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Ficha para identificação da Produção Didático-pedagógica – Turma 2016

Título: Utilização do jornal impresso e digital como recurso de ensino

aprendizagem em Ciências.

Autor: Eliane Schardosim

Disciplina/Área: Ciências

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização:

Colégio Estadual Duque de Caxias – EFM.

Município da escola: Saudade do Iguaçu – Pr.

Núcleo Regional de Educação: Pato Branco – PR.

Professor Orientador: Ana Lúcia Crisostimo

IES - Instituição de Ensino

Superior:

UNICENTRO – Universidade Estadual do

Centro-Oeste

Relação Interdisciplinar: Biologia, Química, Física, Matemática.

Resumo: Aliar o ensino de Ciências ao uso das novas tecnologias significa colocar a escola em sintonia com o contexto social atual, em que informação e conhecimento estão mais democráticos e descobertas científicas e mídias diversas integram o cotidiano dos alunos, já não se concebe que a escola fique alheia a tudo isso. Diante da necessidade de incorporar novas estratégias de ensino, será proporcionado aos professores de Ciências e das disciplinas afins, uma formação continuada que possa fomentar a utilização das tecnologias da informação e comunicação como recursos metodológicos, com foco nas tecnologias educacionais: jornal impresso e digital, oportunizando o desenvolvimento de aulas mais dinâmicas e promovendo um ensino-aprendizagem eficaz e contextualizado. O material didático aqui apresentado será utilizado junto aos professores que atuam na disciplina de Ciências e disciplinas afins (como Biologia, Química, Física, Matemática), que atuam no Colégio Estadual Duque de Caxias EFM no município de Saudade do Iguaçu – PR, com interesse e disponibilidade em participar das atividades, em formato de oficinas de formação continuada, nas quais o tema “Utilização de jornal impresso e digital como recursos de ensino aprendizagem nas aulas das disciplinas do campo científico”. Para

o desenvolvimento das ações estão organizadas e descritas as atividades neste caderno pedagógico em que foi elaborado um roteiro com a descrição dos passos para realizar a implementação do Projeto organizado como curso de formação continuada aos professores.

Palavras-chave:

Tecnologias; Ferramentas Pedagógicas; Jornal

Digital; Formação Continuada.

Formato do Material Didático: Caderno Pedagógico

Público Alvo:

Professores da Disciplina de Ciências e das

áreas afins.

1 APRESENTAÇÃO

No cenário educacional atual tem se observado uma inserção cada vez

maior, nos processos de ensino-aprendizagem, de recursos didático-pedagógicos

diferentes e inovadores, especialmente os relacionados ao campo das tecnologias

da informação e comunicação. Na rede pública de ensino, uma proposta de

utilização de diferentes recursos, há algumas décadas, era praticamente inviável,

onde a carência de recursos era visível e a aquisição, inclusive, de materiais

básicos, como livros didáticos, era muito pequena e difícil. No entanto, esta

realidade, gradativamente, veio sendo mudada. As escolas públicas, senão a

maioria delas, já dispõem de recursos, principalmente, os relacionados às

Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC.

Outro fator que tem sido constantemente observado entre os estudantes é

um grande interesse pelas novas tecnologias, então, aproveitando isso, se torna

uma boa aliada, nas aulas das mais diversas disciplinas, a incorporação das

mudanças tecnológicas ao ensino, já que cabe à escola preparar o aluno para a

realidade social do momento, os professores devem mediar esse processo

promovendo o uso das tecnologias em favor da aprendizagem.

Pressupõe-se, então, que com a aquisição de novas ferramentas

pedagógicas, pelas escolas públicas, que todas as áreas de conhecimento foram

revigoradas em seus planos de ensino, bem como a abordagem em sala de aula.

Entre as áreas do conhecimento, destaca-se aqui a Ciências e as disciplinas

afins, cuja forma de aplicação didático-metodológica em sala de aula é alvo de

críticas, por ainda prevalecer uma abordagem essencialmente teórica, voltada à

descrição e segmentação de conteúdos, que não resultam em aprendizagem

satisfatória, conduzindo os alunos mais à memorização que à construção do

conhecimento significativo (KRASILCHIK, 2000).

Aliar o ensino de Ciências ao uso das novas tecnologias significa colocar a

escola em sintonia com o contexto social atual, em que a informação e o

conhecimento se mostram mais democráticos e, novas descobertas científicas se

fazem presentes no cotidiano dos alunos, por meio das mídias diversas, e já não se

concebe que a escola fique alheia a tudo isso.

Os alunos veem na mídia discussões acerca de assuntos relacionados aos

seres vivos e não vivos, ecologia, citologia, enfim, a gama de conhecimentos

inseridos na área das ciências, e isso, acaba despertando sua curiosidade e vontade

de se aprofundar acerca dessas abordagens na escola. Diante disto, surge a

necessidade de que os recursos sejam utilizados de forma a promover o

conhecimento de uma forma mais sistematizada, aprimorando as informações de

forma contextualizada. E isso só acontecerá quando a escola corrigir as lacunas

existentes no ensino de Ciências e das disciplinas afins, trabalhando para que haja

uma aprendizagem satisfatória e, para que isto aconteça, as tecnologias podem

contribuir muito.

Vendo a utilização das TIC como ferramentas fomentadoras da distribuição e

do compartilhamento de informações e conhecimentos, vê-se a pertinência da

amplitude de sua utilização nas aulas de Ciências e das áreas afins, as quais devem

ser tratadas em sala de aula com uma abordagem metodológica funcional. Assim,

muitos professores têm buscado formas de apresentar um ensino dinâmico e mais

eficaz, relacionado ao cotidiano do aluno e de forma contextualizada. No caso deste

trabalho, o intuito é proporcionar aos professores uma metodologia experimental,

diversa do habitual, a qual apoiada no uso das TIC possa promover um ensino-

aprendizagem mais contextualizado e eficaz às disciplinas do campo das Ciências.

A definição metodológica estabelecida se deve também ao fato de que a

experimentação possui cunho social e formador, assim, a parcela motivacional das

atividades deve ser significativa, apelativa, que instigue os alunos a se

aprofundarem e encontrarem soluções, ou a observarem as experiências com

olhares curiosos (THOMAZ, 2000). Ainda, importante ressaltar que para os alunos, a

experimentação deve ter caráter motivador, sensorial, enquanto que, nos

professores ela aumenta a capacidade de aprendizado (GIORDAN, 1999).

No caso do presente estudo, optou-se por realizar a experimentação por

meio de jornais, pois, de acordo com Silva (2005, p.148) utilizar as informações

contidas nos jornais “[...] torna a aula mais dinâmica e participativa, favorecendo o

debate e a troca de opinião, tirando o aluno da posição de receptor inativo de novas

informações para um sujeito mais ativo do processo”.

Por meio do jornal, seja ele impresso ou em formato digital, é possível

estabelecer também a interdisciplinaridade, de acordo com Ostrovski (2009, p. 44),

“[...] porque, ao realizar sua função de informar os acontecimentos e trazer situações

do dia-a-dia, contempla os conteúdos escolares com uma organização globalizada”.

Para que seja possível acompanhar tantas novidades desta nova geração, a

instituição escola deve ser renovada, docentes que se utilizam das mesmas técnicas

de décadas passadas em suas aulas, não despertam o interesse dos alunos em

estudar e, com as novas tecnologias o interesse dos alunos em aprender tem

melhorado. Por isso, é muito importante integrar ao ensino, as inovações da

tecnologia, tendo-se em vista ser papel da escola, preparar o aluno para a realidade

social corrente e também, que os professores devem ser os mediadores desse

processo.

Por outro lado, também há que se ter em mente que, para atender às novas

possibilidades oportunizadas pelo uso das tecnologias, é preciso dominá-las

instrumental e pedagogicamente. Portanto, é preciso que o professor se integre a

um processo contínuo de capacitação.

Por isso, diante da necessidade de incorporar novas estratégias ao ensino,

será proporcionado aos professores de Ciências e das disciplinas afins, uma

formação continuada que possa fomentar a utilização das tecnologias da informação

e comunicação como recursos metodológicos, cujo foco se concentrará nas

tecnologias educacionais: jornal impresso e digital, de forma que estes possam

desenvolver aulas mais dinâmicas, atraentes e consequentemente, promover um

ensino-aprendizagem mais eficaz e contextualizado.

Desta forma, promover a capacitação de professores do Colégio Estadual

Duque de Caxias – EFM, via formação continuada, em relação ao uso de jornais

impressos e digitais como recursos didáticos no ensino de Ciências e das disciplinas

afins, tornou-se o foco do trabalho, o objetivo traçado.

De forma mais específica, por meio do material didático buscar-se-ão

alcançar os seguintes objetivos:

Estudar e observar as características do jornal impresso e do jornal digital

como recurso de ensino-aprendizagem em Ciências e disciplinas afins;

Constituir um grupo de estudos com os professores da área de Ciências e das

disciplinas afins do Ensino Médio do Colégio Estadual Duque de Caxias –

EFM, do município de Saudade do Iguaçu, NRE de Pato Branco, que tenham

como temática norteadora a inserção de jornais impressos e jornais digitais

como recurso de ensino;

Utilizar o jornal digital para promover maior interação entre educador e

educando promovendo a investigação, estimulando as ideias, explorando

temas e realizando experiências;

Propor e implementar, com a colaboração dos professores envolvidos, um

caderno pedagógico, centrado na utilização didática dos jornais impressos e

digitais visando o enriquecimento da prática docente do professor do ensino

fundamental.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Na atualidade, uma das funções da educação consiste em formar cidadãos

livres e autônomos, sujeitos do processo educacional. Processo pelo qual

professores e estudantes se identificam com o papel de pesquisadores, já que o

mundo se encontra cada vez mais voltado à informação e à informatização. Assim, a

escola só terá qualidade se integrar as novas tecnologias da informação e

comunicação de modo eficiente e crítico. Algo que será possível a partir do momento

em que a escola demonstrar sua capacidade de colocar as tecnologias a serviço do

sujeito da educação, tendo a necessária obrigação de perpassar pela atuação do

professor.

Segundo Paulo Freire (2005), a educação sozinha não transforma o mundo,

mas transforma as pessoas, e elas é que mudam o mundo. Assim, é necessária e,

sobretudo urgente, a formação de professores autônomos, que se comprometam em

incluir em sua prática pedagógica a busca constante pela informação e atualização

profissional no intuito de realizar um trabalho inovador.

Diante disso, as tecnologias são elos que ligam a sala de aula ao mundo

exterior, representando e mediando o conhecimento de mundo. Também, que elas

são diferentes formas de representação da realidade, de forma mais abstrata ou

concreta, mais estática ou dinâmica, mais linear ou paralela, mas todas,

combinadas, integradas, possibilitam uma melhor apreensão da realidade e o

desenvolvimento de todas as potencialidades do educando, dos diferentes tipos de

inteligência, habilidades e atitudes.

Tendo em vista que o uso das tecnologias e a informatização têm avançado

muito, cada vez mais surgem alternativas que permitem ao aluno utilizar recursos de

acesso ao conhecimento e à informação sendo complementos fundamentais às

atividades pedagógicas realizadas em sala de aula e na escola. Portanto, a

tecnologia deve compor a construção do conhecimento, promover a reflexão e a

análise crítica, como apoio pedagógico dos processos de ensino-aprendizagem.

Nesse processo, caberá ao professor mediar a aprendizagem por meio do

uso das tecnologias, procurando inovar e utilizando-se de estratégias de ensino que

as integrem e vislumbrem resultados significativos. Por isso, ao se utilizar da

tecnologia, o professor deve inseri-la em seu projeto específico de ensino, fazendo

dela um recurso de suporte à aprendizagem.

Mais do que incentivar os alunos a acessar e buscar material na internet é

preciso explorar esses meios junto com eles, aprendendo a produzir, veicular e fazer

circular informações e significados construídos nesse espaço de convivência. A

escola, mais especificamente a escola pública, precisa garantir aos alunos o acesso

às mídias de forma ativa e produtiva, favorecendo a comunicação. Novos objetivos,

em qualquer campo de conhecimento, só podem ser valorizados, analisados e

utilizados de forma crítica e inovadora quando, de fato, compreendidos.

A escola, conforme Moran (2002), deve se preocupar e possibilitar a

inclusão digital. Com a apropriação das tecnologias, poder conquistar uma

autonomia maior e formar cidadãos críticos, com igualdade de oportunidades.

De acordo com Prata (2002), o uso das tecnologias permite às escolas

repensar seus projetos pedagógicos e por meio de novas dinâmicas flexibilizar o

currículo com projetos reais, que tenham origem em um tema disciplinar, ou uma

questão investigativa que busque a resolução de problemas no meio escolar.

Implantar as TIC’s na escola exige planejamento, disciplina e condições

técnicas, pois podem colaborar em todo o funcionamento da mesma, facilitando a

comunicação e as tomadas de decisões. O uso das tecnologias racionaliza o tempo

de estudo, pois estão alocados em um único local um cabedal de informações,

facilitando as atividades educacionais.

Entendemos ser fundamental, nos dias atuais, inserir as mídias no processo

pedagógico, tanto como ferramenta de estudo, como para despertar a percepção

crítica sobre elas. São as mídias que hoje invocam um jeito diferente de aprender,

de forma divertida, curiosa. A integração desses meios nos currículos escolares não

é tarefa fácil. A escola ainda tem dificuldade em associar as tecnologias às

propostas pedagógicas, mantendo-se ligada às técnicas e tecnologias tradicionais

da educação (retroprojetor, quadro, giz, livros didáticos, oralidade, um comunicador

(professor) – muitos ouvintes, provas e testes para avaliar o desempenho dos

alunos).

Mas, não basta transitar pela informação. O fundamental é saber transformar

informação em conhecimento próprio por meio de procedimentos adequados de

aprendizagem. Para Fantin (2006) educar com, sobre e por meio das TIC’s é

fundamental para a formação educacional das crianças e jovens no século XXI,

fundamentando-se, sobretudo, na construção do pensamento crítico e que lhes

garantam direito à cultura, à crítica, à criação e à cidadania e permeando as ações

pedagógicas no âmbito escolar.

Freinet (PEDAGOGIA AO PÉ DA LETRA, 2013) foi um dos grandes

responsáveis pela introdução no âmbito escolar do uso da imprensa como recurso

de ensino-aprendizagem. Sendo por meio da imprensa escolar oportunizado os

alunos a construção de jornais para que pudessem compartilhar com amigos e

familiares as leituras produzidas. Um dos elementos que proporcionaram essa

interação/integração foi a correspondência interescolar, pois possibilitava que os

alunos enviassem fotos, desenhos, cartas e jornais a pessoas que se encontravam

em outros lugares, desta forma, trocavam informações e obtinham conhecimentos

acerca dos usos e costumes de sociedades e comunidades escolares distantes.

Pela Internet podem ser realizadas interações significativas, pelos e-mails,

listas de discussão, fóruns, chats, blogs, ferramentas de comunicação instantânea,

sites de relacionamentos, jornal digital, é possível promover alguma forma de

ensino-aprendizagem. Porém, é de fundamental importância que o professor informe

e oriente os alunos no momento da utilização da Internet como ferramenta

pedagógica, bem como a respeito de suas vantagens e perigos.

Novas formas de reflexão e ação da leitura estão sendo utilizadas por meio

da inserção do jornal no ambiente escolar, os quais têm mostrado resultados

satisfatórios. Permite, aos novos leitores o acesso palpável a um recurso capaz de

estimular o prazer de ler, além de relacionar a realidade social por meio das

informações ali veiculadas. Ou seja, a utilização e o manuseio de jornais do dia ou

de dias anteriores, proporcionará aos estudantes, nas salas de aula, uma forma de

leitura prazerosa e descompromissada (HAMZE, 2009).

De acordo com Ostrovski (2009, p. 45), “Os textos jornalísticos trazem,

portanto, uma série de conteúdos, estabelecendo uma rede de significados que

caracterizam os fenômenos/fatos fora da escola”.

Desta forma, o jornal servirá de instrumento pedagógico, que ao ser levado

para a sala de aula, será uma ferramenta de ensino com condições de motivar o

aluno à realização de leituras. Utilizar-se de jornais no contexto educacional,

associado aos conteúdos pode representar um instrumento mais eficaz que a leitura

pura e simples do livro didático da disciplina, além de oportunizar a construção do

conhecimento parta que estes estudantes sejam cidadãos melhor informados e

ativos socialmente (HAMZE, 2009).

Para Anhussi (2009, p. 38), “Os jornais impressos ou da Internet

representam mais um entre tantos recursos que o professor tem disponíveis em sala

de aula entre livros didáticos, cartazes, lousa e giz”. Como se observa, é possível

que o professor faça uso em suas aulas desse recurso, “gerando informações que

poderão promover aprendizagem e favorecer o desenvolvimento crítico e cognitivo

dos aprendizes”.

O jornal, ao ser utilizado como recurso de ensino-aprendizagem, segundo

Pavani (2002 apud OSTROVSKI, 2009, p. 45), ensina, orienta, informa, discute,

diverte, ainda para o autor trabalhar com jornal oportuniza aos estudantes o

desenvolvimento de projetos sob vários temas, uma vez que o mesmo funcionará

como “fonte de informação sobre os assuntos diversos; a pesquisa em jornal pode

estender-se por semanas ou meses, se assim o aluno desejar”.

A utilização do jornal pelo professor, segundo Anhussi (2009, p. 38) pode ser

uma forma de trabalhar os conteúdos mais importantes, pois a realização de leituras

sempre representará uma boa forma de aquisição dos conhecimentos e também de

ampliá-los. Por meio do jornal é possível tomar conhecimento de como os fatos vão

se sucedendo, com isso os conhecimentos se mostram atuais e oportunizam

posicionar-se, realizar análises e também críticas. Segundo a autora, “[...] os fatos

aparecem em versões do próprio jornal, impondo a criticidade, a descoberta e a

recriação pela análise dos textos”. Como se pode constatar, o jornal tem o poder de

estimular “[...] a curiosidade e a vontade de aprofundar os fatos pela leitura das

versões”.

Em comparação a outras formas de tecnologias da informação e

comunicação, o jornal impresso mostra que, “enquanto a TV é sincrônica, isto é,

simultânea aos fatos, é instantânea, o jornal impresso é acrônico, isto é, não tem

tempo próprio, é duradouro e ao mesmo tempo contemporâneo” (TOSCHI, 1993,

p.104).

Apesar de representar em sala de aula um bom recurso de ensino-

aprendizagem, o jornal ainda encontra resistência de ser utilizado em práticas

pedagógicas por boa parte dos professores, os quais não o veem como um recurso

propiciador da leitura e escrita ou ainda, quando fazem uso, o fazem de forma

incoerente e ineficaz. Sobre isso, Ferreira (2007 apud ANHUSSI, 2009, p. 39) “[...]

critica a forma como os jornais são trabalhados por alguns professores, porque os

trabalhos realizados pelos alunos envolvendo pesquisas em jornais constituem

atividades mecânicas, quando os alunos recortam textos, gravuras, espalham na

cartolina e colam”.

Para Anhussi (2009) ainda, os textos para leitura destacados pelo professor,

não são lidos pelos alunos, os professores não analisam ou comentam com eles,

tampouco realiza alguma análise a fim de realizar a inserção de um novo conteúdo

às suas aulas. Para autora, agindo-se desta forma, evidencia-se que “[...] a leitura, o

entendimento e compreensão dos textos selecionados não fazem parte das práticas

educativas de muitos professores, apesar de reconhecerem no jornal uma fonte rica

de informação” (ANHUSSI, 2009, p. 40).

Quanto aos jornais digitais, mesmo com a facilidade de serem acessados

pela internet, também não são muito utilizados em sala de aula como fonte de

conhecimento e informação, acredita-se que o principal fator que impede esta

inserção é a parte estrutural da escola, falta de recursos materiais, além de uma

formação que capacite os docentes para este uso. Sendo assim, importante

destacar que ambas as formas de jornal, impresso e digital, ainda são pouco

utilizadas pelos professores como recurso de ensino-aprendizagem.

Destacar a leitura de jornais na escola, pelo prazer do ler ou pela busca do

conhecimento é sempre importante, pois “[...] a leitura é sempre produção de

sentido” (GOUMELOT, 2001, p.107).

Importante frisar que ao se utilizar do jornal como um recurso de ensino

aprendizagem, para Ostrovski (2009), o professor deve estar atento aos seguintes

itens: saber o conteúdo que será desenvolvido; identificar em cada matéria seu

assunto específico; conhecer e avaliar as características dos alunos com os quais irá

desenvolver o trabalho; determinar quando o tema abordado com a classe; definir

quanto tempo será necessário à realização da atividade; estabelecer os objetivos a

serem alcançados; saber aquilo que pode dificultar e também o que pode auxiliar a

aprendizagem; estabelecer antecipadamente como a atividade será efetivada.

Como se constata, o jornal representa um bom recurso ao ensino-

aprendizagem, desde que o professor tenha o cuidado de utilizá-lo adequadamente

em sua disciplina.

Portanto, cabe ao professor enfrentar o desafio de ampliar sua capacidade

de propor e promover atividades novas, diferentes, utilizando-se para isso de todos

os recursos materiais, com o propósito de levar aos alunos conhecimentos novos e

diversos, reconstruindo conhecimentos já adquiridos e incentivando-os à construção

de outros (CANTINI et al., 2016).

Mas para que as mudanças educacionais se concretizem, de acordo com

Barros (2003, p. 31), é necessário primeiramente ter profissionais “[...] maduros

intelectuais e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas e que

saibam motivar e dialogar”. Ainda, segundo o autor, “[...] os grandes educadores

atraem não só pelas suas ideias, mas pelo contato pessoal. Dentro ou fora da aula

chamam a atenção. Há sempre algo surpreendente, diferente no que dizem, nas

relações que estabelecem, na sua forma de olhar e na forma de comunicar-se” .

Mas, nem tudo em relação a estas mudanças cabem ao professor, elas

também dependem dos alunos, que eles sejam curiosos, motivados, assim,

contribuem com o processo educacional e estimulam no professor suas qualidades

(BARROS, 2003).

Barros (2003, p. 32) ainda informa que “Uma das tarefas mais urgentes é

educar o educador para uma nova relação no processo de ensinar a aprender, mais

aberta, participativa, respeitosa do ritmo de cada aluno, das habilidades específicas

de cada um”.

Destaca-se também que para o professor a formação continuada representa

um apoio pelo qual é possível conseguir “[...] trabalhar e exercer a sua função diante

da sociedade, podendo perceber como atuar para que o horário dos seus alunos

diante da sua aula seja um momento de aprendizado” (MILEO; KOGUT, 2009, p.

02). Os autores comentam que é importante estar ciente do por que o professor

realizar uma formação continuada, estabelecendo-se diferença entre as aulas de

profissionais que passaram e aqueles que não participaram de atualizações (MILEO;

KOGUT, 2009).

A capacitação de professores contribui para que estes profissionais estejam

aptos a mediar o ensino-aprendizagem do aluno, principalmente quando se trata da

inserção tecnológica, mas para isso o professor deve estar bem preparado, deve se

capacitar continuamente.

Capacitar o professor para o bom uso das tecnologias é muito importante,

pois o que tem se visto muito nas escolas, é o investimento em espaços físicos, em

recursos materiais e não na formação continuada dos profissionais. O que

demonstra, em muitos locais, que os professores se sentem receosos em perder seu

lugar para as máquinas, por isso, acabam por estagnar-se e não buscar a

atualização necessária, fazendo com que todo o investimento em estrutura física e

material tecnológico se configurem como um desperdício, isso porque seu uso será

“superficial e sem proveito significativo” (CANTINI et al., 2016, p. 7).

Mileo e Kogut (2009, p. 6), ressaltam a importância de o docente buscar

qualificação para que possa atender necessidades de alunos e sociais. Segundo as

mesmas autoras, no mercado de trabalho, cada vez mais estão sendo escolhidos os

melhores profissionais, com qualificação, flexibilidade e com disposição para o

enfrentamento de desafios, sempre priorizando melhorias no campo educacional.

“Cabe ao docente estar consciente de que atualmente, “apenas a formação inicial

não é suficiente para a garantia da qualificação”.

Sobre a formação continuada também, Marin (2005, p. 6) corrobora que a

mesma “[...] consiste em propostas que visem à qualificação, à capacitação docente

para uma melhoria de sua prática, por meio do domínio de conhecimentos e

métodos do campo de trabalho em que atua”.

De acordo com Behrens (1996, p.135) “A essência da formação continuada

é a construção coletiva do saber e a discussão crítica reflexiva do saber fazer”. Por

isso, considera-se o trabalho coletivo como a principal forma de realizar a formação

continuada. Por meio da coletividade o professor terá a oportunidade de trocar ideias

e experiências com seus pares, tendo a oportunidade de refletir acerca dos

resultados observados a partir de sua atuação pedagógica, para, a partir disso,

buscar estratégias diferentes que promovam a mudança de situação, sempre

priorizando a aprendizagem do aluno e a melhoria de seus conhecimentos (MILEO;

KOGUT, 2009).

Destaca-se ainda, que o professor busca pela formação continuada não

apenas como forma de aquisição do conhecimento científico, mas também como

forma de aprimoramento pessoal, uma vez que, “o profissional que trabalha com

uma maior disposição e dedicação diante daquilo que desenvolve terá sempre um

maior incentivo para procurar novas técnicas e desenvolver o seu trabalho docente

sempre de maneira inovadora” (MILEO; KOGUT, 2009, p. 6).

Para Marin (2005, p. 30) “[...] a formação continuada é um dos aspectos

importantes para reunir a teoria e a prática no contexto profissional”. Para que,

dessa forma, os professores possam ter diferentes momentos pelos quais tenham

condições de perceber e abstrair as melhorias promovendo a prática aliada à teoria,

isto no intuito de promover um ensino-aprendizagem claro e interessante para os

alunos.

Atividade 01

Duração: 04 Horas.

Objetivo: Apresentar o Projeto de Intervenção Pedagógica ao grupo de estudos

constituída por professores da educação básica e aplicar questionário com o objetivo

de sondar o que os professores participantes do grupo de estudos conhecem sobre

o uso das TICs - Tecnologias da Informação e Comunicação como recurso ao

ensino-aprendizagem na disciplina de Ciências e também nas disciplinas afins

(Matemática, Biologia, Química e Física).

.

Questionário de Pesquisa

1. Disciplina (s) de atuação: ______________________________________

2. Marque as afirmativas conforme o grau de concordância: C = concordo; CP =

Concordo Plenamente; N = Neutro; D = Discordo; DT = Discordo Totalmente.

3. Tabela 1 – Questionário sobre as TICs - Tecnologias da Informação e

Comunicação.

Afirmativas C CP N D DT

As TICs - Tecnologias da Informação e Comunicação – são recursos inovadores importantes para o ensino de ciências e quando utilizados de acordo com objetivos claros, trazem benefícios como a aprendizagem.

Professores são profissionais com formação inicial e/ou continuada adequada para mediar processos de ensino-aprendizagem utilizando as TICs.

A escola em que trabalho se encontra bem equipada no que se refere às TICs.

CADERNO

PEDAGÓGICO

Costumo utilizar as TICs para mediar os conteúdos da(s) disciplina(s) em que atuo.

O computador e a Internet contribuem para o desenvolvimento dos processos de ensino-aprendizagem.

Utilizo o computador e a internet para desenvolver aulas e atividades na(s) disciplina(s) em que atuo.

Os fatores mais importantes para os alunos, relacionados ao computador e à Internet são o acesso rápido e fácil às informações e à motivação para aprender.

Mesmo embasadas em objetivos coerentes, as TIC pouco contribuem com o processo de ensino-aprendizagem porque torna as aulas tumultuadas e são sinônimo de diversão para os alunos.

Os cursos de capacitação e de formação continuada deixam a desejar no que se refere à utilização do computador e da internet.

Faltam computadores e acesso à internet nas escolas que conheço

Não utilizo as TICs nas aulas da(s) disciplina(s) em que atuo.

A falta de equipamentos e o grande número de alunos nas turmas dificulta a utilização do computador e da internet.

Fonte: A autora.

Concluindo a aplicação do questionário de pesquisa, promover uma breve

análise acerca dos questionamentos no intuito de introduzir a leitura do texto

1.

Distribuir o texto ao grupo e proceder com uma leitura coletiva do texto.

Realizar a análise do texto 1 com todo o grupo, promovendo uma reflexão

crítica do tema apresentado no texto:

Texto 01 - Integração de mídias digitais na educação de Klaus Schlünzen Junior

e Maria Elisabette Brisola Brito Prado. Disponível para download em:

http://www.eadconsultoria.com.br/matapoio/biblioteca/textos_pdf/texto15.pdf.

Realizar a análise do texto por meio dos questionamentos sugeridos ao seu

final, aproveitando-se para integrar ao debate as questões aplicadas na

pesquisa:

1. Quais são as necessidades para que o professor possa integrar as diferentes

mídias na sua prática pedagógica?

2. O uso das mídias pode facilitar ou complicar o trabalho do professor? Por quê?

3. Em que aspecto a integração das mídias poderá favorecer o aprendizado dos

alunos?

4.Todas as mídias digitais disponíveis na escola devem ser utilizadas no

desenvolvimento do projeto? Por quê?

5. O uso das mídias digitais altera o a maneira de utilizar os recursos pedagógicos

tradicionais? Em que sentido?

Apresentar o jornal impresso e o jornal on-line como integrantes das TICs -

Tecnologias da Informação e Comunicação e por isso, como recursos

possíveis ao ensino-aprendizagem em Ciências e disciplinas afins.

Organizar a turma em 3 pequenos grupos distribuir os 3 textos abaixo, sendo

1 para cada equipe para que seja realizada a leitura e análise. O grupo deve

destacar os tópicos fundamentais do texto para ser apresentado em plenária

a todos os participantes da formação.

Texto para grupo 01

Pedagogia para o Jornal Escolar de Daniel Raviolo postado para Comunicação e

Cultura (Fortaleza), 2012. Estando disponível para download no seguinte endereço

eletrônico:

http://www.jornalescolar.org.br/conceitual/

Texto para grupo 02

Apresentando Freinet: Este material produzido pelo Comunicação e Cultura

apresenta o educador francês Célestin Freinet (1896-1966), que é a principal

referência do jornal escolar. Contém trechos selecionados do seu livro O Jornal

Escolar e extraído do Portal do Jornal Escolar - www.jornalescolar.org.br – estando

disponível para download em:

http://www.jornalescolar.org.br/conceitual/

Texto para grupo 03

O Jornal Escolar Articulado ao Uso da Mídia Impressa e Digital na Escola

Orlando Bueno da Silva de Osvalda Marcelino Costa, pela Universidade Federal de

Rondônia, Campus de Rolim de Moura, postado e disponibilizado pelo Portal do

Jornal Escolar - www.jornalescolar.org.br – estando disponível para download em:

http://www.jornalescolar.org.br/conceitual/pesquisas-e-reflexoes/

Apresentação em plenária das sínteses formuladas em cada grupo.

Atividade 02 – Não Presencial

Duração: 04 horas.

Objetivo: Conhecer o Editor de textos para jornal Scribus.

Metodologia de Trabalho: Assistir às vídeo-aulas e iniciar a utilização do programa

editor de textos para jornal.

Vídeos Tutoriais sobre o uso do Scribus:

Scribus Básico - Tutorial 1: Configurando um novo documento

Disponível no site de vídeos youtube por meio do acesso ao link:

https://www.youtube.com/watch?v=RxgLA9HMG9U

Scribus Básico - Tutorial 2: Trabalhando com textos

Disponível no site de vídeos youtube por meio do acesso ao link:

https://www.youtube.com/watch?v=qWqZjL0XmI0

Scribus Básico - Tutorial 3: Estilos de parágrafos e caracteres

Disponível no site de vídeos youtube por meio do acesso ao link:

https://www.youtube.com/watch?v=oz-i09ooLyM

Scribus básico - Tutorial 4: Páginas modelo

Disponível no site de vídeos youtube por meio do acesso ao link:

https://www.youtube.com/watch?v=YLn2F-QWxRc

Atividade 03

Duração: 04 horas.

Objetivo: Realizar estudos e discussões sobre a prática docente com uso do jornal

impresso e online como recursos de aprendizagem.

Metodologia de trabalho: Leitura, análise e discussões de textos; atividades em

grupo; plenárias e socializações.

Leitura, análise e discussão de textos:

Texto 01 - Projeto ler e pensar: o jornal em sala de aula e suas contribuições

para o aprendizado da leitura e da escrita de Mary Natsue Ogawa e Katia Santos

Lima. Disponível para download em:

http://alb.com.br/arquivo-

morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem16/COLE_4078.pdf.

Em duplas ou pequenos grupos promover a leitura e análise do texto, seguida

de uma socialização das análises efetuadas pelas equipes.

Texto 02 - O Gênero textual Notícia: do jornal impresso ao on-line de Daniela

BARONI. Disponível para download em:

http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/9o-encontro-2013/artigos/gt-historia-

da-midia-digital/o-genero-textual-noticia-do-jornal-impresso-ao-on-line

Realizar a leitura coletiva do texto destacando os pontos principais. Discutir os

elementos destacados e fazer a síntese coletiva do entendimento do grupo

acerca do texto.

Texto 03 - Produzindo Jornal Online. Disponível para download em:

http://homes.dcc.ufba.br/~frieda/produzindojornalonline.pdf.

A leitura e análise do texto tem por objetivo apresentar editores de

texto para a produção de jornal.

Realizar uma discussão com o grupo sobre o que é necessário para

formar e manter um jornal em funcionamento no ambiente escolar. Elencar as

principais necessidades para o mesmo e também todos os elementos

importantes que permitirão a elaboração e execução de um jornal, sua

periodicidade, entre outros fatores como gestão de pessoas e financeira.

Atividade 04 – Não Presencial

Duração: 04 horas.

Objetivo: Conhecer o Editor de textos para jornal Scribus.

Metodologia de trabalho: Assistir às vídeo-aulas e iniciar a utilização do programa

editor de textos para jornal.

Continuação dos vídeos tutoriais sobre o uso do Scribus:

Scribus Básico - Tutorial 5: Numeração automática de páginas

Disponível no site de vídeos youtube por meio do acesso ao link:

https://www.youtube.com/watch?v=cez8NkYTzac

Scribus Básico - Tutorial 6: Inserindo e trabalhando com imagens

Disponível no site de vídeos youtube por meio do acesso ao link:

https://www.youtube.com/watch?v=nfYy1WXJxe8

Scribus Básico - Tutorial 7: Alinhar e distribuir

Disponível no site de vídeos youtube por meio do acesso ao link:

https://www.youtube.com/watch?v=FoxchgrlF48

Scribus básico - Tutorial 8: Réguas e guias

Disponível no site de vídeos youtube por meio do acesso ao link:

https://www.youtube.com/watch?v=8WRvwhrrr9c

Atividade 05

Duração: 04 horas.

Objetivo: Construir um plano pedagógico com jornal como recurso pedagógico.

Metodologia de trabalho: Trabalho em grupo, análises discussões e produções de

planos de aula.

Realizar uma atividade experiencial com o grupo de participantes, utilizando

jornal impresso seguindo os seguintes passos:

a. Formar 05 equipes – preferencialmente com professores da mesma disciplina.

Distribuir jornais impressos para cada equipe e citar fontes de jornais on-line.

b. Montar um painel contendo:

Um quadro descrevendo as diversas partes de um jornal. Pode recortar e

colar dos jornais recebidos.

Escolher uma reportagem (colar no painel) e apresentar um planejamento de

como este pode ser explorado pedagogicamente em sala de aula, aspectos

passíveis de serem explorados em uma aula da disciplina (s) de sua atuação.

Escolher uma charge e uma história em quadrinhos/tirinha para comentar.

Mencionar 03 potenciais dos jornais impressos e on-line como recurso

didático.

Apresentar ao grande grupo

Realizar a pesquisa na internet de como proceder com a construção de um

jornal escolar.

Propor aos participantes que em equipes escolham um tema referente à sua

disciplina de atuação e formulem um plano de aula em que o jornal –

impresso e/ou online – sirva como recurso auxiliar à preparação de uma aula

utilizando o tema escolhido.

Atividade 06 – Não Presencial

Duração: 08 horas.

Objetivo: Utilizar o editor de textos para jornal.

Metodologia de trabalho: Usando o computador elaborar partes de um jornal

através do programa Scribus.

Praticando o Scribus e a formulação de jornal:

Utilizando o editor de textos do programa Scribus, como foi visto pelos vídeo-

tutoriais, é próprio para elaboração de jornal, criar uma página de abertura,

escolher um tema relativo à sua disciplina de atuação e redigir uma

reportagem para ser publicada sob as duas formas de jornal – impresso e on-

line.

Enviar para a tutora do curso de acordo com o combinado no encontro

presencial.

Utilizando o seu jornal e a reportagem elaborada para o mesmo, construa um

plano de ação (de aula) para ser implementado em uma de suas turmas.

Registre os resultados da aplicação para socializar no último encontro

presencial.

Atividade 07

Duração: 04 horas.

Objetivo: Aprofundar os conhecimentos através da socialização.

Metodologia de trabalho: Apresentação em plenária dos trabalhos produzidos à

distância e dos resultados obtidos por meio da implementação.

Neste último encontro, cada participante deverá apresentar em plenária toda

a sua produção à distância:

Jornal;

Reportagem;

Plano de ação;

Implementação;

Resultados da Implementação.

Realizar, para encerrar a formação, uma avaliação coletiva dos pontos

positivos e negativos do uso do jornal como recurso de ensino-aprendizagem;

da utilização do Scribus para editar os textos; dificuldades na escolha de

temas para o jornal; para a elaboração dos planos de ação e outros pontos

importantes que os cursistas desejarem avaliar coletivamente.

Após a discussão no grupo, solicitar que os mesmos redijam uma avaliação

geral do curso individualmente

Encerrar as atividades com uma confraternização entre os participantes.

REFERÊNCIAS

ANHUSSI, E. C. O uso do jornal em sala de aula: sua importância e concepções

de professores. Arquivo em PDF. Dissertação de Mestrado. FCT/UNESP - Presidente Prudente, 2009. Disponível em: http://www2.fct.unesp.br/pos/educacao/teses/2009/elaine_anhussi.pdf. Acesso em: 13 Jun. 2016. BARONI, D. O Gênero textual Notícia: do jornal impresso ao on-line. Disponível

em: http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/9o-encontro-2013/artigos/gt-historia-da-midia-digital/o-genero-textual-noticia-do-jornal-impresso-ao-on-line. Acesso: 10 Out. 2016.

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Santa Catarina 2003. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/82338/194823.pdf?sequence=1. Acesso em: 02 Jul 2016. BEHRENS, M. A. Formação continuada dos professores e a prática pedagógica. Curitiba, PR: Champagnat,1996. CANTINI, M. C.; BORTOLOZZO, A. R. S.; FARIA, D. S.; FABRÍCIO, F. B. V.; BASZTABIN, R.; MATOS, E. O desafio do professor frente as novas tecnologias. Arquivo em PDF. Disponível em: http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2006/anaisEvento/docs/CI-081-TC.pdf. Acesso em: 02 Jul 2016. COSTA, O. M. O Jornal Escolar Articulado ao Uso da Mídia Impressa e Digital na Escola Orlando Bueno da Silva. Universidade Federal de Rondônia. Campus de Rolim de Moura. Disponível em: http://www.jornalescolar.org.br/conceitual/pesquisas-e-reflexoes/. Acesso: 10 Out. 2016. DEMO, P. Aprendizagens e novas tecnologias. 2008. Disponível em:

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