filariose intra abdominal em cÃo no municÍpio de cabo … · 2.1 morfologia e ciclo biológico de...
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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
LORENA BADARÓ PITZER
FILARIOSE INTRA ABDOMINAL EM CÃO NO MUNICÍPIO DE
CABO FRIO – RJ: RELATO DE CASO
NITERÓI – RJ
12
2011
LORENA BADARÓ PITZER
FILARIOSE INTRA ABDOMINAL EM CÃO NO MUNICÍPIO DE
CABO FRIO – RJ: RELATO DE CASO
Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-
Árido (UFERSA), Departamento de Ciências Animais para
obtenção do título de especialização em Clínica Médica de
Pequenos Animais.
Orientador: MSc. Janh Carlo de Amorim Ferreira
NITERÓI – RJ
2011
LORENA BADARÓ PITZER
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FILARIOSE INTRA ABDOMINAL EM CÃO NO MUNICÍPIO DE
CABO FRIO – RJ: RELATO DE CASO
Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Animais
para obtenção do título de especialização em Clínica Médica de
Pequenos Animais.
Orientador: MSc. Janh Carlo de Amorim Ferreira
APROVADA EM: ........../........../...........
BANCA EXAMINADORA:
.......................................................................
Professor (a) (UFERSA)
Presidente
.......................................................................
Professor (a) (UFERSA)
Primeiro Membro
.......................................................................
Professor (a) (UFERSA)
Segundo Membro
14
AGRADECIMENTOS
A Deus, pois sem ele eu nada seria.
Aos meus pais por estarem sempre ao meu lado.
Aos meus irmãos e sobrinhos por fazerem meus momentos de descanso os melhores do mundo.
Ao meu orientador Janh Carlo de Amorim Ferreira por me orientar mesmo com tão pouco tempo no seu dia
a dia, e mesmo assim conseguimos fazer um bom trabalho juntos.
Aos professores deste curso que muitos me ajudaram neste trabalho, muitas vezes sem nem saber que
estavam ajudando, mas sempre com muito carinho e boa vontade.
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“Os investimentos em conhecimento geram os melhores dividendos.” (Benjamin Franklin)
RESUMO
A dirofilariose é uma zoonose pouco conhecida causada por Dirofilaria spp., nematódeo mais conhecido como
verme do coração dos cães (Dirofilaria immitis), parasita do sistema circulatório desses animais, mas que também
pode acometer gatos e o ser humano. Sua ocorrência está intimamente ligada à presença de mosquitos vetores (Aedes
spp., Anopheles spp., Culex spp.), condições climáticas favoráveis, assim como trânsito entre regiões indenes e
endêmicas/epidêmicas. O ser humano pode se infectar com D. immitis (pulmão), Dirofilaria repens (pulmão,
subcutâneo) e Dirofilaria tenuis (subcutâneo). Este trabalho descreve um caso clínico de um cão sem raça definida,
com mais de 10 anos de idade, que foi atendido em uma clínica veterinária no município de Cabo Frio- RJ. O canino
deu entrada na clínica apresentando caquexia, ascite, sopro cardíaco acentuado, pulso cheio, mucosas hipocoradas.
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Indo á óbito antes da realização de outros exames. Durante a abdominocentese observou-se um parasito filiforme
dentro do equipo que estava sendo usado para a punção juntamente com uma agulha 40X12.
Palavras-chave: dirofilárias, cães, zoonose, mosquito
ABSTRACT
Dirofilariasis is an unknown zoonosis, caused by Dirofilaria spp, nematodea most known as dog's heartworm
(Dirofilaria immitis), which parasites the vascular system of these animals, but infects cats and human beings too. Its
occurrence is highly linked to the presence of mosquitoes (Aedes spp., Anopheles spp., Culex spp.), adequate climatic
conditions, as well as the transit between infection-free and endemic/epidemic regions. Human beings can be
infected by D. immitis (lung), Dirofilaria repens (lung, subcutaneous) and Dirofilaria tenuis (subcutaneous). This
paper describes a case where a mixed breed dog, with more than 10 years of age, was treated at a veterinary clinic in
the city of Cabo Frio-RJ. The dog was admitted to the clinic showing cachexia, ascites, severe heart murmur, full
pulse, pale mucous membranes. There were no tests done since the animal entered into before that death. During
abdominocentese observed a parasite within the filiform catheter that was being used to puncture with a needle
40X12.
Keywords: Heartworm, dogs, zoonoses, mosquitoes
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1 - Ciclo Biológico da Filária .........................................................................13
FIGURA 2 - Presença de microfilária em um hemograma...............................................17
FIGURA 3 - Canino SRD no momento da chegada á clínica...........................................23
FIGURA 4 - Canino SRD na clínica já recebendo fluidoterapia......................................24
FIGURA 5 - Resultado do exame de sangue do canino do presente trabalho.................25
FIGURA 6 - Parasito filiforme (Filária) dentro do equipo...............................................26
FIGURA 7 - Parasita filiforme (Filária) ...........................................................................27
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SUMÁRIO
RESUMO ............................................................................................................................. 7
ABSTRACT...........................................................................................................................8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES................................................................................................ 9
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ .......11
2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 12
2.1 MORFOLOGIA E CICLO BIOLÓGICO DE DIROFILARIA IMMITIS .............. 12
2.2 PREVALÊNCIA DA DIROFILARIA IMMITIS ....................................................... 13
2.3 EPIDEMIOLOGIA ..................................................................................................... 14
2.4 PATOGENIA ............................................................................................................. 14
2.5 SINAIS E SINTOMAS .............................................................................................. 16
2.6 DIAGNÓSTICO ......................................................................................................... 16
2.7 TRATAMENTO ......................................................................................................... 19
2.8. PREVENÇÃO ......................................................................................................... 22
3 RELATO DE CASO ............................................................................................................ 23
4 DISCUSSÃO ....................................................................................................................... 28
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 29
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 30
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1 INTRODUÇÃO
A Dirofilariose é encontrada mais frequentemente em cidades litorâneas e de clima
quente, porém muitos casos têm sido diagnosticados em regiões interioranas e longe da costa. As
regiões com maior freqüência da Dirofilariose no Brasil são as regiões litorâneas dos Estados de
São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Santa Catarina e, inclusive, o Mato Grosso,
possivelmente porque nestas regiões foram realizados maiores levantamentos epidemiológicos
(FERNANDES et al., 2000)
Mais do que uma doença fatal para os cães, a Dirofilariose canina (doença do verme do
coração) é uma zoonose e traz riscos à saúde humana.
É provocada por um parasita, a Dirofilaria immitis, precisamente por sua forma
larvar que penetra no organismo do cão quando este é picado por mosquitos que já picaram um
cão infectado.
Com relação à distribuição geográfica a dirofilariose é mais comum em zonas tropicais e
semitropicais (TILLEY; SMITH, 2003).
O presente trabalho trata da ocorrência da dirofilariose canina no município de Cabo
Frio – RJ e discute os principais sintomas e sinais clínicos, demonstrando métodos de
diagnósticos e tratamento utilizado.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Morfologia e ciclo biológico de Dirofilaria immitis
A Dirofilaria immitis, um filarídeo parasita de cães e de outros mamíferos, localiza-se,
quando adulto, no coração e libera microfilárias no sangue. A transmissão desse nematódeo é
feita por mosquitos Culicidae suscetíveis, nos quais as microfilárias completam seu
desenvolvimento até o estádio infectante (AHID; OLIVEIRA, 1999).
Os vermes do coração foram relatados primeiramente em cães na Itália
em 1626 e em gatos no Brasil em 1921. Eles foram
encontrados em gatos nos Estados Unidos e nas Filipinas
em 1922 (NELSON, 2008).
Os vermes, na sua fase adulta, são longos de coloração esbranquiçada e apresentam
dimorfismo sexual significativo, os machos medem de 12 a 20 cm e apresentam cauda espiralada
e as fêmeas medem entre 25 e 31 cm e possuem cauda arredondada. O resultado do acasalamento
desses vermes são as microfilárias, que são as formas encontradas na circulação (BATISTA et al.,
2008).
Segundo Rocha (2010), a Dirofilaria immitis é um nematelminto delgado de cor branca
que pode medir mais de 30 cm de comprimento.
Segundo Santana; Lozovei (2001), o Aedes scapularis, vetor da Dirofilaria immitis,
apresentou atividade noturna de vôo mais eficiente, em ordem decrescente, nas luas nova, cheia,
quarto crescente e, por último, na quarto minguante.
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Figura 1 – Ciclo Biológico da Dirofilária (http://www.dpd.cec.gov.dpdx)
2.2 Prevalência da Dirofilaria immitis
As regiões costeiras tropicais e subtropicais de todo o mundo apresentam alta
prevalência de dirofilariose canina, pela abundância de vetores susceptíveis competentes
(ALMEIDA et al., 2001). Também conhecida como ‘doença do verme do coração’ a dirofilariose
é uma grande preocupação para criadores. (BATISTA et al, 2008)
A dirofilariose canina está presente em vários estados de todas as regiões do Brasil. As
maiores prevalências descritas no país estão em áreas banhadas por rios e mares, providas ou
próximas de lagos (GARCEZ et al., 2006)
Diversos estudos demonstram que a prevalência das infecções por filárias, incluindo D.
immitis, tem aumentado em cães não tratados com fármacos profiláticos e que existe o risco de
que hospedeiros intermediários recém introduzidos possam vir a estabelecer ciclos em regiões
anteriormente livres da doença ( GENCHI et al., 2005).
22
2.3 Epidemiologia
Relata-se a existência de nove espécies de filarídeos descritos em cães, contudo no
Brasil foram assinaladas quatro: Dirofilaria immitis, Dirofilaria repens, Dipetalonema
reconditum e Dipetalonema grassii, sendo o principal agente da dirofilariose canina a D. immitis.
Eventualmente, a dirofilariose pode ocorrer no homem, mas o helminto não atingirá a fase adulta,
e os vermes imaturos mortos são geralmente encontrados em nódulos pulmonares isolados
(FERNANDES et al., 1999).
A população canina que apresenta maior risco é aquela que está submetida à maior
exposição aos artrópodes vetores, tais como os cães não controlados sanitariamente em zonas
rurais, os que não possuem abrigo permanente, os de caça, pastoreio, competição ao ar livre e os
que são transportados para locais em que a infecção é endêmica (TZIPORY et al., 2010).
Montoya et al. (1998) demonstraram que animais do sexo masculino apresentam maior
probabilidade de infecção do que as fêmeas. E que a idade é também um importante fator de
risco, determinado pelo tempo de exposição em áreas em que a doença é endêmica. Assim sendo,
cães idosos têm uma maior prevalência de infecção por Dirofilaria do que cães mais novos.
2.4 Patogenia
Segundo Rocha (2010), animais com cargas parasitárias mais elevadas, geralmente
apresentam doença vascular pulmonar mais grave e hipertensão pulmonar mais severa do que
animais levemente infectados. Animais infectados com mais de 100 vermes estão em risco
elevado de desenvolver um processo agudo potencialmente mortal conhecido como o síndrome
da veia cava.
No entanto, o aumento da pressão arterial pulmonar é moderado na maioria dos animais
(JOHNSON, 1999).
Rocha (2010) revela que a presença do parasita nas artérias vai originar lesão das células
endoteliais. Do ponto de vista histológico, as células apresentam-se afastadas entre si e
inflamadas; há acumulação de leucócitos e espessamento da túnica íntima. Estas alterações levam
à ativação e adesão das plaquetas e aumento da permeabilidade do endotélio permitindo a saída
de proteínas e água para o interstício perivascular. Assim, em consequência deste processo, o
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animal pode vir a desenvolver hipertensão pulmonar que por sua vez leva a um quadro de
insuficiência cardíaca. A hipertensão pulmonar está presente, muito provavelmente, na maioria
dos animais com dirofilariose aparente ao exame radiográfico.
As alterações histopatológicas encontradas no parênquima pulmonar em animais
afetados foram as seguintes: pneumonia intersticial, infarto, hipertrofia do músculo de
Reissenssen, bronquite, edema pulmonar, fibrose no parênquima, espessamento difuso do septo
alveolar, granuloma, hemossiderose, atelectasia e hemorragia (MATTOS et al 2008).
Migrações errôneas também podem ocorrer. Foram descritas manifestações oculares e
neuromusculares, sendo que os parasitas já foram encontrados no músculo, cérebro, medula
espinal e câmara anterior do olho, ainda que de forma pouco frequente (ROCHA, 2010).
Segundo Tada et al (1979), já foi relatado no Japão um caso de dirofilária intra-
abdominal em um humano.
Uma indicação de que o gato é um hospedeiro aberrante para D. immitis é a ocorrência
de migrações erráticas mais frequentes do que nos cães. Os parasitas ectópicos são encontrados
com maior frequência nas cavidades corporais, artérias sistémicas e sistema nervoso central dos
gatos (ROSA, 2009).
Após três meses destes parasitos se instalarem no seu habitat (artérias pulmonares e no
ventrículo direito), iniciam a liberação de microfilárias, que irão para a corrente circulatória e
com isso os mosquitos no seu repasto sangüíneo vão adquiri-las e com isso dando continuidade
ao ciclo (MENEZES, 1998).
Porém existem casos em que o paciente não apresenta as microfilárias na circulação
periférica, sendo por isso chamada de Dirofilariose oculta, onde o animal apresenta as dirofilárias
adultas, na ausência de microfilaremia detectada. Esta infecção oculta pode decorrer de infecções
unissexuadas, presença de um pequeno número de vermes, infecções pré-patentes, esterilidade
induzida por medicamento, e eliminação imunomediada de microfilárias (RAWLINGS e
CALVERT, 1997)
À medida que as dirofilárias aumentam de tamanho e crescem em direção ao coração, as
lesões da superfície arterial tornam-se mais evidentes. A inflamação estende-se para o
parênquima pulmonar. No leito capilar distal, os septos alveolares desenvolvem edema. A
demonstração de antígeno de D. immitis nas áreas intersticiais distais devido à presença física dos
parasitas explica a disseminação da resposta inflamatória a todo o parênquima pulmonar. Estas
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alterações são significativamente agravadas quando associadas com a morte dos parasitas
(DILLON et al, 2008).
2.5 Sinais clínicos
As manifestações clínicas mais observadas foram a prostração (76,7%), a tosse (43,3%),
a anorexia (30%) e a intolerância ao exercício (30%). Anemia normocítica e normocrómica e
leucocitose com neutrofilia, monocitose, eosinofilia e basofilia foram alterações hematológicas
observadas nos animais assintomáticos infectados e nos animais com dirofilariose (ROCHA,
2010).
Arango et al (2006), relata como sinais e sintomas mucosas pálidas, auscultas cardíacas
anormais, sons estridores em ambos os campos pulmonares, edema no terço inferior do membro
anterior esquerdo e desidratação.
Segundo Moreira (2008), os animais que desenvolvem doença cardio-pulmonar podem
não manifestar nenhum sinal clínico ou esses sinais podem apresentar-se na forma de dispnéia,
intolerância ao exercício físico que se agrava devido à resistência ao fluxo sanguíneo nos
alvéolos, hemoptise e síncope. A síndrome da veia cava é um sinal clínico manifestado pelos
doentes graves, devido a grande concentração de vermes adultos no átrio direito do coração,
válvula tricúspede e veia cava caudal. Hemólise, anemia e bilirrubinuria são lesões provocadas
por comprometimento hepático primário.
A carga de vermes adultos, a interação hospedeiro-parasita e a duração da infecção
refletem os sinais clínicos, ou seja, os sinais da dirofilariose canina podem variar muito e reflete
na gravidade das lesões causadas pelos parasitas. A grande maioria dos animais portadores de
dirofilárias apresentam poucos ou nenhum sinal clínico (CALVERT, 1998; MENEZES, 1998).
2.6 Diagnóstico
No exame físico, anamnese e histórico podem-se coletar os seguintes dados intolerância
ao exercício, tosse crônica, fadiga, perda de peso, mucosas hipocoradas, anemia, dispnéia e
crepitações respiratórias. Mas se o animal apresenta insuficiência cardíaca congestiva direita, os
sinais ficam mais evidentes e o animal pode apresentar também ascite e caquexia, podendo
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chegar a óbito (CALVERT, 1998; MENEZES, 1998). O primeiro passo é a detecção das
microfilárias no sangue periférico (LABARTHE,1997).
FIGURA 2 - Presença de microfilária em um hemograma
FONTE: http://www.diaglab.vet.cornell.edu/clinpath/modules/hemogram/images/parasite.jpg
Segundo Fernandes et al (2000), o diagnóstico da dirofilariose canina inclui a pesquisa
das microfilárias, como é o caso do teste de Knott modificado e de testes imunodiagnósticos que
se baseiam tanto na detecção de antígenos do parasito, quanto na detecção de anticorpos,
considerados de baixa especificidade. Com o emprego dos testes sorológicos, é possível o
diagnóstico da forma oculta da doença. Uma forma alternativa para a detecção de anticorpos é o
teste de "Immunoblot", que detecta bandas específicas do parasito.
Existe uma série de exames laboratoriais para diagnosticar a doença como também
concentração em filtro, gradiente de densidade por centrifugação, gota espessa e etc. Contudo,
todos têm suas limitações, assim como sensibilidades (BATISTA et al, 2008).
As radiografias torácicas podem ser uma ferramenta de triagem para cães e gatos com
sinais clínicos sugestivos. As artérias pulmonares podem estar tortuosas e dilatadas em cães com
dilatação do segmento arterial pulmonar. A visualização do parasita pela ultrassonografia é
diagnóstico definitivo da infecção. A identificação de microfilárias no sangue é de baixa
sensibilidade nos gatos, porém se detectadas, é conclusiva para o diagnóstico da infecção
(SILVA; LANGONI, 2009).
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Para Moreira (2008), O exame radiológico do coração e pulmão é um importante
método para se avaliar a presença e/ou severidade da infestação por D. immitis. As mudanças
mais comuns manifestam-se na presença de uma maior radiopacidade do lado direito do coração,
artéria pulmonar principal e lóbulos do pulmão. Esse diagnóstico, porém, deve ser confirmado
por exames complementares que incluem pesquisas de microfilárias na circulação periférica e
reação antigênica do parasito adulto. São eles:
Diagnóstico Epidemiológico - Consiste em relacionar a presença do paciente
sintomático a ambientes com reconhecida existência de vetores biológicos da doença, assim
como a áreas onde já tenha sido diagnosticada a dirofilariose em algum animal (Id)
Diagnóstico Laboratorial - Recomenda-se como complementação aos demais exames.
Neste serão observadas as microfilárias circulantes no sangue periférico ou a reação antigênica
resultante da presença dos vermes adultos. (Id)
Gota espessa - É feita através da colocação de uma gota de sangue total, logo após a
colheita, entre lâmina e lamínula e observada no microscópio óptico comum a um aumento de
40x, usando-se uma baixa intensidade de luz. Porém existe a possibilidade de falso negativo, daí
a necessidade de outros exames complementares.(Id)
Gota de soro - Colhe-se uma quantidade de sangue, sem anticoagulante, e deixa o
material coagular, do sobrenadante retira-se uma gota e leva-se ao microscópico óptico com
aumento de 40x. Essa técnica tem a vantagem de terem sido separadas partes sólidas das partes
líquidas do sangue, o que facilita a visualização da microfilária (Id)
Knott modificada - Em um tubo com capacidade para 10 ml, coloca-se 1 ml de sangue
total, que foi colhido previamente com anticoagulante, adiciona-se 9 ml de formol a 2%,
centrifuga-se a 1.500 rpm durante 5 minutos, despreza-se o sobrenadante e, à fração sedimentada,
adiciona-se de duas a três gotas de azul de metileno e coloca-se uma gota entre lâmina e lamínula
e lê-se ao microscópio comum aumentado 40x. É uma técnica bastante eficiente por ser sensível e
permite detectar uma baixa microfilaremia e identificar as microfilárias (medir e contar) (Id)
Prova antígeno-anticorpo - Existem no mercado vários kits para testes para detecção de
espécimes adultos de D. immitis. Podem-se destacar alguns que podem ser encontrados no Brasil:
assure CH, dirocheck e snapcanine heartworm PF. Porém são métodos pouco práticos, muitas
vezes sem especificidade, pois alguns podem apresentar reação cruzada com vermes
gastrointestinais. São pouco sensíveis, pois os vermes têm de ter mais de cinco meses e se forem
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machos não há reação. Em resumo não há nenhum teste, atualmente, que seja seguro e eficaz na
detecção da D. immitis. Quando escolhida essa prova, como integrante dos meios para o
diagnóstico da dirofilariose, deverá sempre estar correlacionada com outros métodos de
diagnóstico por apresentarem limitações consideráveis (Id)
A maioria dos cães com dirofilariose apresentam o eletrocardiograma normal, mas se
presentes as alterações, estas indicam: sobrecarga do ventrículo direito, arritmia cardíaca e
bloqueio do ramo direito do feixe de His (MENEZES, 1998).
Os exames laboratoriais padrão variam de acordo com a preferência particular dos
clínicos, idade do animal, e dos sinais clínicos. Porém um banco de dados mínimo é feito com
hemograma, bioquímica sérica e urinálise (CALVERT, 1998).
Estes exames apresentam pouca variação, mas as variações hematológicas mais
frequentemente observadas são a anemia normocítica normocrômica, leucocitose com neutrofilia,
basofilia, eosinofilia e coagulação intravascular disseminada (MENEZES, 1998).
No caso de D. immitis, a amostra de sangue deve ser obtida de preferência no período
noturno, quando a microfilaremia atinge o seu pico. A microfilaremia por D. immitis aparece seis
meses após a infecção nos cães, porém em cerca de 15% dos animais infectados não se detecta
microfilaremia (dirofilariose oculta) (SILVA; LANGONI, 2009)
Já segundo Menezes (1998), as concentrações de microfilárias no sangue variam durante
o dia, sendo geralmente maiores durante o dia que durante a noite.
2.7 Tratamento
Para se fazer o tratamento da dirofilariose deve-se discutir com o proprietário os riscos e
benefícios do tratamento, além é claro de alertá-lo sobre as consequências se não for feito. Os
animais portadores da Dirofilária podem sobreviver por bastante tempo, entretanto a qualidade de
vida desses animais tende a diminuir com o comprometimento das lesões, pois quando não
tratados os animais poderão desenvolver patologias irreversíveis. Com isso o tratamento visa a
melhoria de vida desses pacientes (LABARTHE, 1997)
Segundo Silva; Langoni (2009), a Sociedade Americana do "Verme do Coração"
(American Heartworm Disease) recomenda a prevenção anual em todas as áreas que apresentam
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grandes variações de temperaturas durante as estações do ano. As principais drogas preventivas
utilizadas nos cães são a dietilcarbamazina e a lactona macrocíclica – ML.
Para cães, o dicloridrato de melarsomina é a única droga aprovada pelo United States
Food and Drug Administration (FDA) e tem demonstrado maior efetividade e segurança
referente às demais drogas disponíveis (Id)
Os cães infectados sem sinais clínicos ou com sinais leves apresentam melhor resposta
ao tratamento. Pacientes com doença mais severa apresentam maiores possibilidades de
complicações e morte. A presença de doença severa associada a outras doenças graves pode
impedir o tratamento (Id)
Em cães que ainda permanecem positivos ao teste de antígeno, a repetição do tratamento
adulticida pode ser indicada após a avaliação adequada do caso. Em algumas situações, a
alternativa é tratar com ivermectina. Pode ser utilizada na dose de 50µg kg-1
/VO, promovendo
eliminação rápida, ou 6 a 12µg kg-1
/VO, com eliminação gradativa (Id).
Para Moreira (2008), atualmente existem duas drogas, no mercado nacional, de eleição
para o tratamento da dirofilaria em estágio adulto:
Tiacetarsamida sódica - (Carpasolate; Merial) – Os resultados, nos animais tratados com
essa droga, são melhor evidenciados quando os animais apresentam uma infestação leve. A
administração é exclusivamente endovenosa, com o risco de haver necrose no local onde houver
extravasamento da droga. Na dose de 2,2 mg/kg de PV, de 12 em 12 horas durante três
consecutivos. Os efeitos colaterais advindos da administração deste medicamento manifestam-se
na forma de vômitos, porém o tratamento deve ser continuado, exetuando-se em casos de vômito
persistente e caso haja anorexia e icterícia, nesses casos o tratamento deverá ser suspenso. O
trombo-embolismo e seus efeitos são as principais manifestações colaterais, devido à obstrução
das artérias pulmonares pelos vermes mortos, e se o tratamento tiver tido resultado, algum
número de obstrução ocorrerá. Os sinais clínicos dessa consequência são febre, tosse e
hemoptise. Estes pacientes necessitam de tratamento antiinflamatório através da administração de
corticóides. Animais com trombocitopenia e proteinúria devem ter o pós-tratamento monitorado
cuidadosamente, pois poderá ocorrer trombose grave e coagulação intravascular disseminada
(CID).
Dihidrocloridrato de melarsomina - (Immiticide; Merial) - Droga de eleição para o
tratamento de vermes adultos por ser mais eficiente, por ser menos tóxica e de fácil manejo. Os
29
animais com infestações de leve à moderada, devem receber duas doses de 2,5mg/kg, com
intervalo de 24 horas em injeção profunda na musculatura lombar. Animais com doença grave
devem receber o tratamento em duas etapas. Na primeira, receberá uma dose de 2,5mg/kg em
injeção intramuscular lombar profunda. Numa segunda etapa receberá duas doses de 2,5mg/kg
com intervalo de 24 horas entre uma dose e outra, também em injeção intramuscular lombar
profunda (Id). Utilizando-se uma agulha 25 x 5,5 para cães abaixo de 10 kg de peso vivo, ou 40 x
7 para cães acima de 10 kg de peso vivo (LABARTHE, 1997).
O tratamento microfilaricida deve ser iniciado de três a seis semanas após o tratamento
adulticida. As drogas mais eficazes são a milbemicina (500 a 999mcg/kg, VO) e ivermectina (50
mcg/kg, VO) (MOREIRA, 2008).
Os animais que apresentaram uma doença mais agressiva deverão receber doses menores
e mais frequentes de 6 a 12mcg/kg, VO, que eliminará as microfilárias gradualmente (Id).
Há autores que classificam, ainda, um outro grupo de pacientes: os gravíssimos (com
síndrome da veia cava), esses não suportariam um trombo-embolismo severo, nestes, os vermes,
deverão ser removidos cirurgicamente (Id).
A intenção neste tratamento é a rápida eliminação das microfilárias da circulação
sanguínea do portador. Pode ser utilizada como pós-tratamento adulticida ou como tratamento
profilático (ALMOSNY, 2002).
Menezes (1998), diz que o objetivo do tratamento adjuvante é diminuir os efeitos
causados pela morte das dirofilárias, o que inevitavelmente causa um tromboembolismo e
hemorragia pulmonar. São usadas como tratamento adjuvante o ácido acetil salicílico, heparina,
corticóides, oxigenoterapia, inibidores da enzima conversora de angiotensinogênio, fluidoterapia,
digoxina, broncodilatadores e supressores da tosse. Porém o uso do ácido acetil salicílico é a
medida mais utilizada, isto porque mesmo em dosagens baixas, o ácido acetil salicílico age sobre
as plaquetas impedindo a sua agregação, ou seja, evita que as plaquetas se fixem nas lesões
vasculares, impedindo com isso a formação de trombos.
Nissen; Walker (2007) dizem que não há medicação aprovada para a infecção nos
felinos. Recomenda-se tratamento de suporte com doses pequenas e crescentes de prednisolona
em gatos com evidências clínicas e radiográficas de doença pulmonar. Os gatos podem
apresentar cura espontânea.
30
2.8 Prevenção
Segundo Moreira (2008), quando terminado ou concomitantemente ao tratamento
adulticida, devem-se estabelecer estratégias que impossibilitem o nascimento de novos vetores,
que não permita que os vetores que já existam sejam infectados, que os que já estão infectados
transmitam a doença. Prevenir, como em todos os setores da saúde, e aqui não é diferente, é mais
eficiente para se conter uma doença, mais barato e mais seguro. Atualmente existem alguns
produtos preventivos aprovados no Brasil: dietilcarbamazina, ivermectina, milbemicina e
moxidectina. Um outro está em fase de aprovação, o selamectina. Autores recomendam que se
inicie a administração das medicações preventivas 15 dias antes do animal ser exposto ao vetor e
60 dias após a exposição. Uso de repelentes também é recomendável para animais que habitam
em área endêmica para a doença.
Para Silva; Langoni (2009), gatos, a exemplo da prevenção para cães em termos
populacionais, recomenda-se evitar acesso a áreas endêmicas, com presença de vetores e casos
caninos. Além disso, em áreas endêmicas, a introdução de medicação preventiva para gatos é
indicada. Assim, sugere-se que a medicação profilática seja administrada em animais com quatro
a seis semanas de idade e continuada por toda a vida. Já em áreas não endêmicas, a baixa
prevalência não é suficiente para indicar a terapia preventiva nessa espécie.
Após o tratamento adulticida e microfilaricida com sucesso, deve-se fazer a prevenção
para que o animal não adquira a doença novamente. O tratamento preventivo deve ser feito com
ivermectina 6-12 mcg/kg por mês, com milbemicina 500-999 mcg/kg ao mês (LABARTHE,
1997).
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3 RELATO DE CASO
Foi atendido em uma clinica veterinaria de Cabo Frio – RJ, no dia 14/08/2009 as 19:30h
um canino sem raça definida (SRD), macho, com mais de 10 anos, que frequentemente estava na
rua e era cuidado pelos funcionários do CBMERJ (Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio
de Janeiro) local. (FIGURA 3)
Figura 3 - Canino SRD no momento da chegada á clínica
Fonte: Ferreira (2009)
Foi realizado tratamento antiparasitário neste animal algumas vezes durante a vida, mas
sem regularidade. Vacinado somente com anti-rábica em campanhas. Nunca tomou preventivo
contra filárias, alimentava-se de ração e comida caseira.
O canino chegou á clinica apresentando caquexia, ascite, sopro cardíaco acentuado, pulso cheio,
mucosas hipocoradas (FIGURA 4).
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Figura 4 - Canino SRD na clínica já recebendo fluidoterapia
Fonte: Ferreira (2009)
Foi coletado sangue do animal logo que chegou á clinica para a realização do
hemograma com pesquisa de hemocitozoário e pesquisa de microfilária. Neste exame foi
encontrada Leucocitose neutrofílica e monocitose absoluta e a pesquisa de microfilária resultou
positivamente (FIGURA 5).
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Figura 5 – Resultado do exame de sangue do canino do presente trabalho
(FONTE: CEVET Lagos laboratório veterinário)
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Em razão deste animal apresentar ascite como sinal clinico, foi necessária uma punção
abdominal para retirada e visualização desse conteúdo.
Durante a abdominocentese observou-se um parasito filiforme esbranquiçado de
aproximadamente 20 cm de comprimento dentro do equipo que estava sendo usado para a punção
juntamente com uma agulha hipodérmica de calibre 40X12 (FIGURA 6).
Figura 6 – Parasito filiforme (Filária) dentro do equipo
Fonte: Ferreira (2009)
Não foi realizado nenhum outro exame pois o animal foi a óbito antes disso. A necrópsia
não foi autorizada pela pessoa responsável pela internação do animal na clínica, por isso não há
como saber se haviam outros parasitos no abdomem ou nas câmaras cardíacas.
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Figura 7 – Parasita filiforme (Filária)
Fonte: Ferreira (2009)
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4 DISCUSSÃO
O caso relatado aconteceu no município de Cabo Frio – RJ, concordando com o que
disse Garcez em 2006 quando diz que a dirofilariose canina está presente em vários estados de
todas as regiões do Brasil. E que as maiores prevalências descritas no país estão em áreas
banhadas por rios e mares, providas ou próximas de lagos.
O animal em questão era um macho com mais de 10 anos, concordando com o que diz
Montoya et al. (1998), demonstrando que animais do sexo masculino apresentam maior
probabilidade de infecção do que as fêmeas e que cães idosos tem mais prevalência de obter a
doença.
Rocha (2010) relatou que migrações errôneas do parasito também podem ocorrer. Ainda
que de forma pouco frequente, explicando o aparecimento da filaria dentro do abdômen do
animal do presente trabalho.
Genchi et al (2005) demonstraram que a prevalência das infecções por filárias, incluindo
D. immitis, tem aumentado em cães não tratados com fármacos profiláticos, estando de acordo
com a historia do animal descrito neste trabalho que nunca fez este tipo de prevenção.
Arango et al (2006), relatam como sinais e sintomas mucosas pálidas, auscultas
cardíacas anormais, descrevendo os mesmos sinais e sintomas do caso atendido em Cabo Frio –
RJ.
Batista et al (2008) dizem que os vermes, na sua fase adulta, são longos de coloração
esbranquiçada e apresentam dimorfismo sexual significativo, os machos medem de 12 a 20 cm,
exatamente como descrito no achado do relato de caso.
Segundo Menezes (1998), as variações hematológicas mais freqüentemente observadas
são a anemia normocitica normocrômica, leucocitose com neutrofilia, basofilia, eosinofilia e
coagulação intravascular disseminada, concordando com alguns dos achados do presente
trabalho.
Silva e Langoni (2009), dizem que a amostra de sangue deve ser obtida de preferência
no período noturno, quando a microfilaremia atinge o seu pico, o que pode explicar o achado da
microfilária no hemograma do canino em questão de acordo com o horário coletado na sua
chegada à clinica, aproximadamente ás 19:30h.
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5 CONCLUSÃO
O presente trabalho relatou a um caso de dirofilariose canina no município de Cabo
Frio- RJ, evidenciando um caso em área litorâneas e de clima quente,como já é citado em
algumas literaturas. Mostrando como os principais sinais clinicos prostração, a tosse, a anorexia,
a intolerância ao exercício, mucosas hipocoradas e auscultas cardíacas anormais. Sendo muito
importante um bom exame clínico e exames complementares para fechar o diagnóstico de
maneira conclusiva. De acordo com a literatura o Dipetalonema é um parasito de subcutâneo e
camadas serosas, sendo o mais provável parasita encontrado no abdômen do animal em questão.
O tratamento para filaria é muito imporatnte assim como a prevenção da mesma, o que pode
auxiliar no combate e/ou controle da doença.
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