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CONTABILIDADE GERAL CATHEDRA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS PROF. MORAES JR. Provas Selecionadas Aula 08

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CONTABILIDADE GERAL

CATHEDRA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS

PROF. MORAES JR.

Provas Selecionadas – Aula 08

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Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08

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CONTABILIDADE EM EXERCÍCIOS

Provas Selecionadas

Prezados Alunos,

Ao final de cada aula, disponibilizo as questões que serão comentadas durante

a aula. Caso você julgue conveniente, poderá testar seu conhecimento previa-mente antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas. Você pode simu-

lar uma situação real de prova: para calcular o tempo de duração das provas,

considere um tempo de 3 minutos por questão. Desta forma, utilizando esta

metodologia, seu aprendizado será muito mais eficaz.

Prova 8. ICMS/RJ– 2008 - FGV

Índice de questões por assunto:

147. Contabilidade de Custos

148. Arrendamento Mercantil

149. Teste de Recuperabilidade

150. Capital Circulante Líquido/Operações com Mercadorias 151. Contabilidade de Custos

152. Contabilidade de Custos

153. Contabilidade de Custos

154. Demonstração do Resultado do Exercício/Balanço Patrimonial 155. Demonstração do Valor Adicionado

156. Demonstração do Fluxo de Caixa

157. Auditoria

158. Auditoria 159. Auditoria

160. Auditoria

161. Auditoria

162. Auditoria

163. Auditoria 164. Auditoria

165. Auditoria

166. Auditoria

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Questões Comentadas e Resolvidas

147. Determinada empresa industrial é monoprodutora. Nos três últimos tri-

mestres apurou o seguinte:

trimestre 1 2 3

Produção (em unidades) 5.000 5.200 6.000

Custo total de fabricação (em $) 40.000,00 42.000,00 45.000,00

Sabe-se que:

• a empresa apura o custo total de fabricação pelo custeio por absorção;

• a empresa controla seus estoques permanentemente e os avalia pelo método

PEPS;

• não houve variação de preços no período.

Utilize o método maior-menor para classificar os custos entre fixos e variáveis

e determine o custo total de fabricação do quarto trimestre para uma produção

total de 6.500 unidades.

(a) Maior que $48.000,00.

(b) Entre $47.000,01 e $48.000,00.

(c) Entre $46.000,01 e $47.000,00. (d) Entre $45.000,01 e $46.000,00.

(e) Menor ou igual a $45.000,00.

Resolução

Custeio por absorção:

Estoque inicial de materiais diretos

(+) Custo de Aquisição das compras de materiais diretos (*) (-) Estoque final de materiais diretos

(=) Materiais Diretos Consumidos (MD)

(+) Mão-de-Obra Direta (MOD)

(+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) (=) Custo de Produção do Período (CPP)

(+) Estoque inicial de produtos em elaboração

(-) Estoque final de produtos em elaboração

(=) Custo da Produção Acabada (+) Estoque inicial de produtos acabados

(-) Estoque final de produtos acabados

Custo dos Produtos Vendidos (CPV)

(*) Compras de materiais diretos:

(+) Valor da Compra

(-) Impostos Recuperáveis

(+) Valor do frete suportado pelo adquirente (subtraído do ICMS recuperável incidente na operação)

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(+) Seguros

(+) Gastos com o Desembaraço Aduaneiro (no caso de importação)

(-) Descontos Incondicionais Obtidos (Descontos Comerciais)

Custo de Aquisição da Compras de Materiais Diretos

(*) São exemplos de Custos Indiretos de Fabricação (CIF):

Materiais indiretos Mão-de-obra indireta

Energia elétrica

Combustíveis

Manutenção de máquinas

Conta de telefone da fábrica Aluguel da fábrica

Aluguel de equipamentos

Depreciação

Seguros da fábrica Imposto predial

PEPS ou FIFO (Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai, First-In-First-

Out): por este método, à medida que ocorrem as vendas, vai-se dando baixa no estoque a partir das primeiras compras (mercadorias mais antigas), ou se-

ja, vendem-se ou consomem-se antes as primeiras mercadorias compradas.

Vamos à resolução da questão:

Produção Total = 6.500 unidades

Inventário Permanente: PEPS

Método Maior-Menor para classificar os custos entre fixos e variáveis => neste

caso, utilizaremos, para cálculo, o terceiro trimestre (maior) e o primeiro tri-mestre (menor)

Custo Total de Fabricação do Quarto Trimestre = ?

Primeiramente, é preciso descobrir o que são custos fixos e o que são custos variáveis. De acordo com os dados da questão:

Trimestre 1: Produção de 5.000 unidades a um custo total de R$ 40.000,00

Trimestre 3: Produção de 6.000 unidades a um custo total de R$ 45.000,00

Logo, as 1.000 unidades a mais produzidas no trimestre 3 em relação ao tri-

mestre 1(6.000 – 5.000) geraram um custo a mais de R$ 5.000,00 (R$

45.000,00 – R$ 40.000,00). Com isso, tem-se:

Custo Variável = R$ 5.000,00

Custo Variável Unitário = R$ 5.000,00/1.000 unidades = R$ 5,00/unidade

Tendo o custo variável unitário, é possível determinar o custo fixo:

Trimestre 1 => Produção de 5.000 unidades a um custo total de R$ 40.000,00

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Custo Total = Custos Variáveis + Custos Fixos =>

40.000 = 5 x 5.000 + Custos Fixos => Custos Fixos = 15.000

Cálculo do curso total de fabricação do trimestre 4 (Produção = 6.500 unid.):

Custo Total do Trimestre 4 = Custos Fixos + Custos Variáveis =>

=> Custo Total do Trimestre 4 = 15.000 + 5 x 6.500 = 47.500

GABARITO: B

148. Em consonância à Resolução CFC 921/01, determine o valor do Passivo Circulante da Cia. Arrendatária a ser apurado logo após o reconhecimento con-

tábil do contrato de arrendamento mercantil firmado entre ela e a entidade ar-

rendadora, segundo o qual a arrendatária se obriga a pagar 5 prestações anu-

ais e iguais no valor unitário de R$ 8.500,00, mais o valor da opção de compra no montante de R$ 190,76 ao final do quinto ano, juntamente com a última

prestação anual; e a arrendadora se obriga a entregar, nesse ato, o bem ar-

rendado (um veículo que será utilizado para arrendatária em suas atividades

operacionais normais).

Sabe-se que:

• o contrato foi firmado em 31/12/2008;

• a primeira prestação vence em 31/12/2009 e todas as demais prestações vencem no dia 31 de dezembro dos anos subseqüentes;

• o valor de mercado do bem arrendado, à vista, é R$ 30.000,00;

• a taxa de juros implícita no contrato é 13% ao ano.

• o Balanço Patrimonial da Cia. Arrendatária apurado em 31/12/2008 imedia-

tamente antes de o contrato em tela ter sido reconhecido contabilmente é o seguinte:

Ativo Circulante 20.000,00 Passivo Circulante 15.000,00

Realizável a Longo Prazo 30.000,00 Exigível a Longo Prazo 25.000,00

Ativo Permanente 50.000,00 Patrimônio Líquido 60.000,00

(a) R$ 3.900,00

(b) R$ 8.500,00

(c) R$ 15.000,00

(d) R$ 19.600,00 (e) R$ 23.500,00

Resolução

A questão trata especificamente sobre a Resolução CFC no 921/01, que apro-

vou a NBT 10.2, que trata dos aspectos contábeis do ARRENDAMENTO

MERCANTIL. Vamos verificar os seus principais aspectos para responder à

questão:

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- As operações de arrendamento mercantil, também conhecidas como le-

asing, são conceituadas como transações celebradas entre o proprietário

de um determinado bem (arrendador), que concede o uso deste a um terceiro (arrendatário), por um determinado período contratualmente es-

tipulado, findo o qual é facultada ao arrendatário a opção de adquirir ou

devolver o bem objeto de arrendamento, ou a de prorrogar o contrato.

- Classifica-se como arrendamento financeiro a modalidade em que:

a) as contraprestações e demais pagamentos previstos no contrato,

devidos pela arrendatária, são suficientes para que o arrendador

recupere o custo do bem arrendado durante o prazo contratual da operação e, adicionalmente, obtenha retorno sobre os recursos in-

vestidos;

b) o valor residual - que é a parcela do principal, não incluída nas con-

traprestações a serem pagas pela arrendatária, e que serve de base para a opção de compra do bem arrendado - é significativamente in-

ferior ao valor de mercado do bem na data da opção; e

c) o bem objeto de arrendamento é de tal maneira específico que so-

mente aquele arrendatário pode utilizá-lo em sua atividade econô-mica.

- Classifica-se como arrendamento operacional a modalidade que não se

enquadre, ao menos, em uma das condições estabelecidas acima.

ARRENDAMENTO FINANCEIRO NAS ENTIDADES ARRENDATÁRIAS

- O valor do bem arrendado integra o imobilizado no ativo permanente,

devendo ser identificado como sendo objeto de arrendamento financei-ro, em contrapartida ao valor total das contraprestações e do valor re-

sidual que deve ser registrado no passivo circulante ou no exigível a

longo prazo.

- A depreciação desse bem deve ser consistente com a depreciação aplicável a

outros ativos de natureza igual ou semelhante.

- A diferença entre o valor total das contraprestações, adicionado do valor residual, e o valor do bem arrendado, deve ser registrada como

encargo financeiro a apropriar em conta retificadora das contrapresta-

ções e do valor residual.

- O encargo financeiro deve ser apropriado ao resultado, em função do prazo de vencimento das contraprestações pelo critério pro rata dia, mediante a utili-

zação do método exponencial, observada a competência.

- O pagamento antecipado do valor residual deve ser considerado como uma contraprestação, sendo-lhe atribuído tratamento semelhante.

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ARRENDAMENTO FINANCEIRO NAS ENTIDADES ARRENDADORAS

- O valor total, parcelado ou não das contraprestações e do valor resi-

dual - decorrentes de contrato de arrendamento financeiro - deve ser registrada como arrendamentos a receber e classificado no ativo circu-

lante ou no realizável a longo prazo.

- A diferença entre arrendamentos a receber, de que trata o item anterior, e o custo do bem arrendado devem ser registrados como renda a apropriar, em

conta retificadora de arrendamentos a receber.

- A renda de que trata o item anterior deve ser apropriada como receita no re-

sultado, ao longo do período do contrato de arrendamento financeiro, median-te a utilização do método exponencial, observada a competência.

ARRENDAMENTO OPERACIONAL NAS ENTIDADES ARRENDATÁRIAS

- As operações de arrendamento operacional, por serem em modalidade em

que o bem arrendado proporciona a utilização dos serviços sem que haja com-

prometimento futuro de opção de compra - caracterizando-se, essencialmente,

como uma operação de aluguel - não devem integrar as contas do balanço patrimonial.

- As obrigações decorrentes do contrato de arrendamento operacional

não devem integrar as contas do passivo circulante ou exigível a longo

prazo, exceto pela parcela devida no mês.

- As despesas devem ser reconhecidas no resultado pelo critério pro rata dia,

em função da data de vencimento das contraprestações, mediante a utilização

do método linear, observada a competência.

ARRENDAMENTO OPERACIONAL NAS ENTIDADES ARRENDADORAS

- Os bens objeto de arrendamento operacional devem ser registrados em conta específica do ativo imobilizado.

- As despesas com depreciações devem ser apropriadas mensalmente no re-

sultado, em contrapartida à conta específica de depreciação acumulada do ati-vo imobilizado.

- Os contratos de arrendamento operacional não devem ser objeto de

inclusão nas contas patrimoniais, devendo ser controlados em contas

de compensação.

- A renda das contraprestações de arrendamento operacional deve ser apropri-

ada como receita no resultado, ao longo do período do contrato de arrenda-

mento operacional, mediante a utilização do método linear, observada a com-petência.

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- As parcelas das contraprestações de arrendamento operacional em atraso,

cuja contrapartida foi contabilizada em resultado, devem estar classificadas no

ativo circulante.

Quadro sintético:

Arrendatárias Arrendadoras

Arrendamento

Financeiro

Bem arrendado – Ativo Não

Circulante - Imobilizado

Contrapartida – Valor total

das contraprestações e valor

residual – Passivo Circulante ou Passivo Não Circulante

Valor total e valor resi-

dual – Ativo Circulante ou Ativo Não Circulante –

Realizável a Longo Prazo

Arrendamento

Operacional

As obrigações decorrentes

do contrato não devem inte-

grar as contas do balanço

patrimonial, exceto pela par-cela devida no mês

Bem arrendado – Ativo

Não Circulante - Imobili-

zado

Contratos de Arrenda-

mento – controlados em

contas de compensação

Parcelas das contrapres-

tações em atraso – Ativo

Circulante

Vamos à resolução da questão:

Passivo Circulante (Saldo Inicial) = R$ 15.000,00

Passivo Circulante da Cia. Arrendatária = ?

Reconhecimento contábil do contrato de arrendamento mercantil (31/12/2008) Prestações do Arrendamento = R$ 8.500,00 (5 prestações anuais e iguais)

Valor Residual = R$ 190,76 (opção de compra juntamente com a última pres-

tação anual)

Valor de Mercado do Bem Arrendado (à vista) = R$ 30.000,00

Taxa de Juros implícita no contrato = 13% ao ano

Arrendamento Financeiro

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Questão muito interessante, pois, além do arrendamento financeiro, ainda te-

mos que considerar os juros do período.

Ano 1: Saldo Inicial = 30.000

Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 30.000 = 3.900

Valor Total = 30.000 + 3.900 = 33.900

Primeira Prestação = 8.500 Saldo em 31/12/2009 = 33.900 – 8.500 = 25.400

Aumento do Passivo Circulante:

Saldo Inicial – Passivo Circulante 15.000

(+) Prestação a Pagar (31/12/2009) 8.500 (-) Juros Passivos a Transcorrer (3.900)

Saldo Final do Passivo Circulante 19.600

Continuando a resolução, para fins didáticos:

Ano 2:

Saldo Inicial = 25.400

Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 25.400 = 3.302 Valor Total = 25.400 + 3.302 = 28.702

Segunda Prestação = 8.500

Saldo em 31/12/2010 = 28.702 – 8.500 = 20.202

Ano 3: Saldo Inicial = 20.202

Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 20.202 = 2.626,26

Valor Total = 20.202 + 2.626,26 = 22.828,26

Terceira Prestação = 8.500 Saldo em 31/12/2011 = 22.828,26 – 8.500 = 14.328,26

Ano 4:

Saldo Inicial = 14.328,26 Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 14.328,26 = 1.862,67

Valor Total = 14.328,26 + 1.862,67 = 16.190,93

Quarta Prestação = 8.500

Saldo em 31/12/2012 = 16.190,93 – 8.500 = 7.690,93

Ano 5:

Saldo Inicial = 7.690,93

Juros Passivos a Transcorrer = 13% x 7.690,93 = 999,82

Valor Total = 7.690,93 + 999,82 = 8.690,76 Quarta Prestação = 8.500

Saldo em 31/12/2013 = 8.690,76 – 8.500 = 190,76

Total dos Juros Passivos a Transcorrer (PNC) = = 3.302 + 2.626,26 + 1.862,67 + 999,82 = 8.790,76

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Prestações a Pagar (PNC) = 4 x 8.500 + 190,76 = 34.190,76

Lançamento na Arrendatária:

Diversos

a Diversos

Veículo (Ativo Imobilizado) 30.000 Encargo Financeiro a Apropriar (PC) 3.900

Encargo Financeiro a Apropriar (PNC) 8.790,76

a Prestações a Pagar (PC) 8.500

a Prestações a Pagar (PNC) 34.190,76

GABARITO: D

149. Em consonância à Resolução CFC 1.110/07, determine o valor do Ativo Permanente da Cia. Churrasqueira a ser apurado logo após o reconhecimento

contábil do teste de recuperabilidade do valor contábil do imobilizado.

Sabe-se que:

• o valor de mercado desse imobilizado, na data do teste, é $23.000,00. Caso a Cia. Churrasqueira vendesse o equipamento, na data do teste (t), incorreria

em gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00;

• caso a Cia. Churrasqueira não vendesse o imobilizado e continuasse utilizan-

do-o no processo produtivo, seria capaz de produzir mais 4.000 unidades do produto Espeto no próximo ano (t+1); 3.000 unidades do produto Espeto em

t+2; 2.000 unidades do produto Espeto em t+3; 1.000 unidades do produto

Espeto em t+4 e 500 unidades do produto Espeto em t+5. (Assuma que a pro-

dução anual ocorra no final de cada ano.) Ao final desse período (no final de t+5), o imobilizado poderia ser comercializado por $2.000,00, e a Cia. Chur-

rasqueira incorreria em gastos associados a tal transação no montante de

$400,00. O preço de venda do produto Espeto é $12,00 por unidade. Os gas-

tos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Espeto

é $9,50; • a Cia. Churrasqueira é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer

tributo;

• o custo de capital da Cia. Churrasqueira é 20% ao ano;

• o Balanço Patrimonial da Cia. Churrasqueira apurado em 31/12/2008 imedia-tamente antes de o teste de recuperabilidade em tela ter sido reconhecido con-

tabilmente é o seguinte:

Ativo Circulante 20.000,00 Passivo Circulante 25.000,00

Ativo Não Circulante 80.000,00 Passivo Não Circulante 35.000,00

Imobilizado bruto (custo

de aquisição)

75.000,00

(-) Depreciação acumual-

da do imobilizado

55.000,00

Outros ativos não circu-lantes exceto imobilizado

60.000,00 Patrimônio Líquido 40.000,00

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(a) Maior que $19.200,00.

(b) Entre $18.800,01 e 19.200,00.

(c) Entre $18.400,01 e 18.800,00.

(d) Entre $18.000,01 e 18.400,00. (e) Menor ou igual a $18.000,00.

Resolução

Antes de resolver a questão, vamos estudar os conceitos principais da Resolu-

ção no 1.110/07, que aprovou a NBC T 19.10, que trata da redução do valor

recuperável de ativos:

Valor recuperável de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa é o maior valor entre o valor líquido de venda de um ativo e seu valor em

uso.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros estimados,

que devem resultar do uso de um ativo ou de uma unidade geradora de

caixa.

Os seguintes elementos devem ser refletidos no cálculo do valor em

uso do ativo:

- estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera

obter com esse ativo;

- expectativas sobre possíveis variações no montante ou período

desses fluxos de caixa futuros;

- o valor do dinheiro no tempo, representado pela atual taxa de

juros livre de risco;

- o preço decorrente da incerteza inerente ao ativo; e

- outros fatores, tais como falta de liquidez, que participantes do

mercado iriam considerar ao determinar os fluxos de caixa futu-ros que a entidade espera obter com o ativo.

Valor líquido de venda é o valor a ser obtido pela venda de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa em transações em bases comutati-

vas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas es-

timadas de venda.

Despesas de venda ou de baixa são despesas incrementais diretamen-te atribuíveis à venda ou à baixa de um ativo ou de uma unidade gera-

dora de caixa, excluindo as despesas financeiras e de impostos sobre o

resultado gerado.

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Perda por desvalorização é o valor pelo qual o valor contábil de um a-

tivo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperá-

vel.

Valor contábil é o valor pelo qual um ativo está reconhecido no balanço

depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou e-

xaustão acumulada e provisão para perdas.

Depreciação, amortização e exaustão é a alocação sistemática do valor

depreciável, amortizável e exaurível de ativos durante sua vida útil.

Valor depreciável, amortizável e exaurível é o custo de um ativo, ou

outra base que substitua o custo nas demonstrações contábeis, menos seu valor residual.

Valor residual é o valor estimado que uma entidade obteria pela venda

do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

Vida útil é:

(a) o período de tempo no qual a entidade espera usar um ativo;

ou

(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhan-

tes que a entidade espera obter do ativo.

Unidade geradora de caixa é o menor grupo identificável de ativos que

gera as entradas de caixa, que são em grande parte independentes das

entradas de caixa de outros ativos ou de grupos de ativos.

Ativos corporativos são ativos, exceto ágio por expectativa de rentabi-

lidade futura (goodwill), que contribuem, mesmo que indiretamente,

para os fluxos de caixa futuros, tanto da unidade geradora de caixa

sob revisão, quanto da de outras unidades geradoras de caixa.

Mercado ativo é um mercado onde todas as seguintes condições exis-

tem:

(a) os itens transacionados no mercado são homogêneos;

(b) vendedores e compradores com disposição para negociar são

encontrados a qualquer momento para efetuar a transação; e

(c) os preços estão disponíveis para o público.

- Um ativo está desvalorizado quando seu valor contábil excede seu

valor recuperável.

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Vamos à resolução da questão:

I – Cálculo do Valor Contábil do imobilizado Espeto:

Valor de Registro – Espeto 75.000

(-) Depreciação Acumulada (55.000)

Valor Contábil – Espeto 20.000

II – Cálculo do Valor Líquido de Venda do imobilizado Espeto:

Valor de Mercado – Espeto 23.000

(-) Gastos Incorridos na Transação de Venda (5.000)

Valor Líquido de Venda 18.000

III – Cálculo do Valor em Uso do imobilizado Espeto:

I – Ano 1: Receita Bruta de Vendas = 4.000 unidades x R$ 12,00 48.000

(-) Gastos incorridos na produção e venda = 4.000 x R$ 9,50 (38.000)

Resultado do Ano 1 10.000

Custo de Capital = 20% ao ano

Valor Presente 1 = 10.000/(1 + 20%) = 10.000/1,2 = 8.333,33

II – Ano 2:

Receita Bruta de Vendas = 3.000 unidades x R$ 12,00 36.000 (-) Gastos incorridos na produção e venda = 3.000 x R$ 9,50 (28.500)

Resultado do Ano 2 7.500

Custo de Capital = 20% ao ano Valor Presente 2 = 7.500/(1 + 20%)2 = 7.500/1,22 = 5.208,33

III – Ano 3:

Receita Bruta de Vendas = 2.000 unidades x R$ 12,00 24.000 (-) Gastos incorridos na produção e venda = 2.000 x R$ 9,50 (19.000)

Resultado do Ano 3 5.000

Custo de Capital = 20% ao ano Valor Presente 3 = 5.000/(1 + 20%)3 = 5.000/1,23 = 2.893,52

IV – Ano 4:

Receita Bruta de Vendas = 1.000 unidades x R$ 12,00 12.000

(-) Gastos incorridos na produção e venda = 1.000 x R$ 9,50 (9.500) Resultado do Ano 4 2.500

Custo de Capital = 20% ao ano

Valor Presente 4 = 2.500/(1 + 20%)4 = 2.500/1,24 = 1.205,63

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V – Ano 5:

Receita Bruta de Vendas = 500 unidades x R$ 12,00 6.000 (-) Gastos incorridos na produção e venda = 500 x R$ 9,50 (4.750)

Resultado do Ano 5 1.250

Custo de Capital = 20% ao ano Valor Presente 5 = 1.250/(1 + 20%)5 = 1.250/1,25 = 502,35

Venda do Bem ao final do Ano 5:

Valor de Mercado – Espeto 2.000

(-) Gastos Incorridos na Transação de Venda (400) Valor Líquido de Venda 1.600

Custo de Capital = 20% ao ano

Valor Presente da Venda – Ano 5 = 1.600/(1 + 20%)5 = 1.600/1,25 = 643,00

Valor em Uso =

= 8.333,33 + 5.208,33 + 2.893,52 + 1.205,63 + 502,35 + 643,00 =

= 18.786,17

IV – Cálculo do Valor Recuperável:

Valor Líquido de Venda = 18.000

Valor em Uso = 18.786,17

Como o valor em uso é maior que o valor líquido de venda, o valor recuperável

será igual ao valor em uso.

Valor Recuperável = Valor em Uso = 18.786,17

V – Cálculo da Variação do Patrimônio da Empresa X:

Valor Recuperável 18.786,17 (-) Valor Contábil – Espeto (20.000,00)

Perda por Desvalorização (1.213,83)

Valor do Ativo Não Circulante: Valor de Registro – Espeto 75.000

(-) Depreciação Acumulada (55.000)

(-) Perda por Desvalorização (1.231,83)

(+) Outros Ativos Não Circulantes 60.000

Valor do ANC 78.786,17

GABARITO: Anulada (o gabarito preliminar foi “C”, pois, na verdade, o

examinador queria o valor contábil do Espeto após o teste de recupe-

rabilidade, que é igual a R$ 18.786,17 – Valor Contábil – Perda Por Desvalorização - e não o valor total do ativo não circulante. Para esse

valor, não há resposta)

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150. Determinada empresa comercial apurou o seguinte balanço patrimonial

no final do exercício recém-encerrado:

Disponibilidades 30.000 Fornecedores ---

Clientes --- Capital social 40.000

Estoque 20.000 Reserva de lucros 10.000

Sabe-se que o estoque era composto por 10.000 unidades da mercadoria X.

Durante o corrente exercício, essa empresa realizou as seguintes transações –

na seqüência apresentada:

• comprou 15.000 unidades da mercadoria X por $3,00 a unidade, pagando

metade à vista e ficando o restante para pagar em 30 dias;

• vendeu 20.000 unidades da mercadoria X por $5,00, recebendo metade à vista e ficando o restante para receber em 30 dias;

• comprou 9.000 unidades da mercadoria X por $4,00 a unidade, pagando tu-

do à vista;

• vendeu 10.000 unidades da mercadoria X por $5,00, recebendo metade à vista e ficando o restante para receber em 30 dias.

Ignore qualquer tributo e determine a diferença da Variação do Capital Circu-

lante Líquido dessa empresa entre dois cenários:

I. controlando os estoques permanentemente e apurando o custo das merca-

dorias vendidas pelo custo médio ponderado móvel;

II. controlando os estoques permanentemente e apurando o custo das merca-

dorias vendidas pelo método primeiro que entre primeiro que sai.

(a) Maior que $1.500,00.

(b) Entre $1.000,01 e 1.500,00.

(c) Entre $500,01 e $1.000,00. (d) Entre $0,01 e $500,00.

(e) Igual a zero.

Resolução

Sistema de Inventário Permanente: controle permanente do estoque

de mercadorias, efetuando os lançamentos a cada compra, venda ou

devolução. Neste sistema, o estoque de mercadoria está sempre atuali-

zado, podendo se apurar o resultado bruto a qualquer momento, utilizando a conta “Mercadorias”.

Métodos de Apuração do Custo do Estoque: Preço específico, PEPS

ou FIFO, UEPS ou LIFO e Custo Médio Ponderado Móvel.

a. Preço Específico: o custo de cada unidade do estoque é o

preço efetivamente pago para cada item. Normalmente, este

método é utilizado para mercadorias de valor significativo, distin-

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guíveis entre si, como por exemplo, em uma revenda de automó-

veis usados;

b. PEPS ou FIFO (Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai, First-In-First-Out): por este método, à medida que ocorrem as

vendas, vai-se dando baixa no estoque a partir das primeiras com-

pras (mercadorias mais antigas), ou seja, vendem-se ou conso-

mem-se antes as primeiras mercadorias compradas;

c. UEPS ou LIFO (Último que Entra é o Primeiro que Sai, Last-

In-First-Out): ao contrário do método PEPS, dá-se primeiro a saí-

da das mercadorias mais recentes, ou seja, das últimas mercadori-

as que foram adquiridas; e

d. Custo Médio Ponderado Móvel (Preço Médio ou Custo Mé-

dio): através deste método, o custo médio de cada unidade em

estoque é alterado pelas compras de outras unidades por um preço diferente (a cada nova aquisição de mercadorias,

uma nova média é calculada).

Legislação do Imposto de Renda: permite, apenas, a utilização dos méto-dos do preço específico, do custo médio ponderado móvel ou do PEPS, não

permitindo, para fins fiscais, a utilização do UEPS.

Capital Circulante Líquido = AC – PC

Variação do Capital Circulante Líquido = CCL final – CCL inicial

Vamos à resolução da questão: didaticamente, vou efetuar todos os lançamen-

tos

I – Custo Médio Ponderado Móvel

Ativo Circulante – Saldo Inicial = 50.000

Disponibilidades = 30.000 Estoque = 20.000

Passivo Circulante – Saldo Inicial = 0

CCL inicial = AC inicial – PC inicial = 50.000

Data Entrada Saída Saldo

Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Unit. Total Unit. Total Unit. Total

EI 10.000 2 20.000

Compra 15.000 3 45.000 25.000

2,6

(*1)

65.000

Venda 20.000 2,6

52.000 5.000 2,6 13.000

Compra 9.000 4 36.000 14.000 3,5

(*2)

49.000

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Venda 10.000 3,5 35.000 4.000 3,5 14.000

Soma 87.000 4.000 3,5 14.000

(*1) PM = (10.000 x 2 + 15.000 x 3)/25.000 = 2,6

(*2) PM = (5.000 x 2,6 + 9.000 x 4)/14.000 = 3,5

CMV (CMPM) = 87.000

EF (CMPM) = 14.000

Lançamentos:

I.1 – Primeiras compras:

Estoques (Ativo Circulante)

a Diversos

a Caixa (Ativo Circulante) 22.500

a Fornecedores (Passivo Circulante) 22.500 45.000

Saldos:

Ativo Circulante = 72.500

Disponibilidades = 30.000 – 22.500 = 7.500

Estoque = 20.000 + 45.000 = 65.000

Passivo Circulante = 22.500

Fornecedores = 22.500

I.2 – Primeiras Vendas:

Receita Bruta de Vendas = 20.000 x 5 = 100.000 (metade à vista e metade a

prazo)

Diversos

a Receita Bruta de Vendas

a Caixa (Ativo Circulante) 50.000

a Clientes (Ativo Circulante) 50.000

CMV

a Mercadorias (Ativo Circulante) 52.000

Saldos:

Ativo Circulante = 120.500

Disponibilidades = 7.500 + 50.000 = 57.500

Clientes = 50.000 Estoque = 65.000 – 52.000 = 13.000

Passivo Circulante = 22.500

Fornecedores = 22.500

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I.3 – Segundas compras:

Estoques (Ativo Circulante)

a Caixa (Ativo Circulante) 36.000

Saldos:

Ativo Circulante = 120.500

Disponibilidades = 57.500 – 36.000 = 21.500 Clientes = 50.000

Estoque = 13.000 + 36.000 = 49.000

Passivo Circulante = 22.500

Fornecedores = 22.500

I.4 – Segundas Vendas:

Receita Bruta de Vendas = 10.000 x 5 = 50.000 (metade à vista e metade a prazo)

Diversos

a Receita Bruta de Vendas a Caixa (Ativo Circulante) 25.000

a Clientes (Ativo Circulante) 25.000

CMV

a Mercadorias (Ativo Circulante) 35.000

Saldos:

Ativo Circulante = 135.500

Disponibilidades = 21.500 + 25.000 = 46.500 Clientes = 50.000 + 25.000 = 75.000

Estoque = 49.000 – 35.000 = 14.000

Passivo Circulante = 22.500 Fornecedores = 22.500

CCL inicial = AC inicial – PC inicial = 50.000

CCL final = AC final – PC final = 135.500 – 22.500 = 113.000

Δ CCL (CMPM) = CCL final – CCL inicial = 113.000 – 50.000 = 63.000

(*)

(*) Repare que a variação do CCL é exatamente o lucro bruto do perío-do:

Receita Bruta de Vendas 100.000 + 50.000

(-) CMV (52.000 + 35.000) Lucro Bruto 63.000

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Ou seja, bastava calcular o lucro bruto pelos dois métodos (PEPS e

Custo Médio).

II - Método PEPS

Ativo Circulante – Saldo Inicial = 50.000 Disponibilidades = 30.000

Estoque = 20.000

Passivo Circulante – Saldo Inicial = 0

CCL inicial = AC inicial – PC inicial = 50.000

Data Entrada Saída Saldo

Quant. Valor Quant. Valor Quant. Valor

Unit. Total Unit. Total Unit. Total

EI 10.000 2 20.000

Compra 15.000 3 45.000 10.000

15.000

2

3

20.000

45.000

Venda 10.000 10.000

2 3

20.000 30.000

5.000 3 15.000

Compra 9.000 4 36.000 5.000

9.000

3

4

15.000

36.000

Venda 5.000 5.000

3 4

15.000 20.000

4.000 4 16.000

Soma 85.000 4.000 4 16.000

CMV (PEPS) = 85.000 EF (PEPS) = 16.000

Lançamentos:

II.1 – Primeiras compras:

Estoques (Ativo Circulante)

a Diversos a Caixa (Ativo Circulante) 22.500

a Fornecedores (Passivo Circulante) 22.500 45.000

Saldos:

Ativo Circulante = 72.500 Disponibilidades = 30.000 – 22.500 = 7.500

Estoque = 20.000 + 45.000 = 65.000

Passivo Circulante = 22.500 Fornecedores = 22.500

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II.2 – Primeiras Vendas:

Receita Bruta de Vendas = 20.000 x 5 = 100.000 (metade à vista e metade a

prazo)

Diversos

a Receita Bruta de Vendas

a Caixa (Ativo Circulante) 50.000 a Clientes (Ativo Circulante) 50.000

CMV

a Mercadorias (Ativo Circulante) 50.000

Saldos:

Ativo Circulante = 122.500

Disponibilidades = 7.500 + 50.000 = 57.500

Clientes = 50.000 Estoque = 65.000 – 50.000 = 15.000

Passivo Circulante = 22.500

Fornecedores = 22.500

II.3 – Segundas compras:

Estoques (Ativo Circulante)

a Caixa (Ativo Circulante) 36.000

Saldos:

Ativo Circulante = 122.500

Disponibilidades = 57.500 – 36.000 = 21.500 Clientes = 50.000

Estoque = 15.000 + 36.000 = 51.000

Passivo Circulante = 22.500 Fornecedores = 22.500

II.4 – Segundas Vendas:

Receita Bruta de Vendas = 10.000 x 5 = 50.000 (metade à vista e metade a

prazo)

Diversos

a Receita Bruta de Vendas a Caixa (Ativo Circulante) 25.000

a Clientes (Ativo Circulante) 25.000

CMV a Mercadorias (Ativo Circulante) 35.000

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Saldos:

Ativo Circulante = 137.500

Disponibilidades = 21.500 + 25.000 = 46.500

Clientes = 50.000 + 25.000 = 75.000 Estoque = 51.000 – 35.000 = 16.000

Passivo Circulante = 22.500

Fornecedores = 22.500

CCL inicial = AC inicial – PC inicial = 50.000

CCL final = AC final – PC final = 137.500 – 22.500 = 115.000

Δ CCL (PEPS) = CCL final – CCL inicial = 115.000 – 50.000 = 65.000 (*)

(*) Repare que a variação do CCL é exatamente o lucro bruto do perío-

do:

Receita Bruta de Vendas 100.000 + 50.000

(-) CMV (50.000 + 35.000)

Lucro Bruto 65.000

Ou seja, bastava calcular o lucro bruto pelos dois métodos (PEPS e

Custo Médio).

III – Diferença da Variação do Capital Circulante Líquido:

Δ CCL (PEPS) - Δ CCL (CMPM) = 65.000 – 63.000 = 2.000

GABARITO: A

151. A Subs Ltda. produz e vende dois tipos de produtos. Para a avaliação do

resultado por produtos utiliza o custeio baseado em atividades. No último perí-

odo, a empresa apresentou os seguintes dados:

Custos Indiretos Padrão Luxo Total

Matéria-Prima Direta $ 102.000 $ 120.000 $ 222.000

Mão-de-Obra Direta $ 80.000 $ 78.000 $ 158.000

N° de lotes de produ-

ção

$ 190.000 50 5 55

Testes de qualidade

efetuados

$ 188.000 15 22 37

Pedidos de embarque

processados

$ 50.000 80 70 150

N° de set-ups $ 40.000 17 13 30

N° de kits de peças requisitadas

$ 20.000 130 30 160

Total de Custos Indi-

retos

$ 488.000

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Quantidade produzida

(em unidades)

250.000 88.000

Quantidade vendida

(em unidades)

225.000 79.200

Preço de venda unitá-rio

$ 3,00 $ 5,60

Impostos sobre ven-

das (sobre a receita)

20% 20%

O lucro bruto total de cada produto é:

(a) Padrão = $139.294,00; Luxo = ($25.678,00).

(b) Padrão = $100.120,00; Luxo = $30.359,00.

(c) Padrão = $82.450,00; Luxo = $38.458,00.

(d) Padrão = $89.234,00; Luxo = $35.789,00. (e) Padrão = $93.126,00; Luxo = $20.490,00.

Resolução

No método de custeio ABC, ou custeio baseado por atividades, o objetivo é de-

linear as atividades para determinar os sistemas de custos, ou seja, as

atividades da empresa constituem, neste método, os objetos funda-

mentais para a determinação dos custos Estes custos por atividades é que serão apropriados aos produtos.

Para se utilizar o método de custeio ABC é necessária a definição das ativida-

des relevantes dentro dos departamentos, bem como dos direcionadores de custos que irão alocar os diversos custos incorridos às atividades.

O principal objetivo do custeio ABC é reduzir as distorções causadas

em virtude da arbitrariedade da distribuição, via rateio, de custos indi-

retos de fabricação aos produtos. O custeio ABC também pode ser aplicado aos custos diretos, como, por exemplo, a mão-de-obra direta, mas, neste ca-

so, não haverá muita diferença em relação ao método de custeio por absorção.

Resumindo, a diferença fundamental está no tratamento dado aos custos indi-

retos.

Normalmente, os custos obtidos pelo método de custeio ABC incluem despesas

administrativas e com vendas, razão pela qual não é aceito, para fins contá-

beis, para avaliação dos estoques. Entretanto, este método de custeio é de grande utilidade para a tomada de decisão do administrador da empresa.

A atribuição de custos às atividades pode ser realizada de três maneiras:

Alocação Direta: quando existe uma identificação clara e direta dos cus-tos com as atividades. Exemplos: Salários, Depreciação, Material de Consu-

mo, etc.

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Rastreamento: esta alocação se baseia na identificação da relação de

causa e efeito entre a ocorrência das atividades e a geração de custos.

Normalmente, é estabelecida por direcionadores de custos.

Rateio: utilizado apenas quando não há possibilidade de utilizar a aloca-

ção direta ou o rastreamento.

Direcionador de Custo: é o fator que determina o custo de uma ativida-de. Para efeito do custeio de produtos, o direcionador deve ser o fator que de-

termina ou influencia a maneira como os produtos consomem as atividades.

Ou seja, o direcionador de custos é a base utilizada para atribuir os custos das

atividades aos produtos.

Exemplos de direcionadores de custos:

- número de empregados;

- área ocupada;

- homem-hora; - hora-máquina;

- quantidade de energia;

- estimativa do responsável pela área, etc.

Vamos à resolução da questão:

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I – Lucro Bruto – Padrão

Receita Bruta de Vendas = 3 x 225.000 675.000 (-) Impostos sobre Vendas = 20% x 675.000 (135.000)

Receita Líquida de Vendas 540.000

(-) CPV = 225.000 x 1,99 (446.874,15)

Lucro Bruto – Padrão 93.125,85

II – Lucro Bruto – Luxo

Receita Bruta de Vendas = 5,60 x 79.200 443.520

(-) Impostos sobre Vendas = 20% x 443.520 (88.704)

Receita Líquida de Vendas 354.816 (-) CPV = 79.200 x 4,22 (334.325,87)

Lucro Bruto – Luxo 20.490,13

GABARITO: E

Custos Indire-

tos

Padrão Luxo Total Por unid. (total)

Padrão Luxo

Matéria-Prima

Direta

102.000 120.000 222.000

Mão-de-Obra Direta

80.000 78.000 158.000

Total 1 182.000 198.000 380.000 380.000 182.000 198.000

N° de lotes de produção

190.000 50 5 55 =190.000/55 = 3.454,55

= 50x3.454,54 = 172.727,30

= 5x3.454,54 = 17.272,73

Testes de qualidade efe-tuados

188.000 15 22 37 =188.000/37 = 5.081,08

= 15x5.081,08 = 76.216,22

= 22x5.081,08 =111.783,80

Pedidos de embarque processados

50.000 80 70 150 = 50.000/150 = 333,33

= 80x333,33 = 26.666,67

= 70x333,33 = 23.333,33

N° de set-ups 40.000 17 13 30 =40.000/30 = 1.333,33

= 17x1.333,33 = 22.666,67

= 13x1.333,33 = 17.333,33

N° de kits de peças requisi-tadas

20.000 130 30 160 = 20.000/160 = 125

= 130x125 = 16.250

= 30x125 = 3.750

Total de Cus-tos Indiretos

488.000 488.000 314.526,83 173.473,19

Total 2 868.000 496.526,83 371.473,19

Quantidade produzida (em unidades)

250.000 88.000 =496.526,83 /250.000 = 1,99

= 317.473,19 /88.000 = 4,22

Quantidade vendida (em unidades)

225.000 79.200

Preço de ven-da unitário

$ 3,00 $ 5,60

Impostos so-

bre vendas (sobre a recei-ta)

20% 20%

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152. Determinada empresa industrial fabrica e vende três produtos: 1, 2 e 3.

Observe os dados desses produtos:

Produto 1 2 3

Preço de Venda 17 9 16

Matéria-prima i (em kg/unid.) 2 2 4

Matéria-prima ii (em kg/unid.) 3 2 0

Horas máquina X (em h/unid.) 3 0 2

Horas máquina XX (em h/unid.) 0 1 3

Demanda (em unid./mês) 20 25 30

Sabe-se que os recursos são onerosos e limitados, conforme a tabela a seguir:

Recursos Custo unitário Disponibilidade

Matéria-prima i $ 0,50/kg 200 kg

Matéria-prima ii $ 1,00/kg 80 kg

Máquina X $ 2,00/h 130 h

Máquina XX $ 1,50/h 200 h

Sabe-se, ainda, que:

• a empresa não tem como aumentar as suas disponibilidades de recursos produtivos no próximo mês; portanto, precisa gerenciar essas restrições;

• a empresa não tem como aumentar as demandas dos produtos no próximo

mês;

• a empresa incorre em despesas variáveis equivalentes a 20% da receita de cada produto;

• a empresa tem por política trabalhar sem estoque final de produtos acaba-

dos.

Determine quantas unidades a empresa precisa produzir e vender de cada produto no próximo mês para maximizar seu resultado nesse próximo mês.

(a) 1 = 10; 2 = 25; 3 = 30

(b) 1 = 20; 2 = 10; 3 = 30 (c) 1 = 20; 2 = 25; 3 = 30

(d) 1 = 20; 2 = 25; 3 = 27,5

(e) 1 = 26,6; 2 = 0; 3 = 0

Resolução

I – Fator limitativo:

Para produzir toda a demanda dos produtos “1”, “2” e “3” precisaríamos de:

Demandas:

Produto “1” = 20 unidades/mês

Produto “2” = 25 unidades/mês

Produto “3” = 30 unidades/mês

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Recursos necessários para atender toda a demanda:

Matéria Prima i = 20 unid. x 2 kg/unid. + 25 unid. x 2 kg/unid + 30 unid. x 4

kg/unid. =>

Matéria Prima i = 40 + 50 + 120 = 210 kg (Disponibilidade = 200 kg)

Matéria Prima ii = 20 unid. x 3 kg/unid. + 25 unid. x 2 kg/unid =>

Matéria Prima ii = 60 + 50 = 110 kg (Disponibilidade = 80 kg)

Máquina X = 20 unid. x 3 h/unid. + 30 unid. x 2 h/unid =>

Máquina X = 60 + 60 = 130 h (Disponibilidade = 130 h)

Máquina XX = 25 unid. x 1 h/unid. + 30 unid. x 3 h/unid =>

Máquina X = 25 + 90 = 115 h (Disponibilidade = 200 h)

Logo, percebe-se que o fator limitativo é a matéria prima ii, pois há uma dife-

rença de 30 kg entre a quantidade demandada e a disponibilidade. Portanto,

devemos dividir as margens de contribuição unitária dos produtos pelo valor consumido da matéria prima ii (fator limitativo).

I – Cálculo da Margem de Contribuição Unitária do Produto “1” (MCU1):

Custos Variáveis Unitários do Produto “1”:

Matéria-Prima i = 2 kg/unid. x R$ 0,50/kg R$ 1,00

Matéria-Prima ii = 3 kg/unid. x R$ 1,00/kg R$ 3,00

Horas-Máquina X = 3 h/unid. x R$ 2,00/h R$ 6,00 Horas-Máquina XX = 0 h/unid. x R$ 1,50/h R$ 0,00

Custos Variáveis Unitários de “1” R$ 10,00

Lucro Produzido com a venda de “1” (por unidade):

Preço de Venda Unitário 17,00

(-) Custos Variáveis Unitários (10,00)

(-) Despesas Variáveis (20% x 17,00) (3,40) Lucro Produzido na venda de “1” 3,60

Margem de Contribuição de “1”/Fator Limitativo = 3,60/3 = R$ 1,20/kg

II – Cálculo da Margem de Contribuição Unitária do Produto “2” (MCU2):

Custos Variáveis Unitários do Produto “2”:

Matéria-Prima i = 2 kg/unid. x R$ 0,50/kg R$ 1,00 Matéria-Prima ii = 2 kg/unid. x R$ 1,00/kg R$ 2,00

Horas-Máquina X = 0 h/unid. x R$ 2,00/h R$ 0,00

Horas-Máquina XX = 1 h/unid. x R$ 1,50/h R$ 1,50

Custos Variáveis Unitários de “2” R$ 4,50

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Preço de Venda Unitário 9,00

(-) Custos Variáveis Unitários (4,50)

(-) Despesas Variáveis (20% x 9,00) (1,80)

Lucro Produzido na venda de “2” 2,70

Margem de Contribuição de “2”/Fator Limitativo = 2,70/2 = R$ 1,35/kg

III – Cálculo da Margem de Contribuição Unitária do Produto “3” (MCU3):

Custos Variáveis Unitários do Produto “3”:

Matéria-Prima i = 4 kg/unid. x R$ 0,50/kg R$ 2,00

Matéria-Prima ii = 0 kg/unid. x R$ 1,00/kg R$ 0,00 Horas-Máquina X = 2 h/unid. x R$ 2,00/h R$ 4,00

Horas-Máquina XX = 3 h/unid. x R$ 1,50/h R$ 4,50

Custos Variáveis Unitários de “3” R$ 10,50

Preço de Venda Unitário 16,00

(-) Custos Variáveis Unitários (10,50)

(-) Despesas Variáveis (20% x 16,00) (3,20)

Lucro Produzido na venda de “3” 2,30

Margem de Contribuição de “3” = R$ 2,30 (não utiliza a matéria-prima ii)

IV – Ordem de produção

1 – Produto 3 (independe da matéria-prima ii)

2 – Produto 2 => MC de “2”/Fator Limit. = R$ 1,35/kg (maior que a de “1”)

3 – Produto 1 => MC de “1”/Fator Limitativo = R$ 1,20/kg

V – Quantidade de “3” Produzida:

Demanda de “3” no mês = 30 unidades

Consumo máximo de recursos para produção de “3”

Matéria-Prima i = 4 kg/unid. x 30 unidades = 120 kg

Matéria-Prima ii = 0 kg

Horas-Máquina X = 2 h/unid. x 30 unidades= 60 h Horas-Máquina XX = 3 h/unid. x 30 unidades = 90 h

Quantidade produzida de “3” = 30 unidades

Saldo dos recursos disponíveis após produto “3”: Matéria-Prima i = 200 kg – 120 kg = 80 kg

Matéria-Prima ii = 80 kg

Horas-Máquina X = 130 h – 60 h = 70 h

Horas-Máquina XX = 200 h – 90 h = 110 h

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VI – Quantidade de “2” Produzida:

Demanda de “2” no mês = 25 unidades

Consumo máximo de recursos para produção de “2”

Matéria-Prima i = 2 kg/unid. x 25 unidades = 50 kg

Matéria-Prima ii = 2 kg/unid. x 25 unidades = 50 kg

Horas-Máquina X = 0 h Horas-Máquina XX = 1 h/unid. x 25 unidades = 25 h

Saldo dos recursos disponíveis após produto “2”:

Matéria-Prima i = 80 kg – 50 kg = 30 kg

Matéria-Prima ii = 80 kg – 50 kg = 30 kg Horas-Máquina X = 70 h

Horas-Máquina XX = 110 h – 25 h = 85 h

Quantidade produzida de “2” = 25 unidades

VII – Quantidade de “1” Produzida:

Demanda de “1” no mês = 20 unidades

Consumo de recursos:

Matéria-Prima i = 30 kg/2 kg/unid. = 15 unidades

Matéria-Prima ii = 30 kg/3 kg/unid. = 10 unidades

Horas-Máquina X = 70 h/3 h/unid. = 23,33 unidades Horas-Máquina XX = 0 h

Logo, há recursos suficientes para produzir as 10 unidades do produto

“1” (fator limitativo é a matéria-prima ii).

GABARITO: A

153. Determinada empresa industrial fabrica e vende dois produtos: X e Y. No último mês analisado, a empresa produziu 400 unidades de X e 350 unidades

da Y.

Sabe-se que os gastos com matéria-prima e com mão-de-obra são:

Gastos diretos X Y

Matéria-prima (kg/unid) 4 6

Matéria-prima ($/kg) 5,00 5,00

Mão-de-obra (Hh/unid) 3 4

Mão-de-obra ($/Hh) 4,00 4,00

Determine o custo unitário do produto X e do produto Y, respectivamente, in-

corrido nesse período, com base nas informações apuradas para fins do custeio

baseado em atividade, conforme segue:

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Atividades Custo

(em R$/mês)

Capacidade ins-

talada

(em horas/mês)

X

(em ho-

ras/unidade)

Y

(em ho-

ras/unidade)

I 3.700,00 1850 2 3

II 2.900,00 1450 1 3

III 3.000,00 1500 2 2

Desconsidere qualquer tributo e qualquer informação não apresentada neste

enunciado.

(a) $10/unidade e $16/unidade

(b) $36/unidade e $41/unidade

(c) $42/unidade e $62/unidade

(d) $32/unidade e $46/unidade

(e) $46/unidade e $57/unidade

Resolução

Produção:

X => 400 unidades e Y => 350 unidades

Ativ. Custo

($/mês)

Cap. Inst.

(h/mês)

X

Y

I 3.700,00 1850 = 2 h/unid x 400

= 800 h

= 800 h/1.850 h

x 3.700 =

= $ 1.600

= 3 h/unid. x 350

= 1.050 h

= 1.050 h/1.850 h

x 3.700

= $ 2.100

II 2.900,00 1450 = 1 h/unid x 400

= 400 h

= 400 h/1.450 h

x 2.900 = = $ 800

= 3 h/unid. x 350

= 1.050 h

= 1.050 h/1.450 h

x 2.900 = = $ 2.100

III 3.000,00 1500 = 2 h/unid x 400

= 800 h

= 800 h/1.500 h

x 3.000 =

= $ 1.600

= 2 h/unid. x 350

= 700 h

= 700 h/1.500 h

x 3.000 =

= $ 1.400

Total $ 4.000 $ 5.600

Total por Unidade = $ 4.000/ 400 = $ 10/unid.

= $ 5.600/350 = $ 16/unid.

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I – Produto “X”:

Matéria-Prima = 4 kg/unid. x $ 5,00/kg = $ 20/unidade

Mão-de-Obra = 3 Hh/unid. x $ 4,00/Hh = $ 12/unidade Custo Unitário por Atividade = $ 10/unidade

Custo Unitário de “X” = 20 + 12 + 10 = $ 42/unidade

II – Produto “Y”:

Matéria-Prima = 6 kg/unid. x $ 5,00/kg = $ 30/unidade

Mão-de-Obra = 4 Hh/unid. x $ 4,00/Hh = $ 16/unidade

Custo Unitário por Atividade = $ 16/unidade

Custo Unitário de “X” = 30 + 16 + 16 = $ 62/unidade

GABARITO: C

154. A Cia. Bichinho de Goiaba apresentou, em 31/12/2007, os saldos das

contas abaixo relacionadas, extraídos do balancete levantado antes da apura-

ção do resultado do período:

Bancos Conta Movimento R$ 3.450,00

Capital Social R$ 11.550,00

Custo com Mercadorias Vendidas R$ 1.950,00

Despesas com Aluguéis R$ 4.800,00

Despesas com Salários R$ 4.860,00

Duplicatas a Pagar R$ 9.000,00

Duplicatas a Receber R$ 7.500,00

Imóveis em Uso R$ 7.050,00

Impostos a Pagar R$ 7.350,00

Lucros Acumulados R$ 3.360,00

Máquinas e Equipamentos R$ 6.000.00

Mercadorias para Revenda R$ 3.300,00

Receitas de Aplicações Financeiras R$ 7.350,00

Receitas de Vendas R$ 6.000,00

Títulos a Receber R$ 5.700,00

Após elaborar o encerramento do período e a apuração de todas as demons-

trações contábeis em 31/12/2007, a Cia. Bichinho de Goiaba encontrará um:

(a) Passivo Circulante no valor de R$ 14.400,00.

(b) Lucro Líquido no valor de R$ 3.690,00.

(c) Lucro Bruto no valor de R$ 11.400,00. (d) Patrimônio Líquido no valor de R$ 16.650,00.

(e) Ativo Circulante no valor de R$ 21.900,00.

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Resolução

Bancos Conta Movimento R$ 3.450,00 Ativo Circulante

Capital Social R$ 11.550,00 Patrimônio Líquido

Custo com Mercadorias Vendidas R$ 1.950,00 Despesa

Despesas com Aluguéis R$ 4.800,00 Despesa

Despesas com Salários R$ 4.860,00 Despesa

Duplicatas a Pagar R$ 9.000,00 Passivo Circulante

Duplicatas a Receber R$ 7.500,00 Ativo Circulante

Imóveis em Uso R$ 7.050,00 Ativo Não Circulante -

Imobilizado

Impostos a Pagar R$ 7.350,00 Passivo Circulante

Lucros Acumulados R$ 3.360,00 Patrimônio Líquido

Máquinas e Equipamentos R$ 6.000.00 Ativo Não Circulante -

Imobilizado

Mercadorias para Revenda R$ 3.300,00 Ativo Circulante

Receitas de Aplicações Financeiras R$ 7.350,00 Receita

Receitas de Vendas R$ 6.000,00 Receita

Títulos a Receber R$ 5.700,00 Ativo Circulante

I – Demonstração do Resultado do Exercício (DRE):

Receita de Vendas 6.000 (-) Custo das Mercadorias Vendidas (1.950)

Lucro Bruto 4.050

(-) Despesas com Aluguéis (4.800)

(-) Despesas com Salários (4.860) (+) Receitas de Aplicações Financeiras 7.350

Lucro Líquido do Exercício 1.740

Transferência para o Patrimônio Líquido:

Lucro Líquido do Exercício

a Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 1.740

Saldo de Lucros Acumulados = 3.360 + 1.740 = 5.100

II – Balanço Patrimonial:

Ativo Ativo Circulante

Bancos Conta Movimento 3.450

Duplicatas a Receber 7.500

Mercadorias para Revenda 3.300 Títulos a Receber 5.700

Total do Ativo Circulante 19.950

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Ativo Não Circulante

Imobilizado

Imóveis em Uso 7.050

Máquinas e Equipamentos 6.000 Total do Ativo Não Circul. 13.050

Total do Ativo 33.000

Passivo

Passivo Circulante

Duplicatas a Pagar 9.000

Impostos a Pagar 7.350

Total do Passivo Circul. 16.350

Patrimônio Líquido

Capital Social 11.550

Lucros Acumulados 5.100 Total do PL 16.650

Total do Passivo 33.000

GABARITO: D

Com base nos dados, responda às questões 155 e 156:

A Cia. NND vende o produto T. A empresa apresenta o seguinte Balanço em 01.10.X8:

Ativo Passivo + Patrimônio Líquido

Disponibilidades 100.000 Fornecedores 20.000

Estoques 100.000 Contas a Pagar 30.000

Terrenos 100.000 Empréstimos 70.000

Móveis e Utensílios 90.000 Capital Social 220.000

(-) Depreciação Acumulada -25.000 Lucros Acumulados 25.000

Total 365.000 Total 365.000

Informações adicionais: I. o Estoque é constituído por 10.000 unidades de mercadorias T adquiridas

por R$10 cada. A empresa adota o CMPF (custo médio ponderado fixo) – con-

trole periódico (no final de cada mês);

II. os Móveis e Utensílios são depreciados à taxa de 10% ao ano.

A empresa efetuou as seguintes operações no mês de outubro de X8:

Data Evento

01 Venda de 2.000 unidades de T por R$ 25,00 cada, para recebimento

em 30 dias.

02 Compra de 10.000 unidades de T por R$ 12,00 cada, para pagar em

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novembro/X8.

05 Compra de 10.000 unidades de T por R$ 14,00 cada, sendo metade à

vista e metade a prazo para pagamento em 30 dias.

10 Venda de 16.000 unidades de T por R$ 25,00 cada, sendo metade à

vista e metade a prazo para recebimento em 30 dias.

15 Venda de 10.000 unidades de T por R$ 23,00 cada, à vista.

18 Aumento do capital social em R$ 100.000,00, sendo integralizados i-

mediatamente em dinheiro somente R$ 40.000,00; o restante deverá

ser integralizado dentro de 6 meses.

22 Compra de 6.000 unidades de T por R$ 15,00, à vista.

25 Venda de 3.000 unidades de T por R$ 24,00 cada, à vista.

26 Pagamento de R$ 15.000,00 aos fornecedores e da totalidade do saldo

das contas a pagar.

30 Recebimento de R$ 50.000,00 de clientes.

31 Reconhecimento e pagamento de despesas administrativas e comerci-

ais no montante total de R$ 140.000,00, sendo R$ 85.000,00 relativos a serviços de terceiros e o restante a pessoal próprio.

31 Apropriação mensal de despesa de depreciação dos móveis e utensí-

lios.

31 Taxa de recuperabilidade dos móveis e utensílios, sendo o valor recu-

perável – conforme Resolução CFC 1.110/07 – no montante de R$ R$ 64.000,00.

31 Taxa de recuperabilidade do estoque de mercadorias T, sendo o valor

recuperável – conforme Resolução CFC 1.110/07 – no montante de R$

23,00 cada.

31 Venda do terreno por R$ 92.000,00, à vista.

31 Distribuição de dividendos no montante total de R$ 41.700,00, sendo R$ 30.000,00 pagos imediatamente e o restante provisionados para

pagamento dentro de 60 dias.

155. Considerando somente os dados do enunciado, determine o percentual do valor adicionado que foi disponibilizado aos proprietários da entidade na

forma de dividendos, em outubro/X8:

(a) Menor 10%.

(b) Entre 10,01% e 16%. (c) Entre 16,01% e 22%.

(d) Entre 22,01% e 28%.

(e) Maior que 28%.

Resolução

O primeiro ponto importante a ressaltar na questão diz respeito ao

CMPF (custo médio ponderado fixo) ou Média Ponderada Fixa (MPF):

Média Ponderada Fixa: é utilizada no inventário periódico e calculada

com base nas mercadorias existentes em estoque no período considera-

do para o cálculo da média, ou seja, são computadas na média ponderada

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fixa inclusive as mercadorias que já tenham sido vendidas no momento do cál-

culo da média.

Exemplo: Calcule o CMV da venda de 20/04/2006 com base na média ponde-rada fixa do mês de março (considere que o estoque inicial era zero).

Data Operação Quantidade e Preço Preço Total

01/04/2006 Compra 10 unidades x R$ 10,00 100

20/04/2006 Venda 5 unidades x R$ 30,00 150

30/04/2006 Compra 10 unidades x R$ 12,00 120

Média Ponderada Fixa = (100 + 120)/20 = 220/20 = 11 (considera-se a com-

pra de 30/04).

CMV = 5 unidades vendidas x R$ 11,00 = R$ 55,00

Um outro ponto importante é a DVA (Demonstração do Valor Adiciona-

do):

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE

DEZEMBRO, EM MILHARES DE REAIS (MODELO)

20XX+

1

% 20XX %

1-RECEITAS

1.1. Vendas de mercadoria, produtos e servi-

ços

xxx xxx

1.2. Provisão para devedores duvidosos (consi-

tuição/reversão)

xxx xxx

1.3. Resultados não-operacionais xxx xxx

2-INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS

2.1. Materiais consumidos (xxx) (xxx)

2.2. Outros custos de produtos e serviços ven-didos

(xxx) (xxx)

2.3. Energia, serviços de terceiros e outras

despesas

operacionais

(xxx) (xxx)

2.4. Perda na realização de ativos (xxx) (xxx)

3 - RETENÇÕES

3.1. Depreciação, amortização e exaustão (xxx) (xxx)

4 -VALOR ADICIONADO LÍQUIDO

PRODUZIDO

PELA ENTIDADE

xxx xxx

5 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA

5.1. Resultado de equivalência patrimonial e

dividendos

de investimento avaliado ao custo

xxx xxx

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5.2. Receitas financeiras xxx xxx

5.3. Aluguéis e royalties xxx xxx

6 - VALOR ADICIONADO TOTAL A

DISTRIBUIR

xxx 100

%

xxx 100

%

7 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR

ADICIONADO

7.1. Empregados

Salários e encargos xxx Y% xxx Y%

Comissões sobre vendas xxx Y% xxx Y%

Honorários da diretoria xxx Y% xxx Y%

Participação dos empregados nos lucros xxx Y% xxx Y%

Planos de aposentadoria e pensão xxx Y% xxx Y%

7.2. Tributos

Federais xxx Y% xxx Y%

Estaduais xxx Y% xxx Y%

Municipais xxx Y% xxx Y%

Menos: incentivos fiscais (xxx) Y% (xxx) Y%

7.3. Financiadores

Juros xxx Y% xxx Y%

Aluguéis xxx Y% xxx Y%

7.4. Juros sobre capital próprio e dividendos xxx Y% xxx Y%

7.5. Lucros retidos/prejuízo do exercício xxx Y% xxx Y%

Vamos à resolução da questão:

I – Primeiramente, vamos determinar o CMPF (custo médio ponderado fixo):

Estoque Inicial = 10.000 unidades a R$ 10,00 cada

02 - Compra de 10.000 unidades de T por R$ 12,00 cada, para pagar em no-

vembro/X8.

05 - Compra de 10.000 unidades de T por R$ 14,00 cada, sendo metade à vis-

ta e metade a prazo para pagamento em 30 dias.

22 - Compra de 6.000 unidades de T por R$ 15,00, à vista.

CMPF = (10.000 x 10 + 10.000 x 12 + 10.000 x 14 + 6.000 x 15)/36.000 =>

CMPF = (100.000 + 120.000 + 140.000 + 90.000)/36.000 =>

CMPF = 450.000/36.000 = R$ 12,5 por unidade

Agora, vamos efetuar todos os lançamentos, para fins didáticos:

I - Venda de 2.000 unidades de T por R$ 25,00 cada, para recebimento em 30 dias.

Receita de Vendas = 2.000 unidades x R$ 25,00 = R$ 50.000,00

CMV = 2.000 unidades x R$ 12,50 = R$ 25.000,00

Clientes (Ativo Circulante)

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a Receita Bruta de Vendas (Receita) 50.000

CMV (Despesa)

a Estoques (Ativo Circulante) 25.000

II - Compra de 10.000 unidades de T por R$ 12,00 cada, para pagar em no-

vembro/X8.

Estoques (Ativo Circulante) a Fornecedores (Passivo Circulante) 120.000

III - Compra de 10.000 unidades de T por R$ 14,00 cada, sendo metade à vis-ta e metade a prazo para pagamento em 30 dias.

Estoques (Ativo Circulante)

a Diversos a Disponibilidades (Ativo Circulante) 70.000

a Fornecedores (Passivo Circulante) 70.000 140.000

IV - Venda de 16.000 unidades de T por R$ 25,00 cada, sendo metade à vista

e metade a prazo para recebimento em 30 dias.

Receita de Vendas = 16.000 unidades x R$ 25,00 = R$ 400.000,00

CMV = 16.000 unidades x R$ 12,50 = R$ 25.000,00

Clientes

50.000 (I)

Receita Bruta de Vendas

50.000 (I)

Estoques

100.000 25.000 (I)

75.000

CMV

25.000 (I)

Estoques

100.000

120.000 (II)

25.000 (I)

195.000

Fornecedores

20.000

120.000 (II)

160.000

Estoques

100.000

120.000 (II)

140.000 (III)

25.000 (I)

335.000

Fornecedores

20.000

120.000 (II)

70.000 (III)

230.000

Disponibilidades

100.000 70.000 (III)

30.000

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Clientes (Ativo Circulante)

a Receita Bruta de Vendas (Receita) 400.000

CMV (Despesa)

a Estoques (Ativo Circulante) 200.000

V - Venda de 10.000 unidades de T por R$ 23,00 cada, à vista.

Receita de Vendas = 10.000 unidades x R$ 23,00 = R$ 230.000,00

CMV = 10.000 unidades x R$ 12,50 = R$ 125.000,00

Disponibilidades (Ativo Circulante) a Receita Bruta de Vendas (Receita) 250.000

CMV (Despesa)

a Estoques (Ativo Circulante) 125.000

VI - Aumento do capital social em R$ 100.000,00, sendo integralizados imedia-

tamente em dinheiro somente R$ 40.000,00; o restante deverá ser integrali-

zado dentro de 6 meses.

Capital a Integralizar (Patrimônio Líquido – Retificadora)

a Capital Social (Patrimônio Líquido) 100.000

Clientes

50.000 (I)

400.000 (IV)

450.000

Receita Bruta de Vendas

50.000 (I)

400.000 (IV)

450.000

CMV

25.000 (I) 200.000 (IV)

225.000

Estoques

100.000 120.000 (II)

140.000 (III)

25.000 (I) 200.000 (IV)

135.000

Receita Bruta de Vendas

50.000 (I) 400.000 (IV)

230.000 (V)

680.000

CMV

25.000 (I)

200.000 (IV)

125.000 (V)

350.000

Estoques

100.000 120.000 (II)

140.000 (III)

25.000 (I) 200.000 (IV)

125.000 (V)

10.000

Disponibilidades

100.000 230.000 (V)

70.000 (III)

260.000

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Disponibilidades (Ativo Circulante) a Capital a Integralizar (Patrimônio Líquido – Retificadora) 40.000

VII - Compra de 6.000 unidades de T por R$ 15,00, à vista.

Estoques (Ativo Circulante)

a Disponibilidades (Ativo Circulante) 90.000

VIII - Venda de 3.000 unidades de T por R$ 24,00 cada, à vista.

Receita de Vendas = 3.000 unidades x R$ 24,00 = R$ 72.000,00

CMV = 3.000 unidades x R$ 12,50 = R$ 37.500,00

Disponibilidades (Ativo Circulante)

a Receita Bruta de Vendas (Receita) 72.000

CMV (Despesa) a Estoques (Ativo Circulante) 37.500

Capital Social

220.000 100.000 (VI)

320.000

Capital a Integralizar

100.000 (VI)

Disponibilidades

100.000 230.000 (V)

40.000 (VI)

70.000 (III)

300.000

Capital a Integralizar

100.000 (VI) 40.000 (VI)

60.000

Disponibilidades

100.000

230.000 (V) 40.000 (VI)

70.000 (III)

90.000 (VII)

210.000

Estoques

100.000

120.000 (II) 140.000 (III)

90.000 (VII)

25.000 (I)

200.000 (IV) 125.000 (V)

100.000

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IX - Pagamento de R$ 15.000,00 aos fornecedores e da totalidade do saldo das contas a pagar.

Diversos

a Disponibilidades (Ativo Circulante) Contas a Pagar (Passivo Circulante) 30.000

Fornecedores (Passivo Circulante) 15.000 45.000

X - Recebimento de R$ 50.000,00 de clientes.

Disponibilidades (Ativo Circulante)

a Clientes (Ativo Circulante) 50.000

Disponibilidades

100.000

230.000 (V) 40.000 (VI)

72.000(VIII)

70.000 (III)

90.000 (VII)

282.000

Receita Bruta de Vendas

50.000 (I)

400.000 (IV) 230.000 (V)

72.000 (VIII)

752.000

CMV

25.000 (I)

200.000 (IV) 125.000 (V)

37.500(VIII)

387.500

Estoques

100.000

120.000 (II) 140.000 (III)

90.000 (VII)

25.000 (I)

200.000 (IV) 125.000 (V)

36.000 (VIII)

64.000

Disponibilidades

100.000

230.000 (V) 40.000 (VI)

72.000(VIII)

70.000 (III)

90.000 (VII) 45.000 (IX)

237.000

Fornecedores

15.000 (IX) 20.000

120.000 (II) 70.000 (III)

215.000

Contas a Pagar

30.000 (IX) 30.000

0

Disponibilidades

100.000

230.000 (V) 40.000 (VI)

72.000(VIII)

50.000 (X)

70.000 (III)

90.000 (VII) 45.000 (IX)

287.000

Clientes

50.000 (I)

400.000 (IV)

50.000 (X)

400.000

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XI - Reconhecimento e pagamento de despesas administrativas e comerciais

no montante total de R$ 140.000,00, sendo R$ 85.000,00 relativos a serviços

de terceiros e o restante a pessoal próprio.

Despesas Administrativas e Comerciais (Despesa)

a Disponibilidades (Ativo Circulante) 140.000

Despesas Administrativas e Comerciais: - Serviços de Terceiros = R$ 85.000,00

- Pessoal Próprio = R$ 140.000,00 – R$ 85.000,00 = R$ 55.000,00

XII - Apropriação mensal de despesa de depreciação dos móveis e utensílios.

Taxa de Depreciação = 10% ao ano

Despesas com Depreciação = 10% x (1 /12 meses) x 90.000 = 750

Despesas com Depreciação (Despesa) a Depreciação Acumulada (Ativo Imobilizado – Retif.) 750

XIII - Taxa de recuperabilidade dos móveis e utensílios, sendo o valor recupe-

rável – conforme Resolução CFC 1.110/07 – no montante de R$ R$ 64.000,00.

Valor Contábil de Móveis e Utensílios = 90.000 – 25.750 = 64.250 Taxa de Recuperabilidade = 64.000

Perda por Desvalorização = 64.000 – 64.250 = (250)

Lançamento:

Perda por Desvalorização – Teste de Recuperabilidade (Despesa)

a Provisão para Ajuste de Valor (Ativo Imobilizado – Retif.) 250

Disponibilidades

100.000 230.000 (V)

40.000 (VI)

72.000(VIII)

50.000 (X)

70.000 (III) 90.000 (VII)

45.000 (IX)

140.000 (XI)

147.000

Despesas Adm. e Com.

140.000 (XI)

Depreciação Acumulada

25.000

750 (XII)

25.750

Despesas com Depreciação

750 (XII)

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XIV - Taxa de recuperabilidade do estoque de mercadorias T, sendo o valor

recuperável – conforme Resolução CFC 1.110/07 – no montante de R$ 23,00

cada => nada a fazer, pois o estoque está avaliado em R$ 12,50 a unidade (valor menor que o montante calculado).

XV - Venda do terreno por R$ 92.000,00, à vista.

Disponibilidades (Ativo Circulante) a Receita Não Operacional (Receita) 92.000

Custo do Terreno (Despesa Não Operacional)

a Terreno (Ativo Investimentos) 100.000

XVI - Distribuição de dividendos no montante total de R$ 41.700,00, sendo R$

30.000,00 pagos imediatamente e o restante provisionados para pagamento

dentro de 60 dias.

Primeiramente, vamos apurar o Lucro Líquido do Exercício (LLEx):

Receita Bruta de Vendas 752.000 (-) CMV (387.500)

Lucro Bruto 364.500

(-) Despesas Adm. e Comerciais (140.000)

(-) Despesas com Depreciação (750) (-) Perda por Desvalorização (250)

Lucro Operacional Líquido 223.500

(-) Resultado Não Operacional (8.000)

Lucro Líquido do Exercício 215.500

Provisão para Ajuste

250 (XIII)

Perda por Desvalorização

250 (XIII)

Disponibilidades

100.000 230.000 (V)

40.000 (VI)

72.000(VIII)

50.000 (X) 92.000 (XV)

70.000 (III) 90.000 (VII)

45.000 (IX)

140.000 (XI)

239.000

Resultado Não Operacional

100.000 (XV) 92.000 (XV)

8.000

Terrenos

100.000 100.000 (XV)

0

Receita Bruta de Vendas

50.000 (I)

400.000 (IV)

230.000 (V) 72.000 (VIII)

752.000 (1) 752.000

CMV

25.000 (I)

200.000 (IV)

125.000 (V)

37.500(VIII)

387.500 387.500 (2)

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Transferência do LLEx para o PL:

Lucro Líquido do Exercício

a Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 215.500

Distribuição e pagamento de dividendos:

Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)

a Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) 41.700

Dividendos a Pagar (Passivo Circulante)

a Disponibilidades (Ativo Circulante) 30.000

Agora, vamos montar a DVA. A questão pedia o seguinte:

ARE

387.500 (2)

140.000 (3)

750 (4) 250 (5)

8.000 (6)

752.000 (1)

215.500

Despesas Adm. e Com.

140.000 (XI) 140.000 (3)

0

Despesas com Depreciação

750 (XII) 750 (4)

0

Perda por Desvalorização

250 (XIII) 250 (5)

Resultado Não Operacional

100.000 (XV) 92.000 (XV)

8.000 8.000 (6)

ARE

387.500 (2)

140.000 (3)

750 (4) 250 (5)

8.000 (6)

752.000 (1)

215.500 (7) 215.500

Lucros Acumulados

25.000

215.500 (7)

240.500

Disponibilidades

100.000

230.000 (V)

40.000 (VI) 72.000(VIII)

50.000 (X)

92.000 (XV)

70.000 (III)

90.000 (VII)

45.000 (IX) 140.000 (XI)

30.000 (XVI)

209.000

Lucros Acumulados

41.700 (XVI) 25.000

215.500 (7)

198.800

Dividendos a Pagar

30.000 (XVI) 41.700 (XVI)

11.700

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“Considerando somente os dados do enunciado, determine o percentual do va-

lor adicionado que foi disponibilizado aos proprietários da entidade na forma de

dividendos, em outubro/X8:

(a) Menor 10%.

(b) Entre 10,01% e 16%.

(c) Entre 16,01% e 22%.

(d) Entre 22,01% e 28%. (e) Maior que 28%.”

Montando a Demonstração do Valor Adicionado a partir da DRE, teríamos:

Receita Bruta de Vendas 752.000 (-) CMV (387.500)

Lucro Bruto 364.500

(-) Despesas Adm. e Comerciais (140.000)

(-) Despesas com Depreciação (750) (-) Perda por Desvalorização (250)

Lucro Operacional Líquido 223.500

(-) Resultado Não Operacional (8.000)

Lucro Líquido do Exercício 215.500

Despesas Administrativas e Comerciais:

- Serviços de Terceiros = R$ 85.000,00

- Pessoal Próprio = R$ 140.000,00 – R$ 85.000,00 = R$ 55.000,00 Out/2008 %

1-RECEITAS

1.1. Vendas de mercadoria, produtos e serviços 752.000

1.2. Prejuízo Não Operacional (8.000)

2-INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS

2.1. Materiais consumidos (387.500)

2.2. Outros custos de produtos e serviços vendidos (Despesas Adm. e Com. Com terceiros, Desp. de Segu-ros e Desp. c/ Prov.)

(85.000) (250)

3 - RETENÇÕES

3.1. Depreciação, amortização e exaustão (750)

4 -VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE

270.500,00

6 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 270.500,00 100%

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7 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO

7.1. Empregados

Salários e encargos 55.000,00 55.000/270.500 = 20,33%

7.4. Juros sobre capital próprio e dividendos 41.70000 41.700/270.500 = 15,41%

7.5. Lucros retidos/prejuízo do exercício 173.800,00 173.800/270.500 = 64,25%

GABARITO: B

156. Considerando somente os dados do enunciado, determine a variação do

saldo de disponibilidades, em outubro/X8:

(a) Maior que $275.000,00.

(b) Entre $250.000,01 e $275.000,00. (c) Entre $225.000,01 e $250.000,00.

(d) Entre $200.000,01 e $225.000,00.

(e) Menor ou igual a $200.000,00.

Resolução

Disponibilidades – Saldo Inicial = 100.000

Disponibilidades – Saldo Final = 229.000

Variação das Disponibilidades = Saldo Final – Saldo Inicial =>

Variação das Disponibilidades = 229.000 – 100.000 = 129.000

GABARITO: Anulada

Disponibilidades

100.000 - SI 250.000 (V)

40.000 (VI)

72.000(VIII)

50.000 (X)

92.000 (XV)

70.000 (III) 90.000 (VII)

45.000 (IX)

140.000 (XI)

30.000 (XVI)

229.000

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157. A auditoria independente de demonstrações contábeis objetiva validar e

certificar a adequação dessas demonstrações em face das normas brasileiras

de contabilidade e das práticas contábeis em vigor no Brasil. Para que tenha

condições de certificar as informações apresentadas, o auditor aplica dois grandes conjuntos de testes: os testes de observância (ou aderência) e os tes-

tes substantivos. Os primeiros objetivam verificar a existência, efetividade, a-

dequação e confiabilidade do controle interno da empresa, com vistas a deter-

minar, em um segundo momento, o volume de testes substantivos a serem aplicados nas diversas áreas a serem testadas. Os testes substantivos compre-

endem duas categorias: os de transações e saldos e os procedimentos de revi-

são analítica. Os testes de observância, como o próprio nome evidencia, bus-

carão validar se as transações contabilizadas de fato ocorreram (em determi-

nadas situações, as empresas registram operações fictícias, sem suporte do-cumental, com o objetivo de mascarar determinada evidência ou apresentar

uma situação diferente da real) e se os saldos correspondem à realidade. Já a

revisão analítica compreende um conjunto de índices e indicadores que funcio-

nam como sinal de alerta para o auditor. Ao final dos trabalhos, o auditor evi-denciará sua opinião em um documento denominado “parecer de auditoria”.

Nele, caso opte pela modalidade “sem ressalvas”, é correto afirmar que:

(a) serve como garantia de viabilidade futura. Ou seja, constando ou não um parágrafo de ênfase, a empresa deverá continuar a operar normalmente por,

pelo menos, mais um exercício.

(b) o trabalho de auditoria foi bem realizado, tendo sido todos os procedimen-

tos listados no planejamento efetivamente executados.

(c) não se detectaram impropriedades relevantes ou, em caso afirmativo, elas foram adequadamente ajustadas nas demonstrações.

(d) houve limitações significativas no escopo do trabalho.

(e) a administração da entidade auditada atuou de forma eficiente e eficaz,

tendo optado, na maior parte do tempo, por decisões mais acertadas.

Resolução

Parecer sem Ressalva O parecer sem ressalva é emitido quando o auditor conclui, sobre todos os as-

pectos relevantes, que:

a) as Demonstrações Contábeis foram elaboradas e preparadas em conformi-dade com a Lei no 6.404/76, com os Princípios Fundamentais de Contabilidade,

com as Normas Brasileiras de Contabilidade(NBCs) e com a legislação específi-

ca;

b) há apropriada divulgação de todos os assuntos relevantes às Demonstra-ções Contábeis e aos processos de contas; e

c) ocorreu apreciação das legislações pertinentes ao exame.

O parecer sem ressalva implica afirmação de que não se detectaram

impropriedades relevantes ou, tendo havido alterações em procedi-

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mentos contábeis, os efeitos delas foram adequadamente determina-

dos e revelados nas Demonstrações Contábeis. Nesses casos, não é re-

querida nenhuma referência no parecer.

GABARITO: C

158. O Conselho Federal de Contabilidade – CFC conceitua fraude e erro da

seguinte forma:

I. fraude, o ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulte-

ração de documentos, registros e demonstrações contábeis; e

II. erro, o ato não-intencional, resultante de omissão, desatenção ou má inter-pretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis.

Considerando a regulamentação do assunto pelo CFC, em especial a Resolução

836, é possível afirmar que:

(a) a responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros

é do auditor independente, uma vez que é contratado para garantir que os

dados constantes nas demonstrações reflitam a real situação econômico-financeira da entidade auditada.

(b) não tem o auditor independente a obrigação de comunicá-los à entidade da

auditada, desde que relevantes.

(c) a auditoria de demonstrações contábeis tem como objetivo a descoberta de

fraudes. (d) o auditor independente deverá considerar a possibilidade de ocorrência,

inclusive na fase do planejamento dos trabalhos.

(e) como a auditoria de demonstrações contábeis não objetiva a descoberta de

fraudes, o auditor não deve considerar a possibilidade de sua ocorrência, se-quer no planejamento.

Resolução

A responsabilidade primeira na prevenção e na identificação de frau-

des e/ou erros é da administração da entidade, mediante a manuten-

ção de adequado sistema de controle interno, que, entretanto, não e-

limina o risco de sua ocorrência.

O auditor não é responsável nem pode ser responsabilizado pela pre-

venção de fraudes ou erros. Entretanto, deve planejar seu trabalho a-

valiando o risco de sua ocorrência, de forma a ter grande probabilida-

de de detectar aqueles que impliquem efeitos relevantes nas Demons-trações Contábeis.

Ao planejar a auditoria, o auditor deve indagar da administração da

entidade auditada sobre qualquer fraude e/ou erro que tenham sido detectados. Ou seja, o auditor independente deverá considerar a pos-

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sibilidade de ocorrência, inclusive na fase de planejamento dos traba-

lhos.

Ao detectá-los, o auditor tem a obrigação de comunicá-los à adminis-tração da entidade e sugerir medidas corretivas, informando-a sobre

os possíveis efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adotadas.

GABARITO: D

159. Os papéis de trabalho constituem o conjunto de documentos e aponta-

mentos que o auditor colige antes, durante e após a aplicação dos procedimen-

tos de auditoria. Assim, são exemplos de “papéis” de trabalho: cópia de con-

tratos de financiamento, de empréstimos, relação de fornecedores, de clientes, mapa de apuração de impostos, de dividendos e de participações, cópia de do-

cumentos fiscais, arquivos magnéticos, cartas de circularização, etc. A esse

respeito, considerando o disposto pelo CFC, em especial a Resolução 1.024,

não é correto afirmar que:

(a) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional.

(b) não é necessário nem prático documentar todas as questões de que o audi-

tor trata. (c) facilitam a revisão do trabalho de auditoria.

(d) pertencem ao auditor independente, que deverá arquivá-lo pelo prazo de

cinco anos a contar da publicação do parecer.

(e) registram as evidências do trabalho executado.

Resolução

O auditor deve registrar nos papéis de trabalho a informação relativa ao plane-

jamento de auditoria, a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedi-mentos aplicados, os resultados obtidos e as suas conclusões da evidência da

auditoria Os papéis de trabalho devem incluir o juízo do auditor acerca de to-

das as questões significativas, juntamente com a conclusão a que chegou, incl

sive nas áreas que envolvem questões de difícil julgamento.

A extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissio-

nal, visto que não é necessário nem prático documentar todas as ques-

tões de que o auditor trata. Entretanto, qualquer matéria que, por ser relevante, possa influir sobre o seu parecer, deve gerar papéis de tra-

balho que apresentem as indagações e as conclusões do auditor. Ao

avaliar a extensão dos papéis de trabalho, o auditor deve considerar o

que seria necessário para proporcionar a outro auditor, sem experiên-

cia anterior com aquela auditoria, o entendimento do trabalho execu-tado e a base para as principais decisões tomadas, sem dentrar os as-

pectos detalhados da auditoria.

Os papéis de trabalho são elaborados, estruturados e organizados para atender às circunstâncias do trabalho e satisfazer às necessidades do auditor para cada

auditoria.

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Os papéis de trabalho padronizados podem melhorar a eficácia dos

trabalhos e sua utilização facilita a delegação de tarefas, proporcio-

nando meio adicional de controle de qualidade e facilitam a revisão do

trabalho de auditoria. Entre os papéis de trabalho padronizados, encontram-se, além de outros: listas de verificação de procedimentos, cartas de confirma-

ção de saldos, termos de inspeções físicas de caixa, de estoques e de outros

ativos.

O auditor deve adotar procedimentos apropriados para manter a cus-

tódia dos papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos, a partir da data

de emissão do seu parecer.

A confidencialidade dos papéis de trabalho é dever permanente do auditor.

Os papéis de trabalho são de propriedade exclusiva da Câmara de Con-

trole Interno. Partes ou excertos podem, a critério do auditor, ser pos-

tos à disposição da entidade.

Os papéis de trabalho, quando solicitados por terceiros, somente podem ser

disponibilizados após autorização formal da entidade auditada.

GABARITO: D

160. De acordo com o CFC, amostragem estatística é aquela em que a amos-

tra é selecionada cientificamente para que os resultados obtidos possam ser

estendidos ao conjunto, de acordo com a teoria da probabilidade ou as regras estatísticas. O emprego de amostragem estatística é recomendável quando os

itens da população apresentam características homogêneas. Amostragem não-

estatística (por julgamento) é aquela em que a amostra é determinada pelo

auditor utilizando sua experiência, critério e conhecimento da entidade. Nesse diapasão, é importante reconhecer que certos procedimentos de auditoria apli-

cados na base de testes não estão dentro da definição de amostragem. Os tes-

tes aplicados na totalidade da população não se qualificam como amostragem

de auditoria. Em relação à amostragem, o CFC estabelece, considerando em especial a Resolução 1.012, o disposto nas alternativas a seguir, à exceção

de uma. Assinale-a.

(a) Com relação ao aspecto “objetivos específicos”, considerado na determina-ção da amostra, o CFC destaca que, no planejamento da amostra de auditoria,

o auditor deve considerar os procedimentos de auditoria que têm maior proba-

bilidade de atingir esses objetivos.

(b) Uma das maiores preocupações do auditor é que a amostra seja represen-

tativa, ou seja, tenha as mesmas características da população. Isso é essencial a fim de que as conclusões alcançadas para a amostra possam ser extrapola-

das para toda a população.

(c) Na seleção de amostra devem ser documentados e considerados pelo audi-

tor o grau de confiança depositado sobre o sistema de controles internos das contas, a base e a fonte de seleção e o número de itens selecionados.

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(d) Tendo executado, em cada item da amostra, os procedimentos de auditoria

apropriados, o auditor deve analisar qualquer erro detectado na amostra, ex-

trapolar os erros encontrados na amostra para a população e reavaliar o risco

de amostragem. (e) Quando o erro projetado exceder o erro tolerável, o auditor deve reconsi-

derar sua avaliação anterior do risco de amostragem e, se esse risco for acei-

tável, considerar a possibilidade de ampliar o procedimento de auditoria ou e-

xecutar procedimentos de auditoria alternativos.

Resolução

De acordo com a Resolução no 1.012:

No planejamento da amostra de auditoria, o auditor deve considerar os

objetivos específicos a serem atingidos e os procedimentos de audito-

ria que têm maior probabilidade de atingir esses objetivos.

O auditor deve selecionar itens de amostra de tal forma que se possa

esperar que a mesma seja representativa da população. Este procedi-

mento exige que todos os itens da população tenham a mesma opor-

tunidade de serem selecionados.

Com a finalidade de evidenciar os seus trabalhos, a seleção de amostra

deve ser documentada pelo auditor e considerar:

- o grau de confiança depositada sobre o sistema de controles internos das contas, classes de transações ou itens específicos;

- a base de seleção;

- a fonte de seleção; e

- o número de itens selecionados.

Tendo executado, em cada item da amostra, os procedimentos de audi-

toria apropriados, o auditor deve:

- analisar qualquer erro detectado na amostra;

- extrapolar os erros encontrados na amostra para a população; e

- reavaliar o risco de amostragem.

Quando o erro projetado exceder o erro tolerável, o auditor deve re-

considerar sua avaliação anterior do risco de amostragem e, se esse

risco for inaceitável, considerar a possibilidade de ampliar o procedi-

mento de auditoria ou executar procedimentos de auditoria alternati-

vos.

GABARITO: E

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161. De acordo com José Carlos Carvalho (Auditoria Geral e Pública), muitas

das informações obtidas pelo auditor durante a aplicação dos procedimentos

são verbais. Dessa forma, por ocasião do encerramento dos trabalhos (com a

conseqüente emissão do parecer), a administração da auditada precisa ratificar ao auditor todas as informações repassadas durante os trabalhos, destacando

a responsabilidade pelas transações efetuadas, pela elaboração das demons-

trações, pelo cálculo dos tributos, etc. A esse documento dá-se o nome de car-

ta de responsabilidade da administração. Considerando o disposto pelo CFC, a carta deverá realizar os atos enunciados nas alternativas a seguir, à exceção

de um. Assinale-o.

(a) mencionar que o sistema contábil e os controles internos adotados pela en-

tidade são de responsabilidade da administração e adequados ao seu tipo de atividade e volume de transações

(b) confirmar que as estimativas contábeis foram efetuadas com base em da-

dos consistentes

(c) confirmar que não há contingências fiscais, trabalhistas, previdenciárias e legais que possam afetar substancialmente a situação financeira e patrimonial

da entidade, influindo significativamente na sua avaliação

(d) confirmar que foram adequadamente contabilizados e divulgados nas de-

monstrações contábeis os saldos e transações com “partes relacionadas” e os prejuízos decorrentes de compromissos de compra e venda

(e) mencionar que há ônus ou gravames sobre os ativos além dos relatados

em documentos apropriados (notas explicativas, por exemplo)

Resolução

CARTA DE RESPONSABILIDADE (da Administração) – Declaração escrita

da administração da entidade, dirigida ao auditor, com a mesma data do Pare-

cer dos Auditores, que responsabiliza os dirigentes sobre os informes das De-monstrações Contábeis examinadas. Tal declaração é um documento do audi-

tor que fixa limites de responsabilidades dos dirigentes, evitando os informes

verbais, e pode ser emitida ao final do período ou do exercício. Tais cartas não

substituem a tarefa do auditor, mas caracterizam a natureza do que foi entre-gue a ser examinado. Deve-se deter em informes relevantes e ter assinatura

dos que respondem juridicamente pela entidade. Tal carta deve caracterizar

bem as entidades e as peças básicas submetidas a exame: algumas declaram

que os auditores seguiram as normas exigidas pelas autoridades de fiscaliza-ção (CFC, CVM, etc.)

A carta de responsabilidade da administração deve:

- mencionar que o sistema contábil e os controles internos adotados pela enti-

dade são de responsabilidade da administração e adequados ao seu tipo de atividade e volume de transações.

- confirmar que as estimativas contábeis foram efetuadas com base em dados

consistentes.

- confirmar que não há contingências fiscais, trabalhistas, previdenciárias e le-gais que possam afetar substancialmente a situação financeira e patrimonial da

entidade, influindo significativamente na sua avaliação.

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- confirmar que foram adequadamente contabilizados e divulgados nas de-

monstrações contábeis os saldos e transações com “partes relacionadas” e os

prejuízos decorrentes de compromissos de compra e venda.

GABARITO: E

162. Segundo a Resolução 1.024 do CFC, a forma e o conteúdo dos papéis de

trabalho podem ser afetados pelas questões listadas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.

(a) local, equipe técnica, controles internos administrativos, sistema de custeio

utilizado para cada produto, independentemente do volume produzido e per-

centual relativo de receita auferida (b) natureza e complexidade da atividade da entidade

(c) natureza e condição dos sistemas contábeis e de controle interno da enti-

dade

(d) direção, supervisão e revisão do trabalho executado pela equipe técnica (e) metodologia e tecnologia utilizadas no curso dos trabalhos

Resolução

A forma e o conteúdo dos papéis de trabalho podem ser afetados por

questões como:

a) natureza do trabalho;

b) natureza e complexidade da atividade da entidade;

c) natureza e condição dos sistemas contábeis e de controle interno da entidade;

d) direção, supervisão e revisão do trabalho executado pela equipe

técnica; e

e) metodologia e tecnologia utilizadas no curso dos trabalhos.

GABARITO: A

163. De acordo com o CFC, eventos subseqüentes à data do balanço são a-queles, sejam eles favoráveis ou desfavoráveis, que ocorrem entre a data do

balanço e a data na qual é autorizada a conclusão da elaboração das demons-

trações contábeis. São apresentados, nas alternativas a seguir, exemplos de

eventos que requerem ajustes nas demonstrações contábeis, considerando o disposto na Resolução 1.088 do CFC, à exceção de uma. Assinale-a.

(a) O pagamento ou a divulgação de uma decisão definitiva relacionados a um

processo judicial, confirmando que a entidade já tinha uma obrigação presente

na data do balanço. A entidade deve ajustar qualquer provisão relacionada ao processo ou registrar uma nova provisão, de acordo com as disposições conti-

das na norma sobre Provisões, Passivos, Contingências Passivas e Contingên-

cias Ativas.

(b) A obtenção de informação indicando que um ativo estava deteriorado na data do balanço ou que o montante de um prejuízo por deterioração previa-

mente reconhecido em relação àquele ativo precisa ser ajustado.

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(c) A determinação do custo de ativos comprados ou do valor de ativos recebi-

dos em troca de ativos vendidos antes da data do balanço.

(d) A determinação do valor referente ao pagamento de participação nos lucros

ou referente a gratificações, no caso de a entidade ter, na data do balanço, uma obrigação presente legal não formalizada de fazer tais pagamentos em

decorrência de eventos ocorridos antes daquela data.

(e) O declínio do valor de mercado de investimentos ocorrido no período entre

a data do balanço e a data de autorização de conclusão da elaboração das de-monstrações contábeis.

Resolução

Tipos de eventos subseqüentes à data do balanço que exigem que a entidade ajuste os valores reconhecidos em suas demonstrações con-

tábeis ou reconheça itens que não tenham sido previamente reconhe-

cidos:

- o pagamento ou a divulgação de uma decisão definitiva relacionado a um

processo judicial, confirmando que a entidade já tinha uma obrigação presente

na data do balanço. A entidade deve ajustar qualquer provisão relacionada ao

processo ou registrar uma nova provisão, de acordo com as disposições conti-das na norma sobre Provisões, Passivos, Contingências Passivas e Contingên-

cias Ativas;

- a obtenção de informação indicando que um ativo estava deteriorado na data

do balanço ou que o montante de um prejuízo por deterioração previamente reconhecido em relação àquele ativo precisa ser ajustado. Como por exemplo:

b.1) a falência ou a concordata de um cliente normalmente confirma que já

existia potencialmente um prejuízo em uma conta a receber na data do balan-ço, e que a entidade precisa ajustar o valor contábil da conta a receber;

b.2) a venda de estoques com prejuízo pode proporcionar evidência sobre o

valor de realização líquido desses estoques na data do balanço;

- a determinação do custo de ativos comprados ou do valor de ativos recebidos

em troca de ativos vendidos antes da data do balanço;

- a determinação do valor referente ao pagamento de participação nos lucros

ou referente a gratificações, no caso de a entidade ter, na data do balanço,

uma obrigação presente legal não formalizada de fazer tais pagamentos em

decorrência de eventos ocorridos antes daquela data; e

- a descoberta de fraude ou erros mostra que as demonstrações contábeis es-

tavam incorretas.

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Eventos Subseqüentes à Data do Balanço que Não Originam Ajustes

A entidade não deve ajustar os valores reconhecidos em suas demons-

trações contábeis por eventos subseqüentes à data do balanço que re-flitam circunstâncias que surgiram após aquela data.

Um exemplo de evento subseqüente que não origina ajustes é o declí-

nio do valor de mercado de investimentos ocorrido no período entre a data do balanço e a data de autorização de conclusão da elaboração

das demonstrações contábeis. O declínio do valor de mercado não se

relaciona normalmente à condição do investimento na data do balanço,

mas reflete circunstâncias que surgiram no período seguinte. Portanto,

uma entidade não ajusta os valores reconhecidos para o investimento em suas demonstrações contábeis. Igualmente, a entidade não atuali-

za os valores divulgados para os investimentos na data do balanço,

embora possa precisar efetuar uma divulgação adicional.

GABARITO: E

164. O controle interno é muito importante para a auditoria, uma vez que,

com base nele, será determinada a quantidade de testes (substantivos) a se-rem aplicados. Se, porventura, esses controles inexistirem ou falharem (risco

inerente ou de controle), a possibilidade de ocorrerem fraudes é maior.

Na obra “Por Dentro das Fraudes: como são feitas, como denunciá-las, como

evitá-las”, o autor comenta um caso de fraude conhecido como emissão de “notas fiscais cauçadas”.

“Por ocasião do faturamento de bens e serviços, dependendo dos tributos e da

esfera de governo, são extraídos documentos fiscais a serem entregues ao

comprador/tomador, ficando as demais vias no talonário para fins de registro e fiscalização por parte do governo. A fim de reduzir a carga tributária, vendedor

e comprador às vezes ajustam um valor menor a ser registrado no documento

fiscal. Quando isso não é possível, o vendedor, unilateralmente, preenche a

nota com montantes diferentes: a via entregue ao contratante com o valor to-tal; a que será fiscalizada, com valor menor. Como o preenchimento costuma

ser simultâneo (com folhas carbonadas), coloca-se algo entre a primeira e as

demais vias (uma prancheta de madeira, por exemplo). Dessa forma, o contra-

tante recebe sua via com o valor correto, e o fraudador, em um segundo mo-mento, completa sua via com uma quantia menor.”

Considerando a situação exposta, assinale o procedimento que menos contribui

para detectar esse tipo de operação.

(a) confrontar (correlacionar) a documentação do tomador do servi-

ço/comprador com a documentação do prestador de serviço/ vendedor

(b) somar atentamente as notas fiscais emitidas pelo prestador de servi-

ço/vendedor

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(c) verificar se valor faturado (emitido) é suficiente, pelo menos, para cobrir os

custos da operação e manter o prestador de serviço/vendedor em condições de

funcionamento

(d) confrontar o valor praticado pelo prestador de serviço/vendedor na opera-ção analisada com os valores praticados em outras operações similares

(e) confrontar o valor praticado pelo prestador de serviço/vendedor na opera-

ção analisada com os valores praticados por concorrentes

Resolução

Como as notas foram fraudadas pelo prestrador de serviço, o procedi-

mento que menos contribui a operação de nota fiscal cauçada é somar

atentamente as notas fiscais emitidas pelo prestador de servi-ço/vendedor, visto que, os valores foram alterados.

GABARITO: B

165. O Conselho Federal de Contabilidade define contingência passiva como:

1. uma possível obrigação presente cuja existência será confirmada somente

pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros, que não estejam to-talmente sob o controle da entidade; ou

2. uma obrigação presente que surge de eventos passados, mas que não é re-

conhecida porque:

2.1. é improvável que a entidade tenha de liquidála; ou 2.2. o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente segurança.

A contingência ativa é um possível ativo, decorrente de eventos passados, cuja

existência será confirmada somente pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros, que não estejam totalmente sob o controle da entidade.

O tratamento a ser dado a elas consta na Resolução 1.066, que prevê, respei-

tadas as peculiaridades de cada situação, o disposto nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.

(a) Quando a chance de ocorrência de uma contingência ativa for classificada

como “praticamente certa”, o ativo deverá ser reconhecido. (b) Quando a chance de ocorrência de uma contingência ativa for classificada

como “provável”, o tratamento correto a ser dado é a divulgação.

(c) Quando a chance de ocorrência de uma contingência ativa for classificada

como “possível”, o tratamento a ser dado é a divulgação.

(d) Quando a chance de ocorrência de uma contingência passiva for classifica-da como “provável” e ela for mensurável com suficiente segurança, deverá ser

constituída a provisão.

(e) Quando a chance de ocorrência de uma contingência passiva for classifica-

da como “possível”, deverá ser feita a divulgação.

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Resolução

De acordo com a Resolução no 1.066:

Tipo de con-

tingência

Probabilidade Tratamento Referência com os

itens da Norma

Contingência

ativa

Praticamente

certa

Reconhecer o

ativo.

19.7.12.1

Provável Divulgar. 19.7.12.2

Possível ou

remota

Não divulgar. 19.7.18.6

Contingência

passiva

Provável

- mensurável

com suficiente

segurança

Provisionar. 19.7.6.1

- não mensu-

rável com sufi-ciente segu-

rança

Divulgar. 19.7.10.2

Possível Divulgar. 19.7.7.2 (b)

Remota Não divulgar. 19.7.11.1, 19.7.18.4

e 19.7.18.10

GABARITO: C

166. Entre os fatores a serem considerados no planejamento, é possível des-tacar:

• o grau de conhecimento da atividade da auditada;

• a existência de auditoria interna;

• a natureza (o que fazer, qual procedimento aplicar), oportunidade (quando) e extensão (até onde, o percentual) dos procedimentos a serem aplicados;

• os relatórios a serem entregues;

• a equipe técnica.

Na primeira auditoria realizada por determinada empresa de uma dada entida-

de, alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados de acor-

do com o CFC e com a doutrina. Nas alternativas a seguir estão listados alguns

desse cuidados, à exceção de uma. Assinale-a.

(a) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de “conhe-

cimento” da auditada)

(b) mapeamento das fraudes e erros (relevantes ou não) detectados pelos dois últimos auditores independentes e verificação da comunicação à CVM

(c) uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido altera-

ções de um exercício para o outro, tais como mudança no método de avaliação

de estoques, uso de reavaliação, mudança no critério de tributação – lucro

presumido para real, por exemplo)

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(d) identificação de relevantes eventos subseqüentes ocorridos após a data-

base do exercício, revelados ou não.

(e) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle

interno.

Resolução

O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente os seguintes:

a) conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as

alterações procedidas em relação ao exercício anterior;

b) conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da enti-

dade e seu grau de confiabilidade;

c) os riscos de auditoria e identificação das áreas importantes da entidade, quer pelo volume de transações, quer pela complexidade de suas atividades;

d) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a

serem aplicados; e

e) a natureza, o conteúdo e a oportunidade dos pareceres, relatórios e outros

informes a serem entregues à entidade.

Na primeira auditoria realizada por determinada empresa de uma dada entidade, devem ser observados os seguintes procedimentos, entre

outros:

- leitura dos relatórios de auditoria anteriores; - uniformidade de critérios contábeis;

- identificação de relevantes eventos subseqüentes ocorridos após a

data-base do exercício, revelados ou não;

- levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de con-trole interno.

GABARITO: B

Bons estudos a todos e até a próxima aula,

Moraes Junior

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Prova 8. ICMS/RJ –2008 – FGV

Lista de Questões Comentadas Nesta Aula

147. Determinada empresa industrial é monoprodutora. Nos três últimos tri-

mestres apurou o seguinte:

trimestre 1 2 3

Produção (em unidades) 5.000 5.200 6.000

Custo total de fabricação (em $) 40.000,00 42.000,00 45.000,00

Sabe-se que: • a empresa apura o custo total de fabricação pelo custeio por absorção;

• a empresa controla seus estoques permanentemente e os avalia pelo método

PEPS;

• não houve variação de preços no período.

Utilize o método maior-menor para classificar os custos entre fixos e variáveis

e determine o custo total de fabricação do quarto trimestre para uma produção

total de 6.500 unidades.

(a) Maior que $48.000,00.

(b) Entre $47.000,01 e $48.000,00.

(c) Entre $46.000,01 e $47.000,00. (d) Entre $45.000,01 e $46.000,00.

(e) Menor ou igual a $45.000,00.

148. Em consonância à Resolução CFC 921/01, determine o valor do Passivo

Circulante da Cia. Arrendatária a ser apurado logo após o reconhecimento con-tábil do contrato de arrendamento mercantil firmado entre ela e a entidade ar-

rendadora, segundo o qual a arrendatária se obriga a pagar 5 prestações anu-

ais e iguais no valor unitário de R$ 8.500,00, mais o valor da opção de compra

no montante de R$ 190,76 ao final do quinto ano, juntamente com a última prestação anual; e a arrendadora se obriga a entregar, nesse ato, o bem ar-

rendado (um veículo que será utilizado para arrendatária em suas atividades

operacionais normais).

Sabe-se que:

• o contrato foi firmado em 31/12/2008;

• a primeira prestação vence em 31/12/2009 e todas as demais prestações

vencem no dia 31 de dezembro dos anos subseqüentes;

• o valor de mercado do bem arrendado, à vista, é R$ 30.000,00; • a taxa de juros implícita no contrato é 13% ao ano.

• o Balanço Patrimonial da Cia. Arrendatária apurado em 31/12/2008 imedia-

tamente antes de o contrato em tela ter sido reconhecido contabilmente é o

seguinte:

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Ativo Circulante 20.000,00 Passivo Circulante 15.000,00

Realizável a Longo Prazo 30.000,00 Exigível a Longo Prazo 25.000,00

Ativo Permanente 50.000,00 Patrimônio Líquido 60.000,00

(a) R$ 3.900,00

(b) R$ 8.500,00 (c) R$ 15.000,00

(d) R$ 19.600,00

(e) R$ 23.500,00

149. Em consonância à Resolução CFC 1.110/07, determine o valor do Ativo

Permanente da Cia. Churrasqueira a ser apurado logo após o reconhecimento

contábil do teste de recuperabilidade do valor contábil do imobilizado.

Sabe-se que:

• o valor de mercado desse imobilizado, na data do teste, é $23.000,00. Caso

a Cia. Churrasqueira vendesse o equipamento, na data do teste (t), incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $5.000,00;

• caso a Cia. Churrasqueira não vendesse o imobilizado e continuasse utilizan-

do-o no processo produtivo, seria capaz de produzir mais 4.000 unidades do

produto Espeto no próximo ano (t+1); 3.000 unidades do produto Espeto em

t+2; 2.000 unidades do produto Espeto em t+3; 1.000 unidades do produto Espeto em t+4 e 500 unidades do produto Espeto em t+5. (Assuma que a pro-

dução anual ocorra no final de cada ano.) Ao final desse período (no final de

t+5), o imobilizado poderia ser comercializado por $2.000,00, e a Cia. Chur-

rasqueira incorreria em gastos associados a tal transação no montante de $400,00. O preço de venda do produto Espeto é $12,00 por unidade. Os gas-

tos médios incorridos na produção e venda de uma unidade de produto Espeto

é $9,50;

• a Cia. Churrasqueira é sediada num paraíso fiscal; portanto, ignore qualquer tributo;

• o custo de capital da Cia. Churrasqueira é 20% ao ano;

• o Balanço Patrimonial da Cia. Churrasqueira apurado em 31/12/2008 imedia-

tamente antes de o teste de recuperabilidade em tela ter sido reconhecido con-

tabilmente é o seguinte:

Ativo Circulante 20.000,00 Passivo Circulante 25.000,00

Ativo Não Circulante 80.000,00 Passivo Não Circulante 35.000,00

Imobilizado bruto (custo

de aquisição)

75.000,00

(-) Depreciação acumual-

da do imobilizado

55.000,00

Outros ativos não circu-

lantes exceto imobilizado

60.000,00 Patrimônio Líquido 40.000,00

(a) Maior que $19.200,00.

(b) Entre $18.800,01 e 19.200,00.

(c) Entre $18.400,01 e 18.800,00.

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(d) Entre $18.000,01 e 18.400,00.

(e) Menor ou igual a $18.000,00.

150. Determinada empresa comercial apurou o seguinte balanço patrimonial no final do exercício recém-encerrado:

Disponibilidades 30.000 Fornecedores ---

Clientes --- Capital social 40.000

estoque 20.000 Reserva de lucros 10.000

Sabe-se que o estoque era composto por 10.000 unidades da mercadoria X.

Durante o corrente exercício, essa empresa realizou as seguintes transações –

na seqüência apresentada:

• comprou 15.000 unidades da mercadoria X por $3,00 a unidade, pagando

metade à vista e ficando o restante para pagar em 30 dias;

• vendeu 20.000 unidades da mercadoria X por $5,00, recebendo metade à

vista e ficando o restante para receber em 30 dias; • comprou 9.000 unidades da mercadoria X por $4,00 a unidade, pagando tu-

do à vista;

• vendeu 10.000 unidades da mercadoria X por $5,00, recebendo metade à

vista e ficando o restante para receber em 30 dias.

Ignore qualquer tributo e determine a diferença da Variação do Capital Circu-

lante Líquido dessa empresa entre dois cenários:

I. controlando os estoques permanentemente e apurando o custo das merca-dorias vendidas pelo custo médio ponderado móvel;

II. controlando os estoques permanentemente e apurando o custo das merca-

dorias vendidas pelo método primeiro que entre primeiro que sai.

(a) Maior que $1.500,00.

(b) Entre $1.000,01 e 1.500,00.

(c) Entre $500,01 e $1.000,00.

(d) Entre $0,01 e $500,00.

(e) Igual a zero.

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151. A Subs Ltda. produz e vende dois tipos de produtos. Para a avaliação do

resultado por produtos utiliza o custeio baseado em atividades. No último perí-

odo, a empresa apresentou os seguintes dados:

Custos Indiretos Padrão Luxo Total

Matéria-Prima Direta $ 102.000 $ 120.000 $ 222.000

Mão-de-Obra Direta $ 80.000 $ 78.000 $ 158.000

N° de lotes de produ-

ção

$ 190.000 50 5 55

Testes de qualidade efetuados

$ 188.000 15 22 37

Pedidos de embarque

processados

$ 50.000 80 70 150

N° de set-ups $ 40.000 17 13 30

N° de kits de peças

requisitadas

$ 20.000 130 30 160

Total de Custos Indi-

retos

$ 488.000

Quantidade produzida

(em unidades)

250.000 88.000

Preço de venda unitá-rio

$ 3,00 $ 5,60

Impostos sobre ven-

das (sobre a receita)

20% 20%

O lucro bruto total de cada produto é:

(a) Padrão = $139.294,00; Luxo = ($25.678,00).

(b) Padrão = $100.120,00; Luxo = $30.359,00.

(c) Padrão = $82.450,00; Luxo = $38.458,00. (d) Padrão = $89.234,00; Luxo = $35.789,00.

(e) Padrão = $93.126,00; Luxo = $20.490,00.

152. Determinada empresa industrial fabrica e vende três produtos: 1, 2 e 3.

Observe os dados desses produtos:

Produto 1 2 3

Preço de Venda 17 9 16

Matéria-prima i (em kg/unid.) 2 2 4

Matéria-prima ii (em kg/unid.) 3 2 0

Horas máquina X (em h/unid.) 3 0 2

Horas máquina XX (em h/unid.) 0 1 3

Demanda (em unid./mês) 20 25 30

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Sabe-se que os recursos são onerosos e limitados, conforme a tabela a seguir:

Recursos Custo unitário Disponibilidade

Matéria-prima i $ 0,50/kg 200 kg

Matéria-prima ii $ 1,00/kg 80 kg

Máquina X $ 2,00/h 130 h

Máquina XX $ 1,50/h 200 h

Sabe-se, ainda, que:

• a empresa não tem como aumentar as suas disponibilidades de recursos

produtivos no próximo mês; portanto, precisa gerenciar essas restrições;

• a empresa não tem como aumentar as demandas dos produtos no próximo mês;

• a empresa incorre em despesas variáveis equivalentes a 20% da receita de

cada produto;

• a empresa tem por política trabalhar sem estoque final de produtos acaba-dos.

Determine quantas unidades a empresa precisa produzir e vender de cada

produto no próximo mês para maximizar seu resultado nesse próximo mês.

(a) 1 = 10; 2 = 25; 3 = 30

(b) 1 = 20; 2 = 10; 3 = 30

(c) 1 = 20; 2 = 25; 3 = 30

(d) 1 = 20; 2 = 25; 3 = 27,5 (e) 1 = 26,6; 2 = 0; 3 = 0

153. Determinada empresa industrial fabrica e vende dois produtos: X e Y. No

último mês analisado, a empresa produziu 400 unidades de X e 350 unidades da Y.

Sabe-se que os gastos com matéria-prima e com mão-de-obra são:

Gastos diretos X Y

Matéria-prima (kg/unid) 4 6

Matéria-prima ($/kg) 5,00 5,00

Mão-de-obra (Hh/unid) 3 4

Mão-de-obra ($/Hh) 4,00 4,00

Determine o custo unitário do produto X e do produto Y, respectivamente, in-corrido nesse período, com base nas informações apuradas para fins do custeio

baseado em atividade, conforme segue:

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Atividades Custo

(em R$/mês)

Capacidade ins-

talada

(em horas/mês)

X

(em ho-

ras/unidade)

Y

(em ho-

ras/unidade)

I 3.700,00 1850 2 3

II 2.900,00 1450 1 3

III 3.000,00 1500 2 2

Desconsidere qualquer tributo e qualquer informação não apresentada neste

enunciado.

(a) $10/unidade e $16/unidade

(b) $36/unidade e $41/unidade

(c) $42/unidade e $62/unidade

(d) $32/unidade e $46/unidade

(e) $46/unidade e $57/unidade

154. A Cia. Bichinho de Goiaba apresentou, em 31/12/2007, os saldos das

contas abaixo relacionadas, extraídos do balancete levantado antes da apura-

ção do resultado do período:

Bancos Conta Movimento R$ 3.450,00

Capital Social R$ 11.550,00

Custo com Mercadorias Vendidas R$ 1.950,00

Despesas com Aluguéis R$ 4.800,00

Despesas com Salários R$ 4.860,00

Duplicatas a Pagar R$ 9.000,00

Duplicatas a Receber R$ 7.500,00

Imóveis em Uso R$ 7.050,00

Impostos a Pagar R$ 7.350,00

Lucros Acumulados R$ 3.360,00

Máquinas e Equipamentos R$ 6.000.00

Mercadorias para Revenda R$ 3.300,00

Receitas de Aplicações Financeiras R$ 7.350,00

Receitas de Vendas R$ 6.000,00

Títulos a Receber R$ 5.700,00

Após elaborar o encerramento do período e a apuração de todas as demons-trações contábeis em 31/12/2007, a Cia. Bichinho de Goiaba encontrará um:

(a) Passivo Circulante no valor de R$ 14.400,00.

(b) Lucro Líquido no valor de R$ 3.690,00.

(c) Lucro Bruto no valor de R$ 11.400,00. (d) Patrimônio Líquido no valor de R$ 16.650,00.

(e) Ativo Circulante no valor de R$ 21.900,00.

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Com base nos dados, responda às questões 155 e 156:

A Cia. NND vende o produto T.

A empresa apresenta o seguinte Balanço em 01.10.X8:

Ativo Passivo + Patrimônio Líquido

Disponibilidades 100.000 Fornecedores 20.000

Estoques 100.000 Contas a Pagar 30.000

Terrenos 100.000 Empréstimos 70.000

Móveis e Utensílios 90.000 Capital Social 220.000

(-) Depreciação Acumulada -25.000 Lucros Acumulados 25.000

Total 365.000 Total 365.000

Informações adicionais:

I. o Estoque é constituído por 10.000 unidades de mercadorias T adquiridas

por R$10 cada. A empresa adota o CMPF (custo médio ponderado fixo) – con-trole periódico (no final de cada mês);

II. os Móveis e Utensílios são depreciados à taxa de 10% ao ano.

A empresa efetuou as seguintes operações no mês de outubro de X8:

Data Evento

01 Venda de 2.000 unidades de T por R$ 25,00 cada, para recebimento

em 30 dias.

02 Compra de 10.000 unidades de T por R$ 12,00 cada, para pagar em

novembro/X8.

05 Compra de 10.000 unidades de T por R$ 14,00 cada, sendo metade à

vista e metade a prazo para pagamento em 30 dias.

10 Venda de 16.000 unidades de T por R$ 25,00 cada, sendo metade à vista e metade a prazo para recebimento em 30 dias.

15 Venda de 10.000 unidades de T por R$ 23,00 cada, à vista.

18 Aumento do capital social em R$ 100.000,00, sendo integralizados i-

mediatamente em dinheiro somente R$ 40.000,00; o restante deverá

ser integralizado dentro de 6 meses.

22 Compra de 6.000 unidades de T por R$ 15,00, à vista.

25 Venda de 3.000 unidades de T por R$ 24,00 cada, à vista.

26 Pagamento de R$ 15.000,00 aos fornecedores e da totalidade do saldo

das contas a pagar.

30 Recebimento de R$ 50.000,00 de clientes.

31 Reconhecimento e pagamento de despesas administrativas e comerci-ais no montante total de R$ 140.000,00, sendo R$ 85.000,00 relativos

a serviços de terceiros e o restante a pessoal próprio.

31 Apropriação mensal de despesa de depreciação dos móveis e utensí-

lios.

31 Taxa de recuperabilidade dos móveis e utensílios, sendo o valor recu-perável – conforme Resolução CFC 1.110/07 – no montante de R$ R$

64.000,00.

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31 Taxa de recuperabilidade do estoque de mercadorias T, sendo o valor

recuperável – conforme Resolução CFC 1.110/07 – no montante de R$

23,00 cada.

31 Venda do terreno por R$ 92.000,00, à vista.

31 Distribuição de dividendos no montante total de R$ 41.700,00, sendo R$ 30.000,00 pagos imediatamente e o restante provisionados para

pagamento dentro de 60 dias.

155. Considerando somente os dados do enunciado, determine o percentual

do valor adicionado que foi disponibilizado aos proprietários da entidade na forma de dividendos, em outubro/X8:

(a) Menor 10%.

(b) Entre 10,01% e 16%. (c) Entre 16,01% e 22%.

(d) Entre 22,01% e 28%.

(e) Maior que 28%.

156. Considerando somente os dados do enunciado, determine a variação do

saldo de disponibilidades, em outubro/X8:

(a) Maior que $275.000,00.

(b) Entre $250.000,01 e $275.000,00. (c) Entre $225.000,01 e $250.000,00.

(d) Entre $200.000,01 e $225.000,00.

(e) Menor ou igual a $200.000,00.

157. A auditoria independente de demonstrações contábeis objetiva validar e

certificar a adequação dessas demonstrações em face das normas brasileiras

de contabilidade e das práticas contábeis em vigor no Brasil. Para que tenha

condições de certificar as informações apresentadas, o auditor aplica dois grandes conjuntos de testes: os testes de observância (ou aderência) e os tes-

tes substantivos. Os primeiros objetivam verificar a existência, efetividade, a-

dequação e confiabilidade do controle interno da empresa, com vistas a deter-

minar, em um segundo momento, o volume de testes substantivos a serem

aplicados nas diversas áreas a serem testadas. Os testes substantivos compre-endem duas categorias: os de transações e saldos e os procedimentos de revi-

são analítica. Os testes de observância, como o próprio nome evidencia, bus-

carão validar se as transações contabilizadas de fato ocorreram (em determi-

nadas situações, as empresas registram operações fictícias, sem suporte do-cumental, com o objetivo de mascarar determinada evidência ou apresentar

uma situação diferente da real) e se os saldos correspondem à realidade. Já a

revisão analítica compreende um conjunto de índices e indicadores que funcio-

nam como sinal de alerta para o auditor. Ao final dos trabalhos, o auditor evi-denciará sua opinião em um documento denominado “parecer de auditoria”.

Nele, caso opte pela modalidade “sem ressalvas”, é correto afirmar que:

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(a) serve como garantia de viabilidade futura. Ou seja, constando ou não um

parágrafo de ênfase, a empresa deverá continuar a operar normalmente por,

pelo menos, mais um exercício.

(b) o trabalho de auditoria foi bem realizado, tendo sido todos os procedimen-tos listados no planejamento efetivamente executados.

(c) não se detectaram impropriedades relevantes ou, em caso afirmativo, elas

foram adequadamente ajustadas nas demonstrações.

(d) houve limitações significativas no escopo do trabalho. (e) a administração da entidade auditada atuou de forma eficiente e eficaz,

tendo optado, na maior parte do tempo, por decisões mais acertadas.

158. O Conselho Federal de Contabilidade – CFC conceitua fraude e erro da

seguinte forma:

I. fraude, o ato intencional de omissão ou manipulação de transações, adulte-

ração de documentos, registros e demonstrações contábeis; e

II. erro, o ato não-intencional, resultante de omissão, desatenção ou má inter-

pretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis.

Considerando a regulamentação do assunto pelo CFC, em especial a Resolução 836, é possível afirmar que:

(a) a responsabilidade primária na prevenção e identificação de fraudes e erros

é do auditor independente, uma vez que é contratado para garantir que os

dados constantes nas demonstrações reflitam a real situação econômico-financeira da entidade auditada.

(b) não tem o auditor independente a obrigação de comunicá-los à entidade da

auditada, desde que relevantes.

(c) a auditoria de demonstrações contábeis tem como objetivo a descoberta de fraudes.

(d) o auditor independente deverá considerar a possibilidade de ocorrência,

inclusive na fase do planejamento dos trabalhos.

(e) como a auditoria de demonstrações contábeis não objetiva a descoberta de fraudes, o auditor não deve considerar a possibilidade de sua ocorrência, se-

quer no planejamento.

159. Os papéis de trabalho constituem o conjunto de documentos e aponta-mentos que o auditor colige antes, durante e após a aplicação dos procedimen-

tos de auditoria. Assim, são exemplos de “papéis” de trabalho: cópia de con-

tratos de financiamento, de empréstimos, relação de fornecedores, de clientes,

mapa de apuração de impostos, de dividendos e de participações, cópia de do-

cumentos fiscais, arquivos magnéticos, cartas de circularização, etc. A esse respeito, considerando o disposto pelo CFC, em especial a Resolução 1.024,

não é correto afirmar que:

(a) a extensão dos papéis de trabalho é assunto de julgamento profissional. (b) não é necessário nem prático documentar todas as questões de que o audi-

tor trata.

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(c) facilitam a revisão do trabalho de auditoria.

(d) pertencem ao auditor independente, que deverá arquivá-lo pelo prazo de

cinco anos a contar da publicação do parecer.

(e) registram as evidências do trabalho executado.

160. De acordo com o CFC, amostragem estatística é aquela em que a amos-

tra é selecionada cientificamente para que os resultados obtidos possam ser

estendidos ao conjunto, de acordo com a teoria da probabilidade ou as regras estatísticas. O emprego de amostragem estatística é recomendável quando os

itens da população apresentam características homogêneas. Amostragem não-

estatística (por julgamento) é aquela em que a amostra é determinada pelo

auditor utilizando sua experiência, critério e conhecimento da entidade. Nesse

diapasão, é importante reconhecer que certos procedimentos de auditoria apli-cados na base de testes não estão dentro da definição de amostragem. Os tes-

tes aplicados na totalidade da população não se qualificam como amostragem

de auditoria. Em relação à amostragem, o CFC estabelece, considerando em

especial a Resolução 1.012, o disposto nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.

(a) Com relação ao aspecto “objetivos específicos”, considerado na determina-

ção da amostra, o CFC destaca que, no planejamento da amostra de auditoria, o auditor deve considerar os procedimentos de auditoria que têm maior proba-

bilidade de atingir esses objetivos.

(b) Uma das maiores preocupações do auditor é que a amostra seja represen-

tativa, ou seja, tenha as mesmas características da população. Isso é essencial

a fim de que as conclusões alcançadas para a amostra possam ser extrapola-das para toda a população.

(c) Na seleção de amostra devem ser documentados e considerados pelo audi-

tor o grau de confiança depositado sobre o sistema de controles internos das

contas, a base e a fonte de seleção e o número de itens selecionados. (d) Tendo executado, em cada item da amostra, os procedimentos de auditoria

apropriados, o auditor deve analisar qualquer erro detectado na amostra, ex-

trapolar os erros encontrados na amostra para a população e reavaliar o risco

de amostragem. (e) Quando o erro projetado exceder o erro tolerável, o auditor deve reconsi-

derar sua avaliação anterior do risco de amostragem e, se esse risco for acei-

tável, considerar a possibilidade de ampliar o procedimento de auditoria ou e-

xecutar procedimentos de auditoria alternativos.

161. De acordo com José Carlos Carvalho (Auditoria Geral e Pública), muitas

das informações obtidas pelo auditor durante a aplicação dos procedimentos

são verbais. Dessa forma, por ocasião do encerramento dos trabalhos (com a

conseqüente emissão do parecer), a administração da auditada precisa ratificar ao auditor todas as informações repassadas durante os trabalhos, destacando

a responsabilidade pelas transações efetuadas, pela elaboração das demons-

trações, pelo cálculo dos tributos, etc. A esse documento dá-se o nome de car-

ta de responsabilidade da administração. Considerando o disposto pelo CFC, a carta deverá realizar os atos enunciados nas alternativas a seguir, à exceção

de um. Assinale-o.

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(a) mencionar que o sistema contábil e os controles internos adotados pela en-

tidade são de responsabilidade da administração e adequados ao seu tipo de

atividade e volume de transações

(b) confirmar que as estimativas contábeis foram efetuadas com base em da-dos consistentes

(c) confirmar que não há contingências fiscais, trabalhistas, previdenciárias e

legais que possam afetar substancialmente a situação financeira e patrimonial

da entidade, influindo significativamente na sua avaliação (d) confirmar que foram adequadamente contabilizados e divulgados nas de-

monstrações contábeis os saldos e transações com “partes relacionadas” e os

prejuízos decorrentes de compromissos de compra e venda

(e) mencionar que há ônus ou gravames sobre os ativos além dos relatados

em documentos apropriados (notas explicativas, por exemplo)

162. Segundo a Resolução 1.024 do CFC, a forma e o conteúdo dos papéis de

trabalho podem ser afetados pelas questões listadas a seguir, à exceção de

uma. Assinale-a.

(a) local, equipe técnica, controles internos administrativos, sistema de custeio

utilizado para cada produto, independentemente do volume produzido e per-

centual relativo de receita auferida (b) natureza e complexidade da atividade da entidade

(c) natureza e condição dos sistemas contábeis e de controle interno da enti-

dade

(d) direção, supervisão e revisão do trabalho executado pela equipe técnica

(e) metodologia e tecnologia utilizadas no curso dos trabalhos

163. De acordo com o CFC, eventos subseqüentes à data do balanço são a-

queles, sejam eles favoráveis ou desfavoráveis, que ocorrem entre a data do

balanço e a data na qual é autorizada a conclusão da elaboração das demons-trações contábeis. São apresentados, nas alternativas a seguir, exemplos de

eventos que requerem ajustes nas demonstrações contábeis, considerando o

disposto na Resolução 1.088 do CFC, à exceção de uma. Assinale-a.

(a) O pagamento ou a divulgação de uma decisão definitiva relacionados a um

processo judicial, confirmando que a entidade já tinha uma obrigação presente

na data do balanço. A entidade deve ajustar qualquer provisão relacionada ao

processo ou registrar uma nova provisão, de acordo com as disposições conti-das na norma sobre Provisões, Passivos, Contingências Passivas e Contingên-

cias Ativas.

(b) A obtenção de informação indicando que um ativo estava deteriorado na

data do balanço ou que o montante de um prejuízo por deterioração previa-

mente reconhecido em relação àquele ativo precisa ser ajustado. (c) A determinação do custo de ativos comprados ou do valor de ativos recebi-

dos em troca de ativos vendidos antes da data do balanço.

(d) A determinação do valor referente ao pagamento de participação nos lucros

ou referente a gratificações, no caso de a entidade ter, na data do balanço, uma obrigação presente legal não formalizada de fazer tais pagamentos em

decorrência de eventos ocorridos antes daquela data.

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(e) O declínio do valor de mercado de investimentos ocorrido no período entre

a data do balanço e a data de autorização de conclusão da elaboração das de-

monstrações contábeis.

164. O controle interno é muito importante para a auditoria, uma vez que,

com base nele, será determinada a quantidade de testes (substantivos) a se-

rem aplicados. Se, porventura, esses controles inexistirem ou falharem (risco

inerente ou de controle), a possibilidade de ocorrerem fraudes é maior.

Na obra “Por Dentro das Fraudes: como são feitas, como denunciá-las, como

evitá-las”, o autor comenta um caso de fraude conhecido como emissão de

“notas fiscais cauçadas”.

“Por ocasião do faturamento de bens e serviços, dependendo dos tributos e da esfera de governo, são extraídos documentos fiscais a serem entregues ao

comprador/tomador, ficando as demais vias no talonário para fins de registro e

fiscalização por parte do governo. A fim de reduzir a carga tributária, vendedor

e comprador às vezes ajustam um valor menor a ser registrado no documento fiscal. Quando isso não é possível, o vendedor, unilateralmente, preenche a

nota com montantes diferentes: a via entregue ao contratante com o valor to-

tal; a que será fiscalizada, com valor menor. Como o preenchimento costuma

ser simultâneo (com folhas carbonadas), coloca-se algo entre a primeira e as demais vias (uma prancheta de madeira, por exemplo). Dessa forma, o contra-

tante recebe sua via com o valor correto, e o fraudador, em um segundo mo-

mento, completa sua via com uma quantia menor.”

Considerando a situação exposta, assinale o procedimento que menos contribui para detectar esse tipo de operação.

(a) confrontar (correlacionar) a documentação do tomador do servi-

ço/comprador com a documentação do prestador de serviço/ vendedor (b) somar atentamente as notas fiscais emitidas pelo prestador de servi-

ço/vendedor

(c) verificar se valor faturado (emitido) é suficiente, pelo menos, para cobrir os

custos da operação e manter o prestador de serviço/vendedor em condições de funcionamento

(d) confrontar o valor praticado pelo prestador de serviço/vendedor na opera-

ção analisada com os valores praticados em outras operações similares

(e) confrontar o valor praticado pelo prestador de serviço/vendedor na opera-ção analisada com os valores praticados por concorrentes

165. O Conselho Federal de Contabilidade define contingência passiva como:

1. uma possível obrigação presente cuja existência será confirmada somente pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros, que não estejam to-

talmente sob o controle da entidade; ou

2. uma obrigação presente que surge de eventos passados, mas que não é re-conhecida porque:

2.1. é improvável que a entidade tenha de liquidála; ou

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2.2. o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente segurança.

A contingência ativa é um possível ativo, decorrente de eventos passados, cuja

existência será confirmada somente pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros, que não estejam totalmente sob o controle da entidade.

O tratamento a ser dado a elas consta na Resolução 1.066, que prevê, respei-

tadas as peculiaridades de cada situação, o disposto nas alternativas a seguir, à exceção de uma. Assinale-a.

(a) Quando a chance de ocorrência de uma contingência ativa for classificada

como “praticamente certa”, o ativo deverá ser reconhecido.

(b) Quando a chance de ocorrência de uma contingência ativa for classificada como “provável”, o tratamento correto a ser dado é a divulgação.

(c) Quando a chance de ocorrência de uma contingência ativa for classificada

como “possível”, o tratamento a ser dado é a divulgação.

(d) Quando a chance de ocorrência de uma contingência passiva for classifica-da como “provável” e ela for mensurável com suficiente segurança, deverá ser

constituída a provisão.

(e) Quando a chance de ocorrência de uma contingência passiva for classifica-

da como “possível”, deverá ser feita a divulgação.

166. Entre os fatores a serem considerados no planejamento, é possível des-

tacar:

• o grau de conhecimento da atividade da auditada; • a existência de auditoria interna;

• a natureza (o que fazer, qual procedimento aplicar), oportunidade (quando)

e extensão (até onde, o percentual) dos procedimentos a serem aplicados;

• os relatórios a serem entregues; • a equipe técnica.

Na primeira auditoria realizada por determinada empresa de uma dada entida-

de, alguns cuidados especiais de planejamento devem ser observados de acor-do com o CFC e com a doutrina. Nas alternativas a seguir estão listados alguns

desse cuidados, à exceção de uma. Assinale-a.

(a) leitura dos relatórios de auditoria anteriores (como mecanismo de “conhe-cimento” da auditada)

(b) mapeamento das fraudes e erros (relevantes ou não) detectados pelos dois

últimos auditores independentes e verificação da comunicação à CVM

(c) uniformidade de critérios contábeis (uma vez que pode ter havido altera-

ções de um exercício para o outro, tais como mudança no método de avaliação de estoques, uso de reavaliação, mudança no critério de tributação – lucro

presumido para real, por exemplo)

(d) identificação de relevantes eventos subseqüentes ocorridos após a data-

base do exercício, revelados ou não. (e) levantamento das principais alterações ocorridas no sistema de controle

interno.

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GABARITO – AULA 08:

147 – B

148 – D 149 – Anulada

150 – A

151 – E

152 – A 153 – C

154 – D

155 – B

156 – Anulada 157 – C

158 – D

159 – D

160 – E

161 – E 162 – A

163 – E

164 – B

165 – C 166 – B

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