figuras de linguagem

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LITERATURA 1º Médio Módulo 1 Aulas 4, 5 e 6

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Figuras de linguagens

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Page 1: Figuras de linguagem

LITERATURA

1º MédioMódulo 1

Aulas 4, 5 e 6

Page 2: Figuras de linguagem

Figuras de linguagem

Page 3: Figuras de linguagem

Figuras de linguagem Figuras de linguagem são recursos de estilo em que predomina

o sentido conotativo das palavras.

Elas conferem à linguagem efeitos de expressividade, de emotividade, de beleza.

O estudo das figuras de linguagem faz parte de um ramo dos estudos linguísticos chamado Estilística.

Como as figuras de linguagem são mais ligadas à emoção, são próprias dos textos com caráter literário, publicitário, humorístico, devendo ser usadas com bastante economia e bom senso em textos de caráter informativo ou argumentativo.

Page 4: Figuras de linguagem

Aspectos fonéticos: figuras melódicas

Page 5: Figuras de linguagem

• É a repetição de sons consonantais, com o intuito de conferir musicalidade ao texto.

• Geralmente o som repetido procura descrever ou imitar aquilo de que o texto trata. Nesse caso, a aliteração é considerada uma harmonia imitativa.

Aliteração

Page 6: Figuras de linguagem

Pescaria

Cesto de peixes no chão.Cheio de peixes, o mar.Cheiro de peixe pelo ar.E peixes no chão.

Chora a espuma pela areia, na maré cheia.

As mãos do mar vêm e vão, em vão. Não chegarão aos peixes do chão.

Por isso chora, na areia, a espuma da maré cheia.

Cecília Meireles

Repetição dos sons /s/ e /∫/, para recriar o barulho do

mar.

Page 7: Figuras de linguagem

• É a repetição de sons vocálicos, com o intuito de conferir musicalidade ao texto.

Brilham com brilhos sinistros.

Sou um mulato nato no sentido lato

mulato democrático do litoral

Caetano Veloso

Assonância

Page 8: Figuras de linguagem

• É o aproveitamento ou a criação de palavras cuja pronúncia imita o som ou a voz natural dos seres.

“Tíbios flautins finíssimos gritavam”.Raimundo Correia

“Pedrinho, sem mais palavras, deu rédea e, lept! lept! arrancou estrada afora”.

Monteiro Lobato

“O longo vestido da velhíssima senhora frufrulha no alto da escada”.

Carlos Drummond de Andrade

Onomatopeia

Page 9: Figuras de linguagem

• É o emprego de palavras com sons semelhantes.

Berro pelo aterro pelo desterro

berro por seu berro pelo seu erro

quero que você ganhe que você me apanhe

sou o bezerro gritando mamãe.

Caetano Veloso

Paronomásia

Page 10: Figuras de linguagem

Aspectos semânticos: figuras de palavras

Page 11: Figuras de linguagem

• É a associação entre características comuns de seres diferentes mediante o uso de uma conjunção comparativa.

• Também recebe o nome de símile.

Comparação

Page 12: Figuras de linguagem

Eles não têm ideal: são como folhas levadas pelo vento.

Page 13: Figuras de linguagem

A criança é tal qual uma plantinha delicada.

Page 14: Figuras de linguagem

• É o deslizamento de sentido de uma palavra para outra por causa de alguma característica comum entre os seres que essas palavras representam.

• É uma espécie de comparação sem que se usem conjunções comparativas.

Metáfora

Page 15: Figuras de linguagem

O pavão é um arco-íris de plumas.

Page 16: Figuras de linguagem

“Amor é fogo que arde sem se ver”.(Camões)

Page 17: Figuras de linguagem

• É uma metáfora de uso comum, empregada para suprir a falta de uma palavra específica.

• Acontece por desconhecimento, esquecimento ou inexistência do nome mais adequado para um determinado ser.

Catacrese

Page 18: Figuras de linguagem

Alguns exemplos de catacrese:

– folha de papel–barriga da perna– cabelo de milho– formigueiro humano–boca do estômago–pé de goiaba– cabeça de alfinete–dente de pente

Page 19: Figuras de linguagem

• É uma expressão conotativa de uso desgastado, transformado em “lugar-comum”. É mais um vício que uma figura de linguagem.

Clichê

Laura encontra-se na flor da idade. Acabou de completar quinze primaveras; por isso, ainda

vive no mundo da lua.

Page 20: Figuras de linguagem

Prosopopeia ou personificação

• É a atribuição de qualidades, ações ou características humanas a seres irracionais, inanimados ou abstratos.

• É um precioso recurso de expressão poética.

Page 21: Figuras de linguagem

A pequena árvore anunciava alegre a chegada do nascimento de Cristo.

Page 22: Figuras de linguagem

Metonímia• É a troca de uma palavra por outra, com a qual guarda alguma espécie de

relação lógica real entre elas.

• Entre muitos outros tipos de relação, a metonímia pode acontecer entre:a. o efeito e a causa;b. o concreto e o abstrato;c. o autor e obra;d. a pessoa/coisa e suas características;e. o continente e conteúdo;f. a marca pelo produto;g. o lugar e seus habitantes ou produtos etc. h. a parte e o todo;i. o indivíduo e classe;j. a matéria pelo objeto;k. a forma pelo objeto.

• As relações dos itens g a j são também chamadas de sinédoque, mas essa distinção não é relevante.

sinédoque

Page 23: Figuras de linguagem

Metonímia

Os aviões espalhavam a morte.

[morte = bombas mortíferas]

O efeito pela causa.

Page 24: Figuras de linguagem

Metonímia

Albert sempre teve uma cabeça brilhante.

[cabeça = inteligência]

O concreto pelo abstrato.

Page 25: Figuras de linguagem

Metonímia

Um Van Gogh vale uma fortuna.

[Van Gogh = quadro de Van Gogh]

O autor pela obra.

Page 26: Figuras de linguagem

MetonímiaAinda que Ângela não fosse nenhuma Vênus, sua

simpatia era contagiante.

[Vênus = beleza]

O indivíduo por seus atributos.

Page 27: Figuras de linguagem

Metonímia

Bebeu uma taça de vinho.

[taça = vinho no interior da taça]

O continente pelo conteúdo.

Page 28: Figuras de linguagem

Metonímia

Preciso urgentemente de um prestobarba.

[prestobarba = aparelho de barbear]

A marca pelo produto.

Page 29: Figuras de linguagem

Metonímia

Ele é louco por um havana.

[havana = charuto fabricado em Havana]

O lugar pelo produto.

Page 30: Figuras de linguagem

Metonímia

Ele não tem um teto para morar.

[teto = casa]

A parte pelo todo.

Page 31: Figuras de linguagem

Metonímia

Todos sabiam que ele era o judas da turma.

[judas = traidor]

O indivíduo pela classe.

Page 32: Figuras de linguagem

Metonímia

Soam os bronzes da catedral.

[bronzes = sinos]

A matéria pelo objeto.

Page 33: Figuras de linguagem

Metonímia

Chutou a redonda para longe do gol.

[redonda = bola]

A forma pelo objeto.

Page 34: Figuras de linguagem

Gradação

• É uma sequência de ideias dispostas em sentido ascendente ou descendente.

• Visa traduzir sentimentos fortes, como entusiasmo, tédio, vitória, derrota,...

Page 35: Figuras de linguagem

A tarde cai nostálgica, triste, deprimente.

Page 36: Figuras de linguagem

Ela estava satisfeita, feliz, exultante.

Page 37: Figuras de linguagem

Antítese

• É a aproximação de palavras com sentido oposto, mas sem dar origem a uma contradição lógica.

• Consiste em um poderoso recurso de estilo, muito ao gosto da estética barroca.

Page 38: Figuras de linguagem

“Depois da luz se segue a noite escura”.Gregório de Matos

Page 39: Figuras de linguagem

Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!Amar só por amar: Aqui...além...Mais Este e Aquele, o Outro e toda a genteAmar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...Prender ou desprender? É mal? É bem?Quem disser que se pode amar alguémDurante a vida inteira é porque mente!

Há uma Primavera em cada vida:É preciso cantá-la assim florida,Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada,Que seja a minha noite uma alvorada,Que me saiba perder... pra me encontrar..

Florbela Espanca

Page 40: Figuras de linguagem

Paradoxo ou oximoro

• É o emprego de palavras ou expressões contraditórias numa mesma frase.

• O paradoxo ou oximoro difere da antítese por constituir uma ideia logicamente absurda.

• Enquanto a antítese emprega palavras de sentido contrário, o paradoxo se constrói com termos de sentido contraditório.

Page 41: Figuras de linguagem

Amor é fogo que arde sem se ver,é ferida que dói, e não se sente;é um contentamento descontente,é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;é um andar solitário entre a gente;é nunca contentar-se de contente;é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;é servir a quem vence, o vencedor;é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favornos corações humanos amizade,se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões

Page 42: Figuras de linguagem

Hipérbole

• Consiste no exagero proposital de ideias ou sentimentos.

• Costuma vir combinada a metáforas e comparações.

• Muito utilizada na linguagem cotidiana, serve à poesia e à publicidade para expressar sentimentos muito intensos ou realçar as qualidades de um determinado produto.

Page 43: Figuras de linguagem

Você viu o dilúvio que está caindo lá fora?

Page 44: Figuras de linguagem

Ele come como um elefante.

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Eufemismo

• Consiste no abrandamento do sentido de uma expressão, por meio de sua substituição por outra mais suave.

• É utilizado a fim de atenuar a dureza do que se diz.

Page 51: Figuras de linguagem

Seu amigo partiu para junto de Deus.

[partiu para junto de Deus = morreu]

Page 52: Figuras de linguagem

Ele tem o costume de faltar com a verdade.

[faltar com a verdade = mentir]

Page 53: Figuras de linguagem

Lítotes

• Semelhante ao eufemismo, também consiste no abrandamento do sentido de uma expressão, porém através de sua negação.

Page 54: Figuras de linguagem

Esse político não é nada honesto.

[nada honesto = corrupto, ladrão]

Page 55: Figuras de linguagem

A decisão não foi nada justa.

[nada justa = injusta]

Page 56: Figuras de linguagem

Ironia

• Consiste no emprego de expressões que querem dizer o contrário do que o falante está pensando.

• Quase sempre é empregada com intenção sarcástica.

Page 57: Figuras de linguagem

- Chegou cedo, hein?

Page 58: Figuras de linguagem

“Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis”.

Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.

Page 59: Figuras de linguagem

“Acho que a televisão é muito educativa. Todas as vezes que alguém liga o aparelho, vou para a outra sala e leio um livro”.

Groucho Marx

Page 60: Figuras de linguagem

Antonomásia (ou perífrase)

• É a expressão que substitui o nome de um ser por meio de um de seus atributos.

• Quando diz respeito a lugares ou pessoas, também se grafa com iniciais maiúsculas.

Page 61: Figuras de linguagem

Das entranhas da terra, jorra o ouro negro.

[ouro negro = petróleo]

Page 62: Figuras de linguagem

O rei dos animais é proveniente da África.

[rei dos animais = leão]

Page 63: Figuras de linguagem

Qual é mais bela: a Cidade Eterna, a Cidade Luz ou a Cidade Maravilhosa?

[Cidade Eterna = Roma]

[Cidade Luz = Paris]

[Cidade Maravilhosa = Rio de Janeiro]

Page 64: Figuras de linguagem

O Poeta dos Escravos morreu aos 24 anos de idade.

[Poeta dos Escravos = Castro Alves]

Page 65: Figuras de linguagem

Apóstrofe

• É o emprego retórico do vocativo, em que se invoca, com uma linguagem solene, um interlocutor personificado (como uma ideia abstrata), mítico, religioso ou ausente.

Page 66: Figuras de linguagem

“Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?”.

Castro Alves, “O navio negreiro”.

Page 67: Figuras de linguagem

“Liberdade! Liberdade!Abre as asas sobre nós!”

Hino da Proclamação da República

Page 68: Figuras de linguagem

Sinestesia

• É a transferência de percepções da esfera de um sentido (visão, tato, olfato, audição, paladar) para outro.

• Consiste numa fusão de impressões sensoriais de alto poder poético e sugestivo.

Page 69: Figuras de linguagem

Em seu olhar gelado, percebi grande desprezo.

[olhar: sensação visual; gelado: sensação tátil]

Page 70: Figuras de linguagem

Sua voz doce acariciava-me os ouvidos.

[voz: audição; doce: paladar; acariciava: tato]

Page 71: Figuras de linguagem

Aspectos sintáticos: figuras de construção

Page 72: Figuras de linguagem

Anáfora

• É a repetição de uma palavra ou expressão no início de versos ou frases.

• Produz um efeito de simetria e de ritmo no texto, permitindo tanto a expressão de sentimentos fortes (amor, desespero, cólera) quanto a ênfase de ideias, chamando a atenção para o que foi repetido.

Page 73: Figuras de linguagem

AnáforaSe você gritasse,se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse... Mas você não morre, você é duro, José!

Carlos Drummond de Andrade, José.

Page 74: Figuras de linguagem

Epístrofe

• É a repetição de uma palavra ou expressão em intervalos no final de versos ou frases.

Page 75: Figuras de linguagem

Apenas uma boca. A tua bocaApenas outra, a outra tua bocaÉ Primavera e ri a tua bocaDe ser Agosto já na outra boca

Entre uma e outra voga a minha bocaE pouco a pouco a polpa de uma bocaInda há pouco na popa em minha bocaÉ já na proa a polpa de outra boca.

Sabe a laranja a casca de uma bocaSabe a morango a noz da outra bocaMas sabe entretanto a minha boca

Que apenas vai sentindo em sua bocaMais rouca do que a boca a minha bocaMais louca do que a boca a tua boca

Page 76: Figuras de linguagem

Quiasmo

• É a repetição de uma estrutura de maneira simétrica e invertida no texto.

Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigadaE triste, e triste e fatigado eu vinha.Tinhas a alma de sonhos povoada,E alma de sonhos povoada eu tinha...

Olavo Bilac

Page 77: Figuras de linguagem

Paralelismo

• Trata-se da repetição de estruturas sintáticas semelhantes.

• Inclui a anáfora (repetição no começo de frases ou versos), a epístrofe (repetição no final) e o quiasmo (repetição de forma espelhada).

Page 78: Figuras de linguagem

João amava Teresa que amava Raimundoque amava Maria que amava Joaquim que amava Lilique não amava ninguém.João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandesque não tinha entrado na história.

QuadrilhaCarlos Drummond de Andrade

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Page 80: Figuras de linguagem

Pleonasmo• É o emprego de palavras redundantes, com a

finalidade de reforçar uma expressão.

• Entretanto, por demonstrarem falta de inteligência, atenção ou bom gosto, certos pleonasmos são considerados vícios de linguagem, tais como: descer para baixo, subir para cima, entrar para dentro, a ilha fluvial do rio Amazonas, construir belas construções, escrever a sua própria autobiografia, a monocultura exclusiva de uma planta, entre outros.

• Trata-se, nesse caso, do pleonasmo vicioso.

Page 81: Figuras de linguagem

Pleonasmo• Empregado intencionalmente, entretanto, como

recurso de expressão, o pleonasmo pode apresentar-se como:

a) pleonasmo sintático: em que se repetem termos com a mesma função sinática na sentença:

Esses livros, eu já os li. (objeto direto)

A mim, só me resta chorar.

(objeto indireto)

Page 82: Figuras de linguagem

Pleonasmob) pleonasmo semântico: acontece a repetição de

uma ideia:

“Dói-me no coração

Uma dor que envergonha...” (Fernando Pessoa)

“Foi o que vi com meus próprios olhos” (Antônio Calado).

“Vi, claramente visto, o lume vivo

Que a marítima gente tem por santo” (Camões).

Page 83: Figuras de linguagem

Hipérbato (ou Inversão)

• É a alteração da ordem direta dos termos na oração, ou das orações no período.

• Muito realizado na poesia, sobretudo na fase anterior ao Modernismo, o hipérbato sempre é uma tentativa de aproximar a língua portuguesa de sua origem clássica latina. O latim clássico possuía uma sintaxe diferente da nossa.

LUCIAE PUPA PULCHRA EST.

A BONECA DE LÚCIA É BONITA.

Page 84: Figuras de linguagem

Hipérbato (ou Inversão)

“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas

de um povo heróico o brado retumbante” (...).[As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um

povo heróico.]

Morreu o presidente.[O presidente morreu.]

Animais em casa, eu não quero mais.[Eu não quero mais animais em casa.]

Page 85: Figuras de linguagem

Polissíndeto

• É o uso repetido de uma conjunção, especialmente a conjunção aditiva e.

“Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto,...”

(Vínicius de Moraes, Soneto de fidelidade)

O menino resmunga e chora e esperneia e grita.

Page 86: Figuras de linguagem

Assíndeto

• É a ausência da conjunção numa sequência de orações coordenadas, com o intuito de enfatizar a individualidade de cada elemento.

Não canta, não ri, não mais conversa.

Ele ama o vinho, o esporte, a boa música.

Page 87: Figuras de linguagem

Anacoluto

• É a interrupção do fio da frase; um ou mais termos ficam sintaticamente desligados do resto do período, sem função.

• Por uma questão de realce, o termo desligado da sentença costuma vir no começo da frase, separado por vírgula.

• Muito comum na linguagem oral, o anacoluto deve ser usado com bastante sobriedade e consciência na expressão escrita.

Page 88: Figuras de linguagem

Anacoluto

Essas pessoas de hoje, não se pode confiar nelas.

Minha vida, está tudo às mil maravilhas.

O mundo, parece que as coisas todas estão de pernas para o ar.

Meu pai ele sempre me ajuda.[Uso indevido do anacoluto: sentença com dois sujeitos]

Page 89: Figuras de linguagem

Elipse

• É a omissão de um termo que pode ser facilmente subentendido no texto.

• Quando bem empregada, a elipse torna a escrita mais concisa, econômica e, por consequência, mais elegante e eficaz.

• Quando se omite um termo já utilizado no texto, a fim de se evitar a repetição, a elipse também é chamada de zeugma. Se esse termo omitido for um verbo, sua elipse deve ser indicada pela colocação de uma vírgula.

Page 90: Figuras de linguagem

Elipse

Sairei logo mais.[elipse do pronome eu]

Nós fomos conhecer Búzios; eles, Angra.[zeugma da locução verbal foram conhecer]

Perguntei se voltaria logo. Disse-me não saber.[zeugma da oração se voltaria logo]

Quando jovem, Márcia era muito bonita.[elipse do verbo era]

Page 91: Figuras de linguagem

Silepse

• É a realização da concordância não com os termos expressos, mas com a ideia com eles associada que está em nossa mente. Por isso, é também chamada de concordância ideológica.

• Pode ser:– de gênero;– de número;– de pessoa.

Page 92: Figuras de linguagem

Silepse

Quando a gente é novo, gosta de fazer bonito.[silepse de gênero]

A família era feliz, mas faltava-lhes sossego.[silepse de número]

Os brasileiros amamos nossa terra.[silepse de pessoa]