folhetim do estudante digital núm. xii

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1 do estudante Num XII 1ª quinzena - Novembro/2012 Folhetim do estudante é uma publicação de cunho cultural e educacional com artigos e textos exclusivos de Professores, alunos e membros da comunidade da “E.E. Miguel Maluhy”. Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br Sugestões e textos para: [email protected] Debate “Trabalho x Estudos” pág. 2 Resenha sobre o texto de Gilberto Vasconcelos publicado no Folhetim do Estudante número X, pág.4 Notícias Quentinhas “Ida à Bienal de São Paulo e a IX SEMANA CULTURAL DO MIGUEL MALUHY em imagens” pág. 4 e 5 Variedades Alunos do Maluhy participam da IX Semana de Geografia na FFLCH-USP” pág.6 JUSTIÇA PARA QUEM PRECISA ... A personalidade de Tomás de Torquemada (1420-1498) o Grande Inquisidor foi reencarnada na pessoa de Joaquim Torquemada Barbosa, que em nome da “moral” e da “ética” faz a higienização da política contemporânea das terras brasillis”. Conhecido como o martelo dos hereges, Torquemada de Ávila, apresentava-se como “o salvador do seu país” e um “incansável defensor da honra”. Para tanto, perseguia judeus e muçulmanos convertidos tardiamente. O Torquemada dos trópicos elegeu outros inimigos, pois os judeus foram devidamente incorporados à instância da ordem burguesa e os muçulmanos são um problema dos EUA. Isso deixou nosso Torquemada livre para perpetrar golpes impiedosos contra os seres miúdos e graúdos do PT. Perceba que ao adotar tal postura rompeu o perímetro de desconfiança Ministro do Lula que a ordem burguesa alimentava contra ele e suas atitudes “destemperadas” para imediatamente ser alçado à condição de “negro de personalidade forte”, de “moral inabalável” e “princípios incorruptíveis”. Os adjetivos honrosos ainda não eram suficientes e sendo assim foi agraciado com o premio máximo dessa nova fase estampando a capa da Revista Veja. O simbolismo é importante: agora ele deixa de ser um negro como os outros “preguiçosos” que precisam de cotas para vencer. Nosso Torquemada não precisou dessa migalha de reparação e, melhor ainda, conseguiu compreender integralmente o espírito da ordem burguesa. Prof. Dr. Rafael Lopes de Sousa Ex-professor e diretor da E. E. Com. Miguel Maluhy. Atualmente Professor de História na UNISA, leciona a disciplina de História moderna na PUC-SP e também é Diretor da E. E. Prof. José Joaquim Cardoso de Mello Neto (D. E. SUL2) Folhetim

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1

do estudanteNum XII

1ª quinzena - Novembro/2012

Folhetim do estudante é uma

publicação de cunho cultural e

educacional com artigos e textos

exclusivos de Professores, alunos

e membros da comunidade da

“E.E. Miguel Maluhy”.

Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br

Sugestões e textos para:

[email protected]

Debate “Trabalho x

Estudos” pág. 2

Resenha sobre o texto de

Gilberto Vasconcelos

publicado no Folhetim do

Estudante número X, pág.4

Notícias Quentinhas “Ida à

Bienal de São Paulo e a IX

SEMANA CULTURAL

DO MIGUEL MALUHY

em imagens” pág. 4 e 5

Variedades “Alunos do

Maluhy participam da IX

Semana de Geografia na

FFLCH-USP” pág.6

JUSTIÇA PARA

QUEM PRECISA ...

A personalidade de Tomás

de Torquemada (1420-1498) o

Grande Inquisidor foi

reencarnada na pessoa de Joaquim

Torquemada Barbosa, que em

nome da “moral” e da “ética” faz

a higienização da política

contemporânea das “terras

brasillis”. Conhecido como o

martelo dos hereges,

Torquemada de Ávila,

apresentava-se como “o salvador

do seu país” e um “incansável

defensor da honra”. Para tanto,

perseguia judeus e muçulmanos

convertidos tardiamente.

O Torquemada dos

trópicos elegeu outros inimigos,

pois os judeus já foram

devidamente incorporados à

instância da ordem burguesa e os

muçulmanos são um problema

dos EUA. Isso deixou nosso

Torquemada livre para perpetrar

golpes impiedosos contra os seres

miúdos e graúdos do PT. Perceba

que ao adotar tal postura rompeu

o perímetro de desconfiança –

Ministro do Lula – que a ordem

burguesa alimentava contra ele e

suas atitudes “destemperadas”

para imediatamente ser alçado à

condição de “negro de

personalidade forte”, de “moral

inabalável” e “princípios

incorruptíveis”.

Os adjetivos honrosos

ainda não eram suficientes e

sendo assim foi agraciado com o

premio máximo dessa nova fase

estampando a capa da Revista

Veja. O simbolismo é importante:

agora ele deixa de ser um negro

como os outros “preguiçosos” que

precisam de cotas para vencer.

Nosso Torquemada não

precisou dessa migalha de

reparação e, melhor ainda,

conseguiu compreender

integralmente o espírito da ordem

burguesa.

Prof. Dr. Rafael Lopes de Sousa

Ex-professor e diretor da E. E.

Com. Miguel Maluhy. Atualmente Professor de História na

UNISA, leciona a disciplina de História

moderna na PUC-SP e também é Diretor da

E. E. Prof. José Joaquim Cardoso de Mello

Neto (D. E. SUL2)

Folhetim

2

do estudante novembro/2012

debate

Trabalho x Estudos

Hoje muitos jovens

trabalham e estudam, e conseguir

conciliar os dois não é uma tarefa

simples. O que para alguns pode

ser apenas a conquista da

independência, para outros é uma

questão de necessidade.

Aos 16 anos comecei

trabalhar e mudei o meu horário

de estudo de manha para o

noturno. Não era fácil, muitas

vezes sentia que não estava

realizando bem nem o trabalho e

nem os estudos e até hoje em

alguns momentos me sinto assim.

Porem para alguns não dá pra

abrir mão de nenhuma das tarefas,

nesse caso o melhor a fazer é

saber organizar o tempo para

conseguir um bom desempenho

nas duas atividades.

A rotina é o melhor

método para se organizar. Se

possível estabeleça horários para a

realização das tarefas escolares.

Anote em uma agenda ou em

algum lugar que seja visível as

tarefas a serem entregues, sempre

dando prioridade ás urgências.

Em épocas de provas e trabalhos

constantes vale a pena sacrificar

(um pouco) a vida social, para

poder conciliar, porém para o

stress não surgir deixe um

pequeno tempo livre para o

descanso. Um bom tempo que

passamos ociosos são as horas

que permanecemos no transito, é

uma boa oportunidade de ler

aquele texto que durante o dia não

foi possível. Estudar aos finais de

semana também é uma boa

alternativa. Sei que não é fácil,

porém algumas vezes é

necessário. Outra coisa que me

atrapalha muito tanto no ambiente

de trabalho como nos estudos é o

uso desregrado da internet, que

tira a concentração nas atividades.

Quando for trabalhar ou estudar

foque apenas no que está fazendo,

deixando o uso da internet para

quando terminar suas prioridades.

A melhor dica que posso

dar é nunca parar os estudos.

Procura ainda no ensino médio

decidir o que pretende continuar

estudando, mas não pense em dar

um tempo para ficar sem fazer

nada, pois isso pode desmotivar

ou acomodar e esse tempo de

“descanso” pode se prolongar

alem do que você havia planejado.

Thais Sobocinski, ex-aluna turma

2008.

ESTUDAR NA USP ???

Primeiramente ter o

contato com uma universidade de

alto nível já é algo bom, deixa

uma vontade de se tornar parte de

um lugar com a USP –

Universidade de São Paulo, um

lugar que já não precisa provar

nada em relação ao ensino e sua

qualidade. Entretanto o que se

espera de uma Universidade

Pública em relação ao público que

ela atende e à classe social dos

alunos dessa instituição, é algo

totalmente diferente do que

realmente deveria ser.

Nos quatro cantos da USP,

o que fica nítido é que apesar de

se esperar pessoas de uma classe

social menos favorecida, só se vê

burgueses preenchendo as vagas

que, em minha opinião, não

deveriam pertencer a eles.

Mesmo tendo uma

percepção de injustiça social

ainda consigo ver a USP como

uma boa instituição que forma

grandes profissionais.

Romário Oliveira – 2ºF

folhetim

3

do estudante novembro/2012

OPINIÃO

A expansão da periferia

entre a especulação

imobiliária e o abandono

social

A cidade para ser estudada

precisa ser interpretada através da

presença dos objetos construídos ao

longo do tempo.

Estudar a cidade apresenta

dificuldades significativas, já que

existe um propósito de ensino sem

fundamento nas escolas estaduais,

os professores adotam livros

distanciados da realidade nas quais

o aluno não consegue ler e mesmo

entender. Ao mesmo tempo, o

governo impõe os cadernos de

ensino, para constranger o professor

em sua capacidade profissional,

elencando conteúdos

descaracterizados e dissociados da

realidade escolar.

As ferramentas do

conhecimento geográfico são

fundamentais, estudo do meio,

mapas, gráficos, tabelas,

comparações, associações que

permitam ao aluno qualificar melhor

o ambiente da cidade em que vive.

A mesma cidade em que ele

vive a partir da escola, é a mesmo

que o exclui do acesso e uso de

equipamentos públicos, tais como

segurança, educação e lazer. A

cidade abandonada na periferia

estabelece relações a partir da

violência econômica e da violência

policial, buscando intimidar e calar

a juventude.

A falta de uma

geomorfologia urbana, associada

com a expansão da cidade, impede

que o aluno compreenda de maneira

mais qualificada, as tragédias

urbanas a que estão

sistematicamente envolvidos.

Os estudos de Aziz

Ab’Saber em Geomorfologia do

Sítio Urbano de São Paulo, é um

caminho paciente e profundo para

apresentar a história natural em seu

tempo geológico, explicando ao

aluno, os contornos da cidade e da

periferia onde mora. A tradução

explicativa na escala geológica do

tempo, pode ser fonte de alegria

para qualquer aluno.

‘A paisagem existe através de suas

formas, criadas em momentos

históricos diferentes, porém

coexistindo com no momento atual’

No espaço, as formas que compõe a

paisagem preenchem, no momento

atual, uma função atual, como

resposta às necessidades atuais da

sociedade. Tais formas nasceram de

diferentes necessidades, emanaram

de sociedades sucessivas, mas só as

formas mais recentes correspondem

a determinações da sociedade atual ’

A natureza do espaço:

Técnica e tempo, razão e emoção do

professor Milton Santos. Embora

possa parecer abstrata, essa é a

cidade que o aluno precisa

compreender e reconhecer na

realidade. Para isso, deve contar

com seus professores para que ele se

envolva na explicação da realidade.

O estudo da intervenção

pública caríssima na bacia do rio

Pirajuçara, com a construção de

onze piscinões em torno do leito do

rio, ao custo de 85 milhões cada um,

demonstra o quanto a cidade e seus

gestores estão distantes da

compreensão dos problemas da

natureza na cidade e procuram

caminhos fáceis, vinculados a gastos

abusivos, como foi o caso do

Piscinão da SHARP. Milhões gastos

para colocar concreto no leito do rio

e nenhum centavo em educar a

população em relação ao lixo e a

poluição sistemática.

As formas naturais, que

estão presentes na bacia do rio

Pirajuçara e de seus afluentes, bacia

encaixada, por sua vez na bacia do

rio Pinheiros que, também por sua

vez é o afluente principal, em nossa

metrópole, do Rio Tietê.

Temos também formas

construídas por homens de

“sucessivas sociedades” desde o

portal remanescente da Chácara

Pirajuçaara, que existia neste lugar

na primeira metade do século XX,

até o Piscinão, correspondente ao

nosso espaço geográfico, que está

sendo alterado, construído e

reconstruído permanentemente de

acordo com as necessidades atuais,

deste momento de nossa história. É

a compreensão dessa intervenção

irrefletida na paisagem natural e

urbana, que manterá a desigualdade

urbana no espaço da periferia.

Centro e periferia: a cidade

carente

A oposição entre a cidade

visível e a cidade invisível,

subterrânea, é chocante. A paisagem

urbana se estende muito mais

depressa do que os serviços

destinados a assegurar uma vida

correta a população. Deste modo, a

parcela maior da sociedade urbana,

em um grau significativo, fica

excluída dos grandes benefícios do

abastecimento de água, dos esgotos,

do calçamento, dos transportes etc.

Eis aí também, um dos aspectos

mais chocantes dos contrastes entre

centro e periferia” Milton Santos,

em Metrópole corporativa e

fragmentada.

Esse contraste dramático é

que precisa ser estudado, orientado e

exigido dos alunos, para que

aprendam deste cedo a origem da

desigualdade e exijam seu direto a

cidade. O trabalho se deu em etapas,

croquis e mapas de trajetos,

descrição do bairro, identificação de

equipamentos públicos no trabalho

de campo, relatórios, estudos.

Prof. Rubens Aparecido

folhetim

4

do estudante novembro/2012

RESENHAS

Desconhecimento e

Alienação

O texto de Gilberto

Felisberto Vasconcellos, publi-

cado no Folhetim do Estudante

número IX, mostra como temos

uma influência árabe no Brasil e

não percebemos, como ele diz no

texto, vários de nossos costumes

são Mouros, mas a mídia tenta

passar apenas o lado ruim do

mundo árabe.

O texto nos mostra

algumas palavras que costuma-

mos usar que são de origem árabe,

comidas, costumes, coisas do

nosso dia-a-dia, mas que

infelizmente, graças á alienação,

damos ouvidos a mídia, não

percebemos o quanto temos essa

influência e só procuramos ver o

lado ruim.

Eu por exemplo, antes de

começar o curso de língua e

cultura árabe, não procurava nem

saber sobre os países, sobre suas

culturas e suas histórias, quando

falavam sobre a Arábia Saudita,

meu primeiro pensamento era

sobre guerras, coisas que eu ouvia

dizer e não procurava ter certeza,

agora que estou buscando

conhecer mais sobre a cultura,

vejo o quanto nós temos a

influência árabe entre nós e que o

que a mídia fala nem sempre é a

verdade, que temos que procurar

saber mais, obter mais

informações antes de chegar a

qualquer conclusão sobre os

acontecimentos no oriente médio

e a influência desses povos no

Brasil.

Jéssyca Deborah – 3º E

NOTÍCIAS QUENTINHAS

Fomos á Bienal de Artes de

SP no dia 11 de outubro de 2012.

Ao chegar lá deparamo-nos

com diversas obras de autores

conhecidos, exposições contem-

porâneas mostrando a realidade

humana, algo que está ao nosso

redor, porém não vemos.

A ideia desses artistas e

provocar um desconforto a

humanidade, para buscar um

devido conhecimento no qual

convivemos, estamos presentes,

mas não enxergamos. Essa

exposição provoca espanto

naqueles que não estão prontos

para ver a realidade, pois vivem

alienados e conformados com tudo

o que veem.

Trazendo o passado para o

presente, objetos de

instalação tanto no meio ambiental

quando o estilo de vida da

sociedade, a ideia da arte e

apresentar os verdadeiros

sentimentos do autor, mostrando ali

suas experiências e seus

pensamentos, pelo o que podemos

ver, o autor queria deixar claro que

vivemos em um mundo onde as

pessoas estão se alienando sem ao

menos perceber, não procuram

saber de nada, por ver um fazendo,

vão lá e seguem o mesmo, se não

vê ninguém fazer, então não se

move. A exposição passou a

imagem de que, nós queremos tudo

pronto, não vamos atrás pra ver

como é feito ou então o porque é

feito, estamos acostumados com

uma coisa e a seguimos sem ao

menos nos perguntar o porque.

Com a bienal deixou claro o que os

artistas queriam nos passar,

deixando a ideia de sermos escravo

do sistema do século 21, somos

projetos de conformação na qual

convivemos no mundo de hoje,

seguimos o modelo e nós como

seres humanos vamos lá e

fazemos.

Ou seja, pude absorver com os

meus olhos a importância dessa

exposição contemporânea,

colocando em debate tudo o que

esta acontecendo no mudo de hoje,

de agora, ela quer que a sociedade

enxergue não com os olhos, mais

com o coração, o devido fato dessa

alienação, que provoca um

transtorno no mundo de hoje!

Jéssyca Deborah – 3ºE e Neusa Carolina – 3ºG

IX SEMANA CULTURAL

do Miguel Maluhy

Ocorreu de 29 de outubro até

o dia 01 de novembro de 2012 uma

nova edição da semana cultural no

período noturno em nossa escola

com diversas atividades culturais

incluindo convidados, ex-alunos,

membros da comunidade e os alunos

do M. Maluhy.

Momento ímpar de

protagonismo dos jovens articulando

as diversas expressões artísticas

culturais e as diferentes culturas com

o objetivo de ressaltar a importância

do conhecimento como única

maneira de diminuir a intolerância e

desenvolver uma cultura da paz entre

os indivíduos que compõem a

humanidade.

folhetim

5

do estudante novembro/2012

folhetim

6

do estudante novembro/2012

VARIEDADES

No dia 17 de outubro

fomos à USP – Universidade de

São Paulo. Fizemos uma visita à

FFLCH – Faculdade de Filosofia,

Letras e Ciências Humanas e

posteriormente ao MAC – Museu

de Arte Contemporânea.

Pudemos conhecer a

estrutura da universidade e

apresentar os trabalhos desenvol-

vidos em nossa escola ao longo do

ano.

Foi uma experiência

incrível e muito agradável. Ouvia

comentários maravilhosos sobre a

USP e nesse dia fiquei fascinada.

Vi-me estudando lá e iniciando a

realização de um sonho.

Pude observar os alunos

que estavam no momento de

nossa visita: maioria branca,

asiática e poucos negros. Isso me

fez pensar em todo o processo

acadêmico que passamos e o

estágio que estamos agora. O

sistema educacional sempre

favoreceu a classe mais alta e

sempre segregou as pessoas de

classe mais baixa/pobres.

Podemos perceber isso

fazendo a seguinte comparação:

praticamente em todas as salas de

todas as escolas públicas de São

Paulo a maioria dos alunos é

negra, uma pequena parcela é

branca e quase não há asiáticos.

Em contraste, na

Universidade de São Paulo, uma

das mais concorridas pelos

vestibulandos, a maioria de alunos

é branca e asiática, e uma pequena

quantidade são de alunos negros.

Isso nos dá a ideia de que nunca

sairemos do mesmo lugar, pois, as

pessoas que se formarão em uma

das melhores universidades da

América Latina, daqui a 10 anos

estarão ocupando os melhores

cargos das melhores empresas

enquanto os estudantes pobres e

negros terão um emprego

mediano e terão praticamente o

mesmo padrão de vida que têm

hoje.

Então como combater esse

sistema que antes mesmo de

ingressarmos na carreira

profissional nos diz quem seremos

e o que teremos? Há muito que

pensar e há muito que fazer

também.

Jennifer Vieira Silva – 3ºF

Nossa visita à USP foi bem

bacana por dois pontos logo de

cara. Primeiro que cheguei lá meio

que sem saber o que eu ia fazer,

apenas sabia que iria falar algo

sobre nossa escola, o que foi legal

porque não tinha tanta àquela coisa

de lembrar um texto decorado e

saiu meio que natural, saiu algo

meu a minha opinião sobre o pouco

que falei. Segundo que o “publico”

foi bem diferente do que eu

imaginava de inicio pensei que

estariam lá estudantes e professores

da USP apenas, ai quando eu vi que

a maioria dos presentes eram

estudantes do ensino fundamental

foi um grande alivio. Achei bem

bacana também o jeito que o nosso

grupo interagiu com os alunos da

outra escola e o jeito que eles

interagiram com a gente. Pois

penso que é bem difícil manter um

dialogo com tantas crianças (se é

que assim eu posso colocar).

No MAC – Museu de Arte

Contemporânea, tive outra

experiência bem bacana, pois

nunca tive esse contato com a arte

moderna tento um orientador com a

atenção voltada apenas para o

nosso grupo, e nunca tinha olhado

para a fotografia que é tão presente

no dia-a-dia como algo artístico, e

lá aprendi que coisas simples como

alguém cortando algo pode gerar

uma discussão e aparecerem vários

pontos de vistas.

No fim essa experiência foi

por completo marcante (tirando os

olhares tortos de burgueses

egocêntricos, que mesmo roubando

na cara dura o que no papel é do

povo, e se acham os donos do

lugar). Principalmente uma frase

que a Professora Magali me disse

“Ás vezes temos que ficar onde não

queremos para conseguirmos lutar

contra o mesmo” (Não lembro na

integra o que ela disse, mas a

essência se eu não me engano é

essa).

José Brito Neto – 3ºF

folhetim

7

do estudante novembro/2012

VARIEDADES

Em primeiro lugar, desde

já, gostaria de agradecer aos

professores Daniel, Magali,

Rubens e Valter, pela

oportunidade de representar um

projeto tão revigorante e de tal

amplitude dos professores e

alunos do Miguel Maluhy.

Na minha percepção tive

um tipo de crescimento tão

abundante depois que estive na

USP, junto a pessoas com uma

vasta compreensão da educação,

que não consigo descrever.

Pessoalmente, achei super

interessante essa experiência em

que o foco, o objetivo era o

protagonismo dos estudantes.

Sinto-me, ao mesmo

tempo, infeliz e tenho que relatar

isso, pois faltaram vários de meus

colegas ali, comigo, naquele meio

para que pudessem absorver essa

oportunidade de crescimento

mental, mas faz parte.

Me sinto bastante

satisfeito, muito alegre e gostaria

também que outros alunos

vivessem essa revolução mental

se afastando da ignorância na qual

se baseiam.

Achei nossa participação

bastante importante, fluente, com

vigo excepcional...sem igual!

Gostaria que houvesse isso mais

vezes, mas pena que estou de

saída do ensino médio. Espero,

ano que vem ou nos próximos

anos, se Deus permitir, estar lá, na

USP, tirando a pequenez da minha

existência e usufruindo do ensino

de forma produtiva e idealista.

A Escola Miguel Maluhy,

com toda certeza, foi muito bem

representada pelos professores,

pelos alunos e por toda a

produção apresentada ali no

auditório da FFLCH-USP.

Desde já agradecido e muito

convicto de que o que fomos falar

naquele auditório foi plantado e,

sim, será regado.

Carlos Fagner – 3ºE

Lideranças indígenas

pediram ontem (01/11/12) urgência

na demarcação de terras da

etnia Guaran-Kaiowá. Elas

participaram de audiência pública

na Comissão de Direitos Humanos e

Legislação Participativa do Senado

Federal. "Já ouvimos muito discurso

bonito, recebemos cesta básica, mas

isso não resolve. Queremos a

demarcação do nosso território",

afirmou o líder kaiowá Elizeu Lopes.

AGENDA

TCS – Trabalho de conclusão de

série – a partir do dia 05/11/2012

Cine-Pipoca: “A Separação”- Irã

2011- Direção Asghar Farhade,

sala 17- noite, 08/11/2012

Sarau do BINHO na Biblioteca

Marcos Rey –23/11/2012 das 15h ás

18h

DICAS Participar: Preparação e definição

da formatura 2012 – alunos das 8ªs

séries do ensino fundamental e dos

3ºs anos do ensino médio, até o dia

07/11/2012.

folhetim