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Página 03 NESTA EDIÇÃO Um pingue-pongue com o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, sobre a lei 11.478/09 que institui o Plano Oeste Sustentável. Página 02 Fundeagro doa veículo para a Fundação Bahia e equipamentos para a APAE de Barreiras. Página 06 Abapa apresenta demandas da cotonicultura baiana ao secretário Roberto Muniz durante a 27ª Expobarreiras. Página 07 Produtores e Governo ganham reforço do BNB para construção de rodovias. Página 08 ANO 16 Nº 170 Jul/09 Página 04 Tecnologia ao alcance da mão Mais comodidade, economia, rapidez e segurança nos resultados. Agora, o pro- dutor do Oeste da Bahia tem acesso ao que existe de mais moderno em pesquisa e laboratórios agrícolas muito mais perto da sua propriedade. Trata-se do Centro de Pesquisa e Tecnologia do Oeste da Bahia, o CPTO. Inaugurado pelo governa- dor Jaques Wagner no dia 2 de junho, o Centro, comandado pela Fundação Bahia, já nasce com a missão de ser referencial no gênero no Brasil. Ele está instalado em uma área de 2,3 mil metros quadrados. Neste local, além da estrutura de labora- tórios, auditório e canteiros experimentais irrigados, está abrigado o administrati- vo da Fundação Bahia, que transferiu para Luís Eduardo a sua matriz. O resultado do mapeamento de 6,4 milhões de hectares no Oeste da Bahia surpre- endeu ambientalistas e produtores. Mesmo nos municípios onde a atividade agrícola é mais intensa, as áreas de cerrado superam as de lavoura e os problemas ambien- tais não chegam a 1%. O levantamento foi conduzido pela ONG internacional TNC e pela Universidade de Brasília, com aporte de R$1,5 milhão do Ministério da Inte- gração Nacional. Cerrado e lavouras convivem lado a lado no Oeste da Bahia FOTO EDUARDO LENA

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Página 03

NESTA EDIÇÃO

• Um pingue-pongue com o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt,

sobre a lei 11.478/09 que institui o Plano Oeste Sustentável.

Página 02

• Fundeagro doa veículo para a Fundação Bahia e equipamentos

para a APAE de Barreiras.

Página 06

• Abapa apresenta demandas da cotonicultura baiana ao

secretário Roberto Muniz durante a 27ª Expobarreiras.

Página 07

• Produtores e Governo ganham reforço do BNB para construção

de rodovias.

Página 08

ANO 16 Nº 170 Jul/09

Página 04

Tecnologia ao alcance da mão

Mais comodidade, economia, rapidez e segurança nos resultados. Agora, o pro-dutor do Oeste da Bahia tem acesso ao que existe de mais moderno em pesquisae laboratórios agrícolas muito mais perto da sua propriedade. Trata-se do Centrode Pesquisa e Tecnologia do Oeste da Bahia, o CPTO. Inaugurado pelo governa-dor Jaques Wagner no dia 2 de junho, o Centro, comandado pela Fundação Bahia,

já nasce com a missão de ser referencial no gênero no Brasil. Ele está instalado emuma área de 2,3 mil metros quadrados. Neste local, além da estrutura de labora-tórios, auditório e canteiros experimentais irrigados, está abrigado o administrati-vo da Fundação Bahia, que transferiu para Luís Eduardo a sua matriz.

O resultado do mapeamento de 6,4 milhões de hectares no Oeste da Bahia surpre-endeu ambientalistas e produtores. Mesmo nos municípios onde a atividade agrícolaé mais intensa, as áreas de cerrado superam as de lavoura e os problemas ambien-tais não chegam a 1%. O levantamento foi conduzido pela ONG internacional TNCe pela Universidade de Brasília, com aporte de R$1,5 milhão do Ministério da Inte-gração Nacional.

Cerrado e lavouras convivemlado a lado no Oeste da Bahia

FOTO EDUARDO LENA

Expediente

I mrofn

ANO 16 Nº 170 Jul/09I mrofn 2

CONSELHO EDITORIAL

Alcides VianaAlex Rasia

Johnson Medrado AraújoJussara Piai

Késia MagdalaRodrigo Alves

Sérgio Pitt

ANO 16 - Nº 170 - Jul/09

Jornalista responsável:Catarina Guedes - DRT 2370-BA

Jornalista assistente:Milena Brasil

Editoração Eletrônica:Eduardo Lena (77) 3611-8811

Impressão:Gráfica Irmãos Ribeiro

(77) 3614-1201

Tiragem:2.500 exemplares

Av. Ahylon Macêdo, 11, Barreiras - BA - CEP. 47.806-180Fone: (77) 3613-8000 Fax: (77) 3613-8020

www.abapa.org.brwww.aiba.org.br

[email protected]

Publicação mensal editada pelaAbapa -Aiba e Fundação Bahia

Comentários sobre o conteúdo editorial desta publicação,sugestões e críticas, devem ser encaminhadas através de

e-mail para: [email protected] reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação é

permitida e até recomendada, desde que citada a fonte.

Editorial

Os produtores da Bahia estão comemorando a pu-blicação da Lei 11.478 de 1º de julho de 2009, que apro-va o Plano Oeste Sustentável. O que ela representapara a região Oeste?

A publicação da Lei é uma grande conquista dos produ-tores e dos órgãos ambientais. Ela normatiza procedimentosque permitem a regularização ambiental dos imóveis rurais,habilitando os produtores para o uso do solo com o objetivoda produção agropecuária. O programa Oeste Sustentável éo resultado da vontade conjunta de produtores e Governopara a solução de um grande problema, comprometedor paraa continuidade da atividade agrícola na região Oeste da Bahia:o passivo ambiental. Sem ele, caminhávamos para uma paneagrícola em curto ou médio prazo, pois os produtores ruraisda região, que, embora na prática cumprissem o que deter-mina a legislação ambiental, estão irregulares pela falta deautorizações e certificações exigidas por lei. Isso aconteceue se agravou, principalmente, pelo fato dos órgãos ambien-tais não atenderem aos pedidos dos produtores que solicita-ram autorização para supressão da vegetação, por falta derecursos de pessoal ou de estrutura.

Na prática, o que significa o passivo?Como os órgãos ambientais estavam saturados, os pro-

jetos com os pedidos de autorizações se acumularam nasprateleiras e a situação piorava a cada dia. Sem esses do-cumentos, o produtor que exerceu seu direito de exploraraté 80% do imóvel rural, é penalizado com multas que,não raramente, excedem o valor da sua propriedade e per-de direito a se habilitar a financiamentos que são indispen-sáveis à atividade.

Como o plano Oeste Sustentável vai contribuir coma situação sócio-ambiental dos municípios do Oestebaiano?

Pingue - PongueSérgio Pitt - Vice-presidente da Aiba

O agronegócio é a grande vocação da região Oeste, euma das principais vocações econômicas do Estado. Elegera milhares empregos, distribui renda para as classesmais pobres da sociedade e fomenta o desenvolvimento.Este cenário estava sendo ameaçado. Com o Plano, asse-gura-se a sustentabilidade não apenas ambiental, comosocial e econômica. É importante frisar que o modelo deagricultura praticado na região já se calca, desde a coloni-zação da área, há cerca de 30 anos, por parâmetros ambi-entais corretos, com raras exceções que confirmam a re-gra. O empresário rural planeja a longo prazo e quer pere-nizar o negócio. Portanto, ele sabe que se manejar erradoos recursos naturais, ele ameaça sua própria sustentabili-dade no mercado.

Qual o papel da Aiba nesta conquista?Desde 2000, a Aiba, vem cobrando ações do Setor

Público e alertando à sociedade sobre o problema. Tenta-tivas anteriores de um trabalho conjunto não tiveram êxi-to. Mas, no final do ano passado, após a Operação Vere-das, comandada pelo Ministério do Meio Ambiente e IBA-MA, que culminou em multas, embargos de vastas áreasna região e grandes prejuízos para a economia regional eestadual, Governo e produtores se uniram para resolverdefinitivamente o problema.

Foram diversas batalhas para chegar até aqui. Inúme-ras reuniões em Salvador e Brasília. Municiamos com in-formações o Governo, ajudamos decisivamente a montaro escopo de um marco legal que tornaria possível essaação conjunta. Além disso, aproveitamos a grande visibili-dade da entidade na mídia para tornar pública a questão,chamando a atenção da sociedade para um problema quevai além das propriedades de cada produtor, e diz respeitoa todos, pois se trata, entre outras coisas, de uma questãode segurança alimentar, econômica e social.

Desde o dia 1º de julho deste ano, passou a valer a redu-ção de juros dos financiamentos com recurso do Fundo

de Defesa da Economia Cafeeira - Funcafé, que antes era de7,5% ao ano e passou para 6,75% ao ano.

A nova taxa é válida para as operações de custeio, estoca-

Café: redução de juros para o produtorgem, Financiamento para Aquisição de Café (FAC) e recupe-ração de lavouras de café atingidas por granizo.

A resolução 3.755 partiu do Conselho Monetário Nacio-nal, publicada no dia 30 de junho de 2009 pelo Banco Centraldo Brasil.

OMinistério da Agricultura publicou no últimodia 10 de julho, no Diário Oficial da União, a

portaria nº 507, que estabelece os preços mínimosde sementes e produtos agrícolas da safra de ve-rão 2009/10, para as regiões Norte e Nordeste.

Atendendo à demanda da Associação de Agri-cultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), desde a safrapassada, o milho da região Oeste deixou de sercotado como da região Bahia Sul, o que represen-tou avanço de 18% no valor do preço mínimo.

Veja os preços dos principais produtos daregião Oeste:

Soja = R$ 25,11/sc 60 kg (ante R$ 22,80 nasafra 2008/09), reajuste de 10,13%.

Algodão pluma = R$ 44,60/@ (sem reajuste).Caroço de algodão = R$ 2,57/@ (ante R$ 2,37

na safra 2008/09), reajuste de 8,44%.Milho = R$ 20,10/sc 60 kg (ante R$ 19,00 na

safra 2008/09), reajuste de 5,79%.

Preços mínimos parao Norte e Nordeste

Prorrogado prazo para renegociação de débitosna União

OGoverno Federal prorrogou de 30 de junho para 30 desetembro, o prazo para renegociação do total dos sal-

dos devedores das operações do Programa Especial de Sane-amento de Ativos – PESA, e Securitização, transferidas para aDívida Ativa União. A prorrogação foi efetuada pela Lei nº11.960, publicada em 29 de junho de 2009.

De acordo com o diretor executivo da Aiba, Alex Rasia, éimportante que os produtores estejam atentos à data e, casoencontrem dificuldades para regularizar a situação junto à Pro-curadoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), notifiquem porescrito aquele órgão para se resguardar de eventuais penali-dades pelo descumprimento do prazo.

Quase todo mundo já ouviu a frase “navegar é preciso”. Vamos parodiá-la: produzir é preciso! Porém, maisque uma necessidade, porque o mundo “precisa” comer e vestir, a agricultura é uma atividade de PRECISÃO.

Tem que plantar no dia certo, pulverizar no momento exato, chover em determinado período, estiar na colheita...A margem de erro é cada vez mais estreita e, para isso, também é preciso tecnologia.

Sim, nós temos tecnologia! Desenvolvida “em casa”, por quem conhece de cátedra as demandas locais, aFundação Bahia. A instalação do CPTO em Luís Eduardo Magalhães será um divisor de águas para a região. Elamaterializa o espírito de vanguarda do produtor do Oeste que, desde o início da colonização do cerrado baiano,entendeu que, sem o reforço da pesquisa e o desenvolvimento de genéticas adaptadas à região, as imensas áreasde solo arenoso do “Além São Francisco” jamais seriam um oásis do agronegócio. E por falar em tecnologia, foigraças ao seu uso “preciso” que conseguimos consorciar natureza e lavouras no cerrado baiano. Na matéria dapágina 03, uma novidade que surpreendeu ambientalistas e produtores. Essas e muitas outras notícias para você,nesta edição do seu Informaiba.

Boa leitura!

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ANO 16 Nº 170 Jul/09I mrofn 3

Aiba apresenta a Muniz demandasda cadeia do milho

Para tentar resolver os problemas enfrentados pelos produtores de milho da região

Oeste, representantes da Aiba e do SindicatoRural de Luís Eduardo Magalhães entregaramno dia 10 de julho, nas mãos do secretário deAgricultura do Estado, Roberto Muniz, um do-cumento que trata dos principais entraves en-frentados pela cadeia produtiva local. O encon-tro aconteceu durante a passagem do secretá-rio pela 27ª Expobarreiras.

O documento destaca cinco principaispontos que precisam ser urgentemente ajus-tados para impulsionar o cultivo do milho eservir também como alternativa para rotaçãode culturas na região: viabilização e incentivoà exportação, programas de apoio à comercia-lização, criação de uma Câmara Setorial Esta-dual, programa de incentivo para investimen-tos privados em armazenagem e ajuste do va-

Oantigo Padrão Oficial de Classificação doMilho datado de 1976 está em discussão

no Ministério de Agricultura, desde o mêsde junho, para atender as solicitações dosprodutores. Com a ajuda da Agência Nacio-nal de Vigilância Sanitária – Anvisa e da Câ-mara Setorial do Milho e Sorgo, os órgãosenvolvidos pretendem redefinir os parâme-tros de classificação e os limites de tolerân-cia, definir os critérios para o milho destina-do diretamente ao consumo humano e defi-nir as questões higiênico-sanitárias, dentreoutras mudanças.

Mesmo nos municípios onde a atividadeagrícola é mais intensa no Oeste da

Bahia, o bioma do cerrado vem sendo preser-vado, e, na maioria dos casos, supera as áreasde lavouras. Já o percentual de problemas am-bientais não chega a 1%. Estas conclusões fo-ram divulgadas pela ONG internacional TheNature Conservancy que, em parceria com aUniversidade de Brasília (UnB), mapeou setemunicípios do cerrado baiano em uma área to-tal de 6,4 milhões de hectares. Na área em re-corte, a vegetação nativa totaliza 4,1 milhõesde hectares, contra 1,3 milhão de lavouras.

O mapeamento do cerrado baiano teve apor-te de recursos de R$1,5 milhão do Ministérioda Integração Nacional e será utilizado comoparte do Plano de Adequação Ambiental OesteSustentável, que envolve os produtores rurais,através da Associação de Agricultores e Irri-gantes da Bahia (Aiba) e Governo do Estado,com as secretarias do Meio Ambiente (Sema) eda Agricultura (Seagri). Os dados ainda serãovalidados pelo Ministério da Integração e di-vulgados oficialmente até o final do ano.

Nesta primeira etapa, foram mapeados osmunicípios de Barreiras, Luís Eduardo Maga-lhães, Riachão das Neves, Jaborandi, Cocos,Correntina e São Desidério, mas o objetivo é al-cançar toda a área de cerrado da região onde sedesenvolve a agricultura empresarial. Um dosmaiores pólos agrícolas do Brasil, o Oeste daBahia deve colher 5 milhões de toneladas decommodities como soja, algodão, milho e café

Cerrado preservado no Oeste da BahiaImagens de satélite confirmam abundância da vegetação nativa e surpreendem técnicos

nesta safra. A fase de mapeamento durou seismeses e tem por base imagens do satélite Alos,com alta definição, de 2,5 metros. Ela foi empre-endida por cerca de 95 técnicos da UnB, alémdos coordenadores, superando 100 integrantes.

De acordo com os dados preliminares daTNC/UnB, em Barreiras, cuja área total é de 789,2mil hectares, as áreas de vegetação natural cor-respondem a 60% deste total (473 mil hectares),as lavouras somam 206,6 mil hectares, equiva-lentes a 26,2%. Problemas ambientais foram ve-rificados em apenas 66,8 hectares, que corres-pondem a 0,01%. Já em São Desidério, maior pro-dutor de algodão do país, e maior produtor degrãos do Norte-Nordeste, segundo IBGE, a ve-getação nativa cobre 851,7 mil hectares do totalde 1,48 milhão de hectares, que corresponde a57,5%. A agricultura ocupa 457,4 mil hectares(30,9%) e os problemas ambientais representam0,01% (216 hectares). Luís Eduardo Magalhães,por sua vez, tem 171,7 mil hectares de vegetaçãonatural que equivalem a 43% da área total de401,6 mil hectares. As lavouras cobrem 180,8 milhectares (45%) e os problemas ambientais iden-tificados não ultrapassaram 46 hectares (0,01%).

Grata surpresa - Os resultados do mapea-mento do uso do solo surpreenderam a ONGambientalista TNC. “Foi uma das maiores sur-presas a quantidade de vegetação nativa aindaexistente na região. Agora que conhecemos asituação em detalhes, precisamos garantir a con-servação do cerrado, o que só se faz com a aver-

bação da reserva legal de 20% da propriedade. Épara isso que todos do Plano Oeste Sustentáveltrabalham”, afirmou o especialista em Agrone-gócio e Conservação da TNC, Adolfo Dalla Pria.Ele ressalta que a vegetação nativa ainda exis-tente será prioridade para a regularização ambi-ental das propriedades rurais e que os dados deuso do solo não devem ser interpretados comoum incentivo à abertura de novas áreas.

De acordo com Dalla Pria, o produtor doOeste cumpre a obrigação de preservar 20% dasua área como reserva legal, mas muitos nãotêm o certificado de averbação por problemasdo Governo em expedi-los. Essa formalização éo foco do Plano Oeste Sustentável. Para os pro-dutores que não têm reserva ou cuja extensãode reserva é insuficiente, o executivo da TNCdiz que o problema pode ser sanado com a ve-getação do próprio município.

“Recuperar áreas é complicado pois os so-los desmatados já foram balanceados para aagricultura, principalmente com calcário, e avegetação nativa é adaptada para solos áci-dos. A existência de uma área tão vasta de ve-getação nativa nos municípios abre a possibili-dade de compensação fora da propriedade, ad-quirindo ou alugando reservas. Estas áreasserão reconhecidas como reserva e não podemser desmatadas. Com o mapeamento temos umretrato fiel da região, evitando conflitos comosobreposição de reservas, por exemplo”, diz.

Após o mapeamento, as etapas serão ca-dastramento das propriedades rurais, diagnós-

tico ambiental de cada propriedade, orientaçãodos proprietários para que eles se regularizemjunto à Secretaria de Meio Ambiente atravésde Termo de Compromisso instituído pela LeiEstadual n° 11.478/2009.

Modelo sustentável - De acordo com o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, para os produ-tores, o resultado não destoa do que imagina-vam acerca da relação entre áreas nativas e la-vouras. “O agricultor do Oeste é consciente deque conservação é parte do seu negócio. Nos-sa luta, desde 2000, tem sido para que os Go-vernos façam a sua parte no papel de garantiressa conservação, fiscalizando, concedendoautorizações e certificações exigidas pela lei”,explica.

Segundo Pitt, no final do ano passado, porconta da Operação Veredas, que culminou emmultas e embargos na região, Governo Federal,Governo Estadual e produtores deram as mãosem uma grande força-tarefa para acabar com opassivo ambiental no Oeste da Bahia, com o pla-no Oeste Sustentável. “Estamos acompanhan-do a evolução desta parceria a cada dia. A maisrecente vitória foi a publicação da Lei 11.478 em01 de julho de 2009, uma grande conquista dosprodutores e dos órgãos ambientais. Ela norma-tiza procedimentos que permitem a regulariza-ção ambiental dos imóveis rurais, habilitando osprodutores para o uso do solo com o objetivoda produção agropecuária”, conclui.

lor da pauta fiscal do milho.Além desses pontos, falou-se também so-

bre a necessidade de lançamento de leilões paraa indústria de produtos destinados ao consu-mo humano.

Simões reiterou sua disposição em apoi-ar as demandas dos produtores no que estáao alcance do Estado e estabeleceu as se-guintes ações: criação da Câmara Setorialcomo desafio para o segundo semestre, comparticipação do Estado, produtores e indús-tria; solicitou da Adab a emissão de uma notatécnica sobre a importância do cultivo demilho como questão de segurança e sanida-de das lavouras e solicitou a Aiba apresen-tação de proposta para criar um “gatilho” ouequação para manter a pauta fiscal do milhoem sintonia com os preços efetivamente pra-ticados no mercado.

Aiba nas discussões parareclassificação dos padrões do milho

Os produtores da região Oeste podem inter-ferir com sugestões para as novas determina-ções, através da Aiba que está participando ati-vamente do processo de reclassificação.

O representante da Aiba na Câmara Setorialdo Milho e Sorgo, Celestino Zanella, explicaque a nova classificação vai beneficiar todosos produtores, tanto para vendas internas,quanto externas. “A padronização do milho vaipossibilitar melhores oportunidades de negó-cios, pois com o milho segregado de acordocom as normas de cada país, a exportação ficamais fácil”, explica Zanella.

Bahia Farm Show: vendas abertas para 2010

Já está aberta a venda de espaços para a próxima Bahia Farm Show, que acontecerá de 1ºa 05 de junho de 2010. Sua empresa não pode ficar de fora da Maior Vitrine do Agrone-

gócio da Bahia. Para acessar o manual do expositor e entrar em contato com a coordenaçãocomercial, acesse www.bahiafarmshow.com.br

Este ano, a feira superou expectativas de negócios e público. Foram captados R$ 214milhões e o total de 32 mil pessoas visitaram o Complexo durante os cinco dias do evento.

Convenção Coletiva 2009/2010

Convenção Coletiva - Depois de algunsencontros, foram encerradas no dia 16 dejunho as negociações da Convenção Cole-tiva 2009/2010. O processo foi finalizadocom um acordo entre trabalhadores e pro-dutores rurais que determinou o reajuste sa-larial de 12,36%, mudança na carga horá-ria e uma negociação para os delegados sin-dicais.

Durante as discussões, foram ouvidasas reivindicações das classes interessadas,mediados por associações, sindicatos e Mi-nistério Público do Trabalho.

Veja o que foi acertado:

PISO SALARIAL:Foi aceita a proposta de R$ 500 (reajus-

te de 12,36%), porém sem o gatilho auto-mático sugerido (reajuste do salário míni-mo mais R$ 35).

Para trabalhadores que recebem acimado piso, a proposta era do IPCA + 3%. Foiaceito o reajuste do IPCA (5,2 %), com apossibilidade de compensação de reajusteseventualmente concedidos no período.

BANCO DE HORAS:Foi inserida a possibilidade de compen-

sação de horas. Entretanto, a FETAG sub-meterá esta cláusula à avaliação do Minis-tério Público do Trabalho antes de enviar aconvenção para homologação.

DELEGADOS SINDICAIS:A proporção era de 1:150 trabalhadores

fixos, por CNPJ ou CEI. Os trabalhadoresqueriam reduzir para 1:100, fixos ou tem-porários. Foi negociado 1:130, fixos, porCNPJ ou CEI.

O documento final será redigido pelosdepartamentos jurídicos da FAEB, SindicatoRural de LEM e FETAG e entrará em vigorapós a homologação do Ministério Públicodo Trabalho, com efeitos retroativos a 01/05/2009.

A próxima convenção foi antecipada parao dia 1º de março de 2010.

Até o fechamento dessa edição (27/07),a Convenção Coletiva ainda não havia sidohomologada pelo Ministério Público do Tra-balho.

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Fundação Bahia abre as portas do CPTOAinauguração do Centro de Pesquisa e

Tecnologia do Oeste da Bahia –CPTO no dia 02 de junho marca uma novafase de contribuição em pesquisas e cres-cimento da produtividade para a agricul-tura baiana. Próximo e acessível aos pro-dutores da região Oeste da Bahia, ele estálocalizado na BR 020/242, no ComplexoBahia Farm Show em Luís Eduardo Ma-galhães (BA). É tecnologia de ponta, à dis-posição do produtor.

O CPTO foi inaugurado em uma sole-nidade na Bahia Farm Show, que reuniuprodutores, dirigentes das entidades envol-vidas no projeto, visitantes da feira, alémdo governador da Bahia, Jaques Wagner,do secretário estadual de Agricultura, Ro-berto Muniz, prefeitos regionais, represen-tantes de bancos, empresários do setor eimprensa. Em seu discurso, o governa-dor relembrou o lançamento da pedra fun-damental do CPTO dois anos antes. “Esteé o resultado de muito trabalho e compe-tência do produtor do Oeste. O centro seráum marco na pesquisa agrícola do esta-do”, afirmou.

Emocionado, o presidente da Funda-ção Bahia, Amauri Stracci, enfocou comorgulho todos os projetos desenvolvidospela entidade. “Estamos de casa nova eisto vai possibilitar que este trabalho fan-tástico que a Fundação Bahia desempenhatorne-se ainda mais extenso, difundindo

cada vez mais a tecnologia para o cerradobaiano”, disse. Stracci enfatizou a impor-tância do Fundo para Desenvolvimento doAgronegócio do Algodão (Fundeagro),sem o qual não haveria recursos para tor-nar o CPTO realidade.

Modernidade - O CPTO funciona emuma estrutura com 2,3 mil metros qua-drados, que abriga quatro laboratórios defitopatologia, entomologia, nematologia esementes, um auditório, refeitório, siste-ma de irrigação (pivô-central), campo ex-perimental, armazéns e galpões.

Além das pesquisas com culturas comoalgodão, soja, milho, café, cana-de-açú-car, girassol e mamona, o Centro de Tec-nologia Agrícola, vai sediar importanteseventos de transferência de tecnologias naregião, como o “Dia de Campo do Algo-dão”, a “Passarela da Soja”, “Dia de Cam-po do Café”, “Encontro técnico do Mi-lho”, “Dia de Campo de Cana-de-açúcar”,“Dia de Campo do Girassol e Mamona”.

“A Fundação Bahia já comemoradoze anos de contribuições para manteras lavouras baianas nos melhores rankin-gs e, agora, com o CPTO, iremos pro-mover muito mais desenvolvimento. Issograças ao produtor rural, que acreditana importância do conhecimento cientí-fico com sustentabilidade”, ressaltouStracci.

Idealizado pela Fundação Bahia, o

Centro de Tecnologia tomou forma como apoio da Associação Baiana dos Pro-dutores de Algodão (Abapa), Associaçãode Agricultores, Irrigantes da Bahia(Aiba), Empresa Brasileira de PesquisaAgropecuária (Embrapa) e o Fundo parao Desenvolvimento do Agronegócio doAlgodão (Fundeagro). O CPTO contatambém com a parceria da EBDA, Adab,IAC, consultorias, empresas mantene-deoras e de insumos, universidades, etc.

Novo time

De cara nova e já em fun-cionamento no novo en-

dereço, a Fundação Bahia tam-bém adquiriu reforços no mer-cado para o seu time, com doisnovos diretores, aos quais dáas boas-vindas e deseja mui-to sucesso. Luciano de Andra-de e Sérgio Aguiar, respecti-vamente ocupam os cargos dediretor executivo e diretor ad-ministrativo. A prata da casatambém foi aproveitada e oversátil Rodrigo Alves, que játrabalha há quatro anos na

Luciano de Andrade Sérgio Aguiar Rodrigo Alves

Fundação, assume a coordena-doria do novo departamento deDesenvolvimento & Marketing.

Segundo o engenheiro agrôno-mo Luciano de Andrade, sua metapara a gestão é fazer a Fundaçãoretomar o crescimento, consolidan-do e estreitando o relacionamentoentre a pesquisa e o produtor.“Aceitei este desafio que é, não so-mente administrar, mas dar início auma nova etapa desta conceitua-da empresa de pesquisa e alavan-car divisas para o crescimento daFundação Bahia”, afirma.

Perfil:Luciano de Andrade, natural de

Lobato (PR) reside em Luís Eduar-do Magalhães desde 2003. Casadocom Silvia Dias, é pai de dois filhos:Matheus Augusto de 16 anos eLuciana com 11 anos de idade.

Luciano é formado pela Univer-sidade Estadual do Paraná - FFALM– Bandeirantes, pós-graduado emMarketing – Campo Mourão – PR,tem formação e certificação interna-cional de Coaching Integrado – ICI– SP, líder Coach – Formação e Lide-rança – ICI – SP e atualmente está

cursando MBA – Executivo em Ad-ministração de Empresas com ênfa-se em Gestão – FGV.

Para a diretoria administrativa, oresponsável é o Eng. Agr. Sérgio Agui-ar, paulista, com 50 anos de idade, me-tade deles dedicado à agricultura. Comuma vasta experiência em gerencia-mento de empresas agrícolas, SérgioAguiar foca o fortalecimento dos elosadministrativos e diz que vai apoiar aFundação no que for preciso.

Sérgio José de Aguiar é naturalde São Manuel (SP) e reside naBahia desde 1988. Formado em en-

genharia agronômica pela Esco-la Superior de Paraguaçu Pau-lista. Em seu currículo, desta-cam-se atividades de gerencia-mento de empresas em São Pau-lo, Minas Gerais e Bahia.

Lançado pela nova diretoria,o novo setor de Desenvolvi-mento & Marketing tem à frenteo administrador Rodrigo Alves.De acordo com Rodrigo, a suaprincipal meta é fortalecer a mar-ca da entidade em todo o Brasile trabalhar lado a lado com aAssessoria de Comunicação.

Jaques Wagner, Humberto Santa Cruz, Amauri Stracci e Roberto Muniz cortam fita deinauguração

FOTOS EDUARDO LENA e RODRIGO ALVES

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Engajada em um projeto para agricultores familiares doassentamento Rio de Ondas, em Luís Eduardo Magalhães,

a Fundação Bahia quer demonstrar aos pequenos produtores aimportância da pesquisa e como se multiplicam resultados quan-do se faz uso da tecnologia, mesmo nas pequenas propriedades.

Para o diretor executivo Luciano de Andrade, o projetopretende criar no assentamento uma propriedade modelo eapresentar para as 252 famílias as novas variedades, os culti-vares mais produtivos e resistentes às doenças, disponibili-zar novos processos de transformação do produto agrícola,contribuir para qualificação da mão-de-obra para o uso dasnovas tecnologias e discutir com os produtores quais as tec-nologias, processos e serviços que a pesquisa agropecuária

Africanos e empresários agrícolasvisitaram o CPTO

Representantes de multinacionais e uma comitiva da

Confederação Africana dos Pro-dutores de Algodão, acompa-nhados pelo embaixador da Re-pública de Mali no Brasil, GerardScerb, visitaram o CPTO paraconhecer os trabalhos desen-volvidos pela Fundação Bahia eAssociação Baiana dos Produ-tores de Algodão (Abapa).

De acordo com o diretorexecutivo da Fundação Bahia,Luciano de Andrade, os coto-nicultores africanos, que conheceram diversas propriedadesda região Oeste, percorreram toda a estrutura do CPTO, ondeconferiram as técnicas para realização de ensaios nos labora-tórios e estações experimentais.

“A comitiva africana demonstrou interesse na assinaturade um convênio técnico para a troca de informações sobre acultura da fibra. A alta produtividade da cadeia do algodão da

Bahia foi o que gerou interesseda missão”, ressalta Andrade.

Durante visita ao CPTO dasempresas multinacionais Chemi-nova, FMC, Syngenta e a Ihara,a Fundação Bahia apresentousua nova estrutura. “A vinda daFundação Bahia para LuísEduardo Magalhães representaum esforço na busca pela me-lhoria da produtividade e daqualidade nas lavouras do cer-rado. Reunindo em um mesmolocal os ensaios de pesquisa,

ela se torna uma referência tecnológica regional,”, disse orepresentante comercial da empresa Cheminova, João Eduar-do Xavier.

A Fundação Bahia está de porta abertas para receber visitasde todos que queiram conhecer de perto os trabalhos realizadosno CPTO, disponibilizando um auditório e sala para reuniõespara todas as empresas mantenedoras.

Fundação Bahia abraça projeto paraagricultura familiar da região Oeste

Oestado da Bahia é atualmente o segundo maior produtornacional de algodão, concentrando sua produção na

região Oeste, caracterizada pelo cerrado. A agricultura prati-cada na região é a chamada empresarial, que envolve extensasáreas e elevado nível tecnológico, tendo sido plantados nasafra 2008/09 cerca de 283 mil ha.

Algumas estimativas indicam que a área plantada na re-gião para a próxima safra pode diminuir, devido a problemascausados pelas chuvas, provocando apodrecimento de ma-çãs e a baixa qualidade de fibra, o que resulta em queda naprodução e menor preço no momento da venda da fibra.

Na safra de 1998/99, foi firmado o convênio de pesquisaem melhoramento genético do algodoeiro entre a EmbrapaAlgodão/Fundação Bahia/EBDA. No início do programa demelhoramento genético, foram avaliadas e selecionadas linha-gens de algodoeiro provenientes do estado do Mato Grosso,onde a Embrapa Algodão possuía parceria com a FundaçãoMato Grosso. Normalmente, quando se inicia um programa demelhoramento de qualquer espécie, desde a escolha de geni-tores, cruzamentos, avanço de gerações das populações se-gregantes, passando pelos testes de progênies, avaliaçõesde linhagens e lançamento do cultivar, gasta-se em média 10anos. Como havia necessidade imediata de cultivares para ocerrado baiano, avaliou-se as linhagens desenvolvidas nocerrado do Mato Grosso (MT) nas condições do cerrado bai-ano, que culminou no lançamento das cultivares BRS Cama-çari e BRS Sucupira.

Os produtores do MT realizavam o plantio de cultivares deporte alto e de ciclo tardio. Desta forma, o programa de melho-ramento da Embrapa Algodão no MT tinha o foco voltado paraesse tipo de cultivar. Como as cultivares BRS Camaçari e BRSSucupira foram desenvolvidas no MT e avaliadas nas condi-ções do cerrado baiano, possuem porte alto e circulo tardio.Porém, essas duas cultivares foram em desencontro ao que osagricultores da região oeste da Bahia procuravam, que eramcultivares de porte médio/baixo e precoces. Com isso, essasduas cultivares não foram muito aceitas pelos produtores.

precisa desenvolver para a agricultura familiar.“Uma das nossas prioridades é disponibilizar e alavancar a

pesquisa também para o pequeno produtor. Esse projeto é de-safiador, pois é preciso fazer tudo isso em uma velocidade com-patível com o processo de transformação que ocorre no mun-do. Necessitamos de ações que possam contribuir para o forta-lecimento da atividade no campo, dando uma melhor qualidadede vida às famílias envolvidas no processo”, conclui Andrade.

O projeto foi criado pela Sec. Mun. de Agricultura de LuísEduardo Magalhães, em parceria com a Petrobras, Sec. de De-senv. e Agronegócio de Barreiras, Banco do Brasil, Banco doNordeste, Universidade Federal da Bahia e Fundação BA - enti-dade responsável pela coordenação do projeto.

BRS 286 – “Algodão geneticamente baiano”Flávio Rodrigo Gandolfi Benites Paralelo a avaliação das linhagens de algodão provenien-

tes do MT, foi iniciado nos primeiros anos da década de 2000,o avanço de populações segregantes, testes de progênies eavaliações de linhagens nas condições da região Oeste daBahia. No decorrer dessas avaliações, foi possível selecionarplantas que atendessem as exigências dos produtores do cer-rado baiano, que eram cultivares com porte médio/baixo, ciclomédio, produtividade de algodão em caroço e pluma elevadae resistência às principais doenças.

Culminando com o décimo ano da parceria entre EmbrapaAlgodão/Fundação Bahia/EBDA, (que é o tempo mínimo delançamento de uma cultivar para condições específicas), estáchegando no mercado a terceira cultivar lançada pela parce-ria. Denominada de BRS 286, a nova cultivar possui ciclo pre-coce (140-160 dias), porte baixo (110-120cm), produção de al-godão em caroço de 325 @/ha, produção de pluma de 133 @/ha, rendimento de fibra de 40%, comprimento de fibra varian-do de 29,1-31,3 mm, resistência medida em HVI variando de27,8-31,5 (gf/tex) e micronaire entre 3,9-4,5.

Em relação a doenças, possui resistência a mancha angu-lar, mosaico das nervuras e mosaico comum, moderadamenteresistente a ramulariose e medianamente susceptível ao com-plexo Meloidogyne incognita/Rotylenchulis reniforme –Fusarium oxysporum f. sp. Vasinfectum.

A cultivar BRS 286 é indicada para fechamento de plantio,devendo ser plantada na segunda quinzena de dezembro, sen-do destinada à produtores com média/alta tecnologia. Tal culti-var foi desenvolvida exclusivamente para atender a necessida-de dos produtores do cerrado baiano, sendo adaptada as con-dições de cultivo da nossa região. A cultivar BRS 286 foi lança-da para dar mais uma opção aos cotonicultores baianos no seuplanejamento agrícola, não temos a pretensão de que ela seja aúnica cultivar plantada na região, mas sim que ela contribuacomo mais uma opção no mercado, e quem quiser plantar umalgodão genuinamente baiano, está ai a opção, BRS 286.

Dr. Genética e Melhoramento de PlantasPesquisador Embrapa Algodão

Núcleo de P&D Bahia

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FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA EDESENVOLVIMENTO DO OESTE BAIANO –

FUNDAÇÃO BAHIA - CNPJ. 01.866.071/0001-34

ASSEMBLÉIA GERALEXTRAORDINÁRIA E ORDINÁRIA

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

A FUNDAÇÃO BAHIA convoca a Diretoria Executi-va, o Conselho Técnico, o Conselho Curador, sóciosquotistas da Fundação e produtores associados da Aibapara participarem da ASSEMBLÉIA EXTRAORDINÁ-RIA, que se realizará no dia 10 de Agosto de 2009 (se-gunda-feira), no auditório do Centro de Pesquisa e Tec-nologia do Oeste da Bahia – CPTO, localizado no Com-plexo Bahia Farm Show - BR 020/242 Km 535 s/n – LuísEduardo Magalhães – Bahia. O horário da assembléiaserá às 13h30min, em primeira convocação e às14h00min, em segunda e última convocação com qual-quer número de diretores, conselheiros, sócios quotis-tas da Fundação Bahia e produtores associados da Aibaque estiverem presentes, com a seguinte ordem do dia:

1 – Alteração do Estatuto da Fundação Bahia;2 - Outros Assuntos.

Em sequência, a Fundação Bahia convoca a Direto-ria Executiva, o Conselho Técnico, o Conselho Curador,sócios quotistas da Fundação e produtores associadosda Aiba para participarem da ASSEMBLÉIA GERAL OR-DINÁRIA com a seguinte ordem do dia

1 – Apresentação das atividades realizadas ao exer-cício de 2008/2009;

2 - Apresentação do plano de trabalho e Orçamentoa ser realizado em 2009/2010;

3 – Apresentação do Balanço Geral do exercício de2008/2009;

4 - Eleição da nova Diretoria para o biênio 2009/2011

5 - Outros assuntos.

Barreiras, 24 de julho de 2009.

Fundação de Apoio à Pesquisa eDesenvolvimento do Oeste Baiano

Amauri StracciDiretor Presidente

COMUNICADO

O presidente da Fundação Bahia, em decisão com demaisdiretores desta entidade de pesquisa agrícola, comunica atodos participante da diretoria executiva, conselho técnico,conselho curador, sócios quotistas, produtores associadosda Aiba, que por motivo de necessidade de alteração no Esta-tuto da FUNDAÇÃO BAHIA, foi adiada a ASSEMBLÉIAGERAL ORDINÁRIA, agendada para o dia 27/07/09, parauma nova data, que posteriormente será comunicada a todosos interessados.

Desde já, agradecemos antecipadamente a compreensãode todos.

Luís Eduardo Magalhães, 24 de julho de 2009.

Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento do OesteBaiano

Amauri Stracci - Diretor PresidenteCNPJ. 01.866.071/0001-34

ANO 16 Nº 170 Jul/09I mrofn 7

I mrofn

Acultura do milho se constitui em um dos principaiscultivos para produção de grãos em todo o mun-

do. O Brasil é um país de grande potencial na produçãode grãos, sendo o milho a cultura mais amplamente di-fundida e cultivada, pois se adapta aos mais diferentesecossistemas, e ocupa, em todo o território nacional,cerca de 12 milhões de hectares, com uma produçãoanual média em torno de 40 milhões de toneladas, con-centrada nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso doSul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Ca-tarina e Rio Grande do Sul, que respondem por cerca de98% da produção nacional.

A indústria sementeira de milho no Brasil é muito di-nâmica. A cada ano novas cultivares são recomendadase lançadas tanto por órgãos governamentais de pesquisaquanto pela iniciativa privada que atua exclusivamentena obtenção de híbridos. Atualmente tivemos a primeirasafra com híbridos de milho geneticamente modifica-dos com gene Bt “Bacillus thuringiensis”, o que confereas plantas de milho resistência contra a maior praga da

AFundação Bahia realiza todos os anos importantesDias de Campo em todo o Oeste da Bahia sejam eles

nas culturas tradicionais como soja, algodão, milho e café,como também, em outras culturas em expansão, como ogirassol. No caso do girassol, podemos destacar que ostrabalhos de pesquisas desenvolvidos desde 2003 pela Fun-dação Bahia, em parceria com a Embrapa Soja, são refe-renciais e contribuem para que esta região do estado setorne um pólo produtor da cultura, atraindo importantesinvestimentos de capital destinados aos empreendimentosdo setor de combustíveis renováveis (biodiesel). Isso so-mente foi possível graças a investimentos do GovernoFederal em pesquisas, através de agência de fomento comoo BNB. O Dia de Campo da Cultura do Girassol realizadopela primeira vez em nossa região foi concretizado na Fa-zenda Guarani, do Sr. Belmiro Catelan, no distrito de RodaVelha, município de São Desidério e teve um público sele-to de participantes: produtores agrícolas, profissionais doagronegócio, empresas de pesquisas, insumos (fertilizan-

Girassol em foco

Cultura do milhoRicardo Cruz cultura do milho, a Spodoptera fugipeda, muito conhe-

cida como lagarta do cartucho.Na safra 2009/2010, teremos no Brasil três mar-

cas de milho Bt para o controle de lagartas de lepi-dópteros: Yieldgard® da Monsanto; Agrisure® daSyngenta; e Herculex I® da Dow Agrosciences, issorepresentará um avanço nas produtividades do mi-lho, visto que a lagarta que mais causa prejuízos estasob controle, além do ganho para o meio ambiente,pois só para o controle dessa lagarta, a cada safrasão feitas em média cinco aplicações de inseticidas.No Oeste da Bahia, se considerarmos que cada apli-cação se gasta 1 litro de inseticida, 5 aplicações se-rão 5 litros por hectare ano, vezes os 180.000 hecta-res do Oeste da Bahia, significa uma economia900.000 litros de inseticidas a menos.

Diante disso, podemos concluir que podemos con-ciliar altas produtividades e preservação ambiental, ondetodos podem ganhar, o produtor que a base produtivado nosso país, e o meio ambiente.

Engenheiro Agrônomo – Fundação Bahia

tes e defensivos), estudantes e consultores.No local, foi proporcionado aos participantes estações

demonstrativas onde foram apresentados resultados de pes-quisa com apresentação de novos cultivares de girassolaltamente produtivos e adaptados ao Oeste da Bahia de-senvolvidos pelas empresas participantes no evento: CE-APAR SEMENTES, DOW AGROSCIENCES, HELIAGROe NIDERA SEMENTES.

A Fundação Bahia, a Embrapa Soja e o Sindicato Ruralde Luis Eduardo Magalhães proporcionaram aos partici-pantes a palestra técnica “Aspectos Gerais da Cultura doGirassol” tema este abordado pelo pesquisador Fábio Ál-vares de Oliveira.

Assim, o objetivo principal do evento foi apresentar aoprodutor da região o que há de mais moderno em termos detecnologia para produção da cultura do girassol, conseqüen-temente, estabelecendo uma base tecnológica sólida capazde assegurar a expansão da área cultivada e da produtivida-de desta importante fonte de riquezas e oportunidades.

Para colaborar com os trabalhos de pesquisa de cam-po do Projeto Fitossanitário de Monitoramento

e Controle ao Bicudo no Oeste da Bahia, o Fundea-gro entregou, no início do mês de julho, um veículozero quilômetro, modelo Fiat Uno Mille, para a Fun-

Fundeagro entrega veículo zero km paraa Fundação Bahia

dação Bahia.A entrega da chave do carro foi feita pelas mãos do

presidente Ezelino Carvalho, que destacou a importân-cia do investimento em tecnologia e pesquisa, princi-pal objetivo do Fundeagro.

O presidente do fundo Ezelino Carvalho entrega a chave para Sérgio Aguiar da Fundação Bahia

www.aiba.org.brwww.aiba.org.br

Confira as cotações dascommodities agrícolas da regiãoOeste da Bahia e as notícias do

agronegócio em nosso site:

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I mrofn

OFundo para o Desenvolvimento doAgronegócio do Algodão (Fundea-

gro) acaba de entregar equipamentos no-vos para a APAE do município de Barrei-ras. As doações fazem parte da ação quereverteu R$ 6 mil em gastos de cartões

Oinvestimento em ResponsabilidadeSocial e na capacitação dos profis-

sionais da cadeia produtiva do algodão ga-nhou um peso especial na pauta de priori-dades da Abapa nesta safra. Três grandesprojetos estão em andamento, que repre-sentam um aporte de verbas da ordem deR$1,1 milhão. Tratam-se do Projeto Algo-dão Sócio-Ambiental, capitaneado pelaAbrapa, que incentiva e adéqua as práti-cas produtivas nas propriedades para o cul-tivo socialmente correto, o Projeto Trei-namento para Operadores e Mecânicos deMáquinas Agrícolas, em parceria com aAgrosul/John Deere, e o Projeto PráticasCulinárias, de aperfeiçoamento dos profis-sionais que trabalham nas cozinhas das fa-zendas.

De acordo com o presidente João Car-los Jacobsen, reduzir as chances de errosna produção é indispensável para que o es-tado possa sustentar a boa imagem queconquistou no mercado dentro e fora do

Abapa reforça investimento em capacitação e Responsabilidade SocialBrasil. “Com estas iniciativas, miramos abase da produção. E, ao passo que inves-timos na qualificação dos profissionais edo produtor, estamos melhorando tanto aqualidade do produto, com processos maiseficientes, quanto a imagem do algodãobaiano, que, além da excelência da sua fi-bra, ganha destaque pelo caráter sócio-ambiental”, afirma.

Com o foco no homem do campo, aAbapa espera conquistar mais espaço noscorações e mentes dos consumidores dealgodão. Tanto nos compradores da indús-tria como, em última instância, no consu-midor final, cada vez mais exigente de bonsprocessos produtivos. Foi pensando nis-so que a Associação implantou o Progra-ma Sócio-ambiental da Produção de Algo-dão, que tem à frente a Abrapa. Ele pre-tende intensificar a conscientização e ori-entar o produtor sobre a necessidade evantagens de adotar boas práticas de cul-tivo. Dentre os tópicos, estão a observân-

A Associação Baiana dos Produtoresde Algodão (Abapa) participou da 27ªExposição Agropecuária de Barreiras(Expobarreiras), que aconteceu de 05 a12 de julho no parque de exposições En-genheiro Geraldo Rocha. A entidade mon-tou uma estrutura para dar orientações eapoio ao produtor rural durante todos osdias do evento. Quem passou pelo es-tande da Abapa, Aiba, Fundação Bahiae Fundeagro, teve acesso a informaçõestanto do cultivo do algodão em grandeescala, quanto para a agricultura famili-ar, foco da feira.

No dia 10, o presidente João CarlosJacobsen reuniu-se com o secretário daAgricultura, Roberto Muniz. Dentre ostemas que trataram, estava a revitaliza-ção da Câmara Setorial do Algodão. Ja-

cia da legislação socioambiental, a pre-servação do meio ambiente e, em especi-al, a proibição do trabalho infantil e traba-lho análogo a escravo. Nesta primeira fase,todas as propriedades estão sendo visita-das pelos técnicos treinados, que aplicamum questionário para diagnosticar os even-tuais problemas. Feito o “raio X” das pro-priedades, segue-se um trabalho de ajusteàs normas. Palestras e cursos serão cons-tantes em todas as etapas.

Já o Treinamento para Operadores eMecânicos de Máquinas Agrícolas tem porobjetivo capacitar os trabalhadores paraoperar equipamentos cada vez mais avan-çados. Atendendo a pedidos dos associa-dos, a Abapa, em parceria com a revendaAgrosul e com a John Deere, está mon-tando um moderno Centro de Treinamen-to, instalado em Luís Eduardo Magalhães.

“Encontrar pessoas capacitadas a tra-balhar em equipamentos sofisticados comoos que a cotonicultura demanda é uma das

nossas maiores dificuldades. Com profis-sionais aptos, diminuímos os danos pormau uso, e otimizamos o potencial das má-quinas. Além disso, promovemos umamelhoria no currículo do profissional, dei-xando-o mais desejável para o mercado detrabalho”, diz Jacobsen.

Aperfeiçoar a gestão nas cozinhas dasfazendas de algodão é a idéia central doProjeto Práticas Culinárias, implementadoem janeiro pela Abapa. Em formato demódulos itinerantes, o Projeto está capa-citando gratuitamente cozinheiros e mani-puladores de alimentos nas propriedadesdos associados. Os primeiros treinamen-tos começaram em fevereiro, na região doAnel da Soja. Com práticas corretas nomanuseio e confecção dos alimentos e in-trodução de novas receitas no cardápio daspropriedades, tem-se funcionários maissaudáveis e satisfeitos e redução de até 20%nos custos de alimentação. Ponto para acotonicultura.

Secretário recebe demandas do algodão na 27ª Expobarreirascobsen entregou ao secretário uma cor-respondência solicitando o seu apoio juntoà Secretaria de Transportes e Recupe-ração das rodovias que compõem o Anelda Soja. “Esta é hoje uma das maioresurgências da região. A precariedade dasestradas atravanca o desenvolvimento doOeste e compromete a renda do produ-tor”, afirma.

A feira reuniu mais de 300 empresasvoltadas para a agricultura empresariale para a pecuária, além de mais de 150estandes para a agricultura familiar. Oevento foi organizado pela prefeituramunicipal de Barreiras, em parceria coma Associação dos Criadores de Gado doOeste da Bahia (Acrioeste) e a Associ-ação dos Caprinocultores do Oeste daBahia (Caprioeste).

Na Bahia para conhecer as técni-cas de plantio de algodão, a co-

mitiva de produtores africanos lidera-da por representantes da Associaçãodos Produtores de Algodão Africanos(Aproca) conheceu as instalações e ostrabalhos desenvolvidos pela Abapa.O grupo visitou os Laboratórios deAnálise de Fibra da Associação e asusinas de beneficiamento de algodãodo cerrado baiano.

De acordo com o presidente daAbapa, João Carlos Jacobsen, os pro-dutores vieram buscar informaçõespara aplicar em um milhão de hecta-res no continente africano, voltadospara a agricultura familiar.

“As informações levantadas aquina Bahia poderão ser utilizadas na co-tonicultura africana, com alguns ajus-tes, é claro. A Bahia é o segundo pro-dutor brasileiro de algodão e o primei-ro em qualidade. Temos muito quemostrar”, concluiu Jacobsen.

Abapa apresenta cadeiaprodutiva do algodão

para Africanos

Alunos da APAE de Barreiras recebemequipamentos do Fundeagro

natalinos para ajudar duas instituições so-ciais da região Oeste da Bahia.

A APAE de Barreiras ganhou armáriosnovos para cozinha, bicicleta ergométricae materiais didáticos que irão ajudar nodesenvolvimento psicomotor dos alunos

da instituição, como informa o diretor daentidade, César Elpídio.

Em março deste ano, o Fundeagro en-tregou um fogão industrial, um liquidifi-cador e uma máquina fotográfica digitalpara a APAE, de Luís Eduardo Magalhães.

Presidente da Apae, funcionários e aluna testam os novos equipamentos

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BNB junta-se a produtores e Governo para construção de rodovias

Aimplementação do Programa para a Pavi-mentação de Rodovias, uma parceria do

Governo do Estado da Bahia, prefeituras muni-cipais e produtores rurais do cerrado baiano ga-nhou novo reforço: o Banco do Nordeste. Nodia 10 de julho, o presidente da Associação deAgricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Wal-ter Horita, o vice, Sérgio Pitt e o diretor regionalJoão Lopes Araújo reuniram-se em Salvador como diretor de Negócios do BNB, Paulo SérgioFerraro, e executivos do banco para discutir osdetalhes da inclusão do BNB no consórcio quevai incrementar a malha rodoviária da região,um dos maiores pólos agrícolas do país.

O BNB vai disponibilizar uma equipe técni-ca específica para auxiliar na formatação daParceria Público Privada (PPP) e elaborar omodelo de operação para financiamento da

obra pelo banco. De acordo com Ferraro, se-rão necessários estudos técnicos para aten-

de uma operação atípica, que exigirá do bancoalguns ajustes para ser implantada”, disse odiretor.

Pela parceria, caberá aos produtores e pre-feituras realizar a terraplenagem, além da regu-larização do sub-leito, sub-base e base dasestradas. Já o Governo do Estado participa coma elaboração do projeto, liberação das licen-ças ambientais, imprimação, pavimentação,drenagem superficial e controle tecnológico.

“Este programa que está sendo implemen-tado é uma experiência pioneira na Bahia e be-neficiará milhares de usuários, em especial aosprodutores rurais e toda a população do en-torno. É um processo transparente, que garan-tirá a eficiência operacional e gestão comparti-lhada, com maximização dos recursos aporta-dos”, afirma Sérgio Pitt.

der às particularidades desta operação, quenão estão previstas em normativas. “Trata-se

João Araújo, Sérgio Pitt, Paulo Sérgio Ferraro, Walter Horita e Francisco Carlos Chagas