felizmente há luar! - texto de apoio

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    12 ano Portugus Felizmente H Luar! Texto de apoio

    Contexto Histrico Social

    As invases francesas

    Em 1806, Napoleo resolveu desencadear o ataque definitivo Inglaterra e decretou obloqueio continental. Portugal recebeu ento ordens expressas: fechar os portos aos naviosingleses e declarar guerra sua tradicional aliada. Os diplomatas procuravam ainda ganhartempo quando, no fim do ano de 1807, entrava em Portugal um exrcito francs comandadopelo general Junot. No era nada que os ingleses no tivessem previsto: desde o ano anteriorestava decidido que, em caso de invaso, o rei e a Corte sairiam para o Brasil para impedir aperda da independncia.

    Assim aconteceu. Ao todo, cerca de 10000 pessoas, que incluam os quadros fundamentais

    do funcionalismo e do exrcito, embarcaram para o Brasil. Alguns destacamentos inglesesentraram em Lisboa, com o objectivo de ajudar o governo de regncia que ficara em Portugal.

    Os Franceses entraram em paz e, para um sector de populao ilustrada, chegavam mesmocomo libertadores que vinham implantar uma nova era de liberdade e justia. Os poucosincidentes que se registaram foram com as massas populares de Lisboa que, apesar das solenesproclamaes de amizade de Junot, o consideravam um invasor.

    Em 1809, deu-se uma segunda invaso. O imperador Napoleo encarregou o general Soult desubmeter Portugal. Com dificuldade as tropas francesas, entradas por Trs os Montes,conseguiram chegar at ao Porto, donde foram pouco depois desalojadas pelas tropas inglesas eportuguesas.

    Em 1810, um terceiro exrcito, agora s ordens de Massena, atravessou a fronteira e tomou

    o caminho de Lisboa. Mas os engenheiros militares ingleses tinham construdo, ao norte do Tejo,uma tripla linha de fortificaes, as linhas de Torres Vedras. Massena, depois de tentar, durantealguns meses ultrapassar o obstculo, retirou com o seu exrcito para Espanha, perseguido deperto pelo exrcito anglo luso.

    As invases tiveram efeitos polticos e econmicos muito graves para Portugal. O pas ficoucoberto de runas; o nmero dos mortos em combate e nas chacinas de represlia foi calculadoem 100000. toda a populao vlida para o trabalho foi mobilizada pelos ingleses e os camposficaram por cultivar. As fbricas foram desmanteladas. Mas a esses prejuzos materiais

    juntaram-se outros. Os intelectuais liberais foram identificados com os Franceses, e portantocomo inimigos da Ptria. O rei, o Governo e os grandes tinham ficado margem das provaes esofrimentos do pas, e isso diminua-lhes a adeso popular.

    A conspirao abortada de 1817

    Depois de acabada a guerra, a Corte continuou a viver no Brasil, onde a vida era muito maisagradvel que na Europa inquieta e destroada.

    Portugal era dirigido por um Governo de Regncia, sobre o qual tinha um enorme poder afora militar inglesa que continuava em Portugal.

    No entanto, havia j um sector da populao que pretendia implantar o Liberalismo.O triunfo do Liberalismo em Portugal foi precedido por uma conspirao abortada, de

    objectivos aparentemente mais polticos que ideolgicos. Os Portugueses sentiam-seabandonados pelo seu monarca; queixavam-se da constante drenagem de dinheiro para o Brasilna forma de rendas e contribuies; lamentavam o declnio comercial e o permanentedesequilbrio do oramento; ressentiam-se da influncia britnica no Exrcito e na Regncia; etc.

    Em 1817, vrias pessoas foram presas sob a acusao de conspirarem contra a vida doMarechal Beresford, o governo e as instituies vigentes. Depois de um breve processo e de um

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    Gomes Freire de Andrade (1757-1817) general portugus, nascido em Viena de ustria.Seguiu a vida militar depois de ter vindo para Portugal aos 24 anos. Combateu em Argel (1784),na Rssia (1788) e na Guerra Peninsular, s deixando a carreira das armas aps a derrota deNapoleo em 1814, altura em que voltou para Portugal e foi preso, acusado de ter participadona terceira Invaso Francesa; foi reabilitado dessa acusao, mas obrigado a residncia fixa emLisboa.

    Ligado aos ideais progressistas e membro da Maonaria (gro mestre a partir de 1816), foiacusado de participar na conspirao de 1817, que punha em causa a ausncia da Corte de D.

    Joo VI no Brasil, a presena militar inglesa no pas e a grave situao econmica que ento sevivia. A conjura foi descoberta e reprimida com muita severidade. Os conspiradores, acusadosde traio Ptria, foram queimados publicamente e Lisboa foi convidada a assistir. O generalGomes Freire de Andrade, o cabecilha, foi enforcado, no forte de S. Julio da Barra, e depoisqueimado.

    William Beresford (1768-1854) general ingls, severo e disciplinador, enviado pela Gr Bretanha para reorganizar o exrcito portugus aps a primeira Invaso Francesa, preparando-o

    para resistir s tropas napolenicas.Em 1809 foi nomeado generalssimo do exrcito portugus e foi consolidando e aumentando

    os seus poderes. Rejeitava as novas ideias liberais, imaginava conspiraes e reprimia-asseveramente; para alm disso, enquanto submetia o pas a uma forte organizao militar, iacolocando os oficiais britnicos nos mais altos postos, preterindo os oficiais portugueses ecriando assim muitos inimigos.

    Em 1817, aps rumores de uma conspirao que pretendia o regresso do rei e que semanifestava contrria presena inglesa, mandou matar os conspiradores, entre os quais ogeneral Gomes Freire de Andrade.

    Os Smbolos A saia verde

    - A felicidade a prenda comprada em Paris (terra da liberdade), no Inverno, com o dinheiroda venda de duas medalhas;

    - Ao escolher aquela saia para esperar o companheiro aps a morte, destaca a alegria doreencontro

    agora que se acabaram as batalhas, vem apertar-me contra o peito

    Convm recordar, a propsito, que a saia uma pea eminentemente feminina e que o verdeest habitualmente conotado com tranquilidade e esperana, traduzindo uma sensaorepousante, envolvente e refrescante.

    O ttulo / a luz / a noite / o luar

    O ttulo surge por duas vezes ao longo da pea, inserido nas falas das personagens:

    1 - D. Miguel salienta o efeito dissuasor que aquelas execues podero exercer sobre todosos que discutem as ordens dos Governadores:Lisboa h-de cheirar toda a noite a carne assada, Excelncia, e o cheiro h-de-lhes ficar namemria durante muitos anos... Sempre que pensarem em discutir as nossas ordens, lembrar-se-o do cheiro... (...) verdade que a execuo se prolongar pela noite, mas felizmente hluar.

    Esta primeira referncia ao ttulo da pea, colocada na fala do Governador, est relacionadacom o desejo expresso de garantir a eficcia desta execuo pblica: a noite mais

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    assustadora, as chamas seriam visveis de vrios pontos da cidade e o luar atrairia as pessoas rua para assistirem ao castigo, que se pretende exemplar.

    2 - Na altura da execuo, as ltimas palavras de Matilde, so de coragem e de estmulopara que o povo se revolte contra a tirania dos governantes:Olhem bem! Limpem os olhos no claro daquela fogueira e abram as almas ao que ela nosensina! At a noite foi feita para que a vsseis at ao fim... (Pausa) Felizmente felizmente h

    luar!

    A luz, simbolicamente est associada vida, sade, felicidade, enquanto a noite e astrevas se associam ao mal, infelicidade, ao castigo, perdio e morte. Na linguagem e nosritos manicos, aps ter participado de olhos vendados em alguns rituais, aps prestar

    juramento, o nefito poderia receber a luz, o que significava ser admitido.

    A lua, simbolicamente, por estar privada de luz prpria, na dependncia do Sol, e poratravessar fases, mudando de forma, representa a dependncia, a periodicidade e a renovao., pois, smbolo de transformao e de crescimento. Ao acreditar na vida para alm da morte, ohomem v na lua o smbolo desta passagem da vida para a morte e da morte para a vida...

    Por isso, na pea, nestes dois momentos em que se faz referncia directa ao ttulo, aafirmao felizmente h luar pode indiciar duas perspectivas de anlise e de posicionamentodas personagens:

    1 - As foras das trevas, do obscurantismo, do anti-humanismo utilizam, paradoxalmente, olume (fonte de luz e de calor) para purificar a sociedade (a Inquisio considerava a fogueiracomo fonte e forma de purificao).

    2 - Se a luz redentora, o luar poder simbolizar a caminhada da sociedade em direco redeno, em busca da luz e da liberdade.

    Assim, dado que o luar permitir que as pessoas posam sair de casa (ajudando a vencer omedo e a insegurana na noite da cidade), quanto maior for a assistncia, isso significar:- para uns, que mais pessoas ficaro avisadas e o efeito dissuasor ser maior;- para outros, que mais pessoas podero um dia seguir essa luz e lutar pela liberdade.

    A fogueira / o lume

    Aps a priso do General, num dilogo de tom proftico e com voz triste (segundo adidasclia), o Antigo Soldado, acabrunhado, afirma: Prenderam o General... Para ns a noiteficou ainda mais escura... A resposta ambgua do primeiro Popular pode assumir tambm umcarcter de profecia e de esperana: por pouco tempo, amigo. Espera pelo claro dasfogueiras

    Matilde, ao afirmar que aquela fogueira de S. Julio da Barra ainda havia de incendiar estaterra , mostra que a chama se mantm viva e que a liberdade h-de chegar.

    A Linguagem

    Natural, viva e malevel, utilizada como marca caracterizadora e individualizadora dealgumas personagens;

    O uso de frases em latim assume conotao irnica, por aparecerem no momento dacondenao e da execuo;

    Frases incompletas por hesitao ou interrupo;

    Marcas caractersticas do discurso oral;

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    Recurso frequente ironia e ao sarcasmo.

    Texto dramtico e teatro

    No estudo do gnero dramtico necessrio distinguir texto dramtico de teatro ourepresentao teatral. O texto dramtico entendido como pertencente ao gnero literrio do drama. Nele est

    implcita a dinmica do conflito, onde as personagens representam as aces e reaceshumanas numa atitude de comunicao directa entre si e o espectador. A sua funo servir oteatro; da dizer-se que o texto dramtico tem como finalidade a representao atravs dosactores. Trata-se, pois, de uma representao directa, que implica a sua concretizao peranteum pblico e a ausncia de narrador. Os acontecimentos so representados de uma forma vivapelo facto de o drama ser, acima de tudo, aco.

    Contudo, e apesar da distino feita, texto dramtico e teatro no podem ser entendidos deforma separada, uma vez que esto em estreita ligao.

    pelo facto de o texto dramtico se destinar ao teatro que se distinguem nele caractersticasespecficas, nomeadamente a existncia de dois textos paralelos: o texto principal e o textosecundrio.

    O texto principal (discurso dramtico): constitudo pelas falas das personagensintervenientes na aco e escutado pelos espectadores.

    O texto secundrio (didasclico): o conjunto de indicaes cnicas (didasclias) que sedestinam ao leitor, ao encenador e ao actor, fornecendo-lhe informaes sobre a movimentaocnica das personagens, o cenrio, o vesturio, a luz, o tom de voz, os gestos, a postura emcena, a estrutura externa da obra (diviso em actos, cenas ou quadros), etc. Texto nomencionado pelo discurso dos actores, mas indirectamente presente na representao.

    Vejamos um exemplo retirado da pea Felizmente H Luar!

    Matilde

    (Exaltadssima)No o matem, Sr. Marechal! Mandem-no para a guerra, deixem-no morrer como um homem,

    batendo-se com os inimigos que possa reconhecer!

    (Levanta os braos ao cu)

    Senhor, se te lembras da cruz, permite que o meu homem morra de cabea levantada! ()

    s palavras entre parntesis corresponde o texto secundrio ou didasclico e s falas dapersonagem corresponde o texto principal ou discurso dramtico.

    No entanto, o texto que constitui as didasclias pode tambm surgir no incio de cada actoquando o autor d indicaes sobre o cenrio, as personagens, o espao, etc.:

    Acto II

    (Ao abrir o pano a cena est s escuras. Uma nica personagem, intensamente iluminada,encontra-se frente e ao centro do palco, o popular que deu incio ao primeiro acto.)

    H ainda outras caractersticas igualmente importantes no estudo do texto que se destina representao:

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    constitudo predominantemente sob a forma de dilogo e, por vezes, monlogos eapartes;

    ausncia de descries, que so substitudas pelas informaes contidas nas didasclias,quer sobre o cenrio, quer sobre os ambientes, quer sobre as personagens;

    registo de lngua oral, concretizado atravs dos diferentes nveis de lngua a utilizar de

    acordo com a personagem que se representa, com a situao, etc.;

    as personagens assumem o papel do narrador, dando progresso aos acontecimentosatravs do discurso directo;

    consequentemente, o tempo verbal predominante o presente, porque a aco vivida etransmitida pelas personagens ao mesmo tempo.

    No podemos esquecer, no entanto, que para haver representao teatral no necessria aexistncia de um texto ou de palavras. Ela pode ocorrer, por exemplo, por meio da mmica ou daexpresso corporal. O teatro pode existir sem texto, mas no sem representao.

    A representao enquanto espectculo chega at ns partindo da interpretao e da

    actualizao que o encenador e os actores fazem do texto, por vezes no condizente com a do

    dramaturgo.

    Ao lermos um texto dramtico devemos ter em ateno o seu contedo, mas tambm a

    maneira como ele pode ser transformado em espectculo, ouvido e visto pelo pblico. Para

    melhor extrairmos a mensagem nele implcita servimo-nos da informao contida nas

    didasclias e da nossa capacidade de imaginar, sem ver, pocas, cenrios, gestos,

    Quanto mais conhecemos sobre o texto dramtico e a sua concretizao enquantoespectculo, melhor o podemos entender e da extrair proveito para que o processo de

    dramatizao ocorra na sua dimenso total. Para tal, so importantes os recursos literrios,

    humanos e tcnicos. Os literrios dizem respeito ao discurso dramtico produzido pelas

    personagens. Os recursos humanos so constitudos, essencialmente, pelos actores que

    interpretam as falas das personagens e lhes transmitem vida. Por sua vez, aos recursos tcnicos

    correspondem todos os elementos que, de forma directa ou indirecta, ajudam a recriar o

    espectculo, como sejam a luminotecnia, a sonoplastia, os adereos, os cenrios, os cdigos

    visual, cinsico (movimentos, gestos) e paralingustico (entoao, timbre).

    Uma nova concepo de teatro

    Oposio pico / dramtico

    Etimologicamente pico provm de pos, vocbulo grego que significa a palavra, o

    que se diz ou narrao

    Depois da primeira guerra mundial, o termo pico foi frequentemente utilizado na Alemanha

    por aqueles que pretendiam, na arte, dar relevo narrao.

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    Em 1924, Piscator leva cena em Berlim uma pea que o programa anunciava como drama

    pico; a aco era interrompida por processos descritivos ou explicativos tais como: filmes,

    projeces, discursos para o pblico, cartazes com ttulos ou comentrios, etc.

    Brecht, na esteira de Piscator, adoptou facilmente o termo pico, tanto mais que este lhe

    permitia contestar a distino aristotlica teatro-epopeia. Em consequncia disto, teatro pico

    designa normalmente o conjunto da teoria e prticas brechtianas.

    Esta teoria fundamenta-se numa anlise marxista dos diferentes componentes do teatro e

    das suas relaes com a sociedade: o espectador deve ser produtivo e representar um papel

    activo na representao teatral. O autor, o encenador, o decorador e os actores no podem

    fazer-lhe imposies nem mergulh-lo numa espcie de passividade hipntica.

    preciso fazer o apelo ao esprito crtico e capacidade de julgamento do pblico incitando-o

    a tomar decises sociais.

    Segundo Brecht, o teatro tem por misso ajudar a transformar um mundo em mudana de

    acordo com relaes fundamentais de produo.

    O teatro pico pretende representar o mundo e o homem em constante evoluo de acordo

    com as relaes sociais. Esta perspectiva marxista obriga a uma nova atitude face s peas

    antigas, a uma nova concepo de utilizao do texto, da msica, dos adereos e do novo tipo

    de jogo que se designou por distanciao.

    A oposio entre teatro tradicional, clssico, dramtico ou aristotlico e o

    moderno, pico ou brechtiano d-se, no quanto aos meios utilizados que o prprio

    Brecht reconhece serem semelhantes, mas em relao aos fins que pretende atingir.No mais era permitido ao espectador abandonar-se a uma vivncia sem qualquer atitude

    crtica (e sem consequncias na prtica), por mera empatia para com a personagem dramtica.

    A representao submetia os temas e os acontecimentos a um processo de alheamento

    indispensvel sua compreenso. Em tudo o que evidente hbito renunciar-se, muito

    simplesmente, ao acto de compreender. O que era natural tinha, pois, de adquirir um carcter

    sensacional. S assim as leis de causa e de efeito podiam ser postas em relevo. Os homens

    tinham de agir de determinada forma e de poder, simultaneamente, agir de outra.

    O espectador do teatro dramtico diz: Sim, eu j senti isso. Eu sou assim. O sentimentodeste homem comove-me, pois irremedivel. uma coisa natural. Ser sempre assim. Isto

    que arte! Tudo ali evidente. Choro com os que choram e rio com os que riem.

    O espectador do teatro pico diz: Isso que eu nunca pensaria. No assim que se deve

    fazer. Que coisa extraordinria, quase inacreditvel. Isto tem de acabar. O sofrimento deste

    homem comove-me porque seria remedivel. Isto que arte! Nada ali evidente. Rio de

    quem chora e choro com os que riem.

    Jos Antnio Camelo, in O Judeu de Bernardo Santareno

    UM PARALELISMO HISTRICO-METAFRICO

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    SCULO XIX (1817) SCULO XX (anos 60)

    Monarquiaabsolutista

    Ditadura salazarista

    Pssimas condiesde vida do povo

    Pssimas condies de vida do povo

    General GomesFreire e os outros 12presos

    General Humberto Delgado e presos polticos de um modo geral

    Principal Sousa Cardeal Cerejeira e a posio hierrquica da Igreja em Portugal

    Beresford Influncia / ajuda estrangeira ao regime, nomeadamente a inglesa,

    com interesses puramente econmicos

    D. Miguel Forjaz Burguesia dominadora que, a todo o custo, deseja manter o statuseconmico e social

    Vicente / AndradeCorvo / MoraisSarmento

    Bufos em geral que melhoram a sua condio social atravs dadenncia

    Dois polcias Polcia e polcia poltica (PIDE)

    Manuel / Rita / antigosoldado / outrospopulares

    Populao que acredita no General Humberto Delgado, mas no interveniente

    Matilde Mes, esposas, irms dos presos polticos, que vo ganhandoconscincia poltica com a situao do familiar, apesar de hesitaremsempre entre a salvao deles e o interesse do povo

    Sousa Falco O amigo do preso poltico, consciente da situao, mas que no ousaintervir activamente

    Frei Diogo A Igreja que tem conscincia da situao mas no ousa levantar a vozcontra a hierarquia

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