falam que o tempo apaga tudo. - colégio montessori santa ... · giovanna era uma garota comum, com...
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Tempo não apaga,
...uma homenagem a Rachel de Queiroz!XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
Santa Terezinha
RIOSSETNOM
OIGÉL
OC
tempo adormece.Falam que o tempo apaga tudo.
RACHEL DE QUEIROZ
2019
APRESENTAÇÃO
Queridos alunos, sei que farão bom uso desta que é uma das dádivas com que fomos
abençoados: a capacidade de eternizar nossos pensamentos através de registros.
Palavra é sentimento.
Somos palavras...
Sinto muito orgulho de nossa equipe de professores da área de Linguagens, Códigos
e suas Tecnologias pelo incentivo dado aos nossos alunos, levando-os a refletir sobre o
fascinante mundo das palavras, pois é por meio delas que fluem nossos pensamentos e
nos expressamos para o mundo.
Eis aqui o resultado de um trabalho da parceria educador-educando: uma obra
representativa do talento, dedicação e criatividade.
Estamos em uma época em que a rapidez da informação e da comunicação
instantânea é incontestável e isso domina a rotina de nossos jovens.
NEUZA MARIA SCATTOLINIMantenedora e Diretora
SUMÁRIO
XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
RAQUEL DE QUEIROZ
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Crianças Peraltas - ANA MARIA DELLA BARBA
O Buraco na Parede - NINA MILIAUSKAS BOZIC
Tuca - BEATRIZ MONTEIRO RODRIGUES DOS SANTOS
Tuca, a Cachorra que fala - FERNANDA MOROTA KURIBARA
Tuca, a Cadela - CAROLINA SILVA DE OLIVEIRA
Ajuda Animal - TIAGO AKIHIRO FUJITA
Viagem - HELENA DE OLIVEIRA MELGES
O mais Corajoso, Will Work - GIOVANNA NAZÁRIO CRUZ E EVELYN PEDRO FONTES
As Crianças e seus Animais - ENRICO TELES BACCIN
Sophia por Sophia - SOPHIA CLAUDINO VIEIRA
Antony por Antony - ANTONY FERFOGLIA BATISTA SIMÕES
Minha Infância no Balé - MILENA FISCHER DE CARVALHO
Sarah por Sarah - SARAH OLIVA BARGA
Maratona Escolar - FRANCISCO COSTA E SILVA
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Sonho de Borboletas - ALEXANDRE ITO KAWAGUCHI
O Último Trabalho - HENRIQUE SANTOS MARTINES
A “Turtle Apple” - CATARINA BOSCO TAVARES
O 12° Trabalho de Hércules - CATHERINE DE FARIA VIEIRA
Os Espíritos da Floresta - ISABELLA MATOS XAVIER LIMA
30 Uma Viagem Inesperada - MARIA LUIZA PERESTRELO MENDES
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A Espada de Ramil - HENRIQUE ETTINGER CORES
XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
RAQUEL DE QUEIROZ
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O Mistério - ALICE SANTOS BULHÕES
A Luz de Park - CATHARINA GONÇALVES ALEXANDRE SIMÕES FERREIRA
Ler é Mágico - DAN IUTAKA
O Mistério da Senhora da Biblioteca - LUCAS CASTRO ORBITE
O Amor... - AMANDA MARIANO DA COSTA PESSOA
Um Dia Cheio de Emoções - LUNNA DOS SANTOS MANO
O Dedo Misterioso - LUCAS NAGAMINE
Água... - AMIRA NASCIF DE OLIVEIRA
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Criança no Celular, Perigo Não Vai Faltar - THALES KENJI O. BASTOS
Enfrentando Barreiras - BEATRIZ NAOMI AOKI NISHIDA
Igual, mas Diferente - RICARDO JUN HAYACI
Significado do Amor - LUCAS TAIKI FUJITA
Criativo - LAURA FUNASHINA HAYASIDA
Eu Só Queria, É Saber! - CAMILA RIBERIO AFONSO
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A Persistência da violência contra a mulher - FERNANDA GIDALI
Adoção no Brasil - GIOVANNA DE SOUZA LEITE
O país do futebol - LAURA YONE DE ALMEIDA BIASSIO
Valorização da População Indígena no Brasil - MATEUS MACHADO SOARES GONÇALVES
Descaso aos Desaparecidos - VIVIAN NEGRINI PORTES DE ALMEIDA
A Valorização da Cultura Indígena - OLIVIA GUIMARÃES MATTOS ESPINDOLA
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Ensino Médio2sériea
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O Direito Indígena - FERNANDA PETEAN FERREIRA
Apropriação Cultural - BRUNA TROMBOTTO
Valorização da População Indígena - GUILHERME POLICENO CONSENTINO
Indígena: Herói ou Vilão? - ALINE CRISTINA DE SOUZA GARCIA
Adoção no Brasil - IZABELA HIROMI KAGUE
Desvalorização Indígena - SUZANA MELLO TAKETA
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Valorização da População Indígena - BEATRIZ CARVALHO REIS
As Complicações no Processo de Adoção - AMANDA DE LIMA STRICAGNOLO
Valorização da População Indígena - KARINA YURI VALENTE WATANABE
Um Pouco de Cultura faz bem para a Saúde - ANDRÉ ZAIMA
Arte em Chamas - VITORIA ARANHA DE MEDEIROS
Alienação através das Mídias - LAURA SANTOS RIVERA
O Tóxico Consumismo Jovial - MARIA EDUARDA SALLES TREVIZANI
A História que a História Não Conta - CARLOS AKIO YONAMINE
Identidade Cultural Brasileira - TIFFANY RAMIREZ RUIZ
Desenhado Acontecimentos, ou Não Acontecimentos - RODRIGO VOLPE BATTISTIN
Sociedade de Consumo - DANIELA PEDRO FONTES
XIV PRÊMIOJovem Escritor
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Antony
Beatriz
Enrico
Fernanda
Evelyn
Giovanna
Helena
Milena
Ana Maria
Carolina
Francisco
Nina
Sarah
Thiago
Sophia
Professora Maria Inez Ferreira de Jesus
Fundamental6anosos
A própria história, a história dos amigos de classe, momentos de transição, as
novas responsabilidades, os heróis que parecem resolver todos os problemas, os
seus sonhos e as pequenas nuances da natureza... quanta imaginação têm esses
meninos e meninas com asas imensas, alçando voos que prometem ser
emocionantes, já que são abastecidos pelo inesgotável combustível dos sonhos!
A seguir vocês poderão saborear as mais bonitas histórias de nossos alunos e
alunas do 6º ano desta edição anual do Prêmio Jovem Escritor.
Heróis verdadeiros, heróis fictícios... ser um herói não é nada fácil,
mas e inventar um herói? Um herói com características escolhidas por nós,
inserido nos problemas que existem hoje no mundo, como a poluição, a violência nas
grandes cidades, a fuga dos refugiados, os políticos desonestos... Criados em
lugares comuns a todos nós!
Nossos alunos, mesmo estando apenas no 6º ano, demonstram já saber o que
querem para o seu próprio futuro e o da humanidade, sem esquecer o que são e
valorizando a sua origem, o seu passado tão recente, a sua pequena história e o que
sonham para um futuro brilhante, que se inicia neste princípio de adolescência,
valorizando a natureza e tudo o que nos cerca. Esses são os nossos alunos que ainda,
há bem pouco tempo, “estavam na barriga da mamãe” e hoje já fazem parte da “turma
do Fundamental II”, como eles mesmos se orgulham em dizer.
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Nem deu tempo de pensar e responder, ele virou o bote de costas e a água agitada
foi nos engolindo.
No meio do caminho, a surpresa chegou: uma descida cheia de pedras e águas
muito agitadas. Nosso monitor, bem experiente no assunto, perguntou-nos:
Ao entrarmos no bote, o monitor deu várias instruções de segurança, por causa
das corredeiras que são muito fortes, caso nós virássemos, mas a única coisa que
conseguimos fazer foi gritar.
Olá, eu sou a Ana Maria e hoje vou contar uma história fantástica. Na escola onde
eu estudo há um passeio anual, muito esperado por muitos, quando os alunos vão
para o acampamento Peraltas, um hotel fazenda, em Brotas, interior de São Paulo.
Entretanto, nesse ano, iríamos participar de uma atividade a mais: o “Floating”, que é
um esporte, onde seguimos um trajeto de um rio, remando num bote inflável, em um
rio repleto de corredeiras.
Já no acampamento, eu e mais cinco amigos ficamos em um grupo sorteado, e
acabamos nos conhecendo melhor. Nomeamos o grupo de “Mongoloides”, pois não
parávamos de rir. Quando chegou o esperado dia, fomos juntos em um bote e foi
incrível.
Ana Maria Della Barba
A melhor parte foi quando estávamos passando por uma área onde havia umas
árvores, cujas copas ficavam muito perto de nós, fazendo com que as teias de aranha
dessas árvores nos atingissem, mas não contávamos que a aranha daquela teia
caísse em nosso bote. A aranha era grande, o que fez com que nós todas fôssemos
para a frente do bote, tentando fugir dela, mas ali também havia duas libélulas
gigantes se reproduzindo naquela mesma teia e eu morro de medo de libélulas!
- Meninas, vamos nessa de costas?
O fato mais engraçado foi que o nosso grito de guerra era levantar
os remos e gritarmos “Mongoloides”, porém, na hora de abaixar o
remo, não ficou uma cabeça ilesa.
CRIANÇAS PERALTAS
Não sabíamos se era para rir ou para chorar... O monitor, no meio daquela
algazarra toda, tirou a aranha e espantou o casal de libélulas.
Essa foi uma das melhores experiências da minha vida. Foi
muito divertido, aproveitei demais com os meus amigos...
espero viver isso novamente um dia.
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O BURACO NA PAREDENina Miliauskas Bozic
Certa noite, ela notou que o bichinho estava inquieto e foi ver o que aconteceu e,
para a sua surpresa, Sansão fugiu quando ela se aproximou. A menina, curiosa, foi
atrás dele, seguindo-o até uma parede, onde ela pensou ser o final da linha para
Sansão, mas ela se enganou.
Giovanna era uma garota comum, com cabelos ruivos e a pele clara. Estava
sempre acompanhada de Sansão, seu coelho de estimação e seu melhor amigo, a
quem ela amava muito.
Quando Giovanna chegou mais perto de seu amiguinho, a parede abriu uma
brecha e Sansão fugiu por ela. Bem na sua frente, diante de seus espantados olhos.
Encantada, Giovanna não acreditava no que via. O lugar era mágico. Curiosa como
era, a menina decidiu subir aquela escada e ver o que tinha no topo. Parecia ser uma
subida longa e cansativa, mas parecia menor conforme se subia. Era como um sonho.
Sem saber o que fazer, Giovanna decidiu entrar também por aquela brecha na
parede e procurar por Sansão. Ela sabia que seria difícil, mas uniu forças e conseguiu
fazê-lo.
Como você imaginaria ser um buraco na parede? Provavelmente escuro, sujo e
apertado? Giovanna pensava o mesmo e, por isso surpreendeu-se ao ver que estava
em uma linda clareira, rodeada por lindas árvores. Havia também uma bonita escada
que levava aos céus, sem nenhum vestígio da parede de sua casa.
- O que quer com o meu coelho? – Gritou Giovanna.
- Com ele, nada. Preciso deste amor que você sente pelo seu coelho. Isso me
alimenta... obrigado por ajudar um homem como eu...
Depois de subir, ela chegou em um lindo castelo e é claro que ela entrou no
castelo. O seu interior era belíssimo, mas o que lhe chamou mais a atenção foi um
grande homem que segurava Sansão. Quase que por impulso, ela correu e tirou o
amigo das mãos daquele homem.
Assustada com esse comentário, Giovanna desceu escada
abaixo, que parecia ser infinita. Abraçada ao seu mascote,
ela chorava, desesperada. Como poderia voltar para casa?
- Sou o rei deste lugar, mas quando ficar mais forte, poderei
me tornar o rei do seu planeta azul.
- Quem é você? O que quer comigo? – Quis saber Giovanna agora comovida com a
carência daquele homem, aparentemente tão forte.
Chegar à clareira era o seu único objetivo naquele
momento. Seguia firme, sem parar de descer a imensa
escadaria, arfava, mas isso não a impedia de continuar.
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Certa tarde, estava só em casa, quando eu ouvi o barulho de um copo se
quebrando na cozinha. Ao correr para lá, deparei-me com uma cachorrinha de não
mais de vinte centímetros, um Jack Russel, que me disse:
Agora que você já tem uma ideia do meu amor por cachorros, vou contar sobre o
problema que me impede de ter um só para mim: minha mãe! Ela nunca deixou eu ter
um cachorro, não sei o porquê. Eu falava a ela que eu cuidaria dele, brincaria com ele,
faria carinho, daria comida e água, o ensinaria a fazer as suas necessidades no lugar
certo, o levaria para passear... enfim, não entendo!
TUCABeatriz Monteiro Rodrigues dos Santos
- Meu nome é Tuca. Fui pegar água gelada, mas o copo escorregou da minha mão...
Eu não acreditei. Se já não bastasse ser uma cachorra, ela falava! Demais! Sempre
quis ter um cachorro, fosse macho ou fêmea. Só tinha um probleminha, na verdade,
um problemão. Qual?
Bom, antes de falar, vou contar sobre o meu amor por cachorros. Sou apaixonada!
Minha melhor amiga tem um cachorrinho, o Bolota, desde quando éramos
pequenininhas. Eu estava na casa dela no dia em que o Bolota chegou. Aqueles
olhinhos me observando, a coisa mais fofa do mundo! Ele me lambeu e me dava
vontade de esmagá-lo! E, quando corria feliz pela casa, ele me conquistava cada vez
mais. Desde então, passei a querer um cachorrinho para mim.
Duas semanas depois...
Outra coisa, essa cachorra que estava ali na minha cozinha e que se chamava Tuca
seria o par perfeito para fazer companhia ao Bolota, o cachorro da minha amiga.
Bolota e Tuca, o casal perfeito! Tenho que convencer a minha mãe para ficarmos com
a Tuca!
- Oi! Aqui é a Tuca! Lembram-se de mim? Vim aqui falar que me
adotaram sim e eu estou adorando esta nova família! O pouco
tempo em que estou morando com eles, já conheci o Bolota e,
acreditem, estamos nos dando muito bem! Acho que tenho
chances com ele! Quem sabe? Até a próxima!
Então, caiu de cansaço. Chorou de medo, desespero e exaustão. Chorou muito e
se rendeu. Tudo aquilo que ela estava vivendo parecia ser um grande pesadelo, mas
de fato era... ela acordou, ao lado de Sansão, que ainda dormia... será que fora tudo um
sonho mesmo?
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E a cachorra olhou-me, decepcionada.
- É verdade!
- Ah, tá?! Você acha mesmo que eu vou conseguir pegar? Nem consigo pegar para
mim mesma...
- Eu vim de outro planeta para cuidar de meus irmãos. Estávamos indo a Júpiter,
mas me perdi deles.
Fernanda Morota Kuribara
Eu me assustei.
- Entendi... vamos procurar por seus irmãos então?!
Certa tarde, estava só em casa, quando eu ouvi o barulho de um copo se
quebrando na cozinha. Ao correr para lá, deparei-me com uma cachorrinha de não
mais de vinte centímetros, um Jack Russel, que me disse:
Tuca, muito animada, disse:
- Tá... você é uma cachorra que fala? Você veio de onde?
- Êbaaa!!
TUCA, A CACHORRA QUE FALA
Então eu me levantei e peguei eu mesmo o copo com água.
- Quê?! Espera aí! Ah? Tá... espera, você é uma cachorra que fala? Meu Deus!
Melhor eu me sentar! Você pode pegar um copo de água para mim?
- Meu nome é Tuca. Fui pegar água gelada, mas o copo escorregou da minha mão...
- Onde vocês estavam? Estava preocupada!
- Ei, amiga, terei de partir agora! Não fique triste, tá?
Então ela veio até mim e falou:
Então eu desenhei alguns cartazes e os espalhamos pela vizinhança.
- Se eles estão arrumando a nave, já sei onde eles podem estar: atrás daquela
casa abandonada, onde nós pousamos...
Nós nos abraçamos e Tuca e seus amigos partiram, numa
velocidade que logo chegariam a Júpiter.
E eu fiquei aqui, com saudades... será que eles voltarão
um dia?
Algum tempo depois, começaram a ligar para mim, dizendo que tinham visto “os
irmãos” consertando uma espécie de nave... então Tuca falou:
- Então o que estamos esperando? Vamos!
- Estávamos consertando a nossa nave! Temos de partir logo!
Nós fomos correndo até a tal casa, que ficava no final da rua e lá nós os achamos,
então Tuca falou:
E, por incrível que pareça, eles responderam:
- É verdade! – Concordou Tuca.
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TUCA, A CADELACarolina Silva de Oliveira
Certa tarde, estava só em casa, quando eu ouvi o barulho de um copo se
quebrando na cozinha. Ao correr para lá, deparei-me com uma cachorrinha de não
mais de vinte centímetros, um Jack Russel, que me disse:
Na hora em que eu vi aquela cadelinha fofinha, mas... falante ao mesmo tempo, e
um copo quebrado no chão da cozinha, eu quase desmaiei... e ela continuou falando:
- Meu nome é Tuca. Fui pegar água gelada, mas o copo escorregou da minha mão...
- Mil desculpas! Eu só estava com sede! Mil desculpas!
- Não, não, não precisa se preocupar, mas... de onde você veio? – Perguntei a Tuca.
- Ah! Eu vim... eu vim... eu... não me lembro de onde eu vim! – Disse a cadelinha.
Com isso eu fui ficando mais calma, tentando ajudá-la a se lembrar de onde viera.
- Você não se lembra de nada? Por exemplo... uma pílula falante que lhe deram,
como a Emília, do Monteiro Lobato? Ou uma poção mágica... alguma coisa do tipo? –
Sugeri a ela.
Nesse exato momento, minha mãe apareceu atrás de mim e só não desmaiou
porque eu expliquei tudo para ela.
- Então tá...mas quem vai cuidar dela será você! – Ordenou
minha mãe.
- Ok, prometo!
- Espera! Estou me lembrando... acho que... já sei! Deram-me uma pílula falante,
mas não sei o porquê! – Explicou Tuca.
Ficamos com a Tuca e cuidamos muito bem dela e, a partir
daquele dia, ela passou a fazer parte da nossa família.
- Eu sei disso, mãe! Pode deixar! – Respondi a minha mãe.
- E a partir de agora, você vai ficar morando aqui comigo, Tuca! Mas vai ser
escondido porque a minha mãe não gosta de cachorros, ok? – Expliquei a ela, já
pegando um outro copo com água para a pobre coitada.
Expliquei toda a história a ela que, enfim, depois de se recuperar do susto, quase
não deixou a pobre Tuca ficar conosco.
- Bom, isso não importa! O mais importante agora é que... primeiro que você não
deve sair por aí quebrando copos! Até porque você não deve ter mãe! - Disse a ela.
- Fi... fi... fi...lha, o que é isso? – Minha mãe estava passada de tão assustada que
estava.
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XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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Em um belo dia, sua mãe decidiu levá-lo em uma consulta com psicólogo para ver
se o garoto não tinha um problema mais sério porque as suas ações eram estranhas,
então a mãe avisou ao filho sobre a consulta. Os dois tomaram banho, se arrumaram
e foram para a consulta.
Tiago Akihiro Fujita
Quando o médico começou a fazer alguns testes com o paciente, percebeu que se
tratava de um caso especial, então o médico falou para a mãe:
- O seu filho não tem nenhum tipo de problema, mas acho que ele precisa de um
companheiro, pois sente-se muito sozinho!
Era uma vez um menino que era muito sozinho, triste, não tinha amigo e quase
ninguém gostava dele porque ele era muito estranho e não fazia parte do grupo de
crianças populares.
Ouvindo isso, a mãe pensou que ela precisava fazer uma coisa que o deixasse
feliz. Então, ela pediu que o filho esperasse por ela na recepção e, estando sozinha
com o médico, ela pediu algumas sugestões para ele e ele respondeu:
AJUDA ANIMAL
O menino cresceu, trabalhou e estudou muito firmemente e,
sempre com o seu amigo Pepeu ao lado, conseguiu conquistar o
seu sonho, mas este não é o final da história, pois ela está
apenas começando... e ainda ouviremos falar muito desse novo
astro!
Ela o agradeceu e voltou para casa com o filho.
- Pode ser um animal de estimação ou a prática de um esporte.
Dias depois ela saiu para tentar adotar um animalzinho, primeira ela tentou um
cachorro grande, peludo e bonzinho, mesmo com todas essas características, ele
disse que não o queria. Depois tentou um gato pequeno, cinza e alegre, mas
novamente ele disse que não.
Tempos depois, algumas outras tentativas e muitas recusas, a mãe encontrou um
papagaio de quem o menino gostou finalmente. Eles adotaram o papagaio que
passou a se chamar Pepeu. Depois disso sua vida mudou drasticamente, começou a
ser mais ativo, mais alegre, menos ansioso e, o principal: passou a ter amigos, mas ele
queria deixar a sua mãe orgulhosa, e lhe disse que um dia ele seria um grande astro de
Hollywood, mas ninguém acreditava nele e alguns até riam dessa sua promessa.U
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Não demorou muito para Daniella chamar um monitor para levar Laís para
brincar. Ao chegar no lugar onde estavam acontecendo as brincadeiras, Laís se
deparou com uma menina isolada, como Laís tinha um ótimo coração, ela sentou-se
ao seu lado e perguntou-lhe o que acontecera para ela estar triste daquele jeito.
Sua mãe, Daniella, estava cansada de ver a filha sozinha, então decidiu tomar
algumas providências, levando a filha para viajar, para um acampamento para
famílias. Laís não gostou daquela ideia, pois sabia que a intenção da mãe com aquela
atitude era enturmá-la com as outras crianças do acampamento.
Helena de Oliveira Melges
Laís é uma menina muito isolada. Na escola, ela toma o seu lanche sozinha e nunca
interage com os colegas de classe.
Por conta disso, rejeitou o convite da mãe, mas Daniella nem se importou, pois o
que ela mais queria era ver a filha brincar com alguns novos amigos.
A VIAGEM
Com aquela atitude, Lorena começou a se enturmar e as duas brincaram de
corrida de saco e, nesse momento, Daniella e a mãe de Lorena, a Cibele, chegaram e
ambas ficaram emocionadas ao verem as filhas brincando como crianças felizes.
Depois de alguns dias, elas foram viajar. A menina ficou a viagem toda
reclamando, mas quando elas chegaram, a garota parou por um instante de reclamar,
pois ela adorou a beleza do local.
A menina sentiu-se à vontade com a Laís, pois percebeu que ela, de fato, queria
ajudá-la. Depois de se conhecerem, Lorena contou à Laís que tinha dificuldades em
se enturmar. Laís já ia falar que sofria com a mesma insegurança, mas percebeu que
se falasse aquilo, não iria ajudar, então ela falou que não tinha aquele problema e,
para provar o que dizia a ela, ela pegou nas mãos da garota e a levou para o lugar onde
outras crianças brincavam, então elas começaram a brincar.
Laís e Lorena, além de suas mães, ficaram amigas e sempre mantiveram contato,
viajando juntas sempre que possível.Colégio M
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Em uma grande cidade morava um super herói chamado Will Work. Ele era
conhecido por todos como o herói que ajudava todas as pessoas que ficavam em
perigo.
Um certo dia, quando sobrevoava a cidade, ele avistou muitas pessoas chorando
e outras desesperadas. Will Work sempre defendia a sociedade de todos os males e
resolveu, então, abordar uma senhora e perguntar-lhe o que estava acontecendo. A
senhora, de cabelos grisalhos e com os olhos avermelhados, levantou-se do banco de
praça no qual estava sentada e lhe disse:
Will Work, consolando-a, resolveu perguntar:
- Todas as vacinas do Posto de Saúde desse bairro sumiram e o risco de ficarmos
doentes é muito grande!
- As vacinas sumiram há poucas horas! – Disse a senhora, suplicando por ajuda.
Will, com toda a sua esperteza, logo imaginou o que poderia estar acontecendo e
que aquela maldade toda só poderia ter sido praticada pelo ser mais maldoso de
todos e que só prejudicava as pessoas: o terrível Dark.
O nosso herói, sem perder tempo, foi ao encontro de Dark, que vivia em sua
caverna e, chegando lá, foi surpreendido por seus guardas que não o deixaram entrar.
Giovanna Nazário Cruz e Evelyn Pedro Fontes
O MAIS CORAJOSO, WILL WORK
Will Work possui muitos poderes, entre eles, a invisibilidade.
Isso mesmo! Ele ficou invisível e, com isso, conseguiu finalmente entrar na
caverna, que era um local grande e escuro, além de ter muitos morcegos.
Will, ao encontrar Dark, notou que ele gargalhava e mostrava-se feliz diante de
sua maldade. As vacinas de quase toda a cidade estavam diante dele.
- Quando isso aconteceu, senhora?
Dark, ao perceber a presença de Will, se desesperou e começou a gritar:
Will revidou:
- Não! Elas pertencem aos cidadãos de bem da cidade e não a
você!
- O que você está fazendo aqui?
- Vim buscar as centenas de vacinas que você roubou dos Postos de Saúde!
Will rapidamente disse:
Em seguida, o herói Will conseguiu, com muita agilidade,
imobilizar, com seus poderes, o terrível Dark e seus guardas,
conseguindo levar todas as vacinas para o Posto de Saúde,
lugar de onde nunca deveriam ter saído. A polícia logo
chegou e prendeu os criminosos, livrando a cidade daquele
mal.
- Elas agora são minhas! – Gritou Dark.
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Sendo assim, a população da cidade resolveu realizar uma festa em
agradecimento e esta festa foi linda e muito divertida para o merecedor herói.
Os cidadãos da cidade ficaram felizes, aplaudiram Will Work por mais aquela
vitória sobre o mal.
Em um certo dia, Enrico e o seu cachorro de estimação chamado Mortadela,
foram chamar seus amigos Guilherme e Vitor, pois Enrico gostava muito deles, que
são muito legais.
Enrico saiu de sua casa e foi chamar primeiro o seu amigo Guilherme. Quando
chegou na casa de Guilherme, bateu na porta e o chamou para brincar. Guilherme
aceitou, mas convidou o Enrico para entrar em sua casa primeiro e ele aceitou.
AS CRIANÇAS E SEUS ANIMAISEnrico Teles Baccin
Guilherme e Enrico foram chamar um outro amigo, o Vitor. Ao chegarem à casa de
Vitor, chamaram-no para brincar, mas antes Vitor teve de alimentar o seu peixinho.
Depois disso, os meninos foram brincar em um campinho de futebol que fica ali
perto.
Enquanto isso eles observavam a Bia, que parecia ser uma menina solitária, pois
não tinham amigos e isso a deixava triste. Vitor sugeriu que eles deveriam conversar
com a garota, mas como se aproximar dela?
Os meninos foram até suas casas, pegaram doces e biscoitos
e os levaram para ela. Ao chegarem lá, eles entregaram todos
aqueles doces e biscoitos para ela, que adorou, claro. A amizade
entre eles começou a nascer a partir daí. Beatriz passou a ser
uma menina feliz, pois agora tinha amigos e nunca mais
brigou com ninguém.
Ao chegarem lá, bateram uma bolinha, mas havia uma menina bem rabugenta que
morava ao lado do campinho. A menina, chamada Bia, começou a implicar com os
meninos, falando que se eles não saíssem do campinho, ela mandaria a sua gata
correr atrás deles. Para evitar confusões maiores, eles saíram do campinho e
começaram a conversar entre si.
Eles começaram a bater um papo e, depois de alguns minutos, os dois saíram da
casa do Guilherme, acompanhados do animal de estimação de Guilherme, um
papagaio que se chamava Pepeu. Pepeu era muito bonito porque ele era verde com
manchas vermelhas e azuis nas asas.
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Esse sou eu, um garoto de muita sorte!
Meu pai é um cara muito correto, faz tudo por nossa família, já a minha mãe é uma
querida, que também não mede esforços para fazer tudo de melhor para mim e para
meus irmãos.
Meu nome é Antony, tenho tido uma infância tranquila e sou cercado de amigos
legais. Eu gosto muito de esportes, de vídeo games e de estudar. Minha matéria
favorita é História e eu gosto de brincar de futebol e de montanhas russas. A minha
família é muito unida e tranquila.
ANTONY POR ANTONYAntony Ferfoglia Batista Simões
Somos uma família simples, amamos os animais e a natureza.
Com uma família cheia de saúde e feliz, posso dizer que a minha
infância é muito linda!
Um dia eles fugiram e achamos que eles comeram alguma coisa na rua, como um
rato, pois na manhã seguinte o Neguinho amanheceu morto, depois foi o Bolota e o
Snoopy e, em seguida, o Favela e a Comparsa da Encrenca. Foi horrível.
Eu fiquei muito triste neste dia, mas aprendi que temos que valorizar tudo o que
temos e que sempre que tivermos a oportunidade de dizer “Eu te amo” para alguém,
devemos fazê-lo, pois a qualquer momento ela pode ir embora.
Oi, meu nome é Sophia e hoje eu vou contar como está sendo a minha infância. Eu
tenho uma cadela chamada Mel, ela adorava fugir de casa para andar na rua,
geralmente ela voltava depois de uns dias, porém, dessa vez, ela voltou com algo a
mais: a Mel voltou com dez filhotinhos.
Amava todos eles, mas desde o nascimento, o meu preferido era o Neguinho. Eu
adorava brincar com ele! Ele era muito preguiçoso e sempre lambia o meu rosto, não
só ele, mas todos da matilha de filhotinhos.
SOPHIA POR SOPHIASophia Claudino Vieira
E, apesar de passar por toda essa tristeza, eu continuo a ser uma pessoa feliz.
Bom, conseguimos doar cinco deles, e os outros ficaram em casa. Eu passei a
gostar tanto deles que até dei nome a eles: o Bolota, a Comparsa da Encrenca, o
Favela, o Snoopy e o Neguinho.
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MINHA INFÂNCIA NO BALÉMilena Fischer de Carvalho
Uma história especial que aconteceu comigo foi quando eu tinha uns 4 anos e eu
fiz minha primeira apresentação de balé. Meu coração batia acelerado, eu respirei
fundo e entrei no palco para a apresentação. Meus pais estavam na primeira fila... ai
que medo!
Eu dançava um pouquinho e dava um “tchauzinho” para eles, e isso ficava se
repetindo por várias e várias vezes...
Essa história, realmente, eu não queria que acabasse nunca! Eu adorei aquela
apresentação, de verdade!
A infância foi a melhor fase da minha vida até hoje...
Meu pai estava gravando tudo e hoje, com 11 anos, fui assistir a essa
apresentação, que foi muito engraçada. A primeira coreografia eu sabia, mas a
segunda eu ficava só “colando” das minhas amigas que estavam no palco comigo.
O pior de tudo foi a minha cara, pois eu dançava me achando... como se fosse a
própria Ana Botafogo, a maior bailarina do país de todos os tempos. Eu era pequena,
não sabia que existiam pessoas melhores que eu no balé.
SARAH POR SARAHSarah Oliva Barga
Olá, meu nome é Sarah e hoje eu vou contar sobre o dia mais feliz da minha vida!
Passaram-se os nove meses e, depois disso, finalmente o dia tão esperado
estava chegando. O nome da minha irmã é Alice, nome bonito porque fui eu quem o
escolhi. Eu me lembro que eu faltei na escola neste dia para participar da chegada da
minha irmã e ver a minha mãe dar à luz. Esperamos muito, mas o dia acabou e nada!
Eu tinha 5 anos quando descobri que teria uma irmã, foi no dia 14 de agosto de
2012, depois fiquei perturbando a minha mãe para que ela me deixasse vê-la nascer.
Sem dúvida alguma, esse foi o dia mais feliz da minha vida!
Não foi o dia em que eu descobri que eu teria uma irmã, mas foi
o dia que ela nasceu, porque eu descobri que ela era uma
menina saudável e cheia de alegria, que mudou a vida da
nossa família!
Finalmente, no dia seguinte, dia 29 de abril de 2013, aproximadamente às 6h20m,
minha irmã chegou ao mundo. Ela nasceu em casa, por opção de
meus pais, e eu pude assistir ao nascimento da minha irmã e eu
até chorei de alegria e emoção!
Colégio Montessori Santa Terezinha
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- Todos venceram a corrida, então lanche para todos!!
Depois dessa pausa, eles continuaram a corrida. Lulu foi pelo campinho e a Flávia
foi pelo meio das casas, mas, no final todos chegaram juntos ao McDonald's e Flávia,
diante da situação inesperada, disse:
Um grupo de amigos estava andando no parque com uma certa pressa, mas por
que estaria aquele grupo com tanta pressa?
- “Bora” lá! – Concordou a Lulu, convencida.
- Vamos fazer uma corrida de bikes que passe pelo parque e pelo campinho do
Bairro Einstein? – Sugeriu ela.
Francisco Costa e Silva
Flávia acordou muito animada para ir à escola de bicicleta. Quando chegou na
escola, ela notou que era sábado, pois não havia ninguém por lá, apenas os seus
amigos Lulu e Dudu, parados, na porta da escola, com suas bicicletas. Flávia sugeriu,
então, fazerem uma corrida até o parque, que ficava do outro lado do bairro.
- Não sei não! Acho que ir até lá é longe demais e estou precisando de um belo
hambúrguer para percorrer toda essa distância.
MARATONA ESCOLAR
- A linha de chegada será no McDonald's e quem vencer, ganhará um hambúrguer
grandão, pago pelos perdedores! – O Dudu explicava todas as regras, muito
animadamente.
No parque eles já estavam morrendo de sede, mas havia um vendedor de água de
coco logo à frente, onde cada coco custava R$ 2,50. O Dudu pegou os cocos, a Lulu
pagou a despesa com moedas e cédulas.
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Alexandre
Catherine
Catarina
Henrique
Isabella Maria Luiza
Henrique
Fundamental7anosos
Com o objetivo de diferenciar enredo de história, nas narrativas
biográficas ou ficcionais, os textos produzidos seguem uma sequência
linear, mudando o foco narrativa, com o objetivo de “sentir o outro” numa disposição
cronológica, usando a inversão de ordem, com saltos no tempo, elipses e cortes,
surpreendendo-nos pela criatividade.
Deixar que o outro se “apodere” da própria história ao narrar a sua história em 3ª
pessoa do discurso ou contando a história do outro como se fosse ele próprio,
narrando em 1ª pessoa um enredo que não foi vivido por ele mesmo, uma experiência
que resultou em textos envolventes.
Perceber a poesia como meio de demonstrar a opinião de uma forma divertida ou
sensível, além de conhecer os poderes de mitos gregos que influenciam a nossa
cultura atual.
Criar narrativas de aventuras, usando o fantástico e a ficção, como dar
características humanas a animais e opinar sobre fatos atuais, como a crise política e
econômica atual em nosso país.osOs alunos dos 7 anos homenageados deste ano conseguiram expressar os seus
melhores sentimentos, emocionando-nos e enchendo-nos de alegria por descobrir
talentos tão jovens, cheios de criatividade e de valores essenciais para uma vida
social ética e correta.Professora Maria Inez Ferreira de Jesus
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SONHO DE BORBOLETAS
Pus a minha criatividade em borboletas,
Pus minha tristeza em balões.
E também no que sinto
Pus o meu sonho num navio.
E o navio em pleno mar.
Para enfim poder voar.
Sinto desabrochar emoções,
Como girassóis nos campos,
Para dela me livrar!
E na primavera as flores a brotar.
Alexandre Ito Kawaguchi
Sinto felicidade no que faço.
Nas férias, eu minha família, papai, mamãe e minha irmã, estávamos em Orlando nos
parques da Disney e nos outros parques de lá. Fomos em janeiro e, de previsto estava um
frio danado!
Estávamos aproveitando bastante, achei os brinquedos bem divertidos, fora o
encanto de conhecer as personagens. Cada dia tomávamos café da manhã no hotel e
íamos aos parques para a diversão. Até que fizemos uma “mudancinha nessa rotina”, num
desses cafés da manhã, ainda normal, eu senti um cheiro de torta de maçã do
MacDonald's, fiquei com muita vontade e, com água na boca, então disse a minha mãe:
- Uau filha, que inesperado! Mas como é caminho do parque que vamos hoje, podemos
passar por lá e pedir uma tortinha dessas no “Drive Thru”.
“Two apple pies, please.”, que quer dizer: “Duas tortas de
maçã, por favor.”, mas em vez disso ele disse:
A “TURTLE APPLE”
- Two turtle apple, please!
- Nossa, me deu uma vontade daquela torta do “Mac”!
Aquilo só podia ser brincadeira! O que ele pediu quer dizer
tartaruga de maçã. Com isso a atendente perguntou-lhe:
- Ahh! Eu também quero! – Exclamou a minha irmã, a Bia.
Catarina Bosco Tavares
E lá fomos nós! Terminamos de comer, entramos no carro e encontramos a lanchonete
do McDonald's. Já na “passarela” do “Drive Thru”, entramos na fila para
pedir as tortinhas. Chegou a nossa vez e, para começar, não tinha
uma pessoa na cabine, mas uma espécie de máquina com um rádio.
Para a gente aquilo era novidade, porque aqui no Brasil, no “Mac” que
eu vou, isso não existe, não sabíamos mexer naquilo e a Bia teve
que descer do carro para tentar apertar o botão certo para ver se
funcionaria, ela conseguiu e então meu pai deveria pedir:
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- What?! – (em português: “O quê?!”).
O meu pai respondeu a mesma coisa que ele pediu antes. Minha mãe, eu e minha irmã
começamos a rir demais, pois ele achava que estava certo, mamãe então gritou:
- É pie, é pie! – (Em português: “É torta, é torta!”).
- Pera aí! Você não viu que estou falando com a moça? – Ele respondeu.
Meu pai achava que ela estava lhe chamando, pois “pie” tem som de “pai” e, às vezes,
ela o chama assim e ele continuou repetindo o primeiro pedido a atendente.
Não parávamos de rir e minha mãe:
- Ahh! Por que você não me disse isso antes? – Questionou o papai, como se nada
tivesse acontecido.
- É pie, é pie!
Até que enfim ela gritou:
Nisso a moça americana foi chamar uma que sabia falar espanhol, para ver se
entendia o meu pai. E ele pedindo:
- Two turtle apple, please!
- É “apple pie” e não “turtle apple”!
Em suma, a moça entendeu e, eu e a Bia, conseguimos a nossa tão esperada “turtle
apple”, seguimos para o parque alegres e dando gargalhadas.
A ESPADA DE RAMIL
- Você foi o escolhido e ganhará os poderes de Ramil na madrugada do seu sétimo
aniversário.
Obviamente que, com apenas sete dias, eu não entendia o que tinha ouvido e muito
menos me lembrava daquilo.
Faltava apenas um dia para eu completar sete anos e dois dias para a minha festa de
aniversário. Estava super empolgado para a festa, convidei vários
amigos, da escola e do local onde moro.
Tudo começou quando eu nasci, por conta de problemas pulmonares eu passei sete
dias internado, com pequena chance de sobreviver. No sétimo dia, de madrugada, um raio
caiu sobre o hospital, estremecendo as estruturas e eu ouvi uma voz que sussurrava no
meu ouvido:
Na madrugada, antes da festa, eu não consegui dormir, pois
estava muito ansioso, então fiquei assistindo televisão no meu
quarto. Depois de um tempo, começou a trovejar e, em seguida,
escutei passos que ficavam mais altos a cada segundo. No
momento fiquei calmo, pois achei que eram meus pais
caminhando pela casa. De repente percebi que a maçaneta da
porta começou a girar e um raio caiu sobre a casa. A porta se
abriu e apareceu a silhueta de um homem que falou o que eu
tinha escutado na noite em que eu estava no hospital, no dia
do meu nascimento, que explicou o acontecido.
Henrique Ettinger Cores
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Algumas horas andando e perdido, acabei encontrando
um bisão, que tentou me atacar. Naquele momento eu senti
que iria morrer, mas ele olhou para mim e disse:
Eu estava tão preocupado em cortar aquela árvore, que não
prestei atenção em Hana, que entrou na floresta, à noite, e eu perdi a
Hana, no meio daquela floresta, junto a ursos pardos e lobos
cinzentos famintos. Eu precisava encontrá-la, senão nunca a
veria novamente.
Enquanto eu cortava algumas árvores, minha irmã pegava algumas flores. Vivemos
em uma cidade pequena, perto das florestas, ao norte do Canadá.
Isabella Matos Xavier Lima
OS ESPÍRITOS DA FLORESTA
Oi eu sou Yudi, se você está lendo isso, então eu consegui. Tudo começou quando eu e
minha irmã mais nova, Hana, estávamos buscando mais lenha na floresta, há 2 anos,
quando eu ainda tinha 18 anos e minha irmã 4.
No inverno minha cidade fica silenciosa com todos dentro das casas, mas minha mãe
está doente e meu pai morreu recentemente. Minha cidade é isolada e não há remédios
para minha mãe. Meu pai era lenhador e eu sou também.
Enquanto eu andava pela floresta, ouvia alguns sussurros
como “Nos ajude!”, “Por favor, nós imploramos!”, “Por favor...”,
todos se repetiam e isso me incomodava.
Eu fiquei espantado com o que foi falado ali, mas aceitei meu dever e, de repente, a
silhueta desapareceu. Naquela mesma noite, tentei esconder a espada no meu armário
para que meus pais não a encontrassem.
Meu pai não acreditou e quase riu da minha história. De repente uma voz sussurrou na
minha mente, explicando-me que, para usufruir do poder da espada teria que gritar
"Ramil".
- Boa noite! Eu sou o Ramil, o deus do Trovão, e preciso lhe explicar o que está
acontecendo! Você será o novo Thunderboy, com o poder da espada. Sete mil nos atrás eu
fui o primeiro Thunderboy e, a cada geração, um novo será escolhido por mim.
Imediatamente peguei a espada e corri até a janela. Concentrei-me e gritei bem alto
"Ramil”. Repentinamente caiu um raio, isso fez com que meu pai ficasse boquiaberto e,
imediatamente, ele foi contar o ocorrido para minha mãe.
Com o ocorrido, descobri que eu pulara meu oitavo dia de vida, quando essa vida
acabou, e pude constatar que essa história toda ocorreu apenas na minha imaginação.
Naquele mesmo dia, o da festa, eu estava super empolgado, meus amigos foram
chegando e brincamos por um bom tempo. Ao término da festa, meu pai foi recolhendo os
presentes para guardá-los em meu quarto e, com isso, ele acabou abrindo meu armário e
encontrando a espada. Eu acabei constatando que deveria ter guardado a espada em um
local mais escondido. Tentei me manter sério, porém depois de consecutivos
questionamentos, acabei revelando toda a verdade.
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Henrique Santos Martines
Há muito tempo, havia um homem chamado Hércules, que era um semideus, filho de
Zeus com uma mortal. Era muito forte e era imortal. Hera, esposa de Zeus, tinha ódio dele,
então falou que se cumprissem os 12 trabalhos, pois então ele se
tornaria um deus. Ele concordou e foi cumprir os trabalhos. O décimo
segundo trabalho era capturar Cérbero, irmão da Hidra.
Hércules foi com seu meio-irmão Hermes, pedir para
Hades, o deus do mundo subterrâneo, se poderiam levar o
animal, ele deixou, porém teria que pegá-lo sozinho e
desarmado.
Cérbero era um cachorro de três cabeças e tinha um rabo de
serpente, era guardião dos portões de Hades, o mundo
subterrâneo, onde viviam os mortos da antiga Grécia. Ele
deixava todos entrarem neste mundo subterrâneo, mas não
deixava ninguém sair, cumprindo assim o seu papel de guardião.
O ÚLTIMO TRABALHO
“Saiam e não voltem! A floresta é perigosa demais para humanos...”
- Mãe?!
“Você falhou, Yudi! Abandonou quem mais precisava de você, por puro egoísmo! Você
não é o meu filho...”
Naquele momento chorei e esqueci de tudo ao meu redor, só queria estar ao lado da
minha família. Depois ouvi uma outra voz, a voz da minha mãe:
“Por favor, salve-a...”
“Seu nome significa corajoso, bravo, gentil e forte! Você é tudo isso! Então salve-a...”
“Meu filho...”
- Quem e por quê?
- Como assim?
De repente ouvi a voz da minha irmã:
- Nunca abandone seus companheiros! Eu já não lhe ensinei isso?
- Yudi! Socorro!
“É o seu destino...”
O bisão simplesmente sumiu na minha frente, eu me virei para todos os lados,
procurando-o e consegui ver minha cidade ao longe, mas eu não sabia que havia andado
tanto, ao ponto de subir a montanha. Eu olhei a minha casa de longe e apenas vi a lareira se
apagando, ao mesmo tempo que as velas e, ouvi um sussurro parecido com a voz do meu
pai:
Corri atrás daquela voz e a encontrei com um coelho no colo, mas ela me abraçou e
ouvi uma voz, um sussurro:
No reflexo, peguei o braço da minha irmã e fomos embora de lá.
Esse relato deve ser passado de geração em geração, para que saibam o verdadeiro
poder dos espíritos da floresta.
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A RACHEL DE QU
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Depois de pegá-lo, Hércules finalmente levou-o para Eristeu. Chegando lá o cachorro
estranhou o lugar, então fez muita bagunça, porém o semideus viu o animal se divertindo.
Para deixá-lo mais alegre, ele começou a fazer bagunça junto com ele. Depois levou-o de
volta, com muito cuidado para não acordá-lo, pois este estava cansado, já que tinha feito
muita farra. E assim cumpriu todos seus 12 trabalhos e pôde descansar com seus
machucados.
Ele foi até cachorro, mas, ao tentar capturá-lo, Cérbero estava muito agitado, então o
herói, depois de 30 minutos, com muita dificuldade, segurou suas cabeças para acalmá-
lo, mas seu rabo mordeu-o várias vezes.
O 12° TRABALHO DE HÉRCULESCatherine de Faria Vieira
Após muitos anos, Hércules chegou ao último trabalho, que era capturar e devolver a
Hades, o Cérbero, um cão de três cabeças, com uma cauda de serpente. O cão guardava a
morada dos mortos: permitia entrada de todos, mas impedia que qualquer um saísse.
Hércules estava acompanhado de seu meio-irmão Hermes, os dois entraram no
portão e foram até o deus Hades, pedir sua permissão para capturar o Cérbero. O deus
concordou, mas exigiu que Hércules fizesse o trabalho sozinho e desarmado. O homem
aceitou e foi em busca do Cérbero.
Era uma vez Hércules, um célebre herói da mitologia greco-romana, um símbolo do
homem em luta contra as forças da natureza, cumprindo seu décimo segundo trabalho.
Os trabalhos foram propostos pela deusa Hera, o motivo dela ter feito isso foi que Zeus,
seu infiel marido, teve um filho (Hércules) com uma mortal, chamada Alcmena. Já que
Hera era muito ciumenta e enraivecida, quando ficou sabendo da notícia, ficou muito
brava e resolveu mandar a Hércules doze trabalhos “impossíveis”.
Um tempo depois, cumprindo a tarefa, levou o Cérbero de volta e
o devolveu a Hades, terminando o desafio das tarefas de Hera.
Ao encontrar o Cérbero, Hércules o atacou na hora, segurou uma das cabeças, o cão
tentava tirá-lo de lá, mas o homem segurava-a com toda a sua força, embora a serpente
da cauda o mordesse repetidamente. Hércules continuava segurando a cabeça do
monstro até diminuir sua ferocidade, ele continuou insistindo e o cão se acalmou, ele não
conseguia mais atacar ou se defender, sua força havia acabado. Hércules então, levou o
Cérbero até Euristeu.
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Por conta disso, tivemos que sair. Eu estava nervosa e preocupada, porque corria o
risco de perder o horário da visita ao parque do Harry Porter e não conhecer o estúdio. O
Overground não passa toda hora, como o metrô, por exemplo, e por ser em uma estação
não tão movimentada, o próximo para Watford Junction, sairia só 40 minutos depois.
Assim que chegamos em Watford Junction, comemos um sanduíche,
pois não tínhamos almoçado e já era tarde. Entramos com o lanche no
próprio ônibus do Harry Potter, que nos levou até o estúdio.
O trajeto até Leavesden durou 30 minutos, ou seja,
chegamos a tempo!!! Eu estava muito feliz, só de pensar que os
atores de Harry Potter gravaram lá, fiquei muito contente e
emocionada!
Por mais que toda essa aventura tenha acontecido, foi
uma experiência incrível e inesquecível. Adorei conhecer o
estúdio, foi maravilhoso!
Meu pai nos chamou, inclusive as garotas, pois o ônibus havia chegado. Para nossa
“alegria” ele estava lotado de alunos, pois era o horário de saída da escola. Ao entrarmos
no ônibus, eu e minha mãe fomos por uma das portas, enquanto meu pai pela outra, por
isso, não sabíamos se ele tinha entrado, mas ele estava ali.
Não sabíamos o que fazer, havia várias pessoas lá na estação, então meu pai resolveu
ver o ponto de ônibus que tinha ali do lado. Ele o achou e falou que os ônibus 477 e 121 iriam
até Watford Junction. Eu e minha mãe, enquanto meu pai via se um dos ônibus chegava,
encontramos duas moças, que também iriam para lá, e conversamos com elas em inglês,
foi bom para treinarmos o nosso inglês, e elas também não sabiam o que tinha
acontecido.
Já chegamos tarde da hora desejada, pois nossa seção era às 16h e saímos de Euston
às 14h, ou seja, já tarde o suficiente. Enquanto estávamos no trem, faltavam duas
estações, quando o trem parou. Eu e meus pais não soubemos o motivo até hoje, mas
acreditamos que um trem antes tenha passado e empurrado uma pedra do trilho e assim,
quando o nosso passou, a pedra voou e pegou na janela.
Aquelas meninas estavam lá também. Eu estava muito ansiosa,
inclusive com uma camiseta de Harry Potter.
Nós teríamos que sair de Euston, uma estação de Overground (um trem
metropolitano) até Watford Junction, e de lá pegaríamos um ônibus personalizado do
Harry Potter até os estúdios.
Maria Luiza Perestrelo Mendes
Assim que saímos do trem, vimos uma mulher chorando, mas não sabíamos o motivo,
estávamos preocupados com o nosso horário. Na estação tinha ambulância e polícia
também.
Quando eu fui para Londres, em julho de 2018, fui com meus pais. Eu como são fã dos
filmes, fui aos estúdios do Harry Potter, em Leavesden. Nós fomos no dia 4 de julho, mas
mal sabíamos nós que algo estranho aconteceria.
UMA VIAGEM INESPERADA
Fundamental8anosos
XIV PRÊMIOJovem Escritor
Alice
Catharina
DanLucas
Amanda
Lunna
AmiraLucas
Professora Adriana Lilian Garcia
Fundamental8anosos
A produção textual é uma ferramenta importante voltada para desenvolver a
escrita e o reconhecimento lógico - interpretativo, além de desenvolver uma ligação
entre os diversos conteúdos e suas relações vivenciais do educando. Por isso, a
possibilidade de participar do concurso “Jovem Escritor”, faz com que os alunos
demonstrem seus conhecimentos linguísticos necessários para a construção da
argumentação e também potencializa suas capacidades criativas. Ao promover tal
ação, o Colégio Montessori, promove aos alunos a oportunidade de compreender
que o exercício da escrita pode transformar o conhecimento, como também a
percepção da leitura, à partir das próprias relações pessoais, das nossas ações e até
mesmo, da maneira que encaramos nossa existência e nosso papel enquanto
indivíduos que pertencem a uma determinada coletividade e que modifica sua
realidade e o meio onde estão inseridos. Então, a leitura e a escrita, passam a ser
muito mais que atos de representação linguística, e sim, instrumentos que
possibilitam uma “libertação” intelectual para o ser social.
“Sendo o objeto da literatura a própria condição humana, aquela que a lê e a compreende
se tornará não um especialista em análise literária, mas um conhecedor do ser humano.”
A importância do incentivo à leitura e a produção textual
(TODOROV,Tzevetan)
XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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O MISTÉRIOAlice Santos Bulhões
Em um dia chuvoso, um garoto chamado Lufly, ligou para seu amigo de infância
que se chama Zoro para passar o tempo e botar o papo em dia.
Ele mal podia esperar pela chegada de seu amigo, porém Lufly não encontraria
seu fiel amigo de infância, pois quando ele tentou ligar para o rapaz, o mesmo não
atendeu. Lufly preocupado com Zoro saiu de casa sem avisar a mãe e também
esqueceu de pegar um guarda-chuva, e já estava todo encharcado e por isso, decide
voltar para casa. No caminho de volta, Lufly estava andando tranquilamente quando
de repente...
Então, Lufly e Zoro foram andando até a casa, porém... o
mistério continuou e o suspense prevaleceu.
Lufly ficou chocado .
- O quê?! Moço eu não te fiz nada.
- Sim! Tem mais alguém aqui? Bom...
- Ele fugiu?
Quando Lufly e Abainu já estavam prontos para começar a luta, o inesperado
acontece, a pessoa que Lufly estava a espera, finalmente chegou.
- Bom, eu sou o Abainu e estou aqui para matá-lo – finalizou.
- Eu acho que não moço. - falou Lufly interrompendo o cara.
- Lufly?! Por que está aqui? - falou Zoro.
Lufly com medo concordou acenando com a cabeça.
- Estava preocupado com você, porque não havia chegado em minha casa. – então
Lufly se lembra como o amigo era.
- Zoro?! – os dois surpresos falaram:
- Quem?
- Quem te contratou?
- Zoro, você ainda não tem sendo de direção, né?
- Eu?! - Lufly questiona.
- MOLEQUE!!! Deixe eu falar!
- Esquece, vamos para minha casa.
- Um pouco?! – então percebeu que o Abainu havia fugido.
- Aquele que se chama por IM.
- Moleque, eu fui contratado para te matar, só isso.
- É aquele que sabe quem é realmente você e seus amigos.
- Ei você! - uma pessoa encapuzada falou.
- Fique quieto! Eu só me perdi um pouco.
- Ok! Vamos Capitão!
Colégio Montessori Santa Terezinha
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XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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Park estava confuso demais. Por um momento teve que parar de correr, estava
demasiado cansado. Ofegante, apoiou as mãos no joelho para tentar recuperar o
fôlego, mas quando olhou para frente novamente, viu uma luz. Aquela luz era tão
brilhante, tão chamativa. Mas antes que pudesse ir em sua direção, uma mão em seu
ombro o impediu. Quando se virou para trás, viu o homem que o perseguia.
A LUZ DE PARKCatharina Gonçalves Alexandre Simoes Ferreira
Correr. Era a única coisa que Park conseguia fazer naquele momento. Onde ela
estava? Ah não, espere! Aquela era a rua da sua casa, podia reconhecê-la. Olhou para
trás e viu um homem correndo atrás dele. Quem era aquele homem? O que ele
queria? Por que estava perseguindo-o?
Park acordou sem fôlego. Levantou-se rapidamente e esfregou as mãos no
rosto. Mais um sonho estranho. Mais um dia sem respostas. Olhou ao redor e viu seu
diário. Sem dúvidas, se levantou e o pegou junto a uma caneta, e começou a escrever.
“Hoje se completam duas semanas desde que o avião caiu e ainda não consigo
entender o que aconteceu. Como já sabe, estou ficando na casa que eles disseram
que moravam, mas não há rastros de nenhum ser vivo por aqui e nem em nenhum
lugar desta cidade, estou começando a ficar assustado. Onde diabos está todo
mundo? Um avião cai no meio de uma cidade e não há nenhum resgate? E os
passageiros que estavam comigo naquele avião? Sumiram? Para onde foram? Por
que estou sozinho?”
Depois disso, o garoto decidiu que iria para a biblioteca da Universidade que
achou no fim da rua, já que ler era a única coisa que podia fazer de interessante
naquele momento.
Quando chegou na biblioteca, escolheu um livro de poemas e se sentou em um
dos pufs que lá tinha.
Park então, teve vontade de chorar. Ver todos aqueles poemas, o fez lembrar de
como era sua vida antes daquilo tudo acontecer, e isso fez com que sentisse
saudades dela. Olhou para todos aqueles poemas, ah, como amava escrever poemas.
Seus poemas eram geralmente, cheios de alegria e vida, mas desde
que tudo aconteceu, toda vez que Park pegava um papel para
escrever algo, nada saía, já que naquela situação o que mais
faltava era alegria ou vida.
E então, Park se afundou em lágrimas. Não aguentava
mais aquilo, queria sua vida de volta. Queria sua mãe e seu
pai de volta. Queria sua escola de volta, queria seus amigos
de volta.
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EIROZ
O menino cheio de alegria e de vida, já não existia mais no Planeta, sua jornada na
Terra foi curta, mas estava tudo bem, era o que o olhar falava. Park sabia que não
estava mais sozinho, ele podia sentir isso. Então, de mãos dadas, os dois seguiram
em direção à luz. Park deu uma última olhada para trás, e pode ver o jardim de sua
casa. Sentiria saudade de tudo, aquilo que ele foi, mas estava animado para tudo
aquilo que ele ainda seria.
O garoto se levantou e olhou para a janela em sua frente. Havia um mundo lá fora,
mas por que aquele mundo não parecia real? Havia um garoto feliz e cheio de vida
dentro dele, que entrou naquele maldito avião em busca da sua verdade, em busca
dos pais que nunca conheceu. Mas por que aquele garoto não parecia mais estar ali?
De repente, Park se viu em um campo florido. Não estava mais na biblioteca, é
como se tivesse sido teletransportado.
Park olhou ao redor confuso. O que estava acontecendo? Por que estava ali? Mas
foi quando olhou para trás que levou um susto, aquele mesmo homem de seus
sonhos, vinha em sua direção.
Saiu correndo pelo campo, ele não tinha ideia de quem era aquele homem
misterioso que já lhe perseguia há duas semanas.
Park correu, correu tanto que perdeu o fôlego e teve que parar. Droga! Por que ele
sempre perdia o fôlego? Então, olhou para frente e viu a luz, àquela que sempre via
em seus sonhos. E ela não tinha mudado nada, ainda estava chamativa e brilhante, o
suficiente para que fosse em sua direção. Mas, como em todos os sonhos, uma mão
em seu ombro o impediu, e quando se virou, Park viu que era o homem que o
perseguia. Porém, desta vez foi diferente, pois Park o olhou nos olhos, e aquele olhar
já era o necessário para entender tudo.
Pouco a pouco, soube que aquele homem era o pai que ele nunca conheceu.
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XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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Dan Iutaka
Em uma tarde chuvosa, Sabina uma universitária, entra em uma pequena
biblioteca localizada no velho centro da cidade de Itú. Ali, pouquíssimas pessoas
frequentavam o local, mas justamente naquela tarde havia um rapaz sentado
sozinho em uma mesa no canto do estabelecimento, ele usava um sobretudo de
coloração marrom escuro. A moça sem encontrar o livro que tanto queria, decide
perguntar ao bibliotecário, já informada sobre onde estava seu livro, vai pegá-lo.
Então, o rapaz que estava sentado, aproveitou e fala com a menina, assim que ela
toca no livro:
- Ei garota, venha aqui e sente-se na minha mesa.
LER É MÁGICO
Ela com medo e desconfiada se senta e não diz uma palavra, já o rapaz com uma
voz serena e rouca fala:
- Minha menina, seu nome é Sabrina, certo? Quero que saiba que pegar este livro
foi um grande erro da sua parte.
Então, o tal homem desabotoa seu casaco. A chuva estava ficando mais forte...
Neste momento, ela olha o rosto do rapaz e percebe que seus olhos são totalmente
brancos e sem vida. A menina entra em estado de choque e se questiona sobre como
ele sabia seu nome e então, decide correr. Chegando perto das portas, estas
começam sozinhas a abrir e fechar até baterem e se fecharem por completo. A
garota olha para trás e vê o rapaz levitando em cima da mesa com uma das mãos
estendidas em sua direção. Logo, Sabrina grita por socorro enquanto as mesas e
estantes voam em sua direção e quando estão prestes a esmagá-la, a garota acorda
no meio de uma aula na Universidade e percebe que tudo não passava de um sonho e
que deveria parar de assistir a série Supernatural.
XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
37
Colégio Montessori Santa Terezinha
UM
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ENAGEM
A RACHEL DE QU
EIROZ
Lucas Castro Orbite
Sabrina era uma típica menina de 15 anos. Vivia com a cara no celular, saindo com
as amigas, falando de garotos e assistindo séries de TV. Ela ia bem na escola, sempre
tirava notas boas, tinha um bom relacionamento com os professores e gostava das
matérias. Seus pais, donos de uma empresa bem sucedida, conseguiam sustentar
bem a família e forneciam mais do que o suficiente para os filhos. Sabrina tinha um
irmão e eles se davam muito bem. Em suma, Sabrina era uma muito feliz e saudável.
Mas, um dia, ela e o pai discutiram. Era uma tarde chuvosa e os trovões
“berravam”. O pai defendia que a filha não saísse mais de casa, ficava muito tempo no
celular e não dava mais ouvidos a ninguém. Então, soltando fumaça pelo nariz de tão
irritada, Sabrina resolveu conhecer a pequena biblioteca sombria daquela cidade,
pois queria provar para o pai que ela não vivia apenas no celular, mesmo como o aviso
dos amigos de que lá “ não era um lugar do bem”. A menina não acreditava nessas
coisas, portanto foi sem receio, mas ela não imaginava que ali o destino reservava
uma surpresa. Sem que ela notasse, um vulto tão escuro quanto a noite a seguiu.
Sabrina deu alguns passos até uma das estantes. A menina sentiu desgosto por
aquelas estantes, pois estavam muito sujas e havia várias teias de aranhas nelas. Até
que ao escolher um livro para ler, achou-as limpas comparadas ao livro. Estava
caindo aos pedaços. Todos os cantos estavam desgastados, o título estava apagado
pela metade e as páginas estavam rasgadas.
Ao chegar à biblioteca, primeiramente bateu nas portas de madeira podre. Já que
ninguém veio recepcioná-la, Sabrina entrou. Deu uma boa olhada no lugar. De um
lado, um balcão onde a bibliotecária deveria estar. Do outro lado, algumas mesas e
cadeiras disponíveis para quem quisesse ler. Atrás do balcão, várias estantes com
livros. E, no teto, alguns candelabros sem fogo em suas velas. O lugar era apenas
iluminado pelo resto dos raios do Sol que desaparecia por entre as montanhas.
O MISTÉRIO DA SENHORA DA BIBLIOTECA
Sabrina resolveu ir embora, sair daquela “espelunca”. Ela se virou e lá, no balcão,
uma senhora arrumava alguns papéis em cima da mesa. A menina se
aproximou com cautela e cumprimentou-a.
A última registrada por uma das câmeras de segurança foi a
senhora se virando para Sabrina, a menina dando um grito e
ambas desaparecendo, antes que a câmera apagasse...
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XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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Sabrina atravessou para o outro lado da calçada para
tentar despistá-lo, e ele também foi atravessar, mas quando
estava bem nomeio da rua, um caminhão surgiu do nada e foi
em cheio na direção do menino, que não se moveu... Ela
fechou os olhos, pois não queria ver o momento da colisão,
porém segundos se passaram e ela não ouviu barulho
algum.
UM DIA CHEIO DE EMOÇÕESLunna dos Santos Mano
Em uma tarde chuvosa, Sabrina, uma jovem universitária, entra em uma pequena
biblioteca localizada no velho centro da cidade de Itú. Ali, pouquíssimas pessoas
frequentavam o local, mas naquela tarde havia um rapaz desconhecido que a
encarava profundamente. Ela não deu bola e se sentou em uma das mesas vazias
para poder estudar, mas ao levantar o olhar após um tempo, percebeu que o
desconhecido ainda estava ali. Apesar de estar levemente assustada, não queria que
isso transparecesse. Então, ela o encarou da forma mais profunda que conseguiu, se
levantou lentamente e tomou rumo a sua casa.
Sabrina, apesar de não querer admitir, estava realmente assustada em relação
aquele rapaz, não conseguia parar de pensar que talvez ele fosse um louco, um
psicopata. Não queria ser agredida, assassinada. Tentou afastar esses
pensamentos, afinal, o desconhecido não estava mais ali, porém no
instante seguinte, o viu andando atrás dela. Tentou apertar o
passo, mas ele também o fez. Um arrepio macabro lhe subiu a
espinha.
Pois logo pode ser tarde.
Ou é um amor de verdade
Amanda Mariano da Costa Pessoa
Ele pode se acabar.
Ou é tudo uma ilusão
E o outro alguém é o lampião
Se você ama alguém,
Com apenas um deslize
Corra e demonstre,
Mas ama de verdade
O AMOR...
Mas tão difícil de lidar
É um sentimento tão puro,
É como lutar no escuro
XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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Colégio Montessori Santa Terezinha
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A HOM
ENAGEM
A RACHEL DE QU
EIROZ
O DEDO MISTERIOSOLucas Nagamine
Ela deu meia volta e saiu correndo em alta velocidade, mas percebeu que o
bandido apontou a arma. Só que ela foi muito mais esperta e acabou dirigindo até a
delegacia e quando o ladrão conseguiu se aproximar dela e pegar o anel, teve uma
grande surpresa, vários policiais já estavam perto dele e
rapidamente o prenderam.
Ela ficou em dúvida se iria levar o tal “objeto” para sua casa, mas apesar do receio,
acabou levando.
O ladrão chegou perto dele e disse:
- Me dá esse dedo ou vou atirar em você!!!
Apesar do grande susto, ela percebeu que sua curiosidade
poderia levá-la a um grande destino... ser investigadora. Bom, aí
quem sabe logo teremos outras histórias desta nova
detetive?!!!
Era uma vez uma mulher que estava andando calmamente na praia. De repente,
viu algo brilhando na areia, então foi até lá e pegou um objeto. Ao prestar mais
atenção no objeto, percebeu que além de uma bela pedra reluzente no anel, havia
também um dedo. Passado o susto, começou a se perguntar:
Quando ela estava andando de carro, tentou se distrair ouvindo o rádio, mas não
teve jeito, percebeu que sua atitude na verdade era uma grande “furada”, pois ouviu
no rádio que aquele anel era roubado. Então, voltou para casa e foi até a delegacia.
Quando estava indo até lá, percebeu que alguém estava seguindo-a. Ela parou o carro
e percebeu que quem estava perseguindo-a, na verdade era um criminoso.
- Como isso foi parar aqui? O que aconteceu? Por que aquele dedo apareceu na
praia?
E assim, finalmente os abriu, viu o caminhão descendo normalmente a rua e
nenhum sinal do rapaz misterioso. O chão estava sem sangue, sem corpo, nenhum
sinal de colisão. Ela pensou em ligar para a polícia, mas o que diria?! Que achava que
aconteceu um atropelamento, do qual não tinha nenhum sinal de ter de fato
acontecido? Não, seria muita loucura, e a última coisa de que precisava era de mais
emoções. Então, decidiu apenas seguir normalmente se caminho para casa, como se
nada tivesse acontecido...
XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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De nossos netos, bisnetos, animais e em memória àqueles que se foram.
Priorize, se importe, faça acontecer...
Sinta e permita-se ser sentido...
É o futuro deles...
Não é somente nosso futuro
Nos tirará tudo aquilo que nos sustenta a ser quem somos.
FAÇA A MUDANÇA ACONTECER!
Não pode nos deixar sem amparo
Não prejudique a fauna e a flora... CUIDE!
Sem belos rios, belas praias...
Feche as torneiras... OBSERVE!
Preserve tudo aquilo que pode... AJUDE!
Derramar uma lágrima é sinal de...
Compaixão, sensibilidade, sinal de que...
Ela está presente em tudo,
Tudo passa, tudo acaba...
Ela não pode acabar,
Finita, imprescindível e amada
ÁGUA...
Assim nos retratamos a um de nossos maiores bens
Ela cai de nossos olhos em momentos de dificuldade ou alegria
Até mesmo onde menos pode-se observar.
Ela lava nossas mãos, nossos cabelos, renova nossas forças.
Lava e cozinha nossos alimentos, os cultiva.
Amira Nascif de Oliveira
Ela traz tudo que há de mais importante, a VIDA!!
Em um mundo tão difícil e cruel
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Fundamental9anosos
XIV PRÊMIOJovem Escritor
Thales
Beatriz
LucasLaura
Camila
Ricardo
Fundamental9anosos
Professora Adriana Lilian Garcia
A produção textual é uma ferramenta importante voltada para desenvolver a
escrita e o reconhecimento lógico - interpretativo, além de desenvolver uma ligação
entre os diversos conteúdos e suas relações vivenciais do educando. Por isso, a
possibilidade de participar do concurso “Jovem Escritor”, faz com que os alunos
demonstrem seus conhecimentos linguísticos necessários para a construção da
argumentação e também potencializa suas capacidades criativas. Ao promover tal
ação, o Colégio Montessori, promove aos alunos a oportunidade de compreender
que o exercício da escrita pode transformar o conhecimento, como também a
percepção da leitura, à partir das próprias relações pessoais, das nossas ações e até
mesmo, da maneira que encaramos nossa existência e nosso papel enquanto
indivíduos que pertencem a uma determinada coletividade e que modifica sua
realidade e o meio onde estão inseridos. Então, a leitura e a escrita, passam a ser
muito mais que atos de representação linguística, e sim, instrumentos que
possibilitam uma “libertação” intelectual para o ser social.
“Sendo o objeto da literatura a própria condição humana, aquela que a lê e a compreende
se tornará não um especialista em análise literária, mas um conhecedor do ser humano.”
A importância do incentivo à leitura e a produção textual
(TODOROV,Tzevetan)
XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
43
Muitas vezes as mídias sociais podem ser uma ótima forma de entretenimento,
como um “passatempo”. O grande problema é que esse simples “passatempo” acaba
tornando-se um sério vício, levando uma pessoa a ficar várias horas seguidas de seu
dia apenas olhando para o celular, esquecendo-se do resto do mundo e de suas
obrigações. Além disso, como já mostrado pela ciência, olhar fixamente para uma
tela excessivamente brilhante e pequena por muito tempo pode trazer inúmeros
problemas físicos, como a deficiência visual, dificuldade de socialização, obesidade,
enxaqueca, e até depressão. Mas, quando se trata de uma criança, todos esses
problemas se agravam muito.
CRIANÇA NO CELULAR, PERIGO NÃO VAI FALTARThales Kenji O. Bastos
Nós já conhecemos os diversos riscos que as redes sociais podem trazer aos
indivíduos que as utilizam, desde problemas emocionais e físicos até psicológicos e
legais. Enquanto aos adultos, a maioria desses internautas têm consciência do que
deve evitar, mas o que pode acontecer quando o usuário é uma criança?
Dentro das mídias sociais é possível interagir com qualquer pessoa de qualquer
lugar do mundo, o que permite contato com novas opiniões e ideias, podendo
promover o conhecimento e cultura de qualquer um. Mas o que acontece quando
alguém não gosta ou não aceita a opinião do outro? Isso pode gerar uma grande
discussão, e assim o indivíduo que pensa diferente da maioria passa a ser alvo de
diversas criticas e xingamentos, levando ao cyberbullying. Assim, sendo uma
criança, se sentira humilhada e sozinha, provocando nela consequências
psicológicas negativas, como a baixa autoestima e a depressão.
Alguns pais permitem a seus filhos pequenos que tenham um celular e até uma
conta no facebook ou instagram, por exemplo, achando que poderão monitorá-las. A
verdade é que eles nem sempre estarão presentes para proteger a criança de tudo
que elas podem fazer e sofrer num universo de possibilidades que é a internet.
Colégio Montessori Santa Terezinha
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XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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A nossa maneira de compreender e conhecer o mundo tem uma grande
importância em nossas vidas. Nós precisamos aprender com os nossos erros e
acertos, pois o mundo é cheio de obstáculos. Portanto, é a partir desses obstáculos
que conseguimos enfrentar nossas barreiras e os momentos difíceis em nossas
vidas. Afinal, a vida sem momentos difíceis e sem obstáculos seria fácil demais.
Além disso, tudo em nossas vidas acontece por um motivo, nada vem de graça.
Nossa vida é um grande desafio, todos os dias precisamos enfrentar novos
obstáculos para conquistar aquilo que queremos.
Ao meu ver, cada vez que compreendemos mais o mundo, descobrimos mais que
não sabemos nada, que somos apenas um ponto em um milhão. Nós precisamos
mudar o nosso modo de pensar. Nunca devemos esperar nada em troca. Aliás, tratar
as pessoas com bondade, pensar no próximo e ver a vida com mais amor, nos traz
uma compreensão melhor da vida.
ENFRENTANDO BARREIRASBeatriz Naomi Aoki Nishida
Ricardo Jun Hayaci
Não diferente das outras vezes
Enfim, pude terminar
Esse amor
Mas tinha vontade
E pensando na minha sorte
Não era mais tão forte,
Também sinto algo
Que fosse igual como sempre
Do que sempre quis achar
Que tanto pensei
Nunca esquecerei
Que enfim conquistei
Daquele dia que tanto esperei
Mas pude sonhar
Em busca do amor
Nessa busca
Nunca tive pensamentos,
E posso encerrar a busca
IGUAL, MAS DIFERENTE
XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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Colégio Montessori Santa Terezinha
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ENAGEM
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Só que sempre imprevisível
Deixar a mente
Se divertir
Sem qualquer preocupação
Apenas ir e vir
É se liberar
Sem pretensões
CRIATIVO
E pôr-se a riscar
É pegar um lápis
Laura Funashina Hayasida
É tornar o impossível
Uma saída sempre há
Em possível
SIGNIFICADO DO AMORLucas Taiki Fujita
O significado de Amor
É difícil de explicar,
Mas tem uma cor
Que dá para se pensar
Igual a da LGBT
Amor é um arco-íris
Na nossa TV
Aceitar os outros
É nosso dever
Que sempre aparece
Mas têm alguns no mundo
Que sobre esse assunto devem rever
Amor na escola
E na faculdade
Em qualquer idade
Em qualquer lugar
XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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EU SÓ QUERIA, É SABER!Camila Riberio Afonso
Eu só queria, é saber
Por que existe o amor,
Eu só queria, é saber
Por que pra ser feliz,
Temos que passar por dor!
Por que um encantamento tão profundo,
Muitas vezes,
Pode não passar de um segundo!
Se falamos “te amo”
Mesmo sabendo que no final,
Por que o amor tem que acabar,
Por que não podemos sair ilesos,
Tudo não passava de uma novela em que você era atriz!
Para qualquer insignificante!
Sem se machucar!
Eu só queria, é saber
Por que te amo tanto,
Eu só queria, é saber
Mas com qualquer deslize
Por que estar ao seu lado me faz feliz,
Eu só queria, é saber
Rapidamente acaba o encanto!
Por que amar é tão importante,
Eu só queria, é saber
XIV PRÊMIOJovem Escritor
Ensino Médio1sériea
Fernanda
Giovanna
Laura
MateusVivian
Olivia
Ensino Médio1sériea
A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, em sua palestra para o
TEDGlobal 2009 amplamente divulgada na internet, fala-nos sobre “os
perigos de uma história única”, ou seja, qualquer fato pode ser analisado a
partir de diversos vieses, nunca apenas de um. Essa tendência nos limita,
pois impede que consideremos novas possibilidades. Em um cenário político
e social marcado por intolerância, fanatismo e austeridade, a busca pela
formação de cidadãos com senso analítico e questionador torna-se crucial, e
essa tem sido nossa missão. Nas produções de nossos alunos,
encontraremos textos de caráter dissertativo que nos ajudam a tocar a
realidade de um modo mais crítico e justo. “Quando nós rejeitamos uma única
história, quando percebemos que nunca há apenas uma história sobre
nenhum lugar, nós reconquistamos um tipo de paraíso.”
Professora Leticia Amoroso Gregio
XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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A PERSISTÊNCIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERFernanda Gidali
O pensamento machista e conservador deve ser combatido, impedindo a
violência contra o sexo feminino que foi historicamente oprimido. Para isso, as
mídias devem promover campanhas para a denúncia de agressões contra a mulher.
As escolas têm função de promover a igualdade de gênero nas aulas de biologia,
história e sociologia. É preciso também que o Poder Legislativo crie um projeto de lei
para aumentar a punição dos agressores e cabe ao judiciário fiscalizar o andamento
dos processos. Assim, a violência contra a mulher tende a acabar.
A cada duas horas uma mulher é assassinada no Brasil. Se esse dado já é
impactante o suficiente para nos mobilizar, então o número de violência (física,
psicológica, moral, sexual, entre outras) é alarmante. No entanto, as pessoas
preferem ignorar esses números; isso é fruto de uma sociedade baseada no
patriarcado e na ineficácia das leis.
Segundo Simone de Beauvoir, a mulher é vista como o não-homem, ou seja, o
homem é posto como normal e a mulher é sua negação. Isso faz com que a sociedade
enxergue o sexo feminino como submisso ao masculino. Então, elas crescem
achando que isso é verdade e com medo do julgamento das pessoas diante a
violência que sofrem. Além disso, a culpa da agressão recai sobre a mulher, pois,
devido ao machismo, ela sempre fez algo para irritar o homem que, por sua vez, é
sempre equilibrado e racional.
Além dessa visão patriarcal, a lentidão e burocracia do sistema punitivo são
outros fatores para a permanência das agressões cometidas. Os processos são
demorados e as medidas necessárias acabam não sendo tomadas no momento
devido, tanto que entre 2006 e 2011 apenas 33,4% dos processos envolvendo a lei
Maria da Penha foram julgados. Essa ineficiência faz com que muitos indivíduos
continuem violentando as mulheres sem serem punidos. Com isso, elas são alvos de
abusos sexuais e torturas psicológicas em diversos locais, como o trabalho ou
mesmo em casa.
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Além desse grande descompasso entre os futuros pais e seus futuros filhos,
também há uma dificuldade geográfica, pois com um número tão elevado de
interessados não deveria existir mais nenhuma criança em abrigos. Nossa realidade
não condiz com isso, pois há estados com muitas crianças e poucas famílias e vice-
versa.
Infelizmente os responsáveis pelo futuro do nosso país não são levados a sério e
muitas vezes acabam sendo deixados de lado. Este ato não está correto e devemos
tomar providencias desde já. Para isso, é necessário que haja a união do Ministério da
Família e Direitos Humanos com o CNA e que juntos coloquem em prática a
distribuição de criança por estado e também que criem uma lei para evitar que a
família adotiva consiga adotar só uma criança daqueles que possuem irmãos.
De acordo com o cadastro nacional da adoção, existem em média, no Brasil, 39 mil
pretendentes para adotar e 4 mil crianças para serem adotadas. Em teoria, isso é
extremamente positivo, porém, na prática, a história é outra, pois a maioria dos pais
idealizam em sua cabeça o tipo de filho, que geralmente são bebes de 0 a 1 ano.
Também preferem adotar uma criança de cada vez, não levando em consideração
aqueles que tem irmãos, geralmente mais velhos.
Giovanna de Souza Leite
ADOÇÃO NO BRASIL
Diversas crianças são abandonadas diariamente por seus geradores, e boa parte
delas acaba sendo encaminhada para abrigos onde irá tentar seguir a vida, sempre
com a esperança de ter uma família. Esse processo todo não é tão simples, pois
enfrenta dois grandes problemas: a idealização do tipo de criança que os pais criam e
a difícil logística enfrentada pelos orfanatos e suas futuras famílias.
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XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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Laura Yone de Almeida Biassio
Brasil, o país do futebol. Não é difícil se deparar com esse assunto por aqui. Em
escolas, casas, na rua, e, claro, nos tão famosos estádios. Como diz Milton
Nascimento em uma de suas músicas, “Brasil só é futebol”. Ao mesmo tempo,
vivemos em um país politicamente polarizado, onde a liberdade de expressão de
cada um precisa ser mais levada em conta. Por isso, é saudável se aproveitar do
espaço do esporte no país para trazer à tona questões sociais para serem discutidas.
Um exemplo, de fora do Brasil, mas com o mesmo peso, é do jogador da NFL Colin
Kaepernick. Ele se ajoelhou durante a execução do hino americano como forma de
protesto contra a forma com que a polícia trata os negros nos EUA. Um meio de
levantar a urgência desse assunto para os telespectadores e os presentes no
estádio. Todos temos o direito de nos manifestar, desde que dentro da lei. Nesse
cenário, não precisa ser diferente.
A exposição de pontos de vista políticos no futebol ajuda a desfazer a imagem
desses assuntos como “algo chato” para se discutir. Fazer com que os jogadores se
sintam à vontade para isso e apoiá-los quando fizerem é algo que deve ser praticado,
junto com a tolerância. É possível e importante misturar diversão e diálogo político.
Afinal, ambos devem estar igualmente presentes em nosso cotidiano enquanto
sociedade.
Ocorrências de racismo e machismo, por exemplo, estão presentes em nosso
país e devem ser mais aproximadas da realidade para serem debatidas e resolvidas.
E por que não utilizar o futebol brasileiro, tamanhas sua voz e diversidade, como
palco para elas? Um lugar para quem está em campo se expressar e transmitir sua
visão na política.
O PAÍS DO FUTEBOL
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O Brasil, país caracterizado pela miscigenação de vários povos, é também um dos
lugares onde grande parte das “minorias” da população sofre algum tipo de
discriminação. Um dos grupos mais prejudicados é o dos nativos, que, desde o
período colonial até os dias atuais, são desvalorizados e subestimados não só pelo
governo, mas também pelo resto da população.
Mateus Machado Soares Gonçalves
VALORIZAÇÃO DA POPULAÇÃO INDÍGENA NO BRASIL
Além disso, uma parcela da população, mesmo que indiretamente, acaba
ultrapassando o limite do respeito, atacando pessoas de origem ou com
descendências indígenas, sexualizando a figura dos nativos (como no caso das
fantasias de carnaval) e subestimando a sua capacidade de se desenvolver. Esse
preconceito pode ser exemplificado pelo caso do índio Galdino, que foi cruelmente
assassinado durante a madrugada, enquanto dormia na rua, e seus agressores estão
à solta.
Para que a cultura indígena seja valorizada no Brasil, é necessário primeiramente
que o governo siga a jurisdição e ainda respeite os valores dessa cultura, garantindo
regiões para preservar e abrigar pessoas com descendência indígena, e as mídias,
usando seu poder de persuasão e de perpetuação de informação, para elaborar
campanhas de conscientização. Quem sabe, assim, a população nativa alcança o
respeito e a importância que merece.
Ainda nos primeiros regimes governamentais, é possível perceber a falta de
importância atribuída aos indígenas que, dominados pelos europeus, trabalhavam
como escravos e viviam em condições precárias. Essa ideia de diminuição
permanece na cabeça de muitos líderes, que acreditam que as tentativas de
preservar a cultura apenas atrasam o desenvolvimento do país; como a nomeação de
Franklimberg (envolvido na aprovação de mineradoras trabalharem próximas as
áreas protegidas) para presidente da FUNAI.
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DESCASO AOS DESAPARECIDOS
Atualmente, a agonia vivida por aqueles que possuem algum familiar ou amigo
desaparecido é muito grande e aumenta cada vez mais, pois estas pessoas, que
seguem perguntando a si mesmas se seu ente querido está vivo ou morto, não
possuem informações, pistas e nem o apoio indispensável das autoridades para que
este mistério seja solucionado. Portanto, é visível que os desaparecimentos no
Brasil não recebem a devida atenção que merecem.
Segundo o site de notícias, G1 SP, a cada uma hora, oito pessoas desapareceram
nestes últimos 10 anos, totalizando milhares de sumiços repentinos. Além disso, o
meio de comunicação revelou que este foi o primeiro estudo realizado pelos órgãos
brasileiros que foi divulgado, mostrando que, somente após 517 anos à descoberta
do Brasil, obteve-se a primeira preocupação em publicar sobre os sumiços de
pessoas no país. Com isso, é perceptível a negligência das autoridades, que não
estão muito preocupadas em encontrar ou não os indivíduos desaparecidos. Este
desdém faz com que diversas famílias fiquem presas a essa dúvida cruel, que as
massacram a cada dia ao pensar na possibilidade de ter o seu familiar dado como
morto.
Assim, haverá uma maior esperança na solução deste quadro problemático.
Vivian Negrini Portes de Almeida
Desta forma, vemos a situação desesperadora que muitas mães, pais, famílias
passam. Para que esta situação melhore, a DHPP (Delegacia de Homicídios e
Proteção à Pessoa) de cada estado brasileiro poderia efetuar mais operações nas
cidades com um maior percentual de desaparecimentos, com a finalidade de realizar
buscas constantes de desaparecidos e de aumentar o número de propagandas
mostrando a situação vivida hoje em dia em relação a este tema e quem são as
“vítimas” destes sumiços.
XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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Outro exemplo é o do índio Galdino, em Brasília. O índio dormia em um ponto de
ônibus quando cinco amigos decidiram colocar fogo nele, por diversão. Esse caso,
assim como o anterior, mostram um claro tratamento sub-humano vindo da
sociedade para com os indígenas.
Olivia Guimarães Mattos Espindola
A VALORIZAÇÃO DA CULTURA INDÍGENA.
Os índios, antes dos portugueses, eram maioria no território brasileiro. Só havia
índios no Brasil. A cultura indígena é muito diversificada, não há apenas uma, todas
juntas, por exemplo, falam mais de 180 (cento e oitenta) línguas diferentes. Muitos
de nós, brasileiros, temos no sangue traços indígenas, devido a antepassados.
Contudo, hoje, a cultura indígena, assim como antigamente, é tratada como inferior,
algo sem importância e valor, e os próprios indígenas são tratados como “nada”,
menos que um ser humano, algo que não merece nosso respeito.
Uma parte da população brasileira tem em mente que o índio é aquele que vive no
meio da floresta, seminu e não interage com as outras partes da sociedade. Um
exemplo, foi o caso do professor de uma escola em Santa Catarina que, sem motivo
nenhum, apenas por ser índio, foi morto a pauladas, no meio da rua, por um
desconhecido. Isso mostra um grande descaso perante ao índio e sua história, um
grande desrespeito.
O que essas pessoas fizeram é desumano e cruel. Por isso, o governo deveria
colocar uma pena maior para tais atos preconceituosos. Além de criar e apoiar mais
institutos que sejam a favor da conservação e proteção da cultura e dos indígenas.
Assim, talvez, as pessoas pensem melhor antes de cometer crimes tão horrendos.
XIV PRÊMIOJovem Escritor
Ensino Médio2sériea
Fernanda
Bruna
Guilherme
Aline
IzabelaSuzana
Ensino Médio2sériea
A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, em sua palestra para o
TEDGlobal 2009 amplamente divulgada na internet, fala-nos sobre “os
perigos de uma história única”, ou seja, qualquer fato pode ser analisado a
partir de diversos vieses, nunca apenas de um. Essa tendência nos limita,
pois impede que consideremos novas possibilidades. Em um cenário político
e social marcado por intolerância, fanatismo e austeridade, a busca pela
formação de cidadãos com senso analítico e questionador torna-se crucial, e
essa tem sido nossa missão. Nas produções de nossos alunos,
encontraremos textos de caráter dissertativo que nos ajudam a tocar a
realidade de um modo mais crítico e justo. “Quando nós rejeitamos uma única
história, quando percebemos que nunca há apenas uma história sobre
nenhum lugar, nós reconquistamos um tipo de paraíso.”
Professora Leticia Amoroso Gregio
XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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Hoje carregamos uma herança de visões preconceituosas dos indígenas, por
causa da história que tiveram no período colonial. Muitas pessoas possuem a
mentalidade de que os índios são inferiores que o restante dos indivíduos, por
acharem que todos vivem nas florestas e não possuem os padrões de vida da cidade.
E, quando um deles ingressa em uma faculdade ou começa a trabalhar em uma
empresa, ele não é mais visto como um índio 'de verdade' e sofre ainda injustiças por
ter diferenças.
Para mudar esse cenário, o governo deve criar leis mais rígidas sobre as
consequências do preconceito indígena e incentivar as escolas a conscientizarem os
alunos sobre a situação indígena, mostrando que na cidade eles são segregados e
que sofreram muitas injustiças na história da colonização. Além disso, as
instituições de ensino devem renovar os olhares dos estudantes sobre o que é ser
indígena, já que esse ocupa espaços urbanos também. Essas medidas
serão os primeiros passos para essa etnia ter seus direitos
assegurados.
A relação do índio e do português criou coisas boas como pinturas, filmes e, até
mesmo, clássicos da literatura, como Iracema, de José de Alencar, que conta sobre o
amor proibido entre um europeu e uma indígena. Mas esse contato resultou
também, ao longo da colonização, muita exploração desse grupo. Isso fez surgir,
atualmente, uma herança de preconceitos indígenas e sua segregação na sociedade.
O DIREITO INDÍGENA
Os indígenas que vivem na cidade estão, em sua maioria, com trabalho informal,
(como o artesanato), já que eles são subestimados pelos empregadores, não
conseguindo um emprego com carteira assinada, evidenciado essa segregação
social.
Fernanda Petean Ferreira
Os índios não tiveram sua cultura preservada, assim como seus direitos, já que,
durante a colonização, os portugueses impuseram seus costumes, como a
catequização, e esses europeus chegaram até a escravizá-los. Essa exploração fez a
população indígena ser reduzida de 5 milhões de habitantes para 560 mil,
atualmente.
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Bruna Trombotto
APROPRIAÇÃO CULTURAL
O ato de apropriar é descrito como tornar aquilo próprio, ou um efeito de
apropriar-se de algo. A cultura é um universo de símbolos, significados, imagens
fruto das experiências humanas de um certo povo. A partir da junção destes termos,
elaborou-se o conceito de apropriação cultural, que, na sociedade atual, é praticado
constantemente seja pela moda ou por influência da mídia. No Brasil, em sua maioria,
a sociedade estereotipa a cultura e os costumes do outro, sem nem ao menos saber o
significado que aquilo transmite para tal cultura.
Tomar posse de algo que não lhe pertence, em critérios da ética, é imoral, assim
como apropriar-se dos costumes e da cultura, das tradições que esta transmite. Por
trás deste debate há uma discussão sobre racismo, pois a comunidade estereotipa,
banaliza ou simplesmente reduz a exótico a cultura do outro. Todo este contexto faz
com que um negro, ao usar um turbante nos dias atuais, use-o não apenas como um
item estético, mas também como um símbolo de resistência, afirmação e orgulho de
seus ancestrais.
O grande problema da apropriação cultural se dá pelo fato de que as pessoas, de
um modo geral, usam um turbante, fazem tranças no cabelo, apropriam-se da
fantasia do indígena apenas porque acham bonito, desconsiderando as mensagens,
os significados e a história existente nisto. A difusão do produto cultural tradicional
não é o que realmente torna algo fruto da apropriação, mas sim a eliminação da
população nesse processo.
A liberdade individual é uma característica da nossa sociedade democrática, mas
isto vai além de democracia, pois uma cultura retrata as lutas e as práticas
ritualísticas vivenciadas, então deve-se respeito e compreensão, não torná-la da
moda, desclassificando a mensagem que há pelo pano de fundo de algo simbólico
para alguns e simples para outro.
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Guilherme Policeno Consentino
Não é de hoje que os povos indígenas padecem por conta de um grupo dominante,
isso é enraizado em nossa cultura, um fato histórico. Os desafios enfrentados por
eles são enormes, todos os dias lutando para não ter sua cultura apagada. A
população Brasileira, de forma geral, não valoriza os índios, pois menospreza-os e
tenta impor seu modo de vida sobre eles.
Esta sobreposição de uma cultura sobre a outra, bem como o pensamento da
população sobre os indígenas, deve mudar. Para que isso acontecesse, seria de suma
importância o apoio do governo. O Ministério da Educação e Cultura (MEC) deveria
criar campanhas de conscientização, que poderiam ser passadas nas redes de
televisão, além de levar palestrantes a escolas para discorrer sobre a história dos
índios e a importância de preservar a cultura deles para que, assim, possamos ter
uma sociedade em que todos entendem e respeitam o espaço e diversidade do
outro.
A negação à cultura indígena iniciou-se na colonização do Brasil. Logo de início, os
primeiros habitantes desta terra tiveram suas propriedades invadidas, perderam
sua liberdade, sendo usados para os interesses dos portugueses e posteriormente
escravizados. Isso decorre de uma visão eurocêntrica por parte dos colonizadores,
que não enxergaram possibilidades de se viver de outra maneira, se não a deles
próprio.
VALORIZAÇÃO DA POPULAÇÃO INDÍGENA
Com o passar dos anos, o crescente aumento da população Brasileira,
juntamente a uma cultura de desvalorização do modo de vida desse povo, fez com
que hoje sobrassem pouquíssimos índios ainda vivos. Atualmente, a maioria das
tribos que sobreviveram a essa barbárie não vivem mais como em sua origem, pelo
contrário, foram extremamente afetados pela tecnologia e costumes provindos da
Europa, como o uso de roupas.
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INDÍGENA: HERÓI OU VILÃO?Aline Cristina de Souza Garcia
O que muitos brasileiros não sabem é que a contribuição do indígena para a
sociedade não ficou no passado, mas tem suas influencias até hoje, desde a
gastronomia até os produtos medicinais naturais. Porém, ainda há uma visão
errônea do índio como preguiçoso e arcaico, embora muitos deles tenham acesso à
Internet e outras tecnologias. Parte da culpa desse estereótipo é a retratação desse
povo apenas em tempos não atuais nos filmes e livros escolares.
Então, para a população da cidade aprender a valorizar esses diferentes povos, é
necessária uma maior representação política dos mesmos, além de serem tratados
com prioridade pelos líderes do parlamento das leis que os protegem. É também, de
suma importância a produção de filmes que mostram a realidade atual do índio
brasileiro e sua retratação em livros didáticos escolares. Assim, a sociedade
aprenderá a lidar com o índio e dará a importância que eles merecem.
A falta de convivência da população da cidade com indígenas dificulta a
aceitação destes povos como parte da sociedade brasileira, que não conhece e nem
reconhece seus direitos. Para eles, o índio ainda está no período paleolítico e em
algum lugar distante e isolado do Brasil. Essa desvalorização e a falta de
conhecimento sobre povos indígenas é refletida na política, cujos líderes não
priorizam as reivindicações de seus poucos representantes no parlamento.
José de Alencar, na obra Iracema, escreve sobre o romance inter-racial
envolvendo a índia dos lábios de mel e o colonizador de sua terra. No livro, a
população nativa é retratada como herói nacional, mas a realidade é diferente. A
valorização que antes era presente perdeu-se a ponto de não respeitarem seus
direitos e não lhes atribuir a devida importância, deixando-os de lado em algum lugar
do passado.
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Adoção é a criação de um laço afetivo permanente, é dar a uma criança ou a um
adolescente uma família. Contudo, o número de adoções realizadas é muito menor
do que o número de pretendentes na fila de espera e de crianças aptas à adoção, por
conta da demora durante o processo. Com isso, muitos jovens passam a infância e a
adolescência isolados de amparo e afeto familiar.
Além de ser um processo demorado, muitos brasileiros não estão interessados
na adoção de irmãos, reduzindo o número de crianças cadastradas que seriam uma
opção para 34,32% e aumentando o número de crianças vivendo em abrigos. Esses
dados apontam que as pessoas, geralmente, não adotam um casal de irmãos por
questões financeiras e por não quererem separá-los. Outro impasse, é a idealização
de perfis dos jovens a serem adotados, que os futuros pais criam, como se a estética
fosse o critério que decidiria se a criança seria adotada ou não.
Izabela Hiromi Kague
Para que mais adoções sejam realizadas e para que a procura por elas se expanda,
o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) deve agilizar o processo feito,
associando-se e criando uma parceria com o Cadastro Nacional da Adoção (CNA), já
que este foi criado com o objetivo de dar maior rapidez e transparência ao método
usado para adotar. Dessa forma, será possível que mais crianças e adolescentes
cresçam e se desenvolvam em um ambiente acolhedor, em uma família.
ADOÇÃO NO BRASIL
Segundo uma pesquisa de 2016 feita no Cadastro Nacional da Adoção (CNA), do
Conselho Nacional de Justiça, 4.916 crianças e adolescentes estavam aptos à
adoção e havia 39.897 candidatos no aguardo, entretanto, apenas 1.226 adoções
foram realizadas. Isso ocorre, pois há diversos termos e contratos a serem
assinados durante o processo de adoção. Assim sendo, diversas pessoas podem se
desestimular a adotar, por ser um procedimento demasiadamente burocrático.
XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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Com isso, pode-se concluir que o índio é completamente desvalorizado na
sociedade do Brasil hoje, por conta de seus costumes e cultura. Um meio de
solucionar esse problema seria a reeducação, em que professores das escolas
ensinariam crianças e adolescentes como os índios realmente são e a respeitá-los,
sem os julgar ou agredir.
DESVALORIZAÇÃO INDÍGENASuzana Mello Taketa
Na infância dos brasileiros, desde sempre, há desenhos, músicas e filmes que
mostram como o índio vive: na natureza, sem roupas, sem energia elétrica e sem
contato com o mundo moderno. Assim, quando um indígena é visto fazendo o
contrário disso, causa efeito de choque. A imagem estereotipada do indígena
colabora para a desvalorização de sua cultura.
O conflito entre os índios e o mundo moderno acontece porque idealiza-se uma
imagem de indígena completamente diferente do que ele realmente é. No dia do
índio, as escolas ensinam as crianças que o indígena não usa roupa, usam apenas um
cocar na cabeça e um arco-flecha para caçar, mas quando essa mesma criança vê um
nos dias atuais, ela percebe que essa não é a realidade e se choca.
Além disso, esse povo é julgado como incompetente já que na cabeça da
população os índios foram criados como “selvagens” (sem contato com o mundo
moderno, roupas, energia elétrica, alfabetização). Na música da Xuxa Meneghel
“Brincar de índio” pode-se perceber que no trecho “índio fazer barulho” ou “índio quer
apito” deprecia-se o conhecimento do índio ao falar o português.
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Ensino Médio3sériea Amanda
Daniela
André
Beatriz
Vitoria
Laura
MariaEduarda
Carlos
Rodrigo
Tiffany Karina
Ensino Médio3sériea
A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, em sua palestra para o
TEDGlobal 2009 amplamente divulgada na internet, fala-nos sobre “os
perigos de uma história única”, ou seja, qualquer fato pode ser analisado a
partir de diversos vieses, nunca apenas de um. Essa tendência nos limita,
pois impede que consideremos novas possibilidades. Em um cenário político
e social marcado por intolerância, fanatismo e austeridade, a busca pela
formação de cidadãos com senso analítico e questionador torna-se crucial, e
essa tem sido nossa missão. Nas produções de nossos alunos,
encontraremos textos de caráter dissertativo que nos ajudam a tocar a
realidade de um modo mais crítico e justo. “Quando nós rejeitamos uma única
história, quando percebemos que nunca há apenas uma história sobre
nenhum lugar, nós reconquistamos um tipo de paraíso.”
Professora Leticia Amoroso Gregio
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Além disso, outro fato que pode ser levado em consideração é a morte do nativo
Galdino, caso que, na época, teve grande repercussão no país. O indígena foi
queimado vivo em 20 de abril de 1997, um dia após Dia do Índio, em Brasília e o
incêndio foi provocado por um grupo de 5 jovens enquanto ele dormia. Tal
acontecimento nos leva a crer que a intolerância é muito presente na nossa
sociedade e que a visão etnocêntrica do brasileiro prevalece, visto que atos
violentos contra índios ocorrem com frequência, apenas por sua cultura,
erroneamente, ser considerada inferior.
A partir disso, medidas devem ser tomadas. Com o Ministério da
Cultura, promovendo eventos de valorização da cultura indígena,
como exposição de quadros e artesanatos e shows gratuitos que
mostrem a identidade dos nativos e a influência deles no nosso
cotidiano. Ademais, o Ministério da Educação pode estar
presente organizando projetos que ilustram danças e hábitos
típicos, e dessa forma, acabar conscientizando os alunos
sobre a importância do respeito ao índio. Em consequência
disso, a população indígena e seus costumes tendem a ser
mais valorizados.
VALORIZAÇÃO DA POPULAÇÃO INDÍGENABeatriz Carvalho Reis
Vivemos em um país marcado pelo etnocentrismo, essa visão define-se pelo
grupo étnico ou nação a que se pertence seriam socialmente mais importante que os
demais, fato que ocorre quando se trata da relação entre índio e outros brasileiros.
Analisando a música “Cachimbo da paz”, de Gabriel O Pensador, podemos ver o olhar
etnocêntrico da sociedade, visto que, segundo a canção, o nativo sofre violências
pelo seu modo de viver e de ver o mundo. Com isso, pode-se perceber que a
população indígena é pouco valorizada no Brasil e dessa forma sua cultura é
desrespeitada.
Diante disso, é evidente que a população indígena, juntamente com a sua cultura,
não é valorizada por muitas pessoas terem uma visão preconceituosa de que índio
representa “atraso”. Visto que seus valores estão pautados, por exemplo, em
preocupação com gerações futuras e que a felicidade individual depende do
coletivo, muitos acreditam que aos ideais não levam ao progresso. Isso pode ser
observado diante do caso de um professor indígena morto a pauladas em Santa
Catarina. Segundo notícia publicada no início de 2018 pela Agência Brasil Brasileira, a
vítima foi Marcondes Namblá, formado pelo curso de licenciatura intercultural
indígena na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e era líder de sua
comunidade, atuando na preservação da língua “Laklãnõ-Xoklong”.
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Amanda de Lima Stricagnolo
A adoção é regulamentada pelo e Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e
sua função é garantir o direito à convivência familiar e comunitária. O número de
pretendentes é grande, porém, devido aos impasses neste processo no Brasil,
muitas crianças são prejudicadas e perdem a oportunidade de se desenvolverem da
melhor forma possível.
Existem aproximadamente 4.900 menores cadastrados para adoção no país e
mais de 40.000 interessados, havendo uma média de oito pretendentes para cada
uma, contudo, mais de 50% dos jovens têm irmãos, fazendo com que haja um
surpreendente número de desistências. Isso ocorre devido não só à grande
responsabilidade que os pais possuem ao assumir mais de um filho e os gastos
gerados com os cuidados, mas também pela exigência que eles possuem de adotar
uma criança com características e idade específica; sendo assim, quando um dos
irmãos não se encaixa a este padrão, ele está sujeito a uma maior rejeição.
AS COMPLICAÇÕES NO PROCESSO DE ADOÇÃO
O Cadastro nacional da Adoção (CNA) foi criado em 2008 com o intuito de dar
maior visibilidade e agilizar os processos de adoção ao reunir dados das crianças
dispostas e seus pretendentes. Entretanto, o número de adoções continua baixo em
alguns estados, registrando menos de cinco por ano, devido às exigências ao realizar
este processo e as condições financeiras dos interessados, além da falta de
adaptação dos indivíduos adotados. Com isso, a expectativa de criar-se um vínculo
afetivo que permanecerá por toda vida entre eles se torna cada vez mais
decrescente.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, junto ao Ministério da Família e dos
Direitos Humanos devem criar leias para diminuir as filas de espera neste processo e
incentivar a adoção de membros da mesma família, por exemplo, além de
proporcionar um apoio financeiro e psicológico às famílias que possuem mais de um
filho adotivo. Desta maneira, o número de irmãos adotados aumentará e será mais
seguro criar laços familiares entre eles, diminuindo gradativamente suas futuras
preocupações.
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Com a globalização, os brasileiros sofreram uma intensa influência
comportamental na qual muitos adquiriram, ainda mais fortemente, um ideal de
padrão acerca do que é ou não comum e correto, e pelo modo de vida indígena em
geral fugir desse padrão as pessoas são acometidas por estranhamento e
resistência. Se o índio utiliza novas tecnologias e afins, para muitos ele deixa de ser
autêntico, o que de acordo com Jose Ribamar, professor na UFRJ, isso seria uma
manobra interesseira dos que apoiam ou desejam a tomada de terras demarcadas
pois "se o índio é destituído de sua identidade, nega-se a ele o direito garantindo pela
constituição de 1988 do usufruto de suas terras".
Em virtude do que foi mencionado, podemos inferir que até o presente momento
o desprezo em relação aos nativos continua sendo enorme, independentemente de
eles terem sido os primeiros habitantes dessas terras. Para que a situação dos
índios possa melhorar é necessário que medidas sejam tomadas, uma delas poderia
ser a intervenção do governo na mídia, para dar a orgãos como a Funai
a possibilidade de expor assuntos que estão em pauta para que
eles ganhem visibilidade e com isso, aliado a uma maior
quantidade de informações disponíveis para a população, mais
pessoas se conscientizem e até mesmo se engajem nessa
causa.
Esse menosprezo ocorre quando na maioria das vezes não se tratam com
respeito estes que, mesmo com as diferenças, são cidadãos brasileiros. Além do
desrespeito, muitos ainda querem tirar desses autóctones os poucos direitos que
lhes garantem uma vida minimamente digna na qual eles consigam preservar sua
cultura e costumes, pois, de acordo com o líder indígena Álvaro Tukano, "O índio é
tratado como um invasor que não tem direito à terra", ainda que originalmente o
Brasil todo fosse uma terra indígena.
Desde a chegada dos portugueses ao Brasil, a vida dos nativos nunca mais foi a
mesma, a profunda desvalorização não apenas de sua cultura, mas também do índio
como pessoa, pode ser visto em diversas obras, entre elas na pintura "Moema" de
Victor Meirelles, produzida em 1866, na qual vemos uma índia morta na beira da
praia. Ainda hoje, por possuirmos uma visão eurocêntrica, desmerecemos o povo
indígena e sua cultura.
Karina Yuri Valente Watanabe
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Evidência da desvalorização da cultura dos índios é a falta de consciência da
população sobre a influência de suas tradições na identidade cultural brasileira. É
possível citar as mais de mil palavras de origem indígena que passam de forma
despercebida como se fossem originalmente portuguesas e a baixa disseminação de
lendas do folclore tradicional dos brasis. Essa falta de apreciação dos costumes
nativos denota por vezes certo desprezo quando não se trata de algo involuntário
fruto de um preconceito enraizado.
É notável que essa participação social marcante dos povos indígenas tem
causado estranheza e, em casos mais extremos, revolta. Tendo em mente que essa
não é a reação desejada um possível remédio para esse problema seria um projeto
que envolvesse órgãos do governo como a FUNAI para coordenar uma polícia
especializada para dar atenção especial a crimes contra a sociedade indígena.
André Zaima
UM POUCO DE CULTURA FAZ BEM PARA A SAÚDE
Os indígenas vêm ganhando destaque atualmente por meio do constante esforço
para a consolidação de seus direitos. Tal luta tem atraído cada vez mais holofotes
para a causa dos índios. Porém, como se fosse um sistema imunológico, mas com um
propósito maligno, essa onda de reconhecimento parece vir acompanhada por uma
reação intolerante por parte de alguns setores da população. Muito disso se deve à
pouca difusão da cultura dos povos nativos e da falta de aceitação da mesma como
um dos muitos aspectos culturais brasileiros.
Tal rejeição, em meio a uma presença cada vez mais forte desses povos, parece
gerar uma resposta intolerante pautada em preconceito para confrontar esse
movimento de representatividade. Essa ilusão criada pela sensação de
superioridade pode ser ilustrada pelos casos do índio Galdino em Brasília e do
professor Marcondes em Santa Catarina. Ambos eram considerados líderes em suas
respectivas comunidades e faziam esforços para valorizar a sua cultura, mas foram
assassinados de forma torpe nos dois acontecimentos.
E uma vacina contra o preconceito é a educação tanto na rede pública de ensino
quanto na rede particular para destacar a imagem do índio e
disseminar a sua cultura. Porque respeitar a identidade cultural
de alguém é valorizar a vida.
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A RACHEL DE QU
EIROZ A arte tem o papel de mostrar às gerações atuais retratos que expressão visões
de fatos do passado, os quais são importantes para apontar o que originou o
presente e entender o porquê de seu funcionamento. A falta de incentivo à cultura
dificulta a chegada desse conhecimento às massas, que ficam condenadas a repetir
erros que já foram cometidos antes. A destruição do patrimônio artístico brasileiro
não só é consequência dessa desvalorização, como permite que ela continue a
existir.
ARTE EM CHAMASVitoria Aranha de Medeiros
O Museu Nacional, mais antigo do Brasil e com um acervo de 20 milhões de itens,
sofreu um grave incêndio no dia 2 de setembro de 2018, resultando na perda
considerável número de suas obras expostas, as quais tiveram grande importância
para a construção da história do país. Os incêndios em museus ocorrem por conta do
descaso por parte do poder público com o patrimônio histórico brasileiro, tanto em
manutenção e estrutura quanto em incentivo à arte e à cultura, sendo símbolo da
desvalorização de tais.
Uma instituição de 200 anos como o museu carioca é uma construção frágil por
ser mais antiga, portanto, necessita de atenção maior para sua manutenção. Essa
iniciativa deve partir do governo, responsável pelo dinheiro investido nessa ação,
mas, em época de crise econômica, o cenário cultural não é priorizado, logo, os
gestores responsáveis pelos museus não têm verba suficiente para executar todos
os cuidados que esses locais demandam, então, os incêndios são mais prováveis de
ocorrer.
Enquanto a arte, a cultura e a história forem colocadas em segundo plano, o Brasil
continuará sem avanços até mesmo em educação.
O incêndio no Museu Nacional foi o maior recentemente, porém muitos outros já
aconteceram, representando não só a perda de objetos e prédios, mas da história de
um país inteiro.
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Laura Santos Rivera
ALIENAÇÃO ATRAVÉS DAS MÍDIAS
A “Era das mídias sociais” elevou a importância das imagens, fazendo com que as
pessoas tentem ter uma vida perfeita para seus amigos virtuais, enquanto
escondem seus problemas pessoais. Em um episódio da série “Black Mirror”, as
pessoas eram avaliadas a partir das suas ações e, de acordo com sua classificação, é
oferecido um padrão de vida, assim, cada um tende a passar a melhor imagem
possível. Pode-se dizer que a mídia manipula e controla as ações e pensamento das
pessoas.
Além disso, os diferentes meios de comunicação passam a informação com
pontos de vista distintos, manipulando o pensamento e a opinião do telespectador.
No caso das propagandas eleitorais, que exaltam ou difamam um candidato de
acordo com certos interesses políticos e econômicos, podem causar vantagens ou
desvantagens nas urnas, já que determinados meios têm grande importância e
influência.
A imagem de perfeição, que algumas blogueiras e influenciadoras digitais
passam, faz com que certos padrões sejam instaurados. Sendo que os seguidores se
inspiram muito nelas para uma autoaceitação e, ao não atingirem o padrão
estipulado, podem ter diversos problemas com autoestima, distúrbios alimentares
e, em casos mais graves, pode levar a um suicídio.
Assim, a alienação acontece através da cultura midiática, pois “o mundo é feito
por imagens” e cada impressão conta, mesmo aquela que é falsa e/ou manipulada.
O TÓXICO CONSUMISMO JOVIAL
Um grupo de meninas com maior poder aquisitivo comandam a escola e servem
de molde para o resto dos estudantes, este é o enredo do filme “Meninas Malvadas”.
Não distante da ficção, encontra-se a atual geração Z que vive em uma sociedade na
qual o ter é maior que o ser. O consumismo exacerbado não gera
apenas a sensação de superioridade, mas, também, um
relacionamento tóxico de rivalidade entre os jovens.
A ascensão dos influenciadores nas redes sociais que,
como já nomeados, têm o papel de influenciar, instaura um
padrão de vida inalcançável a população jovem, os seus
principais consumidores, e passam a ser inseridos nele, de
forma que os excluídos são considerados inferiores.
Segundo estudo da Qualibest, os criadores de conteúdo só
perdem em influência para parentes e amigos na hora que
o consumidor opta por um serviço ou produto.
Maria Eduarda Salles Trevizani
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A HISTÓRIA QUE A HISTÓRIA NÃO CONTA
Em 2019, no primeiro mês de governo de Jair Bolsonaro como presidente do
Brasil, houve o repasse da função de demarcação terras indígenas da Funai para o
Ministério da Agricultura. Tal fato viabiliza a ação de grileiros e afeta a manutenção
de territórios bem distribuídos entre toda a população, evidenciando-se que
demarcar é o primeiro passo para valorizar os índios, tendo em vista as vastas
tradições que podem compartilhar, a exemplo das habilidades medicinais e da arte
ricamente variada.
Carlos Akio Yonamine
No samba-enredo de 2019, a escola carioca "Estação primeira de Mangueira"
afirmou que, na história do Brasil, há "mais invasão do que descobrimento",
referindo-se à posição dos navegadores diante dos povos indígenas. Apesar de
passados mais de 500 anos desde que Portugal chegou ao Brasil, existe a
necessidade da imediata demarcação de terras, além do estímulo à presença de
representação política.
Há, também, a carência de representantes em cargos de alta interferência
(deputados, senadores) em prol dos direitos indígenas, enfraquecendo ainda mais
esses povos. Isso se evidencia no fato de, somente em 2018, ter sido eleita a primeira
deputada federal descendente dos nativos (Joenia Wapichana).
Infere-se a imprescindibilidade de se estruturar, em conjunto
com os Ministérios do Meio Ambiente, da Cultura (recriação
desse) e da Educação, um plano que, por meio da adição (à grade
comum curricular) de aulas sobre a história dos nativos e por
exposições em espaços públicos, estimule a valorização da
cultura indígena, além de demarcar e proteger as terras
desses. Assim, constrói-se um país justo e seguro para todos,
com o fim da intolerância.
Em toda escola existem as “meninas malvadas” que utilizam do seu status social
para subir na escala da superioridade. A essência da palavra popular sempre se
manterá a mesma, e os excluídos desse grupo serão continuamente oprimidos pelo
desejo de inclusão inalcançável.
Em um mundo em que “a grama do vizinho é sempre mais verde”, o enraizamento
da rivalidade consumista pode ser percebido nos meios de entretenimento, nas
relações sociais e instituições educacionais. De modo que o estímulo a se tornar
melhor, com mais poder aquisitivo do que o outro, culmina na mente dos jovens.
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XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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IDENTIDADE CULTURAL BRASILEIRATiffany Ramirez Ruiz
No século XVI, os jesuítas impuseram o catolicismo em detrimento das
tradições indígenas para obter mão de obra, assim, desde a colonização, essa
população vem sendo explorada pelos portugueses e considerada selvagem e de
cultura inferior. Percebe-se, então, que os povos indígenas não são respeitados e
valorizados como deveriam, em função disso, ainda no século XVI, as tradições,
valores e a cultura indígena são consideradas ultrapassadas.
Um indício de perpetuação dessa desvalorização e segregação social seria o
acontecimento de 1997 em que um indígena foi queimado vivo por um grupo de
arruaceiros e em 2018 um professor indígena foi morto a pauladas, nota-se ainda,
comportamentos de ódio e desprezo a essa parcela da população.
Além disso, um outro fator seria a demarcação de terras indígenas. Grande parte
desses territórios estão em conflito, entre agricultores e povos indígenas que lutam
pelo direito de ocupação das terras de origem, ou seja, esses povos não são
valorizados como parte da identidade brasileira, sendo que, apenas 12,2 % do
território nacional é de terras indígenas, de acordo com a Funai (Fundação nacional
do índio).
Tendo em vista a importância da preservação da identidade cultural brasileira,
esses povos que possuem seus próprios modos de vida devem ser protegidos pela
ordem jurídica nacional e devem ser reconhecidos pela população através de
campanhas sobre a valorização indígena no Brasil, promovidas pela Funai e pelos
meios de comunicação.
Em ambas as situações nada mudou, e essa diversidade étnica brasileira
continua sendo desumanizada e ignorada a ponto de gerar a violência e a aversão ao
diferente causada pelo fato de que tudo que não é igual desestabiliza o modelo de
interpretação do indivíduo gerando, assim, incômodo.
Outra solução seria o aumento da penalização contra a violência sofrida por
esses indivíduos, uma medida que deveria ser adotada pelo governo para garantir a
segurança e evitar que novos casos de agressão contra esses
povos surjam. Assim, essas comunidades poderiam ter a chance
de participar e conviver em harmonia com outras culturas
diferentes, sem sofrerem com visões preconceituosas.
XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
73
Colégio Montessori Santa Terezinha
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ENAGEM
A RACHEL DE QU
EIROZ
DESENHADO ACONTECIMENTOS, OU NÃO ACONTECIMENTOSRodrigo Volpe Battistin
A obra "Guernica", de Pablo Picasso, é considerada a grande responsável pela
divulgação a nível global dos horrores ocasionados pelo bombardeamento da cidade
de Guernica. A compreensão da história por meio de imagens é perceptível em
muitas obras de arte, revelando como o ser humano retém uma relação mais forte
com o passado quando possui símbolos desse para apoiar-se.
Percebe-se que a perpetuação de erros históricos, ou seja, supostos fatos que se
fixaram no senso comum mesmo sendo historicamente errôneos, é muitas vezes
resultado da construção de uma imagem falsa do passado.
A romantização dos tempos anteriores ao presente é um processo comum na
história da humanidade, às vezes feito propositadamente para se enaltecer os
antepassados de um povo, enquanto em outros casos ocorre devido à falta de
informações precisas; de um jeito ou de outro, são feitas representações não
verídicas, mas que por terem um caráter romântico acabam sendo mais atrativas
que a realidade, dentro da imaginação das pessoas.
Consequentemente, fica evidente que a interação das pessoas com fatos
históricos muitas vezes está associada à sua relação com símbolos. Seja
construindo mentiras ou expondo verdades, estes símbolos estreitam a conexão do
ser humano com o seu passado, mas não com a realidade, necessariamente.
Por outro lado, nota-se o poder das imagens como instrumentos de denúncia e
compreensão dos fatos, já que estas têm a capacidade de trazer à tona e marcar na
memória coletiva as verdades de acontecimentos separados do indivíduo pelo
decorrer do tempo. Tal poder é explicado, em partes, pela possibilidade de se
estudar objetos, pessoas e eventos sem estar em sua presença física através das
representações visuais, a exemplo das obras brasileiras dos anos de 1960 e 1970 que
relatavam a extrema censura vigente na época da ditadura militar.
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XIV PRÊMIO JOVEM ESCRITOR
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SOCIEDADE DE CONSUMO
“Contando os plaquês de cem / Dentro de um Citroën / Aí nós convida porque
sabe que elas vêm”, a música de Mc Guimê ilustra um dos sintomas do capitalismo
(atual sistema econômico predominante no mundo): o consumo. Este fenômeno tem
sua permanência devido a uma herança de âmbito social e econômico e,
consequentemente, leva a um ciclo compulsivo de compras.
Este hábito se deve ao atual modelo dominante no mundo, iniciado em um
contexto pós-feudal, o sistema de câmbio que regia a economia foi substituído pelo
uso de moedas e pela atribuição de valores padrões aos objetos e serviços. Tendo em
vista o pensamento do sociólogo Jean Jacques Rousseau, “o homem é bom por
natureza, a sociedade o corrompe”, em uma sociedade capitalista, as vertentes do
consumo se encaixam como responsáveis pelo molde da forma de pensar
populacional, visto que é um processo antigo e carregado até os dias atuais.
Daniela Pedro Fontes
Assim, a compulsão às compras não se resume apenas a vontade de fazê-las,
deve-se levar em conta também os processos históricos ocorridos. A construção de
um pensamento social em adição à prática econômica estruturada durante anos,
favorecem a permanência desta atividade viciosa e compulsiva.
Devido a essa herança histórica, somado a fatores midiáticos expositivos, as
pessoas tendem cada vez mais a cair em um ciclo vicioso compulsivo de consumo.
Para análise, por exemplo, o lançamento de uma nova coleção de tênis. O consumidor
que entra em contato com divulgações de propaganda é instigado pela insatisfação
de não possuir o novo produto e o compra, mesmo tendo outros tantos pares que
exercem a mesma função. Porém, quando outro lançamento é exposto, estas ações
se repetem, tornando-se assim, um ciclo.
PARA QUEM LEVA A EDUCAÇÃO A SÉRIO E FAZ DA VIDA UM ETERNO APRENDIZADO
www.santaterezinha.com.br / www.facebook.com/santaterezinhaSanta Terezinha
RIOSSETNOM
OIGÉL
OC
Sinceros agradecimentos da equipe de Português aos colegas das
demais áreas do conhecimento e à equipe técnico-pedagógica, pela
presença constante e incentivo diário.
Mantenedora e Diretora-geral - Neuza Maria Scattolini
EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA
Coordenadora Pedagógica (Fundamental II e Médio) - Ivete Fierro Araújo Segabinazzi
Professora Adriana Lilian Garcia
Professora Leticia Amoroso Gregio
EQUIPE DE LÍNGUA PORTUGUESA
Professor Lucas Medrado
Professora Silvana E. O. da Matta Vívolo
Professora Valéria Maceis
Professora Maria Inez Ferreira de Jesus
DESIGNER GRÁFICO - Silvio da Matta