farmacologia

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FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ANÁPOLIS UNIEVANGÉLICA EMERGÊNCIAS MÉDICAS Professor: Rodolfo Mendes ●ANGIANA DE PECTORIS ●IAM Acadêmicos: Ademilson Alves Ramos Aparecida Moreira Camerino Neto Cintia Matos Fernanda Miranda Ribeiro Gislaine Cândido Jaqueline Helhrilg Joana Cássia Lara Tofolo Tathiane Ferreira

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Health & Medicine


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FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ANÁPOLIS UNIEVANGÉLICA

EMERGÊNCIAS MÉDICASProfessor: Rodolfo Mendes

●ANGIANA DE PECTORIS

●IAM

Acadêmicos:

Ademilson Alves RamosAparecida MoreiraCamerino NetoCintia Matos Fernanda Miranda RibeiroGislaine CândidoJaqueline HelhrilgJoana CássiaLara TofoloTathiane Ferreira

ANGINA DE PECTORIS

●Literalmente significa “dor no peito”.

●É a dor ou desconforto que ocorre quando uma ou mais artérias

coronarianas não fornece sangue(oxigênio e nutrientes) adequado

as necessidades do miocárdio.

●A angina é geralmente descrita como isquemia miocárdica

sintomática.

●A isquemia miocárdica pode ocorrer sem causar dor ou outros sintomas

perceptíveis(isquemia

Silenciosa ou assintomática)

ANGINA: Fatores que afetam a demanda de O2

●Determinantes: Stress da parede ventricular, frequência cardíaca e contractilidade.

●Pré-carga e pós-carga afetam o stress da parede ventricular.

Pré-carga:▪É a pressão que distende a parede ventricular durante a diástole( Pressão Diastólica Ventricular Final) e é determinada pelo retorno venoso.▪Diminuindo o RV também reduz o volume diastólico ventricular final o qual reduz a tensão daParede ventricular.

Pós-carga:▪É a resistência com a qual o ventrículo precisa bombear.▪Diminuindo a resistência arteriolar periférica reduz o trabalho cardíaco e, portanto, o consumo De oxigênio.

ANGINA: Fatores que afetam a demanda de O2●O fluxo sanguíneo arterial coronariano é o principal fator determinante.

● É determinado pela pressão de perfusão(pressão diastólica aórtica), duração da diástole e resistência coronariana.

●A resistência vascular coronariana é determinada por numerosos fatores:▪Metabólicos que dilatam a arteríola coronariana,▪Arteriosclerose,▪Trombos intra-coronárias,▪Compressão mecânica extra-vascular.

QUAIS OS DIFERENTES TIPOS DE ANGINA PECTORIS?

●Angina Estável: ▪Devido a uma isquemia miocárdica transitória, ocorre durante atividade física( exercício físico, atividade sexual) ou stress emocional. ●Angina Instável: ▪Ocorre tanto em situação de repouso como em esforço,▪A intensidade da dor é mais imprevisível e pode evoluir para um enfarto do miocárdio,▪Definida como angina de início recente(2 meses) ou severidade de grau III ou aumento Significativo na frequência ou severidade da dor.

●Angina variante, atípica ou de decúbito:▪ ocorre mais frequentemente quando o indivíduo está de repouso ou a dormir.▪Acredita-se que seja devido a um espasmo das coronárias.▪É uma forma pouco comum.▪Mecanismo incluem: tabagismo, uso de cocaína, níveis baixos de Mg+ e hiperinsulinemia.

ANGINA PECTORIS X ENFARTE

●Na angina o fluxo de sangue e oxigênio para o músculo cardíaco é temporariamente reduzido.

●No enfarte o fluxo de sangue e oxigênio é repentina e completamente interrompido devido a um bloqueio da artéria coronária.

●Portanto, uma crise de angina pode não causar lesão permanente ao coração, enquanto o enfarte sim.

●O risco de enfarte é maior quando uma pessoa sofre de angina, especialmente angina Instável.

SINAIS DE ALERTA DE ANGINA PECTORIS

●Sensação de peso;

●Adormecimento, dores nos braços especialmente no esquerdo;

●Queimação;

●Dor em aperto no peito, epigástrio ou pescoço

Diagnóstico:

●História clínica → descrição dos sintomas, revisão dos fatores de risco cardiovasculares,História familiar de doença coronariana.●Exame físico completo→Pulso, PA, Auscultação cardíaca e pulmanar.

OBS: o exame físico é muita vezes normal na angina.

●Exames complementares→Hemograma, urina, ECG PE, ETT, scintigrafia do miocárdio, coronariografia. Aprox. 50% dos pacientes têm ECG de repouso normal. (50% destes têm anomalias durante um episódio de angina).

INSUFICIENCIA AGUDO DO MIOCÁRDIO (IAM)

●Desequilíbrio entre o suprimento sanguíneo para as células do

músculo cardíaco e a demanda do sangue oxigenado exigida pelo coração.

●A redução da disponibilidade de substratos e nutrientes, bem como a

remoção inadequada de metabólitos;

●O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é uma cardiopatia isquêmica.

●Uma ou mais artérias ou ramos coronários sofrem obstrução.

●Resultando em isquemia prolongada e necrose da região do músculo

cardíaco irrigada pelo vaso obstruído.

●Mais de 90% dos casos ( Placas aterosclerósticas) que podem se soltar

formando trombos – broqueando por completo outra região do vaso.

SINAIS E SINTOMAS DA INSUFICIÊNCIA AGUDA DO MIOCÁRDIO

●Pulso rápido e fraco;

●A dispnéia, ocasionada pelo comprometimento da contratilidade do

miocárdio

isquêmico é comum, podendo ser acompanhada de congestão e

edema pulmonares;

●A dor é intensa e semelhante a um aperto ou pressão na região

subesternal, que pode irradiar-se para o ombro e braço esquerdos, bem

como para a região mandibular, podendo vir associada à falta de ar,

palpitações, náuseas e vômito;

●Cerca de 10% a 15% dos infartos têm início totalmente assintomático e a

doença só é detectada mais tarde através de alterações no

eletrocardiograma;

●Estes infartos silenciosos são particularmente comuns em pacientes

diabéticos e idosos.

IAM : DIAGNÓSTICO MÉDICO

●História clínica;

● Exames complementares: ▪Cateterismo

▪Eletrocardiograma

▪Cintilografia de perfusão

▪Métodos bioquímicos como a determinação dos níveis de creatinase-MB e troponina).

INSUFICIENCIA AGUDO DO MIOCÁRDIO

Fatores que pode levar ao IAM:●Tabagismo,●Hipertensão arterial,●Colesterol alto,●Sobrepeso e obesidade,●Sedentarismo (indivíduo que não pratica atividades físicas),●Diabetes Mellitus (glicose aumentada no sangue).

TRATAMENTOS ODONTOLÓGICOS EM PACIENTE QUE TEVE IAM

●Tradicionais recomendam (6 meses após o infarto);

●Tempo necessário para ocorrer fibrose da área necrótica infartada e

desenvolvimento de circulação colateral para o miocárdio.

●Altos índices de reinfarto verificados quando da execução de

cirurgias ou anestesia geral ao longo deste período.

PRÉ-OPERATÓRIO

●A anamnese detalhada;

●O tempo decorrido do infarto;

●Presença de algum tipo de cardiopatia, seja prévia ou posterior ao

infarto, sintomas como dor

no peito, cansaço excessivo durante esforço físico, taquipnéia;

●Se tem presença e frequência de crises de angina pectoris e a frequência

de acompanhamento médico.

●Pacientes infartados apresentam uma ou mais complicações decorrentes

do infarto, (arritmias, distúrbios de condução e insuficiência cardíaca

congestiva as mais frequentes).

●A avaliação de pressão arterial e frequência cardíaca são

imprescindíveis já no primeiro atendimento.

● É comum em pacientes o uso crônico de Ácido Acetilsalisílico (AAS)

ou Varfarina . Alteram os mecanismos hemostáticos, retardando o processo

de coagulação e consequentemente aumentando sangramento.

●Tradicionalmente, descontinuação por 7 a 10 dias do AAS ou da

Varfarina por 2 a 3 dias.

●A literatura tem-se posicionado, recentemente, contrária à suspensão

destes medicamentos, uma vez que o risco de formação de trombos e

desenvolvimento de novo infarto ou AVC nestes pacientes, pode suplantar o

risco oferecido por uma possível hemorragia. A incidência de complicações

trombo-embólicas quando da interrupção do uso da Varfarina, foi três vezes

maior que as complicações decorrentes de sangramento durante cirurgias

odontológicas.

●A literatura tem definido que na maioria dos casos, o uso de métodos

hemostáticos locais são suficientes para o controle da hemorragia.

Entretanto a comprovação laboratorial a partir das provas de coagulação

são essenciais para que se possa adotar esta postura.

PRÉ-OPERATÓRIO

Métodos e materiais para hemostasia local.

Fonte: Adaptado de Carter et al.

PRÉ-OPEROTÓRIO

●O fator estresse ou ansiedade influenciam diretamente na instabilidade do

sistema cardiovascular( anestesia, exodontia, raspagem periodontal e a expectativa

pelo atendimento são apontadas como os principais geradores de estresse).

●A tranquilidade do paciente deve ser garantida desde o pré-operatório.

●Administração de Diazepam 5 ou 10mg na noite anterior ao procedimento assim

como 1 hora antes da cirurgia.

●O uso deste medicamento é particularmente vantajoso em pacientes com infarto do

miocárdio, uma vez que garante um efeito ansiolítico que se estende por várias horas

no pós-operatório.

●A sedação com Midazolan (Dormonid).

●Para garantir a vasodilatação das artérias coronárias durante o procedimento

odontológico, preconiza o uso profilático de nitroglicerina por via sublingual

(Dinitrato de Isossorbida - Isordil®, 5mg) 1 ou 2 minutos antes da cirurgia, o que

consequentemente diminui a possibilidade de isquemia cardíaca.

A prescrição deste medicamento depende de um comum acordo entre o cirurgião-

dentista e o médico do paciente.

PRÉ-OPERATÓRIO

TRANS-OPERATÓRIO

●Aferir sua pressão arterial e frequência cardíaca, (durante todo o trans-operatório);●Sessões curtas, a necessidade de exodontias múltiplas( divididas em várias sessões);●O uso de um oxímetro para medir a saturação de oxigênio das hemácias;●Anestesia deverá ser altamente eficaz e indolor. ●Aspiração negativa durante a aplicação da solução anestésica;● Uso de adrenalina 1:100.000 (respeitado o limite de 2 tubetes anestésicos por sessão);●Mepivacaína 2% com adrenalina 1:100000 em pacientes com doença cardíaca coronariana não resultou em risco adicional de isquemia, arritmia ou dor no peito. ●Uso de adrenalina, a literatura ressalta a contra-indicação deste vasoconstritor a pacientes que fazem uso de β-bloqueadores não seletivos ( propanolol, nadolol, timol, pindolol, alprenolol, e abetalol, oxiprenolol e sotalol);●Desencadear hipertensão grave com bradicardia reflexa. Esses efeitos não ocorrem com bloqueadores β-adrenérgicos seletivos (β1), como o atenolol e metoprolol.

TRANS-OPERATÓRIO●Uso de lidocaína 2% com adrenalina 1:100.000 e Prilocaína 3% com Felipressina respeitando a dose de dois tubetes por sessão e com aspiração prévia negativa durante a aplicação; Caso de complementação anestésica indica-se a mepivacaína 3% sem vasoconstritor; ●Se paciente queixar-se de dor toráxica, associado a sudorese, dispnéia e/ou taquicardia, deve-se imediatamente interromper o procedimento.● O paciente numa posição em que se sinta mais confortável ( semi-reclinada). ●Administrar um vasodilatador coronariano (Isordil® 5mg) sublingual juntamente com oxigênio. Se após 10 a 15 minutos ainda houver persistência de dor, deve ser repetido. Se a dor desaparecer deve-se encaminhar o paciente para avaliação médica. ●Caso os sintomas ainda persistam solicitar serviço médico de urgência. Os sinais vitais devem ser continuamente monitorados.

PÓS-OPERATÓRIO

● Observação durante os primeiros 30 minutos ou até que se perceba

sua recuperação física e emocional, sempre com monitoração dos sinais

vitais;

●Prescrever analgésico para evitar a possibilidade de dor pós-operatório e

anti-inflamatório, de acordo com a indicação do procedimento;

●Recomendações pós-operatórias devem detalhar todos os cuidados

necessários com a ferida cirúrgica como também o uso criterioso dos

medicamentos prescritos, com especial atenção para o controle da dor;

●Deve-se ainda enfatizar a necessidade de um repouso livre de estresse,

principalmente esforço físico;

INSUFICIENCIA AGUDO DO MIOCÁRDIO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Esteves, J. C. et al. Assistência cirúrgico-odontológica a pacientes com história de infarto do miocárdio. Porto Alegre, 2011. RGO - Rev Gaúcha Odontol. v.59, n.2, p.285-291, abr./jun.