família elapidae - esbouço

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Esbouço Apresentação família Elapidae.jCriação comercial de Micrurus sp.

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Apresentao do PowerPoint

capaFamlia ElapidaeA famlia Elapidae engloba mais de 231 espcies espcies, sendo encontradas em climas tropicais e subtropicais. Muito bem conhecidos na sia, frica, e particularmente diversificados na Austrlia, os elapdeos contm espcies famosas, como as najas asiticas e africanas, e as temidas mambas do continente africano. Nas Amricas, a famlia est representada pelas chamadas cobras corais, das quais, na fauna brasileira, so reconhecidas umas 25 a 30 espcies e subespcies, a maioria pertencendo ao gnero Micrurus.Gnero MicrurusNo gnero Micrurus h dois grandes grupos distintos, tanto pelo padro de distribuio dos anis pretos (em trades ou simples), quanto por algumas caractersticas morfolgicas, como a forma dos hemipnis (curtos e apenas bilobados nas de trades, longos e bifurcados nas de anis simples); o grupo de trades predomina nas reas mais povoadas do Brasil, onde apenas M. corallinus representa as espcies de anel simples, enquanto na Amaznia ambos os padres esto representados por diversas espcies.Micrurus sp.Serpente de hbito subterrneo (fossorial). Vive sob o solo, sob o folhio, em troncos em decomposio, entre razes e pedras. No agressiva, no d bote, oferece perigo somente quando manuseada. Sua presa de veneno fixa e pequena e localizada na parte anterior da boca, por isso morde ao invs de picar. Quando molestada esconde a cabea junto ao corpo, levanta e enrola a cauda, dando a impresso de tratar-se da cabea. Este um comportamento defensivo e usado por vrias espcies, justamente para que a Coral tenha uma chance de morder enquanto o oponente se distrai com a cauda mais elevada.

Dentio: Proterglifas. Neste tipo de dentio o dente inoculador localiza-se na parte anterior da mandbula. Seu mecanismo de mordida simples, a serpente morder ( no picar, visto que ela ter que se segurar na presa) e liberar a peonha por um canal semi-aberto que escorrer vindo da glndula de peonha at o dente inoculador penetrado na presa. So serpentes que tm dificuldade para morder uma pessoa, uma vez que sua boca pequena

Dentio ProterglifaCrnio de Micrurus sp.Dentio proterglifa Micrurus sp.

Coral Verdadeira?

If red touches black, you're okay Jack; if red touches yellow, you're a dead fellow

Vermelho com amarelo perto, fique esperto. Vermelho com preto ligado, pode ficar sossegado

ambos provrbios esto incorretos, j que alm de ambas as cores poderem pertencer a corais-verdadeiras, algumas corais-verdadeiras podem no possuir a cor vermelha.Coral Verdadeira X Falsa

Oxyrhopus guibei

Micrurus corallinus

Micrurus spixiiFalsas-corais no apresentam anis completos envolta do corpo. Existem excees como algumas falsas-corais (Erythrolamprus aesculapiie aAtractus latifrons) que apresentam anis completos e tambm corais-verdadeiras (Leptomicrurusspp. E Micrurus albicinctus) que no apresentam os anis caractersticos do padro coralino.

Rhinobothryum lentiginosumHbitos alimentaresIn situ a alimentao geralmente composta por pequenas serpentes e anfisbendeos.

ReproduoSo animais ovparos. As fmeas pem, geralmente, entre 2 e 10 ovos, em buracos no cho, formigueiro ou dentro de troncos em decomposio. Aps um perodo de aproximadamente dois meses de incubao, conforme as condies ambientais, nascem os filhotes, medindo em torno de 17 cm de comprimento.

Toxina A composio do veneno da Micrurus j relativamente conhecido sendo constitudo por Neurotoxinas (ex: PLA2e 3FTx) e Cardiotoxinas tendo na sua constituio diversas enzimas tais como Fosfodiasterases, Hialuronidase, Leucina amino peptidase, L-aminocido desidrogenase, Acetilcolinesterase, Fosfomonoesterase, L-aminocido oxidase. Este veneno tem, por isso, efeitos neurotxicos muito marcados sendo responsveis as suas neurotoxinas pelos sintomas mais caractersticos do envenenamento por Micrurus. Apesar de a principal caracterstica da aco deste veneno ser a neurotoxicidade tambm foram relatados casos de miotoxicidade e leses locais em alguns venenos de Micrurus.

O veneno desta cobra neurotxico, cardiotxico, miotxico, hemoltico, hemorrgico e edematognico.

SintomasLocais:parestesia na extremidade picadaSistmicos:Nuseas e vmitosDisfagia, dificuldade em engolir a salivaDisartriaPtose bipalpebral, flacidez dos msculos da faceOftalmoplegia, turvao visual, diplopia, midraseIncontinncia urinriaParalisia progressiva da musculatura esqueltica

Complicaes:A paralisia pode evoluir at falncia respiratria e morte, ao menos que a vtima receba ventilao artificial

Em ces, incluem depresso do sistema nervoso central (SNC), salivao intensa, vmitos, quadriplegia com sinais de neurnio motor inferior(NMI), hemoglobinria, hemlise, hipotenso, arritmia cardaca, paralisia bulbar com insuficincia respiratria resultando em morte. Pode ocorrer dificuldade de deglutio e mastigao e complicaes como pneumonia por aspirao. Em gatos, os sinais so quadriplegia flcida ascendente, depresso do SNC, hipotermia, sinais de NMI, hipotenso, anisocoria e nocicepo reduzida. Tratamento

Todo acidente elapdico deve ser considerado grave.

O nico tratamento eficaz a administrao endovenosa de soro antielapdico.

Veterinria: O tratamento para ces e gatos consiste em assegurar as vias areas, ventilar o paciente e garantir acesso venoso, j que no existe soro antielapdico veterinrio. Administrao de Soro Polivalente uso veterinrio. Soro antielapdico produzido no Brasil para uso humano apresentado na forma de ampolas, contendo 10 ml de soluo injetvel de um concentrado de imunoglobulinas especficas purificadas obtidas do plasma de eqinos imunizados com uma mistura de venenos de serpentes da espcie M. frontalis e M. corallinus. Cada 10 ml de antiveneno capaz de neutralizar 15mg de veneno de M. frontalis ( CARDOSO et al., 2003).O antiveneno produzido pelo Instituto Butantan e tem destino para o ministrio da sade, no estando disponvel para uso veterinrio (Instituto Butantan, 2007). Muito diferente do que ocorre com as espcies de mamferos e de aves, tradicionalmente criados tanto para pesquisa laboratorial quanto para produo de peles, carnes e outros subprodutos, as serpentes ainda no tm o status de animais de laboratrio ou de produo. Isso se deve, em parte, ao fato de terem sido consideradas tradicionalmente animais prejudiciais e foi a muito custo que se conseguiu evitar a sua matana, para que estas fossem levadas aos serpentrios e utilizadas como fornecedoras de veneno.

Anbal Rafael Melgarejo-Gimnez Criao comercial de serpentes do gnero Micrurus sp. para extrao de veneno

Legislao IN Ibama Anexo 169/2008, de 20.fev.2008

Em 8 de dezembro de 2011, foi publicada a Lei Complementar 140, que repassa ao estado as atribuies ora antes designadas ao IBAMA, e entre elas, o controle de implantao dos criatrios.

Atualmente, esta lei se encontra em processo de transferncia em alguns estados do pas. (Acre: IMAC)Hoje, para o registro do cadastro e regularizao do criatrio, necessria a obteno da Autorizao Prvia (AP), emitida aps o cadastro das espcies desejadas. Em seguida, deve ser elaborado um projeto tcnico por profissional competente, constando todas as informaes solicitadas pelas Instrues Normativas vigentes. Com a aprovao do projeto, ser emitida a Autorizao de Instalao (AI) E, aps a construo das instalaes embasadas pelo projeto tcnico, ser solicitada a vistoria ao criatrio. Quando aprovado, emitida ento a Autorizao de Manejo (AM), etapa final do registro, estando o criatrio apto a receber os animais ou realizar vendas.

O Ovo ou a Galinha?De onde vir os primeiros animais?

Estruturas recomendas: Internas: Sala de quarentena sala de triagem, local de recepo dos animais e daqueles que, porventura, estejam com algum problema ou que precisem estar em observao constante.

Laboratrio local destinado aos cuidados com as serpentes, pesquisas e aplicao de medicamentos.

Biotrio local destinado criao e manuteno de camundongos e ratos utilizados na alimentao das serpentes. Em biotrios, tambm so criados aves, insetos e outros rpteis que serviro de alimentos a outros animais.

SERPENTRIO SEMI-EXTENSIVOBaias ao ar livre que contm uma srie de instalaes, algumas em rea externa, cercadas com telas que impedem a passagem dos animais; piso gramado; grutas; uma parte ensolarada e outra com sombra. Tudo isso para imitar o seu habitat natural.

Vantagens: esto representadas pelos amplos espaos que permitem s cobras se movimentarem entre a fonte de gua, num extremo, e os abrigos, no outro, aproveitando ao mximo elementos naturais como banhos de sol, chuvas e ventos. possvel, assim, efetuar uma autotermorregulao, o que muito importante para as serpentes.

Desvantagens: esto relacionadas com o clima, que deve ser o mesmo ou muito semelhante com aquele nativo das serpentes a serem criadas. A necessidade de um grande terreno e o risco de canibalismo, fortalecido quando trata se de espcie Ofifaga como a Micrurus spp. SERPENTRIO INTENSIVOA maior parte dos serpentrios, entretanto, realizam manejo intensivo, pois devem criar um variado nmero de espcies, provenientes de diversos climas, em uma rea bastante reduzida. Vantagens: Esse tipo de serpentrio proporciona uma forma simples de manuteno, com facilidade para a vigilncia dos animais, em relao alimentao e reproduo, e para o controle dos fatores ambientais como temperatura e umidade.

Desvantagens: impossibilidade das serpentes realizarem termorregulao apropriada, o espao reduzido causa uma certa atrofia muscular por falta de exerccio, obesidade, A falta de contato com elementos naturais no permite um perfeito equilbrio fisiolgico das serpentes.

Quanto a segurana: deve-se realizar atividades de manuseio, quando estritamente necessrio, devidamente planejadas, com reserva de dias e horrios para a realizao das tarefas de maior risco, pois essas atividades exigem sempre extrema ateno e bons reflexos; deve-se promover o aprimoramento dos hbitos higinicos e indicar o uso de equipamentos de proteo individual, como luvas de borracha ou cirrgicas, mscaras e outros, uma vez que diversos agentes infecciosos e parasitrios podem ser transmitidos das serpentes ao homem, principalmente por meio das fezes; importante evitar o uso de relgios, pulseiras e outros elementos da indumentria pessoal que possam vir a se enganchar nas caixas ou prateleiras, aumentando o risco de acidentes; no se deve permitir a presena de estranhos no local, tendo em vista que representam elemento de distrao; levar sempre em conta o comportamento das serpentes, em especial a distncia que podem atingir no bote, que varia com os gneros e espcies, sendo cerca de 30% do comprimento corporal em Crotalus, cerca de 50% em Bothrops e superior a este percentual em Lachesis; para o caso de ocorrncia de acidentes, envolvendo ou no envenenamento, todos os membros da equipe devem saber como se conduzir de forma rpida e precisa. Isso inclui a suspenso imediata da atividade, a identificao do animal agressor e o encaminhamento urgente do acidentado ao centro de sade apropriado. Embora as portarias do IBAMA recomendem a posse de soros apropriados em caso de manuteno de espcies peonhentas nos criadouros, preferencialmente, os mesmos devem ser aplicados em centros hospitalares e sob superviso mdica, dada a ocorrncia de reaes adversas muitas vezes graves, que podem exigir a imediata interveno do profissional habilitado. Nunca devem ser realizados preventivamente testes de sensibilidade ao soro nos membros da equipe, j que os prprios testes podem sensibilizar e induzir reao alrgicaSistema de identificao individual: Recentemente, uma Instruo Normativa do IBAMA (02/2001) estabeleceu a obrigatoriedade de se identificar os animais em criadouros por sistema eletrnico, consistente na utilizao de microchips (transponders). Estes so implantados subcutaneamente, um pouco frente da fenda anal, em posio dorso lateral esquerda. Um leitor especial permite identificar, a cerca de 30 cm, o cdigo do transponder, que, aplicado corretamente, bem tolerado e no produz inflamao nem sofre migraes dentro do corpo do animal. Tal sistema muito prtico e aparentemente infalvel. Internacionalmente provado, talvez tenha um nico inconveniente: o custo elevado.

Perspectiva de mercado:O veneno extrado pode ser utilizado para a produo de soro antiofdico, contra picadas de cobras, ou veneno cristalizado, usado na produo de medicamentos.Uma serpente dificilmente produz mais que 100mg de veneno por ms. Para a produo de um grama do produto cristalizado, so necessrias, aproximadamente, 30 serpentes

Os principais compradores so universidades, laboratrios de pesquisa e indstrias farmacuticas, que utilizam o produto paraconfecode medicamentos. O veneno precisa ser vendido com nota fiscal e com certificao de qualidade, obtida por meio da anlise no veneno, que pode ser feita em convnio com universidades e laboratrios terceirizados.

O valor do veneno das cobras brasileiras pode ser at 22 vezes mais alto que o do ouro, no mercado internacional. Um grama da peonha do urutu, por exemplo, chega a custar U$$ 1,2 mil. O da cascavel, pode valer at U$$ 350. As substncias contidas no veneno da surucucu atingem U$$ 4 mil. A criao de serpentes permite, tambm, a exportao e o abate, com intuitocomercializar carnee couro*.

O maior desafio: Concorrer com o trafico. Segundo o coordenador da Renctas, Dener Giovanini, 60% dos animais capturados so comercializados no mercado interno e 40% vo para o exterior. As espcies traficadas vo para quatro tipos de destinatrios: colecionadores particulares, indstrias qumicas e farmacuticas, artesos e pet shops. Os colecionadores pagam muito. Quanto mais raros os animais, mais caro custam: as ararinhas azuis de lear chegam a valer US$ 60 mil, a cobra coral alcana US$ 31 mil, a aranha marrom US$ 24.570, o escorpio amarelo US$ 14.890 e um filhote de jibia oscila entre US$ 800 e US$ 1 mil.Ento, isso...

Um beijo pra vocs! Referencias: Animais de Laboratrio: Criao e experimentao, Rio de Janeiro, Fiocruz, 2002, pag

Instruo Normativa Ibama 31/02, de 31.dez. 2002 Fl. 1 de 1, Dirio Oficial de 06.jan.2003, seo I, pg. 70.

Instruo Normativa Ibama Anexo 169/2008, de 20.fev.2008, DOU de 21-2008, Seo 1, pgs. 57 a 59.

http://www.cpt.com.br/cursos-animais-silvestres/criacao-de-serpentes-para-producao-de-veneno

http://www.renctas.org.br/cruel-trafico-de-animais-silvestres-ligia-meira-martoni/