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Reino Unido - Fevereiro 2010 - nº 86 Apoio à comunidade Projeto atende latinos há 19 anos

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Reino Unido - Fevereiro 2010 - nº 86

Apoio à comunidade

Projeto atende latinos há 19 anos

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08 30Reino Unido Turismo

Dialogando com Brasileiros na Diáspora II

Uma joia francesa: Mont-Saint-Michel

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Editorial

Quase duas décadas de serviços prestados à grande comunidade latino-americana de Londres. O trabalho do Latin American Disabled

People’s Project é tão importante que dedi-camos nossa capa de fevereiro ao projeto desenvolvido por voluntários da entidade há 19 anos, no centro comunitário de Ken-nington, no sul da capital britânica. Criado como órgão de atendimento aos portadores de necessidades especiais, o LADPP também se dedica atualmente a promover eventos aos familiares e amigos dos deficientes, assim como aos membros da comunidade em geral. Essa ampliação das ações prevê a mudança de nome do projeto, que passará a se chamar LAPP (Latin American People’s Project), o que fa-cilitará a captação de verbas de patrocínio. Exercendo e promovendo a cidadania, o LAPP é uma das boas iniciativas da grande comunidade latino-americana de Londres que, segundo estimativas, tem perto de meio milhão de pessoas vivendo na cidade. Se você ainda não conhece o projeto, vale a pena conferir a nossa ma-téria especial e saber como usufruir dos programas de atendimento ou se candida-tar a uma vaga como voluntário. E por falar em boas iniciativas, o GEB, Gru-po de Estudos sobre Brasileiros no Reino Unido, promoveu em janeiro o “Dialogando com Brasileiros na Diáspora II”. O encontro discutiu o papel de nossos conterrânos fora do Brasil e debateu os problemas enfrenta-dos por nossa comunidade. Mais uma vez, como é de praxe, a Real foi um dos poucos veículos de comuni-cação brasileiros em Londres (se não o único) que marcou presença no evento, ratificando nosso compromisso de in-formar o cidadão brasileiro e oferecer, mensalmente, uma revista que promove a cidadania e a cultura de nossa gente. Como também é tradição, trazemos um leque de assuntos variados, onde você fica sabendo quais os filmes nacionais que prometem para essa temporada, conhece mais sobre nossa história em ‘Visão do Brasil’, programa uma viagem à segunda maior atração francesa (atrás apenas da Torre Eiffel, em Paris) ou confere a volta de Robinho ao Santos.

Boa leitura, grande abraço e até março.

Régis QuerinoEditor-chefe

Revista Real - nº 86 - Fevereiro 2010 147 Jack Clow Road - London – E15 3ARFone: 020 8534 6183

Editor-chefeRégis [email protected]

Diagramação e FinalizaçãoRaf Comunicação

IlustraçãoEdvaldo Jacinto Correia

Fotógrafo Rafael Reina (Reino Unido)

Marketing e Comercial Adriana [email protected]@revistareal.com

Jane Sacco [email protected]

RedaçãoBete KiskissianCarol Morandini (Reino Unido)Dayane Garcia (Reino Unido)Tâmara Brasil (Reino Unido)

ColaboradoresAlberto Luiz Schneider (Brasil)Cavi Borges (Brasil) Devaldo Gilini Júnior (Brasil)Eloyr Pacheco (Brasil)Giovana Zilli (Reino Unido) Jacqueline A. de Oliveira (Brasil) Luciano Vidigal (Brasil)

DistribuiçãoBR Jet [email protected]

Destaques do mês 6

Painel dos leitores 7

Reino Unido 8

Brasil 18

Cultura 20

Capa 24

Saúde 28

30 Turismo

34 Motores

36 Esporte

40 Classificados

48 Quadrinhos

49 Turma da Mônica

50 Palavras Cruzadas

Motores34Acelere com o novo Mustang GT 2011

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INFORME PUBLICITÁRIO

FALECIMENTO DE BRASILEIRO NO EXTERIOR

Em caso de falecimento de brasileiro residente ou mesmo em trânsito no exterior, os parentes poderão imediatamente consultar um Advogado

a diligenciar as providências legais à expedição de toda a documentação pertinente à transladação do corpo para o Brasil. Nos termos da legislação brasileira em vigor per-tinente à matéria, sob a supervisão da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, Divisão de Saúde de Portos, Aeroportos e Fronteiras do Brasil, as exigên-cias para o transporte de corpos de pessoas faleci-das são as seguintes:

assento de óbito original;

certificado de embalsamamento ou conservação ou de incineração;

Atestado médico indicando não se tratar de doença de natureza infecto-contagiosa;

autorização para remoção de cadáver concedida pela autoridade policial onde ocorreu o óbito (livre trânsito mortuário original).

nos casos de óbito provocado por doença -contagiosa, ou suscetível de quarentena, ou com

potencial de infecção constatada, será exigido, ainda, que o corpo esteja contido em urna metáli-ca hermeticamente fechada.

será exigido, também, que os restos mortais es- -tejam contidos em urnas impermeáveis e lacra-das, quando se tratar de corpos cremados.

não há tratamento específico para transporte de -pessoas falecidas vítimas da Síndrome da Imuno Deficiência Adquirida (AIDS/SIDA).

É imprescindível, juntar à restante documentação atestado médico que afaste a hipótese de doença infecto-contagiosa, devendo ser assinado por mé-dico ou instituição especializada, salvo para o trans-porte de cinzas.Por requisição de eventuais herdeiros ou por iniciati-va própria, o Advogado procederá, com duas tes-temunhas, ao arrolamento dos bens deixados pelo falecido no exterior.

Alexandra CunhaAdvogada

Mestre em Direito Civil [email protected]

00 351 9660-50894 - 00 351 2260-90304

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ueDESTAQUE DO MÊS

Número de mortos pode chegar a 200 mil; Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, foi uma das vítimas

Um violento terremoto de 7 graus na escala Richter arrasou a capital do Haiti, Porto Príncipe, no dia 12 de janeiro, castigando o país mais pobre das Américas e causan-

do a morte de mais de 170 mil pessoas, segundo notícias divulgadas pelas agências internacionais no final do mês passado. Vinte brasileiros morre-ram no terremoto na ilha caribenha, entre eles Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, o chefe adjunto civil da missão da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti, Luiz Carlos da Costa, e 18 militares brasileiros que participavam da força de paz da ONU.

De acordo com o chefe interino da missão da ONU no Haiti, Edmond Mulet, os esforços de reconstrução do país depois do terremoto vão levar várias déca-das. “Acredito que serão necessárias muitas déca-das, em vez de apenas dez anos, este foi um enorme retrocesso no desenvolvimento do Haiti. Não vamos começar do zero, vamos começar abaixo do zero”, afirmou Mulet em entrevista à BBC.

Os números da tragédia poderiam aumentar ainda mais e as previsões são de que o total de mortos pode chegar a 200 mil. Cerca de 1,5 milhão de pes-soas perderam suas casas. Com a destruição causa-da pelo terremoto, a preocupação das autoridades é

construir grandes acampamentos para os desabriga-dos, que enfrentarão, dentro de quatro meses, a tem-porada de chuvas e furacões, que são uma constante na região onde fica a ilha, na América Central.

Caos e violênciaOs dias que se seguiram à catástrofe foram

marcados por muita violência na capital e arredores, com grupos entrando em confronto por comida e sobras dos prédios arruinados. Apesar do monito-ramento de tropas militares, os saques e brigas têm sido comuns na região. O primeiro-ministro do Haiti, Jean-Max Bellerive, denunciou o tráfico de crianças e de órgãos após a tragédia.

“Há tráfico de órgãos para crianças e outras pes-soas, porque existe uma necessidade para todo tipo de órgãos”, afirmou Bellerive em uma entrevista à CNN publicada em sua edição digital.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Uni-cef) já expressou sua preocupação com a saída de crianças supostamente órfãs do Haiti sem contar com a documentação adequada ou sem que os trâmites legais de sua adoção tenham sido concluídos. Dife-rentes organizações do norte da República Dominica-na disseram que o trânsito de crianças haitianas para cidades do país após o terremoto é alarmante.

Terremoto arrasa o Haiti

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Aproveitando a deixa da matéria da Real de janeiro, sobre o aprendizado da língua inglesa,gostaria de tocar num ponto que

considero importante sobre a comunidade brasileira no Reino Unido. Conheço muita gente que mora aqui há anos, mas não fala inglês. E, pior que isso, essas pessoas não se interessam nem um pouco em aprender a língua, desperdiçando a chance de, um dia, voltar ao Brasil com algo a mais no currículo. Se ganhar dinheiro é fundamental para qualquer um, adquirir conhecimento também deveria ser.

Francisco Baptista JúniorLondres

O preconceito racial, abordado pela escritora Koku-mo Rocks (Real 85), é uma coisa revoltante no Brasil. Num país em que mais da metade da popu-

lação é negra, é inadmissível ainda hoje se deparar com situações como a descrita pela escritora quan-do de sua passagem por Salvador. Não adianta o governo criar cotas para negros nas universidades ou programas que visem punir a discriminação. A sociedade como um todo tem que buscar mudan-ças e isso começa na base, dentro de casa.

Larissa GonçalvesLondres

As nevascas de janeiro provaram, mais uma vez, que a cidade não está preparada para o inverno. Não é possível que uma metrópole como Londres pare sempre que caia um pouco mais de neve. Em países onde se neva muito mais, como na Alemanha ou Suí-ça, o transporte não fica caótico como por aqui.

Claudemir P. BozzatoLondres

Participe do painel. Mande o seu email [email protected]

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Brasileiros em questão

Encontro organizado pelo GEB discutiu aspectos da vida dos brasileiros que vivem no Reino Unido

O GEB – Grupo de Estudos sobre Brasilei-ros no Reino Unido – organizou no dia 19 de janeiro, no Institute

for the Study of the Americas, o segundo bate-papo com pes-quisadores e repre-sentantes da comu-nidade em Londres. Intitulado “Dialogando com Brasileiros na Diáspora II”, o encon-tro teve como objetivo a discussão do papel do brasileiro fora de sua sociedade, o que ele vem fazendo em Londres e os proble-mas que enfrenta ao viver longe do Brasil.

Diáspora significa a dispersão de um povo, a emigração de uma comunidade, levando com ela sua cultura, língua e costumes. E, por isso, a discussão foi

proposta pelo GEB, que vem estudando a comunida-de brasileira que mora no Reino Unido desde 2008.

Mesas de discussão

Na primeira das duas mesas de dis-cussão, Carlos Mellin-ger, da Casa do Bra-sil, relatou problemas comuns vividos pelos brasileiros. “Basea-dos em casos reais, acredito que a falta de documentação é sem dúvida o maior deles. Logo depois vem a barreira linguís-tica, que não ajuda

nem mesmo os que estão de passagem, porque já aconteceram casos de brasileiros serem presos porque não conseguiam se explicar. E depois vem a falta de trabalho, agravada pela crise, ameaças

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Um bom público participou do evento, no Institute for the Study of the Americas

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de empregadores devido à ilegalidade, a exploração por parte de imigrantes e dos próprios brasileiros, e a alta falsificação de documentos”, aponta.

Além dos problemas citados, outros como dificul-dade de abrir contas bancárias e acesso a médicos e escolas também são frequentes e agravados pela falta de conhecimento da língua inglesa. Segundo Mellin-ger, a elaboração de uma cartilha explicativa poderia ajudar o brasileiro, ainda no Brasil, saber previamente as dificuldades que poderá passar no país escolhido e ajudar na decisão de emigrar ou não.

Representando a IOM – International Organiza-tion for Migration -, Gabriela Boeing apresentou o programa de retorno voluntário ao Brasil oferecido pela entidade. Para ser aceito no programa, o bra-sileiro deve estar de forma irregular no país e não ter ne-nhum envolvimento criminal. “Em 2009 foram 647 retor-nos ao Brasil, seguido pela Bolívia, com 159, e a China, com 111. Recebemos vários casos, como o de mães sol-teiras com filhos, famílias de até cinco pessoas e muitos outros”, conta Boeing.

Já o pastor batista Daniel Clark falou sobre a importân-cia dos pontos de encontro para a comunidade. “Os brasileiros procuram digni-dade e cidadania neste país. Fazem isto através da igreja e outros lugares em que se encontram. São os pequenos brasis, locais em que estão os amigos, a família e onde podem trocar ideias.”

A última palestrante da primeira mesa foi a Dra. Cathy McIlwaine, professora de geografia da Queen Mary University of London. Pesquisando comunidades da Colômbia, Bolívia e Equador, ela viu a necessidade de dar mais atenção ao Brasil, país que detém o maior número de imigrantes da América Latina a Londres.

Em seu último estudo foram realizadas 450 en-trevistas com brasileiros, que procuravam mostrar porque eles saem do Brasil, a escolha por Londres e qual o tipo de contato mantido com o próprio país. “Constatamos em nossa pesquisa que há mais mulheres (55%) do que homens em Londres, que a maioria vem de São Paulo, seguida por Goiás e Paraná; e que a primeira opção por deixar o Brasil é econômica”, diz McIlwaine. “Além disso, a grande maioria manda dinheiro para casa e cerca de 98% dos entrevistados está em contato direto com a famí-lia, sendo 38% todos os dias”, relata.

Consulado, igreja e ABRIRCom a ausência do embaixador brasileiro em Lon-

dres, Valter Pecly Moreira, o diplomata Cícero Garcia compareceu para representar o consulado. Ele apre-sentou os principais trabalhos prestados pelo órgão, que são a emissão de passaportes (cerca de 40 a 70 diariamente); vistos e legalização de documentos britânicos para ter validade no Brasil (sem, porém, endossar os mesmos).

Garcia afirmou que o consulado procura ajudar o brasileiro no que for possível, porém, “no que diz respeito a falecimento, o consulado não pode, por lei, transportar o corpo para o Brasil”, ressalta. Também de acordo com Garcia, “o consulado não faz nada em relação ao (imigrante) ilegal, o problema é quando ele

decide falsificar documentos, daí sim vira crime”.

Os padres da Capelania Católica Brasileira, José Ge-raldo e João Neto, também contaram um pouco do tra-balho desenvolvido junto à comunidade. “Nós atendemos todos que estiverem no Reino Unido. Há sete anos tínhamos uma igreja emprestada para realizar nossas missas e hoje já temos nove. Damos apoio aos brasileiros em relação a ficar ou voltar, ajudamos os deprimidos, os dependentes químicos, fa-zemos reuniões, além dos tra-balhos oficiais da Igreja, como missas, batizado, confissão e casamento”, diz padre José.

Segundo o padre João, um futuro projeto – a Casa Samaritano – buscará, através do trabalho de voluntários, dar mais suporte às pessoas que falam português.

Finalizando o encontro, Cláudio Souza, da ABRIR – Associação Brasileira de Iniciativas Educacionais no Reino Unido -, falou sobre o trabalho da institui-ção que enfoca as atividades ligadas à educação, como a criação de material didático e paradidático e do ensino de português para brasileiros nascidos aqui, “que é diferente do ensino no Brasil, pois a realidade da criança é outra”, afirma.

Souza também abordou a possibilidade do curso supletivo de segundo grau ser realizado no Reino Uni-do, para que “ao ser regularizado pelo MEC (Ministério da Educação), a pessoa possa voltar para o Brasil já com os estudos completos, como acontece (com os brasileiros vivendo) no Japão”.

Texto: Carol Morandini Fotos: Jane Sacco

Representantes de diversas entidades participaram do seminário

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Nome: Maria Inocência Ferreira Idade: 57 anos

Local de origem: São Paulo-SP

Por que você resolveu vir morar em Londres?A minha intenção de vir morar aqui aconteceu meio de imprevisto... nunca havia pensado em mudar-me para cá. A empresa em que eu trabalhava há mais de 20 anos fechou suas negociações e eu me vi sem emprego! Alguns meses após o ocorrido, soube que uma grande amiga minha havia decidido trocar o Brasil pela Inglater-ra. Daí decidi fazer o mesmo. Foi um grande desafio.... meu inglês era sofrível, porém minha decisão era forte. E aqui estou eu curtindo o frio londrino! Há quanto tempo você está aqui?Dez anos. Como foi a primeira reação ao chegar? O que você mais estranhou?De admiração e de encantamento... parecia que eu estava sonhando, que não era realidade. Tudo muito di-ferente do meu Brasil naquele mês gelado de dezembro. Apesar da grande diferença de temperatura, que eu já esperava, fiquei maravilhada com a cidade. O que mais estranhei foi a maneira que as ruas são planejadas com referência ao trânsito de carros. Eu demorava horas para atravessar as ruas.... nunca sabia para que lado realmen-te olhar, então acabava olhando para os dois lados... um ótimo exercício para o pescoço. O que mais gosta e o que não gosta na cidade?O que mais gosto: da limpeza dos trens e das pontes de Battersea e Chelsea. Não gosto da escuridão dentro e ao redor dos parques e de alguns locais ao redor da

estação de Waterloo. Qual seu lugar predileto em Londres?Gosto imensamente do Richmond Park e da Ham-mersmith Bridge. O que você faz para se manter?Faço ‘cleaner’ em casas de pessoas que conheci logo após minha chegada aqui e que ainda mante-nho. Sou ‘child minder’ também, inclusive nas mesmas casas aonde trabalho. Você já passou por alguma situação difícil, alguma ‘roubada’ por aqui?Como uma ‘boa brasileira’, sim! Quando cheguei fui rece-bida por minha amiga. Porém, ao chegar na casa aonde ela morava, qual não foi minha surpresa ao saber que eu iria dividir o flat com mais cinco pessoas, que não havia um acolchoado para mim e que a pessoa com a qual eu dividiria o quarto literalmente roncava a noite toda! E o pior: ele não falava uma palavra em português e eu não sabia reclamar em inglês! E mesmo que eu tentasse não iria adiantar: o cavalheiro era meio surdo ou se fazia de surdo. Alguma dica para os recém-chegados?Várias, talvez. O que me ocorre agora é dizer a eles que tenham paciência, que tentem dar um passo de cada vez, que procurem ter uma mente aberta para aceitar as diferenças e que acima de tudo procurem respeitar essas diferenças. A experiência está valendo a pena?Está. Estou matriculada em um curso de matemática e aprimorando meu domínio do idioma inglês. Fiz e ainda faço muitos amigos, ampliei meus horizontes pessoais e profissionais com o aprendizado da língua. Gosto muito de viver aqui. O que você mais sente falta do Brasil?O sol maravilhoso que sempre brilha. A energia do povo brasileiro e as praias mais lindas do mundo! Pretende voltar para o Brasil?Em breve... porém estou dizendo isso há exatamente cinco anos. Ainda não sei o que direi em 2010!

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Transferência de título até 5 de maio

Como sobreviver em LondresN

ão é porque você mora no exterior que pre-cisa ficar fora do processo eleitoral do Brasil. O primeiro turno das eleições para presidente da República acontecerá no dia 3 de outubro

e você tem direito a votar, desde que transfira o do-micílio eleitoral e se cadastre no Consulado-Geral do Brasil (3 Vere Street – W1G 0DH) até o dia 5 de maio. Se você não votar ou justificar, fica impedido de obter passaporte ou identidade, assim como ficará inabilita-do de requerer qualquer documento perante reparti-ções diplomáticas no exterior, entre outras restrições.

Para se cadastrar ou pedir transferência do domi-cílio eleitoral, é necessário apresentar o passaporte ou a carteira de identidade (original e cópia) e com-provante de residência (original e cópia). No caso de transferência, o eleitor deve comprovar residência mínima de três meses no novo domicílio. Os interes-sados em pedir a primeira emissão do título eleitoral também podem fazê-lo até o dia 5 de maio e devem

O Student Support Centre, da City Gates Church London, promove no dia 13 de feve-reiro, das 13h30 às 17h, o workshop “How to Survive in London” (Como sobreviver

em Londres, em tradução livre). De acordo com os organizadores, o evento traz informações essenciais para os recém-chegados à capital inglesa, com dicas sobre acomodação, transporte, saúde e de como procurar trabalho, entre outros assuntos.

O curso será ministrado no City Gates Church Centre, na 3 Green’s Court (off 18 Brewer Street), Soho – W1F 0HQ (a estação de metrô mais próxima é a de Piccadilly Circus). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo email [email protected] ou pelo telefone 078 5383 1857 (com Cleverson).

O primeiro turno das eleições brasileiras acontece no dia 3 de outubro

levar os mesmos documentos citados ao lado mais a original e a cópia do Certificado de Alistamento Militar (para homens de 18 a 45 anos).

Mais informações e horários de atendimento no site do Consulado, www.consbraslondres.com

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Emergência: disque 999Para contatar a polícia, bombeiros e ambulância. A chamada é gratuita

EmbratelLigações a cobrarpara o Brasil.0800 890 055

Consulado Brasileiro 3 Vere Street (quase esquina com Oxford Street)W1G 0DHTelefone: 020 7659 1550Fax: 020 7659 1554www.consbraslondres.com

Embaixada do Brasil32 Green Street, W1 – Marble Arch020 7499 [email protected]

Associação Brasileira no Reino Unido (ABRAS) Assistência jurídica e psicológica, agen-damento de consultas médicas e ou-tros serviços à comunidade brasileira.59 Station Road – NW10 4UX020 8961 3377 www.abras.org.uk

Casa do Brasil em LondresA nova associação brasileira em Lon-dres oferece, entre outros serviços, orientação jurídica e psicológica, servi-ços de intérpretes, tradução juramenta-da e convênios médicos e dentários. The Media Centre19 Bolsover Street London W1W 5NA020 7665 4430020 7665 [email protected]

Naz Vidas A ONG oferece acesso gratuito às clíni-cas que cuidam da saúde sexual, onde os pacientes contam com o auxílio de intérpretes e podem fazer exames que incluem testes de HIV, HPV, sífilis, go-norréia, hepatites A, B e C e clamídia. Serviço gratuito de apoio, assistência e aconselhamento sobre Aids. 30 Blacks RoadLondon W6 9DT020 8834 0232joserealnaz.org.ukwww.naz.org.uk

Projeto Latino-Americano para portadores de deficiência020 7793 8399www.ladpp.org.uk

Home OfficeImmigration &Nationality DirectorateWhitgift Centre Wellesdey Road – Croydon CR19 1ATConcessão e extensão de vistos:087 0606 7766Solicitação de formulário para extensão de visto: 087 0241 0645

Immigration AdvisoryService (IAS)Orientação jurídica em inglês sobre pedidos de vistos.County House: 190 Great Dover Street - 2º andarLondon SE1 4YB020 7967 1200www.iasuk.org

UK Concil for International Student AffairsInformações para estudantes estran-geiros sobre vistos, cursos,bolsas de estudo e assuntos relacionados ao

ensino no Reino Unido. 020 7107 9922www.ukcosa.org.uk

Citizens Advice BureauONG que oferece aconselhamento em diversas areas, com vários escritórios no Reino Unido.www.citizensadvice.org.uk

Gay Switchboard Informações sobre acomodação, ‘civil partnership’, imigração e legislação, entre outros. 020 7837 7324 (24h)

Consumer DirectO Consumer Direct funciona como uma espécie do nosso Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) do Reno Unido, orientando em relação aos direitos e a quaisquer problemas que o consumidor possa vir a enfrentar. Saiba mais no www.consumerdirect.gov.uk/

Money ClaimMoney claim é um serviço on-line que pode ser utilizado caso alguém lhe deve dinheiro. Você também pode receber orientações caso esteja sendo processado na justiça por débito. A página da Money claim na internet é www.moneyclaim.gov.uk

Legal Advice CentreO Legal Advice Centre promove orien-tação e informações práticas legais gratuitas acessando-se o site www.legal-advice-centre.co.uk/askus/

Aeroportos

Heathrow087 0000 0123

Gatwick087 0000 2468

Luton015 8240 5100

City Airport020 7646 0088

Stansted 087 0000 0303

Transport for LondonPlanejamento de jornada em metrôs, trens e ônibus.020 7222 1234www.tfl.gov.uk

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Visão do Brasil

O homemO ano de 2010 marca o cen-

tenário de morte de Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araú-jo, ou simplesmente Joaquim Nabuco, um dos brasileiros mais influentes de seu tempo. Amigo de homens ilustres – como Ma-chado de Assis e o Barão do Rio Branco, Nabuco foi orador notá-vel, diplomata de primeiro nível, intelectual poliglota e homem de ação. Se tantos talentos não lhe bastassem, era ainda filho de um dos grandes homens do Impé-rio, o Senador Nabuco de Araújo (1813-1878) e herdeiro, pelo lado materno, de um engenho de açú-car em Pernambuco, o famoso Engenho Massangana.

Para confirmar a injustiça do mundo, que distribui tão mal a sorte, o talento e a fortuna, Joa-quim Nabuco foi um dos varões mais elegantes da Belle Époque tropical, por quem suspiravam donzelas e senhoras. Não sem motivos, era chamado nos círcu-los íntimos de Quincas, o belo. Em seu livro de memórias, a filha Carolina sustenta que Nabuco, quando embaixador brasileiro nos Estados Unidos (1905-1910), foi considerado o homem mais boni-to de Washington.

Nem só as mulheres se deixa-vam seduzir pelo pernambucano. Angela Alonso, no livro “Joaquim Nabuco” (Companhia das Letras,

2007), mostra como o biografado caiu nas graças do presiden-te Theodore Roosevelt (1901 a 1909) e de seu secretário de Es-tado, Elihu Root. Embora amado nos Estados Unidos, a recíproca não era exatamente verdadeira. O aristocrata brasileiro acalentava um misto de simpatia e de anti-patia pela sociedade norte-ame-ricana. Simpatizava com a demo-cracia, com as instituições e com o progresso americano. Mas não lhe agradava a excessiva apolo-gia ao trabalho e ao dinheiro.

Nem tudo é admirável nesse homem incomum. Em função de sua formação, de seus valores e de sua classe de origem, Nabuco nutria um sentimento de iden-tificação e fascínio pela Europa (e, menor grau, pelos EUA) em detrimento do Brasil. Ele adora-va exibir seu perfeito domínio do francês e do inglês e seus conhe-cimentos acerca da civilização ocidental, talvez para compensar a sensação de inferioridade, típi-ca de sua classe, inconsolada por ter nascido num país periférico como o Brasil.

Em “Minha Formação”, Na-buco afirma que todas as pai-sagens do Novo Mundo não valeriam “um pedaço do cais do Sena à sombra do velho Louvre”. Essa afetação colonizada levou Mário de Andrade, em carta a Carlos Drummond de Andrade,

a cunhar um conceito-deboche: a “moléstia de Nabuco”, mal que consistiria numa esquizofrêni-ca saudade da Europa, mesmo antes de tê-la conhecido. Em ou-tras palavras, trata-se da noção de pertencimento ao Ocidente moderno e, simultaneamente, da incômoda consciência de estar na periferia dele.

Sob esse aspecto, Nabuco é um tipo clássico da elite bra-sileira, facilmente encontrável ainda hoje em certos ambientes. No entanto, diferente da maioria destes, Nabuco tinha compromis-so com o Brasil. E desse engaja-mento com nosso drama históri-co nasceu sua compreensão do legado trágico que a escravidão representou, cujo fardo ainda hoje nos pesa, mais de um século depois da Abolição.

A obraOs anos que vão de 1878

– quando eleito deputado por Pernambuco – até a queda do Império, em 1889, marcam os dias mais vibrantes da vida intelectual e política de Joaquim Nabuco. Nesse período, pensar a instituição escravocrata mobili-zou suas melhores energias, em parte, graças ao exemplo do pai, que havia se empenhado pela aprovação da Lei do Ventre Livre em 1871. O jovem Nabuco abra-çara a causa da abolição como

“A escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil”. (Abolicionismo. Joaquim Nabuco).

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Alberto Luiz Schneider

poucos outros brasileiros de seu tempo, embora jamais tenha sido um radical, defendendo a pressão da opinião pública e a via política e institucional para se atingir a causa abolicionista.

Dono de uma inteligência privilegiada, Nabuco foi também um leitor voraz e criativo, o que lhe permitiu escrever pelo menos três livros excepcionais: “O Abo-licionismo” (1883), “Um Estadista do Império” (1897-1899) e “Mi-nha Formação” (1900). Os dois primeiros são clássicos absolutos do pensamento brasileiro. “O Abolicionismo”, por discutir a fun-do a escravidão, e “Um Estadista do Império”, uma biografia de seu pai, é, na verdade, um valioso perfil do segundo reinado.

Joaquim Nabuco era signatário

de um projeto modernizador, que pressupunha a manutenção do Império e a execução de mu-danças que levassem o país ao capitalismo e à democracia, no sentido dado à palavra em fins do século XIX, que significava inde-pendência dos poderes, liberda-des civis, parlamento em ativida-de, eleições regulares (mas não necessariamente sufrágio univer-sal). Sua luta contra a escravidão passava pela perspectiva de se construir no Brasil uma nação moderna, dentro do paradigma ocidental de civilidade, o que fez dele um abolicionista radical, em-bora fosse um pensador modera-do, de inspiração liberal.

Em 1882, foi novamente can-didato a deputado, desta vez pela Corte, sem conseguir se eleger, o que o levou a se auto-exilar em Londres, onde se aproximou da “Anti-Slavery Society”, uma organização britânica dedicada a combater a escravidão ao redor do mundo. Na capital inglesa es-creveu e publicou – pela Abraham Kingdon, em 1883 – “O Abolicio-nismo”. O livro é um ensaio de sociologia política em que refletiu o modo como a escravidão penetrou em todos os poros da economia, da sociedade e da cultura brasilei-ra, sem deixar de ser, também, um programa de ação. A escravidão brasileira era incompatível com os valores modernos e liberais que a civilização ocidental foi construin-do desde o Iluminismo.

O problema, segundo Nabuco,

não era a presença dos negros, mas a instituição escravocrata, que havia penetrado em todas as classes, em todas as consci-ências, em toda a vida brasileira, constituindo-se no problema na-cional por excelência. Problema que perduraria ainda por muito tempo – previsão, aliás, das mais acertadas. Nabuco – como seu amigo Machado de Assis – está entre os poucos intelectuais brasileiros de fins do século XIX que não se deixaram afetar pela vaga científico-racista, também conhecida como darwinismo social. Sem deixar de ser quem era, Joaquim Nabuco conseguiu superar com clareza e convicção o obscurantismo mental da maio-ria dos homens de sua classe, compreendendo que o Brasil, para ser uma nação moderna, deveria superar as instituições e a mentalidade gestada no perío-do colonial.

A superação da pobreza ex-trema e da desigualdade crônica (de classe, de cor, de gênero e de região), conjugada à constru-ção de um sistema educacional público, universal e de qualidade, representariam uma nova abo-lição que honraria o legado de Joaquim Nabuco.

Alberto Luiz SchneiderDoutor em História pela Unicamp. Foi Professor da Tokyo University of Foreign Studies e pesquisador do Departamento de Português e

Estudos Brasileiros do King’s College London. É Professor de História da

Unicastelo (SP)

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20 fevereiro 2010

Se em 2009 o cinema brasilei-ro cresceu em público e em filmes produzidos, 2010 pro-mete ser um ano ainda melhor.

Destacamos alguns filmes que se-rão lançados em 2010 e prometem ser sucesso nos principais festivais e salas de cinema comerciais:

“O Bem Amado”Dirigido por Guel Arraes, é uma adaptação para os cinemas da novela que foi grande sucesso na TV brasileira. Com Marco Nanini no papel principal. Lançamento no primeiro semestre nos cine-mas brasileiros.

“5 X Favela, Agora por Nós MesmosProduzido por Cacá Diegues, o longa é composto por cinco curtas dirigidos por jovens realizadores de grupos de comunidades do Rio. Uma releitura do clássico do Cine-ma Novo da década de 60.

“Desenrola”Dirigido por Rosane Svartman, mostra o cotidiano de adolescen-tes e suas preocupações com a perda da virgindade. Lançamento em dezembro de 2010.

“A Suprema Felicidade”Marca a volta na direção de Ar-naldo Jabour depois de quase 20 anos sem filmar. Autobiográfico, mostra o amadurecimento e as

Os filmes que prometem conquistar as telonas brasileiras na temporada

Cul

tura

Cinema por Luciano Vidigal e Cavi Borges

Aspromessaspara2010

CULTURA

descobertas de um menino que estuda em um colégio de padres.

“Tropa de Elite 2”Uma grande produção dirigida por José Padilha. A esperada con-tinuação do polêmico filme que mostra o dia-a-dia do BOPE, o batalhão de operações especiais da polícia militar do Rio de Janeiro. A história desse filme se passa 15 anos depois do primeiro e conta de novo com as atuações de Wag-ner Moura (Capitão Nascimento) e Milhem Cortez. Deve ser lançado no final de 2010.

“As Vidas deChico Xavier”Mais uma grande produção diri-gida pelo experiente Daniel Filho. Cinebiografia do famoso médium brasileiro. Promete ser um grande sucesso e atrair o público específi-co interessado no tema.

“Os FamososDuendes da Morte”Longa de estreia do premiado curta-metragista Esmir Filho. O filme ganhou o concorrido Festi-val do Rio e atualmente roda os principais festivais mundo afora. Vai ser lançado e distribuído em fevereiro pela “major” Warner.

“Bróder”Aguardada estreia em longas de Jeferson De, que promete levar o cotidiano da periferia paulista para os cinemas das grandes metró-poles. Jeferson foi considerado o

Spike Lee brasileiro, pela temática voltada ao universo da cultura negra que seu filmes abordam.

“Federal”Longa policial dirigido por Erick Castro que conta com atuações de Selton Mello e Bill Pulman. Lança-mento em março nos cinemas.

“Dzi Croquettes”Documentário de Tatiana Issa e Ra-phael Alvarez que mostra a história da polêmica Cia de Dança durante a ditadura militar. O documentário é mais uma produção do Canal Brasil e ganhou o último Festival do Rio como melhor documentário.

“As Melhores Coisas do Mundo”Novo longa dirigido pela premiada diretora Lais Bodanzky que fala sobre o universo adolescente. Pre-visão de estreia para março.

“Vida de Balconista”Primeiro longa de ficção de Cavi Borges em parceria com Pedro Monteiro, que mostra um dia muito louco na vida de um balconista de locadora. Filmado inicialmente para ser lançado nos celulares, acabou ganhando destaque no último Festi-val do Rio e deve chegar às telonas em abril. Protagonizado por Mateus Solano, essa produção independen-te pode surpreender nos cinemas.

Luciano Vidigalator e diretor Cavi Borges

diretor e produtor de cinema

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21fevereiro 2010

Mondo HQB por Eloyr Pacheco

Os novos lançamentos em HQ indicados pelo colunista da Real

Mais um álbum de Fernando Gonsales chega às livrarias! “Um Tigre, Dois Tigres, Três

Tigres” reúne mais um grande lote de tiras do ratinho (ou é um camundongo?!) mais famoso do Brasil, o Níquel Náusea. Além do ratinho (?) também podem ser encontrados neste lançamento a Gatinha (uma rata que é uma gata); o mutante Rato Ruter; o ancião Sábio do Buraco e a barata Fliti.

Novidadesem quadrinhos

NÍQUEL NÁUSEA – UM TIGRE, DOIS TIGRES, TRÊS TIGRESDevir, 48 págs., formato 21 x 28 cm, R$ 26,00

Outro lançamento viabiliza-do pelo PROAC – Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo - também chega às livra-rias. Desta vez a publicação sai pela Editora Estação Liberdade e trata-se do álbum “Lina”, roteiri-zado por Cristina Judar e ilustra-do por Bruno Auriema. Cristina

Judar é jornalista e escritora e Bruno Auriema é formado em publicidade e propaganda e teve trabalhos publicados nos Esta-dos Unidos, como “Tenth Muse” (Alias),”New Orleans & Jazz” (Narwain Publishing) e “Negative Burn” (Image Comics). “Lina” conta a história de uma jovem moradora de uma grande metró-pole, que gosta de música (curte Punk Rock e Beethoven).

LINAEstação Liberdade, 80 págs., formato 21 x 28 cm, R$ 35,00

O personagem criado por Da-nilo Beiruth acaba de ganhar uma coletânea pela HQM Editora. “Ne-cronauta – Volume 1: O Soldado Assombrado e Outras Histórias” reúne as histórias publicadas nas seis primeiras edições da revista independente “Necronauta” e uma HQ em cores inédita no Brasil, que foi publicada no volume dois da antologia “Popgun”, lançada nos EUA pela Image Comics. “Necro-

nauta” tem a missão de conduzir almas de pessoas que deixaram assuntos inacabados e que fica-ram presas ao plano intermediário, almas penadas, assombrações e ‘poltergeists’ ao além.

NECRONAUTA – VOLUME 1HQM Editora, 88 págs., R$ 29,90

Enquanto isso na Pequena Londres...

O SESC Londrina, em par-ceria com a AQL - Associação dos Quadrinhistas de Londrina, a Revistaria Odisseia e a K2 Mangá Point, realizaram a 1ª Semana do Quadrinho Nacional. O evento controu com workshops, bate-papos e exposições.

Eloyr Pachecoé editor, quadrinhista e criador do

site Bigorna (www.bigorna.net)

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22 fevereiro 2010

Crônica

VilaEsperançapor Luciano Vidigal

Ano novo, vida nova, casa nova. Comecei 2010 me mudando pra Vila Esperan-ça, parte baixa da favela

onde sou nascido e criado há trinta anos, no Rio de Janeiro. A casa nova é grande e espaçosa. O silêncio e o ronco dos moto-táxis sublinham a trilha sonora do meu novo ambiente. Sinto uma saudade profunda da minha mãe e meus irmãos, minha estrutura na guerra e na paz. Mas como diz o poeta: filhos são como flechas que atiramos para o mundo. Lembro-me também do meu avô, que antes de morrer me aconselhou a não desistir de alcançar o progres-so e o acesso.

Escuto um barulho estranho.

Cul

tura

Parece que alguém invadiu o quintal da minha nova casa. Realmente era alguém: a mudinha, uma adoles-cente franzina, que estava brincan-do com as plantas no meu quintal e demonstrou curiosidade com o novo morador da Vila Esperança. Confesso que no primeiro momento fiquei com medo. Mas, rapidamen-te, a mudinha sorriu e saiu correndo batendo o portão. Ela vive num conjugado com o irmão, de aproxi-madamente dez anos, e sua mãe, que tem a fama de trabalhar como prostituta na Vila Esperança para sustentar os dois filhos.

Aos poucos vou me sentindo sozinho. Tenho vontade de tele-fonar para minha mãe, mas sinto medo de chorar. Algumas vezes, chorar dói... Olho pela janela e fico impressionado com a imensidão da favela e o mar ao seu lado.

A movimentação dos moto-táxis me hipnotiza. Algo me chama a

atenção numa janela no aglome-rado de casas: no meio da minha solidão, enxergo um rapaz sem braços dançando feliz na laje da sua casa. Apesar da distância, ele olha em minha direção e continua dançando feliz.

Batem no meu portão. A mudi-nha está de mãos dadas com sua mãe.

- Seja bem-vindo à Vila Espe-rança, meu filho! - me dá as boas vindas a mãe da mudinha.

- Dizem que aqui o acesso é bem melhor - respondo cordial-mente.

Nós não recebemos algumas correspondências. Para eles, aqui ainda é área de risco. A mudinha e sua mãe se despedem batendo o portão. Resolvo molhar as plantas. Elas dançam felizes...

Luciano Vidigalé ator e diretor de cinema

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Cap

a

Edinson não perde uma oportunidade para con-versar, apesar de estar muito ocupado servin-do salgadinhos e refrigerante aos convidados. Com sorriso largo, ele se apresenta e começa

a contar porque saiu do Equador há 14 anos, como se tivesse todo o tempo do mundo pra terminar sua história. “Eu moro aqui com minha mãe, minha irmã e meu irmão... Sabe, são eles que cuidam de mim. Antes de vir pra cá, eu morava em Madri, mas

A SERVIÇO DA COMUNIDADEO Latin American Disabled People’s

Project comemora 19 anos de dedicação e atividades voltadas aos

latino-americanos de Londres

agora já faz 12 anos que estou aqui em Londres. No Equador, eu sofri cinco acidentes, fiquei um ano no hospital, e agora eu não posso trabalhar, mas estou estudando inglês. Faz nove meses que comecei e estou gostando bastante.”

O centro comunitário de Kennington, no sul de Londres, logo fica lotado e de repente, todos fazem silêncio para cantar “Parabéns a Você”. Mas essa não é só mais uma festa de aniversário. Dezenove anos

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25fevereiro 2010

A SERVIÇO DA COMUNIDADE

atrás, um grupo de pessoas decidiu se juntar com um propósito: ajudar portadores de deficiência - de fala portuguesa e espanhola - que enfrentavam o desa-fio extra de falar inglês. O grupo cresceu e hoje é o LADPP, uma instituição de caridade registrada, que conta com 700 membros e 40 voluntários.

No entanto, apesar do sucesso de quase duas décadas a serviço da comunidade latino-americana em Londres, o LADPP (Latin American Disabled People’s Project) também foi atingido pela crise

O equatoriano Edinson é um dos 700 membros atendidos pelo projeto

Segundo Jhon Jairo Marulanda, o LADPP vem expandindo os serviços aos familiares e amigos dos deficientes

financeira dos últimos anos. Jhon Jairo Marulanda, gerente do projeto, explica que algumas mudanças estão a caminho. “É mais difícil conseguir patroci-nadores quando se tem um projeto específico. As empresas maiores querem patrocinar organizações de caridade que ajudam a comunidade como um todo, não apenas grupos menores, como os porta-dores de deficiência. Por causa disso, a gente vem expandindo nossos serviços aos amigos e familiares dos deficientes ou a qualquer outra pessoa que fale

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Cap

a

Dimaté não para de encher pratos. “Eu acho muito importante ajudar na comunidade. Como sou intér-prete, eu normalmente acompanho quem precisa de ajuda em consultas médicas.” Assim como Fran-cisco, a artista inglesa Rachel Bate também optou

português e espanhol, e precise de nossa ajuda.”Para tanto, os estatutos da LADPP terão que

sofrer algumas modificações. Jhon Jairo esclarece: “Nós mudaremos o nome e o status legal da orga-nização, mas continuaremos sendo uma instituição de caridade e oferecendo os mesmos serviços à comunidade. Dessa forma, através do LAPP - Latin American People’s Project, nós poderemos expandir nossos contatos com outras instituições de caridade e também patrocinadores, não apenas os que estive-rem relacionados com pessoas deficientes.”

Ritmos latinos Depois de tais mudanças terem sido aprova-

das pela assembleia geral, a festa segue em ritmo tipicamente latino. As apresentações de música e dança vão da tradicional cumbia colombiana e dos mariachis mexicanos ao samba e à capoeira. Mas Edinson não tem tempo para dançar. Ele continua servindo doces e salgados, especialmente aos que

têm dificuldade em se movimentar. Apesar de Edin-son não ter nenhuma deficiência física aparente, ele parece estar consciente de suas limitações: “Eu tive muitos acidentes, agora meu problema é aqui... ,” ele explica, apontando para a cabeça.

No refeitório, o voluntário colombiano Francisco

O colombiano Francisco Dematé destacou a importância de ajudar o projeto como voluntário

“Eles também nos ajudam de muitas outras maneiras, com apoio moral e psicológico”, elogia a equatoriana Delia, que organiza oficinas de tricô e crochê

por um voluntariado no LADPP. “As instituições de caridade ainda estão sofrendo muito com a crise econômica. Mas, por outro lado, eu acredito que muitos jovens estão fazendo mais trabalho volun-tário, porque depois que terminam a universidade, não é fácil arrumar emprego logo. Aqui no LADPP

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Apoio aos latinos de Londres

O õrgão oferece aconselhamento em assuntos legais e oportunidades de socialização

O LADPP é uma das 159.600 organizações de caridade registradas da Inglaterra e do País de Gales (dados: Charity Commission). A entidade oferece aconselhamento em assuntos legais e de saúde, busca de emprego, aulas de inglês, computação e artesanato. O projeto também propicia oportunida-des de socialização através de passeios e visitas culturais a seus membros, quebrando dessa forma o isolamento em que muitos deles vivem. Através do projeto ‘Befriending’ e o auxilio de voluntários, o LADPP também providencia companhia e apoio a pessoas que se sentem muito sozinhas.

Para mais informações sobre voluntariados, doações e horário dos serviços, contate a LADPP pelo telefone 020 7793 8399 ou visite o site www.ladpp.org.uk. O escritório do projeto se localiza no Kennington Workshop (Unit 7), 42 Braganza Street, Kennington, SE17 3RJ. (G. Z.)

eu faço um pouco de tudo, e assim também posso praticar meu espanhol.”

No entanto, os motivos que levaram a equato-riana Delia Bonilla a colaborar com o LADPP, orga-nizando oficinas de tricô e crochê, parecem terem sido outros. Divorciada e com quatro crianças, uma delas portadora de deficiência, Delia decidiu se mu-dar para a Espanha há quase 20 anos, em busca de melhores oportunidades de emprego. “Eu morei na Espanha por cinco anos antes de vir para Londres. Lá, o serviço social não era tão bom quanto o da-qui. Na Espanha, minha filha deficiente não recebia quase nenhum apoio.”

Todas as segundas-feiras, Delia ensina crochê e tricô, mas ela também frequenta as aulas de inglês gratuitas que o LADPP oferece. “Eles nos ajudam com documentos e papéis, que são difíceis de entender. Mas eles também nos ajudam de muitas outras maneiras, com apoio moral e psicológico,” ela diz, mostrando as bolsas de tricô produzidas a partir de sacolas plásticas, durante as oficinas.

Enquanto Delia arruma suas preciosidades de crochê e tricô, a festa continua no mesmo embalo. Com o centro comunitário lotado, é difícil chegar até a porta, mas um que outro esbarrão passa desper-cebido. A luz do dia já se foi, eu caminho em direção à calçada, quando alguém me chama pelo nome. Escorado na porta com um copo na mão, Edinson tem seu merecido descanso e se despede acenan-do. Mas antes que eu pudesse erguer meu braço, ele desaparece novamente no meio da multidão.

Texto e fotos: Giovana Zilli

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Saú

de

SAÚDE

Organizando a despensaConfira dicas importantes para armazenar e conservar bem os alimentos

Dando sequên-cia à proposta apresentada na edição de janei-

ro, de organizar os am-bientes do lar, come-çando pela geladeira da cozinha, agora vamos arrumar a despensa ou o armário onde se armazena os alimentos. Essa organização vai facilitar nossa vida na hora de fazermos as compras e termos uma melhor visualização dos alimentos que temos em casa.

Nada mais prático do que ter os produtos que necessitamos na cozi-nha de nossa casa, as-sim não precisamos sair para comprá-los a todo momento. Você resolve preparar uma determinada receita e descobre que faltou um ou mais ingredien-tes... Que desânimo! Desiste de fazer o que gostaria, porque não quer ou não pode sair de casa.

Sua despensa não precisa ser um supermercado portátil, mas pode ter as coisas que são mais comuns para o preparo de pratos saudáveis e apetitosos.

Dicas importantes• Tenha uma lista na cozinha e sempre anote o dia

que terminou determinado produto, assim você acerta sua lista de compras mensal. No próximo mês, você não corre o risco de, outra vez, ficar sem aquele produto.

• Produtos que têm uma validade maior podem ser estocados em maior quantidade.

• No dia anterior ao da compra do mês, limpe e organize sua despensa.

• Desocupe uma prateleira de cada vez. Limpe uma por uma e guarde os produtos de volta, passan-do um pano úmido por fora de suas embalagens.

• Essa é a hora para verificar o que está faltando, para providenciar que tudo seja comprado no dia seguinte.

Dia da compra do mês• Coloque os produtos novos atrás dos que já

estavam na despensa e tinham sobrado do mês an-terior. Assim, você estará sempre usando os produtos que estão em sua casa há mais tempo.

• Se você comprar um alimento, use-o para que ele não perca a validade.

• Aproveite para verificar a data de vali-dade do produto e, se ele vai vencer, utilize-o em alguma receita, para não ter que jogá-lo fora em breve.

• Muitos produtos, quando guardados por muito tempo, desen-volvem bichinhos ou mofo.

• Esqueceu um pro-duto na prateleira por mais tempo? Verifique se não tem carunchos. Os carunchos são besouros que atacam os produtos armaze-nados como feijão,

arroz, trigo, milho, farinhas e farelos, chás e outros produtos desidratados.

DICA: A farinha de rosca se mantém sempre fres-ca, sem ficar com cheiro e gosto de mofo, se você colocar uma folha de louro dentro do pote onde ela está guardada.

• Evite comprar coisas que dificilmente usaria só para ter na sua despensa.

• Uma despensa bem organizada deve ter sua arrumação por itens. Óleos, azeite, vinagre e ou-tros temperos devem ser colocados juntos. De-pois, farinhas, açúcar, sal, café, arroz, feijão, etc. Latarias salgadas, como molhos, ervilhas, maione-se. Latarias doces, achocolatados, leite condensa-do, leite em pó, etc.

É apenas uma sugestão, pois você pode arrumar do seu jeito, mas organizando por grupo fica mais fácil de localizar o que deseja. E a higiene deve ser muito rigorosa, afinal são produtos que sua família irá consumir.

O local deve ser bem arejado e de fácil acesso. Se você não tem um espaço definido para guardar seus mantimentos, pode separar uma parte do armário da sua cozinha. O ato de se alimentar é um dos nossos grandes prazeres. E cuidar dessa parte e da nossa casa com carinho é essencial.

Jacqueline Oliveiranutricionista

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Turi

smo

TURISMO

Mont-Saint-MichelMonumento de equilíbrio perfeito entre beleza natural e construída pelo homem. Assim pode ser definida a ilha-monte-abadia de Saint-

Michel, localizada no golfo de Saint-Malo, noroeste da França

Todos os anos, três milhões e meio de turistas se dirigem à costa da Normandia para subir as ruas estreitas da vila que se formou ao pé do velho mosteiro. Apenas a Torre Eiffel recebe

mais visitantes na França. Logo à primeira vista de sua silhueta, alguns quilômetros antes de chegar, também fica fácil entender porque os franceses cha-mam o Mont-Saint-Michel de ‘la merveille’.

Muito antes de pisar na ilha de granito, escolhi-da pelo bispo Aubert depois de uma visão de São Miguel Arcanjo para construção de uma igreja no século 8, já se pode ter uma ideia da magnitude do lugar. No horizonte, o perfil da abadia fundida à rocha impera entre as paisagens rurais da região. A vista vai ficando cada vez mais impressionante quan-to mais próximo se chega dos 80 metros de altura que constituem a “maravilha”.

Também se descobre que a ilha, cercada por água somente quando a maré estiver alta, é ligada à costa por uma estrada elevada. Ao menos, por enquan-to. Um projeto do governo francês, com planos de conclusão para 2015, vai remover a atual estrada e construir uma ponte para pedestres. O objetivo da reforma é evitar que Mont desapareça no meio dos sedimentos que vêm se acumulando por anos, fazen-do com que a água circule mais livremente, como no

passado. Felizmente, o estacionamento em sua base também será removido e o número de peregrinos do turismo, que hoje se amontoam nas ruas apertadas e lojas de souvenirs, vai ser enfim controlado.

Logo no início da subida está o hotel e restaurante La Mère Poulard, famoso por suas omeletes e visitan-tes ilustres (Ernest Hemingway, Leon Trotsky e Yves Saint-Laurent, entre outros). No entanto, conforme se prossegue na caminhada, aparecem opções mais acessíveis, como o Le Mounton Blanc. Na verdade, até se chegar à abadia, cada centímetro de espaço é muito bem aproveitado, numa sequência que intercala hotéis, lojas de produtos regionais, restaurantes e mui-tas lojinhas de bugigangas, que não combinam com o ar medieval das construções. Às vezes é literalmente impossível se movimentar, e então se tem a sensa-ção inevitável de estar numa interminável procissão religiosa, pagando por algum pecado desconhecido. Quando se chega ao topo, os apertos e empurrões do caminho são rapidamente esquecidos, quando se percebe que a visita vale mesmo a pena.

Arquitetura gótica Hoje, muito foi acrescentado à abadia construída

no século 11 pelos monges Beneditinos. O prédio, um belo exemplo de arquitetura gótica, é formado

A cidade é a segunda maior atração turística da França

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31fevereiro 2010

por vastas salas de paredes altas, que no decorrer dos séculos tiveram diferentes funções. Durante a Idade Média, o Mont-Saint-Michel foi um grande centro de peregrinação espiritual, assim como Roma e Santiago de Compostela. Naquela época, adultos e crianças tinham a eternidade assegurada depois de percorrer os então chamados “caminhos do paraíso”. Mais tarde, durante a Revolução Francesa, a abadia se transformou em prisão e precisou ser restaurada antes do fim do século 19. Em 1966, há exatos mil anos depois de sua chegada, os Beneditinos foram convidados a retornar. Todavia, partiram novamente em 2001, alegando que era impossível ter uma vida de quietude e contemplação em tal lugar.

Do alto de uma das torres, avistam-se as marés mudando rapidamente a paisagem ao redor e enten-de-se porque os peregrinos da Idade Média corriam o risco de se afogarem. Com uma diferença de 14 metros entre alta e baixa, as marés ainda represen-tam um perigo aos visitantes que optam em fazer o trajeto pelas areias, partindo das praias vizinhas. Por outro lado, tais alagamentos ocasionais têm criado pastagens com alto teor de sal, consideradas ideais para a criação de animais. Uma das especialidades gastronômicas locais é o agneau de pré-salé, ou seja, o cordeiro alimentado nessas pastagens salga-das. Quem já provou diz que a carne é muito mais saborosa e macia, especialmente se acompanhada por um dos maravilhosos vinhos franceses.

Texto e fotos: Giovana Zilli

Onde ficarLa Mère Poulard (www.mere-poulard.com)

- Oferece quarto para duas pessoas a partir de €120. Não deixe de visitar o restaurante do hotel e provar as famosas omeletes, o cordeiro (agneau de pré-salé), as lagostas e outros frutos do mar. O hotel também tem um aconchegante piano-bar onde você pode provar a especialidade da região: Calvados, um destilado produzido a partir da fer-mentação da maçã.

Le Mounton Blanc (www.lemountonblanc.com) - O valor do quarto para duas pessoas é €90. Localizado num prédio do século 14, ao pé da aba-dia, esse pequeno hotel também tem restauran-te onde você encon-tra crepes e outros pratos tradicionais da cozinha francesa.

A abadia de Mont-Saint-Michel, de influência gótica

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Turi

smo

Interior da abadia, construída no século 11

Albergue que fica num prédio do século 14

Turistas abarrotam a rua que leva à abadia de St Michel

Auberge Saint Pierre (www.auberge-saint-pierre.fr) - Provavelmente um dos hotéis mais próximos à abadia, localiza-se na rua principal e oferece quartos para duas pessoas a partir de €106. Por um pouco mais, você pode ter vista para o mar.

Le Saint Aubert (www.le-saint-aubert.fr) - Apesar de não ter a localização, charme e caráter dos hotéis menores, o Le Saint Aubert tem preços imbatíveis. Quarto para duas pessoas a partir de €65.

Camping Mont Saint Michel (www.camping-montsaintmichel.com) - Além da vista espetacular da abadia e o contato mais direto com a natureza, quem decidir acampar vai pagar apenas €11 por dia. O camping também aluga bicicletas por €16 a diária.

Como chegarAvião: Ryanair (www.ryanair.com), uma das op-

ções mais em conta, especialmente pra quem não optar pelo fim-de-semana (em média, €50 ida e volta). Há voos diretos saindo de London Stansted e East–Midlands (três vezes por semana) até o aeroporto de Dinard, uma cidade encantadora que fica a 45 minu-tos de Mont-Saint-Michel.

Trem: a melhor maneira via trem é ir de Eurostar até Paris (www.eurostar.com) e depois pegar um trem a Pontorson (www.raileurope.co.uk), a estação mais próxima da abadia. Saindo de Londres, a viagem pode durar até 8 horas e custa em média €150.

Ferry: Você pode atravessar o Canal da Mancha,

saindo de Portsmouth e Poole até Saint–Malo, que fica próximo do Mont-Saint-Michel. Mas a travessia demora12 horas e custa no mínimo €70 por pes-soa (ida e volta), sem contar o valor do carro. (www.brittany-ferries.co.uk)

Ônibus: A Eurolines (www.eurolines.co.uk) tem linhas diretas saindo de London Victoria até Paris. Só essa parte da viagem leva 9 horas e custa €65, por-tanto, a melhor opção ainda é voar.

Mais informaçõeswww.ot-montsaintmichel.commont-saint-michel.monuments-nationaux.fr/www.normandie-tourisme.frwww.manchetourisme.com

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Claustro da abadia recebe turistas de todas as idades

O La Mère Poulard é uma das opções para ficar na cidade Todos os caminhos levam à abadia

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34 fevereiro 2010

MOTORESM

oto

res

Todo piloto (motorista, para os mais “certinhos”) tem o sonho de pilotar (dirigir) um bólido super potente, com motorzão de mais de 400 cavalos, um autêntico “muscle car”, mas gostaria de fazer

isso sem colocar muito a mão no fundo do bolso. Não estou falando do preço do carro, porque aí já seria de-mais, mas, pelo menos, ter um alto desempenho com baixo consumo de combustível. Isso tudo, consideran-do o tipo de veículo, porque quem quer economia de verdade tem que comprar o tal de 1.0, mas aí é uma outra história ou, como diria a minha avó Maria, “são outros 500 a menos”.

Quem procurava por esse sonho, agora já pode parar de sonhar e apal-par – com todo o respeito – a realidade do “pony car” Mustang GT 2011, que promete unir o melhor de dois mundos – alto desempenho e baixo consumo – trazendo de volta o motor V8 5.0, em versão totalmente nova e com tecnologia avançada. Produzido em alumínio, com quatro válvulas por cilindro e duplo comando variável independente (Ti-VCT), ele gera potência de 417 cv e torque de 54 kgfm, com um consumo de combus-

O novo Mustang GT 2011

tível imbatível dentro do segmento.O modelo traz também direção com assistência

elétrica e calibração especial, discos de freio de 11,5 polegadas na frente e 11,8 polegadas na traseira e suspensão aprimorada, com novo braço de controle e mancais estabilizadores na traseira. Para os entusias-tas, oferece ainda a opção de freios Brembo do Ford GT500, com discos dianteiros ventilados de 14 pole-

gadas, rodas de alumínio de 19 polegadas e pneus de alta performance.

Dos distintivos 5.0 no para-choque à nova cober-tura do motor, o Mustang GT honra a tradição de visual diferenciado da linha. O velocímetro vai a 160 mph (257 km/h) e o conta-giros exibe a faixa vermelha no intervalo de 6.500 a 7.000 rpm. Ele recebeu

também reforços estruturais que aumentam a rigidez da carroceria e aprimoram a dirigibilidade.

O Mustang GT 2011 traz ainda uma série de novas tecnologias de conveniência. Vem equipado com centro de mensagens, espelhos com visor de pontos cegos, sistema de chave programável MyKey e con-trole remoto de garagem universal.

Com motor V8 5.0, o novo bólido é o sonho de consumo dos apaixonados por velocidade

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35fevereiro 2010

Coyote no saguãoMuitos dos engenheiros do time de desenvolvimento

da Ford trabalharam no prédio de Motores e Engenha-ria Elétrica da matriz em Dearborn e durante anos cami-nharam ao lado do motor V8 5.0 original, o Coyote Indy de competição, exposto no saguão, inspirados pela sua combinação de tradição, alta tecnologia e potência.

O time desejava há muito tempo desenvolver um novo motor 5.0, que começou a ser idealizado no início de 2000. Em 2007, o cenário competitivo do Mustang começou a mudar, sinalizando o momento de avançar a sua motorização para níveis de classe mundial.

O objetivo inicial do projeto era superar a potência de 400 cv, em um cronograma que foi antecipado em 12 meses sem concessões de confiabilidade, dura-bilidade, economia de combustível e controle de ruídos, vibrações e asperezas. Mais do que um motor poderoso, o Mustang 2011 oferece economia de combustí-vel responsável.

O projeto contou com o uso extensivo de mode-lagem por computador, experimentação e avaliação, que permitiram o lançamento dessa nova configura-ção em um espaço de tempo reduzido.

Comando Ti-VCTO comando de válvulas variável Ti-VCT é um dos

elementos críticos que permitem ao novo motor V8 5.0 gerar 417 cv com melhor dirigibilidade, tração e economia de combustível em comparação ao Mus-tang GT 2010. Para essa aplicação de alto desem-penho, o time desenvolveu um comando de válvulas variável que utiliza o torque do motor com assistência de óleo pressurizado. A grande eficiência térmica e volumétrica garante respostas rápidas do Ti-VCT em todas as faixas de rotação.

Essa configuração resultou em um novo cabe-çote de alumínio, com quatro válvulas por cilindro e

trem de válvulas compacto, que deixa mais espaço para as entradas de ar de alto fluxo. Sua estrutura foi projetada para suportar uma pressão maior nos cilindros e a refrigeração de fluxo cruzado para ope-ração em alta rotação.

O reservatório do cárter, de aço estampado, teve sua capacidade ampliada para garantir o uso em alta rotação e a conveniência da troca de óleo em interva-los de 16.000 km. Jatos de resfriamento dos pistões também foram incorporados para aquecimento mais rápido do óleo nas partidas a frio.

Desempenho e economia

Os 417 cv de potên-cia e 54 kgfm de torque do Mustang GT V8 5.0 2011 representam um significativo avanço em relação ao modelo 2010. Com transmis-são automática de seis velocidades, ele tem um consumo estimado de 10,6 km/l na estrada e 7,2 km/l na cidade. Com a transmissão manual de

seis marchas, faz 10,2 km/l na estrada e 6,8 km/l na cidade, mesmo nível do modelo 2010, mas com um ganho considerável de potência e desempenho.

Esse desempenho é favorecido pelo baixo peso do motor, com cerca de 160 kg – uma redução de mais de 20% em comparação com o 5.0 anterior. Essa massa menor deve-se ao bloco e cabeçote de alumínio, coletor de admissão e coberturas em composto de baixo peso e eixos vazados.

O comando de válvulas Ti-VCT, a transmissão de seis velocidades, automática ou manual, a direção com assistência elétrica e o vedamento aerodinâ-mico do porta-malas são outros fatores que contri-buem para a economia de combustível do Mustang GT 2011.

Devaldo Gilini Júnior [email protected]

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Real Esporte Clube

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Promessa brasucano tênis

O alagoano Tiago Fernandes fez história no dia 30 de janeiro ao vencer o australiano Sean Berman por 2 sets a 0 na final

do torneio juvenil do Aberto da Austrália, em Melbourne. Com com parciais de 7/5 e 6/3, Fer-nandes conquistou seu primeiro Grand Slam juvenil. Treinado por Larri Passos, ex-técnico de Guga, Tiago, 17 anos, é o primeiro brasileiro a conquistar um Grand Slam na categoria. Em 2009, Fernandes já tinha sido a gran-de surpresa do US Open juvenil, quando chegou às quartas-de-final e só parou quando enfrentou o australiano Bernard Tomic, que já era profissional.

Guga animadocom o garoto

Guga, maior ídolo do tênis masculino brasileiro, ficou muito contente após a conquista inédita do Australian Open juvenil por

Daiane é suspensaA ginasta

Daiane dos Santos foi suspensa por apenas cinco meses pela Federação Internacional de Ginástica (FIG), após ser flagra-da no exame antidoping por uso do diuréti-co Furosemida.

Daiane testou positivo para a subs-tância no dia 2 julho de 2009 e ale-gou que estava fazendo um regime para emagrecer. A ginasta estava sujeita a até dois anos de suspen-são. Em seu comunicado, a FIG explicou que seguiu as recomenda-ções do comitê disciplinar feitas em uma reunião no dia 18 de dezem-bro. A entidade lembrou ainda que a decisão está sujeita a recurso na Corte Arbitral do Esporte.

Tiago Fernandes. “A vitória do Tiago no Australian Open é um motivo de grande alegria para

os tenis-tas e para o esporte em geral”, disse. O tricampeão de Roland Garros também falou sobre o futuro

do jovem tenista e disse que é preciso tranquilidade neste momento especial. “Acho que ele precisa desfrutar essa con-quista. Mas é necessário manter a calma e tranquilidade no traba-lho”, alertou,para aliviar a pressão sobre o promissor tenista.

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Federer vence na Austrália

O suíço Roger Federer venceu o escocês Andy Murray por 3 sets a 0, parciais de 6/3, 6/4 e 7/6

(13/11), no dia 31 de janeiro, e conquistou o Aberto da Austrália, seu 16º título de um Grand Slam. Foi o quarto triunfo de Federer na Austrália. Antes, o suíço já havia conquistado os títulos nas edições de 2007, 2006 e 2004. No femi-nino, a norte-americana Serena Williams bateu a belga Justine Henin, ex-líder do ranking, por 3 sets a 0 (parciais de 6-4, 6-3 e 6-2) e conquistou o bicampeona-to na Austrália. Foi o quinto título de Serena em Melbourne (2003, 2005, 2007 e 2009).

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Blair seráconsultor do Rio

O gover-nador do Rio, Sérgio Cabral, anunciou dia 30 de janei-ro, em Lon-dres, que o ex-primeiro-ministro bri-

tânico, Tony Blair, fará consultoria para o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016. “Tony Blair é o grande responsável pela vitória de Londres para sediar a Olimpíada de 2012. E se Lon-dres chega a 2010 com as obras em dia, é porque se preparou no período de Blair ainda como primeiro-ministro”, disse Cabral, após encontro com Blair, do qual também participaram o ministro dos Esportes, Orlando Silva, e o presidente da Rio 2016, Carlos Nuzman.

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Cabañas é baleado O jo-

gador paraguaio Salvador Cabañas, 29 anos, do Amé-rica do México e seleção do Paraguai, levou um

tiro na cabeça no mês passado, após uma discussão num bar da Cidade do México. O atacante, artilheiro da Copa Libertadores em 2007 e 2008, teve um ede-ma cerebral, chegou a ficar em estado delicado na UTI, mas no final de janeiro teve uma melho-ra, moveu as extremidades do corpo e reconheceu familiares no hospital, o que animou a equi-

Tricolor negocia André Dias

O São Paulo vendeu o za-gueiro André Dias para o Lazio, da Itália, no dia 1º de fevereiro,

último dia da janela de transfe-rências para o mercado europeu. O contrato do atleta no novo clube será de três anos e meio. O Tricolor receberá € 2,5 milhões – o equivalente a R$ 6,5 milhões.

Keirrison na Fiorentina

O ata-cante Keirrison, que brilhou no Palmei-ras e foi contratado pelo Bar-celona em julho de

2009 por € 14 milhões (R$ 36 mi-lhões), anda perambulando pelo futebol europeu. Depois de seis meses emprestado ao Benfica, quando atuou em apenas cinco partidas do clube no Campeona-to Português, ele assinou contra-to de dois anos de empréstimo com a Fiorentina, 11ª colocada no Campeonato Italiano. Como não disputou torneios europeus pelo Benfica, Keirrison poderá re-forçar a Viola nas oitavas-de-final da Liga dos Campeões contra o Bayern de Munique.

Egito, o melhorda África

O Egito bateu a seleção de Gana por 1 a 0 e conquistou o título da Copa Africana de Na-ções 2010, no dia 31 de janeiro, em Luanda, Angola, e aumen-tou a sua hegemonia no torneio continental. Fora da Copa 2010, o Egito levou o seu sétimo título da competição, o terceiro conse-cutivo, o que é um feito inédito. O gol da vitória foi marcado por Gedo, aos 40min do segundo tempo. Gana, que venceu a Copa Africana de Nações quatro vezes, está classificada para a Copa do Mundo da África do Sul. A equi-pe está no Grupo D, ao lado de Alemanha, Austrália e Sérvia.

Brasil tem QG paraa Copa

A seleção brasileira definiu o seu “quartel-general” na primeira fase da Copa do Mundo da África do Sul: o Hotel Fairway, que está sendo construído dentro de um clube de golfe e será inaugurado em maio em Johanesburgo. Além do conforto, o hotel foi escolhido pela proximidade com a arena dos primeiros jogos do Brasil. O local fica a 17 km do estádio Ellis Park, que receberá a estreia con-tra a Coréia do Norte, em 15 de junho, e a 24 km do Soccer City, onde ocorrerá a partida contra a Costa do Marfim, dia 20, e a final da Copa do Mundo.

A diretoria são-paulina já tinha aceitado a proposta. Como André tinha vínculo com o clube até o fim do ano, se não vendesse agora, o Tricolor corria o risco de não receber nada por ele, já que em junho o zagueiro já poderia assinar pré-contrato com outra equipe.

pe médica. A Justiça mexicana determinou a prisão preventiva de sete empregados do bar onde o atacante foi baleado.

Seleção jogaem Londres

A seleção brasileira fará um amistoso preparatório para a Copa do Mundo 2010 contra a Irlanda, dia 2 de março, às 20h10, no Emirates Stadium, estádio do Arsenal. O palco já se transformou numa espécie de segunda casa da seleção para amistosos internacio-nais. Nos últimos anos, a equipe brasileira enfrentou, no estádio, as seleções de Itália, Suécia, Portu-gal e Argentina. Ganhou da Itália, Suécia e Argentina e perdeu para Portugal. Os ingressos custam de £37 a £62 e podem ser adquiridos no site www.arsenal.com ou pelo telefone 0844 277 3625.

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Com a Vila Belmiro lotada, o Santos apresentou no dia 1º de fevereiro a sua maior contratação para a temporada, o atacante Robinho, que foi cedido por empréstimo pelo Manchester City

até o dia 4 de agosto, data da partida final da Copa do Brasil. O jogador chegou de helicóptero ao estádio junto com Pelé. “Este é um momento que vai ficar gravado na minha vida”, disse o jogador.

O Santos não pagou nada pela transferência, mas terá que arcar com o salário de cerca de R$ 1 milhão do atacante, que aceitou reduzir seus vencimentos. Segundo o presidente santista, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, um grupo de empresas vai bancar a maior par-te do salário de Robinho e caberá ao Santos o paga-mento de R$ 160 mil mensais (teto salarial do clube).

Depois de cumprimentar Pelé, Robinho vestiu uma camisa comemorativa referente a sua volta ao San-tos, acenou para a torcida e fez embaixadinhas com a bola. Em seguida, subiu a um palco e cantou com

o santista Chorão, vocalista da banda Charlie Brown Júnior, que fez um show no estádio.

“Temos aí Neymar, o Ganso, grandes garotos, grandes jogadores. A equipe agora só precisa se fir-mar e pegar confiança. Agora, com um jogador como Robinho, o Santos vai ter um elenco maravilhoso. Eu já paguei meu camarote ali para sofrer de vez em quando”, disse Pelé, que apostou no sucesso do jo-gador na Copa do Mundo da África do Sul, em junho.

Insatisfação no City Pouco aproveitado pelo técnico italiano Roberto Man-

cini no time titular do Manchester City, Robinho pediu para ser emprestado, com medo de perder a sua vaga na seleção brasileira. Ele disse também ter sido procu-rado por São Paulo, Atlético Mineiro, Flamengo e alguns clubes europeus, mas deu preferência ao Santos, onde foi bicampeão brasileiro, em 2002 e 2004, antes de ser vendido ao Real Madrid, em 2005, por US$ 30 milhões.

Robinho volta ao SantosAtacante foi emprestado pelo Manchester City até o dia 4 de agosto

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A origem das palavras cruzadasA brincadeira que inspi-rou um dos passatempos mais populares de nossos tempos data do século IV a.C. Nos laterculus, como o jogo era conhecido, os antigos romanos tinham de formar palavras cruzando-as de maneiras que consti-tuíssem palíndromos - isto é, podiam ser lidas tanto na vertical quanto na ho-rizontal, ou de frente para trás e vice-versa. “As ins-crições mais antigas desse jogo foram encontradas nas ruínas de Pompéia, a cidade italiana destruída no ano 79 pela erupção do Vesúvio”, afirma o designer de jogos Luiz Dal Monte Neto. Nos moldes atuais, porém, as palavras cru-zadas apareceram pela primeira vez no jornal New York World, em 22 de de-zembro de 1913. O inglês Arthur Wynne, responsável pela seção “Diversão” do jornal, recebeu a incum-bência de inventar um jogo especialmente para a edição dominical.Wynne baseou-se em um passatempo que conhe-cera quando criança e que tinha regras semelhantes às dos laterculus romanos. Mas, em vez de fornecer as palavras que deveriam ser cruzadas, Wynne resolveu dar apenas dicas e criou um diagrama na forma de um losango. Uma década depois, a criação de Wynne já estava em jornais europeus, além de em todo o continente americano.

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