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CURSO DE FORMAÇÃO PARA NOVOS

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CURSO DE FORMAÇÃO

PARA NOVOS

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Curso de Formação para novos Coroinhas

Grupo de AcólitosTemas

São Tarcisio

O que é um acólito?

Eu tenho vocação?

Ser católico é oração

Bíblia

A família católica

Sacramentos

Vestição

A missa

Ano litúrgico e cores litúrgicas

Objetos litúrgicos e os livros sagrados

Simbologia Litúrgica

Funções do acólito

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Curso de Formação para novos Coroinhas

SÃO DOMINGOS SÁVIO

São Tarcísio

Tarcísio nasceu em Roma, provavelmente por volta do ano 245. Antes de completar sete anos, perdeu o pai e a mãe na mesma época. Foi, então, adotado por uma família que morava próximo à sua casa. Seus pais adotivos eram bons cristãos e prepararam-lhe para o coração para o encontro fundamental e definitivo com Cristo.

Gostava imensamente de ouvir os exemplos de fé e heroísmo oferecido pelos cristãos. Isso ajudava a crescer o seu amor por Jesus. A luz do céu tomou conta de todas as dimensões de seu ser, fazendo-o experimentar o verdadeiro sentido de sua existência. Tomou a firme decisão de seguir e servir somente a Jesus, pois era ele

a fonte daquela que o tomara por completo. Só por Jesus valia a pena viver e dar a vida.

Na época de Tarcísio, o batismo era administrado geralmente aos adultos depois de um longo período de preparação. Ele nutria um ardente desejo de torna-se cristão, filho da igreja, e de poder um dia dar a vida, em martírio, por Jesus.

Na quarta-feira da quarta semana da quaresma ,quando o Papa se reunia com os sacerdotes se reunia com os catecúmenos para o grande escrutínio,Tarcísio apresentou-se e o Papa lhe perguntou: ”Amas muito a Nosso Senhor?” Respondeu ele: ”Sim, e não poderia viver sem amá-lo. Foi ele quem me deu a vida e me chamou para o seio da igreja”

O batismo de Tarcísio realizou-se no Sábado de aleluia durante a vigília do glorioso dia que lembra a ressurreição de Jesus. Após o batismo, recebeu também o sacramento a crisma. Estava pronto para defender a fé.

Desde o dia do seu batismo, passou a participar mais de perto da vida dos cristãos Reunia-se com eles nas catacumbas para realizar as funções litúrgicas. Acompanhava o Papa Sisto II na missa (esse Papa morreria, por ser cristão, em torno do ano 258). Nessa época, celebrava-se a eucaristia embaixo da terra, nas catacumbas, devido à perseguição do imperador romano, Valeriano.

Quando os cristãos eram lançados às prisões, e quase sempre eram mortos depois, costumava-se levar-lhes a comunhão às escondidas, para que não desanimassem nem perdessem a fé. Quem fazia isso eram os diáconos.

Um dia, às vésperas do martírio de um grande grupo de cristãos, o Papa Sisto II não sabia a quem mandar para levar a comunhão na prisão, pois seus diáconos também estavam presos. Foi então que Tarcísio, com apenas 12 anos, se ofereceu. Todos diziam que poderia ser morto, mas ele argumentou

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que ninguém iria desconfiar de uma criança. Afirmou que preferia morrer a entregar a eucaristia aos pagãos romanos.

Diante disso, foi aceito. Passando por uma estrada chamada via Ápia, alguns rapazes perceberam o modo cauteloso como Tarcísio segurava algo sob sua roupa. Tentaram saber o que era. Como se recusou a mostra-lhe o que era, foi apedrejado até a morte. Quando foram procurar o que Tarcísio levava, as hóstias haviam sumido misteriosamente. Um soldado cristão viu Tarcísio gravemente ferido e o levou, as catacumbas. Antes de Falecer, Tarcísio ainda pôde dizer baixinho: “Recebi Cristo em minha alma. Agora vou ficar com ele no céu, para sempre”. E morreu nos braços do oficial romano.

Os cristãos reunidos nas catacumbas receberam com grande comoção o corpo de Tarcísio. E ali mesmo, celebraram a eucaristia, junto ao mártir da eucaristia. Desde início, Tarcísio foi venerado como exemplo de santidade. É como dissemos, o padroeiro dos acólitos e coroinhas.

Em Casa

a) O que mais lhe chamou a atenção na história de são Tarcísio?Por quê?

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b) Por que você acha que São Tarcísio amava tanto a Eucaristia?

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c) Que sentimentos VOCÊ tem em relação à eucaristia?

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O que é um Acólito?Uma parte da igreja é o coro (daí vem à palavra

coroinha): Balcão onde ficavam os cantores, os acólitos e os sacristãos – os únicos que podiam responder as celebrações, pois sabiam latim. Eles eram treinados para dizer em latim aquilo que era destinado às pessoas. Decoram as frases e respondiam em nome dos presentes. Foi nesse ambiente que surgiram os coroinhas, os meninos do coro. Na hora da oração, eles iam até o coro para recitar as orações e ajudar o padre. Além disso, aprendiam a ler e cantar com ele. Naquele tempo, ainda não existia escolas. Poucos eram as pessoas alfabetizadas, crianças, então,

menos ainda.Foi assim que os coroinhas começaram a ganhar espaço nas

celebrações. Ate aproximadamente 1960, somente eles respondiam à missa, rezada em latim. Os fiéis só assistiam a ela. Quando passou a ser celebrada em nossa língua, as pessoas passaram a rezar cantar e orar juntas. Então, os coroinhas perderam a sua função? NÃO! Ao contrário, hoje, mais do que nunca, os coroinhas são muito importantes nas celebrações de nossas comunidades. Eles ajudam a servir o altar e acompanhar o celebrante nos batizados e nas primeiras comunhões, alem de participarem em teatros, homenagens, leituras... São fundamentais para nossa comunidade, pois desempenham um ministério, um serviço.

O papa Bento XVI , em agosto de 2006 , dirigiu-se assim aos acólitos: ”Queridos Acólitos, na realidade vós já sois apóstolos de Jesus! Quando participais na Liturgia desempenhando o vosso serviço no altar, ofereceis a todos um testemunho. A vossa atitude recolhida, a vossa devoção que parte do coração e sem distrações, de um modo que qualquer, então o vosso é um testemunho que toca os homens”.

Ser acólito e coroinha é um comprometimento com a vida comunitária. Servindo o altar, ele faz crescer a comunidade. A vocação é um chamado à alegria. É necessário um coração simples e orante, capaz de ouvir a proposta; generoso, capaz de discernir e responder ao chamado de Deus. O ministério de Acólitos desempenha um serviço importante na igreja.

Sem a participação dos coroinhas, as, nossas celebrações não seriam tão alegres. Você sempre será bem-vindo em nossa comunidade. Convide um amigo ou uma amiga que ainda não participa ou participa muito pouco. Traga-os. Se todo mundo der sua contribuição, nossa comunidade irá ser sempre mais viva e alegre.

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Os acólitos e coroinhas são crianças e jovens que prestam um importante serviço à igreja ao desempenhar tarefas especificas no altar, nas liturgias e em outros ritos, auxiliando aos sacerdotes.

São vários os escritos da igreja que citam que procuremos dar atenção especial ao ofício dos coroinhas em nossas paróquias e capelas.

Em Março de 1994, o Papa João Paulo II aprovou oficialmente a presença de coroinhas meninas como ajudantes nas celebrações litúrgicas.

O papa Bento XVI , em agosto de 2006 , dirigiu-se assim aos acólitos: ”Queridos Acólitos, na realidade vós já sois apóstolos de Jesus! Quando participais na Liturgia desempenhando o vosso serviço no altar, ofereceis a todos um testemunho. A vossa atitude recolhida, a vossa devoção que parte do coração e sem distrações, de um modo que qualquer, então o vosso é um testemunho que toca os homens”.

Algumas atitudes são necessárias aos acólitos e coroinhas: Espírito de disponibilidade: Estar pronto para ajudar; Espírito sensível: Estar atento às necessidades; Espírito de equipe: No grupo não deve haver competição, mas

companheirismo e amizade; Espírito de fé: A celebração Eucarística é o momento mais forte da

vida da comunidade. É ali que todos celebram suas vidas, suas lutas pela justiça e a fraternidade. Por isso, os acólitos não estão no altar como se estivesse fazendo teatro. Eles estão ali para ajudar a comunidade a rezar. Assim, deve participar da celebração com atenção e piedade.

Em Casa

Leia em At 2, 42-47, e reflita se você está aqui e agora a serviço do senhor como um coroinha. E reze de mãos dadas, em agradecimento de sua vida, a oração que o próprio Jesus Cristo no ensinou: o Pai Nosso.

Fazer para trazer na formação

1. Desde quando as meninas foram aceitas, pelo Papa, para o grupo de coroinhas?

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2. Por que você quis ser coroinha?

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3. Qual foi a primeira função dos acólitos? E agora, qual é a função dos

acólitos? E você vai estar apto para estas responsabilidades?

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Eu tenho vocação?

A palavra vocação vem do latim ”vocare”, que significa chamar.Talvez em um primeiro momento você possa estar se perguntando por

que refletir o tema vocação no curso de coroinha. Qual a importância para o acólito refletir sobre o chamado? Chamado de que? Quem chama? Vamos entender estes questionamentos.

Nossa reflexão sobre a vocação parte da idéia que nós todos fomos criados a partir da imagem e semelhança de Deus. Este ponto de partida é importantíssimo. Saber que fomos criados por Deus e que ele nos fez parecido com ele. Muda muito o nosso jeito de viver. Quem não pensa em Deus na sua vida nem se lembra que se parece com Ele, certamente não terá a preocupação de ser bom com os outros. Irá viver uma vida egoísta e indiferente para com seus irmãos. Mas quem tem a consciência de que foi criado por Deus e se parece com Ele, viverá uma vida voltada para o bem. Esta é a vocação que Deus nos deu, ou seja, este é o chamado que Deus faz: Sermos bons. Veja o que Deus nos diz na Bíblia em Lv 20, 7.26(confronte com Mt 5, 43-48).

A verdadeira felicidade está em responder a Deus o convite que ele nos faz. Quanto mais sim dermos a Deus, mais felizes seremos.

Para cada um de nós, Deus convida de forma diferente, por isso existem tantas formas de servir a Deus: Padres, Acólitos, Freiras, Catequista, casais, etc. Mas para todos os tipos de convite, o objetivo é um só: Nos fazer feliz.

A melhor forma de escutarmos o convite de Deus para nossa felicidade é buscar sempre ouvir a palavra de Deus. Nós ouvimos esta palavra de diversas formas: na missa, na leitura pessoal na bíblia, nos momentos de oração pessoal, nos acontecimentos da vida.

Ser acólito e coroinha é um comprometimento com a vida comunitária. Servindo o altar, ele faz crescer a comunidade. A vocação é um chamado à alegria. É necessário um coração simples e orante, capaz de ouvir a proposta; generoso, capaz de discernir e responder ao chamado de Deus. O ministério de Acólitos desempenha um serviço importante na igreja.

Em carta dirigida aos sacerdotes, o Papa João Paulo II pede-lhes atenção aos acólitos: “que constituem uma espécie de viveiro” de vocações religiosas. Prossegue: “O grupo de acólitos, bem acompanhado por vós no âmbito da comunidade paroquial, pode percorrer um válido caminho de crescimento cristão, formando quase uma espécie de pré-seminário”. E bom lembrar que quase todos os padres de hoje, eram coroinhas quando meninos.

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Em Casa

Reflita no fundo do seu coração se o chamado que Deus está fazendo na sua vida, é realmente está aqui, no grupo de acólitos, pense por que você está aqui, e se você está feliz. E depois leia na Bíblia Mt 8, 26 e Sl 32, 8. E escreva uma carta (como se fosse destinada ao Padre) dizendo seus motivos para ser acólito, e o que ele poderia fazer para melhorar sua vida cristã.

Ser católico é oraçãoTodos os momentos são indicados para a oração, mas temos momentos

especiais ao longo do dia que podemos vivenciar com mais intensidade a oração: oração da manhã, oração antes e depois das refeições e oração da noite. Também é importante fazer nossas orações em momentos que marcam nossa existência como, por exemplo, aniversários, estudos, etc.

Oração é relação pessoal e viva dos filhos e filhas de Deus com a Santíssima Trindade o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É Deus que nos procura em primeiro lugar. Ele quer que estejamos sempre com Ele. A Oração é a resposta que o ser humano dá a iniciativa de Deus. A oração pode ser expressa de três formas:

1. Oração Vocal: Unimos o nosso corpo à oração interior. Aquilo que está dentro do nosso coração, nossa voz expressa. Este tipo de oração é feito principalmente nos momentos comunitários.

2. Meditação: É feita somente no nosso interior. É uma reflexão orante, que tem como base principalmente a Palavra de Deus. Aqui nós pomos ação, nossa inteligência, nossa imaginação e nossa emoção.

3. Contemplativa: É um aprofundamento da oração de meditação. Aqui o silêncio é mais profundo. Um silêncio de olhar para Deus, e sentir seu amor.

Podemos fazer nossas orações com os seguintes conteúdos: Bênção: Bendizer a Deus, pois Ele primeiro nos abençoou. Reconhecimento de seu poder e maravilha. É uma oração de admiração diante de Deus que tudo fez; Súplica: Que pode ser um pedido de perdão ou um pedido de uma graça que você necessita; Adoração: Eu me prosto diante do Deus, sentido sua presença maravilhosa; Intercessão: Oração feita em favor do outro; Ação de graças e louvor: Agradecer a Deus por sua presença e ajuda em nossa vida. Todo acontecimento para o cristão é momento de agradecer a Deus. A santa Missa contem e exprime todas as formas de oração. As fontes da oração, ou seja, de onde nasce a oração: a palavra de Deus, a liturgia da Igreja, as virtudes teológicas (fé, esperança e caridade) e as situações do dia-a-dia que vivemos.

Encontramos na bíblia, várias pessoas na Bíblia que podem nos servir de exemplo para nossa vida cristã de oração:

1. Moisés: Contemplação (sarça). Relação pessoal (Ex. 33, 11), intercessor.

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2. Jesus: O grande exemplo de oração é Jesus que se retirava no silêncio e nos ensinou a mais completa oração: Pai Nosso. Nossa

oração unida e de Jesus tem mais eficácia.

3. Maria: Exemplo de oração de confiança, fé e generosa oferta de todo o seu ser. Uma bela oração de Maria é o Magnificat (Lc 1, 46-55)

Em Casa

Crie com o seu coração, que é templo do Espírito Santo, uma oração de

Ação de Graça, que comece com: “Senhor, Meu Deus, eu te agradeço por...”. E traga no próximo encontro.

BíbliaA partir do Concílio Vaticano II, a bíblia retomou seu lugar, como fonte e

alma da vida cristã. A cada dia o povo descobre o tesouro dos livros Sagrados, e progressivamente, vai tomando consciência da relação que existe entre a Bíblia e Vida. Podemos dizer que o povo cristão percebe cada vez mais a Bíblia dentro de sua vida e passa a encontrar sua vida dentro da Bíblia. A palavra de Deus se torna assim, verdadeira “Lâmpada para os pés e a luz para o caminho” (Sl 118, 105).

A bíblia é um conjunto de livros que revelam a vida de Deus presente na história dos homens. Na bíblia encontramos a palavra de Deus expressa pela palavra dos homens, revelando o projeto de Deus, que transforma a história e a leva em direção à liberdade e à vida plena para todos.

A bíblia cristã tem duas grandes partes: O antigo e o Novo Testamento.O antigo testamento é uma coleção de 46 livros onde encontramos a

história de Israel, o povo que Deus escolheu para com ele fazer uma aliança. Portanto, o antigo testamento é a historia de um povo: mostra como surgiu, como viveu escravo no Egito, como possuiu a terra, como foi governado, quais as reações que teve com outras nações, como estabeleceu suas leis e viveu a sua religião. Vendo como Israel foi fiel ou não a esse projeto e como Deus agiu no meio de, podermos nos aproximar com mais compreensão da outra parte da bíblia, chamada novo testamento.

Jesus, o filho de Deus, se encarnou na terra e na história concreta do povo de Israel, assumindo a sua história, tradições, cultura, e religião. Fez no antigo testamento a inspiração a norma de sua palavra e atividade: Realizar o projeto. Bem cedo à comunidade cristã percebeu que Jesus havia realizado todas as promessas, trazendo o reino de Deus para a história. E foi com a luz do antigo testamento que os primeiros cristãos compreenderam o significado da pessoa da atividade de Jesus e produziram, pouco a pouco, os escritos do novo testamento (ao todo 27 livros) a mesma tarefa cabe a nós: ler e meditar o antigo testamento a fim de compreender a pessoa de Jesus e continuar a sua palavra ação da história.

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Na Bíblia Católica:

Antigo Testamento: 46 LivrosNovo Testamento: 27 LivrosTotal de Livros: 73 Livros

As citações de textos bíblicos são apresentadas da seguinte maneira: LIVRO (de maneira Abreviada), seguido do CAPÍLTULO e do VERSÍCULO em questão. O importante porem é saber distinguir o valor dos diversos SINAIS DE PONTUAÇÃO.

A vírgula (,): Separa o Capítulo do versículo.O ponto (.): Indica um salto entre os versículos: ler somente o número

que precede e que o segue.I hífen (-): É o contrário do anterior: ler desde um versículo até o outro,

sem omitir os versículos intermediários.O ponto e vírgula (;): Separa citações, dentro do mesmo livro ou de um

livro para o outro.Os parênteses (): Cercam textos praticamente iguais à citação anterior,

como acontece amiúde, por exemplo, como citações dos três primeiros evangelhos.

Um esse (s): Indica o versículo imediatamente seguinte ao numero precedente: portanto, o total de dois versículos.

Dois esses (ss): Indica os dois versículos imediatamente seguintes: portanto, o total de três versículos. Para mais de três, usa-se o hífen (-), que, aliás, pode ser utilizado mesmo dois casos anteriores (s, ss)

Travessão (—): Citações extensão, que ultrapassam o capítulo, adotam o travessão.

Exemplo:

I Cor 4,6-13: Significa 1° Carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 4, versículos 6, 7, 8, 9, 10, 11,12 e 13

Jer 32,17-22.27ss: Significa Livro de Jeremias, capítulo 32, versículos 17, 18, 19, 20, 21, 22, 27,28 e 29 (não entram na citação os versículos 23, 24,25 e 26)

Prov 1,7 (9,10; Sal 110,10; Eclo 1, 16): Significa Livro dos Provérbios, capítulo 1, versículo 7 – Idéia ou palavra que se lê também no mesmo livro, capítulo 9; também no Salmo 110 e no Eclesiástico, capítulo 1, precisamente nos versículo 16.

Is 40 — 55: Significa Isaías, capítulos 40 até 55 inclusivamente, isto é, 16 capítulos inteiros!

Jo 11: Significa Evangelho segundo São João, capítulo 11 inteiro!Tob 5s ou Tob 5 — 6: Significa Livro de Tobias, capítulos 5 e 6

(apenas).Sal 95ss ou Sal 95 — 97: Significa: Salmos 95, 96,97(apenas)

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Tob 5,5 —12,22: Significa quase 8 capítulos do livro de Tobias, desde o capítulo 5, versículo 5, até o fim do capítulo 12

Rom 12, 14,17. 20s: Significa os versículos, isolados 14, 17,20 e 21 do capítulo 12 da Carta aos Romanos.

Fazer para trazer na formação

1. Escreva os seguintes versículos no seu caderno.

Lc 2, 48s / Lc 22, 42.44-46 / Mt 18, 19-21

A família católicaCom quase tudo que se torna grande, um povo começa pequeno. O povo

de Deus começou com um casal Abraão e Sara. Eles foram escolhidos por Deus na busca de caminhos novos. A família de Abraão era de Ur, na Cáldeia. Para seguir Deus, esta família partiu com coragem e sem nenhuma garantia, a não ser a confiança Nele.

“... Vai para a terra que eu te mostrar. Farei de ti uma grande nação; Eu te abençoarei e exaltarei teu nome e tu serás uma fonte de benções. Abençoarei aqueles que te abençoarem e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem; todas as famílias da terra serão benditas em ti.”

A família é mais antiga e preciosa instituição humana. É nela que o indivíduo se desenvolve e recebe seus primeiros ensinamentos. Nela somos acolhidos. Nela choramos e sorrimos pela primeira vez. Todos têm direito à família. E todas são igualmente responsáveis pela sua existência e harmonia. Sem distinção, todas as famílias passam por dificuldades, e para superá-las, a cada um dos seus membros cabe dedicação, sensibilidade, responsabilidade, perdão, atenção, amor. Não se vive isolado em família, todos dependem um dos outros. Cotidianamente, ela se rejuvenesce.

Cada família é o santuário do amor. Desejado por deus criado por Deus, ela é o campo fértil no qual o amor se enraíza e se desenvolve por meios dos sinais de uma organização que encanta, No mundo de hoje, caracterizado pala pressa, pelo consumismo, pela crescente violência e injustiça, é primeiramente na família que se deve buscar os valores perdidos. Só ela pode reencontrá-los. São os valores necessários para um regrado viver humano: honestidade, sinceridade, felicidade, doação, sacrifício, pureza, amor.

Também o valor religioso, tão esquecido e descuidado, poderá ser recuperado, caso a família tenha consciência da plena imagem religiosa, como de fato ela é.

É este o cidadão, que encontrou uma base verdadeira no seio familiar, que construirá um mundo fraterno. Apenas este cidadão é capaz de reconhecer-se como parte da grande família que é a humanidade, e que se reconhece irmão do seu próximo e filho de Deus. É a partir deste cidadão que podemos banir a injustiça, a corrupção e a desigualdade. São filhos guiados por seus pais para o caminho do bem que constroem a paz. São as famílias de ‘”boa vontade” que nos fazem crer em esperança e numa sociedade mais fraterna.

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Abraão acabou sendo o pai do povo do qual nasceu Jesus. Esta grande historia até hoje não terminou. Seus continua querendo a missão de famílias que hoje têm disposição e fé para seguir o exemplo de Abraão. As que não se conformam e querem uma sociedade melhor, confiam em Deus e se levantam contra qualquer situação de injustiça.

Em Casa

Faça um resumo de como é sua família, dizendo quem faz parte dela, quem trabalham os problemas comuns às coisas felizes que acontece, e outras coisas que quiser cocar.

SacramentosSão sete os sacramentos da igreja: Batismo, (confirmação ou crisma),

Eucaristia, Penitência (ou confissão), Unção dos enfermos, Ordem ou matrimônio. Os sacramentos nos dão os frutos da salvação realizada por Cristo. Eles são sinais sensíveis da graça de Deus. Nos sacramentos é o próprio Cristo que age e se faz presente por meio da igreja. A fé é muito importante para a que os sacramentos produzam melhores frutos.

Podemos dividir os sacramentos em três grupos: De Iniciação, de Cura e de Serviço de comunhão e missão.

Sacramento de Iniciação: Batismo, Crisma (ou confirmação) e Eucaristia. Eles são chamados de iniciação porque vão pouco a pouco, nos iniciando na vida cristã. É o nosso crescimento na fé. Pelo batismo nascemos para a graça de Deus, entramos na comunidade de fé, que é igreja. Com o batismo pertencemos para sempre a Cristo. A cor litúrgica do batismo é o branco. Pela crisma somos fortalecidos para continuar na caminhada iniciada com o batismo. Queremos renovar e revigorar nosso compromisso com o Cristo e sua Igreja. A cor litúrgica da crisma é o vermelho. Pela eucaristia somos alimentados continuamente para não nos enfraquecer na fé. Fazemos presente para sempre o sacrifício de amor que cristo realizou na cruz. É obrigatório para nós católicos celebrar a eucaristia nos domingos (no nosso caso, sábado) e festas guardadas. Os frutos para nossa vida da eucaristia: Cancela os pecados veniais, fortalece a fé, nos une mais a cristo e nos faz ser irmãos e irmãs. As cores litúrgicas são usadas de acordo com o que se celebra no calendário litúrgico.

Sacramentos de cura são: Penitência e Unção dos enfermo. No vida pode estar em perigo pelo pecado, por isso temos em Cristo a cura deste mal. Cristo é o nosso médico da alma e do corpo. Recebendo o perdão de cristo, temos as condições necessárias para vivermos bem e sem sofrimento.Pela penitência (ou confissão) nós somos perdoados por Deus, libertando-nos do pecado que nos impede de viver bem com Deus.A confissão deve ser uma prática contínua, pois sempre estamos em perigo de nos afastar de Deus.Temos que nos confessar pelo menos duas vezes por ano.O sacramento de confissão é chamado penitência porque depois que confessamos nossos pecados recebemos uma penitência para cumprir.A cor litúrgica deste sacramento é o roxo.O sacramento da Unção dos Enfermos (ou Extrema Unção) é para fortalecer nossa alma e nosso corpo debilitado por uma doença ou pela idade

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avançada.É nossa fé na presença de Cristo nos momentos de doença e fraqueza (Tg 5,13-16). A cor litúrgica é também o roxo.

Os sacramentos de serviço de comunhão e missão são a Ordem e o Matrimônio. Ajudam na edificação da igreja com uma missão especial. Quem recebe a Ordem tem a missão de governar a igreja. E quem recebe o Matrimônio tem a missão de testemunhar o amor de Cristo por nós.

VestiçãoPadre: Caros jovens, que desejais?Meninos: DESEJAMOS SER RECEBIDOS ENTRE OS ACÓLITOS

DESTA CAPELA.Padre: Em nome de Deus e da Virgem Maria, recebo vocês

carinhosamente entre os acólitos desta capela, mas peço que antes façais vosso juramento.

Meninos (com o braço estendido): PROMETO FAZER TUDO O QUE PUDER / PARA O DECORO DA SAGRADA LITURGIA, / SERVINDO JESUS CRISTO, / MEU REI A QUEM ADORO, / E CREIO ESTAR PRESENTE / NO SANTÍSSIMO SACRAMENTO DO ALTAR. / ESPERO SER FIEL / COM O AUXÍLIO DE SUA SANTA GRAÇA, / PELA INTERCESSÃO DA SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA,/ MÃE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. / ASSIM SEJA.

Benção das VestesPadre: O nosso auxílio vem do Senhor.Meninos: QUE FEZ O CÉU E A TERRA.Padre: O Senhor esteja convosco.Meninos: E COM TEU ESPÍRITOPadre: Oremos, Deus que amais a inocência, vos renovai em nossas

almas, nós vos pedimos, conservai e fortificai com Vossa graça o coração de vossos fiéis, a fim de que Vos sirvam com pureza de corpo e de mente, perseverando sempre imaculados. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.

(em seguida, o padre benze as vestes conforme o ritual asperge água benta e incensa-as. Entre uma por uma dizendo:)

Padre: Recebe esta veste branca, símbolo de pureza que deve ornar teu coração e teu corpo.

(Logo após, cada menino veste a sua roupa sacra com o auxílio de sua respectiva madrinha. Enquanto isso, o celebrante poderá falar brevemente ao povo sobre o serviço dos acólitos. Depois o padre entrega a cada um a cruz do acólito. E depois os acólitos ficam de joelhos)

Padre: Façais a vossa consagração.Meninos: Ó MAJESTADE DIVINA/AJOELHADO AOS PÉS DO ALTAR/

ONDE IREI DESEMPENHAR MEU OFÍCIO DE ACÓLITO/ EU VOS AGRADEÇO/ O INSIGNE FAVOR QUE ME HAVEIS CONCEDIDO/ DE SER ADMITIDO NESTE SUBLIME MINISTÉRIO./ CIENTE DE QUE,/ NEM MESMO OS ANJOS/ SÃO DIGNOS DE SE APROXIMAR DE VÓS,/ QUERO ESTAR

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SEMPRE EM VOSSA DIVINA PRESENÇA,/ COM O MAIS PROFUNDO RESPEITO./ QUERO SERVIR A JESUS CRISTO,/ NA PESSOA DO SEU SACERDOTE./ QUERO SERVIR A IGREJA,/ NA EXPRESSÃO DOS SINAIS MANIFESTADOS,/ SOBRETUDO,/ NO SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA. / QUERO EDIFICAR OS FIÉIS/ COM MINHA COMPOSTURA NO ALTAR,/ COM MINHA CONDUTA DENTRO E FORA DA IGREJA/ QUERO DISTINGUIR-ME,/ PELA OBEDIÊNCIA AO REGULAMENTO DOS ACÓLITOS,/ POR MINHA CARIDADE FRATERNA/ E PELA PUREZA DE CORPO E ALMA./ COM FIRME CONFIANÇA,/ INVOCO A VIRGEM GLORIOSA/ RAINHA DO CÉU E DA TERRA. AMÉM

A missa

Para que a Santa Missa seja realmente boa, é necessária a participação de todos. Por isso é importante conhecer todas as partes da missa.

A missa se divide em duas partes principais: “LITURGIA DA PALAVRA” e “LITURGIA EUCARÍSTICA”. Temos também, uma introdução que se chama “Ritos Iniciais” e uma conclusão que se chama “Ritos Finais”.

Na parte introdutória encontramos os seguintes ritos: procissão de entrada, acolhida, ato penitencial e o glória, encerrando com a Oração da Coleta (Oração do Dia). Chamada assim porque tradicionalmente o sacerdote

recolhe as intenções que os fiéis oferecem para a missa. Intenções de ação de graças, de súplica e pelos defuntos.

Na Liturgia da Palavra encontramos os seguintes elementos: a) Leituras (por onde Deus nos fala), composta pela primeira leitura (do antigo testamento, especialmente os proféticos); Salmo Responsorial (responde ao que foi dito na primeira leitura); Segunda Leitura (do novo testamento, especialmente as cartas de Paulo); Evangelho (o próprio Cristo nos fala); b) Homilia (Significa conversa familiar, onde o sacerdote explica as leituras atualizando-as para a nossa vivência do dia-a-dia); c) Credo: (resumo dos principais pontos da fé cristã); Oração da Assembléia (pedidos e/ou agradecimentos pela igreja, por si mesmo e pelos outros).

Liturgia Eucarística é formada pelos seguintes elementos: a) Ofertório (Os fiéis ofertam a sua vida e as suas orações, junto com o Pão e o Vinho; b) Oração Eucarística (A oração eucarística se compões por: prefácio, Santo, Epiclise (consagração), Anamnese (Recordação), intercessões e termina com a doxologia: Por Cristo, com Cristo... (detalhe: a doxologia é falada somente pelo sacerdote, enquanto os fiéis ficam em silêncio), c) Rito da Comunhão que começa com o Pai Nosso, segue com a Oração da Paz e do Abraço da Paz,

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Cordeiro (fração do Pão), comunhão e se conclui com a oração depois da comunhão.

Na parte conclusiva encontramos os seguintes elementos: compromisso (resposta ao que foi celebrado) *; Avisos; Benção e Despedida, e por fim o cântico final.

* Foi por isso que o nome de celebração Eucarística ao longo dos anos tomou o nome de missa, pois aqui se assuem ema missão concreta para vivenciar o que se celebrou durante a celebração Eucarística.

Ano litúrgico e cores litúrgicasO Ano Litúrgico, que é diferente do ano civil, que começa em 1º de

Janeiro e termina em 31º de Dezembro.O Ano Litúrgico é especial e diferente. No decorrer do ano, a igreja

comemora em dia determinados, as obras santas de Jesus. Em cada semana, chamado dia de Domingo, Dia do Senhor, ela recorda a ressurreição de Jesus, celebrada uma vez por ano com a paixão. Na solenidade máxima da Páscoa. Durante todo o ano celebramos todos os ministérios de CRISTO, toda a sua Vida.

O “Calendário” estabelecido pela igreja denomina-se: “Ano Litúrgico”. Para que possamos entender melhor o Calendário Litúrgico, ele se encontra dividido em partes chamadas ciclos, que por sua vez, estão divididos em tempos.

CICLO DO NATAL: Tempo do Advento, Natal, Festa de Maria Mãe de Deus (Ano Novo Civil), Epifania do Senhor, Batismo do Senhor, Tempo Comum (1º Parte).

CICLO DA PÁSCOA: Tempo da Quaresma, Semana Santa, Páscoa, Tempo da páscoa, Ascensão, Pentecoste, Tempo Comum (2º Parte).

OBSERVAÇÃO: Existem dois grandes grupos chamados de CICLOS: Natal e Páscoa, e quatro chamados de TEMPOS: Advento, tempo Comum (1º e 2º Parte), Tempo da Quaresma e Tempo da Páscoa.

O Ano Litúrgico é identificado pelas letras A, B, C (que se referem aos Evangelhistas: Mateus, Marcos e Lucas) para as celebrações dos DOMINGOS, e pelos modos PAR e IMPAR para os dias da semana.

Cada Tempo possui uma cor que por sua vez traz consigo um significado simbólico. As cores são:

BRANCO : É utilizado no tempo do Natal, Tempo da Páscoa e festividades Solenes (Representa Festa, Alegria, Pureza e Paz);

VERMELHO : É usado para as festas dos Mártires, do Espírito Santo e a Paixão;

VERDE : É usado no Tempo Comum (representa a Esperança);

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ROXO ou VIOLETA : É usado no Tempo do Advento, na Quaresma e nas missas dos fiéis defuntos (representa Penitência, Conversão e Espera);

ROSA : É usado dois vezes por ano: no 3º Domingo do Advento e no 4º Domingo da Quaresma (representa Suavização da Penitência e do Sacrifício durante esses períodos);

PRETO : É pouco utilizado, sendo substituído pelo ROXO nas Cerimônia Fúnebres, com a missa do Sétimo Dia;

Objetos litúrgicos e os livros sagrados Objetos Litúrgicos não são apenas coisas concretas, são também sinais,

por isso transmitem mensagens, não só pela presença deles, mas pelo modo como são utilizados ou conservados.

A beleza da patena, do cálice, da âmbula, o formato e o acabamento das velas, as flores naturais e a sua conservação; tudo isso deve contribuir para uma proveitosa celebração do memorial da páscoa de Cristo.Portanto, você acólito, deve conhecer muito bem cada detalhe e cada objeto de maneira minuciosa e tratá-los com zelo e respeito, por que assim nos pediu Jesus : Tendes zelo com a casa de meu Pai (O zelo por tua casa me consumirá; Jo 2, 13-22)

Altar: Mesa grande onde se celebra a missa. O centro de toda a liturgia;Âmbula, cibório ou píxide: Recipiente para a conservação e distribuição

das partículas aos fiéis;Aspersório: Instrumento com que se joga água benta sobre o povo ou

objetos;Caldeirinha: Vasilha que se coloca água benta para aspersão do povo;Cálice: Recipiente no qual se consagra o vinho durante a missa;Castiçal: Utensílio que serve de suporte para a velaCírio Pascal: Vela grande de cera que acesa, simboliza o Cristo

ressuscitado. É benzida e solenemente introduzida na igreja no início da vigília pascal; em seguida é colocada ao lado da mesa da palavra ou a lado do altar.O Círio permanece aceso durante as ações litúrgicas do tempo pascal (até a festa de pentecostes).Costuma-se,às vezes, colocar o Círio fora do tempo Pascal, junto à fonte batismal, acendendo-o em cada celebração batismal.

Corporal: Tecido em forma quadrangular sobre o qual se põem o cálice com vinho e a patena coma hóstia;

Credencia: A mesinha onde ficam depositados os objetos sagrados;Galhetas: Dois recipientes contendo respectivamente a água e o vinho

para a celebração eucarística;Hóstia: Pedaço de pão não fermentado (ázimo) que se consagra na

missa; para a comunhão do padre e dos acólitos;

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Incenso: Resina aromática extraída de várias plantas, que se queima durante determinadas celebração (em geral, celebrações solenes);

Manustérgio: Toalha com que o sacerdote enxuga as mãos, após lavá-las durante a missa;

Mesa da palavra (Ambão): Lugar apropriado para proclamação da palavra de Deus;

Naveta: Pequeno Vaso onde se transporta o incenso nas ações litúrgicas;

Ostensório: Objeto no qual se mostra aos fiéis a hóstia consagrada na solene exposição do Santíssimo;

Pala: Cartão quadrado, revestido de pano, para cobrir a patena e o cálice;

Patena: Pequeno prato, geralmente de metal, para conter a hóstia, durante a celebração da missa;

Partícula: Pequeno pedaço de pão sem fermento, em geral de forma circular, que o Padre consagra para a comunhão os fiéis;

Sacrário: Lugar de maior respeito, na igreja. Nele se guarda as partículas e a hóstia consagradas;

Sanguinho ou Purificatório: Tecido de forma regular com o qual o sacerdote, depois da comunhão, enxuga o cálice e, se for preciso, a boca e os dedos; um pequeno pano de linho, usado para purificar os vasos sagrados;

Sineta ou Carrilhão: Pequeno sino usado na consagração para chamar a atenção dos fiéis;

Túnica: Veste branca usada pelos sacerdotes e também pelos acólitos;Turíbulo: Vaso que queima incenso sobre as brasas.

LIVROS LITÚRGICOS

São livros que contem os ritos e os textos para as diversas celebrações. É importante que sejam tratados com cuidado e respeito, pois é deles que se proclama a palavra de Deus e se profere a oração da igreja. Os principais são:

Missal Romano: Livro usado pelo sacerdote para a celebração eucarística. Contém as orações e a seqüência das missas para cada dia e cada domingo do ano;

Lecionário: Livro que se contém as leituras para a celebração eucarística. O principal lecionário é:

Lecionário Dominical: Compreende as leituras para as missas dos domingos e de algumas solenidades e festas.

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Simbologia LitúrgicaCostumamos dizer que a bandeira nacional é símbolo da pátria. Isto quer

dizer que quando você vê ou toca a bandeira, logo seu pensamento voa até o país que ela representa, por exemplo, o Brasil. Então, através da bandeira do Brasil você passa a considerar tudo o que pertence ao Brasil, sua extensão, as matas, os rios, as riquezas, o povo, enfim tudo o que faz parte do Brasil. E se alguém ofender a bandeira mexe com o seu sentimento patriótico.

Então o símbolo (objeto) nos transporta para outra realidade que está além do símbolo e tem relação com o símbolo. Vamos dar um exemplo, tirado do mundo cristão: o crucifixo. Todo cristão reconhece no crucificado a pessoa de Jesus Cristo, que nos redimiu do pecado e nos salvou. Portanto, aquele objeto de metal, madeira, ou outro material, simboliza nosso redentor, Jesus Cristo. Por isso tratamos com respeito o crucifixo.

Gestos simbólicos são ações que têm a mesma função de símbolo, isto é, nos transportam para outra dimensão, outra realidade, que, porém tem relação com o gesto simbólico. Por exemplo, no inicio e no fim da missa o Padre traça sobre si o sinal-da-cruz, enquanto diz as palavras “Em nome do pai, do Filho e do Espírito Santo”. É um gesto simbólico, que nos remete à Santíssima Trindade a quem invocamos nesses momentos.

A seguir vamos explicar brevemente alguns sinais ou símbolos cristãos utilizados com freqüência na liturgia.

AΩ: São a primeira e a ultima letra do alfabeto grego (Alfa e Ômega). São aplicadas a Cristo, principio e fim de todas as coisas. Em geral aparecem no círio pascal, mas também nos paramentos litúrgicos, no ambão e no tabernáculo

Este sinal é formado por duas letras do alfabeto grego (X+P) e correspondem ao C e R da língua portuguesa. Ajuntando as duas, formavam-se as inicias da Palavra CRISTÓS: Cristo. Com freqüência este sinal aparece nos paramentos dos padres, no ambão, na porta do sacrário e na hóstia.

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IHS: São as inicias das palavras latinas: Iesus hominum Salvator que significam: Jesus Salvador dos Homens. Geralmente são empregadas nas portas dos tabernáculos e nas hóstias.

PEIXE: Símbolo de Cristo. No início do cristianismo, em tempos de perseguição, o peixe era o sinal que os cristãos usavam para representar o Salvador. É que as iniciais da palavra Peixe na língua grega – IXTYS –explicavam que era Jesus: IESÚS CRISTÓS

TEÓS YÓS SOTÉR: Jesus Cristo, Filho de Deus Salvador.

As letras INRI são as inicias das palavras latinas Iesús Nazerenus Rex Iudaeorum, que significam: Jesus Nazareno Rei dos Judeus. O evangelho de João nos informa que essas palavras estavam escritas em três línguas (hebraico, latim e grego) sobre a Cruz de Jesus (cf. João 19,19)

TRIÂNGULO: Com três lados ângulos iguais (eqüilátero) representa a Santíssima Trindade (Pai,

Filho e Espírito Santo).

CONCLUSÃO

Os símbolos falam por si próprios e têm grande poder de comunicação. Podemos escolher os símbolos para as celebrações, mas não devemos explicá-los, por que à medida que explicamos, empobrecemos seus significados e encurtamos o seu alcance. Cada pessoa será atingida pelo símbolo conforme sua compreensão, sua história de vida, sua situação no momento atual.

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Um símbolo bem aproveitado nas celebrações poderá ser suficiente para atingir os objetivos desejados pela equipe de liturgia. Por isso, sou do parecer que, numa mesma celebração litúrgica, não se devem acumular símbolos. Símbolos amontoados são símbolos desperdiçados.

Funções do acólitoAssim como os sacerdotes, ministros, membros dos pastorais e os fiéis, os

Acólitos também exercem um papel importante na comunidade e, especialmente nas celebrações litúrgicas. Todos que fazem e participam da liturgia tem uma função importante e precisam exercê-la com amor, respeito e responsabilidade. Juntamente com o sacerdote, os acólitos se colocam em local de destaque, no Altar e, dessa maneira, está sempre sujeito a atenção de toda a comunidade. Isso é mais um motivo para que nós tenhamos um excelente comportamento dentro e fora da igreja, especialmente durante a liturgia. O acólito ajuda nas missas, mas se não estiver bastante preparado, poderá atrapalhar esse ritual de amor e louvor a Jesus. Entre os acólitos podemos destacar as seguintes funções, como as principais:

o Ceroferário: Aquele que se encarrega de conduzir as velas durante as ações litúrgicas (também chamado de tocheiro);

o Cruciferáio: Aquele que se encarrega de conduzir a Cruz;

o Libríbrefo: Aquele que se encarrega de apresentar os livros Sagrados (Missal e Lecionário);

o Naveteiro: Aquele que se encarrega de conduzir a Naveta nas

celebrações;o Turiferário: Aquele que se encarrega de

conduzir e zelar pelo turíbulo durante as celebrações.

Obs. De acordo com a realidade das comunidades podem existir outras funções.

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São domingos Sávio

Nascido em Riva, Piedmont, Itália, em 1842; e morreu em Mondonio também na Itália em 9 de março de 1857. Foi beatificado em 1950 e canonizado em 1954.

Domingos era um de três filhos de um ferreiro e cresceu com desejos de ser um padre. Quando São João Bosco começou a treinar jovens como clérigos para ajudá-los no cuidado de meninos de rua, em Turim o padre da paróquia de Domingos o recomendou a João Bosco, o qual mais tarde escreveu a biografia de Domingos de tão impressionado que ficou ao conhecê-lo.

Em outubro de 1854, na idade de 12 anos Domingos tornou-se um estudante no Oratório de São Francisco de Sales em Turim. Ele é mais conhecido pelo grupo que organizou chamado a "Companhia da Imaculada Conceição". Em adição a sua devoção, ele fazia vários trabalhos como, varrer o chão e tinha especial paciência e cuidado com os jovens mais travessos.

Logo que começou no Oratório Domingos separou uma luta entre dois rapazes que se atiravam pedras. Segurando um crucifixo entre eles ele disse : “Antes de lutarem olhem para isto" e em seguida disse "Jesus não tinha nenhum pecado e Ele morreu perdoando os seus executores, nós vamos ultrajá-Lo sendo deliberadamente vingativos?”

Ele escrupulosamente seguia a disciplina da casa e com isto angariava o ressentimento dos outros jovens que esperam dele o mesmo comportamento. Não obstante, ele nunca ofendia quem o tratava mal.

Talvez se não fosse à orientação de São João Bosco ele teria se tornado um fanático. Bosco o proibiu de fazer qualquer mortificação ao seu corpo sem sua permissão. Bosco certa vez encontrou Domingos, numa noite fria, em sua cama tremendo sem um só lençol por cima. "Não seja louco disse ele a

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Domingos, você poderá pegar pneumonia !" ."Por que eu?” perguntou Domingos, O meu Senhor não pegou pneumonia na manjedoura em Belém?"Em outra ocasião Domingos sumiu de manhã até o jantar. Bosco o encontrou no coro da igreja de joelhos, em oração. Ele ficou lá por 6 horas depois que a missa havia acabado e disse que estava "distraído" .

Sempre se referia a suas orações intensas como estando "distraído" orando e não havia visto o tempo passar.Bosco reportou ao Papa Pio IX o desejo de Domingos em servir na Inglaterra e a Inglaterra tornou-se uma primeira preocupação de Bosco. Alguns dizem que isso era devido ao ímpeto de Pio IX de restaurar a hierarquia da Igreja na Inglaterra.

Domingos tornou-se conhecido como uma pessoa com dons espirituais especiais e que reconhecia a necessidade das pessoas, bem alem do percebido pelo padre comum e tinha uma habilidade de profetizar o futuro.Entretanto, a frágil saúde de Domingos piorou e ele foi enviando para Mondonio para uma mudança de clima.

Foi diagnosticado como tendo tuberculose e logo começou a sangrar e isso apressou sua morte. Ele recebeu os últimos sacramentos e pediu ao padre para ler a oração dos mortos e no final ele sentou-se e disse: "Adeus meu caro padre" ; sorriu e exclamou!:”Estou vendo coisas maravilhosas" e logo depois ele morreu sorrindo tão calmo e feliz, que ninguém duvidou de sua visão do paraíso.

Pouco tempo depois, São João Bosco escreveu sua biografia, o que contribuiu para a sua canonização. Ele foi à pessoa mais jovem a receber a canonização, na história da Igreja.Ele é o padroeiro dos cantores de coro da igreja e delinqüentes juvenis.

Sua festa é celebrada no dia 5 de março

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