ficha para catÁlogo produÇÃo didÁtico pedagÓgica · educar é promover o crescimento e o...
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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DA LOCALIZAÇÃO PARA A ALFABETIZAÇÃO
CARTOGRÁFICA.
Autor Marilene de Almeida Silva Bueno
Escola de Atuação Colégio Estadual Presidente Roosevelt
Município da escola Guaíra
Núcleo Regional de Educação
Toledo
Orientadora Profº Reinaldo Aparecido de Lima
Instituição de Ensino Superior
UNIOESTE – Foz do Iguaçu
Disciplina/Área (entrada no PDE)
Geografia
Produção Didático-pedagógica
Unidade Didática
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Geografia: Língua Portuguesa e Artes
Público Alvo
(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)
Alunos do Ensino Fundamental (5ª série)
Localização
(identificar nome e endereço da escola de implementação)
Colégio Estadual Presidente Roosevelt
Rua: Mato Grosso, nº 111 – Centro – Guaíra/Pr
Apresentação:
(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
A finalidade deste projeto é discutir a importância da
localização geográfica no ensino fundamental, a
partir dos meios de orientação, buscando contribuir
com o aluno uma alfabetização cartográfica mais
próxima à sua realidade. Percebe-se em nossa
prática pedagógica que a maioria dos alunos tem
dificuldades para se localizar no espaço em que
vivem, os meios de orientação estão inseridos nos
conteúdos curriculares e também fazem parte do dia-
a-dia de nossas vidas. Portanto se faz necessário um
estudo teórico e prático da alfabetização cartográfica,
para que os educandos possam absorver e
compreender que a geografia está presente em suas
vidas, e dela fazer uso no seu cotidiano escolar e fora
dele.
Palavras-chave (3 a 5 palavras)
Localização, Alfabetização Cartográfica, orientação e
geografia
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Superintendência da Educação
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais Programa de Desenvolvimento Educacional
UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná
MARILENE DE ALMEIDA SILVA BUENO
UNIDADE DIDÁTICA
A IMPORTÂNCIA DA LOCALIZAÇÃO PARA A ALFABETIZAÇÃO
CARTOGRÁFICA
IES: Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
ORIENTADOR: Reinaldo Aparecido de Lima
ÁREA CURRICULAR: GEOGRAFIA
Guaíra – Paraná
2011
MARILENE DE ALMEIDA SILVA BUENO
A IMPORTÂNCIA DA LOCALIZAÇÃO PARA A ALFABETIZAÇÃO
CARTOGRÁFICA
Unidade Didática apresentada como requisito obrigatório no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria Estadual de Educação – SEED/PR.
ORIENTADOR: Reinaldo Aparecido de Lima
Guaíra – Paraná
2011
GOVERNO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL - PDE
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
ÁREA PDE: Geografia
PROFESSORA PDE: Marilene de Almeida Silva Bueno
NÚCLEO REGIONAL: Toledo – Paraná
ORIENTADORA: Reinaldo Aparecido de Lima
IES: Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
ÁREA DE ESTUDO: A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos
espaços urbanos e a urbanização recente.
ESCOLA PARA INTERVENÇÃO: Colégio Estadual "Presidente Roosevelt" –
EFMP/Guaíra-PR
PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: Alunos da 5ª série A – Ensino
Fundamental.
TÍTULO: "A Importância da Localização para a Alfabetização CartográficaA
CONTEÚDO: A localização no espaço geográfico.
"No Egito as bibliotecas eram chamadas
'tesouros dos remédios da alma". De fato nelas
curava-se a ignorância, a pior das enfermidades
e origem de todas as outras."
(Autor desconhecido).
APRESENTAÇÃO
Esta unidade didática tem como meta buscar novas práticas pedagógicas
para instrumentalizar o ensino de geografia. Propõe-se, neste estudo, um trabalho a
ser desenvolvido com alunos da 5ª série do Colégio Estadual "Presidente
Roosevelt", de Guaíra, utilizando metodologias que possam auxiliar o
desenvolvimento do conteúdo propiciando ao aluno a superação de suas
dificuldades de aprendizagem. A localização no espaço geográfico é elemento que
proporciona entender o espaço em que vive e fazer relação com outros lugares.
Quanto a isso, nossa prática pedagógica em sala de aula nos levou a perceber que
a maioria dos alunos tem dificuldade para se localizar no espaço em que vivem e
apresentam dificuldade em conceituar e diferenciar localização de orientação,
conteúdos esses que possibilitam desenvolver o entendimento sobre outros
conteúdos, como latitude e longitude, essenciais na compreensão da localização no
espaço geográfico.
Percebe-se que os alunos que ingressam na 5ª série trazem consigo
informações desconexas. São noções que adquirem no seu dia a dia e através do
senso comum, tratando-se, muitas vezes, de conhecimentos populares e que não
condizem com o verdadeiro significado da realidade geográfica. O professor precisa
estar preparado para receber esses alunos e encaminhá-los para um conhecimento
mais científico.
As atividades a serem desenvolvidas têm como objetivo promover o debate
sobre os meios de localização, bem como sobre os recursos que facilitem o
processo de alfabetização cartográfica. Trata-se de identificar como a geografia da
sala de aula é utilizada no cotidiano e de propor ao educando técnicas para a
construção de materiais de localização geográfica que tornem a aprendizagem
geográfica mais atrativa.
SUMÁRIO
1 HISTÓRICO DO COLÉGIO ESTADUAL "PRESIDENTE ROOSEVELT"...............9
2 O QUE SIGNIFICA EDUCAR?.........................................................................................11
3 ATIVIDADES.......................................................................................................................12
3.1 ATIVIDADE 1 – Mapas.....................................................................................................13
3.2 ATIVIDADE 2 A Formação da Terra e a Formação dos Continentes............................16
3.3 ATIVIDADE 3 Como se Orientar pelo Relógio e o Sol ................................................. 19
3.4 ATIVIDADE 4 Rosa dos Ventos: pontos cardeais e colaterais................................................20
4 SUGESTÃO DE LITERATURA........................................................................................22
4.1 Sugestão de Geografia/Cultura...........................................................................................23
5 SUGESTÃO DE PESQUISAS ON-LINE..........................................................................24
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................25
9
1 HISTÓRICO DO COLÉGIO ESTADUAL "PRESIDENTE ROOSEVELT"
Fachada do Colégio Estadual "Presidente Roosevelt"
Até meados de 1958, Guaíra possuía, como recurso de aprendizagem
escolar, a Escola "Mendes Gonçalves", onde funcionava o ensino das quatro séries
iniciais. Os estudantes adolescentes, ao concluírem essa fase, procuravam os
centros maiores para dar continuidade aos estudos. Isso acarretava problemas de
difícil solução pela distância e custos. Então se fez necessária a complementação
dos estudos aqui mesmo em Guaíra.
Diante dessa necessidade de dar continuidade aos estudos dentro do
município, um grupo de pessoas, lideradas pela professora Lucila Martins Portelinha,
fez um levantamento do número de interessados junto à população e, de posse
desse documento, conseguiram criar em Guaíra, em 1959, a Escola Normal
Regional "Presidente Roosevelt", para aperfeiçoar o nível cultural da juventude
dessa região. A finalidade desta escola era profissionalizar na área do Magistério,
10
suprindo assim a falta de professores habilitados na zona rural. A grande maioria de
agricultores, principalmente os de ascendência japonesa, exigiam uma formação de
grau ginasial para seus filhos e, em 1963, passou a escola a chamar-se Escola
Normal de Grau Ginasial "Presidente Roosevelt", deixando de ser escola
profissionalizante. Posteriormente, em 1967, pelo Decreto-Lei Estadual nº 8.099/67,
passou a denominar-se Ginásio Estadual "Presidente Roosevelt".
Até a construção de prédio próprio, a escola funcionou os primeiros sete
anos na Escola "Mendes Gonçalves", transferindo-se em 1967 para o antigo prédio
do Colégio "Nossa Senhora do Carmo". Em 1972 passou a funcionar no prédio do
Colégio "Getúlio Vargas" CNEC. Em 1976 passa a funcionar em prédio próprio,
situado na Rua Mato Grosso, 111.
Pelo Parecer 041, de 1º/2/1978, do CEE/PR, é aprovado o plano de
implantação da reforma de ensino da Lei Federal nº 5692/1971, nas habilitações de
Básico em Agropecuária, Básico em Construção Civil, Plena em Magistério e Plena
em Economia Doméstica com a de Colégio Estadual "Presidente Roosevelt" –
Ensino de Primeiro e Segundo Graus. Com a nova legislação da Lei de Diretrizes e
Bases Nacionais da Educação (Lei Federal nº 9394/1996) e Resolução nº
3.120/1998, da SEED/PR, reformulam-se as normas relativas à nomenclatura e o
estabelecimento passa a denominar-se Colégio Estadual "Presidente Roosevelt" –
Ensino Fundamental e Médio, quando deixou de ofertar o curso profissionalizante do
Magistério. Desde 1995, o estabelecimento passou a ofertar os cursos de Língua
Japonesa e de Língua Espanhola, através do CELEM, para os alunos em período
contrário aos de suas atividades escolares. O curso de Língua Espanhola foi
ofertado até o ano de 2003.
Em 1998 foram levantadas as paredes laterais da quadra já coberta,
transformando-se num miniginásio, com arquibancadas laterais e instalação de
iluminação adequada. Também nesse ano o colégio passou por uma reforma geral
dos pisos, pintura e algumas adequações internas para a melhoria da estrutura
física. Iniciou-se também a construção do Laboratório de Informática e da Biblioteca,
inaugurados em 1999. O estabelecimento conta hoje com um Laboratório de
Informática do PROEM / PROINFO, conectado à internet.
11
No ano de 2005 foi implantado o Curso Normal para formação de
professores da Educação Infantil e séries iniciais do Ensino Fundamental,. A partir
de 2006, através da Resolução nº 167/06-SEED/PR, publicada no DOE de
10/2/2006, o estabelecimento passou a chamar-se Colégio Estadual "Presidente
Roosevelt" – Ensino Fundamental, Médio e Normal. Atualmente a escola funciona
em três períodos, contando com 1200 alunos, distribuídos em 39 turmas.
2 O QUE SIGNIFICA EDUCAR
Educar é promover o crescimento e o amadurecimento da pessoa humana
em todas as suas dimensões: material, intelectual, moral e espiritual. É um conjunto
de ações que devem ser desenvolvidos pela família, pela escola e pelo Estado, no
sentido de formar uma sociedade de cidadãos conscientes de seus direitos e
deveres.
Como afirma Meneguette (1998, p. 39):
No tocante à aquisição e apropriação de conhecimentos geográficos e mais especificamente cartográficos, infelizmente temos que admitir que a educação cartográfica do cidadão brasileiro é inadequada. Não basta oferecer aos atuais educadores os conteúdos básicos estabelecidos para o Ensino Fundamental e Médio. É necessário oferecer, à população em geral, um programa de educação continuada'.
Sendo assim, pretende-se trabalhar de uma forma diferenciada através de
metodologia teórico/prática, contribuindo assim para a aquisição de conhecimentos
que levem os/(as alunos/as a compreender o espaço geográfico através do estudo
da orientação pelo espaço vivido, facilitando assim as suas atividades no seu
cotidiano.
Percebe-se que os alunos que ingressam na 5ª série trazem consigo
informações desconexas que adquirem no seu dia a dia. São informações do senso
12
comum baseadas em conhecimentos populares e que não condizem com o
verdadeiro significado da realidade geográfica. O professor precisa estar preparado
para receber esses alunos e levá-los a desenvolver conhecimentos científicos
adequados ao assunto.
Isso se faz necessário porque o conhecimento passou por um processo de
evolução que resultou no desenvolvimento científico e tecnológico da astronomia e
de áreas afins, e daí decorreram aplicações essenciais para o nosso dia a dia,
como, por exemplo, a utilização da rosa dos ventos (pontos cardeais), da luneta, da
bússola e do astrolábio nas grandes navegações a partir do fim da Idade Média, ou
como, há poucas décadas, os mais recentes computadores, satélites de
comunicação e Sistema de Posicionamento Global (GPS).
Cabe ressaltar que, ao estudar, o aluno é estimulado a descobrir o novo, a
conhecer povos que estão localizados nos quatro cantos do planeta, a vivenciar uma
experiência geográfica concreta, que sai dos livros e vem para a nossa vida, uma
geografia diferente daquela que durante anos foi ensinada. A cartografia, porém,
sempre esteve presente na vida do ser humano, desde os primórdios das
civilizações, sendo determinante nas disputas de poder e de ocupação dos espaços
em todos os continentes através da Pré-História e da História.
3. ATIVIDADES
3.1 ATIVIDADE 1
TEXTO PARA DEBATE:
Num primeiro momento vamos estudar e compreender o que é um
mapa, sua utilização e qual o objetivo das informações nele contidas.
13
O QUE SÃO MAPAS?
Mapa é uma representação de uma área geográfica ou de parte da
superfície da Terra, desenhada ou impressa em uma superfície plana. Contém uma
série de símbolos convencionais que representam os diferentes elementos naturais,
artificiais ou culturais da área delimitada no mapa. Seu tipo básico é o mapa
topográfico, que mostra os elementos naturais da área analisada e também certos
elementos artificiais, além das fronteiras políticas. Entre os mapas temáticos mais
importantes encontram-se as cartas de navegação marítima (náuticas) e as cartas
de navegação aérea (aeronáuticas). As cartas de navegação marítima cobrem a
superfície dos oceanos e de outras grandes massas de água, bem como suas
costas. As cartas de navegação aérea contêm a situação dos radiofaróis, dos
corredores aéreos e das áreas cobertas pelos campos de transmissão das estações
de rádio.
Para que um mapa possa conter uma grande quantidade de informação de
fácil leitura deve-se empregar um sistema de símbolos, que são definidos nas
legendas (convenções). A localização de um ponto no mapa pode ser definida com
precisão pelos graus, minutos e segundos de latitude e longitude. Os mapas são
orientados de modo que apresentam uma rosa dos ventos que indica a direção do
polo magnético.
A escala em que um mapa é desenhado representa a relação entre as
dimensões dos elementos representados no mapa e as dimensões reais desses
mesmos elementos na superfície da Terra. As formas das curvas de nível são uma
representação exata das formas das elevações e das depressões, e as curvas
propriamente ditas mostram as altitudes reais.
Os diversos métodos usados para se obter um mapa plano da superfície
terrestre são denominados projeções e são classificados como projeções
geométricas e projeções analíticas. Entre as projeções geométricas encontra-se a
projeção cilíndrica, em que o cartógrafo considera a superfície do mapa como um
cilindro ao redor do globo terrestre, tocando-o no Equador. O mapa resultante
representa a superfície do mundo como um retângulo, em que as linhas paralelas de
14
longitude têm a mesma separação entre si e as linhas de latitude têm separação
diferente.
A famosa projeção de Mercator, desenvolvida matematicamente pelo
geógrafo flamengo Gerhard Kremer (Gerardus) Mercator, está relacionada à
projeção cilíndrica, embora apresente certas modificações. A projeção de Mercator
permite introduzir outro tipo de projeção muito utilizada em cartografia; a UTM
(Universal Transversa de Mercator), que consiste em uma projeção cilíndrica
transversa secante. Outro tipo são as projeções azimutais, que resultam da projeção
do globo terrestre sobre uma superfície plana capaz de tocá-lo em qualquer ponto.
Esse grupo inclui as projeções centrais (formadas pelos raios que se projetam do
centro da Terra), ortográficas (o ponto de projeção dos raios encontra-se no infinito)
e estereográficas planas (o ponto de projeção localiza-se em posição
diametralmente oposta ao ponto de tangência). Nas projeções cônicas (também
denominadas Lambert), deve-se colocar um cone no extremo superior do globo
terrestre. Após a projeção, o cone se abre até transformar-se em uma superfície
plana. O cone toca o globo terrestre em todos os pontos de um único paralelo de
latitude, e o mapa resultante é muito preciso no que diz respeito a todas as áreas
próximas a esse paralelo. Para um delineamento exato de áreas extensas em
pequena escala foram desenvolvidos modelos matemáticos denominados projeções
matemáticas; esses modelos representam toda a Terra em círculos, ovais ou outras
figuras. Os mapas desse tipo, denominados projeções descontínuas, incluem a
projeção homalográfica descontínua senoidal de Goode e a projeção equiárea de
Eckert.
A elaboração de mapas, ou cartografia, recebeu grande ajuda dos avanços
tecnológicos. Exemplos disso são a fotografia aérea (com a fotografia baseada em
infravermelho) e as imagens obtidas de satélites. A triangulação dos dados obtidos a
partir da localização de um ponto por pelo menos três satélites, como a realizada
pelo Sistema de Posicionamento Global (GPS), reduziu significativamente a margem
de erro ao determinar a localização exata dos pontos da superfície terrestre.
Atualmente, os levantamentos aerofotogramétricos (reconhecimento aéreo) são
usados em conjunto com as informações tradicionais do levantamento topográfico
do terreno (Geodésia). Mais recentemente, o aperfeiçoamento da fotografia feita
15
desde satélites fornece imagens exatas de regiões bastante amplas, mas a
confecção de mapas continua exigindo o uso das projeções.
A precisão dos mapas posteriores aumentou muito devido à determinação
mais precisa da latitude e longitude. No final do século XVIII, quando o espírito
explorador deu lugar ao desenvolvimento do nacionalismo, um grande número de
países europeus começou a realizar estudos topográficos detalhados em nível
nacional. O mapa topográfico completo da França foi publicado em 1793,
apresentando uma forma mais ou menos quadrada e medindo aproximadamente
11 m em cada lado. A Inglaterra, Espanha, Áustria, Suíça e outros países seguiram
o seu exemplo. Nos Estados Unidos foi organizado em 1879 o Geological Survey
(informe geológico) com o objetivo de elaborar mapas topográficos de grande escala
de todo o país. Em 1891, o Congresso Internacional de Geografia propôs a
elaboração de um mapa do mundo inteiro em uma escala de 1:1.000.000, porém
essa tarefa não foi concluída. No século XX, a cartografia passou por uma série de
importantes inovações técnicas. A fotografia aérea e os satélites estão realizando
estudos geodésicos completos da superfície terrestre (KAERCHER, 2001).
3.2 ATIVIDADE 2
ATIVIDADE 1.1: TIPOS DE MAPAS:
Orientar-se no espaço terrestre sempre foi uma preocupação dos seres
humanos. Desde o começo da humanidade tinha-se a necessidade de traçar rotas
comerciais, rotas de navegação e, daí em diante, as necessidades iam aumentando.
Por isso a localização dos fenômenos geográficos sempre foi uma verdadeira
necessidade ao homem. Daí entra a cartografia.
Cartografia é a ciência e arte que estuda como preparar, organizar, elaborar e
interpretar mapas ou cartas geográficas. Mapa é uma imagem reduzida dos
elementos que constituem certa superfície terrestre. Com um pouco de imaginação e
interpretação é possível ler e saber o que o mapa nos apresenta.
Então propomos pesquisar que tipos de mapas existem e para que cada tipo
é utilizados.
16
A FORMAÇÃO DA TERRA E A FORMAÇÃO DOS CONTINENTES
A ciência sabe que, há muitos milhões de anos, não havia qualquer divisão
continental no nosso planeta, existindo apenas uma gigantesca massa denominada
Pangea. Ocorreram então vários deslocamentos durante longos períodos de tempo,
talvez devido a uma súbita inclinação do eixo planetário, formando-se, por
intermédio desses deslocamentos, os atuais continentes. Esta é uma impressionante
experiência que qualquer um pode fazer, como na montagem abaixo:
Deslocamos, no mapa, em sentido diagonal, o Continente da América do
Sul. E, como resultado final, temos o seu incrível e perfeitíssimo encaixe nos
contornos do Continente Africano - hoje situado a milhares de milhas de distância
A recíproca na América do Norte, porém, não é absolutamente verdadeira!
Quando se adota o mesmo procedimento, respeitando-se o ângulo de inclinação
anterior, constata-se que o Continente em que se situa a América da Norte não se
encaixa totalmente nos contornos da atual Continente Europeu - apresentando
apenas os corretos encaixes mais ao norte, até a área da Groenlândia. Isso por si só
é uma prova cabal e contundente de que a região vista em azul, ao centro e hoje
ocupada pelas águas do Oceano Atlântico, representaria os exatos contornos do
perdido Continente Atlante! E essa enorme porção de terras hoje ausente, na
verdade um oitavo continente logicamente também se afastou quando da
movimentação das demais massas continentais, estando atualmente submersa lá
pelos lados da região central do Atlântico Norte (SANTOS, 1990).
Vamos aprender mais...
17
A figura representa o ajuste, atual, da linha de costa do continente da
América do Sul com o continente de África. Com a cor roxa representam-se as
estruturas geológicas e rochas que são perfeitamente idênticas.
ATIVIDADE 2.2:
Qual é o nome dos dois continentes que se originaram a partir do primeiro? Qual
é o nome da teoria que afirma que todos os continentes estão em movimento?
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TEXTO: RELÓGIO DO SOL
Por muitos séculos, a humanidade guiou-se pela sombra de um objeto
projetada pelo sol, a sombra do gnomo, dos relógios de sol, para medir o tempo.
Inicialmente, talvez no paleolítico ou neolítico, a medição por parte dos homens
primitivos devia estar baseada na modificação do comprimento de sua própria
sombra, que crescia até o meio-dia e decrescia na medida em que o dia se esgotava
com a aproximação da noite, quando ele deveria estar de volta à segurança de seu
abrigo. Posteriormente, a medição do tempo orientou-se para o calendário, para a
identificação das estações do ano, que era informação essencial para as civilizações
que praticavam a agricultura, em face da estreita dependência desta dos fatores
climáticos, diretamente ligados à passagem das estações.
O mais antigo relógio de sol conhecido foi construído por volta de 1500 a.C.
no Egito, na época de Tutmosis III. Em pedra, na forma de um T, com uns 30 cm,
suportando uma outra peça de mesmo comprimento e perpendicular. As linhas de
hora eram marcadas na pedra a intervalos regulares. O T era voltado para o este na
parte da manhã e a oeste na tarde. A posição da sombra da parte superior do T
indicava a hora.
Fonte: <http://www.mundodosrelogios.com/tiposrelogios.htm>.
Para saber mais...
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3.3 ATIVIDADE 3
ROSA DOS VENTOS
A rosa dos ventos é um instrumento de orientação baseado nas quatro
direções fundamentais e suas intermediárias. A rosa dos ventos corresponde à volta
completa do horizonte e surgiu da necessidade de indicar exatamente uma direção
que nem mesmo os pontos intermediários determinariam, pois um mínimo desvio
inicial torna-se cada vez maior à medida que vai aumentando a distância. Assim,
praticamente todos os pontos na linha do horizonte podem ser localizados com
exatidão. Cada quadrante da rosa dos ventos corresponde a 90º: considera-se o
norte a 0º; o leste a 90º; o sul a 180º, o oeste a 270º, e novamente o norte a 360º. A
utilização de rosas dos ventos é extremamente comum em todos os sistemas de
navegação antigos e atuais. Seu desenho em forma de estrela tem a finalidade
COMO SE ORIENTAR PELO RELÓGIO E O SOL
Posicione-se de frente para o sol ou, se estiver nublado, é possível obter uma indicação razoável alinhando com a área mais brilhante do céu.
No hemisfério sul aponte a marcação de meio-dia do seu relógio para o sol. O norte está entre o meio-dia e o ponteiro das horas.
No hemisfério norte aponte a marcação das horas para o sol. O sul está entre ponteiro das horas e a marca do meio-dia.
Em uma floresta: pode-se seguir sempre a direção da luz do sol e não se perderá.
Desenvolva essa atividade e dialogue com colegas de sala sobre o que
aprendeu com esses exercícios.
.
20
única de facilitar a visualização com o balanço da embarcação, portanto os quatro
pontos cardeais principais são os mais fáceis de ser notados (FERREIRA,2002).
3.4 ATIVIDADE 4
ROSA DOS VENTOS: PONTOS CARDEAIS E COLATERAIS.
A orientação é um importante assunto da ciência geográfica, pois é
através dela que se consegue determinar a localização dos diversos elementos
da paisagem geográfica no espaço, quer sejam naturais ou os criados pelo
homem. Para determinarmos uma direção podemos utilizar vários elementos e
instrumentos. Uma das formas mais comuns é a orientação através sol, pois o
mesmo sempre aparece no Leste e desaparece no Oeste. Mas de nada vai
adianta essa informação se você não souber quais são os pontos cardeais
(norte, sul, leste e oeste) e colaterais (nordeste, sudeste, sudoeste e noroeste),
assim como suas respectivas localizações na rosa dos ventos.
Escreva, abaixo, ao lado de cada número, o ponto cardeal ou colateral
correspondente:
Sugestão cultural:
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PONTOS CARDEAIS
1------------------------------
2------------------------------
3------------------------------
4------------------------------
PONTOS COLATERAIS
1------------------------------
2------------------------------
3------------------------------
4------------------------------
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Esse momento será utilizado para a execução da oficina de material didático
onde os alunos confeccionarão recursos didáticos como: cata-vento, bússola, biruta,
relógio do sol e a rosa dos ventos (humana). Também serão aplicados desenhos de
croquis (casa, escola...). Para melhor organização da turma, devem ser formadas
equipes compostas por 5 alunos, sendo que cada equipe desenvolverá um material
didático para a confecção de cada material (cata-vento, bússola, biruta, relógio do
sol), concluindo a ação com a organização da roda dos ventos “humana” envolvendo
toda equipe, no pátio do colégio.
A atividade será finalizada com a produção de um folhetim (4 páginas) que
dará informações sobre o projeto, as dificuldades e as experiências adquiridas nessa
construção.
Os materiais didáticos produzidos durante a unidade didática ficarão
expostos na biblioteca do colégio para a visitação dos demais alunos e educadores.
4 SUGESTÃO DE LITERATURA
Atlas Geográfico Saraiva, de autoria de Leda Isola: Sinopse: Produzido de
acordo com a melhor literatura cartográfica internacional e com didática adequada à
nossa realidade. O Atlas Geográfico Saraiva atende por completo ao currículo
escolar e introduz diversos mapas de temas de interesse atual, ricos em informações
e com inovações na linguagem cartográfica.
A Cartografia, de autoria de Fernand Joly. Sinopse: Abordando os
aspectos essenciais e momentâneos de uma disciplina em acelerada evolução, a
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obra nos traz: (i) a revisão das características da linguagem cartográfica; (ii) a
cartografia descritiva da superfície terrestre; (iii) a análise cartográfica do espaço
geográfico; e (iv) o papel da cartografia na gestão do meio ambiente.
A Geografia na Sala de Aula, de autoria de Ana Fani Alessandri Carlos.
Sinopse: Como ensinar geografia para alunos cercados de estímulos virtuais que
subvertem as relações professor/aluno? Nove dos mais destacados geógrafos
brasileiros aceitam o desafio e discutem como ensinar geografia na sala de aula,
abordando temas tão variados como cartografia, cidadania, cinema, televisão,
metrópole, educação e compromissos. A obra que vale por um curso de
capacitação.
4.1 Sugestão de Geografia/Cultura
Como montar um relógio do sol:
<http://www.youtube.com/watch?v=31pNyV1nSzo>.
Vídeo da Série "Poeira nas Estrelas", exibida pelo Fantástico:
<http://geofacil.blogspot.com/2010/04/formacao-da-terra-e-formacao-dos.html>.
Vídeo sobre aquecimento global. <http://www.aulatube.com.br/aula/geografia-
aquecimento-global-efeito-estufa/>.
Trabalhando a Região Norte/ Nordeste através de cordel:
<www.literaturadecordel.hpg.com.br/vaca.html>.
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5. SUGESTÃO DE PESQUISAS ON-LINE
MEMORIAL DO IMIGRANTE HISTÓRIA/GEOGRAFIA
<http://www.memorialdoimigrante.sp.gov.br/>
Site com aulas preparadas, vídeos, etc.
<http://www.geomundo.com.br/>.
REVISTA PANGEA QUINZENÁRIO DA POLÍTICA, ECONOMIA E CULTURA
Análise dos acontecimentos geopolíticos, econômicos e geográficos do Brasil e do
mundo: <http://www.onu.brasil.org.br/>.
Site riquíssimo em informações para auxiliar as aulas de Geografia:
<www.miniweb.com.br/geografia/Cartografia1.html>.
<www.miniweb.com.br/educadores/artigos/pdf/francischett-mafalda-representacoes-
cartograficas.pdf>.
<www.miniweb.com.br/geografia/Cartografia2.html>.
Pesquisa escolar: <http://www.sobresites.com/pesquisa/geografia.html>.
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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CALLARI, H. C.; SCHAEFFER, N. O.; KAECHER, N. A. Geografia em sala de aula: práticas e reflexões. Porto Alegre, RS: Editora da UFRGS, 2001. A formação dos continentes. Disponível em: <http.www/pangea-divisiao-doscontinentes _23.html>. Acesso em: 4 jun. 2011.
FERREIRA, D. A. de O. Mundo rural e geografia. Geografia agrária no Brasil: 1930 –1990. São Paulo: Ed. UNESP, 2002. KAERCHER, N. A. A. Geografia do nosso dia-a-dia. In: CASTROGIOVANNI, A, C. MENEGUETE, Arlete. Educação cartográfica e exercício da cidadania. In: Questões de cidadania. Presidente Prudente, SP: Eclíper/Unoeste, 1998. p. 35-46. PONTUSCHKA, Nídia Nacib; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Geografia em perspectiva. São Paulo: Contexto, 2002 (Coletânea de Artigos).
Relógio do Sol. Disponível em: <http://www.mundodosrelogios.com/ti>. Acesso em: 5 jun. 2011. SANTOS, M. Por uma geografia nova. Da crítica da geografia a uma geografia crítica. São Paulo: Hucitec, 1990.