foco: AF normal, contínuo e manual.

• Modos de exposição: auto, manual,

programado, prioridades de velocidade,

modos programados e bracketing.

• Modos de cor: padrão, cromo e P&B.

Possibilita ajuste do contraste, da nitidez

e da saturação.

• Memória: compact flash (I e 11) e xDPicture Cardo

• Número-guia (flash): 5,6 m (18,3 ft) e 6 m.

• Memória interna: não possui.

• Saída: USB 2.0.

• Bateria: 4 pilhas pequenas M.

• Medidas: 128 x 93 x 129 mm.

• Peso: 745 g (com a bateria).

• Preço médio: R$ 4.399.

FOTÓGRAPHOS • 63

• D, saida dia 28 de abril (sexla-feira) e

retorno em 1° de maio (segunda-feira).

24 horas (18 horas em

Campos do Jordão e 6 horas na Riguardare).

700 reais por pessoa, com o workshop;

450 reais por pessoa, sem o workshop.

em até 4 parcelas.

• Vag 20.

hospedagem em pousada, com café

da manhã pré-encontro para orientações gerais

pás-encontro para avaliação e edição do ma­

terial folográfico ampliação 20 x 30 cm das 12

melhores folos para formação de porlfálio certi­

ficado de participação.

A Fotógraphos, em sua edição

de julho de 2006, publicará uma matéria especial

sobre Campos do Jordão, em que será ulilizado o

material produzido no workshop.

Page 64: Fotographos_N07

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FOTÓGRAPHOS • 64

Page 65: Fotographos_N07

CARTASDOS LEITORES

DOS LEITORES

Agradecemos a cada um de vocês pelo carinho e

atenção que temos recebido. Continuem participando,

enviando suas mensagens por carta ou e-mail.

Envie sua mensagem para o e-mail: cartJJsOfotograplJos.com.broupelocorreio:Av.Brigadeiro Faria Lima, 1.768, cj. 7B, Jardim Paulistano, CEP 01451-909, São Paulo ISPl.

DEPOIS DE RETOR­

NAR das férias, fui àbanca e lá encontrei a 6'

edição! É sempre grandea satisfação de encon­trar mais uma edição daFotógraphos na banca econstatar que, apesardos sacrifícios e dasdificuldades de manter

uma revista especializada, a Fotógraphos estáganhando, a cada edição, mais credibilidadee leitores. Continuem nessa linha e tudo queposso desejar para vocês neste 2006 é muitasorte, prosperidade e sucesso, consolidandodefinitivamente essa revista com a qual jásimpatizo tanto.Leandro Chaves - Campinas (SP)Editor: Para nós, da Fot6graphos, também é

sempre um grande prazer colocar mais uma edi­

ção nas bancas, apesar das dificuldades que você

mesmo mencionou. O apoio que temos de nossos

leitores é realmente algo que nos impressiona a

cada dia e que tem sido fUndamental para nossa

consolidação no mercado. Agradeço sua mensa­

gem e desejo a você e a todos os leitores um 2006

com muita paz, sucesso e, claro, muitas jàtos!

ERRATA Ao contrário

do que foi publicadona matéria sobre o Rio

de Janeiro, a foto aolado não foi produzidapor Nelson Ricciardi,e sim pelo fotógrafoFlavio Veloso.

SOU LEITOR da Fotógraphos desde aprimeira edição e parabenizo-os pelasreportagens excepcionais e dicas super­legais sobre como tirar o máximo pro­veito da arte da fotografia. Mas, ao ler amatéria Por Dentro da Luz (6' edição),notei uma pequena "escorregadela" sobreo baile que ocorreu no palacete da Ilha

QUERO PARABENIZÁ-LOS e agradecê-Iospela qualidade, conteúdo nas entrevistas, nasreportagens e a seriedade com a qual tratamos diversos assuntos. Confesso que, comoprofissional da fotografia, sentia falta de ummaterial desse nível, que me fizesse reler vá­rias vezes e desejar a próxima edição. Tenhoaprendido muito e espero que, em breve, vo­cês consigam se estruturar para nos oferecera possibilidade de fazer uma assinatura paranosso estúdio. Grande abraço.Warlem Soares - Vit6ria (ES)

Editor: Estamos nos estruturando para oftrecer

o serviço de assinaturas em breve, pois, ftliz­

mente, temos recebido muitos pedidos de nossos

leitores. Agradeço seu apoio e interesse.

GOSTO MUITO da revista Fotógraphos egostaria que ela fosse mensal. Sugiro que co­loquem na capa os meses a que se refere cadaedição, assim fica mais fácil para quem, comoeu, coleciona saber em um futuro próximo(ou talvez nem tanto) quando aqueles produ­tos que aparecem na revista foram lançados.Gostaria, também, de saber se a revista chegaa todos os Estados brasileiros.

Giancarlo Portella (por e-mail)

Fiscal. De fato, o dito baile aconteceu

no dia 9 de novembro, só que foi noano de 1889. D. Pedro 11, aliás, era um

apaixonado por fotografia deixando,inclusive, seu acervo para a BibliotecaNacional. Um abraço e parabéns pelosucesso da Fotógraphos.Rui Cruz Pacheco (por e-mail)Editor: Rui, realmente o ano correto é

1889, e não 1989 como jài publicado. Por

um número, quase mudamos a história do

País. Jd imaginou um encontro entre D.

Pedro JJ e Fernando Collor de Mello, pre­sidente eleito em 1989? Se realmente acon­

tecesse, não seria apenas o muro de Berlim

que cairia naquele ano, não é? Agradeço

sua colaboração e seu apoio.

Editor: A partir da presente edição (7"), esta­

mos colocando os meses de circulação na capa,

para resolver essa questão de exemplares anterio­

res que ainda se encontram à venda. Quanto àdistribuição, a Fotógraphos é, sim, distribuída

em todos os Estados do Brasil. Abraços.

QUERIA ESCLARECER uma dúvida: há al­

guma possibilidade de, a médio ou longo pra­zo, o filme 35 mm (negativo ou positivo) dei­xar de ser fabricado para dar lugar definitivoà foto digital? Se houver, para mim será o fim,pois não consigo me render à fotografia digi­tal. Seria ótimo se os filmes pudessem conti­nuar no mercado. Nada como bater "aquela"foto e ficar na expectativa da revelação paraver o resultado, além, é claro, de poder exer­cer a técnica e a arte da fotografia sem ter deficar confiando na tecnologia digital que játraz quase tudo pré-programado.Luzimar de Oliveira Pinto (por e-mail)Editor: Embora alguns jàbricantes defilmes jàto­

grdficos tenham deixado o mercado (leia-se Agfa

e Konica Minolta), acredito que a película ainda

tenha longa vida. Como também adoro jàtogra­

jàr com filme, também fico na torcida para que

ele sobreviva por muitos anos.

QUERO AGRADE­

CER pelo brinde epela publicação deuma das minhas

imagens na seçãoGaleria! Recebi vá­

rios e-mails.muita

gente comentando ...Grande divulgaçãodo meu trabalho!

Gilberto Junior- Rio Claro (SP)Editor: J!. um prazer poder retribuir um pouco

desse carinho que recebemos de vocês, leitores.

Estimular a jàtografia para nós é, além de um

imenso prazer, uma das missóes a que nos pro­

pomos! Que o seu exemplo seja seguido pelos

outros leitores, afinal, a Galeria estd aí paraisso mesmo! Abraços.

Adquira as edições anteriores daFotógraphos e complete a sua coleção!

Acesse agora mesmoou, então, ligue para nós:

FOTÓGRAPHOS • 65

Page 66: Fotographos_N07

A FOTOGRAFIA COMO PROFISSÃO

A fotografia como profissãopor Armando Vernaglia Jr., texto e foto

Tenho recebido algumas sugestõesde temas para esta coluna. Dentre

esses pedidos, muitos querem queeu escreva sobre como é ser fotógrafo,como é viver disso, o mercado, a facili­

dade ou a dificuldade de conseguir tra­balhar com fotografia.Acho que é um bomtema e resolvi atender

aos pedidos. Alémdisso, ele tem uma

grande relação com omeu tema preferido,que é o "Tá estressa­do, vá fotografar".

Imagino que mui­tos fotógrafosque elege­

ram a fotografia comohobby tenham o sonho,ou mesmo o objetivo,de tornar a paixão em

ganha-pão. Isso é na­tural, afinal queremosganhar dinheiro e fazer o que gostamos.

É difícil dizer se viver da fotografia é

algo bom ou ruim, seria muito simplista.Se você pergunta isso para mim num diaem que um cliente atrasou o pagamento,que a gráfica destruiu as cores de uma fotoimportante ou naquele dia em que o clien­te mais chato ligou para reclamar do valordo orçamento e eu ainda tinha mais umas

três reuniões pela frente, aí, meu amigo,diria que viver disso é um inferno.

Por outro lado, há aqueles dias em

que o orçamento é aprovado, a gráficafaz um trabalho belíssimo, o gerente dobanco liga dando boas notícias e eu te­nho fotos lindas e interessantes para se­

rem feitas ao longo do dia. Nesse caso, sóposso dizer que ser fotógrafo é padecerno paraíso.

Esses dias e situações se alternam,

formam marés e chegam como as ondas,variadas e inconstantes. E, no fim de

tudo, podemos ter uma média positiva

ou negativa. Mas, seja qual for o saldo,ainda sobra um orgulho difícil de explicar,

que está no fato de trabalhar com aquiloque escolhi, de fazer o que gosto, e issosempre pesa na hora de fechar a conta.

Posso falar também do mercado. Da

maneira como vemos nos noticiários, a

palavra mercado parece-nos represen­tar um monstro verde, devorador de

dinheiro e de pessoas; mas, na verdade,o mercado é tudo o que temos à nossavolta. São pessoas casando e precisandode uma bela recordação desse momentoúnico. Jovens modelos querendo mos­trar a cara no mundo da moda. Gran­

des, médias, pequenas e microempresas

precisando de fotos de seus produtos eserviços. Uma natureza esplendorosaprecisando ser mostrada ao mercado deturismo. Shows, festas e eventos preci­sam ser registrados em fotos, sem nos es­quecer dos fatos diários retratados pelos

fotojornalistas, os batizados, as festas dequinze anos, as documentações botâni­cas, enfim, o mercado é quase infinito emuito bom.

Entretanto, o tal mercado é bom e

gentil com quem quer tabalhar duro,muitas horas por dia; com aquele que

FOTÓGRAPHOS • 66

estuda sempre, sem nunca parar, com

dedicação, e que nunca desiste de seussonhos e objetivos. O mesmo mercado

pode ser um pouco rude para quem nãoé tão insistente e dedicado. Isso é assim

em todas as profissões, não seria diferen­

te com a fotografia.Não existe um ca­

minho cerro para en­trar no mercado, sãomuitas áreas com de­

talhes específicos emcada uma, porém exis­te o caminho errado,

que é o caminho dodespreparo, da pregui­ça, do improviso in­

conseqüente, da faltade ética com clientes

e com seus colegas deprofissão. Agora, ten­do ética, estudo, dedi­

cação, conhecimento,

equipamentos adequados e muita forçade vontade, o caminho cerro aparecerácom naturalidade.

Outro dia, vivi isso tudo de forma

mais presente, quando meu assistenteconseguiu um bom emprego num gran­de laboratório fotográfico, após um anotrabalhando comigo, contratei dois no­

vos assistentes, dois novos profissionaischeios de sonhos e objetivos, entrando nomercado. Nessas horas, vejo que, além detrilhar o meu caminho, estou ajudando

alguns jovens profissionais a trilhar osseus e, assim, o mercado vai seguindo.

É por essas e outras que, parafrasean­

do um adesivo que vejo em alguns car­ros, posso dizer com orgulho: "Sou felizpor ser fotógrafo". •

Armando Vernaglia Ir. éfotógrafo publicitário

e profissor de fotografia na escola Riguardare,

em São Paulo. Seu trabalho pode ser visto em

seu site: www.spimagens.com.br.

Page 67: Fotographos_N07

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Page 68: Fotographos_N07