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EXTRA PAUTA Jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná - Nº 68 - Maio/Junho - 2004 - ISSN 1517-0217 [email protected] http://www.sindijorpr.org.br Impresso Especial 3600137940-DR/PR SIND. DOS JORNALISTAS CORREIOS Regional Presidente do Sindijor visita cidades do interior do Estado. Página 5 Ação para a Cidadania Jornalistas brasileiros se unem para defender direitos autorais. Página 6 Formação Fórum dos Professores de Jornalismo é institucionalizado. Página 11 Imprensa do Paraná Requião agride fisicamente jornalista do Jornal de Londrina. Página 10 Profissionais assinando como jornalistas responsáveis veículos nos quais não tiveram nenhuma ou pouca participação é uma prática que está se tornando comum. Além de antiético, este procedimento pode gerar problemas legais enormes. Afinal, como o próprio nome diz, o profissional é o responsável pelo veículo e assume o encargo sobre tudo o que está nele publicado. Ao fazer isto, o jornalista está considerando seu trabalho como de menor importância, e que pode ser feito por qualquer um. Na verdade, ele apenas cede seu número de registro para cumprir uma obrigação legal. Enquanto houver jornalistas que sucumbam à sanha de patrões ávidos de lucros e aceitem “emprestar o nome” por alguns trocados, a profissão continuará sendo aviltada e precarizada. Assinar um jornal sem ser efetivamente responsável é uma forma de o jornalista degradar-se e degradar toda a profissão. Páginas 3 e 4 A IRRESPONSABILIDADE DO “EMPRESTAR O NOME” PARA ASSINAR JORNAL

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Maio - Junho/2004

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Page 1: Extra Pauta Ed. 68

EXTRA PAUTAJornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná - Nº 68 - Maio/Junho - 2004 - ISSN 1517-0217

s i n d i j o r @ s i n d i j o r p r . o r g . b r

h t t p : / / w ww. s i n d i j o r p r . o r g . b r

ImpressoEspecial

3600137940-DR/PRSIND. DOS

JORNALISTAS

C O R R E I O S

RegionalPresidente do

Sindijorvisita cidades do

interior doEstado.Página 5

Ação paraa Cidadania

Jornalistasbrasileiros

se unem paradefender

direitos autorais.Página 6

FormaçãoFórum dosProfessores

de Jornalismo éinstitucionalizado.

Página 11

Imprensado ParanáRequião agride

fisicamentejornalista

do Jornal deLondrina.

Página 10

Profissionais assinando como jornalistasresponsáveis veículos nos quais não tiveramnenhuma ou pouca participação é umaprática que está se tornando comum. Alémde antiético, este procedimento pode gerarproblemas legais enormes. Afinal, como opróprio nome diz, o profissional é oresponsável pelo veículo e assume o encargosobre tudo o que está nele publicado. Aofazer isto, o jornalista está considerando seutrabalho como de menor importância, e que

pode ser feito por qualquer um. Na verdade,ele apenas cede seu número de registro paracumprir uma obrigação legal. Enquantohouver jornalistas que sucumbam à sanha depatrões ávidos de lucros e aceitem“emprestar o nome” por alguns trocados, aprofissão continuará sendo aviltada eprecarizada. Assinar um jornal sem serefetivamente responsável é uma forma de ojornalista degradar-se e degradar toda a

profissão. Páginas 3 e 4

A IRRESPONSABILIDADEDO “EMPRESTAR O NOME”

PARA ASSINAR JORNAL

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Extra Pauta é órgão de divulgaçãooficial do Sindicato dos JornalistasProfissionais do Paraná. Endereço:

Rua José Loureiro, 211, Curitiba/Paraná. CEP 80010-140. Fone/Fax

(041) 224-9296. E-mail:[email protected]

Jornalista ResponsávelRicardo Medeiros

Reg. prof. 24866/106/81

RedaçãoAdir Nasser Junior

[email protected]

Colaborou nesta ediçãoEmerson Castro

FotografiasIvan Giacomelli, Ana Paula Muller de

Lima, Roberto Custódio, MarceloElias e Wilson Dias.

IlustraçõesSimon Taylor

Edição GráficaLeandro Taques

Tiragem4.000 exemplares

ImpressãoHelvética Composições Gráficas Ltda.

As matérias deste jornal podem serreproduzidas, desde que citada a

fonte. Não são de responsabilidadedeste jornal os artigos de opinião e asopiniões emitidas em entrevistas, por

não representarem, necessariamente,a opinião de sua diretoria.

Expediente

editorial

Os jornal istas precisam estar atentos

A jornalista Jeanine Maria Lemossaiu da Gazeta do Povo paratrabalhar na assessoria do senadorOsmar Dias em Curitiba.

O jornalista Wagner de AlcântaraAragão também deixou a Gazeta doPovo para atuar na assessoria deimprensa da Secretaria de Estadoda Administração.

Humberto Slowik, ex-Gazeta doPovo, está na assessoria deimprensa do Teatro Guaíra.

Na MC Comunicação, estáatuando o jornalista JorgeMosquera.

A rádio Globo está operando nomesmo endereço da CBN Curitiba. Aintegração foi feita após a aquisiçãoda CBN Curitiba pelo Grupo J.Malucelli, que já controlava a RádioGlobo na cidade.

Melissa Bergonsi, que haviasaído da Rádio CBN, está chefiandoo Núcleo de Comunicação daSecretaria da Administração. Comela foram também os ex-CBN GiseleLima, Robson de Lazari e MelinaCosta.

Toni Casagrande, também ex-CBN, foi para a assessoria do ClubeAtlético Paranaense.

Dary Junior, ex-diretor deJornalismo da TVE-PR, retornou aCuritiba, após chefiartemporariamente a redação da

rádio corredor rádio corredor rádio corredorSecretaria de Estado da Educação deSão Paulo. Ele está preparando o novodisco da banda Terminal Guadalupe,da qual é vocalista e guitarrista.

A jornalista Cristina Esteche lançouhá um mês o jornal Tribuna Regional,com circulação às quintas-feiras, emGuarapuava e região. Além de Cristina,a equipe conta com os jornalistasCarlos Fernando Huf e LucianaQueiroga Bren. O formato é tablóideamericano, 12 páginas, capa e contracapa coloridas em papel sulfite, e asinternas em papel jornal. O TribunaRegional vem se somar ao jornal on-line Rede Sul de Notícias.

O jornalista Walter Schmidt, ex-Gazeta do Povo, e atualmenteprofessor das Faculdades Eseei,acabou de lançar o jornal quinzenalAlô Pinhais.

O site Fotos e Rumos (http://www.fotoserumos.com), do jornalistaLevis Litz, está com novidades naedição de maio. Entre elas, galeria defotos de países como Polônia, Croácia,Hungria e Eslovênia, e álbuns dosfotógrafos João Roberto Gaiotto,Juliana Costa e Juan Matias Maggi.

O jornalista João Somma Neto,professor da UFPR e do Unicenp,defendeu tese de doutorado no dia 4de maio na Escola de Comunicações eArtes da Universidade de São Paulo,sendo aprovado pela bancaexaminadora com recomendaçãopara publicação de seu trabalho. Atese, intitulada “Ações e Relações de

Poder: a construção da reportagempolítica no telejornalismoparanaense”, é um estudocomparativo dos principaistelejornais locais.

Guto Moliani está atuando comoprofessor substituto da UFPR nacadeira de Planejamento deProdução Gráfica e Editorial.

O sempre crítico Valdir Cruz foidemitido da Universidade Tuiuti doParaná. Agora ele atua comoprofessor apenas na UniBrasil, ondeé coordenador do curso deJornalismo.

O jornalista Alexandre Zraik saiuda TV Iguaçu, onde apresentava oprograma Tribuna no Esporte. Elecontinua assinando sua coluna diáriano Jornal do Estado.

Do Jornal do Estado saiu RodrigoWerneck, que vai trabalhar nacampanha do candidato petista àPrefeitura de Curitiba, ÂngeloVanhoni.

Sílvio Rauth Filho, diretor deFiscalização do Sindijor, sai daassessoria de imprensa dosCorreios para trabalhar na campanhaà reeleição do vereador Pedro Paulo(PT), em Curitiba. Ele permanece noJornal do Estado.

Luigi Poniwass, diretor deCultura do Sindijor, saiu da edição doAlmanaque, d’O Estado do Paraná.Agora ele está editando Cidades.

Os jornalistas precisampermanecer vigilantes epreparados para enfrentar os

desmandos em que as empresasquerem nos envolver.Gradativamente, os empregadoresestão tentando surrupiar nossasconquistas e enfraquecer a classe.

Os jornalistas precisamcompreender que as tentativas deconfisco de direitos quase semprese dão lenta e gradualmente, e,quando o jornalista percebe oengodo, já é tarde demais. Quanto aisto, é importante que os jornalistassaibam separar seu amor à profissão– que realmente é apaixonante e

envolvente – do “dar o sangue pelaempresa”.

Os jornalistas precisam perceberque as empresas se escondem atrásda desculpa de “crise no mercado”para não assumir sua crônicaincompetência gerencial. Sob estepretexto, eles pedem aostrabalhadores mais “colaboração”, oque, traduzindo, é: abrir mão dedireitos, quase sempre sem qualquercontrapartida vantajosa.

Os jornalistas precisam valorizaras conquistas históricas da classe.Elas foram obtidas mediante muitaluta e mobilização. Não podem serdesprezadas sob o jogo chantagista

dos empregadores, que usam dafarsa retórica do “não quer, temquem queira” para fazer-nossucumbir aos seus propósitos.

Os jornalistas precisam saberque, à medida que aceitamindividualmente renunciar a certosdireitos – tolerando situações comoa jornada superior às cinco horas,remuneração inferior ao piso e horas-extras não remuneradas –, elesestão enfraquecendo a classe comoum todo e trazendo prejuízoscoletivos que dificilmente serãorecuperados.

Os jornalistas precisam assumir-se como classe e dar um basta a

estas investidas que nosdesmobilizam e nos enfraquecem,especialmente no momento em queiniciativas como a não-obrigatoriedade do diploma jácolocam a profissão numa situaçãode potencial debilitação edescrédito.

Os jornalistas precisam ter emmente que o sindicato é a instânciade representação da classe e queele precisa estar a par de toda equalquer ação deletéria aosinteresses profissionais. Somentedesta forma podemos impedir o danoindividual e evitar com que eleprejudique toda a categoria.

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Defesa CorporativaRONDA DA NOITE, DIA 9, NO SUCATÃO

Mais um Ronda da Noite acontece dia 9 de junho, quarta-feira, véspera de feriado, a partir das 20h, noSucatão Bar & Restaurante (Rua Dr. Kellers, 153). Os jornalistas terão como cortesia vinho. Em

outras bebidas, desconto de 50% a quem apresentar carteira da Fenaj.

EMPRESTAR O NOME PARA JORNAIS:DANDO O AVAL À PICARETAGEMT

odo veículo de imprensa deve serfeito por jornalistas ou ter umjornalista como responsável

pelo conteúdo, conforme determina aLei de Imprensa (artigo 7º). A obrigaçãovale para qualquer periódico deimprensa, de qualquer tiragem, mesmoos gratuitos. Desta obrigação e do víciopelo mais fácil/mais barato decorre quejornais sejam produzidos sem nenhumacompanhamento jornalístico e apenastomem um jornalista para “assinar” operiódico, ou seja, emprestar o nomee o número de registro profissional paraque o veículo os estampe no expedientepublique o que bem entenda.

Entre esta situação extrema e ocaso do jornalista que participaativamente de todas as fases deprodução, há várias gradações departicipação limitada do jornalista nospequenos veículos. É um caso típicode depreciação e precarização daprofissão. Na medida em que ojornalista aceita não fazer um serviço,e apenas figurar como aquele que o fez,ele está admitindo que seu trabalhopode ser feito por um não jornalista. Emoutras palavras, ele considera o seutrabalho absolutamente dispensável eapenas se aproveita de uma obrigaçãolegal para ganhar algum dinheiro. Naverdade, contrata-se um número deregistro – e não um profissional.

O diretor de Fiscalização doSindijor, Silvio Rauth Filho, diz que oscasos de jornalistas que apenasassinam jornais são bastanterecorrentes. “O sindicato temorientado os jornalistas para que nãoaceitem o ‘apenas assinar ’, porcontrariar a regulamentação daprofissão (Decreto 83.284), queestabelece que as atividadesjornalísticas (redação, reportagem,foto, edição, diagramação etc) sópodem ser feitas por jornalistasregistrados”, afirmou. Ou seja, ojornalista responsável deve participarde todas as fases de produção doveículo, desde a pauta até a edição.“O jornalista precisa se conscientizarque ele é o fiscal da lei. Se ele nãofiscalizar, não lutar para que uma

conquista história como essa (a nossaregulamentação) tenha valor, osindicato enfraquece”, disse Rauth.

“Toda vez que o jornalista possibilitaque pessoas não preparadas possamtrabalhar com a informação, ele estátomando uma atitude contra a ética”,disse Élson Faxina, professor de Éticada Comunicação do curso deJornalismo do Centro UniversitárioPositivo (UnicenP). Segundo ele, estaatitude não ajuda na qualificação dainformação. “Isto só contribui para adesinformação geral, pois o veículoacaba não tendo um profissional paradiscutir criteriosamente a informaçãoque será veiculada”, afirmou.

O professor Antônio Strano, doNúcleo de Ética da Universidade Tuiutido Paraná (UTP), afirmou que estaatitude é uma aberração e um ato deignorância. Ele disse que estáaumentando a conscientização acercada necessidade da participação efetivado jornalista responsável na produçãodo periódico. Segundo ele, os sindicatose as faculdades de Jornalismo temcolaborado para mostrar aperniciosidade do mero “assinar jornal”.

ParticipaçãoUm jornalista paranaense que tem

também atuação na política afirmouque não participa de todas as fasesda produção dos três veículos queassina. “Não posso participar. Vouaos veículos uma vez por mês.Eventualmente, eles (os donos dosveículos) me mandam as matérias,observo e autorizo, evitando aquelasque podem gerar problemaspolíticos”, afirmou o jornalista. Estemesmo jornalista disse que foi vítimade um caso de falsidade ideológica.Um jornal da região do litoral usouseu nome e seu regis t ro comojornalista responsável no expedientesem que ao menos e le fosseconsultado.

Trata-se de uma situação limiteem que o jornalista também é vítimada ganância de patrões que queremdispensar o trabalho profissional parafazer arremedo de imprensa.Obviamente que esta visão estreitade certos veículos acaba redundandono desprezo do público, que não seconforma com o produtoeditorialmente ruim.

Lei nº 5.250, de 9 de fevereiro de 1967

Art. 7º - No exercício da liberdade demanifestação do pensamento e deinformação não é permitido oanonimato. Será, no entanto,assegurado e respeitado o sigiloquanto às fontes ou origem deinformações recebidas ou recolhidaspor jornalistas, rádiorepórteres oucomentaristas.

§ 1º. Todo jornal ou periódico éobrigado a estampar, no seucabeçalho, o nome de diretor ouredator-chefe, que deve estar no gozodos seus direitos civis e políticos, bemcomo indicar a sede da administraçãoe do estabelecimento gráfico onde éimpresso, sob pena de multa diária,de, no máximo, um salário mínimo daregião, nos termos do artigo 10,

§ 2º. Ficará sujeito à apreensão pelaautoridade policial todo impresso que,por qualquer meio, circular ou forexibido em público sem estampar onome do autor e editor, bem como aindicação da oficina onde foiimpresso, serie da mesma e data daimpressão.

§ 3º. Os programas de noticiário,reportagens, comentários, debates eentrevistas, nas emissoras deradiodifusão, deverão enunciar, noprincípio e no final de cada um, o nomedo respectivo diretor ou produtor.

§ 4º. O diretor ou principalresponsável do jornal, revista, rádio etelevisão manterá em livro próprio, queabrirá e rubricará em todas as folhas,para exibir em juízo, quando para issofor intimado, o registro dospseudônimos, seguidos dasassinaturas dos seus utilizantes,cujos trabalhos sejam ali divulgados.

Art. 3º§ 5º. Qualquer pessoa que emprestar

seu nome ou servir de instrumentopara violação do disposto nosparágrafos anteriores ou queemprestar seu nome para se ocultaro verdadeiro proprietário, sócio,responsável ou orientador intelectualou administrativo das empresasjornalísticas será punida com a penade um a três anos de detenção e multade 10 a 100 salários mínimosvigorantes na Capital do País.

§ 6º. As mesmas penas serãoaplicadas àquele em proveito dequem reverter a simulação ou que ahouver determinado ou promovido.

PROIBIÇÃO VEM DALEI DE IMPRENSA

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Defesa CorporativaPARANAENSES NA FINAL GP AYRTON SENNA

Em agosto, acontece a entrega do Grande Prêmio Ayrton Senna de Jornalismo. Entre ossemifinalistas há dois paranaenses: Sergio Rannali, da Folha de Londrina, na categoria

Fotojornalismo, e Patrícia Pinheiro, da Gazeta do Povo, na categoria Mídia Jovem e Infantil.

Embora o jornalista que“empreste” o nome paraassinar jornais fique sujeito a

punições do Conselho de Ética dosindicato e da Federação Nacional dosJornalistas (Fenaj), além de responderjudicialmente por matérias quecontenham ofensas morais, a piorpunição é cair no descrédito. Ninguémvai valorizar um jornalista que seresponsabiliza por um veículo com errosgrotescos, pessimamente diagramadoe editorialmente superficial.

Quem for apanhado assinando jornaissem participar da sua produção fica sujeitoa punições da Comissão de Ética dosindicato. Aos associados, aspenalidades vão da observação,advertência, suspensão ou exclusão doquadro social do sindicato; aos não-associados, da observação, advertênciapública, impedimento temporário eimpedimento definitivo de ingresso noquadro social do sindicato. Como informao diretor de Fiscalização do Sindijor, SilvioRauth Filho, a empresa que tem umapessoa sem registro de jornalistatrabalhando como tal está sujeita a multas.

“É uma atitude ilegal e antiética dojornalista como profissional e comocidadão”, afirmou o professor AntônioStrano, do Núcleo de Ética daUniversidade Tuiuti do Paraná (UTP). Oartigo 3º da Lei de Imprensa estabelecepunição para quem emprestar o nomepara cumprir requisitos legais emveículos. Qualquer crime de imprensacometido pelo jornal assinadoirresponsavelmente envolverá ojornalista civil e criminalmente.

Não chega a ser um exagerocomparar o jornalista que “empresta onome” ao farmacêutico que faz omesmo, se responsabilizando porvárias farmácias que contam apenascom atendentes, ou um engenheiro queassina uma planta sem analisá-la. Oato imprudente de qualquer um deles –confiando a outrem a tarefa técnica –pode custar caro tanto para si própriocomo para o público.

“Há muitos casos assim e outrosmais graves, daqueles que assinaramjornais, sequer revisaram, e foramprocessados. E não conseguem – e

MUITO MAIS ARRISCADO DO QUEASSINAR UM CHEQUE EM BRANCO

nunca conseguirão – escapar doprocesso, porque o jornalistaresponsável, como o nome já diz, éresponsável juridicamente pelapublicação”, afirmou Silvio Rauth Filho,diretor de Fiscalização do Sindijor.

Outro jornal is ta, que acei touassinar uma rev is ta técnica deinformática “porque precisavam deum jornalista responsável”, admiteque a exigência é pertinente. “Achoválida; é preciso ter alguém quesupervisione, faça o controle dequal idade, dando um formato

editorial que agrade ao público”,afirmou a fonte que preferiu ficaranônima. No entanto está ciente doperigo a que se submete. “Posso meexpor a risco. Se for questionadosobre algum tema da revista, seriavexatório”, disse a fonte, que temalgum conhecimento acerca do tema.“Caí meio de pára-quedas, dei umapassada de olhos, mas confio no queos técnicos escreveram”, afirmou.Para o jornalista, ele correria maisrisco se fizesse o mesmo em umjornal de bairro, por exemplo.

O professor de Ética daComunicação do curso deJornalismo do Centro UniversitárioPositivo (UnicenP), jornalista ElsonFaxina, alerta a respeito deste risco.“O jornalista tem que ter consciênciade que, participando ou não, ele é oresponsável pelo jornal. O jornalistatem que assumir as conseqüênciasdos seus atos”, afirmou Faxina. Oprofessor Antônio Strano lembraque, além do jornalista responsável,o dono do jornal também éresponsável em caso de açõesjudiciais. Os donos de veículostambém podem ser acusados porter criado o vínculo antijurídico doprofissional com o veículo.

Faxina defende que o Código deÉtica dos Jornalistas, instituído em1985, seja reformulado para quecontemple situações como esta.“Feito há 20 anos, ele não incorporavaa questão da sobra de mão-de-obrae a internet”, observou. Ele lembrouque o código não condenaexplicitamente a assinatura figurativa.

Rauth reafirma que jornalistas nãodevem aceitar o “emprestar o nome”.Mesmo assim, se o fizerem, quedenunciem ao Sindicato o veículoque emprega irregularmente pessoasque realizam função de jornalista. Adenúncia pode ser feitaanonimamente, e o sigilo serámantido. “Dessa forma,conseguimos abrir mais vagas nomercado de trabalho. Mas só vaifuncionar se cada jornalista fizer suaparte, denunciando asirregularidades e lutando pela

valorização da profissão”, afirmou.Vale lembrar que no Paraná,

jornalistas precários – pessoas que,valendo-se das decisões equivocadas doTribunal Regional Federal de São Paulo,obtiveram registro profissional mesmonão tendo diploma – não podem assinarjornais nem tampouco participar daprodução de veículos ou programasjornalísticos. Isto porque a convençãocoletiva de trabalho – que vale para todasas empresas do ramo, inclusive as nãofiliadas ao sindicato patronal – veda acontratação dos chamados precários.

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RegionalCÂMARA APROVA PL DAS FUNÇÕES DE JORNALISTA

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da Câmara dos Deputados, aprovou o projetode lei 708/03, que atualiza as funções dos jornalistas profissionais. O projeto, elaborado pela Fenaj

e apresentado pelo deputado Pastor Amarildo (PSC/TO), segue agora para o Senado.

PRESIDENTE DO SINDIJORVISITA O INTERIOR

Opresidente do Sindijor,Ricardo Medeiros, fez entreos dias 26 e 30 de abri l

visitas a profissionais e estudantes,bem como às delegacias do sindicato,em Cascavel, Pato Branco e Foz doIguaçu. A visita serviu para a direçãodo sindicato se aproximar mais dosprofissionais destas praças e parasaber dos diretores regionais o que osindicato pode fazer por estasdelegacias, bem como expressar aeles as demandas do Sindijor.

A série de visitas começou emCascavel, onde Medeiros visitou, emcompanhia do vice-presidente regionalMario Lemanski, as redações dosjornais Gazeta do Paraná, Hoje, OParaná, da TV Tarobá e da RádioColméia. Medeiros pôde se informarsobre o processo de entrada deprofissionais diplomados no mercadoonde havia majoritariamente jornalistascom registro provisionado.

O Rascunho, caderno literárioindependente que era encartado noJornal do Estado, completou emabril quatro anos e deixa de ser umsuplemento para se consolidar comoum veículo próprio. Conduzido emCuritiba pelo jornalista RogérioPereira, Rascunho alcançou a 48ªedição com um número especial, eeste mês já está funcionando comoum veículo totalmente desvinculadodo Jornal do Estado.

Conhecido e respeitadonacionalmente pela qualidadeeditorial e pela singularidade naabordagem da literatura, o jornalinaugura sua nova fase commudanças, que incluem a expansãodas 28 para 32 páginas e umatiragem de 5 mil exemplares - 2.100dos quais distribuídos para todo oBrasil. A crítica literária, que estavaquase concentrada em produçãobrasileira, ganha um cadernosomente para resenhas de obrasestrangeiras chamado Viramundo.

Os contos, poesias, crônicas etrechos de romances, queapareciam ao longo do jornal,também ganham um espaçoexclusivo, o caderno Dom Casmurro,que publica trechos de autoresestreantes e outros já conhecidos.Segundo Pereira, as oito páginas docaderno Dom Casmurro recebemprioritariamente textos inéditos deautores brasileiros. Mesmo assim,de acordo com o editor, não épossível dar vazão a todos os textosliterários que chegam ao jornal.Atualmente, como informa o editor,cada edição do Rascunho envolve emmédia o trabalho de 30 pessoas,entre colunistas, colaboradores eautores.

O jornal, que conta agora comcotas de patrocínio para manter suasdespesas operacionais, tambémdará ênfase na campanha por novasassinaturas. Segundo Pereira,autores como Raduan Nassar,Manoel Carlos e Lygia FagundesTelles são leitores assíduos do jornal.Serviço:Assinaturas do Rascunho - Envie e-mail com nome edados postais completos para:[email protected], ou ligue para(41) 232-7842. A assinatura semestral custa R$ 25,00.

RASCUNHO CHEGA AOQUARTO ANO E SE

CONSOLIDA

Ele esteve ainda em palestra comestudantes de Jornalismo dasFaculdades Assis Gurgacz (FAG). Nodia 27, ele foi ainda a Toledo, ondedebateu temas como mercado detrabalho, diploma e implantação doConselho Federal de Jornalismo comacadêmicos da Faculdade Sul doBrasil (Fasul). No dia 27 à noite, devolta a Cascavel, ele conversou comalunos da União Educacional deCascavel (Univel) e da UniversidadeParanaense (Unipar).

No dia 28, em Pato Branco, opresidente do Sindijor, juntamente como vice-presidente Ubiracy Tesseroli,manteve contato com profissionais eestudantes de Jornalismo. Ele visitoua redação do jornal Diário do Povo e,à noite, fez uma palestra na Faculdadede Pato Branco (Fadep), aberta aacadêmicos e profissionais. Medeirosfoi ainda entrevistado pelas emissorasTelevigo e TV Sudoeste.

No dia 29 e 30 de abril e 1º de maio,Medeiros fez a última etapa da viagem,em Foz do Iguaçu, onde esteve emredações para conversar com colegas.Foram visitados a TV Cataratas, a FozTV, a TV Tarobá, a Gazeta do Iguaçu, oportal de internet H2Foz e a Divisão deImprensa da Itaipu Binacional. Medeirose o vice-presidente regional do Sindijor,Alexandre Palmar, se encontraramcom diretores da Gazeta do Iguaçu paradiscutir o não-cumprimento daconvenção coletiva de trabalho, já quea empresa não pagou a PLR acordada.Embora os diretores do jornal tivessemse comprometido em regularizarsituação na semana seguinte, o acordonão foi cumprido – o que talvez leve oSindijor a mover uma ação contra aempresa. No dia 30, ele foi entrevistadono programa de Rogério Bonato, noCanal 21. À noite, houve uma reuniãoentre Medeiros e profissionais noespaço do Sindijor na Casa do Teatro.

Ricardo Medeiros em palestra a estudantes de Jornalismo da Univel, em Cascavel.

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Defesa CorporativaFORMADOS PELA UNIPAR JÁ PODEM OBTER REGISTRO

O curso de Jornalismo da Universidade Paranaense (Unipar), de Cascavel, já está reconhecido, e osformados pela instituição já podem obter o registro profissional. Não estão reconhecidos ainda os cursos

da União Educacional de Cascavel (Univel) e da União Dinâmica de Faculdades Cataratas (UDC).

A lei 9.610/98 tirou dos sindicatosde trabalhadores de naturezaintelectual a tarefa de defender

os interesses dos autores, que devemse organizar em associações para fazercoletivamente valer seus direitos decriação. Coube aos sindicatos fiscalizaras associações a que seus filiadosestão organizados para se certificar queestas estão atuando efetivamente deforma legal e em defesa dos interessesdos profissionais.

Isto afetou diretamente os jornalistas,que não contavam com organizaçõespara assegurar o respeito a seus direitoscomo autor de obras – tanto em textocomo em imagem. Para suprir estalacuna, foi criada em novembro de 2000a Associação Brasileira para Proteçãoda Propriedade Intelectual dosJornalistas (Apijor) após deliberação doIX Congresso Estadual dos Jornalistasde São Paulo e aprovação de outrossete sindicatos da classe do país. OSindijor estuda a possibilidade de sefiliar à Apijor e, assim, delegar a ela otrabalho de defesa dos interesses deseus filiados na matéria autoral.

AutorO jornalista é reconhecido como

autor por conta da natureza intelectualcriativa do seu trabalho – da mesmaforma que literatos, músicos, artistasplásticos, inventores etc. Assim, aprodução jornalística é tratada comooutra criação, e, conseqüentemente, osjornalistas como autores.

Embora isto seja claro, o desrespeitoà autoria de trabalhos jornalísticos éuma constante. Esta situação seagravou com a formação dos grandesconglomerados de comunicação, quepassaram a distribuir e a usar em maisde um veículo uma mesma produçãojornalística, sem o concomitantepagamento de adicional pela veiculaçãoou reconhecimento da autoria. Outrofator que contribuiu para que os direitosdos jornalistas como autores fossemdesrespeitados foi a internet e os meioságeis de veiculação de informações.

Existem dois tipos de direito autoral,o patrimonial, referente à questãoeconômica, ou o valor que se deve pagar

JORNALISTAS SE REÚNEM PARADEFENDER DIREITOS AUTORAIS

ao profissional por uma obra, e o direitomoral, que assegura a integridade deinformação, a vinculação entre autor e obrae o dever de identificar o autor. E, apesarde a legislação vedar a publicação,transmissão ou emissão, retransmissão,distribuição, comunicação ao público porqualquer meio ou procedimento dematerial sem autorização do autor, o que

Criada em novembro de2000, a Apijor é uma entidadecivil sem fins lucrativos que temcomo finalidade a defesa dos

direitos intelectuais, moraisou patrimoniais dos

jornalistas enquantoautores. O projeto daentidade, bem comoseu estatuto, éresultado de trabalho depesquisa e consulta

com especialistas emdireitos autorais brasileiros

e no exterior,particularmente na Europa,

onde os jornalistas maisavançaram nesse

terreno em manterorganizações atuantes. Maisinformações, no site da Apijor(www.autor.org.br)

O QUE É AAPIJOR

Duas chapas estão inscritaspara disputar a direção daFederação Nacional dosJornalistas (Fenaj): a situacionistaMais Fenaj em Defesa daDignidade Profissional, tendocomo candidato a presidente ojornalista Sérgio Murillo deAndrade, de Santa Catarina, e aoposicionista Uma Outra Fenaj éPossível, encabeçada pelojornalista Carlos Alberto (Beto)Almeida, de Brasília. A eleiçãoacontece nos dias 6, 7 e 8 de julhonas sedes dos sindicatos e em

DOIS GRUPOS CONCORREM À DIREÇÃO DA FENAJfiliado), mas acabou sendocontornada com a substituição donome.

A jornalista Thirsá Rita RossiTirapelle, presidente do Conselhode Ética do Sindijor, também vaiparticipar – como candidata avulsaà Comissão Nacional de Ética eLiberdade de Imprensa. O Sindijorjá havia deliberado anteriormenteque não tomaria partido na disputapela direção da Fenaj, masmanifestou aos dois grupos queapoiaria todas as iniciativas emfavor da categoria no Brasil.

se vê são situações de flagrantedesrespeito.

O desconhecimento leva jornalistasa situações que facilitam a usurpaçãode direitos autorais. Uma delas é a vendade textos ou imagens por meio de recibode pagamento a autônomo (RPA) ounota fiscal, documentos de valormeramente fiscal, que não autoriza a

publicação nem a reprodução da foto/matéria. Essa autorização deve ser feitapor meio de contrato de cessão de direitode uso.

Estes contratos, porém, têm de serfeitos criteriosamente. De forma geral, asempresas impõem um contrato de formadraconiana e unilateral e sem observar alegislação de direitos autorais em vigor.

alguns locais de trabalho a seremdesignados.

A confirmação da chapa deoposição só aconteceu no dia 27 demaio, em reunião da ComissãoEleitoral Nacional, já que ocandidato apresentado pela chapa,José Arbex Júnior, havia retornado àvida sindical no mês de maio – e háa exigência de que o candidatotenha pelo menos três meses desindicalização. A situação resultounuma troca de acusações entre achapa e o Sindicato dos Jornalistasde São Paulo (ao qual Arbex é

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FiscalizaçãoOCEPAR LANÇA PRÊMIO DE JORNALISMO

A Organização das Cooperativas do Paraná lançou o Prêmio Ocepar de Jornalismo, que premiará matériassobre o sistema cooperativista paranaense. Além dos prêmios em reportagem, será premiado o melhor trabalho

de assessoria de imprensa de cooperativa. Mais informações em www.ocepar.org.br.

CONSELHO DE ÉTICA CONCLUI TRABALHOS DE 2003

OConselho de Ética do Sindijor,integrada pelos jornalistas Thirsá

Rita Tirapelle (presidente), EmersonCastro e Maigue Gueths, e por MiguelBaez (APP-Sindicato) e Luiz Rossafa(Crea-PR), concluiu as atividades dasrepresentações apresentadas no anopassado e está com algumas novidades,entre as quais estão a passagem paraarquivo de representações de anosanteriores e, a partir de 2003, anumeração das representações por

ordem de chegada. Ainda por iniciativada presidente, estão sendo distribuídosCódigos de Ética e cópias do Estatutodo Sindijor nas redações dos veículos decomunicação.

Do trabalho desenvolvido com asrepresentações de 2004, dois casosresultaram em encaminhamentos àDiretoria de Fiscalização do ExercícioProfissional. Em um deles, umaadvogada teve sua imagem exibida, alémde ser insultada num programa de TV.

No outro, a denúncia de perseguição queestaria sendo conduzida por um jornalistacontra o presidente de uma associaçãode classe. O conselho constatou que nãose tratava de um jornalista profissional.

O Conselho de Ética também apurouuma manifestação – semrepresentação – em que dois jornaispublicaram uma matéria semelhante(com pouquíssimas diferenças) emdias diferentes. No que se imaginou tersido um plágio, ocorreu, na verdade, a

publicação de um release que foienviado às redações.

O conselho recebeu ainda adenúncia contra um profissional deradiojornalismo, que classificou emtermos insultuosos o trabalho de umcolega seu. Outra denúncia dava contada publicação de uma matéria semautorização do autor por outro veículo.Em outro caso, uma associaçãoacusou um jornalista de ter sido parcialem uma matéria.

O jornalista José Fiori está sendoprocessado pelo assessor especial dogovernador Roberto Requião, Rodrigodos Santos da Rocha Loures, porinjúria. Rodrigo – filho do presidente daFederação das Indústrias do Estado doParaná (Fiep), Rodrigo da Costa daRocha Loures – foi chamado de“‘aspone’ no Palácio Iguaçu” em umtexto de Fiori distribuído via e-mail atítulo de sugestão de pauta. No texto,de 12 de dezembro do ano passado,Fiori tratava de um evento promovidopela Fiep em que seriam anunciadoscortes de pessoal e mencionavaRodrigo como alguém que ocuparia ocargo de pessoas demitidas. O textofoi repassado a Rocha Loures por umadas pessoas a quem Fiori o enviou.

O jornalista estava insatisfeito coma nova diretoria da Fiep, que o demitiudo posto de assessor de imprensa, aoassumir a entidade, em outubro do anopassado. Segundo Fiori, a crítica é umaquestão política. “Temos o direito dediscutir o papel destes assessoresespeciais”, afirmou. Rodrigo concorda,dizendo que seu posto público deve seprestar a exame da imprensa. “Mas acrítica tem que ser bem fundamentada;o ataque vazio prejudica a todos”, disseo assessor, que classificou o textocomo uma gratuidade sem propósito.“Não conheço o jornalista Fiori e nãotenho nada pessoal contra ele.Reconheço a liberdade dele, como dequalquer jornalista, de escrever, desdeque esteja fundamentado em fatos”,afirmou. A primeira audiência doprocesso será no dia 7 de julho, no 3ºJuizado Criminal, em Curitiba.

JORNALISTA ÉPROCESSADO POR

ASSESSOR DOGOVERNADOR

PARCERIA ENTRE SINDIJOR E BANCODO BRASIL CRIA LINHA DE CRÉDITOO Sindijor firmou no dia 12 de maio

uma parceria com o Banco do Brasilpara a criação do Proger Urbano PessoaFísica, uma linha de crédito paraaquisição de computadores, móveis,câmeras e outros materiais de trabalhopor jornalistas autônomos filiados aosindicato. O banco financia até R$ 10mil por contrato, com juros de 6% aoano (mais TJLP), no prazo de até 36meses.

Ao todo, serão disponibilizados R$1 milhão para esta linha. Para se habilitarao crédito, o jornalista autônomo precisaprocurar uma agência do Banco do

Brasil no Estado, que verificará ascondições para a concessão do crédito,como a comprovação de que se tratade um jornalista autônomo (sem vínculosempregatícios e sem participação diretaou indireta como sócio de empresa) ede que está em dia em suas obrigaçõescom o sindicato.

É preciso enfatizar que somentejornalistas que já estão atuando comoautônomos podem postular ofinanciamento. Jornalistas empregadosque pretendam sair do trabalho paraatuar como autônomos não podempleitear o financiamento, que foi criado

exclusivamente para profissionais quejá estão trabalhando sem vínculo comempresa.

É a primeira linha deste tipo feitacom um sindicato no Brasil e deveservir de modelo para outras iniciativas.O ministro-chefe da Secretaria deComunicação de Governo e GestãoEstratégica, Luiz Gushiken, ao saberda parceria, durante uma reunião comdiretores do banco, avaliou-apositivamente. Segundo Gushiken, ainiciativa contribui para a qualificaçãodo trabalho do jornalista e deve seespalhar pelo país.

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Defesa CorporativaPROGRAMA DE RÁDIO DA EMATER COMPLETA 28 ANOS

O programa de rádio “O Homem e a Terra”, produzido pela Emater-Paraná completou em maio 28 anos.Os dez minutos diários de informação sobre a agropecuária são transmitidos por 104 emissoras em todo

o estado. O programa serve para difundir novas tecnologias agropecuárias no meio rural.

BERZOINI ASSINA ANTEPROJETO DOCONSELHO FEDERAL DE JORNALISMO

Ministro Berzoini: cumprindo promessa feita aos jornalistas

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Oministro do Trabalho eEmprego, Ricardo Berzoini,assinou no dia 27 de maio a

minuta do anteprojeto do ConselhoFederal de Jornalismo, entidade que,quando constituída, dará aos jornalistaso controle do processo de registro efiscalização da profissão. Oanteprojeto, elaborado pela FederaçãoNacional dos Jornalistas (Fenaj) e quecria os respectivos conselhosestaduais, teve modificações e aindapode ser mudado por pareceres deoutros ministérios e/ou órgãos ligadosà matéria. Formalmente, a iniciativa dacriação de conselhos profissionaisprecisa partir do Poder Executivo,portanto o anteprojeto foi passado paraa Casa Civil, onde será submetido aanálises técnicas e jurídicas. Com achancela do presidente da República,ele pode ser enviado ao CongressoNacional.

Entre outras resoluções, oanteprojeto, mantém a exigência deformação específica para o jornalista epropõe uma completa reordenação dalegislação da profissão. O conselho foiconcebido e teve suas bases lançadasdurante o Congresso Nacional dosJornalistas de 1997 – realizado em VilaVelha (ES), em caráter extraordináriopara debater a qualidade da formaçãoprofissional. O projeto chegou a seraprovado na Câmara Federal e noSenado, mas foi vetado pelo entãopresidente Fernando Henrique Cardosoem 1999. A idéia foi relançada em 2000,

durante o Congresso Nacional deJornalistas em Salvador, e o projeto,que era para ser uma Ordem dosJornalistas, foi ampliado. Foram feitosaperfeiçoamentos no texto doanteprojeto, que recebeu ainstitucionalização do Código de Éticae a regulamentação da atividade deassessor de imprensa.

A nova versão foi entregue no finalde 2002 pela presidente da Fenaj,

Beth Costa, ao então ministro dotrabalho, Paulo Jobim. Dada anecessidade da criação do Conselhoser de iniciativa do Poder Executivo,a Fenaj tentou audiência para tratardo tema com o presidente FernandoHenrique Cardoso, mas só aconseguiu já no governo Lula. Oencontro ocorreu no dia 7 de abrildeste ano, Dia do Jornalista, quandoo presidente Lula recebeu 60

profissionais no Palácio do Planalto.Na ocasião, o presidente –juntamente com os ministros RicardoBerzoini e Luiz Gushiken, daComunicação de Governo e GestãoEstratégica – se comprometeu emagilizar o trâmite do anteprojeto. Apromessa foi reafirmada pelo ministroBerzoini em reunião com o presidentedo Sindicato dos Jornalistas de SãoPaulo, Fred Ghedini, no mês de abril.

Decisão da 15ª Vara do Trabalhode Curitiba, dada no dia 30 de abril,deu ganho ao Sindijor na açãomovida contra a Gazeta do Povo quepedia a volta da gratif icação,suspensa desde 2002. A sentençada juíza Susimeiry Molina Marquesconsiderou procedente a exigênciado sindicato de que a remuneração,equivalente a um salário doempregado, voltasse a ser dada atodos aqueles que a receberam pelomenos uma vez.

GAZETA RECORRE DE DECISÃO FAVORÁVEL AOS TRABALHADORESA empresa, no entanto, recorreu

valendo-se de um embargo declaratório(recurso jurídico para analisar brechasna decisão judicial). Com isso, a açãopassa a ser analisada por uma outrajuíza. Mesmo assim, cabe aindarecurso ao Tribunal do Trabalho (o quefaz com que uma decisão demore deseis meses a um ano). Além disto, háa possibilidade de se levar a decisãopara o Tribunal Superior do Trabalho.

Pela decisão, a Gazeta teria depagar as gratificações a todos os

jornalistas que estavam trabalhandonos meses de fevereiro de 2002,fevereiro de 2003 e fevereiro de 2004.Ainda de acordo com a sentença, ovalor a ser pago incluiria reflexo nasférias, 13º salário, anuênio e FGTS doperíodo. Quem foi demitido ao longoda ação trabalhista movida peloSindijor receberia ainda os reflexos noaviso prévio indenizado e na multafundiária.

A Gazeta do Povo sustenta que agratificação decorria de “liberalidade

patronal”, sem caráter salarial, o queo Sindijor contesta, pois, sendopago há mais de 15 anos, setransformou em direito adquirido eem parte de remuneração (que nãopode ser reduzida). O Sindijortambém deve apresentar recurso, jáque a decisão faz com que apenasas gratificações referentes a 2002,2003 e 2004 fossem pagas, e a metaé que seja garantida a incorporaçãoda gratificação para todos os que jáa receberam pelo menos uma vez.

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Imprensa no ParanãFOLHA DE LONDRINA QUER QUE JORNALISTAS ASSUMAM PERDAS

A Folha de Londrina quer que os jornalistas deixem de cobrar os reajustes não dados aos saláriosnos últimos anos. Esta é a condição para a empresa pagar o último reajuste acordado em

convenção coletiva. Com isso eles teriam uma perda salarial equivalente a 5,85 salários.

Mais uma vez, os jornalistas doParaná assistiram a umademonstração do desprezo

do governador Roberto Requião pelaimprensa. No dia 28 de abril, ogovernador protagonizou mais umacena lamentável, no que talvez tenhasido um dos mais deprimentes atos detruculência com a liberdade deexpressão.

Após o lançamento do ProgramaLeite das Crianças em Centenário doSul, ele foi procurado pelo repórterFábio Silveira, do Jornal de Londrina,que lhe fez algumas perguntas sobre oseu relacionamento com o governofederal. O jornalista insistiu numapergunta e não obteve resposta dogovernador. Após ter se afastado,Silveira foi surpreendido por Requião,que desligou seu gravador e torceu odedo do repórter. “Você está querendome jogar contra o Lula”, acusouRequião. A jornalista Vera Barão, queestava próxima, intercedeu: “Nãoprecisa quebrar o dedo do repórter”. Ao que o governador retrucou: “Nãoquebro o seu, minha flor, mas homemeu trato como homem”.

A agressão física ao repórter é oauge do clima de animosidade deRequião em relação à imprensa. Nestasituação, o governador agiu como se oquestionamento não fosse dever daimprensa e as perguntas fossemapenas para agradar a fonte. Requião– que já chamou profissionais daGazeta do Povo de mentirosos emanúncio pago, ridicularizou matéria daTV Paranaense numa de suasintervenções na RTVE (transformadaem seu feudo midiático) e chamou arevista Época de “canalha” –demonstrou todo seu ódio pelaimprensa livre da forma mais baixa.

É mais que evidente que paraRequião somente interessa a imprensachapa-branca, dócil e passiva, e que,no imaginário do governador, entre osjornalistas não-comprometidos existeuma verdadeira conspiração para sabotarseus planos e, como ele próprio afirmou,“jogá-lo” contra o governo federal. “Foimenos uma agressão pessoal e mais

SINDIJOR REPUDIA VIOLÊNCIADE REQUIÃO A JORNALISTA

Requião agride Fábio Silveira, do Jornal de Londrina, após cerimônia em Centenário do Sul

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uma agressão à instituição imprensa”,afirmou Silveira.

A primeira resposta foi de que atorção no dedo repórter foi involuntária,depois Requião afirmou que foidesrespeitado pela insistência dojornalista, que teria até mesmoencostado o gravador na boca dogovernador. Esta deplorável situaçãorevela o perigo para a imprensa dasposturas totalitárias, que vêm inclusive

de governantes democraticamenteeleitos.

“A ação violenta do governador seconstitui ao mesmo tempo numaviolação aos mais comezinhosditames da convivência democrática;que repudio ao associar-me aosentimento de indignação de quantosvêem na profissão de jornalista umamissão imprescindível nas sociedadescivilizadas”, afirmou o senador Álvaro

Dias (PSDB) em carta ao Sindijor. Naocasião, o Sindijor e o Sindicato dosJornalistas de Londrina repudiaram emnota esta ati tude de Requião eenviaram ao governo do Estado umacarta alertando sobre o tratamento rudedo governador com os profissionais daimprensa. O Sindijor espera que esteepisódio lamentável seja o fim do ciclode animosidade do governo com osjornalistas.

No mesmo dia em que Requiãotorcia o dedo do repórter Fábio Silveira,repórteres-fotográficos foram agredidospor seguranças e funcionários da redede hipermercados Carrefour enquantocobriam um protesto do grupoambientalista Greenpeace no interior deuma loja da rede em Curitiba. Osativistas tentavam rotular produtossuspeitos de serem transgênicos. Osseguranças impediram o registro deimagens – tanto de profissionais daimprensa como do próprio Greenpeace–, fecharam as portas do mercado echamaram a Polícia Militar, mantendo

JORNALISTAS SÃO AGREDIDOS EM PROTESTO DO GREENPEACEos 16 ativistas e a imprensa dentro dosupermercado.

O repórter-fotográfico ThéoMarques, do Jornal do Estado, teve umcartão de memória fotográfica tomadopor seguranças, que acabaramdestruindo-o. As fotos que ele fez doincidente, porém, não foramdanificadas, pois estavam registradasem outro cartão. José Suassuna, daFolha de Londrina, sofreu agressõesfísicas e verbais e teve o filtro da lentede sua câmera destruído. A jornalistaAniele Nascimento, embora agredida eameaçada de ter o equipamento

confiscado, não sofreu prejuízos.Prontamente, a empresa ressarciutodos os prejuízos dos jornalistas e sedesculpou pelo incidente.

Na semana seguinte, Edson DiFonzo, assessor de imprensa doCarrefour, e Eduardo Azeredo Neiva,diretor da loja Champagnat, ondeocorreu o incidente, visitaram redaçõesem Curitiba explicando o ocorrido.Segundo Di Fonzo, a razão doincidente foi o despreparo de algunsfuncionários recém-contratados, quenão contaram com o suporte do diretorda loja, que no dia estava em viagem.

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FormaçãoPESQUISADORES DE JORNALISMO SE ENCONTRAM EM SALVADOR

Acontece nos dias 26 e 27 de novembro, na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia,em Salvador, o II Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo – SBPJor. Propostas de Comunicação

devem ser inscritas até 2 de julho. Mais informações pelo e-mail [email protected]

FÓRUM DE PROFESSORESGANHA ESTATUTO E DIRETORIA

O Bate-papo, evento mensalpromovido desde o ano passadopara reunir profissionais eestudantes de Jornalismo para umaconversa descontraída sobre temasrelacionados à profissão, voltou, comum encontro no dia 24 de abril paradebater o tema Jornalismo Político.

Com a participação dosjornalistas Edson Fonseca (Gazetado Povo), Luiz Geraldo Mazza (CBN)e Ruth Bolognese (Folha deLondrina), e mediação do jornalistaAurélio Munhoz, diretor de Ação paraa Cidadania do Sindijor, o debate nãose restringiu ao tema, e abordoutambém a situação dos veículos decomunicação do Estado.

Sobre o tema proposto, osdebatedores falaram a respeito dorelacionamento com as fontes e

BATE-PAPO VOLTACOM O TEMA

JORNALISMO POLÍTICO

De 18 a 20 de abril, professores deJornalismo de todo o paísreuniram-se em Florianópolis para

debater o tema “Os Desafios do Ensino deJornalismo na Transição Tecnológica”,durante o 7º Fórum Nacional de Professoresde Jornalismo. No evento, o fórum foiinstitucionalizado, com a aprovação de seuestatuto e eleição da primeira diretoria, tendocomo presidente o jornalista Gerson LuizMartins, professor da Universidade Federaldo Rio Grande do Norte (UFRN).

De acordo com Martins, a entidadepretende representar a categoria dosprofessores de Jornalismo no MEC. Aintenção é que o fórum seja consultado arespeito de questões como a autorizaçãode funcionamento de novos cursos deJornalismo e a avaliação acadêmica.Segundo o jornalista, o fórum é um espaçoimprescindível para a discussão daformação profissional dos estudantes dejornalismo, sobretudo pela análise dosproblemas e soluções de ensino, além datroca de experiência entre os educadores.

No evento em Florianópolis foramorganizados cinco grupos de trabalho,nas áreas de produção laboratorialimpressa, pesquisa na graduação,produção laboratorial eletrônica, projetopedagógico e atividades de extensão.Uma preocupação comum a todos osgrupos foi o envolvimento dos alunos naprodução dos projetos e a integração entreos estudantes das várias fases.

No GT sobre pesquisa na graduaçãoforam ressaltadas a necessidade dapreparação dos futuros profissionais parao uso das novas tecnologias, citando osprojetos da rádio on-line implantada naUniversidade Federal de Santa Catarina eo site criado por alunos para aUniversidade Federal Fluminense.Projetos de criação de documentários emformatos livres e telejornais e radiojornaisorganizados com dificuldades de infra-estrutura – mas que apresentaramsucesso – foram abordados no GT deprodução laboratorial eletrônica.

Os relatos dos grupos de extensão eprojeto pedagógico demonstraram maiorinteresse na criação de meios queprestem serviços, sem fins lucrativos epromovam a cidadania dentro dos cursos

Mesa de trabalhos durante o 7º Fórum de Professores de Jornalismo

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de Jornalismo. Os trabalhosapresentados no grupo de produçãolaboratorial impressa relataram, na suamaioria, experiências de implantação,condução ou reformulação de jornaislaboratórios. O resultado da apresentaçãode trabalhos e das discussões realizadasdurante o 7º Fórum será agora levado paraas salas de aula e projetos.

No final do evento, foi aprovada a Cartade Florianópolis, documento com asíntese das discussões do evento,trechos dos relatórios dos grupos detrabalho e observações doscoordenadores. Também ficou definido queo próximo evento do fórum ocorrerá emMaceió, sob os auspícios da UniversidadeFederal de Alagoas (Ufal), de 21 a 23 deabril de 2005. O tema do próximo fórumdeve ser discutido entre a Ufal e a diretoriada entidade. Um tema em potencial sãoos critérios de avaliação dos cursos deJornalismo, assunto discutido durante opré-fórum da Federação Nacional dosJornalistas (Fenaj), no primeiro dia doevento. Os trabalhos dos Grupos deTrabalho estão publicados no site nacionalda entidade www.professoresjornalismo.jor.br.

assessores, a vinculação política dosveículos e a interferência dos patrõesno trabalho editorial. Os jornalistasdebateram a necessidade de osjornais atuarem como “tradutores”dos fatos ao público, já que as outrasmídias conseguem dar com maiorvelocidade os relatos das notícias.Para os debatedores, os veículos doEstado não despertaram para estarealidade.

Outros temas ainda foramdebatidos, como o marketing nasempresas de comunicação, aadministração de empresasjornalísticas e a pouca transparênciados dados de circulação de jornais.Ruth classificou o debate comoprodutivo e disse que foi umainiciativa para quebrar as barreirasda mídia às posições divergentes.

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ImagemJORNALISTA INTEGRA CONSELHO ESTADUAL ANTIDROGAS

O jornalista Jorge Javorski, diretor de Saúde do Sindijor, tomou posse no dia 12 de abril como membrodo Conselho Estadual Antidrogas, órgão responsável pela gestão da política estadual de prevenção,

tratamento e repressão ao uso e comercialização de drogas.

ARFOC PARANÁ REALIZAII CONGRESSO NACIONAL

AAssociação dos RepórteresFotográficos e Cinematográfi-cos do Paraná (Arfoc-PR)

realiza em Curitiba de 18 a 20 de junhoo II Congresso Nacional de Jornalistasde Imagem. O evento – conta comapoio do Sindijor, Arfoc-Brasil, Governodo Estado, Curitiba Convention &Visitors Bureau, Ticcolor e Volvo e tempatrocínio da Embratel – acontece noCanal da Música (Rua Júlio Perneta,695, Mercês). O congresso discutirátemas relacionados ao trabalho dosjornalistas de imagem como direitosautorais, imagem digital e atuação doprofissional em meio à violência urbana– e servirá ainda para eleger a novadiretoria da Arfoc.

O evento vai ser aberto na sexta-feira (18) à noite com uma palestra deLuiz Araújo Freitas, gerente deImprensa da Embratel. No sábado, aprimeira atividade será a aprovação do

regimento interno da Arfoc, que seráseguida de um painel sobre mercadode trabalho com a participação dopresidente do Sindijor, RicardoMedeiros, e do jornalista J. PedroCorrêa. Um segundo painel trarácorrespondentes de guerra e tratará daviolência urbana e como os profissionaisde imagem devem reagir a ela.Participam os jornalistas Juca Varela(Folha de S. Paulo), Antônio Scorza(Agence France Presse), Paulo Zero(Rede Globo) e Daniel Andrade(GloboNews).

À tarde acontece um painel sobreimagem digital com um especialista daFuji Filmes. O quarto e último painelvai tratar de direitos autorais e reuniráo repórter fotográfico Luiz França,diretor da Associação Brasileira para aProteção da Propriedade Intelectual dosJornalistas (Apijor), o repórterfotográfico Sérgio Luiz Sade, do banco

de imagens Image Bank e criador doFotoarkivo do Brasil, o repórterfotográfico Vidal Cavalcante, d’OEstado de São Paulo, e Alberto JacobFilho, presidente da Arfoc-Rio. Às 18h,começa a Assembléia Geral ordináriada Arfoc-Brasil, que vai escolher a novadiretoria.

O I Congresso Nacional de Jornalistasde Imagem ocorreu em novembro do anopassado no Rio de Janeiro. Nele, foiaprovada a transformação em caráterdefinitivo da Arfoc-Brasil em entidade decunho nacional. Também ficou definidoque o segundo congresso ficaria a cargoda Arfoc-PR e ocorreria em Antonina, noentanto dificuldades operacionais fizeramcom que o evento tivesse que serrealizado em Curitiba.Serviço:Interessados devem ligar para Arfoc-PR(41) 224-4521, ou enviar um e-mail [email protected]

O portal Central de Radiojornalismo,projeto do jornalista Jorge Cury Neto quehá sete anos produz e disponibilizagratuitamente programas jornalísticos pararádios, realizou parcerias para implantarsoftwares, banco de dados e sistemas degerenciamento e de automação deconteúdos. Os acordos são com asempresas Marigny (do Canadá), HotListe Maxpress e vão permitir que o portal,produzido em Curitiba, disponha derecursos tecnológicos de informática, nasáreas de cibermetria (medição deacessos), de internet de resultados e dedistribuição personalizada e conteúdos.

Com a Marigny, a Central firmouparceria para serviços de cibermetria queidentificam, medem a freqüência e aduração de cada visita no portal. Amedição dos acessos não tem vistas àcobrança pelos downloads futuramente.De acordo com Cury, a receita da Centralcontinuará provindo dos anunciantes nosite. A medição só dará umacompanhamento melhor sobre as rádiosque usam o conteúdo do site. A Hot List,empresa de internet de resultados,gerencia e monitora os dados do site.

Com a Maxpress, empresa de serviçosde ligação entre imprensa e instituições,a Central firmou parceria de para adistribuição diária do newsletterradiofônico, com os destaques da ediçãoe links de acesso das matériasindividualizadas, para 2.755 emissoras derádio brasileiras. A Central, de acordo comCury, está pronta para oferecer áudio-releases para empresas interessadas.

Entre os projetos de Cury para o futuro,estão as produções de conteúdos parasites, para telefonia fixa e para celulares,além de conteúdos jornalísticos em áudiodestinados a ambientes que possuemsistema de som, como supermercados.A central opera no endereço www.radiojornalismo.com

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HistóriaVEÍCULOS ALTERNATIVOS QUEREM VERBA DO GOVERNO

Jornais alternativos estão se organizando para pleitear do governo federal a participação na distribuição deverbas publicitárias. Eles estão propondo a implantação do Sistema de Comunicação Alternativo, nos

moldes do que já é realizado na Suécia, Venezuela e Canadá.

Emerson Castro *

Era como um encontro marcado.Praticamente todos os finais desemana estava eu, pela Gazeta

do Povo, cobrindo os jogos preliminaresde Juniores em dezenas de estádios defutebol de Curitiba, a maioria amadores.O encontro era com o Pedrão da Tribuna,ou Pedro Viana, um boa-praça, tranqüilo,cheio de jinga: ao mesmo tempo quetinha seu andar característico – foravítima, creio, de paralisia infantil – nempor isso deixava de apresentar-se numritmo que só aqueles personagens quenão conseguem arranjar inimigos, nemque queiram, conseguem estabelecer.Chegava lentamente, sem esboçarpressa ou preocupação.

Essa chegada lenta também tinhaoutros motivos. Como era admirado poratletas, cartolas de clube, técnicos,massagistas, árbitros e todos queestavam envolvidos no futebol – durantetoda a semana ele destacava os melhores

O PEDRÃO DA TRIBUNA

em sua coluna –, não tinha como aparecerem qualquer clube sem que desde aentrada até o gramado ele não fosseparando, cumprimentando uns, sendo

parabenizado por outros. E não erabajulação, ao menos para a maioria.

Presenciei vários dessesencontros casuais. Abraçavam oPedrão como amigo, que de fatoera. Afinal, já atuava como jornalistahá mais de 30 anos, se não falha amemória. Era respeitado por tudoque havia feito e ainda fazia.

Passadas os cumprimentos, osdiálogos cruzados com diretores easpones, ficávamos sentados àbeira do gramado. Discutíamostudo, com franqueza. Lembro dosúltimos tempos em que atuei nessaárea o quanto essas conversasforam difíceis. O glaucoma o fezperder lentamente a visão num dosolhos. Havia o risco da perda totalda visão. Para encurtar essa parte,soube alguns anos depois, das

suas muitas dificuldades com a doença.Quando decidi escrever esse texto,

tinha em mente lembrar do Pedrãoexclusivamente pela imagem que

efetivamente ficou, tenho certeza, paratodos. Não consegui, mas vou insistir.

Não tenho nenhuma história emespecial do amigo, embora o pessoalda Tribuna, provavelmente tenha umacoleção delas. Lembro dele e da coleçãode camisas de clubes que fazia, dasgalhofas com o Socó, fotógrafo daTribuna, que em geral estava meio malhumorado por fazer fotos da preliminar.Pequenos momentos que aliviavam opeso de um trabalho que nos obrigava aalmoçar muito cedo, invariavelmenteisolados das famílias.

O fato é que o Pedrão trabalhoumuito, foi um bom jornalista, admiradopor todos, entusiasta mesmo. Sintoapenas, que todo esse esforço não lhegarantiu uma aposentadoria digna. Eele merecia muito isso.

* Emerson Castro é jornalista,repórter de futebol amador da Gazetado Povo entre 1986 e 1995, atualmenteassessor de comunicação daUniBrasil.

Jornalista Pedro Viana,

querido por todos

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tabela de preçosSALÁRIOS DE INGRESSO OUT 2002/OUT 2003

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repórter fotográfico e repórter cinematográfico 1.455,14

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Editor chefe 2.182,71

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Estes são os menores salários que poderão ser pagos nas redações; Os valores

da tabela são para jornada de trabalho de 5 horas.O piso salarial da categoria é

definido em Acordo Coletivo de Trabalho, Convenção Coletiva e/ou Dissídio Coletivo.

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Diagramação por página

Tablóide 50,57

Standart 68,97

Revista 37,59

Tablita / Ofício / A4 25,69

Revisão

Lauda (1.440 caracteres) 20,35

Tablóide 42,50

Tablita 32,05

Standard 88,87

Ilustração

Cor 120,65

P&B 80,34

Reportagem fotográfica – ARFOC (tabela nova)

Reportagem Editorial

Saída cor ou P&B até 3 horas 245,00

Saída cor ou P&B até 5 horas 369,00

Saída cor ou P&B até 8 horas 624,00

Adicional por foto solicitada 90,00

Foto de arquivo para uso editorial 246,31

Reportagem Comercial/Institucional

Saída cor ou P&B até 3 horas 340,00

Saída cor ou P&B até 5 horas 540,00

Saída cor ou P&B até 8 horas 900,00

Adicional por foto 120,00

Reportagem Cinematográfica

Equipamento e estrutura funcional fornecida pelo contratante

Saída até 5 horas 266,00

Saída até 8 horas 326,00

Adicional por hora 100%

Foto de arquivo para uso em:

Anúncio de jornais (interna) 533,51

Anúncio de Revista (interna) 574,75

Capa de Disco, calendário, revista, jornal 900,00

Outdoor 1132,26

Cartazes, Folhetos e Camisetas 369,53

Audiovisual até 50 unidades 1530,00

Audiovisual acima de 50 unidades a combinar

Diária em reportagem que inclui viagem a combinar

Reportagem aérea internacional a combinar

Hora técnica 71,73

Observações importantes:

A produção (filme, laboratório, hospedagem, transporte, seguro devida, credenciamento, etc.) é por conta do contratante; Narepublicação, serão cobrados 100% do valor da tabela; A fotoeditorial não pode ter Utilização comercial. Trabalhos publicados semcrédito, junto à foto, sofrerão multa de 50% sobre seu valor, conforme alei 9610 de 19/02/98.

A máscara da modernidade: amulher na revista O Cruzeiro (1928— 1945) - Leoní Serpa, UPF, PassoFundo, 2004, 240 pp. R$ 40,00.A obra “A máscara da modernidade”,resgata a história do imaginário femininona revista O Cruzeiro, no período de1928-1945. Resultado da dissertação deMestrado em História o estudo dajornalista Leoní Serpa, a obra analisa as

mudanças trazidas pela modernidade e pelo Estado Novonas representações simbólicas sobre as mulheres eprocura entender como Assis Chateaubriand criou osemanário, um dos mais lidos do país naqueles anos.Considera-se que essa foi uma história de um imaginárioque polemizou e emocionou o leitor brasileiro, mas que,sobretudo, ditou modas, normas e até conceitos, numaintencional propagação da modernidade inspirada nosditames hollywoodianos. A obra possibilita compreenderque a revista apregoava uma modernidade mascarada,que substituía a submissão feminina social e domésticapela doutrina da beleza e do consumo. Mulheres de traçosperfeitos, expressivos, maquiadas, de pele clara eramdesenhadas ou fotografadas em praticamente todas asedições da revista. Dessa forma, O Cruzeiro procuravaimbuir no imaginário feminino um novo perfil de mulher, quese preocupava com a estética como as estrelas docinema. O livro faz uma análise no descompasso entre amodernidade que a revista O Cruzeiro idealizava para omundo feminino e a realidade em que viviam as mulheresbrasileiras. A preocupação em mostrar um mundoglamouroso, com padrões de vida luxuosos, tinha umobjetivo: o de atrair o público feminino para o consumo.Eram padrões ditados numa firme convicção de que amodernidade se fazia necessária.

Entre o Poder e a Mídia - assessoriade imprensa no governo - MarcoAntônio de Carvalho Eid M. Books,São Paulo, 2004, 100 pp., R$ 20,00Em “Entre o Poder e a Mídia”, o jornalistaMarco Antônio de Carvalho Eid aborda oknow-how e bastidores do trabalho deassessoria de imprensa no governo. Olivro demonstra a importância das

relações entre governos e imprensa, oferecendoinformação técnica e exemplos reais, além de bastidores.Contribui para que jornalistas, profissionais e agências decomunicação possam se preparar adequadamente àprospecção de um nicho promissor do mercado, “num paísonde a consolidação da democracia exige cada vez maistransparência nas relações entre o poder público e asociedade”, salienta o autor.

A melhor democracia que odinheiro pode comprar - GregPalast, W11 Editores, São Paulo,2004, R$ 42,00O jornalista norte-americano Greg Palastrevela a real dimensão mundo afora daatuação da Gtech – a empresa queficou em evidência com o CasoWaldomiro Diniz. Em 1997, conta o

jornalista, quando George W. Bush ainda era governadordo Texas, a empresa foi beneficiada por um ato daadministração estadual que cancelou uma licitação e deu àGtech o monopólio das loterias locais. Segundo Palast, o“favor” do então governador Bush Jr. custou 23 milhõesde dólares à empresa em serviços de um lobista quepoderia comprovar um grave ato ilícito do atual presidenteamericano na juventude – o esquema que permitiu a suadispensa de lutar na guerra do Vietnã. Greg Palast revelaque são longos os braços da Gtech e analisa os negóciosda empresa na Grã-Bretanha. Como a empresa estavasendo investigada por um suposto suborno contra umconcorrente inglês do ramo de loterias, o jeito foi premiar –a pedido do então já eleito presidente Bush – a empresaamericana com a venda eletrônica de ingressos para oDomo do Milênio. O livro de Greg Palast, porém, não se

Biblioteca da comunicaçãoresume a Gtech. Trata também da Monsanto, da Enron eoutros gigantes. No fundo, seu objeto de investigação é achamada globalização, descrita em termos bem rasteiros,com foco no método de fazer negócios. Há um capítuloespecial sobre o Brasil – “Sua excelência Robert Rubin,presidente do Brasil”, sobre a reeleição em 1998 do“presidente nominal do Brasil”, Fernando HenriqueCardoso. É um dos pontos altos do livro, ao lado docapítulo sobre a desregulamentação do setor energéticona Inglaterra e EUA.

A esfinge midiáticaJosé Marques de Melo, 336 pp.,Paulus Editora, São Paulo, 2004; R$30,00O professor José Marques de Melo,docente-fundador e diretor da Escola deComunicação e Artes da Universidade deSão Paulo (ECA/USP), espera que osfatos, idéias, hipóteses ou interpretações

da sua nova obra, “A Esfinge Midiática” estimulem opensamento comunicacional brasileiro a superarcriticamente a inércia e a hesitação com que se vemdebatendo na passagem do século, acossado em partepela velocidade das mutações tecnológicas que nosatarantam, mas fustigado pela sensação de orfandadeintelectual decorrente da crise de ideologias. Os textosreunidos neste livro traduzem um esforço desenvolvidodentro e fora da academia de desvendar a esfingemidiática. O primeiro conjunto é formado por ensaiosdestinados a ordenar o campo da mídia no conjunto douniverso da comunicação, adotando uma perspectivahistórica. O segundo bloco é constituído por incursões denatureza empírica, observando o comportamento defenômenos emblemáticos da sociedade brasileira. Oterceiro segmento foi agrupado em estilo mosaico,encaixando peças de intervenção do autor no debatepúblico em questões que, na atualidade, fisgam coraçõese mentes. “As teorias da comunicação que circulam emnossas universidades foram produzidas em realidadesdistintas da nossa. Elas foram importadas da Inglaterra,França, Canadá ou Estados Unidos. Portanto, não podemser transplantadas automaticamente para o nosso meioambiente. Elas precisariam ser testadas empiricamente,verificando se aqui assumem o mesmo comportamento.Como as nossas pesquisas empíricas são escassas einsuficientes, permanecemos importando teoriasexógenas”, afirmou o autor.

A imprensa confiscada pelo DeopsMaria Luiza Tucci Carneiro e Boris Kossoy (orgs.),296 pp., Imprensa Oficial do Estado, Arquivo doEstado e Ateliê Editorial, São Paulo, 2004; R$ 80,00Este livro é o primeiro volume de uma pesquisa feita pelaequipe do Projeto Integrado Arquivo do Estado/USP, criadopara inventariar a documentação do extinto Deops –Departamento Estadual de Ordem Política e Social de SãoPaulo (1924 a 1983), composta por cerca de 154 milprontuários e 6.500 dossiês da Polícia Política do Estadode São Paulo. As próximas publicações da série são“Panfletos Sediciosos”, “Charges proibidas, risoscontidos” e “Minorias Rebeldes”. Durante três anos, osprofessores Boris Kossoy (titular do Departamento deJornalismo e editoração da Escola de Comunicação eArtes da USP) e Maria Luiza Tucci Carneiro (livre-docentedo Departamento de História da USP) coordenaram umaequipe de 26 pesquisadores no trabalho de reunir jornaisde militância política confiscados entre 1924 e 1954 peloDeops. A obra revela como diferentes governantesbrasileiros vigiaram e coibiram intensamente a livrecirculação de idéias no país, com o objetivo de garantir apersistência do regime republicano enquanto forma degovernar e construir sua própria versão da história. Aomesmo tempo, partidos políticos, associações de classe egrupos étnicos se articulavam em defesa de seus ideais eprojetos de vida. A razão do confisco desses jornais – emgrande parte clandestinos – era sempre a mesma: aosolhos das autoridades, eles ameaçava à ordem constituídae a segurança nacional.

Gravação de áudio - Jornalistas filiados ao Sindijor e respectivos familiares contam com desconto de 15% nos serviços de gravação emestúdio da NoAr Produtora de Áudio, do grupo da Ajemsul – Agência de Jornalismo no Mercosul. Podem ser feitas gravações de bandas,jingles, spots, trilhas, programas de rádio, orquestras e CD ROM com mensagens. A NoAr conta ainda com serviços de criação, produção,mixagem e masterização. Mais informações, pelos telefones (41) 253-5485, 9983-5555 (Moreira) e 9623-7337 (Luciano), ou pelo [email protected]. A NoAr fica na Rua José Sabóia Cortes, 286, Centro Cívico, perto do Bosque do Papa, em Curitiba.

Novos convênios Novos convênios Novos convênios

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E X T R A P A U T A - M A I O / J U N H O - 2 0 0 4 - 15

EntrevistaEMPRESÁRIO PRESO NÃO É JORNALISTA

O empresário Neviton Pretti Caetano – preso sob a acusação de extorsão, porte de ilegal de arma eestelionato – não possui registro de jornalista profissional no Estado do Paraná, como alegava em seu

site, o já desativado www.tvinjustica.com, que saiu do ar por determinação judicial.

ARNALDO ALVES:FOCO EM ATENAS

Aos 25 anos de profissão, orepórter fotográfico ArnaldoAlves vai para sua primeira

cobertura internacional e logo para aOlimpíada de Atenas. Ele integrará aequipe que a Gazeta do Povo vai enviarà Grécia para acompanhar odesempenho de atletas paranaenses ebrasileiros. Alves trabalha há 11 anos naGazeta do Povo, tendo passadoanteriormente pela Folha de Londrina.Ele que, começou na atividade emassessoria de imprensa, vê na coberturado megaevento um dos momentos degrande oportunidade na sua carreira. Eleconcedeu a seguinte entrevista ao ExtraPauta.

Extra Pauta - Qual será a equipeda Gazeta do Povo em Atenas?

Arnaldo Alves - Eu, o LeonardoMendes, a Ana Luzia e o Edson Militão.

Extra Pauta – Quais serão asprioridades na cobertura?

Alves – A prioridade será para atletasdo Paraná e brasileiros. Também voufotografar a elementos da cultura,arquitetura e culinária grega.

Extra Pauta – Que equipamento vaiser usado?

Alves – Canon e um notebook paratransmissão. A Gazeta está comprandoequipamento novo. Talvez ele chegue atempo; senão, vai com o que tem.

Extra Pauta – Já fez trabalhos noexterior?

Alves – Esta será minha primeiracobertura.

Extra Pauta – Isto prejudica?Alves – Do que já rodei por aí, não

deve ser diferente. Vou até ter facilidade.Extra Pauta – Como você imagina

que será a cobertura?Alves – É uma coisa que requer

muito trabalho. Estarei sozinho com trêsrepórteres de texto. Vou ter que priorizaralgumas coberturas. É uma questão dever na hora. Espero fazer um bomtrabalho, que tenha espaço desdelevantar o material até publicá-lo.

Extra Pauta – Qual é suaexpectativa pessoal?

Alves – Estou no aguardo de quaisserão os problemas lá: na cobertura, ou

técnicas (na transmissão de imagens).A cobertura internacional é o sonho dequalquer repórter fotográfico, poisenriquece o currículo e, ao voltar, orepórter tem uma excelente experiência.

Extra Pauta – Você tem preferênciapor cobrir esporte?

Alves – Já fiz muito esporte emoutros veículos; hoje costumo fazer(cobertura de) automobilismo. Já ofutebol não arrisco, pois tem pessoalque tira de letra. Em outros esportes mesaio melhor.

Extra Pauta – Quando você foiescalado?

Alves - Em fevereiro, quando estavaem férias, fui comunicado por telefone eme consultaram se eu concordava.

Extra Pauta – Foi difícil obter ocredenciamento?

Alves – Oitenta credenciais vierampara o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Trinta foram para grandes agências denotícias. Foi difícil, já que o Brasilconsegue mais pelo futebol. Como destavez o futebol masculino não foiclassificado, ficamos com menosespaço.

Extra Pauta – Com que estrutura aequipe contará em Atenas?

Alves – Vamos f i car numapartamento alugado, pois 90% dasvagas em hoté is f i caram paramembros do Comi tê Ol ímpicoInternacional. Acho que o atraso dasobras em alguns centros esportivosnão vai comprometer o trabalho daimprensa. A área de imprensa osorganizadores montam de últ imahora, e e les nunca nos de ixamdescobertos. Já quanto às linhaspara transmissão deve ser maisdifícil, ou se chega cedo no centrode imprensa ou se corre para casa.

A Assessoria de Imprensa doMinistério Público do Paranápromove em 22 e 23 de junho, nasede da Procuradoria-Geral deJustiça, em Curitiba, o ISeminário para Jornalistas - oMinistério Público, esse(des)conhecido. O encontro temcomo objetivo esclarecer o papeldo MP Estadual e suaspeculiaridades frente aos poderesconstituídos e aos demais MPs;abordar a hierarquia dainstituição; explicar termoscomuns do “juridiquês”, para quepossam ser “traduzidos” pelaimprensa sem distorção doverdadeiro significado; apresentarum pouco dos ritos processuais,nas áreas cível e criminal; eabordar temas como o segredo deJustiça, foro privilegiado,investigação criminal pelo MP,entre outros assuntos.

Com dois dias de duração, oseminário terá duas turmas, umapela manhã e outra à tarde, comduas horas e meia por turno.Quatro promotores de Justiçafalarão aos jornalistas, dois paraquestões na área cível e dois paraa área criminal: Sylvio Roberto D.Kuhlmann, Clayton Maranhão,Rodrigo Régnier ChemimGuimarães e Paulo José Kessler.Os participantes do semináriodevem se inscrever até 15 dejunho, enviando e-mail para aAssessoria de Imprensa do MP,com nome completo, veículo ouempresa em que trabalha (seempregado), turno de preferência,telefones e endereço paracorrespondência, para onde serãoenviados os certificados departicipação. A programaçãocompleta do evento estádisponível no site do MP(www.mp.pr.gov.br), no linkAssessoria de Imprensa. Maisinformações pelos telefones (41)250-4229/4228, e-mails:[email protected],[email protected].

Arnaldo

Alves: à

espera

da primeira

cobertura

internacionalMar

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CURSO PARAJORNALISTAS NO

MINISTÉRIO PÚBLICOESTADUAL

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