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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: PORTFÓLIO COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO
Autor Kátia Aparecida Júlio de Souza
Escola de Atuação Colégio Estadual Padre Ângelo Casagrande
Município da escola Marilândia do Sul
Núcleo Regional de Educação Apucarana
Orientador Wagner José Martins de Paiva
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina
Disciplina/Área (entrada no PDE) Ciências
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática: Portfólio como Instrumento de Avaliação
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes
disciplinas compreendidas no
trabalho)
Público Alvo
(indicar o grupo com o qual o
professor PDE desenvolveu o
trabalho: professores, alunos,
comunidade...)
Alunos da 6ª série A do Ensino Fundamental, período matutino
Localização
(identificar nome e endereço da
escola de implementação)
Colégio Estadual Padre Ângelo Casagrande. Avenida Santiago
Lopes José, município de Marilândia do Sul
Apresentação:
(descrever a justificativa, objetivos
e metodologia utilizada. A
informação deverá conter no
máximo 1300 caracteres, ou 200
A diversificação de instrumentos didáticos torna o
aprendizado mais atrativo e com maior articulação entre os
conhecimentos escolares e o cotidiano do aluno. A
necessidade de buscar alternativas de avaliação capaz de
superar as formas tradicionais, que em sua maioria são
palavras, fonte Arial ou Times
Nem Roman, tamanho 12 e
espaçamento simples)
classificatórias e excludentes, encaminha esse trabalho para
a utilização do portfólio como instrumento de avaliação e, ao
mesmo tempo, estratégia de formação. Neste processo se
espera que os alunos percebam que seu aprendizado está
diretamente ligado as suas ações e a construção do
conhecimento. O objetivo do portfólio é estimular o aluno a
tomar posse do conhecimento, envolvendo-o ativamente no
processo ensino-aprendizagem.
Palavras-chave (3 a 5 palavras) Portfólio, avaliação, aluno, aprendizagem
UNIDADE DIDÁTICA
PORTFÓLIO COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO
KÁTIA APARECIDA JÚLIO DE SOUZA
PDE – CIÊNCIAS
LONDRINA – PR
2011
KÁTIA APARECIDA JÚLIO DE SOUZA
PORTFÓLIO COMO INTRUMENTO DE AVALIAÇÃO
Material pedagógico elaborado como parte dos requisitos Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE
ORIENTADOR IES: WAGNER JOSÉ MARTINS PAIVA
LONDRINA – PR
2011
... O ideal é que, cedo ou tarde, se
invente uma forma pela qual os educandos possam participar da avaliação. É que o trabalho do
professor é o trabalho do professor com os alunos e não do professor consigo mesmo. (Freire)
APRESENTAÇÃO
Este material faz parte das atividades a serem desenvolvidas no 3º
período do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE 2010. O público alvo
será os alunos da 6ª série de Ensino Fundamental.
O portfólio será utilizado como instrumento de avaliação, possibilitando
situações de aprendizagem nas quais os conteúdos sejam abordados numa
perspectiva de totalidade, compartilhando emoções, sentimentos, dificuldades e
descobertas.
O objetivo é contribuir para o desenvolvimento reflexivo do aluno,
estimulando-o a selecionar e avaliar seu próprio trabalho, aumentando a autoestima
em relação à disciplina de Ciências bem como o de rendimento do aluno.
Segundo (Sousa 1995, pg.25) avaliação deve ser contínua, tendo
várias opções no proceder dessas ações avaliativas. O portfólio pode ser uma
estratégia que auxilie o aluno na construção de uma identidade científica ética e
cultural, instrumentalizando-o para agir e construir o mundo que o cerca de forma
consciente. Portanto, a diversificação de instrumentos didáticos torna o aprendizado
mais atrativo e com maior articulação entre conhecimentos escolares e a vida
cotidiana dos alunos. Contribui para a superação de obstáculos na aprendizagem de
conceitos científicos, não somente por propiciar interpretações e discussões, mas
também pela natureza investigativa, ressaltando a importância da contextualização
do conteúdo específico de Ciências. Em consonância com esta prática, há de se
buscar um instrumento de avaliação capaz de mensurar o aprendizado,
evidenciando todas as etapas superadas e seus significados.
A necessidade de buscar alternativas de avaliação capaz de superar as
formas tradicionais, que em sua maioria são classificatórias e excludentes,
encaminha este trabalho para a utilização do portfólio como instrumento de
avaliação e, ao mesmo tempo, estratégia de formação.
Espera-se estabelecer uma avaliação que apresente:
[“...] um processo abrangente da existência humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar a tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos” (VASCONCELLOS apud ALVES, 2011, p 1).
A elaboração do portfólio pelo aluno e sua análise pelo professor ajudam
no encaminhamento do ensino-aprendizagem, uma vez que, possibilita a
observação do progresso do aluno e, por sua vez, o aluno ao organizar seu material,
reflete sobre o que nele está contido, ou seja, realiza a autoavaliação. Ao folhear seu
material, o aluno tem a possibilidade de analisar o número de atividades, em que
estão envolvidos e dos resultados alcançados. (SHORES e GRACE, 2001).
A Ciência pode ser fonte de prazer, caso possa ser concebida como
atividade criadora. A imaginação deve ser repensada como a principal fonte de
criatividade. Explorar esse potencial nas aulas de Ciências deveria ser um atributo
essencial e não periférico. (PIETROCOLA, 2006)
A curiosidade é o motor da vontade de conhecer que coloca nossa
imaginação em marcha. Assim, a curiosidade, a imaginação e a criatividade
deveriam ser consideradas como base de um ensino que possa resultar em prazer.
Segundo Bronowski (apud PIETROCOLA, 2006, p. 128) “é impossível conceber um
universo onde as atividades criativas não causem prazer. A ciência é uma fonte de
prazer para o bom cientista [...]”.
Aproximar os conceitos científicos dos contextos vivenciados pelos alunos facilita o processo de aprendizagem: o aluno pode estabelecer uma relação entre os diferentes conhecimentos desenvolvidos e sua realidade. O aluno também pode ser desafiado diante de uma situação que mobiliza sua atenção, envolvendo-se em um processo de pesquisa ou descoberta. (ROSA ET al. apud FAVALLI; PESSOA; ANGELO, 2006, p. 8)
Por isso a necessidade de se criar oportunidades para que o ensino
experimental e o ensino teórico efetuem em concerto, contribuindo dessa maneira
para que o aluno possa interagir na sociedade enquanto cidadão.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica Paraná, (2008),
não há sentido em processos avaliativos que apenas constata o que o aluno
aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém destas constatações, tomadas como
sentenças definitivas.
Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que se apropriam
do conhecimento para compreender as relações humanas em suas contradições e
conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula precisa contribuir
para essa formação. (PARANÁ, 2008) O recurso do portfólio como instrumento de
avaliação pode apontar novos caminhos sobre a relação ensino-aprendizagem e sua
dinâmica permite esta formação e percepção.
O portfólio começou a difundir-se em espaço escolar na década de 90,
com ênfase nos Estados Unidos. Vem sendo evidenciado como um dos mais novos
subsídios para uma avaliação dinâmica e eficiente do ensino. Com variada
terminologia distingue-se de acordo com sua intenção, como porta – fólio, processo
– fólio, diários de bordo, dossiê. Essa modalidade de avaliação foi retirada do campo
das artes. (HAMZE, 2011).
O objetivo de um portfólio segundo, Althaus é de:
A) Ajudar o aluno a desenvolver a habilidade de avaliar seu próprio trabalho e desempenho, articulando-se com a trajetória de seu desenvolvimento ensino-aprendizagem, além de oportunizar a documentação e registro de forma sistemática e reflexiva. Através dos portfólios o professor instaura o diálogo com cada aluno de forma individualizada, pois os alunos devem sempre estar com seus portfólios documentando suas aprendizagens. B) Ao utilizar-se do portfólio o professor possibilita ao aluno a reflexão do seu próprio aprendizado e avaliá-lo com o professor. C) Os alunos melhoram sua habilidade de redigir textos e posicionar-se frente aos temas abordados. D) Aprendem a revisar seus trabalhos de maneira organizada, melhorando sua habilidade de comunicação através do relato de experiência e realizações. (ALTHAUS, 2007).
Dommen (apud PERNIGOTTI et al., 2000) afirma que o portfólio, assim
como outras palavras e expressões usadas em educação, corre o risco de tornar-se
uma palavra “ruidosa”. Para esse autor as palavras ruidosas têm o papel de
provocar uma reação e orientar uma atitude, são aspirações do momento,
carregadas de emoções e, por isso, podem ser levadas à morte. Isso acontece
porque de um lado, o uso descompromissado e vulgarizado do conceito favorece a
perda de seu real sentido e, de outro, o seu emprego como termo técnico, não
incorporado, desconhecido e por isso atacado, é rechaçado. Portanto, é importante
que se compreenda muito bem a função do portfólio para evitar a banalização do
instrumento de avaliação proposto.
Segundo Elizabeth Shores e Cathy Grace (2001), os processos de
montagem do portfólio em dez passos facilitam a prática pedagógica, melhoram o
conceito do portfólio, favorecem sua aplicação e avaliação. São eles:
1- Estabelecer uma política para o portfólio;
2- Coletar amostras de trabalho;
3- Tirar fotografias;
4- Conduzir consultas nos diários de aprendizagem;
5- Conduzir entrevista;
6- Realizar registros sistemáticos;
7- Registrar registros de casos (ocorrências);
8- Preparar relatórios narrativos;
9- Conduzir reuniões de análises de portfólios em três vias;
10- Usar portfólios em situações de transição.
Esses passos podem contribuir para que haja uma melhor interação entre
todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem.
Cabe ao professor, investigar o conhecimento prévio que o aluno tem
sobre o portfólio, apresentar textos sobre o tema, objetivando problematizações e
debates.
Pensando em superar o modelo de avaliação classificatória e excludente,
o presente trabalho terá como objetivo a construção do portfólio como uma
alternativa de avaliação reflexiva, tão pouco enfatizada na prática tradicional.
Cada aluno poderá perceber a possível relação teoria/prática,
vislumbrada nas atividades de sala de aula.
A comunidade escolar, incluindo os responsáveis pelo aluno, deve estar
ciente que o desempenho da avaliação através do portfólio é individual, particular e
único de cada aluno, diferente da avaliação tradicional, onde o aprendizado do aluno
é medido pelas notas resultantes da avaliação em questão.
Organização de um portfólio
Esta definição foi inspirada na leitura do texto da (BEICRR. Domingos
Jardo, 2011).
Um portfólio é uma coleção organizada e devidamente planejada de
trabalhos produzidos por um aluno ao longo de um período de tempo. Constitui uma
seleção feita pelo aluno dos melhores trabalhos ou produtos por si realizados, de
forma a poder proporcionar uma visão alargada e pormenorizada dos diferentes
componentes do desenvolvimento do aluno (cognitivo, afetivo, e moral).
Em geral, consiste num dossiê onde são colocados trabalhos realizados
ao longo de um bimestre, semestre, fica a critério de o professor determinar como
será realizado esse trabalho.
A organização de um portfólio normalmente tem a seguinte estrutura:
V Capa: pode ser ilustrada pelo aluno
V Introdução: deve conter os dados do aluno, do professor(a), nome da
escola, quais o objetivos do portfólio e a sua finalidade.
V Sumário: demonstra a sequência dos conteúdos a serem trabalhados.
V Atividades: investigativas, relatórios das fases de desenvolvimento das
tarefas realizadas em sala de aula, ou no laboratório de Ciências,
fotografias, trabalhos de casa, recortes de jornais, revistas, materiais
produzidos pelos alunos.
V Notas de reflexão: questionamentos sobre as amostras de trabalhos
dos alunos, instigar atitudes de reflexão e autonomia, sugerindo
práticas de revisão e aprofundamento, que auxiliem no processo
ensino aprendizagem.
V Fichas de autoavaliação: poderá ser utilizada uma ficha para analisar e
avaliar o portfólio, durante todas as etapas de construção.
V Comentários do professor: registram as considerações acerca do
trabalho realizado pelo aluno, podendo ser sugeridas atividades de
revisão e aprofundamento, procurando respeitar o ritmo de cada um,
no desenvolvimento das produções realizadas.
Poderão ser incluídos no portfólio os itens abaixo relacionados:
V Relatórios
V Composições
V Comentários sobre experiências em aulas práticas
V Trabalhos individuais ou de grupo
V Reflexões do aluno acerca de determinado conteúdo trabalhado
durante as aulas de Ciências
V Comentários e observações do professor.
Os trabalhos arquivados devem ser devidamente datados de forma a
fornecerem informações sobre os progressos, as aprendizagens e as experiências
do aluno.
Tipos de portfólio
V Portfólio particular
V Portfólio de aprendizagem
V Portfólio demonstrativo
Segundo as autoras Elizabeth Shores e Cathy Grace (2001), o primeiro
tipo de portfólio, o particular, é um dos que você provavelmente já compila, são
registros escritos a respeito dos alunos. O que compreende o segundo tipo, o de
aprendizagem, motivará a reflexão sobre o seu programa e oportunizará uma
comunicação mais rica com os pais; além disso, sua implantação será a mais
divertida e a mais gratificante. O portfólio demonstrativo é uma versão condensada
dos outros dois, o qual ajudará os futuros professores e demais integrantes da
equipe escolar a aprender mais sobre as particularidades de cada aluno.
Ao implementar o uso do portfólio o professor poderá experimentar
continuamente novos métodos de instrução e de avaliação.
A descoberta de técnicas que funcionarão melhor ao administrar suas
aula irá aumentar a eficiência total de seu plano de trabalho.
A construção do portfólio segundo (Villas Boas, 2004) deve-se:
V Iniciar com os alunos discussões em pequenos grupos, dos propósitos
comuns à turma, bem como prestar esclarecimentos, complementar
informações, sobre o tema em questão.
V O trabalho com portfólio deve ser individual, mas o professor deve
propiciar momentos de troca de experiências para que os alunos
tenham oportunidades de se expressar livremente.
V A reflexão é um princípio norteador da construção do portfólio, por
intermédio desse princípio, o aluno decide o que incluir como incluir, e,
ao mesmo tempo analisa suas produções, tendo a chance de refazê-
las sempre que quiser e achar necessário.
V O portfólio no início pode-se restringir a um determinado tema que será
trabalhado no decorrer de uma quinzena, e ou bimestre, semestre... A
avaliação pode se tornar mais rica se for desenvolvido de forma
colaborativa pelos professores, em lugar de cada um analisar apenas
os portfólios de sua turma, a troca de portfólios entre eles trará avanços
para o processo e o trabalho pedagógico.
Fases de desenvolvimento de um portfólio baseada nas leituras
propostas no Manual de Portfólio das autoras (SHORES e GRACE, 2001)
1. Decidir quais itens serão inseridos no portfólio, estabelecendo uma política de portfólio, definindo qual a finalidade, qual o seu papel na avaliação.
2. Coletar amostras de trabalhos, selecionar essas amostras de maneira variada devendo refletir claramente os critérios definidos para essa modalidade de avaliação.
3. Utilizar fotografias tiradas durante a realização de atividades, anexando comentários inerentes às cenas registradas na fotografia em questão.
4. Consultas no diário de aprendizagem. Reflexão, poderá ser realizada, conduzindo o aluno à consulta no diário de aprendizagem. Esse diário será feito através de registros contínuos escritos pelos alunos e professor durante o processo de desenvolvimento de determinado tema a ser inserido no portfólio.
5. O professor poderá através das entrevistas pesquisar mais profundamente aquilo que o aluno sabe em uma área específica, sobre o conteúdo que vai ser trabalhado, podendo ensiná-lo de modo mais eficiente durante o processo ensino aprendizagem.
6. Registros sistemáticos são anotações que você planeja realizar sobre as ações do aluno em situações determinadas.
7. Registros de casos, leva a reconhecer eventos importantes para o desenvolvimento de determinado aluno, à medida que eles ocorrem, e escrever narrativas breves e claras desses eventos.
8. Relatório narrativo envolve a revisão sistemática dos conteúdos do portfólio e a correlação das atividades dos alunos, simplificam o sistema geral de avaliação, esse tipo de relatório é o centro para o portfólio demonstrativo – documento de transição para o próximo professor do aluno, ou para os pais. Não precisam ser longos, devem ser sucintos, claros e objetivos.
9. Reunião de análise de portfólio em 3 vias, apesar de importante, não é possível onde os alunos ainda não estejam acostumados a ter
responsabilidades importantes. Envolver os alunos no uso do portfólio é crucial no processo de implantação. 1º passo- é o momento em que a sala de aula deixa de ser um sistema hierárquico para se transformar, em uma comunidade de aprendizagem, na qual todos os envolvidos estão planejando, revendo e revisando seus trabalhos. Esse passo deve ser desenvolvido gradativamente, pois assim como você não pode mudar a sua maneira de avaliar do dia para a noite, o aluno também não irá desenvolver de imediato as habilidades de reflexão para analisarem seriamente seus trabalhos e sobre seu aprendizado. 2º passo- Conferência do portfólio em duas vias, essas reuniões podem acontecer diversas vezes no período em que se está avaliando o portfólio, pode ser ao final de cada aula, semanalmente, fica a critério do professor. Neste momento o aluno irá fazer análise de seus trabalhos examinando itens antigos e os novos, fazendo comparações sobre os mesmos, acrescentar novos itens caso haja necessidade. Pode-se sugerir que durante essa análise o aluno faça uma lista do que pode ser acrescentado em suas produções futuras. 3º passo- Esse é o momento de envolver os pais, agende reuniões convocando os pais para a análise dos portfólios de seus filhos. O propósito dessas reuniões é para fazer com que os pais reflitam e expressem suas idéias sobre o aprendizado de seus filhos. O envolvimento da família nesse processo é muito importante.
10. Usando portfólios em situação de transição mostram que o portfólio
demonstrativo é uma pequena coleção de amostras de trabalhos, relatórios narrativos e outros documentos essenciais para que outro professor possa acompanhar os trabalhos dos alunos caso essa política do portfólio seja implantada em determinada escola onde vai ser dada a sequência dessa proposta nas séries seguintes
As autoras (Shores e Grace, 2001) sugerem que se realizem os passos
na ordem que melhor se adéque a você, pois os melhores sistemas de portfólio se
desenvolvem a partir dos interesses e das necessidades de cada comunidade de
aprendizagem.
Durante a fase experimental pode-se trabalhar com os três primeiros
passos, que contribuirão para enriquecer o processo de avaliação, tornando o aluno
mais reflexivo acerca do trabalho desenvolvido, ajudando o professor a descobrir as
áreas de interesse do aluno e com isso proporcionar situações de crescimento
mútuo, estimulando-o a alcançar os resultados esperados.
Como avaliar o portfólio do aluno
ü Observar como estão organizados os trabalhos, as anotações e registros.
ü Verificar se aluno está revendo seus trabalhos e está reformulando
quando necessário, se está ocorrendo momentos de reflexão sobre as
atividades desenvolvidas.
ü Como está ocorrendo a evolução do aluno durante o processo de
avaliação com o portfólio, esse tipo de avaliação é formativa por isso faz –
se necessário que o professor acompanhe continuamente os trabalhos do
aluno .
ü Devem-se estabelecer datas para que os o aluno organize e entregue seu
portfólio para que seja avaliado
Exemplo de portfólio
TEMA: Luz: sua utilização e os fenômenos decorrentes
1ª etapa: Apresentar textos sobre conceitos básicos da luz, sua aplicabilidade em
nosso cotidiano, a importância para o ciclo vital dos seres vivos, e outras
peculiaridades sobre o tema em questão. Após a leitura dos textos e os
relatos feitos pelos alunos, passar um vídeo com conteúdo sobre a
influência da luz, a interação da luz com os objetos, decomposição da luz.
Incentivar sempre, que os alunos relatem o que estão observando.
2ª etapa: Comentar sobre o vídeo, deixar que os alunos expressem suas ideias
sobre o tema apresentado, pedir para que façam um texto, sobre a relação
da dispersão da luz com a formação do arco-íris, incentivá-los a refletir
sobre suas conclusões relacionando-as com o seu cotidiano.
3ª etapa: No laboratório de Ciências, retomar os conceitos abordados em sala,
dando continuidade ao trabalho, em equipes, ensinar aos alunos a usarem
um prisma de dispersão, após a atividade prática, pedir para que registrem
sua conclusões, comparando-as com os registros anteriores, neste
momento as equipes trocam seus trabalhos para se fazer a leitura e a
compreensão dos relatos elaborados pelos colegas, a socialização é uma
etapa muito importante na construção do portfólio.
Ao término de cada atividade, reservar um espaço para que os alunos
expressem suas opiniões, reflitam sobre o que está aprendendo, se necessário
refazerem algumas atividades, adicionando novos conceitos. Lembrando que a
construção do portfólio é um processo inacabado, todas as atividades devem ser
arquivadas no portfólio.
MODELO DE FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO
Tópicos Pontualidade
Entrega os trabalhos na data estabelecida
( ) sim
( ) não
Empenho
É dedicado (a) na realização das tarefas propostas
( ) sim
( ) não
Trabalhos em grupo
Colabora com o grupo na realização dos trabalhos
( ) sim
( ) não
Respeito
Respeita as normas estabelecidas na construção do portfólio
( ) sim
( ) não
Participação
Participa das aulas expressando opiniões
( ) sim
( ) não
Autonomia
Sempre tira suas dúvidas com o professor(a)
( ) sim
( ) não
Organização Registra e reflete suas experiências e ideias de forma sistemática e clara
( ) sim
( ) não
Comentários do professor:
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Comentários do aluno(a):
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MODELO DE FICHA: COMENTÁRIOS DO ALUNO SOBRE AMOSTRA
DE TRABALHO, SUGERIDAS PELAS AUTORAS (SHORES E GRACE, 2001)
Comentários do aluno sobre Amostra de Trabalho
Aluno -- -- -------------------------------------------------Data---------------------
Trabalho: -----------------------------------------------------------------------------
Como fiz esse trabalho:
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O que gosto nele:
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O que gostaria de mudar nele:
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Quero tentar fazê-lo de novo?
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MODELO DE FICHA DE COMENTÁRIOS DO PROFESSOR SOBRE
AMOSTRA DE TRABALHO SUGERIDO PELAS AUTORAS (SHORES E GRACE,
2001)
Aluno-----------------------------------------------------Data--------------------------------
Trabalho---------------------------------------------------------------------------------------
( ) Iniciado pelo professor ( ) Iniciado pelo aluno
Habilidade/Conceito:
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Referência:
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( ) Iniciante ( ) Em desenvolvimento
( ) Domínio ( ) Avançado
Observação:
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FORMULÁRIO PARA DIÁRIO DE APRENDIZAGEM SUGERIDO PELAS
AUTORAS (SHORES E GRACE, 2001)
Tenho aprendido:
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___________________________________________________________________
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___________________________________________________________________
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Quero aprender mais sobre:
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Planejo fazer:
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Comentários do(a) professor(a):
___________________________________________________________
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REFERÊNCIAS
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PIETROCOLA, Mauricio. Curiosidade e imaginação – os caminhos do conhecimento
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SHORRES, E; Grace, C., Manual de portfólio: um guia passo a passo para o
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