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¦;;-;¦-.,i v....; ^«-*r^»^sí^r^t ":.¦'¦' - '.*¦'¦ x"\':\x''\\ffim$ 9 ::' sr' ¦»'!. A ANO VI MANHA RIO DE JANEIRO, DOMINGO, 28 DE ABRIL DE 1946 NÚMERO 1.447 J| ******«*********-*******-*---****.^^ ^'"y^'¦; 1 xm (\, QUE estranha sensação é es_de um<* recordação de mocidade, sa que invade padre Luis?*¦¦* <luase sepultada nas mais es- De muito deixou de verqueçiàas profundidades da me- a paisagem que passa pelos seusmor*a» olhoa nessa viagem de quase c xílio para o interior dc Minas. De muito o Breviário está fe- chado, descansando sobre a bn- tina, de encontro aos joelhos uni- «los. Que se passa com êle? Que estranha sensação é essa? se passaram várias horas A ¦i- Não, padre Luiz não sabe ex./ plicar o motivo daquela sensa- ção tão viva e tão diferente, tão poderosamente tirânica, que o envolveu por completo e fez es- iludem, momentaneamente, da. quecer tudo mais. Não sa- <_as as aparências de realidade be explicar, não o tenta, nem que nos devolvem, mas que, na mesmo adivinha o que está se verdade, tudo bem examinado, V I S I T A OCTAVIO DE FARIA desde que o Reitor do Colégio «rifica.ido nele. Aceita, sofre, pensado e repensado, nada ré- Sfio Luis de Gonzaga e padre abandona-se sem sombra de de- soivem 0u revelam sobre o. quo Gõdo o deixaram naquele trem, V:'s? cu PrccauCa0• *e'u. Por »«im» constitui os mistérios da Memó- ***r*»**èns, somos capazes das passa de aparência, artificio resignado, hulmide, porém in !..ia "7 ™a,s- .que sou eu» que ria e.do Sonho.; mais terríveis ações de faze- dialético, simplificação inaceitá- qualquer coisa de novo com êle,nos" formavam grupo: Alma e de grave talvez. Arnaldo não GMateus, treze e onze anos, gesti- olhou com o antigo olhar riso-culando muito, gritando, cheios nho, franco, de que não se es-de ardor na saudação ao irmão- queceu muito embora anos Hpadre de cujos traços, na ver- anos de seminário tenham de-dade, mal podiam se recordar, corrido.principalmente Mateus. E, por Veio visitar a família, cmfim, no extremo da série, afãs- Não é outra eoisa o que suce- Morro Azul, pequena cidade dotado, isolado dc todos e de tu- de a padre Luis durante essa interior de Minas, depois dc lon-do, Arnaldo sorria com indisfav- sua viagem para Minas. Quan- ga ausência. Uma forte gripe,cada ironia do fundo dos seu.-? do, cm determinado momento, mal tratada, deixou-o enfraque- depois d6 ter sido acometido por cido, necessitando de um descan- recordações sem maior imper* so nunia região de clima ameno táncia, a Memória o invade c e vida tranqüila. Recebeu per- quieto. Contemplou a paisagem, bonita, embora exaustivamente monótona, relembrou os fato: principais ocorridos com êle « com os seus penitentes durantr aqueles últimos meses de crise abriu o Breviário, rezou, rezor muito, tornou a se sentir inva ilido pelo mar revolto das recor. tiações que tanto gostaria de ve* desaparecidas da sua memória procurou mergulhar novament na oração, teve até mesmo ur instante de cochilo entre dua estações próximas. Tudo isr lhe ocorreu, horas se passarr.r mas por que, agora, aquela sc sação estranha, tão diferente i todas as outras? Por certo, ainda é sob o sipr^ da memória que sente que v: caminhar. Por certo, são sin. pies recordações as nuvens per onde seu pensamento está se pr- dendo. Mas, por que, por que e i tão desde logo percebe que se tr ta de outra coisa, de uma rerri nioração totalmente diferente (!•; todas as anteriores e, até mesmo não tem a menor dúvida : èsse respeito de não importe qual outra ainda venha aljrur «lia a lhe ocorrer? Nunca pt!:' duração, talvez enorme, mas de qualquer maneira absclutamen- te sem importância tüante do fenômeno registrado. Nem mui- to menos pelo íato do se tratar envolve por completo, êle se mlssao Para PaE8ar uns. dois inexplicavelmente arrastado pa- meses com os Pals e ali ei.- ra o núcleo de um espisódio su- ta dlante dos Mendonça reuni- onérica des conhecimentos. Porque sa- cedido muitos anos antes, para aos:..u,n* casal de velhos bons e humildes e seis filhos que ha- viam crescido como se tôda a sei eu de tudo isso que se passa ««.-«.„•- _--- .««o. ¦-,*»,•» •¦in neinin /in mim Aa todn-f nós Deparando com essas inume- ._„ __ »_-._„. .._ ... ²., uo acima ue mim, «ae waos nos. f&s peqUenas observações, dos sas Leis da Memória ou a espa- passa de muito os nossos humil •wtmoac,* '•^íÍmS cientistas, exclamamos muitas lhafatosa Simbologia onérica des conhecimentos. Porque sa. . ctençao.airia que íoi a vgzeS( movjdos pej0 majs gjnce- não sáo outra coisa do que con- bemos que as grandes invasões uma quase insignificante relem- «cmoria que se apoderou deie m en*t,us]asmo de momento; "E1 fissões gritantes, se não preten- em nós da Memória c do Sonho branca da visita que fez à famí- •>ara compensa-lo, em parte, por uma das suas revelações nais completas e mais caracte- •ísticas, de todos aqueles sofri- •nentes que o tinham feito ver- .ar, física e espiritualmente ao longo do tremendo assalto que, contra as suas forças de coração * espirito, empreendera o Se- hor do Mundo... Nessas ocasiões, creio eu, a tiemória em nós uma verda- l?ira presença, uma pessoa per- feitamente independente, um Ou- 'ro em nós, vivendo e crescen- o monstruosamente no espaço le alguns momentos, de umas "rações dc horas. Exatamente como sucede ao sonho, pelo me- .ps cm certas fases da vida. São presenças, são como que ii ranismos que cm nós vivem us vidas e consigo nos arras- am para regiões desconhecidas esquecidas; Não suportar)- 'o o mistério que representam :ssas estranhas existências, «»«- as verdadeiras ilhas «le irrea.li- ade, os homens de ciência ten- am redur.í-ios a complicados me- ãnismos cujas pequenas c cap- iosas leis dc funcionamento eles imontoani em tratados e mais tratados que freqüentemente nos SAGARANA MARQUES REBELO EI-LO aqui e não como n;- vidade, leitor estive com êste livro nas mãos um-i semana, manjando-o. Tinha outro nome então, "Contos" simples mente, contos de Viator, pseudo nimo de um tal que ninguém ?.i bia quem era, uma das exceçô-.** portanto do concurso, talvez ti todos os concursos neste Bra*,! tão pequeno, pois os estilos sãi poucos e traiçoeiros, rompem o envelopes fechados da imparcia 1 idade como é dificil julgar! Bem, foi quase muito tem po, 1938 ponhamos, e não me vi nha assim em letra de imprens.' e capa colorida, brilhando; Era um grosso original encadernado com cuidado, quinhentas pájã- ²O grosso? ²O grosso . ._ Desabafamcfi. Papagaio, era de •••sustar o homem! Que força, que riqueza verbal, que conhecimen- tn da terra e do povo, que sahcdo- ria literária, c isso c aquilo. É «.critor feito. Será Fulano? *— ':uando Fulano terá talento para •mio? Quem era, quem não era, não sc atinava. Ficamos com o nosso segredo, conversando muito •obre ele no escritório forrado de iurisprudência, nos altos do cm- p.-islclado Banco Francês e .Itália-' no, charuto versus palhinha, café com açúcar versur café sem açu- car, telefone de vez em quando atrapalhando. Veio a reunião dos jurados: nas de papel relatório, Cípaçovc]h(J Graça> àe jn<:h;l(lo. „jn. «lois, cerrado atochado assus-(]a com t.ilcjro de ca«lcia. Pere- tava muito.-írino, ativo como abelha, na- A Tijuca, velha Ti. uca, commorand0 a Academia, Dias da sofá de palhinha, oratório, ca-costa namorando outras coisas com deira pé-de-cachimbo e o no Tra-seu perfil de turco. Espalharam- picheiro correndo atrás da jane Ia, surdo e impetuoso nas noi- tes de chuva, mingoado c sutil nos dias secos, era o meu pouso sem descanso, sem consolo, pe- íioso, ó tempo triste que feliz- TttMie acabou, como tudo acaba •V nó*, se pela graça de Deus rir* sei. «3 juiz irritado com o céu, com M bondes, com o dinheiro escas- so.com os homens, com cie pró- prio, com as obras dos outros principalmente, como uma fornii- ga louca carregava para os oitenta originais do concurso, na vinte e poucos anos estnantes de saúde. Aliás, 3aúde panacia ser a mensagem espontânea e inven- civel de tôdas aquelas fisiono- mias. Fora os pais, avelhanta- dos, gastos, todos brilhavam de uma mocidade esplendida. Lin- das as três moças, "as inse- paráveis", imponente o casal mais novo, e de Arnaldo, desse então, nem valia a pena falar.- Anos antes, quando os dei-L xará, eram todos forte e gordos, mas, de forma alguma, impres- sionavam daquele jeito. Ou tal- Como ainda se lembra bem da ver. nj0 houvesse reparado mui- expressão de todos no momento t0> Exaltado pelo fervor de es- em que os fitou. Ninguém viera ter dando os primeiros passos no ao seu encontro, em baixo da sentido da sua Vocação, não ti- escada, porque a chuva caia en- nha 0\no!i para 0 estado físico tão torrencialmente. A família ,je njnguém. Agora, com o toda ficara na varanda, debru- Sacerdócio à vista, dono da mais cada sobre a grade de madeira, inalterável serenidade, nada lhe as figuras aparecendo por en- passa despercebido do que real. tre as falhas da trepadeira que, mente possui alguma jmportâu- cia. saúde da terra lhes tivesse sido reservada por um decreto divi- no, enquanto que as mazelas disponíveis houvessem cabido ao filho mais velho, ao futuro pa- dre... durante os seus anos e anos de ausência, se alastrara com tô- da a força, num ímpeto verda- deiramente selvagem. Na frente, logo rente aa tô- po da escada, o vulto precoce- mente envelhecido de dona Au- jea, então à beira dos cinquen- ta anos e aparentando muito mais. Ao lado, grave, procuran- do esconder a sua emoção, Xis- to de Mendonça, apenas cinco anos mais» velho que a mulher, «- parecendo da mesma idade. Logo em seguida, formando um grupo, as três "moças" de ca- sa, Aurinha, Léa e Lavinia, des- tendo dos dezoito aos dezesseis anos. Mais adiante, "os meni- Foi sem dúvida por isso qua tiesde logo notou o esplendor íi- sico dos irmãos, principalmente o de Arnaldo. E foi também, por isso que, desde o primeiro instante, sua atenção foi atrai- da, e de um modo todo especial, para a expressão estranha, in-i quietante, que o.irmão tão que- rido ostentava e parecia con ten-» te de poder fazê-lo, quase como se o estivesse desafiando. (*) Do romance "Os Caminhos d: Santidade" ("O Senhor do Mum do . II"), Vlll.° volume da séri» "Tragédia Burguesa"). Notas sociológicas sobre a arte moderna GUERREIRO RAMOS NO artrite* moderno genuínoEita maioria não poderá ioc- coneidera com deadera aque-çosamente estimar os motivos cern les aue não compreendemque opera o artista moderno. Nco suai obrai" e ie inclina a admi-é a capacidade de compreender tir (jue ião criaturas portadorasque lho lalta. É quo a esta cape- de uma lesão intelectual insana-cidade foi dado um conteúdo va- vel. Eate atitude postula umalorativo diverso daquele que •* afirmação d* qu«» uma dile-obra moderna oncorra. Nin-juá** rença de eipícia entre oi "enten-nasce com sonso estético. Éstc didos" e oi "não-entendldos".adquire, de modo formal, pe-a Por outro lado, oi que nâo ai-educação sistemática, ou àe -n*- cançam o lenti-o daquelas pro-do informal .através d* contatos du.ões tim a tondência a julgarnão deliberados, como é mtns que o artista moderno é um mis-freqüente. tificador. sendo estes freqüente-O gosto do indivíduo se(formo mente oi autores doi proloitlossob a influencia dos estimulo-i indignados contra a profanaçãoque cie encontra em leu conto ...ha V* i-4_.ii r.Amt-.T.tAt*i*lar mi* *t*\i da belexa.... sc cinzeiros na mesa da enlraili» com retrato risonho da menin? Maria Morais, c uma vcntarcla japonesa para os calores do velho 1'rudente que dorme cm p.17 c que cada parceiro se utili- zava seu pedaço com educação. Que cada qual tenha suas opi- niões è nma das graças que r mundo tem. Fato sabido, Prutlen tino è um democrata às direita*- Cumpriu o seu dever e é o qu1 lhe basta. Fica muito tranqüilo Mas sujeitos irritantes, mn' educados, que querem â forç llu s t r a f á de ALFREDO CESCHIATTi Entretanto uns e outros são buv- ceros quando procedem ao seu modo. Qual * poii. a raxão dês- te conflito? Eis uma quostão que a sociologia pode explicar. Foi Pinder quem se referiu a "coetaneidade do não coe- no. E' fácil compreender que nu- ma sociedade primitiva o gos!> do cada pessoa é idêntico ao da qualquer outra. Em nossa soeis- dade industrial, porém, éle f-e multiplica em formas variada-:, em virtude de sua helerogeuei- dade. Esta heterogeneidade é resu'- tante da justa posição de sobr? - vivências como também da pró- pria variedade de perspectivai verdade oitenta e três e. Nossaempurrar nos outros a sua op!- Mãe! quanta dignidade de horasniao. O juiz do Trapichciro í perdidas lendo aquelas bobaícn**desses, o infeliz. Nao suporta per tôdas poroue fora lambe"»der- Ah! as eleições da A- B. D candidato duas vezes, era moço.F.. ah! as derrotas do Americ c sabia como doem as injustiçasFutebol Clube! são para cabe Esse não serve, esse não ser-los brancos, rancores tremendo? ve esse íião serve era um rr»-um chorrilho «le perfidias. Ficor frào bem melancólico marcai!»furioso, fez estupidez com mestr com laois azul na lista dos canGraça (já fo iperdoado) e saiu danado para escrever uma crôni* ca no "Dom Casmurro", carre- dando na caneta das intenções, nue o livro era um assombro e (Conclusão da 2." p. da 2." seçáo) didatos: Flor de Liz. Dr. Fausto Anselmo do Camno. Anstarco Iünoto, Leda, A. T. Ubirata... be- que estou em erro? pensava. Se estivesse, os outros compa- nheiros de jurado saberiam cor- rigir, ponderava. E esse nâo ser- ve, e esse não serve, e tome ca- e tome cigarro, e alguns mos- . travam uina pontinha de talento sergipano, alagoano, matocros- sense. outros anucla habi.Maae que t a maior inimiga e que o tempo reduz a nada, e a maio- ria nem pontinha nem habilula- de, e o lanis azul trabalhando, o aquele sofrimento de quem no fim das contas não crê nem mes- mo na sua justiça. E a pilha ia diminuindo no canto dn secre- tariazlnha de jacarandâ.fjMg 0a, Q a,fe t(J CUCi na hierar. nita como urna moça S»™"1™ ,ia da :nint,a admiração. ocupn que _bo»e pertence ¦••?"«£-£*£ ram sempre os poetas. E hoje turado poeta Manuel Bandeira* _„ comprccndo uma coisa: que batizada com outro nome. uona fssa admiraç5o pelos pocta5i n, Mafalda. pois antes sc «>>»•"£ mcu espirito, data dc época ben secretas alem ,.„„,„. . i ,„mnns mplnneA!leot SEM nunca ter perpetrado ver* sos, eu sempre senti em mim a vocação da poesia. E essa vocação, com o tempo, transfor- .nou-se cm amor e compreensão sso mesmo! E' exatamente ieso ciosas, «ia nossa ignorância fren- é que são tudo e não as mes- lia algum t-empo antes da sua a que se comigo!" (Penso t* a:uma. Realidade que, erôden- quinhas fórmulas esquemáticas ordenação. mi tal ou qual "descoberta" dos temente, "nos transcende tanto a que se pretende reduzi-las. A Simples recordação? E' ela, no uma isicólogos, penso em tal ou qual qt*enão a conseguimos nem mes. Memória é um mundo de que, entanto, quem traz à vida espi- táneo . em nossa époecje, nes ledução dos psicanalistas...) mo poetizar. Talvez porque tan- desgraçadamente, não possui- ritual de padre Luis, transtorna- Mo. ao nosso ver, esta a rm ^ue realmente seja isso, ou não to no. Sonho como na Memória mos a chave e que muitas vê- da e fundamente ameaçada pela aa irreduübilidade des pon R^ ^ „„_„.uuue .... seja, nada caminhamos para a sintamos o Mistério e tenhamos zes nos envolve a ponto de per- sua participação aparentemente vista estôbcos atualmente Hdog grupog aluaig. poig gabe.s 'rent«. São, serão sempre deta- medo. Daí a fuga para a cxpli- dermos contato conosco mesmo infrutífera em casos de almas géncia.hoJ«B. que o pensamento não *?• hes, pequenas insignificâncias. cação cientifica que pretende e mergulharmos no vazie. O que tentou afastar do caminho Ng0 ^ a incapacidade de cer- uma cópia neutra, mas uma de- -. grande mistério perdura e nós anular o mistério, convencendo- Sonho é outro mundo onde mor- da perdição, a mais importante j0I grupos acompanharem as jormação das coisas. A arte est-;, íão sabemos nada, na verdade, nos de que o sonho não é senão remos cada noite e de onde emer- revelação de quantas revelações tiansÍonnaçõei, como também « como a politica. mati-ada de n- ••obre a essência déBsàs inexpli. a continuação ardilosamente fan- gimos angustiados c foragidos, importantes vão ter lugar na própria velocidade da mudança anca- ideelóçticas. •áveis presenças em nós. Ltasiada da realidade vivida du- tendo "vivido" intensamente, sua vida fértil em situações dra- ssdsl de nõsaos dias determina o conilito das vivências estéti* Vêm-de repente, vêm.com uma rante o período de vigília, e quo tendo nes transformado lio mais máticas e descobertas decisivas. que a época, presente careça de cag se \oraa ainda mais agravar força tremenda e se impõem ir- a memória não «S senão uma fa- íntimo de nós mesmos, diferen- Simples recordação*...valores comuns, isto è. confessa- do pelo fenômeno que se poderic remediàvelmente à nossa pobre e culdade pela quel o espírito con- tes enfim, quem sabe às vê- Revê a <*ena tôda inteira e ain- dos pela maioria como tais. Disto chamar de "purificação" da atte. quase sempre apavorada von. serva as idéias anteriormente zes irreconhecíveis para um olhar da lhe parece ouvir o alarido da.resu]ta que. enquanto uma mino- & música pura. a poesia pura. a. tade. Tomam conta, impelem adquiridas e é tão bem conheci- mais penetrante...meninada recebendo-o do alto da tia «ais avançada incorporada a pintura pura noutras eynressãe- para a frente, enchendo o nosso da nos seus "mistérios" quan- E ambos, Sonho e Memória, varanda aos gritos de "Viva o Sua vivência eletiva os últimos semelhantes têm sido "sloqa**-" «er, como que se substituindo a to qualquer outra faculdade hu- nos revelam sobre nós mesmos irmão-padre!" e "Vira o irmão estilos estéticos elaborados, a de correntes que pretendem e'.:- nós mesmos. Em menos de um mana.coisas que, muitas vezes, igno- Luis!" E desde esse primeiro maioria, em virtude de certa inér- minar o elemento passional a\t segundo somos outros: embarca. Sabemos, no entanto, temos no ramos dc um modo absolutamen- instante, assim ergueu os olhos cia psicolgica, além de o-atres fa- 0bra ,je arte e c{mverter o "tr; - mos, estamos em alto-mar, per- íntimo de nós mesmos a profun- to decisivo para o nosso desti- e identificou Arnaldo a um can- tores, continua leal a estilos ja balho", a técnica, na prónrin! demô-nos nas -mais longínquas da convicção de que nada disso no.to, isolado, irônico, notou: superados.eperação artística. dias vimo-i um poeta brasileiro (loão CabraÜ 11²~~de Mello Nettol exprimir desos- sombradmente êste ponto de vis- ta, com uma clareia poucas ve- ses excedida. A arte moderna é purista, r" uma arte que se vanaloria dt* exigir do artista o domínio ab- tiolute de uma técnica, de pro- demento que ele tem cm comum ejamar0 experiêncJa do or-, «om a criança..A criança misti- { 6 ^M íka naturalmente, por prazer ou, por necessidade dc mistificar. A q-J-»-*»1" distilada em cadinho* mistificação é um dos atributos adequados o que rer*resen'ar inseparáveis do dom da poesia c uma deformação sistemát»-a da tem a sua raiz tanto na criança, emoção em estado espontâneo, como no poeta, na sede de in- por M(a ratão, não poderA «jo- flnência_ quei se__encontra cm^ am- xaf uma obw de Qt,e modêtn-, aquele ctue conta apenas com MISTIFICAÇÃO E POESIA ( CAPITULO DE UM LIVRO DE MEMÓRIAS) Eponina, por causas dc ¦•emota, dos tempos melancólico* iiiha pena dela. Era a um tem-ternura, piedade e admiração porcoisa, no Pará. senão ver e apiau-ominho, cuja única preocupa- .o com entusiasmo e piedadetodas as criaturas que fazem má-dlr ilusionistas: no ginásio, nosção foi molestarms- e iludirme! ¦ue á via engulir espadas. (gleas e enganam o próximo...jornais, na politica, nas letrasConfesso que aprendi, afinal, umj"ÕV"." íos meus sonhos de menino'eu,. „, ,, „j„.„„„. ,nhra_no comércio, na sociedade, llu-pouco da nobre arte. Mas nãoüe influencia próprio aos poetas. . ., , ... >s vezes, desejava ser um bravof"*«s tarde jt> adoscente, sobre-^o,,^^ por toda parle. e Rtanto que chegasse para proverist0 * no-amor, esse poder dc receptividade emotiva inaémia. fi e atrevido cavaleiro, para_ arre-í,^,^a„tm!n,Ví.v n»"^" u„°••*.•**.•* curioso é que, diante da-às necessidade* do meio e domistificação ó suscetível dc necessário ser culto para tanto. Particularmente no campo ii..-.-, _.«. -" ,- . :*eniOia, UOS tempos nieiuiieuueur _ «utum- v«. *.».-•,» yi r, Ätlfi.lnnltín . Mr Rnvmnnrl Mol "•"'. •""««¦»»' " *-«•".» •_.»-¦-»¦ *¦»- tt*« li«.*.T.->3«uau*.» uu imiu •_ "" miSllIKV-lÇao &suoccuici ut ——--.._ ... -_.._ __.- „*.- uma valsa dc Nazaré, duma i(, colég|0 áof tcmpos líricos dn batá-la dos tentáculos de *|seu" r.Vw ™Z .'« m qticlas mágicas que me descon- irmpo. Dal ter entrado na poli- ..ijnsir a graus inconcebíveis dc Isto isola cada vet mal- ar*!* tristeza de matar muito saborosa I)rimcira namorada e, sobretudo Blondin epoupWa^ap martírio a?i"vn, ao mar ^umn da Aiúa- c?rtavam» cn «ontinuax-a a espe- Wca sem êxito, e ter arrastado até intensidade c fascinação. De to- moderno do grande público de- para quem é do tempo das sere- natas, serenatas na Tüuca, com flauta, cavaquinho, violão e voz lamento, cabeleiras capadócias c bifrodes 1!>13 chamando as namo- radas para a janela do momento grave e triste, cn nue me aconteceu a aventura d: primeira viagem. Vim a desço lirir isso ao ler o "discurso sobn a poesia" que o poeta Angnst< F-ederico Sehniidt inspirou ai Foi então que. de desanimo, em Sr Francisco Campos. Lendo es. * _ -.-.li- ,1., nltiivi•'¦-'•¦•»¦* sa pagina extraordinária, tao ri profissional'dc" deglutir lâminas«?«rava* ao mar rumo da^ Ama- de aço, tão duras-e afiadas... «*¦*«¦. iltfBH «*™har a vida. A . .. , ., _. bordo,, quando procurava recai- - Como nao devia ficar a gar-,c»r*.as. saudades de minha mãe. ,'ar.ta da pobrezinha I...que me pungiam, foi a compa- Mas, o circo de "seu";Blondinnl*ia misteriosa de Mr. Raymond um belo dia, foi embora.-que me distraiu c alegrou. Ven- desanimo, numa noite de chuva, e o rio começava a roncar, "S«- garana" (chamava-se rimentar o mesmo sentimento re-hoje vida trabalhosa. Não con-dos os seres plásticos", o poeta yBa»i_iado desten problemas moto que Carlota me inspirara:sejrui aindi aprender a. enganai0 mais plástico c o poder dc mis-A COB,preeBa5e da obra de ar*, um misto de ternura, piedade Ha«.s outros. Sobretudo, nao apren-tifieação consiste precisam****»***.„'j_.^.„ _««-.„_ ,-j- ... -.-j* tulmlração. Um dia, subitamen-di ainda a arte. entre todas útilnessa força plástica do espfílu Rmod-rnet se torrri ceda vet mm.-» te. um màfico das minhas rela-c dificil, de dizer e provar que Raa personalidade. E a mistifica-problemMiea. Entromn- numer ções fez um "truc" quç me dei-plct0 é branco, e que o branco Içã0 da poesia sem fraude e semépoca de ismos - «»stá exmfr. •> .\ou "grogs". (Uma mágica bes-preto... Em todo caso, esperomentjra. jpC encantava* exerciatempo em que havia um senti- E com ele a pobre, Carlota, JS^^SvltmW^S^^m^ tft.Wi T^oM abandonar o cir- a?rendê-la. Mas aprcndè-la com ca de sugestões c de sentido tão profundo, eu recordei uma ca- racterlstjca singular da minhu infância: -- a paixão dos ilusio nistas e prestidtgitadorcs, e tudi compreendi Realmente, quandi ei' era menino, tinha uma autén tica obsessão pelo ilusionismo « pela prestidigitação. O meu entusiasmo pela classe nos ilusionistas era a um tempo exaltado e comovido. Menino me 'ancólico, eu achava nos mágico* e prestidigUadorcs a minha fon íe única de alegria. Lembro-me ainda do inocente espanto con* que cn via no Circo de "seu" .üondim, a Carlota engulindo es* p.ul.!.-.. Aquilo me enchia dt- ntusiasmo, c me enchia, acredi- te para a mão do Prudentinno e |em_ ,je uma COmovlda ternn- falava-lhe uma semana depois: ra- Carlota aquela gorda espa- Prudente, meu nego, você n;,0]a j0 circo de "seu" Blon* não encontrou nada?«iin, que engulia espadas, foi uma Me respondeu de outra manei- ,_;as primeiras mulheres que es* H, o muito fiu° qQC *- ° turfis- palbaram sonho e inquietação na *litminha vida... Eu a admirava e "Conto«s" simplesmcntei ficou dc primeiro na pilha. E foi o deslumbramento, n achado, a coisa rara, o pago bem pago por tanta leitura besta. Vi- nha até mim a fala dc Minas Ge- Tais nnfjuclas páíinas com*r»ctas. retorcidas, difíceis: fala, cheiro, paisaícm. bichos e gentes das Mi- naa Gerais, onde campeei nnator- ze anos dc infância, amor que nc- ga multo. «iue nunca mais acabn. Esse bicho è mineiro, garantia. E era. É como mostrasse s*»ber mui- to de doenças, «le remédios, de feitiços, miebrantos. benzeduras: é médico, jurava. E era.' tinha passado o livro adian qu engulia espadas. Vocês viramc<?^ »*» ,decl* » ° Pwstldiglta. o "Circo", de Carlitos? Foi uma$>* inglês teve pena daquele po- sensação scabrunbadora de me-bre e franzino menino scntlmen- lancolia a que eu experimenteil»1 If* era. Aproximou-se .»., dia em que estaquei,, comoJ7" »#*™\. ">•.«'«" Par** Carlitos, é abandonado,, no lugar sm que esttvèra armado., o Circo de "seu" Blondin, na hu* inildc cidadezinha da minha ter- ru... Aquele espaço (Impo e er-' „*o deu-me, de repente, uma lm- ressno dc infinito abandono,'de «olidão definitiva e irremediá- il. Nunca mais eu havia de ver i gorda Carlota engulir espadas! .arlota e "seu" Blondin desapa- creram, dentro de algum tempo ia minha memória e da minha .audade. Ae crianças aprendem •ido a conjugar o verbo esque- cr... Mis, no meu sub-conscien- te ficou, como um sutil veneno, um singular sentimento que en hão saberia definir: um misto de \cr. Sorri. E advinhei, na agili- dade com que as «uas mãos me iludiam, que ele estava me dan- «io unia lição de coisas: a arte «ie enganar,.. Sorri dc novo, cheio dc -gratidão', àquela oportuna li- íão de sabedoria, y. Atirando-n»e, atrevidamente, -cm hesitação, com 15 anos ape- nas, à «aventura áspera da con co... Arrumei as malas c vimos poetas. pro? Rio.Depois de homem, analisando- Era maio dc 1920 quando cum0t fazendo sondagem retrós- 'l"scmbarqnei, ali no Armazémpectivas no meu próprio espirito. 12 do Cais do Porto. E quiz o^^icmbrava esses fatos, e fÇL^u- destino qu»; uma das primeirasiava constanteemnte umaig||r- •Mssoas que cu encontrasse nor.>gação: Por que? PflWJue Itio fosse um ilusionista: Luiz...|i.e!a minha paixão dc infância Xascimento. Velho repórter doe juventmte por Carlota, poi Pará, Luiz . Nascimento, conhece-"-icu" Blondin. por Mr. Raymopd dor exímio da arte da prestidigi-por Luiz Nascimento? Por que? tacão, capaz de engulir um ovodepois da leitura «io "Dis- e vomitar uma libra esterlina, re-o.irso sobre a Poesia" pude com- cebeu-me no seu consultório dopreender «e interpretar o fenôme- Largo da Carioca, c foi de que_.c. Ku aro-iva o ilusionismo e a sobre o meu espirito uma sedu-mento coletivo dei verdade artS*- ção poderosa, irresistível. De-|jM, poi* de homem bquve no meu c£-Acresce que necessário eli- plrJto uma singular transposiçãos oualquer eantvoco que. «t «Ias categorias dc admiração.pg|nn.;D,„|flrit.MM„. Transferi então dos ilusionistaselinat Nfi<J eomnfê(.ndemo« u-itt para os poetas o meu amor. $, . , _.._. _,.j_— ,_ admiração enternecida que cu de-«»•« de ^e «,0 mMme B,°** -r.». otava a Carlota, "seu" Blondin.«-omoreendemos uma oVa d- o- Mr, Raymund, Luiz Nascimento ²«ndo. poit enoucrato a zoirf'-- os grandes mistificadores.da ml-ria daqv>'a < «íe *<»«í-!r> •o«"'cot<-'-' t:ha infância e adolescência, trans-«tico, « coe***»**»'* d-*,!»» «1 «*¦• «••-- i-.»ri-a pára Ronald de Carvalho, Raul de Lconi. Manoel Bandeira. Vinícius de Moraes, Oncstaldo de qufsta da vida, no Pará, eu com- en, pelo telefone, aluguei um mo- nrestitiigi-ação pela parcela «'cnnafort, Olegario Mariano, Ri- l.rcendi. entretanto, que a lição tlesto quarto da Pensão de D Ma- .-oesia que eles escondiam. Un** ••riro Couto, Carlos Drummond. --¦•-....Angnsto Frederico Scbmidt os :rardes mistificadores da minha ii.ventude c maturidade. E a to* tio» esses mistificadores os de Contudo, nestes 20 anos que de- do VmVwTiver^õ-PiaVdo^realT ^"XTro*,0 H«' meu esnirito correram, quantos outros presti- «:=ide, possui "uma grande capa- companheiros do meu espirito iligltadorcs eu encontrei no meu cidade dc mistificação . E um úe" Mr. Raymond era útil, masr'.quinhas F este ilusionista foic outros têm um grande conteú- nfio era fácil .. o tempo po-cordial na acolhida, hospedando-t{0 Hrico. Diz Francisco Campos rteria ensinar-me e de queme por alguns minutos, e não me,.,lk n Poeta. dotado do poder de- formal"— os "trues" c os "pas-iludiu qeni molestou..-noniaco de destruir as fronteiras ses" que a gente precisa apren- der'pára vencer na vida... De-'1915 V 1020'''nio fiz outra dem racional. H**« uma ltWca •-•«i-' rolóníca <* iiitw lómVa retr»**"*!;!., d nm dos im*3*»*''**''»n*o« c«'»'»i****>':**. tos oara n eom"jr«"*»nsí»o An nrt** •nodema «ue so'»»» o p*->-dí7** Jof cí»w"n é T»r*-!'^n(í*-"" r^-r*---* P E R E G R I NO J U N IO R encontros felizes do meu cami- nho, devo as emoções mais pu- ias, mais.nobres e mais gênero- ses djt minha vida. E cu lhes SOU ;',iito por isso. I'-- çr-*><-;«5 M|._nt,.« \ n.,m •-,_ Al•> n*- -neonf«o:' nv"*< I'»—»• rp*-»*> ,'C»''«*'J-*> Frri.-", em ra~**«•*••'•>•«.,. com*< "P-»i-i *io «*-•*-«*••¦ "ei **»i—r- —m" •* t.ustr*»" ri- f-Hio, t ;-«r*-*ír"' »-t"*--»*- ---¦»*-/-• ---».—•.-, *H**»'*i, 1 æI ,'¦••1S '%§i 6 I 1 7-ílÍKͦ ,1 1 ¦m m m 1 1 3 I « (Conclusão da p. da í.e seriou ¦:¦*£«» OttmsMlmmmm^-&&'&*ii*!à£i4iZm - ¦<- -" -

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Page 1: ffim$ ::' sr' 9 A MANHA - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/116408/per116408_1946_01447.pdf · Veio visitar a família, cmfim, no extremo da série, afãs-Não é outra eoisa o que suce-

¦;;-;¦-.,i v....; ^«-*r^»^sí^r^t

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AANO VI

MANHARIO DE JANEIRO, DOMINGO, 28 DE ABRIL DE 1946 NÚMERO 1.447

| ******«*********-*******-*---****.^^

^'"y^ '¦; 1

xm

(\,

QUE

estranha sensação é es_ de um<* recordação de mocidade,sa que invade padre Luis? *¦¦* <luase sepultada nas mais es-De há muito deixou de ver queçiàas profundidades da me-

a paisagem que passa pelos seus mor*a»olhoa nessa viagem de quase cxílio para o interior dc Minas.De há muito o Breviário está fe-chado, descansando sobre a bn-tina, de encontro aos joelhos uni-«los. Que se passa com êle? Queestranha sensação é essa?

Já se passaram várias horas

A ¦i-

Não, padre Luiz não sabe ex. /plicar o motivo daquela sensa-ção tão viva e tão diferente, tãopoderosamente tirânica, que oenvolveu por completo e fez es- iludem, momentaneamente, da.quecer tudo mais. Não sa- <_as as aparências de realidadebe explicar, não o tenta, nem que nos devolvem, mas que, namesmo adivinha o que está se verdade, tudo bem examinado,

V I S I T AOCTAVIO DE FARIA

desde que o Reitor do Colégio «rifica.ido nele. Aceita, sofre, pensado e repensado, nada ré-Sfio Luis de Gonzaga e padre

abandona-se sem sombra de de- soivem 0u revelam sobre o. quoGõdo o deixaram naquele trem, V:'s? cu PrccauCa0• *e'u. Por »«im» constitui os mistérios da Memó- ***r*»**èns, somos capazes das passa de aparência, artificioresignado, hulmide, porém in !..ia "7 ™a,s- .que sou eu» que ria e.do Sonho. • ; mais terríveis ações — de faze- dialético, simplificação inaceitá-

qualquer coisa de novo com êle, nos" formavam grupo: Alma ede grave talvez. Arnaldo não Mateus, treze e onze anos, gesti-olhou com o antigo olhar riso- culando muito, gritando, cheiosnho, franco, de que não se es- de ardor na saudação ao irmão-queceu muito embora anos padre de cujos traços, na ver-anos de seminário tenham de- dade, mal podiam se recordar,corrido. principalmente Mateus. E, por

Veio visitar a família, cm fim, no extremo da série, afãs-Não é outra eoisa o que suce- Morro Azul, pequena cidade do tado, isolado dc todos e de tu-

de a padre Luis durante essa interior de Minas, depois dc lon- do, Arnaldo sorria com indisfav-sua viagem para Minas. Quan- ga ausência. Uma forte gripe, cada ironia do fundo dos seu.-?do, cm determinado momento, mal tratada, deixou-o enfraque-depois d6 ter sido acometido por cido, necessitando de um descan-recordações sem maior imper* so nunia região de clima amenotáncia, a Memória o invade c e vida tranqüila. Recebeu per-

quieto. Contemplou a paisagem,bonita, embora exaustivamentemonótona, relembrou os fato:principais ocorridos com êle «com os seus penitentes durantraqueles últimos meses de criseabriu o Breviário, rezou, rezormuito, tornou a se sentir invailido pelo mar revolto das recor.tiações que tanto gostaria de ve*desaparecidas da sua memóriaprocurou mergulhar novamentna oração, teve até mesmo urinstante de cochilo entre duaestações próximas. Tudo isrlhe ocorreu, horas se passarr.rmas por que, agora, aquela scsação estranha, tão diferente itodas as outras?

Por certo, ainda é sob o sipr^da memória que sente que v:caminhar. Por certo, são sin.pies recordações as nuvens peronde seu pensamento está se pr-dendo. Mas, por que, por que e itão desde logo percebe que se trta de outra coisa, de uma rerrinioração totalmente diferente (!•;todas as anteriores e, até mesmo— não tem a menor dúvida :èsse respeito — de não importequal outra ainda venha aljrur«lia a lhe ocorrer? Nunca pt!:'duração, talvez enorme, mas dequalquer maneira absclutamen-te sem importância tüante dofenômeno registrado. Nem mui-to menos pelo íato do se tratar

envolve por completo, êle se vê mlssao Para PaE8ar uns. doisinexplicavelmente arrastado pa- meses com os Pals e ali ei.-ra o núcleo de um espisódio su- ta dlante dos Mendonça reuni-

onérica des conhecimentos. Porque sa- cedido muitos anos antes, para aos:..u,n* casal de velhos bons ehumildes e seis filhos que ha-viam crescido como se tôda a

sei eu de tudo isso que se passa ««.-«.„•- _--- .««o. ¦-,*»,•»•¦in neinin /in mim Aa todn-f nós Deparando com essas inume- ._„ __ — »_-._„. .._ ... .,uo acima ue mim, «ae waos nos. f&s peqUenas observações, dos sas Leis da Memória ou a espa- passa de muito os nossos humil•wtmoac,* '•^íÍmS cientistas, exclamamos muitas lhafatosa Simbologia onérica des conhecimentos. Porque sa.. ctençao. airia que íoi a vgzeS( movjdos pej0 majs gjnce- não sáo outra coisa do que con- bemos que as grandes invasões uma quase insignificante relem-«cmoria que se apoderou deie m en*t,us]asmo de momento; "E1 fissões gritantes, se não preten- em nós da Memória c do Sonho branca da visita que fez à famí-•>ara compensa-lo, em parte,por uma das suas revelaçõesnais completas e mais caracte-•ísticas, de todos aqueles sofri-•nentes que o tinham feito ver-.ar, física e espiritualmente ao

longo do tremendo assalto que,contra as suas forças de coração

* espirito, empreendera o Se-hor do Mundo...Nessas ocasiões, creio eu, a

tiemória em nós uma verda-l?ira presença, uma pessoa per-feitamente independente, um Ou-'ro em nós, vivendo e crescen-

o monstruosamente no espaçole alguns momentos, de umas"rações dc horas. Exatamentecomo sucede ao sonho, pelo me-.ps cm certas fases da vida. •

São presenças, são como queii ranismos que cm nós vivemus vidas e consigo nos arras-

am para regiões desconhecidasiü esquecidas; Não suportar)-'o o mistério que representam:ssas estranhas existências, «»«-as verdadeiras ilhas «le irrea.li-ade, os homens de ciência ten-am redur.í-ios a complicados me-ãnismos cujas pequenas c cap-iosas leis dc funcionamento elesimontoani em tratados e maistratados que freqüentemente nos

SAGARANAMARQUES REBELO

EI-LO aqui e não como n;-

vidade, leitor já estive comêste livro nas mãos um-i

semana, manjando-o. Tinha outronome então, "Contos" simplesmente, contos de Viator, pseudonimo de um tal que ninguém ?.ibia quem era, uma das exceçô-.**portanto do concurso, talvez titodos os concursos neste Bra*,!tão pequeno, pois os estilos sãipoucos e traiçoeiros, rompem oenvelopes fechados da imparcia1 idade — como é dificil julgar!

Bem, foi há quase muito tempo, 1938 ponhamos, e não me vinha assim em letra de imprens.'e capa colorida, brilhando; Eraum grosso original encadernadocom cuidado, quinhentas pájã-

O grosso?O grosso . ._Desabafamcfi. Papagaio, era de

•••sustar o homem! Que força, queriqueza verbal, que conhecimen-tn da terra e do povo, que sahcdo-ria literária, c isso c aquilo. É

«.critor feito. — Será Fulano? *—':uando Fulano terá talento para•mio? Quem era, quem não era,não sc atinava. Ficamos com onosso segredo, conversando muito•obre ele no escritório forrado deiurisprudência, nos altos do cm-p.-islclado Banco Francês e .Itália-'no, charuto versus palhinha, cafécom açúcar versur café sem açu-car, telefone de vez em quandoatrapalhando.

Veio a reunião dos jurados:nas de papel relatório, Cípaço vc]h(J Graça> àe pò jn<:h;l(lo. „jn.«lois, cerrado atochado — assus- (]a com t.ilcjro de ca«lcia. Pere-tava muito.- írino, ativo como abelha, já na-

A Tijuca, velha Ti. uca, com morand0 a Academia, Dias dasofá de palhinha, oratório, ca- costa namorando outras coisas comdeira pé-de-cachimbo e o no Tra- seu perfil de turco. Espalharam-picheiro correndo atrás da janeIa, surdo e impetuoso nas noi-tes de chuva, mingoado c sutilnos dias secos, era o meu pousosem descanso, sem consolo, pe-íioso, ó tempo triste que feliz-TttMie acabou, como tudo acaba•V nó*, se pela graça de Deusrir* sei.

«3 juiz irritado com o céu, comM bondes, com o dinheiro escas-so.com os homens, com cie pró-prio, com as obras dos outrosprincipalmente, como uma fornii-ga louca carregava para lá osoitenta originais do concurso, na

vinte e poucos anos estnantesde saúde.

Aliás, 3aúde panacia ser amensagem espontânea e inven-civel de tôdas aquelas fisiono-mias. Fora os pais, avelhanta-dos, gastos, todos brilhavam deuma mocidade esplendida. Lin-das as três moças, — "as inse-paráveis", — imponente o casalmais novo, e de Arnaldo, desseentão, nem valia a pena falar.-

Anos antes, quando os dei-Lxará, eram todos forte e gordos,mas, de forma alguma, impres-sionavam daquele jeito. Ou tal-

Como ainda se lembra bem da ver. nj0 houvesse reparado mui-expressão de todos no momento t0> Exaltado pelo fervor de es-em que os fitou. Ninguém viera ter dando os primeiros passos noao seu encontro, em baixo da sentido da sua Vocação, não ti-escada, porque a chuva caia en- nha 0\no!i para 0 estado físicotão torrencialmente. A família ,je njnguém. Agora, já com otoda ficara na varanda, debru- Sacerdócio à vista, dono da maiscada sobre a grade de madeira, inalterável serenidade, nada lheas figuras aparecendo por en- passa despercebido do que real.tre as falhas da trepadeira que, mente possui alguma jmportâu-

cia.

saúde da terra lhes tivesse sidoreservada por um decreto divi-no, enquanto que as mazelasdisponíveis houvessem cabido aofilho mais velho, ao futuro pa-dre...

durante os seus anos e anos deausência, se alastrara com tô-da a força, num ímpeto verda-deiramente selvagem.

Na frente, logo rente aa tô-po da escada, o vulto precoce-mente envelhecido de dona Au-jea, então à beira dos cinquen-ta anos e aparentando muitomais. Ao lado, grave, procuran-do esconder a sua emoção, Xis-to de Mendonça, apenas cincoanos mais» velho que a mulher,«- parecendo da mesma idade.Logo em seguida, formando umgrupo, as três "moças" de ca-sa, Aurinha, Léa e Lavinia, des-tendo dos dezoito aos dezesseisanos. Mais adiante, "os meni-

Foi sem dúvida por isso quatiesde logo notou o esplendor íi-sico dos irmãos, principalmenteo de Arnaldo. E foi também,por isso que, desde o primeiroinstante, sua atenção foi atrai-da, e de um modo todo especial,para a expressão estranha, in-iquietante, que o.irmão tão que-rido ostentava e parecia con ten-»te de poder fazê-lo, quase comose o estivesse desafiando. (*) •

Do romance "Os Caminhos d:Santidade" ("O Senhor do Mumdo . II"), Vlll.° volume da séri»"Tragédia Burguesa").

Notas sociológicassobre a arte moderna

GUERREIRO RAMOS

NO

artrite* moderno genuíno Eita maioria não poderá ioc-coneidera com deadera aque- çosamente estimar os motivos cernles aue não compreendem que opera o artista moderno. Nco

suai obrai" e ie inclina a admi- é a capacidade de compreendertir (jue ião criaturas portadoras que lho lalta. É quo a esta cape-de uma lesão intelectual insana- cidade foi dado um conteúdo va-vel. Eate atitude postula uma lorativo diverso daquele que •*

afirmação d* qu«» há uma dile- obra moderna oncorra. Nin-juá**rença de eipícia entre oi "enten- nasce com sonso estético. Éstc n«didos" e oi "não-entendldos". adquire, de modo formal, pe-a

Por outro lado, oi que nâo ai- educação sistemática, ou àe -n*-

cançam o lenti-o daquelas pro- do informal .através d* contatosdu.ões tim a tondência a julgar não deliberados, como é mtnsque o artista moderno é um mis- freqüente.tificador. sendo estes freqüente- O gosto do indivíduo se(formomente oi autores doi proloitlos sob a influencia dos estimulo-iindignados contra a profanação que cie encontra em leu conto... ha V* i-4_.ii r.Amt-.T.tAt*i*lar mi* *t*\i

da belexa. ...

sc cinzeiros na mesa da enlraili»com retrato risonho da menin?Maria Morais, c uma vcntarclajaponesa para os calores do velho1'rudente — que dorme cm p.17— c que cada parceiro se utili-zava seu pedaço com educação.

Que cada qual tenha suas opi-niões è nma das graças que rmundo tem. Fato sabido, Prutlentino è um democrata às direita*-Cumpriu o seu dever e é o qu1lhe basta. Fica muito tranqüiloMas há sujeitos irritantes, mn'educados, que querem â forç

llu s t r a f á • de ALFREDO CESCHIATTiEntretanto uns e outros são buv-

ceros quando procedem ao seumodo. Qual * poii. a raxão dês-te conflito? Eis uma quostão queté a sociologia pode explicar.

Foi Pinder quem se referiu a"coetaneidade do não coe-

no. E' fácil compreender que nu-ma sociedade primitiva o gos!>do cada pessoa é idêntico ao daqualquer outra. Em nossa soeis-dade industrial, porém, éle f-emultiplica em formas variada-:,em virtude de sua helerogeuei-dade.

Esta heterogeneidade é resu'-tante da justa posição de sobr? -vivências como também da pró-pria variedade de perspectivai

verdade oitenta e três e. Nossa empurrar nos outros a sua op!-Mãe! quanta dignidade de horas niao. O juiz do Trapichciro íperdidas lendo aquelas bobaícn** desses, o infeliz. Nao suporta pertôdas poroue já fora lambe"» der- Ah! as eleições da A- B. Dcandidato duas vezes, era moço. F.. ah! as derrotas do Americc sabia como doem as injustiças Futebol Clube! — são para cabe

Esse não serve, esse não ser- los brancos, rancores tremendo?ve esse íião serve — era um rr»- um chorrilho «le perfidias. Ficorfrào bem melancólico marcai!» furioso, fez estupidez com mestrcom laois azul na lista dos can Graça (já fo iperdoado) e saiu

danado para escrever uma crôni*ca no "Dom Casmurro", carre-dando na caneta das intenções,nue o livro era um assombro e(Conclusão da 2." p. da 2." seçáo)

didatos: Flor de Liz. Dr. FaustoAnselmo do Camno. AnstarcoIünoto, Leda, A. T. Ubirata... be-rá que estou em erro? pensava.Se estivesse, os outros compa-nheiros de jurado saberiam cor-rigir, ponderava. E esse nâo ser-ve, e esse não serve, e tome ca-té e tome cigarro, e alguns mos-

. travam uina pontinha de talentosergipano, alagoano, matocros-sense. outros anucla habi.Maaeque t a maior inimiga e que otempo reduz a nada, e a maio-ria nem pontinha nem habilula-de, e o lanis azul trabalhando, oaquele sofrimento de quem nofim das contas não crê nem mes-mo na sua justiça. E a pilha iadiminuindo no canto dn secre-tariazlnha de jacarandâ.fjMg 0a, Q a,fe t(J CUCi na hierar.nita como urna moça S»™"1™ ,ia da :nint,a admiração. ocupnque _bo»e pertence ¦••?"«£-£*£ ram sempre os poetas. E só hojeturado poeta Manuel Bandeira* _„ comprccndo uma coisa: quebatizada com outro nome. uona fssa admiraç5o pelos pocta5i n,Mafalda. pois antes sc «>>»•"£ mcu espirito, data dc época ben

secretas alem ,.„„,„. . i ,„mnns mplnneA!leot

SEM nunca ter perpetrado ver*

sos, eu sempre senti em mima vocação da poesia. E essa

vocação, com o tempo, transfor-.nou-se cm amor e compreensão

sso mesmo! E' exatamente ieso ciosas, «ia nossa ignorância fren- é que são tudo — e não as mes- lia algum t-empo antes da suaa que se dá comigo!" (Penso t* a:uma. Realidade que, erôden- quinhas fórmulas esquemáticas ordenação.mi tal ou qual "descoberta" dos temente, "nos transcende tanto a que se pretende reduzi-las. A Simples recordação? E' ela, no umaisicólogos, penso em tal ou qual qt*enão a conseguimos nem mes. Memória é um mundo de que, entanto, quem traz à vida espi- táneo . em nossa époecje, nesledução dos psicanalistas...) mo poetizar. Talvez porque tan- desgraçadamente, não possui- ritual de padre Luis, transtorna- Mo. ao nosso ver, esta a rm

^ue realmente seja isso, ou não to no. Sonho como na Memória mos a chave e que muitas vê- da e fundamente ameaçada pela aa irreduübilidade des pon ^ ^ „„_„.uuue ....seja, nada caminhamos para a sintamos o Mistério e tenhamos zes nos envolve a ponto de per- sua participação aparentemente vista estôbcos atualmente dog

grupog aluaig. poig gabe.s'rent«. São, serão sempre deta- medo. Daí a fuga para a cxpli- dermos contato conosco mesmo infrutífera em casos de almas géncia. hoJ«B. que o pensamento não *?•hes, pequenas insignificâncias. cação cientifica que pretende e mergulharmos no vazie. — O que tentou afastar do caminho Ng0 ^ a incapacidade de cer- uma cópia neutra, mas uma de-

-. grande mistério perdura e nós anular o mistério, convencendo- Sonho é outro mundo onde mor- da perdição, a mais importante j0I grupos acompanharem as jormação das coisas. A arte est-;,íão sabemos nada, na verdade, nos de que o sonho não é senão remos cada noite e de onde emer- revelação de quantas revelações tiansÍonnaçõei, como também « como a politica. mati-ada de n-••obre a essência déBsàs inexpli. a continuação ardilosamente fan- gimos angustiados c foragidos, importantes vão ter lugar na própria velocidade da mudança anca- ideelóçticas.•áveis presenças em nós. tasiada da realidade vivida du- tendo "vivido" intensamente, sua vida fértil em situações dra- ssdsl de nõsaos dias determina o conilito das vivências estéti*

Vêm-de repente, vêm.com uma rante o período de vigília, e quo tendo nes transformado lio mais máticas e descobertas decisivas. que a época, presente careça de cag se \oraa ainda mais agravarforça tremenda e se impõem ir- a memória não «S senão uma fa- íntimo de nós mesmos, diferen- Simples recordação*... valores comuns, isto è. confessa- do pelo fenômeno que se podericremediàvelmente à nossa pobre e culdade pela quel o espírito con- tes enfim, quem sabe lá às vê- Revê a <*ena tôda inteira e ain- dos pela maioria como tais. Disto chamar de "purificação" da atte.quase sempre apavorada von. serva as idéias anteriormente zes irreconhecíveis para um olhar da lhe parece ouvir o alarido da.resu]ta que. enquanto uma mino- & música pura. a poesia pura. a.tade. Tomam conta, impelem adquiridas e é tão bem conheci- mais penetrante... meninada recebendo-o do alto da tia «ais avançada incorporada a pintura pura noutras eynressãe-para a frente, enchendo o nosso da nos seus "mistérios" quan- E ambos, Sonho e Memória, varanda aos gritos de "Viva o Sua vivência eletiva os últimos semelhantes têm sido "sloqa**-"«er, como que se substituindo a to qualquer outra faculdade hu- nos revelam sobre nós mesmos irmão-padre!" e "Vira o irmão estilos estéticos elaborados, a de correntes que pretendem e'.:-nós mesmos. Em menos de um mana. coisas que, muitas vezes, igno- Luis!" E desde esse primeiro maioria, em virtude de certa inér- minar o elemento passional a\tsegundo somos outros: embarca. Sabemos, no entanto, temos no ramos dc um modo absolutamen- instante, assim ergueu os olhos cia psicolgica, além de o-atres fa- 0bra ,je arte e c{mverter o "tr; -mos, estamos em alto-mar, per- íntimo de nós mesmos a profun- to decisivo para o nosso desti- e identificou Arnaldo a um can- tores, continua leal a estilos ja balho", a técnica, na prónrin!demô-nos nas -mais longínquas da convicção de que nada disso no. to, isolado, irônico, notou: há superados. eperação artística. Há dias vimo-i

um poeta brasileiro (loão CabraÜ11 ~~ de Mello Nettol exprimir desos-

sombradmente êste ponto de vis-ta, com uma clareia poucas ve-ses excedida.

A arte moderna é purista, r"uma arte que se vanaloria dt*exigir do artista o domínio ab-tiolute de uma técnica, de pro-

demento que ele tem cm comum ejamar 0 experiêncJa do or-,«om a criança..A criança misti- { 6 Míka naturalmente, por prazer ou ,por necessidade dc mistificar. A q-J-»-*»1" distilada em cadinho*mistificação é um dos atributos adequados — o que rer*resen'arinseparáveis do dom da poesia c uma deformação sistemát»-a datem a sua raiz tanto na criança, emoção em estado espontâneo,como no poeta, na sede de in- por M(a ratão, não poderA «jo-flnência_ quei se__encontra cm^ am- xaf uma obw de Qt,e modêtn-,

aquele ctue conta apenas com

MISTIFICAÇÃO E POESIA( CAPITULO DE UM LIVRO DE MEMÓRIAS)

Eponina, por causasdc

¦•emota, dos tempos melancólico*

iiiha pena dela. Era a um tem- ternura, piedade e admiração por coisa, no Pará. senão ver e apiau- ominho, cuja única preocupa-.o com entusiasmo e piedade todas as criaturas que fazem má- dlr ilusionistas: no ginásio, nos ção foi molestarms- e iludirme!¦ue á via engulir espadas. gleas e enganam o próximo... jornais, na politica, nas letras Confesso que aprendi, afinal, um j"ÕV"."íos meus sonhos de menino'eu, „ . „, ,, „j„.„„„. ,nhra_ no comércio, na sociedade, llu- pouco da nobre arte. Mas não üe influencia próprio aos poetas. . ., , ...>s vezes, desejava ser um bravo f"*«s tarde jt> adoscente, sobre- ^o,,^^ por toda parle. e tanto que chegasse para prover ist0 * no-amor, esse poder dc receptividade emotiva inaémia. fi

e atrevido cavaleiro, para_ arre- í,^,^a„tm!n,Ví.v n»"^" u„° ••*.•**.•* curioso é que, diante da- às necessidade* do meio e do mistificação ó suscetível dc necessário ser culto para tanto.

Particularmente no campo

ii..-.-, _.«. -" ,- . :*eniOia, UOS tempos nieiuiieuueur _ «utum- v«. *.».-•,» yi r, „ tlfi.lnnltín . Mr Rnvmnnrl Mol "•"'. •""««¦»»' " *-«•".» •_.»-¦-»¦ *¦»- tt*« li«.*.T.->3«uau*.» uu imiu •_ "" miSllIKV-lÇao suoccuici ut ——--.._ ... -_.._ __.- .»„*.- uma valsa dc Nazaré, duma i(, colég|0 áof tcmpos líricos dn batá-la dos tentáculos de *|seu"

„ r.Vw ™Z .'« m qticlas mágicas que me descon- irmpo. Dal ter entrado na poli- ..ijnsir a graus inconcebíveis dc Isto isola cada vet mal- ar*!*tristeza de matar muito saborosa I)rimcira namorada e, sobretudo Blondin epoupWa^ap martírio a?i"vn, ao mar ^umn da Aiúa- c?rtavam» cn «ontinuax-a a espe- Wca sem êxito, e ter arrastado até intensidade c fascinação. De to- moderno do grande público de-para quem é do tempo das sere-natas, serenatas na Tüuca, comflauta, cavaquinho, violão e vozlamento, cabeleiras capadócias cbifrodes 1!>13 chamando as namo-radas para a janela

do momento grave e triste, cnnue me aconteceu a aventura d:primeira viagem. Vim a desçolirir isso ao ler o "discurso sobna poesia" que o poeta Angnst<F-ederico Sehniidt inspirou ai

Foi então que. de desanimo, em Sr Francisco Campos. Lendo es.* _ -.-.li- ,1., nltiivi •'¦- i» • '• ¦•»¦ *sa pagina extraordinária, tao ri

profissional'dc" deglutir lâminas «?«rava* ao mar rumo da^ Ama-de aço, tão duras-e afiadas... «*¦*«¦. iltfBH «*™har a vida. A

„ . .. , ., _. bordo,, quando procurava recai-- Como nao devia ficar a gar-, c»r*.as. saudades de minha mãe.,'ar.ta da pobrezinha I... que me pungiam, foi a compa-

Mas, o circo de "seu";Blondin nl*ia misteriosa de Mr. Raymondum belo dia, foi embora.- que me distraiu c alegrou. Ven-

desanimo, numa noite de chuva,e o rio começava a roncar, "S«-

garana" (chamava-se

rimentar o mesmo sentimento re- hoje vida trabalhosa. Não con- dos os seres plásticos", o poeta Ba»i_iado desten problemasmoto que Carlota me inspirara: sejrui aindi aprender a. enganai 0 mais plástico c o poder dc mis- A COB,preeBa5e da obra de ar*,um misto de ternura, piedade a«.s outros. Sobretudo, nao apren- tifieação consiste precisam****»***. „'j_.^.„ _««-.„_ ,-j- ... -.-j*tulmlração. Um dia, subitamen- di ainda a arte. entre todas útil nessa força plástica do espfílu mod-rnet se torrri ceda vet mm.-»te. um màfico das minhas rela- c dificil, de dizer e provar que aa personalidade. E a mistifica- problemMiea. Entromn- numerções fez um "truc" quç me dei- plct0 é branco, e que o branco çã0 da poesia sem fraude e sem época de ismos - «»stá exmfr. •>.\ou "grogs". (Uma mágica bes- preto... Em todo caso, espero mentjra. jpC encantava* exercia tempo em que havia um senti-

E com ele a pobre, Carlota, JS^^SvltmW^S^^m^ tft.Wi T^oM abandonar o cir- a?rendê-la. Mas aprcndè-la comca de sugestões c de sentido tãoprofundo, eu recordei uma ca-racterlstjca singular da minhuinfância: -- a paixão dos ilusionistas e prestidtgitadorcs, e tudicompreendi Realmente, quandiei' era menino, tinha uma auténtica obsessão pelo ilusionismo «pela prestidigitação.

O meu entusiasmo pela classenos ilusionistas era a um tempoexaltado e comovido. Menino me'ancólico, eu achava nos mágico*e prestidigUadorcs a minha foníe única de alegria. Lembro-meainda do inocente espanto con*que cn via no Circo de "seu".üondim, a Carlota engulindo es*p.ul.!.-.. Aquilo me enchia dt-ntusiasmo, c me enchia, acredi-

te para a mão do Prudentinno e |em_ ,je uma COmovlda ternn-falava-lhe uma semana depois: ra- Carlota aquela gorda espa-

— Prudente, meu nego, você n;,0]a j0 circo de "seu" Blon*não encontrou nada? «iin, que engulia espadas, foi uma

Me respondeu de outra manei- ,_;as primeiras mulheres que es*H, o muito fiu° qQC *- ° turfis- palbaram sonho e inquietação na*lit minha vida... Eu a admirava e

"Conto«s"simplesmcntei ficou dc primeirona pilha.

E foi o deslumbramento, nachado, a coisa rara, o pago bempago por tanta leitura besta. Vi-nha até mim a fala dc Minas Ge-Tais nnfjuclas páíinas com*r»ctas.retorcidas, difíceis: fala, cheiro,paisaícm. bichos e gentes das Mi-naa Gerais, onde campeei nnator-ze anos dc infância, amor que nc-ga multo. «iue nunca mais acabn.Esse bicho è mineiro, garantia. Eera. É como mostrasse s*»ber mui-to de doenças, «le remédios, defeitiços, miebrantos. benzeduras:é médico, jurava. E era.'

Já tinha passado o livro adian

qu engulia espadas. Vocês viram c<?^ »*» ,decl* » ° Pwstldiglta.o "Circo", de Carlitos? Foi uma $>* inglês teve pena daquele po-sensação scabrunbadora de me- bre e franzino menino scntlmen-lancolia a que eu experimentei l»1 If* c« era. Aproximou-se.»., dia em que estaquei,, como J7" »#*™\. ">•.«'«" Par** :«Carlitos, só é abandonado,, nolugar sm que esttvèra armado., oCirco de "seu" Blondin, na hu*inildc cidadezinha da minha ter-ru... Aquele espaço (Impo e er-'„*o deu-me, de repente, uma lm-

ressno dc infinito abandono,'de«olidão definitiva e irremediá-il. Nunca mais eu havia de ver

i gorda Carlota engulir espadas!.arlota e "seu" Blondin desapa-creram, dentro de algum tempo

ia minha memória e da minha.audade. Ae crianças aprendem•ido a conjugar o verbo esque-cr... Mis, no meu sub-conscien-

te ficou, como um sutil veneno,um singular sentimento que enhão saberia definir: um misto de

\cr. Sorri. E advinhei, na agili-dade com que as «uas mãos meiludiam, que ele estava me dan-«io unia lição de coisas: a arte «ieenganar,.. Sorri dc novo, cheiodc -gratidão', àquela oportuna li-íão de sabedoria, y.

Atirando-n»e, atrevidamente,-cm hesitação, com 15 anos ape-nas, à «aventura áspera da con

co... Arrumei as malas c vim os poetas.pro? Rio. Depois de homem, analisando-

Era maio dc 1920 quando cu m0t fazendo sondagem retrós-'l"scmbarqnei, ali no Armazém pectivas no meu próprio espirito.12 do Cais do Porto. E quiz o^^icmbrava esses fatos, e fÇL^u-destino qu»; uma das primeiras iava constanteemnte umaig||r-•Mssoas que cu encontrasse no r.>gação: — Por que? PflWJueItio fosse um ilusionista: Luiz ...|i.e!a minha paixão dc infânciaXascimento. Velho repórter do e juventmte por Carlota, poiPará, Luiz . Nascimento, conhece- "-icu" Blondin. por Mr. Raymopddor exímio da arte da prestidigi- por Luiz Nascimento? Por que?tacão, capaz de engulir um ovo sò depois da leitura «io "Dis-e vomitar uma libra esterlina, re- o.irso sobre a Poesia" pude com-cebeu-me no seu consultório do preender «e interpretar o fenôme-Largo da Carioca, c foi de lá que _.c. Ku aro-iva o ilusionismo e a

sobre o meu espirito uma sedu- mento coletivo dei verdade artS*-ção poderosa, irresistível. De- |jM,poi* de homem bquve no meu c£- Acresce que • necessário eli-plrJto uma singular transposição s oualquer eantvoco que. «t«Ias categorias dc admiração. pg|nn.;D,„|flrit.MM„.Transferi então dos ilusionistas elinat Nfi<J eomnfê(.ndemo« u-ittpara os poetas o meu amor. , . , _.._. _,.j_— ,_admiração enternecida que cu de- «»•« de

^e «,0 mMme B,°** -r.».

otava a Carlota, "seu" Blondin. «-omoreendemos uma oVa d- o-Mr, Raymund, Luiz Nascimento «ndo. poit enoucrato a zoirf'--os grandes mistificadores.da ml- ria daqv>'a < «íe *<»«í-!r> •o«"'cot<-'-'t:ha infância e adolescência, trans- «tico, « coe***»**»'* d-*,!»» «1 «*¦• «••--i-.»ri-a pára Ronald de Carvalho,Raul de Lconi. Manoel Bandeira.Vinícius de Moraes, Oncstaldo de

qufsta da vida, no Pará, eu com- en, pelo telefone, aluguei um mo- nrestitiigi-ação pela parcela d« «'cnnafort, Olegario Mariano, Ri-l.rcendi. entretanto, que a lição tlesto quarto da Pensão de D Ma- .-oesia que eles escondiam. Un** ••riro Couto, Carlos Drummond.• -- ¦•- .... Angnsto Frederico Scbmidt — os

:rardes mistificadores da minhaii.ventude c maturidade. E a to*tio» esses mistificadores — os de

Contudo, nestes 20 anos que de- do VmVwTiver^õ-PiaVdo^realT ^"XTro*,0 H«' meu esniritocorreram, quantos outros presti- «:=ide, possui "uma grande capa- companheiros do meu espiritoiligltadorcs eu encontrei no meu cidade dc mistificação . E um

úe" Mr. Raymond era útil, mas r'.quinhas F este ilusionista foi c outros têm um grande conteú-nfio era fácil .. Só o tempo po- cordial na acolhida, hospedando- t{0 Hrico. Diz Francisco Camposrteria ensinar-me — e de que me por alguns minutos, e não me ,.,lk n Poeta. dotado do poder de-formal"— os "trues" c os "pas- iludiu

qeni molestou. .-noniaco de destruir as fronteirasses" que a gente precisa apren-der'pára vencer na vida...

De-'1915 V 1020'''nio fiz outra

dem racional. H**« uma ltWca •-•«i-'rolóníca <* iiitw lómVa retr»**"*!;!., dnm dos im*3*»*''**''»n*o« c«'»'»i****>':**.tos oara n eom"jr«"*»nsí»o An nrt**•nodema A» «ue so'»»» o p*->-dí7**Jof cí»w"n é T»r*-!'^n(í*-"" r^-r*---*

P E R E G R I NO J U N IO Rencontros felizes do meu cami-nho, devo as emoções mais pu-ias, mais.nobres e mais gênero-ses djt minha vida. E cu lhes SOU;',iito por isso.

I'-- çr-*><-;«5 M|._nt,.« \ n.,m •-,_Al•> n*- -neonf«o:'

• nv"*< I'»—»• rp*-»*>,'C»''«*'J-*> Frri.-", em ra~**«•*••'•>•«.,.com*< "P-»i-i *io «*-•*-«*••¦ "ei **»i—r-—m" •* "à t.ustr*»" ri- f-Hio,t ;-«r*-*ír"' »-t"*--»*- ---¦»*-/-• ---».—•.-, *H**»'*i,

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(Conclusão da p. da í.e seriou:¦ ¦:¦*£«»

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Page 2: ffim$ ::' sr' 9 A MANHA - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/116408/per116408_1946_01447.pdf · Veio visitar a família, cmfim, no extremo da série, afãs-Não é outra eoisa o que suce-

-;.-;'¦_.••¦¦• xx. -* ,

RtO D! J ANSKÍ., DOMINSÕ,-28 Dl ABIfo. DE 1§4« SUPLEMENTO LITERÁRIO

INFORMAÇÕESLITERÁRIAS

UMA NOVA BIOGRAFIA DÊ RUI0 Sr. Álvaro Lins. _iiè estreou nà fcíilWa literária 6ôm «m rt<tudé sobra Kça dtí Cuelrbz, depois cohfIririándo s«la vocàfãó sumi

atividade que Já pferhilllti a publicação dê qUâtftf Veltinies dé éttèàlòícríticos, v-jlloü.se para a biografia, M' dé Ôhtèifl 8 Sucesso qijê ftleáM-çoi nlslorlatido a Vida dó Harãb do Rio firàfiéd. A_.6t-á. o .Sérltaf bíá»sllêlío anunéla um livro SOBré Rül Barbosa.

Anos atrás, sofreu.8 jurista Baiáhò, a mais ridícula das campa-rt.iü. Pnra ilustrar, podemos recordar b "Brasil Err_db"t dó (r. Már-tlhs dé Almeida. O autor dêsse llvrój hoje totalmente esípiecldó, pèrt-sara poder deathilr uma obra definitivamente ifieblrporáuà tt htfsíictilliria e no destino dè nossa Inteligéticlgi

O critico Álvaro Llfi_. como ãlndá ofiltm ò 8-i Ltiji bêlffsdd, et-.revendo a vida dc Rui Ba.bô.a, JioffiéHâgéaifâ ô íélHô MIIB. éffin.mc dc toda uma Rcração. >

DOSTOIÊVSKI I UMA BXPMCAÇAONECESSÁRIA

Dóstolé. „kl conllhiin sendo, tradüèldb. lltj.lttflà.i esláo |ÜbU8ÍilÍ*dn pela primeira ver no Brasil as suas obras eombl^iaü.. Tft.fi.èHitambém os -randcs livros, como os de Bérilla.ff e Hüftry Trèj-tj j8-_tentaram revelar ao mundo bs seus tóm&nèèS é 8 díâlriá da Via VlqftiMas, por singular coincidência, liin do* Seus tradutores, 6 Sr. Joíé(.èràídó Vieira, — qiic eslá t.àdiiéliido 6 r.omáh«:i. "ò Idiota" — pa-recè não conhecer, sôbi-è b t-rtrinnclslai o litro) de Tróyst.

, Cdrriuíii.ta. o Sr. .toèê Oêrâltlò Vieira, ÍSó dedicado à i-rtèüfiôrlá diDo-tòicvski, não SnbèHá èíipiiciiv |)br«jiic oi côfnlii.IMáS Hi_-6_ mm\-tiram que morrcsssèrt na mlsêrlà a esposa e o filho do grand* íí"critor. Do fim de Apa GrlffóHoYhn, espa» dé í-õíloié-rSWi Tfóyál lé-vânta 6 retrato: "Alinienlava-se de réStns de eotoldi). VéSile *tlha<roupas rasgadas. Ficava na cirna pnra poupar fòfçáü; Do fim oe redorFcdorovitchj êle próprio sè encarregou dé rhoslrá. aò hitihdó. rdMkfrase que é üm p.olc-stn, sba proferia desgraça: "Vá diiéf âós fcôlèhé-vistASq üc o filho df Doslòlfcvskl morre nlirrla adêiâ", E fnbf-frèjÉb. dl*

¦ Trbyat, sem "um pcdílçrf dé áçtícnt"" é ''fiêfü uhia tfiáVêtilá dí ífiã"."OS RENEGADOS", Alíf&A Êlf £ AtfOàlnàa íslc ano será publicado, ém édlçíó dà Í-Wráfii _ó_é «f>Í*r>» -

pio. o quinto romance do Ciclo "Tragédia Burgueíá", do ir. Olavlode Faria. Esse livro, do rorriancislà qué é nójé t|rnà (jau rfiòlôícs f|#õ-ras de nossa literatura, è íjüé se intitulará "Os Rèntfcádòs", stíL fbfàdô divida, ò grnhdfe acontecimento lllè.ârió dé 1916. AlfÜniâil dé sfláslpâglrias já fonim divulgada* ntslé suplemento.

Mas, ho ano em rfue se publica,b Ijülrltò rfilnàncé de SmiWBlo fiea critica não ee cansa de cxallár ..(bàalãndõ lembrar.ós.àHiWs tosSrs. fristao de Athnydè, AWãfô Lins. Màrib dè, Andttdé, Ráéhél dèQueiroz, Oscar Mendes), erri LisBòà uníà Casa èditórá prepara édi.óe.sdós primeiros rohihnccs para b íhtihdô nóH.tip;üè*j ÈsÜplàdóÊ <js pfi-mthos romances, "Mbndos Mortos" é "Os Càrnlnhàii Sã Vldá',é dè.esperar-se qué o editor brasileiro éslejá órgàBliándô OqVftí èdlííes.

Gbm "Os Itébegndos'. tiroüséguc o Sr. 04.iâViò dé FlHá Wállian-âài üas palavras dò Sr. Afonso Arinos dé Mllfl Ffánéô, t "ffllii im:piá e profunda experiência ho tlíhetò íiíòlBlaíj i qíiè e Brtisll àaslS-tlu desde a morte de Machado de Assis".

"OS CÔRÜMBA6", »M «.* BDÍÇÀOA Livraria José Olimpo séàia de rêèdltàf tü» áó». íéKintcs

brasileiros, de niáiòr í*íito, héstès últimos qulnté »«óf: Oi Co-rúníBiS", áe Amáfidò Fonte.. Poti

*kv«-_s>, ...ÍU-.V»-* cas estrelas teriam sido rèàlrtén' :.. te felizes, como à.dèéSe escritor:' .'. 'x nordeilinó, era 1933, éom ó fè

CANTO DO VENCEDOR POEMA

: :v! i, xx:.íí.- AAVi'N-0 TOÍíTèS

te

mm -¦¦

-roM-A lÜSU Ul .AXI-IO ttiltów

ferido romance saudado logo póijoSó ftibéiro, éófn6 "«IW Mhit:dà nòihk literftlttM \id pfebcüpà-

V7s> da de futilidades e de laxurls":'iys^S^xTal f_ Jt tS i .7 : Antônio de Alcântara MaéhàdoCPRIÍMBA.S &%y^A%

: ô ròhiâncé dô proletário, áérti ícrproletário".

De fàtó, frio há nenhuma in-lènçSó nèstè llvifô e muito menoso propósito de defendei- qualquerteoria.

Amando Fontes acha, sémdúvida, qué àó artista tifió com-petè encontrar otitràs sóluçòéssenão ás dá própria arte. Êle éx-põé nm oiiadro, Um panorama..:'"«*<*'«vís.:. «ia Mda à sè «té qUàdíó íücer.

xs ra tifn prohléfha,.sôolâl, átf* sd*1. '.-'._ ciólogos, àos políticos é .«-/liè êe

impõe a prdçu.à das -ólü.Óès.Aguardemos novas manifestações da critica B.lsilélfá sòferè

está oportuna reedição do admirável romance.

CATARINA, A GÉANÍ3E, í>8 OTfÒ 'SCtíNÉIÔÊR

0 escritor Otto Schnelder, qüè sé tórrióu èflnhééldà íè tddé *público brasileiro através dé süâ "História dà Rüsèlà", àéàNt.dSpublienr, na Coleção Azul Üa'Editora Aurora, uma biografia de Ca-tarinn, A Grande. . .

Nesse novo voWine, Oito Schnelder nos apresenta Hmà dás fl.giiras innls fascinantes dn História num traballio què nià fóíe dâeleis clássicns que regem, O conceito dè biografia, e. á6' iriesrtò tempoo enriquece com a localização do amblciité Maléfico éM qtie «Jtièlàimperatriz da Rússia se moveu."Catarina, a Grande" é mais uni mfcrj-nlho nfl tt)látéH6«õ W*»-do eslavo, feito por alguém «pie CoHheeé minufclòiamenle a athiòs* .fera dramática que examina.

ESTÍMULO A CULTURAÚma noticia de singular Interesse páíá ó ftósSo ifnufldô falltlMli

foi a que trouxe o escritor Álvaro Lins, em entrevista concedida àósnossos colegas de "O Jornal"; . „,,_„_.»Trata-se dc um empreendimento de élèvàdó aléartcè edltUM,fruto dn iniciativa do ministro JoSo Netès dà FeftlóÜlfa é ífllé hiè*rece um especial registro. _¦'¦_''_. _, *'ík.i__•Pretende o ntual chanceler õnter, séJUndó lfifo.flià O >'',*•;¦•*[Uns — com ós riósso. cáíillaHstas, flfiià Ifflpertátlélá èm dlúnwfoqúé permita, com o gasto apenas dós jU.ói, â éflfièèsáâa dé pèlómenos três grandes prêmios ánuàiS: um dê Lltéràlttrà) Htm dè Clêft*cia è óttlrò de Artes Plásticas, hô vàlóf, cádá itini. dé élnquentà Mil

Adianta o sr. Álvaro Lins qde dlvèísoí fc*rtijfdéÍM|i * IttátiétrtíUao prontificaram a colaborar no importante ploríó, éábéi!.d<i a Fnn*daçãn Rio Rrnnco" a responsabilidade da distrltitllçfió dô» préfttlfiÉ.

Não sc resumem hissó, lódàvla, ós Idéàls dó Mlfimfò JôâòNeves dá Fontoura. Pretende âtílda ó Ilüátfé tHalàP Ihátltalf Bn.prêmio de Põésia para ò -ritiridó dè Hrtgüà lüillàrtà, é óttlfô d* *»'Titér continental — no qual pôdèrífi êóncóTIrér èíefllórt* dl» Atflé-Hen* — ho valor dé dez rtlll dólares, óü ent nóssà tnôédá èêrtà de200.000 cruzeiros. .

São, ao todo. clncó préfmòs qúe nao dé projélar o nome aóItathnrntl — Já tão cercado dè prestigio como um ceútró éultural de

Louvemos'essa magnífica lrtlélàtivâ dô mlnlílro NéVè» da Çôn-toura, bem- como o espirito dc 6ôoptrA£3ó dos Industnáls bàn-«-ruèiró!!, que, num fícstó «jUè muito ò. digfiificâ, tfáz*itt ô é*U iftêí-tirtárél e-tiniulo â inteligência é à tWúti.

UM ROMANCE NATURALISTA EMTERCEIRA EDÍÇAÕ

Cófn revisão, prefácio è ájSèndlèè dô ir, Atiréllô _»àf<pié At Hóiaúda, trazendo alndá o jiféfáéiõ dé AfàrlPè Jurtlôi1, está na» ll.râfiâ*a tereélrá edição dè "Ô -lisslónáflô", dè Irtiléz dè SôUta. UM *ín-preíndlmcbto do editor José Ólintpió íiáfà «hi llvtó qtté Um »êu IU|árna ficção brasileira. DêsSe rófúíúcc, éíéHtô éóW. táfilí fAr** quê pà«-be tèf dós nossos dias, disse Jóíé VéH**lmft: "Nló «rêlft ttut A fwitn«rálismo tenha produzido no Èrâíil ôBfâ íttpéflór à *IU"i 8 fl «Hléô,«pie era apenas justo, nâo éságéfàVá. t

Efetivamente, publlèâdô U clrt«iiié.>lá è ôlftíô à«ô«, "O MU»lôPârlô" V^ée nlnda hoje. è faéllfrténtè, quàlWéf ftkttò èôm fl» fflWM)"ces qtiê pór ai élrculàm dèéálcàdó* dá» nflVêlá» *Sõr* mofta* dè Mi-chàèl tióíd. É' tirn llvfô qüé Uffl lli« àttlflf. I»W *. *ií têltt ft »** «»'pirlto e õ _éu eafâtér.

//Ss-i} _\l •*lS-/ *>. -fil V > /~S v>_» ' __

Todo vento se aplaco, tôda noite,De teus olhos voam pássaros,jasmins sangrando as asas.E o que fica de ti — a adolescência —emudece sobre a areia num véudo primeira comunhão.Éramos irmãos, amantesbebendo a chuva e nos embriagando.Nos galhos das tardes, cada floruma esmeralda, cada cotoviauma melancolia desíaleeendo no olhar. 1A rouca pecadoro, das que chamamdas |anelos e acenam a noite agônicanas mfios -— ai como chorei,como mé éofoquel abraçado às árvoresafundando os pés em cabelosorrancadôs por tristes amores,abandonados nessas ruas tâo loucas.Ero tua vo_, naqueles portões,dais de abandonadas cadelas,frouxas velas de ex-faluasonde Sexos de peixes famintosprocuram orquídeas núâSnaquelas águas salobras e a tuaboca morta flutua na boca de outros mortos.'Dae-me, Padre, Um candieiro,uma rosa, Uma reza, um rosário,vestes de papoulas e paixãoque a amada soluça e elanguescenõs braços da multidão.Tôdó Vento sè aplaca, tôda noitee OS ffutoS que estão nascendocaem na face adolescentede branco, irreparável nas manhãs.

}OSÊ' FRANCISCO COELHO

NOTAS SOCIOLÓGICAS SOBREA ARTE MODERNA

llt-atraçio de OSWALDO t_ o E L D I

Êite corpo* que é mais alma do que corpo de[mulher,

que é meu e agora posso de máos leves daraos ventos frios da madrugada ainda estrelada

[para acariciar— não está morto este corpo em meus braçosque sâo mais asas em grande vôo de plenitudedo que os pobres braços da humana limitação.Náo o amei antes do sono espesso em que jaz.Adormeceu só à minha aproximação.Nem a morte o abaterá assim.

CARVALHO FILHO

(Conrlusío de 1.» p. da 2.' seçSoitido dè Neita" do 8r. Nèlsoh Ro-drigues.

Esto» Obras são verdadeiras_har«-das se procurarmos nelasuííia «vidênda dè natureza pura-mèntè racional. X evidência de-lá. éstà rètèrido ãô processo psl-eolóqieo, h dinâmica do psiquis-mo humane, que, sè, de lato. nSo

SAGARANA(Co"nelusSo da 1.' p. da 2.' seção)"ai e col-a, e que ríão queria fa-zer parte de júri nenhum pois quenão adiantava. Ninguém, por sor-te, leu a crônica, o cronista nãnfez mesmo mais pnrt^ do júrinehhuhi, póls nn verdade i firmeaté nas suas mis ações, ò livropórdm não ficou csqUeclâo è porvezes os «eus dois eleitores, enlreb*!e-f>lpn"i sóhre a-mbn, fut-bnle bandalheiras, lembravam esteon aquele pedaço.

— Parece Klplong.fe Vai o tempo continua com as

5«ns Voltns de spmnre. Seis anosdepois, nn nlarldr» gftrfal dumItosãrió, o juiz do Trnpichciro,Prndentlnhn p Viator. então apre-sentadn como doutor Jnãó Gui-nnrães ftnsa, simpãtico, de óculos,p.rclSrio de literatura, se confra-nlm linto, um bom vinho tintonllfl*. Nn outrn dh. ,Toão fnnrqüeMntòr ÕU jn?ln GilimarSe- Rnsadois éom*nsals como João., pnr-te parrt BoRfitâ, pois rra da dl-plòmaèln, c hóm hã duns sémn-nas chcrnfá dh Alemanha ém(.ueirã, õhde pãssii-a maus ped"-çcw è contava episódios muito In-terètáãntes de se èuvlr -obreHamhUrro, riãçnrs c bombardeios.fc só hoje, pnndo mais flois anosèns seis rolados, me valtnrnm àsmãos ns aventuras do burrlnhoJ-rdrès, de I.alino Salalirl, (Ic Au-/pu-sfo. Mntrntin, dè Joáòzliihõtlcm-Bõm, e ns conversas de Bit**cape, S'aniondo, C.ipltãò, Braba-fiato. Dnnsador, Brilhante. Bcnlé-jo e Canindí, hoís d-ssostosós dó*homens, meus nmlíos para sèni-pre, mns què perdera d- vista porun» tèinpàs, poucos afinal.

4 anti-ra-innal. é multo mais prt-(undo e. freqüentemente, inaciò-nal.

Uma Tek què perdemos Sqilélé"Éden intelectual", dás êpocOsculturalmente hòmoaêneas (i etelas què Salvador Dált se rèlêtèquando dit qué gostaria ds t*.nascido num tempo onde nãohouvesse nada para ealvàr) ttcompreensão dá árto leftde a tor-nar-se cada vez flióls luneièftftt.Isto quer diter «*f*ie uma 6bra d*arte. moderna ssrá tanto in-tiscomproondida quanto mais se co-nhefcam ás suas coordcneías ei-ti<ac:ona:'s e Inéhjaiv» a fiíha docrtista. Em .no. disto, tôda cri-tíea norm/itltà ôu «iesmdtlea *«I4sendo uurepati.at.ft, áhiálmèn!'».

-•odemàs dlntlnáulr «rôrlos tiposde público do árlè raeíernér.'

Monrionemo» em primnlrO lu-<*ar, o dos '-hlendidès". Éãè pés-sces culta* ijus formaram o sèuçiftsto sob a influência dás cor-r*ntes medèrnai.

Em seejundo lugar, e públl-?filisiliio <tuo Ae èõráetèrlta ü*laatitude és entusiasmo diante daobra de étüè Wtòdèrtttt, hiái 'jiinnfio á entendo .erdadè.tárteftle.C (Ulstlüo * um hipécrita auèlem horror dè »éo parèeèr rt_-dérno.

Em terceiro lugar, e> públicosin-patisanta (ou marglnall, èèfts-titulde d» p.s-oas intètlçrentésqu# deseonllam existir na cri-,r-oderna vinn autenticidade aueesperam compreender ftfrátés Áeum trabalhe de reedueaçfio eété-lliá.

Ém quarto lugar, o público tt-timodemista que nfie eompreen-de como nega autenticidade &aTtn môíema.

A histeria de rida dé indi-.-duos representativos de elida umdestes públicos roTetaria <-oriô egosto estético está vinculado &situaçSes sociais típicas.

Ai Hea ét sugsstôe {tara umapeHoulsa dé sociologia erplleada& arte.

REVISÃO LITERÁRIA

SUPLEMENTOS DO ULTIMO DOMINGO

OUTRAS NOTICIASAlmeida FIscher ^ue «rti eómpâfééldó !nté««m*«lé «él M*lí«

Ibéntos literários desta êàfiitAl, Vâl éMrèàr èôm ttttlJivfô d» éèfttò.,'Herizontcs Nôluíttô.", pélá Édllôfà IfttâóS Dl õlflf|iô.

»Paulo Mendes Campos. êóttSldéfadò fiW» dí* iírtilí InlflArtírt-

tes «dum* literárias da ftOfa fférítlô, é*tif*»fà íôm «W Htfô deensaios. *

Saiu o segundo número de " Êdlflélô", téflsU lltèfárl» d* MlfialGértis, còm um dèsíile das óplnlfieá pôlltléás é lútílétttiàU dô* fio-¦-•os da Montanha. , *

Jóâo Condi Filho Vát edil*, tim H*f6 èôfltèfldò 61 WílílftWI éfl-iaié* (.üe Já se esèteVèfam *4brè 6 pôètâ Mà6uél BâBdélrt.

"Belltá" -.6 lituló dó vóhirté dé pôèélà* dô dêSímWlÉdofArtur Heraelin Gomét, emlbentè èônitUUôloaâlIltí é He* éêrtfelbl-Iklade de artista, recentemente íaleúldó. Uò sóntioi eárlftnAUmtfi-te reunidos pelos filho do autor, nosso confrade dir, Abèylârd FmlnGomes, c que sáo divulgados ém livre, edin p.éfáeia dè Fèdío

erÊAsareferènci..s criticai àó trabalho ttadüèèm a real jlgrtiíiéà.1.6 ià

nbra, cujos versos, máféádòS dê viva bejèta é pfèfündo íefltlWél-tô,for*m dedicados fc memôrlà dá esposa dó antor.

. Mario da Silva Brito, <*uè mafltífn «ttia MÇÍô literária «ô "íôr.n»I de SSo Paulo", estreará este ano éôra tttn llWô dé flôért.â*.*

Eliía Lispectós, a romancista, de "Além da fíoi lra"f teraslíioàseu secundo romance, a ser pUblIéedo ainda éste ano.

O&A, ACÔNttCE 4U« ó Br, Monteiro Lobato, um fazendeiro

tlUlIltà «.Uè CóníUAdlü anedota com literatura, vai entrandoná tt.ad(_ira aeirt ó menor protesto. Apanha e não chora. Por

céflô, hâbltUâdô âôi èlôgiôS désdè òs tèfnpoS dé Rui Barbosa, deveestranhar tudo íísô. "Que diabo, — pensará com os seus botões —érttão eu nfo fazia literatura? Nâo sou pôr acaso autor <3p uma obrapúnulir? B os Wéui puploe, onde andam? Por que n5o me defen-étml ft>t 4U4 nl6 (ne defende o Jórgé Amado a quem tunto elo-_léi. É' Vêídadé, acenas Gondim da íónseca, um bóbalhãó, ap_-fêíèU Bá ltéi.9".

l-àcíocinaiido assim, raciocina bem. Ninguém mais, a não sero Sr. Gondim da Fonseca, qúe todos sabem é tapado como u,m-pedra, _>oderla dafendê-Jo. Talvez o Sr. Jorge Amado gostasse dèfazé-ló. Máí, inculto como é, de literatura ignorando qualquer cóls**preferiu nl* OUVir òà mèlancólicoâ apêlõs do amigo. E temos aí, dcòufô èMéséadO, féduzldb à *ua mediocridade, 6 Sr. Monteiro Lu-bato, «.uando muito o melhor pròpagándista dó laboratório Fontoura

Póbrê hortem, incapaz de ergue, a voz e defender-se i si pró-priôl incanaí dè mostrar o fundo humano da eua obra, de jui.tifi-eá-le diértU dá bèleia e dá finalidade literárias. Nenhuma pai-Jiló a á|ita, fArça alguma à tü-tèniu èm face da Vida, do-povò c deihwnem. Vazia tonto «üá própria cabeça, Um almanaque rural munló tè pOdè Contar, Ná prosa brasileira moderna, qué fnz dn vcmío-ntllH-IO Um VêlCulú de tndãgá_$o UnlVèr-al. qitaèe tôda cònslruída.òbrè à invençfiò pô-ticã e a éxporlènèia de dolorosas unii-iníi.-.-èll li trônéfôrma num éorpõ ÔC«^ ridículo o inexpresaivo, Üma cn-riéètura grosseira, íé í íjtlé mèrteó (--emcllimili- dèflnlçüó

Más, è QUe ôgôtá êtlôntéoo com o 6r. Mòntôlrf) Lobato, -qu* nio mòrfèu cm tèmpò óomó Cóôlho Neto. a própria morte «-•pôUlpânâo para quê áátlèlisáe fiou próprio cntêfrO inteliVunl -acónticêfé nàutralmèiviè tttn muita gente que por ai .mia comár#a dé fihaktppèfer* é Btilz.ic, Outro dia, todo- viram, sepultem*.'-na "vila félia" um gínio què te celebrizou èómò gènió _)f60|éftmeSièpQttpie éfa virgam. Adiante, côm o correr dos anos, tapafémônrtèVó* íasôí. Inúmeros "íuflèl*ntes" íàirêò, npfenderfto ii.t _-.n<.u«-<1U6 à louváçêò é inútil, inútil «éhdá também o circulo ün a mi?.--dl para eíéórar nó tempo uma obra literária orgánicamcnte f.-itdã.

tudo teste, léltórèè. D, quando pa*_am o prestígio, a pUbllci-dade 61 amigos c da amtgót dói Suplementos, ap.nn- a própria obn,podará agu*ntar-se, OU nàScêu autêntica ou enlfió se rir-sgraciN8ó adiantam tt artigos dé encomenda, hem édiçfles dc lus-ü. nemó feíffèlfó da critica. Sè tam qua ficar, fica mesmo. R fien miiitnsvêíèâ Éómo a dè Kmily Bronte, depois dé H\mt um século de sltéri-cio, éSíjuéélméntó é humildada.

MWfandfti m* 6 Sr. Môntalre Lóbató »è console com l.-s«. Cnn--ólé-ké Com I Idéia da bUt toda Cóqueteria acaba sempre num cr,;-itló di defunto. "TRISÜN-4 fOPUUR"

Cafl "virmalhlnha" -*¦ O èr. Ruban Navarra é umaearea — Uma borboleta tem azat?

ID,

jiôr falar ém defunto, cômó nfló _>értsar iiô St.tuls Carlói Pré.tès? Hâo, defunto êle ainda n&ô é.AMiar da Uvidez. doe olhos submersos nas órbitas ne-iraa, ô hômém aí aatá Jurando 0 «eu amor a Stalin edêmôft-trando seu ódio à inteligência a aos escritores.

Quanto áo amèr a Steliri, nada temos com isso. Mas, de referênciaMi eserlterèi, a eolw muda dê füruíá. DaauL ___-_. -anto^dc Jornal,

DJALMA VIANAai-esar da raiva que possa consumir o Sr. Hermes Lima, prossegui-"*roi fc.cntío o pofeslvel para alertar õs desprevenido.. Impossível si-lencir.r quando a ameaça é de escíavizaçfiò, de morte pela asfixia(16 pensamento livre,

Cumprindo o programa, penso côm simpatia no* escritores co-múftiãtaá, esses coitados que, comunistas por convlôÇSo ôu piedadedos homens, do comunismo não podem sair por ausência de cora-!_cm. Lamenio-os no pensar que, no fundo, têm bons empregos, dãobanhos nos filhe.., üsnm bons temes e cortam rigorosamente os ca-í-elcs. Excelentes sujeites, no fundo. E ingênuos. Tão ingênuos qUè

1 rcquci-iam uni café cpeiias porque Se chama "Vermèlhinhôii". Tãõind-lcntes que n_o lCem nada, jamais ouviram falar em Hênri deMan, e pensam Sinceramente c.ue o Sr. Aporelly é humorista. Dalíngua russa, neres. Muitos, como o poeta Vinícius de Morais, co-laboraram, aliás cum, muito brilho, em revistas integralistas. Outros,e.mo o Sr. Joracy Crmiargo, inventam mendigos filósofos è român-.ícüs, Todos, puréiii, preso, n um Juramento louco — Jurammilòíiuè,.-oziiihi), b.uíaria paru cl.issiíicú-los cumo suicidas da liborâàdé.-mlU.nl. •

Mas, nesta fnunã, — tãô oposta aos- revolucionários tyxe Dó*-:olcc-!ti Marcaria num frotesto dtr.mátlco s* como umn flor côréó-.'.râlléit, 0 _lr. Püben NSvnvrã ê n corçn <iuè sUrprcande. Um dèsè'-jâ, 6 taptiz! Vê-lo, ê um leiiltlvó. Andando, parece voar. Mâô wô,>> verdade, mas dança. E, porque dança num manejo Instintivo dòsiricníbro-, pen-quo se sente leve como uma rapariga, achou lâ Côm

. scu côr-çâo qUè podia sentir a pintura e à èéCUltUrâ, 6 téâtrô è a¦1'úprla «ifiliça.

Tériiéu-sè critico, escreve àós mèlrôs. mudando dê -âlílo óómo¦;.. mulharcs mudam dc veslidos. Um dia, os côua permitindo, abor-darei esse problema psicológico: õ do mudança. N6ò o faíel còmt»i-t;p_lrit'!c. num inierès-o soeiológlcò, mas tm função dèsea flor, oclii.ii.no Si. Rubon Nr.varra. F.dmanciítâ. éit o aproveitaria, seriaum péreonagem ideal que faria'inveja ao próprio Prôust. Jornalis-¦ia. porém, prefiro cloglá-lo aqui, eamo venho íaaèndó, para níotrunstórnar a eü& CabeClnha aloueadá. Um bom-bòm, diria dele umporlUguês dóã ten-póè de antanhb.

E diria bem. muito bem. Bom-bom què talvèí suavize os abor-rucimohtôs dó Sr. Luiz Carlos Prestes e alegre aa tertúlias verme-lhas. Mas, assim tao meigo, aô lado do Sr. Aporelly, esse fapizjurou morrer por um partido é acompanhar êsse partido até 0 crlm*.Senhores, uma flor assim escravizada pòdé Julgar qualquw coita,podo -enür qualquer Coisa? Nfiô será como uma borboleta sam azas.E (_uc podo fazer uma borboleta sem azas?

"0 JORNAL"

O 8r. Ary se arrebente — Ressurgindo da sombra- "Rapaz, t lluttraçló"

fim conversa com o âr. Homarô Sana. 0 criUçô Al*varo Lins té rafèra aó prêmio Câlôgêm, dé IMS. quéacaba de conquistar. O Sr. J. tí. Guilttârâet IMíi, Um*descoberta do mesmo Sr. Álvaro LlM, Cómnârtfê Cômalgumas amòitras do sêu 11V» "Sagarana'-. B 6 Sr.

AryC. Fernandes, que ia tâo bém, numa maçada sobra Wcaisú. tt-

rèbèhta-sê irremediavelmente. Sèu artigo provoca rlíôs, imfsrc-ti-vèl dé ponta a ponta. Em todo caso, para compensá-lo em sólida-riedade, aquela concentração de lugares comuns Qüe é ó artigo dóSr. Murilo Araújo. .Também fraqulsslmó õ Catátáü dé O. HaydéèKicôlusSi. Pro_s_gUe o Sf. Ayres de Andrade debatendo u dèliCà-do caso do teatro Municipal.

Vêm, entto, os poemas. Um, vulgarlssimó, montado Ifttélrlnhoem artifícios, do paulista Oliveira Ribeiro Neto. O _>ôéta Ch*WaSabará dê amor, ó que a mim nâo parece ser muito liriCô. E,Como ressurgindo da sombra, a poetisa Adàlglsa Nèry repetindo JélàCentésima vèl o meâmo temo e a mesma fôrma poética. Resta umaportuguesa, Virgínia Vitorino, que esôrève um sòfiètò.

Estrangeiros também colaboram: Charles Morgan, Róger Cáil-lois é Gabriel Mareei. Afinal, uma ilustração dè Fâyga OStrowérqué parece dizer ao Sr. Augusto Rodrigues: "lílõ, ràpâa, é ilu.vtração. Aprenda como se faz''.

"A MANHA"

A figura de Cristo — Poemas, artigos e ManualBandeira — O melhor suplementa

3Adaptandò-5ê

aò espirito cristão da semana, ò su-plèmento procurou ressaltar Uterarlamente a figura dcCristo. O sr. Trtslfiò de Athayde abrè-ô cóm um art|gòt"üè é uma pèfòraçãô. Uma página dê Danièl-Rõpí. òmagnífico pensador francês quê o Sr. Dômingóa Vê-

lasco pâracè Somente agora ter deícóbèrtô. aue sô encontra c*m umdoa mais belos poemas dè patrice dê Ia Tòur du Pln, um dòsgrandes mortos da guerra. Outra página de Mauriàc è um poemadê Jorge da Lima.

Mas, além da homenagem ao Cristo. — ó.uó sé recorda na telad* Da Vincl e nò desenho de Luü de Morales -*• ôutrô católico. _poeta Tasso da Silveira, concede uma entrevista aò Jornalista Al*maida Fischèr. t 0 Sr. Guerreiro Ramos, também católico, è__.è-va um dòs íèus' èJtCèlèntès artigos. Acompanha-o desta véz, còmum «tudo sobra Buxley. o Sr .Paulo Moreira da Silva.

Uma entrevista com Charles Morgan. O Sr. Joaquim Ribeiro,quê devia colaborar mais asslduamènte, se transporta até amttpt-nha para falar dè sua pintura mística. O pintor Athòl Bulcâo ex-traordtnárló, ilustra 0 poema dô Sr. Mar*os Kondèr Ra s. Dôlacontos, fracos, um de D.-Maria da Silva, a outrt ao 6r. Lul» Afòtt-

E. finalmente, completando o melhor suplemento do domingo,justa homenagem ao poeta Manuel Bandeira. .TUítè homanaiémcomo dia o próprio jornal, a uma grande figura humana.

"CORREIO DA MANHÃ"

Novamente a poeta Rendeira — Helena Rublnt.tsln ~- Um artigo decanta

Novamente o poeu Manual. Bandeira: "sètté&taanos dè uma existência edificante para oa seus campa-nhelros dê literatura". O missivista ptWUgWí Jf«cavando a X sobre a imigração. B d. Lúcia Mlfél Çé-reira, eom a regurança da sempre, divulgando suâ» «mai

di tótura. O Sr. Orlai.Jo M. Can-alho com os olho* abartos H«-— (Conclni na 4.* pág. 4a i.* Mtié)

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Page 3: ffim$ ::' sr' 9 A MANHA - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/116408/per116408_1946_01447.pdf · Veio visitar a família, cmfim, no extremo da série, afãs-Não é outra eoisa o que suce-

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RIO PE JANEIRO, DOMINGO;28 DE ABRIL DE 1946 SUPLEMENTO LITERÁRIO

CONVERSA COM CYRO DOS ANJOSnJ

tt

MUITO se tom falado em

novo geração literária lirasi-Ieira, .empre se falou cm"nova geração" sem què sc sai-

ba precisamente que geração t-essa pois não é fácil Reparar os"novos" dos "velhoi"

(tor un,'.linha divisória rígida c imutávelHá muito tempo que _e verti cs-truturando uma novu geração deescritores posterior à dos fevo-lucionãi-ios dc 1!>'__ e adjacências.sempre te formaram "nov*. aè-raçôeíi literários" através ao*ano., Constituirão uma só gera*ção ou duas ou mais os elctticn-tos .urgidos em nossas letrasapós os movimentos modernistas,antropofáglco, vèrde-amarclista?Não há, posillvumcnte caractcrls-tlcas particulares que ps separemcm grupo-; distintos e incontundi-veis, Há, simplesmente, peque-nas diferenciações insuficientespara caracterizá-los. O mais to-c!\ i mais razoável é considerartodos os que. surgiram no pano.rama das letras brasileiras apôsesses mòvirac-nto. dè réfióVâ.íti cexperimentação literária comopertencentes a uma só — forte eampla -*- "nova geração". .

Assim, teremos, fazendo partedela, nomes já ile IndiscutívelprójeÇáo Ho cenário . das letra*nacionais como Luclo C-u-closò,Ahtonio Cândido, Otávio di Pá-ria, JiG. dc Arftüjo Jorge, M-bem Braga, Joel Silveira, AlmeidaSalles. Jamil Almanstir Haildad,Emll Fa. h, Guilherme Figueira-do c muitíssimos outros, Unidosaos iháis novos aos què acabamde. surglt* . como Osvaldo Alves.Ledo Jvò, BrcnO Acolol_ Fernan-dó Sabino, Xavier Placcr, Floria-rio Gonçcíves, Antônio RangelBandeira, Buètiò l\é Rlvçrá, Ado-niás Filho, Joi:gè Medhãr, Ge-ràljdlo Vkligã! é tantos outros, detodos 6s cantos do pais, de todosós " climas .de todas ás teftdèn.clàs. Sãfi todos eéeritore- de vin-to a trinta e tantos âhòs èCònStltucm a verdadeira fôrçanà qual tèm dè Sc apoia, â lítc-ratürà. Jiátricia de hojo è deamanhã, .-**¦ sàò qüasé todos OSqüé èstãõ em atividade no mo-inéntó. Bóa parte dos escritoresdà vèlhá guarda ji sc passoupára * reserva òü .entrou nà Aèá-dèmlà - ultima foriftã de luàtí-vidadè, à dá inativldade glóri-osa.

Cyro dos Anjos*, êsse mineirode talento que agora fixou rest-dòncla na Capital da República, éum membro dessa grando "novageração" que dómitui tôdá a Me-sente literatura nacional. F_.parte do grupo mais antigo omnis conhecido, otl melhor, situa-sc entre êsse grupo e o constitui-do pelos mnie novos representan-tes de nossas letras, l.omancis-ta dor mais expressivos que pos-suimos, dono dc um estilo vivo.d ágil è dc Uni poder cxlraórdlni-rio dc fixação dc tipos é fatos.

cia Vida cotidiana, d autor dé"Abdias" conta hoje com grairid-prestigio cm nossos círculos li-lerárlos. Estreàndô-se em livrouom b "Ainaiiuense Bclmlro"rurhaucé recebido fcStivamcnl-pela critica e pelo público brasilelros. Cyro dos Anjos colocou-se imediatamente entre .os nos...melhore- cultores do genéró, trl-ando cm torno de si essa forte eansiosa éspoctalivi que precedeuoo lànçomehto de "Abdias1! Séüsegundo romnncc. Aliás, não sedecepcionaram os que .esperavamdé scü talento um novo granil-romance. "Abdlas" Justificou file-nnmcnlc as esperanças colocada,no jovem escritor pelòí qüè Jül*garam Ver rto seu livro de és»tr.iii « reVelnçan de Uni Cscelèritèromancista.

Com apenas dois romances' pu-blicados, Cyro dos Anjos podeser considerado um escritor de-flnllivo. Seu primeiro romancenão 6 abst-lutahieni- ôbrá de lnl-ciáiite tias l-lrrit. B ühl i*òhi_.n_frintenso, rie tipos bem ninicnttos é<!c liictilcá intilíó boá. "Abdl-s"então, emüi-ra de Inaiòr conleudòliumano, não _ distancia multodé "O Aih.-inüêttSb Béihiifò . t Mia htt-thá è lhdíseülíVel fiiáfcã déorigem.

Prò.U.ámôí Cyrfl dot Anjo*.pàrà .cblhèrmds ,ò Sêit ue*ioÍíj.èn*to _6brti nsi-i.cl.bs gerais tlA Illè*-riilürá dè hójc, pàfà "A MANHá*'

GEOGRAFICAMENTE IKBtVl-6ÍVEL

Õ romancista mineiro Vécèbèà*nos atenciosamente» pondó-se .kuõ-sà disposição. Conversámosalgum tempo. Depois, pergunta-môs-lhèst— A obra literária deve ser dicaráter regional ou univèrsàllsta?

O regionalismo na literatura

Náo acredita na literatura dirigida.—Vieram com vigor 6 ímpeto — E* me-lhor ser "crack" de futebol... — Por que "horizontes feòhados"? — Ainda

têm perspectivas novas — Se acredita em fantasmas...pooo ter sentida univertâllsti?

—. "NSo Vèjò como se possamdissociar os conceitos "arte" è ALMEIDA FISCHER '*'d"°mk *r!" ™"¦M-jrSÍtKíii. "se* -ü-íiil* u<Jà- S* a n*«-sld-áô iúU* dade tèbha um «pecld atttipi-

poeta Manoel Bandeira it frente."¦í JHELHOR Í3ER "CRACK" DE

FUTEBOL...

a uorqut verse tema peculiar adada região, e sim porque recebo

pódera' determinar sé o tem* .% A conversa èe alonga, O romaivdeve ser à èplclivldàdè ou o iti- VIERAM fcòMVIGoR E ÍMPETO clstà aguarda outra pergunta.

rtiniRn «Ahr. — Vale * ptni ttt escritor tioKS^v Brasil? - pergunl«mos*lhe.

brasileira. — "No sentido da- compensa-„.,, r^u,4„t,u ,.L4„_ ..... tu...,» -¦- -è-pòndé {trôm çôts matèWalsi pão vale • ptfí*

Sfe O tèltti. ,m _l, -Ifl fb. Ühl* ú* mllô» à it.f.uínc.a dc «Ua éno* t»*«6htti rt Wclhbr negócio iet" cantor deversai, nao UèrÁ. a mm vêf, °A T'2f,fiitt tom n. - "«M HRovl»*tm*l** vieram sambas ou tràcii dé FíUb-l.obra dé arte, creio"._ lílSodlre- %,& àí ffiiltacíes dâ colVtt 00^ v,-t>t * impéto, ò que i um Qlinntó i. dè ordem M. ritual,mos novidade sé íflrmsritló* OU» ?|_àde.

m<»,Metft{ecS da comi u-u-.-., _-_.{_,.-'.-_ "u. .._.

o Éoiorjdo, i»prégna-«* tia tom, IM^^fM™1 - _ual í a sua oer-prlme-sé ns líguâwm da fè* W*!?¦> «èBtl,*lt0 e»P-',«-'0*» os wfflM __ °

«lio. A Influèhelí W. te «ti*.» d*fed»,!„ h artI.fn »*? MAiltal ikm lltèrárUapenas «os MM àe' tx»niiào. J. __|?l5,_ rt.,!_L*'!kS¥ÍH2S kWr0d6 AB_S

• arle é grande nà medida tmbelo etnal dé Vitalidade. Hi, sem ainda sáo pequenas. Os escritores.

.,,,,, , duvida» tlcmcntos de primeira mesmo o» dé mátof tiragem, si-que é universal, -ú, iía , ° à,_ -íu. JÍ *-_.pa^ ^m- Nàturalmentt, é cedo para pouco lidos no BrasM. Multo*,

Eni tesí, íiSú aèMitq ttà t*\i' #* Igualmente^dlfioll, pór outro ]]m à gcràtSò èm conjunto, qu? entretanto í..*rcem gí-hdetéftclá de tètniiè réglónali, ôò do- MSíjflSWrecnd*r*síI,PlJs?,cialé° 3* 9 témpó fà.á » triagem, dei- influência nos meios lUerartós,trtlfliô dâ àrt*. Pèttuen-eu gf-rt* _*____-*'._,_?- "?_ Ilia„L.vc«*! x«mfo cbnhwcr as vocâçõè» »u- vlvíhi quase det-i-hhttldos dodè, 6 t-rtle-lri óllli à. cdl.as !«_> S_4_5?fií_S_Í .«;T_f_S?_k.*l. Übtítit t WWbvèhdò as fàlías. público,npeiquègraltítri^Uè,e"' vW-éfim-si éspérlènclà. liltrá* **h wdn um vai théontwindo un.--íuníâft eípcc|f|c. í,o'oíga*NAO AGRíDltA NA MtMAtU« __ íW «i« 6\ Pfe_ônagéns. Aon If^^LJ^t^lí.^ tííàmó Wíl."

^

flè aetérnltitl», * ft cshipt» _RY_';__ _"iS___u.-i,_"_£__.-,S_*". Na mocldfld* \-_rlftcâ-h. èm ma- Mas, MU.feMüftU é vi. Vàlhíitrabalha é iPdlvlSlVél, géo* «|«tSlí MS^K^W 'L^AjJSTíÁ^

flcamente, O universal se con- T?"e.av.V_: __fvi_?__ilK _-_i!__ lòrtcla Ú» matou àtlram-iè cônt '^b Mmfitt «scí-Vèri, pottt-- o_§ mm * *»* mm Sy# i<,brtpón<1<,'dufra Sím^íiirnSím xri^^S^mSSi

RA DIRIGIDA ntftSSft « sa proscréVc íotàlltiènlk Rèráçio ficam póucOs, poüciulssl*o ladlviduo. Náo «credito na per* **»• °J_« * •_» „«_%» •«••"»»<*- Ô fi-íibrii_ta deve fôeillrár msn-heia dé obras de fins* prefl e PM a caSW dós literatos, qiie

'» lHdlVldbô, .amo eèlula da có)*-* „»dòs. Flcarlò aquelas ém HUe f-*»m »*•*. premUBWa contra ostlvldádé, oU i *if_pHâ cofêtlvldii- liOUVe despreocupação doutrina- m» .» « inflação,..

fOR QUE "HORIZONTES FE-CHADOS ft

--* ô melo físico, ò *•cHma*•mineiro, terá contribuído para bdc? — írldifanic., rli t cúji lél ühléá íol a cspbn- Aliás, esta converta de gsra- ......tu- "O verdadeiro artista, meti tán.ldà-t. A ârte tem o seü fim v«es é Um tanto melancólica. O aparecimento dessa poderosa li-

¦.•aro, se cbníede liberdade ilimi* ent St mèírná, embora essa ver- melhor é nós rios considerarmos teratura dê "horUontes fecha*•it-rril..V-íi>H.llM..HlT.i.i._*ll.. I ) ; r: ,.-_.,gamai --*-"-¦-*¦• i-- -¦¦*--i f - ¦--¦•¦ -•• $m -¦

SOBO LOS RIOS QUE VÃO

1---V-

Os pretos na artepopular portuguesa

Wt& CHAVES

NÃO éíí _.té Wè t-Wtô s« tta*

nlíestava a caràctérlc-çao cor-óóral. especialmente a ílslonô-

mica, dos figurantes das "móu*riscas" nas antigas proclss.es ds"Oorpus Òbristl''. Com o contrastedè plgméhtaçâó entre ó português eo mouro, é natural que nas primi-Mva_ '*mouriscàs" b fato Se áceii-tuasr . nfto sô para distinguir osgrupos de "ttourós" dòs outros;que o nfio eram, como para lhes ex-tremar o pitoresco. Pbr isso, oscompóâentès do grupo, além dostraj-s "à móurlsca", praticariampor é-ccèssó de negrümé, à. Icádona cará, á sugestiva caracterização.

Nas mòuràrlãs nas festas a queos rnource. descendentes e escravosou cativos recentes, concorressem,as danças dêlès por certo mantl-nham combinações rítmicas e for-mas coreogràficos, próprias. À ex-pressfió de *'à mourisca", de bàl-les, adémanes e trajes, cprrespòíi-derla à feição bem singular dessagente, quer dos tem-tos anterioresás '¦lança- em A'fr.ca", a partirdos "mourls-os" e das lendas demouros, quer, é principalmente, noperi-dã ativo da conquista, expan-S&O e defesa èm Marrocos.

Multo da movlnientaçáo e do pi-toresco dás festas públicas ia bus-i-ar-sè, èm Lisboa, à cooperação dosmouros. ÍJarcia de Resende, na¦,MÍScellâneá',, què nós serve de*liclosamênte de revista panorâmicade costumes e usancas do seu tem*po, nfio se esqueceu de nós dizer:

"Vljme. frfiaes Judarlas

Mesa, tulnolas, & Umn»itmbi mouras, moumrias,sen* ballos, galántartas,de multas fermosas mouras,sempre nas festas reacsi.........

Em festas particulares, com dan-^as, autos de Salão ou de ar livre,surgiam de repente grupos assa*.ihaaos dè fingimento dè mouro.,com lanças e clmltarras. e toda attenté, írüríireéndlda ou náò, fe-1»tava aO ••éàlVe-iB e*uem puder", e¦fugiam ém debandada bradando.empre: Móurós! Mbarcsi

¦Oá "mouros" dá -ftdià vieramaumentar na crença ê nos. conceitosdo senso publico a personagem his-tõrica do "mouro" peninsular. ríó"Comédia de DIo", dè Slmfio Ma-chado, nao faltam pelejas dè crls--Sói • mouros.

Apesar dè O sentido corrente, queBè ligava ao "mouro", ser o devencido em combate, e por isso asmímicas . bailados, que se lhesexigiam, eram principalmente detipo fftnâstléò ê guerreiro, liemse _..é assim figuraram. Nas pró-prlas prôclBsôcs ou deifllcs prócls-sionals, èm que flgUrávam com rè*guiartdade, nas "mourlscas" dè aè**èc*- tnllltar. também apareciamèm composloó-s Completamentedesprovidas desse tipo.

Nüns resulamentes. regimentosou róis da procIssÉo. formavam ós"toourca" f-igldós a "mourUca":,__ àt mouros tinham o n-mc, emvtitude, entào, dé os imitarem nasforma» de apré-entaçáó OU cônspo*siçfio eorecgráflca, dos bailados edos trajôs, Bm outre.. representa-vam-èí, nfio como cembatentês cginastas am açfio, ma» èsèravos eomgrilhóes. a bailarem "á mbUTlsea",— assim «è tèè nas exibições festl-vas, em honra do Cardeal Alèxân-drlnó, «.ando visitou Rl-ítèl t».Sebastião, ao ser solenemente rece-bldo sm Élvos c em E'vórá o lesadodo Papa. Ainda, em outros déífllís,os '•mouros" e as "mouras" Iam____e'adòs a figuras Blmbolt.as, co-íno a "D—lá do Draco". da procls-SSO do Fóvto cm .15C0.

A "mòur-sn-n" deu depois a de-signaçiio a toda e qt-aiqVter forma-ção círcc-TTáflcs, antes de ft* -ri**-tlanliar eu apc:tu-tu?-ar Intimament* na forma des "Impérios"-estes dè8fi-.r_m*eé de tódi e qua'-4uer memória ôu alusão a "móuros". sem. todavia, deixar de haver"moürüeas".

Perante esta dualidade, èm quese blfurcdU o primitivo conceito,pareee-me i. - nfio sô o Jogo cê-nicO, a mímica, as .ortmônlas crís-

tfig. óS trajas « m nôMèè M-Uiarèsdos componentes, distinguiram oa"impérios" das "mourlscas". Tal-vez se frisasse melhor então, se onão fa_iam ati ai, a cór atribuída,aos "mouros" dàs "feóUrlSôàs",sucessores afinal dòs autênticosmouros dos primeiros tempos.

B dlgò dós primeiros tempos, porestar conv_hcldo de <|ue ícramaproveitados primitivamente pordesfòrçò oü orgulho, como o teriamsido paralelamente os Judeus; dè-pois, em ves dos moürca Vèrdá-^éiros, figuravam os ftógldosí èmvez dos Judéüs, fórmaVa^ . i-ml-mica dás "Judengás": pretex-tos,num è noutro caso, pára crufas cvalas, mais àgrrsS.vas pra còm oiJudeus, motivo jáèlo ^Uál as "JU-dengas" foram proibidas, ètt. anteas "moUrlscás". mais dèp_wa IttO-fenslvas, foram mantidas até finaldos desfiles regulamentados, testassobrevivem, mais ou mèhos clara»mente, ém exemplos atuais.

í) Os pretos? Nfio é difícil dèconjeturar qUe c_ pretos imi.lssèmnas festa» públicas, oU diretamente,ou èm fingimento dè caractérlsa*-ções é danças, depois què principia-ram a vir como escravos africanos,

O que nós dls õ hlstorlógrafomadèirense, Alberto ArtUf Sàrmèh-to, cm Os Escravos na Mta-Uira-livro publicado no ÍMhchal èm193Ô, é sintomático, è deve ter-sedado fato semelhante em outroslugares da metrópole portuguesa.Na procissão dè Cropus Chrlsll Osprelos entravam com a sua dança:iam aos saltos, compassados, comgaitai ê tamborll. A proèlst-O erào friso doa costumei, Ainda naMadeira: quando havia SòléWdàdeè.Os senhores davam certas liberdadesáo. escravos, e este» exlblarn-sèdançando Os seus bailados.

Ná procissão dè Corpus, de Lis-boa, a imagem de b. Jorge, _. ca-vaio. levava à írènta um grupo dèpretos, vestidos dè amarelo è èn-camado, ao gosto do século XVIH.com barrétlnas pontèa-rudaS: náobailavam; desfilavam, tocando pi-fanó è tambor. Foi, sòm dilvlda.èUgèstãõ dê "mõUflsôà", ôndè ftsanto representado èfâ O tel, eu"Império" com êle por Imperador.Pára completar o stmbollsmo, o"hômé» dè ferro", <mè o seguia,representava a comitiva da fidalgos,que na .dade Média lhè formavamesquadrão de honra.

A "Daii*. dos Pret-s**, di Mon-corvo (lio Distrito de Bragança),com Vestígios em terras vlt-lnhasfoi reconstituída pelo Prof, Êantof.Juntor (t-nlvèrsldadê do Pôrtohos componentes pintavam a cará depreto, tiveram organização dè con-íràrla, Ocmo aèóntècè ainda c*n*niírunfi grupos coreftfrr éticos daSèlra-Balxa, e entravam em reatlvi-dhdès religiosa*. - Poda multo bèrrtor a tua origem nèi gmnas da-"danças" è ¦¦folias", antigas, rbem sè pôde ver neles a crganlzaçfi'-da "môürlíèa", dirigida clara ordls.arçadànièhtè pelo chefe.

Noj presépios, eomo nestas proClisÓfts, revelavam-iè ós costumeflõ têmt__. N&ft faitam neles caracteres etno.íráflcos, que a sugèstfirda rèálldaclè lmpós atui artistas dnbirro, ò "ftèl preto", do gruo*aos M*g-s( èra èxiftWo nas prôôln-sflèi, ftomo a dè Elvas bo meadr>dô século XVII: Iam "os Reis Ma-gos a cavalo como ê eoitume". cènt_ èléi "ò ftèl mago n _ró".No presépio, náo podiam faltar O?R>!s Mã,. S-

Dançí» rtôpularès, cenas dô ooveôs vendllhnc-!, os pedliitrs, eheio-•tè mâselas, caía*, moinhos, traje*-!nstmmcnt.os miislcs, neraltás *-idas. gente rio novo, soldados, t1*'o cr.be. e t'-''o ff*ot* ft--'c*i nreténío---mó se 'o*">m de èMtiit-ra .-,«.--_ *._„ UuStfAf n (.t^ a r••ostumr-j dt su*i énocft Pc!. t*t*-' . k'i ,lt**ti os nrf'>». oüe v*"i turba, oue f"»***","-. ou tt r...,.W—_, à irtjj, f4|_«Oâ

Na fèlçfi. pom;lar da arte 핦•rro ¦'"-ram. Cas antigas rèpre-'ííita-Sis côrcpléstleas. multai fl»•rurr» do novo, ou _u* na .magl.nação do povo c.nt!r*uaram por(Conclui na «.* pág, ia !.• tèçlo)

i

dos" que caracterira alguns dosseus poetas ê prosadores?

Cyro dôs Anjos náo entendeubem a expressão "horizontes fe-chados". Mas não faz mal. Isto-é mais uma conversa geral sôbreliteratura do que um Inquérito.

"A expressão "horlzôttteáfechados" é sugestiva, mas nãosei sc será Verdadeira, quanto áliteratura de Minas, Porque "ho*rizonte;* fechados". Acaso vivemos escritores dè Minas alheios aoseu tempo" Olhe què, dentre OSconsiderados "participantes", dèniíior relevo, poderemos destacarnão poueos mineiros, residentesno Rio ou na sua província.

Acredito què o melo físico esocial possam, em parte, explicara reserva, a concentração, a me-dida de algut. poetas é prosado-res mineiro.. R a Introspccçfto,naturalmente. Mtí a lntrospec-ção não significa limitação-, dimodo algum. Um filósofo da e.t-coi» Idealista lhè rcupomleria que,ao contrário, sô bòdcmos ver omundo é dentro de ftôs nicsmoSc que.,. Bem, má. Isto ji i oU-tro áSsünto..*."

AINDA TÊM PEB8PÍCT1VASNOVAS

O telefone toca a cada momen-to, interrompendo à ÉbhVèria,Porém, emendamos nova per-gunta:Acredita no apáreèlraentó.em nosso pais, de umi UòVi cdr-rente artistlca resultante das pro*fundas modificações sofrida'pelavelha estrutura político-social domundo, em conseqüência da últi-ma guerra è dos rèaJU.támentosdeste após-guerra?

"Nfio. fim primeiro lugar.porquê me parece què a Ultimaguerra foi apenas Uma liquidaçãoda de 1914. Dépôts, porijue hãoacredito que a. guerras Influamdemasiado no cihipò da arte, Aa.iova. tendências que vimos sUr-gir neste século, como sabe, nas-cerara no séc. o pissádó. Rim-batid morreu em' 1S.1, è desdo1873 havja deixado de produzir.PiCaèsO atirava-ie io cubismo im1910, aiitcs da guerra. Em 1917,morria Rodin, e a revolução quedesencadeou ditava dà Ultima de*csíla do século XlX.,"Mêm. «atik U gnene, qai aprèélpitc et bo.scqlé 1'évolntlon,— diz Plerre Abfahim, na Eftcy*clopédlè Françalsé _- lèé annêes

1915 i 1.20 auraient été marquéeipar des modlficatlom Importante»par um tournant de Ia prodncttonet do gout iitéralres".

E, ¦ adiante, comenta Abrahamque, ém 1914, ninguém duvidavaque á subversão produzida pelaguerra, matéria da guerra dei-,xassem dè renovar a substância,liem como o «•¦¦plrito do romance.E nada dhso houve.

Entretanto, cm 1914, __r--e-iacausado grande surpresa aos le-irados sc Se lhes anunciasse queos dois livros que, durante vinteanos-, mils profundamente iriamatuar no romance, se achavam jácm circulação: "Le Grand Menu-Inea", dé Alaln Fourhler e "Docfttc de che. S-*rann", de MareeiProust.

Voltando à pergunta que mefás, acrescentarei outro motivopar*, ftile acreditar na possibili*dadè dc que venha, agora, qual-tfüer grande movimento qli re Vo»lucione as tendências contempo-rinens, em literatura ou nas ar*tès em geral.

Acho que os caminhos que íeabriram, desde o fim do séculopassado, e for.m percorridos até0 presente, ainda têm pcrspectl-Vas novas. Não creio que esteja-mos próximos* daquele esgotamen-to que earactcrlía cs fins deépocas literárias."SK ACREDITA EM FANTASMAS-.

Èstatnôs chegando ao fim dafhtfèVÍsta. Perguntamos ainda:

¦*- Escreve, no momento, algumnovo rômah.e?

"No momento, não. Mas jáestou tentado, de novo, a escre-Ver.

Se acredita em fantasmas, direique alguns personagens ji meperseguem, còm Insistência. Ima-jino _ae nesse livro o amor ócu-pari segundo plãho, superando ociclo dai "mó. i èm flof" OU do"AmáhUèftse". Mas, n&o ahteci-parrto-í... Pensa-se uma coisa, saioutra..." •

Já pensou era tentar outrogênero literário? — insistimos.•-¦»- "Pensei em escrever ümensaio sôbre a criação literária,quando, há tempos, tive curiosl-dade dc estudar a matéria. De-pois, ir. ivei o plano, conttnlan-do-rne com modesta conferência,què li em Belo Horizonte. A 11-tèraturi nacional nada perdeuíòrh Isto, pòssõ afiançar-lhe..."

Retrato da Provínciauminense

ANSELMO MACIEIRA

Fl

lliittraçie dt ATHOS IULCAO

ounto doa rio», •>.Onde M águas fluem ¦No cruear doa deítlnòíCansado do caminhoCansado dè esperanças è tristezasAssentei-me à chorar.

Nbb íiiâos, <ju_-« tèm forças,Tra.la «íienai,O instrumento do CintoTaiítia vezes perdido « dèidenhado

Já um homem hio «rt,A vencedora i dura BabilôniaCitivo rn* fui».Dái riquezas * dores què OiUs der»Dôs meus têiouros todos, só restavaA citara que outró.à mô ajudava

A erguer aos céus meUt cantei Insp; idosPêlos doei. Instantes dè alegriaQut- em SISõ, pátria minha náo fitavam,Pèlói rtioníentos, pêlos Quadros tim. ti,Pêlos amórês, pelos benefícios.uè mct^uinhoi outrora par .ciam¦c hoje brilham no «xllio .

_*omO èittilès dlstahtes,ordldôs para sempre, tim. perdldoi

_ ori amargamente apetecido..

\qul, por è.ti. «itlot condutido?cr. mi fortuna, <-ue me resta agoraSènâô eantc-ir 0 bêti. que reconheço_ sinto * fulgurar noa elhog baços:jue égua dt tal il doces águas junta.Que mt testa senão cantar, se apènajti.utrè tantos troféus, ficôu-mè i pobre *fi piquei.*, máquina mitquInhaDe acon-panhir it votes do meu cinto?Mal em QUt estado èttât citara trittè,lu.írumentô que a clara môcidade'mpatuo-o tornavi. t forte e beloVa musical tarifa déleitôsai

Mais parecei um tlmplet filho têcò>om uma folha tô como lembtançi,tòto « feio; e éttet dedoi uo centadoió gemidos tem forme, do teu leioabem tirãflot Isso, ê bem melhor a Ouvir il águas:os tios desta trede- Babilônia,•icar-me; t ouvir no canto desses rios

\t vozes d.ssèi longos corpos Uouldoslua vao descendo nara sítios viriôt'-ara um dettlno to, .amb-in. amargo.

£ a ettuti cansada e agora rouca;Vou pendurar not taigUetroa, e eiouec_>la.Quem sabe te ao rèlènto; hlo a èníloraDe novo a natureza gencrot .í: it vlvàt e nervotis mfios co vento,NftO a farto vibrai como novo alento?

Quem tabe té invisíveis, mãos de poeta*Ertiladót como eu, mas já libertos,Pelai portas da morte, benta.ej.-,NàO tangerão íêut cânticos divinot?

Deixo pois not salgueiros balançandoO meu velho instrumento companheirofi à olhar aa águas me demoro,fi nal águas, contemplando Imagens mortt'.**r Sifto perdida brilha num momentoA tOna; ê 816o, desta cèthè franllPátria, origem, berço ettremecido.

íi-la que dança, simples e sorrindo,Na superfície deste tio, Inquieto. •-tela ao sol matln-4, itrena e jovem.?'

SIAo que perdi, siao que dettruirfto.errai de Infância, sonho * adoleácènclat

fi ainda ouço, ai vo_ei da violência,Dos Indumcop, oi ódio* tutcltando,Aoont.lhai.do Incêndio * morticínio;El-la qu* dançai Jer-iiUm, Jeruselám como

lètquet_eMf,forno esquecer tuas graças e fòiguídor,Teui sítios oue a poesia ira renova.Teus seres; (èut pait. tèt, Os rebanhosPara aa verdes i_«r»gent conduzindo.t _. filhas dè Slfio, como è_quecè-la-?Flore* clirü que o tol escureceuA caminho dai fonte* ou dot campo*.'«minlnat « quietas, táo divertesDai mltterletit filhas eetta tetraDt Babilônia, a pedicóri.

Como punge a lembrança no vaitotComo doem, _• doces • üngelaiImagens do panado que nio torna-Água* doa tio* dett* tetra ettranhaQuantas paisagens, quantas faces mortasNfto passam * te vfto nit ví>s_as face*t quantos vezes t.*?enas na memória,No vosso murmurar nio estou oúvlndot

Quem tou eu? Oue me etperatJerusalém, Jerusalém, eomo eiquecer*te.Quem teu* muros destruiu?Quem fè» em poeira teus templot?o citara nas arvorei delj-ada,

Fotque à Pátria divina, nio aspiro —fitquecendo a que foi pátria da carne?Porque nflo volta o esprito agoniadoPelas doces vitòes do bèm passado,Pata ai regiões que ó Espirito preside,Pata 0 que além da morte a morte guarda?

Porque fica a lembrança como pássaro,Naa ruínas d* Sifio voltando sempre,l" aos céus puros * claros do futuroao vòo livre, enfim, nio te abandona?

Rio! de Babilônia águas sonoras,Quantas tómbras levais no vosso fluir,

_u_-'.tas miragens de passadas glóriasPari longas paragens transportais!ftlot dt Babilônia, águas que o prantoDoj estilados mancha, e impuras toma,Portiue nfto me lavais da vfi memóriuAi imagens do Bem que nao mais torna?

Porque de Sifio perdida o vulto leveNftõ àpngaisí - i

*Porque do amor traiçoeiro i mentir-**»A aaudade Infeliz hâô desfazei»? ,_. embdra à oUtrat part-áena nerejrini*Náo me possa, nem queira transpett»Rios tratei-me o tono,O eterno sono.Águas dò babilônico reinadofimbilii>m6,p-àtè^me renunciar ao _onho lcucoDista perdids Silofim cinta imensa,O que passou náo foifi tudú passa.

r.iòü de Babilônia tudo passa —

ês lágrimas

a origem dessas íágrlrhü /õmmerfi o objeto desse amor.

Aguat levai na vossa fugaEste cantado espirito-Lív.-J-o para o vossoAmargo e implacável destino.E que nada resteDeste sér muro...fiel. e altivoKl Silo destruídaS agora, eterivo em B-bi!6nia.

AUGUSTO FREDERICO SCHMTD T

PWVILÉOVi-BO o Jllnclõ Fio*

nilnci.se. À beira do Atlán-tico, no ponto em que o li-

loral inflete para sudeste, scuS es-tuários e suas angras aparecemao olhar Inquiridor, dos marinhei-ros, como portas abertâè ttò cott'tlnente. largo.

E* um dos tfechos de costasmais recortados do Pais. Faz lem-brar o litoral 'grego,. Balas comoa de Cabo Frló e üttáhabara. ue*pois, ao sul, a grande rcèhtrinciaonde se aloja a Ilha (jrande. Rioscoliio o Paraíba, o Macàè, b SáoJoão, sirvindo dc ancoradouiosdesde priscas eras... .

üs navegadores portugueses fre-i-uèlitariim, mültò cedo, éssesan*mradouros. A prlmçlra expediçãoi-civiadn ao nosso Pais, batizou oti tio Sâo Tome, em 1501, Em1503, Amí. eõ -VcsptiHo dcscffibar-4-oU cH) txibo Frio,,.fundando aimn eslabcl-cimonlo português.Chesando a ôsèc mesmo pôrtO. èlit1511, a famosa haU "Bl.tôa"conduziria, paia a Europa, vulto*si carga de pau brasil e outrosprodutos da terra. Em 1510, Ft-r*lão dc Magalhães «stnciòharlà l.a(i-aiiabàr-, oüando rpàlltava suavii, gem de eirèúnavcgação. Tam-•.èiii franceses e holandeses apa-meram por ai. Refèrlndo-se àCapitania dc São Tome, diz umautor qâe as costas da região, dc-pois de 1_15, permaneceram, bòr•nais dè cèm ühors entregues à _a.nhã di pi Marta áftglo «asònlcá."Bandòi dê aventureiros inglesesvitran. flxar-se n-la" ¦-. repara*i-la àóuthey. Os franceses, alemdu invèèlldas Intermitentes, ten-lanim a'empresa t-hi gratidè èSca-Ia dc uma "França Antártica" najtrópria Baia do Guanabara, cm15,*>5...

A primeira pólitlc- da Mt.rúpoletm relação á Oilòniii, logo que asprimeiras expedições retornaramcom inforniaçõc.*! da terra — fplestatuir o sistema das capitaniashereditárias.

O território tia futura Provln-cia. Fluminense ficaria compreemdido nos limites de duat mj»h-i*tiias: S Tômé, aò norte, e SaoVlècntc, ao sul.

A criação dc um governo geralpara todo o-Brasil e a expulsãodos franceses do Rio dc Janeiro,feito militar dovl_r_elrò governa-dor geral Mem de Sá, cm 15_0.iria mudldear as condições devida nas plagas fluminenses,

O sobrinho do governador. Es-«ido de Sá, fundou em 1565 onúcleo de umi fatura Cidade, nasvizinhanças do Pâo dc Açúcar.Bois anos mais tarde a sede daVila seria transferida para ohoje desaparecido Morro do CóS-telo.

Premiando o chefe indígenaArarlbóla cujo «polo à causa por*tug_._i foi valioso durante a tu*t» contra o francas e O tamôio,concedcram-lht o dominlo tobr.as terrat <k Praia Grande, Isto i."o outro lido da baia'* onde hoieesti tocalltida a Cidade da NS-icròl. .

O povoamento dlt .ibandonada,»tcrrts da Ca-pltanta da,São Viceti*te, ai lo-álliando autoridades,clérigos, aventureiro», militares,iria influir decitlvaminle sôbre xfutura Província.• N't província Fluminense, comono resto do Brasil, a elite brancaorientava a clvtlitaçtò. Os rema-ttescente* lèivagtht dissoivir^e*iam, quase por completo, «o cor*i_t do tempo, Sôbre o esforçodo negro é qut repousou * tarefabruta) dè agricuittr essa terra emanter, durante 4M> anos. no caso

Sle Campos, a prosperidade verde-

;.nte dai lavouras Nn inicio doséculo passado * populaçâ.i fliinti.nense era de r_44.ft.17 habitantes,rttlr, os quilí existiam cerca dclsn.-Ort éícrovos.

Foi tentada, com èatto, a colo-nliaeaò estrangeira, em algumasrogiôes Em 1818, Sebastião Níco*lau fiachet, negociou, com o go-virnò. a loCillríçlô de tem fiani*lias. suiçta no alto da serra. Dis*se núclèò originsr-se.ia « Cidadedè Friburgô. Em 1.45, chegaramos primeiros colonos alemães,

também fixados no alto d* serra.A Imigração continuou, sem ..tc-gar porém, is proporções queatingiria ba parte sul dO Brasil.

Paulistas è mineiros desempe-nharam ura papel importante nàpenetração fluminense. 0$ pri*metros, ba «ua famosa expansãobandeirante, pôr aqui abdàràm —de passagem « fundando Vll-is,fazendas e igrejas. Mais tarde,apôs o declínio dás minas dàs Ge-rais, diversas famílias mineirasdesceram, afnzendando-se no soloUbérrlmb è semi-deserto deste pe-daço do Brasil. Permaneceramprimeiramente èntrè os rios Pà-ralbn, Pomba è Muriaé. DePois,irradiaram-se noutras direçô.-s.Ilustres famílias fluminenses,com uma longa Vradiçã0, desèen-dera dèsSÉs cdlòhiiàdores minei-Pot: os Sòarrs dc Sousa, õs Fur-quim Vcrhcck, os Teixeira Leite,os Monteiro dc Barros, os ToledoPlea os Leite Ribeiro e muitasoutras.

A prosperidade do. Vale dó Pa-raiba repousou, sobretudo, nòadvento do café. A "lavoura iti-nerahte", qúe partiu dos qnintai*.da Cidade dò Rio Venceu as dis-tânciaS fluminenses, atingindo Sá-iPaulo, em cujas terras haveria deinstalar-se definitivamente. "A.pfôspcra lávòüra dò café cria tàni-bém a sua aristocracia, uma castarural, uma -civiH-à. o que refletea proximidade da corte, o èsplen-dot dè qüe esta cerenva à i-obre.sa adwnticia, as exigências sô-ciais de uma época" — disse òcronista Pèdrò Cãlmòú..

A Vocação fluminente, portanto,aCcntuõa-Sé, desde o primeiro ins*tante, paia a monocultura. A mo-uocultura dò açúcar e a dò caféi-otiotituiram duas bates econômi-cas sôbrè às bUalà* lèvàntar-.ê-tam ós rtSp*ctiV*Os edifícios deduas esplêndidas civilizações.

Uma outra vida, presa a fà-lores distintos, filha do comércio,da navegação, dl pesca. * da ln-dústrla salinéira, dc«envolvett'_éao longo do litoral, desde à pltó-.tsca Sáo Jóãò da Barra à leudá-ria Paralt,

Com o tempo, apenas a mono-cultura do açúcar haveria dè còn-tinuar mobilizando as aUnçôesito cimpista, no Norte Flumlncn-se. Declinou sensivelmente a la-votira eafeeirà. E a polleultura«!cSenvolveu-sc, gerando a fôrtu-ha èm suas cidades. Tomo.--, oEstado do Rio um grande celeiroda Capitai do Pala.

Na madrugada colonizadora apequena cabotagem enriquecia asvllca do UtorarrCom o tempo,tres caminhos surgiriam, ligandoo Rio de Janeiro a São Paulo, aMinas e i Campos dos Goitacás.Muito mais tarde — em pleno Se-gundo Império —> a construçãodas primeiras estradas de ferrodeslocou OS eiXOI da vida eco-nòn-kia, matando os pequenos por-tos e gerando para todo o Eaudo,umi dependência mais direta doRio de Janeiro.

Dois sistemas ferroviários im*portintèt desenham um mosaicode còniunicaçôt. através <Jo terri*tó.-iò fluminense: a Estrada .1eFeffO Central dô Brasil e a Es-tra da dè Ferro Leopoldina. On-irostim, os velhos caminhos depenetração servem agora de leitoa três magníficas auto-estradat:Rio-Sáo Paulo, Rto-Petrópolis eNiterôi-Campos. Estradai por o.cio irinsiiàm, diariamente, camUilhota è ônibus no serviço d*,transporte — entre as diverta*cidades marginais t oi Estadosvizinhos.

As cidtdet litorâneas tfto pito-rv-seas. evocativat. Rominticas.Sa.-i Ilhas do pa«eado, esquecidasno oceano do tempo. As ptatat *lsbalas e ctlmas. Velhas e more*tr.s embarcações costeiras fre»qiicntam èss.s portos. Soberbasigrejas revivem nas suas fachadasbrancas, nos tinoa verdes, naa ai-fala» douradas, o fausto do tem»po antigo, quando «ma tecüdadarica opulenUva ettat vilas.

B' um cenário, portanto, favo ri.vel ao turismo. Também * *i¥ra.com a sua beleza natural • mÍCoitdai ia 8.* o». da 1.*

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Page 4: ffim$ ::' sr' 9 A MANHA - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/116408/per116408_1946_01447.pdf · Veio visitar a família, cmfim, no extremo da série, afãs-Não é outra eoisa o que suce-

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A MANHAANO VI RIO DE JANEIRO, DOMINGO, 28 DE APRIL DE 1946 numero 1.447

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\'» ""* , : ' Gritica, um tema contemporâneo NIT E R O I

Ilustração tle FAYOA OSTROWER

ANIVERSARIC)ÁLVARO DE CAMPOS

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,Eu era feliz e ninguém estava morto. ¦ '''-.'Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de! há

fséculosE a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma

[religião qualquer.No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,De ser inteligente para entre a família, -.E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.sim, o que íul de suposto a mim mesmo,O que íul de coração e parentesco,O que fui de serões de mela-província,O que fui de amarem-me e eu ser menino,O que íul — ai, meu Deus !, o que só hoje sei que fui...A que distância!.;. - •• ••*¦.¦. <'Nem o acho...) ,O tempo em que festejavam ò dia dos meus anosl

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da

Pondo grelado nas paredes...O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme

[através das minhas lágrimas)O que eu sou hoje é terem vendido a casa,E' terrem morrido todos,E' estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo%;"."" ¦¦:'-'>-- ' :-.,•.„ ^;,.., I' x

¦.,'.- [frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus ariòs... 'Que meu amor, como uma pessoa, êsse tempo 1Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,Por uma viagem metafísica e carnal,Com uma dualidade de eu para m}m...Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga

/>.;";r^\- '-¦; •;'¦; .¦-.'-...„ [nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o\7. [que há aqui...

A. mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na[loiça; com mais copos,

O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na[sombra debaixo do alçado —.

As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha,., [causa,No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!Não penses !f Deixa o pensar na cabeça !ó meu Deus, meu Deus, meu Deus' J ¦ •¦ ¦Hoje já não faço anosDuro.Somam-se-me dias. y •"Serei velho quando o íôr,Mais nada. "Raiva de não ter trazido o passado roubado na alglbelra!...O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

AGITADA, participante co-

mo nenhuma outra de umaépoca de mudança, da dis-

cus8ão agressiva e violenta dasidéias, a inteligência pensou en-contrar na crítica o seu carátermais forte, o instrumento' maisapropriado à sua expressão e aoseu trabalho. A' imagem aindatão presente da ¦ guerra, queagravou universalmente o dese.v jo de reforma, a transposição doideal de vida, deviam aperfei.coar sua vocação de exame e am.pliar seu interesse pelo julga-mento. Perturbava-a sobretudoem face do mundo artístico, asexperiências fracassadas, as ten.tativás empobrecidas, quase embranco o espaço destinado- àsrealizações verdadeiras. Não re-conhecia, porém, a falência dasfórmulas, das especializações, dopensamento secularizado nosprocessos clássicos de criação.E, como uma compensação, tal.vez como último obstáculo aoceticismo, a ilimitada confiançana crítica que é, fora de qualquerdúvida, o grande tema contem-porâtieo.

A crítica, historicamente va-riavel em sua essência, semprecondicionando sua significaçãoíi um estado .estético momentâ-neo, tornou.se, como os siste.mas filosóficos e as doutrinaspolíticas do seu tempo, uma es-pécie de lógica rígida — de me-todo que sacrifica a compreen-são livre em favor do esquemaquase matemático. Criticar jánão é sentir, a virtude de acci-tar ou não uma paixão humanaou uma atitude de beleza, massimplesmente uma mecânica.Instrumento que mata na cria-ção a presença e a responsabili.dade dò espírito tão indispensá-veis à dignidade da própria ar.te...

ADONIAS FILHO

N. R. — Álvaro de Campos é um dos heterônlmos deFernando Pessoa, o grande poeta português.

O DELÍRIOELCIO XAVIER

— Foi um sonho, bem set, mas. não posso evitar que esta irnpre-.-

são viscosa continue abalandrmeus nervos. Não consigo desviarmeus olhos daqueles gestos afli-to;, nem fechar meus ouvidos aossons dllacerantes que ainda en-chtm todo o ar do meu quartoEstou acordado, vejo a luz dosol penetrando pelas frinchas dajanela,- e as galinhas cacarejamno quintal vizinho; falam na sa-Ia de jantar e chicaras se movi-mentam com baques ríspidos, massreu pensamento flutua sobreuma nuvem confusa e meu cor-ro é um amontoado de carnes eossos impotentes sob a colcha mo-ihada pelo suor que ainda brotade minha fronte, de meu peito,de minhas pernas. Uma onda defrio percorre minha medula irra-diando-se pelas pernas como umpincel embebido no gelo que cs-tivesse passando sobre minhapele. Quero pensar, refletir sobrea cansa do meu atordoamenlodespertar enfim deste sono le-tárgico que me envolve, mas na.da posso fazer

Chamam-me de fora e não seifalar, não sei responder que es-tou acordado, que vou me levan-lar que esperem um minuto só.Abro a boca e apenas uma brisasem" som deixa meus lábios. Gri-to alto, contudo o ar que sai c

Incapaz de mover' as cordas deminha laringc. Não tenho voz.evidentemente.'

Cerro forte meus olhos adorme-chJos, pesados, e deixo a sonolén-cia da alvorada de junho me em-talar. Repercute no meu ouvi.do a música misteriosa do reló-gio, envelhecendo com. telas em-poeiradas meu pensamento. Sin-to-me um estranho veiculo ca-mmhando com dificuldade por.'ma estrada cm-construção, en-Ire blocos dc pedra. Uma campal-iiha| é tilintada no portão da ruae sinto um baque tm mim comose o meu veiculo, que sou eu pro.t.rio. se chocasse contra a rochal*altam-me forças para reagir. 0pensamento é escravo da visãoipie me guia para o Fim. Trans-nus agora o caminho pedregoso4 já -desuso numa aufo-estrada¦liaranjada, coberta de uma es-lüdc de areja grossa, aberta numrompo sem fim Aumenta a mar--•ha do meu corpo que corre. De-p(is, sem explicação, acho-menuma avenida cortada num des-penhadeiro, coberta com umair-assa amarela, fina, deslisante,e corro vertiginosamente. O está-mago salta, eu o.sinto, e o cora-cão grita loucamente numa ver-(ladeira prova de velocidade as*Ironômica, certos*da: catástrofeUma tempestade de exclamações

Alargaram, no fundo do seuuniverso, quo é inspirado comoo da poesia e do romance, o va-lor da técnica..— substituindo,como observaria jacques Mari-tain e os. néo-tomistas, o "atode agir" pelo "ato de fazer".Mensurável, talvez para aten.der às imposições do racionalis-mo moderno, impregnada daque-le excesso de ordem que contra-ria sua função orgânica, a cri.tica poderá ter se tornado maisfácil. Acessível ao exercício dctodos, a ninguém dificultando oseu caminho outrora extensivo oprofundo. Mas, sob êsse deslo-camento, o que dramaticamentese percebe é a controvérsia: deüm lado, a confiança ilimitadaque em aí a inteligência deposi-ta; e, do outro lado, a pobrezade meios a impedindo possa cor-responder àquela confiança.

Deseja-so a critica, espera.sede sua interferência uma sclu-ção e de sua atuação um escla-recimento — mas; empobrecidaquando os problemas crescem ese avolumam, tenta encontraruma porta de saída na unifor-mização, i no processo endureci,doe invariável. Restringe-se asua ação. E se restringe de talmodo, de tal maneira a asfixiamnuma acomodação medíocre que,por incapacidade, deixa ficar àmargem.as teses e as situaçõesque estruturam o pensamento ea arte do tempo. Em face de umperíodo do sensibilidade anor-mal, de constante preocupaçãorevolucionária, de alarmante ne.vrose política, a crítica já nãoconstitui um equilibrio na orto-doxia dos seus princípios. En.trega-se, indo a reboque, semperceber que a própria arte rea-ge, sobretudo a arte literária e,nesta, principalmente a poesia eo romance.

Retarda-se, embora permanc-ça como motivo de preocupaçãouniversal,' Desfigura.se, por vê.zes, esquecida sobre a opiniãosofisticada ou palpite articula-do com ênface, que sua respon-sabilidade é decisiva — e tantomais decisiva quando é de tra-gédia o universo que cresce emsua frente. Os grandes poetasjá não são homens simples. Osmaiores romancistas não compre-ondem outro clima senão o quevem das paixões, dos conflitosinteriores eternamente revolvi-dos e indefinidamente intocados.O teatro é quase unicamentedrama. Em sua expressão lite-rária, na verdade, jamais a cria.turà humana sentiu seu própriosofrimento assim tão perto etão vivo.

Ao lado, porém, desse contac-to que parece ferir e sacrifi-car na origem todas as teoriasestéticas e invalidar as doutri-nas lógicas — a critica arreceia.se e permanece como uma peçaque julga e aclama, e não co-mo uma força que transforme odesdobre.

dc'pavor surgem da estrada quemeus olhos já não vêem, perdi-dos que estão na procura

'daMi.rtc que viram pairando serena-obre o abismo. Ohl ¦ Horror!.Aqueles gritos, aquelas vôíics, nãoi.csso escutá-los l Sangram-me.

Mas chega o inevitável: des-prneo-me pelas rochas que or-iixm o precipício. A cabeça se par-te. o sangue jorra dõs membrosdilacerados, eu sinto.. O desmaioc o único abrigo seguro quandoo veleiro humano tem as velasercaldantes e os tubarões da doi-opdam seu casco.

Sobretudo, como uma base queoriente. Em face da arte, mun-do ainda tão obscuro da criação,que atua sobre elementos desço-nhecidos, — o da própria com.posição em literatura ou o dainspiração, da imaginação na di-versidade intelectual ou o daimagem que já se colocara nocentro da atividade construto-ra do pensamento — a criticanão consegue afirmar científi-camente. coisa alguma. Faltauma noção comum, enraizadaem dados objetivos e imediatos,que permita a unanimidade dojulgamento. Em crítica, o julga,mento é por isso mesmo um ele-mento secundário. *

Um livro, "The Qucstion ofHenry James", que nes serviráde exemplo, provará em exces-so a posição quase nula do jul-camento como veículo crítico.Vinte e cinco estudos críticos,assinados alguns por T. S.Eliot, André,Gide, e um roman-cista da experiência de JosophConrad, jamais se encontram nu-ma só decisão. Com Henry Ja-mes e seus críticos o que se re-produz é*o mesmo fenômeno dequase todos os autores com qua.se todos os críticos. O julga-mento, mesmo dispondo de am-pia liberdade, não consegue sa-tisfazer a finalidade da crítica:que é a de interpretar, desdo.brando. Quando muito, conseguemover-se sobre um valor (o li-vro ou o quadro) situado essen-cialmente acima de qualquercensura ou entusiasmo.

Tendo como ponto de partidaa orientação, — que o seu traba.lho regular se desenvolve sô-bre a produção imediata — enão contando com um métodocientífico, resta à crítica um des-tino de imersão. Descer, e des-cer muito, até alcançar os me-nores detalhes, substituindo aimpressão exterior por um es-forço de participação. Certacompreensão que possa erguersobre a livro ou a obra uma te-se e, em último caso, uma teo-ria. O itinerário seguido porBerdiacff em relação a Dostôie-vski, por Heiddeger cm relaçãoa Holderlin. E, em exemplo maisantigo, por Coleridge que ante-ledia de um século, como querum historiador da literatura in-glesa, "the modem philosophi-cal and psychological criticismof the arts".

Na verdade, embora não pos-suindo uma base científica, queinutilmente tentaram empresta-Ia, a crítica não pode continuarsendo um simples instrumentode opinião. O critério opina ti-vo, maior responsável pela mor-te de uma vocação como a deBrunetiére, é tão falso em crí.tica quanto a esperança cienti-fica que o próprio autor de"Question de Critique" denuncia,ra em Taine. Em um como eu ou.tro, quer na direção flexível dodepoimento pessoal ou quer rialimitação inflexível de uma teo.ria, a critica perde sem dúvidao que poderíamos chamar suacontemporaneidade. Atrasa-se,com a reafirmação de fórmulasconservadoras, na corrida jávencida pela arto literária. Ta-teia sem qualquer possibilida-de de contâcto.

Superando tudo isso, que é seupróprio passado, é que alcança.

rá a moderna posição. Conse-gulrá tornar-se, em extensão eprofundidade, realmente contem-porânea da arte literária em to.dos os gêneros. E, graças aointercâmbio que sobrevirá, fácilserá realizar uma ação natural-mente revolucionária, s

Revolucionária precisamenteporque se mantém num limiteexato, acompanhando simples-mente o que se poderá chamara evolução normal. Sem trair,cm nenhum momento, essa evo-lução. Sem apoiar o espírito doqualquer reforma que a salte oua perturbe num interesse mera.mente estético ou político. Con-servar-se como um elemento cer-.to no conjunto, capaz de aten.der à arte literária como um da.do de imersão, compreensão e,em conseqüência, de orientação.

Cingindo.se a estes principios,que não chegam a constituir umprograma, é possível possa acrítica literária contar com umambiente, o seu ambiente. Es-paço não faltará para, apro-veitando a liberdade, mover.sesòbrc os problemas que forçama curiosidade humana e impõemuma realidade: E' o caminhoamplo, que alguém como Char-les Dubos percorreu admirável-mente, já desobstruído da amea-ça da abstração, da unilnterali-dade de determinados valores esobretudo do "erro dos sectá-rios" que sempre preocupou Sta-nislas Fumet. O estudo, simples-

mente, como queria o nosso Si/vio Romerò.

E o estudo, sempre acima dojulgamento ou da opinião, é amargem que se abro em tornodos mundos que , contornam acritica: da biografia à história,da estética à psicologia. Ao mes.mo tempo, o que foi Sainte.Beu-ve, o que permitiu a Mattew Ar.nold uma conduta lógica, o queconcorreu para que Dwelshau-vers nos desse um ensaio como"Itousseau .et Tolstoi". Nadaacima ou abaixo do equilíbrio, damedida no sentido matemático,precisão em sua mais extremapossibilidade.

Mas, como dissemos, a medi.da. O interesse que a coloquecm face da cultura e da vida semqualquer preconceito, em cons-tante estado de paz, desprezai*.do outra classificação para aarte literária moderna que nãoa pessoal — sua única classifi-cação legitima. Humanista, pois,na preocupação de assegurar osdireitos intelectuais da pessoa,a critica consegue dar ao traba-lho de criação não apenas a ori-entação apontada, mas ainda umcaráter, o clima da' herança,uma base para o aperfeiecamen.to das vantagens literárias ob.tidas. E, exatamerite" por isso,é que desempenha uma ação ro-volucionária.

Excluindo-a, impossível seriaadmitir na experiência um novodestino intelectual e artístico.Um outro movimento de inteli.gência com expressão culturaldefinitiva. Faltando, faltaria oque se podia chamar o lastrouniversitário, isto é, o centro queorganiza o conhecimento geral,(Conclui na 8.* pág. da 1." seção)

XAVIER PLACER oh

CIDADE

de meus tddlos e dcminhas rarae alegrias, comote conheço 1 De ti, também

eu podia dizer:" Debaixo de cada árvore faço mi-

[nha cama,era cada ramo dependuro meu

[palito."

Mas, quero-te bem? Difícil per-gunta... e incômoda... Enfim,aqui nasci, aqui vivo. Entretan-to, niterolenae, gostaria de amar-te, sem bairrismo embora. Tal-vez esteja porém demasiado per-to de ti para faze-lo. E se a dis-t&ncia aproxima, como sentiu opoeta, a aproximação — ai denós! —a aproximação afasta. Ecomo afasta, certas vezes l Con-solêmo-nos: não me és indlfercn-te. Frio,'6 verdade, sabe entre-tanto que tens em mim um es-pectador fiel das mutações dc tô-das as tuas horas...

•Não, nada direi de tuas úmi-

das manhãs de inverno. E' queenvolta no denso lençol de nebli-na, tu preguiçosamente te aniqui-Ias. Ou então te divertes. Ah oscstridulos, e insistentes, e longosapitos das embarcações, cegas nonevoeiro da bala! Bem sei que aimaginação é minha: mas essesapelos me vim de uma noite detemporal om mar alto, .onde ai-gum navio naufraga, reduzindoao silêncio milharei dc desespe-ros humanos. E que aflição, eque mal estar!

Falarei entretanto dc teusmeio-dias dc janeiro. Lá estão osteus lugares dc nomes sonoros:Toquc-Toque, 'Ponta d'Areia eSão Lourenço; Gragoatá, Boa-Via-gem, Icaral; e por que nâo SãoFrancisco c Jurujuba? O sol apino castiga a todos brutal, indi-íerentemente. E' a hora de suas

núpclas com a terra. A atmosfe-ra, dc abrazada, rebrilha: e osultão poderoso, com seus bra-ços de fogo, envolve sôfrego ascurvas do corpo amado. Cadacoisa se individualiza, agressiva-mente se agiganta. Só há primei-ros planos, mas nenhuma nuan-ce. Claridiíde e reverberações.Uma poeira de prata i dançauo espaço sem nuvens. E, diasapós, as grandes trovoadas doverão, os grandes agaicciros.Djr-se-ia o primeiro dia da Cria-ção... Uni mundo nasce.

Já os ocasos são.doces comoum aperto de mão. Os tons pu-ros esliatem-se. Como que exaus-ta da refrega do dia, a paisagemadquire planos, humaniza-se.Céu de anil, mar esmeralda, eum humilde abandono em tudo.Na perspectiva repousante, as co-liqas de verdes dorsos macios or-ganizam-sc em caravana, a cujasombra o casario descansa." Temlinhas dc seios seu diorama si-nuoso. Quase a tocá-las, lá pai-pita a Estréia da Tarde, Véspersolitária e casta Espetáculo sem-pre maravilhoso, não tardará Vsurgir a Lua, imenso disco doouro na noite tropical...

•Vês, quem sabe um dia não to

descobrirei. E com tanta surpre-sa que num assomo de entnsias-mo, esmagado dc comnção, maporei a dizer-te o velho poemaromântico. Tal qual nos idostempos de colegial:"Niterói! Niterói! como és for-

[inosa!Eu me glorio de dever-te o[berço!"

E' que pode tanto 9 tempo etens tantas sutilezas, velha ei-,dade dc minhas noturnas caml-nliadas, de meus pecados mortais— Praia Grande, Niterói!

SIGNIFICAÇÃO DE RUIPELA

sua altitude de pen-samento, pelo seu equili-brio de expressão, pelo

sentidn de que se reveste nomomento em ,que surge, o. li-vro de Luis Delgado sobre Rui(1) pode ser considerado umgrande livro.'

Nunca estivemos tão des-prendidos das tradições donosso espirito como agora.Traumatizando o mundo osacontecimentos da última dé-cada, no cenário .universal, anós como que. nos arrancaramtotalmente ao sentimento' denosso próprio, passado, vale di-•ter: ao sentimento daquilo quefundamentalmente somos e aosentimento de tudo o que nosíoi dado fazer até aqui. A in-quieta geração de vinte e pou-cos anos, que aí está, desço-nhece o Brasil até de há doisdecênios atrás. Em suas polê-micas literárias e políticas per-cebe-se que para ela- o Brasilcomeçou agora. Seus teoristasda poesia, «erbi grafia, discor-rem com surpreendente igno-rància não apenas do que rea-lizaram poetas e críticos doséculo passado e anteriores,mas também da obra de criti-cos, poetas, ensaístas que aindaaí estão em plena atividade.

Com relação a Rui, não foiapenas a geração novíssimaque se manifestou ingrata eincompreensiva. Também o fez

TASSO DA SILVEIRA

EXPOSIÇÃO DE EDÜ-ARDO ALVIM CORRÊA

Movem o ferrolho d porta. Osilêncio é o senhor absolnto dapenumbra que me vela. Corapri.mo os olhos doloridos pela visãodo desastre. Tudo é dor no meucorpo enfermo*o pensamento, os

Enccrra-sc no Prôxiino dia 1 de maio, a exposição de pintit-ra de Eduardo Alzim Corrêa, no Museu Nacional de Belas Artes.Dessa mostra, que vem despertando vivo interesse cm nossos meiosartísticos, apresentamos acima a reprodHçèò*de> um dos seus dese-nhos, -':• r f.

a geração menos nova, masainda atuante, a que pertenço,e que foi coetânea do periodode maior esplendor do grandebrasileiro. E já o tinha feito ageração precedente, que assis-Bra ao desabrochar da -rradi-ante personalidade desse ho-mem. Para a geração novíssi-ma, Rui jamais existiu, por-que nada existiu antes dela.Para as duas outras, Rui foi omaior gênio verbal da 'íngua,e nada mais: um grande era-dor, perdido completamente denossa realidade, insignificativocomo exoressão de profundida-de espiritual.

E' contra esta falsa visão deRui que se ergue no seu livroLuis Delgado. E defendendo afigura insígne, perquirindo-lheo sentido verdadeiro, projetan-do sobre ela a luz de umaanálise aguda e serena, alcan-ça o exegeta não somente ofim visado, mas também outrode interesse precipuo: o deacordar-nos do colapso quenos segregou do passado, — ode reintegrar-nos em nós mes-mos.

A análise a que Luis Delga-do submete a palavra, 3 ação,o pensamento de Rui é. comefeito, de agudeza extraordi-nária. Exegeta; disse eu, refe-rindo-me ao analista. Foi deexegese, em-verdade, seu tra-balho, no -sentido mais puroque a' palavra Comporte. Ruinão tivera até hoje compensa-ção melhor ao que de mais le-gítimo pulsou em seu coraçãoe seu espirito. Ninguém jamaistraçará com tanta lucidez eamor seu perfil em profundi-dade. Ninguém lhe meditara afigura com tão alta seriedadede ânimo indagador;

Por Isto mesmo, no entanto,as conclusões a que chega oexegeta são de eficácia com-pleta. Quem tenha capacida-de suficiente para ir ao fundodas observações, das ilações,das afirmações de Luis Oeíga-do, perceberá que êle não ape-nas reconstruiu aos nossosolhos o Rui genuíno, como pô-de situar-se a si mesmo numplano de sabedoria do qualse encontram longe alguns dosmais prestigiosos lideres atuaisde nossa vida intelectual.Acresce a isto que deu ao seuinstrumento de expressão umadútilidade maravilhosa. A con-tiguldade de seus períodoscom os textos de melhor qui-late de Rui, que cita frequen-temente, não diminui o vivofulgor desses períodos. O que,sem dúvida, constitui contra-prova bastante.

Fragmento expressivo de tu-jdo o que acima ficou dito. fo-bretudo pela" magnífica defini-ção de sabedoria que nele secontém, é o que transcrevo,aseguir:"A presença de Rui Barbosatrouxe à República essa tran-quilidade que só a sabedoria— o conhecimento das leis do'universo ,e da vida, manifesta-do em harmonias profundas dej*ção, — permite e demonstra.fie sabia o que se devia que-rer, o que se devia fazer. Mc-nos nas suas palavras do quena sua segurança interior éque estava a razão do seuprestigio perante os homensdo governo prqvisório. Srm

perta, despeito, azedume, in-veja: a sabedoria é que susci-ta uma confiança como a queRui inspirou a Deodoro, a Fio-riano, a Benjamin, aos outros.

De tal sabedoria, — conti-nua, — fruto mais de certamisteriosa e lúcida identifica-ção com a realidade do que deinfinitas leituras, é que se ex-traiu para o regime reoublira-no o pensamento político queseria a sua substância: umpensamento, e não um arranjo,uma capacidade de criar comânimo, e.' não uma habilidadede conciliar sem rumo."

Está nesses dois parágrafos,exposta em esquema, a largatese que Luis Delgado exaus-tiyamente demonstra nas 275páginas do volume. Mas está,principalmente, a marca'de umesprírito que, pela sua extre-ma acuidade de visão e pc-lasua compostura de límpida se-renidade, violentamente se dis-tingue nesta hora de confusãoe tumulto. Afirmo estas coisasconceito da sabedoria, que rneparece dos mais felizes até ho-je formulados pelo menos en-tre nós, e que na pena de LuisDelgado, como se vê do desdo-brarriento do livro,, tem estasignificação particular: é pre-cisamente o signo de que tam-bém êle, o exegeta de Rui, oque sobretudo conquistou navida foi essa pura sabedoria,de que tão fervorosamente fazo aDanágio do Mestre.

E' dos mais substanciais dovolume o trecho seguinte:"... No entanto, a própriaexpressão das idéias de Ruidecorria, ém grande parte, daposição dos problemas por eleenfrentados no momento emque as esprimia. Não se trataapenas de coordenar excertos esistematizar definições, — énecessário saber em que cir-

cunstâncias, sob a influênciade que fatores e pela inspiraçãode que necessidades sociais,foram ditas essas palavras.Elas se explicam por um am-biente, o complexo ambientede uma sociedade que aindanão conseguira erigir a suadisciplina espiritual e fazerrefletirem-se nas suas insti-tuições os princípios funda-mentais de sua vida. de todavida."

O método e as razões düpesquisa critica que êsse tre-cho insinua são para nós d.1capital importância. As razões:deve-se proceder à pesquisados valores legítimos do pas-'sado

porque somos um'povo:ums povo cresce organicamen-te, do passado para o futuvo.tal como acontece com o indi-viduo. O presente, quando s •manifesta em plenitude, é sim-plesmente uma totalização.dnpassado. Se procedêssemos üablação dò que foi, o presentese apresentaria com insignií:-cação infinita. O método: paraatingirmos o núcleo mais ínti-mo dos valores do passado,precisamos situá-los no tempoem que desabrocharam. A "ex-pressão"' de um valor c fun-ção das circunstâncias que ,oenvolveram. Poderemos nadaperceber-lhe da verdadeii*;;substância se não soubermossuperar a diversidade ambien-tal que dele nos separa.

Propondo essas razões e êsse-critério, Luis Delgado ampJa-mente os exemplifica no livreque, assim entendido, crescede vulto e de interesse para ahora que vivemos.

Escreve Luis Delgado "Isso .a que se tem chamado o idea-lismo de Rui, num sentidoquase pejorativo, não era mai;*do que a inteligência de Rui:a capacidade de ver alem doimediato, sim, mas mediante oimediato, por causa e em fun-(Conclui na 8." pig. da 1.» geçio)

REVISÃO LITERÁRIA

SUPÜMENTOS DO ULTIMO DOMINGO(Conclusão da 3.* p. da 2.» seção)quer mesmo é preocupar-se com política. Um anúncio de HelenaRubestein, bem no centro da primeira página, em suplemento queparecer Ignorar as Ilustrações e os ilustradores.

O Sr. Pedro Correia de Araújo, que nâo conheço, escreve umartigo decente. Aconselha: "Um artista partidário de qualquer mis-tica, náo tem liberdade para tratar de'assunto dè sua profissão".E o poeta Ledo Ivo, isto é, outra crônica. Um discurso, em rodapé,do almirante Brito *e Cunha. E o Sr. J. Etiennè Filho que estréit,e estréia multo mal, na crônica de cinema.

"DIÁRIO CARIOCA"Jm pobre suplemento, como se vê, êsse do "Correio

¦ da Manhã". Manuel Bandeira, apenas —Artigos e umacrônica. — Poemas Inéditos

Um número de homenagem ao 60.° aniversário do poetaMaftuel Bandeira. Artigos dos srs. Roberto Brandão,Antônio Bento e Luiz Jardim. E, no rodapé, o sr. Pe-dro Dantas,, no capítulo das suas "memórias", tambémfala do poeta. Um poema do sr. Vinícius de Morais-,também sobre o poeta. E, fora a crônica do sr Paulo

Mendes Campos ainda sobre o poeta, alguns poemas inéditos dopróprio poeta. *

"DIÁRIO DE NOTICIAS"

5Uma carta — A poesia "salvará

Fatlgadfsslmoo mundo" —

6 Homenagem ao poela Bandeira com publicação deum seu poema extraído de "Dez Poemas «jm Manus-crito". ilustrado pelo sr. Fortinari. Ao lado, o sr. Do-mingos Veiasço, que parece preferir os suplementos àtribuna parlamentar, escreve uma "carta a um, cato-lico". O missivista demonstra com argumentos decisivose sinceramente, sua posição, como católico, diante do comunismo

.... „. , r. „.... O sr. Aderbal Jurema, a seguir, aborda como tema o destino dadúvida, êle sabia mais coisas P01*1*» « acha; com muita inocência, que a poesia "salvará odo que os outros, era mais rnUHf °erudito, mais intelectual; sabe-se, no entanto, que isso des-

l

iV-fl

' O critico Sérgio Milliet, fadig. díssimo, divulga algumas nota»de leitura. E um artigo, realmente bom, do sr. Fernando Sabino apropósito de "O Lustre", romance da sra. Clarice Lispectoc.

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SUPLEMENTO DOMINICAL EM ;

* ANO V| REDAÇÃO: — NUCA MAUA, 7 — 5.° ANDAR N.0'1.446 *

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PRAÇA MAUA, 7 — 5.* ANDARTELEFONE — Olrttor: 4SW79 — Sacra-

tárlo: 4S-NM — Qe-anta: 4S-M67NÚMERO AVULSO W CENTAVOS «

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Dirttor — IRNANI SOUSA REIS RIO DE JANEIRO—DOMINGO, 28 DE AIRIL DE 1946 Gerente—OCTAVIO UMA

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(Da coleção René H. Levy) «rio- <Da coleÇao René H> Levy) k^ >.'.,.^TO^ >T BA' í

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sSÈu Wmr m\ OmXL ^\ nu 1W2. Quando ^_il___________^í M^ j^l JV| ÉUéf III ^k«1 II SvN /.B _-_-P g_5^____l -Pw-Pl |> ao Museu Histórico Naclo- fll ^^V (^fl fttf mÂmi VÊÊ ^ÉükI HKk I ^¦^^KHK' -' - JLJ &>l o Curao de Museus, V ^W .PTIB [___'¦ B^' ______ • H ¦¦ _M Hli¦ mmaWásW \M mmw /^^^V^-^Fr^^m^^mmmn coube-me a regência da- ^"-*- MM M Tm\ mmmY m\. M _L-_ »---¦ _^mo\ mm H Hf sàfl V

' / 1^ - 'í4*«a!lii ctge-i» de História da Arte Bra- fcp•'-c*"*«-^__ V^ ¦ ¦F^M |r ^ H W-^A 1^ V1 H idRIr I -¦':-v'-.:;;,;v^íe3íÉP satíi»- Ê^i? *^-# ^^ m w9^ Mm E mm ¥1

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WysJ/t m' J-; \v:<:': \ AI^Mffl =*\ -pioneiras ensaios de arte no Bra- ^v***>-<_. ^^Kl | MM m \| ¦¦USE,» «^ E«lulndo. d« Início, os arteíatoa dos noMo, abo- "^.,. s_i_h„,„h. _,y_r.i„n_i^.H-V* I.H __B J^B \ms\ 'A VH _________l_B^^___^__!^í^^-K.,mwJ| m.^mm Wmmmm. A ^ :\l E^^^IlHi teíUT¦afl B^" í" ^ ! '.4S!_aS<íí_l^lmm __<_Élt^w *t-r-'-r_.if: -"^^^¦^l^Hfl ¦" '¦ — ftltCSM_L-Ji " ^| TI MSÍ_Í-_sgpf^M»- s^S -^Éffias muito.*H ^v JSj "Jf,* MÍ^^Hêí^^B^fcH''$^s§ ^1

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Procurtí, deade logo, através dasobras doa especializados noassun-to, iceoõier oa necessário* dadospara bem deaempenhar-me do en-eaigo recebido, incluindo, em se-gu-da, t» elaboraçio do programade ensina, nm ponto referente aospriaoetraa ensaios de arte no Bra-aO.

Intentei, com esforço sincero, e>-evolução artística do Bra»

sü ceade a arte _>ré-cabralina ftltt"?-^— Valeram-me de

dentre o melhor materialeoUgldo, as lições professadas porAianjo Viana, ao Instituto Históri-co e Geogiit-co Brasileiro, há qua-ae 30 anos. e, nas quais, falando denm modo geral «Obre as artes piás-tk-K bratãlelras, era êle dos pri-_r«ei_v_f ã chamar a atençlo dos es-

para as artes menores ouartes ap-icadas. que mais sobres-

entre nós, pela original!-dade.

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Excluindo, de inicio, os artefatos dos nossos abo-rigene*. mencionava ô Méítre "a arte chamada catari-nense, a Joalherla e os tetos rústicos de Minas Ge-rali, iã indüinêãtárlãs rioarandenses e baiana, e, li-nalmente, o lindíssimo tecido que vulgarmente derio-minam de "rendas do Norte". ••

Além das artea citadas por Ataujo Viana tenhoestudado mais «utras, que nio me parecem destitui-das de encanto e oportunidade. 1 assim que inclui, commelhores razoes ainda, a par do trajo dos gaúchos,e dos vestuários das pretas baianas, a roupa de courodos vaqueiros nordestino», que, lncontestavelmente,fornece copioso material para estudos de etnograflacomparada e serve também para temas de.quadros decostumes. Pense também que ao lado da Joalherla ml-nelra, cuja "o_i_dnalidade está no emprego do cocoéstriado ou lapidado, como a* antigas jóias inglesas,de carvio de pedra", deveria-mos mencionar os barahgandftsou berenguendens da Bahia.' O assunto esteve no cartazpor muito tempo e mereceu, depoetas e prosadores, referênciase comentários. A questão, ape-sar de muito versada, pode aln-da ser objeto de cogitações, des-de que, tentando classificar és-ses penduricalhos, procuremosexplicar a razflo por que apre.sentam ttb grande variedade deforma e feitíos.

Todos têm para suas possui-doras significado próprio, -nuz6es bem fortes de serem tratí-dos à cintura presos a uma ar-gola de prata toda denteada naparte inferior, mas de onde sur-gem, no alto, magnlficamenteclnzelados, os mais lindos mo-tlvos.

A palavra barangandfi, balan-gandá, balanbanga ou beren-guendeh è onomatopaica e vemdo som que produzem esses ber*loques quando em contacto unscom os outros. Basilio de Maga-Mes diz "que existiu a formaberenquendens, transfor m a d a-em balangandfls aqui no sulCom a diferença das primeiras,vogals, "e" ao Norte, e V aoSul, a setentrional está mais deacordo com a forma quê dá aotfreferido substantivo africano o(CONTINUA NA 6.' PAQINA

TIPOGRÁFICA)

*>s-*--_1Vt_ Baiatiaandâ devoclonal.

: -— "^^gi\^ M__H^^]| Bt^fesV

__^Eá_________K*V *-w *«aV ^-H l_^_i^_____HÉI _________i "* I 1 'IJ

-*b^Bj\*B**ki^L^sj-i f ¦^t^p r <^Bj-Br jsj-snsssji ;T0-*wj0t*.^aaaaTaaT¦; — a*m\ T ** - m*^ •*¦ -*-_wJ fj ^mwmm m\*-?-mmJHÈMMm\ ' :Tst'" * >__# -J ¦Vijf -<,J_ÍW_aBBBBaWP^»acVl __________PTBP5_H mm^X- -'^

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I ^Ê m do 8r. Joil da Al-, "^ ~ '~r=^— —

jBifpl m\ m\ melda Santos). Exemplar de romã ornamental em prata. Rara é aI m\ penca de balangandfts em que ela nio aparece lio-

SP?' jm aYémWmawm a\ lada ou em conjunto. (Oa coleçío do 8r. Marquei Lm*. ,.M.m W ÜH m\ ' Êxi•BBBHJM_-ta_d----P-J------ÍB ¦

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"^H W> Romfi — Balangandâ ornamental.

NUMERAÇÃO INCORRETA

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Flagrante tomado no Inicio do Campeonato Sul-Amerlcana de Natação. Na borda da piscina do Guanabara, ai delegaçfiei da Argentina (à esquerda); Braail (ao centro) e Chile (à direita).

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^jl A $ otançóei do público esportivo do continente ochom- te Inteiromanto voltados para o certame lul-arroricano dt ^^^ ^^W

> ^'________Í__M_1 B__Ptd_l__kL--_il_ A natoç«o em reolliaçfio no piscina do C. R. Guanabara. _____________________________________________________________f«| #PT ^1 MM ** * eoni|.tHfdo aquática Internoelonol, que vem tendo êxitos sem procedentes, concorrem os repre- ^M ^.m\ EAr<ü_________r /«dHfl__!l_PJPF:* tentações dos entidades do Brasil, Argentino, Chile o Uruguai. ___¦_______V __,*€___ __f¦'____¦ »__? ________ O titulo de campefio será conhecido na próxima quando campeonato _^ ^ftfl _M-4rfl Pt\ 1Uf vtm Mndo Proinovido P*la Confederoçdo Brasileira de ^^^^^— _^ ^

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^flWÊ WmW^Kk^t^umWtS^o} B___k Ml fl_PL< _______ flfl -^flÉÉflfl ÊM _H ^^_____**»W ^tt^SÊ^jS^-'''_I ^ _________ ^fcr*'tíí?^:i¦ '^í»___r

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«¦_____________? ___.''_______m!ffl____. """ "^

:.-:•-> "" ________¦ ;'^'-^| Adriana Cameli. da equipe argentina. Vencedora da pro-V; .-'

^*>1^&k«;'_A__M_____r r^ g. __^"^ B_ fl Ê^r .^km^Êm ÉkW . É__\ fl W^S^B va de 100 metroa-moçat-nado de peito. Na gravura, Ho-

_. _D_______________I ____H________B__/Vd __K riC_____B____r _____B__________. ____. ^^^ __________! ______r ^^^___________^ _n'' ÊÊ^Êr^^ ___________________________________flf i ___H ___________1_l ' ____flB ________ ____ ___^*^ *- *^-^* "i t ri' ^^^^^H ____r^^___i ___^

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Z A M O R AExprosSo máxima do Século XX - Em perfumes

ÁGUA DE COLÔNIA-EXTRATO-LOÇÃOPÓ DE ARROZ - TALCO - QUINA

Edith Hempei, nadadora da equipa brasileira.; '<n imin mil »n.i hi ill ]

,; | '--'-'".

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n,i«fOT^i--_-^a. .._.. _..iis-aMuij-aLaw?-a^-*iM.ii .1,. i.i .... „. ..,.,..,.. j ""Hil"!-.

Um orupo de nadadoras patrícias e nortenhns, vendo-se daesquerda para a direita: Ana Valano (B),'Elisa Nieto (A).Cecília Hellb'oi-i- (B), EnHqueU Duarte (A), TalIU de A.

Rodrigues (B), o Beatriz Negrl (A).

i?_U ,A equipe feminina argentina completa; saltado.a Maria Car-

. men Fernandes dei Madero, e aa nadadoras Marta Rosa. De-ryl Marshall, Eilleen Holt, Elisa Nletto, Peatrlz Negrl, Bea-

triz Rodrigo, Enríquata Duarte, Adriana Cameli.

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Pedro Américo, num troço de Pacheco.

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PEDRO

Américo de Figueiredo Melo nasceu na cidade deÁreas, Paraíba, aos 29 de Abril de 1843. Em 1852 eranomeado desenhista da comissão exploradora chefiada

pelo naturalista francês Louls Jacques Brunet, encargo que du-rou vinte meses através dos sertões das províncias de Pernam-buco, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, e com plenasatisfação por parte do sábio naturalista. Em dezembro de I1854, chegando ao Rio de Janeiro, matriculoy-se no ColégioPedro II, e em seguida na Academia Imperial de Belas Artes.Seu curso aí foi brilhantíssimo, alcançando 15 medalhas deouro e prata e vários diplomas. Porque a Academia não abriuconcurso para o prêmio de Roma, requereu êle ao imperador

permissão e auxílio para a viagem à Europa* o que lhe foi con-cedido, partindo êle em 1859. Em Paris matriculou*se na Esco-la des Beaux-Arts, no Instituto de Física de Ganot e depois na •

Universidade da Sorbonne. Seus mestres na pintura foram In-

gres, Leon Coignet e Flandrin e por fim Horace Vernet. Du-rante a sua estada na Europa escreveu vários trabalhos de filo-sofia, de arte e de literatura. De volta ao Rio entrou em con-curso e obteve a cadeira de desenho na Imperial Academia deBelas Artes. Em 1685 voltou a Paris e no ano seguinte para aArgélia como desenhista da comissão francesa. Em 21 de julhode 1868 recebe o título de doutor em ciências naturais pela

" Universidade de Bruxelas.Volta ao Rio e reassume o seu lugar de professor na Aca*

demia, passando em seguida a ensinar ali história das artes,estética e arquitetura. Em 1877 parte para a Itália onde sededicou à pintura da grande tela histórica: "A Batalha de Aval", cuja exposição em Florença, provocou

grande admiração pelo seu talento; isto deu lugar a que o governo Italiano fizesse colocar o seu retratona "Galeria Nazionale degli Uffizi". Após a proclamaçâo da República foi por seus coestaduanos eleitodeputado federal à Constituinte.

Sua bagagem artística é muito' grande. Era possuidor de várias condecorações. Faleceu em Florença

oos 7 de outubro de 1905, sendo seu cadáver transportado para o Brasil em 6 de fevereiro de 1906.

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baleia na mulher nlo 6'som<hte um rostoatraente e formoso, i, [antes, a resultantede' uma série de fatores convergentes, dosquais sa sobressaem a saúde, e vigor físico

a o equilíbrio orglnteo. A perfeição do corpo de*pende essencialmente da saúda a poda ser obtidaatravés da glnástloa e da alimentação bem ouldada.

t dever da mulher manter o nu aspecto exte-rior sempre agradlvel. Impressionam mal o exees-so de gordura a a magreaa excessiva. Para conter-

Vestido de lã verde e casaqunhe damesma côr com bordados de vidrilhos

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(Ed. Gonçalves Dias)

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Para realçar a sua beleza copie este modelooriginal que bem define a graça feminina.

var-se elegante a graciosa, om todas ae Idedes,é Indlspsnslvsl a prática dllrla doa exercidosflsloos por espago da 18 a 20 minutos. A glnás-tlca, porlm, deve ser feita racionalmente, a fimde qua os seus. efeitos nlo sejam contraprodu*centos. O sport I também aconselhável, comofator de equilíbrio orgânico. Mantém o espiritosempre alegre o saudlvel.

A baleia exige, naturalmente, um pouco dasaorlflolo. Para conservar a elegância a o "gla-mour", a mulher nlo poderá esquecer oa pra-celtoe ssgulntes: nlo comsr dsmaslado, nlo Ia*var uma vida ociosa a repousada • praticar gi*niatlea e aporta. -

No tocante á alimentação á conveniente evl-tar alimentos gordurosos, doces o massas, a nloser que ae pretenda engordar um pouco, a fimde ajustar o piso á altura. O regime alimentarnlo deve ser excessivo a prejudicial. A slagln*ela nlo ss conquista da noite para o dia. O prl*melro consslho de grande valor, nesse sentido,é o de que Mo se deve cornar fora du horasdestinadas I allmentaçlo. Seri asea prática oprimeiro saorlflolo oferecido I deuea da beleza—

Vejamos agora um regime Ideal para a ali*mentaçâo das mulheres qua pretendem um fl*slco elegante sem afetar a saúda nem o vigorfísico. As 7 horas da manhl, depole da ginástica,um oopo ds eueo da laranjas; fls 9, uma xícarade chi eom leite, sam açúcar; uma hora antesdo almoço, tomar um oopo d'égua, a fim da evl*tar exeono de líquidos na refeição; ao melo diá,um almoço solido a nutritivo — carne de vaca,peixes, legumee verdes, aves, frutas — a esco-lher; ás 8 horas da tarde, podará aer tomadoum refresco do limão; às 8, ehá eom torradas apouoa manteiga; a ás S da noite, o Jantar, comalimentos permitidos.

Ploa ai a sugestão, t evidente qua em casosmais sérios ssrl conveniente quo o regime «II*montar tsjs ditado pelo médico. O que acaba*mos do aconselhar á um regime cômodo, maspara manter o equilíbrio físico a o vigor natu-ral do qus mesmo para emagrecer. A sua prl*tlca, no entanto, continuada a cuidadosa, podaráocasionar a parda da alguns quilos Inúteis quoestão prejudicando a elegância a o "aplomb" dalindos corpos femininos.

TERESA REGINA.

Um modeloesportivo para as manhãsque ss aproximam.

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no palito mostra a "finesse" e aelegância da mulher

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Costume dejersey de lã branca comadereços: colar e braceletes de prata,completam êsse originalíssimo trajo de passeio.

Vestido simples e gracioso para*o "cocktail".

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MINU OO' DIASOPA DE PIMUNTAO - OVOS DE PÁSCOA

BIFES A MODA DO NORTE — CAJUS CRISTALIZADOSSOPA DI P.MtNTAO —"*"*

Faca o caldo da carne. Junte uma colher de manteiga,3 gemas batidas e um pouco de farinha de mandioca paraengrossar. Depois da pronta sirva com rodelas de pimentãobem vermelho e queijo ralado.BIFES A MODA DO NORTI

Tome una bifei de dimensões regulares. Bata-os ligel-ramente, para que fiquem bem tenros. Tempere com aal, vi-nagre, alho, pimenta do reino, cebolas, tomates, fatias finasde .toucinho e banha. Deixe passar 15 minutos. Depois le-ve-os ao forno cobertos, para engrossar o caldo. Sirva, en-tio, com arroz.OVOS DK PÁSCOA

Cozinhe 12 ovos. Faça, à parte, um creme com leite,manteiga, sal e malzena. Passe manteiga em forminhaa devidro, colocando no centro de cada uma delas um ovo ecercando-o com o creme. Folvilhe com queijo ralado e leve

I ao forno para dourar. Depois arrume as íormlhhas em umprato enfeitado com fitas de alface.CAJ08 CRISTALIZADOS

¦ Tire a pele de alguns cajus, com uma faca de madeira,levando-os ao fogo, para uma llgeirp íervura. Escorra bem' A água e deixe os cajus ao ar por algumas horas. Faça, àparte, tuna calda grossa. Ferva, mala uma vez, nessa calda,os cajus, e conserve-os na mesma até o dia seguinte. Agora,escorra toda a calda numa peneira de palha. Passe, então,

wos cajus em açúcar cristalizado e leve-os ao sol para Becar.

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