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"Camtnante; son tus huellas

el camino, y nadte mas;

Caminante, no hay camino,

se hace camino aI andar.

AI andar se hace camino,

y aI volver la vista atrás

se ve la senda que nunca

se ha de volver a pisar.

Caminante, no hay camino,

sino estelas en la mar."

Cantar 29.

Antonio Machado

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Aos meus pais, Eliana Novaes Fonseca

e José Elias da Fonseca,

e à minha irmã Maria Hemila Fonseca,

pelo carinho, confiança, força, estímulo e compreensão.

Por estarem sempre do meu lado,

e por serem a maior preciosidade

que Deus me deu.

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À pror. D~. Eny Ioshvet Segal Floh,

pela orientação nos experimentos

de cul1:ura de células,

pela sua força,

pelo seu carinho.

Pelo seu exemplo.

BIBLIOTECA INSTITUTO DE CUíMICA

Universidade de São Paulo

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AGRADECIMENTOS

Ao Prof. Dr. Massuo Jorge Kato, pela orientação, apoio e pela

oportunidade de fazer parte de seu grupo.

Ao Prof. Dr. Walter Handro do Instituto de Biociências, pelo

apoio e pelas valiosas sugestões.

À Profi. D~. Maysa Furlan do Instituto de Química da UNESP­

Araraquara, pela obtenção do extrato de caule adulto.

Ao Norberto P. Lopes, pelo auxílio, interesse e por ter

acompanhado de perto todas as etapas deste trabalho.

À Patrícia Sartorelli, pelo grande auxílio na fitoquímica dos

calos.

Ao Ernani Pinto Júnior pelas sementes.

Aos amigos do Laboratório de Produtos Naturais Ana Luísa,

Ana Paula, Ari, Cecília, Clara, Claudia, Dulce, Eduardo, Eva, Guilhermo, João,

Júlio, Leandro, Luciana, Lucianinha, Mara, Maria de Lurdes, Mônica, Dona Marina,

Paulo Benevides~ Paulo Brandão, Sérgio, Wagner, Seu Zé e em especial à Isabel,

pela ajuda e discussões sobre espectroscopia de massas e à Ana Cristina, pelo

seu companheirismo e amizade.

Ao "pessoal da bio", Ana Paula (s), Armando, Catarina,

Consuelo, Lázaro, Liane, Maria Anastácia, Nídia, Gilmar, Patrícia, pela companhia

agradável, e especialmente à grande amiga Carmen Silva (Carmínha), pela

paciência, ajuda e preciosos conselhos.

Aos "amigos da araucaria", Leandro Astarita e Jorge Solsrzano,

pelas sugestões, discussões e fotos.

Ao Chico e Jailson, pela perfeição no xerox.

Aos funcionários da Central Analítica, pela obtenção dos

espectros de RMN, massas, IV, especialmente ao Luiz Carlos Roque.

Aos funcionários da Biblioteca do Conjunto das Químicas,

especialmente à Adriana, Moema e Ângelo.

A todos aqueles que de alguma forma auxiliaram na execução

deste trabalho.

Ao CNPq, pela bolsa concedida.

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v

SUMÁRIO

PÁGINA

Resumo VII

Abstract VII

Sumário de Figuras VIII

Sumário de Tabelas X

Sumário de Espectros XI

Abreviaturas e Símbolos XIII

INTRODUÇÃO 001

I - A família Araucariaceae e a espécie Araucaria angusfifolia.(Bert.) O. Ktze 001

II - Metabólitos secundários da família Araucariaceae 006

III - A cultura de células e tecidos vegetais no estudo do metabolismo

secundário

IV - Objetivos do trabalho

MATERIAIS E MÉTODOS

I - Materiais, reagentes e equipamentos utilizados

11 - Cultura de tecidos

11.1 - Material vegetal

11.2 - Obtenção dos explantes para cultura de tecidos

11. 2. A - Embriões

11. 2. B - Plântulas

11.3 - Indução e manutenção dos calos

11 . 3. A - Embriões

11 . 3. B - Plântulas

019

022

023

023

025

025

025

025

026

027

027

028

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VI

111 - Fitoquímica 031

111. 1 - Material vegetal 031

111. 2 - Obtenção dos extratos de A. angustifolía 031

111. 3 - Fracionamento do extrato de caule adulto 033

111.4 - Fracionamento do extrato de calos 038

111.5 - Dados físicos e espectroscópicos das substâncias isoladas 040

111 .6 - Espectros obtidos 044

RESULTADOS E DISCUSSÃO 081

I - Cultura de Tecidos 081

I. 1 - Indução e manutenção de calos 081

I. 2 - Discussão 091

11 - Fitoquímica 092

11 .1 - Substâncias isoladas de Araucaria angustifolia 092

11 .2 - Determinação estrutural 094

11 .2 - A - Derivados do benzaldeído 094

11.2 - B - Fenilpropanóides 097

11.2 - C - Isoflavonas 110

11.2 - D - Lignanas furofurânicas 115

11.2 - E - Lígnanas tetraidrofurânicas 120

CONSIDERAÇÕES GERAIS 125

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 127

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VII

RESUMO

o estudo fitoquímico do extrato etanólico de caules adultos de

Araucaria angustifolia resultou no isolamento e identificação da vanilina, p­

hidroxibenzaldeído, coniferaldeído, dois isoflavonóides (cabreuvina e irisolidona),

quatro lignanas (pinoresinol, eudesmina, lariciresinol e 9'-O-acetato de

lariciresinol) e j3-sitosterol. Foi desenvolvido um protocolo para a obtenção de

calos, a partir de caules de plântulas estioladas, dos quais foram isolados e

caracterizados mistura de isômeros E e Z do p-cumarato de octadecila e do

ferulato de octadecila.

ABSTRACT

Phytochemical investigations carried out on ethanolic extract

from woods of Araucaria angustifolia resulted on the isolation and identification of

vanillin, p-hydroxybenzaldehyde, coniferaldehyde; two isoflavones (cabreuvine and

irisolidone); four lignans (pinoresinol , eudesmine, lariciresinol and 9'-O-lariciresinol­

acetate), and j3-sitosterol. Its callus culture was showed to accumulate mixtures of

isomers E and Z of octadecyl p-cumarate and of octadecyl ferulate.

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VIII

SUMÁRIO DE FIGURAS

Figura 1 - Exemplar adulto de Araucaria angustifolia 003

Figura 2 - Aspectos de uma pinha feminina madura e pinhões 004

Figura 3 - Plântulas de A. angustifolia cultivadas na casa de vegetação do

LQPN do Instituto de Química - USP 005

Figura 4 - Terpenos da família Araucariaceae 011

Figura 5 - Flavonóides da família Araucariaceae 015

Figura 6 - Lignóides da família Araucariaceae 017

Figura 7 - Algumas aplicações da cultura de células e tecidos vegetais 020

Figura 8 - Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media

e podofilotoxina 022

Figura 9 - Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

adulto e de calos 032

Figura 10 - Fracionamento cromatográfico da fração diclorometânica

do extrato etanólico do caule adulto 034

Figura 11 - Fracionamento cromatográfico das subfrações de F3/C8 035

Figura 12 - Fracionamento cromatográfico das frações F3/C9 e F3/C10 037

Figura 13 - Fracionamento cromatográfico da fração diclorometânica

dos calos ARA-4 039

Figura 14 - Porcentagem de formação de calos e oxidação dos explantes

obtidos a partir de embriões inteiros, mantidos na luz 083

Figura 15 - Porcentagem de formação de calos e oxidação dos explantes

obtidos a partir de embriões inteiros mantidos no escuro 083

Figura 16 - Porcentagem de formação de calos e oxidação dos explantes

obtidos a partir de eixos embrionários mantidos na luz

Figura 17 - Porcentagem de formação de calos e oxidação dos explantes

084

obtidos a partir de eixos embrionários mantidos no escuro 084

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IX

Figura 18 - Porcentagem de formação de calos e oxidação dos explantes

obtidos a partir de plântulas crescidas na luz 085

Figura 19 - Porcentagem de formação de calos e oxidação dos explantes

obtidos a partir de plântulas estioladas 085

Figura 20 - Tempo de cultura para formação de calos em embriões inteiros 086

Figura 21 - Tempo de cultura para formação de calos em eixos embrionários 086

Figura 22 - Tempo de cultura para formação de calos em plântulas

crescidas na luz e estioladas 087

Figura 23 - Calos de segmentos de caule de plântulas 23 dias após

a inoculação 088

Figura 24 - Desenho esquemático de uma placa de Petri multipla 089

Figura 25 - Placa de Petri múltipla, com calos obtidos no meio ARA4,

montada segundo a Figura 24 089

Figura 26 - Calo de segmentos de caule de plântulas estioladas em ARA4,

20 dias após o primeiro repique 090

Figura 27 - Interpretação do espectro de massas obtido para 11, 12, 13 e 14 109

Figura 28 - Interpretação do espectro de massas obtido para a cabreuvina (~) 113

Figura 29 - Interpretação do espectro de massas obtido para a irisolidona (§) 114

Figura 30 - Esqueleto carbônico das lignanas furofurânicas 115

Figura 31 - Possibilidades isoméricas para lignanas furofurânicas 115

Figura 32 - Interpretação do espectro de massas obtido para o pinoresinol (§) 118

Figura 33 - Interpretação do espectro de massas obtido para a eudesmina (1) 119

Figura 34 - Proposta de fragmentação para o 9' -O-acetil-Iariciresinol (ª) 124

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x

SUMÁRIO DE TABELAS

Tabela 1 - Metabólitos secundários da família Araucariaceae

Tabela 2 - Reguladores de crescimento utilizados para a indução e

007

manutenção de calos em embriões 028

Tabela 3 - Reguladores de crescimento utilizados para a indução e

manutenção de calos em plântulas 029

Tabela 4 - Fracionamento do extrato etanólico do caule adulto 033

Tabela 5 - Fracionamento do extrato de calos 038

Tabela 6 - Dados de RMN-1H (200 MHz, CDCb) do p-hidroxibenzaldeído (1) 096

Tabela 7 - Dados de RMN-1H (200 MHz, CDCb) da vanilina (~) 096

Tabela 8 - Dados de RMN-13C (50 MHz, CDCb) da vanilina (~) 096

Tabela 9 - Dados de RMN-1H (200MHz, CDCb) do coniferaldeído (ª) 099

Tabela 10 - Dados de RMN-13C (50MHz, CDCb) do coniferaldeído (ª) 100

Tabela 11 - Dados de RMN-1 H (300 MHz, CDCb) do

(E)- e (Z}-p-cumarato de octadecila (11 e 12) 103

Tabela 12 - Dados de RMN-13C (75 MHz, CDCb) do

(E)- e (Z}-p-cumarato de octadecila (11 e 12) 104

Tabela 13 - Dados de RMN-1H (300 MHz, CDCb) do

(E)- e (Z}-ferulato de octadecila (13 e 14) 107

Tabela 14 - Dados de RMN-13C (50MHz, CDCb) de

(E)- e (Z}-ferulato de octadecila (13 e 14)

Tabela 15 - Dados de RMN-1H (200MHz, CDCI3) da cabreuvina (~)

Tabela 16 - Dados de RMN-1 H (300MHz, CDCb) da irisolidona (~)

Tabela 17 - Dados de RMN-1H (200MHz, CDCb) do pinoresinol (§)

108

112

112

e eudesmina (Z) 117

Tabela 18 - Dados de RMN-1 H do lariciresinol Cª) (300MHz, CDCb) e

9' -O-acetil-Iariciresinol (~) (200MHz, CDCb) 122

Tabela 19 - Dados de RMN-13C lariciresinol (!!) (75MHz, CDCb) e

9'-O-acetil-lariciresinol (~) (50MHz, CDCb) 123

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XI

SUMÁRIO DE ESPECTROS

Espectro 1 - RMN-1H da fração diclorometânica (A3) do extrato de calos 045

Espectro 2 - RMN-1H de 1 046

Espectro 3 - RMN-1H de ~ 047

Espectro 4 -RMN-13C de ~ 048

Espectro 5 - Espectro de massas de 1 049

Espectro 6 - Espectro de massas de ~ 049

Espectro 7 - RMN-1H de ~ 050

Espectro 8 - RMN HOMO - COSY 1H_1H de 3 051

Espectro 9 - RMN-13C de ~ 052

Espectro 10 - Espectro de massas de ~ 053

Espectro 11 - RMN-1H de 11 e 12 054 - -Espectro 12 - RMN-1 H de 11 e 12 - expansão 055

Espectro 13 - RMN-13C de 11 e 12 056

Espectro 14 - Espectro no infravermelho de 11 e 12 057

Espectro 15 - Espectro de massas de 11 e 12 057

Espectro 16 - RMN-1H de 13 e 14 058

Espectro 17 - RMN-1H de 13 e 14 - expansão 059

Espectro 18 - RMN-13C de 13 e 14 060

Espectro 19 - RMN-13C - DEPT 1350 de 13 e 14 061

Espectro 20 - Espectro no infravermelho de 13 e 14 062

Espectro 21 - Espectro de massas de 13 e 14 062

Espectro 22 - RMN-1H de ~ 063

Espectro 23 - RMN-1H de ~ - expansão 064

Espectro 24 - RMN HOMO - COSY lH _lH de ~ 065

Espectro 25 - RMN-1 H de .Q 066

Espectro 26 - Espectro de NOE diff. de.Q 067

Espectro 27 - Espectro de massas de ~ 068

Espectro 28 - Espectro de massas de .Q 068

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Espectro 29 - RMN-1H de §

Espectro 30 - RMN-1 H de Z Espectro 31 - Espectro de massas de §

Espectro 32 - Espectro de massas de Z

Espectro 33 - RMN-1H de ª Espectro 34 - RMN-13C de ª Espectro 35 - RMN-1H de ª Espectro 36 - RMN HOMO - COSY 1 H _1 H de 9

Espectro 37 - RMN-13C de ª Espectro 38 - Espectro de massas de ª Espectro 39 - Espectro de massas de ª Espectro 40 - Espectro no infravermelho de ª Espectro 41 - RMN-1H de 10

Espectro 42 - Espectro de massas de 10

XII

069

070

071

071

072

073

074

075

076

077

077

078

079

080

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2,4-0

AcOEt

ANA

AIA

AIS

Ar

CC

COCI3

CPC

CPP

CPRP

CG

DCM

OEPT

d

dd

EM

Gu

Hex

HOMO - COSY

Hz

int. reI.

IV

J

K

m

[M+]

MS

XIII

ABREVIATURAS E SíMBOLOS

ácido 2,4 - diclorofenoxiacético

acetato de etila

ácido a-naftalenoacético

ácido indolacético

ácido indol - 3 - butírico

arila

cromatografia em coluna

clorofórmio deuterado

cromatografia planar comparativa

cromatografia planar preparativa

cromatografia planar radial preparativa

cromatografia gasosa

diclorometano

Distortionless Enhancement by Polarization Transfer

dubleto

duplo-dubleto

espectrometria de massas

guaiacila (4 - hidroxi -3- metoxifenila)

hexano

homonuclear correlated spectroscopy

hertz

intensidade relativa

infravermelho

constante de acoplamento

cinetina (6 - benzilamino-purina)

multipleto

pico do íon molecular

meio básico segundo Murashige e Skoog [72]

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max

Me

MeOH

Me2CO

m/z

NOE

NOE diff.

OAc

pH

RMN-1H

RMN-13C

s

si

t

TMS

v/v

Ve

Ú

máximo

metila

metano I

acetona

relação massa carga

nuclear overhauser effect

nuclear overhauser effect differential

acetila

potencial hidrogenioiônico

Ressonância Magnética Nuclear de hidrogênio

Ressonância Magnética Nuclear de carbono treze

singleto

singleto largo

tripleto

tetrametilsilano

volume por volume

veratrila (3,4 - dimetoxifenila)

deslocamento químico

XIV

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1

INTRODUÇÃO

1- A família Araucariaceae e a espécie Araucaria angustifolia

(Bert.) O. Ktze

A família Araucariaceae, pertence à ordem das Coniferae,

à classe Coniferopsida e ao grupo das Gymnospermae [1].

A ordem das coníferas inclui várias espécies usadas na

medicina tradicional e, segundo Dallimore e Jackson [2], pode ser dividida em

seis famílias: Cephalotaxaceae, Podocarpaceae, Araucariaceae,

Cupressaceae, Taxodiaceae e Pinaceae. No Brasil, só ocorrem representantes

nativos das famílias Podocarpaceae (Podocarpus lamberfi e P. sellow/) e

Araucariaceae (Araucaria angustifolia) [1 , 2, 3].

A família Araucariaceae possui apenas dois gêneros -

Araucaria e Agathis [4] e apesar da distribuição desta família ser restrita ao

Hemisfério Sul (com exceção de algumas espécies de Agathis, as quais são

endêmicas do Arquipélago Malaio e Ilhas Filipinas), ela já foi muito mais ampla

no passado. Foram descobertos vários fósseis do gênero Araucaria em ambos

os hemisférios datando do Jurássico, enquanto que exemplares de Agathis só

foram encontrados no Hemisfério Sul no começo do Cretáceo [5].

O gênero Agathis possui cerca de treze espécies [6] e o

A ra uca ria , vinte [4]. Destas, apenas duas são nativas da América do Sul:

Araucaria araucana (= imbricata) , a qual ocorre no sul do Chile e Argentina, e

Araucaria angustifolia (= brasiliensis) , cuja ocorrência se restringe ao Brasil e

Território de Misiones na Argentina. Quanto ao gênero Agathis, com exceção

das espécies encontradas no Arquipélago Malaio e Ilhas Filipinas, todas são

endêmicas da Austrália. Aqui no Brasil é comum o cultivo de Araucaria excelsa,

Araucaria bidiwillii e, mais raramente, algumas espécies de Agathis com

finalidades ornamentais [3].

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2

A espécie Araucaria angusfifolia (= brasiliensis) é

conhecida popularmente como araucária, pinheiro do Paraná, e entre os povos

indígenas como "cariúva" ou "curi". No exterior é conhecida como "brazilian

pine" (Figuras 1 a 3, p. 3 a 5).

Segundo Reitz e Klein [7] são árvores altas, chegando a

alcançar 50 m de altura, com 1-2 m ou mais de diâmetro; o tronco em geral é

cilíndrico, reto e raras vezes ramificado em dois ou mais, sua casca é grossa

(até 5 cm) e resinosa. As árvores adultas possuem formato de umbela,

enquanto as jovens possuem a copa cônica.

Quanto a sua utilidade, os pinhões fornecem alimento

nutritivo e muito apreciado por homens e animais. Mas sem dúvida, o uso mais

importante é o da madeira, geralmente chamada de pinho, que é usada para a

fabricação de taboados, vigamento, compensados, celulose, papel, lã e seda

artificiais; a resina serve de base para a fabricação de vernizes, terebentina, e

outros produtos químicos [7, 8, 9].

A araucária é encontrada formando agrupamentos densos,

principalmente na parte leste e central do planalto sul-brasileiro, abrangendo o

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ocorrendo em focos esparsos ao

sul de São Paulo e na Serra da Mantiqueira, e ainda ao sul de Minas Gerais e

Rio de Janeiro [7 , 1 Dl No início deste século, aproximadamente 20 milhões de

hectares no sul do país eram cobertos pelas "Florestas de Araucária", as quais

dominavam a paisagem destas regiões, entretanto, devido à intensa

exploração madeireira ocorrida principalmente na década de 60-70, e a

expansão das fronteiras agrícolas, chegou-se perto de sua completa extinção.

Apesar desta situação o reflorestamento ainda é muito pouco aplicado [11] .

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[6] llSVCl8 oa S3~OA~V OJJ\!I op ep!laJ O~eJlSnll

'e!loJ!1snf5ue efJe::meJV ap ollnpe JeldwaX3 : a. eJn6!.~

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[6] l1S':1ê::I8 00 S3C10I\CI'y' OJ"!I> op ep!l~U o~:5eJlSnll

>saQlIU!d ap a eJnpew eu!u!waJ ellU!d ep sopads,! :~ eJn6!.::I

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5

Figura 3: Plântulas de A. angustifolia cultivadas na casa de vegetação do LQPN do Instituto de

Química - USP.

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Page 27:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

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Page 28:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

11

T1a R1 = R2 = C02H T19 R1 = CH20H R2 = C02Me T1 b R1 = CH20H R2 = C02H T1h R1 = CHO R2 = C02Me T1c R1 = C02Me R2 = C02H T1i R1 = C02Me R2 = CH20H T1d R1 = CO2 H R2 = C02Me T1j R1 = C02Me R2 = CH20Ac T1e R1 = C02Me R2 = C02Me T11 R1 = C02H R2 = CH2COMe

R1 T1t R1 = CH20Ac R2 = C02Me T1 m R1 = CH20H R2 = CH20H

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Figura 4éi: Terpenos da família Araucariaceae

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R2 = H R2 =Ac R2 =Ac R2 =Ac

Page 29:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

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Figura 4b: Terpenos da família Araucariaceae

12

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Page 30:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

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Figura 4c: Terpenos da família Araucariaceae

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Page 31:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

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Figura 4d: Terpenos da família Araucariaceae

Page 32:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

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Figura 5a: Flavonóides da família Araucariaceae

15

Page 33:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

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Figura 5b: Flavonóides da família Araucariaceae

16

Page 34:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

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Figura 6a: Ugnóides da família Araucariaceae

Page 35:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

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Figura 6b: Lignóides da família Araucariaceae

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18

Page 36:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

111- A Cultura de Células e Tecidos Vegetais no Estudo do

Metabolismo Secundário

19

o conhecimento da habilidade de uma célula vegetal crescer

e dividir continuamente de uma maneira autônoma, podendo regenerar um

organismo inteiro (totipotência), possibilitou o surgimento e o desenvolvimento

das técnicas de cultura de células e tecidos [46]. Os termos "cultura de células e

tecidos vegetais", são geralmente usados para descrever o cultivo "in vifro" e

asséptico de células, ou qualquer parte de um vegetal em um meio nutritivo sob

condições controladas [47].

Nas últimas duas décadas, a cultura de células e tecidos

vegetais emergiu como uma nova metodologia, capaz de complementar os

métodos convencionais na pesquisa básica de várias áreas científicas e da

indústria biotecnológica vegetal (Figura 7, p. 20).

Um campo que vem sendo explorado e · apresenta grande

potencial, é a aplicação destas técnicas no estudo do metabolismo secundário,

através do estudo de rotas biossintéticas e da produção "in vifro" de metabólitos

com interesses farmacêuticos elou químicos [48]. A possibilidade de produzir

compostos sobre condições ambientais controladas, independente das variações

climáticas, mudanças na composição do solo, e livre de ataque de patógenos e

predadores, fez com que as pesquisas nesta área aumentassem de maneira

exponencial [47, 49, 50].

Page 37:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule
Page 38:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

21

Apesar dos resultados estimulantes, a maioria dos

metabólitos secundários de interesse são produzidos em baixas concentrações

ou não são produzidos em suspensões celulares. Outro fator importante, é a

instabilidade genética das linhagens de células selecionadas, as quais podem

sofrer mutações perdendo características metabólicas importantes [51 , 50].

A biossíntese de produtos naturais foi outra área que muito

se beneficiou com o desenvolvimento de tais técnicas. Embora culturas de muitas

espécies vegetais não expressem ou acumulem produtos do metabolismo

secundário, a informação genética pode estar presente. Tal fato, juntamente com

a ausência de produtos fenólicos, acabou por favorecer a purificação de enzimas,

o que levou a cultura de células, a ser explorada como fonte de tais,

principalmente a partir dos anos 70. Assim muitos detalhes enzimológicos

envolvidos em etapas de transformações de diversos produtos naturais, vieram a

ser conhecidos [55]. A partir de células de Forsythia intermedia, Dinkova Kostova

e colabaradores [56] isolaram duas formas funcionais da enzima (+)-pinoresinoll

(+)-Iariciresinol redutase, as quais catalisam a sequência de redução do (+)­

pinoresinol ~ (+)-Iariciresinol ~ (-)-secoisolariciresinol (Figura 8, p. 22). Kutney

[57] e colaboradores [58] desenvolveram uma linhagem de células de Nicotiana

sy/vestris, as quais secretavam altas concentrações de peroxidases no meio de

cultura, capazes de biotransformar precursores exógenos de

dibenzilbutanolídeos, análogos ao (-)-matairesinol, em derivados da

podofilotoxina.

A capacidade de determinadas culturas expressarem rotas

metabólicas incomuns, levando a formação de produtos diferentes daqueles

encontrados nos tecidos das plantas intactas, torna a cultura de células uma

fonte potencial de novos produtos com atividade biológica e farmacológica [59,

60]. Do extrato de calos de Tripterygiun wilfordii, espécie conhecida na medicina

chinesa por suas propriedades anti-Ieucêmicas, foram isolados triterpenos

pentacíclicos, enquanto que no tecido indutor dos calos foram encontrados

basicamente diterpenos derivados do ácido abiético [61].

Page 39:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

22

IV - Objetivos do Trabalho

o presente trabalho teve como objetivos o desenvolvimento

de estudos de indução e manutenção de calos, sob condições nutritivas e

ambientais totalmente controladas, visando a obtenção de um sistema

desdiferenciado como modelo para a investigação da expressão de rotas do

metabolismo secundário em A. angustifolia. Os metabólitos secundários do caule

de planta adulta foram caracterizados, visando a obtenção de padrões de

lignanas previamente descritos na literatura [8, 37, 38].

Este estudo tem como base, a possível semelhança entre o

sistema enzimático da rota biossintética (Figura 8), descrita para Forsythia

intermedia [62] e o da Araucaria angustifolia, uma vez que ambas acumulam as

lignanas (+ )-pinoresinol, (+ )-Iariciresinol e (-)-secoisolariciresinol. Acredita-se que

a formação de (+ )-pinoresinol , e as subsequentes etapas de reduções,

constituem-se etapas chave, possivelmente universais em vegetais, e que

poderiam ter como um dos produtos finais a lignana antitumoral podofilotoxina [62

-70]

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Figura 8: Relações biogênicas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina

Page 40:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

23

MATERIAIS E MÉTODOS

1- Materiais, reagentes e instrumentos utilizados

o grau de pureza dos solventes variou de acordo com a

finalidade. Para extração, CC, CPP, CPC e CPRP, utilizou-se solventes de grau

P.A. da Merck, Grupo Química e Vete c submetidos a destilação fracionada.

A fase estacionária utilizada para cromatografia em coluna

filtrante foi Si-60 da Merck, partículas de 63-21 O ~m .

Para CPC utilizou-se camadas de 0,50 mm, Si-60 GF254

Merck, partículas de 4-45~m. Para CPP utilizou-se camadas de 1,0 mm, Si-60254

Merck, partículas de 4-45 ~m. Para CPRP, foi utilizado Cromatotron - Harrison

Research (mod. 7924T), placa de sílica-gel 60 PF254 (partículas de 5-45~m) com

gesso e 2mm de espessura.

A revelação dos cromatogramas obtidos em placas foi

realizada com solução de sulfato cérico, cloreto férrico, vapores de iodo elou

irradiação no UV (254 e 356 nm).

Os experimento de cromatografia à gás, foram feitos em

aparelho Hewlett Packard modo 5890 series 11, com injetor automático HP7673,

integrador HP 3396A e detetor FIO. A coluna capilar utilizada foi HP-5, 30 m x

0,32 mm x 0,25 ~m, com split de 1 :20. O gás de arraste foi H2 .

Os espectros de RMN 1 H e 13C foram registrados em

espectrômetro Bruker AC-200 e 300, operando para 1 H a 200 e 300 MHz, e para

13C a 50 e 75 MHz, respectivamente, utilizando como solvente CDCb da Aldrich

ou Merck. Os d~dos estão expressos em deslocamento químico ó (ppm),

utilizando como referência interna o deslocamento químico do CDCb ou TMS.

Page 41:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

24

Os espectros no infravermelho foram registrados em

aparelhos FT-IR 1750 Perkin Elmer e FT-IR 510 Nicolet, na forma de filmes

utilizando janelas de KBr. Os dados são expressos em números de onda \) (cm-\

Os espectros de UV foram obtidos em espectrômetro UVNIS

Hitachi U-3000, cubetas de quartzo com caminho óptico de 1 em, em MeOH grau

espectroscópico.

Os espectros de massas foram obtidos em espectrômetros

HP5988A Hewlett Packard (quadrupolo) , Mat 90 Finnigan (duplo foco geometria

reversa) e INCOS 50 Finnigan-Mat (quadrupolo), injeção direta e impacto

eletrônico (EI) a 30 e 70 eV conforme especificado no espectro. Este último foi

usado nas análises por CG-EM acoplado a cromatógrafo 3400 Varian coluna DB-

5, 30 m e 0,25 mm. Os dados estão expressos como relação massa/carga (m/z)

dos íons fragmentários correspondentes.

As medidas de rotação específica [ajo foram realizadas em

polarímetro digital JASCO DIP-370, filtro Na, com caminho óptico de 1 em.

Nos experimentos de cultura de tecidos, os reagentes usados

foram de grau P. A., especiais para cultura de células, das marcas Sigma e

Merck.

Page 42:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

25

11- Cultura de Tecidos

11. 1 - Material Vegetal

Foram utilizados embriões e plântulas de A. angustifo/ia,

obtidos a partir de sementes adquiridas no comércio da cidade de Santo Antônio

dos Pinhais - SP- no mês de maio, local onde se concentra um foco de "mata de

araucária" .

11.2- Obtenção Dos Explantes Para Cultura de Tecidos

Na tentativa de obter-se calos friáveis, foram testados seis

tipos diferentes de explantes de Araucaria angustifolia:

11.2 - A - Embriões inteiros e seccionados em cotilédones, eixo embrionário, e

polo radicular;

11.2 - B - Segmentos de caule de plântulas crescidas na luz e estioladas,

contendo pelo menos uma gema lateral;

11.2- A- Embriões

As sementes foram lavadas com Tween 10% v/v durante 10

minutos sob agitação. Os megagametófitos foram isolados, mergulhados em

álcool 70% v/v por mais 5 minutos e desinfetados com solução aquosa de

hipoclorito de sódio comercial 80% v/v durante 20 minutos sob agitação. Os

embriões foram excisados do megagametófito, imersos em solução aquosa da

hipoclorito de sódio 5% v/v e lavados três vezes com água destilada autoclavada.

Uma vez desinfetados, estes foram seccionados ou não, dependendo do

experimento.

Page 43:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

26

11.2- B.- Plântulas

Com o intuito de diminuir o índice de contaminação dos

explantes, as sementes antes de serem germinadas, foram previamente lavadas

com Tween 10% v/v, agitadas em solução aquosa de hipoclorito de sódio

comercial 80% v/v durante 5 minutos, e desinfetadas com solução aquosa do

fungicida Bayfidan 250 PM da Bayer (triadimenol) 3g/L durante 10 minutos. Uma

vez limpas, estas foram germinadas em vermiculita, na presença de luz e em

câmara escura, ambos os casos com temperatura a 26°C ± 1°C. Ao atingirem

cerca de 16 cm de altura, estas foram colhidas e submetidas ao processo de

esteril ização.

Devido ao alto nível de contaminação destes explantes, foram

testados vários métodos diferentes de assepsia, sendo o mais efetivo descrito

abaixo:

-retirar as gemas apicais e o sistema radicular das plântulas;

-retirar 5 cm da base do caule e descartar;

-escovar os caules com detergente, lavar e secar;

-cortar os caules em pedaços de cerca de 4 em de comprimento;

-agitar 5 minutos em solução aquosa de Tween 0,1% v/v;

-lavar com água destilada;

-agitar 1 minuto em álcool etílico 70% v/v;

-agitar 20 minutos em solução aquosa de NaDCI comercial 50% v/v;

-lavar com água destilada autoclavada três vezes;

-agitar os caules em meio líquido com a seguinte composição [71] :

meio básico Murashige & Skoog [72];

sacarose 20 g/L;

mioinositol 100 mg/L;

complexo vitamínico de Nitsch & Nitsch [73];

Bayfidan 3 g/L;

Page 44:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

rifampcina 25 mg/L;

ácido ascórbico 25 mg/L

27

-deixar em agitação sob pouca luminosidade (10 Ilm. m-2. S-1) , durante doze

horas;

Após a assepsia os explantes foram cortados em solução

aquosa de ácido ascórbico 1 g/1 OOmL, na qual permaneceram durante 5 minutos

antes da inoculação.

11.3 - Indução e Manutenção dos Calos

11.3- A- Embriões

Para as etapas de indução e manutenção dos calos,

embriões inteiros e seccionados foram submetidos a diferentes tratamentos

conforme descrito na Tabela 2 (p. 28). O meio básico continha os sais minerais

do meio MS [72]. Nos meios F1A a F4A foram acrescentados 200 mg/L de

complexo vitamínico M.S. marca Sigma (N° de catálogo M-7150), 400 mg/L de

hidrolisado de caseína bovina e 25 mg/L de ácido ascórbico. A concentração de

sacarose foi alterada para 30 g/L.

Como agente geleificante, foi usado Phytagel da Sigma (N°

de catálogo P-8169) na concentração de 1,6 g/L. O pH foi ajustado para 5,8 antes

da autoclavagem. O ácido ascórbico, foi esterilizado por membrana filtrante de

0,2211m, antes de ser adicionado ao meio esterilizado.

Page 45:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

28

--- ----- -

Código do Reguladores de Crescimento

meio Auxina (mg/L) Citocinina (mg/L)

M1A 2,4-0 1,0 -

M3A 2,4-0 3,0 -

M5A 2,4-0 5,0 -

F1A 2,4-0 2,0 K 0,1

F2A AIA 2,0 K 0,1

F3A AIS 2,0 K 0,1

F4A ANA 2,0 K 0,1 - - -

Tabela 2: Reguladores de crescimento utilizados para indução e manutenção de calos em embriões

Foram inoculados três explantes por placa de Petri ,

perfazendo um mínimo de vinte e quatro unidades para cada tipo de explante,

para cada tipo de tratamento. Parte do material (50%), foi mantido em sala de

crescimento com temperatura a 26° ± 1°C, e fotoperíodo de 18 horas de luz, sob

intensidade luminosa de 45~m . m-2. S-1; o restante foi mantido em câmara escura

com temperatura a 26° ± 1°C.

Para a manutenção os calos obtidos foram repicados para o

mesmo meio de indução, com intervalos de cerca de 30 dias.

11.3- B- Plântulas

Devido a pequena intensidade na indução e a impossibilidade

de subcultivo dos calos obtidos a partir de embriões, optou-se por testar outras

fontes de explantes.

i

Page 46:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

29

Handro & Ferreira [75] e Penchel [76] relataram a formação

de calos em explantes de caule de plântulas estioladas ou crescidas na luz.

Dessa forma segmentos de caule de plântulas crescidas na luz e crescidas no

escuro foram submetidos aos tratamentos com reguladores descritos na Tabela

3. Utilizou-se meio básico MS. Aos meios ARA 1 a ARA4 foram acrescentados

100 mg/L de mioinositol, 30 g/L de sacarose, 50 mg/L de arginina, 20 mg/L de

glutamina, 20 mg/L de uréia, 150 mg/L de ácido cítrico e complexo vitamínico de

Nitsch & Nitsch; o meio MBF-13 foi suplementado com 400 mg/L de hidrolisado

de caseína bovina, 200 mg/L de complexo vitamínico MS da Sigma e 30 g/L de

sacarose. Mais uma vez, foi utilizado Phytagel como agente geleificante. O pH foi

ajustado para 5,8 antes do processo de esterilização. O complexo vitamínico, e

as soluções de aminoácidos, antioxidante e uréia foram esterilizados por

membrana filtrante de O,22Jlm da Mi"ipore.

Código do Reguladores de Crescimento

meio Auxina (mg/L) Citocinina (mg/L)

ARA1 2,4-D 2,0 K 0,1

ARA2. AIA 2,0 K 0,1

ARA3 AIB 2,0 K 0,1

ARA4 ANA 2,0 K 0,1

MBF13 2,4-D 2,0 -Tabela 3: Reguladores de crescimento utilizados para indução e manutenção de calos em

plântulas

Foi inoculado um explante por tubo de ensaio, de modo a

obter-se um mínimo de vinte e quatro unidades para cada tratamento. O material

inoculado foi mantido em sala de crescimento com temperatura a 26°C ± 1°C e

fotoperíodo de 18 horas de luz sob intensidade luminosa de 10Jlm. m-2. S-1.

OS calos obtidos foram repicados para meios de mesma

composição com intervalos de cerca de 50 dias.

Page 47:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

30

Considerando que quinze dias após o repique, 70% dos calos

estavam oxidados, foram realizados os seguintes ensaios, no material

proveniente dos meiosARA1, ARA3, ARA4 e MBF-13:

a) transferir os calos, de modo a deixá-los intactos, sem retirar as

células mortas elou oxidadas e restos de explantes;

b) retirar dos calos, restos de explantes e células oxidadas elou

mortas.

c) variar a concentração de auxina, para 2,0 mg/L, 1,0 mg/L e 0,0

mg/L.

Page 48:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

111- Fitoquímica

111. 1 - Material Vegetal

Para o estudo fitoquímicos foram utilizados:

- caule de planta adulta (Figura 1, p. 3);

- calos induzidos em ARA 4 (Figura 26, p. 90).

31

Pedaços de caule adulto foram coletados no Sítio Jaqueira, bairro

Dos Ferreiras, estrada de Salesópolis - SP - Km1 .

As linhagens de calos foram obtidas no meio de cultura ARA 4,

conforme descrito no item 11 de Materiais e Métodos.

111.2- Obtenção dos Extratos de A. angustifolia

Pedaços de caule adulto de A. angustífolía foram secos, moídos e

submetidos a extração com etanol com auxílio de ultrassom durante 20 minutos, sendo

o processo repetido por três vezes. O extrato obtido (10g) foi suspendido em uma

mistura de MeOH/H20 4: 1 e submetido a partição com hexano a fim de retirar o

excesso de ácidos graxos. A fração resultante foi novamente particionada com DCM e

solução aquosa saturada de NaCI. A fração diclorometânica resultante foi tratada com

água destilada, com o intuito de retirar o excesso de sal , obtendo-se assim uma

terceira fração (F3) com 4g (Figura 9, p. 32), a qual foi submetida ao fracionamento

cromatográfico.

Células frescas (182 g), provenientes do meio ARA-4, recém

tiradas do meio de cultura, foram congeladas em nitrogênio líquido e trituradas. A

extração foi feita com EtOH (500 ml 4X) em ultrassom. O extrato bruto obtido (3,678 g)

foi suspendido em 100ml de uma mistura de MeOH/H20 4: 1 e submetido ao mesmo

processo de extração (Figura 9, p. 32) descrito para o extrato bruto de caule.

Page 49:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

32

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Page 50:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

33

111.3- Fracionamento do Extrato do Caule Adulto

A fração diclorometânica F3 (4,0 g) do caule adulto foi

submetida a cromatografia em coluna de sílica gel (60H -10,0 x 30,0 cm) sob

pressão, eluída com sistema DCM/MeOH em ordem crescente de polaridade,

resultando em 150 frações de aproximadamente 25 ml, as quais depois de

analisadas por CPC foram agrupadas conforme a Tabela 4:

Fração Massa (mg) Fração Massa (mg)

F3/1 8,3 F3/12 50,4

F 3/2 9,1 F3/13 58,5

F3/3 9,8 F3/14 34,3

F3/4 10,1 F3/15 98,4

F 3/5 9,4 F3/16 117,5

F3/6 9,5 F3/17 66,1

F 317 2,5 F3/18 78,3

F 3/8 515,8 F3/19 99,2

F3/9 168,3 F 3/2 O 549,0

F3/10 357,2 F3/21 576,0

F3/11 93,4 F 3/22 540,5

Tabela 4: Fracionamento do extrato etanólico do caule adulto.

A fração F3/8, foi dividida em duas porções de cerca de 250

mg e submetida CPRP fornecendo dois lotes de subfrações, as quais foram

purificadas conforme resumido nas Figuras 11a (p. 35) e 11b (p.36).

O fracionamento das demais frações estão descritos nas

Figuras 10 (p. 34) e 12 (p. 37).

Page 51:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

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38

111.4- Fracionamento do Extrato de Calos

o espectro de RMN-1 H (Espectro 1, p. 45) da fração

diclorometânica (A3), apresentou sinais referentes a hidrogênios aromáticos (6,88

- 7,0), propenílicos (6,28 - 7,68) e metoxilícos (3,68), indicando a presença de

fenilpropanóides.

A fração diclorometânica A3 (238,5 mg) foi submetida a

cromatografia em coluna de sílica gel 60-H (7,0 x 25 cm), eluída com sistema de

DCM/MeOH em ordem crescente de polaridade, fornecendo 201 frações de

aproximadamente 10 ml, as quais depois de analisadas por CPC foram

agrupadas conforme a Tabela 5:

Fração Massa (mg) Fração Massa (mg)

A3/1 2,5 A3/10 3,7

A3/2 22,4 A3/11 4,9

A3/3 2,3 A3/12 2,1 I

A3/4 4,2 A3/13 1,7 I

A3/5 6,4 A3/14 9,8 I

A3/6 26,7 A3/15 2,1

A317 13,6 A3/16 4,6

A3/8 4,1 A3/17 10,0

A3/9 4,9 A3/18 5,1

Tabela 5: Fracionamento do extrato de calos.

A fração A3/2 foi purificada conforme descrito na Figura 13

(p.39).

Page 56:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

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Figura 13: Fracionamento cromatográfico da fração diclorometânica dos calos ARA-4

39

Page 57:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

111. 5. Dados Espectroscópicos das Substâncias Isoladas

4-Hidroxibenzaldeído (1)

C7H602

EM (70 eV) m/z(int. rel.): 122 [M+] (86),123 [M+1] (7),

121 (100),93 (34) , 65 (24). Espectro 5, p. 49.

RMN-1H (200 MHz, CDCb): Espectro 2, p. 46; Tabela 6, p. 96.

4-Hidroxi-3-metoxibenzaldeído (~)

Vanilina

CSHS0 3

EM (70 eV) m/z (int. rel.) : 152 [M+] (96), 151 (100),

137 (5), 123 (20), 109 (18), 95 (2), 81 (23),65 (8). Espectro 6, p. 49.

RMN-1H (200 MHz, CDCb): Espectro 3, p. 47; Tabela 7, p. 96.

RMN_13C (50 MHz, CDCb): Espectro 4, p. 48; Tabela 8, p. 96.

(E)-4-Hidroxi-3-metoxicinamaldeído (~)

Coniferaldeído

C1OH1003

EM (70 eV) m/z (int. rel.) : 178 (100),

161 (21), 151 (7), 147 (39), 135 (48),77 (42). Espectro 10, p. 53.

RMN-1H (200 MHz, CDCb): Espectro 7, p. 50; Tabela 9, p. 99.

RMN_13C (50 MHz, CDCb): Espectro 9, p. 52; Tabela 10, p. 100.

(E)-4-Hidroxicinamato de octadecila (11)

(E)-p-Cumarato de octadecila

C27H440 3

IV Vma/ lme cm-1: 3390, 1716, 1640, 1608, 1588, 980. Espectro 14, p. 57.

EM (70 eV) m/z (int. rel.): 416 [M+1] (3), 417 [M+2] (1) , 177 (2),

164 (100) , 147 (56), 119 (12) , 107 (17). Espectro 15, p. 57; Figura 27, p 109.

RMN-1H (300 MHz, CDCb): Espectro 11 , p. 54; Tabela 11 , p. 103.

RMN_13C (75 MHz, CDCb): Espectro 13, p. 56; Tabela 12, p. 104.

8'BL'OTECA \NSTITUTO DE QUIMICA Universidade de São Paulo

40

Page 58:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

(Z)-4-Hidroxicinamato de octadecila (12)

(Z)-p-Cumarato de octadecila

C27H440 3

IVvma/,mcm-1: 3390,1716, 1640,1608,1588,720. Espectro 14, p. 57.

EM (70 eV) mlz (int. rel.): 416 [M+1] (3), 417 [M+2] (1)., 177 (2),

164 (100),147 (56),119 (12),107 (17). Espectro 15, p. 57; Figura 27, p 109.

RMN-1H (300 MHz, CDCb): Espectro 11, p. 54; Tabela 11, p. 103.

RMN_13C (75 MHz, CDCb): Espectro 13, p. 56; Tabela 12, p. 104.

(E)-4-Hidroxi-3-metoxicinamato de octadecila (13)

(E)-Ferulato de octadecila

C28H460 4

IV Vmaxfilm cm-1: 3422, 2851, 1711, 1634, 1161,982. Espectro 20, p. 62.

EM (70 eV) m/z (int. rel.): 446 [M+1] (14), 447 [M+2] (1), 207 (1), 194 (100),

177 (55),149 (16), 17 (23). ). Espectro 21, p. 62; Figura 27, p. 109.

RMN-1H (300 MHz, CDCb): Espectro 16, p. 58; Tabela 13, p. 107.

RMN-13C (75 MHz, CDCb): Espectro 18, p. 60; Tabela 14, p. 108.

(Z)-4-Hidroxi-3-metoxicinamato de octadecila (14)

(Z)-Ferulato de octadecila

C28H4604

IV Vma/,m cm-1: 3422, 2851, 1711, 1634, 1161,721. Espectro 20, p. 62;

EM (70 eV) m/z (int. rel.): 446 [M+1] (14),

447 [M+2] (1), 207 (1),194 (100),177 (55),

149 (16),17 (23). Espectro 21, p. 62; Figura 27, p. 109.

RMN-1H (300 MHz, CDCb): Espectro 16, p. 58; Tabela 13, p. 107.

RMN_13C (75 MHz, CDCb): Espectro 18, p. 60; Tabela 14, p. 108.

7,3' ,4' -Trimetoxi-isoflavona (~)

Cabreuvina

C18H1605

EM (70 eV) m/z (int. rel.): 312 [M+] (2),156 (3),297 (3),150 (6),122 (11),

119 (15),162 (5). Espectro 27, p. 68, Figura 28, p. 113.

RMN-1H (200 MHz, CDCb): Espectro 22, p. 63; Tabela 15, p. 112.

41

Page 59:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

5,7 -Diidroxi- 4',7' -dimetoxi-isoflavona (~)

Irisolidona

C17H1406

EM (35 eV) m/z (int. reL): 314 [M+] (66),315 [M+1] (13) , 316 [M+2] (12),

299 (100), 271 (40) , 182 (1),

167 (4), 139 (33) , 132 (4). Espectro 28, p. 68, Figura 29, p. 114.

RMN-1H (2000 MHz, CDCb): Espectro 25, p. 66; Tabela 16, p. 112.

(75, 8R, 7'5, 8'R)-4,4'-Diidroxi-3,3'-dimetoxi-7,9':7',9-diepoxi-lignana (§)

(+ )-Pinoresinol

C2QH 2206

[0.]025 + 84.4° ( c 1.0 MeOH)

EM (70 eV) m/z (int. reL): 356 [M+] (18) ,

205 (12),163 (22), 151 (100), 137 (46) ,

123 (8) , 77(15). Espectro 31 , p. 71 , Figura 32, p. 118.

RMN-1H (200MHz, CDCb): Espectro 29, p. 69; Tabela 17, p. 117.

(75, 8R, 7'5, 8'R)- 3,3'- 4,4'- Tetrametoxi- 7, 9':7',9 - diepoxi-lignana (1)

(+ )-Eudesmina

C22H2606

[0.]025 + 60,5° ( c 1.0; MeOH)

EM (70 eV) m/z (int. reL): 386 [M+] (29), 220 (4),219 (1) , 194 (9),193 (4) , 180 (3),

177(67), 165 (100) , 151 (65) , 137 (7) Espectro 32, p. 71 , Figura 33, p. 119.

RMN-1H (200MHz, CDCb): Espectro 30, p. 70, Tabela 17, p. 117.

rei - (7R, 85, 8'5) - 4,4',9 - Triidroxi-3,3'- dimetoxi-7,9'- epoxilignana HH (+ )-Lariciresinol

C2QH 240 6

[0.]025 + 23° (c 1.0; Me20)

EM(70 eV) m/z (int.rel ): 360 [M+] (27) , 342 (2) , 219 (10) , 194 (30) , 152 (16),

151 (51) , 137 (100) ,123 (13) , 122 (27). Espectro 38, p. 77.

RMN-1H (300 MHz, CDCb): Espectro 33, p. 72, Tabela 18, p. 122.

RMN_13C (50 MHz, CDCb): Espectro 35, p. 73, Tabela 19, p. 123.

42

Page 60:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

rei - (7 R, 85, 8'5)-4,4' -Diidroxi-9-acetiloxi-3,3' -dimetoxi-7 ,9' -epoxilignana (~)

(+ )-9' -O-Acetil-Iariciresinol

C22H2607

[a]o25 + 3,50 (c 1,0; Me20)

IVvmaxl7lmcm-1: 3415,1734,1460,1270, 1123, 1035,

819,800. Espectro 40, p. 78.

EM (70 eV) m/z (int. rei): 402 [M+] (19) , 342 (5), 219 (18),

205 (22),151 (54),137 (100) , 123 (8) , 122 (16).

Espectro 39, p. 77, Figura 34, p. 124.

RMN-1H (200 MHz, CDCb): Espectro 35, p. 74, Tabela 18, p. 122.

RMN_13C (50 MHz, CDCb): Espectro 37, p. 76, Tabela 19, p. 123.

f3- sitosterol (.11) [74]

C29HsoO

EM (70 eV) m/z (int. rei): 414 [M+] (78) ,

396 (43), 329 (56) , 303 (51), 273 (32), 255 (42) ,

213 (51), 55 (100). Espectro 42, p. 80.

RMN-1H (200 MHz, CDCb): Espectro 41 , p. 79.

43

Page 61:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

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45

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0.3831 1.6760 1.6649

0.4894 1.6392

"-.) 1.631 9 1.0027 ~ 1.5216 1.5033

1.4555 -;;ç. 1.2387

1.1689 1.1542

~ 1.1 285 1.0991 1.0697 0.9962 0.9595 0.9227 0.8896 0.8676 0.8382 0.8308

o 0.8162 0.8051 0.7831 0.6655

'-..j 1'0

Page 97:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

80

Scan 934 (21.387 min) of DATA:0295.D

90

100"11~ '''"', l~/

55 ./ SCALED ./

80 145 ./

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70

60 I 329

213 /

303 / (I)

(j / I c 50 r<I 255 ~ / C :::. 40 ~ a:

30 ! 20 I 10

0 I I I

I I 100 300 400

PL 4-2

Espectro 42: Espectro de massas (70 eV) de 10.

Page 98:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

81

RESULTADOS E DISCUSSÃO

1- Cultura de Tecidos

1.1 - Indução e Manutenção de Calos

Dos diferentes explantes de A. angustifolia testados, apenas

embriões inteiros e eixos embrionários, obtidos nos meios M1A e F1A foram

efetivos na indução de calos (Figuras 14, p. 83 a 26, p. 90). Os meios F2A e F3A

não induziram de calos.

As principais dificuldades na manutenção das culturas de

calos, foram os processos de necrose e oxidação apresentado por cerca de 90%

do material , após 15 dias de transferência.

1.1-A. Plântulas

As tentativas de estabelecimento de culturas tendo-se como

explantes, segmentos de caules de plântulas crescidas sob condições normais de

luminosidade não foram satisfatórias, pois apresentaram altos índices de

contaminação e oxidação (Figura 18, p. 85 e 22, p. 87.

O material proveniente das plântulas estioladas (Figuras 19,

p. 85; 22, p. 87 e 23, p. 88) , mostrou resultados satisfatórios, com exceção de

ARA2 (Figura 23, p. 88) o qual não foi efetivo na indução da desdiferenciação. O

subcultivo em massa porém não foi possível , pois cerca de 30 dias após a

transferência, 70% dos calos estavam oxidados. Foi verificado que o ferimento

demasiado dos calos durante a transferência favorecia o processo de oxidação,

não sendo porém o fator determinante para tal processo, pois em cerca de 25

dias, 33% do material não injuriado permaneceu com a mesma coloração

esverdeada, enquanto que 27% do material injuriado também mostrou o mesmo

quadro. A variação da concentração de auxinas também não afetou visualmente o

comportamento das colônias celulares (Figuras 24, p. 89 e 25, p. 89). Entretanto

Page 99:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

82

como cerca de 13% dos calos de ARA4 resistiram à primeira transferência

(Figura 26, p. 90), optou-se pela inoculação em massa de explantes neste meio a

fim de obter material suficiente para as análises fitoquímicas. Os calos obtidos

foram repicados mais duas vezes a cada 50 dias, depois do que foram

submetidos ao processo de extração (Materiais e Métodos).

Page 100:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

100 90 80 70

% 60 50 40 30 20 10

O

100-"

M1A M3A M5A F1A F4A

Meio de cultura

• Formação de calos

• Oxidação

Figura 14: Porcentagem de formação de calos e oxidação dos explantes obtidos a partir de embriões inteiros mantidos na luz

90 80

%70J.,l~---- I • Formação de

calos 60 50 40 30 20 10 O

M1A M3A M5A F1A F4A

Meio de cultura

• Oxidação

Figura 15:Porcentagem de formação de calos e oxidação dos explantes obtidos a partir de embriões inteiros mantidos no escuro

83

Page 101:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

%

%

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10

O M1A M3A M5A F1A

Meio de cultura F4A

• Formação de calos O Oxidação

Figura 16: Porcentagem de formação de calos e oxidação dos explantes obtidos a partir de eixos embrionários mantidos na luz

100J~1 ------------------------~

90 80 70 11--------1

60 50 40 30 20 10 O

M1A M3A M5A F1A F4A Meio de cultura

Figura 17: Porcentagem de formação de calos e oxidação dos explantes obtidos a partir de eixos embrionários mantidos no escuro

84

Page 102:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

100 90 80 70

o/c 60 o 50

D Formação de calos

0/0

40 • Oxidação

30 20 10 O

ARA1 ARA3 ARA4 MBF-13

Meio de cultura

Figura 18: Porcentagem de formação de calos e oxidação dos explantes obtidos a partir de plântulas crescidas na luz

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10

O ARA 1 ARA3 ARA4 MBF-13

Meio de cultura

o Formação de calos

• Oxidação

Figura 19: Porcentagem de formação de calos e oxidação dos explantes obtidos a partir de plântulas estioladas

85

Page 103:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

Dias

Dias

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 O

M1A M3A M5A F1A F4A

Meio de cultura

Figura 20: Tempo de cultura para formação de calos em embriões inteiros

100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 O

M1A M3A M5A F1A

Meio de cultura

Figura 21: Tempo de cultura para formação de calos em eixos embrionários

F4A

86

OLuz

• Escuro

CJ Luz

• Escuro

Page 104:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

100 90 80

Dias 70 60 50 40 30 20 10 O

ARA1 ARA3 ARA4 M8F-13

Meio de cultura

Figura 22: Tempo de cultura para formação

• Plântulas crescidas na luz

O Plântulas estioladas

de calos em plântulas crescidas na luz e estioladas

87

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co co

Page 106:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

89

Figura; 24: Desenho esquemático de uma placa de Petri multi pIa, onde os círculos vermelhos e azuis

representam repectivamente os calos transferidos intactos e injuriados. Nas linhas houveram variação quanto

a concentração de auxina.

Figura 25: Placa de Petri múltipla, com calos obtidos no meio ARA4, montada segundo a Figura 24.

Page 107:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

o Q)

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"O 15" c CD

<O o

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91

11.2 - Discussão

Dos explantes testados, os provenientes do caule de plântulas

estioladas, apresentaram melhores resultados. Embriões inteiros e eixos

embrionários também foram efetivos na formação de calos friáveis com bom

crescimento, entretanto não foi possível subcultivá-Ios.

Quanto a composição dos meios de cultura, as auxinas 2,4-D

e ANA foram efetivas na indução da proliferação celular, o que também foi

constatado para outras espécies de coníferas [77]. Entre os meios testados,

ARA4 foi o único efetivo na promoção da desdiferenciação e na manutenção dos

calos obtidos; o meio MBF-13 induziu calos num período de tempo bem mais

curto que ARA4, entretanto não foi efetivo no subcultivo das massas celulares

obtidas.

o maior problema encontrado no cultivo de calos desta

espécie, foi a manutenção das colônias celulares obtidas, o que também foi

relatado para várias espécies do gênero Araucaria [75, 78-83}. A redução do

crescimento ou a morte das colônias celulares após a fase de indução, parece

ocorrer em muitas culturas de coníferas. Em Pícea abíes, somente 10 a 15% das

massas celulares induzidas continuaram a proliferação. Respostas similares

foram observadas também para Pícea glauca e P. engelmanii [84 - 86]. Em seu

trabalho sobre morfogênese celular e poliembriogênese somática de A.

angustifolia, Astarita [87] observou que durante a fase de estabilização e

multiplicação das culturas induzidas, ocorria grande diminuição no número de

colônias celulares e que mesmo reduzindo as concentrações dos reguladores de

crescimento, apenas 11 ,2% das massa celulares permanecem vivas.

Como 13% dos calos resistiram às duas transferências

realizadas, optou-se por inocular grande quantidade de explantes a fim de obter

massa celular suficiente para as análises fitoquímicas.

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11- Fifoquímica

11.1 - Substâncias Isoladas de Araucaria angustifolia

Caule Adulto

MeO

9 OH

~I ~

OH .1

OMe

f:v, OH

o ",U (l,Q

HOAy' OMe 2.

~o H

~I 2 OMe _ OH

OMe

OMe OH

('n""" -o

HO~ §.

OMe

!Q

O

~" HOAY _

OMe ~

HO

MeO

OMe

~ f:v, OMe

o U

Y·,J3"

~ I 7 MeO -

OMe

~,-&oo

('r ° HOy o 0Me ~

92

Page 110:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

o ~~

'Ho-"fHOI,'HO-O evOH

OH

O

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94

11.2 - Determinação Estrutural

11.2 - A - Derivados do Benzaldeído

Nos espectros de massas (Espectros 5 e 6, p. 49) das

substâncias 1 e ~ , é possível observar picos relativos aos íons moleculares em

m/z 152 e 122. Estes valores associados a integração de hidrogênios no espectro

de RMN de 1H, foram compatíveis com as respectivas fórmulas moleculares

CSHS0 3 e C7H60 2, o que possibilitou identificá-Ias respectivamente, como sendo o

p-hidroxibenzaldeído [88, 89] e o 4-hidroxi-3-metoxibenzaldeído (vanilina) [88, 90] .

Os espectros de RMN - 1 H (Espectros 2, p. 46 e 3, p. 47) apresentaram como

característica comum, um singleto na região de 9,7'6 referente ao hidrogênio

aldeídico, além de diversos sinais na região dos hidrogênios aromáticos.

No espectro de RMN de 1 H (Espectro 2, p. 46; Tabela 6, p.

96) do p-hidroxibenzaldeído 1, pode-se observar dois dubletos em 6,94'6 e 7,79'6

com J=8,1 Hz, atribuídos aos H-3/H-5 e H-2/H-6 respectivamente, os quais

acoplam num sistema AxBx [90], indicando portanto, um anel aromático para

substituído. Considerando que os hidrogênios desprotegidos estão em posição

orto à carbonila aldeídica, e que os outros hidrogênios estão acoplados a estes, a

estrutura do p-hidroxibenzaldeído tornou-se evidente.

o o

2

OMe

OH 1 2 OH

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95

No espectro de RMN-1 H (Espectro 3, p. 47 e Tabela 7 p. 96)

da substância 2, foi possível observar, além de um singleto de hidrogênios

metoxílicos em 3,918 (3H), um dubleto em 6,988, atribuído à H-5, o qual acopla

com H-6 (J=8,08 Hz) e um multipleto em 7,368 atribuído a H-6/H-2. Tal padrão de

substituição, associado a presença de uma hidroxila e uma metoxila como

substituíntes, possibilitaram identificá-Ia como a vanilina. A confirmação definitiva

foi obtida através dos dados de RMN - 13C (Espectro 4, p. 48 e Tabela 8, p. 96) e

por comparação cromatográfica com uma amostra autêntica da mesma.

Os íons fragmentários apresentados foram compatíveis com

benzaldeídos substituídos, confirmando as estruturas apresentadas.

O p-hidroxibenzaldeído é frequentemente encontrado na sua

forma glicosilada [91] , no estado livre entretanto havia sido isolado somente nas

espécies Papa ver somniferun (Papaveraceae) e Iryanthera lancifolia

(Myristicaceae) [92] . A vanilina foi primeiramente isolada dos frutos da Vanilla

planifolia , uma espécie de orquídea vivaz e espontânea nas florestas úmidas do

México, atualmente cultivada em várias partes do mundo [93]. Hoje ela pode ser

produzida industrialmente por oxidação do isoeugenol e do piperonal (3,4-

metilenodioxibenzaldeído) [94, 95].

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Hidrogênios 8 (ppm)

p-hidroxibenzaldeído (1)

H-3/H-5 6,94 (d, J= 8,1 Hz, 2H)

H-2/H-6 7,79 (d, J=8,1 Hz,2H)

CHO 9,76 (s, 1H)

Tabela 6: Dados de RMN-1H (200 MHz, CDCI3) do p­

hidroxibenzaldeído (1).

Hidrogênios 8 (ppm)

vanlina (2)

H-5 6,98 (d, J= 8,08 Hz, 1 H)

H-2/H-6 7,36 (m, 2H)

Ar-OCH3 3,91 (s, 3H)

Ar-OH 3,59 (sI, 1 H)

CHO 9,76 (s, 1H)

Tabela 7: Dados de RMN-1H (200 MHz, CDCI3) da vanilina ~)

96

Carbonos 8 (ppm)

Vanilina (2)

C-1 129,99

C-2 108,89

C-3 147,10

C-4 151,83

C-5 114,34

C-6 127,55

CHO 190,88 I

Ar-OCH3 56,12

Tabela 8: Dados de RMN-13C (50 MHz, CDCI3) da vanilina ~)

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97

11.2 - B. Fenilpropanóides

A) Coniferaldeído

A substância ~ foi identificada como sendo o fenilpropanóide,

coniferaldeído, com base nas técnicas espectroscópicas de RMN de 1H, 13C e

HOMO-COSY 1H_1H, e ainda na espectrometria de massas.

No espectro de RMN-1H (Espectro 7, p. 50; Tabela 9, p. 99),

um singleto largo em 5,910, integrando para um hidrogênio, e outro singleto em

3,880, integrando para três hidrogênios, indicaram a presença de uma hidroxila e

de uma metoxila aromática, respectivamente. O duplo dubleto em 7,060 (J = 1,8 e

8,1 Hz) acoplando com os dubletos em 7,000 (1 ,8 Hz) e em 6,69 (8,1 Hz),

característicos para prótons com relação meta e orto, foram atribuídos aos

hidrogênios H-6, H-2 e H-5, respectivamente. A definição do padrão de

substituição como sendo 4-hidroxi-3-metoxifenila foi confirmada através dos

dados obtidos no espectro de RMN-13C (Espectro 9, p. 52; Tabela 10, p. 100).

O espectro de RMN-1H, apresenta ainda um dubleto em 7,330

(H-7) e um duplo-dubleto em 6,520 (H-8) que acoplam entre si com J=15,8 Hz,

característico de hidrogênios em ligação dupla trans. Através do espectro de

HOMO-COSY 1 H_1 H (Espectro 8, p. 51) e das constantes de acoplamento, pode­

se observar que H-8, também acopla com um outro hidrogênio em 9,580 como um

dubleto, o que sugere a presença de um grupamento cinamaldeídico. Tal fato foi

confirmado pelo espectro de RMN-13C, o qual mostrou sinais em 193,500, típico

para carbonila de aldeídos conjugados e em 153,00 (C-7) e 124,040 (C-8)

(Espectro 9, p. 52; Tabela 10, p. 100). Os sinais referentes aos carbonos

aromáticos foram concordantes com aqueles correspondentes ao coniferaldeído

[96] .

o 6 7

H

HO

OMe

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98

A configuração definitiva foi obtida pela espectrometria de

massas (Espectro 10, p. 53), que apresentou pico em m/z 178 correspondente ao

íon molecular, e o íon fragmentário em m/z 137, indicando um íon tropílio

substituído por uma hidroxila e uma metoxila.

Os dados encontrados foram coerentes com os registrados

para o coniferaldeído [96, 97]. Este possui ampla distribuição no reino vegetal,

tendo sido relatado juntamente com siringaldeído, como os principais

componentes do extrato aquoso de Senra íncana (Malvaceae). Estudos

farmacológicos sobre este extrato, e seus principais constituintes isolados,

revelaram que o coniferaldeído é capaz de inibir a prostaglandina-sintetase numa

potência cinco vezes maior que o ácido acetilsalicílico [97] .

BIBLIOTECA INSTITUTO DE QUíMICA

Universidade de São Paulo

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99

Hid

rog

ênio

s 8

(ppm

) con

ife

rald

eíd

o (;

n H

-2

7,0

0 (

d, J

= 1

,8 H

z, 1

H)

H-5

6

,69

(d,

J=

8,1

H

z, 1

H)

H-6

7

,06

(dd

, J=

8,1

e 1

,8 H

z, 1

H)

H-7

7

,33

(d,

J=

15

,8 H

z, 1

H)

H-8

6

,52

(dd

, J=

15

,8 e

7,7

Hz,

1 H

)

H-9

9

,58

(d,

J=

7,7

Hz,

1 H

)

Ar-

OM

e

3,8

8 (

s, 3

H)

Ar-

OH

5,

91 (

si,

1 H

)

Ta

be

la 9

: D

ados

de

RM

N-1 H

(20

0MH

z, C

DC

I 3)

do c

onife

rald

eído

@).

Page 117:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

Carbonos 8 (ppm)

coniferaldeído (~

C-1 128,82

C-2 109,41

C-3 146,91

C-4 148,89

C-5 114,90

C-6 126,45

C-7 153,00

C-8 124,04

C-9 193,56

Ar-OCH3 55,99

Tabela 10: Dados de RMN_13C (SOMHz, CDCI3) do coniferaldeído @)

BIBLIOTE CA INSTITUTO DE QUíMICA

Universidade de São Paulo

100

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101

B) (E)- e (Z)-p-Cumarato de octadecila

o espectro na região do IV (Espectro 14, p. 57) da mistura de

11 e 12 (fração A3/2-1) apresentou bandas de absorções em, 1716 cm-1,

correspondente a uma carbonila de éster u , p -insaturada, e em 1675, 1608, 1588,

1465 cm-1, correspondentes à ligação dupla conjugada e anéis aromáticos.

No espectro de RMN-1 H (Espectros 11 , p. 54 e 12, p. 55) da

fração C2-1 observa-se na região dos hidrogênios aromáticos, dois dubletos em

6,790 e 7,360, cujos acoplamentos de 8,6 Hz (Tabela 11 , p. 103) indicam

claramente a presença de um sistema aromático para dissubstituído AxBx. Um

singleto largo em 5,458 indicou que uma hidroxila seria um dos substituíntes deste

anel, enquanto as cadeias cinamílicas foram determinadas através da observação

de dois dubletos em 7,558 e 6,238 (J=15,9 Hz) e 6,748 e 5,768 (J=12,9Hz),

caracterizam hidrogênios olefínicos E e . Z, respectivamente. Bandas de

deformação C=C em 980 cm-1 e 720 cm-1 no espectro de . IV, confirmaram

respectivamente a presença dos sistemas E e Z.

o 20'

II l ' CH3 7 ~O""'C~' (CH2h 6"""

HO 11

3~8 .AJ6 ~~ l ' 20'

HO 5 o O_CH2'(CH2h6-CH3

12 5

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102

A definição da estrutura como sendo um éster graxo do ácido

p-cumárico foi propiciada pela RMN de 1 H, onde pode-se observar a intensidade

relativa do singleto largo em 1,190, referente à uma longa cadeia metilênica e do

tripleto em 0,810 (6,9 Hz) referente à uma metila terminal. Dados conclusivos que

afastaram a possibilidade da cadeia alifática estar presente devido à impurezas,

foram as absorções de dois tripletos em 4,110 e 4,050, referentes aos hidrogênios

metilênicos H-1 '(trans e cis) desprotegidos pelo oxigênio carbinólico. Esta

possibilidade estrutural foi confirmada pelo espectro de RMN de 13C (Espectro

13, p. 56; Tabela 12, p. 104), que mostrou absorções em 167,530 e em 64,630,

características de carbonila de éster e de carbono carbinólico, respectivamente.

Os dados de RMN de 13C confirmaram ainda o padrão de substiuição do anel

aromático (Tabela 12, p. 104).

A proposta do tamanho desta cadeia alifática como sendo

C18H37, foi feita com base na espectroscopia de massas (Espectro 15, p. 57,

Figura 27, p. 109) que indicou m/z 416 (C27H4403) como íon molecular, e ainda o

pico base em m/z 164 (C9H703), atribuído ao íon acílio correspondente.

Os dados obtidos confrontados com os publicados [98 - 100],

possibilitaram confirmar as estruturas das substâncias 11 e 12 como sendo o (E)­

p-cumarato de octadecila e o (Z)-p-cumarato de octadecila, respectivamente. A

integração dos hidrogênios do espectro de RMN - 1 H apontou para uma proporção

aproximada de 4:1 entre os isômeros cis e trans na mistura.

Tais produtos, tem sido descrito em várias espécies [101

103]. Um dos motivos de ampla distribuição talvez seja o seu possível

envolvimento, juntamente com ésteres análogos do ácido ferúlico no processo de

formação da suberina [103] .

Page 120:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

103

Hid

rog

ên

ios

o (p

pm

)

(E)-

p-c

um

ara

to d

e o

ctad

ecíla

(1.

1)

(Z)-

p-cu

mar

ato

de o

ctad

ecíla

(1.

1)

H-2

/H-6

6

,79

(d,

J= 8

,6 H

z, 2

H)

6,7

9 (d

, J=

8,6

Hz,

2H

)

H-3

/H-5

7,

36 (

d, J

= 8

,6 H

z, 2

H)

7,36

(d

, J=

8,6

Hz,

2H

)

H-7

7

,55

(d,

J= 1

5,9

Hz,

1 H

) 6

,74

(d, J

= 12

,7 H

z, 1

H)

H-8

6

,23

(d, J

= 1

5,9

Hz,

1 H

) 5

,76

(d, J

= 12

,7 H

z, 1

H)

H-1

' 4

,11

(t, J

= 6

,7 H

z, 2

H)

4,0

5 (t

, J=

6,7

Hz,

2H

)

H-2

' 1,

61 (

m,

2H)

1,61

(m

, 2H

)

-(C

H2

)17-

1,1

8(s

l,3

0H

) 1

,18

(sl,

30H

)

H-2

0'

0,8

1 (t,

J=

6,9

Hz,

3H

) 0

,81

(t, J

= 6

,9 H

z, 3

H)

Ar-

OH

5,

46 (

si,

1 H)

5,46

(si

, 1 H

)

Ta

be

la 1

1: D

ados

de

RM

N-1 H

(30

0 M

Hz,

CD

CI 3

) do

(E

)-e

(Z)-

p-cu

mar

ato

de o

ctad

ecila

11

e 12

.

Page 121:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

104

Carbonos 8 (ppm)

(E)-p-cumarato de octadecila

(11)

C-1 129,90

C-2/C-6 132,30

C-3/C-5 115,85

C-4 157,78

C-7 144,24

C-8 115,75

C-9 167,53

C-1 ' 64,63

C-2' 31 ,92

C-3' 25,98

C-4'-C-19' 29,68

C-2O' 14,07

Tabela 12: Dados de RMN-13C (75 MHz, CDCI3) do (E)- e (Z)-p-cumarato de octadecila 11 e 12.

Page 122:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

105 C) Ferulato de octadecila

o espectro na região do IV (Espectro 20, p. 62) da fração

A3/2-2, mostrou bandas de absorções em 3422 cm-l e 1711 cm-l , indicando um

grupamento hidroxila e uma carbonila de éster a ,B-insaturada, respectivamente e

em 1634, 1519 e 874 cm-1, referentes ao estiramento de um anel aromático.

Bandas em 983 cm-1 e 721 cm-1 sugeriram uma mistura de isômeros trans e eis.

Os espectros de RMN de 1H (Espectros 16, p. 58 e 17, p. 59;

Tabela 13, p. 107) e de l3C (Espectros 18, p. 60 e 19, p. 61 ; Tabela 14, p. 108),

mostraram sinais característicos para o ferulato, e confirmaram a presença de

uma mistura de isômeros; a configuração da ligação dupla foi deduzida a partir

das constantes de acoplamento dos dubletos relativos aos hidrogênios olefínicos

em 7,54õ e 6,22õ, (J=15,9 Hz), típicos de sistemas E e 6,72õ e 5,74õ (J=12,9 Hz)

típicos de sistemas Z, de forma análoga aos ésteres alifáticos do ácido p­

cumárico.

A cadeia alifática, constatada através de um singleto largo em

1,84õ, foi novamente considerada como ligada à molécula devido as absorções

dos tripletos em 4,12õ e 4,05õ, referentes aos hidrogênios H-1'dos isômeros E e

Z, respectivamente, e pelo tripleto em O,77Õ, referente à metila terminal. O

tamanho da cadeia metilênica foi deduzido a partir do espectro de massas

(Espectro 21, p. 62, Figura 27, p. 109), que mostrou o íon fragmentário em m/z

474 (C28H460 4) como M+1 e m/z 475 como M+2; o pico base em m/z 194

(C1QH904) corresponde à estrutura do ferulato.

2 7 l ' 2fJ

9"""" O"" C H2 ..... (CHV16/CH3

2 7

MeO~8

N 6 ,,~9 l' 2fJ

HO 5 o 0-C~'(CH2)1 6-CH3

o

HO 5

13 14

Page 123:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

106

A proporção entre os dois isomeros foi estimada também

como 4:1 , com base na integração dos diversos sinais no espectro de RMN-1H.

Com base nos dados espectroscópicos obtidos e na literatura

[104-1 06] as substâncias 13 e 14 foram identificadas como sendo o (E)- ferulato

de octadecila e (Z)- ferulato de octadecila, respectivamente.

Tais produtos foram previamente isolados em cultura de

células de Kalanchões daigremotiana [107] e em vários tecidos de outras

espécies [104- 108].

Page 124:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

107

Hidrogênios o (ppm)

(E)-ferulato de octadecila (11) (Z)-ferulato de octadecila (11)

H-2 6,97 (d, J= 1,B Hz, 1 H) 6 ,97 (d, J= 1,B Hz, 1 H)

H-5 6,B4 (d, J= B,1 Hz, 1 H) 6 ,B4 (d, J= B,1 Hz, 1 H)

H-6 7,00 (dd, J= B,1 e 1,B Hz, 1 H) 7,00 (dd, J= B,1 e 1,B Hz, 1 H)

H-7 7,54 (d, J= 15,9 Hz, 1H) 6,72 (d, J= 12,9 Hz, 1H)

H-B 6,22 (d, J= 15,9 Hz, 1 H) 5,74 (d, J= 12,9 Hz, 1H)

H-1' 4,12(t, J=6,BHz,1H) 4,05 (t, J= 6,B Hz, 1 H)

H-2' 1,61 (m, 2H) 1,61 (m, 2H)

-(CH 2h7- 1,18 (si, 30H) 1,18 (s', 30H)

H-20' 0,77 (t, J= 6,8 Hz, 3H) 0,77 (t, J= 6,8 Hz, 3H)

Tabela 13: Dados de RMN-1H (300 MHz, CDCI3) do (E)- e (Z)-ferulato de octadecila (ll e 14).

Page 125:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

108

Carbonos 8 (ppm)

(E)-feru/ato de octadecila (11)

C-1 128,83

C-2 109,26

C-3 146,72 ,

i

C-4 147,86

C-5 114,67

C-6 123,03

C-7 144,60

C-8 115,68

C-9 167,38

C-1' 64,44

C-2' 31,91

C-3' 25,98

C-4'-C-19' 29,30

C-20' 14,11

Ar-OCH3 55,92

Tabela 14: Dados de RMN_13C (50MHz, CDCI3) do (E)- e (Z)-ferulato de octadecila (tl e tl) .

Page 126:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

l+

7 . CH=CH-CO R,O~ ,-C"H"

R2

~C1~

A- 416 [M+] (3)*

8- 446 [M+] (14)*

~CH=CH-C02-CH2+

RP~ ~CH=CH-CO~ l: RP~

..

R2 A- 177 (2)

8- 207 (1)

A 148+ (6) B 178+ (7)

~/ Rp R2

A- 107 (17)

8- 137 (23)

A- R1 = R2 = H C11 e 12)

8- R1= H; R2= OMe (13 e 14)

R2

A-164 (100)

8- 194 (100)

1

~CH-CH-CO+ I -

RP ~ R2

A-147 (56)

8- 177 (55)

j ~CH=C+H

RP~ R2

A- 119 (12)

8- 149 (6)

Figura 27: Interpretação do espectro de massas obtido para 11, 12, 13 e 14

109

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110

11.2 - C. Isoflavonas

As isoflavonas ~ e ~, foram identificadas através da análise

dos seus espectros de RMN de lH e de massas, além de comparação com dados

descritos na literatura [109 - 110].

Um pico em m/z 312 M+, no espectro de massas de ~ ,

(Espectro 27, p. 68 e Figura 28, p. 113), associado às absorções de hidrogênio

aromático (6H), olefínico (1 H) e metoxílicos (9H), no espectro de RMN-1H

(Espectros 22, p. 63 e 23, p. 64; Tabela 15, p. 112), é compatível com a fórmula

molecular C18H1605.

A presença do singleto em 7,908, referente a um hidrogênio

desprotegido diagnosticou o esqueleto carbônico da substância como sendo de

isoflavonóide. Um dubleto em 8,848 (J = 8,9 Hz), referente a um hidrogênio

desprotegido por ligação de hidrogênio, foi atribuído ao H-5. Através das

constantes de acoplamento do espectro de RMN de 1 H e de correlações

observadas no espectro de HOMO-COSY 1 H_1 H (Espectro 24, p. 65), foi possível

verificar o acoplamento de H-5 com um duplo-dubleto em 6,948 (J = 8,9 e 2,4 Hz)

atribuído a H-6, e este por sua vez, acoplando numa relação meta com um

dubleto em 6,808 (J=2,4 Hz ) foi atribuído a H-8. A presença de um duplo­

dubletoem 7,008 (J=8,3 Hz e 1,9 Hz), acoplando com um dubleto em 6,868 (8,3

Hz), e com um dubleto em 7,158 (J=1 ,9 Hz), com relações orlo e meta entre

esses hidrogênios, definiram o padrão de substituições do anel B.

8 8

MeO

OMe 4

OMe I

OMe 5

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111

A presença de três metoxilas aromáticas juntamente com

sinais dos hidrogênios aromáticos dos anéis A e B no espectro de RMN de 1 H e

HOMO-COSY 1 H_1 H, possibilitaram a atribuição destes grupamentos nas

posições 7, 3',4'. O íon fragmentário em mtz 162 (Espectro 27, p. 68; Figura 28,

p. 113) confirmou o padrão de substituição do anel B. A substância foi então

caracterizada como sendo a cabreuvina, a qual havia sido isolada das sementes

de Calopogonium mucunoides [109].

No espectro de RMN de 1 H (Espectro 25, p. 66; Tabela 16, p.

112) da substância .§ observou-se um singleto em 7,860, atribuído à H-2; a

presença de um singleto em 6,380, característico de H-8, e dois dubletos em

7,400 e 6,688 com (J=8,8 Hz, 2H), indicaram, respectivamente, o padrão penta­

substituido para o anel A e p-substituido para o anel B. Observou-se a absorção

de prótons referentes à duas metoxilas aromáticas (3,780 e 3,910) e um

hidrogênio hidroxílico em 6,200. O íon fragmentário em m/z 132 (Espectro 28, p.

68; Figura 29, p. 114) definiu a presença de uma metoxila na posição para do

anel B. A definição das posições de substituição da metoxila e da hidroxila, foi

feita com base no espectro de NOE diff. (Espectro 26, p. 67) , onde foi possível

observar um efeito NOE nos sinais de H-3'tH-5' quando os hidrogênios

metoxílicos em 3,780 foram irradiados. A irradiação na metoxila em 3,910 não

exerceu nenhum efeito no sinal de H-8, indicando que a mesma deve estar

localizada entre as hidroxilas. Tais inferências confirmam as posições das

metoxilas nas posições 6 e 4', que são relativa a isoflavona irisolidona [110]

previamente isolada do caule de Pericopsi mooniana [111] e Podocarpus amarus

[110] .

Page 129:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

112

Hidrogênios J(ppm)

cabreuvina (!) Hidrogênios J(ppm)

H-2 7,90 (1 H, s) irisolidona (!J

H-5 8,84 (1 H, d, J=8,9 Hz) H-2 7,86 (1 H, s)

H-6 6,94 (1 H, dd, J=8,9 e 2,4 Hz) H-8 6,38 (1 H, s)

H-8 6,80 (1 H, d, J= 2,4 Hz) H-2'tH-6' 7,40 (2H, d, J=8,8 Hz)

H-2' 7,15 (1H, d, J=1,9 Hz) H-5'tH-3' 6,86 (2H, d, J=8,8 Hz)

H-5' 6,86 (1 H; d; J=8,3 Hz) C5-0H 12,55 (1 H, s)

H-6' 7,00 (1 H, dd, J=8,3 e 1,9 Hz) C7-0H 6,2 (1 H, sI)

ArOCH3 3,86 (3H , s) C-6-0CH3 3,91 (3H, s)

ArOCH3 3,85 (1 H, s) C-4'-OCH3 3,78 (3H, s)

ArOCH3 3,84 (1 H, s) Tabela 16: Dados de RMN-1H (300MHz, CDCh) da irisolidona~)

c:: z CO ::t (fl <" ~CO '" ~.

P- ::ir ., c- o '"

Tabela 15: Dados de RMN-1 H (200MHz, CDCI3) da cabreuvina ~) .

c- oa '" ~-4 Ul .,,, o ~, rn "O ~ o ., c (") Õ 1> J>

Page 130:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

MeO

312 [M+] (2)

Rearranjo 1,4

O~+ MeO 7

'OC-H II

151 (12) O

I MeO l+

l~::( . C~

150 (6) ~o

Me°uol: 122 (11)

+aO

~ c~O 119 (15)

OMe

l: MeO

OMe

297 (3)

Retro Diers Alder

1 Hc=c--Q-oJ:

OMe

162 (5)

j

HC::C--Q-0+ OMe

147 (18)

Figura 28: Interpretação do -espectro de massas obtido para a cabreuvina @ .

113

0+ OMe

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HO

MeO

l~

OMe 314 [M+] (66)

~

Retro Diers Alder

H°Y'f°l +

Meo~c OH "O

182 (1)

HC=C-Q-O:r

132 (4)

~

HO

O

271 (40)

/ OMe

299 (100)

Retro Diers Alder

HOyyO

+O~C" OH O

167 (4)

-

OMe

HO

J0O

h+ O

OH

139 (33)

Figura 29: Interpretação do espectro de massas obtido para a irisolidona @.

114

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115

11.2 - D. Lignanas Furofurânicas

Uma das maiores subclasses de Iignanas são as do tipo

furofurânicas. Elas estão amplamente distribuídas na natureza, e tem como

característica básica a presença do sistema 3,7-dioxabiciclo [3.3.0] octano [109 -

110]. Em A. angustifo/ia haviam sido isolados o pinoresinol , a eudesmina e o

filigenol [37 - 38] .

o anel furofurânico deste tipo de lignana (Figura 30)

apresenta sempre junção do tipo eis, devido a menor tensão envolvida quando

comparado a possibilidade trans. Dessa forma, a configuração nos carbonos da

posição 8 e 8', pode ser (S) (S) ou (R) (R), sendo a última a mais comum para a

maioria das lignanas furofurânicas naturais [112] .

EM {:po N O

Figura 30: Esqueleto carbônico das lignanas furofurânicas

Os substituíntes dos anéis alifáticos ocupam geralmente as

posições pseudo equatoriais e/ou pseudo axiais. Na ausência de outros grupos

funcionais nos anéis heterocíclicos, as possibilidades de isomeria podem resultar

em três possibilidades configuracionais (Figura 31): pseudo diequatoriais (ª),

pseudo equatorial/pseudo axial (forma epimérica) (Q) e pseudo diaxial (~) [113].

.. 8.-"A' ... 'dA' (yA'

At O MO A,N ª b c

Figura 31: Possibilidades isoméricas para lignanas furofurânicas

Page 133:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

116 A espectroscopia de RMN-1 H, tem sido a principal técninca

para a diagnose da estereoquímica relativa deste tipo de lignanas. As estruturas

simétricas ª e ~ (Figura 31), podem ser definidas a partir dos deslocamentos

químicos dos hidrogênios 7 e T . No caso de epímeros, a quebra da simetria,

provoca o desdobramento dos sinais dos hidrogênios presentes no anel

furofurânico, aumentando a complexidade do espectro [114]. Segundo Becker e

Beroza [115], representantes da série pseudo diequatoriais podem ser

identificados pela absorção dos prótons oxibenzílicos em aproximadamente 4,75 8

(d, 4Hz), o que foi observado para as lignanas § (Espectro 29, p. 69; Tabela 17,

p. 117) e L (Espectro 30, p. 70; Tabela 17, p. 117). No caso de representantes

pseudo diaxiais, os mesmos hidrogênios absorvem em 4,908 [116 - 117].

(x0:e ~ OH

f~""~ I: 8 6 8

6

lQ/'l.... 9 ,.... " ° I

4'~ 2

t-K) J ª OMe

(x~e ~ 0Me

g/0"'Z.,,'" ~ I 5

U I 6

lQ<,,' I""'''). 4'~ 2

MeO J 7 OMe

Os deslocamentos químicos dos hidrogênios aromáticos,

indicam a presença de anéis do tipo guaiacílico ( 4-hidroxi-3-metoxibenzílico) para

a substância § , e veratrilico (3,4-dimetoxibenzílico) para a substância L. Estes

padrões de substituição foram confirmado pela espectroscopia de massas

(Espectros 31 e 32, p. 71 ; Figuras 32, p. 118 e 33, p. 119), através da análise

dos íons moleculares e, mais especificamente, dos íons tropílios.

Baseando-se nos dados descritos acima e na literatura

pesquisada, as substâncias § e L foram identificadas respectivamente como

sendo pinoresinol [118] e eudesmina [113] .

Page 134:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

117

Hidrogênios 8 (ppm)

pinoresinol ~ eudesmina 1. H-7, H-7' 4,73 (d, J= 4,2 Hz, 1 H) 4,69 (d, J=4,2 Hz, 1 H)

H-8, H-8' 3,09 (m, 2H) 3,05 (m, 2H)

H-9 ax, H-9'ax # #

H-9 eq, H-9' eq 4,24 (dd, J=9,1 e 6,8 Hz, 2H) 4,20 (dd, J=9,0 e 6,9 Hz, 2H)

Ar-OMe 3,87 (s, 3H); 3,89 (s, 3H) 3,81 (s, 3H); 3,82 (s, 3H)

3,83 (s, 3H); 3,86 (s, 3H)

H-Ar 6,78 - 6,90 (m, 6H) 6,74 - 6,84 (m, 6H)

#- Os sinais de tais hidrogênios encontram-se encobertos pelos sinais das metoxilas aromáticas.

Tabela 17: Dados de RMN-1H (200 MHz, CDCI3) do pinoresinol ~) e eudesmina (1.).

Page 135:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

HO

J:OH

7 )j'U r)O HO~ M+ 358 (18)

OMe

OMe 205 (12)

+

OH

HO OMe

@ YOMe

OH

137 (46)

+ GuCH-C H=C H 2

163 (22)

+

HO OMe

o

1 +

GuCHOl"

152 (27)

1

GuCO+

151 (100)

1 @ ~OMe

OH

123 (8)

Figura 32: Interpretação do espectro de massas obtido para o pinoresinol (ID.

118

+

OH

Page 136:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

Jff'CMJ~

o ~ I CMe

rIJO MeO~ M+ 386 (29)

OMe

JfV~~ (yV V.f) ·

(yV V.)"O \\ •

+ VeCH=O=CH2

III

VeC("i/CH 2

O +.

180 (3)

! Ve+

137 (7)

1

@J 77 (21)

+ ArCH=CH-CH20H

194 (9)

+ ArCH-CH=CH2

177 (67)

® ,?,OMe

OMe

151 (65)

ve}j 219 (11)

VeCOCH2CH2+

193 (4)

Jv~' veJ..o)

Ve CHO+ 166 (38)

1 VeCO+

165 (100)

Meo-Q OMe

137 (7)

I: O

'1220 (4) Ve

Figura 33: Interpretação do espectro de massas obtido para a eudesmina (Z).

119

Page 137:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

120 11.2 - D. Lignanas Tetraidrofurânicas

Com base nos espectros de RMN-1H (Espectro 33, p. 72),

RMN-13C (Espectro 34, p. 73), massas (Espectro 38, p. 77) e dados descritos na

literatura [37, 38, 119], a lignana -ª foi identificada como (+)-Iariciresinol ,

anteriormente descrita em A. angustifolia [37]. A lignana ª foi identificada com

base nos seus espectros de RMN-1H (Espectro 35, p. 74), HOMO-COSY 1H_1H

(Espectro 36, p. 75), RMN-13C (Espectro 37, p. 76), IV (Espectro 40, p. 78) e

massas, como sendo o 9' -O-acetil-Iariciresinol.

Os espectro de RMN-1H (Espectros 33, p. 72 e 35, p. 74;

Tabela 18, p. 122) de ambas as substâncias apresentaram deslocamentos

químicos característicos para este tipo de lignana tetraidrofurânica de ocorrência

natural e também resultantes da hidrogenólise parcial de lignanas furofurânicas

[113, 121-122].

OMe OMe

OH OH

g.

6" 6"

HO-Q'~" -O 8 5'("("'7 'O

HO~ ~

OMe OMe

Page 138:  · Figura 8 -Relações biossintéticas entre lignanas de Forsythia inter media e podofilotoxina 022 Figura 9 -Obtenção das frações de polaridade média do extrato de caule

121

Nestas duas lignanas tetraidrofurânicas, pode-se observar

nitidamente os duplo-dubletos referentes aos dois hidrogênios do carbono 9 (H-9a

e H-9P). OS hidrogênios H-9' não puderam ser observados no espectro da

substância !t por estar absorvendo na mesma região das metoxilas aromáticas

(3,830), entretanto, no caso do produto monoacetilado~, estes apareceram sob a

forma de duplo-dubletos (4,100 e 4,280), devido ao efeito de desproteção exercido

pelo grupamento acetila. Os hidrogênios H-7 também mostraram diferenças, pois

em ª foi possível observá-los como duplo-dubletos (2,47 e 2,880), enquanto na

lignana ~, estes absorveram na região de 2,44 - 2,790, junto com os H-8 e 8', sob

a forma de multipleto. Estas atribuições foram confirmadas pela análise do

espectro de RMN HOMO - COSY 1 H_1 H (Espectro 36, p. 75).

A RMN de 13C também forneceu informações precisas quanto

a estereoquímica relativa das lignanas isoladas [122]. Foi possível definir a

orientação pseudo-axial do anel aromático ligado ao C-T das duas lignanas

tetraidrofuranas isoladas, através do sinal em 82,6 +/- 0,3 ppm neste carbono,

(Espectros 34, p. 73 e 37, p. 76; Tábela 19, p. 123). Na lignana ª, o

posicionamento do grupamento acetila em C-9' foi feito com base na análise do

espectro de RMN-13C (Espectro 37, p. 76, Tabela 19, p. 123). Fonseca e

colaboradores [37, 38] estudaram extensivamente a aplicação deste tipo de

espectrometria em lignana tetrahidrofurânicas, e verificaram que a presença de

uma acetila no C-9' provoca uma desproteção de aproximadamente 2-3 ppm,

enquanto que o C-8' é protegido de aproximadamente 3,50 pelo efeito yexercido

pela carbonila, quando comparado a lignana não acetilada.

O grau e o padrão de substituição nos anéis aromáticos foram

deduzidos através dos dados observados nos espectros de massas (Espectros

39, p. 77 e 40, p. 78; Figura 34, p. 124) e por RMN de 1H e de 13C,

respectivamente.

Considerando que o acetato de etila foi utilizado nas etapas

de purificação, é possível que tal substância seja produto da acetilação do

lariciresi nol.

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122

Hidrogênios 8 (ppm)

larícíresínol (!l) 9'-O-acefíl-larícíresínol (!V 7-H 2,47 (1 H, dd, J= 13,3, 10,9 Hz) 2,44 - 2,79 (3H, m )

7-H 2,88 (1 H, dd, J= 13,2, 4,8 Hz) 2,44 - 2,79 (3H , m )

T-H 4,73 (1 H, d, J= 6,6 Hz) 4,69 (1 H, d, J= 6,4 Hz)

8-H 2,34 (1H, m) 2,44 - 2,79 (3H , m )

8'-H 2,66 (1 H, m) 2,44 - 2,79 (3H, m )

9-Ha 3,97 (1 H, dd, J= 8,5, 6,5 Hz) 3.99 (1 H, dd, J= 8,6 e 6,2 Hz)

9-Hp 3,68 (1 H, dd, J= 8,5, 6,1 Hz) 3,66 (1 H, dd, J= 8,6 e 6,2 Hz)

9'-Ha 3,83 (1H , m) 4,10 (1H, dd, J= 11,3 e 7,3 Hz)

9'-HP # 4,28 (1 H, dd, J= 11 ,3 e 6,9 Hz)

Ar-H 6,60-6,81 (6H, m ) 6,58 - 6,83 (6H, m)

Ar-OMe 3,81 (3H, s) 3,81 (3H, s)

Ar-OMe 3,83 (3H, s) 3,83 (3H, s)

Ar-OH 6,26 (1 H, sD 5,51 (1 H, sI)

Ar-OH 6,17 (1 H, sD 5,43 (1 H, sI)

COCH3 - 1,94 (3H, s)

# - Os sinais referentes a estes hidrogênios estão encobertos pelos sinais das metoxilas aromáticas.

Tabela 18: Dados de RMN-1H do lariciresinol (300MHz, CDCI3) ~) e do 9'-O-acetil-lariciresinol (200MHz, CDCI3) ~) .

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123

Carbonos o (ppm)

lariciresinol (IV 9'-O-acefil-lariciresinol (!V

C-1 134,8 134,2

C-2 111,4 111,2

C-3 146,7a 146,5°

C-4 144,0 143,9

C-5 114,4 114,4

C-6 121,0 121,0

C-7 33,1 33,2

C-8 42,4 42,4

C-9 72,7 72,7

C-1' 132,2 131,8

C-2' 108,4 108,3

C-3' 146,6a 146,5° I

C-4' 145,0 145,1

C-5' 114,2 114,1

C-6' 118,6 118,9

C-T 82,6 83,0

C-8' 52,5 48,9

C-9' 60,4 62,6

Ar-OMe 55,8 557c ,

Ar-OMe 55,8 556c ,

COCH3 - 170,9

COCH3 - 20,8

Valores na mesma coluna, marcados com a mesma letra podem ser permutados

Tabela 19: Dados de RMN-13C do lariciresinol (75MHz, CDCI3) @ e do 9'-O-acetil-lariciresinol

(50MHz, CDCI3) @.

BiB LiOTECA INSTITUTO DE QUíMICA

Unlvelsidade de São Paulo

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o l: OMe

OH

178 (4)

\

O~ +

OMe

I O JQ ....... ,

HO ~ [M+] 404 (19)

OMe

0 ... ··'· 'o

HO~

JQ,Ji

I O HO ~

OMe I

OMe /

205 (22)

!

OMe

OH

151 (54)

~ rêl Y'OMe

OH

123 (8)

OHl +

II . I . OMe

342 (5)

1

rE» Y<OMe

HO

137 (100)

Figura 34: Proposta de fragmentação para o 9'-O-acetil-lariciresinol ~).

124

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125

CONSIDERAÇÕES FtNAIS

o estudo fitoquímico realizado com o caule adulto de

Araucaria angustifolia confirmou o acúmulo das lignanas pinoresinol, eudesmina e

lariciresinol, anteriormente descrito na literatura [36 - 38] , enquanto a lignana

secoisolariciresinol e outras análogas não foram detectadas neste estudo. No

entanto, foram isolados dois derivados do benzaldeído (p-hidroxibenzaldeído e

vanilina), um fenilpropanóide (coniferaldeído) e dois isoflavonóides, sendo inédita

tais ocorrências em espécies da família Araucariaceae. O acúmulo de

benzaldeídos não é muito comum. Admite-se que estes podem ser produtos da 13-

oxidação dos respectivos ácidos cinâmicos substituídos [123]; a formação de

derivados do ácido benzóico, através da degradação da cadeia lateral de

fenilpropanóides, foi constatada em culturas de células de Vanilla planifolia [124 ,

125], onde a adição dos ácidos cinâmicos e ferúlicos aumentavam a produção

dos ácidos p-hidroxibenzóico e vanílico respectivamente [123].

Foram obtidos calos a partir de caules de plântulas estioladas

no meio básico MS, suplementado com complexo vitamínico de Nitsch e Nitsch,

uréia, glutamina, arginina, ácido cítrico e mioinositol , contendo ANA e K como

reguladores de crescimento. Os calos obtidos foram analisados após duas

transferências, revelando o acúmulo dos isômeros E e Z do p-cumarato de

octadecila e dos isômeros E e Z do ferulato de octadecila. Dentre os metabólitos

secundários de A. angustifolia , tanto os flavonóides quanto as lignanas

compartilham das mesmas etapas biossintéticas preliminares, tendo como

precursores os ácidos p-cumárico e ferúlico. Na via biossintética que conduz aos

flavonóides, os ácidos cinâmicos são inicialmente convertidos à ésteres de

coenzima-A, os quais sofrem seguidas reações de condensação de Claisen com

o malonil Co-A para, após diversas etapas, formar a respectiva chalcona.

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126

Na biossíntese de lignanas, os ésteres de coenzima-A são

reduzidos aos respectivos aldeídos e álcoois cinamílicos que sofrem as reações

de acoplamento oxidativo produzindo diversos tipos de estruturas.

No caso de sistemas desdiferenciados o metabolismo

primário está bastante ativo, pois as células encontram-se em constante processo

de crescimento e divisão celular, levando ao detrimento do metabolismo

secundário [126].

A análise dos metabólitos presentes no caule adulto e nos

calos mostrou que ambos os tecidos são capazes de expressar as etapas

biossintéticas resultando no acúmulo de fenilpropanóides. Entretanto, as células

cultivadas nas condições descritas, não foram efetivas na dimerização de tais

precursores levando a formação de lignanas. Através da administração de

precursores marcados, como o ácido p-cumárico, ácido ferúlico e alcool

coniferílico nos calos obtidos ou através de reações imunológicas, seria possível

avaliar a semelhança entre o metabolismo de A angustifolia e Forsythia

intermedia.

É possível que os ácidos p-cumárico e ferúlico estejam sendo

consumidos na síntese dos ésteres graxos, os quais podem fazer parte da

constituição tanto suberina quanto paredes celulares, deixando de estar

disponível para a biossíntese de lignóides. Considerando que tais ácidos inibem a

germinação em diversas espécies [107] , eles também poderiam estar inibindo o

próprio crescimento celular na condição de cultura "in vitro" testada explicando o

lento crescimento das cuJturas

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127

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