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Ficha para CatálogoProdução didático-pedagógica
Título Material didático pedagógico: função no processo de ensino escolar e de aprendizagem dos alunos
Autor Maria Elisabeth Ubiali BittencourtEscola de Atuação Instituto de Educação Estadual de MaringáMunicípio da Escola Maringá
Núcleo Regional de Educação MaringáOrientador Profª Drª Augusta PadilhaInstituição de Ensino Superior Universidade Estadual de MaringáÁrea do Conhecimento/Disciplina
Pedagogia
Relação Interdisciplinar Todas as disciplinas se relacionam no tema do presente trabalho
Público Alvo Alunas do Curso de Formação de DocentesLocalização Instituto de Educação Estadual de Maringá
Rua Martim Afonso nº50Resumo: A presente proposta, denominada “Material
didático pedagógico: função no processo de ensino escolar e de aprendizagem dos alunos” destaca que para quem trabalha ou pretende trabalhar com o ensino escolar e a disciplina formal, importa identificar suas concepções a respeito tanto da relação entre aprendizagem e desenvolvimento do aluno quanto da relação entre o que e como ensina em sala de aula e as conseqüências para o desenvolvimento do intelecto do aluno. Sob tais premissas, busca teorias, especialmente considerando contribuições da Psicologia e da Pedagogia para o trabalho docente de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento intelectual dos alunos. A proposta apresenta a perspectiva de trabalho com as teorias da Psicologia Histórico-Cultural e Pedagogia Histórico-Crítica de modo a apresentar a proposta em pauta ligada ao como analisar e criar possibilidades alternativas para a educação na atualidade. A proposta articula meios e materiais para que os cursistas, no caso, futuras professoras, compreendam que para levar a bom termo a formação humana dos alunos, é preciso mais do que escolher material didático-pedagógico para trabalhar este ou aquele conteúdo escolar; é preciso trabalhar os conteúdos escolares com vistas ao perfil de homem que se pretende formar.
Palavras-chave Alunos; Conteúdos Escolares; Material Didático-Pedagógico; Desenvolvimento Intelectual.
1. APRESENTAÇÃO
Nossa época, chamada de época contemporânea, é marcada pela
informatização, robótica, tecnologia, enfim, inumeráveis objetos, ferramentas e
instrumentos, que caracterizam um imenso progresso para a humanidade, mas, ao
mesmo tempo é uma época marcada pela desigualdade social, chegando mesmo a
existirem milhões de homens, no planeta Terra, que não têm acesso a uma
alimentação saudável por dia; muito menos à cultura, à universidade ou ao teatro. É,
portanto, uma época de muitas contradições e uma delas é a desigualdade social,
bastante preconizada com a luta da maioria dos homens para manter a divisão
social do trabalho e a propriedade privada, particular. É possível definir, nessa
tendência, as características humanas de modo que entrem todos os homens do
planeta Terra?
É importante trabalhar na educação dos homens de forma contrária a essa
tendência atual, capitalista? Como trabalhar com os conteúdos escolares de forma
que as crianças e jovens desenvolvam concomitantemente pensamentos/ações de
indivíduos humanos, isto é, sociais? Como deve ser o perfil do professor e da
educação escolar para formar indivíduos sociais?
A temática central é a produção e utilização do material didático-pedagógico
como fator de melhoria da qualidade do processo de ensino e de aprendizagem,
mas sem perder de vista o processo que une o homem aos instrumentos e objetos,
recursos e técnicas, ferramentas e toda a riqueza material e intelectual produzida
historicamente. Por isso, torna-se importante considerarmos alguns aspectos da
história humana acerca da relação entre o homem e a produção/utilização de
materiais e o fenômeno da educação que permeia a socialização dessa produção às
novas gerações de homens.
O desafio consiste em compreender o fenômeno da educação e a função do
ensino escolar no processo de formação humana dos homens. E, mais
especificamente, neste propósito, discutir a “função do material didático pedagógico
no processo de ensino escolar e de aprendizagem dos alunos”.
2. FORMA DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Esta Produção Didático-Pedagógica é formada por um Caderno Temático,
composto por três textos que servirão de apoio as análises e sínteses teórico-
práticas da Unidade Didática que denominamos Curso de Extensão “Material
didático pedagógico: função no processo de ensino escolar e de aprendizagem dos
alunos”.
Essa Unidade Didática trabalha com a perspectiva de formação do
pensamento de alunos do 4° ano do Curso de Formação de Docentes. De forma
que, por meio de análises e síntese esses alunos compreendam as concepções
fundamentais do trabalho escolar e da disciplina formal. É importante localizar nas
teorias a relação entre aprendizagem e desenvolvimento do aluno por meio do
processo de ensino; a relação entre o que e como se ensina em sala de aula e os
resultados ou as conseqüências para o desenvolvimento intelectual do aluno.
Sob tais premissas, buscamos fundamentação na teoria do Materialismo
Histórico-Dialético em determinadas áreas do conhecimento como a Filosofia, a
Psicologia, a Pedagogia, a História e outras que aparecerem no conjunto dos textos
e exemplos selecionados. Assim, compusemos um Caderno Temático e uma
Unidade Didática a serem entregues aos referidos alunos, nos moldes abaixo
relacionados.
2.1. Caderno Temático
Com a intenção de oportunizar um aprofundamento de estudos e leituras, fo-
ram selecionados textos na perspectiva da inter-relação das concepções de homem,
de educação, de educação escolar e trabalho docente. A finalidade, nesse sentido, é
que tais leituras fundamentem o desenvolvimento do conteúdo do Curso de Exten-
são “Material didático pedagógico: função no processo de ensino escolar e de apren-
dizagem dos alunos” que, de forma antecipada, preparar-se-ão para as discussões
nos encontros coletivos.
Textos selecionados/autores:
1. Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem (ENGELS,
1984);
2. O Homem e a Cultura (LEONTIEV, 1978);
3. Precarização do trabalho docente e seus efeitos sobre as práticas curriculares
(SAMPAIO; MARIN, 2004).
2.2. Unidade Didática
Com o intuito de orientar o desenvolvimento do conteúdo do Curso de Exten-
são “Material didático pedagógico: função no processo de ensino escolar e de apren-
dizagem dos alunos”, organizamos uma Unidade Didática, que é composta de vários
elementos elucidativos como: exposição e explicação de determinados conteúdos
históricos, exemplos, ilustrações, elementos gráficos e artístico-literários. Esses ele-
mentos formam um caderno de estudos que os alunos-cursistas utilizarão nas ativi-
dades a serem trabalhadas nos quatro encontros coletivos com a professora PDE.
Essa Unidade Didática, planejada para ser entregue a cada aluno-cursista, segue a
formatação de um caderno de estudos, que se realizará por meio de um Curso de
Extensão, da seguinte forma:
2.2.1. Primeiro Encontro
Dia: 13/08/2011;
Tema: A formação humana: relação homem-natureza;
Texto base: Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em
homem (ENGELS, 1984);
Filme: Filhos do Paraíso;
Objetivo: Debater sobre as concepções de educação e educação escolar
para a formação humana do homem.
Procedimentos:
2.2.1.1. Filme: Filhos do Paraíso
• Titulo original: (Bacheha-Ye aseman);
• Lançamento: 1997 (Irã);
• Direção: Majid Majidi;
• Atores: Mohammad Amir Naji, Amir Farrokh Hashemian, Bahare
Seddiqi, Nafise Jafar-Mohammadi, Fereshte Sarabandi;
• Duração: 88 min;
• Gênero: Drama.
Figura 1 – Imagens do filme “Filhos do Paraíso” – Direção: Majid Majidi (1997)
Fonte: Adaptado pelo autor (2011)
• Sinopse:
Produção iraniana com uma história sensível, enquanto fazia compras no
mercado, o menino Ali perde os sapatos que sua irmã menor Zohre,
deveria usar na escola. Ele procura por eles desesperadamente, mas não
tem sucesso. É aí que ele decide dividir seus próprios sapatos com a
irmã, para que ambos possam ir à escola. Enquanto isso, Ali treina para
conseguir uma boa colocação em uma corrida que será realizada para
comprar um novo par de sapatos para a irmã (adaptado de WEBCINE,
2011).
2.2.1.2. Discussão sobre o filme
• Exposição e debate dos aspectos a seguir:
a) Examinar as mediações que dão sustentação aos processos, às
conjunturas (situação nascida de um encontro de determinadas
circunstâncias, e que se considera como o ponto de partida de uma
evolução, quer seja de uma ação, um fato, um fenômeno);
b) Examinar as mediações que dão sustentação ao processo de formação
de Ali (nove anos), que:
− Espera o conserto do par de sapatos da irmã;
− Aguarda fazerem o pão, vai os juntado, embrulha-os e leva consi-
go;
− Reserva os pacotes e escolhe as batatas, primeiramente se dirige
às batatas mais novas, depois, não lhe é permitido aquelas. Dirige-
se a outro monte de batatas, mas escolhe as mais adequadas;
− Desespera-se ao ver o sumiço dos sapatos da irmã;
− Convence a irmã, por meio de um recurso material, a não falar para
os pais sobre o acontecido com os sapatos;
− Se sujeita a dividir com a irmã o uso de seu único par de tênis;
− Enfrenta problemas: atrasa-se para o início das aulas, é repreendi-
do, constrangido moralmente fora da sala de aula;
− Resolve ou tenta resolver seus problemas;
− Analisa o eu e o outro fundamentado em valores universais;
− Produz em sala de aula, é excelente aluno, sobressai-se com as
notas;
− Produz em casa com as inúmeras tarefas diárias, pois o pai dele
cobra: “já tem nove anos, não é mais criança”;
− Investiga, com o pai, as possibilidades de trabalho como jardineiro;
demonstra utilizar racionalmente os conhecimentos adquiridos na
escola, como meio de organizar e comunicar as necessidades do
pai;
− Mostra-se criança que gosta de brincar, inventa, cria, imagina;
− Vive o dia sempre visualizando nas suas relações familiares, esco-
lares, de notícias do mundo, as possibilidades futuras para resolver
seus planos e dificuldades, e encaminha suas ações particulares
nesse rumo;
− Almeja, observa, planeja e luta com todas as suas forças para mu-
dar as situações que o incomodam;
− Outras atividades, nas quais o garoto mostra suas apropriações/ob-
jetivações individuais.
c) Mapear também o processo de formação da família, da escola. Anali-
sar esses processos considerando-os sob a perspectiva do conteúdo
(sócio-histórico) e da forma (dialética) que, em unidade, constituem o
processo de formação dos homens:
− Analisar as ações da irmãzinha;
− Onde estão as crianças quando não estão na escola;
− Outras questões levantadas pelos alunos-cursistas.
d) Quanto à relação do conteúdo do filme com a teoria do materialismo
histórico-dialético:
– Para Marx e Engels (1982, p. 56),
[...] em cada uma das fases da história encontra-se um resultado material, uma soma de forças de produção, uma relação historicamente criada com a natureza e entre os indivíduos, que cada geração transmite à geração seguinte; uma massa de forças produtivas, de capitais e de condições que, embora sendo em parte modificada pela nova geração, prescreve a esta suas próprias condições de vida e que lhe imprime um determinado desenvolvimento, um caráter especial.
e) Considerar o homem em seu todo implica considerá-lo no complexo
das circunstâncias e vice-versa, como bem afirmam Marx e Engels
(1982, p. 56) “as circunstâncias fazem os homens assim como os
homens fazem as circunstâncias. Os indivíduos fazem-se uns aos
outros, tanto física como espiritualmente, mas não se fazem a si
mesmos”;
f) Engels, em seu texto, escrito em 1876, intitulado “O Papel do Trabalho
na Transformação do Macaco em Homem”, explica que,
historicamente, os homens foram aprendendo a executar operações
cada vez mais complexas, a propor-se e alcançar objetivos cada vez
mais elevados. Assim, de geração em geração, o trabalho se
diversificava e aperfeiçoava, estendendo-se cada vez a novas
atividades. À caça e à pesca veio agricultura, e mais tarde a fiação e
a tecelagem, a elaboração de metais, a olaria e a navegação. Ao lado
do comércio e dos ofícios apareceram, finalmente, as artes e as
ciências (ENGELS, 1979);
g) Engels (1979) chama a atenção para o fato de que esse processo de
aprendizagens cada vez mais complexo é possível para os homens
graças à cooperação das mãos, dos órgãos da linguagem e do
cérebro, não só em cada indivíduo, mas também na sociedade. O
autor mostra, assim, uma concepção de homem que não pode
distanciar-se das relações sociais em determinado tempo histórico,
nem da identificação das circunstâncias concretas ou condições de
vida como base para o desenvolvimento humano. Essa compreensão
é importante, pois nos convence acerca do propósito da produção
didática em pauta. Não podemos desvincular os estudos e as
discussões a respeito dos materiais didático-pedagógicos dos estudos
sobre as concepções de homem-sociedade, de desenvolvimento
humano, nem sobre a direção social pretendida com tais estudos;
h) Tomamos por texto base, “Sobre o papel do trabalho na transformação
macaco em homem” de Friedrich Engels que nos leva a observar que
podemos distinguir as épocas da história da humanidade - por
exemplo, a Idade da Pedra, a Idade do Bronze e a Idade do Ferro - de
acordo com o material dos instrumentos de trabalho e das armas;
Pelo conhecimento da produção material e do consequente progresso
nas relações da vida social podemos constatar um processo contínuo
e ininterrupto de relação entre o homem e a natureza. Parece-nos
importante não perdermos de vista esse processo, para daí
procurarmos evidenciar, no processo de ensino, o papel dos recursos
materiais, aqui denominados de materiais didáticos pedagógicos.
Cumpre, primeiramente, considerar a que se destina, no processo de
ensino, o uso de materiais didático-pedagógico.
2.2.2. Segundo Encontro
Dia: 20/08/2011;
Tema: O desenvolvimento histórico da consciência: A função dos
instrumentos materiais e intelectuais;
Texto base: O Homem e a Cultura (LEONTIEV, 1978);
Vídeo: Menino sobrevive na selva por oito meses com ajuda de macaco;
Objetivo: Estudar as concepções que fundamentam o trabalho docente.
Procedimentos:
2.2.2.1. Vídeo: Menino sobrevive na selva por oito meses com ajuda de
macaco
Figura 2 - Imagem da reportagem “Menino sobrevive na selva por oito meses com ajuda de macaco” – Globo Reporter (2010)
Fonte: Adaptado pelo autor (2011).
• Apresentação1:
1 Texto extraído da reportagem “Menino sobrevive na selva por oito meses com ajuda de macaco” (THIELLMANN, 2010).
Esse pequeno Tarzan foi encontrado por um pescador. Para
sobreviver, Fernando bebia a água e comia a polpa do coco verde. Ele se
alimentava também de um caramujo grande.
Duas ilhas formam um país inteiro: São Tomé e Príncipe. Para onde
quer que a gente olhe percebe-se que os deuses da criação deixaram no local
uma assinatura definitiva, a de que não há limite para o belo.
Mal se vê o país no mapa. Ele é tão pequeno e tão fascinante, encra-
vado na costa da África Ocidental, cercado por todos os lados pelo Oceano
Atlântico.
Todo o território de São Tomé e Príncipe mede pouco mais de 1.000
km2 que hospedam um santuário no continente africano: uma floresta equato-
rial. É a mistura perfeita de tons que contrastam com as rochas vulcânicas. As
praias estão entre as mais bonitas do mundo.
E as matas, intocadas desde que os portugueses descobriam essas
ilhas em 1470, guardam um tesouro. O país africano, de 160 mil habitantes
que falam a língua portuguesa, é cheio de encantos e mistérios.
Agora, contaremos uma estória incrível. Até parece ficção, saída de um
livro de aventuras infantis. Quem nunca ouviu falar no menino Mogli - o garoto
criado pelos bichos em uma das florestas mais fascinantes do mundo? E o
Tarzan? São lendas que encantaram gerações e mexeram com a nossa ima-
ginação, mas a aventura que descobrimos nessas ilhas é pura realidade.
O cenário é uma floresta africana. O personagem é uma criança, um
menino que com apenas oito anos teve que enfrentar desafios quase impossí-
veis de serrem vencidos para sobreviver: mata fechada, medo, bichos que ele
nem conhecia, escuro da noite, gritos que ninguém escutava. Durante oito
meses, Fernando ficou perdido na floresta.
Pela primeira vez, depois de três anos, o garoto concordou em voltar
ao lugar de tantos pesadelos. O acesso requer coragem. A estrada vira cami-
nho, vira atalho, vira desafio. Duas horas e meia depois, chegamos ao ponto
onde tudo começou.
O menino nunca tinha visto um boi: animal raro na Ilha de Príncipe. “O
boi começou a ir para a mata e comecei a acompanhar boi”, lembra Fernando
Neves Umbelino, hoje com 11 anos.
E a curiosidade dele se transformou em um desespero. “Ele foi com o
boi a uma longa distância e não conseguiu regressar. Passamos dia e noite à
procura dele”, conta Frederico Neves Umbelino, irmão de Fernando.
E nada. Os moradores da cidade, a equipe de resgate: todos foram aju-
dar nas buscas. “Procuramos durante duas, três semanas, e não o encontra-
mos”, revela Frederico.
Fernando conta que, no princípio, quando viu que estava perdido, ele
gritou pelos irmãos e que ninguém escutava. “Sentia vontade de ver meu pai,
minha mãe, meus irmãos. Chorei muito. Eu pedi a Deus, ao anjo da guarda
para estar com a minha mãe”, diz o menino.
E assim foram os 240 dias e noites que ele passou isolado. “Eu procu-
rei bastante o caminho, mas não consegui ver”, afirma Fernando.
Ele ainda revela que, na hora de dormir, se escondia debaixo de uma
pedra. O irmão Frederico conta que a família sofreu muito com o desapareci-
mento de Fernando: “foi muito difícil. Não comia, passava a vida a chorar”.
Fernanda Neves Umbelino, a mãe do menino, conta os momentos em
que mais se lembrava de que o seu filho estava na floresta: “no momento em
que eu ia para cama, não via ir para cama, e no momento de refeição, em que
colocava a mesa e sentia falta dele”.
Mas, Gervásio Umbelino, o pai de Fernando, nunca perdeu a espe-
rança: “eu nunca tirei a chave da porta da minha casa, principalmente à noite.
A chave estava sempre na porta. A qualquer momento, ele podia aparecer e
podia calhar de não estar ninguém em casa, mas, com chave na porta, ele co-
nhece a casa muito bem, ele podia chegar e entrar”.
Na floresta, as lembranças do menino vêm à tona. Fernando faz ques-
tão de mostrar como se acomodava quando escurecia. Ele se encaixa com fa-
cilidade entre as pedras cheias de limo. Como sempre estava à procura do
caminho de casa, trocava de pedras com frequência.
E como nas revistas em quadrinho ou nos desenhos animados, Fer-
nando encontrou na floresta um amigo inseparável: um macaco.
O menino conta que o animal não saía de perto dele, ficava por perto o
dia inteiro e a noite toda. O macaco trepava no coqueiro, pegava coco, que-
brava o coco e dava para o menino.
Fernando bebia a água e comia a polpa do coco verde. Ele se alimen-
tava também de um caramujo grande, que nasce nos troncos das árvores.
Hoje, na vizinhança, ele é conhecido como o pequeno Tarzan. Não faltou va-
lentia para honrar o título.
Quanto mais Fernando tentava achar o caminho de volta, mais ele se
distanciava de casa. Um dia, chegou a uma praia selvagem, totalmente deser-
ta, até que avistou um pescador e levou um susto. “Senti medo de ele fazer
qualquer coisa má”, revela o menino.
Medo e espanto também foram as sensações do pescador Inocêncio
dos Prazeres, quando viu de longe o garoto: achou que era assombração.
“Eu rezei um ‘Pai Nosso’. Comecei a pedir Deus, pedir Jesus Cristo
para me ajudar, me dar coragem para chegar perto do menino. Ele saltou de
uma ponta a outra e fez um pulo igual a um macaco. Ele não queria que eu
chegasse perto dele. Quando segurei ele, ele estava só limo”.
Quando foi encontrado, as roupas de Fernando estavam só trapos. “Ele
estava com muito medo. Eu também tive medo”, afirma Inocêncio.
Fernando teria virado o menino da selva? O primeiro a receber a notí-
cia de que ele tinha aparecido foi o pai. A mãe precisou de calmante. Os pais
lembram a volta do menino à cidade: “quando chegamos, a praça estava uma
multidão. Ele olhou e começou a rir. Mas foi lá que lágrimas começaram”.
Lembrar o reencontro com o filho, naquele dia, traz de volta momentos
de dor e de alegria.
A estória de Fernando não termina aí. A aventura revelou o que para
muita gente deste lugar ainda era desconhecido: o poder da comida de cada
dia dessa população. Quando voltou para casa, nem desnutrido o menino es-
tava. A mãe não tem dúvida. A razão da resistência física ela nos mostra no
terreiro de casa.
“Eu faço comida com folha de maquequê, folha de matabaleria. Dou
fruta, dou banana”, afirma Fernanda Umbelino, a mãe do menino.
Seria este o segredo da força de Fernando? A aventura do menino na
selva pode criar um novo capítulo na história da medicina. Cientistas não con-
seguem entender por que o garoto não contraiu malária.
Uma hipótese: o maquequê que ele comia todos os dias, em casa,
pode ser uma espécie de vacina natural contra a doença. Será que este povo
terá descoberto, sem saber, o princípio da comida medicinal?
2.2.2.2. O que é o homem?
Estudos evidenciam que o surgimento do desenvolvimento do pensamento
humano se dá na relação entre o trabalho e consciência. Leontiev (1978) define
trabalho como sendo “um processo que liga o homem à natureza, o processo de
ação do homem sobre a natureza”.
Segundo Leontiev (1978), nos primórdios dos tempos, nossos antepassados
não utilizavam instrumentos. Faziam uso simplesmente das mãos ao adquirirem
alimentos para a garantia da sua sobrevivência. Vemos, portanto, que a mão não
era apenas o órgão do trabalho, era também produto dele. Unicamente pelo
trabalho, pela adaptação a novas funções, pela função hereditária, do
aperfeiçoamento adquirido pelos músculos e ligamentos, num período mais amplo,
também pelos ossos, unicamente pela aplicação sempre renovada dessas
habilidades transmitidas a funções novas e cada vez mais complexas, foi que a mão
do homem atingiu esse grau de perfeição que pode dar vida, como por arte de
magia aos quadros de Rafael, as estátuas de Thorwaldsen e a música de Paganini,
conforme ilustrações abaixo:
Figura 3 – A captura de Deianira por Nessus
Fonte: The Metropolitan Museum of Art (2011).
Figura 4 – A transfiguração, de Rafael Sânzio (1517)
Fonte: Wikipedia (2011)
Figura 5 – Gravura de Niccolo Paganini
Fonte: Clipart ETC (2011)
Leontiev (1978) utilizou-se do exemplo da caçada para explicar o trabalho na
coletividade, na produção de instrumentos e na formação da consciência. Esse
teórico evidencia que para um grupo de indivíduos obter a carne para saciar a sua
fome, era necessário abater um animal. Para isso, dividiam-se as ações entre os
membros do grupo: espreitar o animal, preparar a armadilha, cuidar do fogo, abater
o animal, entre outras ações para se atingir os objetivos, matar a fome e a satisfação
da necessidade coletiva, ou seja, a sobrevivência do grupo.
Figura 6 – Homo habilis
Fonte: Maxbusboom (2011)
2.2.2.3. Atividade em grupo
Discutir, planejar e apresentar em grupo formas de se expressar sem a
utilização da linguagem falada para:
- coletar frutos numa arvore que se localiza na margem oposta do rio.
Figura 7 – Homem pré-histórico
Fonte: TEACHERSNETWORK.ORG (2011)
Figura 8 – Evolução humana - crânio.
Fonte: PORTAL DIA A DIA (2011)
Para quem trabalha ou pretende trabalhar com o ensino escolar e a disciplina
formal, importa, em nossa compreensão, identificar as concepções existentes a
respeito tanto da relação entre aprendizagem e desenvolvimento do aluno quanto da
relação entre o que e como ensinar em sala de aula e as conseqüências disto para o
desenvolvimento do intelecto do aluno; e, sobretudo, importa estabelecer por meio
de quais teorias - especialmente considerando a Psicologia e a Pedagogia -
organizar o trabalho docente de forma a promover a aprendizagem e o
desenvolvimento de seus alunos.
No que se refere a presente proposta, são basilares os pressupostos da
Psicologia Histórico-Cultural sobre o processo de desenvolvimento, o qual, para
Vygotsky (2000), não coincide com o da aprendizagem, pois o processo de
desenvolvimento segue o da aprendizagem, e ambos são processos diretamente
interligados por uma dependência recíproca extremamente complexa e dinâmica,
em que cada aprendizagem tem uma relação própria com o curso do
desenvolvimento da criança, relação que muda com a passagem da criança de uma
etapa à seguinte.
O ensino representa, nessa teoria, o meio pelo qual o desenvolvimento
avança; os conteúdos socialmente elaborados do conhecimento humano e as
estratégias cognitivas necessárias para sua internalização são evocados nos
aprendizes segundo seus “níveis reais de desenvolvimento” (VIGOTSKI, 1991, p.
176). Assim, compreendendo o ensino como meio pelo qual avança o
desenvolvimento intelectual do aluno, temos como premissa que a função do
professor é a de dirigente do processo de ensino-aprendizagem. A função do
professor está diretamente ligada à condição básica para a melhoria da qualidade do
ensino, uma vez que seu conhecimento profissional é determinante na efetivação da
aprendizagem.
Conforme Saviani (1985, p. 27):
Professor é aquele que possibilita o acesso a cultura, organizando o processo de formação cultural. É aquele que domina as formas, os procedimentos, os métodos através dos quais se chega ao domínio do patrimônio cultural acumulado pela humanidade. E como o homem só se constitui como tal na medida em que se desloca da natureza e ingressa no mundo da cultura, a formação cultural vem a coincidir com a formação humana, convertendo-se o professor, por sua vez, em formador de homens.
Assim, é nessa relação da função docente com a direção do processo de
aprendizagem do aluno que, a nosso ver, incide a responsabilidade da organização
do ensino com vistas a como fazer, e, consequentemente, também a importância da
escolha do material didático-pedagógico.
Não obstante, para levar a bom termo a formação humana dos alunos, mais
do que escolher material didático para este ou aquele conteúdo escolar, é preciso
levar em conta o perfil de homem que se pretende formar. Assim, a escolha dos
recursos materiais deve primar pelas possibilidades do desenvolvimento das
funções superiores de pensamento para a formação do homem, no sentido social da
palavra. É importante considerar que, quando nos referimos ao desenvolvimento de
funções psíquicas superiores, não tratamos da coincidência com a formação de um
homem individualista, narcisista, egoísta, como é a tendência social atual para a
grande maioria dos homens.
A nosso ver, o tema dos materiais didático-pedagógicos se inscreve na
relação que o homem, para se humanizar necessita desenvolver atividades
acumuladas nos objetos. Isso significa que os materiais didático-pedagógicos
situam-se na mesma relação dos produtos do desenvolvimento histórico que cada
homem necessita se apropriar, como condição para sua humanização; ou seja, são
instrumentos e ao mesmo tempo objetos sociais nos quais estão incorporadas e
fixadas as operações de trabalho historicamente elaboradas. Quanto mais os alunos
aprenderem e desenvolverem, por meio de materiais didático-pedagógicos, o
raciocínio lógico, a atenção voluntária, a análise, etc., mais estaremos nos
envolvendo com a humanização.
2.2.3. Terceiro Encontro
Dia: 27/08/2011
Tema: O Trabalho docente: limites, determinações e possibilidades;
Texto base: Precarização do trabalho docente e seus efeitos sobre as
práticas curriculares (SAMPAIO; MARIN, 2004).
Objetivos: Refletir sobre o processo ensino-aprendizagem e o trabalho
docente na contemporaneidade.
Procedimentos:
2.2.3.1. Jogral: O sermão da montanha
- Analisar, a partir do texto “O sermão da montanha” as tendências
pedagógicas.
- Identificar fatores que influenciam a precarização do trabalho docente
na atualidade.
Aspectos a considerar:
a) No que se refere ao quadro atual da educação escolar, o que se tem como
dominante no interior das escolas públicas do Brasil é uma chamada
precarização do trabalho docente. Pesquisas recentes, como a de Maria
das Mercês Ferreira Sampaio e Alda Junqueira Marin, professoras e
pesquisadoras da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-
SP), usam esse termo e expõem a gravidade da situação atual em artigo
que se intitula Precarização do Trabalho Docente e Seus Efeitos sobre as
Práticas Curriculares;
b) Conforme Sampaio e Marin (2004, p. 1223),
A gravidade da situação atual de crise e o delineamento de um novo modo de organizar a prática e o currículo, em que se vai destituindo o lugar do conhecimento e da reflexão. É evidente o serviço à ordem vigente de estudos que reduzam os problemas a questões de gestão e de ineficiência da escola, ou a impropriedades e irrelevância do currículo, já que a relação de desvalorização e relativização total do conhecimento se articula ao desmonte da escola pública e acompanha o movimento de desvalorização das pessoas que usam a escola e fazem dela seu posto de trabalho.
c) Como já foi dito, no quadro educacional brasileiro muito se veicula sobre a
escola pública e o trabalho docente. Destaca-se aqui a pesquisa publicada
em 2009, intitulada “Professor Incompetente: Qual a influência da mídia na
atual desvalorização do profissional docente, de Juliana Bottos e Lizete
Shizue Bomura Maciel (Orientadora) da Universidade Estadual de Maringá
(UEM-PR), na qual as autoras tecem considerações sobre a
desvalorização do professor da Educação Básica, especialmente dos
profissionais que atuam nas escolas públicas brasileiras;
d) As autoras acima entendem que a preocupação com a qualidade do
ensino estava relacionada, acima de tudo, com a produtividade, a
competitividade e a lucratividade das empresas, questões fundamentais
para a sociedade capitalista, e com certos artigos jornalísticos, que, ao
trazerem a afirmação de que os professores não eram capazes de ensinar
a ler, escrever e contar satisfatoriamente, estavam atribuindo a esses
professores o rótulo de incompetentes (BOTTOS; MACIEL, 1991).
2.2.3.2. Vídeo: Escola rural na cidade de Candeias do Jamari – Rondônia
Atividade em grupo de três alunos:
- Considerando o vídeo, relacionar o trabalho docente em seus limites,
determinações e possibilidades;
- Exposição dos trabalhos.
2.2.4 Quarto Encontro
Dia: 03/09/2011;
Tema: Produção e reprodução de material didático-pedagógico: relações
entre o ensino de conteúdos escolares e o processo de humanização dos
alunos;
Texto base: Professora Amanda Gurgel resume a educação no Brasil;
Vídeo: Resumo da educação no Brasil - Professora Amanda Gurgel;
Objetivo: Relacionar as condições materiais e políticas educacionais para a
realização do trabalho docente em nosso País.
Procedimento:
2.2.4.1. Vídeo
Figura 9 – Imagem extraída do vídeo “Resumo da educação no Brasil – Professora
Amanda Gurgel”
Fonte: Gurgel (2011)
No dia 10 de maio de 2011, Amanda Gurgel, professora do estado do Rio
Grande do Norte (RN), numa audiência pública sobre o cenário da Educação atual
(que se arrasta há anos) no estado (e no Brasil) fez um resumo desmascarado da
realidade sob o ponto de vista de quem está dentro da caótica crise social, ou seja, a
maioria dos brasileiros. Através de seu discurso silencia os deputados. Ela fala so-
bre as precárias condições de trabalho no seu estado e da situação vergonhosa que
passa o RN, mas, isso é uma realidade em todo o país, principalmente no nordeste.
Ela é determinada em suas reivindicações e se utiliza de argumentos fortíssimos ao
retratar a realidade educacional em que nosso País vive. Com muita propriedade ela
cita que a coisa mais certa para um país crescer é o investimento maciço em educa-
ção. Todo mundo sabe disso, os políticos também sabem. Só que esses políticos
não investem em educação, porque um povo educado nunca votaria neles. Além
disso, o investimento em educação não tem um retorno imediato. Ai eles preferem o
bom e velho "pão e circo". Vejam ai, o governo vai gastar 1.000.000.000 (um bilhão)
de reais para reformar o Maracanã e mais vários milhões pra reconstruir a Fonte
Nova, o Mineirão, o Beira Rio, entre outros. É brincadeira? Nós educadores sabe-
mos que a educação, assim como outros setores sociais (saúde, segurança, mora-
dia), do Brasil nunca foi tratado como prioridade por nossos “representantes” políti-
cos, realmente isso não é novidade. Um dos momentos muito forte de seu pronun-
ciamento é quando ela fala, das condições precárias de trabalho e questiona “estão
me colocando numa sala de aula com um giz e um quadro pra salvar o Brasil?”. A
professora Amanda não tem o poder de ser a “redentora do país”, mas fez alguns
políticos calarem-se por uns instantes, constrangidos, e sacudiu a consciência da
sociedade.
2.2.4.2. Discussão sobre o vídeo
a) Destaque pontos que considere importantes para entendimento das políti-
cas publicas educacionais no Brasil.
b) Sugira alternativas para a educação na atualidade.
c) Avalie o Curso de Extensão “Material didático pedagógico: função no pro-
cesso de ensino escolar e de aprendizagem dos alunos”.
3. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
O Quadro 1 apresenta o cronograma para a implementação da proposta abor-
dada pelo presente trabalho.
Datas
Atividades
26/07/2011 a
28/07/2011
04/08/2011 a
03/10/201113/08/2011 20/08/2011 27/08/2011 03/09/2011
Período de inscrição
X
Período de lei-turas antecipa-das
X
1º Encontro X
2º Encontro X
3º Encontro X
4º Encontro X
Avaliação X X X X
Quadro 1 – Cronograma de atividades
Fonte: Elaboração do autor (2011)
REFERÊNCIAS
Referências no texto
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