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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: O Conhecimento Estético e Artístico da Arte Fractal na sala de aula.
Autor Aparecida Fatima Forte de Oliveira Escola de Atuação CEEBJA – Newton Guimarães
Município da escola Paranavaí Núcleo Regional de Educação
Paranavaí
Orientador Marcos Cesar Danhoni Neves Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual de Maringá
Disciplina/Área (entrada no PDE)
Arte
Produção Didático-pedagógica
Sim
Relação Interdisciplinar (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Sim (matemática, física, biologia, informática)
Público Alvo (indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)
Alunos
Localização (identificar nome e endereço da escola de implementação)
CEEBJA Newton Guimarães Rua: Bahia, nº Centro
Apresentação: (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)
Com o aparecimento dos meios tecnológicos ganhando a cada dia mais espaços, é natural que os artistas contemporâneos buscam novas soluções e formas de expressão nesses novos sistemas, pesquisando várias possibilidades de união entre arte e computadores. Com a articulação do conhecimento estético e artístico da Arte Fractal se materializa nas representações artísticas, que busca recursos na tecnologia e no lúdico para se consolidar, diferente da arte tradicional. É um ensino que deve ser fundamentado, pois amplia os conhecimentos e experiências do aluno, aproximando-o das diversas representações artísticas do universo cultural historicamente constituído pela humanidade.
Palavras-chave (3 a 5 palavras)
Arte Fractal, Fractal, Artístico, Estético.
Produção Didático-Pedagógica
Imagem da autora, 2011
O conhecimento Estético e Artístico da Arte Fractal na Sala de Aula.
PARANÁ
GOVERNO DO ESTADO
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
Professor PDE: Aparecida Fatima Forte de Oliveira
Área PDE: Conhecimento na Disciplina de Arte
NRE: Paranavaí
Professor Orientador IES: Marcos César Danhoni Neves
IES vinculada: Universidade Estadual de Maringá – UEM
Escola de Implementação: CEEBJA Newton Guimarães – EJA Público objeto da intervenção: Alunos FORMATO: Unidade Didática TEMA: O Conhecimento Estético e Artístico da Arte Fractal na sala de Aula. JUSTIFICATIVA:
São impressionantes as transformações cada vez mais velozes que ocorrem
nos movimentos e períodos artísticos, principalmente a partir do século XX. Com a
revolução provocada pela informática iniciaram-se notáveis mudanças que refletiram
indiscutivelmente na arte. Os processos de criação na sala de aula são articulações
entre saberes historicamente construídos dentro de determinada cultura. As
transformações e experiências com novas técnicas e materiais na criação artística
na pintura, escultura, arquitetura, dança, teatro, música e também na produção da
Arte Fractal, rompem com tradições seculares e expressam ideias inteiramente
novas a cada momento.
A construção do conhecimento da arte se efetiva na relação entre o estético
e o artístico que se materializam nas representações artísticas. Estes conhecimentos
são interdependentes entre si. O ensino da arte deve ser teoria, metodológica e
instrumentalmente fundamentado, pois amplia os conhecimentos e experiências do
aluno, aproximando-o das diversas representações artísticas do universo cultural
historicamente constituído pela humanidade. (PARANÁ, 2008)
Na produção dos fractais, objeto de estudo do presente trabalho, além da
necessidade de fórmulas e cálculos matemáticos necessita-se também do
computador para gerar as belas imagens dos fractais. O resultado é obtido na tela
do computador, sendo mais um rico e interessante suporte usado nos meios
expressivos da arte, que acompanha uma linguagem universal. A arte acolhe essas
conquistas positivamente procurando encontrar significado para tudo o que está a
sua volta. Atualmente a arte é considerada uma área do saber, uma disciplina com
origem, história, assim como em qualquer outro ramo do conhecimento. Com o
aparecimento dos meios tecnológicos ganhando a cada dia mais espaços, é natural
que os artistas contemporâneos buscam novas soluções e formas de expressão
nesses novos sistemas, pesquisando várias possibilidades de união entre arte e
computadores.
Mas antes de todo este processo no ensino da Arte Fractal, deverá buscar o
conhecimento estético em outros campos do conhecimento como a matemática,
ciência e tecnologia. Mas para a forma de organização e estruturação do trabalho
artístico é necessário buscar referências: na produção artística de artistas como
Escher, Vasarely, Pollock; na própria natureza; nas raízes históricas e sociais que
subsidiam a produção, o saber ci’entifico e o nível técnico. Todos alcançados na
experiência com materiais, na AF seria pelo menos o domínio básico dos recursos
tecnológicos, no caso o computador.
Além desses conhecimentos os artistas, ao produzirem suas obras artísticas,
deverão considerar a sensibilidade no processo criativo que será de fundamental
importância para a qualidade artística e estética da Arte Fractal. Assim, será
produzida uma grande interferência tanto pessoal como subjetiva em suas
produções, atribuindo a elas cores a partir das tonalidades presente nas gradações
de cores modificando formas de suas geometrias existentes nos programas, dando
um novo significado, através das emoções, sentimentos e sensibilidade, resultando
em efeitos harmoniosamente belos. Ao apreciar uma imagem, o aluno interage com
o contexto, que envolve a localização no tempo histórico e no espaço, o tema, o
motivo, os significados, a crítica e a estética que contribuem e auxiliam na
compreensão das produções artísticas.
No momento da apreciação de uma obra de arte esses aspectos interagem
fluidicamente, entendendo que ela foi percebida, sentida e o significado de sua
forma e da produção artística é automaticamente relacionada à sua vivência e
percepções.
Segundo Ana Mae Barbosa, é imprescindível para que os conteúdos de arte
na escola tenham sucesso no resultado, é importante esclarecer sobre a importância
da história da arte, da estética e do fazer artístico como interrelação da forma e do
conteúdo. (BARBOSA, 2002)
Frente à disponibilidade de novas tecnologias, o professor necessita
incorporar na sua prática pedagógica o uso de novas ferramentas. E o recurso de
que temos acesso hoje são fontes excelentes como apoio pedagógico para o
processo ensino/aprendizagem. Não que ele, o recurso tecnológico, por si só
garanta ferramenta de apoio. Praticamente todas as atividades propostas,
acompanham indicações de sites interessantes tanto para pesquisas teóricas,
quanto para audições e vídeos.
OBJETIVOS GERAIS: - Oportunizar o conhecimento estético e artístico da Arte Fractal, possibilitando com
que esta arte faça parte do cotidiano do educador e, principalmente, do educando,
deixando de ser uma mera atividade do fazer por fazer, tingida de incompreensível e
distante da realidade;
- Promover reflexões sobre o ensino da arte, que deverá estar em consonância com
a contemporaneidade, utilizando-se de recursos tecnológicos e outros para o estudo
e produção da Arte Fractal;
- Promover a transdisciplinaridade: arte e geometria num ensino caracterizado hoje
essencialmente pela divisão cartesiana do conhecimento.
PROCEDIMENTOS:
Conteúdo: Teorizar, conhecer e discutir a Arte Fractal, a evolução
tecnológica como recursos na produção artística, relacionando
características de imagens repetitivas, auto semelhanças e com
dinamismos nas obras de artistas como Pollock, Escher e Vasarely,
fazendo uma relação com os respectivos movimentos e períodos de cada
artista, possibilitando ao aluno um diálogo com o mundo em determinada
época.
Objetivos específicos:
- Realizar estudos teóricos sobre os fractais, com um olhar especial sobre
os conhecimentos estético e artístico de cada produção;
- Sentir e perceber as formas, cores, texturas e outros elementos da Arte
Fractal;
- Utilizar da tecnologia e outros recursos, para gerar a produção da Arte
Fractal;
- Construir vários objetos como p.ex. o caleidoscópio para apreciar
diferentes e múltiplos efeitos;
- Destacar obras de artistas de diferentes épocas, que desenvolveram
trabalhos com estilos e características da Arte Fractal;
- Realizar reflexões as novas práticas em mídias digitais através dos
novos conceitos estéticos;
-
Explorar possibilidades de criação por meio do uso destas novas
ferramentas digitais.
Encaminhamento metodológico: Na DCE de Arte no encaminhamento
metodológico são essenciais três momentos da organização pedagógica:
- Teorizar, fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a
obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos
artísticos.
- Sentir e perceber, são as formas de apreciação, fruição e leitura e
acesso à obra de arte.
- Trabalho Artístico, é a prática criativa o exercício com os elementos que
compõe uma obra de arte. (PARANÁ, 2008)
Ao trabalhar com o aluno o conceito de Arte Fractal dentro da área das
artes visuais, como uma forma artística que aprofunda e transforma sua visão de
mundo, podemos fazer uma vivência do conteúdo através dos seguintes
questionamentos:
a) Você sabe o que é Fractal?
b) Onde podemos encontrar os fractais?
c) Você já tinha visto algumas imagens da Arte Fractal?
d) Você sabe como gerar uma imagem da AF parte?
e) Devido à forma de como a AF é gerada, você considerada como Arte?
Por quê?
f) O que você gostaria de saber sobre a AF?
Para um melhor entendimento dos conteúdos, sugerimos o
encaminhamento metodológico abaixo descrito:
Fractal: Um fenômeno visual
A geometria fractal é um ramo da Matemática e que vem tendo enorme
aplicação em outras áreas como na medicina, biologia, meteorologia etc.
A geometria fractal constitui-se de formas caracterizadas pela repetição de
um determinado padrão com ligeiras e constantes variações. Essa geometria foi
nomeada pelo matemático francês, de origem judaica polonesa, Benoit Mandelbrot
(1924), na década de 70 do século XX, que foi aplicada em ciência tecnologia e arte
gerada por computador.
Em nosso cotidiano defrontamo-nos com os fractais naturais, basta somente
observarmos as montanhas, nuvens, rios e seus afluentes, os sistemas de vasos
sanguíneos etc. A palavra “fractal” vem do latim, adjetivo fractus do verbo frangere
que significa “quebradiço” ou “irregular”. Os fractais estão praticamente em quase
tudo que nos rodeia, nas formas do micro e macrocosmos, na flora, fauna no relevo
das regiões, nos fenômenos da natureza e na formação do universo. A geometria
fractal pode ser útil para descrever diversos fenômenos da natureza, onde não
podem ser utilizadas as geometrias tradicionais (geometria euclidiana) como explica
Mandelbrot, ”nuvens não são esferas, montanhas não são cones, continentes não
são círculos, um latido não é contínuo e nem o raio viaja em linha reta”
(MANDELBROT, 1993).
Existem indicações de que os fractais já eram conhecidos antes do século
XX, Mandelbrot considerado o pai dos fractais, somente desenvolveu a noção de
fractal. Para entender melhor pegamos p. ex. a couve-flor, (FIGURA 1) arrancando
em vários pedaços. Certificaremos que cada parte se parece com a hortaliça inteira.
Nota-se que a forma do todo é semelhante a si mesma em todos os níveis de
escalas.
Figura 1: Couve-flor
Fonte: Foto da autora, 2011
A natureza apresenta-se em nível de complexidade infinita e completamente
diferente das formas mais simples da geometria euclidiana. Foi através dessa
complexidade das formas naturais, é que Mandelbrot, sentiu-se motivado a estudar
as formas naturais que a geometria euclidiana não consegue explicar. Com a
abordagem do estudo da geometria fractal desenvolveu-se uma nova ciência, a
Teoria do Caos. De acordo com a teoria um objeto fractal é qualquer coisa cuja
forma seja totalmente irregular, interrompida ou descontínua.
Podemos enumerar na natureza infinitos exemplos de fractais tais como:
samambaias, brócolis, caracóis, couves-flor, sistema de brônquios, contornos das
nuvens, costas litorânea, estruturas de pedras, desenhos das montanhas, galáxias,
na astronomia, fenômenos climáticos etc. As imagens abaixo utilizadas foram
retiradas do portal Dia-a-Dia da Educação” e outras da própria autora.
Figura 2: Pavão macho Figura 3: Galáxia Fonte: Fotos Portal dia-a-dia, 2011
Figura 3: Caracóis Figura 4: Cactus Fonte: Fotos da autora, 201 Fonte: Foto da autora, 2011
Os fractais e a arte
Quando nos referimos à geometria fractal estamos também nos referindo ao
estudo dos fractais, que está intimamente ligado a uma ciência chamada “Caos”.
Com a existência do belo nos fractais, a arte tem o privilégio de possibilitar e
desenvolver o senso estético com estudo da arte aplicado à construção de fractais
com ajuda de programas de computadores. Não se deve esquecer, porém, que a
criação artística exige, por parte do artista, emoção, sensibilidade e criatividade.
Ambas, Geometrias Fractal e Caos se desenvolveram principalmente pelo rápido aprimoramento das técnicas computacionais; a primeira teve e tem poderoso propulsor o seu inegável apelo estético, daí sua entrada no domínio das artes (BARBOSA, 2005, p.09).
Nos fractais clássicos como o conjunto de Cantor, criado por George Cantor,
possivelmente seja o primeiro objeto reconhecido como fractal durante o século XIX.
A curva de Koch, também conhecida por Floco de neve de Koch, possibilitou
Mandelbrot calcular a distância da costa litorânea da Grã Bretanha. A curva de Koch
é considerada um sistema infinito, isto é, se repetirmos esse processo ao infinito ele
tornar-se-á cada vez mais detalhado. Estes fractais juntamente com a Cesta ou
Triângulo de Sierpinski, por intermédio de interações, obtemos figuras indistinguíveis
das anteriores numa escala menor, o que caracteriza uma auto-semelhança.
Observe as etapas das interações da curva de Koch (Floco de Neve Koch de)
abaixo:
Figura 6 Figura 7 Figura 8 Figura 9
Fonte: Portal dia-a-dia educação
Figura 10 Figura 11 Figura 12 Figura 13
Fonte: Portal dia-a-dia educação
Figura 14
O caos colorido de Pollock, seguindo o ritmo da natureza
Jackson Pollock (1912-1956), um pintor norte americano nascido na cidade
de Cody, estado de Wyoming. Em suas obras utilizava a técnica conhecida como
“dripping” que significa gotejamento. Esta técnica consiste em respingar tintas sobre
determinadas superfícies (suporte gigante ao chão), obtendo traços escorridos e
espalhados. Suas obras possuem um caos colorido e calculado, onde os pingos de
tintas, em distintas composições, formam um caleidoscópio de texturas e emoções
variadas. Além das mãos, ele utilizava também pedaços de madeiras e escovas de
dente. Com gestos instintivos, seguindo o ritmo da natureza, molhava as mãos na
tinta, de maneira estranha e inquietante, lembrando os pintores do período da Pré-
história, que empregavam esta mesma técnica, nas paredes das cavernas. O próprio
Pollock afirmava que pintava suas obras e que estas eram baseadas no ritmo da
natureza. Demonstrava essa realidade através de traços contorcidos de cores que
se entrelaçavam em formas espirais, redemoinhos de tintas como retrata em sua
obra “Blues Poles Number11” (Figura 14) de 1952. Esta obra foi analisada com
ajuda de computador pelo físico Richard P. Taylor no qual foi comprovada esta
questão. Usava como suporte para sua pintura papel impermeável, pois era muito
difícil encontrar tela de pano, devido à dimensão imensa que utilizava.
Figura: 14
Pollock, Blues Poles Number11, 1952.
Fonte: http://nga.gov.au/Pollock/index.cfm
Sugestões de sites sobre a vida e obras de Pollock.
Mas como gerar um programa de computador para produzir Arte Fractal?
Não é difícil! Ao contrário, é muito simples e divertido. Primeiro, podemos
inventar uma equação qualquer, aplicar a interação e, finalmente, conseguir as suas
próprias imagens. Esta descoberta chamou a atenção de artistas nos últimos anos.
Mas não devemos esquecer que a maioria das equações produzem imagens banais,
sendo geralmente necessário um grande número de tentativas para chegar a um
resultado satisfatório para a produção do artista (JANOS, 2005, p.91).
http://artsearch.nga.gov.au/Detail.cfm?IRN=36334
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jackson_Pollock
http://serurbano.wordpress.com/2008/09/09/jackson-pollock/
http://www.storm-magazine.com/novodb/arqmais.php?id=518&sec=&secn=
Mas é possível gerar fractais, sem ter noção de cálculos da matemática?
Graças aos programas de computador como: Fraqtive, Nfract -1.0, Fractint e
Ultrafractal, Chaos Pro, Mysticfractal etc. é possível produzir a Arte Fractal sem
requerer qualquer conhecimento de cálculos de matemática, esses programas
possibilitam gerar imagens de grande impacto visual, que até podem ter um
acabamento final, manipulados pelo Clip-art, photoshop.
Figura: 14 Mandelbrot
Fonte: http://thechroniclesofacreep.blogspot.com/2010/10/rip-benoit-mandelbrot.html. Acesso em: 10 mai. 2011.
Figura: 15 Conjunto de Mandelbrot
Fonte: Portal dia-a-dia educação
Sugestões de sites:
http://arthurdisegna.blogspot.com/2010/05/arte-dos-fractais.html
http://www.fractal.art.br/
Os fractais abaixo foram produzidos por intermédio do programa Fraqtive,
baixado pelo site BAIXAKI (www.baixaki.com.br) na internet. Todos, seguramente,
poderão criar os seus fractais com estes conjuntos de Benoit Mandelbrot, conhecido
também como conjunto de Julia (Figura 15).
Figura: 16 Figura: 17 Figura: 18 Figura: 19
Fonte: Imagens da autora, 2011.
Artistas da Arte Fractal
Atualmente existem vários artistas contemporâneos adeptos do movimento
tecnológico da Arte Fractal (daqui por diante, AF). Fractais gerados por programas
de computadores. Um dos artistas que se destacam em nível internacional é a
artista Kerry Mitchell. Segundo ela, AF é um gênero relacionado aos fractais, formas
ou conjuntos caracterizados pelas auto semelhanças (pequenas partes da imagem
são semelhantes à imagem inteira) e por uma infinita quantidade de detalhes, em
todas as escalas. Fractais são tipicamente criados em computadores digitais através
de um processo numérico iterativo. No Brasil o artista precursor da AF foi Domenico
Calabrone (1928-2000) escultor, pintor, gravador, designer de joias, cenógrafo na
década de 80 interessa-se pela Arte Fractal. Existe também o Grupo Fractarte.
Logo abaixo temos obras da AF, que estão disponíveis no portal dia a dia
da educação do estado do Paraná.
Figura: 20 Figura: 21 Figura: 22 Figura: 23
Fonte: Portal dia-a-dia educação
O professor Arlindo Machado apresenta a opinião da artista norte-americana
Kerry Mitchell no “Manifesto da Arte Fractal” sobre a relação da AF e da tradicional:
A artista fractal Kerry Mitchell define ainda em seu “Manifesto da Arte Fractal” três itens cruciais para se criar a arte fractal, para ela, os artistas fractais são tão capazes quanto os tradicionais, da mesma forma que um fotógrafo consegue expressar ideias e emoções através do jogo de luz e sombras o artista fractal é capaz de passar as mesmas sensações, uma vez que eles partilham da mesma tradição de artes visuais que os pintores. Disponível em: <http://www.slideshare.net/diego_naves/teoria-do-caos-e-arte-fractal>. Acesso em: 21 jun. 2011.
Destacamos aqui um projeto de pesquisa sobre imagens fractais liderado
pelo professor Dr. Arlindo Machado. Este estudo é direcionado às imagens técnicas,
produzidas por intermédio da tecnologia fotográfica e de cinemas.
De acordo com o professor, a vantagem dos fractais é que é possível
representar o caos presente na natureza e em tudo que nos cerca, inserindo em um
universo de paisagens regulares e euclidianas: o caos e a irregularidades.
O artista da AF quando se propõe a produzir e a criar com o uso da
tecnologia, nunca sabe ao certo qual será o resultado. Quem dita às regras, o
caminho, é o fractal. Mesmo diante deste fato, caótico, AF não se afasta da arte
tradicional. Ambas possuem características similares em relação ao resultado final.
A arte fractal ainda apresenta uma característica interessante que já era presente em correntes artísticas mais clássicas, um espectador que possua o arquivo com o parâmetro original do fractal e um programa para rende rizar a imagem passar da posição de mero contemplado, para autor, ele é capaz de alterar as formas, as cores e o jeito que o fractal ira se comportar, este lado interativo é uma propriedade bastante única da arte digital, porem, este lado da interatividade ainda tem muito que evoluir ainda [...] Disponível em: <slideshare>. Acesso em: 21 jun. 2011.
Sugestões de sites para conhecer outras obras e artistas da AF:
Obras Artísticas com características de fractais
Muitos artistas, em determinado período artístico, produziram em suas obras
características dos fractais com motivos repetidos e auto semelhanças. Também
tiveram a ousadia que acabaram por evidenciar a ruptura com os conceitos
tradicionais da arte, colocando pela primeira vez a questão do fim da estética
acadêmica. Entre eles podemos citar Escher, Jackson Pollock, Victor Vasarely e
outros. Artistas do movimento abstrato como Wassily Kandinski, com o abstrato
informal, realizava a aplicação espontânea de tinta à tela. Por outro lado, Piet
Mondriam, com o abstrato formal, utilizava cores básicas e formas geométricas
euclidianas. Ambos possuíam regras absolutamente claras tanto para construir ou
pintar suas obras. Matematicamente todos os elementos eram construídos com total
precisão.
Na AF as produções artísticas só são possíveis graças a equações
matemáticas, geradas através de programas de computadores.
ESCHER: O Gênio da ilusão de Ótica
Maurits Cornelis Escher, artista popular conhecido como o mestre da ilusão
de ótica. Nasceu na Holanda em 1898, na cidade de Lewardens, era filho de um
engenheiro hidráulico. Como outros gênios da humanidade não era um aluno
brilhante, pois reprovou duas vezes. Em seus desenhos e gravuras destacava
padrões geométricos repetitivos, demonstrando efeitos óticos e de espelhamento,
além da reprodução em 3D realizada sobre uma superfície bidimensional. Desde
criança Escher foi incentivado a aprender arte. Escher era ligado à carpintaria. Daí o
http://www.fractal.art.br/links.html
http://www.fractarte.com.br/
surgimento de seu gosto por trabalhar com madeira, que mais tarde foram úteis em
seus trabalhos com Xilogravuras.
Escher em suas gravuras nos deixa perplexos perante uma mesma imagem
em que a realidade bidimensional e tridimensional se mistura. Com grande maestria
criava gravuras que fazem com que um determinado ser assuma, simultaneamente,
a forma bi e tridimensional. É o que poderemos observar nesta obra ímpar: Espelho
Mágico (1946) e a interpretação do artista, em seguida:
Figura: 24
Escher, Espelho mágico (1946).
Sobre um chão ladrilhado está na vertical um espelho, donde nasce um animal de fábula. Pedaço a pedaço, ele aparece até que, animal completo, anda para a direita. A sua reflexão dirige-se para a esquerda, porém, prova ser igualmente real, pois atrás do espelho, ela aparece como realidade. Primeiro andam numa fileira, atrás uns dos outros, depois aos pares e, por fim, encontram-se as duas correntes numa fila a quatro. Ao mesmo tempo perdem a sua plasticidade. Como peças dum <<puzzle>> juntam-se, e preenchem reciprocamente os espaços intermédios e unem-se com o chão, sobre o qual está o espelho (ESCHER, 1994, p.11). Fonte: http://www.blogdacompanhia.com.br/2011/02/mc/. Acesso em: 24 jun. 2011.
Em suas obras, Escher expressa muito bem o seu encantamento pela ideia
de infinito. Utilizou diagramas para explorar a possibilidade de representação do
infinito, sobre uma superfície finita. Nestes estilos de criações em padrões, utilizava
desenhos de pássaros, lagartixas, peixes, répteis, como exemplo a obra “Evolução
II” (1939).
Figura: 25
Escher, Evolução II (1939)
Fonte: http://patisampaio.no.sapo.pt/development.htm.
Acesso em: 24 jun. 2011
Inspiração na Obra de Escher, usando espelhos planos
Figura: 26 Figura: 27 Figura: 28 Figura:29 Figura:30
Fonte: Foto da autora, 2011.
Buscando uma relação com conhecimentos físicos, no caso, o espelho
plano, ajudará os alunos a desenvolverem melhor a partir dos princípios clássicos da
reflexão (prismas). O estudo da reflexão da luz em espelhos planos fornecerá
propriedades básicas das imagens fornecidas por estes espelhos. Por mais que os
alunos utilizem espelhos no seu dia a dia, há muita dificuldade em compreender
duas características básicas das imagens fornecidas pelos espelhos planos: a
propriedade de objeto e a imagem serem simétricos e enantiomorfos entre si. O
objeto e a imagem nos espelhos planos são enantiomorfos por apresentarem uma
inversão na forma da imagem da direita para a esquerda com relação ao objeto.
Figura: 31
Fonte: Foto da autora, 2011.
Fractais Gráficos (texturas gráficas)
Estes fractais gráficos foram criados a partir de pesquisas ao redor do
ambiente do nosso dia a dia como ondas, folhas, nuvens, xadrez, detalhes em
desenhos de embalagens, tecidos etc. O segredo é perceber e apreciador o que
está ao seu redor, reproduzir pequenos detalhes do desenho e repeti-los com o
mesmo ritmo, até os espaços serem totalmente preenchidos com caneta hidrográfica
hora preenchendo com linhas retas, onduladas, espirais ou pintando com preto
obtendo o efeito óptico que se deseja. Se quiser poderá acrescentar outras cores
(policromáticas, contrastes). O resultado da produção é este abaixo: Observe as
semelhanças e repetições das imagens.
Figura: 32 Figura: 33 Figura: 34 Figura: 35 Figura: 36 Figura: 37 Figura: 38 Figura: 39
Fonte: Foto da autora, 2011.
Figura: 40 Figura: 41 Figura: 42
Fonte: Foto da autora, 2011.
Vasarely: A Op Art estonteante e multidimensionais
Figura: 43 Figura: 44
Vasarely, Vegas (1957) Fonte: Foto da autora,2011
Fonte: http://www.op-art.co.uk/victor-vasarely/. Acesso em 24 jun. 2011.
Victor Vasarely (1908 – 1997) nasceu na Hungria, e mais tarde se mudou
para Paris passando a fazer parte do grupo de artista da Op Art (Arte Óptica) e dos
surrealistas que lá trabalhavam e estudavam. Suas obras são construídas por
variações de círculos, quadrado e triângulos, por vezes com graduação de cores
puras, para criar imagens abstratas e ondulantes.
Vasarely também foi um dos fundadores da Arte Cinética, pintor e escritor. O
que mais atrai em suas obras é o emprego das figuras geométricas euclidianas, e o
uso racional das cores branco e preto com padrões em xadrez, como p. ex. as obras
“Vegas”, dando um jogo visual que gera vertigem no primeiro olhar, que é sem
dúvida uma de suas marcas registrada. Mas além de serem geométricas outras
obras, são também policromáticas, multidimensionais, que são caracterizadas pela
impressão 3D, concedida as esferas e por cores contrastantes.
Sugestões de sites para saber mais detalhes da vida e obra do artista:
Nestes links podemos encontrar conhecimentos sobre a vida e as obras de
Vasarely com características multidimensionais em 3D, e também com outras
características já vistas como p. ex. as obras “Vegas” em branco e preto.
Crie cartões fractais seguindo as orientações abaixo:
1. Dobre um pedaço de folha de sulfite ao meio.
2. Faça cortes de comprimento de 2 cm a uma distância de cada meio e
também de cada lado.
3. Dobre ao longo do segmento produzido pelas extremidades dos dois
cortes.
4. Repita o processo de cortar e dobrar enquanto for possível.
5. Ao final, abra as dobras e empurre o fractal.
Observe o passo a passo abaixo:
http://commons.wikimedia.org/w/index.php?title=Victor+Vasarely&uselang=pt
http://pintarpalavras.blogspot.com/2008/07/victor-vasarely-nascido-vsrhelyi-gyz.html
http://www.espacoarte.com.br/artistas/519-victor-vasarely
http://www.colband.com.br/ativ/nete/cida/arte/plas/plast98/h2-a.htm
http://estetica.awardspace.com/arte_op/op_artistas.html
http://tribarte.blogspot.com/2011_05_01_archive.html
A ludicidade com fenômenos ópticos
Através de brinquedos como o caleidoscópio, mágiscópio, e outros, é
possível a exploração de efeitos visuais simétricos, a multiplicação da imagem tanto
no caleidoscópio como no magiscópio. Atividades envolvendo estes curiosos
brinquedos possibilitam a interação do aluno com conceitos que existem em outros
campos do conhecimento, resultando numa aprendizagem mais rápida e sólida.
Ambas as imagens são chamadas Fractalscope, isto é, imagens com efeito do
caleidoscópio adicionado. Observe as imagens:
Figura: 44 Figura: 45 Figura: 46 Figura: 47
Fonte: Fotos da autora, 2011
Figura: 48 Figura: 49 Figura: 50 Figura: 51
Fonte: Fotos da autora, 2011.
Acesse o site abaixo e responda a essas questões:
1.O que é um Caleidoscópio?
2.Para que serve um Caleidoscópio?
3.Quais as origens do Caleidoscópio?
4.Que materiais são necessários para construir um Caleidoscópio?
Acesse o site abaixo, e fique por dentro de todas estas questões:
http://pt.scribd.com/doc/23628026/caleidoscopio
Magiscópio
Figura 52 Figura 53 Figura 54
Observe as figuras 52, 53 e 54 para confeccionar o seu Magiscópio.
Material
1 rolo de papelão de 40 cm de comprimento e com orifício com diâmetro de 2,5 cm
para encaixar o prisma por dentro.
3 espelhos planos de 35 cm x 4cm de comprimento.
1 tubo de ensaio (encher com água, miçangas, lantejoulas, pedaços de plásticos
coloridos).
Fita adesiva para unir os espelhos, formando um prisma.
1 círculo com um orifício no centro.
1 círculo de papel (fosco) que pode ser vegetal, para colar no fundo do rolo.
Procedimento
- Junte os três espelhos por suas bordas, passe a fita adesiva para formar um prisma triangular.
- Corte um triângulo de papel celofane ou papel vegetal transparente do mesmo tamanho que a extremidade do prisma formado e cole-o aos vidros à moda de tampa.
- Coloque o prisma dentro do tubo de papelão, de modo que o rolo sobre 0,5 cm na extremidade que tem o papel vegetal.
- Acomodem, no espaço entre o rolo e o papel vegetal, objetos transparentes coloridos.
- Corte um papel vegetal um pouco maior que a extremidade do prisma e, dobrando o excedente, segure-o fita adesiva no rolo.
- Decore a parte externa do rolo, deixando seu magiscópio bem colorido. - Coloque-se frente a uma janela e observe o prisma pela extremidade aberta. - Gire o seu magiscópio e observe as imagens. - Descreva o que observa e relacione-o com os fractais.
ATIVIDADES/TÉCNICAS
Pesquisa de campo
Formem dois grupos.
Primeiro grupo:
- Observar e anotar objetos na sala de aula, pátio da escola. Associe-os as suas
formas as da geometria euclidiana.
- Identificar e listar os objetos, associando as suas formas as das figuras euclidianas
conhecidas.
- Organize em uma tabela, para apresentar aos colegas da sala de aula.
Segundo grupo:
- Elencar uma lista de fractais na natureza, observando com atenção as suas formas
repetidas e de auto similaridade.
- Fotografar tudo que considerar que seja fractal. Em seguida faça uma seleção
seguindo os conceitos em estudo.
- Após a tiragem e a seleção das fotos dos fractais, sugerir a transposição das
mesmas para a TV pendrive.
- Pesquise no dicionário Aurélio, o conceito de Fractal.
- Monte um filme, no programa Window movie maker com as fotos e conceitos
pesquisados.
- Apresente o vídeo na sala de aula.
- Após a apresentação realizar discussões e debate, sobre todo o processo
estudado e produzido.
Atividade: Vivenciando o Caos colorido de Pollock
Material
Galhos secos de árvores
01 pedaço grande de papel Kraft (para cada grupo)
Tintas de várias cores
Procedimento:
Dividir a sala em dois grupos.
Estender no chão do pátio da escola um grande pedaço de papel para cada grupo.
Cada aluno pegará um galho de árvore para realizar sua pintura, cujo tema deverá
ser uma das quatro estações do ano.
Serão dois trabalhos coletivos, cabendo a cada aluno uma parte da obra.
Após secar, expor no mural da escola.
Atividade: Fotografia Fractal Material 02 a 04 espelhos planos. (opcional) Objetos pequenos Máquina fotográfica digital. Procedimento: Inspirados na obra “Espelho mágico” de Escher, será proposto aos grupos formado na sala de aula a seguinte atividade: Com os materiais relacionados acima organize os objetos e os espelhos planos, formando ângulo para criar várias montagens artísticas. Em seguida fotografe as criações, com maiores números de repetições dos objetos possíveis. Observe o ângulo do objeto que deverá estar no centro dos espelhos planos utilizados durante a produção. Elabore um painel com as fotos impressas.
Atividade: A multidimensão de Vasarely e o cartão fractal
Figura: 55 cartão Fractal Figura: 56
Fonte: Portal dia-a-dia educação
Material 02 a 03 folhas de papel com gramaturas mais grosso (Canson ou 40 quilos), no tamanho A4 ou A3. Tesoura Régua
Lápis Borracha Dobre a folha ao meio. Faça dois cortes de comprimento a uma distância de ¼ de cada lado. Dobre ao longo do segmento produzido pela extremidade dos dois cortes. Repita o processo de cortar e dobrar enquanto for possível. Ao final abra as dobras e empurre o fractal.
Atividade: Confecção do caleidoscópio Material 03 espelhos (13 cm x 4 cm) 01 rolo de papel com orifício de 5cm de diâmetro Papel vegetal ou similar (5 cm x 5 cm) Objetos transparentes coloridos (plásticos, lantejoulas, miçangas, vidros, Fita adesiva ou crepe Tesoura Procedimento - Junte os três espelhos por suas bordas, passe a fita adesiva para formar um
prisma triangular. - Corte um triângulo de papel celofane ou papel vegetal transparente do mesmo
tamanho que a extremidade do prisma formado e cole-o aos vidros à moda de tampa.
- Coloque o prisma dentro do tubo de papelão, de modo que o rolo sobre 1,5 cm na extremidade que tem o papel vegetal.
- Acomodem, no espaço entre o rolo e o papel vegetal, objetos transparentes coloridos.
- Corte um papel vegetal um pouco maior que a extremidade do prisma e, dobrando o excedente, segure-o fita adesiva no rolo.
- Decore a parte externa do rolo, deixando seu caleidoscópio bem bonito. - Coloque-se frente a uma janela e observe o prisma pela extremidade aberta. - Gire o prisma. - Descreva o que observa e relacione-o com as atividades anteriores.
Sugestões de sites:
http://castelinhodoaltodabronze.blogspot.com/2009/08/ana-reutiliza-sacolinhas-de.html
http://tripcaleidoscopica.blogspot.com/2010/02/oficinas-de-caleidoscopio.html
http://www.artistasgauchos.com.br/portal/?nid=2053http://www.artistasgauchos.com.br/portal/?nid=2053 http://www.artistasgauchos.com.br/portal/?nid=2053v
Imagens de vídeo captadas no interior de um Magiscópio:
Curiosidades sobre o caleidoscópio:
O caleidoscópio originou-se na China. Foi aperfeiçoado na Inglaterra por
David Brewster, em 1817. Era comercializado como brinquedo, mas também
interessava às pessoas que desenhavam padrões para tecidos e tapetes. Com a
produção dos desenhos simétricos, muito utilizados nas estamparias. O
caleidoscópio era feito com dois espelhos planos, posicionando formando ângulos
de 45 e 60 graus, e caquinhos de vidros coloridos refletidos nos espelhos. (NEVES;
PEREIRA, 2006)
Figura: 57 Estampa de tecido Figura: 58 Tapete
Fonte: Foto da autora, 2011.
Recursos
Discussões, conversação, livros didáticos, Portal Dia-a-dia Educação,
bateriais alternativos para confecção de caleidoscópios e outros brinquedos,
máquina digital, computadores e Softwares específico para gerar AF.
http://www.youtube.com/watch?v=HOWx1pV1zXQ
http://www.youtube.com/watch?v=JUJ-EGQpjHk
Avaliação
Na disciplina de Arte, a avaliação acompanha todo o processo de construção
da pesquisa e é referencial para a retomada da ação, sempre considerando os
conhecimentos estéticos e artísticos da AF.
Para isso é primordial que o professor leve em consideração os critérios
para avaliar como, p. ex., a vivência e a produção de diferentes trabalhos artísticos,
o desenvolvimento da sensibilidade, a apreensão de produtos artísticos que o
indivíduo construiu em suas práticas sociais ao longo do tempo e espaço histórico, o
desenvolvimento e o aprimoramento dos órgãos dos sentidos para compreensão,
criação, produção e fruição do trabalho artístico e a valorização da função social do
artista, sua obra e seu tempo e espaço histórico, para a coletividade e para si
próprio. (PORTAL SÃO FRANCISCO, 2011).
A avaliação em Arte é diagnóstica e processual. Diagnóstica por ser
referência do professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos alunos.
Processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. (PARANÁ,
2008)
Em resumo, para a concretização e sucesso deste trabalho, o ponto de
partida será os conhecimentos artísticos construídos historicamente pelo homem e
expressos pelo professor como conteúdo artístico. Após este primeiro momento,
levaremos em consideração a apreensão dos conteúdos pelos alunos a partir da
sistematização e mediação dos mesmos pelo professor na relação ensino
aprendizagem.
3. Orientações/recomendações ao professor As atividades sugeridas têm como objetivo investigar e recuperar, por meios
de questões predefinidas, um pouco da realidade que, às vezes, esquecemos
preocupados com os preparativos do cotidiano de nossos alunos. Dentro desse
cotidiano, existem diferentes origens culturais e assuntos diversos. Nosso objetivo é
explorar as questões oferecidas e, mais que isso, mobilizar reflexões e discussões
que garantam aos alunos a relação entre o conhecimento estético e artístico da AF e
também dos temas que as obras representam ou fazem lembrar. Necessário
ressaltar a busca da função social da arte mostrando que os artistas percebem o
mundo e o interpreta de acordo com seus sentimentos e pensamentos. É importante
que eles entendam a possibilidade e a importância de se atribuir significados a fatos
e acontecimentos que se relacionam aos nossos contextos históricos e culturais,
como, p. ex., relacionar o artista e sua arte com a cultura dos alunos. A partir desse
ponto de vista, o professor estará exercendo o papel de agente transformador nos
objetivos propostos durante o decorrer dos conteúdos e das atividades propostas.
4. Proposta de Avaliação do Material Didático O professor de arte é considerado um alfabetizador artístico/estético, o
mediador entre arte e o aluno. Na elaboração desta Produção Didática- Pedagógica
com os fractais, foi reunido um conjunto de atividades que possibilitam caminhos
para educar artística e esteticamente nossos alunos, de forma a contemplar sempre
o fazer artístico, o conhecimento histórico (teorizar) e a apreciação estética (sentir e
perceber) que são os três momentos de organização do encaminhamento
metodológico que estão articulados durante o processo da avaliação de Arte, de
acordo com a DCE de Arte do Estado do Paraná.
A avaliação estará acompanhada de fundamentação teórica, apoiando o
trabalho prático com ênfase na experimentação e ao mesmo tempo compreender a
arte como área de conhecimento, como manifestação original do ser humano, é
essencial que os alunos pesquisem para obter novas técnicas para a sua produção
artística.
Outra proposta de avaliação é fazer com que além de identificar, analisar é
conhecer a tecnologia como recursos e materiais expressivos, onde os alunos
representem ideias e sentimentos por intermédio das criações por intermédios das
criações artísticas geradas na tela do computador, e que também possam
reconhecer e utilizar regras de organização dos elementos expressivos ou formais
(linhas, cores, formas, ponto, texturas etc.).
A função da avaliação é de propiciar ao professor que verifique o alcance do
seu próprio trabalho e, se necessário reformulá-lo, pois a avaliação é um processo
que integra a aprendizagem e o ensino, devendo haver diálogo permanente entre
professor e o aluno.
Cabe ao professor, considerar a avaliação como um instrumento, que ajuda
o aluno a aprender, ou seja, deve ser usada para promover a aprendizagem.
Referências
ARANTES, Priscila. @rte e Mídia. São Paulo: Editora Senac, 2005.
BAIRON, S. Multimídia. São Paulo: Editora Global, 1995.
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. 2.ed. São Paulo: Perspectiva, 1996.
BARBOSA, Rui Madsen. Descobrindo a Geometria Fractal para a sala de aula. 3 ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2005.
CAMPOS, Neide Pelaez A construção do olhar estético-crítico do educador. Florianópolis:Ed. Da UFSC, 2002.
GIANNOTTI, Marco Breve História da Pintura Contemporânea. São Paulo: Claridade, 2009.
JANOS, Michel Geometria Fractal. Rio de Janeiro: Ciência Moderna Ltda, 2008
MANDELBROT, B. Fractais: Uma forma de arte a bem da ciência. Tradução: Cláudio da Costa. In: PARENTE, A. (org.). Imagem Máquina: A era das tecnologias do virtual. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993. p. 195-200.
NEVES, Marcos Cesar Danhoni; PEREIRA, Ricardo Francisco. (Org.). Divulgando a ciência: de brinquedos, jogos e do vôo humano. Maringá - Pr: Massoni, 2006.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processo de criação. 8. ed. Petrópolis: Vozes,1977. 47-48p.
OSTROWER, Fayga. A sensibilidade do intelecto: visões paralelas de espaço e tempo na arte e na ciência. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008. PEREIRA, Kátia Helena Como usar artes visuais na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2007.
REVISTA CIÊNCIA HOJE. CAOS: A ciência e a arte do acaso. SBPC, v. 14, n.80, mar/abr. 1992, 56p. São Paulo
REVISTA SCIENTIFIC AMERICAN. Ordem no caos de Jackson Pollock. Ano 1-nº8, v1 n.8, pag.84 – 89 jan.2003
Referências de sites:
https://www.fractalus.com/info/manifesto.htm. Acesso em: 16 jun. 2011.
http://fractalartgallery.com/what_is_fractal_art.htm. Acesso em: 12 mai. 2011.
http://www.infinite-art.com/copyright.html. Acesso em: 20 mai. 2011.
https://www.fractalus.com/kerry/. Acesso em: 20 mai. 2011.
http://www.sobredotado.com/arte-digital-mainmenu-42/wallpapers-2d-mainmenu-46/146-a-arte-fractal. Acesso em: 06 jul. 2011. http://www.fractal.art.br. Acesso em: 16 jun. 2011.
http://www.skytopia.com/project/fractal/mandelbulb.html. Acesso em 21 jun. 2011.
http://www.juliotorres.ws/textos/fractais/FRACTAIS-A-LinguagemDoCaos.pdf. Acesso em 22 jun. 2011.
http://www.matematicauva.org/monografias/2007_fractais_jose_cledes.pdf. Acesso em: 22 jun. 2011.
http://www.slideshare.net/diego_naves/teoria-do-caos-e-arte-fractal. Acesso em: 21 jun. 2011.