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FLORESTAA Galinha dosovos de ouroVALOR O volume de negócios da floresta portuguesaatingiu no ano passado os 22 mil milhões de euros, tendoas receitas das exportações ultrapassado os seis mil milhõesAPOSTA Governo pretende alargar a área florestal,por razões ambientais e porque se trata de umanotável fonte de rendimento.
Suplemento comercial. Faz parte integrante do Jornal de Negócios nº 3801, de 2 de Agosto de 2018,e não pode ser vendido separadamente.
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Hámenospinheiro bravo
INDÚSTRIADARESINAESTÁADEFINHARu Ainda vale dez milhões de euros em exportações, mas há duas décadas valia dez vezes mais. A drástica dimi-nuição da mancha de pi-nheiro bravo levou a que a indústria da resina tenha de-finhado no nosso País. Há ainda quem resista.n
PRÉMIO FLORESTA E SUSTENTABILIDADE
INICIATIVADACELPA,CORREIODAMANHÃEJORNALDENEGÓCIOS
APOSTArGovernopretendeencontrarumaformade, acurtoprazo, aumentaros rendimentosdosprodutores florestaisSUPERAÇÃOrUltrapassaro traumacausadopelos incêndiosde2017é, nestaaltura, outradasprioridadesdoExecutivo
No ‘Live Lab’ do Porto,etapa dois da segundaediçãodoPrémioFlores-
taeSustentabilidade(iniciativapromovidapelaCELPA,Correio�da�Manhã�eJornaldeNegócios),o secretário deEstadodas Flo-restaseDesenvolvimentoRuralcolocouodedonaferida.MiguelFreitasdisseque,ape-
sardeocuparmaisdedois ter-çosdonossoterritório,aflores-ta continua, na esmagadoramaioria dos casos, a não serrentávelparaosprodutores.“A floresta gera anualmente
receitas na ordem dos seis milmilhões de euros, mas a verbaque chega aos produtores nãochegaaosmilmilhõesdeeuros.Esta é uma questão que temosde enfrentar, se queremos terumaflorestaorganizadaepro-
tegida”,afirmouogovernante.Lembrandoqueaáreaflores-
talqueseencontrasobrespon-sabilidade da indústria do pa-pel, por exemplo, se encontracuidadaeorganizadaeque,porisso,raramenteéalvodeumin-cêndio,MiguelFreitas assegu-rou que o Governo pretendeencontrar rapidamentemedi-
das que ajudem a aumentar osrendimentos dos produtoresflorestais, “de maneira a queeles tenhamcapacidadefinan-ceiradeacuidar”.“Mas convém deixar claro
que, ao contrário doque odis-curso corrente pode deixar
transparecer, a nossa florestanãoétodaelaumcaoscomple-to,casocontrárionãogerariaasreceitas que gera nem teria opeso que temnas exportações.Lembro,aliás,que,nosetorflo-restal, o nosso País regista umsaldo positivo de 2,5 mil mi-lhõesdeeuros”, explicouo se-cretáriodeEstado.Para além do aumento dos
rendimentos dos produtoresflorestais,ouseja,dosdonosdosterrenos por onde se estende afloresta, o Governo tem tam-bémna listadas suas priorida-des ajudar a sociedade aultra-passar o trauma causado pelosgrandes incêndios florestaisdoanopassado.“Para além de lamentarmos
profundamente a perda de vi-das humanas, assim como os
prejuízos materiais, devemosolharemfrentee,paraalémdareconstrução e reflorestaçãodasáreasafetadas,mostrarquenemtodaaflorestafoidizimadapelaschamas”,afirmouMiguelFreitas,assegurandoque“oob-jetivo é continuar a apostar nafloresta,sabendoqueéumadasáreas produtivasmais lucrati-
vasdoPaís”.Portugaltemmaisde trintamilquilómetros qua-drados de floresta que rende,em exportações, seis mil mi-lhões de euros e dá emprego amaisde140milpessoas.Oobje-tivoévalorizarestagalinhadosovosdeouro.n
FLORESTAPORTUGUESA
DÁEMPREGOAMAIS
DE140MILPESSOAS
SETORFLORESTAL
REGISTASALDOPOSITIVO
NABALANÇACOMERCIAL
SÉRGIOLEMOS
“Florestageramaisdeseismilmilhõesemreceita”
MiguelFreitas,secretário de Estado das Florestas
“Florestageramaisdeseismilmilhõesemreceita”
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1,3MILHÕESDEALUNOSNASESCOLASNACIONAISu Do pré-escolar ao secun-dário, Portugal conta com cerca de um milhão e 300 mil estudantes. E na maioria das quase dez mil escolas há clubes de floresta.n
BUROCRACIADIFICULTATRABALHONASESCOLASu “Para comprar uma dúzia de ovos, pediram três orça-mentos”. O exemplo terá al-gum exagero, mas a verdade é que a burocracia dificulta a realização das atividades.n
CELPAquervalorizartrabalhosdasescolasPRÉMIOrParaincentivarasescolasareforçaremosclubesde floresta, aCELPAcriouumanovacategorianoprémioPROFESSORESEALUNOSrOobjetivoépromoveroempenhode todaacomunidadeescolarnestaáreade trabalhoeensino
Comperiodicidadebienal,o Prémio Floresta e Sus-tentabilidade tem por
objetivoreconheceredistinguirprojetos sustentáveis e inova-doresnaáreados recursos flo-restais.Esteano,pelaprimeiravez,háumprémiodedicadoàsescolas.Assim, na edição de 2018, as
categoriasaconcursosão:Ges-tão e Economia da Floresta;FlorestaeComunidade; Inova-çãoeCiênciaeEscolaeFloresta.Estaúltimacategoriaestreia-seemconcurso, sendo,dizCarlosAmaralVieira,secretário-geralda CELPA, a associação da in-dústriapapeleira, “umaformade aproximar os jovens da te-máticaelevá-losarefletirsobrea sua valorização e as proble-máticasqueaafetam”.
Ao contrário das outras trêscategorias,acategoriaEscolaeFloresta tem um prazo maisalargado de candidaturas. As-sim,enquantoquenasrestantesáreasascandidaturastêmdeserapresentadasaté31deoutubro,nocasodasescolas,atendendoao calendário escolar, asmes-maspodemserentreguesatéaofinaldoano.“Trata-sedeumgrandedesa-
fioquelançamosatodaacomu-nidadeescolar, emparticularaprofessoresealunos,esperandoquerespondampositivamenteeenviemtrabalhosinovadores,dandocontadomuitoquesefaznasescolasemproldafloresta”,disse Carlos Amaral Vieira. Oprémioédecincomileuros.n
OBJETIVO
uProfessordeFísicaeQuí-micanaEscolaSecundáriaJúlioMartins, emChaves,JorgeTeixeiraéoresponsá-velpeloclubedaflorestada-queleestabelecimentodeen-sino.No ‘LiveLab’ doPortolouvouofactodeaCELPA tercriado,naediçãodesteano,umprémiodedicadoàsesco-las. “Esteprémioémuito im-portante, porquevalorizaotrabalhodosprofessores edosalunosnestaárea, queé
maisprofícuodoqueaquiloquemuitasvezes se julga”,disseodocente, acrescen-tandoque“asensibilizaçãodosalunosparaestaáreaéabsolutamente fundamen-tal”. Paraalémdaquestãodaprevençãodos incêndios,JorgeTeixeiraafirmouqueétambémmuito importante“explicaraosalunosque lim-paraflorestanãoquerdizerrapartudo, porqueaoraparestraga-semuitacoisa”.n
“Esteprémioémuito importanteevalorizao trabalhodosprofessoresedosalunos”
JorgeTeixeira, professor
Reflorestação de áreas ardidas tem sido um dos trabalhos levados a cabo pelos clubes de floresta de diversas escolas portuguesas
CANDIDATURASESCOLARES
PODEMSERENTREGUES
ATÉAOFINALDOANO
PRÉMIOFLORESTA
ESUSTENTABILIDADETEM
PERIODICIDADEBIENAL
HUGO
RAINHO
CANDIDATURASATÉAO DIA 31 DE OUTUBROu O vencedor de cada uma das quatro categorias do Prémio Floresta e Sustenta-bilidade (Gestão e Economia da Floresta, Floresta e Co-munidade, Inovação e Ciên-cia e Escola e Floresta) rece-berá um cheque no valor de cinco mil euros, o que no to-tal dá um valor de vinte mil euros. As candidaturas de-correm até 31 de outubro.n
PRÉMIO FLORESTA E SUSTENTABILIDADE
“INDÚSTRIADOPAPELPROMOSECUNDINOCUNHA
Paradebaterotemadaflo-resta, naquela que foi asegunda iniciativa no
âmbitodestasegundaediçãodoPrémioFlorestaeSustentabili-dade, promovido pela CELPA,peloCorreio�da�Manhãe‘JornaldeNegócios’, juntaram-se, noPorto,empresários,governan-tes,professoresealunos.Moderado pela jornalista daCMTVAndreiaVale, este ‘LiveLab’ contoucomapresençadeMiguel Freitas, secretário deEstado das Florestas e Desen-volvimentoRural,CarlosAma-ral Vieira, diretor-geral daCELPA, Celso Costa, professorde Estratégia e Inovação naUniversidade Católica, JorgeTeixeira, professor de Física eQuímica na escola SecundáriaJúlioMartins, emChaves, JoséPalmaOliveira,psicólogoam-bientaleprofessornaUniversi-dadedeLisboa,ePauloCardo-so, estudante e repórter paraoambiente,emViseu.Aimportânciadasensibiliza-
çãoparaaflorestaeparaoam-
biente, apartirdasmais tenrasidades, foi um dos temas emdestaque,comos intervenien-tes a considerarem, de formaunânime,aimportânciadaes-cola,nosseusdiversosgrausdeensino,nestamatéria.“A florestatemumvalorreal,
económicoefinanceiro,sequi-sermos, mas tem também umvalorsocialenãoseiseeste se-gundo não é mais importantedoque oprimeiro”, disse o se-cretáriodeEstado,MiguelFrei-tas,alertandoparaanecessida-dedeseentenderafloresta“deformaabrangente”.JáCarlosAmaralVieira,dire-
tor-geral da CELPA, realçou a
importânciadaindústriapape-leiranagestãoeaténaproteçãoda floresta, referindo que “asáreasdevidamenteorganizadassãomaisrentáveisemenosvul-neráveis”.Paulo Cardoso, estudante e
repórter ambiental, falou daimportância dos projetos des-envolvidos nas escolas, subli-nhando que “essa é a melhorformadeascriançaseos jovensadquirirem sensibilidade am-biental”.“Noprojetoemqueeupartici-
po, para alémdas hortas e dos
jardins na própria escola, saí-mosparaasaldeiaseparaasflo-restas, fazemoslimpezasefala-moscomaspessoas,nosentidodelhesfazermosperceberaim-portânciadevalorizareprote-gerafloresta”,acrescentou.Neste debate, os professores
CelsoCostae JorgeTeixeirafo-ram unânimes em considerarque, nesta questão, “o grandedesafioémesmocativarosalu-nos para os projetos”, já quenem sempre estão dispostos aintegrarem atividades paraalémdoprogramacurricular.
Já o psicólogo ambiental JoséPalmaOliveiraoptoupor cha-maraatençãoparaoproblemada desertificação do interior,classificando-acomo“agrandecausa dos problemas atuais danossafloresta”.“Setentaporcentodapopula-
çãovivenascidadeseasaldeiastêmmeia dúzia de idosos, quemalconseguemfazeragricultu-ra. Ora, não havendo pessoasnasaldeias,comoéquepodemoscuidardafloresta?”,questionou,lembrandoque“éumproblemasemsoluçãoàvista”.n
‘LIVELAB’
DEBACONFERÊNCIASDOPRÉMIOESTÃOAREALIZAR-SEEMVÁRIOSPONTOSDOPAÍS
IMPORTÂNCIADOSCLUBESDASESCOLASEMDESTAQUENESTEDEBATE
DESERTIFICAÇÃOÉOMAIORPROBLEMAPARAAFLORESTAPORTUGUESA Floresta portuguesa esteve no centro deste debate,
realizado no Porto, no âmbito da segunda edição do Prémio Floresta e Sustentabilidade
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OVEFLORESTASUSTENTÁVEL”
ALERTArEspecialistas,�professores�e�industriais�reclamam�maior�atenção�pública�para�a�floresta�nacionalOBJETIVOr Indústria�papeleira�e�Governo�“unidos”�no�propósito�de�tornar�a�floresta�ordenada�e�mais�rentávelATE
uSe tudocorrercomoaAsso-ciaçãodosIndustriaisdaCorti-çaprevê,osetordeveultra-passaresteanoosmilmilhõesdeeurosemexportações,de-poisdeterfechadooanode2017nos960milhões.Ascam-panhasbemsucedidasnoOriente,nomeadamentenaChina,devemserdeterminan-tesparaatingiroobjetivo.n
Exportaçõesdacortiça emalta
uAindústriapapeleira, pro-dutoradepapelepastadepa-pel, lideraaproduçãoeex-portaçãodosderivadosdafloresta, comafaturaamos-trarmaisde2,5milmilhõesdeeurosporano. EémuitoporcausadestaindústriaquePortugalsevêobrigadoaim-portartrintaporcentodamadeiraqueconsomeanual-mente.Oobjetivopassaporreduziressaimportação.n
Papel epasta notopodaprodução
FLORESTAPORTUGUESACHEGAA 150 PAÍSESu Não será pela venda direta de madeira, mas através dos derivados e, sobretudo, após a intervenção da indústria, que a floresta portuguesa chega, através das exporta-ções, a cerca de 150 países. Um dos produtos de maior implantação no Mundo é a cortiça, uma vez que o mon-tado português é o que a pro-duz com maior qualidade.n
PORMENORES
ProteçãodoambienteUma das principais ‘funções’ dafloresta é a absorção demonó-xido de carbono e, dessa forma,ajudar, de forma decisiva, àproteção do ambiente.
Gastronomia florestalSe pensarmos na castanha, noscogumelos e, sobretudo, nascarnes de caça, a floresta afir-ma-se como um importante ber-ço gastronómico.
AtividademicológicaSão deliciosos os cogumelosselvagens. Exigem muito cuida-do, porque os venenosos sãofatais, mas são bons embaixa-dores da gastronomia florestal.
TurismodenaturezaUma indústria em franco cresci-mento e que depende, emuito,da floresta. Portugal tem maisde 1700 unidades de turismo emespaço rural.
Montado português é único noMundo, em quantidade e em qualidade
uOprojeto temmaisdetrêsanos,mas sofreuumrevéscomos fogosdoanopassado.AintençãodoGo-vernoépromoveroau-mentodaáreaflorestaldoPaís emcercadevinteporcento, afimdeacabar, abreveprazo, comaimpor-taçãodemadeira.n
Aumentaraáreaflorestal doPaís
HUGOMONTEIRO
LUSA
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PRÉMIO FLORESTAESUSTENTABILIDADE
INDÚSTRIAPAPELEIRA
“Nãocortamosárvores,colhemosárvores”GESTÃOrSóumaflorestaordenadaerentávelpodecombateradesertificação AMBIENTErAindústriautilizaflorestaplantadaenãonativa
“MUNICIPALIZARAFLORESTAÉ UM ERRO”u O alerta foi lançado por Diogo da Silveira, presidente da CELPA: “Os planos de or-denamento regionais estão politicamente orientados para a municipalização da floresta o que, a acontecer, seria um erro”.n
SECUNDINOCUNHA
Ao promover um prémiodestanaturezaecomestaabrangência, a CELPA
revela uma extraordináriapreocupaçãosocialeambientale é por isso que eu digo que setratadeumclarosinaldegene-rosidadeeinteligência”.AafirmaçãodoprofessorDa-
niel Bessa, antigo ministro daEconomia e presidente do júridoPrémioFlorestaeSustenta-bilidade,foiproferidanaconfe-rênciade lançamentodestase-gundaediçãoesintetizaoobje-tivofundamentaldospromoto-
res desta iniciativa: a CELPA,associaçãodaindústriapapelei-ra, o Correio�da�Manhãeo Jor-naldeNegócios.CarlosAmaralVieira,secretá-
rio-geral da CELPA, tem afir-madocompersistênciaque,“aoinvésdoquemuitasvezeséditoe publicado, a indústria pape-leira tem claras preocupações
sociais e ambientais”.“Aflorestasópodeserprote-
gida se for rentável e uma flo-resta rentável é promotora deemprego e, desta forma, ele-mentodefixaçãodepessoasnointeriordoPaís”,afirmouCar-los Amaral Vieira, lembrandoque “a floresta dá emprego amaisde140milpessoas”.O secretário-geral da CELPA
realçou também o esforço daindústriadopapelnaprevençãoenocombateaosincêndiosflo-restais, referindo que “não secompreenderiaquequemvivedafloresta,comoénossaindús-tria, não fizesse tudooquepu-desse para a proteger e para a
valorizar”. “Nós temos claraspreocupações ambientais,como se confirma através darealizaçãodesteprémio.Mashámais:porumlado,amaiorpar-tedaenergiautilizadapelanos-sasempresasprovémdefontesrenováveise,poroutro,opapelé o produto que mais se reci-cla na Europa, num total de 72por cento, ou seja, muitomaisdo que o vidro ou o metal”,afirmou.MasCarlosAmaralVieiralem-
brouque“aindústriapapeleiranãoutiliza,nasuaatividadedeproduçãodepastaoudepapel,floresta nativa. Utiliza apenasflorestaplantada”.
“Eudigo sempre que nós nãocortamos árvores, nós colhe-mos árvores. Assim como oagricultorquesemeiamilhoouplanta couves, colhe milho ecolhecouves,nós,queplanta-mos árvores, colhemos árvo-res”,explicaosecretário-geraldaCELPA.Jáno lançamento do Prémio,
emmaio,opresidentedaCEL-PA, Diogo da Silveira, tinhaalertadoparaofactodeaflores-tasóconseguirsobreviverseforeconomicamentesustentávelecondenadaa“orientaçãopolí-tica” dos Planos Regionais deOrdenamento Florestal, que“visamamunicipalização”.n
CarlosAmaral Vieira, diretor-geral da CELPA, assegura que a indústria papeleira tem forte preocupação ambiental
PORMENORES
CriadoradeempregoApar de outras vantagens, no-meadamente ao nível da balançacomercial, as mais de 21 200empresas ligadas à fileira flo-restal dão emprego a qualquercoisa como 141 mil pessoas.
VolumedenegóciosAatividade industrial baseadana fileira florestal, nomeada-mente a cortiça, o papel e o mo-biliário, registou em 2017 umvolume global de negócios de 22mil milhões de euros.
União deprodutoresOs industriais do papel conti-nuam a apelar à criação deagrupamentos de produtores,uma vez que plantações de doisou três hectares não têm viabili-dade económica e financeira.
INDÚSTRIAACRESCENTA
GRANDEVALOR
ECONÓMICOÀFLORESTA
AMBIENTEÉUMADAS
GRANDESPREOCUPAÇÕES
DAINDÚSTRIAPAPELEIRA
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EngenhariaFlorestalqueratrairjovensàlicenciaturaFORMAÇÃOrDramados incêndios em2017veioalertarparaaimportânciadaEngenhariaFlorestalecomoaformaçãopodeajudaraevitartragédias CAMPANHArUniversidades tentamatrairalunosaumaáreacadavezmais relevanteparaoPaís
ÁREAFLORESTALESTÁCADAVEZMENORu Em duas décadas, entre 1995 e 2015, Portugal perdeu seis por cento da sua área florestal. Com os incêndios do ano passado, a redução terá sido significativa.n
INCÊNDIOS NOCIVOSPARAOAMBIENTEu Pela primeira vez, em 2017, a floresta portuguesa foi emissora de carbono, de-vido à extraordinária dimen-são dos incêndios de junho e, sobretudo, de outubro.n
SECUNDINOCUNHA
Afloresta não é umaativi-dadequeatraiaos jovense temos de inverter essa
situação, temos de encontrarforma,muitoatravésdainova-ção,de fazercomqueaflorestasejaatrativaparaquemescolheoseucursoouparaquemestáachegar ao mercado de traba-lho”.Adeclaraçãofoiproferidapelo secretário de Estado dasFlorestas e DesenvolvimentoRural, Miguel Freitas, no se-
gundo ‘Live Lab’, realizado noPorto, no âmbito da segundaedição do Prémio Floresta eSustentabilidade.Aquestãosurgiuapósainter-
venção de Emília Silva, enge-nheiraflorestaleprofessoradaUniversidadedeTrás-os-Mon-tes e Alto Douro (UTAD), quealertouparaadificuldadequeosjovenstêmemperceberoqueé
UniversidadedeTrás-os-Montes eAltoDouro tem omais conceituado curso de Engenharia Florestal, mas debate-se todos os anos com falta de candidatos
uPauloCardosoéestudanteemViseueé tambémjovemrepórterparaoambiente.Enquantoalunodo12º ano, éativonoclubedoambienteefoiumdosparticipantesno‘LiveLab’ doPorto, onderealçouaimportânciadaati-vidadeambiental, sobretudoaextracurricular, queexistenasescolas. “Osclubesdoambienteoudaflorestasãofundamentaisparasensibili-
zaros jovensparaestasques-tõesdanatureza. Sócomsensibilizaçãoconstante seconseguealcançaracons-ciênciaambiental”, afirmouPauloCardoso, lembrandoqueosclubes“têmatividadeno interiordasescolas,mastambémjuntodacomunida-de, jáqueosalunospartici-pamemaçõesde limpezaereflorestaçãoouemcampa-nhasde informação”.n
“Sócomsensibilizaçãoconstanteseconsegueconsciência ambiental”
PauloCardoso, estudante
CURSODEENGENHARIA
FLORESTALTENTA
CATIVARMAISALUNOS
MELHORIADASESPÉCIES
FLORESTAISÉGRANDE
DESAFIOPARAOFUTURO
AMBIÇÃO
a Engenharia Florestal.“Todos sabemos que, por
exemplo, o cumprimento dasmetas ambientais dependem,no essencial, da floresta e queprecisamos com urgência de
melhorarasnossasespéciesflo-restais.Eparaisso,precisamosdeengenheirosflorestais”,dis-seainvestigadora.Luís Lopes, que é diretor do
primeiro ciclo do curso de En-
genhariaFlorestaldaUTAD,fa-loudeumasituação“altamentepreocupante”, perguntandomesmoseocursovaleapena.“A UTAD tem doze vagas e
nãoencheeasoutrasvinteque
existemnoutras escolas, tam-bémficamaquém,ouseja, for-mam-seemPortugalmenosdedez engenheiros florestais porano. Temos de refletir”, afir-mouocatedrático.n
LIMPEZATEMDE SERBEMREALIZADAu Os especialistas alertam para a importância de reali-zar uma limpeza florestal com as devidas cautelas, já que rapar tudo pode por em causa várias espécies.n
DIVERSIDADE É GRANDERIQUEZADAFLORESTAu Para além da madeira, a floresta é local de produção de produtos como o pinhão, o mel silvestre, os cogume-los, as castanhas e, não es-queçamos, a resina.n
JOSÉ
PONTEIRA
HUGO
MON
TEIRO