fichamento d'a ideia da fenomenologia de edmund husserl
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8/17/2019 Fichamento d'a Ideia Da Fenomenologia de Edmund Husserl
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Fichamento do livro A ideia da Fenomenologia de Edmund Husserl
Encadeamento das ideias das lições
- Conhecimento em geral x Conhecimento filosófico
- Como o conhecimento alcança as coisas em si? A possibilidade do conhecimento.
- Nosso pensamento x as coisas em si
Ao refletir sobre o conhecimento e sua efetuação tendemos ao ceticismo
A crítica do conhecimento é a condição de possibilidade da metafísica
A fenomenologia por ser a doutrina uniersal das ess!ncias" torna-se o método da crítica do
conhecimento.
A. Primeiro grau da consideração fenomenológica
#$
A d%ida cartesiana? Não" pois o conhecimento não se nega nem se declara totalmente
enganoso pelo fato de &se colocar em 'uestão(.
As dificuldades são comuns a todos os níeis de conhecimento? Não.
)eoria do conhecimento 'uer a possibilidade do conhecimento * +Conhecimento sobre
possibilidades cognitias , Conhecimento mais estrito" apreensiamente indubitel.
eemos pensar em pelo menos um conhecimento 'ue se/a indubitel" para se poder ter
alguma meta na epistemologia.
0 cogito cartesiano seria esse saber indubitel?
1$
2as em 'ue consiste a 'uestionabilidade do conhecimento? 3or 'ue não se 'uestiona a
erdade sobre o cogito +cogitationes$? 4esponde-se com os conceitos de iman!ncia e
transcend!ncia. 5ste conhecimento intuitio é imanente.
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0 conhecimento das ci!ncias ob/etias +ci!ncias da nature6a e do espírito$ é transcendente" o
conhecimento das ci!ncias matemticas é transcendente" mas também podem ser imanentes.
Nas ci!ncias ob/etias h a d%ida sobre a transcend!ncia. &como pode o conhecimento ir além de si mesmo" como pode ele atingir um ser 'ue não se encontra no 7mbito da
consci!ncia?(. 5sta dificuldade cessa no conhecimento intuitio do cogitatio.
8$
)endem a confundir a iman!ncia inclusa +reelle$ com a iman!ncia real +reale$.
9i!ncia cognoscitia" da consci!ncia +psicofenomenológica$ x realidade efetia.
Na i!ncia cognoscitia +com a efetia$ encontra-se o ob/eto do conhecimento.
3ensar a i!ncia fenomenológica e psicológica em conson7ncia com a realidade efetia é
encontrar o ob/eto do conhecimento
0 principiante dir: o imanente est em mim" o transcendente est fora de mim.
;manente incluso +reelle$: 0 indubitel< ;manente real +reale$: &o fen=meno?(.
>$
uscando um grau claro de conhecimento" @usserl buscar o conhecimento da iman!ncia
reelle em detrimento do conhecimento transcendental e para tanto o filósofo far uma redução
fenomenológica.
0 'ue o autor intenta é compreender a possibilidade do apreender. )entar transformar em
dado 'uilo 'ue é percebido.
0 fisicalismo" por exemplo" explica os processos de criação das cores" mas não clareia sobre a
intuição e a percepção reali6ada pelo su/eito.
3ara ser claro o conhecimento não pode buscar nenhum conhecimento da ci!ncia natural.
)udo 'ue é transcendente tem alor nulo e dee-se por apenas como fen=menos de alidade.
)udo 'ue a ci!ncia alme/a são fen=menos e" portanto" tem o carter de conting!ncia.
Ba6er do conhecimento algo claro e eidente +imanentemente incluso$" &não significa inferir noas coisas com fundamentos a partir de coisas / dadas ou 'ue alem como dadas( +p.1>$.
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B. Segundo grau da consideração fenomenológica
#$
0 cogito dee passar pela redução fenomenológica" pois é um conhecimento psicológico e
como foi formulado por escartes é um conhecimento transcendental.
A pergunta não é: &como posso eu atingir nas i!ncias um ser em si" fora de mim?(. A
'uestão fundamental pura é: &como pode o fen=meno puro do conhecimento atingir algo 'ue
lhe não e imanente" como pode o conhecimento atingir algo 'ue não se d em si
absolutamente? 5 como pode compreender-se este atingir?( +p. 1$.
4edu6-se o imanente incluso" excluindo-se a iman!ncia real +psicológica$.
1$
Ben=menos intuitios * fenomenologia +ci!ncias deste fen=menos$
Ben=menos absolutos não satisfa6 as intençDes do autor.
As intuiçDes singulares.
A abstração ideatia: fornece uniersalidades. 5la pode a/udar na busca de um conhecimento
imanentemente incluso +ess!ncia do conhecimento$.
A percepção clara e eidente cartesiana.
A ob/etiidade da ess!ncia.
8$
;man!ncia gradiente e transcend!ncia são casos particulares da iman!ncia em geral.
Não é eidente 'ue o absolutamente dado se/a igual ao inclusiamente imanente. 0 uniersal
é" por exemplo" o primeiro" mas não o segundo.
0 uniersal é um transcendental em sentido erdadeiro.
A redução fenomenológica busca redu6ir tudo 'ue é transcendental" tudo 'ue não é dado
absoluto do er puro.
0 seu campo é o a priori dentro do absolutamente dado em si mesmo.
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Conhecimentos absolutos +deixam indecisos o eu" o mundo" eus" a matemtica e as
ob/etiidades científicas$. ee-se excluir toda a d%ida 'ue faça sentido.
C. erceiro grau da consideração fenomenológica
As ess!ncias só tem 'ue captar o inclusiamente imanente.
A dificuldade: notar os conte%dos gradientes +reell$ a partir duma redução fenomenológica.
0 cogito oculta transcend!ncias.
epois de uma redução fenomenológica do som" por exemplo: opDe-se o fen=meno
+manifestação$ e o 'ue aparece e como se opDem no interior da iman!ncia aut!ntica.
Ema anlise do som fa6 uma distinção entre o fen=meno e o aparecer" no interior da
iman!ncia.
5ncontrou-se na percepção e na consci!ncia uniersal algo 'ue se d não est no incluso e não
é em geral encontrado no cogito
0 estar dado das coisas é exibir-se de tal e tal modo em tais e tais fen=menos.
Ben=meno do conhecimento x ob/eto do conhecimento. istinção entre ob/eto e aparecer do
ob/eto.
Primeira lição
A atitude espiritual natural +ci!ncias naturais$: o seu ob/eto é a'uilo 'ue é percebido no
mundo" coisas ias ou mortas" animadas ou inanimadas" em suma tudo a'uilo 'ue nos fa6
dado da percepção. No 7mbito da ci!ncia 'ue se ocupa destes elementos perceptíeis" o seu
progresso é sempre incerto" tendo em ista 'ue suas generali6açDes" uniersali6açDes"
induçDes" nunca se bastam a si mesmo e por esta ra6ão estão mais propícias a serem
'uestionadas por outros conhecimentos naturais mais fortes. Furge então uma espécie de
dialética ao 'ue se refere ao progresso da ci!ncia" uma posição mais forte surgir em
detrimento de posiçDes 'ue não se sustentam em si mesmas. 3ara esta atitude é óbia a
possibilidade do conhecimento" os cientistas a cada segundo di6em 'ue conhecem mais" a
cada experimento" a cada pes'uisa eles geram mais conhecimento. Não lançam a 'uestão
sobre a possibilidade do conhecimento.
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3or outro lado t!m-se as ci!ncias ob/etias +ci!ncia matemtica" dos n%meros" das
multiplicidades" das relaçDes" etc$" 'ue não são ob/etiadas por dados efetiamente existentes"
mas antes por &possibilidades ideais" lidas em si mesmas( +p. 8G$.
A atitude espiritual filosófica:
0 conhecimento é um ato da nature6a" é um factum psicológico. 0 conhecimento é por
ess!ncia conhecimento da ob/ectalidade e também as ci!ncias naturais / se ocupam deste
aspecto ao criarem uma linguagem pura" abstrata" como a lógica" 'ue determina as suas
atiidades. @ uma distinção entre anlise de ess!ncias e anlise do ob/eto. 3oderíamos pensar
o 'ue é arte" duma forma mais geral" e pensar o 'ue é a obra de arte Guernica de 3ablo
3icasso.
0 conhecimento tem um carter psí'uico: o su/eito tem o conhecimento e é a partir
disto 'ue ele se relaciona com o ob/eto do conhecimento. 0 conhecimento humano é o
conhecimento do homem e por esta ra6ão ela é contingente e tale6 não alcance o
conhecimento sobre as coisas em si e" portanto" até mesmo as leis lógicas seriam
'uestioneis. A possibilidade do conhecimento" então" em todos os cantos se torna duidosa.
Apenas a reflexão gnosiológica separa o conhecimento natural do conhecimentofilosófico. Benomenologia do conhecimento e ob/ectalidade cognitia.
&HBenomenologiaI J designa uma ci!ncia" uma conexão de disciplinas científicas< mas
ao mesmo tempo e acima de tudo HfenomenologiaI designa um método e uma atitude
intelectual: a atitude intelectual especificamente filosófica" o método especificamente
filosófico.( +p. >>$. Apenas a fenomenologia pode serir de crítica ao conhecimento.
esde o século K9;; a filosofia pretende lançar um método 'ue se/a o mais ob/etio
possíel" se comparando muitas e6es ao método matemtico. 3orém" a filosofia não dee
buscar tais métodos" ela dee" antes" fundar um noo método 'ue d! conta da 'uestão sobre a
possibilidade do conhecimento.
Segunda !ição
A crítica do conhecimento" pretendido por @usserl busca clarear a 'uestão da
possibilidade do conhecimento. 3ara tanto" eoca as meditaçDes cartesianas sobre a d%ida.
3ara o autor deemos encontrar ao menos um conhecimento 'ue se/a indubitel e" portanto"
não dee ser um conhecimento científico 'ue é altamente contingente.
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)entando clarear essa d%ida sobre o conhecimento e intentando uma saída para este
problema" @usserl lança os conceitos de transcend!ncia e iman!ncia" na 'ual ambas tem dois
sentidos. A transcend!ncia nas duas significaçDes tem um carter negatio: como
conhecimento do ob/eto 'ue não est contido no ato cognitio< e" como algo 'ue não é
indubitel e erdadeiro em si mesmo. 0 imanente por sua e6 tem uma carter positio e 'ue
r significar o oposto de transcendente" ou se/a: ob/eto do conhecimento 'ue est dado no ato
cognitio e o conhecimento como algo indubitel.
0 transcendental afirma: o conhecimento é diferente do ob/eto" o primeiro est dado e
o segundo não" porém" ele 'uer 'ue o conhecimento se refira ao conhecimento. Afirma ainda
'ue o conhecimento é algo isto. Nenhum pressuposto transcendente não clarear o problema
posto entre conhecimento e ob/eto. 3or esta ra6ão nada 'ue é transcendente dee serir de
base para um conhecimento indubitel 'ue seria o ponto de partida para o conhecimento
como possibilidade.
erceira !ição
Após fa6er esta distinção entre iman!ncia e transcend!ncia" concluímos 'ue esta não
pode ser leada em consideração" pois é extremamente incerta. 3orém" deemos ter cuidado
com o imanente" com a cogitationes" e a consci!ncia psicológica" ou se/a" o fen=meno puro e
o fen=meno psicológico. eemos tratar a cogitationes como um fen=meno puro e não como
fen=meno psicológico" pois este é meramente transcendente. Fó atraés da redução
fenomenológica 'ue alcançaremos dados puros e absolutos.
L atraés da redução fenomenológica 'ue excluímos tudo 'ue h de transcendente no
conhecimento. #$ A simples reflexão na apercepção da i!ncia reela o fen=meno desta
apercepção. 1$ 3osso referir noamente esse fen=meno ao eu" no sentido empírico +'uandotenho este fen=meno$. 8$ 3ara ter o fen=meno puro teria de p=r em 'uestão" noamente" o eu"
o tempo" o mundo e tra6er lu6 um fen=meno puro" mas o 'ue significa e como pensar este
p=r em 'uestão?
&3osso também" ao percepcionar" dirigir o olhar" intuindo-a puramente" para a
percepção" para ela própria tal como aí est" e omitir a refer!ncia ao eu ou dela abstrair: então"
a percepção isualmente assim captada e delimitada é uma percepção absoluta" priada de
toda transcend!ncia" dada como fen=meno puro no sentido da fenomenologia
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e todo psicologismo" atraés da redução tem-se um fen=meno puro. A realidade dee
estar contida no fen=meno. 9er o fen=meno tal como ele é.
A diferença entre 'uase-dados e os dados absolutos do próprio fen=meno.
3odemos alcançar atraés da percepção o imanente e não o transcendental" pois este
não fa6 sentido.
0 a priori: um conhecimento puramente dirigido para ess!ncias genéricas< todos os
conceitos" como categorias" e leis de ess!ncias 'ue se fundam nesses conceitos.
"uarta lição
3ercebe-se nesta lição uma distinção mais clara nas duas formas de iman!ncia: a
iman!ncia ingrediente +inclusa$ J reell J e a iman!ncia no sentido intencional. 5 nesse
momento surge um importante conceito tratado por @usserl é o de intencionalidade. 5ste
conceito é a chae da correlação entre consci!ncia e ob/eto" pois 'uando se fala de
consci!ncia trata-se de consci!ncia de algo" isto é" o su/eito cognitio busca a correlação de
seu conhecimento necessariamente a algo e esta correlação é a intencionalidade 'ue fa6 a
ponte entre o su/eito cognitio e o ob/eto apreensíel.
Ouestão: &pode realmente uma universalidade" podem efetiamente ess!ncias
uniersais e seus correspondentes estados de coisas uniersais chegar em igual sentido
autopresentação como um cogitatio?( +p. P1$. @usserl usa o exemplo da cor ermelha. Ao
percebermos esta cor" intuímo-la em um sentido geral" a saber" a categoria geral de ermelho
ou de cor" e" neste sentido" fica claro 'ue o 'ue é intentado a partir desta percepção" a 'ual
dee ter passado pelo crio da redução fenomenológica" / não é mais a singularidade" mas a
generalidade de ermelho. eemos pensar essa ideia não a partir de uma iman!ncia
cognitia na 'ual o su/eito é considerado nessa anlise" mas apenas atraés da iman!ncia
ingrediente.
@usserl ainda fa6 uma crítica ao ceticismo 'ue duida da'uilo 'ue percebemos" de 'ue
temos isão e 'ue apreendemos coisas com nossos sentidos. 3ois é ingenuidade crer 'ue não
temos a eid!ncia 'ue estamos sendo afetados pela percepção de coisas a cada instante.
Critica também os extremismos empregados pelo racionalismo e pelo empirismo" pois estes
não conseguem chegar s raí6es 'ue fundamentam o conhecimento.
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& A fenomenologia procede elucidando visualmente, determinando e distinguindo o
sentido. Compara" distingui" enlaça" pDe em relação" separa em partes ou segrega momentos.
2as tudo no er puro( +p.P$. Neste sentido" não dedu6 teorias a partir deste er puro" este er
puro / se basta a si mesmo. & A sua particularidade exclusiva é o procedimento intuitivo e
ideador dentro da mais restrita redução fenomenológica, é o método especificamente
filosófico, na medida em que tal método pertence essencialmente ao sentido da crítica do
conhecimento e, por conseguinte, ao de toda a crítica da razão em geral +portanto" ao da
ra6ão aloratia e da ra6ão prtica$( +p.P$.
A redução fenomenológica não redu6 o conhecimento ao 'ue é imanentemente
ingrediente das cogitationes" &mas esfera do dar-se em si puro e também na esfera da'uilo
'ue é dado no sentido em 'ue é isado" e autodado no sentido mais estrito" de tal modo 'ue
nada do intentado deixa de estar dado.( +p.PP$.
Fer 'ue o sentimento ir distinguir /uí6os eidentes não eidentes?
"uinta lição