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Farmacologia aplicada à UTI Prof. Esp. Matheus Marques

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Farmacologia aplica a UTI

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Page 1: Farmacologia aplicada _uti

Farmacologia aplicada à UTI

Prof. Esp. Matheus Marques

Page 2: Farmacologia aplicada _uti

INTRODUÇÃO

Curto período de existencia

O período pós guerra demonstrou que a reposição rápida de liquidos pode salvar vidas

O surgimento do ventilador mecânico por DrinKer na década de 20

O desenvolvimento do desfibrilador e da massagem cardíaca

Necessidade de cuidados intensivos e pessoal habilitado em suporte básico de vida

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PROBLEMÁTICA DA FARMACOTERAPIA

1) Pacientes em estado de choque circulatório tem problemas administração de medicamentos (exceto via ev)

2) Problemas de interações medicamentosas devido a múltiplas medicações.

3) A invasividade da terapia com multiplas sondas e cateteres aumenta o risco de infecção nosocomial.

4) As falências orgânicas, tais como falências hepáticas e renais, carecem de reajuste posológico e restrição de drogas hepato e nefrotóxicas.

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PROBLEMÁTICA DA FARMACOTERAPIA

Os idosos são mais susceptíveis a reações de hipersensibilidade.

O volume de distribuição afeta o nível terapêutico das drogas (edema, sepse, cardiopatia e nefropatia)

A hipoalbuminemia (hepato e nefropatias, desnutrição) afeta a distribuição dos fármacos.

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FARMACOTERAPIAATENÇÃO ESPECIAL

Manter o paciente confortável, com o mínimo sofrimento possível

Controle da dor

Controle do medo e ansiedade

Controle dos sinais vitais

Controle da hemostasia

PARA TODOS ESTES CONTROLES, HÁ A NECESSIDADE DA ASSOCIAÇÃO DE DROGAS E CONJUNTAMENTE COM TÉCNICAS DE HUMANIZAÇÃO.

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FARMACOLOGIA EM UTI

1) DOR E SEDAÇÃO EM UTI2) ANTIMICROBIANOS EM UTI3) CHOQUE CIRCULATÓRIO4) SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA DO ADULTO5) ÓXIDO NÍTRICO6) ASMA AGUDA GRAVE7) PROFILAXIA DA HEMORRAGIA GASTROINTESTINAL8) INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS9) USO DE DROGAS NO HEPATOPATA10) IRA NA DOENÇA CRÍTICA

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DOR E SEDAÇÃO EM UTI

FATORES CONTRIBUINTES PARA DOR EM UTI:1) Decúbito prolongado2) Procedimentos invasivos à beira do leito3) Aspiração das secreções das vias aéreas4) Ruídos dos aparelhos da monitorização5) Perda de contato com os familiares6) Imobilização7) Privação do sono8) Lesão tecidual em casos de pós operatório ou trauma9) A percepção da dor provoca aumento da própria dor

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DOR E SEDAÇÃO EM UTI

CONSEQUÊNCIAS DA DOR:1) Aumento da dor2) Ativação do SN Simpático3) Aumento do DC, FC, PA e consumo de O2 pelo miocárdio4) Taquipnéia5) Íleo paralítico6) Náusea7) Retenção urinária8) Hipercoagulabilidade9) Imunossupressão10) Depressão e ansiedade11) Aumento das catecolaminas

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DOR E SEDAÇÃO EM UTI

12) Aumento do ACTH, cortisol, aldosterona e ADH

13) Diminuição de insulina e testosterona

14) Aumento do catabolismo e balanço nitrogenado negativo.

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DOR E SEDAÇÃO EM UTIFÁRMACOS UTILIZADOS

OPIÓIDES (melhor indicação: morfina) AINES (pouco usados) CORTICOTERAPIA HIPNÓTICOS E SEDATIVOS

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OPIÓIDES - MORFINA

Baixo custo Potência Eficácia analgésica Efeito euforizante Induz liberação de histamina

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OPIÓIDES - MORFINA

Adm. Ev Dose de ataque: 0,05mg por Kg durante 5 a

15 minutos 4 a 6mg por hora após dose de ataque

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OPIÓIDES - FENTANIL

Boa eficácia e menor efeito euforizante Não apresenta reação cruzada em alérgico à

morfina Adm. Contínua intravenosa Dose: 1 a 2µ por Kg por hora

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OPIÓIDES – MEPERIDINA (DEMEROL)

Não recomendado

Possui metabólito ativo (nor-meperidina)

Produz excitação no SNC

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AINES

Não recomendados. Não apresentam vantagens sobre os

opióides Risco potencial de sangramentos

gastrointestinais e hemorragias devido a inibição da agregação plaquetária.

Risco de insuficiência renal

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HIPNÓTICOS E SEDATIVOS

Usados para acalmar os pacientes Induz sono para fins diagnósticos Tratamento da ansiedade (resposta

psicofisiológica à antecipação do perigo real ou imaginário)

Tratamento da agitação (excitação acompanhada por inquietação motora)

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HIPNÓTICOS E SEDATIVOS

- Devem possuir:1) Rápido início de ação2) Duração de ação previsível3) Sem efeitos adversos na estabilidade

cardiovascular e respiratória4) Índice terapêutico favorável5) Sem tendência de acúmulo no organismo6) Facilidade de administração7) Antagonistas disponíveis

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HIPNÓTICOS E SEDATIVOSDIAZEPAM

Protótipo ideal Produz sedação em 2 a 3 minutos Pico máximo em 3 a 5 minutos Produz amnésia anterógrada e não produz

analgesia

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HIPNÓTICOS E SEDATIVOSDIAZEPAM

Não se recomenda seu uso prolongado:

1) Dor e tromboflebite

2) Sedação excessiva

3) Demanda grandes volumes devido à diluição

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HIPNÓTICOS E SEDATIVOSMIDAZOLAM

Curta duração Efeito semelhante ao do diazepam Necessidade da manutenção do efeito em

administrações prolongadas.

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HIPNÓTICOS E SEDATIVOSPROPOFOL

Anestésico geral com atividades hipnóticas, sedativas, ansiolíticas e amnésicas anterógradas.

Igualmente eficaz ao nidazolam Início de ação entre 1 a 2 minutos e duração

de 10 a 15 minutos.

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HIPNÓTICOS E SEDATIVOSLORAZEPAM

Bom efeito hipnótico e sedativo. Adm. em bolos Possui ação mais prolongada Início de ação mais prolongado. Portanto

necessita de adm. De midazolam (ataque) para depois administrar o lorazepam.

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HIPNÓTICOS E SEDATIVOSHALOPERIDOL

Antipsicótico com atividade hipnótico, sedativa e antidelirante.

Prolonga o intervalo Q-T no ECG, devendo ser administrado com cautela quando associado a drogas que possuem o mesmo efeito.

Dose: 2 a 10 mg EV , com início de efeito entre 30 a 60 minutos, podendo durar entre 4 a 8 horas.

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HIPNÓTICOS E SEDATIVOSBARBITÚRICOS (TIOPENTAL E PENTOTAL)

Não recomendados para sedação. Embora reduzem a pressão intracraniana e

provoquem efeito anticonvulsivante, não provocam amnésia e analgesia. Provocam taquicardia, hipotensão, depressão miocárdica e vasodilatação.

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BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES

Usados com frequência em procedimentos à beira do leito.

Usados na adequação à ventilação mecânica

Mais usados: pancurônio, atracúrio e vecurônio.

Apresentam dificuldades em titulação

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ANTIMICROBIANOS EM UTI

As infecções constituem a maior causa de mortalidade em UTI

Muitos pacientes, clínicos ou cirúrgicos, apresentam complicações infecciosas

Em média, 50 a 80% dos pacientes graves recebem algum tipo de antimicrobiano.

É crescente a disponibilidade de antimicrobianos de variáveis espectros.

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ANTIMICROBIANOS EM UTI

Dois aspectos devem ser priorizados:

1) Localizar o foco infeccioso

2) Identificar o agente etiológico

Obs: Pacientes muito graves não precisam

atender a estas prioridades.

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ANTIMICROBIANOS EM UTI

A sobrevivência de pacientes críticos depende do rápido início da antibioticoterapia adequada.

Iniciada de forma EMPÍRICA, guiada pela sensibilidade e pela experiência do intensivista.

Após início, deve ser feito cultura com antibiograma para melhor adequação da antibioticoterapia.

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ANTIMICROBIANOS EM UTI

O intensivista deve conhecer a flora residente em seu hospital e suas características de sensibilidade e resistência aos antimicrobianos.

Aumento de cepas de S.aureus, P.aeruginosa, E.coli e E. faecalis multirresistentes.

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ANTIMICROBIANOS EM UTIFATORES QUE INFLUENCIAM NA ESCOLHA

1) Idade do paciente2) Tempo de internamento3) Condição hemodinâmica4) Patologia de base5) Competência imunológica6) Presença de falências orgânicas7) Interações medicamentosas8) Uso prévio de antibioticoterapia9) Presença de inúmeros cateteres e sondas10) Uso de procedimentos invasivos

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ANTIMICROBIANOS EM UTICAUSAS DO USO IRRACIONAL DE ANTIMICROBIANOS

Escolha inadequada Testes terapêuticos sem evidências de

doença bacteriana Dosagem e tempo de tratamento

inadequados Via de adm incorreta

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ANTIMICROBIANOS EM UTIFORMAS DE GARANTIA DO USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS

Educação continuada Restrição de antibióticos Limitação no tempo de uso Padronização das condutas Controle do laboratório de micro Auditorias CCIH

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ANTIMICROBIANOS EM UTICRITÉRIOS PARA ESCOLHA EMPÍRICA DO ANTIMICROBIANO

Suposição clínica do provável agente etiológico e seu perfil de sensibilidade.

Grandes partes das infecções são hospitalares. Infecções comunitárias exigem antibióticos menos potentes. Os fatores do hospedeiro devem ser conhecidos As características de cada antibiótico devem ser conhecidas Necessidade de GRAM, cultura e antibiograma, quando cabíveis. A topografia da infecção indica a gravidade da infecção e o provável

agente etiológico. Cateteres não devem ser esquecidos como potenciais focos de

infecção. A farmacocinética da droga deve ser conhecida. Antibioticoterapia profilática deve ser usada em situações específicas

e de forma profilática.

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ANTIMICROBIANOS EM UTIINTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

BETALACTÂMICOS +AMINOGLICOSÍDIOS – associação sinérgica

BETALACTÂMICO + BETALACTÂMICO- Associação não recomendada.

.

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ANTIMICROBIANOS EM UTIDSG ( DESCONTAMINAÇÃO SELETIVA DO TRATO GASTROINTESTINAL)

Visa suprimir microrganismos aeróbicos e potencialmente patogênciso da orofaringe, estômago e intestino, sem afetar a flora normal.

Previne também a aspiração de cepas patogênicas para árvore respiratória após ventilação mecânica.

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ANTIMICROBIANOS EM UTIDSG ( DESCONTAMINAÇÃO SELETIVA DO TRATO GASTROINTESTINAL)

Polimixina E +Anfotericina B + Aminoglicosídio em suspensão nasogástrica e pasta orofaríngea ( 3 a 6x ao dia)

CEFOTAXIMA em associações – redução de pneumonias nosocomiais

. QUINOLONAS, VANCOMICINA E PENICILINAS RESISTENTES ÀS PENICILINASES – uso restrito

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CHOQUE CIRCULATÓRIO E UTI

Caracteriza-se pela incapacidade do sistema circulatório em fornecer oxigênio e nutrientes para os tecidos, de forma a atender as suas necessidades metabólicas.

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CHOQUE CIRCULATÓRIO E UTI

Necessidade de verificar todos os componentes da circulação:

- Volume intravascular, coração, RVP, rede capilar, vênulas, capacitância venosa, conexões arteriovenosas.

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CHOQUE CIRCULATÓRIO E UTIMONITORIZAÇÃO DO CHOQUE

Uso do ECG e monitorização das arritmias Monitorização da PA através de cateter

radial. Monitorização da pressão venosa através de

cateter na subclavia Uso de cateter pulmonar (Swan-Ganz) Gasometria arterial

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CHOQUE CIRCULATÓRIO E UTITERAPÊUTICA DO CHOQUE

SEGUE DOIS CRITÉRIOS:

1) Avaliação do processo patológico

2) Rápida obtenção de estabilidade hemodinâmica

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CHOQUE CIRCULATÓRIO E UTITERAPÊUTICA DO CHOQUE

Ventilação e oxigenação imediatamente garantidas.

O2 em alto fluxo e máscaras Ventilação mecânica em paciente que não

respondme à expansão volêmica

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CHOQUE CIRCULATÓRIO E UTITERAPÊUTICA DO CHOQUE

APÓS VENTILAÇÃO E OXIGENAÇÃO:

1) REPOSIÇÃO DOS FLUIDOSCristalóides(SF ou Ringer-lactato) na fase inicial do tratamento –

choque hipovolêmico, traumatico e cardiogênico e queimaduras

Solução hipertônica (NaCl 7,5%)- pouca durabilidadeSolução Hipertônica + Dextran a 6 %- maior durabiliadade –

choque hemorrágico e TCE

Albumina 5% - casos de sepse e choque séptico

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CHOQUE CIRCULATÓRIO E UTITERAPÊUTICA DO CHOQUE

2) PRODUTOS SINTÉTICOS DO SANGUE- Fluozol DA,- Hemoglobina livre de estroma- Plasma fresco – expansor de volume

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CHOQUE CIRCULATÓRIO E UTITERAPÊUTICA DO CHOQUE

3) Drogas vasoativas

DOPAMINA, ADRENALINA

Excelente efeito vasocontrictor.

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CHOQUE CIRCULATÓRIO E UTITERAPÊUTICA DO CHOQUE

4) Drogas inotrópicas

DOBUTAMINA- aumenta a contratilidade cardíaca sem aumentar muito a FC, a RVS e PAM

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CHOQUE CIRCULATÓRIO E UTITERAPÊUTICA DO CHOQUE

5) Digitálicos

DIGOXINA E DIGITOXINA – uso restrito a arritmias supraventriculares

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CHOQUE CIRCULATÓRIO E UTITERAPÊUTICA DO CHOQUE

6) Corticóides – usados apenas em choques por insuficiência supra-renal e hipotireoidismo.

Não indicados em choque séptico – aumento da mortalidade

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CHOQUE CIRCULATÓRIO E UTITERAPÊUTICA DO CHOQUE

7) ANTICORPOS MONOCLONAIS ANTI-MEDIADORES INFLAMATÓRIOS

Inativam as citocinas inflamatórias responsáveis pela SIRS (síndrome da resposta inflamatória sistêmica).

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CHOQUE CIRCULATÓRIO E UTITERAPÊUTICA DO CHOQUE

8) ANTICORPOS ANTI-ENDOTOXINAS

Inativam endotoxinas bacterianas –pouco efeito in vitro

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CHOQUE CIRCULATÓRIO E UTITERAPÊUTICA DO CHOQUE

9) Vasodilatadores coronarianos

NITROPRUSSIATO DE SÓDIO e NITROGLICERINA- usado no choque cardiogênico associado à DOBUTAMINA

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SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA DO ADULTO

SARA

Caracteriza-se por insuficiência respiratória associada a dispnéia intensa, hipoxemia acentuada, infiltrados pulmonares difusos na radiografia de torax e diminuição da complacência pulmonar, sem evidência de aumento da pressão capilar pulmonar.

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SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA DO ADULTO

SARA

FATORES DE RISCO PARA SARA:

1) Sepse

2) Aspiração de conteúdo gástrico

3) Trauma

4) Transfusões múltiplas

5) Pancreatite

6) Embolia gordurosa

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SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA DO ADULTO

SARA

DESENVOLVIMENTO DE SARA:

1) Inflamação no parênquima alveolar

2) Aumento da permeabilidade endotelial e epitelial

3) Exsudação de líquidos para o interstício e alvéolo

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SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA DO ADULTO

SARA

Taxa de mortalidade de 50 a 70% Necessita de suporte ventilatório e

hemodinâmico Otimização do DO2 e VO2 Oxigenoterapia Remoção do fator desencadeante

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SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA DO ADULTO

SARAFARMACOTERAPIA

Anticorpos monoclonais anti-endotoxinas Anticorpos anti-TNF AINES Prostaglandinas (PGI2 e PGE1) Surfactantes (fosfatidilcolina e

fosfatidilglicerol)

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ÓXIDO NÍTRICO

Descoberto em 1987 Solúvel em água Tem importante função fisiológica no

organismo Apresenta funcionalidade em vários tipos de

células.

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ÓXIDO NÍTRICODEFICIÊNCIA

VASOCONSTRICÇÃO HIPERTENSÃO CRÔNICA ADESÃO PLAUQETÁRIA E TROMBOSE ADERÊNCIA DE NEUTRÓFILOS DANO VASCULAR ISQUEMIA MIOCÁRDICA VASOCONSTRICÇÃO CORONARIANA IMPOTÊNCIA DISFUNÇÃO CEREBRAL

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ÓXIDO NÍTRICOINALAÇÃO

Possui atividade vasodilatadora Reduz a pressão pulmonar e hipoxemia Reduz a resistência vascular pulmonar Dose varia entre 0,1 a 10ppm Inalação de 15ppm por min

Cuidado: NO é tóxico em concentrações acima de 1000ppm

Avaliar níveis de metemoglobina durante tratamento com NO

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ASMA AGUDA GRAVE

Caracteriza-se pela presença de sintomas intermitentes com sibilos, dispnéis e tosse, resultantes da hiper-reatividade das vias respiratórias e obstrução reversível do fluxo de ar.

Geralmente não é grave, mas pode agravar e ocasionar uma insuficiência ventilatória e morte.

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ASMA AGUDA GRAVEFARMACOTERAPIA

- Agonistas beta2 adrenérgicos (fenoterol, salbutamol, terbutalina) via nebulização contínua.

- Agonistas beta 2 adrenérgicos via parenteral- Anticolinérgicos (ipatróprio)- Aminofilina ev- Corticóide ev

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ASMA AGUDA GRAVEOUTROS CUIDADOS

Oxigenoterapia ( 2 a 3L por min) Acesso venoso calibroso Sedação para ventilação mecânica Rehidratação Uso de drogas que liberam histamina

(morfina) Mucolíticos (N-acetil-L-csteína)

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PROFILAXIA DA HEMORRAGIA GASTROINTESTINALFATORES DE RISCO

1) Sepse

2) Coagulopatia

3) Choque

4) Falência renal

5) Ventilação mecânica excessiva

6) Lesão neurológica

7) Politraumatismo

8) Falência respiratória

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PROFILAXIA DA HEMORRAGIA GASTROINTESTINAL

EESTRTÉGIAS MEDICAMENTOSAS

1) CITOPROTEÇÃO (SUCRALFATO)

2) REDUÇÃO DA TAXA DE SÍNTESE DE ÁC. GÁSTRICO (ANTAGONISTAS H2 HISTAMINÉRGICOS)

3) NEUTRALIZAÇÃO ÁCIDA COM ANTIÁCIDOS

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PROFILAXIA DA HEMORRAGIA GASTROINTESTINAL

CITOPROTEÇÃO

SUCRALFATO

Forma um polímero que impede o contato do ácido gástrico e pepsina com a base da úlcera na mucosa.

Page 65: Farmacologia aplicada _uti

PROFILAXIA DA HEMORRAGIA GASTROINTESTINAL

ANTAGONISTAS H2 HISTAMINÉRGICOS

FAMOTIDINA, RANITIDINA

Reduzem a secreção ácida e aumentam a defesa da mucosa, mediante aumento da secreção de muco e bicarbonato.

Estimulam a regeneração da mucosa MISOPROSTOL (CITOTEC)

Análogo da PGE2

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PROFILAXIA DA HEMORRAGIA GASTROINTESTINAL

ANTIÁCIDOS

HIDRÓXIDOS DE ALUMÍNIO E MAGNÉSIO

Reduzem a incidência de sangramento, mas não reduzem a incidência de lesões.

São laxantes.

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USO DE DROGAS NO HEPATOPATA

DROGAS QUE DEVEM SER USADAS COM MUITO CUIDADO OU NÃO SER USADAS:

1) Drogas capazes de provocar lesão hepática

2) Drogas que podem comprometer a função hepática

3) Drogas que podem causar complicações em pacientes hepatopatas graves.

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USO DE DROGAS NO HEPATOPATA1) Drogas capazes de provocar lesões hepáticas

Paracetamol AAS Clorpromazina Eritromicina Metotrexato Metildopa

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USO DE DROGAS NO HEPATOPATA2) Drogas que podem comprometer as funções do fígado

Contraceptivos Anabólitos esteróides Prednisona Tetraciclinas

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USO DE DROGAS NO HEPATOPATA3) Drogas que podem causar complicações

em pacientes hepatopatas graves

Indometacina AINES Furosemida Opióides Depressores do SNC

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E UTI

Ocorre comumente em pacientes críticos Taxa de mortalidade de 17 a 44 % em

pacientes não oligúricos e de 50 a 87% em pacientes oligúricos.

Reduz a função renal, acumulando as escórias nitrogenadas.Baixo débito urinário

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E UTIETIOLOGIA

Pré-renal : DC reduzido

Renal: lesões glomerulares e cistos renais

Pós renal: obstrução mecânica de saída

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E UTIFARMACOTERAPIA

Medidas preventivas MANITOL DIURÉTICOS DE ALÇA- furosemida DOPAMINA – aumenta o débito cardíaco,

provoca vasodilatação arteriolar, inibe a rebsorção tubular de sódio.

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INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDAESQUEMAS TERAPÊUTICOS

DOPAMINA + FUROSEMIDA –consegue converter a IRA oligúrica em IRA não oligúrica

DOPAMINA+MANITOL+FUROSEMIDA Convertem a IRA oligúrica em não oligúrica

em 30 a 50% dos casos

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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

OPIÓIDES + FENOTIAZINAS (CLORPROMAZINA E PROMETAZINA)

Aumentam a depressão respiratória.

Exige monitorização do padrão ventilatório e hemodinâmico.

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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

AMIODARONA+QUINIDINA +PROCAINAMIDA

A amiodarona aumenta os níveis séricos dos outros antiarritmicos . Surgem novas arritmias.

Page 77: Farmacologia aplicada _uti

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

LIDOCAÍNA + PROPRANOLOL

Ocorre aumento sérico da lidocaína, ocasionando disartria, convulsões e confusão mental.

Page 78: Farmacologia aplicada _uti

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

ACC (NIFEDIPINA) + BETABLOQUEADORES (PROPRANOLOL)

Possibilidade de depressão miocárdica e BAV aditivo.

Embora seja comum, é necessário cuidado em pacientes com função cardíaca limitada.

Page 79: Farmacologia aplicada _uti

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

RANITIDINA + METOPROLOL

Aumento sérico do metoprolol. Pode causar hipotensão.

Page 80: Farmacologia aplicada _uti

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

SUCRALFATO + ANTIÁCIDOS + RANITIDINA

Perda da atividade do sucralfato. Recomenda-se sua administração 2 h após a administração dos demais.

Page 81: Farmacologia aplicada _uti

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

AMINOGLICOSÍDEOS + CEFALOSPORINAS OU VANCOMICINA OU ANFOTERICINA B

Provoca nefrotoxicidade aditiva.

Page 82: Farmacologia aplicada _uti

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

AMINOGLICOSÍDEOS + BLOQ. NEUROMUSCULARES (PANCURÔNIO)

Aumento do bloqueio neuromuscular com possibilidade de parada respiratória.

Avaliação constante do esquema ventilatório e gasometria.

Page 83: Farmacologia aplicada _uti

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

AMINOGLICOSÍDEOS + PENICILINAS (CARBENICILINA OU TICARCILINA)

Inativação dos aminoglicosídeos

Page 84: Farmacologia aplicada _uti

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

AMINOGLICOSÍDIOS + FUROSEMIDA

Aumento da ototoxicidade.

Page 85: Farmacologia aplicada _uti

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

CEFALOSPORINAS + CLORANFENICOL

Efeito antagônico. Deve-se evitar esta associação.

Page 86: Farmacologia aplicada _uti

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

ANTICOAGULANTES ORAIS + METRONIDAZOL OU CEFALOSPORINAS OU FENITOÍNA

Aumento do efeito anticoagulante

Page 87: Farmacologia aplicada _uti

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

ANTICOAGULANTES ORAIS + CORTICÓIDES

Diminui o efeito anticoagulante.

Page 88: Farmacologia aplicada _uti

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

ANTIPSICÓTICOS + ADRENALINA

Provocam grave hipotensão.

Necessita de uma droga alfa-adrenérgica para reverter a hipotensão.

Page 89: Farmacologia aplicada _uti

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

ANTIPSICÓTICOS + ANTIHIPERTENSIVOS

Provocam hipotensão aditiva.

A reversão é feita com reposição de líquidos.

Page 90: Farmacologia aplicada _uti

INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

INSULINA + CORTICÓIDES OU ADRENÉRGICOS

Diminui o efeito da insulina.

São contra-reguladores.

Deve-se monitorar a glicemia através da glicemia capilar.

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INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UTI

INSULINA + BETABLOQUEADORES

Os betabloqueadores mascaram os sintomas da hipoglicemia.

Devem ser substituídos por outros antihipertensivos.